UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · promove resultados efetivos na...
Transcript of UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · promove resultados efetivos na...
1
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM CURSO DE MESTRADO ACADÊMICO
MOIZIARA XAVIER BEZERRA CAMPOS
MAPEAMENTO CRUZADO DOS TÍTULOS DE DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM FORMULADOS SEGUNDO A CIPE® VERSUS DIAGNÓSTICOS
DA NANDA INTERNACIONAL PARA CRIANÇAS COM DOENÇAS RENAIS
NATAL - RN
2019
2
MOIZIARA XAVIER BEZERRA CAMPOS
MAPEAMENTO CRUZADO DOS TÍTULOS DE DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM FORMULADOS SEGUNDO A CIPE® VERSUS DIAGNÓSTICOS
DA NANDA INTERNACIONAL PARA CRIANÇAS COM DOENÇAS RENAIS
Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduaçãoem Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito parcial para obtenção do título de mestre em Enfermagem. Orientador: Prof. Dr. Richardson Augusto Rosendo da Silva. Área de Concentração: Enfermagem na atenção à saúde. Linha de Pesquisa: Enfermagem na vigilância à saúde.
NATAL - RN 2019
3
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências da Saúde - CCS
Campos, Moiziara Xavier Bezerra.
Mapeamento cruzado dos títulos de diagnósticos de enfermagem formulados
segundo a CIPE® versus diagnósticos da NANDA internacional para crianças com
doenças renais / Moiziara Xavier Bezerra Campos. - 2019.
87f.: il.
Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Universidade Federal do Rio Grande do
Norte, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem.
Natal, RN, 2019.
Orientador: Richardson Augusto Rosendo da Silva.
1. Processo de enfermagem - Dissertação. 2. Diagnóstico de enfermagem -
Dissertação. 3. Terminologia - Dissertação. 4. Nefropatias - Dissertação. 5. Criança -
Dissertação. I. Silva, Richardson Augusto Rosendo da. II. Título.
RN/UF/BS-CCS CDU 616-083
Elaborado por ANA CRISTINA DA SILVA LOPES - CRB-15/263
4
MOIZIARA XAVIER BEZERRA CAMPOS
MAPEAMENTO CRUZADO DOS TÍTULOS DE DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM FORMULADOS SEGUNDO A CIPE® VERSUS DIAGNÓSTICOS
DA NANDA INTERNACIONAL PARA CRIANÇAS COM DOENÇAS RENAIS
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito parcial para obtenção do título de mestre em Enfermagem.
Aprovada em 25 de novembro de 2019.
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________________________ Prof. Dr. Richardson Augusto Rosendo da Silva- Presidente
Universidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN
_______________________________________________________________ Profa. Dra. Maria Alzete de Lima- Examinadora interna ao programa
Universidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN
_______________________________________________________________ Prof. Dr. Rudval Souza da Silva- Examinador externo à instituição
Universidade do Estado da Bahia-UNEB
5
A minha família, meu porto seguro. Sempre me
apoiaram na realização dos meus sonhos.
Vocês são a razão da minha vida.
6
AGRADECIMENTOS
Gostaria de agradecer a Deus que sempre me ajudou nos momentos mais
difíceis ao longo dessa jornada, sem Ele eu não teria conseguido chegar até aqui.
Te amo acima de tudo, Senhor.
A minha família que sempre me deu força para não desistir dos meus sonhos
e proporcionaram os meios necessários para eu concretizar meus objetivos.
Ao meu esposo, Douglas Campos, que me apoia, incentiva e acima de tudo
nunca permitiu que eu desistisse de concluir os nossos sonhos e planos.
A minha turma do Mestrado, pois diante de tantas aflições vivenciadas
durante o curso, foi muito importante contar com o apoio de todos.
As minhas amigas e companheiras de plantão: Iara, Nathália, Luana e Anny
que sempre estavam prontas para me ajudar com as escalas e com palavras de
incentivo.
A Simone, companheira de estudo, produções e acima de tudo uma amiga
que me ajudou diante de tantos momentos difíceis.
Ao meu grupo de pesquisa pelas colaborações e produções.
A minha banca de qualificação e defesa pelas inúmeras contribuições na
conclusão da pesquisa.
Ao meu orientador Prof. Dr. Richardson Augusto Rosendo da Silva por me
orientar, ouvir e principalmente por compreender minhas dificuldades ao longo do
curso, meu muito obrigada.
7
CAMPOS, M.X.B. Mapeamento cruzado dos títulos de diagnósticos de enfermagem formulados segundo a CIPE® versus diagnósticos da NANDA International para crianças com doenças renais. Natal, 2019. Dissertação, 87 folhas. Dissertação (Mestrado em Enfermagem). Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (RN), 2019.
RESUMO
Trata-se de um estudo metodológico, com abordagem quantitativa que teve como objetivo realizar o mapeamento cruzados dos títulos diagnósticos de enfermagem de crianças com doenças renais elaborados segundo a Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE®) com os diagnósticos da NANDA Internacional (NANDA-I), assim como classificar os títulos diagnósticos de acordo com os níveis da teoria das necessidades humanas básicas e realizar a validação de conteúdo do produto do mapeamento cruzado. O presente estudo foi dividido em etapas metodológicas, a saber: construção do banco de termos para crianças com doenças renais, elaboração dos títulos de diagnósticos para crianças com doenças renais e validação de conteúdo. Os diagnósticos foram elaborados em duas listas e tabulados no programa Microsoft Excel (Office 2013) e também classificados de acordo com os níveis da teoria das necessidades humanas básicas. Os diagnósticos foram comparados entre os referidos sistemas de classificação, e assim classificados em títulos constantes e não constantes. Dessa forma, os títulos não constantes foram classificados como: similar, mais abrangente, mais restrito e não existe concordância. Em seguida, o produto do mapeamento foi submetido ao processo de validação de conteúdo por especialistas. Foi considerado o Índice de Validade de Conteúdo igual ou maior a 0,80. Os especialistas que participaram do processo de validação do mapeamento cruzado foram de um grupo de pesquisa de uma Universidade pública no Nordeste do Brasil. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Onofre Lopes com Parecer nº 1.007.954 e certificado de apresentação para apreciação ética nº 42666815.0.0000.5292. Foram identificados 147diagnósticos de enfermagem, sendo 99 da CIPE® e 48 da NANDA-I. Após realizar-se o mapeamento cruzado, 85,8% dos diagnósticos da CIPE® não foram constantes na NANDA-I. Os não constantes foram classificados em: similar (2,3%), mais restrito (34,1%), mais abrangente (8,2%), não existe concordância (1,1%) e 54,3% dos diagnósticos não foram encontrados correspondentes na NANDA-I. Todos os títulos diagnósticos da CIPE® e NANDA-I, foram classificados nas Necessidades Humanas Básicas, respectivamente em: Psicobiológicas 68,5% e 31,5%; Psicossociais 61,5% e 38,5%. Não foram identificados diagnósticos de enfermagem nas necessidades Psicoespirituais. O mapeamento cruzado foi validado com 14 diagnósticos constantes na NANDA-I e na CIPE® e 39 não constantes, os quais apresentaram IVC > 0,8. O estudo apresentou diferenças numéricas durante a identificação dos diagnósticos de enfermagem com a utilização de dois sistemas de classificação, contudo a contribuição desses sistemas para o desenvolvimento da enfermagem promove resultados efetivos na prestação de cuidados, visto que a identificação do diagnóstico de enfermagem incorporada a uma linguagem padronizada contribui para subsidiar as intervenções de enfermagem e o fortalecimento da profissão. Palavras-chave: Processo de enfermagem. Terminologia. Diagnóstico de enfermagem. Criança. Nefropatias.
8
CAMPOS, M.X.B. Cross mapping of nursing diagnostic titles formulated according to CIPE® versus diagnostics of NANDA international for children with renal diseases. Natal, 2019. Dissertation, 87 leaves. Dissertation (Master in Nursing). Nursing Graduate Program, Federal University of Rio Grande do Norte (RN), 2019.
ABSTRACT
This methodological study presents a quantitative angle that aims to do cross-
mapping of nursing diagnoses tittle in children whit kidney disease elaborated
according to International Classification for Nursing Practice (ICNP®) from NANDA-I,
as well as to categorize diagnoses tittle according to the standards of basics human
needs theory and to perform cross-mapping product content validation. The study
was divided into methodological steps: to build a data base of terms for children with
kidney disease, formulation of diagnosis tittle for children with kidney disease and
content validation. The diagnoses were formulated in to two lists and arranged in
Microsoft Excell (Office 2013) program and classified according to basics human
needs theory. The diagnoses were compared between classification systems
mentioned and then classified into tittle listed or not listed. The not listed tittle was
classified as: similar, wider, more restrict and non-agreement. Following this, the
mapping product was analyzed by experts. It was counted the Content Index
Validation equal plus 0,80. The experts who were involved in cross-mapping
validation process are part of a research group of a public University in northeast of
Brazil. The project was approved by Ethics Research Committee or University
Hospital Onofre Lopes by nº 1.007.954 and licensed for ethics presentation by nº
42666815.0.0000.5292. It was identified 147 nursing diagnoses, 99 from ICNP and
48 from NANDA-I. After cross-mapping, 85,8% of INCP diagnoses was not listed in
NANDA-I. The not listed diagnoses was classified in similar (2,3%), more restrict
(34,1%), wider (8,2%) non-agreement (1,1%) and 54,3% of all diagnosis did not find
a match in NANDA-I. All of ICNP and NANDA-I diagnosis tittle were classified in
Basics Human Needs, respectively: psychobiology 68,5% and 31,5%; psychosocial
61,5% and 38,5%. It was not identified nursing diagnosis in psychospiritual needs.
Cross-mapping was validated with 14 diagnosis listed both in NANDA-I and ICNP
and 39 not listed, which presented CIV > 0,8. The study shown numerical differences
in nursing diagnosis identification using two classification systems, however these
systems contribution to nursing development promotes effective in health care since
nursing diagnose identification along with standardized language contributes to
nursing interventions and profession empowerment.
Keywords: Nursing processe. Terminology. Nursing diagnosis. Child. Nephropathies.
9
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CIE Conselho Internacional de Enfermeiros
CIPE® Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem
CIPESC Classificação Internacional das Práticas de Enfermagem em Saúde Coletiva
CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
COFEN Conselho Federal de Enfermagem
DE Diagnóstico de enfermagem
DRC Doença Renal Crônica
IRC Insuficiência Renal Crônica
ISO Organização Internacional de Normalização
IVC Índice de Validade de Conteúdo
NANDA-I NANDA Internacional
NHB Necessidades Humanas Básicas
NIC Nursing Interventions Classification
NOC Nursing Outcomes Classification
OMS Organização Mundial de Saúde
PE Processo de enfermagem
SAE Sistematização da Assistência de Enfermagem
SPSS Statistical Package for the Social Sciences
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
UASCA Unidade de Atenção à Saúde da Criança e Adolescente
10
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Necessidades humanas básicas, Wanda Horta, Natal/RN, 2019 ........... 25
Quadro 2 - Diagnósticos de enfermagem CIPE® e NANDA-I para crianças com
doenças renais. Natal/RN. Brasil, 2019 ..................................................................... 35
Quadro 3 - Diagnósticos de enfermagem CIPE® para crianças com doenças renais
constantes e não constantes na NANDA-I. Natal/RN. Brasil, 2019 ........................... 38
Quadro 4 - Diagnósticos de enfermagem CIPE® para crianças com doenças renais,
não constantes na NANDA-I, classificados segundo Leal (2006). Natal/RN, Brasil,
2019 .......................................................................................................................... 40
Quadro 5 - Concordância dos especialistas em relação ao mapeamento Cruzado
dos DE da CIPE® e NANDA-I e categorização nas Necessidades Humanas Básicas
Psicobiologicas. Natal/RN. Brasil, 2019 .................................................................... 42
Quadro 6 - Concordância dos especialistas em relação ao mapeamento Cruzado
dos DE da CIPE® e NANDA-I e categorização nas Necessidades Humanas Básicas
Psicossociais.Natal/RN. Brasil, 2019 ........................................................................ 45
11
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13
1.1 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO ............................................................................ 16
2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 18
2.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................. 18
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................... 18
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 19
3.1 AFECÇÕES RENAIS .......................................................................................... 19
3.2 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A CRIANÇAS COM DOENÇAS RENAIS ... 20
3.3 SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO ....................................................................... 21
3.4 TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS ...................................... 24
4 METODOLOGIA .................................................................................................... 26
4.1 TIPO DO ESTUDO .............................................................................................. 26
4.2 LOCAL DO ESTUDO .......................................................................................... 26
4.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA ................................................................................ 26
4.4 ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA .......................................... 27
4.5 ASPECTOS ÉTICOS........................................................................................... 34
5 RESULTADOS ....................................................................................................... 35
6 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 46
6.1 USO DOS SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO: CIPE® E NANDA-I ...................... 46
6.2 NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS DE HORTA PARA CRIANÇAS COM
DOENÇAS RENAIS .................................................................................................. 47
6.3 NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS PSICOBIOLÓGICAS ........................... 48
6.3.1 Hidratação ....................................................................................................... 48
6.3.2 Sono e Repouso ............................................................................................. 49
6.3.3 Mecânica Corporal ......................................................................................... 50
6.3.4 Percepção ....................................................................................................... 51
6.3.5 Regulação ....................................................................................................... 52
6.4 NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS PSICOSSOCIAIS ................................ 54
6.4.1 Segurança ....................................................................................................... 54
6.4.2 Aceitação ........................................................................................................ 55
7 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 57
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 58
12
APÊNDICES ............................................................................................................. 66
ANEXOS ................................................................................................................... 78
13
1 INTRODUÇÃO
O conhecimento em enfermagem é estruturado através da capacidade
dinâmica dialógica entre teoria e a prática, sendo necessário manter constante esse
dinamismo (QUEIRÓS, 2013).
Para atender o gerenciamento do cuidado, seja ele coletivo ou individual, o
conhecimento em enfermagem precisa ser amplo. O enfermeiro precisa ser capaz
de produzir conhecimentos sobre diferentes ângulos do cuidado de enfermagem e
assim integrar esta diversidade de conhecimentos através do emprego de métodos
rigorosos (WEAVER; OLSON, 2006).
Nesse sentido, a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE)
constitui-se um desses métodos que contribuem com o aperfeiçoamento do
conhecimento do enfermeiro que deve ser amplo e que é requerido durante o
cuidado de enfermagem.
Entre os diversos métodos utilizados na SAE, encontra-se o Processo de
enfermagem (PE), pois é considerado um instrumento que contribui para um cuidado
qualificado. Este é organizado em etapas didáticas para a realização do cuidado e
documentação da prática do enfermeiro. O modelo do PE mais conhecido no Brasil
é o proposto por Wanda Horta em 1979, o mesmo é composto por seis fases:
histórico de enfermagem, diagnóstico de enfermagem (DE), plano assistencial,
prescrição de enfermagem, evolução de enfermagem e prognóstico de enfermagem
(GARCIA; NOBREGA, 2009; HORTA, 1979).
O PE é conceituado como um método de prestação de cuidados para a
obtenção de resultados satisfatórios durante as ações de enfermagem, e tem como
objetivo reduzir as complicações durante o tratamento. A utilização da PE requer o
pensamento crítico do enfermeiro, este deve possuir objetivos direcionados aos
resultados que espera alcançar, de modo a atender as necessidades do paciente e
de sua família. Para colocar em pratica a SAE é necessária uma constante
atualização do profissional. Assim, possibilita o exercício da profissão com
autonomia e baseada em conhecimentos técnico-científicos (LEFEVRE, 2002;
SILVA et al., 2011).
A aplicação do PE no Brasil iniciou com a publicação do livro, Processo de
Enfermagem, de Wanda Horta em 1979, que se baseou na pirâmide de Maslow
(HORTA, 1979). A teoria das Necessidades Humanas Básicas (NHB) aponta cinco
14
níveis de necessidades por ordem de importância, a saber: nível de necessidades
fisiológicas, segurança, sociais, ego ou estima e de auto realização (MONTEIRO et
al., 2014).
A implementação da SAE e do PE no Brasil teve destaque através da
Resolução 272/2002 do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). Em 2009, ela
é retificada com a Resolução 358/2009, tornando a SAE obrigatória. Essa resolução
considera o PE um instrumento que deve orientar o cuidado do profissional de
enfermagem e a documentação da prática profissional. O PE organiza-se em cinco
etapas: histórico de enfermagem, DE, planejamento, implementação, avaliação
(COFEN, 2009).
O PE deve ser o eixo fundante e estruturante da construção do conhecimento
e posteriormente na prática profissional. Na assistencial de enfermagem percebe-se
inúmeras situações vivenciadas durante o cuidado que envolve a necessidade de
sistematização da assistência e da aplicação do PE (GARCIA, 2016).
Assim, o PE torna-se importante, pois proporciona a adequação de
intervenções que atendam às necessidades individuais dos pacientes sob os
cuidados de enfermagem. Com o cuidado direcionado e orientações apropriadas,
facilita o processo de recuperação do paciente. O cuidado sistematizado pelo
enfermeiro contribui para uma assistência de qualidade (SILVA et al., 2016).
As terminologias de enfermagem são instrumentos utilizados durante o
processo de trabalho do enfermeiro. Estas são definidas como um conjunto de
termos que descrevem os conceitos relevantes da profissão de maneira
padronizada. Os sistemas de classificação são fundamentais para documentar o PE
(BARRA; SASSO, 2011).
No Brasil, as terminologias de enfermagem mais conhecidas e que sustentam
o PE, destacam-se a NANDA Internacional (NANDA-I), a NIC (Nursing Interventions
Classification), a NOC (Nursing Outcomes Classification), a CIPE® (Classificação
Internacional para a Prática de Enfermagem) e o inventário vocabular CIPESC
(Classificação Internacional das Práticas de Enfermagem em Saúde Coletiva)
(MATTEI et al., 2011).
Dentre essas, destacamos a Classificação Internacional para a Prática de
Enfermagem (CIPE®). O Conselho Internacional de Enfermeiros (CIE) é o órgão
responsável pela concepção e desenvolvimento da CIPE®. Esta é uma terminologia
padronizada que tem como intenção representar os elementos da prática de
15
enfermagem de forma confiável e precisa. Sua estrutura é composta por um modelo
de sete eixos, o qual permite os enunciados de diagnósticos, resultados e
intervenções de enfermagem (CIE, 2011).
A CIPE®, versão 1.0, possui sete eixos para a construção dos diagnósticos,
intervenções e resultados, sendo eles: Foco: área de atenção relevante para a
Enfermagem; Julgamento: opinião clínica; Meios: método para desenvolver uma
intervenção; Ação: um processo intencional aplicado a um cliente; Tempo: o
momento de uma ocorrência; Localização: orientação anatômica e espacial de um
diagnóstico ou intervenções; Cliente: sujeito ao qual o diagnóstico se refere.
Assim, a CIPE® é um sistema de linguagem padronizada que ordena termos
aceitos por enfermeiros para descrever as avaliações, intervenções e resultados
apropriados para o cuidado de enfermagem, sendo essenciais no PE, além de
estimular o registro de enfermagem em prontuários eletrônicos ou em sistemas
manuais de informação (PRIMO et al., 2018).
Os DE estruturam o conhecimento e auxiliam na avaliação da assistência
prestada, visto que direcionam o cuidado e estimulam a participação do usuário no
seu tratamento (MATOS; CRUZ, 2009). Dentre as maneiras de formular e nominar
os DE na prática clínica está incluída a utilização da CIPE®.
O PE constitui-se com todas as suas etapas uma ferramenta indispensável na
assistência de enfermagem, pois é um meio do enfermeiro realizar o
estabelecimento do DE. Este é considerado o norteador para a identificação de
intervenções mais apropriadas para alcançar os resultados esperados durante o
processo de cuidar prestado pelo enfermeiro e equipe de enfermagem (GALVÃO et
al., 2016).
A obtenção dos DE na pesquisa e no ensino são considerados facilitadores
no processo de cuidar. No cuidado a pacientes com doenças renais os DE tornam-
se essências, uma vez que as necessidades e as características desse grupo de
indivíduos são evidenciadas por meio desses diagnósticos. Assim, é traçado um
perfil desses pacientes, o que otimiza o cuidado e minimiza a utilização de
diagnósticos imprecisos, resultados inadequados e intervenções ineficazes
(DEBONE et al., 2017).
Nesse contexto, das doenças renais, destaca-se a Doença Renal Crônica
(DRC) que é avaliada como um problema de saúde pública mundial, e possui um
número de portadores que aumenta de forma global. No Brasil cerca de 2 milhões
16
de pessoas possuem esta doença (JHA et al., 2013; NAGHETTINI et al., 2012). A
DRC é definida como uma síndrome metabólica originada da perda progressiva,
normalmente lenta, da capacidade excretória renal (BRASIL, 2014).
A DRC tem aumentado em crianças, no entanto a maior parte das
informações falam apenas da incidência dos estágios finais da doença, isso leva a
limitações quanto as informações dos estágios iniciais da DRC (HARAMBAT, 2012).
Na infância, as doenças renais, como as glomerulares primárias ou
secundárias, anormalidades congênitas, doenças tubulares, são as mais frequentes
nesse grupo de indivíduos (HARAMBAT, 2012). Uma das causas da Insuficiência
Renal Crônica (IRC) nessa fase são as malformações congênitas do trato urinário, a
bexiga neurogênica, as glomerulonefrites e nefropatias hereditárias (FREITAS et al.,
2015).
Conforme a doença renal avança, os portadores podem apresentar sintomas
que afetam a sua vida diária. Nas fases mais avançadas, o seu impacto sobre o
estado funcional e a qualidade de vida torna-se bastante perceptível. As terapias
renais substitutivas, corrigem parcialmente os sintomas percebidos pelo paciente
(POPPE et al., 2013).
O conhecimento dos DE nesse cenário auxilia o cuidado em saúde
contribuindo na reabilitação desses indivíduos, uma vez que os DE elencados levam
em consideração as características individuais dos pacientes. Assim, tem-se a
contribuição da enfermagem enquanto ciência no processo do cuidado (DEBONE et
al., 2017).
Frente ao exposto, percebe-se que a uniformização na linguagem dos
registros de enunciados de diagnósticos e resultados de enfermagem gera uma
agregação de dados, que contribuem na formulação de intervenções durante a
prática da enfermagem, o cuidar (GARBIN, 2009).
1.1 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO
Justifica-se o desenvolvimento dessa pesquisa por meio de inquietações e
questionamentos oriundos da vivência assistencial com a temática durante a
experiência profissional na Residência Multiprofissional em Saúde da Criança em
um Hospital Universitário, referência no atendimento a crianças portadoras de
doenças renais. Diante disso, percebeu-se o quanto esses indivíduos necessitavam
17
de um cuidado sistematizado frente aos inúmeros problemas vivenciados por
portadores de doenças renais, como: alteração no crescimento e desenvolvimento,
edema, alteração do sono, infecções e diminuição da qualidade de vida. Dessa
forma, foram iniciadas pesquisas com essa temática, com o intuito de colaborar no
progresso para o constructo de estudos científico e acrescentar saberes nessa área.
Pesquisas que tem por objetivo o refinamento de termos para padronização
da linguagem utilizada pela enfermagem tornam-se cruciais, pois evidenciam o que
está sendo padrão ou não nas classificações de enfermagem.
Frente ao exposto, buscou-se por produção científica sobre a CIPE® nas
bases de dados informatizadas e foi observado poucos estudos voltados para CIPE®
com pacientes portadores de doenças renais e principalmente com crianças, o que
evidencia a relevância do estudo em conhecer as reais necessidades das crianças
portadora de algum tipo de doença renal, para que assim, seja estruturada com
eficácia a assistência de enfermagem de forma sistemática e individualizada.
18
2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL
Realizar o mapeamento cruzados dos títulos de diagnósticos de enfermagem
de crianças com doenças renais da CIPE® com a NANDA-I.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Identificar os diagnósticos de enfermagem da CIPE® e NANDA-I de crianças
com doenças renais;
Classificar os títulos diagnósticos de acordo com os níveis da teoria das
necessidades humanas básicas;
Realizar a validação de conteúdo do produto do mapeamento cruzado.
19
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 3.1 AFECÇÕES RENAIS
A Injúria Renal Aguda é definida pela elevação de creatinina basal igual ou
superior a 0,3mg/dL em 48 horas, ou igual ou superior a 1,5 em um intervalo de até
7 dias (KDIGO, 2012). À medida que essas alterações persistem, a perda da função
renal se tornar irreversível e os rins não conseguem mais manter os equilíbrios
metabólicos e hidroeletrolíticos do paciente, a mesma é definida como DRC
(BRASIL, 2014).
Considerada um problema de saúde pública em todo o mundo, a DRC causa
impacto negativo na expectativa e qualidade de vida de seus portadores. No Brasil,
o acometimento renal com necessidade de tratamento dialítico apresenta uma taxa
de prevalência de 6,5% ao ano, com incidência de 4,5% ao ano, estimativas feitas
nos últimos cinco anos pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), censo
publicado em 2016 (SESSO et al., 2016).
A doença renal é uma patologia complexa, inicialmente assintomática, a qual
evolui progressivamente e compromete, entre outros, a qualidade de vida
principalmente relacionado as limitações físicas as quais fragilizam os indivíduos e
familiares repercutindo negativamente no desenvolvimento das atividades diárias
(WEYKAMP et al., 2017). O diagnóstico prévio e as intervenções terapêuticas,
retardam a evolução da doença reduzindo não apenas o sofrimento, como também,
os custos financeiros associados à DRC (BASTOS; KIRSZTAJN, 2011).
No contexto da Infância, a criança acometida pela IRA, pode ter sequelas ao
longo prazo e desenvolver a DRC. A DRC na infância normalmente é congênita e
também é decorrente de complicações de outras doenças que podem afetar os rins.
Esta doença leva a uma significativa morbidade e mortalidade na infância. Destaca-
se ainda que, a hipertensão, proteinúria e a DRC na fase adulta está intimamente
relacionados a antecedentes na infância (INGELFINGER; KALANTAR-ZADEH;
SCHAEFE, 2016).
Há um aumento dos casos de DRC em crianças, entretanto a maior parte dos
dados refletem apenas informações referentes ao estágio final dessa doença
(HARAMBAT, 2012). O Censo Brasileiro de Diálise identificou em 2013 um
percentual de 6% de indivíduos entre 1 e 18 anos de idade em diálise. Entre esses
20
0,4 % encontram-se na faixa etária de 1 a 12 anos e 5,6 % na faixa de 13 a 18 anos.
Observa-se que houve um aumento no percentual dessa faixa etária (SBN, 2013).
A causa de mortes devido a doença renal é mais frequente em países em
desenvolvimento. Além disso, nesses países o acesso e a qualidade do tratamento
dependem de cada região. No entanto, a doença renal na infância pode ter soluções
de baixo custo, visto que o tratamento precoce pode evitar complicações mais
graves como a DRC e assim elevação dos custos com um tratamento completo
(INGELFINGER; KALANTAR-ZADEH; SCHAEFE, 2016).
Há evidências que quando a DRC tem início na infância, esta leva a
morbidade cardiovascular mais rápido e uma diminuição na expectativa de vida
(QUERFELD et al., 2010). Levando em consideração as vulnerabilidades da criança
com doença renal, estas podem sofrer pela alteração no crescimento e
desenvolvimento. Além disso, as que residem em países em desenvolvimento
enfrentam limitações quanto ao tratamento pela falta de recursos (GALLIENI et al.,
2014; WHITE et al, 2010).
3.2 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A CRIANÇAS COM DOENÇAS RENAIS
Diversas são as atribuições direcionadas à equipe de enfermagem. É certo
que a mais importante delas está diretamente relacionada ao cuidado prestado por
tais profissionais que dedicam maior parte do seu tempo profissional ao cuidado.
Como evolução do cuidado prestado, o PE, no Brasil, começa a ser estudada
com a publicação do livro de Wanda Aguiar Horta, em 1979, com embasamento na
teoria das necessidades Humanas Básicas. Na mesma época, com a criação dos
primeiros cursos de mestrado em enfermagem no Brasil, houve um grande salto no
ensino e pesquisa no método da assistência de enfermagem (KLETEMBERG et al.,
2010).
A partir deste período, diversos estudos se consolidaram e contribuíram para
a edificação do escopo da ciência de enfermagem. Destaca-se a importância da
utilização do PE como ferramenta que o enfermeiro utiliza no intuito de organizar e
promover o cuidado. Torna-se relevante a documentação de todo cuidado
executado, bem como identificar as necessidades humanas básicas afetadas no
indivíduo, na família e na coletividade humana que necessitem da aplicação dos
cuidados pela equipe de enfermagem (NÓBREGA; SILVA, 2009).
21
Dessa forma, a SAE utiliza-se do PE para efetivar o cuidado organizado e
planejado, individual e baseado nas necessidades percebidas (PEREIRA; DIOGO,
2012).
Na perspectiva das doenças renais, fica evidente a importância da
intervenção do profissional de enfermagem em busca de soluções as inúmeras
limitações provocadas pela doença e pelo tratamento. As constantes mudanças no
cotidiano do paciente renal provocam a dependência de uma máquina para
sobreviver. É necessário que o profissional que oferece cuidados de enfermagem
esteja ciente das reais necessidades impostas a esses pacientes, sendo necessário
o planejamento do cuidado visando à integralidade assistencial (ALVES; GUEDES;
COSTA, 2016).
Na infância as repercussões da doença renal são ainda mais intensas, elas
precisam de uma atenção diferenciada, pois nessa fase as transformações impostas
pela doença são ainda mais incômodas. As alterações permeiam o estresse, a
desorganização da vida familiar, autoimagem e mudanças na percepção da vida
(FROTA et al., 2010).
Nesse contexto, o cuidado a crianças com doenças reais requer identificação
precoce e por profissionais habilitados e com competência no planejamento da
assistência, estabelecimento de condutas resolutivas e conquista das metas
estabelecidas. Isso diminuirá o tempo de permanência na instituição de saúde e
otimizando a qualidade de vida da criança. O PE pode ser aplicado a crianças com
doenças renais utilizando a padronização da linguagem e atendendo as
necessidades afetadas, identificando-se riscos potenciais e planejando cuidados de
enfermagem (SANTOS, 2014).
3.3 SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO
O PE é considerado o principal instrumento para o desenvolvimento da
prática da enfermagem por ser um método sistematizado. É um recurso
metodológico que favorecer o cuidado prestado pelo o enfermeiro e toda a equipe de
enfermagem. O PE facilita a organização das atividades, possibilita as condições
necessárias para realizar as ações planejadas e documentar a prática (GARCIA;
NÓBREGA, 2009).
22
Apesar das produções científicas relacionadas ao PE e seus reflexos
positivos, sua implantação no contexto assistencial ainda enfrenta grandes desafios
nas instituições de saúde. Percebe-se que mesmo que os enfermeiros reconheçam
a importância do PE, ainda assim seguem a reprodução da dinâmica de trabalho
moldada pela cultura da organização das instituições de saúde. Porém, a
implantação do PE direciona o trabalho da enfermagem, visto que é um instrumento
próprio da profissão, na sua organização (PIVOTO et al., 2017).
Assim, observa-se que mesmo diante do crescente uso do PE, as práticas de
enfermagem ainda permanecem fragmentadas, baseadas apenas em sinais e
sintomas das doenças não considerando as necessidades de quem recebe o
cuidado. Aponta-se como dificuldade para implantar o PE a prática clínica de
cuidados voltados para tarefas, levando a priorização dos serviços e não das
necessidades individuais (SOUZA; SANTOS; MONTEIRO, 2013).
Mesmo diante desse cenário, há um crescente interesse e envolvimento dos
profissionais para implementar a SAE nas instituições de saúde. É para o
desenvolvimento da assistência sistematizada é utilizado o PE por ser um método
que organiza o processo de cuidar da equipe de enfermagem. A SAE se constitui um
objeto de preocupação de enfermeiros em diferentes ambientes de atuação, a saber:
no ensino, pesquisa ou assistência. Neste sentido, o PE pode representar uma
quebra de paradigma através da elaboração dos DE e da prescrição de cuidados.
Frente a isso, pode ocorrer uma mudança de cultura nas instituições de saúde e o
rompimento com o modelo biomédico (NEVES; SHIMIZU, 2010; SOUZA; SANTOS;
MONTEIRO, 2013).
Os sistemas de classificação tem por objetivo beneficiar o processo de
comunicação durante toda a jornada de trabalho do enfermeiro, visto que possibilita
o agrupamento de informações para elaborar o planejamento das ações, o processo
ensino-aprendizagem da profissão e o desenvolvimento de pesquisas científicas na
área, os sistemas de classificação de modo geral permitem o uso de uma linguagem
unificada pelos profissionais da enfermagem (LEITE et al.,2013).
Houve o desenvolvimento de alguns sistemas de classificação na
enfermagem, como: NANDA-I, NIC, NOC, o Sistema Comunitário de Saúde de
Omaha, a Classificação dos Cuidados de Saúde Domiciliar (Home Health Care
Classification – HHCC) e a CIPE® (LEITE et al., 2013).
23
Frente ao exposto, trataremos do cruzamento dos DE através de dois
sistemas de classificação, NANDA-I e CIPE®, destaca-se que as etapas para
elaboração dos DE com esses sistemas são distintas e os termos utilizados podem
divergir.
A NANDA-I, realiza o processo de identificação dos diagnósticos por meio do
raciocínio e do julgamento clínico acerca dos problemas de saúde. O
reconhecimento sobre o DE como instrumento para esse raciocínio leva para uma
dimensão que alcança resposta frente ao cuidado (ALVARENGA et al., 2018).
Os DE estão inseridos na segunda etapa do PE e estes estruturam o
conhecimento com o intuito de definição do papel e do domínio da enfermagem.
Esses ainda auxiliam na avaliação da assistência prestada e direcionam o cuidado.
Uma maneira de formular os DE é através do sistema de classificação da NANDA- I,
um sistema muito utilizado na prática clínica e foi adotado pela associação das
enfermeiras norte-americanas como a metodologia oficial de taxonomia de
diagnósticos para os Estados Unidos da América, desde a década de 1980
(MATOS; CRUZ, 2009; NANDA, 2013).
Na década de 1990 o CIE acolheu as recomendações da Organização
Mundial de Saúde (OMS) para realizar a elaboração de um sistema de classificação
para enfermagem com o intuito de proporcionar uma linguagem uniformizada entre
os profissionais de enfermagem. Assim, foi publicou em 1996 a CIPE®, com os
fenômenos e Intervenções de Enfermagem (CUBAS; SILVA; ROSSO, 2010).
A CIPE® descreve a prática de enfermagem a nível mundial, isso destaca
a contribuição da Enfermagem nos sistemas de informação. A estrutura da CIPE®
compreende termos inerentes e relevantes que possibilita a elaboração de DE,
intervenções e resultados de enfermagem que descrevem os fenômenos inerentes a
enfermagem (MAZONI et al., 2010).
A CIPE® é composta pelo modelo dos sete eixos, os que constam na
versão 2015 são: foco; julgamento, meios, ação, tempo, localização e cliente (CIPE,
2015).
Estudos apontam para a necessidade de uniformizar e de legitimar os DE
durante a prática clínica por meio da CIPE®. Para isso, torna-se necessário que o
enfermeiro utilize durante sua prática profissional, contribuindo para um cuidado
mais consistente e eficaz (OLEGÁRIO; FERNANDES; MEDEIROS, 2015).
24
3.4 TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS
Ao longo da história da enfermagem os profissionais dessa área têm
desenvolvido suas atividades baseadas em normas e rotinas repetidas, e as ações
podem existir sem reflexão. Dessa forma, o indivíduo que recebe esse cuidado tem
uma assistência de enfermagem mecanizada e assim esses profissionais deixam de
alcançar as reais necessidades desses indivíduos e levando a uma desvalorização
do cuidado (REGIS; PORTO, 2011).
Com o intuito de minimizar esse cenário, a enfermagem vem estudando
novas possibilidades para compreender as diferentes formas de prestar o cuidado.
Essa nova perspectiva tenta ultrapassar a existência de um modelo biomédico, e
para isso tenta fundamentar o cuidado na valorização de condições individuais,
subjetivas e socioculturais dos sujeitos envolvidos no processo de cuidado
(FAVERO; PAGLIUCA; LACERDA, 2013).
Nesse sentido, Wanda Horta tem destaque no Brasil nessa mudança do
processo de cuidar na enfermagem. Ela desenvolveu seus estudos a partir da teoria
da motivação humana de Maslow, sendo fundamentada nas necessidades humanas
básicas, denominadas de necessidades psicobiológicas, psicossociais e
psicoespirituais (CAVALCANTE et al., 2011).
Nessa perspectiva, a teoria de Wanda Horta está fundamentada em três leis
gerais que regem os fenômenos universais, a saber: as leis do equilíbrio
(homeostase e hemodinâmica), da adaptação (interação com o meio) e a do holismo
(o todo não é a mera soma das partes, mas o conjunto destas) (HORTA, 1979).
Assim, o enfermeiro tem ao seu alcance um suporte teórico, Teoria das
Necessidades Humanas Básicas de Wanda Horta, que possibilita uma
transformação no cuidado em enfermagem. Esse suporte contribui para a efetivação
do PE, visto que para realizar as etapas desse processo é necessário uma teoria
que oriente-as. A teoria de Wanda Horta vem sendo a mais utilizada pelas
instituições de saúde do Brasil (CAVALCANTE et al., 2011).
Quando o enfermeiro utiliza as teorias de enfermagem ele passa a trabalhar
com uma base teórica e metodológica que orienta o cuidado e dessa forma
disponibiliza uma assistência voltada para a promoção da integridade do indivíduo
frente a todas as suas necessidades e não apenas as fisiopatológicas
(SCHAURICH; CROSSETTI, 2010).
25
Assim, Wanda Horta buscou desenvolver sua teoria pautada no
estabelecimento da enfermagem enquanto ciência, e que as atenções da
enfermagem deveriam estar voltadas para o indivíduo e não apenas para a doença.
Ela considerava que a enfermagem precisava desenvolver suas próprias teorias,
pois os profissionais de enfermagem precisam de um adequado saber, pensamento
lógico e criatividade na execução de suas ações, o cuidado (HORTA, 1970).
A busca por evolução na assistência de enfermagem vem sendo pautada no
PE, e esse processo pode ser construído com base na Teoria das Necessidades
Humanas Básicas de Wanda Horta com o intuito de atender as mudanças nas
necessidades de saúde coletiva e individual. Frente ao exposto, o enfermeiro tem a
possibilidade de oferecer um cuidado direcionado e individualizado, proporcionando
uma melhoria na assistência (MARQUES; MOREIRA; NÓBREGA, 2008).
Quadro 1 - Necessidades humanas básicas, Wanda Horta, Natal/RN, 2019 NECESSIDADES PSICOBIOLÓGICAS
Oxigenação, Hidratação, Nutrição, Eliminação, Sono e repouso, Exercício e atividades físicas, Sexualidade, Abrigo, Mecânica corporal, Motilidade, Cuidado corporal, Integridade cutâneo mucosa, Integridade física, Regulação: térmica, hormonal, neurológica, hidrossalina, eletrolítica, imunológica, crescimento celular, vascular, Locomoção, Percepção: olfativa, visual, auditiva, tátil, gustativa, dolorosa.
NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
Segurança, Amor, liberdade, Comunicação, Criatividade, Aprendizagem, Gregária, Recreação, Lazer, Espaço, Orientação no tempo e espaço, Aceitação, Autorrealização, Autoestima, Participação, Autoimagem, Atenção.
NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
Religiosa ou teológica, ética ou de filosofia de vida.
Fonte: Horta (1979)
26
4 METODOLOGIA
4.1 TIPO DO ESTUDO
Trata-se de um estudo metodológico e descritivo com abordagem quantitativa.
Os estudos metodológicos visam a organização de dados, como: validação,
avaliação de ferramentas e métodos de pesquisa (LIMA, 2011).
A pesquisa descritiva observa, registra, analisa e correlaciona casos sem
manipulá-los. Busca encontrar com maior exatidão possível a frequência com que
um evento ocorre, sua relação, conexão e suas características (CERVO, 2007).
4.2 LOCAL DO ESTUDO
A primeira fase da pesquisa acorreu no Hospital Universitário Onofre Lopes
situado na Av. Nilo Peçanha, 620 - Petrópolis, Natal, Rio Grande do Norte. O setor
escolhido foi a Unidade de Atenção à Saúde da Criança e Adolescente (UASCA)
localizada no primeiro subsolo do referido Hospital.
Optou-se pela referida unidade em razão da qualidade e quantidade de
atendimentos prestados a crianças e adolescentes portadores de algum tipo de
afecções renais.
A UASCA é uma unidade de referência ao acompanhamento de crianças e
adolescentes com afecções renais por disponibilizar de equipe multiprofissional
qualificada para prestar assistência, dentre eles: nefrologistas pediatras, enfermeiro,
psicólogo, nutricionista, fisioterapeuta.
As demais etapas da pesquisa ocorreram no Programa de Pós-graduação em
Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, pois a elaboração do
mapeamento cruzado e o processo de validação de conteúdo por especialista
aconteceu durante o curso da pós-graduação.
4.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA
A primeira etapa da pesquisa, realizada anteriormente, teve como
participantes crianças portadoras de doenças renais que estavam internadas na
UASCA. A atual fase da pesquisa teve como participantes especialistas de um grupo
de pesquisa de uma Universidade pública do Nordeste do Brasil que trabalham com
27
pesquisas voltadas para os sistemas de classificação. O grupo de pesquisa foi
convidado a colaborar com as etapas da elaboração do banco de termos, da
construção de título de diagnósticos de enfermagem utilizando a CIPE® e validação
do cruzamento dos DE com as NHB.
Os especialistas do grupo de pesquisa foram convidados a participar do
estudo através de uma carta convite, os que concordaram em participar do estudo,
assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), respeitando os
princípios éticos da pesquisa. Assim, foi solicitado a colaboração desses
especialistas para que os mesmos assinalem a concordância ou não dos dados
enviados nas etapas de validação do estudo. Em caso de discordância das
afirmativas, foi requisitado possíveis sugestões para correção e adequação dos
dados.
4.4 ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA
Com a finalidade de realizar um mapeamento cruzados dos títulos de
diagnósticos da CIPE® com a NANDA-I para crianças com doenças renais, a
presente pesquisa foi desenvolvida a partir de um projeto guarda-chuva intitulado:
“Sistematização da assistência de enfermagem em crianças e adolescentes com
doenças renais”, submetido ao comitê de ética de CAAE nº 42666815.0.0000.5292.
Os dados foram coletados entre maio e outubro de 2015. Nesse sentido, a
pesquisa transcorreu as seguintes etapas:
1ª etapa: Identificação dos diagnósticos de enfermagem, características
definidoras, fatores relacionados e de risco, em crianças com doenças renais,
por meio da NANDA-I;
2ª etapa: Elaboração de banco de termos para crianças com doenças renais;
3ª etapa: Construção de título de diagnósticos de enfermagem a partir de
banco de termos, utilizando a CIPE®;
4ª etapa: Categorização dos títulos diagnósticos da CIPE® e da NANDA-I com
a teoria das necessidades humanas básica de Horta;
5º etapa: mapeamento cruzados dos títulos de diagnósticos da CIPE® com a
NANDA-I;
6ª etapa: validação de conteúdo do produto do mapeamento cruzado.
28
1ª Etapa: Identificação dos diagnósticos de enfermagem, características
definidoras, fatores relacionados e de risco, em crianças com doenças renais,
por meio da NANDA-I
Os dados dessa etapa foram coletados por meio de instrumentos de coleta de
dados (ANEXO A) embasados nos domínios da Taxonomia II da NANDA-I. O
instrumento de coleta de dados foi adaptado pelos pesquisadores de estudos sobre
perfil de pacientes renais, SAE e DE na área de Nefrologia (LEITE et al., 2013;
FRAZÃO; ARAÚJO; LIRA, 2013). O mesmo possuía perguntas abertas e fechadas
sobre os dados clínicos e sociodemográficos e a aplicação do roteiro do exame
físico adaptado do instrumento de Barros et al. (2010). A coleta de dados ocorreu
em um hospital universitário de referência na Atenção à Saúde da Criança do
Estado do Rio Grande do Norte (RN).
A inferência diagnóstica foi realizada pelo pesquisador, bolsistas de Iniciação
Cientifica e o orientador por meio da categorização dos sinais e sintomas levantados
na entrevista e exame físico, identificados pelos instrumentos já citados,
agrupamento dos fenômenos encontrados em cada paciente, sendo possível a
identificação dos DE, características definidoras e fatores relacionados/risco de
acordo com a NANDA-I.
2ª Etapa: Elaboração de banco de termos para crianças com doenças renais
A etapa de elaboração do Banco de termos para crianças com doenças renais
foi realizada adotando os preceitos metodológicos de Pavel e Nolet (2003), a saber:
identificação e avaliação da documentação especializada; delimitação do campo
temático da analise terminológica; confirmação e utilização dos termos na prática
profissional com enfermeiros/pesquisadores e colaboradores; mapeamento cruzado
de termos identificados com os termos da CIPE®; distribuição dos termos de acordo
com o modelo dos sete eixos da CIPE®.
Após a identificação dos termos, foram analisados e decompostos em
simples, substantivos, verbos, advérbios e adjetivos, gerando assim uma lista de
termos submetidos a um processo de normalização e uniformização com a retirada
de repetições, correção da grafia, análise de sinonímia e realização de adequações
de gênero e número de termos.
29
Para a confirmação dos termos foi elaborado uma planilha contendo todos os
termos, atrelado à um espaço para que sejam pontuadas as implicações dos termos
na prática.
Em seguida, a lista de termos foi discutida entre o orientador, a pesquisadora,
três alunos de mestrado e um de doutorado. Foi utilizada a planilha constando todos
os termos propostos, informando se era aplicável ou não a crianças com doenças
renais. Assim, houve a solicitação aos participantes que marquem a concordância
ou discordância quanto a utilização dos termos extraídos dos documentos e, em
caso de discordância das afirmativas, foi requisitado que apresentassem as
sugestões para sua adequação à realidade da prática de enfermagem.
Em seguida, os dados foram compilados em bancos de dados no software
Microsoft Excel Office 2010 para que assim fossem calculados os Índice de Validade
de Conteúdo (IVC) dos especialistas do grupo de pesquisa, considerando IVC >
0,80. Nesse sentido para as análises estatísticas foi utilizado o Software Statistical
Package for the Social Sciences (SPSS), versão 22.0.
Os termos que apresentaram IVC > 0,80 foram submetidos a um processo de
mapeamento cruzado, com os termos constantes na CIPE®. Para isso foi utilizado o
Programa Access for Windows, com a importação da planilha do Excel para a
construção de tabela de termos identificados a qual foi cruzada com a tabela dos
termos da CIPE®, identificando-se assim, os termos constantes e não constantes
dessa terminologia. Em seguida os termos constantes foram catalogados conforme
o modelo dos setes eixos, foco, julgamento, meio, ação, tempo, cliente, localização.
Os termos não constantes passaram por um processo de análise quanto à
similaridade e abrangência em relação aos termos constantes na CIPE®. Para esse
processo foi utilizado os critérios propostos por Leal (2006), que estabelece: se o
termo da CIPE® é similar ao termo identificado, quando não existe concordância da
grafia, mas o seu significado é idêntico; se um termo é mais abrangente, quando tem
um significado maior do que o termo existente na CIPE®; se é mais restrito quando o
termo tem um significado menor do que existente na CIPE® e se não existe
concordância, quando o termo e totalmente diferente do termo existente na CIPE®.
30
3ª Etapa: Construção de título de diagnósticos de enfermagem a partir de
banco de termos, utilizando a CIPE® e validação dos títulos de diagnósticos
por experts
A elaboração dos títulos de DE para crianças com doenças renais, segundo a
CIPE® foi realizada mediante o banco de termos que foi criando na segunda etapa
da pesquisa. A elaboração dos diagnósticos deve-se pautar, no raciocínio clínico,
pois o mesmo contempla os elementos de abordagem analítica quanto intuitiva.
Para a elaboração dos títulos de DE, foram seguidas as recomendações da
Norma ISO 18.104/14 da Organização Internacional de Normalização (ISO) e as
diretrizes adotadas pelo CIE (2011), em que se deve utilizar um termo do eixo “Foco”
e “Julgamento”.
Após etapa de elaboração dos títulos diagnósticos, foi realizada a validação
por especialistas do grupo de pesquisa mencionado anteriormente.
Um dos modelos de validação de diagnósticos propostos por Gordon e
Sweeney (1979) é o modelo retrospectivo, que é caracterizado por seguir a
experiência clínica do enfermeiro, este foi utilizado na presente pesquisa.
4ª Etapa: Categorização dos títulos diagnósticos da CIPE® e da NANDA-I com a
teoria das necessidades humanas básica de Horta
Logo após elaboração dos títulos de DE concluída, foi iniciado a quarta etapa
da pesquisa. Nesta etapa os títulos diagnósticos foram categorizados conforme a
teoria das necessidades humanas básicas de Wanda Aguiar Horta.
Essa teoria envolve três leis gerais que regem os fenômenos universais: a lei
do equilíbrio (homeostase ou hemodinâmica); a lei da adaptação; e a lei do holismo
(HORTA, 1979).
Com base nessas leis, o ser humano é considerado parte integrante do
universo dinâmico e, assim, sujeito às leis que o regem e a um estado de equilíbrio e
desequilíbrio consequentes do seu próprio dinamismo. Esses estados de
desequilíbrio geram as necessidades humanas, as quais são definidas por estados
de tensão conscientes ou inconscientes, que levam os seres humanos a buscarem
31
satisfação com a finalidade de manter seu equilíbrio dinâmico no tempo e no espaço
(HORTA, 1979).
5ª Etapa: mapeamento cruzados dos títulos de diagnósticos da CIPE® com a
NANDA-I
O mapeamento cruzado é uma técnica que possui a capacidade de comparar
termos constantes e não constantes por meio do cruzamento de dados. Assim, é
possível comparar as linguagens já padronizadas como as da enfermagem através
dos sistemas de classificação. A realização de pesquisas utilizando esse método
possibilita o aprimoramento dos sistemas de informações da enfermagem e a
padronização de sua linguagem (NONINO et al., 2008; LUCENA; BARROS, 2005).
O mapeamento cruzado explica algo através de uso de palavras com
significado igual ou semelhante. (CARVALHO; CRUZ; HERDMAN, 2013).
Um estudo que utilizou o mapeamento cruzado possibilitou que fosse
identificado termos e expressões utilizados nas anotações dos profissionais de
enfermagem com os termos utilizados na classificação da NANDA-I. Esse processo
viabilizou a identificação de disfunções, estado de saúde, processos que envolvem o
bem-estar e as condições de vulnerabilidade expressas pelos indivíduos submetidos
a pesquisa (FERREIRA et al., 2016).
O uso desse método possibilita a comparação das informações coletadas
durante a assistência de enfermagem e as taxonomias disponíveis para os
profissionais de enfermagem, como os DE padronizados pela CIPE®. Desse modo,
há uma contribuição significativa para a implementação de sistemas de classificação
no serviço de saúde, padronização da linguagem, melhoria na assistência de
enfermagem e facilitação na comunicação entre os profissionais envolvidos no
processo do cuidado (LUCIANO et al., 2014).
O mapeamento cruzado é uma ferramenta útil nas pesquisas e nos serviços
de saúde, pois contribui no planejamento e implantação dos sistemas de
classificação de enfermagem, visto que permite demonstrar que os dados já
existentes podem ser mapeados com as classificações de enfermagem e assim
adaptados para a linguagem padronizada (LUCENA; BARROS, 2005).
32
Estudo releva que os enfermeiros registam termos diferentes, porém com
significado igual. Diante do exposto, a utilização de termos similares revela a
necessidade de aproximação dos enfermeiros com linguagens de classificação.
Assim, há dificuldade na recuperação das informações para avaliar os
resultados da assistência de enfermagem. Os enfermeiros precisam registar a
assistência de forma adequada, usando termos que representem a sua prática
profissional (CUBAS et al., 2017).
Assim, após a construção dos títulos de diagnósticos para crianças com
doenças renais nos sistemas de classificação da NANDA-l e CIPE®, foi realizado o
mapeamento cruzado. Ocorreu a exportação da lista de títulos de diagnósticos de
enfermagem criada no Microsoft Excel (Office 2013) para o programa Microsoft
Acess for Windows.
Diante do exposto, foram criadas duas listas, em que os títulos de
diagnósticos de enfermagem foram comparados entre os sistemas de classificação
da CIPE® e NANDA-I.
Foram submetidos a um processo de análise utilizando os critérios advindos
de Leal (2006) para os DE que não foram constantes nas duas classificações.
Assim, classificando os títulos de diagnóstico da seguinte forma: se a definição do
diagnóstico da NANDA-I é similar ao utilizado na CIPE®, assim apresentando
significado idêntico, mas ausência de concordância gráfica; se a definição é mais
abrangente, ou seja, a definição do diagnóstico da CIPE® tem um significado maior
do que a existente na NANDA-I; se é mais restrito, ou seja, a definição construída na
CIPE® tem um significado menos abrangente do que a existente na NANDA-I; e por
último, se não existe concordância, ocorrendo quando as definições construídas são
totalmente distante das definições existente em cada classificação.
6ª Validação de conteúdo do produto do mapeamento cruzado
Por fim, realizou-se a etapa de Validação de conteúdo do produto do
mapeamento cruzado. Para tanto, optou-se por enviar o produto do mapeamento
cruzado para o grupo de pesquisa, ja descrito anteriormente.
Assim, foi encaminhado um instrumento constando os títulos de diagnósticos
da CIPE® e NANDA-I e o mapeamento cruzado informando os títulos diagnósticos
constantes e não constantes na CIPE® e os considerados não constantes,
33
classificados segundo Leal (2006).
Diante disso, o grupo julgou se concordava ou não com o cruzamento entre
os títulos de diagnóstico da CIPE® e NANDA-I. Em caso de discordância, foi
requisitado que apresentassem as sugestões para adequação. Ressalta-se que o
processo de validação ocorreu por meio da técnica Delphi, esta foi composta por
duas etapas: Delphi 1 e Delphi 2.
A validação de conteúdo foi contemplada através da concordância entre as
respostas dos especialistas, com o IVC. Esse índice permite a avaliação de cada
item do instrumento, e logo após observar sua totalidade. Este método é bastante
difundido na área da saúde, especialmente, quando relacionado a validação de
conteúdo para determinar a adequação de conteúdo dos ítens contidos em
protocolos (WALTZ; STRICKLAND; LENZ,1991).
Frente ao exposto, os dados foram compilados em bancos de dados no
software Microsoft Excel Office 2010 para que assim fossem calculado o IVC e o
Índice de Fidedignidade e também foi aplicado o Teste de Mann-Whitney para
verificar a significância entre o Delphi 1 e Delphi 2.
Portanto, para o processo de validação foi utilizado o IVC e o Índice de
Fidedignidade (reliability) ou concordância interavaliadores (Interrater Agreement -
IRA)( RUBIO et al., 2003). O IVC foi utilizado para avaliar o conteúdo dos itens em
relação as respostas referentes ao mapeamento cruzado entre os DE e as NHB.
Para ser considerado válido é necessário que após as avaliações de especialistas,
apresente-se uma aprovação acima de 80% (0,8) (RUBIO et al., 2003; POLIT;
BECK, 2006). Assim, para calcular o IVC do mapeamento cruzado, foi dividido o
número total de avaliadores que atribuiu uma pontuação de 3 ou 4 em uma escala
ordinal de quatro pontos com significância de "concordo" a "não-concordo", pelo total
de avaliadores que avaliaram o mapeamento cruzado (RUBIO et al., 2003).
Já o Índice de Fidedignidade avalia a extensão em que os especialistas são
confiáveis nas avaliações dos itens do mapeamento cruzado. Para se calcular o
Índice de Fidedignidade foi dividido o número de itens que obtiveram um valor acima
0,8 de concordância entre os avaliadores, pelo total de itens de cada dimensão do
mapeamento (RUBIO et al., 2003).
Assim, para as análises estatísticas foi utilizado o Software Statistical Package
for the Social Sciences (SPSS), versão 20.0.
34
4.5 ASPECTOS ÉTICOS
A pesquisa foi conduzida de acordo com a Resolução nº466/12 do Conselho
Nacional de Saúde, que aborda as diretrizes e normas regulamentadora de
pesquisas envolvendo seres humanos. A pesquisa obteve avaliação favorável por
parte do Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Onofre Lopes
(HUOL), conforme o Parecer 1.007.954 e Certificado de Apresentação para
Apreciação Ética nº 42666815.0.0000.5292.
Cabe ressaltar que os responsáveis pelos participantes da primeira fase da
pesquisa do projeto guarda-chuva “Sistematização da assistência de enfermagem
em crianças e adolescentes com doenças renais” assinaram o TCLE (APÊNDICE A)
e as crianças a partir de 6 anos assinaram o Termo de Assentimento (APÊNDICE
B). Assim, também os participantes das etapas seguintes da atual pesquisa
assinaram o TCLE (APÊNDICE D).
35
5 RESULTADOS
Inicialmente foram apresentados os DE CIPE® e NANDA-I, assim descritos de
forma quantitativa e posteriormente foi realizada a identificação dos DE da CIPE®
constantes e não-constantes na NANDA-I. Estes DE foram classificados segundo as
Necessidades Humanas Básicas e os não-constantes classificados segundo Leal
(2006).
Foram elaborados os DE para crianças com doenças renais em ambas as
classificações após a eliminação de DE com sinonímias. Assim, foram encontrados
147 diagnósticos de enfermagem, destes 67,3%(99) do sistema de classificação
CIPE® e 32,7%(48) da NANDA-I, conforme Quadro2.
Quadro 2 - Diagnósticos de enfermagem CIPE® e NANDA-I para crianças com doenças renais. Natal/RN. Brasil, 2019
Diagnósticos de enfermagem CIPE® Diagnósticos de enfermagem NANDA-I
1. Sistema Respiratório Prejudicado
2. Dispneia
3. Peso corporal excessivo
4. Ingestão de Alimentos inadequada
5. Adesão ao Regime Dietético prejudicado
6. Comportamento de Ingestão de Alimentos Prejudicado da criança
7. Estado nutricional alterado
8. Risco de estado nutricional inadequado
9. Mastigação Parcial
10. Risco de volume de líquidos baixo
11. Ingestão de líquidos inadequada
12. Risco de volume de Líquidos anormal
13. Risco de Desequilíbrio do volume de líquidos
14. Volume de Líquidos aumentado
15. Volume de Líquidos baixo
16. Diarréia
17. Eliminação não intencional da urina
18. Constipação
19. Micção Alta
20. Eliminação urinária alterada
21. Retenção Urinária
22. Continência urinária
23. Padrão do sono alterado
24. Insônia
25. Fadiga
26. Hipoatividade
27. Intolerância à atividade
28. Risco de Intolerância à atividade
29. Equilíbrio Prejudicado
30. Capacidade para Andar Prejudicada
31. Risco de Queda
1. Padrão respiratório ineficaz
2. Sobrepeso
3. Nutrição Desequilibrada: menor do que as necessidades corporais
4. Dinâmica alimentar ineficaz da criança
5. Risco de volume de líquidos desequilibrado
6. Risco de volume de líquidos deficiente
7. Risco de desequilíbrio eletrolítico
8. Volume de líquidos excessivo
9. Volume de líquidos deficiente
10. Diarréia
11. Incontinência urinária funcional
12. Constipação
13. Eliminação Urinária Prejudicada
14. Distúrbio no padrão de sono
15. Insônia
16. Fadiga
17. Intolerância à atividade
18. Risco de Intolerância à atividade
19. Deambulação prejudicada
20. Risco de Quedas
21. Autonegligência
22. Déficit no autocuidado para banho
23. Déficit no autocuidado para alimentação
24. Dor Aguda
25. Dor Crônica
26. Integridade da pele prejudicada
27. Risco de infecção
2/3
1/3
36
32. Autocuidado Prejudicado
33. Capacidade inadequada para executar o banho
34. Capacidade inadequada para alimentar-se
35. Cólica Renal
36. Dor, Aguda
37. Dor, Crônica
38. Dor à micção (disúria)
39. Dor Abdominal
40. Integridade da pele alterada
41. Risco de infecção
42. Risco de Infecção Urinária
43. Infecção
44. Infecção do Trato Urinário
45. Proteção contra doenças prejudicada
46. Adesão inadequada ao regime dietético
47. Adesão inadequada ao regime medicamentoso
48. Adesão inadequada ao regime terapêutico
49. Adesão inadequada ao volume de líquidos recomendados
50. Capacidade familiar inadequada para gerenciar o regime terapêutico
51. Edema
52. Hipertermia
53. Risco de desequilíbrio na temperatura corporal
54. Hipertensão
55. Hipernatremia
56. Hiponatremia
57. Hiperfosfatemia
58. Hipopotassemia
59. Hiperpotassemia
60. Hipercalcemia
61. Hipocalcemia
62. Peso, Prejudicado
63. Hipervolemia
64. Risco de Hipervolemia
65. Risco de desequilíbrio de eletrólitos
66. Desequilíbrio de Eletrólitos
67. Equilíbrio de eletrólitos
68. Ascite
69. Processo Renal Interrompido
70. Perfusão Tissular, Ineficaz
71. Risco de Perfusão Tissular, Ineficaz
72. Perfusão tissular alterada: renal
73. Risco de Perfusão tissular alterada: renal
74. Retenção de líquidos
75. Regime de Diálise Peritoneal Eficaz
76. Risco de Desenvolvimento Psicomotor alterado
77. Desenvolvimento Psicomotor alterado
78. Risco de Desenvolvimento infantil inadequado
79. Desenvolvimento infantil inadequado
28. Proteção ineficaz
29. Controle ineficaz da saúde
30. Controle da saúde familiar ineficaz
31. Hipertermia
32. Risco de termorregulação ineficaz
33. Risco de pressão arterial instável
34. Perfusão tissular periférica ineficaz
35. Risco de Perfusão tissular periférica ineficaz
36. Volume de líquidos excessivo
37. Risco de desenvolvimento atrasado
38. Memória prejudicada
39. Tensão do papel de cuidador
40. Risco de tensão do papel de cuidador
41. Processos familiares disfuncionais
42. Ansiedade
43. Medo
44. Envolvimento em atividades de recreação diminuído
45. Resiliência prejudicada
46. Síndrome do estresse por mudança
47. Distúrbio na imagem corporal
48. Enfrentamento familiar comprometido
2/3
37
Assim, após a identificação dos DE, estes foram submetidos ao mapeamento
cruzado dos títulos de diagnósticos CIPE® versão 2019 com a NANDA-I 2018-2020.
Logo após, observou-se que 85,8% dos DE da CIPE® foram não constantes na
NANDA-I, com isso 14,2% foram constantes.
80. Risco de Crescimento Atrasado
81. Crescimento Atrasado
82. Afasia
83. Cognição Prejudicada
84. Agitação
85. Disposição para o cuidar familiar Prejudicado
86. Risco de disposição para o cuidar familiar Prejudicado
87. Processo Familiar alterado
88. Ansiedade
89. Medo
90. Cognição alterada
91. Acesso deficitário a atividade de recreação e lazer
92. Capacidade limitada para realizar atividades de recreação e lazer
93. Apoio familiar inadequado
94. Apoio social inadequado
95. Adaptação Prejudicada
96. Estresse por Mudança do Ambiente
97. Baixa confiança nos outros
98. Imagem corporal negativa
99. Enfrentamento familiar ineficaz
100. Privacidade inadequada
3/3
38
Quadro 3 - Diagnósticos de enfermagem CIPE® para crianças com doenças renais constantes e não constantes na NANDA-I. Natal/RN. Brasil, 2019
Não constantes
Constantes
1. Sistema Respiratório Prejudicado
2. Dispneia
3. Peso corporal excessivo
4. Ingestão de Alimentos inadequada
5. Adesão ao Regime Dietético prejudicado
6. Comportamento de Ingestão de Alimentos Prejudicado da criança
7. Estado nutricional alterado
8. Risco de estado nutricional inadequado
9. Mastigação Parcial
10. Risco de volume de líquidos baixo
11. Ingestão de líquidos inadequada
12. Risco de volume de Líquidos anormal
13. Risco de Desequilíbrio do volume de líquidos
14. Volume de Líquidos aumentado
15. Volume de Líquidos baixo
16. Eliminação não intencional da urina
17. Micção Alta
18. Eliminação urinária alterada
19. Continência urinária
20. Padrão do sono alterado
21. Hipoatividade
22. Equilíbrio Prejudicado
23. Capacidade para Andar Prejudicada
24. Autocuidado Prejudicado
25. Capacidade inadequada para executar o banho
26. Capacidade inadequada para alimentar-se
27. Cólica Renal
28. Dor à micção (disúria)
29. Dor Abdominal
30. Integridade da pele alterada
31. Risco de Infecção Urinária
32. Infecção
33. Infecção do Trato Urinário
34. Proteção contra doenças prejudicada
35. Adesão inadequada ao regime dietético
36. Adesão inadequada ao regime medicamentoso
37. Adesão inadequada ao regime terapêutico
38. Adesão inadequada ao volume de líquidos recomendados
39. Capacidade familiar inadequada para gerenciar o regime terapêutico
40. Edema
41. Risco de desequilíbrio na temperatura corporal
42. Hipertensão
43. Hipernatremia
44. Hiponatremia
45. Hiperfosfatemia
46. Hipopotassemia
47. Hiperpotassemia
48. Hipercalcemia
49. Hipocalcemia
50. Peso, Prejudicado
51. Hipervolemia
1. Diarreia 2. Constipação 3. Insônia 4. Fadiga 5. Intolerância à atividade 6. Retenção urinária 7. Risco de Intolerância à atividade 8. Risco de Quedas 9. Dor Aguda 10. Dor Crônica 11. Risco de infecção 12. Hipertermia 13. Ansiedade 14. Medo
1/2
39
52. Risco de Hipervolemia
53. Risco de desequilíbrio de eletrólitos
54. Desequilíbrio de Eletrólitos
55. Equilíbrio de eletrólitos
56. Ascite
57. Processo Renal Interrompido
58. Perfusão Tissular, Ineficaz
59. Risco de Perfusão Tissular, Ineficaz
60. Perfusão tissular alterada: renal
61. Risco de Perfusão tissular alterada: renal
62. Retenção de líquidos
63. Regime de Diálise Peritoneal Eficaz
64. Risco de Desenvolvimento Psicomotor alterado
65. Desenvolvimento Psicomotor alterado
66. Risco de Desenvolvimento infantil inadequado
67. Desenvolvimento infantil inadequado
68. Risco de Crescimento Atrasado
69. Crescimento Atrasado
70. Afasia
71. Cognição Prejudicada
72. AgitaçãoDisposição para o cuidar familiar Prejudicado
73. Risco de disposição para o cuidar familiar Prejudicado
74. Processo Familiar alterado
75. Cognição alterada
76. Acesso deficitário a atividade de recreação e lazer
77. Capacidade limitada para realizar atividades de recreação e lazer
78. Apoio familiar inadequado
79. Apoio social inadequado
80. Adaptação Prejudicada
81. Estresse por Mudança do Ambiente
82. Baixa confiança nos outros
83. Imagem corporal negativa
84. Enfrentamento familiar ineficaz
85. Privacidade inadequada
Os DE não constantes que possuiam correspondentes nas duas classficações
foram classificados segundo Leal (2006) em: similar (2,3%),mais restrito
(34,1%),mais abrangente (8,2%), não existe concordância (1,1%) e 54,3% dos DE
da CIPE® não constantes não foi encontrado DE da NANDA-I correspondente.
2/2
40
Quadro 4 - Diagnósticos de enfermagem CIPE® para crianças com doenças renais, não constantes na NANDA-I, classificados segundo Leal (2006). Natal/RN, Brasil, 2019
DE não constante Classificação segundo Leal
Sistema Respiratório Prejudicado Mais restrito
Peso corporal excessivo Mais restrito
Ingestão de Alimentos inadequada Mais abrangente
Comportamento de Ingestão de Alimentos Prejudicado Mais restrito
Risco de volume de líquidos baixo Mais restrito
Risco de volume de Líquidos anormal Mais restrito
Risco de Desequilíbrio do volume de líquidos Mais restrito
Volume de Líquidos aumentado Mais restrito
Volume de Líquidos baixo Mais restrito
Eliminação não intencional da urina Mais restrito
Eliminação urinária alterada Mais restrito
Padrão do sono alterado Mais restrito
Capacidade para Andar Prejudicada Mais restrito
Autocuidado Prejudicado Mais restrito
Capacidade inadequada para executar o banho Mais restrito
Capacidade inadequada para alimentar-se Mais abrangente
Integridade da pele alterada Mais restrito
Proteção contra doenças prejudicada Mais restrito
Adesão inadequada ao regime terapêutico Mais restrito
Capacidade familiar inadequada para gerenciar o regime terapêutico
Mais restrito
Edema Similar
Risco de desequilíbrio na temperatura corporal Mais restrito
Hipertensão Mais abrangente
Risco de desequilíbrio de eletrólitos Mais restrito
Perfusão Tissular, ineficaz Mais abrangente
Risco de Perfusão Tissular, ineficaz Mais abrangente
Retenção de líquidos Mais restrito
Risco de Desenvolvimento Psicomotor alterado Mais restrito
Risco de Desenvolvimento infantil inadequado Mais restrito
Cognição Prejudicada Não existe concordância
Disposição para o cuidar familiar Prejudicado Mais restrito
Risco de disposição para o cuidar familiar Prejudicado Mais restrito
Processo Familiar alterado Mais abrangente
Capacidade limitada para realizar atividades de recreação e lazer
Mais restrito
Apoio familiar inadequado Mais restrito
Adaptação Prejudicada Mais restrito
Estresse por Mudança do Ambiente Similar
Imagem corporal negativa Mais abrangente
Enfrentamento familiar ineficaz Mais restrito
Os títulos diagnósticos constantes ou não constantes, da CIPE® e da
NANDA-I, foram classificados segundo as NHB. Identificou-se para as classificações
CIPE® e NANDA-I, respectivamente: NHB Psicobiológicas 68,5%(83) e 31,5% (38);
Psicossociais 61,5%(16) e 38,5%(10); não foram identificados DE na NHB
Psicoespirituais.
41
Após realizar associação estatística entre os DE da CIPE® e NANDA-I que
possuíam DE correspondente em ambas as classificações de enfermagem,
evidenciou-se que 53 DE foram estatisticamente significantes (14 DE constantes e
39 DE não constantes que puderam ser classificados segundo Leal). Desses,
decidiu-se por discutir os DE que possuíam padrões semelhantes de significado.
Assim, foram discutidos os 14 DE constantes, os dois DE não constantes
classificados em similares e os dois DE da NANDA-I correspondentes.
42
Necessidades Humanas Básicas
DE CIPE® DE NANDA-I IVC do cruzamento dos DE
IVC da categorização dos DE cruzados por
Necessidades
IRA
NECESSIDADES PSICOBOLÓGICAS
Delphi 1
Delphi 2
Mann-Whitney
Delphi 1 Delphi 2 Delphi
1 Delphi
2
Oxigenação Sistema Respiratório Prejudicado Padrão respiratório ineficaz 0,913 1,000 0,001 0,987 1,000 0,875 0,996
Dispneia SC _ _
Nutrição
Peso corporal excessivo Sobrepeso 0,819 0,990 0,001
0.875 0,998 0,802 0,915
Ingestão de Alimentos inadequada Nutrição Desequilibrada: menor do que as necessidades corporais
0,825 0,908
Adesão ao Regime Dietético prejudicado SC _ _
Comportamento de Ingestão de Alimentos Prejudicado da criança
Dinâmica alimentar ineficaz da criança
0,804 0,999
Estado nutricional alterado SC _ _
Risco de estado nutricional inadequado SC _ _
Mastigação Parcial SC _ _
Hidratação Risco de volume de líquidos baixo Risco de volume de líquidos desequilibrado
0,899 1,000 0,001 0,807 1,000 0,838 1,000
Ingestão de líquidos inadequada SC _ _
Risco de volume de Líquidos anormal Risco de volume de líquidos deficiente
0,976 1,000
Risco de Desequilíbrio do volume de líquidos
Risco de desequilíbrio eletrolítico 0,879 1,000
Volume de Líquidos aumentado Volume de líquidos excessivo 0,912 1,000
Volume de Líquidos baixo Volume de líquidos deficiente 0,897 1,000
Diarreia Diarreia 1,000 1,000
Eliminação não intencional da urina Incontinência urinária funcional 0,824 0,985
Constipação Constipação 1,000 1,000
Micção Alta SC _ _
Eliminação urinária alterada Eliminação Urinária Prejudicada 0,879 0,997
Retenção Urinária Retenção Urinária 1,000 1,000
Continência urinária SC _ _
Sono e Repouso
Padrão do sono alterado Distúrbio no padrão de sono 0,890 0,999 0,047 0,837 0,996 0,809 1,000
Insônia Insônia 1,000 1,000
Fadiga Fadiga 1,000 1,000
Quadro 5 - Concordância dos especialistas em relação ao mapeamento Cruzado dos DE da CIPE® e NANDA-I e categorização nas Necessidades Humanas Básicas Psicobiologicas. Natal/RN. Brasil, 2019
1/3
43
Mecânica corporal
Hipoatividade SC _ _ 0,003 0,872 0,969 0,837 0,991
Intolerância à atividade Intolerância à atividade 1,000 1,000
Risco de Intolerância à atividade Risco de Intolerância à atividade 1,000 1,000
Equilíbrio Prejudicado SC _ _
Capacidade para Andar Prejudicada Deambulação prejudicada 0,912 0,989
Risco de Queda Risco de Quedas 1,000 1,000
Cuidado corporal
Autocuidado Prejudicado Autonegligência 0,816 0,903 0,024 0,808 0,977 0,813 0,999
Capacidade inadequada para executar o banho
Déficit no autocuidado para banho 0,802 0,937
Capacidade inadequada para alimentar-se
Déficit no autocuidado para alimentação
0,846 0,956
Percepção Cólica Renal SC _ _ 0,048 0,876 0,995 0,809 0,918
Dor, Aguda Dor Aguda 1,000 1,000
Dor, Crônica Dor Crônica 1,000 1,000
Dor à micção (disúria) SC _ _
Dor Abdominal SC _ _
Integridade física Integridade da pele alterada Integridade da pele prejudicada 0,893 0,999 0,001 0,899 0,997 0,896 0,999
Terapêutica Adesão inadequada ao regime dietético SC _ _ 0,0128 0,812 0,962 0,824 0,963
Adesão inadequada ao regime medicamentoso
SC _ _
Adesão inadequada ao regime terapêutico
Controle ineficaz da saúde 0,817 0,939
Adesão inadequada ao volume de líquidos recomendados
SC _ _
Capacidade familiar inadequada para gerenciar o regime terapêutico
Controle da saúde familiar ineficaz 0,829 0,958
Regulação Edema Volume de Líquidos Excessivo 0,876 0,953 0,001 0,802 1,000 0,837 1,000
Hipertermia Hipertermia 1,000 1,000
Risco de desequilíbrio na temperatura corporal
Risco de termorregulação ineficaz 0,816 0,972
Hipertensão Risco de pressão arterial instável 0,812 0,907
Hipernatremia SC _ _
Hiponatremia SC _ _
Hiperfosfatemia SC _ _
Hipopotassemia SC _ _
Hiperpotassemia SC _ _
Hipercalcemia SC _ _
Hipocalcemia SC _ _
2/3
3/4
44
Peso, Prejudicado SC _ _
Hipervolemia SC _ _
Risco de Hipervolemia SC _ _
Risco de desequilíbrio de eletrólitos Risco de desequilíbrio eletrolítico 1,000 1,000
Desequilíbrio de Eletrólitos SC _ _
Equilíbrio de eletrólitos SC _ _
Ascite SC _ _
Processo Renal Interrompido SC _ _
Perfusão Tissular, Ineficaz Perfusão tissular periférica ineficaz 0,871 0,919
Risco de Perfusão Tissular, Ineficaz
Risco de Perfusão tissular periférica ineficaz
0,882 0,964
Perfusão tissular alterada: renal SC _ _
Risco de Perfusão tissular alterada: renal SC _ _
Retenção de líquidos Volume de líquidos excessivo 0,863 0,999
Regime de Diálise Peritoneal Eficaz SC _ _
Risco de Desenvolvimento Psicomotor alterado
Risco de desenvolvimento atrasado 0,865 0,987
Desenvolvimento Psicomotor alterado SC _ _
Risco de Desenvolvimento infantil inadequado
Risco de desenvolvimento atrasado 0,084 0,997
Desenvolvimento infantil inadequado SC _ _
Risco de Crescimento Atrasado SC _ _
Crescimento Atrasado SC _ _
Afasia SC _ _
Cognição Prejudicada Memória prejudicada 0,862 0,979
Agitação SC _ _
Risco de infecção Risco de infecção 1,000 1,000
Risco de Infecção Urinária SC _ _
Infecção SC _ _
Infecção do Trato Urinário SC _ _
Proteção contra doenças prejudicada Proteção ineficaz 0,879 0,998
3/3
Nota: IVC - Índice de Validade de Conteúdo. IRA - Índice de Fidedignidade (reliability) ou concordância interavaliadores. SC – Sem correspondente.
45
Quadro 6 - Concordância dos especialistas em relação ao mapeamento Cruzado dos DE da CIPE® e NANDA-I e categorização nas Necessidades Humanas Básicas Psicossociais.Natal/RN. Brasil, 2019 Necessidades Humanas
Básicas DE CIPE® DE NANDA-I
IVC do cruzamento dos DE IVC da categorização dos DE cruzados por
Necessidades
IRA
NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
Delphi 1 Delphi 2 Mann-
Whitney Delphi
1 Delphi 2
Delphi 1
Delphi 2
Gregária
Disposição para o cuidar familiar Prejudicado
Tensão do papel de cuidador 0,817
0,926 0,031
0,832 0,998 0,837 0,924
Risco de disposição para o cuidar familiar Prejudicado
Risco de tensão do papel de cuidador
0,802 0,943
Processo Familiar alterado Processos familiares disfuncionais
0,845 1,000
Segurança Ansiedade Ansiedade 1,000 1,000 __ 0,801 0,999 0,842 0,993
Medo Medo 1,000 1,000
Aprendizagem (educação à saúde)
Cognição alterada SC _ _ ___ 0,853 0,916 0,823 0,996
Recreação/laser Acesso deficitário a atividade de recreação e lazer
SC _ _ 0,012 0,805 0,917 0,834 0,918
Capacidade limitada para realizar atividades de recreação e lazer
Envolvimento em atividades de recreação diminuído
0,812 0,903
Amor Apoio familiar inadequado Tensão do papel de cuidador 0,806 0,945 0,024 0,881 0,973 0,859 0,982
Apoio social inadequado SC _ _
Aceitação
Adaptação Prejudicada Resiliência prejudicada 0,804 0,991 0,001 0,845 1,000 0,801 0,995
Estresse por Mudança do Ambiente
Síndrome do estresse por mudança
0,832 0,906
Autoestima, autoimagem, autorealização
Baixa confiança nos outros SC _ _ _ 0,826 0,997 0,802 0,917
Imagem corporal negativa Distúrbio na imagem corporal 0,932 1,000
Participação Enfrentamento familiar ineficaz
Enfrentamento familiar comprometido
0,899 1,000 0,017 0,809 0,996 0,817 0,999
Espaço Privacidade inadequada SC _ _ _ _ _ _ _
Nota: IVC - Índice de Validade de Conteúdo. IRA - Índice de Fidedignidade (reliability) ou concordância interavaliadores.
46
6 DISCUSSÃO 6.1 USO DOS SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO: CIPE® E NANDA-I
Os sistemas de classificação contribuem com o processo da sistematização
do cuidado e do saber da enfermagem, visto que colaboram com a identificação das
reais necessidades dos indivíduos, dos DE e intervenções. Assim, proporcionam ao
enfermeiro mais direcionamento nos cuidados prestados. No entanto, percebe-se
que a enfermagem ainda utiliza diferentes linguagens, dificultando a padronização
universal e que corrobore com o desenvolvimento da enfermagem.
A presente pesquisa identificou que mesmo com utilização dos sistemas de
classificação como a CIPE® e a NANDA-I ainda é encontrado divergências na
identificação dos DE, pois houve um número maior de DE quando foi utilizado o
sistema de classificação da CIPE®. A CIPE® permite a formulação dos DE usando
apenas termos que normalmente estão presentes em sinais e sintomas, isso oferece
maior liberdade na elaboração dos DE. Já quando é utilizado a NANDA-I o
profissional necessita de mais informações para a construção do DE, tais como: os
sinais e sintomas clínicos ou comportamentais, além dos fatores que promovem o
desenvolvimento dessas manifestações (características definidoras e fatores
relacionados), exceto os DE de risco.
Assim, do total de 99 DE identificados através da CIPE®, 85 não foram
constantes na NANDA-I e desses apenas 39 puderam ser classificados segundo
Leal (2006). Percebe-se então que foi possível construir mais DE através da CIPE®.
No entanto, a identificação do DE incorporado a uma linguagem padronizada,
independentemente do tipo de sistema de classificação utilizado, contribui para
subsidiar as intervenções de enfermagem e o fortalecimento da identidade
profissional (FERREIRA et al., 2018).
Cabe destacar que mesmo diante dessas diferenças numéricas ao identificar
os DE, os sistemas de classificação apresentam resultados semelhantes no que se
refere à contribuição para a melhoria do desenvolvimento da enfermagem e dos
serviços de saúde, promovendo resultados efetivos na prestação de cuidados
(FURUYA et al., 2011)
47
6.2 NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS DE HORTA PARA CRIANÇAS COM
DOENÇAS RENAIS
As NHB de Crianças com doenças renais foram predominantes para as
necessidades psicobiológicas para ambas as classificações (CIPE® e NANDA-I).
Este resultado também foi identificado em outro estudo em pacientes com doenças
renais (SOUZA et al., 2016). As NHB psicobiológicas alteradas englobam os
pacientes renais, e são justificadas pela própria fisiopatologia da doença
(BISSONNETTE et al., 2013).
Assim, a utilização da Teoria de Horta para pacientes com doenças renais
pode proporcionar subsidio para organizar as informações dos pacientes, e desse
modo deliberar o processo de cuidar, o planejamento científico e sistematização das
ações desenvolvidas pela enfermagem (ROSSITER; VALENÇA; VALOIS, 2012).
Outro estudo revela que o cuidado a pacientes com doenças renais necessita
da assistência de enfermagem voltada para a promoção da saúde e prevenção de
riscos diante suas necessidades humanas básicas, sejam elas psicobiológicas,
psicossociais ou psicoespirituais (SPIGOLON et al., 2018).
A presente pesquisa não identificou DE voltados para as NHB
psicoespirituais, resultado que pode ser justificado pela dificuldade própria da faixa
etária dos participantes da pesquisa a expressar ou responder questionamentos
relacionados a aspectos espirituais. Porém é uma necessidade discutida em outros
estudos que trabalharam com doenças renais e identificação das NHB em adultos,
pois percebe-se a necessidade do cuidado holístico. Ressalta-se que a
espiritualidade é uma importante dimensão na qualidade de vida do paciente renal e
está integrada as outras necessidades (LUCCHETTI et al., 2010).
Diante disso, é possível inferir que mesmo havendo predomínio no presente
estudo de DE nas NHB psicobiológicas, os pacientes renais apresentam diferentes
necessidades e necessitam ser atendidas, independentemente da classificação.
Com isso, o enfermeiro deve assumir uma visão que reafirme a integralidade
que compõe o paciente, identificando todas as NHB e elaborando um plano de ação
que atenda as mesmas, independente da sua classificação (psicobiológica,
psicossocial, psicoespiritual), justificando-se pelo fato do ser humano ser dinâmico
diante de diferentes ambientes ou situações cotidianas (GUIMARÃES et al., 2016).
48
6.3 NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS PSICOBIOLÓGICAS
6.3.1 Hidratação
Foram identificados nessa subclassificação das necessidades psicobiológicas
os DE: Constipação, Diarreia e Retenção Urinária constantes na CIPE® e na
NANDA-I.
O DE Constipação tem como definição operacional na CIPE®: “Processo do
Sistema Gastrointestinal, Prejudicado: Diminuição na frequência de defecação,
acompanhada por dificuldade ou passagem incompleta de fezes; passagem de
fezes excessivamente secas e endurecidas” (CIPE, 2019, p. 39); e a definição na
NANDA-I: “Diminuição na frequência normal de evacuação, acompanhada por
eliminação difícil ou incompleta de fezes e/ou eliminação de fezes excessivamente
duras e secas” (NANDA, 2018, p. 352).
O DE Diarreia tem como definição na CIPE®: “Defecação, Prejudicada:
Passagem de fezes soltas, líquidas e não formadas; aumento da frequência de
eliminação, acompanhado por aumento dos ruídos intestinais, cólicas e urgência de
defecação” (CIPE, 2019, p. 51); e na NANDA-I: “Eliminação de fezes soltas e não
formadas” (NANDA, 2018, p. 368).
Já o DE Retenção Urinária é definido na CIPE® e na NANDA-I
respectivamente como: “Condição Urinária: Acúmulo involuntário de urina na bexiga;
enchimento incompleto da bexiga, associado a perda da função muscular da bexiga,
a efeitos colaterais de narcóticos ou a lesão vesical” e “Incapacidade de esvaziar
completamente a bexiga” (CIPE, 2019, p. 155; NANDA, 2018, p. 350).
Diante do exposto, cabe ressaltar que a presença dos DE, Constipação e
Diarreia em pacientes com doenças renais pode ser justificada pela instituição
rigorosa da restrição hídrica e alimentar. Assim, é necessário realizar o
acompanhamento desses pacientes, pois os mesmos estão sujeitos a diversas
condições, entre elas os distúrbios gastrointestinais (SANTOS et al., 2013; BARROS
et al., 2011)
Ressalta-se, que os pacientes que já estão na fase da doença renal crônica
tem como característica a degradação das funções bioquímicas e fisiológicas de
todos os sistemas do organismo, e isso pode gerar os distúrbios gastrointestinais,
49
cardiovasculares, pulmonares, hematológicos, entre outras alterações (PERES et al.,
2010).
O DE Retenção Urinária pode ser justificado pela presença do diagnóstico,
Bexiga Neurogênica, que é a incoordenação do sistema nervoso nas funções
geniturinárias, apresentando falhas armazenamento e esvaziamento da bexiga,
causando a retenção de urina (MONTEIRO et al., 2018). Este diagnóstico médico
muitas vezes é observado em crianças que são internadas por desenvolver
alterações na função renal em decorrência da Bexiga Neurogênica.
6.3.2 Sono e Repouso
Na subclassificação das NHB “Sono e Repouso” foram identificados os DE
Insônia e Fadiga em ambas as classificações (CIPE® e NANDA-I).
Insônia tem como definição na CIPE®: “Sono, Prejudicado: Incapacidade
crônica para dormir ou para permanecer adormecido durante a noite ou período de
sono planejado, apesar da posição confortável em um ambiente adequado;
acordado, sem sono; frequentemente associada a fatores psicológicos ou físicos,
como estresse emocional, ansiedade, dor, desconforto, tensão, distúrbio da função
cerebral e abuso de drogas” (CIPE, 2019, p. 90); e na NANDA-I: “Distúrbio na
quantidade e qualidade do sono que prejudica o desempenho normal das funções
da vida diária” (NANDA, 2018, p. 384).
Para o DE Fadiga temos como definição operacional na CIPE®:“ Emoção,
Negativa: Sentimentos de diminuição da força e resistência, exaustão, cansaço
mental ou físico; lassidão com aptidão diminuída para o trabalho físico ou mental”
(CIPE, 2019, p. 69); já para o mesmo diagnóstico na classificação da NANDA-I é:
“Sensação opressiva e prolongada de exaustão e capacidade diminuída de realizar
trabalho físico e mental no nível habitual” (NANDA, 2018, p. 419).
Estudo realizado com pacientes renais, principalmente com os que realizam
hemodiálise, revela que estes apresentam alterações na qualidade do sono e como
consequência prejuízo na qualidade de vida (MIYAHIRA et al., 2016). Outro estudo
corrobora com esse achado e mostra a presença do DE, Insônia, e revela
características como, dificuldade para adormecer e permanecer dormindo,
caracterizando-se a realidade cotidiana de paciente com DRC (FRAZÃO et al.,
2015).
50
Os distúrbios do sono em pacientes que realizam hemodiálise foram
identificados em 80% da amostra de um estudo realizado com pacientes renais,
principalmente nos pacientes com mais tempo de tratamento. Assim, apresentavam
padrão de sono alterado ou distúrbio do sono (MATTOS; MARUYAMA, 2010).
Os pacientes com doenças renais, principalmente os dependentes do
tratamento dialítico passam por mudança no estilo de vida, causando modificações
em atividades rotineiras, e estão ligadas a fatores como a fadiga, anorexia e os
distúrbios do sono que são frequentemente relatados por pessoas que convivem
especialmente com a DRC (MADEIRO et al., 2010).
Independente da faixa etária que o paciente com doença renal possua, as
condições próprias da fisiopatologia da doença irão provocar agravos importante na
saúde desse indivíduo. Este fato já é descrito em diferentes estudos com pessoas
que são acometidas com algum tipo de doença renal, a destacar as crônicas, porém
com diferentes intensidades. Assim, considerando que a criança se encontra em
uma fase mais intensa de desenvolvimento e crescimento, percebemos que os
aspectos que envolvem a atividade física ou disposição para as atividades diárias
são bem relevantes nessa fase.
Corroborando com isso, estudo realizado também com crianças com doença
renal, identificou DE relacionados com a fadiga e consequentemente promovendo a
intolerância à atividade, e que podem decorrer da anemia presente em muitos
desses pacientes (BRANCO; PAMPLONA, 2013).
6.3.3 Mecânica Corporal
Os DE Intolerância à atividade, Risco de Intolerância à atividade e Risco
de Quedas foram constantes na CIPE® e na NANDA-I, revelando a presença da
NHB da mecânica corporal diante da doença renal (CIPE, 2019; NANDA, 2018).
O DE Intolerância à atividade é definido na CIPE® e na NANDA-I como:
“Condição, Prejudicada: Falta de capacidade ou energia para resistir ou completar
atividades” e “Energia fisiológica ou psicológica insuficiente para suportar ou
completar as atividades diárias requeridas ou desejadas” (CIPE, 2019, p. 92;
NANDA, 2018, p. 451).
Risco de Intolerância à atividade é definido na CIPE® como: “possibilidade
de intolerância à atividade” e na NANDA-I como: “Suscetibilidade a energia
51
fisiológica ou psicológica insuficiente para suportar ou completar as atividades
diárias requeridas ou desejadas que pode comprometer a saúde (CIPE, 2019, p.
158; NANDA, 2018, p. 453).
A intolerância à atividade está presente em pacientes com doenças renais,
pois o sistema musculoesquelético é afetado pela doença, causando alterações no
estado catabólico, estimulado por corticosteroides e a diminuição na prática da
atividade física (GUEDES; GUEDES, 2012).
Com relação ao diagnóstico Risco de Quedas a CIPE® e a NANDA-I
conceituam respectivamente: “possibilidade de descida repentina do corpo de um
nível alto para um mais baixo, devido a desequilíbrio, desmaio ou incapacidade para
sustentar o peso do corpo e permanecer ereto”; “Suscetibilidade aumentada a
quedas que pode causar dano físico e comprometer a saúde” (CIPE, 2019, p. 146;
NANDA, 2018, p. 799).
Já em relação ao DE Risco de Quedas, é observado que os pacientes com a
doença renal apresentaram problemas musculoesqueléticos, a saber: cãibras
musculares, mialgias e artralgias. Com isso, logo percebe-se uma diminuição do
funcionamento físico e alteração da qualidade muscular, pois ocorre inúmeras
alterações metabólicas significativas, este fato contribui para um elevado risco de
quedas. Este também pode ser associado a fadiga, que é representada por
fraqueza, diminuição de energia e sensação de exaustão (FIDAN et al., 2016;
ISOYAMA et al., 2014).
6.3.4 Percepção
Foram identificados os DE Dor Aguda e Dor Crônica. O DE Dor Aguda é
definida na CIPE® e a NANDA-I, respectivamente em: “ Percepção, Prejudicada:
Aumento de sensação desagradável no corpo; relato subjetivo de sofrimento,
expressão facial de dor, alteração no tônus muscular, comportamento autoprotetor,
foco de atenção reduzido, alteração do tempo de percepção, afastamento de contato
social, processo de pensamento prejudicado, comportamento distraído, inquietação
e perda do apetite.” e “Experiência sensorial e emocional desagradável associada a
lesão tissular real ou potencial, ou descrita em termos de tal lesão (International
Association for the Study of Pain); início súbito ou lento, de intensidade leve a
52
intensa, com término antecipado ou previsível e com duração menor que 3 meses”
(CIPE, 2019, p. 55; NANDA, 2018, p. 889).
Já o DE Dor Crônica é definido na CIPE® como “Percepção, Prejudicada:
Aumento de sensação desagradável no corpo; relato subjetivo de sofrimento,
expressão facial de dor, alteração no tônus muscular, comportamento auto protetor,
foco de atenção reduzido, alteração do tempo de percepção, afastamento de contato
social, processo de pensamento prejudicado, comportamento distraído, inquietação
e perda do apetite.” e na NANDA-I Como: “Experiência sensorial e emocional
desagradável associada a lesão tissular real ou potencial, ou descrita em termos de
tal lesão (International Association for the Study of Pain); início súbito ou lento, de
intensidade leve a intensa, constante ou recorrente, sem término antecipado ou
previsível e com duração maior que 3 meses(CIPE, 2019, p. 55; NANDA, 2018, 892).
Diante do exposto, sabe-se que o paciente renal relata sentir diferentes tipos
de dor, de intensidade e localização variáveis (SILVA; MENDONÇA; CARVALHO,
2013). Além disso, o processo de hemodiálise pode ocasionar intercorrências que
causam dor. Os pacientes em tratamento hemodialítico referem com frequência a
dor óssea e resulta em limitações físicas, comprometendo as atividades diárias e
repercutindo na qualidade de vida (SILVA et al., 2013).
6.3.5 Regulação
Nessa subseção das NHB psicobiológicas foram identificados os DE: Risco
de Infecção, Hipertermia, Edema e Volume de Líquidos Excessivo.
As definições para os DE da CIPE®, Risco de Infecção, Hipertermia e
Edema são respectivamente: “possibilidade de invasão do corpo por
microrganismos patogênicos que se reproduzem e se multiplicam, originando
doenças por lesão celular local, secreção de toxina ou reação antígeno-anticorpo”
(p. 88); “termorregulação, prejudicada: diminuição da capacidade de mudar o
termostato interno, acompanhada por um aumento da temperatura corporal, pele
quente e seca, sonolência e cefaleia, associada a disfunção do sistema nervoso
central ou sistema endócrino, colapso por calor, introdução artificial de elevada
temperatura corporal por razões terapêuticas” (p. 83); e “retenção de Líquidos” (p.
57) (CIPE, 2019).
53
Os DE Risco de Infecção, Hipertermia e Volume de Líquidos Excessivo
da NANDA-I, tem como definição respectivamente: “Suscetibilidade a invasão e
multiplicação de organismos patogênicos que pode comprometer a saúde” (p. 742);
“Temperatura corporal central acima dos parâmetros diurnos normais devido a falha
na termorregulação” (p. 866); e “Entrada excessiva e/ou retenção de líquidos” (p.
331) (NANDA, 2018).
O risco de infecção em pacientes com doenças renais é bem frequente,
levando em consideração que a evolução da doença promove algumas alterações,
como a perda da função renal e distúrbios hidroeletrolíticos que leva o paciente a
realizar procedimentos invasivos que possibilitam a redução de danos causados ao
organismo devido a alteração da função renal. Em contrapartida, esses
procedimentos elevam o risco de infecção por aumentar a exposição a
microrganismo com o rompimento de barreiras naturalmente protetoras (RASSI et
al., 2019).
A síndrome nefrótica é uma das doenças renais crônicas mais comuns em
crianças, mais da metade dos casos apresentam recidivas frequentes ou são
dependentes de imunossupressores, deixando a criança mais vulnerável as
infecções (HINGORANI; WEISS, 2002).
Quanto ao DE Hipertermia, podemos inferir que este diagnóstico está
associado ao constante processo de hospitalização de crianças com doenças renais
devido aos processos infecciosos adquiridos fora do ambiente hospitalar, pois a
depender do tipo de doença renal há o uso de corticoides como forma de tratamento
o que aumenta as chances do desenvolvimento de infecções e também pelos
procedimentos invasivos que são decorrentes do tratamento da doença, como o
dialítico.
Uma pesquisa realizada com pacientes em hemodiálise, mostrou que 62%
dos indivíduos que tiveram história de infecção relacionada ao cateter de diálise
apresentaram quadro de hipertermia. Destaca-se que entre os sinais e sintomas
estudados, a hipertermia foi a que teve maior destaque no referido estudo (RIBEIRO
et al., 2018).
Estudo realizado com crianças portadoras de Síndrome Nefrótica, revela que
elas são mais susceptíveis a processos infecciosos, pois possuem como fatores de
riscos a perda urinária de imunoglobulinas e fatores alternativos da via do
54
complemento B e I, presença de edema e tratamento com corticoides (KUMAR et al.,
2019; NOONE; IIJIMA; PAREKH, 2018).
Quando aos DE Edema e Volume de Líquidos Excessivo podemos
entender que os mesmos estão intimamente ligados e são uns dos DE mais
perceptíveis em pacientes com doenças renais. Outro estudo também mostrou
elevada prevalência do DE Volume de Líquidos Excessivo, presente em quase
toda a amostra (FERNANDES et al., 2014).
O acúmulo de líquidos é um problema frequente. Essa alteração ocorre
nesses indivíduos, pois há uma deficiência dos rins em efetuar suas funções. Mesmo
com a realização do tratamento hemodialítico, não é possível substituir
completamente a função renal. Assim, deixa o paciente mais vulnerável a retenção
de líquidos, estando associado com edema, anasarca, congestão pulmonar,
hipertensão e entre outras complicações (KALANTAR-ZADEH et al., 2009).
6.4 NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS PSICOSSOCIAIS
6.4.1 Segurança
O DE Ansiedade é conceituado pela CIPE® como: “Emoção, Negativa:
Sentimentos de ameaça, perigo ou angústia” e NANDA-I como: “Sentimento vago e
incômodo de desconforto ou temor, acompanhado por resposta autonômica (a fonte
é frequentemente não específica ou desconhecida para o indivíduo); sentimento de
apreensão causado pela antecipação de perigo. É um sinal de alerta que chama a
atenção para um perigo iminente e permite ao indivíduo tomar medidas para lidar
com a ameaça” (CIPE, 2019, p. 8; NANDA, 2018, p. 614).
O DE Medo é definido na CIPE® e na NANDA-I, respectivamente como:
“Emoção, Negativa: Sentimentos de ameaça, perigo ou angústia, devido a causa
conhecida ou desconhecida, acompanhado às vezes de luta psicológica ou resposta
de fuga” e “Resposta a uma ameaça percebida que é conscientemente reconhecida
como um perigo” (CIPE, 2019, p. 98; NANDA, 2018, p. 644).
Na infância a doença renal crônica causa alterações sociais, emocionais e
psicológicas. Essas alterações normalmente propiciam estresse e mudança em sua
percepção da vida, provocando o medo (VALLE; SOUZA; RIBEIRO, 2013; CAMPOS
et al., 2015).
55
Estudo realizado com pacientes com doenças renais, constatou a presença
da ansiedade e o do medo, relacionados principalmente por questões que envolvem
o pensamento na morte. Esses sentimentos estavam presentes principalmente
durante a ocorrência de complicações. Sentimentos como: medo, ansiedade e o
isolamento social são frequentemente contextualizados no processo da doença renal
(SANTANA et al., 2018).
Cabe ressalta que a deficiência na qualidade de vida do paciente com doença
renal crônica pode contribuir para o aparecimento de transtornos como a ansiedade
e a depressão. Os transtornos de humor são mais frequentes em pacientes que
realizam hemodiálise (BETTONI et al., 2017).
6.4.2 Aceitação
Foram identificados nessa subclassificação das NHB os DE Estresse por
Mudança do Ambiente e Síndrome do estresse por mudança na CIPE® e
NANDA-I, respectivamente. Assim, temos nessa ordem que os conceitos para esses
títulos diagnósticos são: “Resposta Psicológica, Prejudicada: Disposição para
gerenciar os distúrbios fisiológicos e psicológicos, como resultado de mudança de
um ambiente para outro” (CIPE, 2019, p. 55); e “Distúrbio fisiológico e/ou
psicossocial decorrente de transferência de um ambiente para outro” (NANDA, 2018,
p. 597).
O processo da hospitalização pode proporcionar o desenvolvimento de
sentimentos diversos como a ansiedade e o medo. Diante disso, a assistência à
criança hospitalizada deve prover cuidados além do físico, como os que permeiam o
emocional e o social. A humanização da assistência é uma necessidade dos
indivíduos hospitalizadas, especialmente das pessoas com doenças crônicas, que
passam por inúmeras internações e tratamento prolongado (CERIBELLI et al., 2009).
A doença crônica é considerada um fator de estresse que gera impacto
expressivo na vida da criança. O próprio tratamento é considerado uma
circunstância estressora (SANTOS; SILVA, 2002).
As crianças demonstram elevados níveis de estresse relacionados com
preocupações com a própria saúde e com a percepção das limitações impostas pela
doença, tais como: restrição hídrica, dietas e lazer, promovendo mudança no estilo
de vida (FROTA et al., 2010).
56
Um estudo realizado com crianças com doenças renais observou que 83,3%
da amostra possuía estresse, e também foi evidenciado que a maioria das crianças
com qualidade de vida ruim apresentavam simultaneamente estresse. Mesmo frente
aos avanços no diagnóstico e tratamento das doenças crônicas, os níveis de
estresse são elevados e estão ligados a doença renal tanto no estágio inicial como
no estágio mais avançado (BEZERRA; OLIVEIRA; MAIA, 2016).
57
7 CONCLUSÃO
O presente estudo possibilitou a identificação de 147 DE formulados por meios
dos sistemas de classificação da CIPE® e NANDA-I. Assim, logo após os títulos
diagnósticos foram classificados com os níveis da teoria das Necessidades
Humanas Básicas de Horta e foi identificado que os DE foram predominantes nas
necessidades psicobiológicas.
Com isso, foi realizado o mapeamento cruzado entre os títulos diagnósticos
da CIPE® e NANDA-I e as Necessidades Humanas Básicas. O mapeamento cruzado
entre os DE com correspondentes obteve IVC > 0,8 pelos especialistas.
O uso desses sistemas de classificação possibilita ao enfermeiro identificar
DE específicos para pacientes sob os cuidados da enfermagem. Assim, também
colabora coma expansão da Enfermagem como ciência.
Além disso, possibilita um cuidado mais direcionado a crianças com doenças
renais por identificar DE específicos e assim permitindo a aplicação de cuidados
direcionados para as reais necessidades dessas crianças e também promove a
padronização da linguagem que é necessária principalmente para o cuidado com
pessoas portadoras de doenças crônicas que demandam cuidados mais intensos e
prolongados.
Cabe ressaltar que os DE constantes nas duas classificações e os DE
classificados em similares apresentaram intensa associação com as afecções renais
que acometem crianças.
Frente ao exposto, ressalta-se a importância do desenvolvimento de estudos
futuros para realizar avalidação dos DE não constantes na NANDA-I, contribuindo
com o desenvolvimento dessa terminologia. Para isso, as pesquisas nessa área
precisam ser densenvolvidas a fim de corroborar com o desenvolvimento desses
sistemas de classificações.
Como limitação do presente estudo,destaca-se o processo de inferência
diagnóstica, pois mesmo sendo realizado por pesquisadores experientes na área é
um processo subjetivo. Entretanto, o estudo apresenta inúmeras contribuições para
o fortalecimento da enfermagem como ciência.
58
REFERÊNCIAS
ALVARENGA, S.C.; et al. Critical defining characteristics for nursing diagnosis about ineffective breastfeeding. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 71, n. 2, p. 314, 2018.
ALVES, L.O.; GUEDES, C.C.P.; COSTA, B.G. As ações do enfermeiro ao paciente renal crônico: reflexão da assistência no foco da integralidade. Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental, v. 8, n. 1, p. 3907-21, mar. 2016.
BARRA, D.C.C.; SASSO, G.T.M.D. Padrões de dados, terminologias e sistemas de classificação para o cuidado em saúde e enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 64, n. 6, p. 1141-9, 2011.
BARROS, A.; et al. Nutritional status evaluated by multi-frequency bioimpedance is not associated with quality of life or depressive symptoms in hemodialysis patients. Ther Apher Dial, v. 15, n. 1, p. 58-65, 2011.
BARROS, A.L.B.L.; et al. Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. Porto Alegre: Artmed; 2010.
BASTOS, M. G.; KIRSZTAJN, G. M. Doença renal crônica: importância do diagnóstico precoce, encaminhamento imediato e abordagem interdisciplinar estruturada para melhora do desfecho em pacientes ainda não submetidos à diálise. Jornal Brasileiro de Nefrologia, v.33, n.1, 93-108. 2011.
BETTONI, L.C; OTTAVIANI, A.C; ORLANDI, F.S. Relação entre autocuidado e sintomas depressivos e ansiosos de indivíduos em tratamento hemodialítico. São Carlos-SP: Revista Rene, 2017.
BEZERRA, J.C.; OLIVEIRA, L.C.B.; MAIA, E.M.C. Estresse e qualidade de vida em crianças com doenças renais crônicas hospitalizadas. Psic Saúde & Doenças, Lisboa, v. 17, n. 3, p. 382-388, dez. 2016. .
BISSONNETTE, J.; et al. Evaluation of a collaborative chronic care approach to improve outcomes in kidney transplant recipients. Clin Transplant, v. 27, n. 2, p. 232, 2013.
BRANCO, C.S.N.; PAMPLONA, Y.A.P. diagnósticos de enfermagem em crianças portadoras de insuficiência renal crônica em tratamento hemodiálico. Revista Enfermagem Contemporânea, v. 2, n. 1, p. 103-11, ago. 2013.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Diretrizes Clínicas para o Cuidado ao paciente com Doença Renal Crônica - DRC no Sistema Único de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Diretrizes clínicas para o cuidado ao paciente com Doença Renal Crônica. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.
59
CAMPOS, C.G.; et al. Social representation sofil lness among people withch ronickid ney disease. Rev Gaucha Enferm, v. 36, p. 106-12, 2015.
CARVALHO, E.C.; CRUZ, D.A.L.M.; HERDMAN, T.H. Contribuição das linguagens padronizadas para a produção do conhecimento, raciocínio clínico e prática clínica da Enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 66, n. esp, p. 134-41,2013.
CAVALCANTE, R.B. et al. Experiências de sistematização da assistência de enfermagem no Brasil: um estudo bibliográfico. Revista de Enfermagem da UFSM, v. 1, n. 3,2011.
CERIBELLI, C.; et al. A mediação de leitura como recurso de comunicação com crianças hospitalizadas. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 17, n. 1, fev. 2009.
CERVO, A.L.; BERVIAN, P.A.; SILVA, R. Metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
CIE. Conselho Internacional de Enfermeiros. Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem – CIPE® . Versão 2.0. São Paulo: Algol, 2011.
CIPE. Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem. Centre for ICNP® Research and Development of the Federal University of Paraiba. International Council of Nurses, 2019. Disponível em: https://www.icn.ch/what-we-do/projects/ ehealth/icnp-download/icnp-translations. Acesso em: 05 out. 2019.
COFEN. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução COFEN n° 358/2009.Dispõesobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem - SAE - nas Instituições de Saúde Brasileiras. Brasília (DF): COFEN, 2009.
CUBAS, M. R.; SILVA, S. H.; ROSSO, M. Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE®):uma revisão da literatura. Revista Eletrônica de Enfermagem, v.12, n. 1, p. 186-94, 2010.
CUBAS, M.R.; et al. Mapeamento e definição de termos registados por enfermeiros de um hospital especializado em emergência e trauma. Revista de Enfermagem Referência, Coimbra, v. 4, n. 12, p. 45-54, mar. 2017.
DEBONE, M.C.; et al. Diagnósticos de enfermagem em idosos com doença renal crônica em hemodiálise. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 70, n. 4, p. 833-839, 2017.
FAVERO, L.; PAGLIUCA, L.M.F.; LACERDA, M.R. Cuidado transpessoal em enfermagem: uma análise pautada em modelo conceitual. Revista Escola de Enfermagem da USP, v. 47, n. 2, p. 500-5, abr. 2013.
FERNANDES, M.I.C.D.; et al. Prevalência do diagnóstico de enfermagem Volume de líquidos excessivo em pacientes submetidos à hemodiálise. Rev Esc Enferm USP, v. 48, n. 3, p. 446-53, 2014.
FERREIRA, A.M.; et al. Nursing diagnoses in intensive care: cross-mapping and NANDA-I taxonomy. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 69, n. 2, p. 285-93, abr. 2016.
60
FERREIRA, A.M.; et al. Nursing diagnoses in intensive care: cross-mapping and NANDA-I taxonomy. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 69, n. 2, p. 285-93, 2016.
FIDAN, F.; et al. Quality of life and correlation with musculoskeletal problems, hand disability and depression in patients with hemodialysis.I nt J Rheum Dis, v. 19, n. 2, p. 159-66, 2016.
FRAZÃO, C.M.F.Q.; ARAÚJO, A.D.; LIRA, A.L.B.C. Implementation of nursing process to the patient submitted to hemodialysis. Journal of Nursing UFPE on line, v. 7, n. 3, p. 824-30, jan. 2013.
FRAZÃO, C.M.F.Q.; et al. Características definidoras dos diagnósticos de enfermagem identificados nos indivíduos em hemodiálise. Ciência, Cuidado e Saúde, v. 14, n. 2, p. 1157-1164, 2015.
FREITAS, J. S. et al. Evaluation of clinical and laboratory variables associated with anemia in pediatric patients on hemodialysis. Journal of Pediatrics, Rio Janeiro, v. 91, n.1, p.87-92, 2015.
FROTA, M.A.; et al. Life quality of children with chronic renal failure. Escola Anna Nery, v. 14, n. 3, p. 527-33, 2010.
FURUYA, R.K.; et al. Sistemas de classificação de enfermagem e sua aplicação na assistência: revisão integrativa de literatura. Rev Gaucha Enferm., v. 32, n. 1, p. 167–175, jun. 2011.
GALLIENI, M.; et al. The burden of hypertension and kidney disease in Northeast India: the Institute for Indian Mother and Child non communicable diseases project. Scientific World Journal, p. 320-869, 2014.
GALVÃO, P.C.C. Diagnósticos de enfermagem aplicados a pacientes com insuficiência cardíaca descompensada. Cogitare Enferm, v. 21, n. 2, p. 1-8, abr. 2016.
GARBIN, L.M.; et al. Classificação de resultados de enfermagem (NOC): identificação da produção científica relacionada. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 30, n. 3, p. 508-15, 2009.
GARCIA, R.T. Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem - CIPE®: aplicação à realidade brasileira. Porto Alegre: Artmed, 2015.
GARCIA, T. R. Sistematização da assistência de enfermagem: aspecto substantivo da prática profissional. Escola Anna Nery, v. 20, n. 1, p. 5-6, 2016.
GARCIA, T.R.; NÓBREGA, M.M.L. Processo de enfermagem: a teoria à prática assistencial e de pesquisa. Escola Anna Nery, v. 13, n. 1, p. 188-93, 2009.
GORDON, M.; SWEENEY, M. Metrodologiacal problems and issues in identifying and atandardizing nursing diagnosis. Advances in Nursing Science, Germantown, v.2, n.1, p.1-15, oct. 1979.
61
GUEDES, K.D.; GUEDES, H.M. Qualidade de vida do paciente portador de insuficiência renal crônica. Revista Ciência & Saúde, v. 5, n. 1, p. 48-53, 2012,
GUIMARÃES, G.L.; et al. Contribuição da teoria de horta para crítica dos diagnósticos de enfermagem no paciente em hemodiálise. Rev enferm UFPE on line., Recife, v. 10, n. 2, p. 554-61, fev. 2016.
HARAMBAT, J. et al. Epidemiology of chronic kidney disease in children. Pediatr Nephrol, v. 27, p.363-373, 2012. HINGORANI, S.R.; WEISS, N.S.; WATKINS, S.L. Predictors of peritonitis in children with nephrotic syndrome. Pediatr Nephrol, v. 17, n. 8, p. 678-82, 2002.
HORTA, W.A. Contribuição para uma teoria em enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 23, n. 3, p. 117-25, 1970.
HORTA, W.A. Processo de enfermagem. São Paul: EPU, 1979.
INGELFINGER, J.R.; KALANTAR-ZADEH, K.; SCHAEFE, F. Em tempo: evitando as consequências da doença renal -foco na infância. Revista Paulista de Pediatria, v. 34, n. 1, p. 5-10, 2016.
ISOYAMA, N.; et al. Comparative associations of muscle mass and muscle strength with mortality in dialysis patients. Clin J Am Soc Nephrol, v. 9, n. 10, p. 1720-8, 2014.
JHA, V. et al. Chronic kidney disease: global dimension and perspectives. Lancet, v.382, p.260-272, 2013. KALANTAR-ZADEH, K.; et al. Fluid retention is associated with cardiovascular mortality in chronic hemodialysis patients. Circulation, v. 119, n. 5, p. 671-9, 2009.
KDIGO. Kidney Disease: Improving Global Outcomes .Acute Kidney Injury Work Group. KDIGO Clinical Practice Guideline for Acute Kidney Injury. Kidney Int Suppl, v. 2, n. 1, p. 1-138, 2012.
KLETEMBERG, D. F.; et al. O processo de enfermagem e a lei do exercício profissional. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 63, n. 1, p. 26-32, 2010. KUMAR, M.; et al. Incidência e fatores de risco para infecções graves em crianças hospitalizadas com síndrome nefróticas. J Bras Nefrol., São Paulo, v. 1, n. 4, p. 132-9, jun. 2019.
LEAL, M. T. A CIPE® e a visibilidade da enfermagem: mitos e realidade. Lisboa: Lusociência, 2006.
LEFEVRE, R.A. Aplicação do processo de enfermagem: promoção do cuidado colaborativo. 5ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2002.
LEITE, E.M.; et al. Perfil clínico de pacientes submetidos à hemodiálise. Rev Paraninfo Digital, v. 2, n. 3, p. 1-8, jan. 2013.
LEITE, M.C.A.; et al. Assistência de enfermagem a uma puérpera utilizando a teoria de Horta e a CIPE®. Revista Rene, v.14, n. 1, p. 199-208, 2013.
62
LIMA, D.V.M. Desenhos de pesquisa: uma contribuição ao autor. Online braz. J. nurs, v. 10, n. 2, ago, 2011.
LOPES, M.V.O.; SILVA, V. M.; ARAÚJO, T. L. Métodos de pesquisa para validação clínica de conceitos diagnósticos. In: HERDMAN, T. H.; CARVALHO, E. C. PRONANDA: Conceitos Básicos. Porto Alegre: Artmed, 2013. p. 85-129
LUCCHETTI, G.; ALMEIDA, L.G.C.; GRANERO, A.L. Espiritualidade no paciente em diálise: o nefrologista deve abordar? J BrasNefrol, v. 32, n. 1, 2010.
LUCENA, A. F.; BARROS, A.L.B.L. Mapeamento cruzado: uma alternativa para a análise de dados em enfermagem. Acta paulista em enfermagem, São Paulo, v. 18, n. 1, dez. 2005.
LUCIANO, T.S. Mapeamento cruzado de diagnósticos de enfermagem em puericultura utilizando a Classificação Internacional de Práticas de Enfermagem. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 48, n. 2, p. 250-6, 2014.
MADEIRO, A.C.; et al. Adherence of chronic renal insufficiency patients to hemodialysis. Acta Paul Enferm, v. 23, n. 4, p. 546-51, 2010.
MARQUES, D.K.A.; MOREIRA, G.A.C.; NÓBREGA, M.M.L. Análise da teoria das necessidades humanas básicas de horta. Revista de enfermagem UFPE, v. 2, n. 4, p. 481-88, dez. 2008.
MATOS, F.G.O.A.; CRUZ, D.A.L.M. Construção de instrumento para avaliar a acurácia diagnóstica. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 43, n. esp, p. 1088-97, 2009.
MATTEI, F.D.; et al. Uma visão da produção científica internacional sobre a Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem. Revista Gaúcha de Enfermagem, v.32, n.4, p.823-31, 2011.
MATTOS, M.; MARUYAMA, S.A.T. A experiência de uma pessoa com doença renal crônica em hemodiálise. Rev Gaúcha Enferm, v. 3, n. 20, p. 82-90, ago. 2010.
MAZONI, S.R.; et al. Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem e a contribuição brasileira. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 63, n. 2, p. 285-9, mar. 2010.
MELO, R.P.; et al. Critérios de seleção de experts para estudos de validação de fenômenos de enfermagem. Revista Rene, v. 12, n. 2, p. 424-31, jun. 2011.
MIYAHIRA, C.K.; et al. Avaliação da dor torácica, sono e qualidade de vida de pacientes com doença renal crônica. Arquivos de Ciências da Saúde, v. 23, n. 4, p. 61-66, 2016.
MONTEIRO, L.M.C.; et al. Neurogenic bladd er findings in patient swith Congenital Zika Syndrome: A novel condition. PLoS ONE, v. 13, n. 3, 2018.
MONTEIRO, P.V.; et al. Atenção às necessidades humanas básicas do indivíduo com AIDS. Cogitare Enfermagem, v.19, n.2, p.299-303, 2014.
63
NAGHETTINI, A.V.; et al. Identificando fatores de risco para o desenvolvimento de Doença Renal Crônica entre escolares. El Jornal Brasileiro de Nefrologia, v.34, n. 3, p. 278-282, 2012.
NANDA. Nanda Internacional. Diagnósticos de enfermagem da NANDA, definições e classificação: 2012-2014. Porto Alegre: Artmed, 2013.
NANDA. North American Nursing Diagnosis Association. Diagnósticos de enfermagem da NANDA-I: definições eclassificação 2018-2020. 11. ed. Porto Alegre: Artmed, 2018.
NEVES, R.S.; SHIMIZU, H.E. Análise da implementação da sistematização da assistência de enfermagem em uma unidade de reabilitação. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 63, n. 2, p. 229-9, 2010.
NÓBREGA, M.M. L.; SILVA, K.L. Fundamentos do cuidar em enfermagem. 2 Ed. Belo Horizonte: ABEn, 2008/2009.
NONINO, F. O. L.; et al. A utilização do mapeamento cruzado na pesquisa de enfermagem: uma revisão da literatura. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 6, n. 61, p. 872-77, jan. 2008.
NOONE, D.G.; IIJIMA, K.; PAREKH, R. Idiopathic nephrotic syndrome in children. Lancet, v. 392, n. 10141, p. 61-74, jul. 2018.
OLEGÁRIO, W.K.B.; FERNANDES, L.T.B.; MEDEIROS, C.M.R. Validação de Diagnósticos de Enfermagem da CIPE® para assistência às mulheres no período pós-parto. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 17, n. 3, set. 2015.
PAVEL, S.; NOLET, D. Manual de terminologia. Hull: Public Works and Government Services, 2003.
PEREIRA, A. H.; DIOGO, R.C.S. Análise do raciocínio clínico do graduando em Enfermagem na aplicação da Sistematização da Assistência de Enfermagem. Journal of the Health Sciences Institute, v.30, n.4, p.349-53, 2012. Disponível em: http://www.unip.br/comunicacao/publicacoes/ics/edicoes/2012/04_outdez/V30_n4 _2012_p349a353.pdf. Acesso em: 10 de out.2014. PERES, L.A.B.; et al. Estudo epidemiológico da doença renal crônica terminal no oeste do Paraná. Uma experiência de 878 casos atendidos em 25 anos. J Bras Nefrol, v. 32, p. 51-6,2010.
PIVOTO, F.L.; et al. Organização do trabalho e a produção de subjetividade da enfermeira relacionada ao processo de enfermagem. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem, v. 21,2017.
POLIT, D.F.; BECK, C.T. The content validity index: are you sure you know what's being reported? Critique and recommendations. Res Nurs Health, v. 29, n. 5, p. 489-97, 2006.
POPPE, C.; et al. Improving quality of life in patients with chronic kidney disease. Nephrol Dial Transplant, v. 28, n. 1, p.116-121, 2013.
64
PRIMO, C.C. Subconjunto terminológico da CIPE® para assistência à mulher e à criança em processo de amamentação. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 39, p. 1-10, 2018.
QUEIRÓS, P. J. O que os enfermeiros pensam da enfermagem? Dados de um grupo de informantes. Revista Investigação em Enfermagem, v. 2, n. 5, p. 57-65, 2013.
QUERFELD, U.; et al. The Cardiovascular Comorbidity in Children with Chronic Kidney Disease (4C) study: objectives, design, and methodology. Clinical journal of the American Society of Nephrology, v. 5, p. 1642-8, 2010.
RASSI, M.F.; et al . Diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem em pacientes com lesão renal aguda. Acta Paul Enferm, São Paulo, v. 30, n. 5, p. 538-545, oct. 2017.
REGIS, L.F.L.V.; PORTO, I.S. Necessidades humanas básicas dos profissionais de enfermagem: situações de (in)satisfação no trabalho. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 45, n. 2, p. 334-41, 2011.
RIBEIRO, R.C.; et al. O aumento das infecções relacionadas à hemodiálise por cateter venoso central. Rev Inic Cient Ext, v. 1, n. esp, p. 432-8, 2018.
ROSSITER, M.W.; VALENÇA, M.P.; VALOIS, A.A. Transplante Renal: conhecimento do paciente acerca do período perioperatório. J BrasTranspl, v. 15, p. 1620-50, 2012.
RUBIO, D.M.; et al. Objectifying content validity: conducting a content validity study in social work research. Soc Work Res, v. 27, n. 2, p. 94-111, 2003.
SANTANA, C.C.A.P.; et al. Dor e sofrimento na doença renal crônica infantojuvenil: impacto na adesão ao tratamento. Investigação Qualitativa em Saúde, v. 2, 2018.
SANTOS, A.C.B.; et al. Associação entre qualidade de vida e estado nutricional em pacientes renais crônicos em hemodiálise. J Bras Nefrol, v. 35, n. 4, p. 279-88, 2013.
SANTOS, S.V.; SILVA, A.L. A criança com Síndrome nefrótico e com doença celíaca: percepções relativas ao controlo da doença e à forma como lida com ela. Análise Psicológica, v. 2, p. 243-260, 2002.
SANTOS, W.N. Sistematização da assistência de enfermagem: o contexto histórico, o processo e obstáculos da implantação. Journal of Management and Primary Health Care, v. 5, n. 2, p. 153-8, jan.2014.
SBN. Sociedade Brasileira de Nefrologia. Censo de diálise. Sociedade Brasileira de Nefrologia, 2013.
SBN. Sociedade Brasileira de Nefrologia. Insuficiência Renal Aguda. São Paulo: SBN, 2007.
SCHAURICH, D.; CROSSETTI, M. G. O. Produção do conhecimento sobre teorias de enfermagem: análise de periódicos da área - 1998-2007. Escola Anna Nery, v.14, n.1, p. 182-188, jan./mar. 2010.
65
SESSO R. C.; et al. Inquérito Brasileiro de Diálise Crônica 2016. Jornal Brasileiro de Nefrologia, v. 39, n. 3, 261-266, jun. 2017.
SILVA, E.G.C.; et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem: da teoria à prática. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 45, n. 6, p. 1380-6, 2011.
SILVA, E.S.; et al. Tecnologia do cuidado à pessoa com colostomia: diagnósticos e intervenções de enfermagem. Revista Mineira de Enfermagem Enferm, v. 20, 2016.
SILVA, F.S.; et al. Evaluation of bone pain in patients with renal chronic with mineral disorder. J Nurse UFPE, v. 7, n. 5, p. 1406-11, 2013.
SILVA, L.; MENDONÇA, A.T.; CARVALHO, L.A. As características da dor em portadores de insuficiência renal crônica em programa de hemodiálise. Ver Univ Vale Rio Verde, v. 10, n. 1, p. 590-9, 2013.
SOUSA, M.L.X.F.; et al. Déficits de autocuidado em crianças e adolescentes com doença renal crônica. Texto & contexto enferm, v. 21, n. 1, p. 95-102, 2012.
SOUZA, M.F.G.; SANTOS, A.D.B.; MONTEIRO, A.I. O processo de enfermagem na concepção de profissionais de Enfermagem de um hospital de ensino. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 22, n. 2, p. 167-73, 2013.
SOUZA, T.S.; et al. Necessidades humanas básicas alteradas em pacientes pós-transplante renal: estudo transversal. OBJN, v. 15, n. 2, ago. 2016.
SPIGOLON, D.N.; et al. Nursing diagnoses of patients with kidney disease undergoing hemodialysis: a cross-sectional study. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 71, n. 4, p. 2014-20, 2018.
VALLE, L.D.S.; SOUZA, V.F.D.; RIBEIRO, A.M. Estresse e ansiedade em pacientes renais crônicos submetidos à hemodiálise. Estudos de Psicologia I, v. 30, n. 1, p. 131-8, 2013.
WALTZ, C.; STRICKLAND, O.; LENZ, E. R. Measurement in nursing research.2nd ed. Philadelphia: Davis, 1991.
WEAVER, K.; OLSON, J.K. Understanding paradigms used for nursing research.JAdvNurs, v. 53, n. 4, p. 459-69, 2006.
WEYKAMP J. M; et al. Qualidade de vida e insuficiência renal crônica. Revista Fundamental Care Online, v. 9, n.4, 1113-1120, 2017. WHITE, A.; et al. The burden of kidney disease in indigenous children of Australia and New Zealand, epidemiology, antecedent factors and progression to chronic kidney disease. Journal of Paediatrics and Child Health, v. 46, p. 504-9, 2010.
66
APÊNDICES
67
APÊNDICE A- TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSO EM ENFERMAGEM
CURSO DE MESTRADO ACADÊMICO E DOUTORADO
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Você está sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa que tem como
título: SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM CRIANÇAS E
ADOLESCENTES COM DOENÇAS RENAIS. Realizada pela Enfermeira Residente
em saúde da criança, Moiziara Xavier Bezerra e pelo Orientador Prof. Dr.
Richardson Augusto Rosendo da Silva. Telefone para contato: (084) 3215-
3772/3215-3699.
Esta pesquisa tem como objetivo geral: propor um plano de cuidados a
crianças e adolescentes com doenças renais fundamentado na Sistematização da
Assistência de Enfermagem e seus Sistemas de Classificação para melhorar a
qualidade de vida do seu filho (a).
Para isso, contamos com seu apoio para que seja realizada uma entrevista e
um exame físico. A nossa conversa durará mais ou menos uma hora. A entrevista
pretende verificar como se encontra o estado de saúde e identificar quais os
problemas que o seu filho (a) possui e incluir dados pessoais, dados relacionados ao
estilo de vida, ao estado de saúde e às mudanças ocorridas com a doença.
Caso concorde participar desta pesquisa, faremos algumas perguntas sobre
como seu filho (a) se sente se teve alguma infecção no último ano, há quanto tempo
descobriu que tem uma Doença Renal, questões como anda a alimentação, sono,
bem-estar, urina, e seu conforto. Também iremos examiná-lo, avaliando os olhos,
ouvidos, boca, coração, pulmão, abdome, braços e pernas. Mediremos a altura,
pressão arterial, temperatura, respiração, pulso e peso.
Durante a avaliação não existe nada que venha a oferecer desconforto e
somente farei a entrevista e o exame físico se você e seu filho (a) aceitar. Os valores
avaliados serão informados a você. Acreditamos que este trabalho contribuirá para a
melhoria do trabalho da enfermagem em pacientes com Doença Renal.
68
A sua participação é voluntária, logo você pode se retirar do estudo, a
qualquer momento, se assim deseje. Não ocorrendo em nenhum gasto para você, e
também não receberá pagamentos pela participação. Qualquer dúvida relacionada a
essa pesquisa poderá ser esclarecida com o pesquisador (a).
As informações coletadas a partir deste estudo serão utilizadas única e
exclusivamente em caráter científico, e será assegurada a privacidade. As
informações coletadas podem ser divulgadas por meio de trabalhos científicos, mas
a identidade do seu filho (a) será preservada, atendendo a Resolução Nº 466/12 do
Conselho Nacional de Saúde.
Os riscos envolvidos na participação seriam a exposição de dados coletados
com o exame físico e questões sobre a doença, que serão minimizados através da
seguinte providência: uso de pseudônimo (nome fictício) no momento das
entrevistas, assegurando o sigilo, como também será assegurando a guarda dos
dados em local seguro e a divulgação dos resultados será feita de forma a não
identificar os voluntários.
Ao participar dessa pesquisa e nos ajudar a conhecer, os principais
diagnósticos de enfermagem em crianças e adolescentes com Doença Renal; seu
filho (a) terá os seguintes benefícios: permitirá receber uma assistência de
enfermagem de melhor qualidade, integral, humana e direcionada as suas reais
necessidades de saúde, de forma a promover a melhoria da sua qualidade de vida;
contribuir para a diminuição da progressão da doença, bem como para a prevenção
de complicações.
Se você tiver algum gasto que seja devido à sua participação na pesquisa,
você será ressarcido, caso solicite. Em qualquer momento, se você sofrer algum
dano comprovadamente decorrente desta pesquisa, você terá direito a indenização.
Você ficará com uma cópia deste Termo e toda dúvida que você tiver a
respeito desta pesquisa, poderá perguntar diretamente para Moiziara Xavier Bezerra
(pesquisadora responsável) pelo telefone (84) 9164-3411 ou a Richardson Augusto
Rosendo da Silva (professor orientador), no endereço Rua São Clemente, nº 3306,
Candelária, CEP: 59065-610 Natal/RN, ou pelo telefone: (84) 3231-0493.
Dúvidas a respeito da ética da pesquisa poderão ser questionadas ao Comitê
de Ética em Pesquisa (CEP) do HUOL. Endereço: AV. Nilo Peçanha, 620-
Petrópolis. CEP: 59.012-300 Natal/RN, ou entrar em contato pelo e-mail do
CEP/HUOL: [email protected] ou pelo telefone: (84) 3342-5003.
69
Consentimento Livre e Esclarecido:
Declaro que compreendi os objetivos desta pesquisa, como ela será realizada, os
riscos e benefícios envolvidos com a participação e concordo em participar
voluntariamente na pesquisa “SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM DOENÇAS RENAIS”.
Responsável pelo participante da pesquisa:
Nome:__________________________________________________________
Assinatura:_____________________________________________________
Compromisso do Pesquisador:
Como pesquisadora responsável pelo projeto de pesquisa: “SISTEMATIZAÇÃO DA
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM
DOENÇAS RENAIS”, declaro que expliquei aos responsáveis pelos sujeitos de
estudo todos os procedimentos necessários para a realização do referido trabalho.
Comprometo-me a cumprir o que foi acordado sobre os riscos e benefícios da
pesquisa de acordo com as normas da Resolução Nº 466/12 do Conselho Nacional
de Saúde, procurando manter o bem-estar e a integridade dos indivíduos
participantes do estudo.
Pesquisador responsável:
Nome: Moiziara Xavier Bezerra
Assinatura:__________________________________________________________
Natal ______de ______________de___________
70
APÊNDICE B - TERMO DE ASSENTIMENTO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSO EM ENFERMAGEM
CURSO DE MESTRADO ACADÊMICO E DOUTORADO
TERMO DE ASSENTIMENTO
Você está sendo convidado para participar da pesquisa: “SISTEMATIZAÇÃO
DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM
DOENÇAS RENAIS”. Seus pais permitiram que você participe. Queremos propor um
plano de cuidados a crianças e adolescentes com problemas nos rins para a
melhoria da sua qualidade de vida. Você não precisa participar da pesquisa se não
quiser, é um direito seu não terá nenhum problema se desistir. Contamos com seu
apoio para que seja realizada uma entrevista e um exame físico. A nossa conversa
durará mais ou menos uma hora. A entrevista pretende verificar como se encontra
seu estado de saúde e identificar quais os problemas que você possui.
Caso concorde participar desta pesquisa, faremos algumas perguntas sobre
como se sente, como anda sua a alimentação, sono, bem-estar, urina, e seu
conforto. Também iremos examiná-lo, avaliando seus olhos, ouvidos, boca, coração,
pulmão, abdome, braços e pernas. Mediremos sua altura, temperatura, respiração e
peso.
Poderá ocorrer com sua participação a exposição de dados coletados com o
exame físico e com as perguntas sobre sua doença, mas não precisa se preocupar,
pois não usaremos seu nome verdadeiro durante a pesquisa, guardaremos os dados
coletados em local seguro, nem daremos a estranhos as informações que você nos
der.
Há coisas boas que podem acontecer como sua participação: a equipe de
Enfermagem cuidará melhor de você, pois saberá o que você realmente necessita.
Com isso, poderá ocorrer a melhoria da sua vida, com a prevenção de
complicações.
71
Os resultados da pesquisa vão ser publicados, mas sem identificar sua
participação na pesquisa, atendendo a Resolução Nº 466/12 do Conselho Nacional
de Saúde.
Se você tiver alguma dúvida, você pode me perguntar ou pedir para seu
responsável entrar em contato pelo telefone: (84) 9164-3411, sou Moiziara Xavier
Bezerra (pesquisadora responsável) ou a Richardson Augusto Rosendo da Silva
(professor orientador), no endereço Rua São Clemente, nº 3306, Candelária, CEP:
59065-610 Natal/RN, ou pelo telefone: (84) 3231-0493.
Se você tiver dúvidas a respeito da ética da pesquisa poderão ser
questionadas ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do HUOL. Endereço: AV. Nilo
Peçanha, 620- Petrópolis. CEP: 59.012-300 Natal/RN, ou entrar em contato pelo e-
mail do CEP/HUOL: [email protected] ou pelo telefone: (84) 3342-5003.
___________________________________________________________________
Compreendi os objetivos da pesquisa “SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM DOENÇAS RENAIS” e
entendi as coisas ruins e as coisas boas que podem acontecer. Entendi que posso
dizer “sim” e participar, mas que, a qualquer momento, posso dizer “não” e desistir.
Recebi uma cópia deste termo de assentimento e li e concordo em participar da
pesquisa.
Menor participante da pesquisa:
Nome:__________________________________________________________
Assinatura:_____________________________________________________
Compromisso do Pesquisador:
Como pesquisadora responsável pelo projeto de pesquisa: “SISTEMATIZAÇÃO DA
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM
DOENÇAS RENAIS”, declaro que expliquei aos sujeitos de estudo todos os
procedimentos necessários para a realização do referido trabalho. Comprometo-me
a cumprir o que foi acordado sobre os riscos e benefícios da pesquisa de acordo
com as normas da Resolução Nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde,
procurando manter o bem-estar e a integridade dos indivíduos participantes do
estudo.
72
Pesquisador responsável:
Nome: Moiziara Xavier Bezerra
Assinatura:__________________________________________________________
Natal ______de ______________de___________
73
APÊNDICE C – CARTA CONVITE A PERITOS
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSO EM ENFERMAGEM
CURSO DE MESTRADO ACADÊMICO E DOUTORADO
CARTA CONVITE A PERITOS
Prezado (a) Sr. (a)
Solicitamos a participação do(a) senhor (a) na pesquisa intitulada:
“MAPEAMENTO CRUZADO DOS TÍTULOS DE DIAGNÓSTICOS DE
ENFERMAGEM FORMULADOS SEGUNDO A CIPE® VERSUS DIAGNÓSTICOS
DA NANDA INTERNACIONAL PARA CRIANÇAS COM DOENÇAS RENAIS”
coordenada pelo Prof. Dr. Richardson Augusto Rosendo da Silva do Departamento
de Enfermagem de Natal da Universidade Federal do Rio Grande do Norte/UFRN. A
pesquisa tem como objetivo, realizar o mapeamento cruzados dos títulos de
diagnósticos da CIPE® versão 2019 com a versão da NANDA-I 2018/2020 e
construir as definições operacionais dos títulos de diagnóstico que resultou do
cruzamento, com base na Teoria das Necessidades Humanas Básicas.
Assim, a finalidade da vossa participação será colaborar com as etapas da
elaboração do banco de termos, da construção de título de diagnósticos de
enfermagem e validação do cruzamento dos DE com as NHB. Nesse sentido, o
senhor (a), estar recebendo uma planilha com as respectivas definições
operacionais dos títulos de diagnósticos e ao lado dos quesitos as seguintes
alternativas: concordo, concordo em parte e não concordo, e também um espaço
para justificar em caso de concordo em parte ou não concordo. Dessa forma, peço
que assinale com um “X” cada questão.
Richardson Augusto Rosendo da Silva .E-mail: [email protected] Xavier Bezerra Campos. E-mail: [email protected]
Natal/RN de de Atenciosamente,
74
APÊNDICE D – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA
PERITOS
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSO EM ENFERMAGEM
CURSO DE MESTRADO ACADÊMICO E DOUTORADO
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA
PERITOS
Este é um convite para você participar da pesquisa: MAPEAMENTO
CRUZADO DOS TÍTULOS DE DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
FORMULADOS SEGUNDO A CIPE® VERSUS DIAGNÓSTICOS DA NANDA
INTERNACIONAL PARA CRIANÇAS COM DOENÇAS RENAIS, realizado pela
aluna de pós-graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte à nível de
mestrado, Moiziara Xavier Bezerra Campos, que tem como orientador o Prof. Dr.
Richardson Augusto Rosendo da Silva do Departamento de Enfermagem de Natal
da Universidade Federal do Rio Grande do Norte/UFRN. Esta pesquisa tem como
objetivo realizar o mapeamento cruzados dos títulos de diagnósticos da CIPE versão
2019 com a NANDA-I 2018/2020 e construir as definições operacionais dos títulos
de diagnóstico que resultou do cruzamento, com base na Teoria das Necessidades
Humanas Básicas.
Caso decida aceitar o convite, você será submetida (o) a preencher/responder
uma planilha com o banco de termos, título de diagnósticos de enfermagem e o
cruzamento dos DE com as NHB. Para tanto ao lado as definições operacionais dos
títulos de diagnóstico listados você deverá assinalar com um X um dos quesitos:
concordo, concordo em parte e não concordo e preencher um espaço para a
justificativa em caso de concordar em parte, ou, não concordar, caracterizando,
assim a etapa de validação de conteúdo.
A sua participação é voluntária, logo você pode se retirar do estudo, a
qualquer momento, se assim deseje. Não ocorrendo em nenhum gasto para você, e
também não receberá pagamentos pela participação. Qualquer dúvida relacionada a
essa pesquisa poderá ser esclarecida com o pesquisador e o orientador.
75
As informações coletadas a partir deste estudo serão utilizadas única e
exclusivamente em caráter científico, e será garantida a sua privacidade. As
informações coletadas podem ser divulgadas por meio de trabalhos científicos, mas
a sua identidade será preservada.
Os riscos envolvidos com sua participação seriam a exposição de seus
dados, que será minimizado através da seguinte providência: uso de pseudônimo
(nome fictício), assegurando o sigilo, como também será assegurado a guarda dos
dados em local seguro e a divulgação dos resultados será feita de forma a não
identificar os voluntários.
Ao participar desse estudo você estará contribuindo para o aperfeiçoamento
da Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE®), colaborando
com a padronização de diagnósticos, resultados esperados e intervenções para ser
usado por profissionais de enfermagem no cuidado a crianças com doenças renais.
Os benefícios diretos ou imediatos para você durante esta pesquisa estão
relacionados ao estabelecimento de uma validação de conteúdo definições
operacionais dos títulos de diagnóstico, levantados a partir dos focos da Prática de
Enfermagem utilizando a CIPE® 2019 e NANDA 2018/2020, contribuindo no
estabelecimento de uma padronização da linguagem da enfermagem, e
cientificidade nos cuidados prestados pelo profissional enfermeiro. Além de auxiliar
para a identificação das reais necessidades de crianças com doenças renais.
Se você tiver algum gasto que seja devido à sua participação na pesquisa,
você será ressarcido, caso solicite. Em qualquer momento, se você sofrer algum
dano comprovadamente decorrente desta pesquisa, você terá direito a indenização.
Você ficará com uma cópia deste documento e toda a dúvida que você tiver a
respeito desta pesquisa, poderá perguntar diretamente a Moiziara Xavier Bezerra
Campos (pesquisadora responsável) pelo telefone (84) 99164-3411 ou a Richardson
Augusto Rosendo da Silva (professor orientador) no endereço Campus Central, S/N
– Departamento de Enfermagem, Lagoa Nova – Natal 59078-970, RN - Brasil ou
pelos telefones (084) 32153615, (84) 99614-0822 ou e-mail:
[email protected] e [email protected].
Dúvidas a respeito da ética da pesquisa poderão ser questionadas ao Comitê
de Ética em Pesquisa (CEP) do HUOL. Endereço: AV. Nilo Peçanha, 620-
Petrópolis. CEP: 59.012-300 Natal/RN, ou entrar em contato pelo e-mail do
CEP/HUOL: [email protected] ou pelo telefone: (84) 3342-5003.
76
Consentimento Livre e Esclarecido
Após ter sido esclarecido sobre os objetivos, importância e o modo como os
dados serão coletados nessa pesquisa, além de conhecer os riscos, desconfortos e
benefícios que ela trará para mim e ter ficado ciente de todos os meus direitos,
concordo em participar da pesquisa: MAPEAMENTO CRUZADO DOS TÍTULOS DE
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM FORMULADOS SEGUNDO A CIPE®
VERSUS DIAGNÓSTICOS DA NANDA INTERNACIONAL PARA CRIANÇAS COM
DOENÇAS RENAIS, e autorizo a divulgação das informações por mim fornecidas
em congressos e/ou publicações científicas desde que nenhum dado possa me
identificar.
Natal________de_________ de_______
Participante da pesquisa:
Nome:________________________________
Assinatura:_______________________________
Pesquisador Responsável:
Nome: Moiziara Xavier Bezerra Campos
Assinatura:_____________________________
Departamento de Enfermagem, Lagoa Nova – Natal 59078-970, RN, Brasil, ou pelo
telefone: (084) 3215-3615
Comitê de Ética em Pesquisa: (CEP- HUOL) AV. Nilo Peçanha, 620- Petrópolis.
CEP: 59.012-300 Natal/RN, Brasil, e-mail: [email protected] ; telefone: (84)
3342-5003.
Declaração do pesquisador responsável
Como pesquisador responsável pelo estudo: MAPEAMENTO CRUZADO
DOS TÍTULOS DE DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM FORMULADOS
SEGUNDO A CIPE® VERSUS DIAGNÓSTICOS DA NANDA INTERNACIONAL
PARA CRIANÇAS COM DOENÇAS RENAIS, declaro que assumo a inteira
Impressão
datiloscópica do
participante
77
responsabilidade de cumprir fielmente os procedimentos metodologicamente e
direitos que foram esclarecidos e assegurados ao participante desse estudo, assim
como manter sigilo e confidencialidade sobre a identidade do mesmo.
Declaro ainda estar ciente que na inobservância do compromisso ora
assumido estarei infringindo as normas e diretrizes propostas pela Resolução 466/12
do Conselho Nacional de Saúde – CNS, que regulamenta as pesquisas envolvendo
o ser humano.
Natal_____de_______de____.
Pesquisador Responsável:
Nome: Moiziara Xavier Bezerra Campos
Assinatura:_____________________________
Departamento de Enfermagem, Lagoa Nova – Natal 59078-970, RN, Brasil, ou pelo
telefone: (084) 3215-3615
Comitê de Ética em Pesquisa: (CEP- HUOL) AV. Nilo Peçanha, 620- Petrópolis.
CEP: 59.012-300 Natal/RN, Brasil, e-mail: [email protected]; telefone: (84)
3342-5003.
78
ANEXOS
79
ANEXO A - ROTEIRO DE ANAMNESE E EXAME FÍSICO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSO EM ENFERMAGEM
CURSO DE MESTRADO ACADÊMICO E DOUTORADO
ROTEIRO DE ANAMNESE E EXAME FÍSICO
Nº da Entrevista: ____________________________________________________________ Data da avaliação:_________________ Hora do início da entrevista:__________ 1) 1. Nome (Iniciais):__________________________ 2. Idade:__________________ 3. Sexo: 1. ( ) Masculino 2. ( ) Feminino 6. Naturalidade:______________________________ 8. Escolaridade :__________________________ 9. Renda familiar: __________________________ 10. Qual a doença renal que possui e qual o ano de diagnós-tico:______________________________________________________ 11. Doenças pregressas:_______________________________________________ 12. Realiza algum tratamento. 1. ( ) Sim 2. ( )Não 2) 13.Queixa principal: _________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 14. Há quanto tempo?_______________________________________________________________ 15. Conhecimento sobre seu estado de saúde:____________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 16.Medicações em uso:______________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 17. Problemas relacionados ao uso das medicações: 1. ( ) Náusea 4. ( ) Soluço 2. ( ) Vômito 5. ( ) Diarreia 3. ( ) Desconforto abdominal 6. Dermatites: ( ) 7.( ) Outros:______________________ 18. Histórico de infecções pregressas: __________________________________________________________________________________
19.Sabe quais os microrganismo? ______________________________________ _________________________________________________________________________________ 20.Qual a medicação utilizada para tratamento da infecção: ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 3) 21. Condição atual do apetite: 1. ( ) Aumentada 2. ( ) Diminuída 3. ( ) Conservada
80
22. Dieta: 1. ( ) Nenhuma 2. ( ) Hipocalórica 3. Hipossódica ( ) 4.Hipolipidica 5. Outras:_______________ 23. Número de refeições/dia:__________________________________ 24. Maior concentração: 1. ( ) Manhã 2. ( ) Tarde 3. ( ) Noite 25. Ingestão hídrica/dia:______________________________________ Maior concentração: 1. ( ) Manhã 2. ( ) Tarde 3. ( ) Noite 26. Dificuldade para mastigar os alimentos: 1. ( ) Sim 2. ( ) Não 27. Dificuldade para engolir os alimentos: 1. ( ) Sim 2. ( ) Não 4) 28. Frequência atual de micções/dia:___________________ 29. Período das micções: 1. ( ) Mais frequente dia 2. ( ) Mais frequente noite 3. ( ) Indiferente 4. ( ) Não há micções 30. Desconforto urinário: 1. ( ) Ardor 3. ( ) Nenhum 2. ( ) Dificuldade para eliminação 4. ( ) Outros:________________________ 31. Frequência de evacuações/dia:___________________ 32. Tipo habitual de fezes: 1. ( ) Normal 3. ( ) Diarreicas 2. ( ) Pastosa 4. ( ) Endurecida 33. Houve alguma mudança no tipo de fezes? 1. Não ( ) 2. Sim Qual?_______________________ 34. Desconforto ao defecar: 1. ( ) Nenhum 4. ( ) Sangramento 2. ( ) Dificuldade 5. ( ) Outros:_________________ 3. ( ) Cólica 5) 35. Horas de sono/dia:_________________ 36. Horário predominante de sono: 1. ( ) Noturno 2. ( ) Diurno 3. ( ) Noturno/Diurno 37. Tipo de sono: 1. ( ) Ininterrupto 4. ( ) Acorda descansado 2. ( ) Interrompido 5. ( ) Demora para dormir 3. ( ) Agitado 6. ( ) Outros:______________________ 38. Realizava alguma atividade física ? 1. ( ) Não 2. ( ) Sim Qual:_________________________________________ 39. Limitações para realizar atividades de vida diária (AVD): 1. ( ) Subir escada 3. ( ) Tomar banho 2. ( ) Andar 4. ( ) Outros_____________________ 40. Limitação física durante a AVD: 1. ( ) Cansaço 3. ( ) Tontura 2. ( ) Falta de ar 4. ( ) Outros:_______________________ 41. Atividade de lazer: 1. ( ) Viajar 3. ( ) Conversar 2. ( ) Passear 4. ( ) Outros:___________________ 42. Atividade que gostaria de fazer e não pode: 1. ( ) Sim Qual:__________________________________________________________________ 2. ( ) Não ______________________________________________________________ 6) 43. Dificuldade para aprender coisas novas: 1. ( ) Não 2. ( ) Sim Justifique_______________________________________________ 44. Considera importante aprender sobre: 1. ( ) Sua doença 3. ( ) Seu tratamento 2. ( ) Autocuidado 4. ( ) Outros:______________________ 45. Tem alguma dificuldade para: 1. ( ) Falar 3. ( ) Ler 5. ( ) Memorizar 2. ( ) Escrever 4. ( ) Ouvir 6. ( ) Outros:______________________ 46. o que você gostaria de fazer melhor? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
81
7) 47. Descreva seu modo de ser se possível: __________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ 48. Deseja ser diferente? 1. ( ) Sim 2. ( ) Não 3. ( ) Não se aplica Justifique:________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 49. Modificação no corpo relacionados à doença: 1. ( ) Não 2. ( ) Sim Qual?___________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 50. Como a doença renal afetou o seu estilo de vida, se afetou? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 51. Há contribuição de alguma forma para com o tratamento? 1. ( ) Não 2. ( ) Sim Como?_____________________________________________________________________________ 52. Satisfação com a aparência, estilo de vida e realizações: 1. ( ) Sim 2. ( ) Não 3. ( ) Não se aplica Justifique:________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 53. Planos para o futuro no momento: ________________________________________________________________________________________________________________________________________ 8) 54.Com quem vive: ___________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ 55. Você cuida de alguém? 1. ( ) Sim 2. ( ) Não 3. ( ) Não se aplica De quem?____________________________________________ 56. Satisfação com o papel de cuidador: 1. ( ) Sim 2. ( ) Não 3. ( )Não se aplica Justifique:________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 57. Alguém cuida de você? 1. ( ) Sim 2. ( ) Não 58. Você está satisfeito com a posição de ser cuidado? 1. ( ) Sim 2. ( ) Não 3. ( )Não se aplica Justifique:________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 59. Relaciona-se bem com: 1. ( ) Família 3. ( ) Colegas de trabalho 2. ( ) Vizinhos 4. ( ) Outros:_____________________ 60. Sente solidão? 1. ( ) Sim 2. ( ) Não 61. Práticas para evitar a solidão: ___________________________________________________________________________________________________________________________________________ ______ 62. A doença afetou: 1. ( ) família 2. ( ) finanças 3. ( ) Outros:______________________________________ 9) 1. ( ) Sim 2. ( ) Não
82
Justifique:____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 64. Reações a mudança: 1. ( ) Alegria 3. ( ) Preocupação 2. ( ) Tristeza 4. ( ) Outros 65. Sentimentos que apresenta com frequência: 1. ( ) Medo 5. ( ) Ódio 2. ( ) Ansiedade 6. ( ) Alegria 3. ( ) Tristeza 7. ( ) Segurança 4. ( ) Raiva 8. ( ) Outros:_____________________ 10) 66. Sentimentos de fé: 1. ( ) Sim 2. ( ) Não 3. ( )Não se aplica 67. Contribuição da fé religiosa no enfrentamento dos problemas da vida diária _________________________________________________________________________________ 11) 68. Higiene: 1. ( ) Higiene corporal adequada 3. ( ) Higiene corporal deficitária 2. ( ) Higiene oral adequada 4. ( ) Higiene oral deficitária 69. Dificuldade para andar: 1. ( ) Sim 2. ( ) Não Justifique:______________________________________________________________________________________________________________________________________________ 70. Houve alguma queda anterior? 1. ( ) Sim 2. ( ) Não Justifique_____________________________________________________________________________________________________________________________________________ 71. Tonturas/vertigem ao mudar de posição: 1. ( ) Sim 2. ( ) Não 72. Utiliza apoio para andar? 1. ( ) Sim Qual o tipo?___________________________________ 2. ( ) Não 12) 73. Desconforto/ dor: 1. ( ) Nenhum 2. ( ) Aguda 3. ( ) Crônica 74.Há quanto tempo?___________________________________________________________________ 13) 75.Houve atraso no crescimento ou no desenvolvimento?
1. ( )sim 2. ( ) Não 76. Se sim, qual? ____________________________ 77. Dificuldades em desempenhar habilidades típicas da faixa etária?
2. ( )sim 2. ( ) Não 78. Se sim, qual? ____________________________ 79. Incapacidade de desempenhar atividades de autocuidado apropriados para idade?
1. ( )sim 2. ( ) Não 80. Se sim, qual? ____________________________ Hora final da entrevista:____________________________ ROTEIRO DO EXAME FÍSICO 1) EXAME FÍSICO GERAL (ECTOSCOPIA) 1. Estado geral: ( ) Bom ( ) Regular ( ) Comprometido ( ) Grave.
83
2. Estado mental: ( ) consciente ( ) Inconsciente ( ) Orientado ( ) Desorientado (tempo, espaço e em relação a si mesmo). 3. Pele/mucosas: ( ) Sem alteração ( ) Icterícia ( ) Palidez ( ) Anasarca ( ) Cianose 4. Fácies: ( ) Normal ou Atípica ( ) Renal ( ) Hipocrática ( ) Mongolóide ( ) De depressão ( ) De paralisia facial periférica ( ) Outra:_____________________________ 5. Tipo morfológico: ( ) Brevilíneo ( ) Normolíneo ( ) Longilíneo 6. Movimentação: ( ) Deambula ( ) Deambula com ajuda ( ) Claudica ( ) Não deambula 7. Pressão arterial:____________mmHg 8. Pulso:___________bat/min 9. Respiração:___________rpm 10. T:____oC 11. Circunferência do braço: _______cm 12. Circunferência do abdome: __________cm 13. Peso:_________Kg 14. Altura:__________cm 15: IMC:___________ Kg/m2 1) EXAME DOS SEGMENTOS: Cabeça: 16. CRÂNIO: Normocefalia ( ) Macrocefalia ( ) Microcefalia ( ) Depressões ( ) Abaulamentos ( ) Outros:_______________________________ 17. COURO CABELUDO: ( ) Íntegro ( ) Dor ( ) Presença de parasitas ( ) Caspa/seborréia, crostas. 18. OLHOS: ( ) Acuidade visual mantida ( ) Acuidade visual diminuída ( ) Uso de óculos/lentes ( ) Pupilas isocóricas ( ) Pupilas anisocóricas ( ) Presença de lacrimejamento ( ) Presença de prurido ( ) Presença de secreções ( ) Pálpebras edemaciadas ( ) Ptose 19. NARIZ: ( ) Pequeno ( ) Médio ( ) Grande ( ) Simétrico ( ) Septo central ( ) Septo com desvio lateral ( ) Presença de obstrução ( ) Rinorréia ( ) Epistaxe ( ) Dor ( ) Alterações do olfato 20. SEIOS PARANASAIS: ( ) Presença de dor no seio frontal e maxilar 21. OROFARINGE: ( ) Halitose ( ) Lábios e mucosa oral integra ( ) Arcada dentária completa ( ) Arcada dentária incompleta ( ) Presença cáries ( ) Uso de prótese e aparelhos ortodônticos ( ) Gengivas íntegras ( ) Língua saburrosa ( ) Palato duro e mole íntegros ( ) Úvula íntegra 22. OUVIDOS: ( ) Acuidade auditiva normal ( ) Acuidade auditiva diminuída ( ) Presença de cerume ( ) Otalgia ( ) Otorréia; ( ) Linfonodos ântero e retroauriculares (impalpáveis/ palpáveis/ indolores/dolorosos/macios/duros/fixos/móveis) 23. PESCOÇO: ( ) Linfonodos occipital, sub-mentoniano, submandibular e tonsilares (impalpáveis/palpáveis/indolores/dolorosos/macios/duros/fixos/móveis). Tireóide: ( ) Lisa ( ) Elástica ( ) Móvel ( ) Indolor. Carótidas: ( ) Batimentos simétricos ( ) Batimentos forte ( ) Batimentos fraco ( ) Batimento perceptível/imperceptível). Tórax: 24. ( ) Tórax normal ( ) Tórax chato ( ) Tórax escavado ( ) Tórax em sino ( ) Tórax “peito de pombo” ( ) Tórax alongado ( ) Expansão torácica normal ( ) Expansão torácica diminuída ( ) Frêmito Tóraco-vocal presente, diminuído, ausente ( ) Ressonância vocal presente, diminuída,ausente 25. Coluna vertebral: ( ) Cifose ( ) Lordose ( ) Escoliose ( ) Normal 26. Ausculta pulmonar: ( ) Ritmo normal ( ) Freqüência ( ) MV - Murmúrio Vesicular +/- ( ) Ruídos Adventícios+/- 26. Ausculta cardíaca: ( ) Localização dos focos mitral, aórtico, pulmonar e tricúspide normal ( ) Ritmo normal ( ) Freqüência normal ( ) Batimentos Normofonéticos -BNF 27. MAMAS: ( ) Sem alterações ( ) Presença de nódulos palpáveis ( ) Simétricas ( ) Presença de secreções Abdome 28. ABDOME: ( ) Plano ( ) Globoso ( ) Escavado ( ) Ascítico ( ) Pendular ( ) Cicatriz umbilical centralizada ( ) Ruídos Hidroaéreos (RHA) presente ( ) RHA ausente ( ) RHA hipoativo ( ) RHA hiperativo ( ) Indolor ( ) Resistente à palpação ( ) Flácido à palpação ( ) Som Tipânico Presença de dor (Sinal de Murphy, Sinal de Blumberg) ( ) Presença de massas/megalias 29. GÊNITO-URINÁRIO: ( ) Normal ( ) Lesões nos órgãos genitais ( ) Micção espontânea Membros superiores e inferiores 30. MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES: ( ) Normal ( ) Plegia ( ) Paresia ( ) Parestesia ( ) Pele, pêlos e unhas normais ( ) Pulsos periféricos palpáveis ( ) Presença de edema ( ) Musculatura eutrófica ( ) Musculatura hipotrófica ( ) Musculatura hipertrófica ( ) Rede venosa preservada ( ) Presença de varizes ( ) Veias varicosas ( ) Coordenação motora Exame Neurológico 31. FUNÇÃO CEREBRAL: Estado mental (ativo, sonolência, esturpor e coma).
84
Orientação tempo-espaço e pessoal. Memória anterior e recente. Coordenação das idéias (iniciativa, capacidade de julgamento e crítica, cognição). Capacidade de registrar dados, comunicação escrita e verbal adequadas ao nível de instrução, clareza, coerência, raciocínio e compreensão. Afeto e humor (receptivo, colaborador, oscilação de humor justificada). Aparência e comportamento (postura, gestos e modo de se vestir socialmente aceitável). Ass. do Examinador:______________________________________________________
85
ANEXO B - PARECER DO COMITÉ DE ÉTICA
86
87