UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais...

87
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO IGOR UCELLA DANTAS DE MEDEIROS CARACTERIZAÇÃO NUTRICIONAL, TECNOLÓGICA E FUNCIONAL DE RESÍDUOS LIOFILIZADOS DE FRUTAS TROPICAIS NATAL/RN 2016

Transcript of UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais...

Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

0

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO

IGOR UCELLA DANTAS DE MEDEIROS

CARACTERIZAÇÃO NUTRICIONAL, TECNOLÓGICA E FUNCIONAL DE

RESÍDUOS LIOFILIZADOS DE FRUTAS TROPICAIS

NATAL/RN

2016

Page 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

1

IGOR UCELLA DANTAS DE MEDEIROS

CARACTERIZAÇÃO NUTRICIONAL, TECNOLÓGICA E FUNCIONAL DE

RESÍDUOS LIOFILIZADOS DE FRUTAS TROPICAIS.

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Nutrição, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial à obtenção do títluo de Mestre em Nutrição. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Roberta Targino Pinto Correia Co-orientadora: Prof.ª Dr.ª Karla Suzanne Florentino da Silva Chaves Damasceno

NATAL/RN

2016

Page 3: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

2

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências da Saúde - CCS

M488c Medeiros, Igor Ucella Dantas de.

Caracterização nutricional, tecnológica e funcional de resíduos liofilizados de frutas tropicais / Igor Ucella Dantas de Medeiros. – Natal, 2016.

85f.: il. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Roberta Targino Pinto Correia.

Coorientadora: Prof.ª Dr.ª Karla Suzanne Florentino da Silva Chaves Damasceno Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Nutrição. Centro de Ciências da Saúde. Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

1. Frutas tropicais – Dissertação. 2. Fitoquímicos – Dissertação. 3. Resíduos industriais – Dissertação. I. Correia, Roberta Targino Pinto. II. Título.

RN-UF/BS-CCS CDU: 634.6

Page 4: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

3

AGRADECIMENTOS

O primeiro e principal agradecimento que faço é à minha família. Ao meu pai,

que como exemplo de educador, sempre apoiou e reforçou o poder que o

conhecimento tem para mudar as pessoas e o mundo. Agradeço também a minha

mãe e meus irmãos, que junto ao meu pai, sempre torceram pelo meu sucesso e me

motivaram para que eu sempre colocasse muito empenho no que faço. Que esse

passo que dou seja símbolo do amor, gratidão e adimiração que tenho por vocês.

Ao Programa de Pós-Graduação em Nutrição, em especial à professora Lúcia

Pedrosa, que com muito afinco, realizou esse sonho da tão esperada pós-graduação

no nosso curso, possibilitando assim que o sonho de outras gerações sejam

realizados.

Agradeço aos amigos! Aos “Mestrandos Nota 100” do centésimo curso de

pós-graduação da UFRN! Amigos com quem compartilhei parte desse caminho

acadêmico, com risadas, conversas, estatísticas, análises, etc. Nossa inspiração

mutúa fez e fará parte da história do PPGNUT.

Um agradecimento muito especial vai aos “LABTAmigos”! À Tássia, Dândara,

Thaís e Aline, as ICs mais especiais que existem, e que junto a Fran, Ana Luiza e

Kátia formaram mais que uma equipe, e sim uma FAMÍLIA, deixando o trabalho no

laboratório sempre muito leve. Foram tantas trocas, de conhecimentos,

aprendizados, músicas, gargalhadas, comida, enfim... Foram momentos

inesquecíveis compartilhados por pessoas lindas e especiais que vou levar dentro

do meu coração para SEMPRE!

Agradeço à parceria com a professora Jailane Aquino, UFPB, que forneceu o

material para análise além das demais contribuições para maior aprofundamento e

refino da nossa pesquisa.

Finalmente, agradeço muito à Roberta Targino, orientadora e pesquisadora

espetacular, que topou me orientar mesmo nem sabendo quem eu era! Agradeço e

admiro Roberta pela sua inteligência, respeito, sagacidade, carinho, praticidade e

exigência, tudo muito bem balanceado e que, junto à minha co-orientadora Karla

Suzanne, possibilitaram meu aperfeiçoamento acadêmico, acreditando no meu

potencial e lapidando-o.

Page 5: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

4

“O homem é livre, enquanto pode pensar...”

Ralph W. Emerson.

Page 6: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

5

RESUMO

O consumo de frutas está associado ao seu efeito benéfico à saúde pela presença

de fibras, vitaminas e compostos bioativos, sobretudo compostos fenólicos (CF) e

vitaminas com atividade antioxidante. O Brasil possui produção diversificada de

frutas tropicais, como a acerola, goiaba e caju, normalmente processadas formando

grandes volumes de resíduos agroindustriais. Assim, o presente trabalho objetivou

caracterizar resíduos liofilizados de acerola (RLA), goiaba (RLG) e caju (RLC)

quanto aos aspectos nutricionais, tecnológicos e funcionais associados ao estudo do

conteúdo bioativo após tratamento térmico. Os resíduos apresentaram elevado teor

de fibras dietéticas, com destaque para as insolúveis no RLG (40,6%) e solúveis no

RLA (14,2%). O RLG apresentou maior valor protéico (13,8%) e de lipídios (9,2%),

porém de forma geral, todos os resíduos apresentaram valor calórico reduzido. Os

minerais em destaque foram potássio, cálcio e magnésio, especialmente no RLC (K:

83,5 mg/g) e o RLA (Ca:31,9 mg/g e Mg: 2,8 mg/g). Quanto aos aspectos

tecnológicos, todos os resíduos apresentaram baixa higroscopicidade e valores

promissores de retenção de água (4,4 – 12,0 g/g) e óleo (3,0 – 5,4 g/g). O RLA foi o

mais rico em CF totais (5331,7 mg eqAG/100g), flavonoides totais (760,9 mg

eqC/100g) e atividade antioxidante (688,1 μmol eqTrolox/g no ORAC) e o RLG

apresentou mais proantocianidinas (217,8 mgEqPAC2/100g). O RLA obteve melhor

perfil fenólico com ácido salicílico (3503,4 mg/100g), miricetina (929,4 mg/100g) e

catequina (498,2 mg/100g). Nenhum resíduo apresentou atividade antibacteriana

frente aos micro-organismos Salmonella typhimurium, Shigella sonneie,

Staphylococcus aureus, Bacillus cereus e Listeria monocytogenes. O RLA

apresentou-se mais sensível ao tratamento térmico, com baixa retenção de CF totais

atingindo 29% aos 150°C. Porém a atividade antioxidante apresentou melhor

retenção em todos os resíduos e temperaturas (superiores a 70%). No caso do RLC,

um aumento de até 133% aos 150°C foi detectado, relacionando-se com a formação

de melanoidinas em todos os resíduos (com variações de até 582%). Com os dados

obtidos, conclui-se que o RLA, RLG e RLC apresentam alto potencial nutricional,

tecnológico e biotivo, inclusive para fortificação de outras matrizes alimentares.

Palavras-Chave: Frutas tropicais, resíduos industriais, fitoquímicos, tratamento

térmico.

Page 7: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

6

ABSTRACT

The dietary consumption of fruit is linked to beneficial health effects due the presence

of fiber, vitamins and bioactive compounds, especially antioxidant phenolic

compounds (PC) and vitamins. Brazil has a diversified of tropical fruits production

such as acerola, guava and cashew, which are usually processed and transformed

into large amounts of agro-industrial pomaces. Thus, this study aimed to characterize

freeze-dried acerola pomace (ACE), guava (GUA) and cashew (CAS) in regard to

their nutritional, technological and functional aspects, in addition to evaluate the

impact of the thermal-treatment. These residues are high in dietary fiber, especially

insoluble for GUA (40.6%) and soluble for ACE (14.2%). The GUA residue has

higher protein (13.8%) and lipids (9.2%), but overall, all pomaces have reduced

caloric content. Minerals such as potassium, calcium and magnesium were found in

CAS (K: 83.5 mg/g) and ACE (Ca: 31.9 mg/ g and Mg: 2.8 mg/g). Moreover, all dried

residues had low hygroscopicity and satisfactory water (4,4 – 12,0 g/g) and oil

holding capacity (3,0 – 5,4 g/g). ACE presented the highest phenolic content (5331.7

mg AGE/ 100g), total flavonoid (760.9 mg CE/ 100g) and antioxidant activity (688.1

μmol TE/g in ORAC) and GUA presented higher proanthocyanidins (217.8 mg PA2/

100g). ACE also presented outstanding phenolic profile, and salicylic acid (3503.4

mg/ 100g), myricetin (929.4mg / 100g) and catechin (498.2 mg/ 100g) were

identified. No antibacterial activity against Salmonella typhimurium, Shigella sonneie,

Staphylococcus aureus, Bacillus cereus e Listeria monocytogenes was detected.

Severe reduction of total phenolic content was observed for ACE sample, reaching

29% at 150 °C. However, higher antioxidant activity retention (above 70 %) was

observed to all pomaces and temperatures. Interestingly, an increased TPC of up to

133% at 150 °C was detected, which may be related to the formation of melanoidins

in all pomaces (with variations up to 582%). Based on these results, we conclude

that freeze dried pomaces have high nutritional, technological and bioactive potential,

and might be used as phytochemical-rich ingredients to different food matrices.

Key words: Tropical fruit, industrial waste, phytochemicals, thermal treatment.

.

Page 8: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

7

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................ 9

2 CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA........................................................... 11

3 OBJETIVOS.................................................................................................... 13

3.1 OBJETIVO GERAL....................................................................................... 13

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS........................................................................ 13

4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA........................................................................... 14

4.1 PRODUÇÃO NACIONAL DE FRUTAS TROPICAIS.................................... 14

4.2 PROCESSAMENTO DE FRUTAS TROPICAIS........................................... 15

4.3 COMPOSTOS BIOATIVOS PRESENTES EM FRUTAS TROPICAIS......... 17

4.4 APLICAÇÃO DOS RESÍDUOS DE FRUTAS NA INDÚSTRIA

ALIMENTÍCIA.............................................................................................. 19

4.5 ATIVIDADE ANTIOXIDANTE E ANTIMICROBIANA EM FRUTAS

TROPICAIS.................................................................................................. 20

4.6 EFEITO DO PROCESSAMENTO DE FRUTOS TROPICAIS E SEUS

RESÍDUOS................................................................................................... 22

5 METODOLOGIA.............................................................................................. 25

5.1 MATERIAL…………………………….………………………..………………… 25

5.2 COMPOSIÇÃO CENTESIMAL E DETERMINAÇÃO DE MINERAIS........... 25

5.3 ASPECTOS TECNOLÓGICOS E MICROSESTRUTURA.………………… 26

5.4 ASPECTOS FUNCIONAIS........................................................................... 27

5.4.1 OBTENÇÃO DE EXTRATOS.................................................................... 27

5.4.2 DETERMINAÇÃO DE COMPOSTOS FENÓLICOS TOTAIS,

FLAVONOIDES TOTAIS E PROANTOCIANIDINAS TOTAIS........................... 28

5.4.3 PERFIL DE COMPOSTOS FENÓLICOS.................................................. 29

5.4.4 DETERMINAÇÃO DE ÁCIDO ASCÓRBICO............................................. 30

Page 9: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

8

5.4.5 DETERMINAÇÃO DE CAROTENOIDES TOTAIS.................................... 31

5.4.6 ATIVIDADE ANTIOXIDANTE PELO RADICAL 2,2-DIFENIL-1-

PICRILHIDRAZIL (DPPH•)................................................................................. 31

5.4.7 TESTE DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE PELA CAPACIDADE DE

ABSORÇÃO DE RADICAL OXIGÊNIO (ORAC)................................................ 32

5.4.8 ATIVIDADE ANTIBACTERIANA................................................................ 32

5.5 DETERMINAÇÃO DE FENÓLICOS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE

APÓS TRATAMENTO TÉRMICO DOS RESÍDUOS.......................................... 33

5.5 DETERMINAÇÃO DE MELANOIDINAS APÓS PROCESSAMENTO

TÉRMICO........................................................................................................... 34

5.7 ANÁLISE ESTATÍSTICA.............................................................................. 35

6 ARTIGO CIENTÍFICO..................................................................................... 36

6.1 ARTIGO 1.................................................................................................... 36

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................ 65

REFERÊNCIAS.................................................................................................. 66

APÊNDICES....................................................................................................... 81

Page 10: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

9

1 INTRODUÇÃO

Dentre os diversos tipos de frutas existentes no mundo, as frutas tropicais

merecem destaque, devido ao seu crescente comércio e consumo, seus aspectos

sensoriais e pelo reconhecimento cada vez maior de seu valor nutricional e

terapêutico1. É notável a importância da fruticultura tropical, seja pela produção

econômica quanto pelo valor nutricional de seus insumos. O Brasil tem grande

importância nesse mercado, visto possuir condição geográfica favorável ao plantio e

colheita2–4.

A acerola (Malpighia emarginata DC.), goiaba (Psidium gajava) e caju

(Anacardium occidentale) são frutas amplamente distribuídas na América do Sul.

Tais frutas (ou o pseudofruto, no caso do caju) são adaptadas ao clima tropical e são

consumidas no país com destaque para sucos concentrados, doces ou compotas.

Nesse cenário a incorporação de tecnologias como a desidratação de frutas tropicais

é uma alternativa excelente para melhoria da comercialização desses insumos,

viabilizando seu uso integral e diminuindo perdas pós-colheita5.

Além de serem frutas ricas em açúcares e ácidos orgânicos, minerais, fibras e

vitaminas, como a pro-vitamina A e a vitamina C, estudos já provaram que a acerola,

goiaba e caju apresentam variados compostos bioativos além dessas vitaminas, tais

como os polifenóis, flavonoides e antocianinas, todos esses com atividade

antioxidante atestada3,6–8.

Assim, tais frutas entram em consonância com estudos epidemiológicos que

sugerem o consumo frequente de frutas, vegetais e chás devido ao efeito protetor de

suas moléculas bioativas contra doenças cardiovasculares, neurogenerativas,

câncer e processos inflamatórios8,9. Dessa forma, o consumo de frutas como a

acerola, goiaba e caju podem auxiliar na proteção do corpo humano contra danos

causados por espécies reativas de oxigênio (EROs)3,10.

Dentro desse contexto, vale ressaltar que, além da polpa comestível, estudos

comprovam que a concentração dos compostos bioativos nos resíduos das frutas,

com destaque às tropicais, são maiores ou similares às polpas das frutas

originárias11. No caso das frutas tropicais o processamento gera resíduos em peso

equivalente ou superior ao produto principal12.

Os resíduos ou bagaços originados do processo produtivo são

particularmente ricos em fibras dietéticas, assim como compostos fenólicos e

Page 11: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

10

carotenoides13–15. O variado grau de solubilidade, viscosidade e retenção de água

das fibras dietéticas desempenham papel importante na qualidade dos alimentos

nos quais são inseridas, o que, por sua vez influencia nas suas propriedades

biológicas, como a fermentação colônica e regulação do trânsito intestinal,

repercuntido positivamente no tratamento de doenças crônicas16. Essas e outras

frações dos resíduos são passíveis de extração para produção de ingredientes

funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a

quantidade de resíduos gerados, além de agregar valor econômico para toda a

cadeia agroindustrial4,8,17.

Avaliando o contexto geral da produção agroindustrial de frutas tropicais, é

evidente que a associação de demandas cada vez mais fortes por produtos mais

saudáveis, mais econômicos e mais sustentáveis direcionam estudos de novas

oportunidades de aproveitamento de seus resíduos. A comprovação da viabilidade

desse aproveitamento na elaboração de novos produtos pode representar um

benefício para quem o faz, para quem irá fazer uso, e principalmente, para o meio

ambiente.

Assim a possibilidade de identificação e quantificação de aspectos

nutricionais, tecnológicos e funcionais dos resíduos de acerola, goiaba e caju motiva

o estudo de tecnologias para sua utilização como ingredientes de maior valor

agregado.

Page 12: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

11

2 CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA

O Brasil produz uma larga variedade de frutos frescos. De acordo com dados

de 2012, 38,4 milhões de toneladas de frutas foram produzidas nacionalmente, e

dessas, 777 mil toneladas foram de frutas tropicais18.

O segmento da fruticultura no Brasil representa um forte gerador de renda, de

empregos e de desenvolvimento. Nesse cenário, o Nordeste brasileiro possui

condições climáticas que proporcionam o cultivo de diversas frutas tropicais,

reconhecidas pelos seus sabores exóticos e elevado poder de comercialização.

Estas são destinadas a grande variedade de métodos de processamento -

formulação de sucos, óleos essenciais, aromas, sorvetes, geleias, polpas para suco

- que tem em comum a geração de resíduos agroindustriais19.

No que diz respeito especificamente à produção de polpas de frutas, durante

esse processo são gerados subprodutos constituídos por sementes, cascas e polpa

residual. Esses resíduos são produzido sem volumes consideráveis que variam de

acordo com a fruta, mas que giram em torno de 50% do peso original20,21. Além de

serem abundantes, esses resíduos não possuem estratégias definidas de utilização,

sendo comumente descartados, frequentemente de maneira inadequada, pelas

unidades produtoras8,22.

Além da questão ambiental, a falta de aproveitamento racional desses

resíduos gera perdas econômicas no processo agroindustrial, já que o

aproveitamento integral da fruta proporcionaria maiores ganhos para cadeia

produtiva e para o consumidor. Do ponto de vista nutricional e funcional, uma das

grandes motivações para a pesquisa do valor bioativo de resíduos de frutas é a

constatação de que esses materiais podem ter quantidades superiores de

compostos fenólicos quando comparados à polpa23.

Esse achado é explicado pelo fato de que os compostos fenólicos são

metabólitos secundarios com múltiplos efeitos biológicos, incluindo reprodução e

proteção das plantas24. Logo, interesse crescente em tecnologias ambientalmente

corretas é justificado pela oportunidade de aproveitamento dos resíduos frutícolas

para a produção de ingredientes ricos em compostos fenólicos bioativos22.

O argumento para melhor aproveitamento de resíduos de fontes

agroindústrias, como as próprias frutas tropicais, demanda a utilização alternativas

de processamento, como a desidratação, para melhor preservação e utilização de

Page 13: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

12

tais matrizes. A desidratação, por sua vez, é amplamente utilizada para produção de

pós, originando novos ingredientes, destinados ao processamento de novos

produtos 25,26. Os pós desidratados são preferíveis pela indústria de processamento

devido a sua facilidade de mistura em outras matrizes25.

Vale salientar que a demanda por novos alimentos é baseada em uma rede

complexa de fatores que se associam. Indo desde atributos físico-químicos,

organolépticos, nutricionais, mas também com preocupações mais atuais, como no

caso da temática da sustentabilidade24. Tais associações ocasionam mudanças no

consumo alimentar, repercutindo na incorporação ou valorização de tendências

relacionadas à praticidade, sensorialidade, sustentabilidade, confiabilidade e

saudabilidade, gerando uma demanda maior por alimentos específicos27,28.

A produção e consumo de alimentos se ampara também em conceitos chaves

da Segurança Alimentar e Nutricional. Assim a soberania e sustentabilidade

alimentar entram em foco, uma vez que alimentos atendem critérios de soberania ao

valorizarem a autonomia de produção e abastecimento de alimentos de cada região,

unindo-se com a ideia da responsabilidade do consumo e uso das fontes naturais,

na qual a sustentabilidade defende uma produção consciente, cujas necessidades

presentes não põem em risco as das futuras gerações29.

Dentro desse contexto, pesquisas como aqui executada possibilitam trazer

novas informações e preencher lacunas quanto aos dados de composição de

macronutrientes, minerais, vitaminas, compostos bioativos ou mesmo aspectos

tecnológicos e funcionais de resíduos, o que está em consonância com estudos

recentes que focam nas potencialidades de resíduos agroindustriais, englobando a

caracterização e desenvolvimento de novos alimentos30,31.

Assim, considerando a acerola, caju e goiaba, como frutas tropicais de

expressão econômica para o país e para o mundo, um estudo aprofundado dos

resíduos agroindustriais dessas frutas, repercute em futuras possibilidades de

estratégias para promover uma utilização mais consciente e rentável destes, com

maiores benefícios ao meio ambiente e a saúde do organismo humano.

Page 14: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

13

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Caracterizar resíduos liofilizados de frutas tropicais (acerola, goiaba e caju) no

que diz respeito aos aspectos nutricionais, físicos e químicos.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Determinar a composição centesimal e composição de minerais dos resíduos

liofilizados;

Analisar a estrutura microscópica dos resíduos liofilizados;

Investigar os aspectos tecnológicos de higroscopicidade, solubilidade e teor

de retenção de água e óleo dos resíduos;

Determinar o teor dos compostos fenólicos totais, flavonoides totais,

proantocianinas, vitamina C e carotenoides totais dos resíduos liofilizados;

Caracterizar o perfil de compostos fenólicos dos resíduos liofilizados;

Determinar a atividade antioxidante dos resíduos liofilizados;

Verificar a atividade antibacteriana dos resíduos liofilizados;

Determinar o teor dos compostos fenólicos totais e a atividade antioxidante

dos resíduos liofilizados após tratamento térmico;

Avaliar a formação de melanoidinas dos resíduos liofilizados antes e após

tratamento térmico.

Page 15: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

14

4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

4.1 PRODUÇÃO NACIONAL DE FRUTAS TROPICAIS

O Brasil possui uma grande faixa territorial com condições climáticas

favoráveis e diversificadas, propiciando plantações de frutas tropicais nativas de

qualidade superior, ricas em compostos bioativos com capacidade

antioxidante17,32,33. Muitas dessas frutas são produzidas e consumidas em mercados

locais, seja por causa de sua perecibilidade ou pela pouca difusão de informações

acerca de suas propriedades sensoriais e nutricionais23.

Dados recentes demonstram que a produção de frutas tropicais frescas no

Brasil atingiu uma soma de aproximadamente 1,6 milhão de toneladas dentro dos

anos de 2012-1334. Pesquisas descreveram que que o Brasil detém 389 espécies e

438 cultivares estabelecidos de frutas tropicais, das quais algumas apresentam

variado potencial agroindustrial, tais como as cítricas, o maracujá, goiaba, caju,

acerola3,35.

A acerola (Malpighia emarginata DC.) é uma planta originária da América

Central, mas que também se dispersou para América do Sul, sendo introduzida no

Brasil em meados do século XX36. Estima-se que, no Brasil, a cultura da aceroleira

ocupe cerca de 4.000 hectares, com plantas produzindo flores e frutos em diferentes

estágios, possibilitando constantes períodos de frutificação durante o ano37.

A goiaba (Psidium guajava L.), baseada em evidências arqueológicas, existe

desde o tempo das civilizações pré-colombianas38. O fruto é de formato globoso ou

ovóide com cerca de 5 cm de diâmetro, possuindo cor amarela externa e mesocarpo

comestível rosa ou branco com numerosas sementes duras39.

O cajueiro (Anacardium occidentale L.) é nativo da América tropical e

originário do Brasil, sendo formado pela castanha e o pedúnculo (pseudofruto)6. O

cultivo desse fruto é de grande importância socioeconômica para a região nordeste

do país40,41. O Brasil produziu 3,61 milhões de toneladas somente do pseudofruto

em 2012-1342.

Associado a diversidade frutícola tropical brasileira, é cada vez mais evidente

que o consumo de frutas não é mais um mero resultado de preferência pessoal. A

Page 16: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

15

preocupação com a saúde tem estimulado seu consumo e produção, motivado pelo

seu conteúdo de nutrientes naturalmente presentes43.

4.2 PROCESSAMENTO DE FRUTAS TROPICAIS

Com boa aceitação em mercado nacional e internacional, frutos como a

goiaba e a acerola e o pseudofruto de caju possuem diferentes possibilidades de

mercado, como a comercialização de frutos in natura, ou, principalmente, na forma

de polpas congeladas ou sucos engarrafados36,44,45. No Brasil, dados de 2013

demonstraram uma produção de mais de 216 mil toneladas de polpas de frutas

esterilizadas, atingindo vendas de mais de 360 milhões de reais46.

Infelizmente, apesar da grande variedade de frutas na flora brasileira, fatores

como a perecibilidade e menor porção comestível dos frutos tropicais são

responsáveis pela grande quantidade de resíduos formados47–49. Por mais que o

processamento desses frutos seja uma alternativa promissora de utilização, a

geração de resíduos sem destinação específica ainda é uma realidade4. No caso

especifico do pedúnculo de caju, após a prensa, são formados resíduos constituídos

por uma mistura heterogênea da casca e fibra (bagaço), enquanto que no caso da

goiaba e acerola, o bagaço também é composto por sementes48,50,51.

Estima-se que do total de frutas processadas, 30 a 40% de resíduos

agroindustriais sejam gerados na produção de sucos e polpas52. No Brasil, as

indústrias de processamento de frutos foram responsáveis pela geração de

aproximadamente 810 mil toneladas de resíduos e subprodutos no ano de 2013, o

que resultou num custo de mais de 180 milhões de reais46.

As cascas e sementes são os dois maiores resíduos formados em diferentes

etapas do processamento das frutas8. Por outro lado, pesquisas demonstram que

nos extratos dessas partes normalmente desprezadas quantidades consideráveis de

antioxidantes estão presentes, o que por sua vez abre possibilidades para a

conversão desses resíduos em ingredientes alimentícios ou de outros produtos de

maior valor agregado4,53–55. O quadro 1 traz uma breve levantamente de como

estudos tem se debruçado para compreender esse potencial bioativo de resíduos de

frutas, incluindo as tropicais.

Page 17: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

16

Quadro 1 – Estudos de caracterização do potencial bioativo e funcional de diversos

resíduos de frutas subtropicais e tropicais.

Resíduo avaliado Parâmetros avaliados Autoria

Arônia (Aronia melanocarpa) Perfil de comp. fenólicos 56

Bayberry (Myrica rubra) Comp. fenólicos totais

Atv. antioxidante (DPPH∙) 57

Jabuticaba

Comp. fenólicos totais

Flavonoides totais

Taninos condensados

Antocianinas totais

23

Jabuticaba

Perfil de comp. fenólicos

Perfil de antocininas

Perfil de tocoferóis

Atv. antioxidante (DPPH∙)

58

Maçã, laranja e banana

Ácido ascórbico

Comp. fenólicos totais

Flavonoides totais

Atv. antioxidante (DPPH∙)

59

Ameixa seca, pêra e maçã

Comp. fenólicos totais

Perfil de comp. fenólicos

Atv. antioxidante (FRAP)

60

Caju Perfil de carotenoides 61

Abacaxi, acerola, caju, goiaba,

graviola, manga, mamão,

maracujá, pitanga, tamarindo.

Comp. fenólicos totais

Antocianinas totais

β-Caroteno

Licopeno

8

Abacaxi e goiaba Comp. fenólicos totais

Atv. antioxidante 62

Manga, goiaba, abacaxi e

maracujá

Comp. fenólicos totais

Atv. antioxidante (ABTS, DPPH∙ e

FRAP)

4

Maçã, pêra, pêssego, laranja,

tangerina e limão Perfil de comp. fenólicos 63

Cupuaçu, macadâmia, entre

outras

Ácido ascórbico

Comp. fenólicos totais

Atv. antioxidante (FRAP e ABTS)

64

DPPH∙ (2,2-Diphenyl-1-picrylhydrazyl radical scavenging assay); FRAP (ferric

reducing antioxidant power) e ABTS (2,2’-azinobis-3-ethylbenzothiazolina-6-

sulphonic acid trolox equivalent antioxidant capacity).

Page 18: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

17

Pode-se constatar que compreender o conteúdo bioativo dos resíduos de

frutas, incluindo as tropicais, é uma forma de impulsionar sua utilização de forma

mais diversificada, com aumento de lucratividade para a indústria além de satisfazer

uma demanda por tecnologias de baixa emissão de resíduos no agronegócio12.

Dessa forma, esforço tem sido feito para utilizar resíduos naturais em produtos de

utilidade comercial, visto sua riqueza em vitaminas, minerais, aminoácidos e

polifenóis. Dentre estes contituintes, alguns minerais apresentam ação vital como

co-fatores em muitos processos enzimáticos65.

Tudo leva a acreditar que o uso eficiente de resíduos da indústria agro-

alimentar é tecnologicamente apropriado, minimiza o impacto ambiental, além de

trazer benefício econômico para toda a cadeia produtiva. Somado a isso,

alternativas vantajosas para a exploração do conteúdo de antioxidantes de resíduos

de frutas tropicais oriundos do processamento de suco podem fornecer suplementos

nutricionais de baixo custo para população e para as indústrias de alimentos locais66.

4.3 COMPOSTOS BIOATIVOS PRESENTES EM FRUTAS TROPICAIS

A associação de estudos clínicos e observacionais com pesquisas sobre

ingredientes bioativos para o consumo humano tem comprovado os efeitos

antioxidantes das frutas na diminuição e ou inibição da oxidação de biomoléculas

como DNA, proteínas e lipídios, através da atuação de compostos fenólicos,

carotenoides e vitaminas12,33,67. Assim estudos relacionam a acerola, goiaba e caju,

como ricos em fitoquímicos atunado na redução do risco de doenças crônicas e

agudas37,68,69.

Dentre os fitoquímicos presentes nessas frutas, um dos mais conhecidos é o

ácido ascórbico, ou vitamina C, presente em quantidades entre 156 a 387 mg/100mL

de suco de caju, 6600mg/100g de acerola fresca e de 50 a 300 mg/100g de

goiaba70,71. Os carotenoides, precursores da vitamina A, podem ser encontrados no

suco de caju (8,2 a 197,98μg/100mL)72. Enquanto isso, a acerola e a goiaba se

destacam como fontes de fenólicos antioxidantes, como resveratrol, cumarina,

quercetina, triterpenóides e outros metabólitos secundários39,73.

Considerando a riqueza desses frutos, o uso de seus extratos bioativos

também pode ser considerado na preservação de alimentos como uma alternativa

aos aditivos químicos, atendendo demandas por produtos nutritivos, seguros e livres

Page 19: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

18

de substâncias sintéticas8. Assim, uma grande variedade de métodos analíticos tem

sido usada para avaliar o perfil de bioativos e a atividade antioxidante de frutas, e os

mesmos vem sendo utilizados na investigação do potencial bioativo de resíduos de

frutas tropicais, visando comparar e utilizar seus extratos como fontes de

antioxidantes naturais adicionados em alimentos e fármacos39,74.

Os compostos fenólicos, ou polifenóis, se destacam como os maiores

constituintes bioativos de interesse nas frutas. São metabólitos secundários das

plantas, presentes tanto nas porções tradicionalmente comestíveis, quanto nas não

cosmetíveis24. Normalmente, são moléculas formadas por pelo menos um grupo de

anel aromático e um ou mais grupos hidroxila, assim como em formas conjugadas

ligados a açúcares, ácidos orgânicos e aminas, ou mesmo a outro polifenol9,75,76.

Apresentam propriedades de prevenção ou inibição da oxidação pela captura de

radicais livres, doação de hidrogênio e supressão de oxigênio-singlete, o que por

sua vez são ações associadas com atividades antiinflamatórias e

antitrombóticas9,54,77.

Dentre os compostos fenólicos, os ácidos fenólicos e flavonoides representam

os grupos mais estudados e suas propriedades biológicas têm sido descritas na

literatura9. Os flavonoides se apresentam na forma de moléculas com 15 carbonos e

dois anéis aromáticos conectados por uma ponte de carbono. As principais

subclasses desses compostos são os flavonóis, flavonas, isoflavonas, flavanona e

antocianidinas78. Os flavonoides possuem forte atividade antioxidante, amplamente

demonstrada em ensaios in vitro e podendo apresentar eficiência superior ao das

vitaminas E e C79,80.

Os flavonoides podem ser divididos em diversas classes, de acordo com o

grau de oxidação e substituição do anel benzopirano. Destaque pode ser dado aos

taninos condensados, ou proantocianidinas, que são precursores incolores das

antocianidinas e responsáveis pelo sabor adstringente de algumas frutas81,82.

Estudos comprovam seus efeitos contra a peroxidação lipídica e na inibição do

crescimento bacteriano por diferentes mecanismos12,83,84.

Os compostos fenólicos, diferentemente das vitaminas tradicionais, não são

essenciais para o bem estar em curto prazo, mas são crescentes as evidências que

associam o seu consumo de longo prazo com efeitos favoráveis na menor incidência

de câncer ou doenças crônicas78.

Page 20: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

19

Como dito anteriormente, a acerola, goiaba e caju são fontes de carotenoides

e ácido ascórbico, compostos bioativos naturais de importância nutricional e

funcional. Os carotenoides são pigmentos naturais responsáveis pelas cores

amarela, laranja e vermelha em muitos vegetais e frutas85. Já o ácido ascórbico

(ácido L-treo-2-hexonona-1,4-lactona, ácido L-ascórbico ou “vitamina C”) diz respeito

a todos os compostos que apresentam uma atividade biológica equivalente ou

semelhante ao ácido L-ascórbico, tais como seus produtos da oxidação, isômeros,

ésteres do ácido ascórbico e as formas sintéticas86.

O interesse nos carotenoides e na vitamina C das frutas tropicais tem

aumentado consideravelmente dentro do âmbito nutricional por participarem de uma

série de processos metabólicos importantes87–89. A vitamina C possui efeito

anticarcinogênico, agindo conjuntamente na regeneração da forma ativa do tocoferol

nas membranas celulares90. A propriedade antioxidante dos carotenoides é

considerada como seu principal efeito benéfico à saúde humana, associando-se à

prevenção de doenças cardiovasculares e câncer87,89.

Essa associação desses compostos com atividade antioxidante constatada,

tornam as frutas tropicais (e consequentemente seus resíduos) como potenciais

ingredientes bioativos aliados da indústria de alimentos para o desenvolvimento de

produtos funcionais enriquecidos, e com menor utilização de aditivos artificiais.

4.4 APLICAÇÃO DOS RESÍDUOS DE FRUTAS NA INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA

As indústrias de processamento de frutas são responsáveis pela emissão de

uma grande quantidade de resíduos, que apresentam-se como fontes de fibras

alimentares e outros macronutrientes91. Essas frações são originárias de diferentes

frutas processadas e podem conter quantidades interessantes de corantes,

antioxidantes ou outras substâncias com efeitos positivos à saúde, auxiliando na

adequada resposta insulínica ou mesmo na manutenção de peso4,12. Assim uma

estratégia para incrementar a economia do processamento de frutas tropicais seria

na incorporação e agregação de valor de seus resíduos seja para a produção de

outros alimentos ou pela extração de seus compostos bioativos para formuação de

aditivos naturais ou nutraceuticos12.

Estudos tem observado a possível aplicação de resíduos de frutas como

ingredientes diferenciados na produção de alimentos, focando principalmente em

Page 21: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

20

seu maior conteúdo de fibras, tanto das frações solúveis e insolúveis, sua

capacidade de aumentar a vida de prateleira de produtos, seu preço baixo e sua

capacidade de expressar efeitos fisiológicos positivos aos consumidores92.

Assim a incorporação de resíduos em produtos alimentícios como substitutos

baratos e parciais aos farináceos podem melhorar a retenção de água e óleo,

estabilidade oxidativa das emulsões, além de serem menos calóricos92. Associado a

isso, outra forma de aproveitamento desses resíduos está no refino de seus

macronutrientes de maior valor agregado, como no caso das proteases extraídas de

resíduos de abacaxi e mamão, pectina da maçã e goiaba, ou mesmo nos óleos

essenciais de sementes de maracujá, manga e uva93–95

A exemplo disso, estudos têm demostrado a aplicabilidade real de frutas e

seus resíduos no desenvolvimento de alimentos ou ingredientes, como por exemplo

na aplicação de farinha de casca de manga na produção de biscoitos ricos em

antioxidantes e fibras96, produção de farinha de casca de maçã com características

apropriadas para armazenamento e uso97, utilização de pós de frutas na produção e

aceitação de “snacks” infantis98 e na produção e estudo da estabilidade dos

compostos bioativos de pães enriquecidos com farinha e goiaba31.

4.5 ATIVIDADE ANTIOXIDANTE E ANTIMICROBIANA EM FRUTAS TROPICAIS

É reconhecido atualmente, que o ambiente natural que rodeia o homem está

cada vez mais degradado e poluído99. Isso, associado a fatores, como alcoolismo,

tabagismo, baixo consumo de frutas e vegetais, envelhecimento e estresse

emocional podem levar a processos biológicos que desencadeiam a formação

exacerbada de Espécies Reativas de Oxigênio (EROs), afetando o corpo humano de

forma sistêmica com enfraquecimento do sistema imune e aceleração do

envelhecimento celular100–102.

Em termos biológicos, EROs são formadas continuamente durante os

processos metabólicos (normais ou patogênicos) ou são provenientes de fontes

exógenas físicas e químicas, podendo incluir os radicais livres como o superóxido,

hidroxil, peroxil, alcooxil e os não-radicais, como o peróxido de hidrogênio e ácido

hipocloroso65,80,103.

Vale ressaltar também, que os radicais livres agem de maneira deletéria

sobre plantas e alimentos. A peroxidação lipídica é a principal causa da deterioração

Page 22: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

21

dos ácidos graxos em alimentos104. É amplamente aceito que as reações oxidativas

que acontecem nos alimentos causam perdas nutricionais, assim como alterações

de aroma, sabor e textura, que repercutem em depreciação e deterioração, com

perda de qualidade e rejeição por parte dos consumidores24

Para combater os radicais livres os organismos vivos produzem substâncias

antioxidantes que previnem ou atrasam a oxidação pela captura de radicais livres,

na supressão de radicais por ligação a íons metálicos, na redução do peróxido de

hidrogênio e extinção de superóxidos e oxigênio singlete80,105. Porém, para

restabelecer o equilíbrio oxidativo, certas quantidades de antioxidantes exógenos

podem ser requeridas através da dieta habitual103,104.

Assim, mais estudos devem existir, com a finalidade de quantificar e

identificar metabólitos ou compostos químicos com ação antioxidante em frutas,

visando sua utilização com impactos positivos na saúde humana, combate a

doenças e preservação de alimentos3. Fontes naturais e seguras de alimentos

antioxidantes, principalmente de origem vegetal, despertam interesse específico

como na sua aplicação como aditivos naturais em alimentos, agindo como

ingredientes funcionais ou antioxidantes na diminuição de patógenos33,80,101.

A aplicação de extratos antioxidantes em produtos pode aumentar a

estabilidade dos alimentos ao armazenamento por meio da ação de componentes

como fenóis, alcoóis, aldeídos, cetonas e outros hidrocarbonetos, sendo potenciais

antimicrobianos naturais, evitando ou retardando a degradação pela oxidação de

lipídios, assim como na melhora da qualidade e do valor nutricional dos alimentos84.

A atividade antimicrobiana de uma variedade de compostos fenólicos de

fontes naturais tem sido estudada em detalhe. Compostos fenólicos de especiarias

como o gingerol, zingerona e capsaicina são alguns exemplos, com uso na inibição

de germinação de esporos bacterianos atestados105,106. Isso, por sua vez, demonstra

a importância e o potencial da capacidade antimicrobiana das frutas (ou de seus

extratos), pois independentemente do grande número de técnicas de preservação

existentes hoje em dia, a deterioração de produtos alimentícios por micro-

organismos ainda é um problema que não foi completamente controlado33.

Page 23: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

22

4.6 EFEITO DO PROCESSAMENTO DE FRUTOS TROPICAIS E SEUS

RESÍDUOS.

O processamento pode ser considerado uma forma essencial de preservação

dos alimentos para o consumo em massa, visto que melhora a conveniência de

utilização (um fator desejável dentro das tendências de consumo). Devido à natural

perecibilidade das frutas, o processamento das mesmas torna-se a única maneira

viável de comercializção e consumo em mercados distantes da zona produtora.

Porém, um dos principais aspectos limitantes do processamento é a perda de

qualidade nutricional quando comparada ao produto fresco47.

A correta escolha por métodos de processamento e preservação é muito

importante, principalmente para alimentos fonte de compostos bioativos. Isso porque

podem causar alterações físicas, químicas e ou biológicas, repercutindo em perda

de nutrientes e ou da cor pela degradação de pigmentos como carotenoides e

antocianinas107.

A vitamina C, por exemplo, considerada a principal vitamina antioxidante

natural na nossa dieta habitual, apresenta alta instabilidade e reatividade, com

degradação contínua após colheita e durante processamento e armazenamento90.

Fatores como pH alcalino, temperaturas altas, luz, contato com oxigênio, presença

de íons metálicos e enzimas podem provocar danos à composição da matriz

alimentar, com perdas irreversíveis na quantidade dessa vitamina86,108.

Considerando que o processo de reutilização dos resíduos vegetais é

suportado principalmente pela maior concentração de polifenóis nas suas cascas e

sementes, investigações científicas e tecnológicas têm desenvolvido métodos de

processamento mais sustentáveis e econômicos, visando uma melhor compreensão

e preservação da matriz residual na qual os polifenóis se encontram109,110,97.

Dentre os diversos métodos empregados na preservação de alimentos, a

desidratação, amplamente usada na história do homem, se caracteriza pela

remoção da água através de vaporização ou sublimação, reduzindo a atividade de

água do alimento. Assim minimizam-se reações de decomposição, além da redução

de peso e volume dos produtos gerados111,112.

Existem diversas técnicas de secagem, sendo a liofilização considerada o

melhor método de desidratação para a obtenção de produtos de maior qualidade

nutricional32. Tal método é conhecido pela sua eficiência em gerar melhores

Page 24: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

23

produtos desidratados devido à ausência de água líquida pelas baixas temperaturas

requeridas no processo36.

Mesmo assim, alimentos secos normalmente necessitam de uma preparação

antes do consumo, como aquecimento e cocção. Muitos produtos desidratados são

utilizados como ingredientes, incorporados diretamente ou após reidratação, em

uma nova matriz alimentar, o que por sua vez, exige atributos específicos de

solubilidade, teor de retenção de água e higroscopicidade26. No que se refere aos

produtos liofilizados, apesar de alcançarem parâmetros de maior qualidade

nutricional, tecnológica e funcional, informações mais detalhadas sobre esses

aspectos ainda não existem na literatura, especialmente para as frutas tropicais36.

Estudos afirmam que mesmo tratamentos considerados moderados, como a

liofilização, podem gerar modificações nos níveis de compostos bioativos107,113.

Em frutas e vegetais, fitoquímicos podem estar ligados às membranas

celulares vegetais ou existirem como compostos livres, o que torna variável o efeito

do processamento na estabilidade dos compostos bioativos107. Assim,

processamentos térmicos como congelamento ou aquecimento, podem levar ao

aumento ou perda de compostos bioativos. Esses tipos de tratamentos podem

causar a ruptura da matriz alimentar ocasionando tanto maior liberação de seus

bioativos, como na depleção pela decomposição de compostos lábeis114–116.

O mesmo pode ser dito sobre a atividade antioxidante das frutas e seus

produtos, que pode não sofrer nenhum efeito, ser aumentada, ou diminuída como

consequência do processamento. Assim, apesar de que o mais comumente

observado seja a perda de antioxidantes presentes na matriz do alimento, o

aumento de atividade antioxidante também já foi relatado117.

O desenvolvimento de dímeros é a forma mais comum de degradação das

substâncias naturalmente antioxidantes presentes nos alimentos durante o

processamento118. Mas, por outro lado, a oxidação dos polifenóis pode formar

subprodutos com estado oxidante intermediários com maior eficiência de abstração

de radicais livres do que naqueles inicialmente não-oxidados119. Isso se deve porque

a maioria dos produtos de oxidação dos fenólicos antioxidantes ainda retém

atividade antioxidante e isso pode estar associado a efeitos sinérgicos como os

observados com ácido cítrico, ascórbico, fosfolipídios, aminas, aminoácidos e

hidrolisados protéicos118.

Page 25: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

24

O processamento dos alimentos pelo calor pode ainda contribuir para que

reações entre as substâncias já presentes na matriz do alimento possam ocorrer.

Uma dessas reações amplamente conhecida é a reação de Maillard, em que a

condensação de aminoácidos e açúcares redutores ou produtos da oxidação lipídica

podem formar os Produtos da Reação de Maillard (PRM)120,121. Dentro dos PRM,

pigmentos heterogêneos, nitrogenados e acastanhados chamados de melanoidinas

são formados e destacam-se por apresentarem atividade antioxidante, antialérgica,

antimicrobiana ou citotóxica117,122,123.

As melanoidinas podem ser formadas na reação de Maillard durante o

processamento indutrial e doméstico, sendo amplamente distribuídas na nossa dieta

(nos cafés, chocolate, pão e mel)124. Elas estão relacionadas a estudos que

comprovam tanto sua potencialidade antioxidante quanto a sua incapacidade de

abstração de radicais livres124,125. Esses dados conflitantes se devem principalmente

à complexidade dos componentes existentes nas frações desses compostos, que

por sua vez, está relacionado tanto ao tipo de análise feita, processamento

submetido, e principalmente, a diferença estrutural e química de distintos tipos de

matrizes alimentares 122.

Considerando todos esses fatores que incidem direta e indiretamente sobre

os alimentos processados, é imperativo entender os mecanismos de degradação em

frutos exóticos como um pré-requisito para maximizar a retenção de seus compostos

bioativos109. A aplicação de modelos experimentais de tratamento térmico é uma das

formas para avaliar e prever a influência dessas operações nos parâmetros críticos

de qualidade, visando minimizar as alterações indesejáveis e aperfeiçoar a

qualidade de alimentos123.

Page 26: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

25

5 METODOLOGIA

O presente trabalho desenvolveu uma pesquisa do tipo experimental, analítica

e transversal, com o levantamento e descrição de dados dentro de ambiente

laboratorial e avaliação e planejamento cíclicos. Também trata-se de uma pesquisa-

ação, já que houve teste de hipóteses, associações e inferências em um momento

seccionado do estudo.

5.1 MATERIAL

Resíduos liofilizados de acerola (RLA), goiaba (RLG) e caju (RLC),

constituídos de casca, polpa residual e ou sementes foram doadas por empresas de

processamento de polpas de frutas congeladas, situadas em João Pessoa – PB.

Diversos lotes foram recebidos, totalizando 20Kg de cada resíduo, sendo

homogeneizados e armazenados à -18°C. No período de dezembro de 2014 a

dezembro de 2015, porções de cada lote foram retiradas e submetidas à liofilização

(modelo L-101, Liotop, São Carlos-SP, Brasil) por aproximadamente 36 horas a -

40°C, vácuo inferior a 150µmHg e velocidade de liofilização de 1 mm/h. Após

desidratação, os resíduos foram triturados (modelo RI7761, Philips Walita, China) e

peneirados (16 mesh) para se obter um pó com tamanho médio de partícula inferior

a 1,0 mm. Os resíduos em pó foram acondicionados em embalagens de vidro ao

abrigo da luz e sob congelamento (- 18°C) para futuras análises.

5.2 COMPOSIÇÃO CENTESIMAL E DETERMINAÇÃO DE MINERAIS

Todas as análises de composição centesimal foram realizadas de acordo com

a AOAC126. Foram realizadas análises de umidade por secagem em estufa a 105°C

até peso constante (925.09), resíduo mineral fixo por incineração em mufla a 550°C

(930.30), lipídios pelo método de extração direta em Soxleht (920.39,C), proteínas

pelo método de Kjeldahl (990.03) e fibra dietética total (FDT) (985.29) e fibra

dietética insolúvel (FDI) (991,42) pelo método enzimático gravimétrico. A Fibra

Dietética Solúvel (FDS) foi determinada pela diferença da FDT pela FDI (993.19)126.

O teor de carboidratos disponíveis foi calculado pela diferença do total de proteínas,

lipídios, cinzas e umidades e fibra total dietética127. O valor energético total (VET) foi

Page 27: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

26

estimado pelo uso dos fatores de conversão de 4 Kcal/g para proteína e carboidratos

disponíveis e 9 Kcal/g de lipídios, com a soma expressa para 100g de resíduo128.

A análise da composição mineral dos resíduos foi realizada utilizando

espectrometria de fluorescência de raios X de energia dispersiva, utilizando aparelho

Energy Dispersive X-raySpectrometer – EDX (EDX-720, Japão)129. As amostras

foram colocadas em portas-amostra próprios do aparelho lacradas em ambas as

extremidades com filmes finos de polipropileno e abertas em uma das extremidades

para evitar extrusão de amostras ao acionar o vácuo, para então serem analisadas

em aparelho EDX. Os resultados finais foram expressos em mg/g ou µg/g.

5.3 ASPECTOS TECNOLÓGICOS E MICROESTRUTURA

Os pós de RLA, RLG e RLC foram avaliados quanto aos seguintes aspectos

tecnológicos: higroscopicidadee solubilidade e grau de retenção de água e óleo.

Para a higroscopicidade, 1g dos resíduos liofilizados, foram dispostos em placas de

Petri (9 cm) previamente taradas e mantidas em célula de higroscopicidade

(dissecador) com uma placa de Petri com solução saturada de NaCl (0,4g/mL, UR

76%)130. As amostras foram mantidas dentro do sistema por 5 dias seguidos, sendo,

ao fim, registradas as diferenças de massa. O percentual de higroscopicidade dos

resíduos foi encontrado segundo a equação I, e a categorização de tal parâmetro foi

realizada conforme Quadro 2131.

% 𝐻𝑖𝑔𝑟𝑜𝑠𝑐𝑜𝑝𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 =𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙−𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙

𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙× 100( I )

Quadro 2 – Classificação da higroscopicidade de pós.

Higroscopicidade

Não Higroscópico <10%

Ligeiramente Higroscópico 10,1 – 15%

Higroscópico 15,1 – 20%

Muito Higroscópico 20,1 – 25%

Extremamente higroscópico > 25%

Fonte: GEA Niro Research Laboratory (2010).

Page 28: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

27

Para a análise de solubilidade, amostras de 1 g dos resíduos foram pesadas e

dispersas em 100 mL de água destilada em agitação a 380 x g por 5 minutos. Após

homogeneização, as amostras foram dispostas em tubos rosqueados e

centrifugadas por 5 minutos a 850 x g. Alíquotas de 25 mL foram retiradas de cada

sobrenadante dispostas em placas de Petri dessecadas, com seus pesos

registrados. Após, foram encaminhadas para secagem em estufa a 105°C por 5

horas. O percentual de solubilidade foi calculado através da diferença de peso da

alíquota seca, conforme equação II.

% 𝑆𝑜𝑙𝑢𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = (𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑠ó𝑙𝑖𝑑𝑜 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑠𝑒𝑐𝑜 ×4 )

𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 𝑒𝑚 𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑠𝑒𝑐𝑎 × 100 ( II )

Para a quantificação do teor de retenção de água (TRA) e óleo (TRO), 250mg

dos resíduos liofilizados foram homogeinizados em 25 mL de solução tampão fosfato

(1M, pH6,3) para o TRA e 25 mL de azeite de oliva para o TRO e mantidos à

temperatura ambiente por 1h4. Seguiu-se então de centrifugação (970 x g por 10

minutos), remoção completa do sobrenadante e pesagem do resíduo. O teor de

retenção foi calculado e expresso como grama de água ou óleo retido por grama de

amostra (g H2O ou Óleo/g amostra).

O estudo morfológico das partículas foi realizado no Laboratório de

Microscopia Eletrônica de Varredura (LABMEV) da UFRN por meio da microscopia

eletrônica de varredura (MEV). Os resíduos foram fixados em porta-espécime

metálicos com fita adesiva de dupla face e observados por MEV (modelo TM3000,

Hitachi, EUA), operando com tensão de aceleração de 5,0 kV e 15 kV e com zoom

entre 40 e 1500 x.

5.4 ASPECTOS FUNCIONAIS

5.4.1 OBTENÇÃO DOS EXTRATOS

Os resíduos liofilizados de acerola, goiaba e caju que constituem os grupos

experimentais RLA, RLG e RLC, respectivamente, foram utilizados para a

preparação de extratos aquosos. Para isso, 500mg de RLG e RLC e 250 mg de RLA

foram misturados a 50mL de água destilada e submetidos a homogeinização em

Page 29: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

28

agitador magnético (TE-0353, Tecnal, Brasil) por 60 minutos. Os extratos foram

então filtrados com auxílio de bomba à vácuo (NOF 650, New Pump, Brasil) e

centrifugados à 1230 x g por 10 minutos à 4°C (Universal 320 R, Hettich, Alemanha)

em tubos de centrífuga para separação do sobrenadante, ou extrato aquoso.

Os extratos aquosos foram utilizados nas análises de compostos fenólicos

totais, flavonoides totais, e atividade antioxidante. Os demais métodos foram

conduzidos mediante pesagem direta da amostra ou preparação de extrato

específico.

5.4.2 DETERMINAÇÃO DE COMPOSTOS FENÓLICOS TOTAIS, FLAVONOIDES

TOTAIS E PROANTOCIANIDINAS TOTAIS

Para a quantificação de compostos fenólicos totais (CFT) foi utilizado o

método colorimétrico do reagente Folin Ciocalteu132. Triplicatas de 250 μL dos

extratos aquosos dos RLA, RLG e RLC foram adicionados a 2 mL de água destilada

e 250 μL do reagente Folin Ciocalteu (1,0 N). Após agitação rápida e descanso por

3 minutos, foram adicionados 250 μL de solução saturada de carbonato de sódio

(0,286 mg/mL) e as amostras foram transferidas para banho-maria a 37°C por 30

minutos. As soluções foram submetidas à leitura de absorbâncias em

espectrofotômetro (Genesys 10SVIS, Thermo Scientific, Estados Unidos) a 750 nm.

Utilizou-se curva padrão de ácido gálico para expressar os resultados em miligramas

de equilaventes por 100 g de amostra em matéria seca (mg Eq. ag/100 g ms).

Para a quantificação de flavonoides totais (CT), foi utilizado o ensaio de

reação com cloreto de alumínio133. Alíquotas de 500 μL dos extratos aquosos foram

misturadas com 2 mL de água destilada e 150 μL de nitrito de sódio (50 g/L). Após 6

minutos, adicionou-se 150 μL de cloreto de alumínio (100 g/L) seguido de mais 6

minutos de descanso. Finalmente, 2 mL de hidróxido de sódio (1 M) foram

acrescidos e o volume foi completado para 5 mL com água destilada. Seguiu-se 15

minutos de descanso sob proteção da luz e as soluções foram submetidas à leitura

de absorbâncias a 510 nm em espectrofotômetro (Genesys 10SVIS, Thermo

Scientific, Estados Unidos). Utilizou-se curva padrão de catequina para expressar os

resultados em miligramas de equilaventes por 100 g de amostra em materia seca

(mg Eq. C/100 g ms).

Page 30: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

29

O teor de Proantocinidinas (PAC) totais foi aferido pelo método colorimétrico

do reagente 4-Dimetilaminocinamaldeído134. Inicialmente, 0,5 g de cada amostra foi

extraída com 8 mL de ácido acético (1%) em solução hidrometanólica (80%). As

amostras foram sonicadas por 5 minutos e centrifugadas a 1520 x g. Os

sobrenadantes foram alocados em balões volumétricos de 25 mL e o processo de

extração foi repetido mais duas vezes. Os sobrenadantes foram combinados e o

volume completado para 25 mL com solução extratora. Alíquotas dos extratos (63

μL) foram adicionadas a 189 μL de reagente 4-Dimetilaminocinamaldeído (DMAC) e

a absorbância foi medida em espectrofotômetro a 640 nm (Synergy HT Multi-

Detection Microplate Reader, BioTek, Vermont, USA). Os resultados foram

expressos em miligramas de equivalentes de PAC tipo-A2 por 100 g de amostra em

matéria seca (mg Eq. PAC2/ 100g ms).

5.4.3 PERFIL DE COMPOSTOS FENÓLICOS

A extração dos ácidos fenólicos contidos nos resíduos liofilizados foi realizada

através da hidrólise ácida135,136. O resíduo liofilizado (1 g) foi pesado em um tubo de

polietileno (25 mL) e adicionado de 10 mL de metanol com HCl 6 mol/L, a hidrólise

ácida (pH = 1,0) foi realizada por um período de 30 minutos em estufa a 85°C. Após

a hidrólise a solução foi ajustada a pH 2 com NaOH 6 mol/L. Adicionou-se 5 mL de

éter etílico ao extrato e centrifugou a 4000 x g por 10 min para decantar qualquer

material floculado. O sobrenadante foi cuidadosamente retirado e o procedimento

anterior foi repetido mais duas vezes. Depois da retirada total dos três

sobrenadantes, os mesmos foram combinados e submetidos à secagem em rota-

evaporador. Por fim, o extrato foi ressuspenso em 500 µL de metanol e armazenado

a -5°C até análise.

A identificação dos compostos fenólicos dos extratos foi realizada através da

Cromatografia Líquida de Alta Eficiência de fase reversa, usando o módulo de

separação (LC-20 AT, Shimadzu Corporation, Japão) equipado com uma coluna

C18 (SUPELCOSIL™ LC-PAH HPLC Column, 250 x 4,6 mm, tamanho de partícula

5μm, Sigma-Aldrich, St. Louis, MO, EUA) e um detector UV-VISÍVEL (Rheodyne,

EUA). As amostras foram eluídas em um sistema gradiente que consiste nas

seguintes fases móveis: solvente A (2% de ácido acético, v/v) e solvente B

(acetonitrila: metanol, 2:1, v/v), em fluxo constante de 1 mL / min137. A temperatura

Page 31: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

30

da coluna foi mantida a 40 °C, volume de injeção foi de 20 μL e a leitura realizada

em 280 nm com utilização dos respectivos padrões (Sigma-Aldrich, St. Louis,EUA).

5.4.4 DETERMINAÇÃO DE ÁCIDO ASCÓRBICO

Para a quantificação do ácido ascórbico foi utilizado o método titulométrico

com 2,6-diclorofenolindofenol (DCFI) (967.21)126. Foi pesado 1 g de resíduos de

cada amostra em béqueres, que receberam 50 mL de solução de ácido

metafosfórico 1% (HPO3). A solução foi homogeneizada em agidator maginético

(Blender Waring, 51BL30, Estados Unidos) por 3 minutos, sendo então o extrato

filtrado a vácuo em papel qualitativo. Do filtrado, uma alíquota de 10 mL foi titulada

com solução de DCFI. O cálculo foi realizado de acordo com as equações III e IV e o

resultado foi expresso em miligramas por 100g de materia seca (mg/100g ms).

Para o resíduo de acerola, o método titulométrico com DCFI adaptado para

frutos de colocaração avermelhada foi utilizado138. Foi pesado 1g da amostra que foi

extraída sob as mesmas condições anteriores. Para a titulação, 2mL de DCFI

(0,5g/L) foi misturado com 18mL de água destilada, e essa solução titulada com o

extrato de acerola, anotando-se o valor do volume utilizado para a mudança de cor

do DCFI no ponto de viragem (cor igual ao líquido titulado). O cálculo foi realizado de

acordo com a equação V e o resultado foi expresso em miligramas por 100g de

materia seca (mg/100g MS).

𝑉𝑖𝑡𝑎𝑚𝑖𝑛𝑎 𝐶 (𝑚𝑔 100𝑔⁄ ) =𝑉 ×𝐹 ×100

𝑚 ( III )

𝐹 =10 ×𝑐

𝑝 ( IV )

V: Volume (mL) de DCFI usado na titulação;

m: Massa (g) de amostra analisada;

p: Volume (mL) de DCFI usado para titulação de 10 mL de uma solução padrão de ácido ascórbico de

concentração c (0,01 mg/mL)

𝑉𝑖𝑡𝑎𝑚𝑖𝑛𝑎 𝐶 (𝑚𝑔 100𝑔) = (𝑝 ×𝐶 ×50) ×100

𝑉 ×𝑚⁄ ( V )

V: Volume (mL) de extrato usado para titular solução de DCFI;

m: Massa (g) de amostra analisada;

p: Volume (mL) de solução de ácido ascórbico de concentração c (0,01 mg/mL) usada para titular

solução de DCFI.

Page 32: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

31

5.4.5 DETERMINAÇÃO DE CAROTENOIDES TOTAIS

Para a análise de carotenoides totais (CT), extratos foram feitos de acordo

com a metodologia colorimétrica a partir de extratos acetônicos139. Foram pesados

500 mg dos resíduos que foram acondicionados em tubos protegidos da luz visível.

Foram adicionados 18 mL de acetona P.A. e os tubos foram agitados vigorosamente

por 30 segundos (AP56, Phoenix, Brasil). O extrato acetônico foi separado com uso

de papel de filtro qualitativo e as leituras realizadas em espectrofotômetro (Genesys

10SVIS, Thermo Scientific, Estados Unidos)nos comprimentos de onda de 662, 665

e 470nm, utilizando-se acetona P.A. como branco. Os valores foram expressos na

concentração de carotenoides totais em µg/mL dos extratos, de acordo com as

equações VI,VII e VIII139. Os resultados finais de concentração foram convertidos em

miligramas de carotenoides totais por 100g de matéria seca (mg/100g ms) do

respectivo resíduo liofilizado.

𝐶𝑎 (𝜇𝑔 𝑚𝐿) = 11,24 × 𝐴𝑏𝑠662 − 2,04 × 𝐴𝑏𝑠665⁄ ( VI )

𝐶𝑏 (𝜇𝑔 𝑚𝐿) = 20,13 × 𝐴𝑏𝑠665 − 4,19 × 𝐴𝑏𝑠662⁄ ( VII )

𝐶 (𝑥 + 𝑐) (𝜇𝑔 𝑚𝐿) =[1000×𝐴𝑏𝑠470−(1,90×𝐶𝑎−63,14×𝐶𝑏)]

214⁄ ( VIII )

5.4.6 ATIVIDADE ANTIOXIDANTE PELO RADICAL 2,2-DIFENIL-1-

PICRILHIDRAZIL (DPPH•)

Foi utilizada a metodologia da inativação do DPPH• em microplaca de 96

orifícios140. Alíquotas de 40μL dos extratos (metanol P.A para o branco) foram

adicionadas em microplacas de 96 poços.Em seguida 200μL de solução metanólica

do radical DPPH• (0,04g/L) foram adicionados. O sistema foi mantido em descanso

em câmara escurapor 25min. Asleituras das absorbâncias foram realizadas a 517nm

emleitor de microplacas (ASYS UVM 340, Biochrom, Estados Unidos).

Para expressar os dados finais da atividade antioxidante dos extratos, os

mesmos foram comparados com curva padrão de soluções metanólicas do

Page 33: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

32

antioxidante Trolox (ácido 6-Hidroxi-2,5,7,8-tetrametilcromano-2-carboxílico) em

concentrações de 200, 120, 100, 50 e 30 μM. Os resultados da atividade

antioxidante ao DPPH• (AADPPH•)foram expressosem μmol de equivalentes de

Trolox por grama de amostra em matéria seca (μmol Eq.Trolox/g ms).

A concentração de inibição 50 (IC50) também foi identificada53. Tal dado

corresponde a concentração no qual os extratos aquosos dos resíduos estudados

inibem 50% da solução de DPPH• (0,04 g/L) existente em reação. Assim, extratos

aquosos em diferentes concentrações foram usados para cada um dos resíduos:

RLA (0,05 a 1,5mg/mL), RLG (2 a 20 mg/mL) e RLC (4 a 20 mg/mL). Essas

diferentes concentrações foram submetidas ao ensaio de inativação do DPPH• e o

IC50 foi determinado com o gráfico elaborado a partir do percentual de inibição ao

DPPH• versus a concentração de cada uma das diluições. O resultado final do IC50

foi expresso em concentração do extrato aquoso em μg/mL.

5.4.7 TESTE DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE PELA CAPACIDADE DE

ABSORÇÃO DE RADICAL OXIGÊNIO (ORAC).

Foi utilizada a metodologia fluorimétrica contra a capacidade de absorção de

radicais oxigênico141. Em placas de 96 poços, 20 μL de branco (tampão PBS),

padrão (Trolox 0.25 g/L em tampão PBS) ou extratos aquosos dos resíduos foram

pipetados, e a seguir pipetados 120 μL de fluoresceína (0,01 µmol/L) . As placas

foram incubadas a 37 ° C durante 10 min em leitor de microplacas (FLOUstar

OPTIMA, BMG LABTECH’S, Alemanha). Em seguida, 60μL do radical l2,2′-azobis(2-

amidinopropano)dihidrocloridrato (AAPH) recém preparado (10,85 mg/mL) foi

adicionado a todos os poços designados. A fluorescência foi monitorada usando 485

nm de excitação e 528 nm de emissão em intervalos de 3 minutos durante 180

minutos. O valor final de ORAC foi expresso em µmol de equivalentes de Trolox por

grama de matéria seca (µmol Eq.T/g ms).

5.4.8 ATIVIDADE ANTIBACTERIANA

Primeiramente, foram feitos extratos hidrometanólicos específicos para tal

ensaio132. Foi pesado 1,8g de cada um dos grupos experimentais (RLA, RLG e

RLC), adicionados a 30 mL de metanol gelado (70%) e submetidos à agitação

Page 34: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

33

vigorosa em homogeneizador a 14000 rpm por 1 minuto em banho de gelo. A

mistura foi filtrada à vácuo em papel de filtro qualitativo, sendo o filtrado obtido

reservado e o resíduo retido submetido a mais duas extrações consecutivas, com

15mL de metanol 70% cada. Ao final, com a junção dos três extratos, um volume de

35,7mL foram divididos em tubos de centrifuga com 1,7mL e submetidos à

concentração por 4 hà 30°C (Concentrator 5301, Eppendorf, Alemanha).

A partir dosextratos concentrados de RLA, RLG e RLC, seguiram-se as

análises de atividade antibacteriana. Utilizou-se a técnica de perfuração em ágar

com modificações132,142. Foram utilizadas as culturas Gram negativas de Salmonella

typhimurium e Shigella sonneie e Gram positivas de Staphylococcus aureus,Bacillus

cereus e Listeria monocytogenes.

Os micro-organismos foram repicados em ágar Muller-Hinton por 18-24horas

a 35°C e as colônias foram suspendidas em solução salina esterilizada (0,85%) até

atingirem turbidade equivalente a 0,5 da escala McFarland (108 UFC/mL). Com

auxílio de swab estéril umedecido, uma vez para cada placa, a suspensão foi

espalhada na superfície de ágar Muller-Hinton estéril. Poços de 6mm foram

perfurados com tubos de Durhan estéreis e 90μL dos extratos concentrados foram

adicionados. As placas foram incubadas à 35°C por 24 horas, e as leituras do

diâmetro dos halos de inibição foram realizadas com auxílio de régua milimetrada.

Os ensaios foram realizados em triplicata. Para o controle positivo de inibição foi

utilizado discos degentamicina e vancomicina, e para controle negativo foi utilizada a

solução hidrometanólica (70%).

5.5 DETERMINAÇÃO DE FENÓLICOS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE APÓS

TRATAMENTO TÉRMICO DOS RESÍDUOS

Tal ensaio foi realizado com a finalidade de obter mais informações sobre a

estabilidade e ou transformações que podem ocorrer nos compostos fenólicos totais

e atividade antioxidande após 4 diferentes tratamentos térmicos dos resíduos

liofilizados143. Triplicatas de 0,35 g dos resíduos foram pesados e dispostos em

camada fina e espalhada nas placas de Petri de 5,5 cm de diâmetro (previamente

dessecadas). Foram elaboradas triplicatas para cada um dos 4 tratamentos

térmicos. As placas contendo as amostras foram colocadas em estufa (Modelo 404-

3DE, Nova Ética, Brasil), previamente estabilizada para 85°C, 100°C, 120°C e

Page 35: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

34

150°C, onde ficaram 30 minutos após estabilização da temperetura escolhida. A

seguir, as amostras foram resfriadas em dessecador e seus pesos foram aferidos

para checar o percentual de perda de peso.

As triplicatas dos resíduos submetidos ao processamento térmico foram

misturadas totalizando cerca de 1050mg e armazenadas em frascos opacos a -18°C

para posterior obtenção do extrato. De cada tratamento, triplicatas de 300mg foram

submetidas a extração com 30mL de água destilada (vide item 5.4.1). A partir

desses extratos foram determinados os teores de CFT e a atividade antioxidante

com DPPH• (vide itens 5.4.2 e 5.4.6). Os resultados finais foram expressos em

equivalentes (ácido gálico e Trolox, respectivamente) e comparados entre os

resíduos liofilizados sem tratamento térmico para determinação do percentual de

retenção140.

5.6 DETERMINAÇÃO DE MELANOIDINAS APÓS PROCESSAMENTO TÉRMICO

Com a finalidade de compreender melhor a formação de melanoidinas pelo

tratamento térmico, extratos aquosos foram feitos de acordo com metodologias

combinadas e adaptadas120,144. Os resíduos liofilizados sem e com tratamento

térmico a 85, 100, 120 e 150°C foram misturadas à água destilada quente (75°C) em

concentrações de 10 mg/mL e homogeinizados em agitador magnético (TE-0353,

Tecnal, Brasil) por 10 minutos. Os extratos foram filtrados a vácuo e a turbidez

destes removidas com filtros de seringa com membrana PES de 0,45μm

(purificação).

Alíquotas de 200 μL foram pipetadas em placas de 96 poços. As

absorbâncias foram lidas a 420 nm (ASYS UVM 340, Biochrom, Estados Unidos) e

os resultados expressos nas absorbâncias (nm) diretamente aferidas. Os resultados

finais foram comparados entre si, entre os resíduos com e sem tratamento térmico,

para determinação do percentual de formação de melanoidinas (equação IX).

𝑉𝑎𝑟. 𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑒𝑙𝑎𝑛𝑜𝑖𝑑𝑖𝑛𝑎𝑠 (%) =𝐴𝑏𝑠𝑜𝑟𝑏â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑟𝑒𝑠í𝑑𝑢𝑜𝑠

𝑛𝑎𝑠 𝑑𝑖𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑠𝐴𝑏𝑠𝑜𝑟𝑏â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑟𝑒𝑠í𝑑𝑢𝑜

𝑠𝑒𝑚 𝑡𝑟𝑎𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑡é𝑟𝑚𝑖𝑐𝑜

× 100 ( IX )

Page 36: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

35

5.7 ANÁLISE ESTATÍSTICA

Todas as análises foram executadas em triplicata (n = 3) e os respectivos

resultados submetidos à estatística descritiva, expressando suas médias e desvio

padrão (DP). Análise estatística foi realizada entre os diversos parâmetros para os

diferentes resíduos e entre as diferentes temperaturas de tratamento térmico para

cada resíduo. Para tal, foi realizado estatística por ANOVA e teste de Tukey post hoc

(p<0,05) como o software Statistica 7.0 (Statsoft, Tulsa, EUA).

Page 37: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

36

6 ARTIGO PRODUZIDO

6.1 ARTIGO I

O artigo intitulado “Functional, technological and nutritional characterization of

freeze dried tropical fruit pomaces” foi submetido para publicação no periódico “LWT

– Food Science and Technology”, que possui fator de impacto 2,711 e Qualis A2

para a área de Nutrição.

Page 38: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

37

Page 39: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

38

.

Page 40: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

39

Functional, technological and nutritional characterization of freeze dried tropical fruit 1

pomaces 2

Author’s name: Igor Ucella Dantas de Medeiros1, Jailane de Souza Aquino

2, Natália Sufiatti 3

de Holanda Cavalcanti2, Ana Regina Nascimento Campos

3, 4

Angela Maria Tribuzy de Magalhães Cordeiro4, Karla Suzanne Florentino da Silva Chaves 5

Damasceno1 e Roberta Targino Pinto Correia

1,5* 6

1. Department of Nutrition, Federal University of Rio Grande do Norte, Rio Grande do 7

Norte, Brazil; 8

2. Department of Nutrition, Federal University of Paraíba, Paraíba, Brazil; 9

3. Chemistry Department, Federal University of Campina Grande, Paraíba, Brazil; 10

4. Food Technology Department, Federal University of Paraíba, Paraíba, Brazil; 11

5. Department of Chemical Engineering, Federal University of Rio Grande do Norte, Rio 12

Grande do Norte, Brazil 13

14

15

16

17

18

19

20

* Corresponding author: 21

Department of Chemical Engineering, Laboratory of Food Bioactive Compounds, Federal 22

University of Rio Grande do Norte, 59078-970, Natal, Rio Grande do Norte, Brazil 23

Phone: +55 084 988393289 24

E-mail: [email protected] 25

Page 41: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

40

Highlights: 26

1. All pomaces are rich in dietary fibers, lipids, proteins, potassium and calcium; 27

2. Dried fruit pomaces have low hygroscopicity and high water and oil retention; 28

3. Dried acerola pomace is rich in salicylic acid and 2,5-dihydroxybeenzoic acid; 29

4. Increased antioxidant activity after thermal treatment was found in cashew pomace; 30

5. Melanoidins play a role on antioxidant activity of freeze dried pomaces. 31

32

33

34

35

36

37

38

39

40

41

42

43

44

45

Page 42: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

41

Abstract 46

This study investigates freeze-dried acerola, guava and cashew in regard to their nutritional, 47

technological and functional aspects, as well as the effect of heat treatment on their bioactive 48

value and antioxidant activity. Guava pomace is rich in fibers, proteins and lipids, while 49

acerola pomace has the best relationship between soluble and insoluble fiber. Several minerals 50

were identified (potassium, calcium, among others) and all freeze dried pomaces have low 51

solubility (21.1-45.4%) and hygroscopicity (6.2-11.2%). Acerola pomace has outstanding 52

antioxidant activity (ORAC, 688.1 µmol TE/g DW) and high total phenolic content (5331.7 53

mg AGE/100g DW), salicylic acid (3503.4 mg/100g DW), catechin (498.2 mg/100g DW), 54

and myricetin (929.4 mg/100g DW). Higher phenolic losses were found after heat treatment 55

(29% retention at 150 °C). On the other hand high antioxidant activity retention was observed 56

(> 70% at all temperatures to all pomaces). 57

58

59

60

61

62

63

Keywords: Tropical fruit, industrial waste, phytochemicals, thermal treatment. 64

Chemical compounds studied in this article 65

Gallic acid (PubChem CID: 370), Catechin (PubCHem CID 9064), Myricetin (PubChem 66

CID: 5281672), Salicylic Acid (PubChem CID 338), 2,5-Dihydroxybeenzoic acid (PubChem 67

CID: 3469), Proanthocyanidin A2 (PubChem CID: 124025), Trolox (PubChem CID: 40634). 68

Page 43: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

42

1. Introduction 69

Brazil is a great tropical fruit producer, including fruits with well-established market and 70

others still unexploited (Paz et al., 2015). Recent statistical data show that 1.6 million tons of 71

fresh fruits were produced during 2012-2013 (FAO, 2016) and fruits such as acerola 72

(Malpighia emarginata DC.), guava (Psidium guajava L.) and cashew (Anacardium 73

occidentale L.) together represent a great portion of this production. 74

These fruits are traditionally used for extraction of fruit pulp by juice industry segments 75

(IBGE, 2016). Sadly, the tropical fruits generally have less edible portions than temperate 76

fruits, generating 30-40% more pomace after processing (Schieber, Stintzing & Carle, 2002). 77

As a consequence, large amounts of fruit pomaces are discarded along the year, despite the 78

evidences about their bioactive compounds richness with antioxidant and functional attributes 79

(Correia, Borges, Medeiros & Genovese, 2012). Finding environmental-friendly applications 80

for these residues is crucial to generate higher profits to the entire productive chain, besides 81

preventing the loss of high-value residual compounds with it. 82

Despite their bioactive value, fruits and fruit pomaces easily decay. Technological solutions 83

such as drying can overcome this scenario, besides providing the expansion of the fruit market 84

to places away from the producing sites. Freeze drying is among the most popular and widely 85

used drying techniques and it uses low temperatures associated to vacuum, which provides 86

higher retention of sensitive compounds (Azevêdo, Fujita, Oliveira, Genovese & Correia, 87

2014; Nóbrega et al., 2014). Unfortunately, drying can also negatively impact the 88

concentration and bioavailability of phytochemicals. It is known that several bioactive 89

compounds are linked to cell membranes and tissues, and processing can disrupt these 90

chemical bonds and affect their functionality in the food (Chen & Martynenko, 2016). 91

Therefore, this study investigates relevant technological, bioactive and nutritional parameters 92

of freeze dried acerola, guava and cashew pomaces. In addition, the stability of phenolic 93

Page 44: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

43

compound and antioxidant capacity, as well as the formation of melanoidins after thermal 94

processing, were addressed in this research. This is an effort of learning more about the 95

industrial and nutritional potential of fruit pomaces that can be used to added value 96

applications in several parts of the tropical world. 97

98

2. Material and methods 99

2.1 Preparation of freeze dried fruit pomaces 100

Acerola (ACE, Malpighia emarginata DC.), guava (GUA, Psidium guajava L.) and cashew 101

(CAS, Anacardium occidentale L.) pomaces used in this study were obtained as wastes of the 102

fruit pulp industry. Several batches of each pomace were homogenized in order to constitute a 103

single batch of each fruit that was used for all experiments. The pomace was kept frozen at -104

18 oC. The pomace was freeze-dried (Model L101, Liobras, Campinas, Brazil) for 36 hours at 105

-40 °C with a constant speed of 1mm/h, vacuum of 0.5 mmHg and final pressure of 0.05 106

mmHg. The freeze dried pomaces (ACE, GUA and CAS) were grounded using a mill TE-107

631/2 (Tecnal, Piracicaba, SP, Brazil) and passed through sieves (final average size <1.0mm) 108

and kept frozen (-18°C) until further analysis. 109

2.2 Centesimal and mineral composition 110

All fruit pomaces were analyzed according to AOAC (2002) methods: moisture (925.09), ash 111

(930.30), lipids by Soxhlet (920.39A), protein by Kjeldah (990.03), total dietary fiber 112

(985.29), insoluble (991.42) and soluble (993.19) fibers. The carbohydrates were calculated 113

according to Albuquerque et al. (2016) and the total energetic value (TEV) was estimated by 114

Merrill & Watt (1973). The mineral composition was determined according to Tavares, Silva, 115

Campos, Schuler, & Aquino (2015) using an Energy Dispersive X-ray Spectrometer (EDX-116

720, Japan). Results were expressed as mg/g of pomace for K, Ca, Mg, P, Fe and Zn and µg/g 117

for Cu. 118

Page 45: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

44

2.3 Technological and morphological characterization 119

The pomaces solubility and hygroscopicity were determined according to Castro-Muñoz, 120

Barragán-Huerta & Yáñez-Fernández (2014) and results were expressed as percentage of 121

soluble pomace and of absorbed moisture. The water holding capacity (WHC) and oil holding 122

capacity (OHC) were determined according to Martínez et al. (2012) and results were 123

expressed as grams of oil or water per grams of dry weight (DW). For the morphological 124

characterization, the powders were evaluated by scanning electron microscopy using a 125

TM3000 (Hitachi, Japan), operating at an acceleration voltage of 5 kV and 15 kV. Images 126

were taken at a magnification of 40 × to 1500 ×. 127

2.4 Preparation of powder extracts 128

Aqueous extracts were made by mixing 0.25 g of ACE and 0.5 g of GUA and CAS with 50 129

mL of distilled water and homogenized for 60 min. followed by vacuum filtration (NOF 650, 130

New Pump, Brazil) using filter paper nº1 (Whatman Intl Ltd., Maidstone, UK). The extracts 131

were centrifuged at 1230 g at 4° C for 10 min (Universal 320 R, Hettich, Germany) and the 132

supernatant was separated for determination of some bioactive compounds and antioxidant 133

activity. 134

2.5 Bioactive compounds. 135

2.5.1 Non-nutritional bioactive compounds 136

Total phenolic content (TPC) was measured according to Fujita, Borges, Correia, Franco & 137

Genovese (2013) and total flavonoid content (TFC) by Saravanan & Parimelazhagan (2014) 138

in aqueous extracts. TPC was expressed as mg gallic acid equivalents (GAE)/ 100g of dry 139

weight (DW) and TFC as mg of cathequin equivalents (CE)/ 100g of dry weight (DW). The 140

proanthocyanidins content (PAC) was determined as proposed by Prior et al. (2010) and 141

expressed as mg of proanthocyanidin A2 equivalents (PA2E)/ 100g powder in dry weight 142

(DW) 143

Page 46: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

45

2.5.2 Nutritional bioactive compounds 144

Ascorbic acid (AA) was determined by AOAC (2012, method 967.21). ACE samples were 145

analyzed as described by Oliveira, Godoy & Prado (2010) due to its intense red color. The 146

TCC was measured by Linchtenthaler & Buschmann (2001) method with acetonic extractions 147

follow by readings at 470, 645 and 662 nm (Genesys 10S VIS, Thermo Scientific, USA). The 148

results to AA and TCC were expressed in mg/100g of dry weight (DW). 149

2.6 Characterization of phenolic compounds profile by high performance liquid 150

chromatography (HPLC) 151

Acid hydrolysis extractions were made according to Ross, Beta & Arntfield (2009) and 152

Krygier, Sosulski & Hogge (1982) with modifications. Aliquots of the freeze-dried pomaces 153

(1 g) were extracted with 10 mL of acidified methanol (6 mol/L HCl) for 30 minutes at 85° C 154

in laboratory oven. The pH was adjusted to 2 with 6 mol/L NaOH solution and three 155

sequential extractions were made with 5 mL of ethyl-ether following by centrifugation (4000g 156

for 10 min). The supernatants were mixed and brought to dryness under rotary vacuum. The 157

extraction residue was re-dissolved with 500 µL with methanol and stored at -5°C until use. 158

The analytical reverse phase HPLC system employed consisted of a separation module (LC-159

20 AT, Shimadzu Corporation, Japan) equipped with a C18 column (Supelcosil™ LC-PAH, 160

250 x 4.6 mm, particle size 5 µm, Sigma-Aldrich, St. Louis, MO, USA) and a diode array 161

detector (Rheodyne, USA). Samples were eluted in a gradient system as told by Prasad et al. 162

(2009). The column temperature was maintained at 40 °C and an injection of 20 µL was read 163

at 280 nm. The concentration of each phenolic compound was calculated based on its standard 164

solutions (Sigma-Aldrich, St. Louis, USA). 165

2.7 Antioxidant activity 166

The aqueous extracts were evaluated by their radical scavenging activity of DPPH• (2,2-167

diphenyl-1-picrilhydrazil) proposed by Nóbrega, Oliveira, Genovese & Correia (2014) and 168

Page 47: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

46

the oxygen radical absorbance capacity (ORAC) by Ganske & Dell (2006) with 169

modifications. The ORAC assay was performed by adding 20 μL of pomaces extracts, PBS 170

buffer or Trolox solution (0.25 g/L of PBS buffer) to 96-well polystyrene microplates, 171

followed by 120 μL of fluorescein (0.01 μmol/L of PBS buffer), incubation for 10 min at 37 172

°C and a finally addition of 60 μL of AAPH (10.85 g/L in PBS buffer) with subsequent 173

evaluation of the fluorescence intensity (485 nm excitation and 528 nm emission, FLOUstar 174

OPTIMA BMG Labtech’s, Germany). Both DPPH as the ORAC were expressed in µmol of 175

Trolox equivalents (TE) /g of pomace dry weight (DW). 176

2.8 Stability of total phenolic compounds, antioxidant activity and formation of 177

melanoidins after thermal treatment 178

The thermal treatment was based on Sharma et al. (2015) with the difference that was used 179

0.35 g of pomaces in 5.5 cm diameter Petri plates and subjected to thermal treatment for 30 180

min at 85 ° C, 100 ° C, 120 ° C and 150 °C. The samples were extracted (item 2.5) and 181

analyzed for TPC (item 2.6) and DPPH• (item 2.12). Also, the percentage retention (%) of 182

TPC and antioxidant activity was evaluated according to Nóbrega et al. (2014) by comparing 183

results before and after heat treatment. The melanoidins pigments were measured according to 184

Del Castillo, Ames & Gordon (2002) using the thermal treated samples and aliquots of freeze-185

dried pomace. Samples were extracted in hot water (75°C) at concentrations of 10 mg/mL 186

during homogenization (TE-0353, Tecnal, Brazil) for 10 minutes, follow by vacuum filtration 187

and PES membrane filtering (0.45μm). Aliquots of 200 µL were placed in 96-well plates and 188

absorbances were read at 420 nm (ASYS UVM 340, Biochrom, Cambridge, England). 189

Results are expressed in absorbance units and the percentage variation (%) was calculated by 190

comparing results before and after heat treatment. 191

192

193

Page 48: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

47

2.9 Statistical analysis 194

All the data were expressed as means and standard deviation (SD) of three replications (n = 195

3). Statistical significance was evaluated by ANOVA and Tukey's post hoc test (p<0.05) with 196

the software Statistica 7.0 (StatSoft, Tulsa, USA). 197

3. Results and discussion 198

3.1 Composition of dried pomaces 199

Table 1 shows significant differences among the pomaces for all parameters tested (p<0.05). 200

Despite that, all pomaces have high carbohydrate (19.3 - 44.5%), protein (7.2 - 13.8%) and 201

fiber content (35.0 – 48.6%), which is comparable to cereal flours and brans (Kamal-Edin, 202

2016; Saldivar, 2016). The high fiber content found here is due to their richness in structural 203

carbohydrates such as cellulose, hemicellulose, lignans and pectins (O’Shea, Arendt, & 204

Gallagher, 2012). ACE has the highest soluble fiber content when compared to GUA and 205

CAS, which is higher than açaí (Rufino et al., 2011). On the other hand, GUA had the highest 206

insoluble fiber content (p<0.05). While soluble fiber content leads to greater water retention 207

and provides greater satiety, the consumption of insoluble fiber-rich products can promote 208

beneficial regulatory intestinal effects and higher stool volume (O’Shea et al., 2012). 209

Interestingly, the pomaces have relatively low caloric value (192.4 kcal to 236.8 kcal), which 210

is lower than jabuticaba flour (Gurak, Bona, Tessaro & Marczak, 2014) or fresh Annona 211

cherimoya fruits (Albuquerque et al., 2016). Despite that, all dried pomaces have higher 212

caloric value when compared to their fresh fruits (Lima et al., 2011) which is explained by the 213

concentration of caloric nutrients due the water removal during freeze drying. 214

ACE, GUA and CAS have moisture levels within the range determined for flours by the 215

Codex Alimentarius (FAO, 2007). Several values are reported in the literature, since moisture 216

levels vary according with the drying method and procedure applied to each food material 217

(Azevêdo et al., 2014). 218

Page 49: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

48

Table 1. Composition of freeze dried acerola. guava and cashew pomaces. 219

Parameter evaluated ACE GUA CAS

Moisture. % 3.3 + 0.1a 9.8 + 0.2

a 6.3 ± 0.3

b

Total carbohydrates. % 35.4 + 0.2b 19.3 + 0.3

c 44.5 ± 0.4

a

Total dietary fiber. % 48.6 ± 0.1a 44.3 ± 0.4

b 35.0 ± 0.1

c

Insoluble fiber. % 34.3 ± 0.1a 40.6 ± 0.1

c 27.0 ± 0.1

b

Soluble fiber. % 14.2 ± 0.1a 3.7 ± 0.4

c 8.0 ± 0.4

b

Protein. % 7.2 ± 0.1c 13.8 ± 0.2

a 9.9 ± 0.1

b

Lipids. % 2.5 ± 0.1b 9.3 ± 0.1

a 2.2 ± 0.1

c

TEV. % 192.4 ± 0.5c 215.6 ± 2.8

b 236.8 ± 0.8

a

Ash. % 3.1 + 0.2b 3.6 + 0.2

a 2.2 ± 0.1

c

Potassium. mg/g 58.3 ± 0.22c 74.9 ± 0.15

b 83.5 ± 0.13

a

Calcium. mg/g 31.9 ± 0.11a 12.3 ± 0.10

b 7.4 ± 0.12

c

Magnesium. mg/g 2.8 ± 0.05 a 1.7 ± 0.08

c 2.5 ± 0.05

b

Phosphorus. mg/g 2.3 ± 0.08 c 3.4 ± 0.17

a 2.7 ± 0.12

b

Iron. mg/g 0.3 ± 0.02 c 0.4 ± 0.01

b 0.7 ± 0.02

a

Zinc. mg/g 0.1 ± 0.01b 0.2 ± 0.04

a 0.1 ± 0.02

b

Copper. µg/g 0.05 ± 0.01c 0.09 ± 0.01

b 0.26 ± 0.04

a

Results are presented as means ± standard deviation. a.b.c: Means in the same line followed 220

by different letters are significantly different by HSD Tukey's test (p < 0.05). ACE: freeze 221

dried acerola pomace; GUA: freeze dried guava pomace; CAS: freeze dried cashew pomace. 222

223

All pomaces tested have higher protein and lipids contents when compared to pomaces 224

obtained from traditional cultures such as orange and apple (O’Shea et al., 2015). GUA 225

presented the highest lipid, protein and ash contents among pomaces, which is in accordance 226

Page 50: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

49

to Costa, Felipe, Maia, Hernandez & Brasil (2009) and might be explained by the major 227

presence of seeds in guava pomace. 228

In general, all pomaces have high ash contents, which explain the finding of several health 229

relevant minerals (Table 1). Potassium was the most abundant mineral detected, and it was 230

found in superior amounts in CAS (p<0.05). Potassium is a mineral with multiple 231

physiological functions that plays a role in protein synthesis and hydric and osmotic balance 232

in cells and tissues (Soetan, Olaiya & Oyewole, 2010). 233

ACE has higher calcium and magnesium concentrations (p<0.05) when compared to CAS and 234

GUA. Interestingly, Barea-Álvarez et al. (2016) have shown low levels of these minerals in 235

several fruit pulps (mango, papaya, kiwi). Therefore, it is inferred that freeze drying can be a 236

rational strategy to concentrate minerals found in fruit and pomaces. Calcium plays an 237

important role in cell permeability and stability and magnesium works on several enzymes 238

activation (Soetan et al., 2010). The cashew pomace, on the other hand, has higher iron levels, 239

while GUA has superior concentration of copper and zinc (p<0.05). These minerals are 240

involved in several physiological mechanisms related to endogenous antioxidant processes 241

(Dasgupta & Klein, 2014). Overall, the incorporation of dried pomace flours to food products 242

may add nutritional value and lead to relevant functional improvement. 243

3.2 Technological and microstructural characteristics of dried pomaces 244

The scanning electron micrographs of dried pomaces indicate irregular shapes and sizes, with 245

predominance of porous structures, but only GUA and CAS have visible starch granules 246

(Figure 1). Similar findings are shown by O’Shea et al. (2015) when imaging agroindustrial 247

pomaces of apple and orange. 248

Page 51: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

50

249 Figure 1. Scanning electronic microscopy of freeze-dried acerola (ACE), guava (GUA) and 250

cashew (CAS) pomaces. Magnification of ACE1 (40×), ACE2 (500×), ACE3 (1200×), GUA1 251

(40×), GUA2 (500×), GUA3 (1200×), CAS1 (40×), CAS2 (500×) and CAS3 (1500×). Starch 252

granules are highlighted ( ). 253

254

The CAS hygroscopicity was higher than ACE and GUA (p<0.05), which means that special 255

packaging would be necessary to minimize CAS contact with water or water vapor. Higher 256

hygroscopicity was found for hot air dried camu-camu (90.4%) (Azevêdo et al., 2014). In 257

regard to solubility, low percentages were detected for all samples (21.1 - 45.4 %), most likely 258

by the presence of insoluble fiber in the dried pomaces (Table 2). Previously, higher solubility 259

was demonstrated for jabuticaba pomace (Gurak e al., 2014). The higher hygroscopicity and 260

Page 52: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

51

solubility showed CAS could be explained by his higher carbohydrate content and smaller 261

particle size. 262

263

Table 2. Technological aspects of freeze dried acerola. guava and cashew pomaces. 264

Parameter evaluated ACE GUA CAS

Hygroscopicity, % 9.4 ± 0.24b 6.2 ± 0.41

c 11.2 ± 0.76

a

Solubility, % 26.2 ± 0.57c 21.1 ± 0.69

b 45.4 ± 1.00

a

Water holding capacity, g/g 12.0 ± 0.58a 5.0 ± 0.80

b 4.4 ± 0.15

b

Oil holding capacity, g/g 5.4 ± 0.23a 3.0 ± 0.24

c 3.7 ± 0.15

b

Results are presented as means ± standard deviation. a-c: Means in the same line followed by 265

different letters are significantly different by HSD Tukey's test (p < 0.05). ACE: freeze dried 266

acerola pomace; GUA: freeze dried guava pomace; CAS: freeze dried cashew pomaces; 267

268

While the WHC is an index of hydration properties of food powders, the OHC can be 269

important in food applications, such as food extrusion. Table 2 shows that ACE has higher 270

WHC and OHC when compared to GUA and CAS. The higher total and soluble fiber content 271

of dried acerola pomace might partially explain this tendency. 272

3.3 Bioactive compounds 273

ACE has higher concentration of TPC, TFC and AA (p<0.05), but all pomaces have similar 274

TCP (p>0.05) (Table 3). Indeed, acerola fruits are known as one of the best AA sources in 275

nature (Duzzioni, Lenton, Silva & Barrozo, 2013). Although the AA is considered as an 276

antioxidant vitamin, it is also recognized by its high susceptibility and instability, being 277

sensitive to light and oxygen among other factors. For example Marques, Ferreira & Freire 278

(2007) showed degradation of 51% of freeze dried acerola fruits and Azevêdo et al. (2014) a 279

decrease of 97% in camu-camu pomace dried by the same process. 280

Page 53: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

52

Table 3. Bioactive composition and antioxidant activity of freeze dried acerola. guava 281

and cashew pomaces. 282

Parameter evaluated ACE GUA CAS

TPC, mg AGE/100g DW 5331.7 ± 215.6a

1137.6 ± 34.8b

1037.6 ± 22.5b

TFC, mg CE/100g DW 760.9 ±19.1a

190.6 ± 3.5b

46.9 ± 1.6c

PAC, mg PA2E/100g DW 95.1 ± 5.6b

217.8 ± 10.9a

62.2 ± 3.5c

AA, mg/100g DW 160.7 ± 7.5a

1.8 ± 0.1b

2.0 ± 0.3b

TCC, mg/100g DW 4.4 ± 0.1a

4.7 ± 0.2a

4.5 ± 0.3a

DPPH•, μmol TE/g DW 63.3 ± 2.2a

29.9 ± 5.9b

20.3 ± 0.7c

ORAC, μmol TE/g DW 688.1 ± 66.6a 142.4 ± 12.0

b 119.2 ±10.8

b

Results are presented as means ± standard deviation. a-c: Means in the same line followed by 283

different letters are significantly different by HSD Tukey's test (p < 0.05). ACE: freeze dried 284

acerola pomace; GUA: freeze dried guava pomace; CAS: freeze dried cashew pomaces; TPC: 285

total phenolic content; TFC: total flavonoid content; PAC: proanthocyanidin content; AA: 286

ascorbic acid; TCC: total carotenoid content. 287

288

The TPC of ACE was higher than hot air dried (Nóbrega et al., 2014) and spouted bed dried 289

(Duzzioni et al., 2013) acerola pomace previously reported. In addition, the TFC of GUA and 290

ACE are higher than several other tropical fruit pulps (Paz et al., 2015), which indicates that 291

the non-edible parts of some fruits concentrate important levels of bioactive compounds. 292

The GUA has higher PAC, also called condensed tannins, which is related to its prominent 293

amount of seeds in this pomace. Abe, Lajolo, & Genovese (2012) affirmed that the levels of 294

tannins in jabuticaba are higher than other Myrtaceae fruits, such as guava and camu-camu, 295

but here we show that the PAC of guava pomace is higher than jabuticaba peel and pomace 296

(Gurak et al., 2014). 297

Page 54: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

53

3.4 Phenolic compounds profile 298

Several phenolic compounds were found in ACE, GUA and CAS (Table 4). In particular, the 299

ACE have remarkable concentrations of myricetin, catequin, salicylic and 2,5-300

dihydroxibenzoic acids. It was previously demonstrated that catechins and myricetin have 301

anti-carcinogenic potential in vitro (Araújo, Gonçalves & Martel, 2011). These phenolics are 302

potent antioxidant in plants and the salicylic acid is recognized by its analgesic, anti-303

inflammatory properties which are applied in cosmetic applications (Madan & Levitt; 2014). 304

Kampferol was found only in ACE, but GUA and CAS pomaces are rich in 3,4-305

dihydroxibenzoic acid and sinapic acid, respectively. Overall, ACE is definitely an 306

outstanding natural source of important phenolic compounds (Table 4). 307

All pomaces are rich sources of catechin and also better sources of myricetin than dried camu-308

camu (Azevêdo et al., 2014). Contrary to this study, ellagic acid and myricetin were not 309

detected previously in dried acerola pomace by Correia et al. (2012). 310

311

312

313

314

315

316

317

318

319

320

321

322

Page 55: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

54

323

324

Table 4 – Phenolic profile of freeze dried acerola. guava and cashew pomaces. 325

Parameter evaluated ACE GUA CAS

Salicylic acid, mg/100g 3503.4 310.6 251.6

2.5 dihydroxibenzoic acid, mg/100g 737.2 89.4 nd

3.4 dihydroxibenzoic acid, mg/100g 97.8 143.4 104.8

Syringic acid, mg/100g 50.6 5.0 49.8

4 hydroxibenzoic acid, mg/100g 49.6 21.4 nd

Caffeic acid, mg/100g 49.4 16.2 20.6

Ellagic acid, mg/100g 49.0 1.0 10.4

Gallic acid, mg/100g 36.4 nd 3.8

Ferulic acid, mg/100g 28.0 nd 10.0

Myricetin, mg/100g. 929.4 44.6 92.4

Catechin, mg/100g. 498.2 4.4 67.0

Rutin, mg/100g. 68.6 14.4 67.4

Quercetin, mg/100g. 50.8 33.8 19.8

Kaempferol, mg/100g. 42.2 nd nd

Naringenin, mg/100g. 23.6 18.4 40.6

Hesperitin, mg/100g. 9.0 9.6 12.4

Chrysin. mg/100g. 8.8 2.2 2.0

ACE: freeze dried acerola pomace; GUA: freeze dried guava pomace; CAS: freeze dried 326

cashew pomaces; nd: no detection. 327

328

329

Page 56: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

55

3.5 Antioxidant activity 330

The antioxidant capabilities of foods have become of particular interest, which is explained by 331

the relationship of reactive oxygen/nitrogen species (ROS) with aging and pathological 332

conditions. The DPPH· and ORAC assays were used as complementary methods, since the 333

first is based on electron-transfer and it widely used to measure the antioxidant activity of 334

foods, and the second evaluates the free radical damage by measuring the inhibition of 335

peroxyl radicals, common in food and biological systems. 336

The antioxidant activity of ACE samples was superior (p<0.05) by both methods – DPPH and 337

ORAC (Table 3). This potent antioxidant activity demonstrated is a consequence ascorbic 338

acid and phenolic compounds in acerola pomace (Table 3). When compared to other fruit 339

pomaces, ACE, GUA and CAS were superior to other tropical pomaces (Azevêdo et al., 2014; 340

Correia et al., 2012). The ORAC results of all pomaces were higher than 20 other fruits and 341

vegetables previously investigated (Pérez-Jiménez & Saura-Calixto, 2015). 342

3.6 The effect of thermal treatment in the stability of total phenolic compounds, 343

antioxidant activity and melanoidins formation. 344

Thermal treatments are widely applied in the food industry. Therefore, understanding its 345

impact on bioactive compounds brings important answers to the processing industry. Overall, 346

different tendencies were observed for each pomace (Table 5), but the thermal treatment 347

impacted the TPC of ACE more severely when compared to the other pomaces (p<0.05), 348

leading to only 29% retention at 150°C treatment (Figure 2I). It might be explained by heat 349

induced modifications of phenolic compounds (Bennett et al. 2011), but also with the 350

decomposition of ascorbic acid caused by drying. On the other hand, retentions greater than 351

70% were observed for GUA and CAS at the same temperature. 352

Interestingly, an increase of antioxidant activity of CAS samples was observed for all 353

temperatures (Figure 2II, 122 - 133%). In fact, the antioxidant activity of food samples is a 354

Page 57: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

56

complex matter and several aspects should be taken into consideration. During the processing, 355

release of antioxidant aminoacids or reactions such as the deglycosilation of flavonoids can 356

enhance the antioxidant activity (Nayak, Liu & Tang, 2013). In addition, the formation of 357

Maillard reaction compounds, such as potent antioxidant melanoidins (Shibao & Bastos, 358

2011) may also play a role. In fact, a relevant formation of melanoidins was detected for all 359

pomaces after thermal treatment (Table 5 and Figure 2III). 360

The lowest concentration of melanoidins was observed at 85 °C for GUA (p<0.05). Severe 361

browning was detected in ACE, with values two times higher than GUA when submitted to 362

150 °C. Positive correlations between melanoidins formation and radical scavenging activity 363

were previously reported in toasted soy (Iida, Yoshiki, Akiyama & Okubo, 2002) and tomato 364

purees (Anese, Manzocco, Nicoli & Lerici, 1999). 365

366

367

368

369

370

371

372

373

374

375

376

377

378

379

Page 58: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

57

Tabela 5. Total phenolic content. antioxidant capacity and melanoidin formation of the freeze 380

dried acerola, guava and cashew pomaces in the thermal treatment. 381

Parameter

evaluated FDP

Thermal treatment

85°C 100°C 120°C 150°C

ACE

TPC 5331.7±215.6aA

2732.8±81.6bA

2329.4±91.2cA

2123.5±95.7dA

1560.9±68.4eA

Retention 100% 51% 44% 40% 29%

DPPH· 63.3±2.2aA

57.5±0.4bA

57.6±0.4bA

55.6±0.2cA

44.7±1.2dA

Retention 100% 91% 91% 88% 71%

MEL 0.256±0.003eA

0.269±0.009dA

0.533±0.009cA

1.139±0.009aA

1.113±0.006bA

Variation 100% 105% 208% 446% 443%

GUA

TPC 1137.3± 34.7aB

949.8± 34.1cB

1004.5± 31.7bB

1104.7± 35.1aB

936.2± 21.1cB

Retention 100% 84% 88% 97% 82%

DPPH· 29.9±0.8aB

29.4±0.2abB

28.1±0.5bB

26.1±1.6cB

21.3±0.5dC

Retention 100% 98% 94% 87 71%

MEL 0.095±0.007eC

0.111±0.005dC

0.128±0.007cC

0.187±0.004bC

0.537±0.013aC

Variation 100% 116% 134% 197% 566%

CAS

TPC 1037.6±22.5aC

663.1±33.7dC

750.3±23.0cC

873.6±25.6bC

727.7±49.2cC

Retention 100% 64% 72% 84% 70%

DPPH· 20.3± 0.7dC

25.1±1.4bcC

24.8±0.9cC

26.3±0.2abB

27±0.4aB

Retention 100% 123% 122% 129% 133%

MEL 0.163±0.007eB

0.208±0.007dB

0.283±0.008bB

0.260±0.007cB

0.950±0.008aB

Variation 100% 127% 173% 160% 582%

Results are presented as means ± standard deviation. a-e: Means in the same line followed by 382

different minor letters are significantly different by HSD Tukey's test (p < 0.05). A-C: Means in the 383

same column for the same parameter followed by different capital letters are significantly different 384

by HSD Tukey's test (p < 0.05). FDP: freeze-dried pomace without thermal treatment; ACE: freeze 385

dried acerola pomace; GUA: freeze dried guava pomace; CAS: freeze dried cashew pomace; TPC: 386

total phenolic content (mg EA/100g DW); DPPH·: antioxidant capacity by DPPH· assay (µmol 387

TE/g DW); MEL: melanoidin formation (nm). 388

389

Page 59: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

58

AC

E

GU

A

CA

S

0

2 0 0 0

4 0 0 0

6 0 0 0

To

tal

ph

en

oli

c c

on

ten

t

(mg

AG

E/1

00

g D

W)

a A

b A

c A

d A

e A

a B

c B b Ba B

c Ba C

d C c Cb C

c C

390

AC

E

GU

A

CA

S

0

2 0

4 0

6 0

8 0

DP

PH

sc

av

an

gin

g c

ap

ac

ity

(m

ol

TE

/g D

W)

a A

b A b Ac A

d A

a B a b Bb B c B

d C d C

b c C c Ca b B a B

391

AC

E

GU

A

CA

S

0 .0

0 .5

1 .0

1 .5

Ab

so

rba

nc

e (

nm

)

e A d A

c A

a A b A

e C d Cc C

b C

a C

e Bd B

b B c B

a B

392

Figure 5. Total phenolic content (I). DPPH· scavenging capacity (II) and melanoidin 393

formation (III) of freeze-dried acerola (ACE), guava (GUA) and cashew (CAS) pomaces 394

before thermal treatment (RL. ) and after 30 min at 85°C ( ), 100°C ( ), 120°C ( ) 395

and 150°C ( ). a-e: Means for the same pomace and different temperatures followed by 396

different minor letters are significantly different by HSD Tukey's test (p < 0.05). A-C: Means 397

for different pomaces and same temperatures followed by different capital letters are 398

significantly different by HSD Tukey's test (p < 0.05). 399

I

II

III

Page 60: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

59

4. Conclusion 400

This study shows that freeze-dried acerola, guava and cashew agroindustrial pomaces are rich 401

sources of residual antioxidant compounds. During the heat treatment, the residue of acerola 402

had the highest loss of TFC, however, all pomaces retained high levels of antioxidant activity 403

which may be related to the formation of melanoidins. The nutritional, technological and 404

bioactive results of fruit pomaces encourage their use in food products. 405

Acknowledgment 406

The authors would like to thank the Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e 407

Tecnológico (CNPq) for financial support (number 476302/2013-7) and pulp processing 408

industries IDEAL® and Pé de Fruta® for providing the by-products used in this work. 409

References 410

Abe, L., Lajolo, F., & Genovese, M. (2012). Potential dietary sources of ellagic acid and other 411

antioxidants among fruits consumed in Brazil: Jabuticaba (Myrciaria jaboticaba (Vell.) 412

Berg). Journal of the Science of Food and Agriculture, 92(8), 1679–1687 413

Albuquerque, T., Santos, F., Sanches-Silva, A., Beatriz M., Bento, A., & Costa, H. (2016). 414

Nutritional and phytochemical composition of Annona cherimola Mill. fruits and by-415

products: Potential health benefits. Food Chemistry, 193, 187–195. 416

Anese, M., Manzocco, L., Nicoli, M., & Lerici, C.(1999). Antioxidant properties of tomato 417

juice as affected by heating. Journal of the Science of Food and Agriculture, 79(5), 750–418

754. 419

Association of Official Analytical Chemists (AOAC). (2012). Official methods of analysis. 420

(23th ed). Washington, USA. 421

Araújo, J., Gonçalves, P., & Martel, F. (2011). Chemopreventive effect of dietary polyphenols 422

in colorectal cancer cell lines. Nutrition Research, 31(2), 77–87. 423

Azevêdo, J., Fujita, A., Oliveira, E., Genovese, M., & Correia, R. (2014). Dried camu-camu 424

Page 61: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

60

(Myrciaria dubia H.B.K. McVaugh) industrial residue: A bioactive-rich amazonian 425

powder with functional attributes. Food Research International, 62, 934–940. 426

Barea-Álvarez, M., Delgado-Andrade, C., Haro, A., Olalla, M., Seiquer, I., & Rufián-427

Henares, J. (2016). Subtropical fruits grown in Spain and elsewhere: A comparison of 428

mineral profiles. Journal of Food Composition and Analysis, 48, 34-40. 429

Bennett, L., Jegasothy, H., Konczak, I., Frank, D., Sudharmarajan, S., & Clingeleffer, P. R. 430

(2011). Total polyphenolics and antioxidant properties of selected dried fruits and 431

relationships to drying conditions. Journal of Functional Foods, 3(2), 115–124 432

Castro-Muñoz, R., Barragán-Huerta, B., & Yáñez-Fernández, J. (2014). Use of gelatin-433

maltodextrin composite as an encapsulation support for clarified juice from purple cactus 434

pear (Opuntia stricta). LWT - Food Science and Technology, 62(1), 1-7. 435

Chen, Y., & Martynenko, A. (2016). Effect of hydrothermodynamic (HTD) processing on 436

physical and chemical qualities of American cranberry puree using response surface 437

methodology (RSM). LWT - Food Science and Technology, 70, 322–332. 438

Correia, R., Borges, K., Medeiros, M., & Genovese, M. (2012). Bioactive compounds and 439

phenolic-linked functionality of powdered tropical fruit residues. Food Science and 440

Technology International, 18(6), 539–547. 441

Costa, J., Felipe, E., Maia, |G., Hernandez, F., & Brasil, I. (2009). Production and 442

Characterization of the cashew apple (Anacardium Occidentale L.) and guava (Psidium 443

Guajava L.) fruit powders. Journal of Food Processing and Preservation, 33(Supplement 444

s1), 299–312. 445

Dasgupta, A., & Klein, K. (2014). Antioxidant vitamins and minerals. In Antioxidants in 446

Food, Vitamins and Supplements: Prevention and Treatment of Disease (pp. 277–294). 447

San Diego: Elsevier. 448

Del Castillo, M., Ames, J., & Gordon, M. (2002). Effect of roasting on the antioxidant activity 449

Page 62: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

61

of coffee brews. Journal of Agricultural and Food Chemistry, 50(13), 3698–3703. 450

Duzzioni, A., Lenton, V., Silva, D., & Barrozo, M. (2013). Effect of drying kinetics on main 451

bioactive compounds and antioxidant activity of acerola (Malpighia emarginata D.C.) 452

residue. International Journal of Food Science and Technology, 48(5), 1041–1047. 453

FAO. (2007). CODEX ALIMENTARIUS - Cereals, Pulses, Legumes and Vegetable Proteins 454

(1st ed.). Rome, Italy. Retrieved from http://www.fao.org/3/a-a1392e.pdf 455

FAO - Food and Agriculture Organization. (2016). FAOSTAT Domains, Crops. 456

http://faostat3.fao.org/faostat-gateway/go/to/browse/Q/QC/E Accessed 15.03.16. 457

Fujita, A., Borges, K., Correia, R., Franco, B., & Genovese, M. (2013). Impact of spouted bed 458

drying on bioactive compounds, antimicrobial and antioxidant activities of commercial 459

frozen pulp of camu-camu (Myrciaria dubia Mc. Vaugh). Food Research International, 460

54(1), 495–500. 461

Ganske, F., & Dell, E. J. (2006). ORAC Assay on the FLUOstar OPTIMA to Determine 462

Antioxidant Capacity. Offenburg, Germany. Retrieved from 463

http://www.bmglabtech.com/application-notes/fluorescence-intensity/orac-148.cfm 464

Gurak, P., Bona, G., Tessaro, I., & Marczak, L. (2014). Jaboticaba pomace powder obtained 465

as a co-product of juice extraction: A comparative study of powder obtained from peel 466

and whole fruit. Food Research International, 62, 786–792. 467

Iida, T., Yoshiki, Y., Akiyama, Y., & Okubo, K. (2002). Photon emission properties of 468

roasted soybean as related to reactive oxygen scavenging activities. Food Chemistry, 469

77(4), 471–477. 470

IBGE - Brazilian Institute of Geographical Statistics. (2016). Production and selling of 471

industrial services and/or products by activity classes and products description. 472

ftp://ftp.ibge.gov.br/Industrias_Extrativas_e_de_Transformacao/Pesquisa_Industrial_An473

ual/Produto2013/tabelas_xls/tab2013_01.zip Accessed 10.04.16. 474

Page 63: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

62

Kamal-Eldin, A. (2016). Dietary Fiber: Bran. In B. Caballero, P. M. Finglas, & F. Toldrá 475

(Eds.), Encyclopedia of Food and Health (pp. 378–382). Oxford: Elsevier. 476

Krygier, K., Sosulski, F., & Hogge, L. (1982). Free, esterified, and insoluble-bound phenolic 477

acids. 1. Extraction and purification procedure. Journal of Agricultural and Food 478

Chemistry, 30(2), 330–334. 479

Lima, D., Padovani, R., Rodríguez-Amaya, D., Farfán, J., Nonato, C., Lima, M., Galeazzi, M. 480

(2011). Tabela Brasileira de Composição de Alimentos – TACO (4th ed.). Retrieved 481

from http://www.unicamp.br/nepa/taco/contar/taco_4_edicao_ampliada_e_revisada 482

Madan, R., & Levitt, J. (2014). A review of toxicity from topical salicylic acid preparations. 483

Journal of the American Academy of Dermatology, 70(4), 788–792. 484

Marques, L., Ferreira, M., & Freire, J. (2007). Freeze-drying of acerola (Malpighia glabra 485

L.). Chemical Engineering and Processing: Process Intensification, 46(5), 451–457. 486

Martínez, R., Torres, P., Meneses, M. a., Figueroa, J. G., Pérez-Álvarez, J. a., & Viuda-487

Martos, M. (2012). Chemical, technological and in vitro antioxidant properties of mango, 488

guava, pineapple and passion fruit dietary fibre concentrate. Food Chemistry, 135(3), 489

1520–1526. 490

Merrill, A. L., & Watt, B. K. (1973). Energy Values of Food: Basis and Derivation.(1st ed.). 491

Washington : Agricultural Research Service - USDA. 492

Prasad, K., Yang, B., Yang, S., Chen, Y., Zhao, M., Ashraf, M., & Jiang, Y. (2009). 493

Identification of phenolic compounds and appraisal of antioxidant and antityrosinase 494

activities from litchi (Litchi sinensis Sonn.) seeds. Food Chemistry, 116(1), 1–7. 495

Nóbrega, E. M., Oliveira, E. L., Genovese, M. I., & Correia, R. T. P. P. (2014). The Impact of 496

Hot Air Drying on the Physical-Chemical Characteristics, Bioactive Compounds and 497

Antioxidant Activity of Acerola (Malphigia emarginata) Residue. Journal of Food 498

Processing and Preservation, 39(2), 131–141. 499

Page 64: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

63

O’Shea, N., Arendt, E. K., & Gallagher, E. (2012). Effects of fat replacers and stabilizers on 500

rheological, physicochemical and sensory properties of reduced-fat ice cream. Journal of 501

Agricultural Science and Technology, 15(6), 1163–1174. 502

O’Shea, N., Ktenioudaki, A., Smyth, T. P., McLoughlin, P., Doran, L., Auty, M. Gallagher, E. 503

(2015). Physicochemical assessment of two fruit by-products as functional ingredients: 504

Apple and orange pomace. Journal of Food Engineering, 153, 89–95. 505

Oliveira, R. G. De, Godoy, H. T., & Prado, M. A. (2010). Optimization of a colorimetric 506

method to determine ascorbic acids in fruit jelly. Ciência e Tecnologia de Alimentos, 507

30(1), 244–249. 508

Paz, M., Gúllon, P., Barroso, M. F., Carvalho, A. P., Domingues, V. F., Gomes, A. M., … 509

Delerue-Matos, C. (2015). Brazilian fruit pulps as functional foods and additives: 510

Evaluation of bioactive compounds. Food Chemistry, 172, 462–468. 511

Pérez-Jiménez, J., & Saura-Calixto, F. (2015). Macromolecular antioxidants or non-512

extractable polyphenols in fruit and vegetables: Intake in four European countries. Food 513

Research International, 74, 315–323. 514

Prior, R. L., Fan, E., Ji, H., Howell, A., Nio, C., Paynef, M. J., & Reed, J. (2010). Multi-515

laboratory validation of a standard method for quantifying proanthocyanidins in 516

cranberry powders. Journal of the Science of Food and Agriculture, 90(9), 1473–1478. 517

Ross, K. a., Beta, T., & Arntfield, S. D. (2009). A comparative study on the phenolic acids 518

identified and quantified in dry beans using HPLC as affected by different extraction and 519

hydrolysis methods. Food Chemistry, 113(1), 336–344. 520

Rufino, M. D. S. M., Pérez-Jiménez, J., Arranz, S., Alves, R. E., de Brito, E. S., Oliveira, M. 521

S. P., & Saura-Calixto, F. (2011). Açaí (Euterpe oleraceae) “BRS Pará”: A tropical fruit 522

source of antioxidant dietary fiber and high antioxidant capacity oil. Food Research 523

International, 44(7), 2100–2106. 524

Page 65: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

64

Saravanan, S., & Parimelazhagan, T. (2014). In vitro antioxidant, antimicrobial and anti-525

diabetic properties of polyphenols of Passiflora ligularis Juss. fruit pulp. Food Science 526

and Human Wellness, 3(2), 56–64. 527

Schieber, A., Stintzing, F., & Carle, R. (2002). By-products of plant food processing as a 528

source of functional compounds—recent developments. Trends in Food Science & 529

Technology, 12(2001), 401–413. 530

Saldivar, S. (2016). Cereals: Dietary Importance. In B. Caballero, P. Finglas, & F. Toldrá 531

(Eds.), Encyclopedia of Food and Health (pp. 703–711). Oxford: Elsevier. 532

Sharma, K., Ko, E., Assefa, A., Ha, S., Nile, S. H., Lee, E., & Park, S. (2015). Temperature-533

dependent studies on the total phenolics, flavonoids, antioxidant activities, and sugar 534

content in six onion varieties. Journal of Food and Drug Analysis, 23(2), 243–252. 535

Shibao, J., & Bastos, D. (2011). Maillard reaction products in foods: Implications for human 536

health. Revista de Nutricao, 24(6), 895–904. 537

Singh, J., Kaur, A., Singh, N., Nim, L., Shevkani, K., Kaur, H., & Arora, D. (2016). In vitro 538

antioxidant and antimicrobial properties of jambolan (Syzygium cumini) fruit 539

polyphenols. LWT - Food Science and Technology, 65, 1025–1030. 540

Soetan, K., Olaiya, C., & Oyewole, O. (2010). The importance of mineral elements for 541

humans , domestic animals and plants : A review. African Journal of Food Science, 4 542

(May), 200–222. 543

Spínola, V., Llorent-Martínez, E., & Castilho, P. (2014). Determination of vitamin C in foods: 544

Current state of method validation. Journal of Chromatography A, 1369, 2–17. 545

Tavares, R., Silva, A., Campos, A., Schuler, A., & Aquino, J. (2015). Nutritional 546

composition, phytochemicals and microbiological quality of the legume, Mucuna 547

pruriens. African Journal of Biotechnology, 14(8), 676–682. 548

Page 66: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

65

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A possibilidade de analisar os resíduos agroidustriais das frutas tropicais foi

positiva para meu aprofundamento teórico-prático dentro da linha de pesquisa com

compostos bioativos e atividade antioxidante. Considerando todos os objetivos

propostos para para a dissertação, apenas as ánalises de atividade antioxidante,

com os resultados de IC50 do DPPH· e a atividade antibacteriana não foram

incluídas no artigo. O primeiro não foi necessário pois os dados associados de

DPPH e ORAC já foram suficientes para caracterização in vitro da atividade

antioxiante. Quanto à atividade antibacteriana, não houve resultado positivo para

nenhuma cepa estudada (Apêndice A - E), o que, associado à necessidade de

formatação do artigo para submissão, inviabilizou a inclusão dos resultados.

Dentro de outras experiências tidas no período do mestrado, posso citar a

possibilidade de 1 co-orientação de TCC da graduação de Nutrição (em andamento)

e a docência assistida na disciplina de Análise Sensorial de Alimentos (Engenharia

de Alimentos). Projetos paralelos aconteceram dentro das displinas da pós-

graduação, como da análise da qualidade de peixe dentão comercializado em

mercado local, análise de compostos bioativos e atividade antioxidante de polpas de

frutas mistas e desenvolvimento de leite de castanha de caju com o teste-piloto para

a produção de sorvete. Esses projetos somados à parcerias com as alunas de

doutorado e iniciação ciêntifica (engenharia de alimentos), possibilitaram a produção

de 7 trabalhos apresentados em 2 congressos: 1 resumo no Simpósio Latino

Americano de Ciências de Alimentos (2015) e os 6 demais aresentadados no

Congresso Latino Americano de Analistas e Alimentos (2015).

Dentro da pesquisa com os resíduos de frutas pude contribuir com

implantação da metodologia de 2 análises de caracterização bioativa e tecnologica:

de flavonóides totais pelo cloreto de alumínio e a capacidade de retenção de água e

óleo dos resíduos desidratados. São metodologias que podem ser inseridas em

pesquisas futuras, tanto para o PPGNUT quanto para a Engenharia de Alimentos.

Como perspectivas futuras para o estudo com os resíduos pode-se citar a

aplicação deles ou seus extratos em produtos alimentícios, com análise da

estabilidade combinada à analise sensorial. Também caberiam estudos in vivo com

modelos animais ou com células para verificar a resposta metabólica em animais

sadios ou não.

Page 67: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

66

REFERÊNCIAS

1. Bicas JL, Molina G, Dionísio AP, Barros FFC, Wagner R, Maróstica MR, et al.

Volatile constituents of exotic fruits from Brazil. Food Res Int [Internet].

2011;44(7):1843–55. Available from:

http://dx.doi.org/10.1016/j.foodres.2011.01.012

2. Almeida MMB, de Sousa PHM, Arriaga ÂMC, do Prado GM, Magalhães CEDC,

Maia GA, et al. Bioactive compounds and antioxidant activity of fresh exotic

fruits from northeastern Brazil. Food Res Int. 2011;44(7):2155–9.

3. Dembitsky VM, Poovarodom S, Leontowicz H, Leontowicz M, Vearasilp S,

Trakhtenberg S, et al. The multiple nutrition properties of some exotic fruits:

Biological activity and active metabolites. Food Res Int [Internet].

2011;44(7):1671–701. Available from:

http://dx.doi.org/10.1016/j.foodres.2011.03.003

4. Martínez R, Torres P, Meneses M a., Figueroa JG, Pérez-Álvarez J a., Viuda-

Martos M. Chemical, technological and in vitro antioxidant properties of mango,

guava, pineapple and passion fruit dietary fibre concentrate. Food Chem

[Internet]. 2012;135(3):1520–6. Available from:

http://dx.doi.org/10.1016/j.foodchem.2012.05.057

5. Marques LG, Prado MM, Freire JT. Rehydration characteristics of freeze-dried

tropical fruits. LWT - Food Sci Technol. 2009;42(7):1232–7.

6. Rufino MDSM, Pérez-Jiménez J, Tabernero M, Alves RE, De Brito ES, Saura-

Calixto F. Acerola and cashew apple as sources of antioxidants and dietary

fibre. Int J Food Sci Technol. 2010;45(11):2227–33.

7. Oliveira VB, Yamada LT, Fagg CW, Brandão MGL. Native foods from Brazilian

biodiversity as a source of bioactive compounds. Food Res Int [Internet]. 2012

Aug;48(1):170–9. Available from:

http://dx.doi.org/10.1016/j.foodres.2012.03.011

8. Da Silva LMR, De Figueiredo EAT, Ricardo NMPS, Vieira IGP, De Figueiredo

RW, Brasil IM, et al. Quantification of bioactive compounds in pulps and by-

products of tropical fruits from Brazil. Food Chem [Internet]. 2014;143:398–

404. Available from: http://dx.doi.org/10.1016/j.foodchem.2013.08.001

9. Abdennacer B, Karim M, Yassine M, Nesrine R, Mouna D, Mohamed B.

Determination of phytochemicals and antioxidant activity of methanol extracts

Page 68: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

67

obtained from the fruit and leaves of Tunisian Lycium intricatum Boiss. Food

Chem [Internet]. 2015;174:577–84. Available from:

http://dx.doi.org/10.1016/j.foodchem.2014.11.114

10. Oboh G, Ademosun AO, Akinleye M, Omojokun OS, Boligon A a., Athayde ML.

Starch composition, glycemic indices, phenolic constituents, and antioxidative

and antidiabetic properties of some common tropical fruits. J Ethn Foods

[Internet]. 2015;2(2):64–73. Available from:

http://dx.doi.org/10.1016/j.jef.2015.05.003

11. Balasundram N, Sundram K, Samman S. Phenolic compounds in plants and

agri-industrial by-products: Antioxidant activity, occurrence, and potential uses.

Food Chem. 2006;99(1):191–203.

12. Ayala-Zavala JF, Vega-Vega V, Rosas-Domínguez C, Palafox-Carlos H, Villa-

Rodriguez J a., Siddiqui MW, et al. Agro-industrial potential of exotic fruit

byproducts as a source of food additives. Food Res Int [Internet].

2011;44(7):1866–74. Available from:

http://dx.doi.org/10.1016/j.foodres.2011.02.021

13. Moure a., Cruz JM, Franco D, Manuel Domínguez J, Sineiro J, Domínguez H,

et al. Natural antioxidants from residual sources. Food Chem. 2001;72(2):145–

71.

14. Galanakis CM. Recovery of high added-value components from food wastes:

Conventional, emerging technologies and commercialized applications. Trends

Food Sci Technol. 2012;26(2):68–87.

15. Bonarius GA, Vieira JB, van der Goot AJ, Bodnár I. Rheological behaviour of

fibre-rich plant materials in fat-based food systems. Food Hydrocoll [Internet].

2014 Oct;40:254–61. Available from:

http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0268005X14000897

16. Macagnan FT, Santos LR Dos, Roberto BS, De Moura FA, Bizzani M, Da Silva

LP. Biological properties of apple pomace, orange bagasse and passion fruit

peel as alternative sources of dietary fibre. Bioact Carbohydrates Diet Fibre.

2015;6(1):1–6.

17. Gorinstein S, Poovarodom S, Leontowicz H, Leontowicz M, Namiesnik J,

Vearasilp S, et al. Antioxidant properties and bioactive constituents of some

rare exotic Thai fruits and comparison with conventional fruits. In vitro and in

vivo studies. Food Res Int [Internet]. 2011;44(7):2222–32. Available from:

Page 69: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

68

http://dx.doi.org/10.1016/j.foodres.2010.10.009

18. FAOSTAT. Food and Agriculture Organization. FAOSTAT Domains, Crops.

[Internet]. [cited 2016 Mar 15]. Available from: http://faostat3.fao.org/faostat-

gateway/go/to/browse/Q/QC/E

19. Uchoa AMA, Costa JMC da, Maia GA, Silva EMC, Carvalho AFFU, Meira TR.

Parâmetros físico-químicos, teor de fibra bruta e alimentar de pós alimentícios

obtidos de resíduos de frutas tropicais. SEGURANÇA Aliment e Nutr [Internet].

2008;15(2):58–65. Available from:

http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/62796/1/5-09-artigo-1418-

Parametros-Fisico-Quimicos.pdf

20. de Araújo Sousa BA, Correia RTP. Biotechnological reuse of fruit residues as a

rational strategy for agro-industrial resources. J Technol Manag Innov.

2010;5(2):104–12.

21. Celli GB, Pereira-Netto AB, Beta T. Comparative analysis of total phenolic

content, antioxidant activity, and flavonoids profile of fruits from two varieties of

Brazilian cherry (Eugenia uniflora L.) throughout the fruit developmental

stages. Food Res Int [Internet]. 2011;44(8):2442–51. Available from:

http://dx.doi.org/10.1016/j.foodres.2010.12.036

22. Correia RTP, Borges KC, Medeiros MF, Genovese MI. Bioactive compounds

and phenolic-linked functionality of powdered tropical fruit residues. Food Sci

Technol Int [Internet]. 2012;18:539–47. Available from:

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23014856

23. Gurak PD, De Bona GS, Tessaro IC, Marczak LDF. Jaboticaba pomace

powder obtained as a co-product of juice extraction: A comparative study of

powder obtained from peel and whole fruit. Food Res Int [Internet].

2014;62:786–92. Available from:

http://dx.doi.org/10.1016/j.foodres.2014.04.042

24. Babbar N, Oberoi HS, Uppal DS, Patil RT. Total phenolic content and

antioxidant capacity of extracts obtained from six important fruit residues. Food

Res Int [Internet]. 2011;44(1):391–6. Available from:

http://dx.doi.org/10.1016/j.foodres.2010.10.001

25. Aguilera JM, Chiralt A, Fito P. Food dehydration and product structure. Trends

Food Sci Technol. 2003;14(10):432–7.

26. Lewicki PP. Design of hot air drying for better foods. Trends Food Sci Technol.

Page 70: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

69

2006;17(4):153–63.

27. Skaf P, Ferreira B da S, Cutait MS, SIlva CR da, Turra F, Herszkowicz N, et al.

Brasil food trends 2020. [Internet]. Instituto de Tecnologia de Alimentos. São

Paulo, Brasil: FIESP; 2010. 171 p. Available from:

http://www.brasilfoodtrends.com.br/Brasil_Food_Trends/files/publication.pdf

28. Moratoya EE, Carvalhaes GC, Wander AE, Almeida LMCDM. Mudanças no

padrão de consumo alimentar no Brasil. Rev Política Agrícola [Internet].

2013;1:72–84. Available from:

http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/bitstream/doc/958212/1/mudancas.pdf

29. Belik W. Perspectivas para segurança alimentar e nutricional no Brasil. Saúde

e Soc. 2003;12(1):12–20.

30. Mirabella N, Castellani V, Sala S. Current options for the valorization of food

manufacturing waste: A review. J Clean Prod [Internet]. 2014;65:28–41.

Available from: http://dx.doi.org/10.1016/j.jclepro.2013.10.051

31. Alves G, Perrone D. Breads enriched with guava flour as a tool for studying the

incorporation of phenolic compounds in bread melanoidins. Food Chem.

2015;185:65–74.

32. Megías-Pérez R, Gamboa-Santos J, Soria AC, Villamiel M, Montilla A. Survey

of quality indicators in commercial dehydrated fruits. Food Chem.

2014;150:41–8.

33. Paz M, Gúllon P, Barroso MF, Carvalho AP, Domingues VF, Gomes AM, et al.

Brazilian fruit pulps as functional foods and additives: Evaluation of bioactive

compounds. Food Chem [Internet]. 2015;172:462–8. Available from:

http://dx.doi.org/10.1016/j.foodchem.2014.09.102

34. FAOSTAT. Food and Agriculture Organization. FAOSTAT Domains, Crops

[Internet]. [cited 2016 Apr 15]. Available from: http://faostat3.fao.org/faostat-

gateway/go/to/browse/Q/QC/E

35. da Silva AC, Jorge N. Bioactive compounds of the lipid fractions of agro-

industrial waste. Food Res Int [Internet]. 2014;66:493–500. Available from:

http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0963996914006814

36. Marques LG, Ferreira MC, Freire JT. Freeze-drying of acerola (Malpighia

glabra L.). Chem Eng Process Process Intensif. 2007;46(5):451–7.

37. Vendramini AL, Trugo LC. Chemical composition of acerola fruit (Malpighia

punicifolia L.) at three stages of maturity. Food Chem [Internet]. 2000

Page 71: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

70

Nov;71(2):195–8. Available from:

http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0308814600001527

38. Gutiérrez RMP, Mitchell S, Solis RV. Psidium guajava: A review of its

traditional uses, phytochemistry and pharmacology. J Ethnopharmacol.

2008;117(1):1–27.

39. Flores G, Wu S-B, Negrin A, Kennelly EJ. Chemical composition and

antioxidant activity of seven cultivars of guava (Psidium guajava) fruits. Food

Chem [Internet]. 2015;170:327–35. Available from:

http://dx.doi.org/10.1016/j.foodchem.2014.08.076

40. Queiroz C, Lopes MLM, Fialho E, Valente-Mesquita VL. Changes in bioactive

compounds and antioxidant capacity of fresh-cut cashew apple. Food Res Int

[Internet]. 2011;44(5):1459–62. Available from:

http://dx.doi.org/10.1016/j.foodres.2011.03.021

41. Filhoal M. CONVECTIVE DRYING OF ACEROLA ( Malphigia emarginata DC

.): APPLICATION OF SEMITHEORETICAL MODELS. Holos. 2014;1:86–95.

42. FAOSTAT. Food and Agriculture Organization. FAOSTAT Domains, Crops

[Internet]. [cited 2014 Sep 30]. Available from: http://faostat3.fao.org/faostat-

gateway/go/to/browse/Q/QC/E

43. Lutaladio N, Burlingame B, Crews J. Horticulture, biodiversity and nutrition. J

Food Compos Anal. 2010;23(6):481–5.

44. Lima JR, Modesto ALG, Costa AN da, Garruti D dos S, Pinto GAS, Magalhães

HCR, et al. Desidratação da fibra do caju para utilização em produtos

alimentícios [Internet]. 1st ed. Boletim de Pesquisa Número 91 - Embrapa.

Fortaleza, Brasil; 2014. 25 p. Available from:

http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/CNPAT-2010/4779/1/Bp-023.pdf

45. Yamashita F, Benassi MDT, Tonzar AC, Moriya S, Fernandes JG. Produtos de

acerola: estudo da estabilidade de vitamina C. Ciência e Tecnol Aliment

[Internet]. 2003 Apr;23(1):92–4. Available from:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-

20612003000100019&nrm=iso

46. IBGE. Produção e vendas dos produtos e/ou serviços industriais, segundo as

classes de atividades e a descrição dos produtos [Internet]. 2013 [cited 2016

Apr 10]. Available from:

ftp://ftp.ibge.gov.br/Industrias_Extrativas_e_de_Transformacao/Pesquisa_Indu

Page 72: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

71

strial_Anual/Produto2013/tabelas_xls/tab2013_01.zip

47. HLPE. Food losses and waste in the context of sustainable food systems.

Rome; 2014.

48. Schieber a, Stintzing F, Carle R. By-products of plant food processing as a

source of functional compounds—recent developments. Trends Food Sci

Technol [Internet]. 2002;12(2001):401–13. Available from:

http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0924224402000122

49. Vieira LM, Sousa MS, Mancini-Filho J, Lima A de. Total phenolics and

antioxidant capacity “in vitro” of tropical fruit pulps. Rev Bras Frutic.

2011;33(3):888–97.

50. Oliveira AC de, Valentim IB, Goulart MOF, Silva CA, Bechara EJH, Trevisan

MTS. Fontes Vegetais Naturais de Antioxidantes. Quim Nova. 2009;32(3):689–

702.

51. Siqueira AM de A, Brito ES de. Aproveitamento do bagaço do caju para

alimentação humana e utilização em outras indústrias de alimentos. In: Araújo

JPP de, editor. Agronegócio caju: práticas e inovações. Embrapa; 2003. p.

351–76.

52. Martins C, Farias R. Produção De Alimentos X Desperdício: Tipos, Causas E

Como Reduzir Perdas Na Produção Agrícola. Rev da FZVA. 2002;9:20–32.

53. Morais DR, Rotta EM, Sargi SC, Schmidt EM, Bonafe EG, Eberlin MN, et al.

Antioxidant activity, phenolics and UPLC-ESI(-)-MS of extracts from different

tropical fruits parts and processed peels. Food Res Int [Internet]. 2015;77:392–

9. Available from: http://dx.doi.org/10.1016/j.foodres.2015.08.036

54. Bataglion G a., da Silva FM a. a, Eberlin MN, Koolen HHFF. Determination of

the phenolic composition from Brazilian tropical fruits by UHPLC–MS/MS. Food

Chem [Internet]. 2015;180:280–7. Available from:

http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0308814615002393

55. Van Der Goot AJ, Pelgrom PJM, Berghout J a M, Geerts MEJ, Jankowiak L,

Hardt N a., et al. Concepts for further sustainable production of foods. J Food

Eng [Internet]. 2016;168:42–51. Available from:

http://dx.doi.org/10.1016/j.jfoodeng.2015.07.010

56. Sójka M, Kołodziejczyk K, Milala J. Polyphenolic and basic chemical

composition of black chokeberry industrial by-products. Ind Crops Prod.

2013;51:77–86.

Page 73: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

72

57. Zhang Y lao, Kong L chun, Yin C ping, Jiang D hua, Jiang J quan, He J, et al.

Extraction optimization by response surface methodology, purification and

principal antioxidant metabolites of red pigments extracted from bayberry

(Myrica rubra) pomace. LWT - Food Sci Technol [Internet]. 2013;51(1):343–7.

Available from: http://dx.doi.org/10.1016/j.lwt.2012.09.029

58. Morales P, Barros L, Dias MI, Santos-Buelga C, Ferreira ICFR, Ramirez

Asquieri E, et al. Non-fermented and fermented jabuticaba (Myrciaria cauliflora

Mart.) pomaces as valuable sources of functional ingredients. Food Chem.

2016;208:220–7.

59. Hernández-Carranza P, Ávila-Sosa R, Guerrero-Beltrán J a., Navarro-Cruz a.

R, Corona-Jiménez E, Ochoa-Velasco CE. Optimization of Antioxidant

Compounds Extraction from Fruit By-Products: Apple Pomace, Orange and

Banana Peel. J Food Process Preserv. 2016;40(1):103–15.

60. Aguedo M, Kohnen S, Rabetafika N, Vanden Bossche S, Sterckx J, Blecker C,

et al. Composition of by-products from cooked fruit processing and potential

use in food products. J Food Compos Anal. 2012;27(1):61–9.

61. De Abreu FP, Dornier M, Dionisio AP, Carail M, Caris-Veyrat C, Dhuique-

Mayer C. Cashew apple (Anacardium occidentale L.) extract from by-product of

juice processing: A focus on carotenoids. Food Chem [Internet].

2013;138(1):25–31. Available from:

http://dx.doi.org/10.1016/j.foodchem.2012.10.028

62. Sousa B a., Correia RTP. Phenolic content, antioxidant activity and

antiamylolytic activity of extracts obtained from bioprocessed pineapple and

guava wastes. Brazilian J Chem Eng. 2012;29(1):25–30.

63. Delpino-Rius A, Eras J, Vilaró F, Cubero MÁ, Balcells M, Canela-Garayoa R.

Characterisation of phenolic compounds in processed fibres from the juice

industry. Food Chem. 2015;172:575–84.

64. Contreras-Calderón J, Calderón-Jaimes L, Guerra-Hernández E, García-

Villanova B. Antioxidant capacity, phenolic content and vitamin C in pulp, peel

and seed from 24 exotic fruits from Colombia. Food Res Int [Internet].

2011;44(7):2047–53. Available from:

http://dx.doi.org/10.1016/j.foodres.2010.11.003

65. Kuppusamy S, Thavamani P, Megharaj M, Naidu R. Bioremediation potential of

natural polyphenol rich green wastes: A review of current research and

Page 74: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

73

recommendations for future directions. Environ Technol Innov [Internet]. 2015

Oct;4:17–28. Available from: http://dx.doi.org/10.1016/j.eti.2015.04.001

66. de Oliveira AC, Valentim IB, Silva CA, Bechara EJH, Barros MP De, Mano CM,

et al. Total phenolic content and free radical scavenging activities of methanolic

extract powders of tropical fruit residues. Food Chem. 2009;115(2):469–75.

67. Pérez-Jiménez J, Saura-Calixto F. Macromolecular antioxidants or non-

extractable polyphenols in fruit and vegetables: Intake in four European

countries. Food Res Int [Internet]. 2015;74:315–23. Available from:

http://digital.csic.es/handle/10261/117024

68. Espín JC, Garcíaa-Conesa MT, Tomás-Barberán F a. Nutraceuticals: Facts

and fiction. Phytochemistry. 2007;68(22–24):2986–3008.

69. Tomas-Barberán F a., Cienfuegos-Jovellanos E, Marín A, Muguerza B, Gil-

Izquierdo A, Cerdá B, et al. A new process to develop a cocoa powder with

higher flavonoid monomer content and enhanced bioavailability in healthy

humans. J Agric Food Chem. 2007;55(10):3926–35.

70. Thaipong K, Boonprakob U, Crosby K, Cisneros-Zevallos L, Hawkins Byrne D.

Comparison of ABTS, DPPH, FRAP, and ORAC assays for estimating

antioxidant activity from guava fruit extracts. J Food Compos Anal. 2006;19(6–

7):669–75.

71. Zepka LQ, Garruti DS, Sampaio KL, Mercadante AZ, Da Silva MA a P. Aroma

compounds derived from the thermal degradation of carotenoids in a cashew

apple juice model. Food Res Int. 2014;56:108–14.

72. Assunção RB, Mercadante AZ. Carotenoids and ascorbic acid composition

from commercial products of cashew apple (Anacardium occidentale L.). J

Food Compos Anal. 2003;16(6):647–57.

73. Vasco C, Ruales J, Kamal-Eldin A. Total phenolic compounds and antioxidant

capacities of major fruits from Ecuador. Food Chem. 2008;111(4):816–23.

74. Righetto a. M. Chemical Composition and Antioxidant Activity of Juices from

Mature and Immature Acerola (Malpighia emarginata DC). Food Sci Technol

Int [Internet]. 2005;11(4):315–21. Available from:

http://fst.sagepub.com/cgi/doi/10.1177/1082013205056785

75. Rice-Evans C a., Miller NJ, Paganga G. Structure-antioxidant activity

relationships of flavonoids and phenolic acids. Free Radic Biol Med.

1996;20(7):933–56.

Page 75: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

74

76. Shahidi F, Ambigaipalan P. Phenolics and polyphenolics in foods, beverages

and spices: Antioxidant activity and health effects - A review. J Funct Foods

[Internet]. 2015;18:820–97. Available from:

http://dx.doi.org/10.1016/j.jff.2015.06.018

77. Bataglion G a., da Silva FM a., Eberlin MN, Koolen HHF. Simultaneous

quantification of phenolic compounds in buriti fruit (Mauritia flexuosa L.f.) by

ultra-high performance liquid chromatography coupled to tandem mass

spectrometry. Food Res Int [Internet]. 2014;66:396–400. Available from:

http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0963996914006395

78. Del Rio D, Rodriguez-Mateos A, Spencer JPE, Tognolini M, Borges G, Crozier

A. Dietary (Poly)phenolics in Human Health: Structures, Bioavailability, and

Evidence of Protective Effects Against Chronic Diseases. Antioxid Redox

Signal [Internet]. 2013;18(14):1818–92. Available from:

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22794138%5Cnhttp://www.pubmedcentral

.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=3619154&tool=pmcentrez&rendertype=abstrac

t

79. Blokhina O, Virolainen E, Fagerstedt K V. Antioxidants, oxidative damage and

oxygen deprivation stress: A review. Ann Bot. 2003;91:179–94.

80. Plaza M, Pozzo T, Liu J, Gulshan Ara KZ, Turner C, Nordberg Karlsson E.

Substituent effects on in vitro antioxidizing properties, stability, and solubility in

flavonoids. J Agric Food Chem. 2014;62(15):3321–33.

81. Belitz H-D, Grosch W, Schieberle P. Food Chemistry. 4th ed. Berlin, Germany:

Springer; 2009. 1114 p.

82. Damodaran S, Parkin KL, Fennema OR. Fennema’s Food Chemistry. 4th ed.

Boca Raton, EUA: CRC Press; 2007. 1158 p.

83. Scalbert A. Antimicrobial properties of tannins. Phytochemistry.

1991;30(12):3875–83.

84. Tajkarimi MM, Ibrahim S a., Cliver DO. Antimicrobial herb and spice

compounds in food. Food Control [Internet]. 2010;21(9):1199–218. Available

from: http://dx.doi.org/10.1016/j.foodcont.2010.02.003

85. Saini RK, Nile SH, Park SW. Carotenoids from fruits and vegetables:

Chemistry, analysis, occurrence, bioavailability and biological activities. Food

Res Int. 2015;76:735–50.

86. Spínola V, Llorent-Martínez EJ, Castilho PC. Determination of vitamin C in

Page 76: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

75

foods: Current state of method validation. J Chromatogr A [Internet].

2014;1369:2–17. Available from:

http://dx.doi.org/10.1016/j.chroma.2014.09.087

87. Gammone MA, Riccioni G, D’Orazio N. Carotenoids: potential allies of

cardiovascular health? Food Nutr Res. 2011;1(7):1–774.

88. Kim DO, Lee KW, Lee HJ, Lee CY. Vitamin C equivalent antioxidant capacity

(VCEAC) of phenolic phytochemicals. J Agric Food Chem. 2002;50(13):3713–

7.

89. Murillo E, Giuffrida D, Menchaca D, Dugo P, Torre G, Meléndez-Martinez AJ,

et al. Native carotenoids composition of some tropical fruits. Food Chem

[Internet]. 2013;140(4):825–36. Available from:

http://dx.doi.org/10.1016/j.foodchem.2012.11.014

90. Klimczak I, Małecka M, Szlachta M, Gliszczyńska-Świgło A. Effect of storage

on the content of polyphenols, vitamin C and the antioxidant activity of orange

juices. J Food Compos Anal. 2007;20(3–4):313–22.

91. Elleuch M, Bedigian D, Roiseux O, Besbes S, Blecker C, Attia H. Dietary fibre

and fibre-rich by-products of food processing: Characterisation, technological

functionality and commercial applications: A review. Food Chem [Internet].

2011;124(2):411–21. Available from:

http://dx.doi.org/10.1016/j.foodchem.2010.06.077

92. O’Shea N, Arendt EK, Gallagher E. Dietary fibre and phytochemical

characteristics of fruit and vegetable by-products and their recent applications

as novel ingredients in food products. Innov Food Sci Emerg Technol [Internet].

2012 Oct;16(6):1–10. Available from:

http://dx.doi.org/10.1016/j.ifset.2012.06.002

93. Ketnawa S, Chaiwut P, Rawdkuen S. Pineapple wastes: A potential source for

bromelain extraction. Food Bioprod Process [Internet]. 2012;90(3):385–91.

Available from: http://dx.doi.org/10.1016/j.fbp.2011.12.006

94. Atolani O, Omere J, Otuechere C a., Adewuyi a. Antioxidant and cytotoxicity

effects of seed oils from edible fruits. J Acute Dis [Internet]. 2012;1(2):130–4.

Available from:

http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S222161891360030X

95. Arvanitoyannis IS, Varzakas TH. Fruit / Fruit Juice Waste Management :

Treatment Methods nd Potential Uses of Treated Waste. In: Arvanitoyannis IS,

Page 77: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

76

editor. Waste Management for the Food Industries [Internet]. Elsevier Inc.;

2008. p. 569–628. Available from:

http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/B9780123736543500225

96. Ajila CM, Aalami M, Leelavathi K, Rao UJSP. Mango peel powder: A potential

source of antioxidant and dietary fiber in macaroni preparations. Innov Food

Sci Emerg Technol [Internet]. 2010;11(1):219–24. Available from:

http://dx.doi.org/10.1016/j.ifset.2009.10.004

97. Wolfe KL, Liu RH. Apple peels as a value-added food ingredient. J Agric Food

Chem. 2003;51(6):1676–83.

98. Potter R, Stojceska V, Plunkett A. The use of fruit powders in extruded snacks

suitable for Children’s diets. LWT - Food Sci Technol [Internet].

2013;51(2):537–44. Available from: http://dx.doi.org/10.1016/j.lwt.2012.11.015

99. Lazzari E, Schena T, Primaz CT, da Silva Maciel GP, Machado ME, Cardoso

CAL, et al. Production and chromatographic characterization of bio-oil from the

pyrolysis of mango seed waste. Ind Crops Prod. 2016;83:529–36.

100. Harasym J, Oledzki R. Effect of fruit and vegetable antioxidants on total

antioxidant capacity of blood plasma. Nutrition. 2014;30(5):511–7.

101. Pandey KB, Rizvi SI. Plant polyphenols as dietary antioxidants in human health

and disease. Oxid Med Cell Longev [Internet]. 2009;2(5):270–8. Available from:

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20716914%5Cnhttp://www.pubmedcentral

.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=PMC2835915

102. Gülçin I, Bursal E, Şehitoĝlu MH, Bilsel M, Gören AC. Polyphenol contents and

antioxidant activity of lyophilized aqueous extract of propolis from Erzurum,

Turkey. Food Chem Toxicol. 2010;48(8–9):2227–38.

103. Moo-Huchin, V. M., Moo-Huchin, M. L., Estrada-Leon, R. J., Cuevas-Glory, L.,

Estrada-Mota, I. A., Ortiz-Vázquez, E., Betancur-Ancona, D. and Sauri-Duch E.

Antioxidant compounds, antioxidant activity and phenolic compounds in peel

from three tropical fruit from Yucatan, Mexico. Food Chem. 2015;166:17–22.

104. Alves CQ, David JM, David JP, Bahia M V, Aguiar RM. Métodos para

determinação de atividade antioxidante in vitro em substratos orgânicos. Quim

Nova. 2010;33(10):2202–10.

105. Lim YY, Lim TT, Tee JJ. Antioxidant properties of several tropical fruits: A

comparative study. Food Chem. 2007;103(3):1003–8.

106. Burt S. Essential oils: their antibacterial properties and potential applications in

Page 78: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

77

foods—a review. Int J Food Microbiol [Internet]. 2004 Aug;94(3):223–53.

Available from: http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0168160504001680

107. Nora CD, Müller CDR, de Bona GS, Rios ADO, Hertz PF, Jablonski A, et al.

Effect of processing on the stability of bioactive compounds from red guava

(Psidium cattleyanum Sabine) and guabiju (Myrcianthes pungens). J Food

Compos Anal. 2014;34(1):18–25.

108. Spínola V, Mendes B, Câmara JS, Castilho PC. Effect of time and temperature

on vitamin C stability in horticultural extracts. UHPLC-PDA vs iodometric

titration as analytical methods. LWT - Food Sci Technol [Internet].

2013;50(2):489–95. Available from: http://dx.doi.org/10.1016/j.lwt.2012.08.020

109. Rawson a., Patras a., Tiwari BK, Noci F, Koutchma T, Brunton N. Effect of

thermal and non thermal processing technologies on the bioactive content of

exotic fruits and their products: Review of recent advances. Food Res Int

[Internet]. 2011;44(7):1875–87. Available from:

http://dx.doi.org/10.1016/j.foodres.2011.02.053

110. Sousa MSB, Vieira LM, Silva M de JM da, Lima A de. Caracterização

nutricional de compostos antioxidantes em resíduos de polpas de frutas

tropicais. Ciência e agrotecnologia. 2011 Jul 22;35(3):554–9.

111. Kurozawa LE, Terng I, Hubinger MD, Park KJ. Ascorbic acid degradation of

papaya during drying: Effect of process conditions and glass transition

phenomenon. J Food Eng [Internet]. 2014;123:157–64. Available from:

http://dx.doi.org/10.1016/j.jfoodeng.2013.08.039

112. Vega-Gálvez A, Ah-Hen K, Chacana M, Vergara J, Martínez-Monzó J, García-

Segovia P, et al. Effect of temperature and air velocity on drying kinetics,

antioxidant capacity, total phenolic content, colour, texture and microstructure

of apple (var. Granny Smith) slices. Food Chem [Internet]. 2012

May;132(1):51–9. Available from:

http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0308814611014622

113. Wu R, Frei B, Kennedy J a., Zhao Y. Effects of refrigerated storage and

processing technologies on the bioactive compounds and antioxidant

capacities of “Marion” and “Evergreen” blackberries. LWT - Food Sci Technol

[Internet]. 2010;43(8):1253–64. Available from:

http://dx.doi.org/10.1016/j.lwt.2010.04.002

114. Frias J, Elena Peñas, Mónica Ullate, Vidal-Valverde C. Influence of drying by

Page 79: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

78

convective air dryer or power ultrasound on the vitamin C and β-carotene

content of carrots. J Agric Food Chem. 2010;58(19):10539–44.

115. Pellegrini N, Chiavaro E, Gardana C, Mazzeo T, Contino D, Gallo M, et al.

Effect of different cooking methods on color, phytochemical concentration, and

antioxidant capacity of raw and frozen brassica vegetables. J Agric Food

Chem. 2010;58(7):4310–21.

116. De Ancos B, Ibañez E, Reglero G, Cano MP. Frozen storage effects on

anthocyanins and volatile compounds of raspberry fruit. J Agric Food Chem.

2000;48(3):873–9.

117. Nicoli MC, Anese M, Parpinel M. Influence of processing on the antioxidant

properties of fruit and vegetables. Trends Food Sci Technol. 1999;10:94–100.

118. Kikugawa K, Kunugi A, Kurechi T. Chemistry and implications of degradation of

phenolic antioxidants. In: Hudson BJF, editor. Food Antioxidants. 1st ed.

Essex; 1990. p. 65–98.

119. Nicoli MC, Anese M, Parpinel M. Influence of processing on the antioxidant

properties of fruit and vegetables. Trends Food Sci Technol. 1999;10:94–100.

120. Yilmaz Y, Toledo R. Antioxidant activity of water-soluble Maillard reaction

products. Food Chem. 2005;93(2):273–8.

121. Małgorzata W, Konrad PM, Zieliński H. Effect of roasting time of buckwheat

groats on the formation of Maillard reaction products and antioxidant capacity.

Food Chem. 2016;196:355–8.

122. Wang HY, Qian H, Yao WR. Melanoidins produced by the Maillard reaction:

Structure and biological activity. Food Chem. 2011;128(3):573–84.

123. Anese M, Manzocco L, Nicoli MC, Lerici CR. Antioxidant properties of tomato

juice as affected by heating. J Sci Food Agric. 1999;79(5):750–4.

124. Morales FJ, Jiménez-Pérez S. Peroxyl radical scavenging activity of

melanoidins in aqueous systems. Eur Food Res Technol. 2004;218(6):515–20.

125. Sacchetti G, Di Mattia C, Pittia P, Mastrocola D. Effect of roasting degree,

equivalent thermal effect and coffee type on the radical scavenging activity of

coffee brews and their phenolic fraction. J Food Eng. 2009;90(1):74–80.

126. AOAC. Official methods of analysis of AOAC. 19th ed. Association of Official

Analytical Chemists Internacional. Whashington, EUA; 2012. 173 p.

127. Albuquerque TG, Santos F, Sanches-Silva A, Beatriz Oliveira M, Bento AC,

Costa HS. Nutritional and phytochemical composition of Annona cherimola Mill.

Page 80: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

79

fruits and by-products: Potential health benefits. Food Chem. 2016;193:187–

95.

128. Merrill AL, Watt BK. Energy Values of Food: Basis and Derivation. Agricultural

Handboook No. 74. 1973. p. 1–105.

129. Tavares RL, Silva ASS, Campos ARN, Schuler ARP, Aquino J de S. Nutritional

composition, phytochemicals and microbiological quality of the legume,

Mucuna pruriens. African J Biotechnol [Internet]. 2015;14(8):676–82. Available

from: http://academicjournals.org/journal/AJB/article-abstract/94273CE50689

130. Castro-Muñoz R, Barragán-Huerta BE, Yáñez-Fernández J. Use of gelatin-

maltodextrin composite as an encapsulation support for clarified juice from

purple cactus pear (Opuntia stricta). LWT - Food Sci Technol [Internet].

2014;62(1):1–7. Available from:

http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0023643814005982

131. Laboratory GNR. Hygroscopicity - Method N°14a [Internet]. Düsseldorf; 2010.

Available from: http://www.gea.com/en/binaries/A 14 a - Hygroscopicity_tcm11-

30922.pdf

132. Fujita A, Borges K, Correia R, Franco BDGDM, Genovese MI. Impact of

spouted bed drying on bioactive compounds, antimicrobial and antioxidant

activities of commercial frozen pulp of camu-camu (Myrciaria dubia Mc.

Vaugh). Food Res Int [Internet]. 2013;54(1):495–500. Available from:

http://dx.doi.org/10.1016/j.foodres.2013.07.025

133. Saravanan S, Parimelazhagan T. In vitro antioxidant, antimicrobial and anti-

diabetic properties of polyphenols of Passiflora ligularis Juss. fruit pulp. Food

Sci Hum Wellness [Internet]. 2014;3(2):56–64. Available from:

http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2213453014000160

134. Prior RL, Fan E, Ji H, Howell A, Nio C, Paynef MJ, et al. Multi-laboratory

validation of a standard method for quantifying proanthocyanidins in cranberry

powders. J Sci Food Agric. 2010;90(9):1473–8.

135. Ross K a., Beta T, Arntfield SD. A comparative study on the phenolic acids

identified and quantified in dry beans using HPLC as affected by different

extraction and hydrolysis methods. Food Chem [Internet]. 2009;113(1):336–44.

Available from: http://dx.doi.org/10.1016/j.foodchem.2008.07.064

136. Krygier K, Sosulski F, Hogge L. Free, esterified, and insoluble-bound phenolic

acids. 1. Extraction and purification procedure. J Agric Food Chem [Internet].

Page 81: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

80

1982;30:330–4. Available from:

http://pubs.acs.org/doi/abs/10.1021/jf00110a028

137. Nagendra Prasad K, Yang B, Yang S, Chen Y, Zhao M, Ashraf M, et al.

Identification of phenolic compounds and appraisal of antioxidant and

antityrosinase activities from litchi (Litchi sinensis Sonn.) seeds. Food Chem

[Internet]. 2009;116(1):1–7. Available from:

http://dx.doi.org/10.1016/j.foodchem.2009.01.079

138. Oliveira RG De, Godoy HT, Prado MA. Optimization of a colorimetric method to

determine ascorbic acids in fruit jelly. Cienc e Tecnol Aliment. 2010;30(1):244–

9.

139. Lichtenthaler HK, Buschmann C. Chlorophylls and Carotenoids : Measurement

and Characterization by UV-VIS. Curr Protoc Food Anal Chem [Internet].

2001;F4.3.1-F4.(Supplement 1):1–8. Available from:

http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/0471142913.faf0403s01/abstract

140. Nóbrega EM, Oliveira EL, Genovese MI, Correia RTPP. The Impact of Hot Air

Drying on the Physical-Chemical Characteristics, Bioactive Compounds and

Antioxidant Activity of Acerola ( M alphigia emarginata ) Residue. J Food

Process Preserv [Internet]. 2014;39(October):131–41. Available from:

http://doi.wiley.com/10.1111/jfpp.12213

141. Ganske F, Dell EJ. ORAC Assay on the FLUOstar OPTIMA to Determine

Antioxidant Capacity [Internet]. Offenburg, Germany; 2006. Available from:

http://www.bmglabtech.com/application-notes/fluorescence-intensity/orac-

148.cfm

142. CLSI. Normas de Desempenho para Testes de Sensibilidade Antimicrobiana.

15th Suple. Vol. 25. Pennsylvania, USA: ANVISA; 2005. 177 p.

143. Sharma K, Ko EY, Assefa AD, Ha S, Nile SH, Lee ET, et al. Temperature-

dependent studies on the total phenolics, flavonoids, antioxidant activities, and

sugar content in six onion varieties. J Food Drug Anal [Internet].

2015;23(2):243–52. Available from: http://dx.doi.org/10.1016/j.jfda.2014.10.005

144. Del Castillo MD, Ames JM, Gordon MH. Effect of roasting on the antioxidant

activity of coffee brews. J Agric Food Chem. 2002;50(13):3698–703.

Page 82: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

81

APÊNDICES

Page 83: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

82

APÊNDICE A

Imagem 1 – Atividade antimicrobiana para Bacillo cereus. EA1, EA2, EA3 (Extratos

da acerola em triplicatas); EC1, EC2, EC3 (Extratos do caju em triplicatas); EG1,

EG2, EG3 (Extratos da goiaba em triplicatas); C- (Controle negativo); C+ (Controle

positivo, vancomicina).

EA1

EA2

EA3

EC1

EC2

EC3

EG1

EG3

EG2

C+

C-

C+

C-

C+

C-

Page 84: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

83

APÊNDICE B

Imagem 2– Atividade antimicrobiana para Listeria monocytogenes. EA1, EA2, EA3

(Extratos da acerola em triplicatas); EC1, EC2, EC3 (Extratos do caju em triplicatas);

EG1, EG2, EG3 (Extratos da goiaba em triplicatas); C- (Controle negativo); C+

(Controle positivo, vancomicina).

EA1

EA2

EA3

EC1

EC2

EC3

EG1

EG3

EG2

C+

C-

C+

C-

C+

C-

Page 85: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

84

APÊNDICE C

Imagem 3 – Atividade antimicrobiana para Staphylococcus aureus,. EA1, EA2, EA3

(Extratos da acerola em triplicatas); EC1, EC2, EC3 (Extratos do caju em triplicatas);

EG1, EG2, EG3 (Extratos da goiaba em triplicatas); C- (Controle negativo); C+

(Controle positivo, vancomicina).

EA1

EA2

EA3

EC1

EC2

EC3

EG1

EG3

EG2

C+

C-

C+

C-

C+

C-

Page 86: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

85

APÊNDICE D

Imagem 4– Atividade antimicrobiana para Salmonella typhimurium,. EA1, EA2, EA3

(Extratos da acerola em triplicatas); EC1, EC2, EC3 (Extratos do caju em triplicatas);

EG1, EG2, EG3 (Extratos da goiaba em triplicatas); C- (Controle negativo); C+

(Controle positivo, gentamicina).

EA1

EA2

EA3

EC1

EC2

EC3

EG1

EG3

EG2

C+

C-

C+

C-

C+ C-

Page 87: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE ... · funcionais, como aditivos naturais em produtos alimentícios, diminuindo a quantidade de resíduos gerados, além de

86

APÊNDICE E

Imagem 5– Atividade antimicrobiana para Shigella sonnei, EA1, EA2, EA3 (Extratos

da acerola em triplicatas); EC1, EC2, EC3 (Extratos do caju em triplicatas); EG1,

EG2, EG3 (Extratos da goiaba em triplicatas); C- (Controle negativo); C+ (Controle

positivo, gentamicina).

EA1

EA2

EA3

EC1

EC2

EC3

EG1

EG3

EG2

C+

C-

C+

C-

C+

C-