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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Departamento de Engenharia Mecânica
DEM/POLI/UFRJ
ATUALIZAÇÃO DO ESTUDO SOBRE IMPACTO DO RUÍDO NO
AEROPORTO INTERNACIONAL DE GUARULHOS
Juliano Carvalho Pereira
Projeto de Graduação apresentado ao curso de
Engenharia Mecânica da Escola Politécnica
da Universidade Federal do Rio de Janeiro,
como parte dos requisitos necessários à
obtenção do título de Engenheiro Mecânico.
Orientador: Jules Ghislain Slama
RIO DE JANEIRO
MARÇO DE 2018
ATUALIZAÇÃO DO ESTUDO SOBRE IMPACTO DO RUÍDO NO
AEROPORTO INTERNACIONAL DE GUARULHOS
Juliano Carvalho Pereira
PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTO DO CURSO DE
ENGENHARIA MECÂNICA DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIO
PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO MECÂNICO
Examidado por:
Prof. Jules Ghislain Slama, D. Sc – Orientador
Prof. Julio Cesar Boscher Torres, D. Sc
Prof. Antônio Carlos Marques Alvim, Ph.D.
RIO DE JANEIRO
MARÇO DE 2018
iii
Pereira, Juliano Carvalho
Atualização do Estudo sobre Impacto do Ruído No
Aeroporto Internacional De Guarulhos / Juliano Carvalho
Pereira. – Rio de Janeiro: UFRJ/ Escola Politécnica, 2018.
XII, 63 p.: il.; 29,7 cm.
Orientador: Jules Ghislain Slama
Projeto de Graduação – UFRJ/ Escola Politécnica/
Curso de Engenharia Mecânica, 2018.
Referências Bibliográficas: p. 56-57.
1. Acústica 2. Métricas de ruído. 3. Receptores críticos.
4. Aeroporto de Guarulhos. I. Slama, Jules Ghislain. II.
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola Politécnica,
Curso de Engenharia Mecânica. III. Atualização do Estudo
sobre Impacto do Ruído No Aeroporto Internacional De
Guarulhos.
iv
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, agradeço a Deus por ter me dado sabedoria e saúde, sem Ele nada disso
teria sido possível.
Agradeço também aos meus pais por todo suporte, fazendo todo o possível para eu ter
as melhores condições de estudo durante esses anos de faculdade.
Não menos importante, agradeço à minha namorada, Rebeca Camurça, por ser essa
pessoa tão especial na minha vida, deixando meus momentos mais leves e felizes, além de
nunca ter deixado de acreditar em mim e não medir esforços para me ajudar no que eu
precisasse.
Agradeço ao meu orientador Jules Slama, uma das pessoas mais gentis que eu tive o
prazer de conhecer na vida. Obrigado por todos os ensinamentos e por ter me dado a
oportunidade de fazer esse projeto de conclusão de curso com o senhor.
Agradeço ao pessoal do LAVI, à Ana Carla e ao Fillipe Lemos por terem sanado minhas
dúvidas no decorrer do projeto.
v
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/UFRJ como parte dos
requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Mecânico.
Atualização do Estudo sobre o Impacto do Ruído no Aeroporto Internacional de Guarulhos
Juliano Carvalho Pereira
Março/2018
Orientador: Jules Ghislain Slama
Curso: Engenharia Mecânica
A crescente demanda pelo transporte aéreo, resultou em diversas preocupações para as
autoridades competentes, principalmente no que tange ao impacto ambiental causado pelos
aeroportos, aos investimentos para adequação da infraestrutura e à capacidade para suprir a
demanda atual de quantidade de passageiros, pátio para aeronaves, acesso ao aeroporto, entre
outros.
Este trabalho busca apresentar a atual situação do ruído aeronáutico nas proximidades de um
dos principais aeroportos da América do Sul, o Aeroporto Internacional de Guarulhos, SP,
avaliando a percepção e o incômodo gerado pelo ruído nos receptores que exercem atividades
sensíveis a este. O estudo se fundamenta na comparação dos valores obtidos pelas métricas
DNL, LAeqD e LAeqN com os previstos nas normas NBR 10151, NBR 10152 e no Plano
Específico de Zoneamento de Ruído, definido pelo RBAC (Regulamento Brasileiro de Aviação
Civil) número 161.
Por fim, ainda foi realizada uma abordagem comparativa com a finalidade de verificar se as
legislações nacionais e municipais, baseadas na métrica DNL, representam, de maneira
fidedigna e apropriada, as exposições diurnas e noturnas ao ruído das áreas nas imediações do
Aeroporto de Guarulhos.
Palavras-chaves: Aeroporto, Impacto ambiental, Receptores Críticos, Métricas de Ruído.
vi
Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of the
requirements for the degree of Mechanical Engineer.
Update of the Study about the Noise Impact at International Guarulhos Airport
Juliano Carvalho Pereira
March/2018
Advisor: Jules Ghislain Slama
Course: Mechanical Engineering
The growing demand for air transport has resulted in a number of concerns for the competent
authorities, particularly regarding the environmental impact caused by airports, investments to
adapt infrastructure and capacity to attend the current demand for passenger numbers, aircraft
yard, access to the airport, among others.
This paper aim to present the current situation of aeronautical noise in the surrondings of one
of the main airports in South America, the International Airport of Guarulhos, SP, evaluating
the perception and the annoyance generated by the noise in the receivers that carry out sensitive
activities to this one. Based on the comparison of the values obtained by the DNL, LAeqD and
LAeqN metrics with those according to NBR 10151, NBR 10152 and the PEZR, defined by the
Brazilian Civil Aviation Regulation (RBAC) number 161.
Finally, a comparative approach was carried out to verify that national and municipal
legislation, based on the DNL metric, represents, in a reliable and appropriate way, the daytime
and nighttime exposures to the noise of the areas in the neighborhood of Guarulhos Airport.
Key-words: Airport, Enviromental Impact, Critical Receivers, Noise Metrics.
vii
SUMÁRIO
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ............................................................................ ix
LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................ x
LISTA DE TABELAS ......................................................................................................... xii
INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 1
1.1 Objetivos ............................................................................................................... 3
1.2 Motivação .............................................................................................................. 3
1.3 Metodologia ........................................................................................................... 4
CONCEITOS BÁSICOS DE ACÚSTICA ...................................................................... 5
RUÍDO AEROPORTUÁRIO .......................................................................................... 7
3.1 Principais elementos que descrevem o ruído aeroportuário ..................................... 7
3.2 Consequências do ruído no homem ........................................................................ 7
3.3 Controle do Ruído .................................................................................................. 9
MÉTRICAS DE RUÍDO ............................................................................................... 10
4.1 Nível de Pressão Sonora Equivalente ................................................................... 10
4.1.1 Nível de Pressão Sonora Diurno .................................................................... 10
4.1.2 Nível de Pressão Sonora Noturno .................................................................. 10
4.2 Exposição Sonora................................................................................................. 10
4.3 Nível de Exposição Sonora (SEL - Sound Exposure Level) .................................. 11
4.4 DNL - Day Night Sound Level ............................................................................. 11
4.5 Relação entre LAeqD, LAeqN, DNL .................................................................... 11
4.6 Conversão entre LAeqD, LAeqN, DNL e ∆ [7] .................................................... 12
NORMAS E LEGISLAÇÕES ....................................................................................... 13
5.1 Norma ABNT NBR 10151 - Avaliação do ruído em áreas habitadas visando o
conforto da comunidade ....................................................................................................... 13
5.2 Norma ABNT NBR 10152 - Níveis de Ruído para Conforto Acústico.................. 14
5.3 Norma NBR 13.368/1995 – “Ruído gerado por aeronaves – Monitoração”........... 15
5.4 Regulamento Brasileiro de Aviação Civil 161 ...................................................... 15
5.4.1 Plano básico de zoneamento de ruído – PBZR ............................................... 16
5.4.2 Plano Específico de Zoneamento de Ruído-PEZR ......................................... 17
viii
5.5 Compatibilidade do uso do solo ........................................................................... 17
FERRAMENTAS COMPUTACIONAIS ...................................................................... 20
6.1 Pré-processamento de dados para utilização no INM ............................................ 20
6.2 INM (Integrated Noise Model) ............................................................................. 25
6.3 SIG (Sistema De Informação Geográfica) ............................................................ 26
ESTUDO DE CASO ..................................................................................................... 29
7.1 Aeroporto de Guarulhos – Governador André Franco Montoro ............................ 29
7.1.1 Histórico ....................................................................................................... 29
7.1.2 Movimentação............................................................................................... 31
7.2 Informações técnicas do AISP/GRU..................................................................... 33
7.2.1 Informações gerais do aeródromo .................................................................. 33
7.2.2 Pistas de pouso e decolagem .......................................................................... 33
7.2.3 Dados de Operação........................................................................................ 35
7.3 Simulação de ruído nas imediações do Aeroporto de Guarulhos ........................... 39
7.4 Avaliação do nível de ruído nos receptores críticos .............................................. 41
7.4.1 Definição dos receptores críticos ................................................................... 41
7.4.2 Níveis de ruídos obtidos para os receptores críticos ....................................... 45
7.4.3 Análise dos resultados perante normas e legislação ....................................... 47
7.5 Pessoas altamente incomodadas ........................................................................... 50
COMPARAÇÃO DO CENÁRIO ATUAL COM O OBSERVADO EM 2010 .............. 52
COMPARAÇÃO NPS .................................................................................................. 53
CONCLUSÃO .............................................................................................................. 55
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 56
ANEXO A - USO DO SOLO PARA PBZR .................................................................. 58
ANEXO B - FUNÇÃO EXCEL .................................................................................... 60
ANEXO C - CURVA DE RUÍDO PARA MÉTRICA SEL ........................................... 61
ix
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
ADC Airport Display Chart
AIS Serviço de Informação da Aeronáutica
AISP/GRU Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos
ANAC Agência Nacional de Aviação Civil
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
dB(A) Decibéis Ponderados em A
DNL Day-Night Level
HAP Highly Annyed People
HOTRAN Horário de Transportes
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ICAO International Civil Administration Organization
INFRAERO Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária
INM Integrated Noise Model
LAEQ Nível de Pressão Sonora Equivalente
LAEQD Nível de Pressão Sonora Equivalente Diurno
LAEQN Nível de Pressão Sonora Equivalente Noturno
NCA Nível Critério de Avaliação
NPS Nível de Pressão Sonora
OMS Organização Mundial da Saúde
PBZR Plano Básico de Zoneamento de Ruído
PEZR Plano Específico de Zoneamento de Ruído
PZR Plano de Zoneamento de Ruído
RBAC Regulamento Brasileiro de Aviação Civil
SBGR Código da ICAO- South Brazil Guarulhos
SEL Sound Exposure Level
SIG Sistema de Informação Geográfica
VASP Viação Aérea de São Paulo
x
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Evolução da tarifa aéra no Brasil ao longo de 2002 a 2014 [1] ............................... 1
Figura 2 - Evolução do número de passageiros no Brasil ao longo de 2000 a 2014 [1]............ 1
Figura 3 - Demanda versus capacidade de passageiros (milhões) dos principais aeroportos
brasileiros [2] ......................................................................................................................... 2
Figura 4 - Elementos básicos de acústica ................................................................................ 5
Figura 5 - Distúrbios na pressão, resultando em propagação sonora. ....................................... 5
Figura 6 - Propagação de ondas sonoras em ambiente com variação de temperatura. .............. 6
Figura 7 - Associação entre ruído aeronáutico e incidência de pressão alta [5]........................ 8
Figura 8 - Plano Básico de Zoneamento [12] ........................................................................ 16
Figura 9 - Seleção das informações de pouso e decolagens referentes ao Aeroporto de
Guarulhos. ........................................................................................................................... 20
Figura 10 - Ocorrência de voos ao longo da semana. ............................................................ 21
Figura 11 – Diferenciação de voos diurnos e noturnos. ......................................................... 22
Figura 12 - Dados de decolagem agrupados para consolidação e utilização no INM. ............ 22
Figura 13 - Rotas de decolagem para cada cabeceira. ........................................................... 23
Figura 14 - Utilização de cada cabeceira. ............................................................................. 24
Figura 15 - Configuração da tabela dinâmica. ....................................................................... 25
Figura 16 - ArcToolbox para definir a projeção .................................................................... 27
Figura 17 - Sobreposição das camadas no ArcMap ............................................................... 28
Figura 18 - Dados populacionais utilizados para quantificação de pessoas expostas ............. 28
Figura 19 – Primeiro voo comercial a operar no Aeroporto de Guarulhos [16] ..................... 29
Figura 20 - Planta do Aeroporto de Guarulhos ..................................................................... 30
Figura 21 – Esquema atual dos terminais de passageiros de SBGR [18] ............................... 31
Figura 22 - Ranking dos aeródromos brasileiros em 2016 ..................................................... 32
Figura 23 - Previsão da movimentação de passageiros para os principais aeroportos brasileiros
............................................................................................................................................ 32
Figura 24 - Indicadores do AISP/GRU em 2015 e 2016 [22] ................................................ 33
Figura 25 - Carta do aeródromo de Guarulhos. ..................................................................... 34
Figura 26 - Rotas de pouso e decolagem para cada cabeceira do Aeroporto de Guarulhos .... 38
Figura 27 - Curvas de ruído para métrica DNL ..................................................................... 39
Figura 28 - Curvas de ruído para a métrica LAeqD .............................................................. 40
Figura 29 - Curvas de ruído para a métrica LAeqN .............................................................. 41
xi
Figura 30 - Receptores críticos identificados no Google Earth ............................................. 45
Figura 31 - Gráfico representativo da curva de Schultz ......................................................... 51
Figura 32 - Valores de LAeqD e LAeqN nos receptores críticos ........................................... 53
Figura 33- Curvas de DNL, LAeqD e LAeqN de 65 dB(A) .................................................. 54
Figura 34 - Curvas de ruído para métrica SEL da aeronave A320 durante o pouso. .............. 61
Figura 35 - Curvas de ruído para a métrica SEL da aeronave A320 durante a decolagem. .... 61
xii
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - NCA para ambientes externos.............................................................................. 13
Tabela 2 - Critério em dB(A) ............................................................................................... 14
Tabela 3 - Critério em curvas NC ......................................................................................... 15
Tabela 4 - Impacto sonoro gerado por Lra em relação ao Lrf ................................................ 15
Tabela 5 - Incômodo gerado pelas operações aeroportuárias ................................................. 15
Tabela 6 - Uso e ocupação do solo de acordo com o PEZR [12] ........................................... 17
Tabela 7 - Dados ambientais do Aeroporto de Guarulhos ..................................................... 33
Tabela 8 - Dados de estrutura das pistas de pouso e decolagem ............................................ 33
Tabela 9 - Correspondência das aeronaves da HOTRAN com o banco de dados do INM ..... 35
Tabela 10 - Distribuição de movimentação por aeronave ...................................................... 35
Tabela 11 - Distribuição de movimentação por turno diurno e noturno ................................. 36
Tabela 12 - Percentuais de movimentação por cabeceira ...................................................... 37
Tabela 13 - Rotas das aeronaves no Aeroporto de Guarulhos para a pista 09L/27R .............. 37
Tabela 14 - Rotas das aeronaves no Aeroporto de Guarulhos para a pista 09R/27L .............. 38
Tabela 15- Área e número de pessoas expostas para curvas de ruído DNL ........................... 39
Tabela 16 - Área e número de pessoas expostas para curvas de ruído LAeqD ....................... 40
Tabela 17 - Área e número de pessoas expostas para curvas de ruído LAeqN ....................... 41
Tabela 18 - Receptores críticos nas imediações do Aeroporto de Guarulhos. ........................ 42
Tabela 19 - Níveis de ruído sonoro nos receptores críticos. .................................................. 45
Tabela 20 - Níveis de ruído sonoro nos receptores críticos corrigidos para ambientes internos.
............................................................................................................................................ 47
Tabela 21 - Valores de ruído sonoro interno de conforto e aceitabilidade. ............................ 49
Tabela 22 - Receptores críticos que se encontram acima do limite aceitável proposto pela NBR
10152 ................................................................................................................................... 50
Tabela 23 - Quantidade de pessoas altamente incomodadas na métrica DNL ........................ 51
Tabela 24 – Variação dos valores das métricas obtidos no cenário atual e de 2010 ............... 52
Tabela 25 - Quantificação de pessoas nas áreas residênciais em desacordo com as normas, em
2010 e 2017 ......................................................................................................................... 52
Tabela 26 - Área exposta nas métricas DNL, LAeqD e LAeqN nos níveis sonoros de 50 a 65
dB(A) .................................................................................................................................. 54
Tabela 27 - Uso do solo [12] ................................................................................................ 58
Tabela 28 - Níveis de ruído sonoro para a métrica SEL da aeronave A320 .......................... 62
1
INTRODUÇÃO
Os desafios impostos ao setor de transporte aéreo do país foram se tornando cada vez
mais relevantes ao longo da última década, motivados, principalmente, pelo crescimento
econômico do Brasil, do produto interno bruto e da renda de classes sociais mais baixas da
população. Além disso, com uma expressiva queda do custo de viagens, conforme Figura 1,
que apenas de 2002 a 2014 apresentou um decréscimo de 43,1% [1], desencadeou um
crescimento do tráfego de passageiros, visualizado na Figura 2.
Figura 1 - Evolução da tarifa aéra no Brasil ao longo de 2002 a 2014 [1]
Figura 2 - Evolução do número de passageiros no Brasil ao longo de 2000 a 2014 [1]
Tar
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Rea
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nu
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Yie
ld R
eal
An
ual
Mil
hões
Ano
Ano
2
Este aumento da demanda colocou em cheque a infraestrutura aeroportuária, que se
mostrou deficiente, fazendo com o que os aeroportos no país operassem acima ou no limite da
sua capacidade, de acordo com o visualizado na Figura 3. Um dos fatores que explicam essa
incapacidade de acompanhar o crescimento da demanda foi o baixo nível de investimento por
passageiro ano a ano. Observou-se uma queda abrupta a partir do biênio de 2006-2007 e,
embora dados mostrem uma elevação nos anos de 2011 e 2012, estes não atingiram o nível de
investimentos executados antes de 2007 [2].
Figura 3 - Demanda versus capacidade de passageiros (milhões) dos principais aeroportos
brasileiros [2]
Cabe ressaltar também, que o transporte aéreo tem se tornado cada vez mais competitivo
em viagens de longa distância. Pesquisas de sondagem do consumidor apontam que o avião
aparece na frente do automóvel nas intenções de viagens. Desse modo, sem concorrentes no
que tange ao tempo de viagem e preço cada vez menores, o transporte aéreo tende a ganhar
cada vez mais participação no mercado de viagens.
3
Diante desse cenário, foi realizado um diagnóstico da infraestrutura aeroportuária
brasileira o qual mostrou que a grande parte dos aeroportos do país se defrontará com alguma
restrição operacional em componentes como pátio ou terminal de passageiros em futuros
próximos, comprovando a necessidade de realização de um programa de investimento [2].
Umas das alternativas criadas foi a concessão individualizada de alguns aeroportos do
país, que favorecia a celeridade na realização de investimentos e reorganização do setor de
transporte aéreo, sem prejuízo da qualidade na prestação de serviço, fato que ocorreu com o
Aeroporto Internacional de Guarulhos em 2012.
1.1 Objetivos
Este trabalho tem como objetivo comparar o atual cenário de exposição sonora no
entorno do Aeroporto de Guarulhos com o cenário encontrado no ano de 2010; observando a
evolução do nível sonoro nos receptores críticos, como: escolas, creches, bibliotecas e hospitais,
bem como das áreas de exposição sonora.
Além de quantificar as pessoas afetadas pelo ruído de acordo com as métricas DNL,
LaeqD, LaeqN e verificar a compatibilidade do nível de ruído nos receptores críticos perante
as normas NBR 10151 e 10152. Fornecendo assim, subsídios para autoridade e órgãos
competentes realizarem adequada gestão aeroportuária, principalmente no que tange à
implementação de ferramentas de controles de ruído, à elaboração e atualização de leis que
estabeleçam diretrizes para a adequada ocupação no entorno do aeroporto e crescimento da
cidade.
1.2 Motivação
Este crescimento acelerado e desordenado ocorrido nos aeroportos brasileiros, não
interfere apenas na vida de pessoas que utilizam este meio de transporte, também gera impactos
na população, principalmente, residente, no entorno do aeroporto.
Para o Aeroporto Internacional de Guarulhos não foi diferente, a implantação do
aeroporto deu-se em área ocupada pela Base Aérea de São Paulo e em áreas já ocupadas pela
população, causando além da desapropriação de aproximadamente 4 km², a exposição de
pessoas ao ruído aeronáutico decorrente das operações de pouso e decolagem.
Desta forma, faz-se necessário trabalhos para subsidiar a elaboração de um novo Plano
Específico de Zoneamento de Ruído (PEZR) para o aeroporto, a fim de servir de ferramenta
para a tomada de decisão do poder executivo municipal quanto ao uso e à ocupação do solo,
4
visando o conforto ambiental da população adjacente ao aeroporto, sem impactar no
crescimento operacional deste.
1.3 Metodologia
Para construção das curvas de ruído presentes no cenário atual foram, inicialmente,
coletados os dados do Horário de Transporte - HOTRAN, disponibilizados pela Agência
Nacional de Aviação Civil – ANAC, que apresenta a movimentação da aviação regular vigente,
com pouso e decolagem de cada aeronave, subdivididos em dias e horários.
Em seguida, foi realizado um processamento destes dados a fim de manipulá-los no
INM (Integrated Noise Model), software computacional cuja finalidade é gerar curvas
isofônicas nas imediações do aeroporto especificado. Uma vez modeladas estas curvas, foram
identificados os receptores críticos mais próximos ao aeroporto, que pudessem sofrer maior
exposição ao ruído gerado pelas aeronaves. Para a quantificação do número de pessoas expostas
e altamente incomodadas, foram levantados dados do número de pessoas residentes nas áreas
abrangidas por cada faixa de curva de nível junto ao Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística – IBGE, e inseridos no SIG ArcGIS e calculados utilizando a metodologia de Schultz
[3].
5
CONCEITOS BÁSICOS DE ACÚSTICA
Em acústica existem três elementos básicos a se considerar:
a. Fonte sonora: onde ocorre a geração do som, pode ser classificada em fixa ou móvel
ou quanto sua direcionalidade em omnidirecional e direcional;
b. Caminho: transmissão do som da fonte sonora ao alcançar o receptor, podendo ser
classificado em direto/incidente ou indireto (refletido, absorvido, transmitido e
difratado); e
c. Receptor: recebe o som emitido pela fonte.
Figura 4 - Elementos básicos de acústica
O som consiste em pequenas variações na pressão, positivas (compressões) e negativas
(rarefação), medidas em relação à pressão de equilíbrio, ou seja, pressão atmosférica, conforme
Figura 5.
Figura 5 - Distúrbios na pressão, resultando em propagação sonora.
A propagação de ondas sonoras pode ser influenciada por diversos fatores, como
temperatura e pressão, de forma que à medida que a temperatura aumenta, também gera uma
elevação na velocidade de propagação (Figura 6).
6
Figura 6 - Propagação de ondas sonoras em ambiente com variação de temperatura.
Ruído é usado para descrever um som indesejável, desagradável como uma buzina no
trânsito, máquinas em operação. A presença de um ruído, ao contrário do senso comum, nem
sempre significa incômodo, desde que o nível se encontre abaixo dos níveis estipulados.
7
RUÍDO AEROPORTUÁRIO
O ruído aeronáutico é aquele originado das operações de movimentação das aeronaves
como: pouso, decolagem, taxiamento, aproximação, subida, assim como testes de motores de
aeronaves. É um ruído não contínuo, com elevados níveis sonoros, podendo causar efeitos
adversos sobre a população quando exposta a níveis excessivos.
3.1 Principais elementos que descrevem o ruído aeroportuário
O ruído aeroportuário, pode ser caracterizado por 5 elementos, conforme
exemplificados a seguir:
a. Fontes Sonoras
Fontes no ar: movimentos de pouso e decolagem de aeronaves
Fontes no solo: aeronaves taxiando, testes de motores
Fontes sonoras no local: indústrias, rodovias, trens
b. Interferências na propagação
Fachadas
Interior das edificações
Solos
c. Receptores
Edifícios
Pessoas
Local, Atividades
d. Comportamento
Resposta da população ao ruído, observações, métricas, questionário
e. Campo
Métodos matemáticos utilizados para calcular o campo de pressão sonora em função das
potencias sonoras das fontes. O campo sonoro é calculado utilizando programas de acústica
previsional: INM, Soundplan, Cadnaa.
3.2 Consequências do ruído no homem
A exposição do homem a excessivos ruídos pode prejudicar seriamente a saúde humana,
além de interferir nas atividades diárias na escola, no trabalho, em casa ou durante momentos
de lazer, além de provocar distúrbios no sono, efeitos psicológicos e fisiológicos, mudanças
comportamentais.
8
Segundo a Organização Mundial de Saúde [4], a exposição prolongada ao ruído
proveniente de aeroportos contribui para um aumento das doenças relacionadas com o ruído
ambiente. Indivíduos cronicamente expostos a elevados níveis de ruído do ambiente têm um
maior risco de contrair doenças cardiovasculares. De acordo com estudos realizados na
população europeia, um terço das pessoas fica irritada durante o dia e 20% tem perturbação do
sono em função do ruído do tráfego. Portanto, a poluição sonora é considerada além de um
incômodo ambiental, uma ameaça à saúde pública.
Estudos realizados em 5 cidades europeias traçaram a relação entre o ruído ocasionado
por aeronaves e o risco de incidência de pressão alta, conforme Figura 7.
Figura 7 - Associação entre ruído aeronáutico e incidência de pressão alta [5]
Estudos realizados sobre o impacto da exposição continua ao ruído aeronáutico na saúde
e cognição de crianças que estudavam em escolas próximas ao Aeroporto de Los Angeles, de
Munique e Londres, mostraram que estas crianças são mais propensas a desenvolver elevados
níveis de pressão sanguínea e apresentar maior irritabilidade. Além de afetar atenção e
habilidades cognitivas relacionadas a leitura [6].
Dentre os variados efeitos do ruído ambiente, considera-se a perturbação do sono como
de maior efeito, sendo esta problemática uma das queixas que mais se verifica por parte da
população mundial [5]. As consequências podem ser imediatas, tais como respostas de
excitação através de movimentos corporais, mudanças de estado do sono ou até acordar.
Consequências a longo prazo, como sonolência e fadiga, reduzem o desempenho durante o dia
e em casos extremos pode chegar a causar distúrbios crónicos relacionados com o sono.
9
3.3 Controle do Ruído
O controle de ruído na vizinhança dos aeroportos é um problema multidisciplinar
complexo, com diversas formas possíveis de abordagem. Em função desta complexidade, foi
definido pela Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), o conceito de “abordagem
equilibrada”, através da resolução A33/7, estabelecendo assim um método aplicado ao
problema das emissões sonoras de aeronaves [7]. São quatros aspectos considerados: controle
do ruído na fonte (aeronaves mais silenciosas), planejamento e gestão do uso do solo
(zoneamento de ruído), adoção de procedimentos operacionais para redução de ruído (pouso,
decolagem e mudança de rotas), restrições de operações (restrições de horários de
funcionamento do aeroporto).
10
MÉTRICAS DE RUÍDO
4.1 Nível de Pressão Sonora Equivalente
O Nível de Pressão Sonora Equivalente (LAeq) é o nível obtido a partir do valor médio
quadrático da pressão sonora em relação ao tempo (com a ponderação A) referente a todo
intervalo de medição, utilizada para avaliar ruído de diversas naturezas e para caracterização
do incômodo, conforme Equação 1.
𝐿𝐴𝑒𝑞,𝑇 = 10log10 {1
𝑇[∫ (
𝑝𝐴(𝑡)
𝑝0)2𝑡1+𝑇
𝑡1] 𝑑𝑡} (1)
Onde,
T é o período de exposição ao ruído;
𝑝𝐴(𝑡) é a pressão sonora instantânea;
𝑝0 é a pressão de referência, 2 x 10 -5 Pa.
4.1.1 Nível de Pressão Sonora Diurno
O nível de pressão sonora diurno, ou LAeqD, definido como a média da energia sonora
calculada no período compreendido entre 7h às 22h, verificado na Equação 2.
𝐿𝐴𝑒𝑞𝐷 = 10log10 {1
15𝑥3600[∫ (
𝑝𝐴(𝑡)
𝑝0)222𝑥3600
7𝑥3600] 𝑑𝑡} (2)
4.1.2 Nível de Pressão Sonora Noturno
O nível de pressão sonora noturno, ou LAeqN, definido como a média da energia sonora
calculada no período compreendido entre 22h às 7h, conforme Equação 3.
(3)
4.2 Exposição Sonora
A exposição sonora é uma métrica que pode ser utilizada para expressar a carga de ruído
sobre um indivíduo ou uma população. A exposição sonora num ponto determinado x, calculada
sobre um período de observação T de t1 a t2 é definida como a integral do quadrado da pressão
sonora filtrada em “A” sobre o tempo de observação, conforme Equação 4.
𝐿𝐴𝑒𝑞𝑁 = 10 𝑙𝑜𝑔10 1
3600𝑥9 [
𝑝𝐴(𝑡)
𝑝0]
2
𝑑𝑡24𝑥3600
22𝑥3600
+ [𝑝𝐴(𝑡)
𝑝0]
2
𝑑𝑡7𝑥3600
0
11
2
1
),(p),ES( 2
A21
t
tdttx,ttx (4)
Onde,
PA(x,t) é a pressão sonora filtrada por um filtro tipo A (Ponderação A em
frequência).
4.3 Nível de Exposição Sonora (SEL - Sound Exposure Level)
O nível de exposição sonora é o nível associado à energia sonora ponderada em A e
recebida por um receptor. É utilizado em ruído aeronáutico para avaliar o ruído durante a
passagem de uma aeronave e para estimar o número máximo de pessoas despertadas durante a
passagem de uma aeronave, conforme Equação 5:
Tt
tA dttp
tpES
ESNES
2
0
2
0
10
0
10
1log10log10
(5)
Onde,
ES0 é o nível de exposição sonora de referência= 4.10-10 Pa
ES0=p02t0
t0 é o tempo de referência =1s
P0 é a pressão sonora de referência=2. 10-5 Pa
4.4 DNL - Day Night Sound Level
É o Nível sonoro equivalente para um período de medição de 24 horas onde se faz uma
ponderação de 10 dB(A) sobre período noturno, de acordo com Equação 6. Está ponderado no
período noturno devido a maior sensibilidade ao incomodo compreendido nesse período de
tempo.
𝐷𝑁𝐿 = 10𝑙𝑜𝑔10 {1
3600𝑥24[∫ [
𝑝𝐴(𝑡)
𝑝0]2
𝑑𝑡22𝑥3600
7𝑥3600+ 10 (∫ [
𝑝𝐴(𝑡)
𝑝0]2
𝑑𝑡24𝑥3600
22𝑥3600+
∫ [𝑝𝐴(𝑡)
𝑝0]2
𝑑𝑡7𝑥3600
0)]} (6)
4.5 Relação entre LAeqD, LAeqN, DNL
]}10901015[24
1{log10 1010
10
LAeqNLAeqD
XXDNL (7)
12
4.6 Conversão entre LAeqD, LAeqN, DNL e ∆ [8]
]}10915[24
1{log10 10
10
xDNLLAeqD (8)
]91015[24
1{log10 10
10
XDNLLAeqN } (9)
Onde,
∆ é a amplitude acústica aeroportuária e pode ser definida como:
∆ = 𝐿𝐴𝑒𝑞𝐷 − 𝐿𝐴𝑒𝑞𝑁 (10)
13
NORMAS E LEGISLAÇÕES
A Legislação Federal, relativa à poluição sonora, materializa-se na Resolução
CONAMA Nº 1, de 8 de março de 1990, que remete à norma da ABNT - NBR 10151,
estabelecendo que “são prejudiciais à saúde e ao sossego público, para os fins do item anterior,
o ruído com níveis superiores aos consideráveis aceitáveis pela NBR 10151”.
5.1 Norma ABNT NBR 10151 - Avaliação do ruído em áreas habitadas visando o
conforto da comunidade
Esta norma fixa as condições exigidas para avaliação da aceitabilidade do ruído em
comunidades, sendo utilizada como modelo para elaboração das Leis de Uso e Ocupação do
Solo dos municípios, apresenta as principais diretrizes que buscam, a princípio, limitar e regular
o impacto do ruído nos ambientes, nos quais o homem se apresenta, especificando [9]:
• Um método para a medição de ruído;
• A aplicação de correções nos níveis medidos (de acordo com a duração, característica
espectral e fator de pico);
• Uma comparação dos níveis corrigidos, com um critério que considera os vários
fatores ambientais.
A métrica utilizada para medição do ruído é a o nível de pressão sonora equivalente
(LAeq), em dB(A).
O nível sonoro corrigido é determinado como segue:
Lc = LAeq + 5, quando o ruído é impulsivo, quando contém componentes tonais audíveis,
ou ambos.
O Nível Critério de Avaliação (NCA) para ambientes externos, em dB(A) está indicado
na Tabela 1:
Tabela 1 - NCA para ambientes externos
Tipos de áreas Diurno Noturno
Área de sítios e fazendas 40 35
Área estritamente residencial urbana ou de
hospitais ou de escolas 55 45
Área mista, predominantemente
residencial 55 50
Área mista, com vocação comercial e
administrativa 60 55
Área mista, com vocação comercial e
administrativa 65 55
Área predominantemente industrial 70 60
14
5.2 Norma ABNT NBR 10152 - Níveis de Ruído para Conforto Acústico
Esta norma [10] tem como objetivo fixar os níveis de ruído internos em dB(A) e níveis
de conforto (NC) compatíveis com o conforto acústico em ambientes diversos. A norma define
dois parâmetros:
- Conforto; e,
- Aceitabilidade.
Para uma determinada atividade desenvolvida no local, dois critérios são propostos:
- Critério em dB(A), conforme Tabela 2; e,
-Critério em curvas NC, de acordo com a Tabela 3.
Tabela 2 - Critério em dB(A)
Locais dB(A)
Conforto
dB(A)
Aceitável
Hospitais
Apartamentos, Enfermarias, Berçários, Centro cirúrgico 35 45
Laboratórios, Áreas para uso do público 40 50
Serviços 45 55
Escolas
Biblioteca, Salas de música, Salas de desenho 35 45
Salas de aula, Laboratórios 40 50
Circulação 45 55
Hotéis
Apartamentos 35 45
Restaurantes, Salas de estar 40 50
Portaria, Recepção, Circulação 45 55
Residências
Dormitórios 35 45
Salas de estar 40 50
15
Tabela 3 - Critério em curvas NC
Locais NC
Conforto
NC
Aceitável
Hospitais
Apartamentos, Enfermarias, Berçários, Centro cirúrgico 30 40
Laboratórios, Áreas para uso do público 35 45
Serviços 40 50
Escolas
Biblioteca, Salas de música, Salas de desenho 30 40
Salas de aula, Laboratórios 35 45
Circulação 40 50
Hotéis
Apartamentos 30 40
Restaurantes, Salas de estar 35 45
Portaria, Recepção, Circulação 40 50
Residências
Dormitórios 30 40
Salas de estar 35 45
5.3 Norma NBR 13.368/1995 – “Ruído gerado por aeronaves – Monitoração”
A norma NBR 13.368 [11] prescreve o método para a monitoração de ruído gerado por
aeronaves. Pode-se coletar dois resultados quando aplicada esta norma, com tempo de medição
de análise de 1 hora:
- A existência do impacto sonoro gerado pelo ruído aeronáutico (Lra) em relação ao
ruído de fundo (Lrf), de acordo com a Tabela 4; e
- A avaliação do incômodo gerado pelas operações aeroportuárias, Tabela 5.
Tabela 4 - Impacto sonoro gerado por Lra em relação ao Lrf
Impacto Sonoro Lra – Lrf [dB]
Desprezível < 3
Significativo > 3
Tabela 5 - Incômodo gerado pelas operações aeroportuárias
Reclamações Esperada Diurno [dB] Noturno [dB]
Sem reações ou queixas esporáricas Leq < 65 Leq < 55
Queixas generalizadas – possíveis ações da
comunidade 75 > Leq > 65 65 > Leq > 55
Ações comunitárias rigorosas Leq > 75 Leq > 65
5.4 Regulamento Brasileiro de Aviação Civil 161
O RBAC 161 é o regulamento Brasileiro de Aviação Civil onde são descritos os planos
de zoneamento de ruído. O Plano de Zoneamento de Ruído de Aeródromo é o documento que
16
representa geograficamente a área de impacto do ruído aeronáutico oriunda das operações dos
aeródromos, que, em sintonia com a adequada organização das atividades situadas nessas áreas,
contribui para a preservação tanto do desenvolvimento dos aeródromos como das comunidades
localizadas em seu entorno. O Plano de Zoneamento de Ruído (PZR) é composto pelas curvas
de ruído e pelas compatibilizações e incompatibilizações ao uso do solo estabelecidas para as
áreas delimitadas por essas curvas. Curvas de ruído são linhas traçadas em um mapa, cada uma
representando níveis iguais de exposição ao ruído. Pode ser dividido em:
Plano Básico de Zoneamento de Ruído (PBZR)
Plano Específico de Zoneamento de Ruído (PEZR)
Segundo o RBAC 161 [12], o monitoramento deve ser realizado, quando o operador do
aeroporto que apresente média anual de movimento de aeronaves nos últimos três anos acima
de 120.000 (cento e vinte mil) e que possua regiões de uso residencial ou misto em mais de
50% das áreas definidas pelas curvas de ruído 65-70,75-80 e 80-85 e acima de 85 dB de seu
PEZR, isoladas ou conjuntamente. O operador deverá apresentar à ANAC, para análise e
aceitação, um projeto de monitoramento de ruído.
5.4.1 Plano básico de zoneamento de ruído – PBZR
Para aeródromos, com média anual de movimento de aeronaves dos últimos 3 (três)
anos inferior a 7.000 (sete mil), é facultado ao operador de aeródromo escolher o tipo de plano
a ser elaborado, Plano Básico de Zoneamento de Ruído ou Plano Específico de Zoneamento de
Ruído. O PBZR possui curvas de ruído de 75 e 65 com formas geométricas simplificadas cujas
Configurações e dimensões são apresentadas na Figura 8, onde todas as possibilidades de
construção estão em função dos movimentos de aeronaves do ano anterior.
Figura 8 - Plano Básico de Zoneamento [12]
17
5.4.2 Plano Específico de Zoneamento de Ruído-PEZR
Para aeródromos, com média anual de movimento de aeronaves dos últimos 3 (três)
anos superior a 7.000 (sete mil), o operador de aeródromo deverá utilizar o Plano Específico de
Zoneamento de Ruído. As cinco curvas de ruído que compõem o PEZR são calculadas por meio
de programa computacional que utilize metodologia matemática apropriada para a geração de
curvas, na métrica DNL. O operador de aeródromo deve calcular curvas de ruído para o sistema
de pistas de pouso e decolagem previsto no planejamento para a expansão da infraestrutura
aeroportuária, considerando a estimativa do número de movimentos e tipos de aeronaves, ao
final do seu horizonte de planejamento. O operador de aeródromo que se enquadre nos critérios
de exigibilidade de Plano Diretor – PDIR deve considerar o planejamento para a expansão da
infraestrutura aeroportuária contido no respectivo plano.
Para o Aeroporto de Guarulhos um novo Plano Específico de Zoneamento de Ruído foi
revisto nos moldes do RBAC n° 161, de acordo com o art 2° da Portaria n° 494/SAI, de 4 de
março de 2016 [13], mas suas plantas ainda serão publicadas na página temática de ruído
aeronáutico do portal da ANAC.
5.5 Compatibilidade do uso do solo
O operador de aeródromo que possua PEZR deve fazer constar no plano os usos do solo
compatíveis e incompatíveis para as áreas por ele abrangidas, conforme Tabela 6. As
informações para uso e ocupação do solo de aeródromos que utilizem PBZR encontram-se no
Anexo A.
Tabela 6 - Uso e ocupação do solo de acordo com o PEZR [12]
Uso do Solo
Nível de ruído médio dia-noite (dB)
Abaixo
de 65 65-70 70-75 75-80 80-85
Acima de
85
Residencial
Residências uni e multifamiliares S N (1) N(1) N N N
Alojamentos temporários
(exemplos: hotéis, motéis e pousadas ou
empreendimentos equivalentes)
S N (1) N(1) N(1) N N
Locais de permanência prolongada
(exemplos: presídios, orfanatos, asilos,
quartéis, mosteiros, conventos,
aparthotéis, pensões ou empreendimentos
equivalentes)
S N (1) N(1) N N N
Usos Públicos
18
Uso do Solo
Nível de ruído médio dia-noite (dB)
Abaixo
de 65 65-70 70-75 75-80 80-85
Acima de
85
Educacional (exemplos: universidades,
bibliotecas, faculdades, creches, escolas,
colégios ou empreendimentos
equivalentes)
S N (1) N(1) N N N
Saúde (exemplos: hospitais, sanatórios,
clínicas, casas de saúde, centros de
reabilitação ou empreendimentos
equivalentes)
S 25 30 N N N
Igrejas, auditórios e salas de concerto
(exemplos: igrejas, templos, associações
religiosas, centros culturais, museus,
galerias de arte, cinemas, teatros ou
empreendimentos equivalentes)
S 25 30 N N N
Serviços governamentais (exemplos:
postos de atendimento, correios, aduanas
ou empreendimentos equivalentes)
S S 25 30 N N
Transportes (exemplos: terminais
rodoviários, ferroviários, aeroportuários,
marítimos, de carga e passageiros ou
empreendimentos equivalentes)
S S 25 30 35 35
Estacionamentos (exemplo: edifício
garagem ou empreendimentos
equivalentes)
S S 25 30 35 N
Usos Comerciais e serviços
Escritórios, negócios e profissional
liberal (exemplos: escritórios, salas e
salões comerciais, consultórios ou
empreendimentos equivalentes)
S S 25 30 N N
Comércio atacadista - materiais de
construção, equipamentos de grande
porte
S S 25 30 35 N
Comércio varejista S S 25 30 N N
Serviços de utilidade pública (exemplos:
cemitérios, crematórios, estações de
tratamento de água e esgoto,
reservatórios de água, geração e
distribuição de energia elétrica, Corpo de
Bombeiros ou empreendimentos
equivalentes)
S S 25 30 35 N
Serviços de comunicação (exemplos:
estações de rádio e televisão ou
empreendimentos equivalentes)
S S 25 30 N N
Usos Industriais e de Produção
Indústrias em geral S S 25 30 35 N
Indústrias de precisão (Exemplo:
fotografia, óptica) S S 25 30 N N
19
Uso do Solo
Nível de ruído médio dia-noite (dB)
Abaixo
de 65 65-70 70-75 75-80 80-85
Acima de
85
Agricultura e floresta S S(2) S(3) S(4) S(4) S(4)
Criação de animais, pecuária S S(2) S(3) N N N
Mineração e pesca (exemplo: produção e
extração de recursos naturais) S S S S S S
Usos Recreacionais
Estádios de esportes ao ar livre, ginásios S S S N N N
Conchas acústicas ao ar livre e anfiteatros S N N N N N
Exposições agropecuárias e zoológicos S S N N N N
Parques, parques de diversões,
acampamentos ou empreendimentos
equivalentes
S S S N N N
Campos de golf, hípicas e parques
aquáticos S S 25 30 N N
Medidas para atingir uma redução de nível de ruído – RR de 25, 30 ou 35 dB devem ser
incorporadas no projeto/construção das edificações onde houver permanência prolongada de
pessoas:
(1): Sempre que os órgãos determinarem que os usos devem ser permitidos, devem ser
adotadas medidas para atingir uma RR de pelo menos 25 dB;
(2): Edificações residenciais requerem uma RR de 25 dB;
(3): Edificações residenciais requerem uma RR de 30 dB;
(4): Edificações residenciais não são compatíveis.
Onde,
S (Sim): uso do solo e edificações relacionadas compatíveis sem restrições;
N (Não): uso do solo e edificações relacionadas não compatíveis;
25, 30, 35: uso do solo e edificações relacionadas geralmente compatíveis.
20
FERRAMENTAS COMPUTACIONAIS
No decorrer deste trabalho, foram utilizadas ferramentas computacionais que auxiliaram
na obtenção dos resultados. Este capítulo introduz estas ferramentas e os respectivos
procedimentos para aplicação em estudos de monitoramento de ruído aeroportuário.
6.1 Pré-processamento de dados para utilização no INM
O INM foi o software utilizado no trabalho com a finalidade de gerar curvas isofônicas
produzidas pelo movimento de aeronaves em torno do aeroporto, em algumas métricas como:
DNL, LAeqD, LAeqN e SEL. Porém para um adequado manuseio do programa foi necessário
processar os dados retirados do HOTRAN, que fornece planilha com a movimentação de cada
aeronave com pousos e decolagens, divididos em dias e horários. Neste trabalho, foi utilizada
somente a planilha da aviação regular, que constitui um percentual importante de toda a aviação
total (regular, geral e militar)
O primeiro passo foi fazer o download da planilha de “Voos Autorizados Vigentes”, no
site da ANAC, seção HOTRAN. Em seguida, filtrar na tabela as informações referentes a
pousos e decolagens do aeroporto. Como nesse exemplo será feito o estudo do aeroporto de
Guarulhos, na lista será procurado abreviação SBGR, deixando apenas esta selecionada como
é mostrado na Figura 9.
Figura 9 - Seleção das informações de pouso e decolagens referentes ao Aeroporto de
Guarulhos.
21
O próximo passo é contar o número de voos por semana de cada aeronave, para isso foi
usado a função CONT.SE, que conta o número de células dentro de um intervalo que atendem
a um único critério especificado (Figura 10).
Figura 10 - Ocorrência de voos ao longo da semana.
Para diferenciar os voos noturnos (22:00 às 07:00), representados pela letra “N”, com
os voos diurnos (07:00 às 22:00), representados pela letra “D”, conforme Figura 11, utiliza-se
a função SE, por meio da seguinte fórmula:
“=SE(X7>"07:00”; SE(X7<"22:00";"D";"N");"N")”
22
Figura 11 – Diferenciação de voos diurnos e noturnos.
Em uma nova planilha, agrupou-se os dados realmente relevantes para se utilizar no
INM. Para isso, basta copiar a coluna contendo o tipo de aeronave, a quantidade de voos dessas
das aeronaves e os dados referentes ao tipo de movimento, diurno ou noturno. O mesmo
procedimento feito na decolagem, Figura 12, deverá ser feito no pouso.
Figura 12 - Dados de decolagem agrupados para consolidação e utilização no INM.
23
Um dado não informado pelo HOTRAN, entretanto muito importante para o INM, é a
utilização das tracks (rotas de decolagens). Para averiguar quantas e quais rotas de decolagem
deverão ser usadas no INM deve-se ir ao site www.aisweb.aer.mil.br e procurar o botão
‘Cartas’, campo ‘Indicadores de Localidade’ do aeroporto em estudo. Foi considerado uma
divisão por regiões das tracks de uma determinada cabeceira durante a decolagem e pouso.
Na mesma planilha onde os dados foram agrupados foi criada uma nova coluna para
cada da rota identificada nas cartas vistas anteriormente, Figura 13. A nomenclatura e a
ordenação das novas colunas criadas foram feitas de acordo com o valor da cabeceira. As
cabeceiras de menor valor foram nomeadas por numeração ímpar e as de maior valor por
números pares.
Figura 13 - Rotas de decolagem para cada cabeceira.
O preenchimento das células das novas colunas criadas deverá ser feito através de
fórmulas específicas levando em consideração a utilização das cabeceiras e rotas e do número
de dias considerado (7 dias). Primeiramente, foi nomeada a última coluna como ‘CAB’ e depois
foi criada uma pequena tabela com as porcentagens de utilização de cada cabeceira do aeroporto
em estudo, Figura 14.
24
Figura 14 - Utilização de cada cabeceira.
A primeira célula da coluna ‘CAB’ deverá ser preenchida pelo usuário quando este for
utilizar a tabela no INM.
As fórmulas das colunas referentes a ‘DEP’ e ‘APP’ deverão ser feitas conforme
exemplo abaixo:
DEP 01:
=SE(OU(A2="NORTE";A2="LESTE";A2="NORDESTE");SE(E2="DEP";SE($O$3=
"09L";1/7*PROCV($O$3;$Q$2:$R$5;2;FALSO)*D2;SE($O$3="09R";1/7*PROCV($O$3;$
Q$2:$R$5;2;FALSO)*D2;0));0);0)
Pode-se encontrar as fórmulas para as outras rotas de cada cabeceira no anexo B.
Uma nova planilha será criada, na qual a tabela dinâmica deve ser configurada,
conforme Figura 15.
25
Figura 15 - Configuração da tabela dinâmica.
Uma vez de posse da tabela dinâmica, o usuário pode organizar os dados conforme lhe
for conveniente, olhando as questões de objetividade e praticidade, pois os dados já estão
preparados para serem inseridos no programa INM. Vale ressaltar que o número de tabelas
dinâmicas que deverão ser criadas depende do número de cabeceiras do aeroporto em questão.
6.2 INM (Integrated Noise Model)
INM é um software utilizado para gerar curvas de nível de ruído produzidas pelo
movimento de aeronaves na vizinhança de um aeroporto. O programa obtém estas curvas
subdividindo a trajetória de uma aeronave em trechos adjacentes, de forma que a exposição
sonora associada à trajetória é calculada somando a contribuição de cada trecho. Tendo em vista
que cada trajetória faz parte de um conjunto de procedimentos operacionais. A exposição sonora
é calculada somando a contribuição de cada procedimento operacional.
Para utilização do software, são necessários os seguintes dados de entrada:
a. Dados iniciais de caracterização do aeroporto:
26
- Nome, localidade e sigla do aeroporto;
- Altitude em metros
- Temperatura de referência;
- Coordenadas (latitude/longitude) do ponto de referência;
- Nome e coordenadas (latitude/longitude) das cabeceiras das pistas; e
- Comprimento e largura da pista.
b. Dados Operacionais:
- Total de movimentos diários;
- Percentual de aeronaves;
- Percentual de voos diurnos/noturnos;
- Percentual de utilização das cabeceiras;
- Descrição das rotas de decolagem; e
- O percentual de utilização das rotas por cabeceira.
O próprio software possui um banco de dados com aeronaves civis e militares, cujas
características de números de motores, tipo de propulsão e peso já encontram-se descritas,
sendo, em alguns casos, necessário realizar uma equivalência das aeronaves citadas na tabela
da HOTRAN com as existentes no INM.
Como parâmetros de saída, são geradas as curvas de nível de ruído sonoro em diversas
métricas, por exemplo:
- DNL (Day Night Average Sound Level);
- SEL (Sound Exposure Level); e
- Leq (Equivalent Sound Level), que quando plotada em dB(A) no intervalo de 7:00 às
22:00 h refere-se a LAeqD e de 22:00 às 07:00 h, a LAeqN.
Além disso, é possível obter, em decibéis, os níveis sonoros em pontos específicos,
possibilitando gerar análises em receptores com atividades sensíveis ao ruído, tais como
creches, escolas, hospitais, igrejas, residências e universidades. Quando estas curvas isofônicas
são estudadas em conjunto com dados de densidade demográfica, pode-se determinar a
quantidade de pessoas expostas aos ruídos.
6.3 SIG (Sistema De Informação Geográfica)
É uma ferramenta de análise espacial que foi utilizada no trabalho para a quantificação
da população exposta ao ruído, ou seja, quantificando o impacto ambiental sonoro. O SIG
27
permite a entrada, armazenamento e manipulação de dados georreferenciados, associados a uma
planilha de dados quantitativos ou qualitativos.
O seu funcionamento é através de sobreposição ou operação de camadas (layers). As
camadas utilizadas no trabalho foram: curvas de ruído geradas pelo INM, imagem de satélite
disponibilizadas no próprio banco de dados do software e malha digital de setores censitários
disponibilizados pelo IBGE.
O passo a passo para o resultado da quantificação das pessoas expostas:
a. Exportar como shapefile o resultado da simulação da curva de ruído do aeroporto
no INM;
b. Baixar o shapefile dos setores censitários no site do IBGE[14];
c. Georreferenciarar a curva de simulação de ruído e os dados dos setores censitários.
Menu Arc Toolbox Data Management ToolsProjections and Transformations
Define Projection. A coordenada padrão utilizada foi a GCS_WGS_1984.
d. Para fazer a interseção das duas camadas, utilizar a ferramenta intersect no menu
Geoprocessing;
e. Após a interseção é possível manipular os dados da população expostas em cada
nível da curva de ruído na janela “Open Attribute Table”
Para definir a projeção, deve-se utilizar o ArcToolbox, conforme Figura 16.
Figura 16 - ArcToolbox para definir a projeção
28
Após definir a projeção, obtem-se a sobreposiçao de camadas (layers) dos dados
censitários e curva de ruído do INM, conforme Figura 17.
Figura 17 - Sobreposição das camadas no ArcMap
A partir da intersecção dos dados censitários e das curvas de ruído, é possível obter a
população exposta de cada setor, de acordo com a Figura 18, dividida por nível de ruído, de
forma a calcular a quantidade total de pessoas expostas ao ruído.
Figura 18 - Dados populacionais utilizados para quantificação de pessoas expostas
29
ESTUDO DE CASO
7.1 Aeroporto de Guarulhos – Governador André Franco Montoro
7.1.1 Histórico
Considerado, atualmente, um dos principais hubs da América Latina, o Aeroporto
Internacional de Guarulhos - Governador André Franco Montoro, popularmente conhecido
como Aeroporto de Cumbica, foi inaugurado oficialmente em 20 de janeiro de 1985, com o
pouso do voo 861, Boeing 747-200 da Varig, Figura 19, vindo de Nova Iorque, no qual estava
a bordo o ministro do Planejamento, Delfim Neto, representando o presidente João Figueiredo.
Neste mesmo dia, pousaram um Airbus A300 da VASP, um Boeing 767-200 da Transbrasil,
um Boeing 737 da FAB e mais um Boeing 737 da Varig [15].
Figura 19 – Primeiro voo comercial a operar no Aeroporto de Guarulhos [16]
A motivação inicial para a construção de um novo aeroporto deveu-se ao intenso tráfego
aéreo registrado no Aeroporto de Congonhas a partir de 1947 e à impossibilidade de realizar
obras para extensão de suas pistas para receber os aviões de grande porte que estavam surgindo.
A princípio, na década de 60, o Campo de Aviação de Viracopos teve sua pista ampliada,
transformando-se em Aeroporto Internacional de Viracopos – Campinas, de forma a receber
estas aeronaves não suportadas pelo Aeroporto de Congonhas. Ao mesmo tempo que foi
designada uma comissão para arquitetar as diretrizes de implantação de uma nova infraestrutura
aeroportuária.
Apesar das condições meteorológicas e topográficas de Campinas serem mais
favoráveis do que a região da Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos, a distância até a capital
de São Paulo e a doação de 10 km² por parte do Ministério da Aeronáutica foram levadas em
30
consideração, e, por conseguinte, o Presidente Ernesto Geisel decidiu por construir o novo
aeroporto em Cumbica [15].
Além dos 10 km² doados, verificou-se a necessidade de uma área maior para a instalação
do empreendimento, de forma que a União lavrou um decreto considerando de utilidade pública
outros 8,67 km2 localizados numa colina que ficava em posição elevada em relação à Base
Aérea. Entretanto, por questões econômicas, políticas e financeiras a desapropriação só
abrangeu 4 milhões de m2, resultando na atual área do Aeroporto de Guarulhos.
O plano diretor do Aeroporto de Guarulhos foi elaborado nos anos de 1980 e 1981,
sendo aprovado em 1983, o qual propôs a construção de duas pistas paralelas e dependentes
entre si, distanciadas 375 m, com comprimento de 3000 m e 3500 m cada, visando atender a
demanda prevista até 1998 e se adequar as condições impostas pelo terreno, conforme Figura
20.
Figura 20 - Planta do Aeroporto de Guarulhos
A construção da primeira pista de 3000 m de comprimento e de um terminal com
capacidade para atender 7,5 milhões de passageiros por ano foi iniciada em 11 de agosto de
1980 e inaugurada em 1985. A segunda pista, com 3500 metros, foi inaugurada em 1989,
31
ampliada, em seguida, para 3700 metros, enquanto o Terminal 2 foi entregue parcialmente em
dezembro de 1991 e concluído em 1993, duplicando a capacidade do aeroporto.
Foram realizadas reformas no decorrer dos anos, como a ampliação das salas de
embarque dos terminais 1 e 2, elevando a capacidade de passageiros anual de cada terminal de
7,5 milhões para 8,25 milhões, e o número de posições de estacionamento de aeronaves e pontes
de embarque.
Visando atender a demanda crescente de passageiros no Aeroporto de Guarulhos, foram
ainda construídos o Terminal 4, entregue em 2012, e o Terminal 3, com 192 mil m², inaugurado
em 2014 para a Copa do Mundo, aumentando a capacidade dos pátios de 61 aeronaves para 108
posições.
Atualmente, os terminais foram renumerados, de forma a facilitar a organização e os
deslocamentos dos usuários, sendo os Terminais 1 e 2 unificados para Terminal 2, enquanto o
antigo Terminal 4 foi chamado de Terminal 1 e o Terminal 3 permaneceu com sua numeração,
visualizado na Figura 21.
Figura 21 – Esquema atual dos terminais de passageiros de SBGR [18]
7.1.2 Movimentação
O Aeroporto de Internacional de São Paulo – Guarulhos (AISP/GRU), desde 2012
administrado pelo grupo privado GRU, é o mais movimentado do país, sendo a principal porta
de entrada no país por vias aéreas, responsável pelo maior movimento total de passageiros
regulares. Na Figura 22, visualiza-se o ranking dos 10 aeroportos mais movimentados do Brasil
em 2016, sendo contempladas movimentações referentes a pouso, decolagem, cruzamento
(sobrevoos) e TGL (toques e arremetidas) da aviação comercial, geral e militar [19].
32
Figura 22 - Ranking dos aeródromos brasileiros em 2016
Analisando apenas o AISP/GRU, nos anos de 2015 e 2016, observa-se que a aviação
comercial, que representa 94% da movimentação do aeroporto, sofreu queda de 9,4%, a aviação
geral, que representa 5% dos movimentos, diminuiu 7,4%, enquanto a aviação militar,
responsável por apenas 1% de participação, sofreu um aumento de 8,6%.
A evolução do AISP/GRU é notável, desde a inauguração, em 1985, o aeroporto teve
mais de 561 milhões de passageiros de diversas áreas do mundo, mais de 5,7 milhões de pousos
e decolagens, com média anual de 172 mil movimentos de aeronaves por ano[20]. Atualmente,
operando com cerca de 730 pousos e decolagens por dia.
De acordo com a Demanda Detalhada dos Aeroportos Brasileiros [21], a previsão de
utilização do AISP/GRU mantem como a maior movimentação de passageiros dentre os
aeroportos brasileiros, Figura 23, e conforme constatado na Figura 24, a previsão estipulada
para 2015 foi superada.
Figura 23 - Previsão da movimentação de passageiros para os principais aeroportos brasileiros
33
Figura 24 - Indicadores do AISP/GRU em 2015 e 2016 [22]
7.2 Informações técnicas do AISP/GRU
7.2.1 Informações gerais do aeródromo
Para inserção de dados de entrada no INM, devem ser incluídas características
ambientais e geográficas do aeroporto, conforme Tabela 7.
Tabela 7 - Dados ambientais do Aeroporto de Guarulhos
Elevação 750 m
Temperatura 29°C
Pressão 759,97mmHg
Velocidade Média do Vento 14 km/h
7.2.2 Pistas de pouso e decolagem
Quanto à coordenadas, comprimento e largura das pistas, tem-se os dados fornecidos
pelo Serviço de Informação da Aeronáutica (AIS): Cartas ADC, conforme Figura 25, de acordo
com o publicado na Portaria n°494/SAI, de 4 de março de 2016, apresentado na Tabela 8
Tabela 8 - Dados de estrutura das pistas de pouso e decolagem
Pista Comprimento Largura Coordenadas
Cabeceira Latitude Longitude
09L-27R 3700m 45m 09L S23 26 03 W046 29 00
27R S23 25 30 W046 26 5
09R-27L 3000m 45m 09R S23 26 20 W046 29 13
27L S23 25 52 W046 27 32
34
Figura 25 - Carta do aeródromo de Guarulhos.
35
7.2.3 Dados de Operação
Para a determinação dos dados operacionais, foram coletados os dados contidos na
planilha de Horário de Transporte (HOTRAN) de agosto de 2017 e relacionados com as
aeronaves contidas no banco de dados do INM, conforme Tabela 9.
Tabela 9 - Correspondência das aeronaves da HOTRAN com o banco de dados do INM
Aeronave
HOTRAN
Aeronave
Banco de dados INM
A318 A319-131(S)
A319 A319-131(S)
A320 A320-211(S)
A321 A321-232(S)
A332 A330-301(S)
A333 A330-301(S)
A33F A330-343(S)
A343 A340-211(S)
A346 A340-642(S)
A359 A310-304(S)
A380 A380-841(S)
AT72 ATR72(S)
B722 727200(S)
B737 737700(S)
B738 737800(S)
B748 7478(S)
B763 767300(S)
B764 767400(S)
B772 777200(S)
B773 777300(S)
B77F 777200(S)
B77W 7773ER(S)
B788 7878R(S)
B789 7878R(S)
E190 EMB190(S)
As Tabela 10 e Tabela 11 apresentam, respectivamente, o arranjo de movimentação por
aeronave e o arranjo de movimentação entre os períodos diurno e noturno, de acordo com os
dados contidos na planilha da HOTRAN.
36
Tabela 10 - Distribuição de movimentação por aeronave
Aeronave Chegada Partida Total Porcentagem
A318 48 48 96 1,98%
A319 49 44 93 1,91%
A320 633 642 1275 26,25%
A321 302 294 596 12,27%
A332 60 67 127 2,61%
A333 14 14 28 0,58%
A33F 1 1 2 0,04%
A343 17 10 27 0,56%
A346 7 7 14 0,29%
A359 7 7 14 0,29%
A380 7 7 14 0,29%
AT72 46 46 92 1,89%
B722 15 15 30 0,62%
B737 596 601 1197 24,64%
B738 141 135 276 5,68%
B748 7 7 14 0,29%
B763 113 106 219 4,51%
B764 7 7 14 0,29%
B772 80 80 160 3,29%
B773 64 71 135 2,78%
B77F 2 2 4 0,08%
B77W 14 14 28 0,58%
B788 9 9 18 0,37%
B789 23 23 46 0,95%
E190 167 171 338 6,96%
TOTAL 2429 2428 4857 100,00%
Tabela 11 - Distribuição de movimentação por turno diurno e noturno
Período Quantidade de voos Percentual
Diurno 3815 78,55%
Noturno 1042 21,45%
Total 4857 100%
Um dado importante a ser considerado é referente à cabeceira que a aeronave está
decolando ou aterrissando. Entretanto, este dado não é fornecido na tabela HOTRAN, mas de
acordo com a Tabela 12, as cabeceiras seguem as seguintes percentagens de utilização [13].
37
Tabela 12 - Percentuais de movimentação por cabeceira
Pista Cabeceira Movimentos
09L-27R 09L 51,30%
27R 7,80%
09R-27L 09R 33,20%
27L 7,7%
Na Tabela 13 e Tabela 14 são enumerados os diferentes procedimentos (rotas/tracks)
possíveis de pousos e decolagens de aeronaves que operam no aeroporto [13], podendo ser
visualizada na Figura 26.
Tabela 13 - Rotas das aeronaves no Aeroporto de Guarulhos para a pista 09L/27R
Cabeceira Rotas Segmento Tipo Distância (km) Descrição
09L
DEP01
1 Reta 5 Duas rotas partindo em
linha reta por 5000m,
sendo a primeira com
curva de 170° à direita e
raio de curvas de 1,8km,
e a segunda seguindo em
linha reta por 5000m.
2 Curva à
direita
Ângulo =170°
Raio = 1,8
3 Reta 10
DEP 03 1 Reta 5
2 Reta 5
27R
DEP 02
1 Reta 5
Três rotas partindo em
linha reta por 5000m,
sendo a primeira com
curva de 70° à direita, a
segunda 50° à esquerda
e a terceira 190° à.
Todas com raio de
1,8km.
2 Curva à
direita
Ângulo =70°
Raio = 1,8
3 Reta 10
DEP 04
1 Reta 5
2 Curva à
esquerda
Ângulo =50°
Raio = 1,8
3 Reta 10
DEP 06
1 Reta 5
2 Curva à
esquerda
Ângulo =190°
Raio = 1,8
3 Reta 10
38
Tabela 14 - Rotas das aeronaves no Aeroporto de Guarulhos para a pista 09R/27L
Cabeceira Rotas Segmento Tipo Distância (km) Descrição
09R
DEP01
1 Reta 5,0 Duas rotas partindo em
linha reta por 5000m,
sendo a primeira com
curva de 100° à direita e
raio de curvas de 2,0km,
e a segunda com curvas
de 170° à direita e raio
de curva de 1,65km.
2 Curva à
direita
Ângulo=100°
Raio= 2,0
3 Reta 10,0
DEP 03
1 Reta 5,0
2 Curva à
direita
Ângulo=170°
Raio= 1,65
3 Reta 10,0
27R
DEP 02
1 Reta 5
Três rotas partindo em
linha reta por 5000m,
sendo a primeira com
curva de 70° à direita, a
segunda 50° à esquerda
e a terceira 190° à
esquerda. Todas com
raio de 1,8km.
2 Curva à
direita
Ângulo=70°
Raio= 1,8
3 Reta 10
DEP 04
1 Reta 5
2 Curva à
esquerda
Ângulo=50°
Raio= 1,8
3 Reta 10
DEP 06
1 Reta 5
2 Curva à
esquerda
Ângulo=190°
Raio= 1,8
3 Reta 10
Figura 26 - Rotas de pouso e decolagem para cada cabeceira do Aeroporto de Guarulhos
39
7.3 Simulação de ruído nas imediações do Aeroporto de Guarulhos
Para avaliar o nível de ruído no entorno do Aeroporto de Guarulhos foram modeladas
curvas isofônicas no software INM 7.0d. Foram calculadas as curvas, nas métricas DNL,
LAeqD, LAeqN.
A partir das curvas geradas pelo INM e de arquivos dos setores censitários, fornecidos
pelo IBGE [14], contendo informações acerca da distribuição populacional em zonas
abrangidas pelas curvas, foi possível quantificar o número de pessoas expostas a determinado
nível de ruído por meio do uso do software ArcGIS.
Para a métrica DNL são considerados os níveis de ruído de 65 dB(A), 70 dB(A), 75
dB(A), 80 dB(A) e 85 dB(A), compatíveis com o Plano Específico de Zoneamento de Ruído
definido pelo RBAC 161, que determina que não há restrição para uso residencial para níveis
de ruído inferiores a 65 dB(A) na métrica DNL. As curvas de ruído sonoro podem ser
observadas na Figura 27 e a quantidade de pessoas expostas na Tabela 15.
Figura 27 - Curvas de ruído para métrica DNL
Tabela 15- Área e número de pessoas expostas para curvas de ruído DNL
Faixa de Nível
Sonoro [dB(A)] Área [km²]
Número de pessoas
expostas
Percentual de pessoas
expostas por Nível Sonoro
85 - 90 0,685 6 0,005
80 - 85 1,170 10 0,0084%
75 - 80 2,979 107 0,089%
70 - 75 6,553 28.380 23,9%
65 - 70 15,457 90.401 76%
TOTAL 26,844 118.904 100%
40
Para as curvas de ruído na métrica LAeqD são considerados os níveis de 50 dB(A), 55
dB(A), 60 dB(A), 65 dB(A) e 70 dB(A), compatível com a norma ABNT NBR 10151, que
determina que para áreas residências o ruído seja inferior a 50dB(A), visualizado na Figura 28,
bem como a quantidade de pessoas expostas a estas curvas na Tabela 16.
Figura 28 - Curvas de ruído para a métrica LAeqD
Tabela 16 - Área e número de pessoas expostas para curvas de ruído LAeqD
Faixa de Nível
Sonoro [dB(A)] Área [km²]
Número de pessoas
expostas
Percentual de pessoas
expostas por Nível Sonoro
70 - 75 6,992 18.141 1,79%
65 - 70 7,184 35.239 3,48%
60 - 65 26,098 162.226 16%
55 - 60 52,978 304.049 29,98%
50 - 55 120,481 494.246 48,75%
TOTAL 213,733 1.013.901 100%
Para a métrica LAeqN são considerados os níveis de 45 dB(A), 50 dB(A), 55 dB(A), 60
dB(A) e 65 dB(A), compatível com a norma ABNT NBR 10151, que determina para áreas
residenciais o ruído seja inferior a 45 dB(A), cujo resultado encontra-se apresentado na Figura
29 e a quantidade de pessoas expostas a estas curvas na Tabela 17.
41
Figura 29 - Curvas de ruído para a métrica LAeqN
Tabela 17 - Área e número de pessoas expostas para curvas de ruído LAeqN
Faixa de Nível
Sonoro [dB(A)] Área [km²]
Número de pessoas
expostas
Percentual de pessoas
expostas por Nível Sonoro
65 - 70 5,75 3.061 0,29%
60 - 65 7,928 59.374 5,46%
55 - 60 26,04 158.805 14,59%
50 - 55 53,212 322.276 29,62%
45 - 50 141,833 544.398 50,04%
TOTAL 234,763 1.087.914 100%
7.4 Avaliação do nível de ruído nos receptores críticos
7.4.1 Definição dos receptores críticos
Visando identificar a adequação dos níveis de ruído ocasionados pela movimentação no
Aeroporto de Guarulhos, buscou-se realizar um levantamento de construções com atividades
sensíveis ao ruído, neste caso, escolas, creches, bibliotecas e hospitais. Desta forma, utilizando
o software de localização Google Earth foram identificados os receptores mais próximos ao
AISP/GRU, conforme Tabela 18 e Figura 30, seus respectivos endereços, coordenadas e
altitude, a fim de inseri-los no INM 7.0b e obter o nível de ruído correspondente. Importante
ressaltar que os pontos 7, 8, 10, 61, 62 e 63 também foram levantados na análise do cenário de
2010 [23].
42
Tabela 18 - Receptores críticos nas imediações do Aeroporto de Guarulhos.
Ponto
Crítico Categoria Nome Endereço
1 Creche Grupo Espírita Dr
Bezerra de Menezes
Av Régis, 186 – Jd Cumbica
CEP: 07180-120
2 Escola Estadual Comandante João
Ribeiro de Barros
Rua Juazeiro do Norte, 488 – Jd Cumbica
CEP: 07180-230
3 Creche Brasil Vivo Centro Social Av Nova Cumbica, 919 – Vila Nova
Cumbica - CEP: 07231-00
4 Escola Roberto Hipólito da
Costa Brigadeiro do Ar
Rua Arceburgo, 544 – Jd Castanha
CEP: 01182-220
5 Escola Estadual Sebastião Walter Fusco
Av Sargento de Aeronáutica da Jaime R
Pereira, 257 – Jd Cumbica
CEP: 07182-000
6 Escola Municipal Glorinha Pimentel Rua Pedra Lavada, 829 – Jd Castanha
CEP: 07182-310
7 Escola Estadual Alexandre Lopes
Oliveira
Praça Vaticano, 1 – Jd Nações
CEP: 07183-400
8 Escola Municipal Marfilha Belloti
Gonçalves
Av Estados Unidos, 35 – Jd Nações
CEP: 07183-500
9 Autoescola CFC Geração 2000 Rua Juazeiro do Norte, 290 – Jd Cumbica
CEP: 07180-230
10 Escola Estadual Rubens Lopes Pastor Rua Brás Pires, 150 – Vila Aeroporto
01710-330
11 Escola Estadual Bruno Ricco Padre Av Rio Real, 379 – Jd Presidente Dutra
CEP: 07170-000
12 Autoescola Autoescola
Independência II
Av Papa João Paulo I, 2862 – Jd
Presidente Dutra - CEP: 07170-350
13 Escola Colégio Augusto
Piovesan
Rua Muniz Ferreira, 248 – Jd Presidente
Dutra - CEP: 07170-120
14 Escola Estadual E.E Vicento Melro Rua Belmonte, 50 – Jd Maria Dirce
CEP: 07173-430
15 Escola Municipal Wilson Pereira da Silva Rua Itajuibe, 531 – Jd Maria Dirce
CEP: 07173-480
16 Escola Oswaldo Sampaio Alves Rua Ouricuri, 16 – Jd Maria Dirce
CEP: 07242-CEP: 070
17 Escola Municipal Chico Mendes Rua Iati – Jd Oliveira - CEP: 07241-270
18 Escola Estadual Prof João Carvalheiro
Salém
Rua Porto Velho, 624 – Jd Cumbica
CEP: 07240-060
19 Escola Estadual Prof Zilda Romeiro Pinto
Moreira da Silva
Rua Macarani – Jd Presidente Dutra
CEP: 07171-170
20 Escola Estadual Prof Cacilda Caçapava de
Oliveira
Rua Amélia Rodrigues, 592 – Jd
Presidente Dutra - CEP: 07172-150
21 Escola Instituição Alan Kardec
Alice Pereira
Rua Ipacaeta, 1 – Jd Presidente Dutra
CEP: 07171-150
22 Escola Estadual Carmina Mendes Seródio Rua Abílio Mendes de Oliveira, 3 –
Cidade Seródio - CEP: 07150-230
23 Escola Municipal Tom Jobim Av Coqueiral, 90 – Cidade Seródio
43
Ponto
Crítico Categoria Nome Endereço
CEP: 07150-270
24 Escola Municipal Carlos Drummond de
Andrade
Av Marcial Lourenço Serôdio, 469 –
Cidade Seródio - CEP: 07151-370
25 Escola Sandi Miyake Capitão
Aviador
Av Juarez Távora, 47 – Jd São João
CEP: 07151-030
26 Escola Estadual Prof Hernani Furini Av Bom Jesus, 371 – Jd São João
CEP: 07151-130
27 Escola Estadual Prof Salime Mudeh Av Sagres, 136 – Jd São João
CEP: 07151-300
28 Escola Estadual Pastor e Vereador
Antônio Grotkowsky
Rua Belém, 259 – Jd Novo Portugal
CEP: 07160-550
29 Escola Municipal Jardim Santa Terezinha
Pedro Geraldo Barbosa
Rua Carnaubais, 300 – Jd Santa Terezinha
CEP: 07160-640
30 Escola Municipal Jardim Lenize Av Sítio Novo – Jd Lenize
CEP: 07151-310
31 Escola Prof Cyro Barreiro Av Aracati, 202 _ Jd Lenize
CEP: 07151-600
32 Hospital UBS Haroldo Veloso Rua Pocrané, 79 – Haroldo Veloso
CEP: 07155-120
33 Escola Ensino
Médio
Ministro José de Moura
Resende
Rod Presidente Dutra – Várzea do Palácio
CEP: 07190-100
34 Escola Estadual Francisco Antunes Filho
Rua Profª Maria Del Pilar Munhoz
Bononato, 302 – Pq Cecap
CEP: 07190-029
35 Escola Particular Colégio Internacional
Torricelli
Rua do Rosário, 423 – Centro
CEP: 07112-080
36 Escola de Ensino
Fundamental
Vereador Elísio de
Oliveira Neves
Rua Cristóbal Cláudio Elilo, 366 – Pq
Cecap - CEP: 07000-000
37 Hospital Hospital Geral de
Guarulhos
Alameda do Líris, 300 – Pq Cecap
CEP: 07190-012
38 Escola Prof Plínio Paulo Braga Av Otávio Braga de Mesquita, 3900 –
Taboão - CEP: 07140-230
39 Escola Colégio Guarulhos Rua Bueno Brandão, 94 – Santa Rita
CEP: 07143-030
40 Escola Estadual Prof Flávio Xavier
Arantes
Rua Miguel Fernandes Maldonado, 276 –
Jd Santa Rita - CEP: 07143-222
41 Escola de
Educação Infantil Caminho Feliz
Rua Cândido de Abreu – Jd Sueli
CEP: 07143-140
42 Escola Municipal Amador Bueno Rua Maria Elisa, 10 – Taboão
CEP: 07140-130
43 Escola Estadual Profª Maria Angélica
Soave
Rua Cel Pacheco, 109 – Jd Nova Taboão
CEP: 07141-100
44 Escola Colégio Serrano Guardia Rua Principe Mikasa, 136 – Jd Bela Vista
CEP: 07140-110
45 Escola Glauber Rocha Rua Emídio Guadalberto, 175 – Jd
Almeida Prado - CEP: 07140-060
46 Escola Estadual Prof Milton CERNACH Rua Samurai, 251 – Jd Paraíso
44
Ponto
Crítico Categoria Nome Endereço
CEP: 07160-340
47 Centro
Educacional Augusto Freitas
Estrada do Elenco, 40 – Jd Santa Rita
CEP: 07142-000
48 Escola Estadual Jardim Santa Lídia Rua José Nilson Ferrete, 62 – Jd Santa
Lídia - CEP: 07142-216
49 Creche Municipal Luiza do Nascimento
Otero
Av Santa Bárbara, 352 – Jd Santa Bárbara
CEP: 07191-310
50 Hospital Hospital Bom Clima Av Mariana Ubaldina do Espírito Santo,
654 – Jd Bom Clima - CEP: 07197-000
51 Escola Maria Leoni Praça do Povo, s/n - Jd Pinhal
CEP: 07120-153
52 Escola Técnica SENAI Av. Dr. Renato de Andrade Maia, 601 - Jd
Paraventi - CEP: 07114-000
53 Escola Particular Colégio Maia Av. Dr. Renato de Andrade Maia, 201 -
Parque Renato Maia - CEP: 07114-000
54 Escola Profª Alice Chuery R Antonio Camargo, 130 - JD S Jorge
Guarulhos - São Paulo, CEP: 07114-360,
55 Escola Particular Colégio Mater Amabilis Rua Josephina Mandotti, 158 - Jd Maia
CEP: 07115-080
56 Hospital
Municipal
Hospital Municipal da
Criança e Adolescente
Rua José Maurício, 185 - Centro
Guarulhos – SP - CEP: 07011-060
57 Biblioteca Escola Superior Paulista
de Administração
Rua João Gonçalves, 471 - Centro
CEP: 07010-010
58 Hospital Hospital e Maternidade
Pio XII
Rua Otávio Forghieri, 72 - Jd Gumercindo
CEP: 07090-070
59 Hospital Policlínica Unidade
Nacional de Medicina
Rua Prof.Leopoldo paperini, 213 - Jd
Zaira - CEP: 07095-080
60 Escola Fioravante Iervolino Rua Joracy de Camargo, 60 - Jd Paraventi
CEP: 07121-280
61 Centro Educação
Infantil Cantinho Saber
Rua Oslo, 66 - Jd Bela Vista
CEP: 07133-CEP: 070
62 Escola Estadual Profª Odete Fernandes
Pinto da Silva
Rua Chibata, 174 - Jd Bela Vista
CEP: 07133-040
63 Escola Estadual Prof Joaquim Garcia
Salvador
Rua Catulo da Paixão Cearense, 78 - Jd
América - CEP: 07194-130
64 Escola Prefeito Waldomiro
Pompeo
Av. Carilau Cerri, 60 - Jd Divinolandia
CEP: 07133-200
45
Figura 30 - Receptores críticos identificados no Google Earth
7.4.2 Níveis de ruídos obtidos para os receptores críticos
A partir da inserção dos dados levantados dos pontos críticos no INM 7.0b, obteve-se
os níveis de ruído sonoro nas métricas DNL, LAqeD e LAqeN em dB(A), visualizados na
Tabela 19, para as coordenadas referentes aos receptores críticos, entretanto, para as áreas
externas a este ponto, isto é, não sendo o nível de ruído percebido no interior das escolas,
bibliotecas ou hospitais.
Tabela 19 - Níveis de ruído sonoro nos receptores críticos.
Ponto
Crítico Nome DNL LAqeD LAqeN
2 E.E Comandante João Ribeiro de
Barros 57,0 55,4 48,8
3 Creche Brasil Vivo Centro Social 57,5 56,4 48,9
4 Escola Roberto Hipólito da Costa
Brigadeiro do Ar 58,9 57,0 51,0
5 E.E Sebastião Walter Fusco 60,5 58,1 52,8
6 E.M Glorinha Pimentel 64,8 61,9 57,5
7 E.M Alexandre Lopes Oliveira 65,9 63,0 58,5
8 E.M Marfilha Belloti Gonçalves 64,7 62,3 57,0
9 CFC Geração 2000 57,1 55,4 49,0
10 E.E Rubens Lopes Pastor 68,5 66,7 60,5
11 E.E Bruno Ricco Padre 68,9 67,3 60,8
12 Autoescola Independência II 68,4 66,6 60,3
13 Colégio Augusto Piovesan 67,1 64,8 59,4
14 E.E Vicento Melro 69,2 66,2 61,8
15 E.M Wilson Pereira da Silva 69,2 66,1 61,8
16 Escola Oswaldo Sampaio Alves 67,1 64,8 59,4
46
Ponto
Crítico Nome DNL LAqeD LAqeN
17 E.M Chico Mendes 68,8 66,0 61,4
18 E.E Prof João Carvalheiro Salém 61,4 60,1 52,9
19 E.E Prof Zilda Romeiro Pinto
Moreira da Silva 74,2 72,2 66,3
20 E.E Prof Cacilda Caçapava de
Oliveira 76,3 73,9 68,6
21 Instituição Alan Kardec Alice
Pereira 72,4 71,9 63,1
22 E.E Carmina Mendes Seródio 63,0 62,2 54,1
23 E.M Tom Jobim 76,3 73,9 68,6
24 E.M Carlos Drummond de Andrade 61,1 60,4 52,1
25 Escola Sandi Miyake Capitão
Aviador 60,8 60,1 51,7
26 E.E Prof Hernani Furini 57,2 56,3 48,4
27 E.E Prof Salime Mudeh 56,2 55,3 47,4
28 E.E Pastor e Vereador Antônio
Grotkowsky 63,8 63,3 54,5
29 E.M Jardim Santa Terezinha Pedro
Geraldo Barbosa 58,9 58,3 49,9
30 E.M Jardim Lenize 54,7 53,8 46,0
31 Escola Prof Cyro Barreiro 54,2 53,2 45,4
32 Hospital UBS Haroldo Veloso 57,3 55,5 49,2
33 Escola de Ensino Médio Ministro
José de Moura Resende 56,4 54,7 48,3
34 E.E Francisco Antunes Filho 55,9 53,5 48,2
35 Colégio Internacional Torricelli 55,6 53,4 47,9
36 Escola de Ensino Fundamental
Vereador Elísio de Oliveira Neves 57,3 53,6 50,2
37 Hospital Geral de Guarulhos 58,9 55,3 51,8
38 Escola Prof Plínio Paulo Braga 61,4 58,3 54,1
39 Colégio Guarulhos 57,2 53,7 50,1
40 E.E Prof Flávio Xavier Arantes 54,6 51,7 47,1
41 Escola de Educação Infantil
Caminho Feliz 57,1 53,9 49,8
42 E.M Amador Bueno 58,5 54,7 51,5
43 E.E Profª Maria Angélica Soave 58,4 53,9 51,6
44 Colégio Serrano Guardia 62,9 58,0 56,2
45 Escola Glauber Rocha 66,4 61,5 59,7
46 E.E Prof Milton Cernach 52,2 49,2 44,9
47 Centro Educacional Augusto
Freitas 52,5 50,4 44,6
48 E.E Jardim Santa Lídia 54,2 52,1 46,4
49 Creche Luiza do Nascimento Otero 64,2 56,9 57,9
50 Hospital Bom Clima 63,2 57,3 56,7
51 Escola Maria Leoni 58,3 53,5 51,5
52 SENAI 57,0 52,4 50,2
47
Ponto
Crítico Nome DNL LAqeD LAqeN
53 Colégio Maia 57,9 52,7 51,2
54 Escola Profª Alice Chuery 62,9 56,9 56,4
55 Colégio Mater Amabilis 55,1 50,9 48,2
56 Hospital Municipal da Criança e
Adolescente 54,2 50,3 47,2
57 Biblioteca da Escola Superior
Paulista de Administração 56,2 51,6 49,4
58 Hospital e Maternidade Pio XII 54,9 50,8 47,9
59 Policlínica Unidade Nacional de
Medicina 53,4 49,7 46,2
60 Escola Fioravante Iervolino 61,9 57,2 55,1
61 Centro Educacional Infantil
Cantinho Saber 62,2 57,4 55,5
62 E.E Profª Odete Fernandes Pinto da
Silva 63,5 58,6 56,8
63 E.E Prof Joaquim Garcia Salvador 65,5 60,4 58,8
64 Escola Prefeito Waldomiro Pompeo 60,4 55,6 53,7
7.4.3 Análise dos resultados perante normas e legislação
Conforme citado, os valores apresentados na Tabela 19 são para áreas externas, porém,
o ruído sonoro sentido no interior dos estabelecimentos de atividades sensíveis não será
corretamente representado por este valor. Desta forma, de acordo com o item 6.2 –
Determinação do nível de critério de avaliação – NCA da NBR 10151 [9], o nível para
ambientes internos deve ser corrigido de -10 dB(A) para o caso de janela aberta e -15 dB(A)
para janela fechada.
Portanto, a Tabela 20 apresenta os valores de ruído sonoro corrigidos, considerando que
as escolas públicas terão uma atenuação de -10dB(A), para o caso de janelas abertas, enquanto
os hospitais, bibliotecas, autoescolas e escolas particulares possuem sistema de ventilação e
refrigeração interno e permanecem com janelas fechadas, gerando uma atenuação de -15 dB(A).
Tabela 20 - Níveis de ruído sonoro nos receptores críticos corrigidos para ambientes internos.
Ponto
Crítico Nome
LAeqD
Corrigido
LAqeN
Corrigido
2 E.E Comandante João Ribeiro de Barros 45,4 38,8
3 Creche Brasil Vivo Centro Social 46,4 38,9
4 Escola Roberto Hipólito da Costa
Brigadeiro do Ar 47,0 41,0
5 E.E Sebastião Walter Fusco 48,1 42,8
6 E.M Glorinha Pimentel 51,9 47,5
7 E.M Alexandre Lopes Oliveira 53,0 48,5
48
Ponto
Crítico Nome
LAeqD
Corrigido
LAqeN
Corrigido
8 E.M Marfilha Belloti Gonçalves 52,3 47,0
9 CFC Geração 2000 40,4 34,0
10 E.E Rubens Lopes Pastor 56,7 50,5
11 E.E Bruno Ricco Padre 57,3 50,8
12 Autoescola Independência II 51,6 45,3
13 Colégio Augusto Piovesan 49,8 44,4
14 E.E Vicento Melro 56,2 51,8
15 E.M Wilson Pereira da Silva 56,1 51,8
16 Escola Oswaldo Sampaio Alves 54,8 49,4
17 E.M Chico Mendes 56,0 51,4
18 E.E Prof João Carvalheiro Salém 50,1 42,9
19 E.E Prof Zilda Romeiro Pinto Moreira da
Silva 62,2 56,3
20 E.E Prof Cacilda Caçapava de Oliveira 63,9 58,6
21 Instituição Alan Kardec Alice Pereira 61,9 53,1
22 E.E Carmina Mendes Seródio 52,2 44,1
23 E.M Tom Jobim 63,9 58,6
24 E.M Carlos Drummond de Andrade 50,4 42,1
25 Escola Sandi Miyake Capitão Aviador 50,1 41,7
26 E.E Prof Hernani Furini 46,3 38,4
27 E.E Prof Salime Mudeh 45,3 37,4
28 E.E Pastor e Vereador Antônio Grotkowsky 53,3 44,5
29 E.M Jardim Santa Terezinha Pedro Geraldo
Barbosa 48,3 39,9
30 E.M Jardim Lenize 43,8 36,0
31 Escola Prof Cyro Barreiro 43,2 35,4
32 Hospital UBS Haroldo Veloso 40,5 34,2
33 Escola de Ensino Médio Ministro José de
Moura Resende 44,7 38,3
34 E.E Francisco Antunes Filho 43,5 38,2
35 Colégio Internacional Torricelli 38,4 32,9
36 Escola de Ensino Fundamental Vereador
Elísio de Oliveira Neves 43,6 40,2
37 Hospital Geral de Guarulhos 40,3 36,8
38 Escola Prof Plínio Paulo Braga 48,3 44,1
39 Colégio Guarulhos 38,7 35,1
40 E.E Prof Flávio Xavier Arantes 41,7 37,1
41 Escola de Educação Infantil Caminho Feliz 43,9 39,8
42 E.M Amador Bueno 44,7 41,5
43 E.E Profª Maria Angélica Soave 43,9 41,6
44 Colégio Serrano Guardia 43,0 41,2
45 Escola Glauber Rocha 51,5 49,7
46 E.E Prof Milton Cernach 39,2 34,9
47 Centro Educacional Augusto Freitas 40,4 34,6
48 E.E Jardim Santa Lídia 42,1 36,4
49 Creche Luiza do Nascimento Otero 46,9 47,9
49
Ponto
Crítico Nome
LAeqD
Corrigido
LAqeN
Corrigido
50 Hospital Bom Clima 42,3 41,7
51 Escola Maria Leoni 43,5 41,5
52 SENAI 37,4 35,2
53 Colégio Maia 37,7 36,2
54 Escola Profª Alice Chuery 46,9 46,4
55 Colégio Mater Amabilis 35,9 33,2
56 Hospital Municipal da Criança e
Adolescente 35,3 32,2
57 Biblioteca da Escola Superior Paulista de
Administração 36,6 35,4
58 Hospital e Maternidade Pio XII 35,8 32,9
59 Policlínica Unidade Nacional de Medicina 34,7 31,2
60 Escola Fioravante Iervolino 47,2 45,1
61 Centro Educacional Infantil Cantinho Saber 47,4 45,5
62 E.E Profª Odete Fernandes Pinto da Silva 48,6 46,8
63 E.E Prof Joaquim Garcia Salvador 50,4 48,8
64 Escola Prefeito Waldomiro Pompeo 45,6 43,7
De acordo com a NBR 10152, tem-se que os valores de conforto e aceitáveis em se
tratando de hospitais, escolas, bibliotecas é conforme o observado na Tabela 21, ou seja, .35 e
45 dB(A) para hospitais e bibliotecas, e para escola (salas de aula) 40 e 50 dB(A), para conforto
e aceitabilidade respectivamente.
Tabela 21 - Valores de ruído sonoro interno de conforto e aceitabilidade para escolas e
hospitais.
Locais dB(A)
Conforto
dB(A)
Aceitável
Hospitais
Apartamentos, Enfermarias, Berçários, Centro cirúrgico 35 45
Laboratórios, Áreas para uso do público 40 50
Serviços 45 55
Escolas
Biblioteca, Salas de música, Salas de desenho 35 45
Salas de aula, Laboratórios 40 50
Circulação 45 55
Para o caso de escolas, tanto públicas quanto particulares, bem como bibliotecas, são
considerados os valores obtidos na LAeqD. No caso de hospitais, os níveis de ruído sonoro
obtidos na LAeqD e LAqeN devem apresentar valores inferiores aos apresentados na Tabela
21. Portanto, obtém-se que as instalações citadas na Tabela 22 estão em desacordo com o
estipulado pela norma.
50
Tabela 22 - Receptores críticos que se encontram acima do limite aceitável proposto pela
NBR 10152
Ponto
Crítico Nome
DNL
Corrigido
LAeqD
Corrigido
LAqeN
Corrigido
6 E.M Glorinha Pimentel 54,8 51,9 47,5
7 E.M Alexandre Lopes Oliveira 55,9 53,0 48,5
8 E.M Marfilha Belloti Gonçalves 54,7 52,3 47,0
10 E.E Rubens Lopes Pastor 58,5 56,7 50,5
11 E.E Bruno Ricco Padre 58,9 57,3 50,8
12 Autoescola Independência II 53,4 51,6 45,3
14 E.E Vicento Melro 59,2 56,2 51,8
15 E.M Wilson Pereira da Silva 59,2 56,1 51,8
16 Escola Oswaldo Sampaio Alves 57,1 54,8 49,4
17 E.M Chico Mendes 58,8 56,0 51,4
18 E.E Prof João Carvalheiro Salém 51,4 50,1 42,9
19 E.E Prof Zilda Romeiro Pinto
Moreira da Silva 64,2 62,2 56,3
20 E.E Prof Cacilda Caçapava de
Oliveira 66,3 63,9 58,6
21 Instituição Alan Kardec Alice
Pereira 62,4 61,9 53,1
22 E.E Carmina Mendes Seródio 53,0 52,2 44,1
23 E.M Tom Jobim 66,3 63,9 58,6
24 E.M Carlos Drummond de Andrade 51,1 50,4 42,1
25 Escola Sandi Miyake Capitão
Aviador 50,8 50,1 41,7
28 E.E Pastor e Vereador Antônio
Grotkowsky 53,8 53,3 44,5
45 Escola Glauber Rocha 56,4 51,5 49,7
63 E.E Prof Joaquim Garcia Salvador 55,5 50,4 48,8
7.5 Pessoas altamente incomodadas
Para cálculo do número de pessoas altamente incomodadas, utiliza-se a equação de
Schultz, que relaciona o percentual das pessoas altamente incomodadas (%HA) e o Day-Night
level, conforme visualizado no gráfico da Figura 31. Para o cálculo do percentual de pessoas
altamente incomodadas segundo Schultz (% HA), foi utilizada a média dos valores da faixa de
nível sonoro em dB(A), cujo resultado se encontra na Tabela 23.
A equação de Schultz:
% HA = 0,8553 DNL – 0,0401 DNL2 + 0,00047 DNL3 (11)
Onde,
% HA (Highly Annoyed People) é o percentual de população altamente
incomodada
51
DNL é o Day- Night Level
Figura 31 - Gráfico representativo da curva de Schultz
Tabela 23 - Quantidade de pessoas altamente incomodadas na métrica DNL
Faixa de Nível
Sonoro [dB(A)] Área [km²]
Número de
pessoas expostas %HAP
Número de
pessoas altamente
incomodadas
85-90 0,685 6 83,69 5
80-85 1,170 10 62,54 6
75-80 2,979 107 44,21 47
70-75 6,553 28.380 30,34 8.610
65-70 15,457 90.401 19,57 17.691
TOTAL 26,844 118.904 - 26.359
De acordo com a Tabela 23, das 118.904 pessoas expostas na métrica DNL> 65 dB(A),
26.359 estão altamente incomodadas.
52
COMPARAÇÃO DO CENÁRIO ATUAL COM O OBSERVADO EM 2010
De acordo com os dados apresentados na Tabela 24, percebe-se que para os receptores
críticos do cenário atual, também existentes no cenário de 2010 [23], houve um decréscimo de
nível de ruído sonoro para as métricas DNL, LaeqD, LaeqN, exceto pelo receptor crítico n°8 –
Escola Municipal Marfilha Belloti Gonçalves.
Tabela 24 – Variação dos valores das métricas obtidos no cenário atual e de 2010
Ponto
Crítico Nome DNL LAeqD LAqeN
7 E.M Alexandre Lopes Oliveira -6,52% -3,81% -8,31%
8 E.M Marfilha Belloti Gonçalves -1,37% 2,64% -3,23%
10 E.E Rubens Lopes Pastor -5,26% -0,3% -7,91%
61 Centro Educacional Infantil
Cantinho Saber -8,26% -7,27% -9,46%
62 E.E Profª Odete Fernandes Pinto
da Silva -9,03% -8,29% -10,27
63 E.E Prof Joaquim Garcia
Salvador -6,96% -6,21% -7,98%
Também é necessário ressaltar um aumento do número de pessoas expostas com relação
ao cenário de 2010, conforme Tabela 25.
Tabela 25 - Quantificação de pessoas nas áreas residênciais em desacordo com as normas, em
2010 e 2017
DNL>65 LaeqD>50 LaeqN>45
Áreas residenciais em
2010 124.856 674.419 952.001
Áreas residenciais em
2017 118.904 1.013.901 1.087.914
Variação -4,7% +50,3% +14,5%
Pode-se perceber um crescimento do número de pessoas expostas em cada métrica, com
relação ao ano de 2010, além de uma discrepância entre os valores das métricas, portanto para
uma análise dos dados deve-se fazê-lo apenas dentro da métrica em questão, e não comparando
resultados entre métricas.
53
COMPARAÇÃO NPS
No Capítulo 4 são apresentadas fórmulas que possibilitam relacionar as métricas de
DNL, LAeqD e LAeqN. Sabe-se que a amplitude acústica aeroportuária pode ser definida por:
∆ = 𝐿𝐴𝑒𝑞𝐷 − 𝐿𝐴𝑒𝑞𝑁
Portanto, pode-se escrever DNL em função de LAeqD:
𝐷𝑁𝐿 = 𝐿𝐴𝑒𝑞𝐷 + 10𝑙𝑜𝑔10[1
24(15 + 90. 10−
∆10)]
Analisando esta relação, pode-se inferir que:
- 1º caso: ∆ < 10
Tem-se que a diferença 𝐷𝑁𝐿 − 𝐿𝐴𝑒𝑞𝐷 será sempre maior 0 dB(A). Portanto,
comparando as áreas afetadas por curvas de DNL e LAeqD de mesmo nível sonoro obter-se-á
que a área de DNL é maior que a área da LAeqD, aumentando à medida que a amplitude
diminuir.
- 2º caso: ∆ = 10
Para esta situação, o nível sonoro da curva DNL coincidirá sempre com o nível sonoro
da métrica LAeqD, de forma que as áreas expostas sob estas curvas serão iguais.
- 3º caso: ∆ > 10
Analogamente ao 1° caso, a diferença 𝐷𝑁𝐿 − 𝐿𝐴𝑒𝑞𝐷 será sempre menor que 0.
Portanto, comparando as áreas afetadas por curvas de DNL e LAeqD de mesmo nível sonoro
obter-se-á que a área de LAeqD é maior que a área da DNL, aumentando à medida que a
amplitude aumentar.
Na Figura 32, são apresentados os valores de LAeqD e LAeqN nos pontos críticos, bem
como suas respectivas médias, resultando em uma amplitude média de 4,7 dB(A).
Figura 32 - Valores de LAeqD e LAeqN nos receptores críticos
dB(A)
54
O plano de zoneamento de ruído utiliza as curvas de ruído DNL 75 dB(A) e DNL 65
dB(A) para delimitar as áreas de restrição ao uso do solo. Dessa forma, analisando
matematicamente, tem-se que para o valor de ∆ = 4,7, enquadra-se no 1° caso, portanto a curva
de ruído sonoro de DNL 65 cobre uma área superior a área considerada na métrica LaeqD 65
dB(A), conforme apresentado na Figura 33 e na Tabela 26.
Figura 33- Curvas de DNL, LAeqD e LAeqN de 65 dB(A)
Tabela 26 - Área exposta nas métricas DNL, LAeqD e LAeqN nos níveis sonoros de 50 a 65
dB(A)
Faixa de Nível Sonoro
[dB(A)]
Área [km²]
DNL
Área [km²]
LAeqD
Área [km²]
LAeqN
65-70 22,01 14,176 5,75
60-65 30,299 26,098 7,928
55-60 99,769 52,978 26,04
50-55 174,143 120,481 53,212
TOTAL 326,221 213,733 92,93
55
CONCLUSÃO
De acordo com os dados apresentados no trabalho percebeu-se que para os receptores
críticos do cenário atual, também existentes no cenário de 2010, houve um decréscimo de nível
de ruído sonoro para as métricas DNL, LaeqD, LaeqN. No cenário atual, dos receptores objetos
de comparação, apenas dois estão conformes a norma 10152, que estabelece os valores de 40-
50 dB(A), para conforto e aceitabilidade, respectivamente, para salas de aula e laboratórios.
Além dos receptores do cenário de 2010 foram incluídos 58 pontos, entre escolas,
autoescolas, bibliotecas e hospitais, dos quais 17 encontram-se fora dos limites estabelecidos
na norma 10152.
Outro aspecto significativo foi o aumento do número de pessoas expostas com relação
ao cenário de 2010.Isso pode ser explicado pela alteração das rotas das cabeceiras e pelo
aumento da demanda operacional do aeroporto, assim como pelo aumento da densidade
populacional no entorno.
Apesar da métrica DNL ser mundialmente utilizada como parâmetro de avaliação,
contatou-se que, para o caso do Aeroporto de Guarulhos, onde a amplitude acústica
aeroportuária é diferente de 10 dB(A) podem acontecer discrepâncias significativas na área
influenciada pela curva DNL, quando comparada com a área das outras métricas. Isso pode
levar a uma inconsistência para uso e ocupação do solo, tendo em vista que a NBR 10151
recomenda que áreas residenciais não se exponham a níveis sonoros acima de LaeqD 50 dB(A)
durante o dia e LaeqN 45 dB(A) durante a noite. O PEZR, permite a ocupação residencial em
áreas com nível de ruído abaixo de DNL 65 dB(A). É importante reduzir os atuais níveis de
RBCA 161 (zoneamento aeroportuário) a fim de torná-los compatíveis com os níveis usados na
NBR 10151 (zoneamento urbano). Para compreender os impactos de ruído do aeroporto é
interessante usar outras métricas como LAeqD e LAeqN que ajudam a executar a integração
urbana do aeroporto.
Dessa forma este trabalho fornece informações atualizadas para que autoridades
competentes tomem conhecimento e façam uma adequada gestão, e assim os problemas
persistentes sejam resolvidos.
56
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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<http://cms.cnt.org.br/Imagens%20CNT/Site%202015/Pesquisas%20PDF/Transport
e%20e%20Economia%20Transporte%20A%C3%A9reo%20de%20Passageiros.pdf>
[2] YOSIMOTO,V., CHAMBARELLI, R., 2016. Revista do BNDES - A lógica atual do
setor aeroportuário brasileiro. Disponível em <https://web.bndes.gov.br/
bib/jspui/bitstream/1408/9394/1/7%20-%20A%20l%C3%B3gica%20atual%20do%
20setor%20aeroportu%C3%A1rio%20brasileiro_P.pdf>. Acesso em 26/02/18.
[3] Schultz, T. J. (1978) Synthesis of social surveys on noise annoyance. Journal of
Acoustical Society of America, v. 64, pp. 377–405.
[4] World Health Organization, 2011 Disponível em: <
http://www.euro.who.int/en/health-topics/environment-and-health/noise/noise >.
Acesso em 26/02/18.
[5] Burden of Disease from Environmental Noise, 2011. Disponível em
<http://www.euro.who.int/__data/assets/pdf_file/0008/136466/e94888.pdf.> Acesso
em 26/02/18.
[6] MATHESON, M.P., STANSFELD,S.A., HAINES, M.M. The Effects of Chronic
Aircraft Noise Exposure on Children’s Cognition and Health: 3 Field Studies, 2008.
Disponível em <https://pdfs.semanticscholar.org/926a/ae41440898c9667b9f5f7cc95
604c018b30a.pdf>. Acesso em 26/02/18.
[7] Acústica ambiental. Disponível em: <slamaacustica.com.br>. Acesso em 02/02/18.
[8] HELENO, T. A., SLAMA, J.G. Considerações sobre o Uso da Métrica DNL em
Zoneamento Aeroportuário.
[9] ABNT, “NBR 10151 – Avaliação do ruído em áreas habitadas visando o conforto da
comunidade”, Julho de 2000.
[10] ABNT, “NBR 10152 – Níveis de ruído para conforto acústico”, Março de 1987.
[11] ABNT, "NBR 13368 - Ruído gerado por aeronaves - Monitoração", Maio de 1995.
[12] RBAC, n° 161 – Regulamento Brasileiro da Aviação Civil. Setembro de 2013.
[13] Portaria n°494/SAI de 4 de março de 2016.
[14] Shapefiles dos setores censitários de São Paulo. Disponível em:
<ftp://geoftp.ibge.gov.br/organizacao_do_territorio/malhas_territoriais/malhas_de_set
ores_censitarios__divisoes_intramunicipais/censo_2010/>. Acesso em 26/02/18.
57
[15] História do Aeroporto de Guarulhos. Disponível em:
<http://www.aeroportoguarulhos.net/historia-do-aeroporto-guarulhos>. Acesso em
12/02/18.
[16] Capítulos da história escritos nos 30 anos de Cumbica. Aeroin, 20 jan. 2015.
Disponível em: <http://www.aeroin.net/capitulos-da-historia-escritos-nos-30-anos-de-
cumbica/>. Acesso em 12/02/18.
[17] Aeroporto SBGR – Guarulhos. Disponível em:
<http://historias.efavorito.com/2017/01/16/aeroporto-sbgr-guarulhos/>. Acesso em
12/02/18.
[18] Esquema de Numeração e Cores do Aeroporto de Guarulhos. Disponível em:
<https://airway.uol.com.br/aeroporto-de-guarulhos-perde-um-terminal/esquema-nova-
numeracao-terminais-e-check-in/>. Acesso em 12/02/18.
[19] Anuário estatístico de 2016.
[20] GRU Airport recebeu 37,7 milhões de passageiros em 2017. Disponível em:
<https://www.gru.com.br/pt/Institucionalsite/Imprensa/Paginas/Releases-
detalhe.aspx?code=92>. Acesso em 12/02/18.
[21] Demanda Detalhada dos Aeroportos Brasileiros.
[22] Relatório da Administração – GRU Airport. Disponível em:
<http://www.valor.com.br/sites/default/files/upload_element/29.03.2017_aeroporto_d
e_guarulhos.pdf>. Acesso em 12/02/18.
[23] BARRETO, T. O. Impacto Ambiental Sonoro da Aviação Regular em Grandes
Aeroportos com Ênfase no Aeroporto de Guarulhos, 2015.
58
ANEXO A - USO DO SOLO PARA PBZR
O operador de aeródromo que possua PBZR deve fazer constar no plano os usos do solo
compatíveis e incompatíveis para as áreas por ele abrangidas, conforme na Tabela 27.
Tabela 27 - Uso do solo [12]
Uso do Solo Nível de ruído médio dia-noite (dB)
Abaixo de 65 65 – 75 Acima de 75
Residencial
Residências uni e multifamiliares S N (1) N
Alojamentos temporários
(exemplos: hotéis, motéis e pousadas ou
empreendimentos equivalentes)
S N (1) N
Locais de permanência prolongada (exemplos:
presídios, orfanatos, asilos, quartéis, mosteiros,
conventos, aparthotéis, pensões ou empreendimentos
equivalentes)
S N (1) N
Usos Públicos
Educacional (exemplos: universidades, bibliotecas,
faculdades, creches, escolas, colégios ou
empreendimentos equivalentes)
S N (1) N
Saúde (exemplos: hospitais, sanatórios, clínicas,
casas de saúde, centros de reabilitação ou
empreendimentos equivalentes)
S 30 N
Igrejas, auditórios e salas de concerto (exemplos:
igrejas, templos, associações religiosas, centros
culturais, museus, galerias de arte, cinemas, teatros
ou empreendimentos equivalentes)
S 30 N
Serviços governamentais (exemplos: postos de
atendimento, correios, aduanas ou empreendimentos
equivalentes)
S 25 N
Transportes (exemplos: terminais rodoviários,
ferroviários, aeroportuários, marítimos, de carga e
passageiros ou empreendimentos equivalentes)
S 25 N
Estacionamentos (exemplo: edifício garagem ou
empreendimentos equivalentes) S 25 35
Usos Comerciais e serviços
Escritórios, negócios e profissional liberal
(exemplos: escritórios, salas e salões comerciais,
consultórios ou empreendimentos equivalentes)
S 25 N
Comércio atacadista - materiais de construção,
equipamentos de grande porte S 25 N
Comércio varejista S 25 N
Serviços de utilidade pública (exemplos: cemitérios,
crematórios, estações de tratamento de água e esgoto,
reservatórios de água, geração e distribuição de
energia elétrica, Corpo de Bombeiros ou
empreendimentos equivalentes)
S 25 N
59
Uso do Solo Nível de ruído médio dia-noite (dB)
Abaixo de 65 65 – 75 Acima de 75
Serviços de comunicação (exemplos: estações de
rádio e televisão ou empreendimentos equivalentes) S 25 N
Usos Industriais e de Produção
Indústrias em geral S 25 N
Indústrias de precisão (Exemplo: fotografia, óptica) S 25 N
Agricultura e floresta S S(3) S(4)
Criação de animais, pecuária S S(3) N
Mineração e pesca (exemplo: produção e extração de
recursos naturais) S S S
Usos Recreacionais
Estádios de esportes ao ar livre, ginásios S S N
Conchas acústicas ao ar livre e anfiteatros S N N
Exposições agropecuárias e zoológicos S N N
Parques, parques de diversões, acampamentos ou
empreendimentos equivalentes S S N
Campos de golf, hípicas e parques aquáticos S 25 N
Medidas para atingir uma redução de nível de ruído – RR de 25, 30 ou 35 dB devem ser
incorporadas no projeto/construção das edificações onde houver permanência prolongada de
pessoas:
(1): Sempre que os órgãos determinarem que os usos devem ser permitidos, devem ser
adotadas medidas para atingir uma RR de pelo menos 25 dB;
(2): Edificações residenciais requerem uma RR de 25 dB;
(3): Edificações residenciais requerem uma RR de 30 dB;
(4): Edificações residenciais não são compatíveis.
Onde,
S (Sim): uso do solo e edificações relacionadas compatíveis sem restrições;
N (Não): uso do solo e edificações relacionadas não compatíveis;
25, 30, 35: uso do solo e edificações relacionadas geralmente compatíveis.
60
ANEXO B - FUNÇÃO EXCEL
DEP 03:
=SE(OU(A2="CENTROOESTE";A2="SUL");SE(E2="DEP";SE($O$3="09L";1/7*P
ROCV($O$3;$Q$2:$R$5;2;FALSO)*D2;SE($O$3="09R";1/7*PROCV($O$3;$Q$2:$R$5;2;
FALSO)*D2;0));0);0)
DEP 02:
=SE(OU(A2="NORTE";A2="NORDESTE");SE(E2="DEP";SE($O$3="27L";1/7*PR
OCV($O$3;$Q$2:$R$5;2;FALSO)*D2;SE($O$3="27R";1/7*PROCV($O$3;$Q$2:$R$5;2;F
ALSO)*D2;0));0);0)
DEP 04:
=SE(OU(A2="CENTROOESTE";A2="SUL");SE(E2="DEP";SE($O$3="27L";1/7*P
ROCV($O$3;$Q$2:$R$5;2;FALSO)*D2;SE($O$3="27R";1/7*PROCV($O$3;$Q$2:$R$5;2;
FALSO)*D2;0));0);0)
DEP 06:
=SE(A2="LESTE";SE(E2="DEP";SE($O$3="27L";1/7*PROCV($O$3;$Q$2:$R$5;2;
FALSO)*D2;SE($O$3="27R";1/7*PROCV($O$3;$Q$2:$R$5;2;FALSO)*D2;0));0);0)
APP 01:
=SE(E2="APP";SE($O$3="09L";1/7*PROCV($O$3;$Q$2:$R$5;2;FALSO)*D2;SE($
O$3="09R";1/7*PROCV($O$3;$Q$2:$R$5;2;FALSO)*D2;0));0)
APP 03:
=SE(E3="APP";SE($O$3="27L";1/7*PROCV($O$3;$Q$2:$R$5;2;FALSO)*D2;SE($
O$3="27R";1/7*PROCV($O$3;$Q$2:$R$5;2;FALSO)*D2;0));0)
61
ANEXO C - CURVA DE RUÍDO PARA MÉTRICA SEL
Figura 34 - Curvas de ruído para métrica SEL da aeronave A320 durante o pouso.
Figura 35 - Curvas de ruído para a métrica SEL da aeronave A320 durante a decolagem.
62
Tabela 28 - Níveis de ruído sonoro para a métrica SEL da aeronave A320
SEL
POUSO
SEL
DEC
2 75,5 91,0
3 72,6 91,1
4 74,8 93,6
5 76,6 95,5
6 79,4 100,3
7 78,6 101,6
8 76,4 100,2
9 75,8 91,2
10 77,3 104,2
11 80,7 104,4
12 80,8 403,5
13 79,0 101,0
14 79,4 103,5
15 77,2 103,8
16 79,0 101,0
17 71,3 103,2
18 68,8 94,6
19 85,9 109,6
20 87,2 110,5
21 84,2 106,4
22 73,7 97,3
23 87,2 110,5
24 72,4 95,5
25 71,9 95,1
26 70,0 91,6
27 69,2 90,6
28 74,1 98,0
29 70,8 93,2
30 68,1 89,1
31 67,7 88,6
32 73,8 92,0
33 73,5 89,2
34 75,9 89,1
35 76,3 89,1
36 82,3 91,8
37 83,7 94,1
38 84,9 96,7
39 83,2 91,9
40 78,4 88,8
41 82,0 91,8
42 85,2 93,4
43 85,6 93,1
44 89,7 98,3
45 92,6 101,4
46 76,2 86,4
63
47 72,9 86,5
48 74,9 88,3
49 82,0 99,4
50 86,1 99,0
51 92,2 89,8
52 90,9 88,6
53 86,9 92,3
54 84,3 100,3
55 88,1 87,6
56 84, 87,9
57 82,4 90,8
58 82,2 89,1
59 86,6 85,5
60 98,1 87,2
61 95,0 95,6
62 96,2 97,3
63 96,5 100,2
64 91,9 94,5