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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA INSTITUTO DE QUÍMICA LABORATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS (LABPETROL) Etemistocles Gomes da Silva ADSORÇÃO DE CO 2 UTILIZANDO MATERIAL MESOPOROSO IMPREGNADO COM AMINA Natal/RN 2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA

INSTITUTO DE QUÍMICA

LABORATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS

(LABPETROL)

Etemistocles Gomes da Silva

ADSORÇÃO DE CO2 UTILIZANDO MATERIAL MESOPOROSO IMPREGNADO

COM AMINA

Natal/RN

2015

Etemistocles Gomes da Silva

ADSORÇÃO DE CO2 UTILIZANDO MATERIAL MESOPOROSO IMPREGNADO

COM AMINA

Trabalho de conclusão de curso como parte

integrante dos requisitos necessários para a

obtenção do grau de bacharel em Química

do Petróleo pela Universidade Federal do

Rio Grande do Norte.

Orientadora: Prof.ª Drª. Luciene da Silva

Santos

Co-Orientador: Me. José Alberto Batista da

Silva

Natal/RN

2015

Etemistocles Gomes da Silva

ADSORÇÃO DE CO2 UTILIZANDO MATERIAL MESOPOROSO IMPREGNADO

COM AMINA

Trabalho de conclusão de curso como parte

integrante dos requisitos necessários para a

obtenção do grau de bacharel em Química

do Petróleo pela Universidade Federal do

Rio Grande do Norte, submetido à

aprovação da banca examinadora composta

pelos seguintes membros:

Orientadora: Prof.ª Drª. Luciene da Silva Santos

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Orientadora

Me. José Alberto Batista da Silva

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Co-orientador

Prof. Dr. Tiago Pinheiro Braga

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Membro

Natal/RN

2015

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por me abençoar e me dá forças durante toda a

graduação e conclusão deste trabalho.

Aos meus pais, Antônio Barbosa da Silva e Maria Zélia Gomes da Silva, pelo apoio

total para que estes obstáculos fossem superados, com todo carinho, amor, afeto e paz que

uma família pode proporcionar.

Aos meus filhos Graça, Kleison e Thamirys pela paciência, compreensão e carinho

dado todos os dias desta caminhada.

A minha irmã Maria das Graças Gomes da silva, e sobrinha Maria Luisa, pelo amor

fraterno que fizeram com que eu lutasse todo dia em busca dos meus sonhos.

A minha noiva Andreia Catherine Carvalho da silva por total apoio, compreensão e

muito amor.

A minha orientadora, Prof.ª Drª. Luciene da Silva Santos, pela ajuda nas horas difíceis,

competência e pela disponibilidade do espaço para que o trabalho pudesse ser executado no

LABPETROL e até mesmo em sua residência.

Ao meu Co-orientador, Me. José Alberto Batista da Silva pela competência na

orientação, dando uma perfeita condução ao meu trabalho.

Aos meus amigos José Carlos, Keverson de Oliveira, Manuel Carneiro, Ramoni

Renan, José Adolfo, Edilson do Vale e Marcel Galdino por estarem presentes em tantos

momentos dessa trajetória e me apoiarem sempre.

Aos meus amigos do Laboratório de Caracterização de Petróleo da UFRN, Valdic,

Rafael, Anne, Clenildo, Gabriel, Tatyane, Thiago, Lorena, Paula, Allana, Heloise, Wellison,

Fernanda, pelo apoio e ajuda.

Ao Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis – CTGAS-ER, onde foram

feitas as isotermas de adsorção de CO2 e N2 para este trabalho, ao laboratório de peneiras

moleculares - LABPEMOL, pelos DRX e ao grupo da Prof.ª Drª. Maritza Urbina – UFAL e

da UNIFACS - Salvador-BA pela ajuda nas caracterizações dos materiais.

Meus sinceros agradecimentos!

“É muito melhor lançar-se em busca de

conquistas grandiosas, mesmo expondo-

se ao fracasso, do que alinhar-se com os

pobres de espírito, que nem gozam

muito, nem sofrem muito, porque vivem

numa penumbra cinzenta, onde não

conhecem nem vitória, nem derrota.”

Theodore Roosevelt

RESUMO

A emissão de gases de efeito estufa para a atmosfera é um dos principais eventos

causadores do aquecimento global. Dentre estes gases destaca-se o dióxido de carbono (CO2),

cujas emissões podem ser reduzidas por processos de captura e sequestro de carbono. Os

processos adsortivos têm apresentado diversas vantagens para a captura do CO2, como á

regeneração dos adsorventes, minimizando o impacto ambiental, e mais economia. Os

materiais mesoporosos do tipo MCM-41 ganharam especial interesse na adsorção de CO2

devido sua alta porosidade e facilidade de difusão rápida do gás na superfície. Este trabalho

envolveu o estudo da capacidade de adsorção de CO2 pelo método gravimétrico do material

mesoporoso do tipo MCM-41, sintetizado com duas sílicas comerciais: sílica gel 60 -

Cromatográfica (SC) e sílica Fumed (SF) e modificação com monoetanolamina (MEA) a 0.50

mol.L-1

e 1.66 mol.L-1

e avaliando a sua seletividade na faixa de pressão de 1 a 40 bar, a 25°C

utilizando uma balança de suspensão magnética. Os materiais mesoporosos: MSC (sintetizado

com sílica gel 60 - Cromatográfica) e MSF (sintetizado com sílica Fumed) foram sintetizados

nas mesmas condições reacionais e ambas as amostras foram modificadas por via úmida com

MEA obtendo as amostras: MSC-1 e MSF-1 (modificadas com MEA a 0.50 mol.L-1

) e MSC-

2 e MSF-2 (modificadas com MEA a 1.66 mol.L-1

), A caracterização do material se deu por:

DRX, isotermas de N2 (BET/BJH), FTIR, TG/DTG e MEV. Os resultados obtidos das

isotermas de adsorção permitiram observar que as amostra modificadas com MEA

apresentaram maior capacidade de adsorção de CO2 a baixas pressões (< 5 bar), sendo

superadas pelas amostras sem modificação (MSC e MSF) em valores de pressão maiores que

(> 5 bar). Os resultados mostraram que os materiais puros são favoráveis para aplicações onde

altas pressões são requeridas. Os valores de adsorção a 1 bar para as amostras modificadas

foram quase o dobro das não modificadas como segue: MSC: 0.73 mmol.g-1

, MSC-1: 1.24

mmol.g-1

, MSC-2: 1.20 mmol.g-1

e MSF: 0.66 mmol.g-1

, MSF-1: 1.08 mmol.g-1

, MSF-2: 0.91

mmol.g-1

. Os valores máximos experimentais de capacidade de adsorção das amostras sem

modificação foram: MSF: 11.39 mmol.g-1

e para a MSC: 10.44 mmol.g-1

a pressão de 40 bar.

Palavra-chave: MCM-41. MEA. Adsorção de CO2. Método gravimétrico.

ABSTRACT

The emission of greenhouse gases into the atmosphere is a major cause of global

warming events. Among these gases stands out carbon dioxide (CO2), the emissions can be

reduced by capture processes and carbon sequestration. The adsorption processes have

presented several advantages for the capture of CO2, as will regeneration of adsorbents,

minimizing environmental impact and greater economy. The mesoporous materials of the

MCM-41 type gained special interest in the adsorption of CO2 due to its high porosity and

ease of rapid gas diffusion on the surface. This work involved the study of CO2 adsorption

capacity by gravimetric method of mesoporous material MCM-41 type, synthesized with two

commercial silica: silica gel 60 - Chromatographic (SC) and silica Fumed (SF) and modified

with monoethanolamine (MEA) to 0.50 mol.L-1

and 1.66 mol.L-1

and assessing their

selectivity in the pressure range from 1 to 40 bar, at 25°C using a magnetic suspension

balance. The mesoporous materials MSC (synthesized with silica gel 60 - Chromatographic)

and MSF (synthesized Fumed silica) were synthesized under the same reaction conditions and

both samples were modified by wet with MEA obtained samples: MSC-1 and MSF-1

(modified with MEA to 0.50 mol.L-1

) and MSC-2 and MSF-2 (modified with MEA to 1.66

mol.L-1

), The characterization of the material is given by: XRD, N2 isotherms (BET/BJH ),

FTIR, TG/DTG and SEM. The results of adsorption isotherms allowed to observe that the

modified sample with MEA had higher CO2 adsorption capacity at low pressures (< 5 bar),

being overcome by the samples without modification (MSC and MSF) at higher pressure

values (> 5 bar). The results showed that the pure materials are favorable for applications

where high pressures are required. The adsorption values at 1 bar for modified samples were

almost double that of the non modified as follows: MSC: 0.73 mmol.g-1

, MSC-1: 1.24

mmol.g-1

, MSC-2: 1.20 mmol.g-1

and MSF: mmol.g-1

, MSF-1: 1.08 mmol.g-1

, MSF-2: 0.91

mmol.g-1

. The experimental values for maximum adsorption capacity of the unmodified

samples were: MSF: 11.39 mmol.g-1

and MSC: 10.44 mmol.g-1

at 40 bar pressure.

Keyword: MCM-41. MEA. CO2 adsorption. gravimetric method.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Representação do ciclo de adsorção/dessorção em sólidos

no processo de captura e separação de

CO2.......................................................................................

16

Figura 2 - Modelo átomo-átomo da molécula de CO2 – (Carbono-

cinza e oxigênio-vermelho)...................................................

19

Figura 3 - Quantidade percentual de gases de efeito estufa no total de

49 Gt em 2010......................................................................

19

Figura 4 - Apresenta um fluxograma dos processos de captura e

separação de CO2.................................................................

22

Figura 5 - Fluxograma das tecnologias utilizadas na separação de

CO2.......................................................................................

23

Figura 6 - Esquema da separação de CO2 por uma membrana

seletiva..................................................................................

24

Figura 7 - Esquema de separação de gases por destilação criogênica... 25

Figura 8 - Esquema da técnica do “Looping Químico”........................ 25

Figura 9 - Processo de Absorção de CO2 de Gases de Combustão...... 27

Figura 10 - Ilustração do fenômeno de adsorção.................................... 28

Figura 11 - Família de materiais M41S................................................... 31

Figura 12 - Mecanismo da reação entre a sílica e um agente sililante.

R1= parte orgânica que confere função a molécula, R=

metil ou etil...........................................................................

32

Figura 13 - Esquema de reação entre aminas primárias ligadas à

superfície da sílica mesoporosa e moléculas de CO2. (A

parede da sílica está representada pela cor laranja)...............

32

Figura 14 - Fluxograma da síntese da MCM-41...................................... 35

Figura 15 - Fluxograma da impregnação por via úmida.......................... 36

Figura 16 - Representação do arranjo mesoporoso do MCM-41antes e

depois de calcinação..............................................................

39

Figura 17 - Difratograma de raios X típico do suporte MCM-41............ 39

Figura 18 - Tipos de isotermas de adsorção segundo a IUPAC.............. 41

Figura 19 - Tipos de histerese segundo a IUPAC....................................... 42

Figura 20 - Esquema de funcionamento da microbalança....................... 45

Figura 21 - Difratogramas de raios-X dos adsorventes sintetizados

neste trabalho: MSC (A) e MSF (B)......................................

47

Figura 22 - Espectros no infravermelho obtidos para os adsorventes

sintetizados neste trabalho: MSC (A) e MSF (B)..................

49

Figura 23 - Curva termogravimétrica das amostras MSC e MSF............ 50

Figura 24 - Isoterma de adsorção/dessorção de N2 dos adsorventes

sintetizados neste trabalho.....................................................

51

Figura 25 - Curvas de distribuição do volume de poros para os

adsorventes sintetizados neste

trabalho...................................................................................

52

Figura 26 - Microscopia eletrônica de varredura para as amostras MSC

(A), MSC-1 (B), MSC-1 (C), MSF (D), MSF-1 (E) e MSF-

2 (F) - (Ampliação de 500 vezes)...........................................

54

Figura 27 - Isotermas de adsorção de CO2 dos adsorventes sintetizados

neste trabalho.........................................................................

55

Figura 28 - Isotermas de equilíbrio com dados experimentais e

linearizadas para modelos de Langmuir (A) e Freündlich

(B) para as amostras MSC e MSF.........................................

57

Figura 29 - Isotermas de equilíbrio com dados experimentais e

linearizadas para os modelos de Langmuir (A) e Freündlich

(B) para as amostras MSC-1 e MSF-1..................................

58

Figura 30 - Isotermas de equilíbrio com dados experimentais e

linearizadas para os modelos de Langmuir (A) e Freündlich

(B) para as amostras MSC-2 e MSF-2..................................

59

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Nomenclatura dos adsorventes sintetizados neste trabalho... 36

Tabela 2 - Parâmetros texturais e estruturais dos adsorventes

sintetizados neste trabalho.....................................................

48

Tabela 3 - Propriedades texturais dos adsorventes sintetizados neste

trabalho..................................................................................

53

Tabela 4 - Valores de adsorção de CO2 obtidos experimental pelo

método gravimétrico dos adsorventes sintetizados neste

trabalho..................................................................................

56

Tabela 5 - Parâmetros de equilíbrio obtidos dos ajustes dos modelos

de Langmuir e Freündlich.....................................................

59

LISTA DE ABREVIATURAS

BET Brunauer-Emmett-Teller

BJH Barret-Joiyner-Halenda

CCS Capture CO2 storage

CLC Chemical Looping Combustion

CO2CRC Cooperative Research Centre for Greenhouse Gas

CTMABr Brometo de cetiltrimetilamônio

DRX Difração de raios-X

FTIR Espectroscopia na Região do Infravermelho com Transformada de Fourier

(do inglês Fourie Transformed Infrared)

GEE Gases do efeito estufa

Gt Gigatonelada – 1 Bilhão de toneladas

IPCC Intergovernmental Panel on Climate Change

IUPAC International Union of Pure and Applied Chemistry

IV Infravermelho

JCPDS International Centre for Diffraction Data Sample Preparation Methods in

X-Ray Powder Diffraction

LCT Liquid Crystal Template

M41S Mobil 41 Synthesis

MCM Mesoporous Composition of Matter

MEV Microscopia Eletrônica de Varredura

TG Termogravimetria

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................... 15

2 OBJETIVOS................................................................................ 18

2.1 OBJETIVO GERAL..................................................................... 18

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS....................................................... 18

3 ASPECTOS TEÓRICOS........................................................... 19

3.1 CARACTERÍSTICAS DO DIÓXIDO DE CARBONO (CO2)... 19

3.2 APLICAÇÕES DO CO2............................................................... 20

3.3 EFEITO ESTUFA E O AQUECIMENTO GLOBAL.................. 22

3.4 TÉCNICAS DE CAPTURA E SEPARAÇÃO DE CO2.............. 22

3.4.1 Membranas.................................................................................. 23

3.4.2 Destilação criogênica................................................................... 24

3.4.3 Looping Químico......................................................................... 24

3.4.4 Absorção física e química........................................................... 25

3.4.5 Adsorção física e química......................................................... 27

3.5 MATERIAIS EMPREGADOS NA ADSORÇÃO DE CO2........ 30

3.5.1 Propriedades dos materiais........................................................ 29

3.5.2 Família M41S............................................................................... 30

3.5.3 Modificação da MCM-41............................................................ 31

4 MATERIAIS E MÉTODOS...................................................... 34

4.1 REAGENTES............................................................................... 34

4.2 EQUIPAMENTOS........................................................................ 34

4.3 METODOLOGIA......................................................................... 35

4.3.1 Sínteses das MCM-41.................................................................. 35

4.3.2 Modificação das peneiras moleculares...................................... 36

5 CARACTERIZAÇÕES DOS ADSORVENTES...................... 38

5.1 DIFRATOMETRIA DE RAIOS - X (DRX)................................ 38

5.2 ESPECTROSCOPIA DE ABSORÇÃO NA REGIÃO DO

INFRAVERMELHO COM TRANSFORMADA DE FOURIER

(FTIR)...........................................................................................

39

5.3 ANÁLISE TERMOGRAVIMÉTRICA (TG/DTG).................... 40

5.4 ISOTERMAS DE ADSORÇÃO E DESSORÇÃO DE N2........ 40

5.5 MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA (MEV).. 43

5.6 ADSORÇÃO DE CO2................................................................. 43

5.7 MODELOS DE EQUILIBRIO................................................... 45

5.7.1 Modelo de Langmuir.................................................................. 45

5.7.2 Modelo de Freündlich................................................................. 46

6 RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................ 47

6.1 CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAIS.................................. 47

6.1.1 Difratograma de raios-X (DRX)................................................ 47

6.1.2 Espectroscopia de absorção na região do infravermelho com

transformada de Fourier (FTIR)...............................................

48

6.1.3 Análise termogravimétrica (TG/DTG)...................................... 50

6.1.4 Isotermas de adsorção e dessorção de N2.................................. 50

6.1.5 Microscopia eletrônica de varredura (MEV)........................... 53

6.2 TESTES DE ADSORÇÃO 55

6.2.1 Isotermas de CO2........................................................................ 55

6.2.2 Parâmetros de equilíbrio – Modelos de Langmuir e

Freündlich....................................................................................

57

7 CONCLUSÃO............................................................................. 60

REFERÊNCIAS.......................................................................... 62

15

1 INTRODUÇÃO

As emissões antropogênicas de gases de efeito estufa têm aumentado desde a era pré-

industrial, impulsionadas em grande parte pelo crescimento econômico e populacional. Entre

2000 a 2010, as emissões tiveram o maior acréscimo da história, tendo um aumento em torno

de 31% acima da média. Estas emissões históricas têm estimulado as concentrações

atmosféricas de dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O) e

clorofluorcarbono (CFC) a níveis sem precedentes, alcançando cerca de 10% acima da média

dos últimos 800.000 anos, o que causa uma maior absorção de energia pelo sistema climático,

são responsáveis pelo aquecimento global (Intergovernmental Panel on Climate Change, 2014

– (IPCC, 2014)).

Atualmente o grande consumo de combustíveis fósseis tem sido apontado como a

principal causa das mudanças climáticas, onde a queima desses combustíveis leva a uma

grande emissão de gases causadores do efeito estufa, sobretudo o CO2 (IPCC, 2014).

O aumento da concentração deste gás na atmosfera acelera um fenômeno denominado

efeito estufa, um dos responsáveis pelo aquecimento global, fazendo com que o controle da

emissão de dióxido de carbono se torne um importante e desafiador tema de pesquisas

(SONG, 2006; FIGUEROA et al., 2008).

A redução desse gás na atmosfera pode ser alcançada pela utilização de combustíveis

mais limpos, carros mais eficientes e por separação dos demais gases atmosféricos e

industriais, para posterior estocagem e/ou utilização, usando tecnologia economicamente

viável, aonde diferentes tecnologias vêm sendo empregadas. Atualmente a captura e a

separação de CO2 podem ser obtidas através de várias técnicas, entre estas se destacam:

absorção física (LITTEL et al., 1991; CHIESA; CONSONNI, 1999), absorção química

(BISHNOI, 2000; AROONWILAS, 2004), adsorção (HARLICK, 2004; CHANG et al.,

2009), membranas (POWELL; QIÃO, 2006) e separação criogênica (ZANGANEH;

SHAFEEN; SALVADOR, 2009), além destas, novas tecnologias se mostram promissoras na

captura e sequestro de CO2 como, por exemplo: Sistema “Chemical Looping” (ADANEZ,

2012). Estas tecnologias ainda estão em fase de adaptações para usinas de pós-combustão

porque uma enorme quantidade de gás de combustão é necessária para tratar as limitações

significativas de transferência de massa existentes nos processos.

Entre as tecnologias vigentes, a absorção química usando soluções aquosas de

alcanolaminas é proposta para ser a tecnologia mais aplicável para a captura de CO2 antes de

2030 (ROCHELLE, 2009). No entanto, as soluções aquosas de alcanolaminas possuem

16

algumas desvantagens, tais como alta taxa de corrosão em equipamentos, alto consumo de

energia em regeneração e um grande volume de absorvente é exigido. Diante deste

pressuposto, os processos de adsorção gás-sólido têm sido sugeridos e estudados para superar

os problemas inerentes à absorção química, por ser uma técnica que gera menor quantidade de

resíduo, menor custo industrial, menor gasto energético (MELLO et al., 2011; YU; HUANG;

TAN, 2012; KIM et al., 2014a; KIM et al., 2014b).

Para que um determinado sólido seja considerado um bom adsorvente em condições

de pré ou pós-combustão, ele deve apresentar elevada resistência térmica, alta área superficial

e tolerância à umidade (XU et al. 2003; HARLICK; SAYARA 2007; SON et al. 2008; CHEN

et al. 2010; MELLO et al. 2011). A Figura 1 apresenta o ciclo de adsorção e dessorção de

CO2 em sólidos porosos.

Figura 1 - Representação do ciclo de adsorção/dessorção em sólidos no processo de captura e

separação de CO2.

Fonte: Figura adaptada de GOEPPERT et al., (2011).

A presença de poros de tamanhos uniformes e dos grupos silanóis (≡Si-OH) confere a

esses materiais um grande potencial para incorporação de diversas espécies químicas, tais

como moléculas orgânicas, metais ou polímeros (BARBOSA, 2009)

A funcionalização das sílicas mesoporosas pode ser feita empregando-se agentes

sililantes de fórmula geral R1Si(OR)3, onde R1 pode ser tióis, aminas, ácidos carboxílicos,

entre outros. Esses grupos podem ser incorporados à sílica por impregnação, inserção pós-

síntese ou co-condensação (OLIVEIRA, 2006).

A funcionalização da sua superfície dos materiais mesoporosos com grupos funcionais

adequados, como NH-das aminas, pode torná-la mais eficiente e seletiva para as moléculas de

17

CO2. Trabalhos recentes envolvendo materiais do tipo MCM-41 funcionalizados com grupos

aminas mostraram que seu potencial como adsorvente aumentou significativamente (XU et

al., 2002; JOSÉ; PRADO, 2005; HARLICK; SAYARI, 2006).

Neste contexto o presente trabalho visa sintetizar adsorventes com alta capacidade de

adsorção do tipo MCM-41 com duas sílicas comerciais: sílica Gel 60 – cromatográfica (SC) e

sílica Fumed (SF) pelo método hidrotérmico e modificação pós-situ com monoetanolamina

(MEA) com concentrações de 0.5 mol.L-1

e 1.66 mol.L-1

para captura de CO2 e avalição da

capacidade seletiva de adsorção. A caracterização do material foi feita através de técnicas

como a difração de raios X (DRX), adsorção/dessorção de N2 a 77 K (análise textural: área

específica pelo método BET (Brunauer-Emmet-Teller) e volume e tamanho de poros pelo

método BJH (Barret, Joyner e Halenda), espectroscopia de absorção na região do

infravermelho com transformada de fourier (FTIR) e microscopia eletrônica de varredura

(MEV)). As análises de adsorção de CO2 foram obtidas pelo método gravimétrico. Os

modelos cinéticos de adsorção de Freündlich e Langmuir foram utilizados para avaliar a

capacidade de adsorção dos adsorventes.

18

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Estudar a captura de CO2 com os adsorventes mesoporosos MCM-41, sintetizados

com sílica gel 60 - cromatográfica (MSC) e sílica comercial Fumed (MSF), modificados com

diferentes concentrações de monoetanolamina (MEA).

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Sintetizar os adsorventes mesoporosos MCM41, utilizando duas fontes de

sílica: Fumed e sílica gel 60;

Modificar os adsorventes sintetizados por impregnação de MEA para adsorção

de CO2;

Caracterizar dos adsorventes utilizando técnicas de análise textural, difração de

raios–X (DRX), espectroscopia na região do Infravermelho (FTIR), microscopia eletrônica de

varredura (MEV), adsorção e dessorção de nitrogênio métodos (BET/BJH) e análises

termogravimétricas – (TG/DTG);

Obter as isotermas de adsorção de CO2 com os adsorventes sintetizados nesse

trabalho pelo método gravimétrico

Avaliar a capacidade de adsorção dos adsorventes sintetizados nesse trabalho;

Obter parâmetros de equilíbrios de adsorção para os modelos de Langmuir,

Freündlich e compará-los.

19

3 ASPECTOS TEÓRICOS

3.1 CARACTERÍSTICAS DO DIÓXIDO DE CARBONO (CO2)

O Dióxido de Carbono, também conhecido comercialmente por gás carbônico é uma

substância composta por dois elementos, carbono e oxigênio, e sua fórmula molecular é CO2,

sendo descoberto pelo escocês Joseph Black em 1754. A Figura 2 apresenta a estrutura de

uma molécula de CO2, com geometria linear (O=C=O) e caráter apolar (momento dipolo é

zero), em condição ambiente apresenta-se no estado gasoso devido às interações

intermoleculares serem muito fracas. Possui um odor ligeiramente irritante, é incolor e mais

denso que o ar (PATNAIK, 2003).

Figura 2 – Modelo átomo-átomo da molécula de CO2 – (Carbono-cinza e oxigênio-vermelho).

Fonte: GOMES et al., (2013).

Conforme a Figura 3, o CO2 é o principal gás associado ao efeito estufa. O CO2 é

produzido naturalmente através da respiração, pela decomposição de plantas e animais e pelas

queimadas naturais em florestas.

Figura 3 – Quantidade percentual de gases de efeito estufa no total de 49 Gt em 2010.

Fonte: IPCC, (2014).

Além destas, existem também fontes antropogênicas (produzidas pelo Homem) como:

queima de combustíveis fósseis (derivados de petróleo e carvão), mudanças na cobertura

vegetal (como o desflorestamento), queima de biomassa. Conforme comentado anteriormente

o aumento da concentração do CO2 tem como consequência mais direta o aumento da

temperatura média do planeta.

20

Devido à contribuição do CO2 no aquecimento global, torna-se cada vez mais

importante a realização de estudos para a remoção desse gás da atmosfera, utilizando processo

como sequestro de carbono, que estão relacionados à captura, transporte e estocagem.

3.2 APLICAÇÕES DO CO2

Parte do mercado de gases industriais envolve o fornecimento de CO2 a uma gama de

usuários industriais (fonte: Air Liquide). Em vários processos industriais principais, o CO2 é

obtido como um produto intermediário na produção de produtos químicos. Grandes

quantidades de CO2 são utilizadas para recuperação avançada de petróleo, além de outros usos

como (IPCC, 2005):

Utilização industrial de CO2 na fabricação de ureia, como um fertilizante.

O dióxido de carbono é usado em síntese química e para controlar as temperaturas

do reator.

Grandes quantidades de CO2 são também utilizadas na fabricação de carbonatos

inorgânicos e uma quantidade menor é usada na produção de monômeros orgânicos

e policarbonatos.

O metanol é fabricado usando um processo químico que utiliza o CO2 em

combinação com outras matérias-primas.

É utilizado para fornecer uma atmosfera inerte, para sínteses químicas, a extração

de fluido supercrítico e para acidificação de água residual e para o transporte de

produtos a baixa temperatura (-78°C).

É usado nas indústrias alimentícias em três áreas principais: A carbonatação de

bebidas; embalagem dos gêneros alimentícios e como fluido criogênico na

refrigeração ou operações de congelamento ou como gelo seco para controle de

temperatura durante a distribuição de gêneros alimentícios.

Na Insuflação intra-abdominal durante procedimentos médicos para expandir o

espaço em torno de órgãos ou tecidos para melhor visualização.

Em extintores de incêndio, para controle de pH de regulação das águas residuais em

piscinas e controlar o pH de efluentes líquidos.

21

3.3 EFEITO ESTUFA E O AQUECIMENTO GLOBAL

Os Gases de Efeito Estufa (GEE) são compostos capazes de absorver radiação

infravermelha refletida ou emitida pela superfície da Terra. Esses gases são de fundamental

importância para a manutenção da vida no planeta Terra, pois sem eles seria estimada uma

temperatura média de 33°C menor do que as observadas atualmente. Assim, seria impossível

a manutenção da vida como ela é conhecida (IPCC, 2014).

A concentração de GEE na atmosfera pode ser alterada por causas naturais como

erupções vulcânicas, queimadas ou ainda pela ação do homem (antropogênicas). As

concentrações dos três principais gases de efeito estufa metano (CH4), óxido nitroso (N2O) e

gás carbônico (CO2) tiveram um grande aumento desde 1750 e hoje, ultrapassam

significativamente os valores pré-industriais determinados pelos testemunhos de gelo de

milhares de anos (ADANEZ, 2012; IPCC, 2014).

O aumento da concentração de CO2 é atribuído principalmente ao uso de combustíveis

fósseis. No caso do CH4 e do N2O, o aumento da concentração destes gases está relacionado

à agricultura. Cabe ressaltar que o CO2 é o GEE produzido em maior quantidade em emissões

antropogênicas como já apresentado na Figura 3 (SILVA et al., 2015). Uma das

consequências da elevada concentração desses gases na atmosfera é o aumento da temperatura

média da Terra que pode resultar em mudanças climáticas com consequências desastrosas,

como por exemplo, o derretimento das calotas polares (POWELL; QIÃO, 2006).

Um dos setores da economia mundial que desperta maior preocupação, devido às

elevadas taxas de emissões de CO2, é o de geração de energia em usinas termelétricas, pois

são empregados combustíveis fósseis, como o carvão, para movimentação das turbinas. Esse

processo é responsável por cerca de 30 a 45% das emissões de CO2 antropogênicas (PETRÓN

et al. 2008). No Brasil, as maiores fontes antropogênicas de emissões de CO2 estão

relacionadas, principalmente, ao setor de transporte e aos desmatamentos (ZILIOTTO, 2009).

A previsão para os próximos anos é que as emissões de GEE devem aumentar ainda

mais, uma vez que estão diretamente relacionadas ao desenvolvimento econômico, industrial

e das nações (SAYARI; BELMABKHOUT; SERNA-GUERRERO, 2011; IPCC, 2014).

A busca pela minimização dessas emissões tem sido foco de acordos internacionais, no

qual as autoridades têm investido em tecnologia e pesquisa, estão divididas em dois grupos: o

primeiro, de redução de CO2 contendo as seguintes soluções tecnológicas: eficiência

energética, energias renováveis (eólica, solar, biocombustíveis, hidrogênio, etc...),

descarbonização dos combustíveis fósseis (carvão, óleo e gás) e energia nuclear, o segundo

22

grupo tem como objetivo a captura e armazenamento de CO2 emitidos por processos

industriais ou existentes na atmosfera estas medidas são compostas por; captura e

armazenamento de CO2 e conservação das florestas que são responsáveis pela captura indireta

de dióxido de carbono. (CÂMARA; ANDRADE; ROCHA, 2011).

3.4 TÉCNICAS DE CAPTURA E SEPARAÇÃO DE CO2

Atualmente, há 03 rotas principais para captura de CO2 a partir de termoelétricas ou

processos industriais, a Figura 4 apresenta o esquema de funcionamento destas rotas: (I) pós-

combustão, que separa o CO2 presente no gás liberado pela combustão, seja de matéria

orgânica fóssil ou biomassa; (II) pré-combustão, que processa o combustível primário em

reator, retirando duas correntes, CO2 e hidrogênio (H2), sendo este usado como fonte de

energia em processo posterior; e (III) oxigênio-gás, que utiliza oxigênio (O2) ao invés de ar

para combustão, gerando água e CO2 como produtos, facilitando a captura deste (IPCC,

2005).

Figura 4 – Fluxograma dos processos de captura e separação de CO2.

Fonte: IPCC, (2005).

Depois que o CO2 é capturado como descrito anteriormente é necessário separá-lo dos

demais gases. A Figura 5 apresenta os processos para separação de CO2 e os materiais

específicos utilizados para cada processo. A tecnologia adotada para separação do CO2 varia

com a rota escolhida, o volume de gás a ser tratado, com os intervalos de concentração de

23

CO2 na entrada e desejado na saída, pressões de trabalho, além do espaço físico disponível

para a instalação.

Figura 5 - Fluxograma das tecnologias utilizadas na separação de CO2.

Fonte: Adaptado de OLAIJE, (2010).

3.4.1 Membranas

São barreiras físicas compostas de materiais semipermeáveis, permitindo que apenas

alguns componentes passem por eles enquanto os demais permanecem do outro lado

(HABERT; BORGES; NÓBREGA, 2006). Podem ser de cerâmica, poliméricos ou mesmo

cerâmico-poliméricos.

Na Figura 6 está apresentado o princípio de funcionamento das membranas seletivas,

que reside na diferença entre pressões parciais do gás em ambos os lados, criando uma força

que desloca a matéria através de seus poros para o outro lado, permeando o componente

desejado. Sua aplicação normalmente está associada à separação de H2 ou de CO2 a partir de

processos industriais, que trabalham com maiores pressões e concentrações do gás de entrada.

Para uso em termoelétricas, contudo, não é muito recomendável devido à baixa eficiência de

separação e baixo grau de pureza de CO2 permeado, quando a partir de gás exausto da

combustão.

A vantagem das membranas é que não envolve o uso de solventes. Por outro lado, a

separação por diferença de pressão requer um alto custo energético. Além disso, o tempo de

24

vida das membranas é curto, pois estas perdem permeabilidade com o uso (EBNER; RITTER,

2009).

Figura 6 – Esquema da separação de CO2 por uma membrana seletiva.

Fonte: Figura cedida pela (CO2CRC).

3.4.2 Destilação Criogênica

Realiza a separação de gases a partir da condensação, considerando que cada

componente possui um ponto de vaporização. Para tal, necessita de energia para resfriar gás

de entrada até temperatura que componente desejado seja separado (AMARAL, 2009).

Normalmente é aplicável a gases que já possuem alta concentração de CO2, obtendo

produto com alto grau de pureza. Sua desvantagem é a energia despedida para o resfriamento

(ZANGENEH; SAHEBDELFAR; RAVANCHI, 2011) e considerada menos efetiva que a

absorção (DAMEN et al., 2006).

A Figura 7 apresenta o principio da separação dos gases que se dar através da

condensação. Ocorre então o resfriamento dos gases e com as baixas temperaturas eles

tendem a condensar. Quando os gases são resfriados a temperaturas abaixo de seus pontos de

vaporização, condensam e se separam, pois cada um possui um ponto de vaporização

específico.

25

Figura 7 - Esquema de separação de gases por destilação criogênica.

Fonte: Figura cedida pela (CO2CRC).

3.4.3 Looping Químico

O processo conhecido como CLC (Chemical Looping Combustion) é uma

alternativa promissora para a captura de CO2 e a produção simultânea de energia.

Figura 8 - Esquema da técnica do “Looping” químico.

Fonte: Figura cedida pela (CO2CRC).

O processo apresentado na Figura 8 há um sistema de combustão química de

circuito fechado que é formado por dois reatores. No primeiro, é feita a combustão do

combustível (combustível fóssil) juntamente com um óxido metálico, o qual é reduzido

26

para seu metal, produzindo CO2 e H2O (Equação 1), após a condensação da água o CO2

pode ser purificado, transportado e armazenado. No outro reator, o metal é convertido de

volta ao seu estado de óxido metálico conforme mostra a Equação 2 (ADANEZ et al.,

2012).

CnH2m + (2n + m) MeyOx nCO2 + mH2O + (2n + m)MeyOx-1 (1)

O2 +2MeyOx-1 2MeyOx (2)

O processo de oxidação de combustíveis com carreadores de oxigênio “Chemical

Looping” apresenta importantes vantagens na produção de gás de síntese/hidrogênio

combinada com a captura de CO2, uma vez que evita a mistura de gases contendo carbono

com o nitrogênio presente no ar, sem os custos de se ter uma unidade de separação de ar

(MATTISON et al., 2009).

3.4.4. Absorção física e química

O processo de absorção química baseia-se na reação entre o CO2 e um solvente

químico, tal como uma solução aquosa de mono, di e trietanolamina, di-isopropanolamina,

dentre outros (CHOI; DRESSE; JONES, 2009). A Figura 9 apresenta de forma detalhada o

método, inicialmente uma corrente de gás contendo CO2 é introduzida na parte inferior do

absorvedor. O absorvente é introduzido na parte de cima da coluna de absorção o que provoca

o contato em contra corrente dos gases de combustão e o solvente, provocando uma absorção

seletiva de CO2 (DAMEN et al., 2006).

27

Figura 9 - Processo de Absorção de CO2 de Gases de Combustão.

Fonte: Figura cedida pela CO2CRC.

É o processo mais utilizado e eficiente, entretanto sofre as desvantagens de elevada

exigência de energia para a regeneração, fácil oxidação/degradação por SO2 e O2 no gás de

combustão e corrosão do sistema (ISLAM et al., 2011).

No processo de absorção física, os solventes absorvem o dióxido de carbono a

elevadas pressões parciais, o que favorece a absorção física. Nesse caso, o CO2 pode ser

separado apenas com a redução de pressão do sistema, ou seja, utilizando pouca energia

(VALENCIA, 2007), resultando tem menor custo em relação à absorção química, com relação

à energia utilizada, mas a capacidade de absorção dos solventes físicos é menor, logo, há um

maior uso de solvente tornando o processo ao todo mais oneroso (KOHL; NIELSEN, 1997).

3.4.5. Adsorção física e química

A adsorção de CO2 em materiais sólidos porosos é uma alternativa às aminas líquidas.

Para que um determinado sólido seja considerado um bom adsorvente em condições de pré ou

pós-combustão, ele deve apresentar elevada resistência térmica, alta área específica e

tolerância à umidade (MELLO et al., 2011).

Os processos de adsorção são classificados de acordo com as fases que constituem a

interface líquido/gás, sólido/gás, sólido/líquido etc. Conforme os tipos de interações

observados nessas interfaces, tem-se o processo chamado fisissorção, de caráter físico, a

quimissorção, de caráter químico e a troca iônica (OLIVEIRA, 2006).

28

Segundo Ciola, (1981) a adsorção pode ocorrer de duas formas: em uma única camada

de moléculas (adsorção unimolecular ou monomolecular) ou em diversas camadas (adsorção

multimolecular). O processo de adsorção é reversível na maioria das vezes, sendo a

modificação da temperatura e/ou pressão capaz de provocar fácil remoção do soluto

previamente adsorvido no sólido (FOUST et al., 1982).

A adsorção é um processo de acumulação e concentração seletiva de um ou mais

constituintes contidos num gás ou líquido sobre superfícies sólidas, que será constituída por

um material adsorvente, e a substância adsorvida que é o adsorbato. Este pode ser um

processo de natureza física ou química (COELHO, 2006). A adsorção física (fisissorção) é

causada, particularmente, por forças de Van der Waals ou forças eletrostáticas entre as

moléculas do adsorbato e os átomos que compõem a superfície do absorvente, ou seja, as

moléculas encontram-se fracamente ligadas à superfície e os calores de adsorção são baixos

(VALENCIA, 2007).

Na Figura 10 é apresentado o fenômeno de adsorção que ocorre entre um adsorvente

poroso e uma corrente de gás contendo CO2, onde de forma seletiva o CO2 é adsorvido e os

demais gases removidos. A dessorção ou regeneração do adsorvente é feita com o aumento de

temperatura ou diminuição da pressão.

Figura 10 - Ilustração do fenômeno de adsorção.

Fonte: Figura cedida pela CO2CRC.

Na adsorção química, ou quimissorção, há o envolvimento de interações químicas

entre o fluido adsorvido e o sólido adsorvente, onde há a transferência de elétrons, equivalente

29

à formação de ligações químicas entre o adsorbato e a superfície do sólido. Neste caso, o calor

de adsorção é da mesma ordem de grandeza dos calores de reações químicas, que torna a

adsorção irreversível. Na adsorção física podem formar-se camadas moleculares sobrepostas,

enquanto que na adsorção química se forma única camada molecular adsorvida ou

monocamada. De modo geral, vários fatores afetam a adsorção, tais como a estrutura

molecular, tamanho da partícula do material adsorvente, a solubilidade do soluto, o pH do

meio, o tempo de contato e a temperatura. (MEZZARI, 2002)

O sucesso desta abordagem depende do desenvolvimento de um adsorvente com as

seguintes características: fácil regeneração e durabilidade, alta seletividade a CO2 e elevada

capacidade de adsorção (DANTAS et al., 2011). O Quadro 1 apresenta as vantagens e

desvantagens das técnicas de captura e separação de CO2.

Quadro1 - Vantagens e desvantagens das técnicas de captura e separação de CO2.

Técnicas Vantagens Desvantagens

Membranas

Não envolve solventes;

Fácil expansão devido ao

design;

Alto custo energético;

Tempo de vida curto;

Relação permeabilidade/seletividade;

Perdem desempenho a pressões elevadas.

Destilação

Criogênica

CO2 líquido de alta pureza;

Confiabilidade.

Alto custo energético;

Congelamento e bloqueio do equipamento.

Looping Químico

Produção de gás de

síntese/hidrogênio

combinada com a captura de

CO2.

Alto custo;

Pouco desenvolvimento.

Absorção

Alta eficiência;

Tecnologia consolidada;

Baixo custo.

Reações irreversíveis, formação de compostos

voláteis, corrosão e perda de solventes;

Alto volume de solventes;

Maior temperatura para regeneração.

Adsorção

Fácil regeneração,

durabilidade e capacidade de

adsorção;

Menor energia para

regeneração;

Pouco desenvolvida;

Baixa seletividade ao CO2, a fraca interação e

problemas com umidade dos materiais sólidos.

Limitado a baixas temperaturas.

Fonte: Elaborado pelo autor (2015).

30

Desse modo a fim de contornar essas limitações da adsorção, uma possibilidade que

vem sendo utilizada é a modificação das superfícies desses sólidos com alquilaminas

combinando, assim, a alta afinidade das aminas pelo CO2 com as vantagens dos sólidos

porosos. O material resultante, um híbrido orgânico-inorgânico, é ideal para captura em

baixas pressões em processos de pós-combustão e em condições ambiente.

3.5 MATERIAIS EMPREGADOS NA ADSORÇÃO DE CO2

3.5.1 Propriedades dos materiais

Segundo Sayari e colaboradores (2011) os adsorventes apropriados para adsorção de

CO2 devem combinar várias propriedades, dentre elas:

Alta capacidade de adsorção de CO2;

Cinética rápida;

Alta seletividade ao CO2;

Condições amenas para regeneração;

Estabilidade durante vários ciclos de adsorção-dessorção;

Tolerância à presença de umidade e outras impurezas na fonte de alimentação;

Baixo custo.

3.5.2 Família M41S

No inicio da década de 90, pesquisadores do grupo da Mobil Oil Co, divulgaram uma

grande descoberta, a síntese e caracterização de uma nova classe de materiais porosos, de

poros cilíndricos e uniformes, faixa de distribuição de 2 a 15 nm, áreas específicas de até

1400 m².g-1

, a base de silicatos, as peneiras moleculares mesoporosas, nomeada de família

M41S. (BECK et al., 1992; KRESGE et al., 1992).

Devido a estas características essa nova classe de materiais despertou um grande

interesse dos pesquisadores nas áreas de catálise, adsorção de gases e líquidos, imobilização

molecular e em processos de separação (SCHWANKE, 2013).

O poro de cada um dos materiais é formado pela interação dos direcionadores

orgânicos de estrutura com íons inorgânicos formando uma rede mesoporosa ordenada e com

diferentes formatos de poros (BECK et al., 1992; KRESGE et al., 1992).

31

A MCM-41 (Mobil Composition of Matter) apresenta poros cilíndricos com arranjo

espacial hexagonal e sistema de poros unidimensional, a fase MCM-48 possui poros

cilíndricos com arranjo espacial tridimensional com simetria cúbica e a MCM-50 possui um

arranjo mesoporoso lamelar constituído por dupla camada de tensoativo alternado por

camadas de sílica, com sistema de poros bidimensional (Figura 11).

Figura 11 - Família de materiais M41S.

Fonte: MASCARENHAS; OLIVEIRA; PASTORE, (2001).

O principal material da família M41S é a peneira molecular MCM-41 que exibe uma

estrutura ordenada com mesoporos de tamanho ajustável 2-10 nm dependendo do método,

tempo e temperatura de síntese e relação sílica/surfactante, arranjados num retículo

hexagonal, possuindo uma área superficial maior que 700 m2.g

-1, alta densidade de grupos

silanol internos (40-60%) com superfície passiva a modificação, além de boa estabilidade

térmica, hidrotérmica e mecânica (SELVAM et al., 2001).

3.5.3 Modificação da MCM-41

Segundo Oliveira (2012) para ser viável o uso de um material no processo de captura

de CO2, o adsorvente deve se ter uma capacidade de adsorção na faixa de 2 a 4 mmol.g-1

,

além de possuir características nos processos de ativação e regeneração. A modificação das

sílicas mesoporosas pode ser feita empregando-se agentes sililantes de fórmula geral

R1Si(OR)3, onde R1 pode ser tióis, aminas, ácidos carboxílicos, entre outros (LIM; STEIN,

1999). Esses grupos podem ser incorporados à sílica por impregnação, inserção pós-síntese

ou co-condensação.

Na modificação pelo método pós-síntese, o agente sililante reage preferencialmente

com os silanóis presentes nas entradas dos poros da sílica, pois os localizados nas paredes

internas dos poros (DEMIREL et al. 2007). Em meio anidro, a reação com os grupos silanóis

ocorre por substituição nucleofílica (HARLICK; SAYARI 2007; MOREDON-SENANI et al.

2009) como representado na Figura 12.

32

Figura 12 - Mecanismo da reação entre a sílica e um agente sililante. R1= parte orgânica que

confere função a molécula, R= metil ou etil.

Fonte: Adaptado de HARLICK; SAYARI, (2007).

A modificação deste material mesoporos com aminas pode se configurar em um

processo útil para a remoção de CO2 por causa da habilidade de algumas aminas em formar

compostos como carbamato e carbonatos de amônio através de reações reversíveis sob

temperaturas brandas (Figura 13) (GRAY et al., 2005).

Figura 13 – Esquema de reação entre aminas primárias ligadas à superfície da sílica

mesoporosa e moléculas de CO2. (A parede da sílica está representada pela cor laranja).

Fonte: Adaptado de MELLO et al., (2011).

Muitos trabalhos reportam na literatura a modificação da MCM-41 com aminas para

torná-la mais eficiente e seletiva no processo de adsorção de CO2, tais como:

Xu e colaboradores (2002) mostraram um aumento na capacidade de captura de CO2

para MCM-41 impregnada com polietilenoimina (PEI), MCM-41-PEI. Zeleňáket et al. (2008)

estudaram a captura de CO2 em atmosfera anidra em MCM-41, SBA-12 e SBA-15

funcionalizadas com o grupo aminopropil (AP) pelo método pós-síntese.

A influência do tamanho de poro também foi observada por Sayari e Harlick (2006),

que modificaram as sílicas MCM-41 e MCM-41 de poro expandido (PE-MCM-41) com o

grupo N-(3-trimetoxisililpropil) dietilenetriamina. Choi e Bae (2014) estudaram a eficiência

33

da impregnação da MCM-41 com MEA e DEA a 10 – 50 % em peso, utilizando um detector

GC- TCD (HP 6890A GC, Agilent) com coluna em U embalado na temperatura de 40 °C.

Logo este trabalho tem o objetivo de sintetizar a peneira molecular MCM-41com duas

sílicas comerciais (sílica Fumed e silica gel 60) pelo método hidrotérmico e modificar-las por

impregnação via úmida com MEA com duas concentrações (0.50 e 1.66 mol L-1

) e avaliar

suas capacidades adsortivas pelo método gravimétrico, a temperatura ambiente e pressões de

1, 3, 5, 10, 15, 20, 30 e 40 bar.

34

4 MATERIAIS E MÉTODOS

4.1 REAGENTES

Ácido Acético - PROQUÍMIOS - 99,8%

Ácido Clorídrico - HCl - Sigma-Aldrich - 37%

Água Destilada

CTMABr - Merck - 99%

Etanol - standard for GC, Fluka- 95%

Hidróxido de sódio - NaOH - Êxodo - Reagente Analítico

Monoetanolamina - MEA - Sigma-Aldrich - 99.5%

Sílica gel 60 - Macherey-Nagel (MN)

Sílica Fumed - Aldrich- 99.8%

Dióxido de carbono - CO2 - Linder Gas - 99.9%

Gás Hélio - He - Linder Gas - 99.9%.

4.2 EQUIPAMENTOS

Spectrum 65 FT-IR Spectrometer - Perkin Elmer

Espectrômetro EDX-720 – Shimadzu

Inova 2200 E – Quantachrome

Balança de suspensão magnética - Rubotherm

Difratômetro modelo XRD-6000 – Shimadzu

Forno Mufla LF0914 – Jung

Balança analítica AY-220 – Shimadzu

Termobalança DTG-60H – Shimadzu

Agitador magnético modelo 752-A – Fisatom

Bomba de Vácuo modelo 131-B – Primatec

Estufa modelo 520 – Fanem

Medidores Mássicos modelo HI-TEC - E5752 – Bronkhorst

Microscópio Eletrônico de Varredura modelo SSX-550 - Shimadzu

35

4.3 METODOLOGIA

4.3.1 Sínteses das MCM-41

As sínteses das peneiras moleculares MCM-41 seguiram o tratamento hidrotérmico

descrito por Silva, (2014), utilizando dois tipos de sílica: Sílica comercial (SF) e sílica

comercial cromatográfica (SC). Para a preparação do gel de síntese, os reagentes foram

adicionados em proporção estequiométrica de modo a se obter a composição molar: 1

CTMABr: 4 SiO2: 2 NaOH: 200 H2O. A Figura 14 mostra o fluxograma da síntese da MCM-

41.

Figura 14 - Fluxograma da síntese da MCM-41.

Fonte: SILVA, (2014).

Para o preparo de 150g de gel de síntese da MCM-41: inicialmente em um béquer

pesa-se 2.8g de NaOH, depois adiciona 63mL de água destilada sob agitação e em seguida

adiciona-se 8.41g da fonte de sílica (solução 1), mantendo esta solução por 2 horas a 60 °C

(manter agitação). Após 1 hora do início da solução 1, será iniciada a síntese da solução 2,

que ocorrerá no reator de teflon a fim de se evitar perdas, adiciona-se 63ml de água destilada

e o 12.9g do direcionador (CTMABr), este sistema será submetido à agitação constante a

temperatura ambiente por 1 hora. Após os tempos de sínteses, a solução 1 é vertida na

solução 2 e mantida sob agitação constante por 1 hora a temperatura ambiente, formando um

gel de cor branca e pH em torno de 13.

36

O gel obtido no reator de teflon é inserido em uma autoclave de aço inoxidável e

aquecido em estufa a 100 oC por 4 dias. A correção do pH do gel ocorrerá a cada 24 horas,

para a faixa de pH entre 9.0 e 10.0 com uma solução de CH3COOH 30% (v/v). Ao final do

tempo de envelhecimento o material formado, foi lavado com água destilada e, em seguida,

com uma solução etanólica de HCl 2% (v/v), para a remoção de parte do direcionador. O

sólido resultante do processo de cristalização foi aquecido em estufa a 100 oC por 2 horas e

submetido a processo de calcinação sob as seguintes condições: com rampa de aquecimento

de 10°C.min-1

, da temperatura ambiente até 550 °C e mantido por um período de 2 horas, em

fluxo de nitrogênio por 1 hora e fluxo de ar por mais 1 hora.

4.3.2 Modificação das peneiras moleculares

As impregnações das peneiras moleculares sintetizadas seguiram a metodologia

descrita em Carvalho et al. (2015). A Figura 15 Mostra o fluxograma de impregnação das

peneiras moleculares.

Figura 15 - Fluxograma da impregnação por via úmida.

Fonte: Adaptado de CARVALHO et al., (2015).

37

As soluções de etanolaminas para impregnação foram confeccionadas com as

seguintes concentrações: MEA 0.50 mol L-1

e MEA 1.66 mol L-1

em etanol (v/v).

As peneiras moleculares foram tratadas termicamente a 100°C em estufa por 2 horas

para retirada de umidade e ativação dos grupos silanóis. Em cada sistema de rotaevaporador

foi colocado 1 g da MCM-41 e 20 mL da sua respectiva solução de impregnação. A mistura

foi mantida sob agitação por 3 horas, a 40 rpm e temperatura ambiente. Em seguida a solução

foi filtrada e depois seca em estufa por 2 horas a 60ºC.

A Tabela 1 apresenta a nomenclatura dos adsorventes sintetizados e modificados neste

trabalho.

Tabela 1 – Nomenclatura dos adsorventes sintetizados neste trabalho.

Códigos Descrição

MSF MCM-41 obtida com Sílica Fumed

MSC MCM-41 obtida com Sílica Cromatográfica

MSF - 1 MCM-41 obtida com Sílica Fumed e modificada com MEA

0.50 mol L-1

MSF - 2 MCM-41 obtida com Sílica Fumed e modificada com MEA

1.66 mol L-1

MSC - 1 MCM-41 obtida com Sílica Cromatográfica e modificada

com MEA 0.50 mol L-1

MSC - 2 MCM-41 obtida com Sílica Cromatográfica e modificada

com MEA 1.66 mol L-1

Fonte: Elaborado pelo autor (2015).

38

5 CARACTERIZAÇÕES DOS ADSORVENTES

5.1 DIFRATOMETRIA DE RAIOS X (DRX)

Os adsorventes serão caracterizados por difratometria de raios X (DRX) em um

equipamento da Shimadzu modelo XRD-6000, utilizando-se uma fonte de radiação de CuKα,

com igual a 1,5406 Angstron, voltagem de 30kV, corrente de 30mA e filtro de Ni, sendo os

dados obtidos na faixa de 2 de 1 a 10°, com velocidade de 2°.min-1

, e passo de 0,02°.

O parâmetro da cela unitária deste material (𝑎0) é determinado a partir da expressão

mostrada na Equação 3, onde (𝑑100 ) corresponde à distância interplanar do plano de maior

intensidade (100) e apresenta relação com o diâmetro do poro e a espessura da parede. (BECK

et al., 1992).

a0 =2𝑑100

3 (3)

Para o cálculo da distância interplanar (𝑑100 ), foi utilizada a equação de Bragg‟s,

Equação 4:

𝐶𝑢𝐾𝛼 = 2𝑑100 . 𝑠𝑒𝑛𝜃 (4)

Onde: 𝐶𝑢𝐾𝛼 = Comprimento de Onda para o CuKα = 1,5418 Angstron.

Com a diferença entre este parâmetro (𝑎0) e o diâmetro de poros (𝐷𝑝) obtido através

das análises superficiais: BET/BHJ obtém-se a estimativa quanto à espessura de parede da

MCM-41 (𝑊𝑡), Equação 5:

𝑊𝑡 = 𝑎0 − 𝐷𝑝 (5)

A Figura 16 apresenta um esquema do arranjo mesoporoso da MCM-41.

39

Figura 16 - Representação do arranjo mesoporoso do MCM-41antes e depois de calcinado.

Fonte: BRAGA et al., (2013).

Na Figura 17 é apresentado um difratograma típico de MCM-41.

Figura 17 - Difratograma de raios X típico do suporte MCM-41.

Fonte: Adaptado de BECK et al, (1992).

5.2 ESPECTROSCOPIA DE ABSORÇÃO NA REGIÃO DO INFRAVERMELHO COM

TRANSFORMADA DE FOURIER (FTIR)

Os espectros de FTIR dos adsorventes serão obtidos utilizando um equipamento

Spectrum 65 FT-IR Spectrometer Perkin Elmer com um Universal ATR Sampling Acessory

da Perkin Elmer acoplado, serão realizadas 12 varreduras para cada amostra na faixa de

análise de 400 cm-1

a 4000 cm-1

.

40

5.3 ANÁLISE TERMOGRAVIMÉTRICA

As análises termogravimétricas foram realizadas nas amostras MF e MC numa

termobalança DTG-60H da Shimadzu, com uma taxa de aquecimento 10 °C.min-1

, no

intervalo de temperatura iniciando em temperatura ambiente até 900°C em atmosfera

dinâmica de N2 com vazão de 20 mL.min-1

.

5.4 ISOTERMAS DE ADSORÇÃO E DESSORÇÃO DE N2

As medidas de diâmetro de poros, área específica e volume de poros serão

determinados em equipamento da Micromeritics, ASAP 2020, pelo método BET/BJH, que

consiste na adsorção e dessorção de N2, à temperatura de 77 K, obtendo-se as isotermas de

adsorção e dessorção. Atualmente, a IUPAC adota seis tipos característicos de isotermas de

adsorção para o equilíbrio gás-sólido, incluindo os cinco tipos propostos por BDDT

(Brunauer, Deming, Deming e Teller), como representados na Figura 18.

Segundo a IUPAC, a classificação dos tamanhos de poros é a seguinte:

1. Microporos: poros com diâmetro que não excedem 2 nm.

2. Mesoporos: poros com diâmetro entre 2 e 50 nm.

3. Macroporos: poros com diâmetro maior do que 50 nm.

As isotermas envolvem a quantidade de gás adsorvido, Xa, num adsorvente (sólido)

medido como uma função da pressão parcial de equilíbrio, P, à temperatura constante. A

pressão, P, é relacionada preferencialmente à P0, a pressão de vapor de saturação do

adsorbato. A quantidade de gás adsorvido é expressa como seu volume nas condições padrões

de temperatura e pressão (0 ºC e 1 atm) enquanto a pressão é expressa como uma pressão

relativa, P/P0, que é a pressão do gás, P, dividido pela pressão de vapor do adsorbato, P0. As

medidas são feitas a temperaturas nas quais o gás, à pressão atmosférica, está no estado

líquido, sendo que para o nitrogênio esta temperatura é 77 K.

Existem 6 tipos de isotermas, segundo a classificação da IUPAC:

41

Figura 18 - Tipos de isotermas de adsorção segundo a IUPAC.

Fonte: Adaptado de SING et al. (1985).

As isotermas do tipo I mostram um rápido aumento de gás adsorvido à medida que se

aumenta a pressão, até um patamar. Essa isoterma é dada para sólidos microporosos tendo

superfície externa relativamente pequena e é também obtida quando a adsorção forma apenas

uma monocamada. Como o processo de adsorção coincide com o processo de dessorção, esta

isoterma é considerada reversível.

Isotermas do tipo II são características de adsorventes não porosos ou macroporosos.

Se o ponto de inflexão da isoterma é bem nítido, pode-se obter no início da parte quase linear

o valor do ponto B, que fornece a capacidade da monocamada (pela extrapolação deste valor

na ordenada), isto é, a quantidade de adsorbato necessária para cobrir a superfície com uma

monocamada completa.

Neste ponto começa a formação da multicamada isotermas do tipo III não são

comuns, mas originam-se sob condições nas quais as moléculas de gás têm maior afinidade

umas pelas outras do que pela superfície do adsorvente. Nestas condições analisar a área

superficial e a porosidade não tem qualquer sentido.

Isotermas do tipo IV são obtidas com adsorventes mesoporosos. Esta isoterma, na

maioria dos casos, exibe uma proeminente região na qual a pressão relativa varia pouco e o

volume adsorvido aumenta bruscamente. Associado com o processo secundário de

condensação capilar está o loop de histerese, que traz como resultado o preenchimento

completo dos mesoporos em pressão relativa menor que 1 (P/P0). Nos casos mais simples, a

parte inicial da curva segue o mesmo perfil que aquele do tipo II. Quando o ponto B está bem

definido possivelmente obtém-se a capacidade da monocamada. Esta isoterma serve como

uma impressão digital da geometria específica da estrutura dos poros, na qual esses

42

fenômenos ocorrem. Sua posição determina o tamanho do poro característico do material e dá

indícios do volume de poro. Quanto menor sua inclinação mais homogênea é a distribuição de

tamanho de poros.

Isotermas do tipo V são incomuns e podem aparecer com certos adsorventes porosos.

Elas estão relacionadas às isotermas do tipo III em que a interação adsorvente-adsorbato é

fraca, mas o preenchimento dos poros também ocorre, levando o valor limite de adsorção para

altos valores de P/P0.

Isotermas do tipo VI representam a adsorção gradual da multicamada e estão

associadas à adsorção sobre superfície não porosas uniformes. Estas isotermas são uma

variante do tipo II. A altura do degrau representa a formação de uma monocamada completa e

para casos mais simples, permanece constante para duas ou três camadas adsorvidas.

As faixas vermelhas apresentadas nas isotermas IV e V são características de

histerese. Isso ocorre devido a pressões de saturação não serem iguais para a condensação e

para a evaporação no interior dos poros, isso resultará no fenômeno de histerese, isto é, as

isotermas de adsorção e dessorção não coincidem (SING et al., 1985).

O fenômeno da histerese pode ser identificado em quatro tipos, como ilustrado na

Figura 19.

Figura 19 - Tipos de histerese segundo a IUPAC.

Fonte: Adaptado de SING et al. (1985).

Histerese tipo H1: É caracterizada por dois ramos da isoterma, quase paralelos.

Geralmente é associada a materiais porosos constituídos por aglomerados rígidos de partículas

esféricas de tamanho uniforme.

Histerese tipo H2: Ocorre quando somente o ramo de dessorção é praticamente

vertical. Associa em poros com gargalo estreito e corpo largo.

Histerese tipo H3: Caracterizada por dois ramos assintóticos relativamente vertical

P/P0 = 1. É associada a agregados não rígidos de partículas em forma de placa, originando

poros em fenda.

Histerese tipo H4: É representada por dois ramos praticamente horizontais e paralelos

(SING et al., 1985).

43

5.5 MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA (MEV)

As micrografias dos foram obtidas através de um microscópio eletrônico de varredura

(MEV) da marca Shimadzu, modelo SSX-550. Para melhorar a qualidade das imagens, as

amostras foram aderidas a porta através de uma fina fita de carbono, e submetidas a um pré-

tratamento que consiste na deposição de uma fina monocamada de ouro. A finalidade deste

tratamento é tornar a amostra boa condutora de elétrons e melhorar a resolução da imagem.

5.6 ADSORÇÃO DE CO2

Neste trabalho, as isotermas de equilíbrio de adsorção foram obtidas pelo método

gravimétrico (SILVA et al., 2015), experimentalmente, nas instalações do CTGAS-ER

(Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis), na temperatura de 25ºC, utilizando

um microadsorvedor acoplado a uma balança de suspensão magnética da marca Rubotherm

(Figura 20). Os materiais usados foram: gás hélio (He) dióxido de carbono (CO2) com pureza

acima de 99,99 % ambos confeccionados pela empresa Linde Gas.

A metodologia para obtenção das isotermas de equilíbrio de adsorção foi executada

em três etapas: I - ativação da amostra com intuito de remover quaisquer especiais químicas

que tenham sido anteriormente adsorvidas; II - determinação do efeito do empuxo que teve o

objetivo de corrigir os valores registrados pela balança durante a etapa de adsorção do CO2 e

III - adsorção do CO2.

I - Ativação da amostra

Inicialmente, foi executada a limpeza da célula de medição com ar comprimido,

depois, o porta amostra da célula foi preenchido com aproximadamente 200 mg do material

adsorvente, na sequência, a amostra foi submetida a uma rampa de aquecimento de 10 ºC min-

1 da temperatura ambiente até 120ºC sob vácuo com fluxo de 50 mL.min

-1 de He, para

eliminar impurezas. O término da ativação foi alcançado quando se obtém massa constante da

amostra. Por fim, a amostra sob vácuo foi resfriada até a temperatura da isoterma de adsorção

25ºC.

II - Determinação do efeito do empuxo

Com a amostra ativada, a próxima etapa foi à determinação do efeito do empuxo, o

qual é proporcional à densidade da fase gasosa e pode ser equacionado como o produto entre

a densidade e o volume do sistema de medição (porta amostra + amostra). Nessa etapa,

Primeiramente, a célula de medição com a amostra ativada foi pressurizada até 1 bar sob

44

fluxo 100 mL.mim-1

de hélio (inerte nas condições de análise) a 25ºC. Posteriormente, o

sistema de medição foi despressurizado e mantido em condições idênticas de temperatura e

vácuo.

Com os dados obtidos de temperatura e pressão, foi possível plotar a densidade da fase

gasosa, obtida através da equação de estado de Peng-Robinson (Equação 6), em função da

massa do sistema de medição (porta amostra + amostra), registrado pela balança, permitindo,

assim, determinar o efeito do empuxo representado pelo coeficiente angular da reta plotada.

𝑃 =𝑅𝑇

𝑉 − 𝑏 −

𝑎(𝑇)

𝑉 𝑉 + 𝑏 + 𝑏(𝑉 − 𝑏) (6)

Na Equação 6 as letras P, V e T representam a pressão, o volume molar e a

temperatura absoluta, R é a constante dos gases e "a" e "b" são os parâmetros da equação,

relacionados com a força de atração intermolecular e volume das moléculas, respectivamente

(PENG; ROBINSON, 1976).

III - Adsorção de CO2

Depois da determinação do efeito do empuxo, a amostra foi submetida a 100 mL.min-1

de CO2 até atingir a pressão de 1 bar, mantendo-se a temperatura constante em 25ºC, em

seguida, o fluxo gasoso de CO2 foi cessado e a amostra foi mantida nestas condições até não

haver mais variação na massa, ou seja, até alcançar o equilíbrio. Este procedimento foi

repetido para as pressões de 3, 5, 10, 15, 20, 30 e 40 bar sempre aguardando o equilíbrio.

De posse dos dados, a massa adsorvida de CO2 no equilíbrio para cada ponto de

pressão foi determinada subtraindo a massa do porta amostra e, em seguida, multiplicado pelo

coeficiente angular obtido na etapa anterior. Assim a capacidade de adsorção de CO2 foi

expressa através da relação massa adsorvida por grama de adsorvente em função do range de

pressão analisado.

Para avaliar a eficiência de captura de CO2 por meio de materiais porosos através de

processos adsortivos, são necessárias diversas informações referentes às características do

leito adsorvente. Uma das principais características é a capacidade de adsorção de CO2, que

pode ser determinada a partir de isotermas de equilíbrio de adsorção.

45

Figura 20 - Esquema de funcionamento da microbalança.

Fonte: PASCHKE; DREISBACH, (2013).

5.7 MODELOS DE EQUILIBRIO

Com os resultados obtidos das isotermas de adsorção de CO2, serão utilizados os

modelos de Langmuir (Equação 7) e Freündlich (Equação 9) para ajustar os dados e explicar

a adsorção no sistema adsorvente/adsorbato e prever seus parâmetros de equilíbrio.

5.7.1 Modelo de Langmuir

Originalmente desenvolvido para descrever adsorção sólida em fase gasosa sobre

carvão ativado, tem sido tradicionalmente usada para quantificar e contrastar o desempenho

de diferentes adsorventes (LANGMUIR, 1918).

𝑄𝑒 = 𝑄𝑚 . 𝐾𝐿 . 𝐶𝑒

1 + 𝐾𝐿 . 𝐶𝑒

(7)

𝐶𝑒

𝑄𝑒

= 1

𝑄𝑚 . 𝐾𝐿

+ 1

𝐾𝐿

. 𝐶𝑒 (8)

46

KL é a constante de Langmuir que indica a capacidade de adsorção teórica no mono

camada (L.g-1

), Qm é uma constante relacionada com a energia de adsorção (L.mg-1

), Ce é a

concentração do adsorbato no equilíbrio (mmol.L-1

), Qe é a quantidade adsorvida por grama

de adsorvente (mmol.g-1

).

5.7.2 Modelo de Freündlich

Descreve a adsorção não ideal e reversível, não restrita à formação de monocamada

(FREUNDLICH, 1907). Este modelo empírico pode ser aplicado à adsorção de camadas

múltiplas, com uma distribuição não uniforme de calor de adsorção e afinidades sobre a

superfície heterogênea (ADAMSON; GASP 1997).

𝑄𝑒 = 𝐾𝐹 . 𝐶𝑒1/𝑛

(9)

𝑙𝑛𝑄𝑒 = 𝑙𝑛𝐾𝐹 + 1

𝑛 𝑙𝑛𝐶𝑒 (10)

KF é a constante de Freundlich relaciona-se com a capacidade de adsorção(mmol.g-1

),

e a constante n relaciona-se com a intensidade de adsorção, tendo a seguinte relação: Valores

de n na faixa 1 < n < 10 indicam adsorção favorável. O software Origin 8.0 foi utilizado para

ajustar as equações de Langmuir (Equação 8) e Freündlich (Equação 10) linearizadas e

calcular os parâmetros de equilíbrio.

47

6 RESULTADOS E DISCUSSÃO

6.1 CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAIS

As peneiras moleculares MSC, MSF e seus respectivos materiais impregnados com

MEA 0.5 mol.L-1

– (MSC-1 e MSF-1) e com MEA 1.66 mol.L-1

– (MSC-2 e MSF-2) foram

caracterizados por difratometria de raios X, espectroscopia de absorção na região do

infravermelho com transformada de fourier (FTIR), análise termogravimétrica, isotermas de

adsorção e dessorção de N2 e microscopia eletrônica de varredura (MEV).

6.1.1 Difratograma de raios X (DRX)

Os difratogramas de raios X dos suportes mesoporosos MSC, MSF obtidos a partir da

sílica comercial cromatográfica (SC), sílica comercial (SF) e modificados com MEA são

apresentados na Figura 21A e Figura 21B, respectivamente. De acordo com o padrão de

DRX dos materiais mesoporosos do tipo MCM-41 mostrado anteriormente na Figura 17,

houve a formação da hexagonal com alta organização dos canais mesoporosos, devido à

presença de três picos de reflexão referente aos planos (100) e outros dois secundários, de

menor intensidade, atribuídos às reflexões dos planos (110) e (200) (BECK et al, 1992).

Figura 21 - Difratogramas de raios X dos materiais MSC (A) e MSF (B), antes e depois de

modificadas com MEA.

Fonte: Elaborado pelo autor (2015).

Ficou evidenciado que para as amostras impregnadas com diferentes concentrações de

MEA, houve uma mudança visível no perfil das reflexões e também uma diminuição na

intensidade dos picos e um deslocamentos de 2 para ângulos maiores com o aumento da

48

concentração da amina. Estas mudanças podem ser atribuída ao recobrimento das amostras

pela MEA (XU et al., 2003; CARVALHO et al., 2015).

Os parâmetros de rede das amostras antes e depois de modificadas foram estimados

usando a equação de Bragg para o cálculo da distância interplanar (𝑑100). Em seguida foi

calculado o parâmetro de rede hexagonal (𝑎0). Na Tabela 02, estão apresentados os

parâmetros da distância interplanar (𝑑100), parâmetro de arranjo hexagonal de estrutura (𝑎0)

e o 2 para o índice de (100) obtidos para as amostras em estudo.

Tabela 2: Parâmetros texturais e estruturais dos adsorventes sintetizados neste trabalho.

AMOSTRA

Índice (hkl) 2

(°Graus)

d100

(nm)

a0

(nm)

MSC 100 2.11 4.18 4.83

MSC-1 100 2.12 4.16 4.81

MSC-2 100 2.15 4.11 4.74

MSF 100 2.10 4.20 4.85

MSF-1 100 2.16 4.09 4.72

MSF-2 100 2.22 3.98 4.60

Fonte: Elaborado pelo autor (2015).

6.1.2 Espectroscopia de absorção na região do infravermelho com transformada de

Fourier (FTIR)

As análises por espectroscopia na região do infravermelho por transformada de Fourier

(FTIR) foram realizadas para identificar as principais frequências vibracionais e suas

atribuições na estrutura das amostras sintetizadas (MSC e MSF) e nas amostras modificadas

com MEA identificar a presença da amina no material mesoporoso e ter uma ideia do tipo de

interação que ocorre entre a MEA e a superfície da peneira molecular. As análises foram

conduzidas na faixa de 4000-400 cm-1

, como mostra a Figura 22.

A Figura 22 apresenta os espectros das amostras antes e após impregnação com MEA.

Para as amostras MSC (Figura 22A) e MSF (Figura 22B) os espectros com bandas

característicos da MCM-41, uma banda larga iniciada em torno de 3448 cm-1

que é atribuída

ao estiramento da ligação O-H, da água adsorvida, e em 965 cm-1

atribuída ao estiramento

vibracional dos grupos silanóis (Si-OH) em ambas as figuras. Para as amostras MSC e MSF,

as bandas de absorção em ν 1084 cm-1

, 796 cm-1

e 459 cm-1

são atribuídos às vibrações de

estiramento da estrutura mesoporosa (Si-O-Si) e a banda de absorção de vibrações de ligações

49

H-O-H de água adsorvida é observada em δ 1640 cm-1

(SILVERSTEIN, WEBSTER,

KIELEM, 2005; SILVA, 2014).

Figura 22 - Espectros no infravermelho obtidos para o material MSC (A) e MSF (B), antes e

depois de modificadas com MEA.

Fonte: Elaborado pelo autor (2015).

Para as amostras modificadas com MEA, houve aparecimento de duas novas bandas

de absorção a ν 1569 cm-1

e 1450 cm-1

que podem ser atribuídos, respectivamente,

deformação da ligação N-H e estiramento da vibracional da ligação C-N (SILVERSTEIN;

WEBSTER; KIELEM, 2005) originários da ligação Si-(CH2)2-NH2 da MEA, após

modificação. Além disso, as amostras modificadas com MEA mostraram as vibrações ν 2960

- 2842 cm-1

características de estiramento assimétrico dos grupos CH2 da cadeia etil das

aminas e estiramento vibracional da ligação C–N (MELLO et al., 2011; CARVALHO et al.,

2015).

A redução mais evidente da banda em ν 3448 cm-1

para as amostras de MSC-2 e MSF-

2 impregnadas com MEA 1.66 mol.L-1

, pode ser atribuída às interações dos grupos (NH2)

com os grupos silanóis, o que pode ser reforçado pelo desaparecimento da banda em 965 cm-1

nos espectros das amostras impregnadas com MEA (SILVERSTEIN; WEBSTER; KIELEM,

2005; CARVALHO et al., 2015). Com estes resultados obtidos nos espectros de FTIR

reforçam o que foi explicitado nos resultados dos DRX das amostras.

50

6.1.3 Análise termogravimétrica

A Figura 23 apresenta a análise termogravimétrica para as amostras MSC (23A) e

MSF (23B). Nas curvas termogravimétrica pode-se identificar a presença de três eventos de

perda de massa, o primeiro evento na faixa de 28°C a 156°C corresponde à remoção ou

dessorção de água fisicamente adsorvidas nos poros ou na superfície externa do material, a

segunda perda de massa ocorre por volta de 156°C a 320°C que representa a decomposição do

agente direcionador (CTMABr) e por fim temos um evento que ocorre em 320°C a 600°C

correspondente a decomposição residual do surfactante e a condensação de grupos silanol

adjacentes, resultando em siloxano (BRAGA et al., 2013; SILVA, 2014). Essa analise

permite a obtenção de dados de estabilidade térmica e a temperatura de calcinação que tem

por finalidade a remoção do direcionador (CTMABr) e a formação de poros na estrutura

mesoporosa da MCM-41.

Figura 23 - Curva termogravimétrica das amostras MSC e MSF.

Fonte: Elaborado pelo autor (2015).

6.1.4 Isotermas de adsorção e dessorção de N2

Com os dados obtidos nas isotermas de adsorção e dessorção de N2 foi possível

determinar a área específica pelo método de BET, o diâmetro médio dos poros pelo método

do BJH e a espessura da parede de sílica de acordo com a Equação 5. Os dados obtidos são

descritos na Tabela 3.

51

Figura 24 - Isoterma de adsorção/dessorção de N2 das amostras: MSC, MSC-1, MSC-2, MSF,

MSF-1 e MSF -2.

Fonte: Elaborado pelo autor (2015).

De acordo com a Figura 24, as amostras MSC, MSF, MSC-1 e MSF-1 apresentam de

acordo com a classificação da IUPAC, isoterma do tipo IV com baixa adsorção a pressões

relativas P/P0 < 0.1 características de materiais mesoporosos MCM-41. Assim, ocorre

inicialmente um preenchimento de uma monocamada e o segundo plano com pressões relativa

a partir de 0.4, indica a adsorção na faixa dos mesoporos. A isoterma também aponta para a

presença de histerese do tipo H1 que são típicos de sistemas de poros cilíndricos uniformes

para as amostras sintetizadas com a sílica cromatográfica. (CARVALHO et al., 2015).

O degrau que ocorre na faixa de pressão relativa (P/P0 = 0.3 – 0.4) é resultante da

condensação capilar de nitrogênio no interior do mesoporos, isto pode indicar uma

distribuição de tamanho de poros uniforme. Esta isoterma é reversível com a presença de

histerese na zona de condensação capilar (SILVA, 2014).

Este fenômeno é característico de materiais mesoporosos, a ausência de uma maior

alça de histerese pode ser explicada pela ocorrência de partículas de tamanhos pequenos. É

possível observar também uma diminuição na quantidade de N2 adsorvida nas amostras

modificadas que pode ser associada à oclusão dos poros pela MEA (MELLO et al., 2011).

As amostras MSC-2 e MSF-2 apresentam classificação de isotermas do tipo III de

acordo com a IUPAC, que são características de sistema onde as moléculas do adsorvato

apresentam maior interação entre si do que com o sólido, ou seja, adsorção em multicamadas,

52

sendo observadas geralmente em adsorventes que apresentam uma grande faixa de tamanho

de poros, devido a um maior preenchimento de poros pela MEA que causou uma diminuição

mais perceptível na quantidade adsorvida e no perfil da isoterma.

Figura 25 – Curvas de distribuição de tamanho de poros das amostras: MSC, MSC-1, MSC-2, MSF,

MSF-1 e MSF-2.

Fonte: Elaborado pelo autor (2015).

A Figura 25 apresenta a distribuição de tamanho de poros das amostras utilizada neste

trabalho. O diâmetro médio em (nm) das amostras MSC, MSC-1, MSC-2, MSF, MSF-1 e

MSF-2 foram respectivamente 3.12, 2.12, 1.38, 3.09, 2.16, 1.11 e o volume de poros em

(cm3.

g-1

) 0.698, 0.412, 0.224, 0.813, 0.548 e 0.296. Pode-se observar pela Figura 25 e pelos

dados da Tabela 3 que após a inserção da amina no interior dos poros houve uma diminuição

destes parâmetros, fato este que corrobora os resultados das analises anteriores em relação a

obtenção do material e sua modificação.

A Tabela 3 apresenta as principais características dos adsorventes antes e após

modificação com MEA. Uma diminuição nas áreas específicas e volumes de poros foram

observados, possivelmente devido ao quase total preenchimento de poro com os grupos amino

(XU et al., 2003; MELLO et al., 2011; CARVALHO et al., 2015).

53

Tabela 3 - Propriedades texturais da amostra MSC e MCF antes e após modificação.

AMOSTRA

Área específica

(BET)

(m2.g

-1)

Vp

(cm3.g

-1)

Dp

(nm)

A0

(nm)

Wt

(nm)

MSF 780.49 0.698 3.12 4.85 1.73

MSF-1 276.52 0.412 2.12 4.72 2,60

MSF-2 74.27 0.224 1.38 4.60 3.22

MSC 746.69 0.813 3.09 4.83 1.74

MSC-1 206.35 0.548 2.16 4.81 2.65

MSC-2 47.71 0.296 1.11 4.74 3.63

Fonte: Elaborado pelo autor (2015).

6.1.5 Microscopia eletrônica de varredura (MEV)

As análises por microscopia eletrônica de varredura foram realizadas com o objetivo

de visualizar a morfologia dos materiais nanoestruturados sintetizados com ampliação de 500

vezes para efeito comparativo. A Figura 26 apresenta as micrografias das amostras antes e

depois da modificação com MEA. É possível visualizar a diferença entre a morfologia das

amostras: Nas amostras sintetizadas com (SC) a morfologia é formado por partículas de 5 –

20 nm, agregados com dimensões de 20 – 100 nm e com formato de esferas irregulares. Nas

amostras sintetizadas com (SF) a morfologia é no formato de placas sobrepostas e com

partículas bem uniformes e dimensões diferentes (YANG et al., 2015; CARVALHO et al.,

2015). É possível visualizar nas amostras modificadas uma diminuição nas dimensões dos

agregados com o aumento da concentração da MEA que pode ser atribuído a uma maior

interação e recobrimento das amostras. (CARVALHO et al., 2015).

54

Figura 26 - Microscopia eletrônica de varredura para as amostras MSC (A), MSC -1 (B), MSC -1

(C), MSF (D), MSF-1 (E) e MSF-2 (F) - (Ampliação de 500 vezes).

Fonte: Elaborado pelo autor (2015).

55

6.2 TESTES DE ADSORÇÃO

6.2.1 Isotermas de CO2

A análise da capacidade de captura de CO2 dos adsorventes foi realizada através de

determinação gravimétrica por meio de uma balança de suspensão magnética que permite a

medida da capacidade de adsorção de equilíbrio em ampla faixa de pressão e com rigoroso

controle de temperatura. Os resultados das capacidades de adsorção em condições de

temperatura de 25°C e faixa de pressão de 1 até 40 bar. São apresentados na Figura 27: A

Figura 27A apresenta os resultados para as amostras MSC antes e depois de modificada com

MEA e Figura 27B apresenta os resultados para as amostras MSF antes e depois de

modificada com MEA.

Figura 27 – Isotermas de adsorção de CO2 das amostras MSC e MSF antes e depois da modificação.

Fonte: Elaborado pelo autor (2015).

A Tabela 4 apresenta os valores de adsorção de CO2 obtidos experimentalmente. Na

faixa de pressão de 1 a 5 bar, as amostras após modificação com MEA, foram bastante

eficientes, chegando a ser duas vezes maiores a pressão de 1bar em comparação das amostras

sem MEA e que a partir da pressão de 5 bar, as capacidades de adsorção praticamente se

igualam as amostras sem amina. Este comportamento pode ser explicado pela grande

afinidade de CO2, um ácido de Lewis - para os sítios básicos de aminas a baixas pressões.

56

Tabela 4 – Valores de adsorção de CO2 obtidos experimental pelo método gravimétrico para os

adsorventes antes e depois de modificados.

PRESSÃO

(bar)

MSC* MSC-1* MSC-2* MSF* MSF-1* MSF-2*

1 0.729 1.245 1.203 0.659 1.077 0.906

3 1.690 1.891 1.904 1.632 1.933 1.659

5 2.420 2.346 2.410 2.409 2.571 2.222

10 3.820 3.193 3.382 3.926 3.826 3.306

15 4.953 3.902 4.207 5.173 4.916 4.224

20 5.972 4.555 4.970 6.297 5.944 5.080

30 8.003 5.862 6.488 8.538 8.121 6.560

40 10.444 7.247 7.950 11.398 10.543 7.896

Fonte: Elaborado pelo autor (2015).

*(mmol de CO2/ g de adsorvente)

Estes resultados indicam ainda que, a pressões abaixo de 5 bar, os adsorventes MSC e

MSF, ambos modificados com uma amina primária conduzem a um aumento da seletividade

para CO2, (devido à formação de carbamatos de amônio mais estáveis na superfície) e leva a

uma maior adsorção de CO2, indicando que há bastante fortes interações entre a superfície e o

CO2, o que resulta no sucesso da aplicação do material impregnado para a capture de CO2

(XU et al., 2003).

A modificação com a concentração de MEA 1.66 mol.L-1

, apresentou resultados

similares ou menores para a adsorção de CO2 que os obtidos para a concentração de MEA

0.50 mol.L-1

, a pressões abaixo de 5 bar, Figura 27A e Figura 27B, significando que, para os

materiais aqui sintetizados, a maior concentração de MEA, não influenciou positivamente a

adsorção, o que pode ser explicado pela diminuição de poros para os efeitos de fisissorção. Os

resultados obtidos neste trabalho, estão de acordo com a teoria do efeito sinergético em

MCM-41 (CARVALHO et al. 2015) os poros ficam preenchidos com moléculas de amina,

aumentando, portanto, o impedimento estérico para ocorrê-la a fisissorção de CO2 (XU et al,

2003). Ao mesmo tempo, mais locais de afinidade para CO2 ficam expostos para ter lugar a

quimissorção. Portanto, sugere-se que a capacidade de adsorção elevada para as amostras

modificadas é também devido ao processo de quimissorção (MELLO et al., 2011). Os

resultados de adsorção de CO2 obtidos a pressões mais elevadas mostram que os adsorventes

não modificados, apresentaram adsorções mais elevadas que os adsorventes modificados. Os

valores máximos experimentais de capacidade de adsorção das amostras sem modificação

foram: MSF de 11.39 mmol.g-1

e para a MSC de 10.44 mmol.g-1

a pressão de 40 bar. Propõe-

57

se que, a baixas pressões os grupos amina reativos foram mais limitados a interações com

CO2 e, a pressões elevadas, o volume de poro disponível é preenchido, indicando que a

fisissorção de CO2 é mais favorecida que a quimissorção, nestes suportes não impregnados.

Estes resultados implicam que a estrutura e as propriedades físicas do adsorbato e do

adsorvente, bem como a interação de adsorbato também influenciam no desempenho de

adsorção de CO2 (MELLO et al, 2011).

6.2.2 Parâmetros de equilíbrio – Modelos de Langmuir e Freündlich

Com os resultados obtidos das isotermas de adsorção de CO2, serão utilizados

os modelos de Langmuir (Equação 7) e Freündlich (Equação 9) para ajustar os dados e

explicar a adsorção no sistema adsorvente/adsorbato e prever seus parâmetros de equilíbrio.

As Figuras 28, 29 e 30 apresentam as isotermas de equilíbrio não linear e os modelos

de Langmuir (A) e Freündlich (B).

Figura 28 – Isotermas de equilíbrio com dados experimentais e linearizadas para modelos de

Langmuir (A) e Freündlich (B) para as amostras MSC e MSF.

Fonte: Elaborado pelo autor (2015).

58

Na Figura 28 que apresenta o gráfico das amostras não modificadas, os dois modelos

tem uma boa adequação devido à formação de uma monocamada, pois o processo dominante

é a fisiossorção entre a adsorvente e adsorbato.

Figura 29 – Isotermas de equilíbrio com dados experimentais e linearizadas para os modelos de

Langmuir (A) e Freündlich (B) para as amostras MSC-1 e MSF-1.

Fonte: Elaborado pelo autor (2015).

Nas Figuras 29 e 30 nos apresenta um melhor ajuste ao modelo de Freündlich, pois

nesses dois casos existiram dois tipos de interação física e química. Esse modelo descreve a

adsorção não ideal e reversível, não restrita à formação de monocamada e que pode ser

aplicado à adsorção de camadas múltiplas, com uma distribuição não uniforme de calor de

adsorção e afinidades sobre a superfície heterogênea (FREUNDLICH, 1907; ADAMSON;

GAST 1997).

A Tabela 5 apresenta os parâmetros de equilíbrio do ajuste dos dois modelos

utilizados. Os valores encontrados para o modelo de Freündlich corroboram com o já descrito

de acordo os gráficos mostrados nas Figuras 28, 29 e 30, o valor do R2 ser maior do que o do

modelo de Langmuir e o valor de n está entre 1 e 10.

59

Figura 30 – Isotermas de equilíbrio com dados experimentais e linearizadas para os modelos de

Langmuir (A) e Freündlich (B) para as amostras MSC-2 e MSF-2.

Fonte: Elaborado pelo autor (2015).

Tabela 5 - Parâmetros de equilíbrio obtidos dos ajustes dos modelos de Langmuir e Freündlich.

CÓDIGO Langmuir Freündlich

Qm (mmol.g-1

) KL (10-4

.bar-1

) R2 KF R

2 n

MSC 9.17 8.16 0.994 0.028 0.996 1.41

MSC-1 4.78 31.25 0.889 0.127 0.999 2.10

MSC-2 5.26 10.14 0.907 0.034 0.990 1.59

MSF 11.36 5.85 0.997 0.020 0.998 1.31

MSF-1 6.80 17.32 0.948 0.059 0.992 1.63

MSF-2 5.81 16.93 0.958 0.056 0.999 1.68

Fonte: Elaborado pelo autor (2015).

Com os resultados obtidos verifica-se que a modificação do material mesoporoso com

MEA para adsorção de CO2 a baixas é eficiente e a pressões mais elevadas o material puro se

mostra promissor.

60

7 CONCLUSÃO

Com os resultados obtidos por diversas técnicas de análise para os materiais

mesoporosos antes e depois de modificados com MEA, bem como, os testes de adsorção de

CO2 e ajuste de dados para os modelos de Langmuir e Freündlich pode-se concluir que:

A síntese dos materiais mesoporosos do tipo MCM-41 pelo método hidrotérmico, teve

êxito de acordo com os difratogramas de raios X. Os três picos característico referentes aos

índices de miller aos planos (100), (110) e (200).

Os materiais sintetizados mostraram um grau de ordenamento estrutural, enquanto os

materiais modificados apresentaram uma redução nesse ordenamento do seu sistema de poros

devido à diminuição da intensidade dos picos, se comparados aos materiais não modificados,

o FTIR também comprovou a presença de bandas características da MCM-41.

O método de modificação dos materiais por via úmida se mostrou eficiente e de fácil

repetição, conforme resultados no DRX, FTIR que apresentou as bandas características da

monoetanolamina.

Os resultados da adsorção e dessorção de N2 apresentaram isotermas do tipo IV,

característicos de materiais mesoporosos para as amostras MSC, MSF, MSC-1 e MSF-1.

Entretanto nas amostras modificadas houve uma diminuição nas áreas específicas, volumes de

poros quando comparadas com os nãos modificados, devido à presença da MEA na superfície

e bem como nos poros destes materiais. Essa alteração nas suas propriedades texturais e

estruturais é mais visível nas amostras MSC-2 e MSF-2 alterando a isoterma para a do tipo

III.

Com as micrografias eletrônicas de varredura foi possível visualizar a diferença entre a

morfologia das amostras: agregados com formato de esferas irregulares (MSC) e agregados

com formato de placas sobrepostas (MSF) e com partículas bem uniformes e dimensões

diferentes. É possível visualizar nas amostras modificadas uma diminuição nas dimensões dos

agregados com o aumento da concentração da MEA que pode ser atribuído a uma maior

interação e recobrimento das amostras.

As capacidades de adsorção dos materiais antes e depois de modificados se mostraram

bem diversos, a pressões abaixo de 5 bar os modificados foram mais eficientes. Entre 5 e 7

bar foram similares e a pressões maiores que 7 bar os não modificados se tornaram mais

seletivos.

Com a obtenção das isotermas de adsorção de equilíbrio pode se ajustar aos modelos

de Langmuir e Freündlich e entender a interação dos adsorventes não modificados e o

61

adsorbato é de natureza física e nos adsorventes modificados pode ocorrer tanto a interação

física, quanto química. O modelo que se mostrou mais eficiente foi o de Freündlich.

Os adsorventes sintetizados nesse trabalho se mostraram promissores em aplicações

onde o processo de adsorção se faz uso de alta pressão, em sistemas de operação PSA. E no

tocante ao custo/ beneficio a MCM-41 sintetizada com a sílica Fumed foi a mais eficiente.

62

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