UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DISCIPLINA DE BIOESTATÍSTICA.
Transcript of UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DISCIPLINA DE BIOESTATÍSTICA.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁDISCIPLINA DE BIOESTATÍSTICA
Bruna Ferreira BernertHarielle Cristina Ladeia AsegaRenata Fernanda Ramos MarcanteTahnee Aiçar de SussVanessa Mazanek Santos
Pesquisa médica – comparar técnicas usuais e alternativas
Verificar superioridade ou equivalência de drogas, métodos cirúrgicos, procedimentos, dietas, tratamentos.
Teste de Hipótese – variáveis envolvidas sujeitas a variabilidade
+Comparação entre dois grupos
Objetivo: comparar os efeitos médios de 2 tratamentos (variável dicotômica)
1.Identificar grupos a serem comparados (p1 e p2)
2.Definir variável resposta
Variável de interesse – ocorrência de um evento
NULA H0: p1=p2 Não há diferença entre a probabilidade de
se observar o evento de interesse nos grupos 1 e 2
ALTERNATIVA H1: p1≠p2 Inexistência de igualdade entre as
probabilidades
Probabilidade de cometer o seguinte erro:
Decisão de rejeitar H0 quando de fato H0 é verdadeiro
Probabilidade de significância Se H0 fosse verdadeira, qual seria a
probabilidade de ocorrência de valores iguais ou maiores ao assumido pela estatística do teste
Se valor- p muito pequeno O evento é extremamente raro ou... H0 não é verdadeira
P≤0,05 diferença significativa
Não paramétrico - não depende de parâmetros populacionais (média e variância)
Comparar possíveis divergências: frequências observadas x esperadas
Comportamento semelhante dos grupos se diferenças entre as frequências observadas e as esperadas em cada categoria forem muito pequenas (próximas a zero).
Variável dicotômica – amostras independentes e pareadas
Hipóteses: H0: p1=p2 H1: p1≠p2
Condições necessárias: Grupos independentes Itens selecionados aleatoriamente (cada grupo) Observações devem ser frequências ou contagens Cada observação pertence a uma e somente uma
categoria Amostra deve ser relativamente grande (pelo
menos 5 observações em cada célula e, no caso de poucos grupos, pelo menos 10)
GRUPO OCORRÊNCIA DO EVENTO
SIM NÃO TOTAL
I a b a+b = n1
II c d c+d = n2
TOTAL m1 = a+c m2 = b+d n1 + n2 = N
Se não há diferença de proporção de ocorrência nos grupos:
a/n1 = c/n2 = a+c/ n1+n2 = m1/N
Tem-se:
a = m1 x n1/N b = m2 x n1/N c = m1 x n2/N d = m2 x n2/N
Dois conjuntos de valores: Observados (Oi) - a, b, c e d Esperados (Ei) – hipótese de igualdade
de proporções de sucesso
Discrepância entre os dois conjuntos não deve ser grande
Medir a discrepância entre valores observados e esperados das 4 entradas da tabela:
X² = 4∑ (Oi – Ei)² i=1 Ei
X²=N (ad-bc)² / m1m2n1n2
Exemplo 1: Eficácia do AZT
GRUPO SITUAÇÃO
VIVO MORTO TOTAL
AZT 144 1 145
PLACEBO 121 16 137
TOTAL 265 17 282
Valores observados (Oi):
GRUPO SITUAÇÃO
VIVO MORTO TOTAL
AZT 136,26 8,74 145
PLACEBO 128,74 8,26 137
TOTAL 265 17 282
Valores esperados (Ei):
i Oi Ei Oi - Ei (Oi – Ei)²(Oi – Ei)²
Ei
1 144 136,26 7,74 59,91 0,44
2 121 128,74 - 7,74 59,91 0,47
3 1 8,74 - 7,74 59,91 6,85
4 16 8,26 7,74 59,91 7,25
Total 282 282 0 239,64 15,01
i Oi Ei Oi - Ei (Oi – Ei)²(Oi – Ei)²
Ei
1 144 136,26 7,74 59,91 0,44
2 121 128,74 - 7,74 59,91 0,47
3 1 8,74 - 7,74 59,91 6,85
4 16 8,26 7,74 59,91 7,25
Total 282 282 0 239,64 15,01
X² = 15,01As duas proporções são iguais?
AZT = Placebo?Qual X² quando p1=p2?
X²1
Qui-quadrado com 1 grau de liberdade* Significância 0,05
X²1 = 3,84 x X² = 15, 01
rejeição de H0 (AZT = Placebo)
há evidência do efeito do AZT
valor – p = 0,0001
grande certeza que AZT prolonga a vida de pacientes com AIDS
Exemplo 2: Fatores de risco para AVC
FATOR AVC Valor - p
Sim Não
AVC como causa de morte :
na mãe 29,8 11,2 0,0005
no pai 7,0 7,5 0,72
Doença coronariana 7,0 6,3 0,83
Sinais no ECG:
Hipertrofia no VE 3,5 1,0 0,08
Doença coronariana 10,5 6,5 0,23
FATOR AVC Valor - p
Sim Não
AVC como causa de morte :
na mãe 29,8 11,2 0,0005
no pai 7,0 7,5 0,72
Doença coronariana 7,0 6,3 0,83
Sinais no ECG:
Hipertrofia no VE 3,5 1,0 0,08
Doença coronariana 10,5 6,5 0,23
Justificado por: amostras de tamanho finito e/ou A distribuição das frequências
observadas é aproximada pelo qui-quadrado ( que é contínuo)
X²c = N(|ad-bc| - N/2)² / m1m2n1n2
Note que a única diferença é o fator de correção de continuidade
não deve ser usada quando:▪ o valor de obtido for menor que o
esperado, pois o novo valor será menor que o primeiro, ainda não significativo.
Usamos a correção quando: o valor de Qui-quadrado obtido é maior que o
crítico o valor de N é menor que 40
Exemplo: estudo associação de contraceptivos orais e infarto
GRUPO USO RECENTE
SIM NÃO TOTAL
casos 9 12 21
controles 33 390 432
TOTAL 42 402 444
Casos entre as que tiveram infarto: ▪ 9/21 = 0,43
Controles :▪ 33/423 = 0,08
Parece que há relação entre o uso de contraceptivos orais com infarto – fato ou acaso?
O resultado da expressão com correção é:
X²c = 444(|9x390-12x33| - 444/2)² / 42x402x21x423
X²c = 24,76
Podemos afirmar, com alto grau de evidencia, que há relação entre os acontecimentos!
SOARES, J. F.; SIQUEIRA, A. L. Introdução à estatística médica. 2 ed. Belo Horizonte: COOPMED, 2002. vii, 300 p.:il
Disponível em: http://ufpa.br/dicas/biome/bioqui.htm