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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CONTROLE DE EXECUÇÃO DE ESTACAS TIPO HÉLICE CONTÍNUA: ESTUDO DE CASO TAMIRES SUELEN DE SÁ BRAGA 2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

CONTROLE DE EXECUÇÃO DE ESTACAS TIPO HÉLICE CONTÍNUA: ESTUDO DE

CASO

TAMIRES SUELEN DE SÁ BRAGA

2019

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CONTROLE DE EXECUÇÃO DE ESTACAS TIPO HÉLICE CONTÍNUA: ESTUDO DE

CASO

Tamires Suelen de Sá Braga

Projeto de Graduação apresentado ao curso de

Engenharia Civil da Escola Politécnica,

Universidade Federal do Rio de Janeiro, como

parte dos requisitos necessários à obtenção do

título de Engenheiro.

Orientador: Prof. Fernando A. B. Danziger.

RIO DE JANEIRO

Julho de 2019

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CONTROLE DE EXECUÇÃO DE ESTACAS TIPO HÉLICE CONTÍNUA: ESTUDO DE

CASO

TAMIRES SUELEN DE SÁ BRAGA

PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE

ENGENHARIA CIVIL DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL

DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A

OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO CIVIL.

Examinado por:

___________________________________________________

Prof. Fernando Artur Brasil. Danziger, D.Sc.

____________________________________________________

Prof. Francisco de Rezende Lopes, PhD.

____________________________________________________

Eng. Roney de Moura Gomes, M. Sc.

____________________________________________________

Eng. Harley Alves da Mata Bacelar, M. Sc.

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RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL.

MAIO DE 2019

Braga, Tamires Suelen de Sá Braga

Controle de execução em estacas hélice contínua:

estudo de caso / Tamires Suelen de Sá Braga. – Rio de

Janeiro: UFRJ/Escola Politécnica, 2019.

XII, 62 p.: Il.; 29,7 cm.

Orientador: Fernando Artur Brasil Danziger

Projeto de Graduação – UFRJ/ Escola Politécnica/ Curso de

Engenharia Civil, 2019.

Referências Bibliográficas: p. 53

1.Introdução. 2. A obra analisada 3. Controle de

execução 4. Estimativa de capacidade de carga e resultados

dos ensaios de carregamento dinâmico 5 Análise dos

boletins 6. Conclusões 7 Recomendações.

I. Danziger, Fernando Artur Brasil II. Universidade

Federal do Rio de Janeiro, Escola Politécnica, Curso de

Engenharia Civil. III. Controle de Execução de estacas

hélice contínua: estudo de caso.

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AGRADECIMENTOS

A elaboração de um projeto de graduação representou um grande desafio, mas também o

sentimento de que o caminho percorrido até a conclusão do curso de engenharia civil foi

válido, mesmo quando parecia impossível de ser atravessado. Atravessar este caminho só foi

possível graças aos meus professores e amigos que se revezaram em seus papéis, tantas vezes

quanto foi necessário, fornecendo apoio e ensinamentos que levarei comigo em minhas

próximas jornadas.

Em especial gostaria de agradecer ao professor Danziger. Tê-lo como orientador neste

trabalho foi uma grande oportunidade de crescimento acadêmico, mas também como pessoa,

tendo em vista o grande exemplo que é, não só como engenheiro e professor, mas

principalmente como ser humano.

Deixo meu profundo agradecimento aos meus amigos e entes queridos Eric, Gabriela,

Bertrand, Luiza, Fernanda, Nathália, Thaís, Flora, Guilherme e Vinicius cujo apoio foi um

doce remédio para os momentos mais difíceis nessa trajetória.

Agradeço também ao EPLAN/UFRJ por me fornecer os dados utilizados neste trabalho.

Declaro também minha gratidão e estima ao Eng. Rafael, ao Eng. Harley e à Arq. Sabrina por

todos os ensinamentos e suporte que me foram dados ate aqui.

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“Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes coisas

do homem foram conquistadas do que parecia impossível.”

Charles Chaplin·.

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Dedico este trabalho à minha irmã Brunna

Lorhane de Sá Braga.

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.

Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como parte dos

requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Civil.

CONTROLE DE EXECUÇÃO DE ESTACAS HÉLICE CONTÍNUA: ESTUDO DE CASO

Tamires Suelen De Sá Braga

Julho de 2019

Orientador: Fernando Artur Brasil. Danziger

Estacas hélice contínua representam, nos dias de hoje, a principal solução em fundação em

estacas, quando se trata de rapidez de execução. A principal limitação deste tipo de fundação

diz respeito, entretanto, à dependência do operador nas características da estaca. O presente

projeto de graduação analisa dados da investigação geotécnica e de projeto de execução das

estacas da obra do Centro de Pesquisa em Medicina Regenerativa da UFRJ. As investigações

geotécnicas mostraram inconsistência com relação aos valores de Nspt. A análise dos boletins

de estacas de mesmo diâmetro e de pequena distância entre seus eixos permite observar

padrões de aumentos e quedas nos parâmetros de velocidade e pressão hidráulica ao longo do

comprimento da estaca.

Palavras-chave: Fundação; Estacas hélice contínua; Controle de Execução.

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Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of the

requirements for the degree of Engineer.

EXECUTION CONTROL: A CASE HISTORY ON CONTINUOS FLIGHT AUGER PILES

Tamires Suelen de Sá Braga

Julho de 2019

Adviser: Fernando Artur Brasil. Danziger

Continuous flight auger piles represent, nowadays, the main solution in deep foundations

when it comes to speed of execution. Nevertheless, the main limitation of this type of

foundation concerns the dependence of the operator on the characteristics of the pile. This

project analyzes data from the geotechnical investigation and execution project of the piles of

the Research Center in Regenerative Medicine of UFRJ. The geotechnical investigations

showed an inconsistency with the Nspt values. The analysis of the CFA’s report indicate that

to the same diameter and small distance between CFA’s axes allows to observe patterns of

increases and decreases in the parameters of speed and hydraulic pressure along the length of

the pile.

Keywords:: Foundations; Continuous flight auger piles ; Execution Control.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................... 1

2 A OBRA ANALISADA ................................................................................................................................ 5

2.1 DESCRIÇÃO DA OBRA ....................................................................................................................................... 5

2.2 O PROJETO DE FUNDAÇÕES ............................................................................................................................... 5

2.3 O SUBSOLO ................................................................................................................................................... 9

3 ESTIMATIVAS DE CAPACIDADE DE CARGA E RESULTADOS DOS ENSAIOS DE CARREGAMENTO DINÂMICO

18

3.1 ESTIMATIVA DE CAPACIDADE DE CARGA POR AOKI E VELLOSO (1975) ................................................... 18

3.2 ENSAIO DE CARREGAMENTO DINÂMICO ................................................................................................ 20

4 CONTROLE DE EXECUÇÃO ......................................................................................................................22

4.1 EQUIPAMENTO ............................................................................................................................................ 22

4.2 SISTEMA DE MONITORAMENTO (SACI, 2010; PENNA ET AL.,1999) ....................................................................... 23

4.3 SEQUÊNCIA EXECUTIVA ................................................................................................................................. 25

4.4 CONTROLE DE EXECUÇÃO............................................................................................................................... 28

5 ANÁLISE DOS BOLETINS DAS ESTACAS ...................................................................................................31

5.1 APRESENTAÇÃO DOS BOLETINS DAS ESTACAS HÉLICE CONTÍNUA MONITORADA .......................................................... 31

5.2 BOLETINS ANALISADOS................................................................................................................................... 31

5.3 VELOCIDADE DE ROTAÇÃO E VELOCIDADE DE AVANÇO......................................................................................... 34

5.4 PRESSÃO HIDRÁULICA .................................................................................................................................... 40

5.5 PRESSÃO DE CONCRETO ................................................................................................................................ 44

5.6 ANÁLISE DAS PROFUNDIDADES ALCANÇADAS .................................................................................................. 48

6 CONCLUSÃO ..........................................................................................................................................49

7 RECOMENDAÇÕES .................................................................................................................................52

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................................................53

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1 INTRODUÇÃO

O surgimento das estacas hélice contínua aconteceu nos Estados Unidos, entre as

décadas de 1950 e 1960, sendo também empregada no Japão e na Alemanha por volta de

1970. Entretanto, o emprego desta solução se intensificou na Europa apenas na década de

1980, ao tornar-se conhecida como CFA - Continuous Flight Auger pile ou estaca hélice

contínua monitorada, em português (ALBUQUERQUE, 2001; POLIDO, 2013).

Segundo a NBR 6122/2010 (ABNT, 2010), a estaca hélice contínua monitorada é

definida como “estaca de concreto moldada in loco, executada mediante a introdução no

terreno, por rotação, de um trado helicoidal contínuo no terreno e injeção de concreto pela

própria haste central do trado, simultaneamente à sua retirada, sendo a armadura introduzida

após a concretagem da estaca”.

O equipamento que executa as estacas hélice contínua é composto de guindaste com

torre guia, de um trado hélice contínua (chapas em espiral em torno de um tubo central), uma

mesa rotativa e um sistema de monitoramento, dotado de sensores e de um computador, no

qual são fornecidas as seguintes informações sobre a execução da estaca: comprimento;

inclinação; pressão; volume e sobreconsumo de concreto; velocidade de extração do trado;

velocidade de rotação e de penetração do trado (VELLOSO e LOPES, 2002).

A estaca hélice contínua é executada a partir da introdução, já com o sistema de

monitoramento em funcionamento, do trado contínuo (ver Figura 1.1) até a profundidade

estipulada no projeto de fundações. A mesa giratória que compõe o equipamento impõe o giro

do trado. Ao longo do processo de introdução do trado, uma tampa provisória impede a

entrada de solo ou de água no tubo central. Uma vez que a profundidade desejada tenha sido

alcançada e o trado tenha sido levantado para a expulsão da tampa provisória, inicia-se a

concretagem. Conforme ilustrado na Figura 1.2, a etapa de concretagem é executada através

do bombeamento do concreto para o tubo central enquanto o trado é removido lentamente.

Somente após a concretagem a armadura é introduzida de forma manual, através de peso ou,

caso haja disponibilidade, de uma pá carregadeira (PENNA et al., 1999).

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Figura 1.1 Equipamento Hélice contínua durante a introdução do trado no terreno (ABEF, 2016).

Figura 1.2 Execução da fase de concretagem (ABEF, 2016).

No Brasil, as estacas hélice contínua foram introduzidas por volta de 1987 na cidade

de São Paulo, quando então, apesar do interesse gerado pelo seu processo produtivo, havia

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desconfiança do meio técnico sobre a nova solução em estacas (PENNA et al., 1999). Os

primeiros equipamentos introduzidos foram fabricados no Brasil, mas com base em modelos

importados e com comprimentos de até 15 m, torque reduzido e diâmetros de 30 a 40 cm

(ANTUNES e TAROZZO, 1996 apud POLIDO, 2013).

Segundo Penna et al (1999), em julho de 1989, durante a XII ICSMFE (International

Conference on Soil Mechanics and Foundation Engineering) no Rio de Janeiro houve a

primeira divulgação técnica através da publicação “ABEF Research on Fundation

Engeneering”, abordando as pesquisas realizadas no “Campo Experimental de Fundações da

Escola Politécnica da USP”. Tal publicação tratou de ensaios realizados no campo

experimental e tipos de fundações, incluindo as estacas hélice contínua (ainda sem

monitoramento do processo executivo). Nesta ocasião em uma das estacas foi realizada uma

prova de carga estática.

O emprego deste tipo de estaca se intensificou a partir de 1993 devido à importação de

equipamentos com capacidades de torque e arranque elevados e à instrumentação do processo

executivo. Estes equipamentos importados possuíam torques máximos de 200 KN.m, o que

permitia a execução de estacas de diâmetro de até 1 m e profundidade de até 24,4 m

(ALBUQUERQUE, 2001; POLIDO, 2013).

No início dos anos 2000 ocorreram os primeiros ensaios de carregamento com

instrumentação em profundidade em diferentes tipos de solos. No campo experimental da

Universidade Estadual de Campinas foram feitos ensaios em solos residuais de diabásio, nos

quais foram obtidas as cargas de atrito lateral e de ponta (ALBUQUERQUE, 2001). Nos anos

seguintes foram feitas por primeira vez provas de carga em solo argiloso poroso de Brasília e

de solos sedimentares, marinhos com camadas de solos moles na cidade de Vitória, ES

(ALLEDI, 2004; ALLEDI et al., 2006 apud POLIDO, 2013).

Atualmente, as estacas tipo hélice contínua são utilizadas amplamente no Brasil,

principalmente nos grandes centros urbanos em virtude de seu processo executivo, o qual

proporciona rapidez de execução e a baixa geração de ruídos que fazem com que esta solução

seja mais atrativa nestes casos. Os equipamentos utilizados na execução deste tipo de estaca

permitem o monitoramento do processo executivo, presente nos relatórios gerados a partir do

sistema de monitoramento. Contudo, na ocasião da execução, o operador do equipamento

deve controlar diversos parâmetros de modo a garantir a qualidade na execução. A principal

limitação deste tipo de estaca diz respeito, portanto, à dependência do operador nas

características da estaca.

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O presente projeto de graduação visa analisar os dados da investigação geotécnica e de

projeto e de execução das estacas da obra do Centro de Pesquisa Regenerativa da UFRJ, na

qual a autora foi estagiária por um período de oito meses.

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2 A OBRA ANALISADA

2.1 DESCRIÇÃO DA OBRA

A obra analisada corresponde à construção do edifício que abrigará o Centro de

Pesquisa em Medicina Regenerativa da UFRJ (C.P.M.R.). A edificação com 5000 m² de área

construída é composta por laboratórios (salas de pesquisa e gabinetes), salas para aulas

práticas especializadas, salas para uso do setor administrativo e salas de serviços. O

empreendimento está localizado na Av. Carlos Chagas Filho, Ilha do Fundão, Rio de Janeiro.

A execução da obra do C.P.M.R., orçada em 15,9 milhões de reais, teve início em

julho de 2018 e possui prazo de 18 meses para sua conclusão, dispondo de um canteiro de

obras de área igual a 1369 m².

A configuração estrutural desta edificação é composta de cinco pavimentos mais a

cobertura. Quanto à metodologia construtiva, a estrutura possui, na área das escadas e

elevadores (eixo), elementos de concreto armado moldados in loco, diferentemente das

demais áreas do edifício, nas quais se faz uso de lajes alveolares, vigas e pilares pré-

moldados, também de concreto armado.

Na área externa, o projeto contempla a execução das seguintes edículas em concreto

armado moldado in loco: Reservatório de Diesel, Depósito de Resíduos, Central de Gases e

Cabine Primária. O projeto estrutural também considera a construção de um pequeno muro de

arrimo no entorno do edifício e de uma cortina estaqueada, composta por 32 estacas hélice

contínua com 40 cm de diâmetro e 22 m de comprimento, para permitir a execução dos três

reservatórios enterrados – de água potável, de reaproveitamento e de retardo de águas

pluviais.

2.2 O PROJETO DE FUNDAÇÕES

O projeto de fundações considera a execução de 150 estacas hélice contínua com

diâmetros de 40, 50, 60 e 80 cm e comprimentos variando de 12 m, para as estacas com

menor seção, a 22 m para as de maior diâmetro, conforme mostrado na Tabela 2.1.

A cota de arrasamento das estacas é definida no projeto de fundações, como a 50 cm

abaixo do nível do terreno.

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As estacas são armadas em seu trecho superior. Os primeiros 6,7 metros das estacas

contam com armadura composta por barras de aço CA-50. A fim de proporcionar rigidez à

armadura, utilizam três anéis com diâmetro com folga de 4 cm com relação ao diâmetro da

estaca correspondente. Estes anéis são compostos por estribos de bitola igual 10 mm soldados

à armadura. O primeiro anel é localizado no topo da armadura e os demais a 3,0 e 6,0 metros

abaixo do topo. (Projeto de fundações do CPMR cedido pela COPPETEC, 2015).

A porção longitudinal das armaduras é composta de barras de 6,7 metros, retas nos

primeiros 6 metros e inclinadas de modo a ajustar-se à redução de seção de tronco de cone. A

quantidade de barras e seu diâmetro variam de acordo com o diâmetro da estaca. As estacas

de 40, 50 e 60 cm de diâmetro possuem 4, 6 e 8 barras longitudinais de bitola igual a 16 mm,

respectivamente. Já as estacas de 80 cm de diâmetro contam com oito barras de 20 mm de

diâmetro. A Figura 2.21 ilustra o detalhe das armaduras de 80 cm de diâmetro.

Todas as estacas contam com estribos com bitola de 6,3 mm espaçados de 15 cm além

dos anéis. Os estribos são dispostos em circunferências cujo diâmetro é igual ao da estaca

correspondente até os 6,0 metros com relação ao topo da armadura, quando então se reduzem

a 10 cm de diâmetro.

Tabela 2.1 Dimensões das estacas hélice do projeto de fundações

Diâmetro

(cm)

Comprimento

(m)

Quantidade

(un.)

Relação

L/D

40 12 20 30,0

50 18 34 36,0

60 22 66 36,7

80 22 30 27,5

TOTAL: 150

A disposição das estacas e dos blocos de coroamento é mostrada na Figura 2.2, na qual

é possível observar as dimensões dos blocos de coroamento utilizados. Os menores blocos

possuem área de 0,81 m² e 0,90 m de altura enquanto os blocos B33 e B34 têm 45,00 m² de

área e 2,20 m de altura. Estes dois últimos, diferentemente dos demais blocos, recebem pilares

parede de grandes dimensões dispostos na área dos elevadores, escadas e reservatório

superior. Admite-se para estes pilares cargas de projeto de 709 e 729 KN, respectivamente.

Cada um destes blocos (B33 e B34) transfere carga para 15 estacas de 80 cm de diâmetro e 22

metros de comprimento.

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Figura 2.1 Detalhe típico das armaduras das estacas de 80 cm de diâmetro. (adaptado do Projeto de

fundações do CPMR cedido pela COPPETEC, 2015)

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8

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5)

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Segundo o projeto de locação de cargas apresentado na Figura 2.2, na região das

edículas foram dispostas estacas com menores diâmetros e comprimentos, enquanto para a

região dos pilares periféricos do edifício e dos reservatórios enterrados foram projetadas

estacas com diâmetros de 60 cm e 80 cm, respectivamente.

2.3 O SUBSOLO

As características do subsolo foram obtidas através da realização de sondagens à

percussão. As primeiras sondagens foram feitas em outubro de 2014 e utilizadas como

referência na elaboração do projeto de fundações. Na ocasião foram feitas cinco sondagens

dispostas conforme a planta de locação (ver a Figura 2.3), nas quais foram realizados ensaios

SPT a cada metro, conforme o usual no Brasil.

Figura 2.3 Planta de locação dos pontos de sondagem (adaptado de COPPETEC, 2015)

A partir dos boletins das sondagens (ver o anexo 1) foram traçados perfis geotécnicos.

Como não foram informadas as cotas de início das sondagens, admitiu-se que sejam as

SP01

SP02

SP05

SP04

SP03

Perfil 2 - 2014

Perfil 1 - 2014

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mesmas, tendo em vista que o terreno em questão é razoavelmente plano e que a espessura da

camada de aterro indicada não varia significativamente entre as sondagens.

Para o primeiro perfil, conforme é possível observar na planta de locação das

sondagens mostrada na Figura 2.3, utilizou-se as sondagens SP01, SP02 e SP03, enquanto

para o segundo utilizou-se as sondagens SP04, SP05 e SP03.

Conforme mostrado nas Figuras 2.4 e 2.5, todos os cinco boletins indicam perfis

semelhantes, nos quais se observa a presença de uma camada inicial de aterro de argila siltosa

de consistência mole a média, seguida de uma camada de areia argilosa pouco compacta

(espessura variando de 1,1 a 2,0 metros), não identificada na sondagem SP-05. Os boletins

também apontam a presença de uma camada de areia medianamente compacta com espessura

em torno de 3,0 metros. Abaixo desta última encontram-se estratos de argila arenosa e argila

siltosa com consistências de rija a dura e dura, respectivamente. Os boletins indicaram níveis

d’água variando de 3,5 m de profundidade na sondagem SP-04 a 4,0 m na sondagem SP-05.

Entretanto, antes do início da execução das fundações, em julho de 2018, foram

executadas três novas sondagens à percussão em locais próximos as sondagens feitas em 2014

conforme mostrado na Figura 2.6. Todavia, as sondagens de 2018 foram numeradas de forma

diferente da que foi feita para as sondagens de 2014. Por esta razão, fez-se uma

correspondência entre os números das sondagens de 2014 e de 2018, segundo a localização

das sondagens em planta, conforme mostrado na Tabela 2.3. Os pontos identificados como

SP03 e SP05 na planta de locação da figura 2.6 foram considerados como procedimentos de

trepanação, visto que não foram realizados ensaios SPT (ver anexo 2). Com base nos boletins

fornecidos, fez-se um perfil geotécnico (ver as Figura 2.7 e 2.8) a fim de comparar os

resultados com as sondagens de 2014.

Tabela 2.3 Correspondência entre as sondagens segundo suas posições em planta.

2014 2018

SP01 -

SP02 SP01A

SP03 SP02

SP04 -

SP05 SP04

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Figura 2.4 Perfil geotécnico segundo o alinhamento 1 das sondagens de 2014.

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Figura 2.5 Perfil geotécnico segundo o alinhamento 2 das sondagens de 2014.

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Figura 2.6 Planta de locação das sondagens de 2018 (adaptado de COPPETEC, 2018).

PERFIL1 - 2018 PERFIL 2 -2018

SP01

A

SP2

SP4

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Figura 2.7 Perfil geotécnico segundo o alinhamento 1 das sondagens de 2018.

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Figura 2.8 Perfil geotécnico segundo o alinhamento 2 das sondagens de 2018

.

Os perfis geotécnicos referentes à investigação geotécnica de 2018 mostram um nível

d’água próximo à cota do terreno, assim como a presença de conchas e camadas intercaladas

de argilas e areias, provavelmente de origem sedimentar, até encontrar o solo residual em

torno dos 10 metros de profundidade.

Para comparação dos valores de Nspt obtidos nas sondagens de 2014 e 2018 foram

feitos gráficos de Nspt por profundidade para um mesmo local. Os gráficos são mostrados nas

Figuras 2.9, 2.10 e 2.11.

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Figura 2.9 Comparação dos valores de Nspt com base nos resultados das sondagens 2014-SP02 e

2018-SP01A.

Figura 2.10 Comparação dos valores de Nspt com base nos resultados das sondagens 2014-SP03 e

2018-SP02.

-30

-25

-20

-15

-10

-5

0

0 10 20 30 40 50

Pro

fun

did

ade

(m

etr

os)

Nspt (un.)

2014-SP02

2018-SP01A

-30

-25

-20

-15

-10

-5

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0 10 20 30 40 50 60

Pro

fun

dia

dd

e (

me

tro

s)

Nspt (un.)

2014-SP03

2018-SP02

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Figura 2.11 Comparação dos valores de Nspt com base nos resultados das sondagens 2014-SP05 e

2018-SP04.

Ainda que uma comparação entre os valores de Nspt obtidos somente possa ser feita

para profundidades de no máximo 15,45 m, a relação entre a média dos Nspt obtidos (até a

profundidade na qual existem resultados para ambas as sondagens) mostra que os valores de

Nspt são consideravelmente maiores para as sondagens de 2018. Tanto que no local da

sondagem SP01A/2018, a sondagem de 2014 obteve valores de Nspt, em média, iguais a

aproximadamente 68% dos valores de Nspt fornecidos no boletim de sondagem de 2018.

Enquanto que para o local da sondagem SP02/2018, os valores de Nspt de 2014 representam,

em média, 59% dos valores de 2018. Já para o local da sondagem SP04/2018, os resultados

do ensaio Nspt de 2014 fornecem valores de Nspt, em média, iguais a 49% dos obtidos para a

sondagem 2018.

-30

-25

-20

-15

-10

-5

0

0 10 20 30 40 50P

rofu

nd

idad

e (

me

tro

s)

Nspt (un.)

2014-SP05

2018-SP04

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3 ESTIMATIVAS DE CAPACIDADE DE CARGA E RESULTADOS DOS

ENSAIOS DE CARREGAMENTO DINÂMICO

3.1 ESTIMATIVA DE CAPACIDADE DE CARGA POR AOKI E VELLOSO (1975)

Para avaliar a magnitude das diferenças nos resultados das sondagens de 2014 e 2018

abordadas no capítulo 2, fez-se o cálculo das estimativas de capacidade de carga ao longo do

subsolo baseado nos valores de Nspt de cada sondagem, para uma mesma região, com base no

método empírico de AOKI e VELLOSO (1975) com F1 = F2 = 4 sugeridos por Lopes, F. R.

(2019) e os resultados destas estimativas encontram-se nas Figuras 3.1, 3.2 e 3.3.

Quando não foi possível obter os valores de N para os 45 cm finais no ensaio SPT

usou-se a correção proposta por Decourt et al. (1989) para obtenção de 𝑁𝑒𝑥𝑡. Limitou-se o

valor de 𝑁𝑒𝑥𝑡 a 40 golpes.

Para permitir a comparação entre os resultados das sondagens, admitiu-se, para as

sondagens de 2018, que o solo e os valores de Nspt abaixo do impenetrável à percussão

seriam iguais aos que haviam sido obtidos para os 45 cm finais.

O primeiro gráfico (Figura 3.1) refere-se a uma estaca de 80 cm (diâmetro das estacas

alocadas na região próxima do local das sondagens em questão). Neste gráfico é possível

observar que as estimativas para a sondagem de 2018 fornecem estimativas de capacidades de

carga três vezes maiores ao longo da profundidade.

No caso dos demais gráficos das Figuras 3.2 e 3.3, para diâmetro de 60 cm, os valores

de capacidade de carga são mais próximos abaixo da camada de aterro e demonstram grande

discrepância no último trecho das sondagens mais recentes.

Contudo, como o impenetrável à percussão foi atingido em torno dos primeiros 15,0

metros, a comparação entre os resultados a maiores profundidades é limitada a este trecho

consideravelmente restrito, tendo em conta que 64% das estacas possui 22,0 metros de

comprimento.

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Figura 3.1 Gráfico com estimativas de capacidade de carga pelo método Aoki e Velloso (1975) com

fatores F1=F2=4 com base nos resultados das sondagens 2014-SP02 e 2018-SP01A– estacas de 80 cm

de diâmetro.

Figura 3.2 Gráfico com estimativas de capacidade de carga pelo método Aoki e Velloso (1975) com

fatores F1=F2=4 com base nos resultados das sondagens 2014-SP02 e 2018-SP01A – estacas de 60 cm

de diâmetro.

-30

-25

-20

-15

-10

-5

0

0 1000 2000 3000 4000 5000 6000C

ota

em

rel

açaõ

ao

nív

el d

o t

erre

no

(m

etro

s)

Capacidade de carga (KN)

2014-SP02

2018-SP01A

-30

-25

-20

-15

-10

-5

0

0 1000 2000 3000 4000

Co

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ren

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met

ros)

Capacidade de carga (KN)

2014-SP03

2018-SP02

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Figura 3.3 Gráfico com estimativas de capacidade de carga pelo método Aoki e Velloso (1975) com

fatores F1=F2=4 com base nos resultados das sondagens 2014-SP02 e 2018-SP01A– estacas de 60 cm

de diâmetro.

3.2 ENSAIO DE CARREGAMENTO DINÂMICO

Foram realizados ensaios de carregamento dinâmico em 10 estacas com diâmetro de

60 cm e comprimento de projeto de 22,0 metros. Estas estacas encontram-se próximas do

local das sondagens SP05/2018 (SP4/2014). Os resultados para a carga última na análise

CAPWAP forneceram cargas aproximadamente seis vezes maiores que a carga máxima de

trabalho das estacas (411,9 a 774,7 kN) A porcentagem de carga de ponta 𝑄𝑝 foi de no

máximo 24,6%, exceto para a estaca E27A que obteve 45,3%.

Para comparar com as estimativas de carga feitas no início deste capítulo, plotou-se os

resultados da capacidade de carga obtida pela análise CAPWAP no gráfico que contém as

estimativas de capacidade de carga por AOKI e VELLOSO (1975) com base nos valores de

Nspt das sondagens de 2014 e 2018 mais próximas das estacas ensaiadas (ver Figura 3.4).

-30

-25

-20

-15

-10

-5

0

0 1000 2000 3000 4000 5000C

ota

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no

(m

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os)

Capacidade de carga (KN)

2014-SP05

2018-SP04

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Ao comparar os resultados mostrados na figura 3,4 é possível observar que, para as

estacas de menor comprimento executado (E32B e E21B), têm-se os maiores valores de RU,

os quais são mais próximos das capacidades de carga estimadas para a sondagem SP4/2018.

De modo geral, as estimativas com base nas sondagens de 2014 fornecem capacidades

de carga muito inferiores aos valores de RU obtidos a partir do ensaio de carregamento

dinâmico. No caso das estimativas de capacidade de carga com base nas sondagens de 2018,

antes do impenetrável a percussão (aos 15,45 m para a sondagem em questão), a capacidade

de carga estimada é próxima do valor de RU para o caso da estaca E32B (estaca executada

com apenas 13,56 m dos 22,0 m definidos no projeto de fundações).

Figura 3.4 Gráfico com estimativas de capacidade de carga pelo método Aoki e Velloso (1975) com

fatores F1=F2=4 com base nos resultados das sondagens 2014-SP02 e 2018-SP01A– estacas de 60 cm

de diâmetro e valores de RU do ensaio de carregamento dinâmico.

-30

-25

-20

-15

-10

-5

0

0,0 1000,0 2000,0 3000,0 4000,0 5000,0 6000,0

Pro

fun

did

ade

(m

)

Capacidade de Carga estimada (kN)

E17C E32B E16C E22AE17B E21B E27A E10A

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4 CONTROLE DE EXECUÇÃO

Estacas hélice contínua possuem como principais características alta produtividade e

baixa geração de ruídos em virtudes de seu processo executivo. Estas estacas, moldadas in

loco e constituídas de concreto, são executadas pelo equipamento hélice contínua no qual o

operador do equipamento é responsável por ler as informações fornecidas pelo sistema de

monitoramento e controlar os parâmetros nas etapas de perfuração do trado e concretagem.

Uma bomba de concreto injetável transporta o concreto para o interior do tubo central através

de uma mangueira flexível acoplada à bomba. A etapa seguinte é a de inserção da armadura

no fuste da estaca.

4.1 EQUIPAMENTO

O equipamento que executa as estacas hélice contínua é constituído de um guindaste

com torre guia metálica em conjunto com o trado hélice contínua que gira segundo um

esforço imposto por uma mesa de rotação. Para garantir a verticalidade da estaca, o

equipamento conta com um centralizador posicionado na porção inferior da torre aprumado

com a mesa giratória (ver Figura 1.1). O equipamento conta ainda com um sistema eletrônico

que processa os dados fornecidos pelos sensores de medição e com uma ferramenta que

realiza a limpeza do trado durante a retirada do mesmo.

Segundo PENNA et al (1999) os aspectos mais importantes destes equipamento são o

torque máximo, a tração máxima e a geometria do trado. O trado contínuo que compõe o

equipamento é uma peça metálica formada por uma haste em hélice espiral que se desenvolve

em torno de um tubo central ao qual está solidarizada. Os dentes posicionados na extremidade

inferior da hélice facilitam o processo de introdução do trado no terreno. No caso de solos

mais competentes estes dentes podem ser substituídos por pontes de vídea (ALMEIDA

NETO, 2002; ABEF, 2016). O tubo central conta com uma tampa provisória posicionada na

face inferior da hélice com função de impedir que o solo entre no interior do tubo durante a

etapa de penetração do trado. Para que seja possível a concretagem, a tampa é expulsa e na

maioria dos casos recuperada.

As especificações do trado dependem do tipo de solo no qual as estacas serão

executadas. Quanto às características do trado, as mais importantes são sua geometria, o tipo

de lâmina de corte e sua inclinação, o passo da hélice e a inclinação da hélice em relação à

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vertical. Essas características afetam a velocidade do avanço, o volume de solo removido

durante a penetração do trado e a capacidade do equipamento de atravessar camadas de solo

com alta resistência (PENNA et al., 1999; ALMEIDA NETO, 2002).

O torque máximo do equipamento depende da potência do motor da mesa de rotação.

A capacidade de torque é um aspecto importante, pois para torques maiores podem ser

utilizados trados com maiores diâmetros (PENNA et al., 1999).

A tração do equipamento é a maior força disponível para retirar o trado durante a etapa

de concretagem da estaca. Este aspecto é importante visto que, durante a subida, o

equipamento necessita suportar o peso do trado, do concreto e do solo removido (os dois

últimos confinados entre as hélices) e que, assim como a força de atrito solo-trado, se opõem

à força de arranque. Os diâmetros de trado e as capacidades de tração e torque dos

equipamentos atuais podem ser vistos na Tabela 4.1 (ABEF, 2016).

Tabela 4.1 - Dimensões das estacas hélice admitidas no projeto de fundações (ABEF, 2016).

Torque (KNm) Arranque (KN) Dimensões das estacas

Até 150 480 Ø 0,30 a Ø 0,80 m até 24,00 m de profundidade

De 150 a 200 600 Ø 0,30 a Ø 1,00 m até 27,00 m de profundidade

De 200 a 250 800 Ø 0,30 a Ø 1,20 m até 29,00 m de profundidade

De 250 a 300 800 Ø 0,50 a Ø 1,20 m até 30,00 m de profundidade

De 300 a 350 1000 Ø 0,60 a Ø 1,20 m até 34,00 m de profundidade

De 350 a 400 1200 Ø 0,60 a Ø 1,50 m até 38,00 m de profundidade

4.2 SISTEMA DE MONITORAMENTO (SACI, 2010; PENNA et al.,1999)

As informações fornecidas pelo sistema de monitoramento, se bem utilizadas,

proporcionam maior confiabilidade ao sistema. O sistema eletrônico instalado dentro da

cabine processa os dados fornecidos pelos sensores ao longo de todas as fases da execução.

Estes dados são representados graficamente e podem ser visualizados pelo operador através

de uma tela (ver Figura 4.1). O computador registra no dispositivo de gerenciamento dos

dados os parâmetros monitorados durante a execução, e após a conclusão da execução, é

possível a impressão dos chamados boletins de controle das estacas.

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Figura 4.1 Painel que compõe o sistema de monitoramento (COPPETEC, 2018).

Os sensores são posicionados no guindaste e na torre e são ligados à máquina através

de cabos elétricos. Os parâmetros medidos durante a execução das estacas e seus respectivos

sensores são descritos a seguir.

Volume de concreto injetado: a medição é feita através de medidores de fluxo ou

picos de pressão. Segundo PENNA (1999), o primeiro trata de uma tecnologia mais

sofisticada baseada em energia eletromagnética e que não deve estar em contato com o

concreto para não se expor à abrasão. Contudo, o concreto é bombeado segundo um fluxo no

qual a aceleração varia constantemente em um curto período de tempo; tais variações não são

captadas por este sensor com acurácia satisfatória. A segunda forma de medição do volume de

concreto também é de forma indireta, porém mais resistente e adequada ao ambiente em

questão. O sistema contabiliza apenas o maior pico gerado a cada golpe de cada um dos

cilindros hidráulicos que trabalham de forma alternada. Entretanto, como cada bomba possui

especificações quanto à sua eficiência e volumes dos cilindros, para uma medição aferida, faz-

se necessário uma atualização destas informações toda vez que uma nova bomba é utilizada.

Pressão de concreto: a medição é feita pelo mesmo transdutor utilizado nas medidas

dos picos de pressão para obtenção do volume total de concreto injetado. Tal transdutor está

posicionado na ligação da mangueira flexível com o topo do trado hélice contínua. A medida

é feita através da pressão de um líquido em contato com um tubo de borracha comprimido

pela passagem do concreto.

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Pressão hidráulica no trado: medida apenas durante a fase da perfuração através de

um transdutor de pressão instalado na tubulação de óleo que compõe o sistema hidráulico do

motor da mesa giratória. Os valores da pressão associada ao torque são mostrados em bar,

sendo que 1 bar = 1 kgf/cm². Para se obter o valor do torque é necessário utilizar uma

correlação a ser fornecida pelo fabricante do equipamento.

Profundidade da perfuração: segundo o manual do sistema SACI (2010), dois

sensores detectam a rotação da roldana e o sentido da mesma. Através desta roldana passa o

cabo de aço que sustenta o trado. Proporcionalmente às rotações o cabo sobe ou desce,

dependendo do sentido da rotação. Os dados referentes à profundidade são armazenados para

cada 8 cm de profundidade.

Velocidade de rotação do trado: o sensor é instalado dentro do motor de torque ou

na cabeça de perfuração em contato com um anel formado por 12 pinos metálicos

solidarizados ao trado. Este sensor contabiliza o número de vezes que os pinos são detectados

pelo sensor e envia o dado para o sistema de monitoramento que calcula a velocidade de

rotação em rotações por minuto (RPM).

Inclinação da torre: este parâmetro fornece a inclinação, medida em graus, que os

eixos X (direção direita-esquerda) e Y(direção frente-traseira) fazem com a vertical a partir de

um sensor instalado na torre do equipamento. A resolução é de 0,1º e as informações

referentes à inclinação são mostrados no painel de LED conforme mostrado na Figura 3.1.

4.3 SEQUÊNCIA EXECUTIVA

Uma vez que o trado hélice contínua tenha sido instalado na máquina e esta tenha sido

posicionada próxima ao local onde o piquete marca a posição do eixo da estaca, a torre deve

ser aprumada e o trado contínuo posto sobre o piquete. A partir de então se conferem os dados

referentes à bomba de concreto. A execução das estacas hélice contínua inicia-se pela etapa de

perfuração do trado. Tal etapa ocorre uma vez que o sistema de monitoramento esteja ligado e

a inserção das informações referentes às estacas tenha sido feita. A introdução do trado é feita

pelo giro da hélice sob o terreno, no qual a única força atuante vertical provém do peso

próprio do trado, exceto em alguns casos em que uma força pull down auxilia no processo de

penetração. Durante a perfuração, o sistema de monitoramento fornece informações sobre a

velocidade de avanço, a profundidade penetrada no solo e a velocidade de rotação do trado. A

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execução de estacas hélice contínua é possível para solos com valor de Nspt inferiores a 50

(ALMEIDA NETO, 2002).

Uma vez alcançada a profundidade de projeto, levanta-se o trado em torno de 30 cm

para que ocorra a abertura da tampa provisória e o concreto possa ser bombeado para dentro

do fuste através de uma mangueira flexível com 100 mm de diâmetro. Segundo ABEF (2016),

o concreto bombeado empregado deve ter fator água/cimento menor ou igual a 0,55,

resistência à compressão aos 28 dias de 30 MPa e abatimento (“slump”) entre 19 e 25 cm para

permitir que as condições de trabalhabilidade do concreto durante a fase de introdução da

armadura sejam as adequadas. O concreto deve ter consumo de cimento de pelo menos 400

kg/m³. A especificação completa do concreto a ser utilizado na execução de estacas hélice

contínua segundo ABEF (2016) é mostrada na Tabela 4.2.

Tabela 4.2 – Especificações do Concreto a ser utilizado em estacas tipo hélice contínua (adaptado de

ABEF, 2016).

Especificações do Concreto

𝑓𝑐𝑘(MPa) ≥ 30 MPa

Fator água/cimento ≤ 0,55

Idade de controle(dias) 28

Agregado Pedra 0 (sem pó de pedra) e permite-se o uso de agregado miúdo artificiais

conforme ABNT NBR 7211:2009

Slump (cm) 22 ± 3

% de Argamassa em massa 55

Exsudação máxima 4% em relação ao volume total de

água

Tempo de início de pega (horas) ≥ 3

Traço Tipo bombeado

Durante a concretagem, o trado é removido sem que haja interrupções no processo e

com velocidade de extração baixa tal que permita o sobreconsumo do concreto e sem

rotacionar a fim de evitar o desconfinamento do solo. Contudo, em casos de solos arenosos,

para auxiliar na extração, o trado é removido com baixas velocidades de rotação no mesmo

sentido de rotação no qual foi feita a etapa da perfuração. Durante o movimento de subida do

trado, o solo acumulado entre as hélices é removido pelo limpador. A concretagem é

finalizada uma vez que a ponta do trado alcance a cota de projeto. O material removido

acumula-se na região da execução até que seja levado por uma pá carregadeira de pequeno

porte para o local do canteiro de obras destinado à sua deposição.

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A última etapa da execução é de inserção da armadura (previamente preparada

segundo as especificações do projeto de fundações) no fuste da estaca. Segundo ABEF(2016),

a armadura deve ser inserida no fuste em prazo máximo de duas horas após a chegada do

concreto (caminhão betoneira) ao canteiro de obras. Entretanto, quando as estacas estão

submetidas apenas a esforços de compressão não é necessário o uso de armaduras, porém é

recomendável que o comprimento da armadura seja igual ou superior a 4,0 m para que haja

boa integração entre a estaca e o bloco de coroamento (PENNA et al., 1999). Para os casos

em que a estaca esteja submetida somente a esforços de compressão pode ser dispensado o

uso de estribos considerando-se que a armadura é inserida somente após o fim da

concretagem, o que pode ser considerado um inconveniente do processo executivo, pois limita

as características da armadura e o período de tempo entre o fim da concretagem e o início da

colocação da armadura que deve ser o menor possível.

A armadura deve ser dimensionada de maneira a obter comprimento baixo e rigidez

adequada — armaduras com barras grossas e estribos circulares fixados com solda nas barras

longitudinais que deverão contar com um “pé” de 100 cm de comprimento e seção de tronco

de cone para auxiliar o processo de introdução da armadura — para que não haja deformações

no decorrer do processo de inserção. A inserção da armadura é feita através de gravidade no

caso de armaduras com comprimentos de 12,0 metros, para armaduras com comprimentos

maiores a inserção é feita por compressão (auxílio de peso) ou vibração. É recomendável o

uso de espaçadores para assegurar o cobrimento das armaduras (PENNA et al., 1999;

ALMEIDA NETO, 2002).

Para conclusão da execução da estaca, faz-se necessário o preparo da cabeça da estaca

segundo as informações do projeto de fundações, o qual deve designar os procedimentos

adequados. A estaca é cortada (arrasada) na sua porção acima da cota de arrasamento. Este

corte pode ser feito, nos casos de estacas com diâmetros inferiores a 40 cm, com uso de

ponteiro desde que o mesmo esteja na posição horizontal ou inclinado com a ponta para cima.

Nos demais casos permite-se o uso de martelete pneumático tipo leve até 15 cm acima da cota

de arrasamento quando a partir de então deve ser usado o ponteiro conforme descrito.

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4.4 CONTROLE DE EXECUÇÃO

Durante as etapas de perfuração do trado no solo e concretagem, os parâmetros lidos

pelo operador estejam relacionados a qualidade do processo executivo da estaca. Deve ser

garantida tanto a integridade do fuste como o não desconfinamento do solo circundante.

Para que não ocorra o desconfinamento do solo, o controle da velocidade de avanço é

muito importante, tendo em vista que o trado é liberado para a descida através de um cabo de

aço que passa por uma roldana e não há, portanto, uma força de compressão que auxilie no

processo de perfuração (PENNA et al, 1999). Deste modo, a velocidade de descida do trado é

proporcional a sua velocidade de rotação. Nos casos em que a velocidade de rotação for baixa

e o torque alcançar valores elevados (solos de elevada resistência), o operador deve restringir

a descida do trado e manter o giro para que seja possível o avanço. Entretanto, o impedimento

da descida do trado enquanto a rotação é mantida gera desconfinamento do solo, configurando

um procedimento a ser executado somente quando houver necessidade.

Além da questão do confinamento, outro limitador para a velocidade de rotação é a

capacidade de torque do motor do equipamento, que para obter rotações do trado mais

elevadas necessitará de um torque mais elevado. Se a pressão do torque for muito elevada nos

casos em que a estaca a ser executada seja de pequeno diâmetro (de 30 cm, por exemplo) e o

solo seja de elevada resistência, o trado contínuo pode ser danificado, conforme mostrado na

Figura 4.2.

No que se refere à garantia da integridade da estaca, um dos parâmetros mais

importantes é a pressão do concreto. Este parâmetro deverá ser, sempre que possível,

positivo ou nulo, conforme mencionado na seção 4.2 deste capítulo. O sensor que mede a

pressão de concreto está posicionado no trecho final da mangueira próximo a haste vazada do

trado e não mede, portanto, a pressão na saída da haste tubular. Por consequência, se o solo

for de elevada competência, a pressão mostrada no painel do equipamento será menor que a

pressão na saída do concreto, visto que o tubo vazado estará ocupado pelo concreto. Portanto,

nos casos de solos resistentes, não há razão para que a pressão seja negativa e, para que seja

garantida a integridade, o valor da pressão do concreto deve ser sempre positivo. Já nos casos

de solos muito moles, o que ocorre é o oposto: o valor de pressão informado é menor que o

valor na saída da haste, pois a velocidade de saída do concreto é maior que a velocidade de

entrada na conexão do mangote com o topo do trado, de tal modo que este último pode chegar

a ser negativo na saída do trado sem que isto indique a perda de integridade da estaca.

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Figura 3.2 – Trado danificado durante a execução das estacas (COPPETEC, 2018)

Outro parâmetro diretamente relacionado à integridade do fuste é a relação entre o

volume de concreto injetado e o volume de concreto total da peça medido através dos

contadores de picos de pressão. Assim como a pressão de concreto, este parâmetro calcula o

volume próximo do topo da haste tubular. Neste caso, o valor do volume de concreto é obtido

de maneira indireta. A acurácia da medida de concreto é afetada pela calibração dos valores

de pico da bomba (a ser feita no sistema de monitoramento antes do início da execução da

estaca) e pelas condições da bomba de concreto. Este parâmetro deverá ser sempre positivo

(sobreconsumo), pois se for negativo (subconsumo) significa que algum trecho da estaca ao

longo da profundidade terá diâmetro menor que o previsto (e, consequentemente, menor

seção) o que proporciona perda de atrito lateral na interface solo-estaca.

O controle sobre a pressão de concreto e do sobreconsumo estão relacionados com a

velocidade de extração do trado na fase de concretagem da estaca. Quanto maior a velocidade

de extração, menores serão os valores de sobreconsumo e pressão de concreto, por

conseguinte, a subida do trado deve ser feita com baixas velocidades para que haja qualidade

na execução da estaca.

Porém, apesar de que as velocidades de avanço, de rotação e de extração do trado

devem ser baixas por razões já explicitadas, o tempo de execução da estaca não pode ser

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30

longo, pois, quanto maior o tempo de execução da estaca, maior é o desconfinamento do solo

na periferia da estaca. Para que o parâmetro tempo seja controlado, o sistema de

monitoramento fornece, através de seu relógio interno, o início — quando a ponta do trado

inicia a penetração no solo — e o fim — quando a concretagem é concluída. O intervalo de

tempo deverá ser o menor possível entre o fim da concretagem e a inserção da armadura para

permitir a introdução em uma etapa que pela sequência de execução já é dificultada.

A profundidade medida na descida e o volume de concreto durante a subida do trado

são medidos a cada 8 cm (SACI, 2010). Uma vez alcançada a profundidade de projeto, o trado

deve encontrar uma camada de solo tal que permita a formação da “bucha”, ou seja, até que o

trado penetre em um tipo de solo que o concreto possa permanecer abaixo do trado.

Segundo ABEF (2016), o desaprumo da torre, ou seja, o desvio em relação à vertical

do eixo da estaca deve ser de no máximo um grau (1º). Para inclinações maiores fazem-se

necessárias verificações de capacidade de carga e de estabilidade.

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5 ANÁLISE DOS BOLETINS DAS ESTACAS

5.1 APRESENTAÇÃO DOS BOLETINS DAS ESTACAS HÉLICE CONTÍNUA

MONITORADA

Os boletins das estacas informam diversos aspectos da execução das estacas tipo

hélice contínua. Os dados que compõem esses relatórios são obtidos pelo sistema de

monitoramento durante a execução e armazenados no sistema de gerenciamento de dados que,

após a conclusão da execução, permitem a impressão desses relatórios.

Cada boletim contém dados inseridos incialmente pelo operador, durante a execução e

no fim das etapas de introdução do trado e de concretagem do fuste, cujas informações dizem

respeito a uma única estaca.

Os dados iniciais (identificação e diâmetro da estaca, local da obra, cliente, empresa

executora e contrato) presentes nestes boletins são fornecidos ao sistema pelo operador antes

do início da execução.

Os dados obtidos ao longo de cada etapa (avanço e extração do trado) são mostrados

em forma de gráficos ao longo da profundidade. Os boletins contêm três gráficos para a parte

da introdução do trado nos quais os parâmetros analisados são: pressão hidráulica, velocidade

de rotação e velocidade de avanço. Os gráficos de pressão de concreto, velocidade de extração

e perfil estimado expõem informações sobre a etapa de concretagem.

Os dados referentes ao comprimento da estaca e da inclinação são obtidos ao fim do

processo de introdução do trado hélice contínua, ao passo que o volume de concreto lançado e

o superconsumo referem-se ao resultado final da etapa de concretagem, ou seja, uma vez que

a ponta do trado alcance a superfície do terreno.

5.2 BOLETINS ANALISADOS

A fim de obter informações sobre a execução das estacas, fez-se a partir desses

relatórios um estudo de diversas estacas da obra analisada no presente trabalho. O grupo de

estacas analisadas é composto pelas estacas próximas aos locais onde foram feitas as

sondagens para que fosse possível uma correlação das análises com o subsolo apontado nos

boletins de sondagem. Os boletins analisados podem ser vistos no anexo II.

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Neste grupo foram feitas subdivisões segundo a sondagem mais próxima. Cada

subdivisão se refere às estacas em um raio de 8,0 metros com relação à localização da

sondagem, totalizando 37 estacas. Este raio foi adotado de modo que fosse possível obter pelo

menos cinco estacas por sondagem, visto que estas últimas foram feitas em alguns casos em

locais com baixa densidade de estacas (ver Figura 5.1). As estacas analisadas são mostradas

na Tabela 5.1.

Para identificar uma correlação entre os resultados dos diferentes boletins, elaborou-

se uma planilha na qual as linhas representam as profundidades a cada 0,5 metro, enquanto as

colunas contêm o nome da estaca. As células em vermelho (quedas acentuadas) ou rosa

(quedas de menor amplitude) representam quedas no parâmetro que se pretende analisar,

enquanto os valores em verde representam picos (aumentos bruscos) nos gráficos.

Denominam-se como “faixas” as profundidades nas quais diferentes estacas apresentaram

queda.

Foram feitas, para cada uma das três subdivisões do grupo I, três análises: pressão

hidráulica, velocidade de rotação e pressão de concreto. Essas planilhas podem ser vistas nas

próximas seções deste capítulo. Em alguns casos os boletins apresentam grande amplitude ou

constância de valores ao longo de todo o perfil para alguns parâmetros. Nos casos em que não

foi possível a visualização de picos ou quedas notáveis, a célula de identificação da estaca foi

destacada em cor amarela. As estacas cujas variações de um determinado parâmetro

ocorreram ao longo de todo perfil sem qualquer tendência tiveram as células de identificação

destacas com a cor laranja. O gráfico de torque da estaca E508A é um exemplo deste caso

(ver figura 5.1).

Tabela 5.1 Divisões das estacas em grupos segundo a sondagem mais próxima

Estacas analisadas Total

SP01A E33B E33C E33D E34A E34B E34C E34D E34E 8

SP02 E07A E07B E508A E508B E509A 5

SP04

E34F E34G E34H E34I E34J E34L E34M E34N

24

E34O E34P E09A E09D E09B E09C E17B E17C

E18A E18B E15A E15B E16A E16B E16C E520

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Figura 5.5 Tipos de gráficos nos quais não foram possíveis a obtenção de quedas ou picos – estaca

E508A

5.3 VELOCIDADE DE ROTAÇÃO E VELOCIDADE DE AVANÇO

Conforme mencionado no capítulo 3, alguns parâmetros estão correlacionados. As

velocidades de avanço e de rotação são exemplos, visto que não há registros de que uma força

vertical de compressão tenha sido utilizada na cravação. Segundo Penna et al. (1999), nos

casos de camadas muito resistentes nas quais o torque atinge valores elevados, pode-se

impedir a descida do trado e manter o giro, com ressalvas de que o operador deve utilizar este

recurso o menor número de vezes possível devido ao risco de desconfinamento do solo

circundante. Deste modo, se este artifício fosse utilizado pelo operador durante a etapa de

avanço, o gráfico de velocidade de rotação apresentaria pico ou se manteria constante,

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enquanto que o gráfico de velocidade de avanço mostraria um comportamento oposto para a

mesma profundidade.

Porém, duas situações foram observadas nos gráficos analisados. A primeira situação

(gráficos à esquerda na Figura 5.2) se refere a um comportamento que a presente autora

considerou típico, na qual ambos os gráficos variam ao longo da profundidade com

comportamento muito similar em forma e magnitude. Admite-se, portanto, que nestas estacas

o operador não tenha adotado o artificio descrito no parágrafo anterior.

Na segunda situação observada (gráficos à direita na Figura 5.2), a velocidade de

avanço era a máxima registrada pelo sistema (20 m/h = 0,56 cm/s) com quedas de velocidade

pontuais a, no máximo, 15 m/h ou 0,42 cm/s. Estas pequenas quedas na velocidade de avanço

ocorreram em profundidades nas quais a velocidade de rotação se reduzia em 50% com

relação à média de velocidade ao longo do perfil, ou seja, pequenas quedas de velocidade de

avanço ocorreram em profundidades nas quais ocorreram grandes quedas de velocidade de

rotação. Uma hipótese é de que tenham ocorrido falhas nos sensores de velocidade durante a

execução destas estacas.

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Figura 5.3 Gráficos de velocidade na etapa de avanço – à esquerda estaca E09A (60 cm de diâmetro) e

à direita E34I (80 cm de diâmetro).

Ao estudar as variações de velocidade de rotação nos boletins, observa-se que 71%

dos boletins apresentaram as maiores velocidades de rotação nos primeiros 5,0 a 7,5 metros

de profundidade (ver Figuras 5.4, 5.5 e 5.6), quando então uma redução dos valores de

rotação ocorre abruptamente. Uma hipótese admitida pela autora é de que essa redução

ocorreu no encontro com a camada de pedregulhos indicada nas sondagens de 2018 (ver

Figuras 2.7 e 2.8). Também é possível identificar entre as profundidades de 16,0 e 17,0

metros uma maior concentração de quedas de velocidade de estacas próximas do subgrupo

SP01A.

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Figura 5.4 Análise de picos ou quedas na velocidade de rotação - subgrupo SP01A

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Figura 5.5 Análise de picos ou quedas na velocidade de rotação - subgrupo SP02

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Figura 5.6 Análise de picos ou quedas na velocidade de rotação - subgrupo SP04

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5.4 PRESSÃO HIDRÁULICA

A pressão hidráulica é um parâmetro associado ao torque. É razoável admitir que

valores elevados de torque sejam esperados para camadas resistentes de solo. Também é

esperado que, devido ao estado de tensões, camadas mais profundas terão valores médios de

torque mais elevados. Deste modo, optou-se por identificar as profundidades nas quais

ocorreram quedas nos gráficos de pressão hidráulica.

Admite-se que as quedas de pressão hidráulica estão associadas a uma mudança entre

camadas de solo. Para permitir uma melhor visualização dos dados, destacaram-se as células

das planilhas realizando uma interpretação das faixas de profundidade nas quais houve queda

brusca no valor de pressão hidráulica.

Os resultados que apresentaram a menor dispersão na análise de pressão hidráulica

foram para o subgrupo SP01A. Neste grupo houve boa correlação entre os resultados do bloco

B33 e B34. É provável que a proximidade entre as estacas tenha favorecido a análise. Os

resultados são mostrados na Figura 5.7. Nesta figura destacam-se quatro faixas de

profundidade que ocorrem tanto à esquerda da sondagem (estacas do bloco B33) quanto à

direita (estacas do bloco B34).

A primeira faixa na qual houve queda ocorre de maneira dispersa entre 1,0 e 3,5

metros de profundidade (100% das estacas apresentaram um ou dois pontos de queda nestas

faixas no subgrupo SP01A), coincidindo com a camada de aterro que tanto nas sondagens de

2018 e 2019 é indicada até profundidades próximas de três metros. Entretanto, não se observa

a mesma densidade nos demais subgrupos de boletins nos quais quedas foram identificadas

em 50% dos boletins do subgrupo SP02 de 2018 e em 20% do subgrupo SP04 (ver Figuras

5.8 e 5.9).

Com relação ao subgrupo SP01A, uma segunda faixa de pontos é obtida entre os 5,0 e

6,5 metros. Tal fato pode ser associado à queda do valor de Nspt na sondagem SP01A de

2018, visto que em 4,47 m o valor de Nspt é igual a 1. A terceira faixa observada é vista de

8,0 a 9,5 metros. Este conjunto de quedas poderia estar associado à presença de pedregulhos

(indicada na sondagem SP01A de 2018 como de pequena espessura, no entorno dos 8,0

metros), porém esta camada não está associada a uma queda do valor de Nspt e em outras

profundidades nas quais sondagens indicavam pedregulhos não houve redução significativa

do torque.

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Figura 5.7 Análise de quedas na pressão hidráulica - subgrupo SP01A

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Figura 5.8 Análise de quedas na pressão hidráulica - subgrupo SP02

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Figura 5.9 Análise de quedas na pressão hidráulica - subgrupo SP04

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5.5 PRESSÃO DE CONCRETO

Conforme mencionado no capítulo anterior, a pressão de concreto é medida na ligação

do trado hélice contínua com a mangueira flexível. O concreto é lançado para dentro do fuste

através do bombeamento.

Segundo Penna et al. (1999) nos casos de solos moles a pressão pode ser negativa com

elevado sobreconsumo de concreto. Para garantir que a pressão de concreto seja sempre

positiva, o operador deve administrar a velocidade de retirada de modo a permitir que não

haja pressões negativas que comprometam a integridade do fuste da estaca. Ou seja, em casos

de camadas de solos moles confinadas, o operador deve diminuir a velocidade de extração

para que a pressão na ponta do trado seja positiva.

Para avaliar em quais profundidades os solos eram consideravelmente moles, optou-se

por destacar em quais camadas, ainda que a velocidade de retirada fosse baixa ou em redução,

a pressão de concreto apresentasse uma queda relevante.

Após analisar os boletins, observa-se que a máxima pressão de concreto computada foi

de 0,4 bars para as estacas de 80 cm e 0,6 bars nas estacas de 50 cm. Admitiu-se para ambos

os casos que quedas até 0,25 bars seriam destacadas com células de rosa e a abaixo de 0,25

bars seriam destacados com células de cor vermelha, sempre de maneira a seguir o critério

descrito no parágrafo anterior.

Para o caso do subgrupo SP01A é possível observar que as estacas do bloco E34

apresentaram quedas dos 18,0 metros (estaca E34A) aos 13,0 metros (E34E), porém não

foram notadas correlações que justificassem este comportamento. Porém, não foi possível

correlacionar os resultados destas análises com as sondagens ou com as análises de variações

da pressão hidráulica ou de velocidade de rotação. É possível que a posição deste sensor

impossibilite uma sensibilidade adequada para atravessar camadas moles pouco espessas. Os

resultados das análises são mostrados nas Figuras 5.10, 5.11 e 5.12.

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Figura 5.10 Análise de quedas na pressão de concreto - subgrupo SP01A

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Figura 5.11 Análise de quedas na pressão de concreto - subgrupo SP02

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Figura 5.12 Análise de quedas na pressão de concreto- subgrupo SP04

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5.6 ANÁLISE DAS PROFUNDIDADES ALCANÇADAS

Sabe-se que 72% das 150 estacas executadas não alcançaram o comprimento previsto

em projeto. Para encontrar possíveis razões para este fato, analisaram-se os boletins das

estacas dos subgrupos apresentados na seção 5.2 deste capítulo.

Para o caso do subgrupo SP01A, três estacas em sequência obtiveram

aproximadamente 17,0 metros de comprimento (estacas 33B, E33C e E33D). Estas três

estacas obtiveram o valor máximo de pressão hidráulica medida (200 bars) pelo sistema de

monitoramento e desaprumo aceitáveis (menores que um grau, segundo ABEF, 2016). De

modo que é razoável admitir que o critério de parada neste caso tenha sido a limitação do

torque do equipamento. As demais estacas deste subgrupo grupo alcançaram o comprimento

de projeto.

No subgrupo SP02 o mesmo fato foi observado: valor de pressão hidráulica elevada e

comprimento de 17,04 metros, com exceção da estaca E508A (cujo diâmetro é de 50 cm e a

profundidade prevista é de 18 metros) que alcançou profundidade de apenas 15,0 metros sem

que o torque estivesse elevado, porém assim como as demais estacas deste subgrupo,

apresentando desaprumo entorno -2º.

O último grupo de boletins analisados, SP04, apresentou uma discrepância interna.

Todas as estacas do bloco de coroamento B34 (80 cm de diâmetro) alcançaram o

comprimento previsto de 22,0 metros, em sua maioria com desaprumo próximo de zero grau

(0º). Das vinte e quatro estacas analisadas neste subgrupo, apenas sete não alcançaram a

profundidade de projeto (aproximadamente 29%). Todas estas sete estacas são de 60 cm de

diâmetro e foram encerradas com comprimentos variando entre 14,0 a 20,5 metros, ao invés

dos 22,0 metros definidos no projeto de fundações e com desaprumos aceitáveis.

Outra conclusão obtida é de que no geral, para um mesmo bloco, os comprimentos

obtidos foram os mesmos para estacas próximas (executadas em datas distintas) e de que o

principal critério de parada do avanço foi provavelmente a pressão hidráulica elevada, o que é

um aspecto positivo, visto que é razoável associar a obtenção de torques elevados à presença

de camadas de solo competentes.

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6 CONCLUSÃO

O presente trabalho analisou o estaqueamento da obra do Centro de Pesquisa em

Medicina Regenerativa da UFRJ.

Para conhecer o subsolo foram feitas comparações dos boletins das sondagens

realizadas, sendo uma em 2014 e a outra em 2018. Em comparação com as sondagens de

2014, no que refere aos ensaios SPT, os valores de Nspt na região da sondagem SP01A

indicam um solo mais resistente ao longo de praticamente todo o perfil ensaiado, enquanto

que para as sondagens SP02 e SP04 valores muito mais elevados foram obtidos apenas para

profundidades maiores que 9 a 10 metros.

Estas análises mostraram perfis geotécnicos semelhantes, contudo os valores de N

obtidos durante os ensaios de SPT foram consideravelmente discrepantes, a partir de cerca de

9 a 10 metros de profundidade, no solo residual. O número de golpes médio em 2014 era de

menos da metade dos obtidos em 2018 (caso das sondagens SP04/2018 e SP05/2014). As

estacas hélice contínua atingiram, na maioria dos casos, profundidades muito além do

impenetrável à percussão.

A comparação entre as estimativas de capacidade com base no método de AOKI e

VELLOSO (1975) e de carga última RU mostrou resultados muito menores no caso dos

resultados obtidos a partir dos valores de Nspt da sondagem SP05/2014 para qualquer

profundidade alcançada pelas estacas ensaiadas. No caso das estimativas para os valores de

Nspt da sondagem a partir do impenetrável a percussão, a adoção de valores de Nspt e tipo de

solo iguais aos fornecidos para a profundidade do impenetrável a percussão forneceu valores

muito maiores que os obtidos nas estacas ensaiadas.

A partir do estudo referente ao sistema de monitoramento da estaca hélice contínua

monitorada foi possível conhecer a posição dos sensores e o que de fato eles medem durante a

execução, em especial o caso do sensor de pressão de concreto, o qual, em virtude de sua

posição, não mede a pressão na extremidade do trado, mas sim na ligação da tubulação

flexível com o topo da haste tubular.

Ao analisar os dados referentes à pressão de concreto nos boletins de execução das

estacas, não foi observado um padrão de ocorrência das quedas de pressão em determinadas

camadas menos competentes, mesmo entre grupos de estacas relativamente próximas. Uma

hipótese admitida pela autora é de que a questão da posição do sensor dificulte uma

interpretação coerente.

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O procedimento de redução da velocidade de avanço com elevação da velocidade de

rotação para permitir a travessia de camadas de solo competentes, conforme descrito por

Penna et al (1999), não foi observado nos boletins das estacas analisadas, visto que há

proporcionalidade entre os gráficos dos dois parâmetros de velocidade ao longo das

profundidades executadas.

O fato de não haver uma investigação geotécnica confiável que alcançasse a

profundidade um pouco abaixo da ponta da estaca, não permitiu que fossem feitas análises

mais detalhadas dos boletins de execução das estacas.

De maneira geral, os resultados para o subgrupo SP04 obtiveram maior dispersão para

análises de diferentes parâmetros, provavelmente em virtude da maior distância entre as

estacas inclusive com diferentes diâmetros. Outro aspecto importante é que o subsolo é um

espaço tridimensional, portanto, no qual podem ocorrer variações de camadas de materiais em

três direções. Contudo, as análises foram feitas para conjuntos de estacas dentro de um raio de

8,0 metros e agrupadas sem um alinhamento, ou seja, sem que se fossem fixadas um das três

dimensões no espaço.

No local da sondagem SP02 poucas estacas foram executadas (apenas cinco em um

raio de 8,0 metros), as quais pertencem a dois blocos de coroamento diferentes e de diâmetros

iguais a 50 e 60 cm. Ou seja, elementos com diâmetros menores nos quais não foram

observadas eventuais quedas de pressão em camadas moles, pois as pressões de concreto se

mostraram elevadas para os grupos de estacas de menor diâmetro.

Os resultados mais coerentes foram obtidos para o grupo SP01A, cuja proximidade

entre as peças é maior e há uniformidade dos diâmetros das mesmas. Neste grupo foi possível

observar certa uniformidade entre as camadas segundo o parâmetro analisado.

Outro resultado interessante é de que, de forma geral, as análises dos três parâmetros

não forneceram valores de picos ou quedas incoerentes para uma mesma profundidade. Essa

incoerência seria, por exemplo, uma queda da pressão de concreto (que pode ser associada à

presença de material mole quando a velocidade de extração do trado não variar) em uma

determinada estaca ocorrer em uma profundidade que, para a mesma estaca, obteve queda de

velocidade de rotação.

Porém, na maioria dos casos analisados não houve uma coerência óbvia entre os

parâmetros, o que pode ser explicado pelo fato de que as variações nas propriedades do solo

ao longo da profundidade são notadas ou não de forma mais ou menos significativa segundo a

sensibilidade do sensor e do parâmetro que é medido. Tal observação pode ser uma

explicação para o fato de que a velocidade de rotação tenha apresentado quedas significativas

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em mais de 70% das peças analisadas no entorno dos 6,0 metros sem que houvesse um padrão

de pico nos gráficos de pressão hidráulica para mesma profundidade em qualquer um dos três

subgrupos.

Conclui-se, portanto, quanto à análise dos boletins das estacas, que podem ser

observados padrões de aumentos e quedas bruscas dos parâmetros de pressão hidráulica e

velocidade de rotação (para estacas próximas e de mesmo diâmetro) ao longo da profundidade

da estaca. As profundidades em que estas quedas ou aumentos ocorrem variam segurando o

parâmetro, o que sugere que tais parâmetros notem mudanças nas características do solo, ao

longo da profundidade, de forma distinta. Estas transições de características de solo podem

não haver sido indicada nas sondagens disponíveis, seja pela descontinuidade nas

características do solo (entre o local de execução da sondagem e o local de execução da

estaca) ou pela profundidade do impenetrável a percussão, tal como ocorrido no caso

estudado neste trabalho.

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7 RECOMENDAÇÕES

Recomenda-se que sejam feitas análises de boletins das estacas hélices correlacionadas

com uma investigação geotécnica densa, realizadas em locais próximos aos locais de

execução das estacas para que seja possível avaliar, com menos incertezas associadas, a

influência do operador.

Sugere-se que sejam feitos estudos sobre a qualidade de estacas cujas pressões de

concreto tenham sido iguais ou muito próximas a zero.

Também é recomendável na opinião do autor que sejam elaborados critérios de parada

na etapa de avanço bem definidos. Estes critérios poderiam estabelecer até quando é aceitável

que um comprimento executado seja inferior ao comprimento estabelecido no projeto de

fundações

Recomenda-se o estudo de como o operador deve proceder nos casos em que sejam

executadas estacas de diferentes comprimentos para um mesmo bloco de coroamento. Sugere-

se avaliar os casos em que o operador encerre o avanço antes do previsto sem que a

capacidade de torque tenha sido esgotada influenciado pelo fato de que de que outra estaca

não tenha alcançado a profundidade de projeto.

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ANEXOS

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N:

E:

3

15

3

15

4

15 1

3

15

4

15

6

15 2

3

15

4

15

6

15 3

2

15

3

15

2

15 4

2

15

3

15

4

15 5

3

15

5

15

7

15 6

3

15

6

15

9

15 7

4

15

8

15

12

15 8

5

15

9

15

13

15 9

6

15

10

15

12

15 10

4

15

8

15

7

15 11

3

15

8

15

8

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4

15

10

15

13

15 13

5

15

11

15

13

15 14

7

15

13

15

15

15 15

8

15

13

15

16

15 16

4

15

8

15

12

15 17

4

15

9

15

13

15 18

3

15

8

15

12

15 19

4

15

9

15

13

15 20

FOLHA:

FERNANDA A NASCIMENTO

NA

(m)

PR

OF

.

(m)

AMOSTRADOR:

Øexterno = 50.8 mm

Øinterno = 34.9 mm

REVESTIMENTO = 63.5 mm

PESO: 65 kg

ALTURA DE QUEDA: 75 cm

DESCRIÇÃO DO MATERIAL

1 / 2

TRADO

LAVAGEM

DATA:

1:100

ESCALA VERT.:

8,00

CREA N: 5062557780

PROFUNDIDADE DO REVESTIMENTO (m):

AVANÇO (m)

23

29

22

5/10/2014

20

22

0,00 a 4,00

4,45 a 25,00

20

PE

RF

IL

GE

OL

ÓG

ICO

N.o

DE GOLPES /

PENETRAÇÃO

1o

2o

CO

NS

IST

ÊN

CIA

*

OU

CO

MP

AC

IDA

DE

**

3o

SPT

N

CO

TA

(m)

28

22

15

22

16

24

FINAL:

SONDAGEM A PERCUSSÃO SP-01

03/10/2014

COORDENADAS:

DATA:

COTA:

12

3,88

3,61

PENETRAÇÃO

(golpes / 30cm)

S.P.T.

GRAF. Esc. 1:2000

PROFUNDIDADE DO NÍVEL D' ÁGUA (m)

INICIAL:

15

5

7

20

CLIENTE:

OBRA:

LOCAL:

COPPETEC

EDIFICAÇÃO

AVENIDA CARLOS CHAGAS FILHO X RUA MARIA DOLORES LINS DE ANDRADE - CINDADE

UNIVERSITÁRIA DO RIO DE JANEIRO - ILHA DO FUNDÃO

10

10

7

DU

RA

20,00

ARGILA SILTOSA, POUCO PLÁSTICA, ARENSA,

GRANULAÇÃO FINA, CINZA VARIEGADO.

RIJ

A

A

DU

RA

17,58

ARGILA ARENOSA, GRANULAÇÃO FINA, POUCO

SILTOSA, CINZA VARIEGADO.

DU

RA

10,34

ARGILA ARENOSA, GRANULAÇÃO FINA, POUCO

SILTOSA, CINZA E VERMELHO VARIEGADO.

ME

DIA

NA

M.

CO

MP

AC

TA

7,83

AREIA, GRANULAÇÃO VARIADA, MÉDIA E GROSSA,

CINZA VARIEGADO.

POUCO COMPACTA

4,71

AREIA, GRANULAÇÃO VARIADA, FINA E MÉDIA,

ARGILOSA, CINZA VARIEGADA. M

OL

E

A

DIA

3,61

ATERRO, ARGILA SILTOSA, POUCO ARENOSA,

GRAULAÇÃO FINA, MARROM VARIEGADO.

0,04 SOLO VEGETAL.

3,61

10 20 30 40 50 0

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N:

E:

5

15

12

15

14

15 21

8

15

13

15

18

15 22

11

15

16

15

21

15 23

13

15

24

15

26

13 24

26

15

32

15 25

26

27

28

29

30

31

32

33

34

35

36

37

38

39

40

FOLHA:

FERNANDA A NASCIMENTO

NA

(m)

PR

OF

.

(m)

AMOSTRADOR:

Øexterno = 50.8 mm

Øinterno = 34.9 mm

REVESTIMENTO = 63.5 mm

PESO: 65 kg

ALTURA DE QUEDA: 75 cm

DESCRIÇÃO DO MATERIAL

2 / 2

TRADO

LAVAGEM

DATA:

1:100

ESCALA VERT.:

8,00

CREA N: 5062557780

PROFUNDIDADE DO REVESTIMENTO (m):

AVANÇO (m)

5/10/2014

0,00 a 4,00

4,45 a 25,00

PE

RF

IL

GE

OL

ÓG

ICO

N.o

DE GOLPES /

PENETRAÇÃO

1o

2o

CO

NS

IST

ÊN

CIA

*

OU

CO

MP

AC

IDA

DE

**

3o

SPT

N

CO

TA

(m)

FINAL:

SONDAGEM A PERCUSSÃO SP-01

03/10/2014

COORDENADAS:

DATA:

COTA:

3,88

3,61

PENETRAÇÃO

(golpes / 30cm)

S.P.T.

GRAF. Esc. 1:2000

PROFUNDIDADE DO NÍVEL D' ÁGUA (m)

INICIAL:

50/28

26

CLIENTE:

OBRA:

LOCAL:

COPPETEC

EDIFICAÇÃO

AVENIDA CARLOS CHAGAS FILHO X RUA MARIA DOLORES LINS DE ANDRADE - CINDADE

UNIVERSITÁRIA DO RIO DE JANEIRO - ILHA DO FUNDÃO

31

37

32/15

FURO TERMINADO EM 25,3m

DU

RA

25,30

ARGILA SILTOSA, POUCO PLÁSTICA, ARENSA,

GRANULAÇÃO FINA, CINZA VARIEGADO.

10 20 30 40 50 0

Page 67: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO2 A OBRA ANALISADA 2.1 DESCRIÇÃO DA OBRA A obra analisada corresponde à construção do edifício que abrigará o Centro de Pesquisa em Medicina

N:

E:

2

15

3

15

6

15 1

3

15

4

15

5

15 2

3

15

5

15

7

15 3

4

15

8

15

9

15 4

2

15

3

15

3

15 5

3

15

4

15

6

15 6

3

15

6

15

9

15 7

4

15

8

15

12

15 8

4

15

10

15

12

15 9

5

15

11

15

13

15 10

4

15

8

15

10

15 11

5

15

9

15

12

15 12

6

15

13

15

16

15 13

7

15

14

15

18

15 14

5

15

9

15

12

15 15

6

15

10

15

12

15 16

7

15

12

15

14

15 17

4

15

9

15

11

15 18

5

15

12

15

12

15 19

6

15

13

15

15

15 20

FOLHA:

FERNANDA A NASCIMENTO

NA

(m)

PR

OF

.

(m)

AMOSTRADOR:

Øexterno = 50.8 mm

Øinterno = 34.9 mm

REVESTIMENTO = 63.5 mm

PESO: 65 kg

ALTURA DE QUEDA: 75 cm

DESCRIÇÃO DO MATERIAL

1 / 2

TRADO

LAVAGEM

DATA:

1:100

ESCALA VERT.:

8,00

CREA N: 5062557780

PROFUNDIDADE DO REVESTIMENTO (m):

AVANÇO (m)

29

22

20

5/10/2014

24

28

0,00 a 4,00

4,45 a 24,00

26

PE

RF

IL

GE

OL

ÓG

ICO

N.o

DE GOLPES /

PENETRAÇÃO

1o

2o

CO

NS

IST

ÊN

CIA

*

OU

CO

MP

AC

IDA

DE

**

3o

SPT

N

CO

TA

(m)

21

24

18

22

21

32

FINAL:

SONDAGEM A PERCUSSÃO SP-02

04/10/2014

COORDENADAS:

DATA:

COTA:

10

4,13

3,73

PENETRAÇÃO

(golpes / 30cm)

S.P.T.

GRAF. Esc. 1:2000

PROFUNDIDADE DO NÍVEL D' ÁGUA (m)

INICIAL:

15

17

9

20

CLIENTE:

OBRA:

LOCAL:

COPPETEC

EDIFICAÇÃO

AVENIDA CARLOS CHAGAS FILHO X RUA MARIA DOLORES LINS DE ANDRADE - CINDADE

UNIVERSITÁRIA DO RIO DE JANEIRO - ILHA DO FUNDÃO

9

12

6

DU

RA

20,00

ARGILA SILTOSA, POUCO PLÁSTICA, ARENSA,

GRANULAÇÃO FINA, CINZA VARIEGADO.

RIJ

A

A

DU

RA

17,63

ARGILA ARENOSA, GRANULAÇÃO FINA, POUCO

SILTOSA, CINZA VARIEGADO.

DU

RA

10,48

ARGILA ARENOSA, GRANULAÇÃO FINA, POUCO

SILTOSA, CINZA E VERMELHO VARIEGADO.

ME

DIA

NA

M.

CO

MP

AC

TA

7,96

AREIA, GRANULAÇÃO VARIADA, MÉDIA E GROSSA,

CINZA VARIEGADO.

MEDIANAN. COMPACTA

4,86

AREIA, GRANULAÇÃO VARIADA, FINA E MÉDIA,

ARGILOSA, CINZA VARIEGADA. M

ÉD

IA

A

RIJ

A

3,89

ATERRO, ARGILA SILTOSA, POUCO ARENOSA,

GRAULAÇÃO FINA, MARROM VARIEGADO.

0,03 SOLO VEGETAL.

3,73

10 20 30 40 50 0

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N:

E:

8

15

16

15

18

15 21

10

15

19

15

24

15 22

12

15

21

15

26

15 23

13

15

20

15

30

13 24

25

26

27

28

29

30

31

32

33

34

35

36

37

38

39

40

FOLHA:

FERNANDA A NASCIMENTO

NA

(m)

PR

OF

.

(m)

AMOSTRADOR:

Øexterno = 50.8 mm

Øinterno = 34.9 mm

REVESTIMENTO = 63.5 mm

PESO: 65 kg

ALTURA DE QUEDA: 75 cm

DESCRIÇÃO DO MATERIAL

2 / 2

TRADO

LAVAGEM

DATA:

1:100

ESCALA VERT.:

8,00

CREA N: 5062557780

PROFUNDIDADE DO REVESTIMENTO (m):

AVANÇO (m)

5/10/2014

0,00 a 4,00

4,45 a 24,00

PE

RF

IL

GE

OL

ÓG

ICO

N.o

DE GOLPES /

PENETRAÇÃO

1o

2o

CO

NS

IST

ÊN

CIA

*

OU

CO

MP

AC

IDA

DE

**

3o

SPT

N

CO

TA

(m)

FINAL:

SONDAGEM A PERCUSSÃO SP-02

04/10/2014

COORDENADAS:

DATA:

COTA:

4,13

3,73

PENETRAÇÃO

(golpes / 30cm)

S.P.T.

GRAF. Esc. 1:2000

PROFUNDIDADE DO NÍVEL D' ÁGUA (m)

INICIAL:

50/28

34

CLIENTE:

OBRA:

LOCAL:

COPPETEC

EDIFICAÇÃO

AVENIDA CARLOS CHAGAS FILHO X RUA MARIA DOLORES LINS DE ANDRADE - CINDADE

UNIVERSITÁRIA DO RIO DE JANEIRO - ILHA DO FUNDÃO

43

47

FURO TERMINADO EM 24,45m D

UR

A

24,45

ARGILA SILTOSA, POUCO PLÁSTICA, ARENSA,

GRANULAÇÃO FINA, CINZA VARIEGADO.

10 20 30 40 50 0

Page 69: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO2 A OBRA ANALISADA 2.1 DESCRIÇÃO DA OBRA A obra analisada corresponde à construção do edifício que abrigará o Centro de Pesquisa em Medicina

N:

E:

3

15

4

15

3

15 1

3

15

2

15

3

15 2

2

15

2

15

2

15 3

2

15

3

15

4

15 4

3

15

4

15

5

15 5

5

15

9

15

10

15 6

4

15

4

15

4

15 7

3

15

6

15

10

15 8

4

15

5

15

5

15 9

3

15

6

15

6

15 10

3

15

5

15

7

15 11

3

15

6

15

9

15 12

4

15

7

15

11

15 13

5

15

6

15

10

15 14

7

15

11

15

12

15 15

7

15

13

15

15

15 16

8

15

12

15

16

15 17

5

15

9

15

15

15 18

4

15

5

15

12

15 19

4

15

6

15

14

15 20

FOLHA:

FERNANDA A NASCIMENTO

NA

(m)

PR

OF

.

(m)

AMOSTRADOR:

Øexterno = 50.8 mm

Øinterno = 34.9 mm

REVESTIMENTO = 63.5 mm

PESO: 65 kg

ALTURA DE QUEDA: 75 cm

DESCRIÇÃO DO MATERIAL

1 / 2

TRADO

LAVAGEM

DATA:

1:100

ESCALA VERT.:

8,00

CREA N: 5062557780

PROFUNDIDADE DO REVESTIMENTO (m):

AVANÇO (m)

18

28

24

5/10/2014

17

20

0,00 a 4,00

4,45 a 25,00

28

PE

RF

IL

GE

OL

ÓG

ICO

N.o

DE GOLPES /

PENETRAÇÃO

1o

2o

CO

NS

IST

ÊN

CIA

*

OU

CO

MP

AC

IDA

DE

**

3o

SPT

N

CO

TA

(m)

23

12

12

10

15

16

FINAL:

SONDAGEM A PERCUSSÃO SP-03

03/10/2014

COORDENADAS:

DATA:

COTA:

19

3,92

3,85

PENETRAÇÃO

(golpes / 30cm)

S.P.T.

GRAF. Esc. 1:2000

PROFUNDIDADE DO NÍVEL D' ÁGUA (m)

INICIAL:

8

7

7

16

CLIENTE:

OBRA:

LOCAL:

COPPETEC

EDIFICAÇÃO

AVENIDA CARLOS CHAGAS FILHO X RUA MARIA DOLORES LINS DE ANDRADE - CINDADE

UNIVERSITÁRIA DO RIO DE JANEIRO - ILHA DO FUNDÃO

5

4

9

DU

RA

20,00

ARGILA SILTOSA, POUCO PLÁSTICA, ARENSA,

GRANULAÇÃO FINA, CINZA VARIEGADO.

RIJ

A

A

DU

RA

16,70

ARGILA ARENOSA, GRANULAÇÃO FINA, POUCO

SILTOSA, CINZA VARIEGADO.

RIJ

A

A

DU

RA

9,70

ARGILA ARENOSA, GRANULAÇÃO FINA, POUCO

SILTOSA, CINZA E VERMELHO VARIEGADO.

ME

DIA

NA

M.

CO

MP

AC

TA

7,82

AREIA, GRANULAÇÃO VARIADA, MÉDIA E GROSSA,

CINZA VARIEGADO.

PO

UC

O

CO

MP

AC

TA

4,70

AREIA, GRANULAÇÃO VARIADA, FINA E MÉDIA,

ARGILOSA, CINZA VARIEGADA.

MO

LE

A

DIA

2,65

ATERRO, ARGILA SILTOSA, POUCO ARENOSA,

GRAULAÇÃO FINA, MARROM VARIEGADO.

0,05 SOLO VEGETAL.

3,85

10 20 30 40 50 0

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N:

E:

8

15

10

15

16

15 21

9

15

10

15

18

15 22

14

15

22

15

24

15 23

16

15

22

15

28

13 24

24

15

35

15 25

26

27

28

29

30

31

32

33

34

35

36

37

38

39

40

FOLHA:

FERNANDA A NASCIMENTO

NA

(m)

PR

OF

.

(m)

AMOSTRADOR:

Øexterno = 50.8 mm

Øinterno = 34.9 mm

REVESTIMENTO = 63.5 mm

PESO: 65 kg

ALTURA DE QUEDA: 75 cm

DESCRIÇÃO DO MATERIAL

2 / 2

TRADO

LAVAGEM

DATA:

1:100

ESCALA VERT.:

8,00

CREA N: 5062557780

PROFUNDIDADE DO REVESTIMENTO (m):

AVANÇO (m)

5/10/2014

0,00 a 4,00

4,45 a 25,00

PE

RF

IL

GE

OL

ÓG

ICO

N.o

DE GOLPES /

PENETRAÇÃO

1o

2o

CO

NS

IST

ÊN

CIA

*

OU

CO

MP

AC

IDA

DE

**

3o

SPT

N

CO

TA

(m)

FINAL:

SONDAGEM A PERCUSSÃO SP-03

03/10/2014

COORDENADAS:

DATA:

COTA:

3,92

3,85

PENETRAÇÃO

(golpes / 30cm)

S.P.T.

GRAF. Esc. 1:2000

PROFUNDIDADE DO NÍVEL D' ÁGUA (m)

INICIAL:

50/28

26

CLIENTE:

OBRA:

LOCAL:

COPPETEC

EDIFICAÇÃO

AVENIDA CARLOS CHAGAS FILHO X RUA MARIA DOLORES LINS DE ANDRADE - CINDADE

UNIVERSITÁRIA DO RIO DE JANEIRO - ILHA DO FUNDÃO

28

46

35/15

FURO TERMINADO EM 25,45m

DU

RA

25,45

ARGILA SILTOSA, POUCO PLÁSTICA, ARENSA,

GRANULAÇÃO FINA, CINZA VARIEGADO.

10 20 30 40 50 0

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N:

E:

3

15

4

15

6

15 1

4

15

5

15

7

15 2

3

15

2

15

3

15 3

1

15

2

15

2

15 4

2

15

3

15

4

15 5

2

15

2

15

3

15 6

3

15

4

15

6

15 7

5

15

9

15

5

15 8

4

15

6

15

6

15 9

3

15

5

15

7

15 10

4

15

6

15

8

15 11

3

15

8

15

10

15 12

4

15

6

15

12

15 13

5

15

7

15

9

15 14

6

15

12

15

11

15 15

7

15

13

15

16

15 16

8

15

13

15

17

15 17

5

15

9

15

11

15 18

4

15

6

15

11

15 19

4

15

7

15

12

15 20

FOLHA:

FERNANDA A NASCIMENTO

NA

(m)

PR

OF

.

(m)

AMOSTRADOR:

Øexterno = 50.8 mm

Øinterno = 34.9 mm

REVESTIMENTO = 63.5 mm

PESO: 65 kg

ALTURA DE QUEDA: 75 cm

DESCRIÇÃO DO MATERIAL

1 / 2

TRADO

LAVAGEM

DATA:

1:100

ESCALA VERT.:

8,00

CREA N: 5062557780

PROFUNDIDADE DO REVESTIMENTO (m):

AVANÇO (m)

18

29

20

5/10/2014

17

19

0,00 a 4,00

4,45 a 24,00

30

PE

RF

IL

GE

OL

ÓG

ICO

N.o

DE GOLPES /

PENETRAÇÃO

1o

2o

CO

NS

IST

ÊN

CIA

*

OU

CO

MP

AC

IDA

DE

**

3o

SPT

N

CO

TA

(m)

23

12

14

12

18

16

FINAL:

SONDAGEM A PERCUSSÃO SP-04

03/10/2014

COORDENADAS:

DATA:

COTA:

5

3,81

3,53

PENETRAÇÃO

(golpes / 30cm)

S.P.T.

GRAF. Esc. 1:2000

PROFUNDIDADE DO NÍVEL D' ÁGUA (m)

INICIAL:

10

4

10

14

CLIENTE:

OBRA:

LOCAL:

COPPETEC

EDIFICAÇÃO

AVENIDA CARLOS CHAGAS FILHO X RUA MARIA DOLORES LINS DE ANDRADE - CINDADE

UNIVERSITÁRIA DO RIO DE JANEIRO - ILHA DO FUNDÃO

12

5

7

DU

RA

20,00

ARGILA SILTOSA, POUCO PLÁSTICA, ARENSA,

GRANULAÇÃO FINA, CINZA VARIEGADO.

RIJ

A

A

DU

RA

16,84

ARGILA ARENOSA, GRANULAÇÃO FINA, POUCO

SILTOSA, CINZA VARIEGADO.

RIJ

A

A

DU

RA

9,71

ARGILA ARENOSA, GRANULAÇÃO FINA, POUCO

SILTOSA, CINZA E VERMELHO VARIEGADO.

ME

DIA

NA

M.

CO

MP

AC

TA

7,86

AREIA, GRANULAÇÃO VARIADA, MÉDIA E GROSSA,

CINZA VARIEGADO.

POUCO COMPACTA

4,78

AREIA, GRANULAÇÃO VARIADA, FINA E MÉDIA,

ARGILOSA, CINZA VARIEGADA.

MO

LE

A

DIA

3,54

ATERRO, ARGILA SILTOSA, POUCO ARENOSA,

GRAULAÇÃO FINA, MARROM VARIEGADO.

0,03 SOLO VEGETAL.

3,53

10 20 30 40 50 0

Page 72: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO2 A OBRA ANALISADA 2.1 DESCRIÇÃO DA OBRA A obra analisada corresponde à construção do edifício que abrigará o Centro de Pesquisa em Medicina

N:

E:

9

15

14

15

18

15 21

12

15

18

15

22

15 22

15

15

23

15

26

15 23

23

15

31

15 24

25

26

27

28

29

30

31

32

33

34

35

36

37

38

39

40

FOLHA:

FERNANDA A NASCIMENTO

NA

(m)

PR

OF

.

(m)

AMOSTRADOR:

Øexterno = 50.8 mm

Øinterno = 34.9 mm

REVESTIMENTO = 63.5 mm

PESO: 65 kg

ALTURA DE QUEDA: 75 cm

DESCRIÇÃO DO MATERIAL

2 / 2

TRADO

LAVAGEM

DATA:

1:100

ESCALA VERT.:

8,00

CREA N: 5062557780

PROFUNDIDADE DO REVESTIMENTO (m):

AVANÇO (m)

5/10/2014

0,00 a 4,00

4,45 a 24,00

PE

RF

IL

GE

OL

ÓG

ICO

N.o

DE GOLPES /

PENETRAÇÃO

1o

2o

CO

NS

IST

ÊN

CIA

*

OU

CO

MP

AC

IDA

DE

**

3o

SPT

N

CO

TA

(m)

FINAL:

SONDAGEM A PERCUSSÃO SP-04

03/10/2014

COORDENADAS:

DATA:

COTA:

3,81

3,53

PENETRAÇÃO

(golpes / 30cm)

S.P.T.

GRAF. Esc. 1:2000

PROFUNDIDADE DO NÍVEL D' ÁGUA (m)

INICIAL:

31/15

32

CLIENTE:

OBRA:

LOCAL:

COPPETEC

EDIFICAÇÃO

AVENIDA CARLOS CHAGAS FILHO X RUA MARIA DOLORES LINS DE ANDRADE - CINDADE

UNIVERSITÁRIA DO RIO DE JANEIRO - ILHA DO FUNDÃO

40

49

FURO TERMINADO EM 24,3m

DU

RA

24,30

ARGILA SILTOSA, POUCO PLÁSTICA, ARENSA,

GRANULAÇÃO FINA, CINZA VARIEGADO.

10 20 30 40 50 0

Page 73: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO2 A OBRA ANALISADA 2.1 DESCRIÇÃO DA OBRA A obra analisada corresponde à construção do edifício que abrigará o Centro de Pesquisa em Medicina

N:

E:

3

15

3

15

3

15 1

2

15

3

15

3

15 2

2

15

2

15

2

15 3

2

15

3

15

4

15 4

3

15

3

15

5

15 5

4

15

7

15

9

15 6

3

15

4

15

4

15 7

3

15

5

15

8

15 8

3

15

4

15

6

15 9

3

15

5

15

6

15 10

3

15

4

15

5

15 11

5

15

5

15

8

15 12

4

15

6

15

10

15 13

4

15

5

15

9

15 14

6

15

9

15

11

15 15

7

15

10

15

14

15 16

8

15

12

15

12

15 17

3

15

8

15

9

15 18

4

15

6

15

11

15 19

3

15

5

15

15

15 20

FOLHA:

FERNANDA A NASCIMENTO

NA

(m)

PR

OF

.

(m)

AMOSTRADOR:

Øexterno = 50.8 mm

Øinterno = 34.9 mm

REVESTIMENTO = 63.5 mm

PESO: 65 kg

ALTURA DE QUEDA: 75 cm

DESCRIÇÃO DO MATERIAL

1 / 2

TRADO

LAVAGEM

DATA:

1:100

ESCALA VERT.:

8,00

CREA N: 5062557780

PROFUNDIDADE DO REVESTIMENTO (m):

AVANÇO (m)

16

24

17

5/10/2014

17

20

0,00 a 4,00

4,45 a 23,00

24

PE

RF

IL

GE

OL

ÓG

ICO

N.o

DE GOLPES /

PENETRAÇÃO

1o

2o

CO

NS

IST

ÊN

CIA

*

OU

CO

MP

AC

IDA

DE

**

3o

SPT

N

CO

TA

(m)

20

11

9

10

13

14

FINAL:

SONDAGEM A PERCUSSÃO SP-05

03/10/2014

COORDENADAS:

DATA:

COTA:

16

4,10

4,04

PENETRAÇÃO

(golpes / 30cm)

S.P.T.

GRAF. Esc. 1:2000

PROFUNDIDADE DO NÍVEL D' ÁGUA (m)

INICIAL:

8

7

6

13

CLIENTE:

OBRA:

LOCAL:

COPPETEC

EDIFICAÇÃO

AVENIDA CARLOS CHAGAS FILHO X RUA MARIA DOLORES LINS DE ANDRADE - CINDADE

UNIVERSITÁRIA DO RIO DE JANEIRO - ILHA DO FUNDÃO

6

4

8

DU

RA

20,00

ARGILA SILTOSA, POUCO PLÁSTICA, ARENSA,

GRANULAÇÃO FINA, CINZA VARIEGADO.

RIJ

A

A

DU

RA

16,65

ARGILA ARENOSA, GRANULAÇÃO FINA, POUCO

SILTOSA, CINZA VARIEGADO.

RIJ

A

A

DU

RA

9,65

ARGILA ARENOSA, GRANULAÇÃO FINA, POUCO

SILTOSA, CINZA E VERMELHO VARIEGADO.

ME

DIA

NA

M.

CO

MP

AC

TA

7,79

AREIA, GRANULAÇÃO VARIADA, MÉDIA E GROSSA,

CINZA VARIEGADO.

MO

LE

A

DIA

4,68

ATERRO, ARGILA SILTOSA, POUCO ARENOSA,

GRAULAÇÃO FINA, MARROM VARIEGADO.

0,03 SOLO VEGETAL.

4,04

10 20 30 40 50 0

Page 74: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO2 A OBRA ANALISADA 2.1 DESCRIÇÃO DA OBRA A obra analisada corresponde à construção do edifício que abrigará o Centro de Pesquisa em Medicina

N:

E:

9

15

15

15

17

15 21

10

15

14

15

16

15 22

16

15

24

15

26

15 23

24

25

26

27

28

29

30

31

32

33

34

35

36

37

38

39

40

FOLHA:

FERNANDA A NASCIMENTO

NA

(m)

PR

OF

.

(m)

AMOSTRADOR:

Øexterno = 50.8 mm

Øinterno = 34.9 mm

REVESTIMENTO = 63.5 mm

PESO: 65 kg

ALTURA DE QUEDA: 75 cm

DESCRIÇÃO DO MATERIAL

2 / 2

TRADO

LAVAGEM

DATA:

1:100

ESCALA VERT.:

8,00

CREA N: 5062557780

PROFUNDIDADE DO REVESTIMENTO (m):

AVANÇO (m)

5/10/2014

0,00 a 4,00

4,45 a 23,00

PE

RF

IL

GE

OL

ÓG

ICO

N.o

DE GOLPES /

PENETRAÇÃO

1o

2o

CO

NS

IST

ÊN

CIA

*

OU

CO

MP

AC

IDA

DE

**

3o

SPT

N

CO

TA

(m)

FINAL:

SONDAGEM A PERCUSSÃO SP-05

03/10/2014

COORDENADAS:

DATA:

COTA:

4,10

4,04

PENETRAÇÃO

(golpes / 30cm)

S.P.T.

GRAF. Esc. 1:2000

PROFUNDIDADE DO NÍVEL D' ÁGUA (m)

INICIAL:

32

CLIENTE:

OBRA:

LOCAL:

COPPETEC

EDIFICAÇÃO

AVENIDA CARLOS CHAGAS FILHO X RUA MARIA DOLORES LINS DE ANDRADE - CINDADE

UNIVERSITÁRIA DO RIO DE JANEIRO - ILHA DO FUNDÃO

30

50

FURO TERMINADO EM 23,45m

DU

RA

23,45

ARGILA SILTOSA, POUCO PLÁSTICA, ARENSA,

GRANULAÇÃO FINA, CINZA VARIEGADO.

10 20 30 40 50 0

Page 75: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO2 A OBRA ANALISADA 2.1 DESCRIÇÃO DA OBRA A obra analisada corresponde à construção do edifício que abrigará o Centro de Pesquisa em Medicina

DESENHO

SONDADOR

ENG. RESP.

LOCAL

PERFILSondagem com retiradas de amostrasDiâmetro do revestimento: 2½ "Amostrador padrão Diâmetro: 2" Peso do martelo= 65 Kg

Altura de queda=75cm

Nº de golpes10 20 30

AV. RIO BRANCO, 156 - 18º. Andar - Grupo 1817-1820TELS. : 2262.1117 . 2262.3738 . 2524.3326

FAX: 2262.5633 RIO DE JANEIRO - RJ

CLASSIFICAÇÃO

Diagrama das

Penetrações

30 cm finais

30 cm iniciaisAM

OS

TRA

CO

TA (m

)

PR

OFU

ND

IDA

DE

DO

SO

LO (m

)

PR

OFU

ND

IDA

DE

NÍV

EL

D'Á

GU

A

PE

NE

TRA

ÇÃ

ON

o. d

e qu

edas

dos

30 c

m fi

nais

(Nsp

t)

ENSAIO DE LAVAGEM / TEMPOTEMPO LAVAGEM

(boca do furo)

Limite da perfuração (Impenetrável à percussão)

DATA INICIAL: 24/07/2018DATA FINAL: 24/07/2018

SP 01

Gustavo

Alexandre

RN:

COTA DO N.A.

ESCALA 1:100

Rua Maria Dolores Lins de Andrade

Ilha do Fundão - Cidade Universitário

Rio de Janeiro RJ

-0.90

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

CAMADA VEGETAL (0,00M A -0,02M);ATERRO SILTO ARENOSO MARROM COM PEDREGULHOS(-0,02M A -0,90M).

Page 76: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO2 A OBRA ANALISADA 2.1 DESCRIÇÃO DA OBRA A obra analisada corresponde à construção do edifício que abrigará o Centro de Pesquisa em Medicina

DESENHO

SONDADOR

ENG. RESP.

LOCAL

PERFILSondagem com retiradas de amostrasDiâmetro do revestimento: 2½ "Amostrador padrão Diâmetro: 2" Peso do martelo= 65 Kg

Altura de queda=75cm

Nº de golpes10 20 30

AV. RIO BRANCO, 156 - 18º. Andar - Grupo 1817-1820TELS. : 2262.1117 . 2262.3738 . 2524.3326

FAX: 2262.5633 RIO DE JANEIRO - RJ

CLASSIFICAÇÃO

Diagrama das

Penetrações

30 cm finais

30 cm iniciaisAM

OS

TRA

CO

TA (m

)

PR

OFU

ND

IDA

DE

DO

SO

LO (m

)

PR

OFU

ND

IDA

DE

NÍV

EL

D'Á

GU

A

PE

NE

TRA

ÇÃ

ON

o. d

e qu

edas

dos

30 c

m fi

nais

(Nsp

t)

ENSAIO DE LAVAGEM / TEMPOTEMPO LAVAGEM

-3.37

(boca do furo)

30/15 150

30/13 255

3/30 33

1/30 42

16/30 512

21/30 615

21/30 715

22/30 816

24/30 918

45/30 1032

30/12 1150

30/10 12

Limite da perfuração (Impenetrável à percussão)

10 minutos 0.01 m10 minutos 0.01 m10 minutos 0.00 m

DATA INICIAL: 24/07/2018DATA FINAL: 24/07/2018

SP 01 A

Gustavo

Alexandre

RN:

COTA DO N.A.

ESCALA 1:100

Rua Maria Dolores Lins de Andrade

Ilha do Fundão - Cidade Universitário

Rio de Janeiro RJ

-3.00

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O OO

O OO

O OO

O OO

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

CAMADA VEGETAL (0,00M A -0,02M);ATERRO SILTO ARENOSO MARROM COM PEDREGULHOS(-0,02M A -3,00M).

-4.00

ATERRO SILTO ARGILOSO MARROM AVERMELHADO

-4.47 O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

AREIA MÉDIA FOFA ARGILOSA CINZA COM FRAGMENTOS DECONCHAS

-7.75

ARGILA SILTOSA RIJA A DURA COM AREIA FINA CINZA

-7.90 PEDREGULHOS

-9.77

O OO

O OO

O OO

O OO

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

ARGILA SILTO ARENOSA DURA CINZA CLARA AMARELADA

-11.80

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O OO

O OO

O OO

O OO

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

ARGILA ARENOSA DURA CINZA BRANCA E AMARELA MICÁCEA(SOLO RESIDUAL)

-12.98

O O OO O O

O O OO O O

O

O OO

O OO

O OO

O OO

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

AREIA FINA SILTOSA DURA CINZA MICÁCEA COM PEDREGULHOSALTERADOS (SOLO RESIDUAL)

Page 77: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO2 A OBRA ANALISADA 2.1 DESCRIÇÃO DA OBRA A obra analisada corresponde à construção do edifício que abrigará o Centro de Pesquisa em Medicina

DESENHO

SONDADOR

ENG. RESP.

LOCAL

PERFILSondagem com retiradas de amostrasDiâmetro do revestimento: 2½ "Amostrador padrão Diâmetro: 2" Peso do martelo= 65 Kg

Altura de queda=75cm

Nº de golpes10 20 30

AV. RIO BRANCO, 156 - 18º. Andar - Grupo 1817-1820TELS. : 2262.1117 . 2262.3738 . 2524.3326

FAX: 2262.5633 RIO DE JANEIRO - RJ

CLASSIFICAÇÃO

Diagrama das

Penetrações

30 cm finais

30 cm iniciaisAM

OS

TRA

CO

TA (m

)

PR

OFU

ND

IDA

DE

DO

SO

LO (m

)

PR

OFU

ND

IDA

DE

NÍV

EL

D'Á

GU

A

PE

NE

TRA

ÇÃ

ON

o. d

e qu

edas

dos

30 c

m fi

nais

(Nsp

t)

ENSAIO DE LAVAGEM / TEMPOTEMPO LAVAGEM

-0.80

(boca do furo)

9/30 18

8/30 25

2/30 32

6/30 44

14/30 510

17/30 612

20/30 715

22/30 818

25/30 917

41/30 1029

30/12 11

Limite da perfuração (Impenetrável à percussão)

Obs.: Recomendável investigaro o N.A.

10 minutos 0.01 m10 minutos 0.01 m10 minutos 0.00 m

DATA INICIAL: 25/07/2018DATA FINAL: 25/07/2018

SP 02

Gustavo

Alexandre

RN:

COTA DO N.A.

ESCALA 1:100

Rua Maria Dolores Lins de Andrade

Ilha do Fundão - Cidade Universitário

Rio de Janeiro RJ

-3.00

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O OO

O OO

O OO

O OO

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

CAMADA VEGETAL (0,00M A -0,02M);ATERRO SILTO ARENOSO CINZA E MARROM COM PEDREGULHOS(-0,02M A -3,00M).

-4.00

SILTE ARGILOSO MUITO MOLE MARROM AMARELADO

-4.77O O O

O O OO O O

O O OO

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

AREIA MÉDIA ARGILOSA POUCO COMPACTA CINZA COMFRAGMENTOS DE CONCHAS

-7.65

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

O O OO O O

O O OO O O

O

ARGILA SILTOSA RIJA A DURA COM AREIA FINA CINZA

-7.87 PEDREGULHOS

-8.50ARGILA SILTOSA FOFA COM AREIA FINA CINZA(-7,87M A -8,00M); PEDREGULHOS (-8,00M A -8,50M).

-11.72

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AREIA FINA E MÉDIA SILTOSA COMPACTA A MUITO COMPACTACINZA MICÁCEA COM PEDREGULHOS ALTERADOS (SOLORESIDUAL)