UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · visibilidade dos resultados no final do ano...
Transcript of UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · visibilidade dos resultados no final do ano...
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
Centro de Educação
Curso de Pedagogia a Distância
A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
PARA CRIANÇA DE 04 A 05 ANOS.
FRANCISCA MIRANDA BEZERRA
NOVA CRUZ-RN
2016
FRANCISCA MIRANDA BEZERRA
A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
PARA CRIANÇA DE 04 A 05 ANOS.
Relatório descritivo-analítico
apresentado ao Curso de Pedagogia
a Distância do Centro de Educação
da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, como requisito
parcial para obtenção do título de
Licenciatura em Pedagogia, sob a
orientação do professor. Dr.
Francisco Cláudio Soares Júnior.
NOVA CRUZ-RN
2016
A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTILPARA
CRIANÇAS DE 04 A 05 ANOS.
FRANCISCA MIRANDA BEZERRA
Data: ______/______/2016
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________________
Prof. Dr. Francisco Cláudio Soares Júnior. (Orientador)
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
____________________________________________________
Profª. Drª Giane Bezerra Vieira
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
___________________________________________________
Prof. Dr. Francisco Vitorino de Andrade Júnior
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
NOVA CRUZ-RN
2016
Dedico este trabalho primeiramente a
Deus, pela saúde, fé e perseverança que tem
nos dado. A nossa família pelo
reconhecimento à profissão, os quais têm
desejado em um futuro próximo fazer
educação, sabendo dos desafios do educador
no contexto atual.
Ao meus pais, a quem honraram pelo
esforço com o qual mantiveram seus filhos na
escola pública, permitindo-lhes condições de
galgar êxito na sociedade letrada. Aos amigos
pelo incentivo a busca de novos
conhecimentos, aos nossos professores e
tutores que muito contribuíram para esse
trabalho.
“A educação de professores é um desafio que tem a ver com o futuro da educação básica, esta por sua vez, intimamente vinculada com o futuro da nossa nação e a formação de nossas crianças, jovens e adultos. No entanto, a perspectiva de que a formação se faça em bases teoricamente sólida, e fundada nos princípios de uma formação com qualidade e relevância social. São cada vez mais remotas, se não conseguimos reverter o rumo das políticas educacionais [......]”.
Anfope, 2002
AGRADECIMENTOS
Registro meus agradecimentos a Deus sendo meu refúgio e fortaleza.
A ele, minha eterna gratidão.
A todos que compartilharam o trilhar de mais esse caminho percorrido,
contribuindo, direta e indiretamente, para que eu pudesse realizar este
relatório, auxiliando com apoio e perseverança nos momentos mais difíceis.
Agradeço aos familiares pelo apoio para que fosse concretizada essa
etapa, entendendo os momentos de ausência, dando apoio e carinho.
Agradeço aos professores e tutores que nos orientaram de forma
paciente e concisa.
RESUMO
O presente trabalho defende que a prática lúdica é de fundamental importância para
aquisição de saberes, criatividade e imaginação pelos alunos, como também a inserção de
crianças especiais nas atividades desenvolvidas em sala de aula, tendo o professor como
intermediador dos conhecimentos, precisando incorporar e valorizar essas atividades de forma
significativa no cotidiano da sala de aula. Faz-se necessário, ampliar seus conhecimentos
sobre o lúdico para poder utilizar com mais frequência técnicas e estratégias diversificadas,
envolvendo jogos e brincadeiras no seu planejamento didático-pedagógico, para proporcionar o
desenvolvimento integral dos seus alunos e a realizar o efetivo aprendizado dos conteúdos
escolares ministrados com ludicidade. Por isso, é importante que as brincadeiras façam parte
da cultura escolar, cabendo ao professor analisar e avaliar as suas potencialidades educativas
na dimensão curricular que se deseja desenvolver. Assim, há possibilidades de fazer com que
o aluno seja integrado às atividades de sala de aula e no contexto escolar, por meio da
execução das atividades pedagógicas, sejam de projetos com dramatizações, orações e
pinturas ou jogos e brincadeiras. Desse modo, constatamos que o desenvolvimento das
atividades lúdicas precisa de um trabalho pedagógico intencional, criativo e prazeroso, fazendo
com que o professor vivencie a utilização dos jogos, as brincadeiras e o brincar nas mais
diversas temáticas no âmbito escolar, como exercícios necessários e úteis a vida, cuja
participação das crianças são uteis a formação de atitudes sociais como respeito mútuo,
cooperação, obediência às regras, senso de responsabilidade, senso de justiça, iniciativa
pessoal e grupal, sendo estratégias que contribuem para despertar e valorizar a aquisição de
aprendizagens. Portanto, a educação por meio de práticas lúdicas é uma importante
ferramenta estratégica de ensino-aprendizagem que possibilita a criação de ambientes
atraentes em sala de aula e na vida para o desenvolvimento integral da criança. Desse modo,
utilizamos a abordagem qualitativa, de natureza descritiva explicativa, por meio da qual
analisamos as concepções dos professores sobre o conceito de planejar conceitos de
atividades lúdicas, especificamente ao planejar tarefas para serem desenvolvidas nas suas
práticas pedagógicas, ancorado nos procedimentos técnico-metodológicos tais como: reunião
com a equipe pedagógica; observação de participante; entrevistas; imagens fotográficas;
pesquisa documental; questionário e narrativa de vida. Assim, na referida pesquisa,
procuramos realizar um estudo sobre a importância do lúdico na Educação Infantil, buscando
argumentar em favor da necessidade de considerar o brincar, o brinquedo, a brincadeira e os
jogos como atividades básicas de sala de aula, como também, a socialização das atividades
escolares a partir desses instrumentos pedagógicos com alunos que precisam de
acompanhamento em virtude de necessidades especiais. Nessa perspectiva, nosso estudo
encontra-se estruturado da seguinte forma: apresentamos as nossas considerações iniciais e
discussões sobre a importância das atividades lúdicas no espaço escolar. Em seguida,
reflexões-descritivas acerca da nossa participação no Estágio Supervisionado na Educação
Infantil e as considerações finais do relatório em foco. Posteriormente, as referências e os
anexos do presente estudo.
PALAVRAS-CHAVE: Atividades Lúdicas; Educação Infantil e Ensino-Aprendizagem.
ABSTRACT
This paper argues that the playful practice is of fundamental importance for the
acquisition of knowledge, creativity and imagination by students, as well as the
inclusion of special children in activities in the classroom, with the teacher as mediator
of knowledge, need to incorporate and value these significantly activities in the
classroom everyday. It is necessary, expand their knowledge about the playful to be
able to use more often technical and diverse strategies, involving games and play in
their didactic and pedagogical planning to provide the comprehensive development of
their students and to conduct effective learning of school subjects delivered with
playfulness. So it is important that the games are part of the school culture, whereas
the teacher to analyze and evaluate their educational potential in the curricular
dimension that you want to develop. Thus, there are possibilities for the student to be
integrated into classroom activities and school context through the implementation of
educational activities, are projects with dramatizations, prayers and paintings or fun
and games. Thus, we find that the development of recreational activities need an
intentional pedagogical work, creative and pleasurable, causing the teacher to
experience the use of games, the games and play in several subjects in schools as
necessary and useful exercises life, whose share of children are useful forming social
attitudes such as mutual respect, cooperation, obedience to rules, sense of
responsibility, sense of justice, personal initiative and group, and strategies that
contribute to awaken and enhance the acquisition of learning. Therefore, education
through play practices is an important strategic tool of teaching and learning that
enables you to create attractive environments in the classroom and in life to the full
development of the child. Thus, we use the qualitative approach of explanatory
descriptive nature, through which we analyze the teachers' conceptions about the
concept of planning concepts of recreational activities, specifically when planning tasks
to be undertaken in their teaching practices, anchored on technical and methodological
procedures such as meeting with the teaching staff; participant observation; interviews;
photographic images; documentary research; questionnaire and life narrative. Thus, in
this research, we try to conduct a study on the importance of the play in early childhood
education, seeking to argue for the need to consider the play, toy, play and games as
basic activities of the classroom, as well as the socialization of school activities from
these educational tools with students who need follow-up because of special needs. In
this perspective, our study is structured as follows: we present our initial thoughts and
discussions about the importance of play activities at school. Then descriptive
reflections about our participation in supervised training in early childhood education
and final considerations focus on report. Later, references and appendices of this
study.
KEYWORDS: Ludic activities; Children and Teaching-Learning education.
SUMÁRIO
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ..................................................................... 12
2. A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NAS VIVÊNCIAS DO ESPAÇO ESCOLAR:
APRENDIZAGENS, POSSIBILIDADES E DESAFIOS .............................. 20
3. O ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA EDUCAÇÃO INFANTIL:
REFLEXÕES-DESCRITIVAS DE UM RELATO DE EXPERIÊNCIAS ....... 27
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................ 43
5. REFERÊNCIAS .......................................................................................... 46
6. ANEXOS ..................................................................................................... 48
6.1. QUESTIONÁRIO 1 - A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA ESCOLA .......... 48
6.2. QUESTIONÁRIO 2 - A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA ESCOLA .......... 51
6.3. FOTOS ....................................................................................................... 55
12
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O intuito principal desse relatório analítico é descrever/refletir
experiências, conhecimentos e práticas pedagógicas com as turmas de
alfabetização, nas quais vivencie a dimensão do lúdico nas atividades
desenvolvidas no meu estágio supervisionado em sala de aula, quanto fora
dela, utilizando o brincar, a brincadeira, o brinquedo e os jogos e ao mesmo
tempo explorando múltiplos aprendizados no espaço escolar.
Na realidade, a minha identificação com essas atividades sempre
fizeram parte das aulas que ministrava nas escolas, tendo em vista que
percebia os bons resultados do processo de ensino-aprendizagem e a
visibilidade dos resultados no final do ano letivo, no qual os alunos concluíam o
ano sabendo ler e escrever, e com comportamento adequado em sala, sendo
muito gratificante para mim. Uma das preocupações da educação na
atualidade, é que os alunos estão saindo do Ensino Fundamental I, sem ser de
fato alfabetizados. Os professores dos Anos iniciais ou não estão preparados
para trabalhar com a realidade, ou então não querem cumprir com as
atividades docentes normais, cumprindo sua carga horária apenas. Pelo fato
dos alunos participarem de um sistema de ciclos e não podem ser reprovados
eles passam os alunos de série sem mais problemas. Muitas vezes, os alunos
não têm condições de irem para as séries seguintes, mas mesmo assim vão
sem ao menos saber ler e escrever de maneira correta, ou seja, sem ser
alfabetizados. Com tudo isso os discentes acabam sendo prejudicados com a
fragilidade na qualidade de ensino-aprendizagem e não vai chegar a lugar
nenhum com tantas deficiências.
Antes de adentrar na discussão sobre a escolha do tema em foco,
pesquisas e explanações do meu relatório, farei aqui um relato de vida pessoal,
profissional e estudantil da minha pessoa durante a caminhada na educação.
Sou Francisca Miranda Bezerra, casada, nascida no dia 25/07/1957,
iniciei os estudos com 08 anos de idade na zona rural de Caicó/RN, cursei o
ensino fundamental II na Escola Cenecista de 1º Grau Ginásio João XXIII, e o
Curso supletivo do 1º Grau, sendo concluído em 20 de Setembro de 1977,
filiado à Campanha Nacional de Escolas da Comunidade(CNEC), de acordo
com o disposto no artigo16, da Lei nº 5.692. Em seguida nos anos de 1977,
13
1978 e 1979, conclui o curso Técnico em Contabilidade, na Escola Estadual
Centro Educacional José Augusto de Ensino de 1º e 2º Graus, também na
cidade de Caicó no Rio Grande do Norte. Por conseguinte fui estudar no
Ensino Médio na área do magistério, fazendo o primeiro ano do Unificado no
Centro Educacional José Augusto em Caicó (RN), o segundo ano do magistério
na Escola Estadual Rosa Pignataro e o terceiro ano na Escola Cenecista de Iº
e II graus Nestor Marinho, ambos na cidade de Nova Cruz/RN, nos anos de
1988 e 1989 consequentemente.
Ao concluir o curso na área do magistério fui concorrer a uma vaga no
concurso público para professora do magistério das séries iniciais, sendo
aprovada no certame. Iniciei a carreira no magistério no ano de 1993, a partir
de então trabalhando sempre com as séries iniciais, alfabetizando durante o
período de 10 anos. Entrada no Ensino Superior no ano de 1996 a Secretária
de Educação passou a exigir que os educadores iniciassem uma graduação.
No entanto resolvi tentar o concurso vestibular pela Universidade Estadual da
Paraíba (UEPB), tentando por duas vezes, e só na terceira tentativa é que
consegui ser aprovada no curso de Licenciatura Plena em Geografia no ano
letivo de 1998, ficando no semestre 98.1, passando quatro anos e concluindo
em 01 de Janeiro de 2002. Com o curso de Licenciatura em Geografia, a 3ª
DIRED, promoveu-me para lecionar por disciplinas no Ensino Fundamental II.
Mais uma vez pensando no crescimento intelectual, profissional e
procurando obter soluções de conhecimentos sobre a ludicidade na sala de
aula, resolvi fazer o curso de Licenciatura em Pedagogia, com toda garra,
determinação e vontade, por perceber ser uma área que prepara o professor
para saber lidar com a classe discente para desenvolver projetos educacionais
de modo que venha a contribuir com a profissionalização e crescimento de
todos, principalmente orientando os estudantes durante o processo de
aprendizagem, utilizando-se de métodos psicológicos e pedagógicos. Tendo
em vista, que muitas vezes os profissionais da educação por falta de
conhecimento ou muitas atividades durante o cotidiano deixam passar
situações que prejudicam o processo de ensino aprendizagem e que podem
ser combatidas para a melhoria do ambiente escolar.
Como já tinha vivenciado na prática experiências diversas nas turmas de
alfabetização, resolvi me aprofundar com as atividades lúdicas fazendo a união
14
entre a teoria junto e a prática dessas atividades no ambiente escolar.
Percebendo que as crianças brincam e ao mesmo tempo exploram seus
conhecimentos e aprendizagens. Na realidade a identificação com essas
atividades sempre fizeram parte das minhas aulas, tendo em vista que percebia
os bons resultados do processo de ensino-aprendizagem, principalmente nos
resultados no final do ano letivo, no qual os alunos concluíam o ano sabendo
ler, escrever e com um ambiente agradável, sendo muito gratificante para mim
como profissional. Aqui serão desenvolvidos um conjunto de fatores e
situações sobre a ludicidade na educação infantil, algumas vezes não podem
estar diretamente ligados ao tema aqui proposto, mas que contribuem também
ao provocar reflexões e inquietações necessárias para a educação brasileira. O
interesse pessoal pela atividade lúdica vem seguido pelos atos diários e
contínuos de alunos, professores, escola e familiares, sendo fatores
significativos de motivação para realização deste relatório.
Ao utilizar o lúdico em sala, o professor precisa ter a consciência de
que o mesmo pode dar ou não os resultados esperados, uma vez que a
atividade proposta estará envolvida com múltiplos fatores, os quais irão variar
de acordo com o grupo, cabendo ao professor adaptar conforme o grupo com o
qual pretende trabalhar, para que isso ocorra com sucesso é necessário que o
professor esteja capacitado, e, sobretudo, consciente de que atividades e
experiências alternativas, como o lúdico, promovem a aprendizagem no aluno.
Conforme aponta Carneiro (2011, p. ), “falta preparo aos profissionais que
atuam no mercado, mas acima de tudo, falta disponibilidade para mudar”.
Segundo Moratori (2003, p.14):
Ao optar por uma atividade lúdica o educador deve ter objetivos bem
definidos. Esta atividade pode ser realizada como forma de conhecer
o grupo como qual se trabalha ou pode ser utilizada para estimular o
desenvolvimento de determinada área ou promover aprendizagens
específicas (o jogo como instrumento de desafio cognitivo).
Nesse sentido, através de atividades lúdicas de caráter educativo,
procura-se criar condições favoráveis para que as crianças que apresentam
dificuldades escolares encontrem condições diferenciadas de brincar, interagir
15
e se sentir sujeitos de suas vidas, para que possam superar suas dificuldades,
tendo o professor como um mediador importante na construção da sua maneira
de ser, pensar, sentir e agir na escola e na sociedade. Principalmente quando
se trata de crianças especiais, tímidas ou excluídas, sendo o trabalho mais
minucioso quanto ao trato, à interação e capacidade efetiva do aprender. O que
percebemos também é que os pais por não terem conhecimentos pedagógicos
e muito menos educacionais, não trabalham em casa a forma correta da
orientação educacional com seus filhos e na maioria das vezes desfaz tudo o
que a escola desenvolve no cotidiano do aluno que já tem deficiência no
aprendizado, faltando assim à interação entre as partes, mesmo que a escola
sempre busque os meios de interação entre família e escola. Essa situação
piora ainda mais quando a timidez do aluno está atrelada ao desenvolvimento
pessoal e psíquico durante as atividades escolares e nada é feito para a
socialização no meio educacional.
Os trabalhos realizados pelos professores, sujeitos da nossa pesquisa,
foram postos de forma belíssima, com dedicação, empenho e
responsabilidade. Mas, em virtude de uma das salas de aula ser um pouco
mais dinâmica, uma situação me chamou bastante atenção, foi um aluno que
durante algumas aulas no período de interação o mesmo não socializava com
as outras crianças durante as atividades e brincadeiras realizadas nas
dinâmicas das aulas. Esse referido aluno sempre ficava de cabeça baixa,
tímido e os cabelos nos olhos, e às vezes se escondendo debaixo da mesa,
para não se socializar com os demais. Questionando o comportamento dele, as
professoras falaram que ele era sempre assim tímido, em apenas alguns
momentos ele se enturmava, mas segundo os pais, em casa ele se envolvia
mais com os familiares. Ao me aproximar do aluno referenciado anteriormente,
comecei a conversar, brincar e consegui conquistá-lo. No dia seguinte, prometi
que lhe traria uma coleção de lápis, se ele fizesse as atividades e brincasse
junto com os demais colegas de sala. Como levei a coleção de lápis, o mesmo
também foi participar e a fazer as atividades nos momentos lúdicos sempre
com carinho e atenção, ganhando assim a confiança do aluno e incluindo-o em
todas as atividades de sala de aula. A confiança repassada para o aluno fez
com que o mesmo se sentisse à vontade para a socialização com os demais e
com certeza a professora e os demais alunos o trataram de forma igual.
16
Ficando a pergunta para aqueles que trabalham diariamente com educação: é
possível integrar os alunos no grupo social escolar por meio de atividades
lúdicas?
Para Negrine, (1997, p. 83):
muitos pensadores pós-modernos admitem que o terceiro milênio
seja o da ludicidade, sendo esta uma necessidade realmente
humana, tendo em vista que proporciona elevação dos níveis de uma
boa saúde mental.
Temos que pensar a criança respeitando os seus interesses e
subsidiada em suas buscas de saberes, mantendo vivo o prazer de aprender e
fazendo da construção do seu conhecimento uma deliciosa aventura no
caminho o conhecimento. Temos que analisar as experiências vividas,
percebidas e relatadas que provoca inquietações que, por sua vez, passaram a
exigir um aprofundamento teórico e uma reflexão crítica sobre o lúdico na
Educação Infantil. Como também, refletir sobre o trabalho dos professores que
atuam na área e, em especial, fazer um aprofundamento teórico e
metodológico, mostrando a importância do lúdico na aprendizagem da criança.
Nesse sentido, o objetivo principal do nosso estudo é:
Refletir sobre o processo de integração dos alunos na sala de aula da
Educação Infantil por meio das atividades lúdicas.
Nesse sentido, a Educação Infantil apresenta-se a como um ambiente
criado para favorecer o desenvolvimento integral da criança, complementando
a ação da família e da comunidade, cujas atividades lúdicas visam favorecer o
desenvolvimento e a aprendizagem, o que nos instiga a investigar, como o
lúdico está sendo concebido e trabalhado pelos professores, considerando-se
que essa é uma atividade essencial para o desenvolvimento integral da
criança.
Assim, a categorização dessas atividades foi selecionada por meio das
propostas desenvolvidas em sala de aula pelos professores, cuja classificação
17
utilizada no espaço escolar foi baseada na proposta por Piaget (1962), que
agrupa os brinquedos da seguinte maneira: Jogos práticos (Brinquedo
funcional) são explorações sensoriomotoras; jogos simbólicos há
dramatizações e substituições de ações; e jogos com regras que são jogos nos
quais a criança sabe seguir as regras ou compreendê-las, tendo como
finalidade a realização de Jogos práticos em sala de aula para uma
participação coletiva. Explorar as atividades sensoriomotoras, dramatizações,
fazer entrevistas, dialogar e sempre planejar e organizar a interação em sala de
aula; trabalhar as atividades lúdicas de caráter educativo, criando condições
favoráveis para que as crianças que apresentam dificuldades escolares
encontrem condições diferenciadas de brincar, interagir e se sentir sujeitos de
suas vidas; procurar superar-se das dificuldades com atividades lúdicas
viabilizando uma série de aprimoramentos em diversos âmbitos dos
desenvolvimentos, cognitivo, motor, social e afetivo e fazer do professor um
mediador importante na construção de do conhecimento do discente, ajudando-
o da sua maneira de ser, a pensar, sentir e agir na escola e na sociedade.
Lembrando sempre que as brincadeiras na rua, em casa e na escola, e
as festas, são parte profundamente significativa para a inserção no universo
social. Com o brincar, se faz o processo de humanização ética da criança, por
isso, deve ser utilizado para o desenvolvimento das crianças, tanto em casa,
como na escola, principalmente por isso deve haver parceria entre pais e
escola. A criança não se desenvolverá, se um não tiver o auxílio do outro, se
um jogar a responsabilidade para outro. Todos são responsáveis pela
educação, pelo desenvolvimento da criança.
As crianças precisam de tempo, espaço, companhia e material para
brincar. Quanto mais as crianças vivenciarem, tanto mais aprendem e
assimilam; quanto mais elementos reais disponham em suas experiências,
tanto mais considerável e produtiva será a atividade de sua imaginação
(PIAGET 1983, p. 294).
A formulação de uma proposta para se trabalhar com o lúdico na
Educação Infantil exige que se esclareça qual posicionamento vem sendo
assumido pelo professor e como o educador está preparado para desenvolver
este trabalho.
18
Em sentido amplo, para Richardson (1989, p. 29) “(...) método em
pesquisa significa a escolha de procedimentos sistemáticos para a descrição e
explicação de fenômenos”. Desta forma, todo trabalho de pesquisa deve ser
planejado e executado de acordo com as normas que acompanham cada
método.
As duas estratégias de pesquisa, em termos de aplicabilidade, podem
ser chamadas de abordagem qualitativa e abordagem quantitativa, utilizando-
se uma classificação bastante ampla. Segundo Diehl (2004) a escolha do
método se dará pela natureza do problema, bem como de acordo com o nível
de aprofundamento. Ademais, estes métodos são diferenciados, além da forma
de abordagem do problema, pela sistemática pertinente a cada um deles
(RICHARDSON, 1989).
Diehl (2004) apresenta um esboço acerca destas duas estratégias: a) a
pesquisa quantitativa pela uso da quantificação, tanto na coleta quanto no
tratamento das informações, utilizando-se técnicas estatísticas, objetivando
resultados que evitem possíveis distorções de análise e interpretação,
possibilitando uma maior margem de segurança; b) a pesquisa qualitativa, por
sua vez, descreve a complexidade de determinado problema, sendo necessário
compreender e classificar os processos dinâmicos vividos nos grupos,
contribuir no processo de mudança, possibilitando o entendimento das mais
variadas particularidades dos indivíduos.
Desse modo, utilizamos a abordagem qualitativa, de natureza descritiva
explicativa, por meio da qual analisamos as concepções dos professores sobre
o conceito de planejar conceitos de atividades lúdicas, especificamente ao
planejar tarefas para serem desenvolvidas nas suas práticas pedagógicas,
ancorado nos procedimentos técnico-metodológicos tais como: reunião com a
equipe pedagógica; observação de participante; entrevistas; imagens
fotográficas; pesquisa documental; questionário e narrativa de vida.
Para Richardson (1989), essa metodologia caracteriza-se pelo
emprego da quantificação, tanto nas modalidades de coleta de informações,
quanto no tratamento dessas através de técnicas estatísticas, desde as mais
simples até as mais complexas. Conforme supramencionado, ele possui como
diferencial a intenção de garantir a precisão dos trabalhos realizados,
conduzindo a um resultando com poucas chances de distorções.
19
Assim, na referida pesquisa, procuramos realizar um estudo sobre a
importância do lúdico na Educação Infantil, buscando argumentar em favor da
necessidade de considerar o brincar, o brinquedo, a brincadeira e os jogos
como atividades básicas de sala de aula, como também, a socialização das
atividades escolares a partir desses instrumentos pedagógicos com alunos que
precisam de acompanhamento em virtude de necessidades especiais.
Nessa perspectiva, nosso estudo encontra-se estruturado da
seguinte forma: apresentamos as nossas considerações iniciais e discussões
sobre a importância das atividades lúdicas no espaço escolar. Em seguida,
reflexões-descritivas acerca da nossa participação no Estágio Supervisionado
na Educação Infantil e as considerações finais do relatório em foco.
Posteriormente, as referências e os anexos do presente estudo.
20
2. A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NAS VIVÊNCIAS DO ESPAÇO ESCOLAR:
APRENDIZAGENS, POSSIBILIDADES E DESAFIOS.
O lúdico viabiliza uma série de aprimoramentos em diversos âmbitos dos
desenvolvimentos, cognitivo, motor, social e afetivo. Através do brincar a
criança inventa, descobre, experimenta, adquire habilidades, desenvolve a
criatividade, autoconfiança, autonomia, expande o desenvolvimento da
linguagem, pensamento e atenção. Por meio de sua dinamicidade, o lúdico
proporciona além de situações prazerosas, o surgimento de comportamentos e
assimilação de regras sociais. Ajuda a desenvolver seu intelecto, tornando
claras suas emoções, angústias, ansiedades, reconhecendo suas dificuldades,
proporcionando assim soluções e promovendo um enriquecimento na vida
interior da criança.
De acordo com Almeida, (2009):
O lúdico tem sua origem na palavra latina "ludus" que quer dizer
"jogo". Se se achasse confinado a sua origem, o termo lúdico estaria
se referindo apenas ao jogar, ao brincar, ao movimento espontâneo.
O lúdico passou a ser reconhecido como traço essencial de
psicofisiologia do comportamento humano. De modo que a definição
deixou de ser o simples sinônimo de jogo. As “implicações da
necessidade lúdica extrapolaram as demarcações do brincar
espontâneo.”
A ludicidade, tão importante para a saúde mental do ser humano é um
espaço que merece atenção dos pais e educadores, pois é o ambiente para
expressão mais genuína do ser, é o espaço e o direito de toda a criança para o
exercício da relação afetiva com o mundo, com as pessoas e com os objetos.
O convívio com a aprendizagem de forma lúdica e prazerosa
proporciona a criança o estabelecimento de relações cognitivas através das
experiências vividas. O lúdico tem um valor educacional intrínseco inerente,
que deve ser utilizado como recurso pedagógico. Recentemente, conforme
Silva (2008) existem muitas razões para que os educadores recorram às
atividades lúdicas para construção do processo de ensino-aprendizagem: a
21
indisciplina falta de atenção, distúrbios neurológicos, dificuldades de
aprendizagem, entre outros.
Cada dia, estas problemáticas estão presentes nas escolas e as
atividades lúdicas devem ser inseridas, pois mobilizam esquemas mentais.
Sendo uma atividade física e mental, a ludicidade aciona e ativa as funções
psico-neurológicas e as operações mentais, estimulando o pensamento. Estas
problemáticas estão presentes nas escolas e as atividades lúdicas devem ser
inseridas, pois mobilizam esquemas mentais. Sendo uma atividade física e
mental, a ludicidade aciona e ativa as funções psico-neurológicas e as
operações mentais, estimulando o pensamento.
Em virtude de tudo isso, o professor deve compreender que o educar
não deve se limitar ao repasse informações ou apresentar um único caminho,
considerado pelo professor o mais correto. Ele deve ser facilitador da
aprendizagem, ajudando com que seus alunos tomem consciência de si
mesmos, além dos outros e da sociedade.
A empiria norteadora desse trabalho é a turma da Educação Infantil, que
nos anuncia como um ambiente criado para favorecer o desenvolvimento
integral da criança, complementando a ação da família e da comunidade.
A Educação Infantil precisa ser mais do que um lugar agradável, onde se
brinca. Deve ser um espaço estimulante, educativo, seguro, afetivo, com
professores realmente preparados para acompanhar a criança nesse processo
intenso e cotidiano de descobertas e de crescimento. Precisa propiciar a
possibilidade de uma base sólida que influenciará o desenvolvimento futuro
dessa criança.
Assim, se as atividades realizadas nessa modalidade de ensino
enriquecem as experiências infantis e possuem um significado para a vida das
crianças, elas podem favorecer o processo de desenvolvimento e
aprendizagem, quer no nível do reconhecimento e da representação dos
objetos e das suas vivências, quer no nível da expressão de seus pensamentos
e afetos.
O presente Estágio Supervisionado foi realizado no Centro Municipal de
Educação Infantil e Fundamental I, Maria do Carmo Bezerra – CEMEIF,
localizado à Avenida Assis Chateaubriand, S/N, a escola foi inaugurada no dia
07 de junho de 1997, pela então prefeita Germana de Azevedo Targino.
22
Recebeu como patronesse o nome da professora Maria do Carmo Bezerra, em
virtude da atribuição social que dedicou à educação e a defesa dos direitos
humanos desde Município. O CEMEIF é uma instituição vinculada à Prefeitura
Municipal de Nova Cruz, por meio da secretária Municipal de Educação, da
qual recebe o apoio necessário para funcionamento. A escola está situada no
bairro centro da cidade, com ruas pavimentadas, próximo ao comércio e ao
poder público: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Escola Estadual
Rosa Pignataro, Escola Alberto Maranhão, Escola Municipal Nestor Marinho, e
o anexo da UERN.
A escola oferece os seus serviços educacionais para atender a 388
(trezentos e oitenta e oito) crianças, cujas faixas varia de 3 (três) a 9 (nove)
anos de idade nos quais estão matriculados nos níveis III, IV, e V da educação
infantil e ensino fundamental I, de 1º ao 3 º ano. O horário de permanência dos
alunos se dá nos turnos matutinos, as crianças chegam e às aulas começam
às 7:00h, às 7:30h, o desjejum, às 9:30h o recreio e terminando às 11 :00h, e
no horário do Vespertino inicia-se às 13:00h, com recreio às 15:00hs e saída (
término das aulas) às 17:00h. A quantidade de turmas são doze salas de aulas,
variando de vinte e cinco à quarenta e cinco alunos por turmas, sendo
organizadas por faixa etária.
No que se refere ao ambiente escolar, o centro possui um amplo
espaço físico, distribuído em área externa de lazer com parque e área interna
de lazer com os seguintes cômodos: 06(seis) salas de aulas, sendo 03(três)
para educação infantil e 03 (três) para o ensino Fundamental I, 03 (três)
banheiros para o masculino e feminino, 01(uma) cozinha, 01 (uma) diretoria/
secretária, 01(um) auditório, 01(uma) despensa e uma área de recreação
interna (salão) e um parque recreativo. O lazer das crianças ocorre no parque
acompanhado pelos professores nos dias previstos para todas as turmas, onde
são discutidos antes nas reuniões pedagógicas. Mesmo sendo um prédio
espaçoso, ainda não está totalmente dentro dos padrões mínimos de
infraestrutura para o adequado funcionamento de uma instituição de educação
infantil, pois ainda apresenta dentre várias, as seguintes carências: instalações
sanitárias inadequadas para higiene pessoal das crianças; escassez no
mobiliário; necessidade de mais equipamento e material pedagógico;
inadequação na parte física para receber crianças especiais, com banheiros
23
para deficientes, rampas de acesso e outros tipos de acessibilidades; não
possui biblioteca; falta uma saída na parte de trás da escola e uma área de
serviços; um almoxarifado; um laboratório para as crianças; separação da
diretória, secretária e mudanças no piso das salas.
O CEMEIF é uma escola vinculada à prefeitura Municipal de Nova Cruz,
por meio da Secretária Municipal de Educação- SME, logo o seu fazer
pedagógico fica na dependência dessa parceria com a secretária. A creche não
dispõe de recursos próprios, apenas no ano de 2010, passou a receber do
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE, através do
Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE- o recurso do caixa escolar, com o
qual passou a efetivar compras de material de expediente, limpeza e
permanente.
A escola, bem como suas decisões é organizada coletivamente
atendendo as visões dos que fazem a escola. A mesma dispõe de alguns
recursos de ensino, como computador aparelha de DVD, televisão, copiadora,
internet, som, mapas, jogos e fantoches. Tem um acervo razoável de literatura
infantil, livro didático de língua portuguesa, matemática e ciência.
A Escola é expressa através de princípios democráticos e de forma
colegiada. As tomadas de decisões, planejamento, execução,
acompanhamento e avaliação das questões administrativas e pedagógicas são
tomadas em conjunto.
A questão democrática é feita com a participação efetiva de todos, na
instituição de educação infantil, é de responsabilidade de profissionais que
exercem cargos de direção administrativa e coordenador pedagógico. Todos os
envolvidos numa gestão democrática preocupam-se em cultivar um clima de
cordialidade, cooperação e profissionalismo entre os membros da equipe do
CEMEIF, as famílias e a comunidade, através de reuniões para discutir todos
os assuntos, descobrir os problemas e juntos selecioná-los.
A equipe administrativa e pedagógica da creche é composta por,
01(uma) diretora, com graduação em pedagogia, 01(uma) vice-diretora com
formação em magistério, cujos cargos são comissionados na gestão municipal.
A equipe pedagógica é formada por 01 (uma) supervisora com formação em
pedagogia e pós-graduação e 01 (uma) coordenadora com pedagogia e
especialização, as quais subsidiam as atividades junto a equipe diretiva, sendo
24
a primeira no turno matutino e a segunda no turno vespertino. A escola conta
com um quadro de funcionários de 40(quarenta) pessoas distribuídas na
seguinte forma: quantitativo por formação com 18 (dezoito) pessoas com nível
médio, 10 (dez) pessoas com formação superior e 7 (sete) pessoas com
especialização. A escola conta com uma equipe de docentes de 12(doze)
professores por quantitativo por formação, 01(um) com ensino médio, 11(0nze)
com nível superior, 03 (três) com especialização e 8(oito) professores auxiliares
com formação no nível médio. A instituição escolar recebe apoio de 20(vinte)
funcionários, sendo que 01 (uma) diretora, 01 (uma) vice-diretora, 01 (uma)
coordenadora, 01 (uma) supervisora, 01 (uma) secretária escolar, 04 (quatro)
auxiliares de secretária, 07 (sete) auxiliares de serviços gerais - ASGS,
distribuídos nos dois turnos, 04 (quatro) vigilantes, 02 (dois) prestam serviços à
noite, 01 (um) no turno matutino e o outro no turno vespertino.
A escola funciona com uma equipe formada por uma diretora, uma vice-
diretora, 2 (duas) coordenadoras pedagógicas, apresentando bom
relacionamento entre os funcionários, formando uma equipe onde em
coletividade se decide o trabalho a ser desenvolvido. A escola possui um
Regimento Escolar, o documento é de conhecimento de todos os membros,
com o intuito de conscientizar todos os segmentos da escola dos seus direitos
e competências, em prol de oferecer aos alunos uma educação de qualidade,
proporcionando-lhes a formação necessária para o desenvolvimento de sua
potencialidade como elemento de auto realização, reflexão critica da realidade
e do exercício consciente da cidadania.
A escola possui conselho escolar e quem participa das reuniões são a
equipe diretiva e pedagógica, pais e representantes da comunidade escolar,
sendo que a periodicidade das reuniões é de acordo com as necessidades.
Reúne ordinariamente ao final de cada bimestre com o objetivo de avaliar,
propor, acompanhar e apreciar assuntos ou questões de natureza
administrativo-pedagógica humana e social relacionada com a escola.
A escola tem projeto político pedagógico (PPP), foram elaborados em
2002, com a participação da equipe gestora coordenador, supervisor
pedagógico e comunidade escolar (gestores, professores e pais). O projeto
político pedagógico vem sendo atualizado a cada gestão, e a revisão acontece
com todos que compõe a escola.
25
O CEMEIF existe um documento escrito com objetivo e metas, para o
ano letivo, com uma definição filosófica, onde fundamenta seu fazer
pedagógico no sentido de resgatar os valores éticos, a responsabilidade, a
solidariedade, o respeito e a singularidade de cada sujeito nos espaço-tempo,
educacionais, sendo adotada a concepção pedagógica construtivista.
É importante lembrar que a atividade lúdica, as relações sociais do
estar e do brincar com o outro, a comunicação e a linguagem corporal, tornam-
se instrumentos essenciais de transmissão de conhecimentos e experiências
entre os seres humanos e o professor assume tarefa imprescindível, qual seja,
o compromisso de criar condições objetivas na escola para o desenvolvimento
das funções psicológicas superiores, isso pela via da ação prático-teórica,
permeada pelo constante diálogo, pela linguagem corporal e pela atividade
consciente, no sentido de possibilitar aos sujeitos, formas diferenciadas de
participar e serem sujeitos de suas ações ao jogar, ao brincar e expressar sua
maneira de ser, pensar, sentir e agir na sua relação com o outro.
Para Vygotsky (1991), o desenvolvimento da linguagem serve como
paradigma de toda a relação social humana, uma vez que é a forma essencial
de comunicação entre a criança e as pessoas à sua volta. A linguagem, para o
autor, “inicialmente social, só depois, convertida em linguagem interna, se
transforma em função mental interna que fornece os meios fundamentais ao
pensamento”, ou seja, há que se garantir possibilidades de comunicação social
para os seres humanos, tendo em vista o desenvolvimento qualitativo do seu
pensamento e de outras funções psicológicas consideradas essenciais ao
processo de humanização.
No entanto, na sociedade capitalista os seres humanos se deparam
com um perverso fenômeno social, a alienação, um processo que se
caracteriza pela desumanização dos seres humanos, o qual é construído no
bojo das relações sociais e compromete o desenvolvimento humano
degradando-o. Porém, é importante salientar que qualquer fenômeno social, da
mesma forma que é construído, pode ser também desconstruído, ou seja,
superado pela ação consciente dos próprios seres humanos, tendo que
também ser construído a valorização do trabalho do professor na escola, para
um melhor aprendizado do aluno, tendo em vista que sempre quando a uma
possibilidade de construção de conhecimentos, acontece a superação da
26
alienação do ser humano, e uma efetivação do trabalho educativo individual,
coletivo, crítico e emancipador no universo escolar.
Compreende-se então, que o ser humano vai se apropriando das
condições objetivas que o cerca e ao fazê-lo, passa a agir de forma intencional
no mundo, modificando-o de forma consciente e nesse processo, se objetiva,
constrói seus pensamentos, sua consciência e personalidade, enfim, se
humaniza (OLIVEIRA, 1996 e MARTINS, 2007). Fortalecendo então a
valorização do conhecimento lúdico nas séries iniciais como um todo a
valorização do ser aluno e não esquecendo e tendo respeito no
acompanhamento dos alunos de necessidades especiais no decorrer de suas
atividades escolares.
Portanto, o profissional pedagogo em educação tem que estar com
conversas afinadas com as professores, discutir, em geral, as capacidades e
dificuldades das crianças e os objetivos gerais e específicos da instituição
escolar.
27
3. O ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA EDUCAÇÃO INFANTIL:
REFLEXÕES-DESCRITIVAS DE UM RELATO DE EXPERIÊNCIAS.
Nesse momento, faz-se necessário apresentarmos um relato de
experiência no Estágio Supervisionado II na Educação Infantil 2015.1, nas
turmas das professoras Eva e Keylla Soares, que foram bastante solícitas e
competentes no período do estágio supervisionado. Relatamos aqui as
dificuldades e ações diárias das professoras diante o envolvimento e
desempenho da criança nas atividades em sala de aula e como foram surgindo
inquietações, observações e reflexões acerca das atividades lúdicas no
processo de ensino-aprendizagem.
A primeira sessão de observações realizou-se no CEMEIF, em uma
turma de Nível V “B”, na faixa etária de 05 (cinco) anos de idade, da professora
Keylla Soares, composta por 33 alunos, sendo, 11(onze) meninas e 12(doze)
meninos no período de 07 a 18 de Março de 2016. Nessa sala tem 1(uma)
menina e 2(dois) meninos com necessidade educação especial, relativo a
deficiência intelectual. A turma é heterogênea na aprendizagem, as crianças
apresentam-se com conhecimentos diversificados tanto no raciocínio
matemático quanto na aquisição da leitura e escrita.
No primeiro dia da observação participante, vimos a rotina da turma do
nível V “B”, Centro Municipal de Educação Infantil e Fundamental, inicia-se com
a organização da sala de aula com duas fileiras, com espaços de 90cm entre
as mesmas. A partir das 13:00 horas às crianças chegam e são recebidas
pelas professoras titular e auxiliar e são encaminhadas para sua mesa. Inicia-
se a aula convidando-os a cantarem diversas músicas já conhecidas por elas.
Na sequência, em circulo, as crianças de mãos dadas rezam a oração do dia
(Pai Nosso e Santo Anjo do Senhor). E permanecem aguardando uma nova
brincadeira para liberar as energias.
Em seguida, a professora distribuiu crachás com os nomes deles, em
letra de forma e cursiva, a serem utilizadas diariamente. A chamada é realizada
com os crachás expostos na parede, subtraindo os alunos que não estão
presente, assim trabalhando com as crianças adição e subtração, leitura e
escrita. A professora, oralmente, fez uma explanação sobre o projeto páscoa
28
com o tema do dia quaresma, passou uma atividade escrita no quadro e quase
todos tiram a maneira deles e ela acatou. Ela explorou vogais, consoantes e
quantidades juntamente com eles. Próximo às 15:00 horas a professora e os
alunos cantaram a música da merenda, e fizera a fila para sair da sala.
Merendaram e em seguida voltaram para sala de aula, devido não ter espaço
para brincarem.
As atividades de brincadeiras são feitas sempre dentro da sala de aula,
e os espaços muito restritos, algumas vezes até dificultando a aprendizagem.
Que o ideal seria um espaço mais amplo e agradável para a realização das
atividades. Após a merenda, foi distribuído um trabalho de arte, observamos
que sempre entre uma atividade e outra são desenvolvidas brincadeiras e
dinâmicas para o relaxamento. Contribuindo de modo significativo para um
ambiente saudável e agradável. Aproximando às 16h30min as crianças são
orientadas pela professora e recebem um pedacinho de massa de modelar
para ajudar na coordenação motora. Para finalizar a aula é realizada a oração
final, e todos já aguardando a chegada dos pais ou responsável. As crianças
reagem muito bem aos comandos da professora, e também as com
necessidades especiais são envolvidas com os colegas, e atendem bem as
propostas das atividades no cotidiano escolar, merecendo mais atenção de
todos.
Quanto ao desenvolvimento da aula, o conteúdo é adequado, de acordo
com que observamos, a professora estava trabalhando um projeto páscoa que
envolveu os alunos nas atividades de pintura, dramatização e oração.
Organizou o horário para trabalhar o projeto páscoa, como também aplicar os
conteúdos de ensino, desenvolvendo a interdisciplinaridade. As propostas são
desafiadoras para os alunos, sendo que a maioria compreende e aprende já
alguns deles são dispersos, tornando-se difícil seu entendimento o que vem a
ser normal para o nível dos mesmos. Há uma retomada de conhecimento
trabalhado anteriormente para da continuidade a novos conhecimentos.
Os recursos utilizados são a oralidade, a lousa, atividades xerocada,
som, TV, massa de modelar, lápis de cor, tesoura e papel laminado. O tempo
organizado das 13h00min às 16:50min. O período de duração é das 13:00hs às
15h00min é tempo suficiente para realizar atividades orais, escritas e correção.
Das 15:20h às 16:50h, ocorrem as brincadeiras, trabalhos de arte e tarefa para
29
casa. As atividades são compreendidas pela maioria da turma, caso necessário
à professora explica de outra maneira. A forma como estão sendo repassadas
as informações é suficiente para promover aprendizagem. Acredito que as
intervenções feitas por ela ajudam os alunos, a refletirem sobre o que está
sendo trabalhado.
As práticas ocorridas na escola durante a observação participante foram
de requinte forma: não subir nas cadeiras e janelas, só assim evita acidentes,
quando vão ao banheiro sempre estão acompanhados pelas professoras, e as
brincadeiras são integradas e contribuem na aprendizagem e desenvolvimento
afetivo e psicomotor das crianças.
Com o objetivo de compreender como ocorre a relação família-escola,
observamos que a presença na escola na sua maioria são as mães e alguns
pais, a forma de comunicação entre escola e família, é através de reuniões,
comunicados na agenda, conversas no momento da chegada ou saída das
crianças, mural, e a relação dos pais com os professores são da melhor forma
possível. Os materiais que as crianças trazem de casa, são guardados para
serem utilizados na hora certa, e corrigidos e colocados no portfólio, e os
brinquedos só trazem uma vez por semana.
As crianças com deficiência intelectual são tratadas de maneira iguais
aos demais, mesmo sabendo que os pais não aceitam que seus pupilos
tenham alguma deficiência, elas são tratadas de forma igual nas atividades de
brincadeiras sala de aula. Os colegas aceitam da melhor forma e percebemos
um bom relacionamento, sem distinção com os professores que são muito
pacientes com eles. Percebendo juntos que a atividade do brincar como
possibilidade educativa de caráter prático-teórico, favorece as condições de
desenvolvimento e aprendizagem para crianças no cotidiano.
Através das atividades lúdicas de caráter educativo, percebemos que a
professora teve algumas condições favoráveis de criação, para que as crianças
que apresentam dificuldades escolares encontrem condições diferenciadas de
brincar, interagir e se sentir sujeitos de suas vidas, para que possam superar
suas dificuldades, tendo o professor como um mediador importante na
construção da sua maneira de ser, pensar, sentir e agir na escola e na
sociedade. A preocupação principalmente quando se trata de crianças
especiais, sendo tudo mais minucioso quanto ao trato, à interação e
30
capacidade efetiva do aprender. Muitas vezes os pais por não terem
conhecimentos pedagógicos e muito menos educacionais e não trabalham em
casa a forma correta da orientação educacional com seus filhos e muitas vezes
desfazem tudo o que a escola desenvolve no cotidiano do aluno que já tem
deficiência no aprendizado, faltando assim a interação entre as partes, mesmo
que a escola sempre busque os meios de interação entre família e escola.
Piorando ainda mais quando a timidez do aluno está atrelada ao
desenvolvimento pessoal e psíquico durante as atividades escolares, no qual a
timidez inibe ainda mais o crescimento intelectual do discente junto aos demais
colegas de sala e na vida diária no pós-aula.
A segunda sessão foi realizada na turma da professora Eva Cristina
Soares, no período de período de 21 de Março a 01 de Abril de 2016, a
professora leciona uma turma de alfabetização nível V “B”, com experiência no
serviço docente com 17(dezessete) anos e tempo na educação infantil,
14(quatorze) anos, sendo do sexo feminino, com idade de 50(cinquenta) anos
de idade, graduada em pedagogia e com pós-graduação na área de educação
infantil.
Suas aulas são planejadas semanalmente, e discutidas nos encontros
pedagógicos. Há uma interação entre os professores, para elaboração do
planejamento com base na melhoria da aprendizagem dos nossos alunos.
A escola disponibiliza tempo para o planejamento e ocorre
bimestralmente, sendo utilizados recursos materiais na elaboração do plano,
como: pesquisa na internet, livros didáticos, filmes e revistas. A professora
utiliza abordagem didática e metodológica, trabalhando os conteúdos com
projetos e sequência didática:
Os conteúdos nos proporcionam o estudo da interação: professor-aluno
no seu processo de construção e conhecimento de ensinar e aprender a se
relacionar com a realidade do mundo no qual essas crianças vivem, buscando
na escola uma motivação afetiva e educativa para sua aprendizagem. O projeto
nos oferece orientação para realizar atividades complexas e bem organizada e
dinâmica; a sequência didática permite-nos organizar as atividades passo a
passo, visando os conteúdos a serem trabalhados com o aluno na sua rotina
diária.
31
Na observação da sala, vimos que a professora iniciou sua aula com
acolhida, oração e na sequencia retornou o tema quaresma, e continuou com
os símbolos pascoais. Utilizou na sua aula cartaz e fez questionamentos sobre
o tema trabalhado, explorando a oralidade, escrita e pintura. Os alunos
realizaram atividades corporais e brincadeiras (coelhinho na toca).
Os materiais utilizados nessa aula foram: quadro branco, ou seja, lousa,
pincel atômico, lápis de cor e papel oficio, atividade xerocada, cola, recorte e
colagem, música (coelhinho da páscoa).
Na sala de aula, observamos o mobiliário adequado ao nível das
crianças, material ao alcance das mesmas, atividades expostas nas paredes,
por semana, e sala um pouco quente e pequena para a quantidade de alunos.
Os aspectos positivos, a professora ministra bem as aulas em todos os
aspectos. Quanto aos aspectos a melhorar que são os negativos, vimos uma
sala pequena mediante o número de alunos. A rotina 01(um) foi com um bingo
identificando as vogais dentro do nome das crianças, utilizando caroços de
feijão nos crachás dos mesmos, com duração de 20 minutos. A rotina 02(dois),
foi com dramatização com a música, não foi o coelhinho/Mara Lima, uns 10
minutos.
Esta turma não dispõe de brinquedos, mas um dia por semana, os
alunos trazem de casa. Na sala de aula não há exposição de livros, mas uma
vez por semana, eles trazem o livrinho de história (conto). A sala dispõe de:
materiais de desenho, pintura, recorte, colagem, modelagem e montagem de
acordo com o tema desenvolvido na aula.
Durante a aula observou-se a retomada dos conteúdos, já trabalhados,
através de questionamento, levando ao cotidiano dos alunos, com atividades
claras e de fácil visualização; uso de atividades mimeografadas com recorte,
colagem e pintura; correção das atividades na lousa ou individual do
desempenho dos alunos; presença constante da leitura e informações.
Quanto ao plano de trabalho do professor, é desenvolvido através de projeto,
plano diário e percebe-se relação, entre o planejado e o executado
efetivamente.
Todas as atividades lúdicas desenvolvidas em sala de aula são
acompanhadas pelo docente, mesmo aqueles com necessidades especiais,
nos quais são atribuídas tarefas de fácil ação, compreensão e compatível com
32
suas limitações, sejam física ou intelectual. Geralmente sendo analisado, o
tempo de duração das atividades, como também a disponibilidade do espaço
para serem desenvolvidas as atividades em grupo ou individual do mesmo,
procurando a efetivação de uma educação inclusiva na escola.
O planejamento desenvolvido através de projetos tem sido considerado,
pela escola, como a melhor forma de apresentar a realidade para as crianças,
pois as áreas do conhecimento são integradas para a exploração dos assuntos
significativos para elas. Os projetos são originados de uma situação-problema
surgida no ambiente escolar ou social e precisam ser planejados desde o início
com os alunos, tendo como ponto de partida o conhecimento prévio deles
sobre as questões a serem resolvidas.
Os conhecimentos adquiridos são socializados de diferentes formas e
apresentados por meio de painéis, murais, portfólios, registros escritos e
fotografados, culminâncias com dramatizações etc.
A duração das ações é bimestral, podendo variar de acordo com o
interesse e acompanhamento dos alunos, bem como das metas proposta, são
planejados coletivamente. Há um programa de formação continuada PNAIC
(Plano Nacional de Alfabetização na Idade Certa), sim, acontece
bimestralmente, quem coordena o trabalho de formação, é a coordenadora da
escola em parceria com o apoio pedagógico da Secretária Municipal de
Educação, nas áreas de maior necessidade de estudo, português e
Matemática. É um trabalho de assistência pedagógica, visando auxiliar o
trabalho do professor e dar-lhe assistência necessária.
O conjunto dos trabalhos pedagógicos realizados na instituição escolar é
de essencial importância no cotidiano dos discentes, em todos os níveis de
trabalho na instituição, cada um tendo seu valor reconhecido pelos
trabalhadores em educação, mesmo sabendo que a sobrecarga estará sempre
nas mãos do educador.
A ação do professor de educação infantil, como mediador das relações
entre as crianças e os diversos universos sociais nos quais elas interagem,
possibilita a criação de condições para que elas possam, gradativamente,
desenvolver capacidades ligadas à tomada de decisões, à construção de
regras, à solidariedade, ao diálogo, ao respeito a si mesmas e ao outro.
(BRASIL, 1998, p.43).
33
Iniciamos o período de regência na turma da professora Eva Cristina no
dia 21/03 à 01/04/2016, tendo como ponto de partida o projeto páscoa. No
primeiro dia, como conteúdo, trabalhou-se a música “coelhinho da páscoa”,
com o objetivo de estimular o raciocínio lógico e a coordenação motora, através
da música dramatizada. Está foi escrita no papel madeira, lida verso por verso
e cantada explorando, cores e quantidade de números.
O conhecimento prévio sobre páscoa foi realizado com a turma. Dentro
do tema (páscoa) foram trabalhados vogais consoantes e quantidades. A rotina
contemplou diversas atividades tais como: acolhimento (canto de diversas
músicas), oração, chamada diária (quantos meninos e meninas), leitura deleite
(estimulando o gosto pela leitura), tarefas xerocadas (classe e p/ casa), canto
de músicas (antes da merenda e retorno) como momento de diversão e
relaxamento já que as crianças merendam e em seguida voltam para a sala.
Durante os diversos momentos da execução da música, avaliamos o
envolvimento e participação dos alunos com entusiasmo.
O professor é mediador entre as crianças e os objetos de
conhecimentos, organizando e propiciando espaços e situações de
aprendizagens que articulem os recursos e capacidades afetivas, emocionais,
sociais e cognitivas de cada criança aos seus conhecimentos prévios e aos
conteúdos referentes aos diferentes campos de conhecimentos humano.
(RCNEI, 1998, p.30).
No segundo dia de regência, o conteúdo foi a música “não foi o
coelhinho” de Mara Lima. O texto foi exposto no cartaz; lido com as crianças,
elas repetiam para conhecer e memorizar a letra da música.
Objetivando desenvolver a linguagem oral, coordenação motora e
coreografia da música. As crianças em circulo cantando, dramatizando e
seguindo a melodia da música pelo som. Trabalhou-se durante toda a rotina;
acolhimento, oração, chamada diária, leitura deleite (ressurreição de Jesus)
atividades xerocadas (classe e casa), hora das cantigas, hora do recreio e
retorno a sala. Exploraram-se vogais, consoantes e quantidades de letras no
tema Jesus. Realizamos conhecimento prévio questionando: quem é Jesus?
Ele faz parte de sua vida? Enfatizou-se a vida, morte e ressurreição de cristo:
levando as crianças a refletirem o verdadeiro sentido da páscoa. Avaliamos as
crianças através da participação e dramatização da música.
34
Na abertura do 3º dia era percebida a alegria das crianças. Para eles era
o dia de festa, mas era a culminância do projeto páscoa. Os alunos arrumados,
a sala estava ornamentada como festa de aniversário, a mesa c/ lancheiras e
diversos, as crianças com as orelhas de coelho; a turma fez os últimos ensaios
da apresentação, por volta de 02h00minhs todas as turmas foram para o salão
de entrada/ refeitório para se apresentarem e assistirem as atividades das
demais turmas. A turma do nível V- “B” foi representada por um grupo de
5(cinco) crianças, caracterizadas e apresentaram a música “Não foi o
coelhinho” de Mara Lima, representando que não foi o coelhinho que morreu,
mas sim Jesus e após três dias ressuscitou.
Assim, foi permitida à criança a descoberta de novos conhecimentos a
respeito da ressurreição de cristo. Após termino das apresentações, as turmas
retornaram as salas, o lanche foi distribuídos na sala e entregas as lancheiras.
Excepcionalmente as atividades foram finalizadas às 03h30minhs, os pais ou
responsáveis como de costumes pegaram e levaram as crianças para seus
respectivos lares. A avaliação ocorreu durante a apresentação dos alunos na
realização da atividade proposta.
Ao 4º dia, o objetivo da aula foi enfatizar a importância da fé cristã no
tempo antigo e abordar que milagres inda hoje acontecem. O conteúdo foi:
Milagres de Jesus; as crianças em circulo sentadas no chão houve a contagem
da história através do livrinho e na sequência a exibição do vídeo. Fizemos
questionamentos e exploração do tema milagres, inclusive o milagre do
paralitico. Tal procedimento foi positivo e permitiu que as crianças
compreendessem a mensagem da história. Em seguida, eles pintaram o
desenho impresso do paralitico no momento da cura. A tarefa de casa foi
contar as letras e vogais do nome (paralitico) e completar o nome Jesus em
letra cursiva, pois os alunos apresentaram dificuldades nesta escrita.
Avaliou-se a atenção da turma nos momentos da história em livro e
vídeo; e envolvimento nas atividades orais, escrita e artística. No planejamento
Bimestral houve a necessidade de abordar a temática: Família na Escola.
Iniciou a 5ª aula, fazendo o conhecimento prévio sobre a Família, fazendo
mostrar o valor da família para cada um e classificar os diferentes tipos de
família.
35
Foi exposta no notebook a música: Oração da família com a música do
Pe. Zezinho, com legenda e imagens; mostrando os diferentes tipos de família.
Houve a interação da música em seguida apresentamos as crianças um livro
da família, contendo famílias humanas e de animais. Os nomes dos alunos
foram relacionados a cada letra da palavra família, exploraram-se também
vogais, consoantes e números de letras. Durante toda a aula avaliou-se o
alunado a partir da: atenção, participação e atividades orais e escritas.
A higiene na família foi o conteúdo da 6ª aula, com intuito de valorizar os
bons hábitos de higiene diários e identificado às partes do corpo humano. O
tema higiene foi bem explorado com relação a vogais, consoantes e na prática
do cotidiano, foi apresentado objetos de higiene pessoal. A partir da música “o
sapo não lava o pé”, foi trabalhado a paródia: Higiene, acompanhada no som
(CD), e cartaz, na ocasião era lidos os versos para os alunos repetirem e
memorizarem a letra e melodia.
Houve também uma atividade de arte, recorte e colagem com as partes
do corpo humano no caderno. Utilizou-se como exemplo: o aluno deitou-se no
papel madeira e foi contornando seu corpo, depois foi escrito; cabeça, tronco e
membros. Tendo toda participação deles na atividade. Segundo Andrade
(2006, p.13):
a relação professor-aluno ocorre numa perspectiva inovadora de
ensinar e aprender que considera o educando sujeito ativo, que
constrói a sua competência junto com o educador, o qual exerce o
papel fundamental de orientador e mediador no processo de ensino-
aprendizagem. Avaliar a partir do conhecimento prévio sobre higiene
e corpo humano.
No meio familiar pode haver conflitos, então se faz necessário trabalhar
o conteúdo: o filho pródigo na 7ª aula, objetivando mostrar o valor do respeito e
obediência, enfatizar o amor do pai pelo filho na história relacionando a vida
das crianças. Ocorreu a contagem da hitória: o filho pródigo em livro, vídeo e
música: tudo é do pai (Pe. Fabio de Melo) foram abordados valores como:
respeito, obediência e amor no meio familiar, mostrando que o perdão é
preciso fazer parte das nossas vidas. Foi confeccionado um livro com gravuras
36
do filho pródigo. Após o retorno da merenda, houve na sala o momento de
brincadeiras, cantigas e lazer.
Para envolver cada vez mais as crianças, trabalhou-se um acróstico
família relacionando os nomes de alguns alunos e das estagiárias. Na
sequência, houve a sessão de vídeo: A parábola do filho pródigo, no momento
foi distribuída pipocas caseiras, proporcionando as crianças, um momento
diferente da rotina, enriquecendo o tema em questão, em seguida, foi entregue
a tarefa de casa, para a criança desenhar sua família. A avaliação ocorreu
durante todas as atividades desenvolvidas.
Em virtude das datas comemorativas foi trabalhado na 8ª aula o
conteúdo: Tiradentes e o índio, com intuito das crianças conhecerem a história
de Tiradentes, sua importância para a história do Brasil e relacionando as
profissões de cada pai dos alunos. Iniciamos com um texto, poesia:
homenagem a Tiradentes foi feita a explanação e em seguida foi abordado às
profissões no papel madeira com ajuda dos alunos. Foi explorada a palavra
Tiradentes detalhando vogais, consoantes e outros. Em relação ao índio, houve
uma rápida explanação, enfatizando o índio como os primeiros habitantes do
Brasil e juntamente com os brancos e negros formaram o povo brasileiro.
Finalizando com as crianças usando cocar; cantando, dançando, imitando o
índio, ou seja, foi divertido. Avaliamos através do envolvimento da turma nas
atividades propostas.
Iniciamos a 9º aula com acolhimento de música e orações e em
seguida distribuições dos crachás dando início com apresentação do livrinho de
história chapeuzinho vermelho, trabalhando o conteúdo órgãos dos sentidos,
lendo e fazendo questionamentos, sobre os mesmos, fazendo perceber através
da historia, os órgãos dos sentidos, expondo um cartaz, com o diálogo entre
chapeuzinho vermelho e o lobo: vovó, que orelhas grandes! Disse
chapeuzinho. É para te ouvir melhor! Disse o lobo. Que olhos enormes vovó, É
para te ver melhor! Que nariz comprido! É para te cheirar! E essa boca,
vovozinha? Que grande! É para te devorar!
Para fixar melhor o conteúdo, exploramos outros cartazes com gravuras
dos cinco sentidos, para fazer um paralelo com o conto e em seguida realizar
os questionamentos orais. Para descrever a capacidade de descrição de
objetos e sensações através de tato, fomos brincar de mágico, passando uma
37
caixinha surpresa com objetos diversificados, para as crianças tentarem
descobrir através do toque que objetos pegam dentro da caixa. Ao final
explorar os objetos encontrados na caixa, a sua forma, textura, tamanha e
espessura. A segunda experiência foi os mandar identificarem o órgão do
paladar, e o olfato por intermédio de vivências e experiências. Colocamos uma
venda nos olhos das crianças para aguçar nelas os sentidos do paladar com
doce, salgado, amargo e azedo. Para o olfato fizemos experimentos com
vinagre, café, perfume e frutas.
Durante as atividades desenvolvidas foi feito uma experiência com a
audição, no qual as crianças ficaram com os olhos fechados e fizeram silêncio
para presta atenção, a todos os sons que ouviram, tais como: barulhos dos
carros, sons ao redor da escola, canto dos pássaros e o próprio movimento da
sala de aula.
A experiência com a visão foi explorado tudo que tinha na sala de aula,
levamos os números de 0 a 9, representando as quantidades, cores, leitura dos
números e palavra escrita. Foram exploradas as vogais de cada palavra e
consoantes, silabas, e tudo que podemos ver naquele ambiente através da
visão. Após a execução das experiências vivenciadas pelas crianças, fomos
montar uma maquete com todo material utilizado. Apesar de que os copos já
vinham com as etiquetas para facilitar melhor o desenvolvimento do trabalho.
Os recursos utilizados foram: papel ofício, lápis hidro cor, copo descartável,
palito de churrasco, isopor, coleção de cera, pincel, TNT e cartolina.
Finalizando esse dia com atividades xerocadas para classe e para casa.
Avaliamos na participação e o envolvimento nos trabalhos e história já
conhecida por todos.
No planejamento da 10ª aula fazendo uma retomada do conteúdo
órgãos dos sentidos, fizemos uma dinâmica: Eu começo e você termina,
fazendo uma ligação de tudo que já tínhamos trabalhos, e eles responderam da
melhor forma possível. Continuamos com chapeuzinho vermelho, foi feito um
resumo da historia no papel madeira, para ser lido juntamente com eles.
Passamos a sessão de vídeo acompanhado com pipocas, e no término do
vídeo, fomos montar a história com todos os personagens já pintados e
pregados no palito de churrasco, para serem colocados no isopor. Fizemos a
recontagem da história formando uma maquete no isopor. Foi apresentada a
38
palavra chave chapeuzinho explorando vogais, consoantes e quantidades de
letras, tarefa retirada da lousa e em seguida eles foram pintar o desenho
impresso de chapeuzinho e o lobo. A tarefa de casa foi os órgãos dos sentidos
para ligar a palavra ao desenho.
Avaliamos a atenção da turma nos momentos das historias, vídeo e
envolvimento nas atividades orais, escritas e artistas.
Iniciamos a 11ª aula, fazendo a leitura deleite do conto Pinóquio,
refletindo que é preciso falar a verdade e ser obediente. O conhecimento prévio
foi sobre Bíblia (livro), visando trabalhar valores; que os filhos devem
obediência aos pais fizemos o estudo bíblico em: Efésios 6,1-3, este escrito na
cartolina com gravuras de filhos (crianças e adultos).
A aula teve como objetivo valorizar a família e honrar pai e mãe. A partir
do conteúdo: Poema da família, este escrito no papel madeira ilustrado com
gravuras, foi lido verso por verso para fixar saberes. O poema por si mesmo
questionava e explicava pontos importantes do tema abordado, inclusive foi
colocado que tanto na família como na sala de aula podemos ter amigos.
Houve a merenda, porem a rotina deste dia foi corrido, pois o término da aula
foi as 16:00hs, com a entrega da tarefa de casa, diariamente a turma canta
para fechar o dia letivo. Avaliação foi contínua, observando cada aluno durante
as atividades orais e escritas.
Os objetivos da 12ª aula foram reconhecer na família e na comunidade
escolar seus melhores amigos e identificar na história bíblica os melhores
amigos de Jesus. Tendo como conteúdo: Amigos na família e escola. A leitura
deleite: Nina e Lana, as estrelas do mar, abordou a amizade entre duas
estrelas relacionando que adultos e crianças precisam de amigos, questionou-
se a turma quem seriam seus amiguinhos, eles deram suas opiniões. Houve a
leitura do texto informativo os 12 apóstolos, sendo que dos 12 discípulos; 3
eram amigos de verdade e 1 inimigo. Para enriquecer o assunto, foi levada a
música: amigos para sempre, trabalhamos o alfabeto relacionando os nomes
dos alunos e professores, num cartaz como exemplo de amigos na sala de aula
e no ambiente escolar o ano todo.
Oralmente explorou-se no cartaz: Amigos, relacionando cada letra ao
alfabeto no varal, este lido diariamente com as crianças. Realizamos a
dinâmica: Eu começo, você termina, abordaram alguns temas já trabalhados,
39
as crianças tiveram uma participação assídua, completando as frases com o
raciocínio lógico esperado. O termino da aula foi às 16h00hs. Avaliamos
através da participação e envolvimento na aula.
No decorrer das 12 aulas de intervenção pedagógica a rotina
contemplou: acolhimento, oração, chamada, (nomes dos meninos e meninas),
dinâmicas, leitura deleite, (contagem de contos), nomes das crianças (crachás),
anexados na mesinha, alfabeto (ilustrados) exposto no varal, palavra chave
(tema do dia), atividades xerocadas (classe e para casa), músicas para hora do
lanche e retorno com brincadeiras e relaxamentos, sequência do cotidiano da
aula (tempo e intervalo entre atividades de classe), estudo bíblico (versículos)
sessão de vídeo e arte (pintura, recorte e colagem), acróstico, poema, poesia,
experimentos (órgãos dos sentidos), uso da massa de modelar (desenvolver a
coordenação motora) e aula expositiva com cartazes.
Sempre lembrando que o papel do professor como o sujeito responsável
pela socialização dos objetos materiais e simbólicos da cultura humana,
sobretudo os saberes da ciência, das artes, da política, e da cultura corporal,
dentre outros saberes científico-culturais, devendo a nós professores em sala
de aula acompanhar o desenvolvimento da leitura, escrita e brincadeiras para
todos os alunos na sala de aula, mesmo aqueles que têm suas limitações seja
na timidez, no psicossocial ou física. Usando sempre a socialização, fazendo
acompanhamento e valorizando os trabalhos daqueles que tem deficiência no
aprendizado, valorizando também a atividade do brincar e da apropriação dos
jogos e dos brinquedos, dentre outras possibilidades próprias da cultura
corporal, possibilitando às crianças com necessidades especiais de educação
condições concretas de desenvolvimento e aprendizado.
Procurando sempre a participação e o envolvimento dos alunos nos
trabalhos, sejam através de livros, vídeos, como também no envolvimento nas
atividades orais, escrita e artística. Em face destas considerações, será
possível construir condições diferenciadas de aprendizagem para os alunos
normais, os tímidos e os que têm deficiências em seu aprendizado, sempre
trabalhando atividade lúdica, coletiva e de forma consciente, para assim
possibilitar a superação das dificuldades escolares e da exclusão social e
educacional tão presentes na vida de muitas e muitas crianças no meio
educacional.
40
O conjunto de trabalhos pedagógicos realizados na instituição escolar é
de essencial importância no cotidiano dos discentes, em todos os níveis de
trabalho na instituição, cada um tendo seu valor reconhecido pelos
trabalhadores em educação, mesmo sabendo que a sobrecarga estará sempre
nas mãos do educador.
A ação do professor de educação infantil, como mediador das relações
entre as crianças e os diversos universos sociais nos quais elas interagem,
possibilita a criação de condições para que elas possam, gradativamente,
desenvolver capacidades ligadas à tomada de decisões, à construção de
regras, à solidariedade, ao diálogo, ao respeito a si mesmas e ao outro.
(RCNEI, 1998, p.43).
É possível integrar o aluno tímido no grupo social escolar por meio de
atividades lúdicas? Com certeza sim! Conforme visto em diversos conceitos
filosóficos e trabalhos realizados em sala de aula, no qual o trabalho
desenvolvido pelo professor é de fundamental importância para a integração do
aluno tímido e sua real participação nas atividades desenvolvidas. As
atividades lúdicas são de supra importância para a integração e inclusão dos
alunos. Em entrevista realizada com as professora Eva Cristina e Keylla Soares
ambas mostraram favoráveis quanto à participação das atividades lúdicas em
sala de aula, segue abaixo relato das professoras com relação a essas
atividades.
A intenção maior da atividade lúdica em sala de aula é fazer com que o
aluno aprenda, mas atrelada na ajuda no desenvolvimento do ser humano da
afetividade, socialização, físico-motora, comunicação (linguística) e na
aprendizagem especifica de conteúdos.
Ambas Eva Cristina e Keylla Soares se mostram favoráveis que é
importante o trabalho das atividades lúdicas em sala de aula. Como também o
lúdico tem que fazer parte do planejamento escolar da criança da educação
infantil, com as habilidades, nas brincadeiras, nos jogos e nas atividades
motoras que podem ser desenvolvidas na proposta pedagógica. Executando o
educar e o brincar podendo compartilhar o espaço escolar, focando no
crescimento das crianças; no afetivo, cognitivo e psicomotor.
41
As professoras acima citadas fazem menção também nas vantagens e
desvantagem que a atividade lúdica pode ter em sala de aula. As vantagens
são quando estimulam e desenvolvam a tomada de decisões que envolvam
sempre que possível avaliação de grandeza; a discussão de ideias entre os
jogadores e a criação de argumentos para defesa de seus pontos de vista;
incentivar a criação e uso de sistemas próprios de operar
Desvantagens quando não é trabalhado em conjunto e ou de forma
interdisciplinar; A perda de ludicidade do jogo pela interferência constante do
professor, destruindo a essência do jogo; a dificuldade de acesso e a
disponibilidade de materiais e recursos sobre o uso de jogos no ensino, que
possam vir a subsidiar o trabalho docente.
Outro questionamento importante de ser aqui lembrado é sobre a forma
das atividades lúdicas desenvolvidas em sala de aula se são capazes de
contribuir na maturação da criança na alfabetização?
Conforme a resposta da professora Eva Cristina independente dos
modos de mediação o professor precisa ter em mente que o lúdico deve ser
encarado com muita seriedade, utilizando o lúdico em suas aulas devendo
saber planejar, organizar o ambiente e os materiais e ter consciência da
funcionalidade motivadora do lúdico e sua contribuição no desenvolvimento de
seus alunos.
Inclusive a mesma diz que: as atividades lúdicas são capazes de
contribuir na maturação da criança na alfabetização explorando o corpo
humano como; brincadeiras de roda, as competições, dinâmicas e outras.
Promovendo a facilitação da aprendizagem quando realizadas para atingir
objetivos.
Aliando sempre o lúdico como um bom aliado para o professor no
desenvolvimento e a aprendizagem do aluno explorando a sua criatividade
principalmente nas séries iniciais como brincar com prazer e aprendendo.
A professora Keylla Soares informa que o lúdico é importante para
aprendizagem da criança durante a alfabetização, tendo em vista que a mesma
deixe de brincar e de como interagir nas atividades. Exemplos: jogos
educativos, brincadeiras em atividades de leitura, músicas e cantigas de rodas.
Sendo a ludicidade um facilitador da aprendizagem nas atividades
proporcionando assim um espaço com bom desenvolvimento cognitivo, motor e
42
afetivo. O lúdico facilita ainda, o prazer e satisfação de brincar e a criança se
socializa e imagina e aprende.
Como também diz que as atividades lúdicas são capazes de contribuir
na maturação da criança na alfabetização através do trabalho lúdico
promovendo a aprendizagem quando realizadas e assim atingir objetivos reais.
Sendo o lúdico um bom aliado para o desenvolvimento e a aprendizagem do
aluno explorando a sua criatividade principalmente nas séries iniciais como
brincar com prazer e aprendendo. Concluindo, que o lúdico pode ser aliado da
aprendizagem, desde que o docente faça uma conexão entre o brincar e a
aquisição dos saberes no momento da ludicidade de forma interdisciplinar.
43
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente relatório do Estágio Supervisionado II, em Educação Infantil,
resultou do período de aproximação inicial com a Escola, reunião com a
Coordenação Pedagógica, Equipe Diretiva e inicio das observações. O período
de observação participante foi de 01/03 à 04/3/2015. Iniciamos a Intervenção
Pedagógica no dia 21/03, na Escola, Centro Municipal de Educação Infantil e
Fundamental I, Maria do Carmo Bezerra, localizado Avenida Assis
Chateaubriand, com o objetivo de observar e gerenciar uma prática
Pedagógica em uma turma de Nível V – “B”, e compreender como funciona a
rotina pedagógica da mesma, e o nível de aprendizagem das crianças.
Segundo os estudos de Barbosa (2006), o modo como a rotina da escola
esta organizada o seu projeto político pedagógico e mostram quais são as suas
funções de cuidados e de educação que os profissionais da instituição
assumem. Do mesmo modo, Barbosa (2006) demonstra que os autores das
rotinas nas escolas de educação infantil podem ser os mais diversos possíveis.
Às vezes, são organizadas pela equipe gestora (direção e coordenação) às
vezes pelos sistemas de ensino com seus técnicos, que ditam normas; às
vezes com a colaboração dos professores e demais profissionais na
elaboração das normas da rotina escolar.
Em todos os momentos, percebemos que é possível integrar o aluno que
apresenta alguma necessidade especial no grupo social escolar por meio de
atividades lúdicas, através de diversas atividades e projetos, tendo que estar
atrelado ao projeto pedagógico escolar para obter a participação dos
profissionais em educação.
Os diversos trabalhos desenvolvidos no estágio supervisionado e a
participação dos alunos mostram que de fato a interação dos alunos com
necessidades especiais podem ser de maneira constante. Mas para isso
também é necessário a visão pedagógica do professor, exemplo clássico disso
foi do aluno sempre ficava de cabeça baixa, tímido e os cabelos nos olhos, e às
vezes se escondendo debaixo da mesa, para não se socializar com os demais.
E fui fazer o questionamento do comportamento dele, as professoras falaram
que ele era sempre assim tímido, em apenas alguns momentos ele se
enturmava, mas segundo os pais, em casa ele se envolvia mais com os
44
familiares. Fui ao encontro do referido aluno e ao me aproximar, comecei a
conversar, brincar e consegui conquistá-lo. Fazendo com que o mesmo fizesse
as atividades nos momentos lúdicos sempre com carinho e atenção, ganhando
assim a confiança do aluno e incluindo-o em todas as atividades de sala de
aula. A confiança repassada para o aluno fez com que ele se sentisse a
vontade para a socialização com os demais e com certeza a professora e os
demais alunos o trataram de forma igual no espaço escolar da Educação
Infantil.
Zabalza (1998) e Forneiro (1998) nos mostram que não é qualquer
espaço que é efetivamente um ambiente de aprendizagem. Há espaços ricos
em materiais, com estrutura física adequada, diversa e qualificada, e que não
são ambientes de aprendizagem. Por outro lado, também pode haver espaços
inadequados, com estrutura física precária e ausência de materiais, e que é
efetivamente um ambiente de aprendizagem.
Se considerarmos a teoria sobre a zona de desenvolvimento proximal,
de Lev Vygotsky, constataremos a importância de organizar um espaço que
seja desafiador para as crianças. Que as desafie a aprender o que ainda não
sabem, mesmo que para isso necessitem da interação e da ajuda dos adultos
ou de outras crianças mais experientes.
A possibilidade de fazer com que o aluno seja integrado às atividades de
sala de aula depende do contexto escolar, planejamento, organização e
execução das atividades, sejam através de projetos com dramatizações,
orações e pinturas e ou através de jogos e brincadeiras, para a realização da
inclusão dos alunos com necessidades e obter o efetivo aprendizado do
conteúdo ministrado através da ludicidade.
O caráter lúdico está na faixa etária das crianças de educação infantil,
segundo Becchi (2012), no prazer de “estar envolvido”: na manipulação de
objetos e materiais não estruturados; em atividade de transbordar, encher e
esvaziar; nas experimentações vocais e sonoras; em atividades de
decomposição; composição; nas atividades motoras livres, e nas coletivas
entre outras.
Finalizamos dizendo que intervenção pedagógica que executamos nos
proporcionou momentos de grande valor para didático-pedagógico, colocando
em prática o que aprendemos na teoria; embasado nos teóricos citados
45
durante todo esse processo de estudo. Foi muito importante vivenciarmos
como funciona o trabalho de uma creche e como as professoras desenvolvem
as rotinas no nível V da Educação Infantil do CEMEIF, o educar, cuidar e o
brincar nesse nível de ensino-aprendizagem.
Assim, no decorrer da construção do referido relatório, ressaltamos que
a execução da nossa intervenção pedagógica foi de grande valia para
conhecermos e vivenciarmos como ocorre o processo ensino-aprendizagem no
interior de uma instituição escolar de Educação Infantil.
Portanto, devemos compreender que não é possível cuidar de crianças
pequenas sem educá-las e não é possível educar crianças pequenas sem
cuidá-las.
46
5. REFERÊNCIAS
ANDRADE, Maria Célia. Afetividade e aprendizagem: Relação professor/
aluno. Disponível em <http:/www.administradores.com.br/ informes-
se/artigos?Afetividade-e-aprendizagem-relação-professor-e-aluno/44105/.
Brasil, Ministério da Educação Secretária de Educação Básica. Parâmetros
Nacionais de qualidade para educação infantil. Brasília: MEC, SEB, 2006 a
(volume 1 e 2).
BARBOSA, Maria Carmem S. Por amor e por força: Rotinas na Educação
Infantil. Porto Alegre: Artmed, 2006.
BECCHI, Egle ( et AL). Ideias orientadoras para creche: a qualidade
negociada. Trad. Maria de Lourdes Tambashia Menon. Campinas: Autores
Associados,2012.
CRUZ, Jose Luiz, Carvalho do Projeto Pitanguá, Ciência 3º ano fundamental,
1ª edição, São Paulo, 2005.
CARNEIRO, Maria Ângela Barbato e DODGE, Janine J. A descoberta do
brincar. São Paulo: Melhoramentos, 2007.
DIEHL, Astor Antonio. Pesquisa em ciências sociais aplicadas: métodos e
técnicas. São Paulo: Prentice Hall, 2004.
NEGRINE, A. Brinquedoteca: teoria e prática. In: SANTOS, S. M. P. dos.
Brinquedoteca: o lúdico em diferentes contextos. 4. ed. Petrópolis: Vozes,
1997.p. 83-94.
PEDAGÓGICO, Projeto Politico do CEMEIF.
PIAGET, J. A epistemologia genética/Sabedoria e ilusões da Filosofia/Problemas de psicologia genética. Tradução por Nathanael C. Caixeiro, ZILDA A. Daeir, Célia A. Di Piero. São Paulo: Abril Cultural, 1983.
pg294. PIMENTA, Selma Garrido: Lima, Maria Socorro Lucena. Estagio e Docência.
PEDAGÓGICO, Projeto Politico do CEMEIF.
Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil Vol.1 Introdução,
(1998, P. 30, 38 e 43).
RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social: métodos e técnicas. São
Paulo: Atlas, 1989
VYGOTSKY, L.S. Ciclo de aprendizagem: Revista Escola, ed.160, Fundação
Victor Civita, São Paulo, 2003.
47
ZABALZA, Miguel. Qualidade em Educação Infantil. Porto Alegre: Artmed,
1998.
http://avivamentoieq.com.br./estudos/amig.htm. 12 Apóstolos...3
Amigos...1Traidor.
48
6. ANEXOS
6.1. QUESTIONÁRIO 1 - A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA ESCOLA
PARTE 1: IDENTIFICAÇÃO DO ENTREVISTADO
Nome da professora: Keylla da Silva Costa Soares
Cidade: Nova Cruz - Estado do Rio Grande do Norte
Idade: 36 Sexo: ( ) masculino ( x ) feminino
Escola onde Ensina: CEMEI
Tempo de Magistério:
( ) Menos de 1 ano
( ) De 1 a 3 anos
( ) De 3 a 6 anos
( x )Mais de 15 anos
Nível de Ensino onde Atua:
( ) Educação Infantil
( x ) Fundamental 1
( ) Fundamental 2
PARTE 2: ROTEIRO DA ENTREVISTA
1. No seu ponto de vista, porque o lúdico é importante na vida das pessoas?
( )Para passar o tempo
( ) Para se distrair
( ) Para se divertir
( x )aprender
2. De que maneira o lúdico ajuda no desenvolvimento do ser humano?
( x ) Na área da inteligência (cognitiva)
( )Na área da afetividade
( x )Na área da socialização
( x )Na área físico-motora
( x ) Na área da comunicação (linguística)
49
( x ) Na área moral (valores)
( x )Na aprendizagem especifica de conteúdos
Outras? Quais?
R- Em todas citadas acima, na ajuda, na alegria, autoestima e relaxamento.
3. Em sua opinião, quais os saberes que deveriam fazer parte da formação do
educador (professor).
( ) A formação teórica. Por quê?
( ) A formação pedagógica. Por quê?
( ) A formação lúdica. Por quê?
( x )Todas as respostas. Por quê?
R- O educador da educação infantil e fundamental necessita de formação nesta
área, focando o ensino aprendizagem de melhor qualidade.
4. O professor deve utilizar o conteúdo lúdico em suas aulas? Por quê?
R- Sim! Porque é um suporte para aquisição dos saberes, que seja utilizado
para este fim, não para passar o tempo.
5. Como o lúdico pode ser aplicado dentro da escola como uma proposta
pedagógica e educativa?
R- O educar e o brincar podem compartilhar do espaço escolar, focando o
crescimento das crianças; no afetivo, cognitivo e psicomotor.
6. Você usa o lúdico como conteúdo em sua aula?
( x )Sim. Explicar Por quê?
( )Não. Explicar Por quê?
R- Uso o lúdico focando o desenvolvimento das crianças no intelectual e social
como um todo.
7. Quais as vantagens e desvantagens de trabalhar o conteúdo lúdico em sua
aula dentro da escola?
R- Vejo somente vantagens, porém há desvantagens quando é utilizado só
para se distrair.
50
8. Qual o jogo, brincadeira ou brinquedo que não poderia faltar em suas aulas?
(o respondente tem a opção de marcar uma resposta ou várias respostas)
( x ) Tradicionais ou Populares
( ) Educativos
( ) Construção
( ) Eletrônicos
( ) Videogames e Virtuais
( x ) Simbólicos ou faz de conta
( )Outros?
9 . Você considera importante a prática do lúdico na escola? Comente.
R- E de fundamental importância na prática educativa, pois quebra a rotina e
alegra o espaço escolar.
10. No seu entendimento, que atividade lúdicas são capazes de contribuir na
maturação da criança na alfabetização? Dê exemplos
R- As atividades que explorem o corpo humano como; brincadeiras de roda, as
competições, dinâmicas e outras.
11. È possível constatar que a ludicidade é um facilitador da aprendizagem?
R- A ludicidade promove a aprendizagem quando realizadas para atingir
objetivos.
12. Porque o lúdico pode ser um aliado para o docente?
R- Pode ser aliado desde que o docente faça uma conexão entre o brincar e a
aquisição dos saberes no momento da ludicidade de forma interdisciplinar.
51
6.2. QUESTIONÁRIO 2 - A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA ESCOLA
PARTE 1: IDENTIFICAÇÃO DO ENTREVISTADO
Nome da professora: Eva Cristina
Cidade: Nova Cruz - Estado do Rio Grande do Norte
Idade: 48 Sexo: ( ) masculino ( x ) feminino
Escola onde Ensina: CEMEI
Tempo de Magistério:
( ) Menos de 1 ano
( ) De 1 a 3 anos
( ) De 3 a 6 anos
( x )Mais de 15 anos
Nível de Ensino onde Atua:
( x ) Educação Infantil
( ) Fundamental 1
( ) Fundamental 2
PARTE 2: ROTEIRO DA ENTREVISTA
1. No seu ponto de vista, porque o lúdico é importante na vida das pessoas?
( )Para passar o tempo
( ) Para se distrair
( ) Para se divertir
( x )aprender
2. De que maneira o lúdico ajuda no desenvolvimento do ser humano?
( x ) Na área da inteligência (cognitiva)
( )Na área da afetividade
( )Na área da socialização
( x )Na área físico-motora
( x ) Na área da comunicação (linguística)
( ) Na área moral (valores)
( x )Na aprendizagem especifica de conteúdos
52
Outras? Quais?
R- Contexto familiar e social.
3. Em sua opinião, quais os saberes que deveriam fazer parte da formação do
educador (professor).
( ) A formação teórica. Por quê?
( ) A formação pedagógica. Por quê?
( ) A formação lúdica. Por quê?
( x )Todas as respostas. Por quê?
R- Os professores precisam buscar novas práticas, e aprender a pesquisar e
valorizar a sua profissão e administrar as suas próprias ideias como educador.
4. O professor deve utilizar o conteúdo lúdico em suas aulas? Por quê?
R- Sim! As atividades lúdicas enriquece os conteúdos trabalhados na sala de
aula quando é tratado por meio de jogos e brincadeiras e explorando os
conteúdos trabalhados.
5. Como o lúdico pode ser aplicado dentro da escola como uma proposta
pedagógica e educativa?
R- O lúdico faz parte do planejamento escolar da criança da educação infantil,
com as habilidades, nas brincadeiras, nos jogos e nas atividades motoras que
podem ser desenvolvidas na proposta pedagógica.
6. Você usa o lúdico como conteúdo em sua aula?
( x )Sim. Explicar Por quê?
( )Não. Explicar Por quê?
R- Sim! Porque através do lúdico pode-se desenvolver atividades divertidas e
que venham crescer a vontade de aprender da criança ao conteúdo na sala de
aula.
7. Quais as vantagens e desvantagens de trabalhar o conteúdo lúdico em sua
aula dentro da escola?
R- Vantagens quando estimula a tomada de decisões que envolvam sempre
que possível avaliação de grandeza; a discussão de ideias entre os jogadores
53
e a criação de argumentos para defesa de seus pontos de vista; incentivar a
criação e uso de sistemas próprios de operar
Desvantagens quando não é trabalhado em conjunto e ou de forma
interdisciplinar; A perda de ludicidade do jogo pela interferência constante do
professor, destruindo a essência do jogo; a dificuldade de acesso e a
disponibilidade de materiais e recursos sobre o uso de jogos no ensino, que
possam vir a subsidiar o trabalho docente.
8. Qual o jogo, brincadeira ou brinquedo que não poderia faltar em suas aulas?
(o respondente tem a opção de marcar uma resposta ou várias respostas)
( ) Tradicionais ou Populares
( x ) Educativos
( ) Construção
( ) Eletrônicos
( ) Videogames e Virtuais
( ) Simbólicos ou faz de conta
( )Outros?
9 . Você considera importante a prática do lúdico na escola? Comente.
R- Sim! Independente dos modos de mediação o professor precisa ter em
mente que o lúdico deve ser encarado com muita seriedade, utilizando o lúdico
em suas aulas devendo saber planejar, organizar o ambiente e os materiais e
ter consciência da funcionalidade motivadora do lúdico e sua contribuição no
desenvolvimento de seus alunos.
10. No seu entendimento, que atividade lúdicas são capazes de contribuir na
maturação da criança na alfabetização? Dê exemplos
R- Acredito que sim. O lúdico é importante para aprendizagem da criança
durante a alfabetização, tendo em vista que a mesma deixe de brincar e de
como interagir nas atividades. Exemplos: jogos educativos, brincadeiras em
atividades de leitura, músicas e cantigas de rodas.
11. É possível constatar que a ludicidade é um facilitador da aprendizagem?
R- Com certeza. O lúdico facilita a aprendizagem do individuo nas atividades
proporcionando espaço um bom desenvolvimento cognitivo, motor e afetivo. O
54
lúdico facilita ainda o prazer e satisfação de brincar e a criança se socializa e
imagina e aprende.
12. Porque o lúdico pode ser um aliado para o docente?
R- O lúdico é bom aliado para o desenvolvimento e a aprendizagem do aluno
explorando a sua criatividade principalmente nas séries iniciais como brincar
com prazer e aprendendo.
55
6.3. FOTOS
FOTO 01
Culminância da Páscoa
Fonte: Equipe pedagógica do CEMEIJ
FOTO 02
Sessão de cinema páscoa
Fonte: Equipe pedagógica do CEMEIJ
FOTO 03
Dramatização
Fonte: Equipe pedagógica do CEMEIJ
FOTO 04
Momento de arte e pintura
Fonte: Equipe pedagógica do CEMEIJ