UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL PROGRAMA DE … · união de glutamato a seus receptores...

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NEUROCIÊNCIAS II OFICINA DE NEUROCIÊNCIAS 9 e 10 de novembro de 2002 Garibaldi, RS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NEUROCIÊNCIAS

II OFICINA DENEUROCIÊNCIAS

9 e 10 de novembro de 2002Garibaldi, RS

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COMISSÃO ORGANIZADORA

Aldo Bolten Lucion

Carla Dalmaz

Carlos Alberto Saraiva Gonçalves

Gilberto Sanvitto

Jorge Alberto Quillfeldt

Maria Cristina Faccioni Heuser

Apoio:

Sociedade Brasileira de Neurociências e

Comportamento (SBNeC)

PROPESQ – UFRGS

PROPG – UFRGS

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PROGRAMA

DIA 09/11/2002 (Sábado)

09:00 – Abertura Conferência de aberturaProf. Dr. João Batista Calixto, UFSC

10:00 – Mesa Redonda ILesões isquêmicas e NeuroproteçãoCoordenador: Prof. Dr. Carlos Alberto Gonçalves, UFRGS

Prof. Dr. Rafael Linden, UFRJNeuroproteção pelo AMP cíclico no modelo da retina

Prof. Dr. Carlos A. Netto, UFRGSEstudos in vivo sobre o pré-condicionamento da isquemia:aspectos moleculares

Profa. Dra. Christianne Salbego, UFRGSEfeito do pré-condicionamento isquêmico sobre a expressão efosforilação da HSP-27

12:00 – Almoço

14:00 h – Mesa Redonda IIMarcadores funcionais do sistema nervoso em diferentesmodelos experimentaisCoordenadora: Profa. Maria Cristina F. Heuser, UFRGS

Prof. Dr. Vivaldo Moura Neto, UFRJInteraçao neuronio-glia: linha cruzada da diferenciaçao

Profa. Dra. Wânia Partata, UFRGSAtividade da NADPH-diaforase em medula espinhal de rãssubmetidas a uma situação de dor neuropática

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Profa. Dra. Matilde Achaval Elena, UFRGSNocicepção em moluscos

15:30 h – Café com cartazes

17:30 h – Mesa Redonda IIIEstresse e AnsiedadeCoordenador: Prof. Dr. Aldo B. Lucion, UFRGS

Prof. Dr. Antônio de Pádua Carobrez, UFSCQual a real utilidade do labirinto em cruz elevado no estudo daansiedade experimental?Prof. Gilberto Sanvitto, UFRGSAngiotensina II, hipertensão e comportamento sexualProfa. Dra. Gisele Manfro, HCPAEstresse como fator de risco para o desenvolvimento detranstornos de ansiedade

8:30 h – SessãDecker, H., Monucleotídeos dem fatias de hCCB, Universid

Fossati, I.A.MLucion, A.B. neonatal sobraberto com o Porto Alegre, R

20:00 h - Jantar de confraternização(adesão espontânea)

DIA 10/11/2002 (Domingo)

o de Comunicações Oraislz, S., Cremonez, C. & Tasca, I. – “Avaliação dosa guanina na toxicidade induzida por glutamato

ipocampo de ratos”. Departamento de Bioquímica,ade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC

., Trevizan L., Fossati, J.A.S., Bronzatto, S.R. &– “Interação entre castração e manipulação

e o comportamento de ratas adultas no campogato”. Departamento de Fisiologia, ICBS, UFRGS,S

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Frison, T.B., Janisch, C., Venturin, G.T., Schmidt, N.G., Simão,F., Oliveira, R., Costa da Costa, J. – “Estudo da Potenciação deLongo Prazo em fatias de hipocampo de ratos com epilepsiatemporal recente e de longa duração”. P.P.G. em Neurociências ,ICBS, UFRGS & Laboratório de Neurociências do Insttuto dePesquisa Biomédicas (IPB), Hospital São Lucas, PUCRS, PortoAlegre, RS

Gomes, C.M., Ramos de Paula, P., Franci, C.R., Anselmo-Franci, J., Lucion, A.B. & Sanvitto, G.L. – “Efeito do bloqueio doreceptor AT1 de ANGII sobre a idade da instalação dapuberdade, comportamento sexual e ovulação de ratas”.Departamento de Fisiologia, ICBS, UFRGS, Porto Alegre, RS;FORP e FMRP-USP, Ribeirão Preto, SP

Iraci, I.L.S., Buffon, A., Dantas, G., Füstenau, C.R., Böhmer,A.E., Battastini, A.M., Sarkis, J.J.F., Dalmaz, C. & Ferreira,M.B.C. – “Estresse crônico e atividades ATP-ADPásicas e de 5’-nucleotidase em sistema nervoso e soro de ratos”.Departamentos de Bioquímica e Farmacologia, ICBS, UFRGS,Porto Alegre, RS

Jeferson Luis Franco, Thais Posser, Maria Beatriz Moretto, JoãoBatista T. da Rocha – “O efeito de formas orgânicas de selênio etelúrio sobre a captação de 45Ca em cerebro de rato”.Departamento de Química, CCNE, Universidade Federal deSanta Maria, Santa Maria, RS

Siqueira, I.R., Fochesatto, C., Cimarosti, H., Salbego, C.,Elisabetsky, E. & Netto, C.A. – “Atividade antioxiante eneuroprotetora de Ptychopetalum olacoides (Marapuama)”.Departamentos de Bioquímica e Farmacologia & P.P.G.Fisiologia, ICBS, UFRGS, Porto Alegre, RS

10:00 h – Intervalo para o café

10:30 h – Mesa Redonda IVPlasticidade e MemóriaCoordenador: Prof. Dr. Jorge A Quillfeldt, UFRGS

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Prof. Dr. Edgar Kornisiuk, Universidad de Buenos AiresToxinas de venenos de serpientes como herramientas selectivaspara el estudio de la función de receptores en mecanismos deconsolidación de la memoria

Prof. Dr. Martín Cammarota, UFRGSMecanismos bioquimicos de la formación de memorias

Prof. Dr. Tadeu Mello e Souza, UFPRO papel do córtex pré-frontal na memória

12:30 h – Encerramento

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CO.1 - AVALIAÇÃO DOS NUCLEOTÍDEOS DA GUANINA NATOXICIDADE INDUZIDA POR GLUTAMATO EM FATIAS DE HIPOCAMPODE RATOS*Decker, H., **Molz, S., *Cremonez, C., Tasca, C.I.Departamento de Bioquímica, CCB, UFSC, Florianópolis, SC. Glutamato é o neurotransmissor excitatório mais importante doSNC. O aumento de sua concentração na fenda sináptica e aexcessiva estimulação de seus receptores, desencadeia umprocesso chamado de excitotoxicidade, que pode causar a mortede células neurais, por necrose ou apoptose. Portanto,glutamato está envolvido na patogênese de diversos quadrosneurológicos agudos e crônicos. Os nucleotídeos da guanina(NG) desempenham um importante papel extracelular,modulando a neurotransmissão glutamatérgica. Os NG inibem aunião de glutamato a seus receptores de membrana e respostascelulares mediadas por glutamato. Objetivos: neste estudo foiestabelecido um modelo de injúria excitotóxica, avaliado o tipode morte celular envolvida e o possível papel neuroprotetor donucleotídeo da guanina, GMP. Métodos: neste modelo in vitrode excitotoxicidade glutamatérgica, fatias de hipocampo de ratosjovens foram incubadas por 1h na presença de glutamato(10µM, 1mM, 10mM), seu agonista ionotrópico, NMDA (100µM),ou uma espécie reativa de oxigênio, H2O2 (20µM, 100µM). Apóso insulto, as fatias foram incubadas por 6h em meio de cultura ea viabilidade celular foi avaliada. Resultados: houve umadiminuição significativa na viabilidade celular de 33%, 40%, 31%,51% e 44% na presença de glutamato (1mM, 10mM), NMDA eH2O2 (20µM, 100µM), respectivamente. Não foi observadaalteração na permeabilidade de membrana nas fatiashipocampais em nenhum dos tratamentos. Glutamato, NMDA eH2O2 induziram fragmentação do DNA em oligonucleossomas.Conclusões: os resultados sugerem um processo de mortecelular apoptótica. Neste modelo de excitotoxicidade, não foiobservado efeito protetor pelo GMP. A avaliação de outros NG,como guanosina, e antagonistas clássicos dos receptoresglutamatérgicos será utilizada para estudar os mecanismos deinjúria e possível proteção neural.Apoio financeiro: CNPq, Pronex, Funpesquisa-UFSC.

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CO.2 - INTERAÇÃO ENTRE CASTRAÇÃO E MANIPULAÇÃONEONATAL SOBRE O COMPORTAMENTO DE RATASADULTAS NO CAMPO ABERTO COM O GATO. Fossati,I.A.M.**, Trevizan, L.*, Fossati, J. A. S *, Bronzatto, S. R.* &Lucion, A.B. Neurociências, Fisiologia, ICBS, UFRGS, POA/RS.Introdução: A manipulação neonatal afeta o comportamento dosanimais adultos, reduzindo em geral, respostas relacionadas amedo/ansiedade. Esses efeitos parecem ser devidos a umainfluência dessa manipulação sobre a diferenciação do sistemanervoso do filhote, em cujo processo também interferem oshormônios gonadais. Objetivos: Avaliar a interação entrecastração logo após o nascimento e manipulação neonatal sobrecomportamentos de ratas adultas no campo aberto compredador. Material e Métodos: Fêmeas Wistar sofreramcastração antes das 6 h de vida (C) ou cirurgia fictícia (F). Cadagrupo foi dividido em: manipuladas (manuseio suave dos filhotesdurante 1 min/dia nos 10 primeiros dias de vida-M) ou não-manipuladas (sem nova manipulação neonatal-NM). Aos 90 dias,as ratas foram observadas durante 3 períodos consecutivos eininterruptos de 300 s em um campo aberto de 1 m2. Durante o2° período, uma gaiola contendo um gato foi mantida num cantodeste campo. As ratas F foram testadas em diestro. Os dadosforam expressos em média±EPM, e analisados por ANOVA eNewman-Keuls (p<0,05). Resultados: As ratas FM apresentarammaior freqüência de locomoção (L) e de rearings (R) no campoaberto, na presença do gato, quando comparadas ao grupo FNM(LFM=8,9±2,4 e RFM=4,6--±1,4; N=17 & LFNM= 3,3 ±1,3 eRFNM=0,9±0,3; N=13). A castração impediu esse efeito provocadopela manipulação, pois ratas CM se comportaram semelhantes aratas CNM (LCM=3,5±0,8 e RCM= 1,1±0,4; N=14 & LCNM=3,1±1,2 eRCNM=1,5±0,5; N=12), mas não afetou as ratas NM, pois as CNMnão diferiram das FNM. Conclusões: Os efeitos comportamentaistardios de redução da inibição provocados pela manipulaçãoneonatal em ratas só se manifestam na presença de hormôniosgonadais. Apoio financeiro: CAPES, CNPq, FAPERGS.

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CO.3 - ESTUDO DA POTENCIAÇÃO A LONGO PRAZO EMFATIAS DE HIPOCAMPO DE RATOS COM EPILEPSIATEMPORAL RECENTE E DE LONGA DURAÇÃOThirzá Baptista Frison**, Clauber Janisch**, Gianina T. Venturin*,Nicole G. Schmidt*, Fabrício Simão*, Raquel de Oliveira*,Jaderson Costa da Costa. PPG Neurociências- UFRGS,Laboratório de Neurociências do IBP - HSL- PUCRS.Considera-se que a Potenciação a Longo Prazo (LTP) estejaassociada aos mecanismos básicos do aprendizado e damemória, principalmente no que se refere à região hipocampal. Apresença de íon cálcio intracelular relaciona tal fenômeno ao daplasticidade sináptica. As alterações plásticas no cérebro emdesenvolvimento dependem de fatores, tais como a idade emque ocorreu o insulto, o tamanho e a topografia da lesãocerebral, entre outros fatores. Dentre as epilepsias refratárias aotratamento clínico, encontramos uma maior freqüência paracrises originadas em lobo temporal, tendo como conseqüência,em 65% dos casos a esclerose mesial temporal, com oenvolvimento direto da região hipocampal, nas quais existemevidências de patologia progressiva. Objetivos: 1) Investigar emum modelo experimental de Epilepsia de Lobo Temporalinduzido por pilocarpina (um agonista muscarínico) a possívelexistência de alteração na plasticidade neuronal utilizando comomodelo a LTP. 2) Avaliar a LTP em fatias hipocampais de ratoscom epilepsia recente (30 dias após indução), de médio prazo(60 dias após a indução) e de longo prazo (90 dias após). 3)Avaliar a LTP de acordo com a frequência de crises convulsivas.Métodos: Induziu-se a LTP em fatias hipocampais (400 µm deespessura) de ratos machos, Wistar com 30, 60 e 90 dias após ainjeção intraperitoneal de pilocarpina ( 380 mg/Kg), realizada no30o dia de vida. Todos os animais epilépticos foram filmadosdurante um período de 12 horas. Resultados: A indução da LTPfez-se possível em todas as fatias hipocampais dos gruposcontroles, o que nem sempre ocorreu entre os animaisepilépticos. Conclusões: Os dados obtidos até o momentodemonstram que o fenômeno de indução da LTP, na amostraestudada, parece estar mais diretamente relacionado àfrequência de crises convulsivas do que ao tempo de epilepsia.Apoio financeiro: (CAPES, PIBIC- CNPq/UFRGS, FAPERGS)

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CO.4 - EFEITO DO BLOQUEIO DO RECEPTOR AT1 DE ANG IISOBRE A IDADE DA INSTALAÇÃO DA PUBERDADE,COMPORTAMENTO SEXUAL E OVULAÇÃO DE RATAS.Gomes,C.M.**; Ramos de Paula, P.*; Franci, C.R.; Anselmo-Franci, J.; Lucion, A.B.; Sanvitto, G.L. Departamento deFisiologia ICBS-UFRGS, Porto Alegre-RS; FORP e FMRP-USP,Ribeirão Preto-SP. Objetivo: A Angiotensina II (AngI II) é um neuromoduladorimportante da função reprodutiva em fêmeas adultas, pois,participa de processos fundamentais como a secreção degonadotrofinas e ovulação. O objetivo deste trabalho foi testaruma possível participação da Ang II no desenvolvimento do eixoreprodutivo. Para isso, foram observados o efeito do bloqueio doreceptor AT1 em ratas pré-púberes sobre a idade da instalaçãoda puberdade, ovulação e comportamento sexual.Material e Métodos: Ratas Wistar com 30 dias de idade foramdivididas em 3 grupos: controle (n=12) que receberam injeçãoi.p. de água destilada até o início da puberdade; agudo (n=10) ecrônico (n=10) que receberam injeção i.p. de antagonista AT1,losartan (10 mg/Kg) por 2 dias consecutivos e até iniciar apuberdade, respectivamente. Foi avaliado a idade de início dapuberdade (abertura vaginal), e quando adultas, ocomportamento sexual (quociente de lordose = QL) e o númerode óvulos.Resultados: Os resultados foram expressos através da média(±EPM) e comparados através da ANOVA, seguida de Newman-Keuls (p<0,05). Houve diferença significativa na idade daabertura vaginal, nos grupos crônico ( 36,1± 0,2 dias) e agudo(35,8 ± 0,2 dias) em relação ao controle (33 ± 0,15 dias). O QLapresentou redução significativa no grupo agudo (0,3 ± 0,05) emrelação aos grupos crônico (0,7 ± 0,07) e controle (0,81 ± 0,07).O mesmo ocorreu para o n° de óvulos: agudo (5,5 ± 0,3 óvulos)crônico (11,8 ± 0,61óvulos.) e controle (11,9 ± 0,5 óvulos.).Conclusão: A Ang II participa também do desenvolvimento dafunção reprodutiva em ratas, pois sua ausência em períodosprecoces altera essa função.Apoio Financeiro: CAPES, CNPq, FAPESP.

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CO.5 - ESTRESSE CRÔNICO E ATIVIDADES ATP-ADPÁSICAS E DE 5´-NUCLEOTIDASE EM SISTEMANERVOSO E SORO DE RATOS. Torres, I.L.S.**; Buffon,A.**; Dantas, G.**; Fürstenau, C.R.*; Böhmer, A.E.*; Battastini,A.M.; Sarkis, J.J.F.; Dalmaz, C.; Ferreira, M.B.C.Departamentos de Bioquímica e Farmacologia, ICBS/ UFRGS –Porto Alegre, RS.Objetivo: A hidrólise de nucleotídeos tem sido relacionada comgrande número de processos fisiológicos, e vários deles podemser alterados pelo estresse. No presente estudo, investigou-se oefeito do estresse crônico sobre as atividades ATPásica-ADPásica e de 5´-nucleotidase em medula espinhal, córtexcerebral, hipotálamo e soro de ratos.Métodos: Ratos Wistar adultos, machos, foram submetidos àimobilização durante 1h/dia, por 40 dias. O grupo controle foimantido em suas caixas-moradia. Os dois grupos foramsacrificados 24h após a última sessão de estresse. Ossinaptossomas de medula espinhal, córtex cerebral e hipotálamoe o soro foram incubados em condições de linearidade dereação com os substratos ATP, ADP e AMP, sendo medido o Piliberado.Resultados: Em sinaptossomas de medula espinhal de ratosmachos cronicamente estressados, foram observados reduçãode 25% da hidrólise do ADP, aumento significativo na atividadeda 5´-nucleotidase e nenhuma mudança na hidrólise do ATP.Em ambas as estruturas cerebrais analisadas não foi observadaalteração nas atividades das enzimas. No soro destes animaisfoi observada redução na hidrólise do ADP, sem alteração nasatividades das demais enzimas.Conclusões: É possível que os efeitos observados possamrepresentar uma adaptação ao estressor, refletindo diferentesfunções de nucleotídeos e/ou enzimas nestes tecidos. Alémdisto, é possível que a alteração da atividade dessasectoenzimas observada no soro possa representar um marcadorbioquímico de situações agudas de estresse.Apoio Financeiro: CAPES, CNPq, UFRGS, FAPERGS,PRONEX.

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CO.6 - O EFEITO DE FORMAS ORGÂNICAS DESELÊNIO E TELÚRIO SOBRE A CAPTAÇÃO DE45CÁLCIO EM CÉREBRO DE RATO. Jeferson LuisFranco*; Thaís Posser*; Maria Beatriz Moretto,; JoãoBatista T. da Rocha.Departamento de Química, CCNE, Universidade Federal deSanta Maria, Santa Maria - RS. [email protected]

Objetivos: Os níveis intracelulares de cálcio são fundamentaispara o funcionamento normal da célula. Os compostosorganoselênio (disseleneto de difenila e ebselen) e organotelúrio(ditelureto de difenila) possuem a característica de oxidar grupos–SH de proteínas biologicamente ativas. Contudo, osmecanismos pelos quais estes compostos desencadeiam açõesneurotóxicas e/ou neuroprotetoras ainda são desconhecidos. Oobjetivo deste trabalho é investigar o efeito de compostosorganocalcogênios sobre a captação de 45Ca em sinaptossomasde cérebro de rato.Métodos: Ratos Wistar tiveram seus cérebros removidos eprocessados como descrito por Rocha, 1990, com algumasmodificações. O homogenato foi centrifugado e ossinaptossomas foram isolados por centrifugação. A captação de45Ca foi feita segundo Eason & Aronstam (1984), com pequenasmodificações. A radioatividade foi determinada em um contadorde cintilação líquida. Resultados: Os resultados indicaram quequando os sinaptossomas foram pré-tratados com disselenetode difenila (PhSe) 2 não houve alteração no influxo de cálcio.Porém, o pré-tratamento com ditelureto de difenila (PHTe) 2 eebselen (400µM) inibiram a captação de cálcio, em meio basal(não estimulado) e em meio estimulado por K+ (despolarizante).Conclusão: Estes resultados sugerem que a inibição dacaptação de 45Ca induzida por estes compostos possa ser viacanais de Ca2+ dependentes de voltagem ativados peladespolarização por alta concentração de K.Apoio financeiro: FIPE, FIEX, CNPq

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CO.7 - ATIVIDADE ANTIOXIDANTE E NEUROPROTETORA DEPtychopetalum olacoides (MARAPUAMA). Siqueira, I.R.**,Fochesatto, C.*, Cimarosti, H.**, Salbego, C. Elisabestky, E.,Netto, C.A. Depto. Bioquímica e Farmacologia, PPG-Fisiologia, UFRGS.Objetivo: A infusão alcoólica de raízes de P. olacoides (PO)é usada como “tônico dos nervos” por caboclos amazônicos,especialmente, por idosos e convalescentes de doenças nasquais os radicais livres estão envolvidos. O objetivo destetrabalho foi estudar a atividade antioxidante e neuroprotetorado extrato etanólico de PO (EEPO). Métodos: Os radicaissuperóxido, peroxil e óxido nítrico foram gerados in vitro paraa avaliação da atividade antioxidante. Além de que, foiavaliado o efeito da administração de EEPO (100 m/kg, ip)sobre parâmetros de estresse oxidativo em estruturascerebrais de camundongos de meia-idade, através dosseguintes ensaios: determinação de espécies reativas,lipoperoxidação e dano em proteínas (carbonilas), bem comoda atividade de enzimas antioxidantes (superóxidodismutase, catalase e glutationa peroxidase). A atividadeneuroprotetora foi detectada através da avaliação daviabilidade celular/atividade mitocondrial e da geração deradicais livres em fatias hipocampais de ratos Wistarsubmetidas à privação de oxigênio e glicose (POG).Resultados: O EEPO apresentou atividade antioxidantetanto in vitro como in vivo. O extrato seqüestrou radicaissuperóxido, óxido nítrico e peroxil. EEPO diminuiu aprodução de radicais livres, os níveis de lipoperoxidação e oconteúdo de carbonilas, além de que, aumentou a atividadede enzimas antioxidantes em diferentes estruturas cerebraisde camundongos de meia-idade. Adicionalmente, aincubação com EEPO aumentou a atividade mitocondrial ereduziu os níveis de radicais livres em fatias hipocampaissubmetidas à POG, interpretado como atividadeneuroprotetora. Conclusão: Os resultados sugerem que P.olacoides possui múltiplos e relevantes modos de ação e queas propriedades antioxidante e neuroprotetora podem serimportantes para as alegadas propriedades terapêuticas.Apoio Financeiro:CAPES/PRONEX/CNPq/FAPERGS/PROPESQ-UFRGS.

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TRABALHOS APRESENTADOS

NA FORMA DE CARTAZES

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01. PERFIL DE RESPOSTA DA PROLACTINA (PRL) AOESTRESSE EM RATAS LACTANTES E A PARTICIPAÇÃODO SISTEMA ANGIOTENSINÉRGICO NESSA RESPOSTA.

3Donadio, M.V.F.**; 3Sagae, S.C.**; 1Anselmo-Franci, J.A.;2Franci, C.R.; 3Lucion, A.B.; 3Sanvitto, G.L.; 1Fisiologia-

FORP, USP, SP, 2Fisiologia-FMRP, USP, SP e 3Depto. deFisiologia, ICBS, UFRGS, RS.

Objetivos: Estudos prévios do nosso laboratório demonstraramuma redução da PRL secundária ao estresse em ratas no 7º diade lactação com a participação da angiotensina II (Ang II) centralnesta resposta. Este trabalho visa avaliar o perfil dessa respostaatravés de coletas seriadas ao longo de 1 hora após o estresse.Materiais e Métodos: Ratas Wistar lactantes (n=52) foramdivididas em 3 grupos: 1- Basal com estresse; 2 e 3- implantadasbilateralmente com uma cânula guia no núcleo arqueado (ARQ)no 4º dia pós-parto e microinjetadas com salina (0,2µl) e losartan(antagonista AT1 de Ang II) (10-9M, 0,2µl), respectivamente, 15min antes do estresse (1 min éter). Os experimentos foramrealizados no 7º dia pós-parto às 9h. Todos os animais foramsubmetidos à canulação da veia jugular direita na tarde do dia 6de lactação. As amostras de sangue foram coletadas nosseguintes tempos: 20 e 5 min antes do estresse e 5, 15, 30 e 60min após o estresse. A PRL foi medida por radioimunoensaio eas médias (±EPM) comparadas através de uma ANOVA paramedidas repetidas.Resultados: Houve uma queda da PRL nos grupos 1 e 2 emtodos os tempos pós estresse: 1(-20:32±9; -5:36±7; 5:14±2;15:8±1; 30:6±0,9; 60:6±0,7) e 2(-20:72±25; -5:72±24; 5:17±4;15:12±2; 30:13±5; 60:14±4) (ng/mL). A microinjeção de losartanpreviniu essa queda nos tempos de 5 e 15 min após o estresse (-20:59±18; -5: 63±11; 5:62±16; 15:59±16; 30:37±13; 60:15±1)(ng/mL) (p<0,05).Conclusões: O losartan impede a redução da PRL provocadapelo estresse em ratas lactantes e esse efeito ocorre aos 5 e 15min após o estresse. Isto sugere uma ação do sistemaangiotensinérgico no ARQ sobre a resposta da PRL ao estresseem ratas lactantes. Apoio Financeiro: FAPESP, CAPES, CNPq.

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02. RESPOSTA DOS HORMÔNIOS LUTEINIZANTE (LH) EFOLÍCULO ESTIMULANTE (FSH) AO ESTRESSE AGUDO EMRATAS CASTRADAS E LACTANTES. 3Donadio, M.V.F.**;3Sagae, S.C.**; 1Anselmo-Franci, J.A.; 2Franci, C.R.; 3Sanvitto,G.L.; 1Fisiologia-FORP, USP, SP, 2Fisiologia-FMRP, USP, SP e3Depto. de Fisiologia, ICBS, UFRGS, RS.Objetivos: Avaliar a resposta do LH e FSH a um estresse agudoem ratas castradas tratadas ou não com estradiol (E2) eprogesterona (P) e em ratas lactantes no 7º e 20º dias pós-parto.Materiais e Métodos: Ratas Wistar adultas (n=65) e lactantes(n=51) foram utilizadas neste experimento. As ratas adultas foramOVX e divididas em 2 grupos: OVX (castrada tratada comveículo) e OVXE2P (castrada e, após duas semanas, submetidasà reposição de E2 s.c. (5µg/0,2mL/rata) por 3 dias às 9h e P s.c(25mg/0,2mL/rata) no 4º dia às 10h). Às 16h do dia 4 essesanimais foram decapitados antes ou após estresse. As rataslactantes foram divididas em 2 grupos: lactantes no 7º e 20º diaspós-parto. Às 9h dos respectivos dias de lactação as ratas foramdecapitadas antes ou após estresse. O sangue foi coletado 5 mindepois do estresse (vapores de éter 1 min). LH e FSH forammedidos por radioimunoensaio e as médias (±EPM) comparadasatravés de uma ANOVA.Resultados: Houve um aumento significativo no LH apósestresse nos grupos OVXE2P (18±2 e 37±11) e lactantes 7ºdia(0,13±0,01 e 0,24±0,04) (ng/mL) (p<0,05). Não houve alteraçãona concentração plasmática de FSH após estresse em nenhumdos grupos estudados.Conclusões: O LH responde ao estresse e o aumento no grupoOVXE2P indica uma dependência dos esteróides gonadais nessaresposta. Nas lactantes houve resposta do LH no 7º e não no 20ºdia, sugerindo a participação da progesterona que, segundoestudos prévios, é significativamente maior no dia 7 de lactação,enquanto que o estradiol encontra-se baixo em ambos os dias. OFSH não responde ao estresse.Apoio Financeiro: FAPESP, CAPES, CNPq.

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03. VARIAÇÕES DO CONTEÚDO INTRA EEXTRACELULAR DE S100B DURANTE ODESENVOLVIMENTO PÓS-NATAL DO SISTEMANERVOSO CENTRAL E EM CULTURA DE ASTRÓCITOS.Francine Tramontina, Sabrina Cont, Daniela Gonçalves,Évelin Vicente, Carmem Gottfried, Luis Portela, LúciaVinade, Christianne Salbego e Carlos Alberto Gonçalves(Departamento de Bioquímica, ICBS, UFRGS).A S100B é uma proteína ligante de cálcio, expressa esecretada por astrócitos no sistema nervoso central(SNC).Em cultura, o aumento no conteúdo extracelular destaproteína estimula a proliferação glial, a sobrevivência deneurônios e a extensão de neuritos. Por outro lado, aexpressão anormal de S100B pode estar envolvida nodesenvolvimento de doenças neurodegenerativas. Muitosestudos sugerem funções intracelulares para a S100B,particularmente na regulação do citoesqueleto e do ciclocelular. No presente trabalho, investigamos oimunoconteúdo de S100B em 3 regiões do SNC (hipocampo,cortex cerebral e cerebelo) e líquor de ratos em diferentesidades, bem como a secreção basal da proteína em culturaprimária de astrócitos corticais com 1, 3 e 8 semanas decultivo. O método de ELISA foi utilizado para avaliar oconteúdo de S100B. Observamos um aumento do conteúdode S100B nas regiões analisadas e um decréscimo daproteína no liquor durante o desenvolvimento (2 a 60 dias).Em cultura, foi observado um aumento do imunoconteúdo deS100B de acordo com a idade de cultivo acompanhado poruma redução da secreção basal. Estes dados corroboramcom a hipótese de que a S100B é uma proteína astrocítica,possivelmente envolvida na proliferação glial e naplasticidade sináptica durante o início do desenvolvimentodo SNC de mamíferos.

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04. AVALIAÇÃO DA APOPTOSE EM ASTRÓCITOS TRATADOS COMHORMÔNIO DA TIREÓIDE (T3)Soletti, R.C.*; Mendes de Aguiar, C.B.N.**; Córdova, F.M.**; Trentin, A.G.;Gabilan, N.H.Depto. Bioquímica e Biologia Celular, UFSC, Florianópolis- SC

Objetivo: O hormônio da tireóide (T3) é importante no desenvolvimento ediferenciação do sistema nervoso central. Em astrócitos, T3 induziu asíntese de proteínas e a liberação de fatores tróficos. O objetivo destetrabalho foi avaliar se o tratamento de astrócitos com T3 afeta a mortecelular por apoptose e/ou influencia a expressão de proteínasantiapoptóticas.

Métodos: Culturas de astrócitos de hemisfério cerebral foram tratadas por48 horas com meio de cultivo (controle) ou com T3 (50 mM). As célulasem apoptose foram detectadas por coloração com Hoechst dye 33342 (5µg/ml) e contadas em microscópio de fluorescência. Células controle etratadas com T3 foram lisadas e submetidas a PAGE-SDS a 15%. Asproteínas antiapoptóticas Bcl-2, Bcl-XL e calbindina foramimunodetectadas por Western blot.

Resultados: O número de astrócitos controle em apoptose (12,5 ± 2,7%)não foi significativamente diferente das células tratadas com T3 (9,2 ±2,1%). Os resultados indicam que o tratamento com T3 induziu o aumentoda expressão das proteínas Bcl-2 (45%) e Bcl-XL (21%), mas não alteroucalbindina.

Conclusões: O tratamento de astrócitos de hemisfério cerebral com ohormônio T3 parece não afetar os níveis de apoptose destas células,apesar de induzir a expressão das proteínas antiapoptóticas Bcl-2 e Bcl-XL.

Apoio Financeiro: CAPES, CNPq (PIBIC-UFSC).

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05. EFEITO DA MANIPULAÇÃO NEONATAL SOBRE ACONCENTRAÇÃO PLASMÁTICA DE LH E FSH EM RATASCASTRADAS COM REPOSIÇÃO HORMONAL. 1Raineki, C.**,1Sagae, S.C. **, 1Severino, G.S.**, 2Anselmo-Franci, J.A.,3Franci, C.R., 1Sanvitto, G.L., 1Lucion, A.B. 1Fisiologia, UFRGS;2Fisiologia, FORP, USP, 3Fisiologia FMRP, USP.Objetivos: Ratas manipuladas apresentam uma redução doestradiol, LH e FSH plasmático no proestro. O presente trabalhotem por objetivo testar a hipótese que a manipulação neonatalaltera a responsividade do eixo hipotálamo-hipófise (HP) aosesteróides gonadais. Material e métodos: Ratas Wistar foramdivididas em 2 grupos: não manipuladas (NM n=12) emanipuladas (M n=13). A manipulação neonatal consiste nomanuseio dos filhotes por 1 min ao dia nos 10 primeiros dias devida. Aos 70 dias as ratas foram ovariectomizadas. Duassemanas após foram submetidas à reposição de estradiol s.c.(5mg/0,2mL/rata) por 3 dias às 9 horas da manhã. No 4° dia foiinjetado progesterona s.c. (25mg/0,2mL/rata) às 10 horas damanhã, às 11 horas do mesmo dia as ratas tiveram a veiajugular cânulada. O sangue foi coletado de 1 em 1 hora,iniciando às 13 horas. O LH e o FSH plasmáticos foramdeterminados por RIA. As médias (±EPM) das concentrações deLH e FSH foram analisadas por ANOVA de medidas repetidasseguida de Newman-Keuls (p<0,05). Resultados: Não houvediferença significativa entre os dois grupos em nenhum horáriopara o LH (13–M 3,72±0,42, NM 4,11±0,84; 14–M 2,61±0,30,NM 3,5±0,42; 15–M 2,7±0,33, NM 3,35±0,5; 16–M 5,66±1,12,NM 5,93±1,71; 17–M 11,87±4,51; NM 10,17±3,17; 18–M13,37±3,05, NM 9,42±2,21) e para o FSH (13–M 18,55±1,13, NM20,53±1,99; 14–M 19,11±1,29, NM 22,15±1,45; 15–M20,44±2,03, NM 19,98±1,46; 16–M 27,31±3,31, NM 22,33±1,51;17–M 27,87±1,60, NM 26,49±2,95; 18–M 28,54±2,25, NM28,24±3,84). Conclusão: Quando o estradiol e a progesteronaforem mantidos iguais em fêmeas nos dois grupos, aconcentração de LH e FSH no plasma também não é diferenteentre eles. Os efeitos da manipulação sobre a responsividade doeixo HP aos esteróides gonadais parecem ser sutis eprovavelmente foram abolidas pelas doses relativamente altasdos esteróides gonadais. Apoio Financeiro: CAPES, CNPq,FAPESP.

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06. EFEITO DA MANIPULAÇÃO NEONATAL SOBRE ACONCENTRAÇÃO PLASMÁTICA DE ESTRADIOL EPROGESTERONA NAS QUATRO FASES DO CICLO ESTRALDE RATAS. 1Raineki, C.**, 1Severino, G.S.**, 1Sagae, S.C. **,2Anselmo-Franci, J.A., 3Franci, C.R., 1Sanvitto, G.L., 1Lucion,A.B. 1Fisiologia, UFRGS, Porto Alegre; 2Fisiologia, FORP, USP,Ribeirão Preto, 3Fisiologia FMRP, USP, Ribeirão Preto.Objetivos: A manipulação neonatal produz uma série demudanças comportamentais e neuroendócrinas na vida adulta.O presente trabalho visa avaliar a concentração plasmática deestradiol e progesterona nas quatro fases do ciclo estral emratas manipuladas no período neonatal. Material e métodos:Ratas Wistar foram divididas em dois grupos: não manipuladas emanipuladas. A manipulação neonatal consiste no manuseiosuave dos filhotes por 1 min ao dia nos 10 primeiros dias devida. Quando adultas o ciclo estral foi verificado, ratas com 3 a 4ciclos regulares tiveram a veia jugular cânulada em cada umadas 4 fase do ciclo estral. No dia seguinte ao da cirurgia osangue foi coletado de 3 em 3 horas durante 24 horas, iniciandoàs 8 horas da manhã, num total de 8 coletas em cada fase. Asconcentrações plasmáticas de estadiol e progesterona foramdeterminadas por radioimunoensaio. Os resultados foramanalisados pelo teste t de Student da área abaixo da curva(p<0,05). Resultados: No proestro a concentração plasmáticade estradiol nas ratas manipuladas é menor (Media±EPM)(manipulada 195.0 ± 19.21 n=15, não manipulada 290.2 ± 17.76n=15, p<0,01), nas outras fases não se observou diferença. Aconcentração plasmática de progesterona apresentou-se menornas ratas manipuladas apenas no metaestro (manipulada 111.0± 17.18 n=15, não manipulada 176.9 ± 21.41 n=15, p<0,05) e noestro (manipulada 43.43 ± 3.675 n=16, não manipulada 70.52 ±7.362 n=16, p<0,001) não diferindo nas outras fases.Conclusão: A manipulação neonatal reduziu a capacidadereprodutiva das fêmeas manipuladas no período neonatal pordiminuir as concentrações plasmáticas de estradiol no proestro eprogesterona no metaestro e estro.Apoio Financeiro: CAPES, CNPq, FAPESP.

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07. INTERAÇÃO ENTRE CASTRAÇÃO E MANIPULAÇÃONEONATAL SOBRE A CONCENTRAÇÃO DEGONADOTROFINAS EM RATOS ADULTOS. 1Fossati, I.A.M.**,1Trevizan, L.*, 1Bronzatto, S. R.* & 2Franci, C.R., 1Lucion, A.B.1Fisiologia, UFRGS, POA/RS; Fisiologia, FMRP, USP, RP/SP.

Introdução e Objetivos: A manipulação neonatal pode afetar aatividade do eixo Hipotálamo-Hipófise-Gônadas (H-P-G) emratos adultos. Sendo assim, o objetivo desse experimento foiavaliar a interação entre castração e manipulação neonatalsobre a concentração plasmática (ng/mL) de hormônioluteinizante (LH) e de hormônio folículo estimulante (FSH), emratos adultos. Métodos: Machos e fêmeas Wistar sofreramcastração antes das 6 h de vida (C), ou cirurgia fictícia (F). Cadagrupo foi dividido em: manipulados (1 min/dia nos 10 primeirosdias de vida-M) ou não-manipulados (sem nova manipulação-NM). Aos 100 dias, entre 9 e 12 horas (Ciclo 12:12h; início claro= 6h), foi realizada a coleta de sangue para a dosagem porradioimunoensaio. As ratas F foram testadas em diestro. Osdados foram expressos em média±EPM, e analisados porANOVA e Newman-Keuls (p<0,05). Resultados: A manipulaçãoem ratos não-castrados não alterou o LH dos machos(FNM=1,5±0,8; N=18 e FM=1,3±0,3; N=22), nem das fêmeas(FNM=0,8±0,16; N=9 e FM=0,6±0,15; N=14). O mesmo ocorreucom o FSH nos machos (FNM=5,6±1,2; N=20 e FM=3,8±0,3;N=17) e também nas fêmeas (FNM=1,2±0,3; N=11 eFM=1,33±0,36; N=9). Mas em ratos castrados, a manipulaçãoneonatal aumentou significativamente o LH dos machos(CNM=11,6±1,5; N=12 e CM=15,4; N=11) e das fêmeas (CNM=10,18±1,1; N=9 e CM=13,86±1,1; N=13), assim como o FSH dosmachos (CNM=25,2±1,6; N=12 e CM=29,5±2,2; N=10) e dasfêmeas (CNM=23,1±1,6; N=12 e CM=27,5±1,8; N= 13).Conclusões: A secreção de ambas as gonadotrofinas pareceser afetada pela manipulação neonatal, o que indica a influênciadesse procedimento sobre a atividade do eixo H-P-G. E esseefeito ocorreu apenas em ratos castrados, quando a hipófisenão é inibida pelo feed-back gonadal. Apoio:CAPES, CNPq,FAPERGS, FAPESP.

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08. EFEITO DA ESTIMULAÇÃO NEONATAL SOBRE ACONCENTRAÇÃO PLASMÁTICA DE HORMÔNIO DOCRESCIMENTO (GH) EM RATOS MACHOS DE 11 DIAS DEVIDA. Cecconello, A.L.*, Lucion, A., Sanvitto,G., Fisiologia,ICBS, UFRGS, Porto Alegre, RS.Objetivos: A estimulação neonatal (EN), em ratos, provocaalterações comportamentais e neuroendócrinas estáveis navida adulta. Resultados prévios, em nosso laboratório,demonstraram que a EN provoca diminuição do número deneurônios somatostatinérgicos no núcleo periventricularhipotalâmico em ratos machos de onze dias de vida. A hipótesedeste trabalho é de que a EN aumentaria a secreção de GHdevido a diminuição do efeito inibitório exercido pelasomatostatina. Para verificar a hipótese de que a EN altere asecreção do GH será avaliado o peso corporal e comprimentonasoanal, como parâmetros indicativos de bioatividade de GH,assim a dosagem de GH plasmático.Métodos e Resultados: Foram utilizadas ratas Wistar prenhesdivididas em dois grupos: controle e estimulado. As ninhadas dogrupo estimulado foram diariamente separadas da mãe por 3min, sendo que 1 min foi utilizado para a estimulação tátil dosneonatos, do 1o ao 10o dia pós-natal. Já o grupo controle nãosofreu nenhum tipo de intervenção. No 11o dia os filhotesmachos foram pesados, o comprimento nasoanal medido e osangue troncular coletado para posterior dosagem de GH porradioimunoensaio. A análise estatística foi feita através do teste tde Student (p<0,05). O grupo que sofreu estimulação neonatalapresentou aumento significativo do peso corporal e medidanasoanal (n = 23 - 23,18 ± 0,42 g; 8,77 ± 0,08 cm) quandocomparado com o grupo controle (n =19 - 21,74 ± 0,37 g; 8,43 ±0,05 cm). Quanto à concentração plasmática de GH, não foiverificada diferença significativa entre os grupos (Controle: n =14 - 18,05 ± 1,41 ng/mL; Estimulado: n= 16 - 17,53 ± 1,57ng/mL).Conclusão: O aumento do tamanho corporal dos animais quesofreram estimulação parece não estar relacionado comaumento de GH plasmático. É necessário investigar aparticipação de outros sistemas que possam estar envolvidosnesse efeito.Apoio Financeiro: CNPq, FAPERGS, FAPESP.

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09. EFEITO DA ESTIMULAÇÃO NEONATAL SOBRE ACAPACIDADE DE RATAS REALIZAREM PICO DE LH, FSH EPRL NA TARDE DO PROESTRO. Gomes, C.M.**; Severino,G.S.**; Ramos de Paula, P.*; Franci, C.R.; Anselmo-Franci, J.;Lucion, A.B.; Sanvitto, G.L. Departamento de Fisiologia ICBS-UFRGS,Porto Alegre-RS; FORP e FMRP-USP, Ribeirão Preto-SP.

Objetivo: O estabelecimento do sucesso reprodutivo requer umasérie de eventos neuroendócrinos que sejam capazes decontrolar a secreção de gonadotrofinas (LH e FSH) e prolactina(PRL) cujos picos na tarde do proestro induzem a ovulação.Porém, resultados anteriores mostraram que ratas estimuladasna fase neonatal apresentam ciclos anovulatórios.

Com isso, o objetivo desse trabalho foi observar o efeito daestimulação neonatal sobre a capacidade de ratas realizarempico de LH, FSH e PRL.

Material e Métodos: Ratas Wistar foram divididas em 2 grupos:não-estimuladas (n=20) e estimuladas (n=20). A estimulaçãoneonatal consiste no manuseio suave dos filhotes por umminuto ao dia, nos dez primeiros dias de vida. Durante amanipulação, os animais ficam afastados da mãe estabelecendouma breve ruptura na relação mãe-filhote. Isto pode causaralterações neuroendócrinas que se manifestam na vida adulta.Animais com 75 dias tiveram a veia jugular canulada. Amostrasde 0,6 mL de sangue foram coletadas a cada hora na tarde doproestro para dosagem de LH, FSH e PRL porradioimunoensaio.

Resultados: O número de animais que fizeram pico de LH, FSHe PRL foram expressos através de percentagem e comparadosentre os grupos pelo Teste Qui-Quadrado (p<0,05). Houvediferença significativa na porcentagem de ratas que fizeram picode LH e FSH, mas não em relação a PRL entre os grupos não-estimuladas (80%, 80%, 85%) e estimuladas (50%,50%, 70%),respectivamente.

Conclusão: A estimulação neonatal afeta processoscaracterísticos do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal envolvidosna regulação da secreção de gonadotrofinas.

Apoio Financeiro: CAPES, CNPq, FAPESP.

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10. INFLUÊNCIA DO AMBIENTE SOCIAL SOBRE OCOMPORTAMENTO DE CUIDADO À PROLE EM GERBILOSDA MONGÓLIA (Meriones unguiculatus). Marlene Bottega** eMauro Luís Vieira. Programa de Pós-graduação emNeurociências. Universidade Federal de Santa Catarina,Florianópolis(SC).Em diversas espécies de mamíferos, incluindo roedores, osfilhotes são dependentes de cuidados parentais. Além da mãe,outros indivíduos na ninhada também podem desempenharatividades de cuidado à prole, como é o caso do pai e de irmãosmais velhos. Objetivo: Identificar os efeitos que a presença dopai tem sobre a interação social entre filhotes mais velhos esobre o cuidado destes em relação aos filhotes mais novos easpectos do desenvolvimento físico destes últimos. Método:Formou-se dois grupos. Em um deles estavam presentes, nacaixa-viveiro, a mãe, o pai, filhotes mais velhos com idadeaproximada de 35 dias (um macho e uma fêmea) e filhotes maisnovos (recém-nascidos). No outro grupo o pai não estavapresente. Do 1º ao 19º dia de idade da segunda ninhada,registrou-se o comportamento dos filhotes mais velhos durante20 minutos (10 minutos para o macho e 10 minutos para afêmea) em dias alternados, no período entre 16 e 20 horas.Resultados: Constatou-se que os filhotes mais velhosdespenderam cerca de 50% do tempo em contato físico com osfilhotes mais novos e cerca de 35% com o parceiro de mesmaidade ao longo dos 10 dias de observação. Com relação àpresença do pai, este não teve influência significativa (p > 0,05)sobre a interação social dos filhotes mais velhos e do contatofísico destes com os filhotes mais novos. Além disso, não houvealteração no desenvolvimento físico dos animais da segundaninhada (medido através de indicadores sobre dia de aberturados olhos e peso) em função da presença ou ausência do pai.Conclusão: A partir dos resultados, sugere-se que o pai não éum fator decisivo na modulação do comportamento social dosfilhotes mais velhos e no crescimento físico dos filhotes maisnovos. Além disso, os filhotes mais velhos apresentam fortemotivação para ficar em contato físico com os irmãos maisnovos, possivelmente cuidando destes.

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11. ANÁLISE ULTRA-ESTRUTURAL DA AMÍGDALA MEDIALPÓSTERO-DORSAL (AMePD) DE RATAS EM DIESTRO.Hermel, E.E.S.**; Faccioni-Heuser, M.C.; Rasia-Filho, A.A.;Achaval, M. Ciências Morfológicas, ICBS, UFRGS, RS.Objetivo: A AMePD contém receptores para hormôniosgonadais e modula vários comportamentos na rata. O objetivo foidescrever a ultra-estrutura dos neurônios e suas conexões naAMePD de ratas em diestro.Métodos e Resultados: 2 ratas Wistar na fase de diestro foramanestesiadas, perfundidas com paraformaldeído 4% eglutaraldeído 0,5% em tampão fosfato 0,1M pH 7,4. Osencéfalos foram seccionados em vibrátomo (100 µm) e pós-fixados na mesma solução e, após, em OsO4 1%, desidratados eincluídos em araldite. Secções ultrafinas (70 nm) foramcontrastadas e observadas em MET (JEM 1200 EX II, CME-UFRGS). Na região dorsal da AMePD foram observados, juntoao trato óptico, predominância de prolongamentos gliais epoucos somas neuronais, sendo estes detectados lateralmente aesta zona e apresentando um citoplasma rico em mitocôndrias,retículo endoplasmático rugoso, ribossomas livres, complexo deGolgi, lisossomas e diferentes constituintes do citoesqueleto. Noneuropilo foram observados dendritos com ou sem espinhos,axônios mielinizados, feixes axonais não-mielinizados ouprocessos axonais simples, contatos sinápticos, vasos eprocessos gliais. Sinapses axo-dendríticas simétricas eassimétricas, algumas vezes convergentes, foram as maisfreqüentes encontradas no neuropilo, mas contatos axo-espinhosos e axo-somáticos também foram observados. Aregião pré-sináptica continha vesículas claras esféricas (30 nm)e mitocôndrias. Outros terminais axonais apresentaramvesículas com centro denso (80 nm) junto a numerosasvesículas claras. As junções sinápticas continham pronunciadasdensidades pós-sinápticas e, algumas vezes, dois,aparentemente separados, complexos sinápticos.Conclusões: Estes dados devem auxiliar na elucidação da basecelular da organização da AMePD, etapa relevante para seuestudo funcional.Apoio Financeiro: CNPq, FINEP, FAPERGS.

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12. NERVOS DO GÂNGLIO PEDAL DO ANEL SUBESOFAGEANOENVOLVIDOS NA INERVAÇÃO DA MUSCULATURA PEDIOSA DOCARACOL TERRESTRE Megalobulimus oblongus.*Claudia Puperi (1); Taís Malysz (2); Matilde Achaval (1); DeniseM. Zancan (2); Maria C. Faccioni- Heuser (1), (1) Departamentode Ciências Morfológicas; (2) Departamento de Fisiologia. ICBS- Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre/RS.O sistema nervoso central do Megalobulimus oblongus, éformado por um par de gânglios bucais, um par de gânglioscerebrais e 7 gânglios que constituem o anel subesofageano. Amusculatura pediosa deste caracol é inervada por nervosoriginados nos gânglios pedais (GP) do anel subesofageano. EmM. oblongus os nervos pedais, após ramificarem-se, originamnervos que formam o plexo pedioso e o plexo subepitelial.Objetivo: o objetivo deste trabalho foi identificar a região damusculatura pediosa inervada pelos 3o e 5o nervos do grupoanterior do GP, direito e esquerdo, através da marcaçãoanterógrada.Métodos: após a anestesia com solução saturada de Mentol(30min.), foi retirado o nervo, 3o ou 5o, juntamente com a porçãoda musculatura pediosa na qual se insere. Foram marcados, invitro, anterogradamente com CoCl2. Após a incubação a 4oC, omaterial foi revelado em Sulfeto de Amônio 0,2%, fixado emCarnoy (1h), crioprotegido em Sacarose 30% e seccionado emCriostato Leitz Digital 1720 (50 µm). Os cortes foramintensificados em Tungstato de Sódio 2% e solução com Nitratode Prata 0,1%, desidratados em álcool crescente, diafanizados ecobertos com bálsamo e lamínula.Resultados: Com a marcação anterógrada do 3o e 5o nervos(direito e esquerdo) observou-se feixes calibrosos, com axôniosmarcados individualmente. A ramificação originava nervos cadavez menos calibrosos que se dirigiam à região epitelial, onde seobservaram neurônios marcados individualmente entre ascélulas epiteliais com seus processos dendríticos dirigindo-se àregião apical do epitélio.Conclusão: o 3o e 5o nervos anterior direito e esquerdo inervamparcialmente a musculatura pediosa, e formam parte do plexopedioso e plexo subepitelial deste caracol.(Apoio Financeiro: CNPq – PIBIC, PROPESQ, FAPERGS).

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13. ELETROMAGNETISMO E PEROXIDAÇÃO LIPÍDICACEREBRAL EM RATOS. Ferreira, A. R.**1; Bonatto, F.*1; Silva,E. G.*1; Sosa, G. L.*2; Fernandez, C.**2; Salles, A. A. A.2;Moreira, J. C. F.1. 1Depto. Bioquímica; 2Depto. EngenhariaElétrica; UFRGS. Porto Alegre, RS.Objetivos: Estudar os efeitos não-térmicos de ondas de altafreqüência (848MHz; 17-20 V/m) sobre a produção deperoxidação lipídica em homogenatos (4 animais) de: pineal,córtex frontal, . hipocampo e hipotálamo de ratos adultos.Métodos e Resultados: 4 ratos Wistar adultos foram colocadosdentro de um alojamento circular de madeira e plástico envoltopor uma gaiola de Faraday. Os animais foram expostos a ondaseletromagnéticas oriundas de uma antena interna ao aparato,posicionada à distância mínima de 20cm e máxima de 45cm dosanimais. Uma parede de plástico separava a antena dos animais.A exposição ocorreu por 12 dias entre 18 e 02 horas. Outros 4animais (grupo controle) foram alojados em outro aparato com asmesmas condições do primeiro, porém sem a irradiação. Comoindicação de lipoperoxidação, utilizamos o ensaio para EspéciesReativas com Ácido Tiobarbitúrico (TBARS), onde quantificamosa produção de malondialdeído (MDA), um produto deperoxidação lipídica. Foram feitas triplicatas para cadahomogenato cerebral, nos grupos irradiados e controle. Nossosresultados demonstraram aumento da produção de MDA nocórtex e no hipocampo dos animais irradiados (P=0,001 eP=0,033, respectivamente; Teste “t” - independente).Conclusão: Este foi o primeiro teste de uma bateria paradeterminar um possível estresse oxidativo gerado por ondaseletromagnéticas. Uma suposta causa deste estresse é ainibição da produção de melatonina pela pineal, já relatada combaixas freqüências. É conhecido o papel da melatonina como umimportante “scavenger” de radicais livres geradores de estresseoxidativo. Estudos posteriores em nosso laboratórioacompanharão a produção de melatonina em associação com aformação de radicais livres, afim de determinar se há correlaçãocom os efeitos observados.Apoio financeiro: CAPEs, CNPq, FAPERGS.

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14. EFEITO DE INTERMEDIÀRIOS DO CICLO DE KREBS NAPRO-DUÇÃO DE SUBSTÂNCIAS REATIVAS AO ÁCIDOTIOBARBITÚRICO (TBARS) EM CÉREBRO DE RATOSRobson L. Puntel*, Andreza Bolzan*, Cassiano Scholze*, Carlo F.de Mello, João B. T. Rocha**. Depto. Química-CCNE-UFSM.SANTA MARIAIntrodução: O malonato (inibidor competitivo da SucinatoDesidrogenase-SDH) e seu análogo metil-malonato exercemefeitos neurotóxicos (incluindo a formação de TBARS). Tem sidodemonstrado que o sucinato pode reverter os efeitoscomportamentais (convulsões) induzidos pela injeção desteinibidores da SDH in vivo. Todavia, dados in vitro são escassosna literatura.Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo, investigar seo sucinato (e intermediários do Ciclo de Krebs) poderiammodificar o efeito de agentes (malonato, metilmalonato e ácidoquinolínico) que induzem a formação de TBARS in vitro,utilizando-se o S1 de homogeneizados (centrifugação de 1000gpor 10 min) de cérebro como material biológico.Resultados: Os resultados demonstraram que o sucinato foicapaz de reveter a lipoperoxidação induzida por quinolínico,malonato e metilmalonato. Este efeito aparentemente não estárelacionado a reversão da atividade da enzima SDH, uma vezque o cianeto não afetou o efeito do sucinato. O citrato, alfa-cetoglutarato, oxalacetato e oxalato reverteram a produção deTBARS espontânea e induzida por quinolínico. O malato nãoafetou estes parâmetros. Inibidores da cadeia respiratória(rotenona e cianeto) e o protonóforo FCCP não afetaram estesresultado.Conclusões: Estes resultados demonstram que intermediáriosdo ciclo de Krebs revertem a autooxidação de homogeneizadosde cérebro, sendo que este efeito não está relacionado com acadeia respiratória.FAPERGS

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15. ESTÍMULO PELO CHUMBO DA FOSFORILAÇÃO DEERK1/2 E p38MAPK NO HIPOCAMPO DE RATOS IMATUROSEXPOSTOS IN VIVO AO METAL*Cordova, F.M., Dal Paz, K., Leal, R.B.Departamento de Bioquímica, CCB, UFSC, Florianópolis, SC.Chumbo tem sido reconhecido como um poluente ambientalneurotóxico, que causa prejuízos cognitivos, de aprendizado ememória. Entretanto, seu mecanismo de ação não se encontrabem estabelecido. Nós demonstramos recentemente que ochumbo in vitro ativa a via p38MAPK e aumenta a fosforilação deHsp27 em células adrenais bovinas e de neuroblastomahumano.Objetivos: no presente trabalho nós analisamos os efeitos dochumbo, administrado in vivo, sobre o conteúdo e fosforilação deERK1/2 e p38MAPK no hippocampo de ratos imaturos.Metodologia: ninhadas (8 animais) eram tratadas com salina(controle) ou acetato de chumbo (2, 8 ou 12 mg/kg, i.p.) do 8o ao12o dia pós-natal. No 14o dia os animais eram sacrificados efatias hipocampais eram preparadas para as análisesneuroquímicas. A viabilidade celular foi medida através do MTT.O conteúdo total e o nível de fosforilação de ERK1/2 e p38MAPK

foram analisado através de “western blot”.Resultados: a fosforilação de ERK1/2 bem como de p38MAPK

aumentaram significativamente em resposta ao tratamento comchumbo em todas as concentrações testadas. O conteúdo totaldas enzimas não foi alterado e também não houve modificaçãoda viabilidade celular.Conclusões: os resultados indicam que chumbo pode ativarERK1/2 e p38MAPK em um período crítico do desenvolvimentocerebral. Pela importância destas vias no desenvolvimento e naplasticidade sináptica pode-se aventar a possibilidade de queeste tipo de alteração também possa participar no mecanismomolecular da neurotoxicidade do chumbo.Apoio financeiro: CNPq, CAPES/PROCAD, Funpesquisa-UFSCe International Society for Neurochemistry.

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16. EFEITOS DO HIPERTIREOIDISMO SOBRE A HIDRÓLISEDOS NUCLEOTÍDEOS ADENÍNICOS EM SINAPTOSSOMA DEHIPOCAMPO E CÓRTEX CEREBRAL DE RATOS ADULTOS.Alessandra Nejar Buno**, Rosane S. da Silva**, Carla D. Bonan,Ana M.O. Battastini, Maria L.M. Barreto-Chaves e João J.F.Sarkis. Depto de Bioquímica -ICBS, UFRGS, Porto Alegre -RS.Introdução: No hipertireoidismo os níveis aumentados doshormônios tireoideos produzem efeitos como hiperexcitabilidade,insônia e perda de peso. Os hormônios da tireóide estãorelacionados com crescimento, diferenciação celular e liberaçãode neurotransmissores em SNC. Além disto, estes hormôniosafetam o transporte e receptores de adenosina emsinaptossomas de ratos adultos. Adenosina exerce efeitosneuromodulatórios e neuroprotetores através da interação comos receptores inibitórios A1. A via das ecto-nucleotidases,composta pela ATP difosfoidrolase e 5'-nucleotidase, realizam ahidrólise completa de ATP até adenosina controlando aconcentração de ATP, ADP, AMP e de adenosina extracelular.Objetivos: O presente trabalho pretende investigar o efeito dohipertireoidismo sobre as atividades destas enzimas emsinaptosssoma de hipocampo e córtex cerebral de ratos adultos.Materiais e Métodos: Hipertireoidismo foi induzido com injeçõesi.p diárias de T4 (25ug/100g) durante 14 dias enquanto osanimais controle recebiam apenas solução salina 0.9%. Osanimais foram decapitados 24 horas após a última injeção, seuscérebros removidos e o córtex e hipocampo obtidos. Ossinaptossomas foram preparados conforme o método de Nagy &Delgado-Escueta (J. Neurochem., 43: 1114-23, 1984). Aliberação de Pi foi dosada pelo método de Chan et al (Anal.Biochem., 157: 375-80, 1986) e a concentração de proteína pelométodo de Bradford (Anal. Biochem., 72: 218-254, 1976).Resultados e Conclusão: Nossos resultados demonstraramuma inibição significativa de respectivamente 24%, 20% e 50%em hipocampo, e 25%, 33% e 30% em córtex cerebral nashidrólises de ATP, ADP e AMP. Estes resultados demonstramque o hipertireoidismo afeta o balanço cerebral de nucleotídeosextracelulares, interferindo assim, em processos como aneurotransmissão, excitabilidade celular, neuroproteção eneuromodulação.Apoio: CNPq

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17. EFEITO DO ESTRADIOL SOBRE A IMUNORREATIVIDADEDA TIROSINA HIDROXILASE (TH) NA SUBSTÂNCIA NIGRADE RATAS TRATADAS COM 6-OHDA. Giordano Viola**(1),Patrícia Lopez*(1), Renata Fonseca*(2), Enzo Zacharias*(2),Janyana Deonízio*(2), Léder Xavier**(1), Janete Franci(3), CláudioCunha(2), Anete Ferraz(2), Matilde Achaval(1). (1-Lab deHistofisiologia Comparada, ICBS, UFRGS, 2-Lab de Fisiologia eFarmacologia do SNC-UFPR, 3-Lab. de Neuroendocrinologia -USP).A doença de Parkinson (DP) é um dos distúrbios do movimentode maior prevalência em seres humanos. A principal alteraçãomorfofisiológica da DP é a morte dos neurônios dopaminérgicosda substância nigra-pars compacta (SNc). Por outro lado, oestradiol tem efeito neuroprotetor na lesão da SNc provocadapelo parkinsonismo induzido pelo MPTP em ratos.Objetivo: avaliar o efeito do estradiol na expressão de TH naSNc de ratas tratadas com outro agente capaz de lesar osneurônios SNc, o 6-OHDA.Métodos: Ratas Wistar adultas (n=24; 200-300 g) foramovariectomizadas e tratadas com 0,8 ul de benzoato de estradiol(E), ou veículo (O), sendo após administrada 6 µg de 6-OHDA naSNc via cirurgia estereotáxica. Foram formados 6 grupos: 1=E,2=E/sham, 3=E/6OHDA; 4=O; 5=O/sham; 6=O/60HDA. Após 21dias, os animais foram perfundidos transcardiacamente comparaformaldeído 4%, seus encéfalos foram retirados eseccionados coronalmente em criostato (50 µm), realizando-se atécnica imunoistoquímica para a detecção da TH, seguida deanálise densitométrica.Resultados: foram analisados por uma ANOVA/Bonferroni,(P<0,01). Os resultados mostraram uma queda significativa naexpressão de TH na SNc nos grupos O/6HDA (0,23+0,01) eE/6OHDA (0,23+0,03), quando comparados aos grupos O(0,45+0,04), O/sham (0,42+0,04), E (0,40+0,02) e E/sham(0,43+0,08).Conclusões: o estrógeno não reverteu a diminuição daexpressão de TH na SNc tratada com 6-OHDA. Isto sugere queo estradiol tem efeito neuroprotetor apenas na SNc tratada comMPTP, possivelmente indicando mecanismosneurodegenerativos distintos para estas duas drogas. Auxíliofinanceiro: CNPq/PIBIC, FAPERGS.

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18. EFEITO DO ESTRESSE SOBRE AS ATIVIDADES ATPase-ADPase E DE 5´NUCLEOTIDASE EM SORO DE RATOS.Leonardo M. Crema*, Ana Elisa Böhmer*, Cristina R. Fürstenau*,Iraci LS Torres**, Ana MO Battastini, João JF Sarkis, CarlaDalmaz, Ferreira, MBC. (Laboratórios de Neurobiologia doEstresse e de Enzimologia, Departamento de Bioquímica, ICBS-UFRGS, Porto Alegre, RS). A hidrólise de nucleotídeos tem sido relacionada com grandenúmero de processos fisiológicos e vários deles podem seralterados por estresse. Em soro de ratos, a cascata de hidróliseextracelular de ATP, ADP e AMP até adenosina pode ocorrer poração de uma ATP difosfoidrolase (apirase, CD39, EC 3.6.1.5) euma 5´-nucleotidase (CD73, EC 3.1.3.5). Resultados préviosmostraram não haver efeito do estresse agudo sobre a hidrólisede nucleotídeos de adenina em medula espinhal de ratosmachos. Objetivo: No presente estudo, investigamos o efeito doestresse agudo na hidrólise de nucleotídeos de adenina em sorode ratos. Métodos: Ratos Wistar adultos machos foramsubmetidos à imobilização por 1h. O grupo controle foi mantidoem suas caixas-moradia. Os dois grupos foram sacrificados 0, 6,24, 48 hs após a sessão de estresse. A hidrólise do ATP, ADP eAMP foi determinada em 0,2 ml de uma mistura contendo 112,5mM de Tris-HCl, pH 8,0; 3,0mM de ATP, ADP ou AMP comosubstrato; 0,45mg de proteína e incubação de 40 minutos. Areação foi parada com a adição de 200µl de TCA 10%. Aquantidade de Pi liberado foi determinada por métodocolorimétrico. Resultados: Houve um aumento na hidrólise deATP e ADP 24 h após exposição ao estresse, e de AMP 6 e 24 hapós o estresse. Conclusão: O estresse agudo por imobilizaçãolevou a um aumento na atividade ATPDásica e da 5’nucleotidaseem soro de ratos. É possível que os efeitos observados possamrepresentar uma adaptação ao estressor, podendo tambémrefletir diferentes funções de nucleotídeos e/ou enzimas nestestecidos. Além disto é possível que a alteração na atividadedestas enzimas observada no soro dos animais possarepresentar um marcador bioquímico de situações agudas deestresse. (CAPES , CNPq , UFRGS , FAPERGS , PRONEX).

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19. EFEITOS DOS TRATAMENTOS CRÔNICOS COMESTRESSE E LÍTIO SOBRE A CAPTAÇÃO DE GLUTAMATOEM SINAPTOSSOMAS DE HIPOCAMPO. Vasconcellos,A.P.S.**; Ferreira, O.J.**; Fontella, F.U.**; Crema, L.M.*; Vendite,D.A.; Rocha, E.R.; Dalmaz, C. PPG-Neurociências, ICBS-UFGRS, Porto Alegre.Introdução: A exposição prolongada a situações de estressepode desencadear uma série de reações plásticas no sistemanervoso, com perda ou hipofuncionalidade neuronal, o que deve-se em parte à hiperestimulação do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal e aumento da secreção de glicocorticóides. Estes podemcausar depleção energética, com alteração na atividade deproteínas cerebrais dependentes de ATP, como, por exemplo, ostransportadores de glutamato. O lítio, por sua vez, é umestabilizador do humor conhecido por atuar sobre diversossistemas de transdução de sinal e neurotransmissão, e tem sidoapontado como um potencial agente neuroprotetor. Objetivo:Avaliar os efeitos do estresse crônico e do lítio sobre a captaçãode glutamato em sinaptossomas de hipocampo. Métodos: RatosWistar machos e adultos foram divididos em dois grupos,Controles e Estressados, tratados com ração padrão ou raçãoespecial contendo cloreto de lítio por 40 dias. O modelo deestresse utilizado foi o de Estresse Crônico Variável, queconsiste na aplicação de sete diferentes estressores de maneiraaleatória, uma vez por dia durante os quarenta dias. Ao final dotratamento, os animais foram sacrificados por decapitação, oshipocampos removidos, homogeneizados e aplicados sobre umgradiente de percoll em sacarose, sendo então submetidos auma centrifugação para separação em diferentes frações. Afração mais rica em sinaptossomas foi removida, submetida alavagens e incubada com [3H]glutamato por um minuto, após oque a reação foi interrompida por filtração. Os filtros foramcontados em um cintilador beta. Resultados: Houve umaumento na captação de glutamato induzido por lítio, sem efeitosignificativo do estresse. Conclusões: Embora o estresserepetido não tenha causado alterações na recaptação deglutamato, dados na literatura sugerem que ele induz aumentona liberação do mesmo, e o aumento na captação induzido porlítio poderia ser um mecanismo da ação neuroprotetora sobreesta e outras patologias. (CNPq, CAPES, FAPERGS, PRONEX).

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20. SUSCEPTIBILIDADE AO DANO PRODUZIDO PELA PRIVAÇÃO DEOXIGÊNIO E GLICOSE EM FATIAS HIPOCAMPAIS DE RATOSSENESCENTES. Fochesatto, C.* 1, Siqueira, I.** 1,2, Cimarosti, H.**1,3, Salbego, C.1,3, Netto, C.A.1,2 Departamento de Bioquímica1,PPG-Fisiologia2, PPG-Bioquímica3, UFRGS, Porto Alegre, RS.Objetivo: A incidência de eventos isquêmicos cerebrais, emhumanos, aumenta logaritmicamente com a idade. Emboraexistam vários relatos de diferenças em respostas fisiológicas,comportamentais e neuropatológicas entre ratos jovens esenescentes, a maioria dos modelos animais utiliza animaisjovens no estudo da isquemia cerebral. O objetivo deste trabalhofoi avaliar a susceptibilidade de hipocampos de ratossenescentes ao dano isquêmico. Métodos: Ratos de 2-3(jovens), 11 (meia-idade) e 24-25 meses (senescentes) foramdecapitados, os hipocampos foram dissecados e imediatamentefatiados em “chopper”. Fatias de um mesmo animal foramrandomizadas em placas controle e sujeitas à privação deoxigênio e glicose (POG). Após 3 horas de reoxigenação, foramavaliados os seguintes parâmetros: a atividade mitocondrial(redução do tetrazolium MTT); a injúria celular (liberação daenzima citosólica, lactato desidrogenase, LDH, no meio deincubação) e a produção de radicais livres (oxidação do “probe”exógeno, 2’7’-diclorofluoresceína diacetato, DCFH-DA).Resultados: Fatias hipocampais de todas as idadesexperimentais, submetidas à POG, apresentaram um decréscimona viabilidade celular, um aumento na necrose tecidual, além deum aumento na geração de radicais livres. Já as fatias obtidasde ratos senescentes (24-25 meses) apresentaram maiorvulnerabilidade ao evento isquêmico in vitro, pois demonstrarammaiores níveis de DCF formado e de liberação de LDH,indicando uma alta produção de radicais livres e de lise celular,que pode ser resultado do ataque oxidativo a lipídeos demembrana. Conclusão: Fatias hipocampais de ratossenescentes apresentaram maior susceptibilidade ao danoproduzido pela isquemia-reoxigenação.Apoio Financeiro: CAPES/PRONEX/CNPq/ FAPERGS/PROPESQ - UFRGS.

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21. POSSÍVEL ENVOLVIMENTO DA VIA DA PI3K NAVULNERABILIDADE SELETIVA DE CULTURASORGANOTÍPICAS DE HIPOCAMPO DE RATO Horn A.P.**,Geyer, A. B.*, Valentim, L. M.**, Lenz. G. e Salbego, C. G.Departamento de Bioquímica, ICBS, UFRGS, Porto Alegre, RS.Objetivos: Estudar o efeito do LY294002, inibidor da viaantiapoptótica da PI3K, sobre a vulnerabilidade seletiva dasregiões CA1 (Corno de Amon 1) e DG (Giro denteado) dohipocampo, para comparação dos mecanismos indutores demorte diferencial nessas duas regiões.Métodos e Resultados: Foram usadas culturas organotípicasde hipocampo de ratos Wistar de 6-8 dias que foram cultivadaspor 14 dias até o tratamento. Após adição de diferentesconcentrações de LY294002 (10 e 50µM), as culturas forammarcadas com iodeto de propídeo (IP) e fotografadas a cada 4h,durante 21h, para monitoramento da morte. Na seqüênciaseparou-se CA1 de DG e as amostras foram submetidas aoensaio fluorogênico da caspase 3, onde a ativação desta pôdeser medida através da clivagem de substrato específico eemissão de fluorescência.Resultados e Conclusão: Como resultado obtivemos umamaior incorporação de IP no DG antes da incorporação em CA1.Vimos que o efeito da droga é dose-dependente e que a mortepode ser revertida pelo inibidor da caspase 3. Concluimos que asduas regiões analisadas dependem da via da PI3K parasobrevivência. Como as células no DG começam a morrer antes,estes dados sugerem que possa haver uma relação entre essavia de sinalização e a resistência à isquemia observada nessaárea. O fato de a morte celular observada ser revertida peloinibidor da caspase 3 sugere que a apoptose seja um dosmecanismos indutores de morte celular envolvido.Apoio: CNPq, FAPERGS, PRONEX, PROPESQ.

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22. O ESTRESSE ALTERA OS DANOS CAUSADOS PELAISQUEMIA EM HIPOCAMPO DE RATOS. Fernanda UrruthFontella, Leonardo Machado Crema, Helena Cimarosti, CíntiaFochesatto, Carlos A Netto, Carla Dalmaz (Depto. Bioquímica,ICBS, UFRGS)Em condições normais, o metabolismo aeróbico é a principalfonte de energia no cérebro, mas este sistema pode sercomprometido em certas situações, como, por exemplo, naisquemia cerebral. O dano celular resultante da isquemia podevariar em função de certos fatores como, por exemplo, apresença de maiores níveis circulantes de glicocorticóides,hormônios liberados pelo estresse. Objetivo: verificar o efeito doestresse agudo (EA) e crônico (EC) sobre a morte celular emfatias de hipocampo submetidas à isquemia in vitro. Métodos:foram utilizados ratos Wistar, machos, adultos submetidos ao EA(1h de imobilização) ou EC (1 hora de imobilização por dia ,durante 40 dias). Após este tratamento, os animais foram mortospor decapitação, o cérebro dissecado e fatias do hipocampo pré-incubadas por 15 min em solução Krebs-Henseleit modificada,em atmosfera de 5% CO2, a 37 °C. A seguir, o controle foiincubado por 45 min nesta mesma solução, enquanto o grupoisquemia foi incubado em deprivação de glicose e O2. Ambos osgrupos foram então incubados por 3h a 37°C, com a soluçãocontrole, a 5%CO2. Mediu-se a viabilidade mitocondrial da célulapelo ensaio de exclusão do sal trypan blue (MTT), e a lise dacélula pela quantificação da lactato desidrogenase (LDH)liberada. Resultados: os resultados obtidos mostraram que aisquemia in vitro diminui a viabilidade mitocondrial e aumenta odano celular. O EA aumenta o MTT imediatamente após EA,mas não altera o dano celular causado pela isquemia. Nenhumefeito foi observado 24h após o EA. As fatias de hipocampo deanimais submetidos ao EC apresentaram maior viabilidademitocondrial, suficiente para reverter os efeitos da isquemia. Noentanto, o dano celular foi maior com este tratamento.Conclusão: o efeito da isquemia é influenciado pelo estadoprévio da célula, e pode ser alterado de forma diferente pelaexposição ao EA ou ao EC. (FAPERGS, CNPq, PROPEsq,PRONEX)

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23. NEUROTOXICIDADE INDUZIDA POR GLUTAMATO E ISQUEMIA INVITRO: MODELO PARA AVALIAÇÃO DE ESTRESSE OXIDATIVOK.B. Petrocchi**, D.G. Souza*, C.I. Tasca.Departamento de Bioquímica, CCB, UFSC, Florianópolis, SC.Glutamato é o principal neurotransmissor excitatório no SNC.Porém, o excesso de glutamato presente na fenda sinápticainduz um aumento no influxo de íons cálcio, que podemocasionar a hidrólise proteica, formação de radicais livres eperoxidação lipídica, o que desencadeia uma onda excitotóxicaque leva à morte das células neurais. As espécies reativas deoxigênio (EROs) são geradas continuamente durante ometabolismo oxidativo e o SNC é particularmente vulnerável àação das EROs. A atividade de enzimas antioxidantes como aSuperóxido dismutase (SOD), Catalase (CAT) e Glutationaperoxidase, transferase e redutase, são exemplos demecanismos de relevante importância na proteção aos danoscausados pelas EROs. Objetivos: utilizando fatias dehipocampo de ratos submetidas a glutamato e/ou a deprivaçãode glicose/oxigênio, avaliamos a viabilidade celular e a atividadeda SOD e CAT. Resultados: em fatias de hipocamposubmetidas a glutamato (0,01-10mM) em situação fisiológica,não foi observada alteração significativa na viabilidade celular(redução do MTT e liberação de LDH) e alteração na atividadeda CAT e SOD. Em fatias submetidas à situação isquêmica por15 e 60 min, observamos um decréscimo na viabilidade celularde 28% e 55%, respectivamente. A adição de glutamato 1mM àsfatias em situação isquêmica, não acentuou a perda deviabilidade celular. Após um período de reperfusão de 1 ou 2h,não foi observada melhora significativa na viabilidade destasfatias. Conclusões: em situação fisiológica, as fatiashipocampais são mais resistentes à excitotoxicidade, semalteração na atividade antioxidante. A deprivação deglicose/oxigênio causa perda de viabilidade, a qual não éexacerbada por glutamato. A atividade das enzimasantioxidantes e possíveis agentes neuroprotetores serãoavaliados neste modelo de isquemia in vitro.Apoio financeiro: CNPq, Pronex, Funpesquisa-UFSC.

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24. AVALIAÇÃO DO EFEITO NEUROPROTETOR DO LÍTIOEM FATIAS HIPOCAMPAIS EXPOSTAS À PRIVAÇÃO DEOXIGÊNIO E GLICOSE Luciane Buzin*, Rudimar Frozza*,Helena Cimarosti**, Ionara Siqueira**, Otemar Ferreira**,Alexandre Tavares**, Elisabete Rocha, Carlos Alexandre Netto,Christianne Salbego (Departamento de Bioquímica, UFRGS,Porto Alegre - Brasil)O cérebro é altamente dependente de fluxo sangüíneo contínuopara suprimento de oxigênio e glicose. A isquemia cerebral écaracterizada por uma redução severa ou por um bloqueiocompleto do fluxo sangüíneo ao cérebro, ocorre em váriosquadros clínicos e resulta em degeneração celular e perdafuncional. Objetivo: Avaliar o efeito neuroprotetor do lítio emfatias hipocampais expostas à privação de oxigênio e glicose(POG – “isquemia” in vitro). Métodos: São utilizados 2 grupos:tratados crônicos- ratos Wistar machos de 2 meses tratados por1 mês com ração contendo lítio e controles- alimentados comração comercial. Os animais são decapitados, os hipocamposdissecados e seccionados em fatias (400 µm), colocadas emplacas de 24 poços contendo meio de pré-incubação eincubadas por 15 min a 37°C em atmosfera com 5% CO2. Asfatias são sub-divididas em: (1)controle sem tratamento,(2)controle com lítio agudo (0,8 mM), (3) tratado crônico e (4)tratado crônico e com lítio agudo (0,8 mM). As amostras sãodistribuídas em 2 placas sendo que uma é exposta às condiçõesde POG durante 1 h (lesionado) e outra mantida em condiçõesnormais de oxigênio e glicose em incubadora a 37º C ematmosfera com 5% CO2 (controle). Após a POG, as fatiasisquêmicas são lavadas 1x com meio com glicose e incubadasneste mesmo meio, em presença ou não da droga, por 3 horasem estufa, tomado como tempo de recuperação. A seguir, aviabilidade celular é avaliada utilizando-se incorporação do saltetrazolium (MTT), e a formação de radicais livres medidaatravés do teste do DCFH-DA. Resultados: Os resultadospreliminares mostram que o lítio aumenta a viabilidade celularem fatias expostas à POG e sugerem um aumento na produçãode radicais livres. Estão sendo realizados experimentos parainvestigar as vias de sinalização celular envolvidas no efeitoprotetor observado pelo lítio (Fapergs-CNPq/PropesqUFRGS).

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25. INVESTIGAÇÃO DO EFEITO NEUROPROTETOR DO LÍTIOEM UM MODELO IN VITRO DE MORTE CELULAR HelenaCimarosti**, Richard Rodnight, Alexandre Tavares**, LucianeBuzin*, Lauren Zamin*, Elizabeth Rocha e Christianne Salbego(Departamento de Bioquímica, UFRGS, Porto Alegre, Brasil)Objetivos: O objetivo deste trabalho foi investigar o potencialefeito neuroprotetor dos sais de lítio em um modelo de isquemiain vitro. Em paralelo, foi também investigado no mesmo modelo oefeito do LiCl sobre o imunoconteúdo e a fosforilação da HSP27,uma proteína envolvida na neuroproteção.Métodos: Foram utilizadas culturas organotípicas de fatiashipocampais expostas à privação de oxigênio e glicose por 35minutos. Doses terapêuticas de LiCl (0,2 a 1,2 mM) foramadicionadas ao meio antes, durante e depois da indução dalesão. A morte celular foi quantificada por medida da captaçãode Iodeto de Propídeo (IP).Resultados: Em relação aos controles, houve um decréscimosignificativo na incorporação de IP de 48%, 61%, 54%, 65% e67%, correspondendo às concentrações de LiCl de 0,2, 0,4, 0,6,0,8 e 1,2 mM, respectivamente. Após a lesão, 0,4 mM de LiClaumentou significativamente o imunoconteúdo de HSP27,enquanto que a fosforilação e, conseqüentemente, apercentagem de HSP27 fosforilada diminuíram de formasignificativa.Conclusões: A resposta à lesão em culturas foi similar àquelademonstrada por animais submetidos à isquemia cerebraltransitória in vivo, sugerindo a adequação deste modelo para oestudo de drogas potencialmente neuroprotetoras. Os resultadosdeste trabalho sugerem que o lítio pode ser útil na profilaxia e/outratamento da isquemia cerebral.Apoio Financeiro: CNPq, PRONEX, FAPERGS,PROPESQ/UFRGS

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26. ESTUDO SOBRE O POTENCIAL EFEITONEUROPROTETOR DA GENISTEÍNA NUM MODELO DEFATIAS HIPOCAMPAIS SUBMETIDAS À PRIVAÇÃO DEGLICOSE E OXIGÊNIO.Lauren Lúcia Zamin*, Helena Cimarosti**, Alexandre ATavares**; Sirlene Cechin**,Carlos Alexandre Netto e ChristianneSalbego. (Departamento de Bioquímica ,ICBS, UFRGS, PortoAlegre)Episódios isquêmicos geralmente ocorrem devido à interrupçãoparcial ou total da circulação cerebral. Isso acarreta severosdanos celulares e perda da funcionalidade uma vez que océrebro é extremamente dependente de um fluxo contínuo desangue. Até o momento não há um protocolo terapêuticoclinicamente eficaz para reduzir este dano causado pelaisquemia cerebral. A genisteína é uma isoflavona derivada dasoja estruturalmente similar ao estrógeno. O uso da reposiçãohormonal por fitoestrógenos em substituição ao uso deestrógenos tem sido amplamente difundido devido ao seupotencial preventivo a doenças cardiovasculares, canceres e aoseu efeito antiproliferativo e antioxidante. Objetivos: Em vistadisso o objetivo deste estudo é investigar o provável efeitoneuroprotetor da genisteína. Métodos: Para se modelar umepisódio isquêmico in vitro, pode-se utilizar cultura de célulasneurais ou fatias do tecido cerebral, expostas à privação deglicose e oxigênio. No presente estudo utilizamos fatias dehipocampo de cérebro ratos expostas às condições de privaçãode glicose e oxigênio durante 1 hora. A genisteína foi utilizadanas doses de 1, 10, 25 e 100 µM adicionada ao meio durante aindução da lesão e durante o período de recuperação que foi de3 horas pós-insulto. Após este período, foi medida a viabilidadecelular utilizando o teste do MTT. Resultados: Os resultadossugerem um provável efeito neuroprototer da droga nas dosesde 1µM e 10µM. Conclusões: Mais estudos deverão serrealizados, e se comprovada a eficácia da droga, esta poderá serintroduzida para prevenção e/ou tratamento de lesõesisquêmicas.Apoio Financeiro: PROPESQ, PRONEX, CAPES.

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27. ACÚMULO DO ACETATO DE CHUMBO NA REGIÃOCERVICAL E TORÁCICA DURANTE O DESENVOLVIMENTODE EMBRIÕES DE GALLUS DOMESTICUSSchatz, J. C ** Carvalho, M..; Santos, M. & Muller, Y. R.Pós-Graduação em Neurociências. Universidade Federal deSanta Catarina - Florianópolis- SC.Introdução: É amplamente conhecido que metais pesadosproduzem efeitos tóxicos em diferentes sistemas, podendoocasionar no sistema nervoso central disfunções neurológicas.Evidenciou-se que a injeção de sais de chumbo em embriões degalinha durante fases iniciais do desenvolvimento produz lesõesao SNC, consistindo principalmente em não fechamento do tuboneural e/ou retardo no crescimento da cabeça, com necrosecefálica. Achados indicam que na medula espinhal há umadistribuição difusa do chumbo, podendo causar alteraçõesmotoras. Objetivo: Análise morfológica dos embriões de Gallusdomesticus tratados com acetato de chumbo e a avaliação doacúmulo do metal na região cervical e torácica. Métodos:Embriões de Gallus domesticus (n=12) receberam 450 µg ou150 µg de Ac2Pb no terceiro e quinto dia de desenvolvimentoembrionário (E3 e E5) e foram analisados em E9 e E11.Posteriormente os embriões foram dissecados e suas medulasfixadas, desidratadas, incluídas em parafina e seccionadas a 10µm. Para identificação dos locais de deposição foi utilizada atécnica de Autometalografia de Timm. Resultados: A análisemorfológica dos embriões submetidos as maiores dosesapresentaram alterações como: hemorragia, hidrocefalia enecrose cefálica, enquanto os animais controle nãodemonstraram alterações. Na marcação com TIMM, as medulasdos embriões controle apresentaram marcação negativa para oacetato de chumbo. Nos animais tratados com o metal pesadopode-se verificar uma marcação mais evidente no corno ventralda medula espinhal, principalmente em animais tratados com amaior dose. Conclusão: Maiores doses do acetato de chumbo,causam alterações vasculares intensas, principalmente quando ometal é administrado no terceiro dia de desenvolvimento. Com ométodo TIMM, pode-se constatar que o chumbo tende a seacumular na região ventral da medula cervical e torácica.CAPES.

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28. ESTIMULAÇÃO TÁTIL: POSSÍVEL EFEITONEUROPROTETOR NA HIPÓXIA-ISQUEMIA NEONATAL.Rodrigues, A.L.**, Arteni, N.S.**, Petersen, R.C.*, Achaval, M.,Netto, C.A. UFRGS, Porto Alegre.Objetivos: a hipóxia-isquemia neonatal (HI) é uma importantecausa de dano cerebral e seqüelas neurológicas, sendo ohipocampo particularmente vulnerável a esta patologia. Porém,imediatamente após o nascimento, o cérebro apresentaplasticidade e sofre influência de estímulos ambientais. Sabe-seque a estimulação precoce causa várias mudanças morfológicasno SNC, como por exemplo neurogênese hipocampal. Assim,resolvemos analisar os efeitos morfológicos da estimulaçãoprecoce sobre a HI.Métodos: ratos Wistar aos 7 dias de vida foram submetidos àligação unilateral da artéria carótida esquerda, seguido deexposição ao ambiente hipóxico (8% O2) durante 1h30min. Osanimais hipóxicos foram submetidos a dois tratamentos distintos,estimulação tátil (ET) e separação materna (SM) do 8º ao 21ºdias de vida. No 21º dia os animais foram sacrificados e seushemisférios cerebrais foram pesados para verificar apercentagem do dano cerebral causado pela HI. Após, oshemisférios foram cortados e corados para análise volumétricado hipocampo.Resultados: os resultados demonstraram que houve reduçãosignificativa de peso no hemisfério cerebral lesado nos animaishipóxicos (73,8 ± 4,34), redução esta que foi revertida no gruposubmetido à ET (87,1 ± 5,67). A análise volumétrica indicouredução significativa do volume do hipocampo esquerdo nosanimais hipóxicos (19,24 ± 1,1) em relação aos controles (29,23± 0,95). Esta redução foi revertida pelo procedimento de ET(23,62 ± 1,98). O peso do hemisfério e o volume do hipocampono grupo submetido à SM foi semelhante ao grupo hipóxico.Conclusões: concluímos que o procedimento de ET realizadodo 8º ao 21º dias de vida reverte a perda da massa hemisférica ea redução de volume do hipocampo causado pela HI. Isto sugereque a ET pode ter um efeito neuroprotetor sobre a HI. Já oprocedimento de SM não apresenta tal efeito.Apoio Financeiro: CAPES

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29. EFEITO DE HIPOPERFUSÃO CRÔNICA SECUNDÁRIA ÀOCLUSÃO BILATERAL DAS ARTÉRIAS CARÓTIDASCOMUNS SOBRE A RETINA DE RATOS Daniel Lavinsky*, NiceS. Arteni**, Matilde Achaval Elena, Carlos A. Netto DeptBioquímica-ICBS- UFRGS Porto AlegreObjetivo: A oclusão bilateral das artérias carótidas comuns(OBACC) de ratos resulta em uma retinopatia similar a síndromeisquêmica ocular em humanos e assim pode ser utilizada comoum modelo experimental para o estudo da isquemia retiniana. Aredução do fluxo sanguíneo por OBACC, durante sete diasdesencadeia eventos relacionados a gliose, porém não causadano histológico aparente. Além disso, há perda de reflexopupilar na maioria dos ratos. Entretanto, após 90 dias de oclusãojá é possível visualizar degeneração retiniana e a morte celular.Portanto, nosso objetivo foi estudar o efeito da hipoperfusãoretiniana crônica em ratos adultos submetidos a OBACC por 30dias.Métodos: Foram utilizados 15 ratos Wistar adultos divididos emdois grupos: a) submetidos a OBACC (n=8) e b) Sham (n=7). Oreflexo pupilar direto e consensual foi investigado antes dacirurgia, e todos os dias na primeira semana e semanalmente até30 dias após a cirurgia. Depois de um mês os ratos foramsubmetidos a uma retinografia, foram perfundidos e enucleadospara análise histológica das retinas.Resultados: Os ratos submetidos a OBACC perderam o reflexopupilar direto em ambos os olhos em 50% dos casos, em umolho em 37% e somente um rato não perdeu o reflexo. Naquelesque houve perda unilateral o reflexo consensual estavapreservado. A densidade de células ganglionares (cel/mm)diminuiu na retina central dos olhos esquerdos do grupo OBACC(p=0,003) e houve uma diminuição significativa na espessura dacamada plexiforme interna em ambos os olhos no grupo OBACC(p=0,007); porém não foram evidenciadas alterações nas outrascamadas. A retinografia não evidenciou alterações significativas.Conclusão: Este estudo demonstrou que a OBACC por 30 diascausa dano funcional e histológico com perda do reflexo pupilar,diminuição da espessura da retina e morte celular. (CNPqPIBIC/UFRGS)

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30. ANÁLISE ULTRA-ESTRUTURAL DA MORTE CELULAR DASCÉLULAS PIRAMIDAIS DA ÁREA CA1 DO HIPOCAMPO DE RATOAPÓS ISQUEMIA CEREBRAL GLOBAL TRANSITÓRIA.Winkelmann,E.R**; Charcansky,A*; Faccioni-Heuser,M.C; Funck,A*;Wayhs,S.Y*; Netto,C.A; Achaval,M. Deptos. de Ciências Morfológicas ede Bioquímica, ICBS,UFRGS, POA-RS.

Introdução: A isquemia é uma redução severa ou um completobloqueio do fluxo sanguíneo. O encéfalo é muito sensível à hipóxia-isquemia por causa de seu alto consumo de oxigênio, combinado comseus baixos estoques de carboidratos. Além dos danos causados pelafalta de oxigênio e metabólitos durante a isquemia, muitos fatoresdurante a reperfusão podem aumentar ainda mais o dano neuronal.Objetivo: Realizar um estudo ultra-estrutural da morte celular emneurônios piramidais da área CA1 do hipocampo após isquemiacerebral global transitória (ICGT) em ratos machos adultos.Métodos e Resultados: Ratos machos (3 meses) foram submetidos aICGT de 10 min. através da oclusão de 4 vasos e reperfundidos por 4dias. Após fixados, os encéfalos foram seccionados em vibrátomo (100µm), sendo os hipocampos dissecados, pós-fixados, desidratados eincluídos em araldite. Após selecionada a área CA1, esta foi colada emblocos de resina, e realizado cortes semifinos para localizar neurôniospiramidais e logo cortes ultra-finos os quais foram analisados emmicroscópio eletrônico (JEM 1200 EXII,CME-UFRGS). Observaram-seneurônios alterados com citoplasma condensado porém sua membranaplasmática e nuclear ainda intactas, retículo endoplasmático rugosodilatado e alguns rompidos, mitocôndrias inchadas com perda de suascristas e, às vezes, com glicogênio. Outros mostraram um citoplasmamais claro, “lavado”, e alguns, com cisternas totalmente alteradas.Entre os neurônios modificados encontraram-se vários processos gliaisdilatados, carregados com filamentos intermediários e glicogênio,envolvendo os neurônios.Conclusão: Verificaram-se características mais condizentes com anecrose celular nesta fase isquêmica.Apoio Financeiro: CNPq,FINEP.,FAPERGS.

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31. AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES ELETRO-FISIOLÓGICA DE NEURÔNIOS HIPOCAMPAIS HUMANOS NOMODELO DE 0-Mg2+. F.B. Cunha*, A.A Tavares**, S.D.Salamoni**, D.S Abreu* G.F. Fonseca*, F. Simão*, P.C. Costa*,R.V. Breda*, N. Azambuja, E. Paglioli-Neto, A. Palmini, J.C. daCosta. Lab. Neurociências/ Inst.Pesquisas Biomédicas –PCE/HSL da PUCRS, PPG Neurociências, UFRGS.Objetivos: Nos últimos anos tem-se proposto que ahiperexcitabilidade na Epilepsia do Lobo Temporal é atribuída,pelo menos em parte, a função aumentada de umasubpopulação de sinapses glutamatérgicas que utilizamreceptores NMDA (NMDAr). O envolvimento do NMDAr podeser observado através da adição do APV (DL-2-amino-5-fosfonovalerato, antagonista do NMDA) antes, durante e depoisdo tratamento com o modelo do Ringer sem magnésio (Ringer0-Mg2+). O objetivo deste estudo é testar a hipótese que osNMDAr possam alterar propriedades eletrofisiológicas deneurônios hipocampais de CA1, em tecido humano. Métodos:As fatias de hipocampo humano foram obtidas de amostras detecidos cerebrais removidas durante o procedimento cirúrgicopara o tratamento de epilepsia refratária. A amostra foi fatiada(500µm) com auxílio de um vibrátomo imersa em uma cuba comsolução de Ringer normal (LCR) em temperatura ambiente,continuamente oxigenadas (95% O2 e 5% CO2). Posteriormenteforam transferidas para uma câmara de interface para registroeletrofisiológico intra e extracelular dos neurônios hipocampaisde CA1. Resultados: Foram avaliadas as propriedades passivasda membrana (potencial de membrana, resistência de entrada econstante de tempo) e propriedades ativas (excitabilidade, limiarpara o disparo, amplitude e potencial de repolarização) em trêsmomentos antes, durante e depois da perfusão com o Ringer 0-Mg2+. Este modelo provocou o aparecimento de descargasespontâneas simples ou em salva em 75% dos neurônios deCA1 estudados. Foram observados ainda que 25% dosneurônios hipocampais não responderam a perfusão com Ringer0-Mg2+, além de não apresentaram alterações nas propriedadesavaliadas (n:30). De acordo com os dados adquiridos osreceptores NMDA em meio ausente de Mg2+ não induzemalterações eletrofisiológicas em humanos. (PUCRS, UFRGS,FAPERGS, CNPq, CAPES, SC&T RS).

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32. A TOXINA JSTX-3 INIBE A ATIVIDADE EPILEPTIFORMEESPONTÂNEA E INDUZIDA PELO RINGER SEM MAGNÉSIOEM NEURÔNIOS HIPOCAMPAIS DE CA1 DE RATOSNORMAIS E EPILÉPTICOS. S.D. SALAMONI**, G.T. VENTURIN*,AA. TAVARES**, R. OLIVEIRA*, D. ABREU*, F.B. CUNHA*, R.V.BREDA*, J.C. DA COSTA, M.S. PALMA♦, INST.PESQUISASBIOMÉDICAS – LAB.NEUROCIÊNCIAS – HSL, PUCRS, INSTITUTO DEBIOCIÊNCIAS - RIO CLARO - UNESP♦ , UFRGS).Objetivos: Estudos recentes têm mostrado que o veneno daaranha de algumas espécies contém bloqueadores potentes dereceptores glutamatérgicos. A toxina JSTX-3 é derivada daaranha Nephila clavata e atua bloqueando a atividade excitatóriaglutamatérgica na sinapse da junção neuromuscular decrustáceos e cérebro de mamíferos. Evidências experimentaissugerem que esta toxina atua no receptor de glutamato do tipoNMDA. O conhecimento dos mecanismos básicos das epilepsiasprovém geralmente dos estudos em modelos animais que seaproximam da patologia humana. A epilepsia tem sido estudadain vitro utilizando a técnica de fatias de cérebro principalmente dohipocampo de ratos. O presente estudo tem como objetivoverificar o efeito da toxina JSTX-3 na atividade epileptiformeespontânea e induzida pelo modelo de ausência do íonmagnésio em neurônios hipocampais de CA1 de ratos normais eepilépticos. Métodos: Esta técnica permite estudar o papel dedrogas convulsivantes, anticonvulsivantes e toxinas naepileptogênese de fatias em tecido nervoso. Entre os modelos deindução da atividade epileptiforme in vitro que atuam nos canaisNMDA destaca-se a modificação da concentração iônica do meiode perfusão pela ausência de magnésio. Os experimentosforam feitos com fatias de hipocampo de ratos Wistar (400 µm)de espessura preparadas e mantidas in vitro. Durante aatividade ictal (crise) espontânea e induzida, a toxina JSTX-3 foiaplicada diretamente sobre a fatia de hipocampo, abolindo asdescargas ictais. Esse efeito foi totalmente revertido com aperfusão de Ringer normal (LCR artificial ACFS). Resultados:Nossos resultados indicam que a toxina JSTX-3 é um potentebloqueador reversível da atividade epileptiforme, induzida pelomodelo de ausência do íon magnésio no meio de perfusão,sugerindo ação nos receptores NMDA.(PIBIC-CNPq/UFRGS, PUCRS, FAPERGS, SC&T)

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33. EFEITO DA CAFEÍNA SOBRE A HIDRÓLISE DENUCLEOTÍDEOS EM SINAPTOSSOMA DE HIPOCAMPO EESTRIADO DE RATOS. Rosane S. da Silva**, Alessandra NejarBruno**, Ana M.O. Battastini, João J. F. Sarkis, Diogo R. Lara,Carla D. Bonan. Departamento de Bioquímica -ICBS, UFRGS,Porto Alegre -RS.

A cafeína é uma substância psico-ativa, cujos efeitosestão relacionados a sua função antagônica nos receptoresadenosinérgicos. A adenosina exerce seus efeitosneuromodulatórios através de receptores A1, A2a, A2b e A3. Osreceptores A1 e A2a possuem importância como alvosterapêuticos relacionados a Doença de Parkinson e aesquizofrenia. A via das ecto-nucleotidases, o principalmecanismo de controle da disponibilidade de adenosina, écomposta por uma ecto-ATPase, uma ATP difosfoidrolase e umaecto-5´-nucleotidase. Considerando este efeito antagônico dacafeína e a função das ecto-nucleotidases para adisponibilização de adenosina, têm-se como objetivo verificar aação da cafeína sobre esta via enzimática em hipocampo eestriado de ratos. Os ratos foram divididos em dois grupos,agudo e crônico. O grupo agudo recebeu uma única injeção i.p.de 30mg/kg de cafeína uma hora antes de serem sacrificados. Otratamento crônico teve duração de 7 e 14 dias onde os ratosrecebiam 0,3 ou 1mg/ml de cafeína, via oral. O tratamento agudopromoveu um aumento na hidrólise de ATP em sinaptossomasde hipocampo (50%) e de ADP em sinaptossomas de estriado(36%). O tratamento crônico de 14 dias (dose de 0,3mg/ml)exibiu uma leve inibição (17%) da atividade ATPásica emhipocampo. O aumento da hidrólise de ATP e ADP observado notratamento agudo pode ser devido ao efeito imediato da cafeínasobre os receptores adenosinérgicos, o que leva a diminuição doefeito inibitório exercido pela ativação dos receptores A1,podendo aumentar a liberação de neurotransmissores liberados.O efeito do tratamento crônico sobre a hidrólise de ATP emhipocampo pode estar relacionado a expressão reduzida dosreceptores, levando a diminuição compensatória da produção deadenosina via hidrólise de ATP (CNPq).

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34. ESTUDO DA POTENCIAÇÃO DE LONGA DURAÇÃO EMFATIAS DE HIPOCAMPO HUMANOClauber Jänisch**, Thirzá Frizon**, Dr Jaderson Costa da Costa,Dr Ney Artur Azambuja, Dr Eliseu Paglioli Neto, Instituto dePesquisa Biomédica - PUCRSIntrodução: A Potenciação de longa duração (LTP) é umapropriedade fundamental da maioria das sinapses excitatóriasem cérebros de mamíferos, e é entendida como um provávelmecanismo subjacente às funções de aprendizado e dememória. Os estudos da LTP são essencialmente em animaissendo inexistente dados a respeito da LTP em CA1 dehipocampo humano.Objetivos: Constatar a ocorrência de LTP na região CA1 dehipocampo humano e comparar este achado com ascaracterísticas clínicas dos pacientes.Métodos: Foram analisadas fatias de hipocampo obtidas depacientes submetidos ao tratamento cirúrgico da epilepsia noHospital São Lucas da PUCRS. Os registros de campo foramobtidos na região CA1 estimulando-se a via colateral de Shaffer.Foi realizada hiperestimulação elétrica desta via para o estudoda indução e manutensão da LTP. Estes registros foramestudados em relação as seguintes características clínicas:idade, tempo de epilesia, freqüência de crises epilépticas, tipo deepilepsia e possível etiologia.Resultados: Foram analisadas 5 fatias de hipocampo obtidas de3 pacientes. Em 1 fatia houve indução e manutenção dofenômeno de LTP (houve aumento de 75% da amplitude doEPSP de base por mais de 1 hora); em outra, potenciação decurta duração (potenciou e logo decaiu a linha de base); e osoutros 3, não sofreram qualquer mudança da amplitude dosEPSPs após a hiperestimulação da via colateral deSchaffer.Relacionando o estudo eletrofisiológico com os dadosclínicos, encontramos uma tendência de quanto maior afreqüência de crises convulsivas pré-operatória maior adificuldade de obter-se a LTP.Conclusões: Concluímos que é possível obter-se LTP da regiãoCA1 de hipocampo humano epiléptico. Alem disso, observamoshá tendência de uma maior dificuldade de obter-se estefenômeno quanto maior a freqüência de crises convulsivas.

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35. DERIVADOS DA GUANINA PROMOVEM O TRANSPORTEREVERSO DE GLUTAMATO EM SINAPTOSSOMASSANTOS, T. G.; SOUZA, D. G.; TASCA, C. I.DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA, CCB, UFSC. FLORIANÓPOLIS, SC.

Objetivo: O glutamato é o neurotransmissor excitatório maisimportante do Sistema Nervoso Central e está envolvido emvários processos fisiológicos como a memória, atividadesmotoras, plasticidade neural, bem como na patogênese dediversos quadros neurológicos. O transporte de glutamatoatravés da membrana plasmática por uma família de carreadoresde alta afinidade e dependentes de sódio, tem um importantepapel na regulação da concentração extracelular de glutamato. Onucleosídeo e os nucleotídeos derivados da guanina (DG)desempenham um importante papel extracelular, modulando aneurotransmissão glutamatérgica. Neste estudo, avaliamos osefeitos dos DG na captação e liberação de glutamato porpreparações de sinaptossomas (terminais pré-sinápticos) docérebro anterior de ratos Wistar adultos. Métodos e Resultados:Os DG foram utilizados nas concentrações de 100 nM a 1 mM. Acaptação de glutamato não foi alterada na presença dos DG(guanosina, GMP e GTP). A liberação basal de glutamato e aestimulada por despolarização (na presença de KCl 40 mM) foiaumentada pelos DG de maneira dependente de concentração.Na ausência de íons cálcio observou-se uma estimulação naliberação citosólica de glutamato na presença de GUO e GTP,no entanto, este efeito só foi observado em alta concentração efoi menos proeminente do que o observado na presença decálcio. A liberação de glutamato estimulada por DG parecemobilizar o “pool” citosólico, pois quando a liberação vesicular foiinibida por Bafilomicina A1, o aumento na liberação basal não foirevertido. O incremento na liberação de glutamato promovidopelos DG foi similar ao observado com L-aspartato, o qualpromove o transporte reverso. Conclusão: Portanto,demonstramos que os DG além de atuar sobre os receptores erespostas celulares ativadas por glutamato, podem tambémmodular o sistema de transporte, fundamental para a regulaçãoda transmissão glutamatérgica.Apoio Financeiro: CNPq e Pronex.

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36. EFEITOS DA ADMINISTRAÇÃO BILATERAL INTRA-AMÍGDALA DE CNQX E NBQX SOBRE A TAREFA DAESQUIVA INIBITÓRIA. Alvares, L.O.* , Oliveira L.F.** , Diehl,F.*,Camboim, C.* , Silva,M.A.S.* , Silva, M.C.* e Quillfeldt,J.A.LPBNC, Depto. de Biofísica, IB/ UFRGS, Porto Alegre, RS.Objetivo: Estudos anteriores mostram a importância dosreceptores não-NMDA hipocampais na evocação da memória.Neste trabalho, estudamos a participação dos receptores não-NMDA da amígdala, mais especifica-mente dos receptoresAMPA, na evocação da memória. Utilizamos CNQX antagonistaglutamatérgico (pouco seletivo, ligando-se ao AMPA e aoKainato) e NBQX, antagonista seletivo para o receptor AMPA.Métodos e resultados: Ratos wistar foram canuladosbilateralmente na amígdala. Cada animal foi então treinado natarefa de esquiva inibitória, o animal recebia um choque de0,5mA por três segundos ao descer da plataforma com as 4patas. O teste, realizado 24 horas depois era igual ao treino,porém sem choque. Dez minutos antes do teste, o animalrecebeu a infusão bilateral da droga ou seu controle (TFS). Adiferença das latências de descida da plataforma no treino eteste era a medida da memória. Nenhuma das drogaspromoveram diferença significativa em comparação com oscontroles. CNQX 0,5µg/lado, n=20/8 (droga/veículo; p=0,92,Mann-Witney); NBQX 0,5µg/lado n=17/10, (p=0,64, Mann-Witney).Conclusão: Os resultados sugerem que os receptores AMPA daamígdala não sejam essenciais para o proceso de evocação damemória.Apoio financeiro: CNPq, CAPES, Fapergs, Propesq / UFRGS,IFS.

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37. RECEPTORES NÃO-NMDA HIPOCAMPAIS E EVOCAÇÃODA MEMÓRIA EM RATOS I: EFEITOS DO CNQX EM MACHOSE FÊMEAS. Silva, M.A.S.*, Oliveira, L.F.**, Diehl, F.*, Camboim,C.*, Silva, M.C.*, Alvares, L.O.* e Quillfeldt, J.A. LPBNC, Depto.de Biofísica, IB/UFRGS, Porto Alegre, RS.Objetivos: os receptores glutamatérgicos ionotrópicos não-NMDA (AMPA e KA) são importantes para os processos deconsolidação e evocação da memória. O objetivo deste trabalhoé estudar o seu papel na evocação, comparando animaismachos e fêmeas.Métodos: os animais experimentais Foram canuladosbilateralmente no hipocampo dorsal e, dois dias após, treinadosna tarefa de esquiva inibitória e testados no dia seguinte. Dezminutos antes do teste, os animais foram infundidos com 0,5µg/lado de CNQX, antagonista glutamatérgico não-NMDA, oucom seu veículo, DMSO/salina.Resultados: os animais machos infundidos com CNQX (N=12,mediana=26,5 (15,5/180)) não apresentaram diferenças(p=0,429, sempre teste U de Mann-Whitney) no teste quandocomparados aos machos infundidos com veículo (N=9,mediana=18 (11/107,5)). As fêmeas infundidas com CNQX(N=10, mediana=25,5 (15,75/74,5)) também não apresentaramdiferenças (p=0,817) no teste quando comparadas às fêmeasinfundidas com veículo (N=12, mediana=27,5 (16,75/95,5)).Conclusão: os resultados encontrados no presente trabalhoindicam que os receptores glutamatérgicos ionotrópicos não-NMDA hipocampais não são essenciais para a evocação damemória nem em machos, nem em fêmeas. Os resultados commachos contradizem dados da literatura que apresentam umefeito amnésico para o CNQX intra-hipocampal na evocação.Apoio Financeiro: CNPq, CAPES, FAPERGS, Propesq/UFRGS,IFS.

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38. INFUSÃO DE S100β EM HIPOCAMPO DORSAL DERATOS FACILITA A MEMÓRIA DA TAREFA DE ESQUIVAINIBITÓRIA, MAS NÃO DA DE HABITUAÇÃO AO CAMPOABERTO. Camboim, C.*, Mello e Souza, T., Rohden, A.*,Meinhardt, M.*, Gonçalves, C. A., Quillfeldt, J.A. LPBNC,Biofísica, IB/UFRGS, Porto Alegre/RS.Objetivos: A S100β é uma proteína neurotrópica Ca+2 liganteenvolvida na sinalização entre glia e neurônios. A infusão deS100β em fatias de hipocampo bloqueia LTP e prejudica amemória em diferentes tarefas comportamentais. O objetivodeste trabalho é avaliar os efeitos da infusão intra-hipocampalpós-treino de S100β sobre a consolidação da memória nastarefas de habituação ao campo aberto e esquiva inibitória.Métodos: 70 ratos Wistar machos foram bilateralmentecanulados no hipocampo e submetidos à tarefa de habituação aocampo aberto (caixa 3X4 quadrantes/2 min; intervalo treino-testede 24 h). Um dia após, os mesmos animais eram submetidos àtarefa de esquiva inibitória (choque 0,4mA/3s; intervalo treino-teste de 24 h). Imediatamente após o treino em cada tarefa, osratos eram infundidos bilateralmente com 0,5 µl de S100β (20,200 nM, 2 ou 20 µM) ou com o veículo (TFS).Resultados: Habituação: não houve diferença em nenhuma dasvariáveis medidas - crossings, rearings e latência de saída doquadrante (ANOVA 1 via, p>0,10) entre os treinos ou entre ostestes dos diferentes grupos (doses); todos aprenderam a tarefa(teste t pareado, p<0,05). Esquiva inibitória: encontraram-sediferenças entre os grupos nos testes (Teste de Kruskal-Wallis,p<0,05); já os treinos foram iguais entre si (p>0,10). Os animaisinfundidos com 2 e 20 µM obtiveram maiores escores deretenção com relação à latência do grupo controle no teste(Teste U de Mann Whitney, p<0,05).Conclusão: os dados sugerem que o aumento dos níveis deS100β no hipocampo de ratos logo após o treino facilita, demodo dose-dependente, a consolidação da memória da tarefa deesquiva inibitória, mas não da de habituação.Apoio: FAPERGS, CNPq, PRONEX, PROPESQ/UFRGS e IFS.

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39. EFEITO DO ANTIDEPRESSIVO BUPROPION SOBRE OAPRENDIZADO DE UMA TAREFA NO LABIRINTO RADIALDE OITO BRAÇOS.Rodrigues, L.**; Bevilaqua, L. R. M.; Cammarota, M. e Izquierdo,I. A. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto deCiências Básicas da Saúde, Departamento de Bioquímica. PortoAlegre, RS.Objetivos: A transmissão dopaminégica no córtex pré-frontaltem participação importante na formação da memória detrabalho. Registros eletrofisiológicos de neurônios do córtex pré-frontal de primatas e ratos mostram o disparo sustentado de taisneurônios ao longo do curto período de intervalo da tarefautilizada neste estudo (protocolo win-shift). Baseado nestesindicativos, estudamos a influência do antidepressivo bupropion,um inibidor seletivo da recaptação de dopamina e, em menorgrau, norepinefrina, sobre o aprendizado de uma tarefa multi-trialde orientação visoespacial no labirinto radial de oito braços.Métodos: Ratos Wistar fêmeas foram manipulados, habituadose mantidos sob restrição alimentar (85% do peso inicial) e entãosubmetidos a quinze dias de treinamento na versão win-shift dolabirinto radial de oito braços até atingirem um critério deperformance (1 ou 0 erros em dois dias consecutivos). Olabirinto consiste de oito braços de 78 cm de comprimento, 8 cmde largura e 1 cm de altura que se estendem radialmente deuma plataforma central circular de 28 cm de diâmetro, elevado a70 cm do solo e localizado em uma sala onde estão dispostasdicas espaciais alocêntricas. Seis horas antes de cada sessãode treino foi administrado o bupropion (20 ou 60 mg/Kg, p.o) ousolução salina.Resultados: Os animais que receberam bupropion em ambasas dosagens atingiram o critério de performance antes dosanimais controle, ou seja, apresentaram menos erros dereferência e de memória de trabalho (dias 7-12).Conclusões: O bupropion em doses terapêuticas, através doaumento da disponibilidade de dopamina na fenda sináptica,facilita a aquisição da tarefa win-shift no labirinto radial de oitobraços.Apoio Financeiro: CAPES, CNPq, FAPERGS.

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40. RECEPTORES NÃO-NMDA HIPOCAMPAIS E EVOCAÇÃODA MEMÓRIA EM RATOS II: EFEITOS DO NBQX EM MACHOSE FÊMEAS. Oliveira, L.F.**, Diehl, F.*, Camboim, C.*, Silva, M.C.*,Silva, M.A.S*, Alvares, L.O.* e Quillfeldt, J.A. LPBNC, Depto. deBiofisica, IB/UFRGS, Porto Alegre, RS.Objetivos: trabalhos anteriores indicam a participação dosreceptores glutamatérgicos não-NMDA (AMPA e KA) nosprocessos de consolidação e evocação da memória, entretanto,não concluem se são os receptores AMPA, os receptores KA ouainda ambos os principais envolvidos. O objetivo deste trabalho éestudar o papel dos receptores AMPA na evocação, comparandoanimais machos e fêmeas.Métodos: os animais experimentais foram canuladosbilateralmente no hipocampo dorsal e, posteriormente, treinadosna tarefa de esquiva inibitória. 0 teste era feito 24 horas após. Dezminutos antes do teste, os animais foram infundidos com 0,5ug/lado NBQX, antagonista glutamatérgico seletivo para osreceptores AMPA, ou com seu veículo, DMSO/salina.Resultados: os animais machos infundidos com NBQX (N=10,mediana= 19 (11,75/180)) não apresentaram diferenças (P=0,504,sempre teste U de Mann-Whitney) no teste quando comparadosaos machos infundidos com veículo (N=8, mediana=18(10,25/61)). As fêmeas infundidas com NBQX (N=33, mediana=21(8,5/180)) também não apresentaram diferenças (P=0,499) noteste quando comparadas às fêmeas infundidas com veículo(N=16, mediana=33,5 (13,75/67,25)).Conclusão: os resultados encontrados no presente trabalhoindicam que os receptores glutamatérgicos ionotrópicos do tipoAMPA hipocampais não são essenciais para a evocação damemória nem em machos, nem em fêmeas. Estes resultados vãocontra dados anteriores da literatura, obtidos com antagonistaspouco seletivos para AMPA.Apoio Financeiro: CNPQ, CAPES, FAPERGS, Propesq /UFRGS, IFS.

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41. AGMATINA INDUZ UM EFEITO ANSIOLÍTICO NOLABIRINTO EM CRUZ ELEVADO EM RATOS ADULTOSDaniel Lavinsky*, Nice Sarmento Arteni**, Carlos AlexandreNetto Departamento de Bioquímica ICBS UFRGS Porto Alegre

Objetivo: Agmatina é uma poliamina liberada endogenamentepor diversos sistemas do organismo de mamíferos e vem sendoproposto que ela possa ser um novo neurotransmissor, apesarda sua função ainda não ter sido determinada. Nós investigamosa hipótese que agmatina administrada em ratos adultos possainduzir um comportamento ansiolítico no labirinto em cruzelevado (LCE) e no campo aberto.Métodos: Foram utilizados ratos Wistar adultos machosdivididos em grupo tratado com agmatina em doses de 1, 10, 20,40 e 100 mg/kg e grupo salina. Ambos recebiam o tratamento i.p30 minutos antes do LCE e do campo aberto.Resultados: A administração de agmatina em doses de 20 e 40mg/kg aumentou o tempo do rato no braço aberto do LCE,quando comparado ao grupo salina, sem apresentar nenhumefeito sobre a atividade motora dos animais, tanto no LCEquanto no campo aberto. Porém, 100 mg/kg de agmatina reduziusignificativamente o número de entradas nos braços fechados doLCE e o número total de cruzamentos no campo aberto.Conclusões: Nós sugerimos que agmatina, em doses de 20 e40 mg/kg, causa um comportamento ansiolítico e possivelmenteeste efeito possa ser induzido através da sua inibição da óxidonítrico sintase, do bloqueio dos receptores NMDA ou da ativaçãodos receptores alfa2 adrenérgicos.APOIO: PIBIC/CNPq

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42. EFEITO DO CLAMPEAMENTO DA ARTÉRIA RENALSOBRE O COMPORTAMENTO SEXUAL (CS) EM RATOSADULTOS. Breigeiron, M.K.**; Lucion, A.B.; Sanvitto, G.L., Lab.Neuroendocrinologia do Comportamento, Depto. Fisiologia,ICBS, UFRGS, RS.Objetivo: Relacionar o aumento da PAM com possíveisalterações nos parâmetros de CS em ratos adultos submetidosao modelo de Goldblatt-2 rins/1 clipe.Métodos e Resultados: Ratos Wistar, sexualmente experientes,foram divididos em dois grupos: (1) cirurgia-fictícia (C) e (2) 2rins / 1 clipe (2R/1C). Com peso corporal entre 270-290g, osratos foram submetidos à colocação de um clipe de prata(DI=0,3mm) na artéria renal esquerda e, após 21 dias doprocedimento foram canulados na artéria femural esquerda.Passados 28 dias de clampeamento renal, foi registrado o CSem vídeo e as PAMs em um sistema de aquisição de dados(realizados registros de trinta segundos iniciando-se no tempo 0,com intervalos subseqüentes de 3, 6, 9, 12, 15 e 18 min). Asmedianas (intervalo interquartil) e as médias (+ EPM) do CS e asmédias (+ EPM) das PAMs foram analisadas pelo teste t Student(p<0,05). Entre os grupos, houve diferença significativa nasPAMs em todos os tempos (C=96,6+1,4,N=7; 2R/1C=131,9+0,5,N=7) e no CS nos seguintes parâmetros: latências de monta comintromissão (C=30 - 9,5/169,N=10; 2R/1C= 134 -59,5/377,N=13), de monta sem intromissão (C= 45 - 12/170,5,N=10; 2R/1C= 198 - 42,5 / 341,5, N=13) e de ejaculação (C=496,5 - 370,5 /1088, N=10; 2R/1C= 1461-1216 / 1616, N=13); ena freqüência de monta com intromissão (C= 9,9+1,6, N=10;2R/1C = 4,7+1, N=13).Conclusão: A análise dos resultados sugere que existe umaassociação entre o aumento da PAM e a redução do CS,demonstrado neste modelo de hipertensão renovascular. Istopode indicar que estes dois fenômenos apresentam aAngiotensina II como gênese comum ou a redução do CS serconseqüência do aumento da PAM.Apoio Financeiro: CAPES.

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43. ESTRESSE REPETIDO: EFEITO SOBRE OCOMPORTAMENTO ALIMENTAR EM RATASOOFORECTOMIZADAS. Rodrigo S. Balk**, Martha D. Correa*,Giovana D. Gamaro**, Carla Dalmaz. Depto Bioquímica,UFRGS, Porto Alegre, RS.Objetivos: O comportamento alimentar é conseqüência dainteração entre mecanismos fisiológicos e condições ambientais,como por exemplo a exposição ao estresse. Por exemplo, aexposição a estressores variados provoca uma diminuição doconsumo de alimento doce, enquanto que o estresse repetidodetermina um aumento no consumo desse mesmo alimento.Esse último efeito, porém, foi observado em machos e não emfêmeas. Por outro lado, os hormônios ovarianos também têmimportância na modulação do comportamento alimentar. Oobjetivo deste trabalho é, então, analisar as alterações causadaspelo estresse repetido em ratas ooforectomizadas, eooforectomizadas com reposição hormonal, sobre o consumo dealimento doce. Métodos: Foram utilizados ratos Wistar (fêmeas,60 dias, peso médio 170 gramas), mantidos em um ciclo claro-escuro de 12 horas e com água ad libitum, as quais foramsubmetidas a cirurgias para extirpação dos ovários. Após operíodo de recuperação, receberam implante sub-cutâneo decápsulas de sillastic contendo 10 µl de 17 beta-estradiol (5%) ouveículo. O estresse consistiu em colocar os ratos em cilindrosplásticos 1 h/dia por 30 dias. No 25º dia, iniciou-se a habituaçãoà tarefa de comportamento alimentar, durante 5 dias, emrestrição alimentar, após o quê foi aplicado o teste, com osanimais alimentados ad libitum, o qual consistiu em colocar oanimal em uma caixa durante 3 min, medindo-se o consumo deroscas doces. Resultados: Observou-se efeito do estradiol(maior consumo de doce) e do estresse (também aumentou oconsumo de doce) (ANOVA de duas vias, P < 0,05). Conclusão:Tendo em vista o marcante efeito do hormônio, é possível que aobservação anterior de não haver efeito em fêmeas seja devidaao fato de terem sido utilizadas fêmeas em diferentes fases dociclo estral naquele estudo. Estes dados sugerem que o efeito doestresse não é afetado pelo estradiol, e que este tem efeito deestimulação de apetite, ao menos para este tipo de alimento.(CNPQ, PRONEX)

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44. EFEITO DA REPOSICÃO HORMONAL COM ESTRÓGENOE ESTRESSE REPETIDO SOBRE A RESPOSTANOCICEPTIVA E SENSORIAL EM MACHOS E RATASOOFORECTOMIZADAS MARTHA D. CORRÊA*, RODRIGO S.BALK**, CARLA DALMAZ, DEPTO. BIOQUIMICA E PPG NEUROCIÊNCIAS,ICBS, UFRGS, PORTO ALEGREExistem evidências de que o estresse determina alteraçõesnociceptivas e sensoriais. Estudos mostram que ratossubmetidos ao estresse apresentam um melhor desempenho naatividade sensorial, utilizando-se o teste do stick-paper. Tambémtem sido demonstrado que o estresse repetido causahiperalgesia, um efeito observado em machos, porém não emfêmeas, talvez em função de variações no cilo estral, uma vezque hormônios sexuais podem alterar a nocicepção. Objetivo: Opresente estudo tem como objetivo avaliar os efeitos induzidospelo estresse repetido em ratas ooforectomizadas e machossobre a nocicepção e a resposta sensorial. Métodos: foramutilizados ratos Wistar fêmeas e machos adultos (60 dias), comração padronizada e água “ad libitum”. As fêmeas foramooforectomizadas sob anestesia e após 30 dias de estresse porconteção (1 h/dia) foram aplicados os testes. A nocicepção foideterminada com aparelho de tail-flick e a latência de retirada dacauda em resposta a um estímulo térmico foi medida. Acapacidade sensorial foi verificada pelo teste do stick-paper noqual fitas adesivas eram colocadas nas patas dianteiras dosanimais, medindo-se o tempo que os mesmos levavam paralevar a pata à boca e para retirar as fitas. Resultados:Observou-se efeito do estresse repetido sobre a nocicepção(hiperalgesia), tanto em machos quanto em fêmeas. Houve aindaefeito do sexo (os machos apresentaram maiores latências emrelação às fêmeas). No teste do stick paper, o estressedeterminou uma redução do tempo para levar a pata à boca. Areposição hormonal com uma cápsula contendo estradiol nãoalterou o efeito do estresse em nenhum dos testes. Conclusão:Os animais submetidos ao estresse repetido apresentam maiorsensibilidade, tanto no teste sensorial quanto no teste denocicepção, independentemente do sexo.(Apoio: CNPq)

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45. ESTRESSE NEONATAL NÃO ALTERA ODESENVOLVIMENTO DE PREFERÊNCIA NO TESTE DEPREFERÊNCIA CONDICIONADA DE LUGAR. Zaira Clemente*,André K.Portella, Patrícia P. Silveira, Carla Dalmaz. Depto.Bioquímica – ICBS – UFRGS, Porto Alegre, RS.O estresse nos primeiros dias de vida causa modificaçõesneuroquímicas e comportamentais que persistem na vida adulta.Observamos anteriormente que ratos separados da mãeapresentaram aumento no consumo de doces e alimentosalgado comparados com ratos intactos. Não há diferença entreos sexos. Diferentes sistemas, no SNC, podem ser responsáveispor esse efeito. A dopamina é um neurotransmissor sabidamenteenvolvido com mecanismos de recompensa, e há relatos de queo desenvolvimento de preferência por um ambiente édependente de um sistema dopaminérgico íntegro. Objetivo. Oobjetivo do presente trabalho é verificar os efeitos damanipulação de ratos no período neonatal sobre a suacapacidade para desenvolver preferência entre um lugar escuro(normalmente escolhido) e outro lugar claro associado àpresença de comida, através do Teste de PreferênciaCondicionada de Lugar. Métodos. Ninhadas foram divididas em3 grupos: controles, separadas da mãe (10min/dia) e estimuçãotátil (10min/dia). Estes procedimentos foram realizados nos dias1-10 pós-natal. Quando adultos, os animais foram expostos a umlabirinto constituído por dois compartimentos, um escuro e outroclaro. Após uma primeira exposição, os animais foramsubmetidos a sessões diárias no compartimento claro (agoracom 20 roscas doces) ou no escuro, então fechados. Após 6dias, os animais foram novamente expostos ao labirinto podendoacessar ambos os compartimentos, porém sem alimento doce. Otempo foi comparado com o tempo gasto no compartimento clarono primeiro dia. Resultados. Todos os ratos aumentam suapermanência no lado claro (ANOVA de medida repetida, P <0,0001), sem haver efeito do grupo (P = 0,612) nem do sexo (P =0,579). Conclusão. Ratos que sofreram estresse neonatalpossivelmente não tenham alterações sensíveis ao testecomportamental usado. Isto nos instiga a investigar outrossistemas de projeção difusa do encéfalo, como por exemplo oserotoninérgico. (PRONEX, FAPERGS, Propesq-UFRGS,CNPq).

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46. EFEITO DA ESTIMULAÇÃO NEONATAL SOBRE OCOMPORTAMENTO SEXUAL (CS) E A PRESSÃO ARTERIALMÉDIA (PAM) EM RATOS ADULTOS. Breigeiron, M.K.**;Lucion, A.B.; Sanvitto, G.L., Lab. Neuroendocrinologia doComportamento, Depto. Fisiologia, ICBS, UFRGS, RS.Objetivo: Relacionar as possíveis alterações nos parâmetros deCS e de PAMs em ratos adultos submetidos à estimulaçãoneonatal (manipulação).Métodos e Resultados: Ratos Wistar foram divididos em doisgrupos: (1) não-manipulado (NM) e (2) manipulado (M -manuseio suave dos filhotes durante 1 min/dia dentro de umtempo total de 3 min de afastamento maternal, nos 10 primeirosdias de vida). Com peso corporal entre 360-390g, os ratos foramsubmetidos à canulação da artéria femural esquerda, e, após 7dias do procedimento, foi registrado o CS em vídeo e as PAMsnum sistema de aquisição de dados (realizados registros detrinta segundos iniciando-se no tempo 0, com intervalossubseqüentes de 3, 6, 9, 12, 15 e 18 min). As medianas(intervalo interquartil) e as médias (+ EPM) do CS e as médias (+EPM) das PAMs foram analisadas pelo teste t Student (p<0,05).Entre os grupos, houve diferença significativa no CS para osseguintes parâmetros: latência de monta com intromissão (NM=10 - 6/60, N=10; M= 235 - 15/600, N=10), latência de ejaculação(NM= 401 - 360/1051, N=10; M = 1283 - 540/1800,N=8),freqüência de monta com intromissão (NM= 11+1,6,N=10;M=4+1,3, N=10) e duração do período refratário (NM= 296+24,3,N=10; M= 455+49,N=5). Não houve diferença significativanas médias (+ EPM) das PAMs.Conclusão: A análise dos resultados indica que a estimulaçãoneonatal provoca uma redução no CS do animal adulto, sendoque esta redução não está associada a alterações da PAM.Apoio Financeiro: CAPES.

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47. EFEITOS DA MANIPULAÇÃO NEONATAL E DAPRIVAÇÃO MATERNA SOBRE O MEDO CONDICIONADO EMRATOS. CLARICE S. MADRUGA**, SHEILA WEREMCHUK*, ALDO B.LUCION. LABORATÓRIO DE NEUROENDOCRINOLOGIA DOCOMPORTAMENTO UFRGS - PORTO ALEGRE.Objetivo: Estudar a influência da manipulação neonatal e daprivação materna sobre o medo inato e aprendido. Método:Ratos Wistar, do 1º ao 10º dia pós-parto, foram submetidos a 3tipos de intervenção: manipulação (retirados do ninho e tocadosgentilmente por 3 min); separação (retirados do ninho por 3h); egrupo controle. Quando adultos, realizaram-se 2 experimentos:condicionamento pavloviano (15 ratos em cada grupo) e campoaberto (15 ratos em cada grupo). O condicionamento pavloviano(treino) foi constituído por 10 pareamentos de 1 estímuloincondicionado (EI, choque elétrico ) com 2 estímuloscondicionados ou neutros (EC, som e luz) em 2 sessões de 5pareamentos cada. A duração de cada emissão do EC foi de 5ssendo no último segundo associada ao EI. O teste foi realizado24h após o treino, e consistiu de emissões de EC por um períodototal de 30 min. No experimento 2, foi utilizado um campo abertode 1m2 no qual os ratos permaneciam por 5 min. Em ambosexperimentos os comportamentos foram registrados em vídeo eanalisados através do programa Noldus®. Os resultados(média±EPM) foram analisados por uma ANOVA, post-hocNewman Keuls (p<0,05). Resultados: No medo aprendido houveaumento do comportamento grooming, diminuição da duração docomportamento de imobilização e do tempo para extinção docondicionamento do grupo manipulado (263±66; 494±6;606±197) comparado ao controle (111±27; 672±60; 1069±294respectivamente). No medo inato, houve aumento da duração dalocomoção e da duração de rearing e aumento da freqüência deentradas nos quadrantes centrais do campo aberto do grupomanipulado (97.6±7; 64.3±5; 3.4±1.6) comparado ao controle(69±7; 48±5; 2.2±0.6). Conclusão: A manipulação neonatalreduziu o medo condicionado. Foi confirmado o aumento daatividade locomotora causada pela manipulação. Os paradigmasde medo utilizados não foram capazes de detectar diferençascomportamentais nos ratos submetidos a separação materna.Apoio Financeiro: CAPES, CNPq, FAPERGS.

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48. A ISQUEMIA CEREBRAL GLOBAL ALTERA ODESEMPENHO DE RATOS NO TESTE DE PREFERÊNCIACONDICIONADA DE LUGAR. Virgínia P. Maszlock*, FernandaU. Fontella**, Leonardo Machado Crema*, Martha DominguesCorrea*, Carlos Alexandre Netto, Carla Dalmaz (Depto. deBioquímica, ICBS, UFRGS, Porto Alegre ).A isquemia cerebral global, diminuição transitória do aportesanguíneo cerebral, leva a uma insidiosa morte seletiva deneurônios piramidais da região CA1 do hipocampo, podendoestas lesões cerebrais terem conseqüências permanentes eocasionarem sérias disfunções neurológicas. A dopamina é ummensageiro cerebral importante na regulação da ingestãoalimentar , e uma deficiência na sua produção pode causar umaincapacidade do animal para iniciar a alimentação (motivação).Objetivos: verificar a integridade das vias dopaminérgicas(motivação da busca pelo alimento) através do teste de“preferência condicionada de lugar”, em ratos submetidos àisquemia cerebral global (ICG) por 10 minutos. Métodos: Foramutilizados ratos Wistar, machos, adultos, submetidos à ICG por10 minutos, pelo método de oclusão de 4 vasos. O grupo shamfoi submetido somente à cirurgia e o grupo controle total foimantido em suas caixas moradia até o dia do experimento. Dezdias após os animais terem sido submetidos à ICG, foi realizadoo teste de preferência condicionada. Foi analisada a preferênciapelo lado claro (aversivo) ou escuro (preferencial) de uma caixa,antes e após o condicionamento, que consistiu na exposição doanimal alternadamente ao lado claro da caixa contendo alimentodoce ou ao lado escuro, durante 6 dias. O teste, quando nãohavia mais alimento no lado claro, foi realizado no estado dejejum. Resultados: os resultados parciais obtidos mostram queos animais submetidos à ICG, diferentemente dos controles esham, não apresentam aumento no tempo de permanência nolado claro da caixa no teste. Conclusão : estes resultadossugerem uma alteração na motivação para a busca do alimentono grupo isquemiado, talvez causada por alteração nas viasdopaminérgicas destes animais.(Apoio: CNPq, PROPESQ-UFRGS, FAPERGS, PRONEX)

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49. O TESTE DA CAIXA COM DOIS COMPARTIMENTOS NOPOMBO (Columba livia). I. DESCRIÇÃOCOMPORTAMENTAL. Braz-Souza, A.C.1**, Bose, R.C.2**,Averbeck, E.1*, Faria, M.S.1, Marino-Neto, J.1, (1) CFS-CCB e (2)IEB-EEL, UFSC – Florianópolis/SC.OBJETIVOS: Em roedores, a atividade exploratória na caixacom dois compartimentos é um índice de ansiedade muitousado. A importância do pombo como modelo pré-clínico paratestes de ansiolíticos em modelos de comportamento punido foidemonstrada. Neste estudo descrevemos o comportamento depombos submetidos a um ambiente, composto por uma alafechada e uma ala aberta.MÉTODOS: Pombos (ambos os sexos, 300-400g) foramsubmetidos a 7 dias de adaptação em gaiolas individuais comágua e ração ad libitum e acesso visual e auditivo a outrospombos. Os animais eram transportados para uma gaiola,dividida em dois compartimentos, um com as paredes negras(ala fechada-AF), e outro com acesso visual ao exterior (alaaberta- AA). Os animais eram inicialmente colocados na AF(n=13) ou na AA (n=8). Os comportamentos eram registrados emvídeo por 10 min. e analisados de acordo com as seguintescategorias: a) freqüência e duração do espiar (movimento dearremessar a cabeça, precedido de um curto movimento nosentido oposto e retorno à posição inicial), b) duração dalocomoção, c) tempo de permanência em cada uma das alas ed) latências para deixá-las.RESULTADOS: Os animais colocados na AF apresentaram umalatência para sair (64.5s ±25) menor do que para voltar (155s±33) permanecendo mais tempo na AA (63.6%± 6) do que na AF(36.3% ± 6). Os animais colocados na AA demonstraram umalatência para sair (212s± 61) maior do que para voltar (74s± 28),e permaneceram mais tempo na AA (72.7%± 4) do que na AF(27.3%± 4) Em ambos os grupos os demais comportamentosnão demonstraram diferenças entre as alas.CONCLUSÕES: Os dados sugerem que: 1) a AF parece sermais aversiva que a AA, 2) os animais exibem o mesmo padrãoexploratório e locomotor na AF e AA, independente da ala quesão inicialmente colocados, 3) a caixa com dois compartimentospode ser útil no estudo de comportamentos defensivos empombos.

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50. O TESTE DA CAIXA COM DOIS COMPORTIMENTOS NOPOMBO (Columba livia). II. EFEITOS DA EXPOSIÇÃOREPETIDA À ALA FECHADA. Braz-Souza, A.C.1**, Bose,R.C.2**, Averbeck, E.1*, Faria, M.S.1, Marino-Neto, J.1, (1) CFS-CCB e (2) IEB-EEL, UFSC – Florianópolis/SC.Objetivos: Estudos preliminares indicaram que, na caixa comdois compartimentos, há uma possível preferência do pombopela ala aberta. Sugerindo uma potencial utilidade deste testeem estudos que envolvam fuga ou esquiva. No presente estudoanalisamos o efeito de exposições repetidas sobre ocomportamento de pombos. Métodos: Pombos (n= 7, ambos ossexos, 300 e 400g) foram submetidos a 7 dias de adaptação emgaiolas individuais com água e ração ad libitum e acesso visual eauditivo a outros pombos. No momento do registro, os animaiseram transportados para uma gaiola, dividida em doiscompartimentos, um com as paredes negras (ala fechada-AF)onde os animais eram colocados, e outro com acesso visual aoexterior (ala aberta- AA). Os comportamentos eram registradosem vídeo por 10 min. e analisados de acordo com as seguintescategorias: a) freqüência e duração do espiar (movimento dearremessar a cabeça, precedido de um curto movimento nosentido oposto e retorno à posição inicial), b) duração dalocomoção, c) tempo de permanência em cada uma das alas ed) latências para deixá-las. Este protocolo foi repetido 4 vezescom intervalo de 7 dias entre as sessões. Resultados: Na 1°exposição os animais deixam rapidamente AF (88,2s ± 45)permanecendo menos tempo na mesma (41,5%± 10). Na 2°exposição a latência para sair da AF aumenta (168s± 69) e nasdemais sessões passa a não ocorrer na maioria dos animais. Apartir da 2° exposição há um aumento significante no tempo depermanência na AF (2°= 62,7%± 13, 3°=88,6%± 11, 4°=89,7%±5). O espiar na AA diminui ao longo das exposições.Conclusões: Os dados sugerem que: 1) durante a 1° exposição,os pombos exibem preferência pela AA em relação a AF, 2) aexperiência prévia altera a preferência do animal, visto que aolongo das exposições os mesmos permanecem mais tempo ounem saem da AF, 3) os dados sugerem que processoscognitivos alteram o comportamento de pombos na caixa comdois compartimentos.

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51. LATERALIZAÇÃO DOS EFEITOS DA HIPÓXIA-ISQUEMIACEREBRAL NEONATAL NA TAREFA DO LABIRINTO EMCRUZ ELEVADO. Nice Sarmento Arteni**, Daniel Lavinsky*,Analú Lopes Rodrigues**, Matilde Achaval Elena, CarlosAlexandre Netto.PPG: Neurociências - UFRGS - Porto Alegre.Objetivos: O papel de lesões cerebrais neonatais nos resultadoscomportamentais em adultos é importante para o esclarecimentoda fisiopatologia dos transtornos mentais. Além disso, outravariável freqüentemente associada a tais transtornos élateralização cerebral. Roedores assim como humanosapresentam assimetrias comportamentais e neuroquímicas. Oconflito comportamental causado pela tarefa do labirinto em cruzelevado (LCE) pode ser uma ferramenta útil no estudo destasfisiopatologias, uma vez que a ansiedade pode influenciar odesempenho do animal em um amplo espectro. Considerandoisto, submetemos ratos com lesões neonatais nos diferenteshemisférios ao LCE.Métodos: Ratos Wistar machos com 7 dias de vida foramanestesiados e uma de suas artérias carótidas foipermanentemente ocluída (HID: oclusão da c. direita; HIE:oclusão da c. esquerda) e expostos a uma atmosfera hipóxica(8% O2 – 92% N2) durante 90 minutos. Terminada a hipóxiaestes ratos não foram mais manipulados até os 90 dias de vidaquando foram submetidos ao (LCE) durante 5 minutos. Oscérebros destes animais foram perfundidos e submetidos aanálise morfológica.Resultados: O grupo HID permaneceu significativamente maistempo nos braços abertos que os grupos controle e HIE, nãohavendo diferença entre estes (P=0.001, ANOVA). Já o danocerebral (representado pela área coronal do hemisfério ipsilaterala lesão) foi igual em ambos os grupos hipóxicos (P=0.88, Testet).Conclusão: Lesões cerebrais neonatais no hemisfério direito deratos podem aumentar os níveis de ansiedade na vida adultadestes.

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52. MODULAÇÃO POSITIVA DA MEMÓRIA PELOSRECEPTORES M1 HIPOCAMPAIS: EFEITOS DA MT2 E DAPIRENZEPINASilva, M.C.*; Ferreira, A.R.**; Fürstenau, L.**; Silva, M.A.S. da*;Cerveñansky, C.; Jerusalinsky, D.; Quillfeldt, J.A., Laboratório dePsicobiologia e Neurocomputação, Depto. de Biofísica, UFRGS,Porto Alegre, RS.Objetivo: Neste trabalho, estudamos o efeito da Pirenzepina(antagonista colinérgico muscarínico 5 vezes mais afim por M1que por M4) doses 0,5 e 2,0 e 8,0 µg/lado e da ToxinaMuscarínica MT2 (um agonista M1 que se liga com menosafinidade a M4) doses 0,75 e 1,5 e 3,0 µg/lado no hipocampo deratas treinadas na Esquiva Inibitória (EI).Métodos e Resultados: 92 ratas Wistar foram canuladasbilateralmente no hipocampo dorsal, sendo submetidas à tarefade EI 24h após. A diferença entre latência dos testes nos gruposfoi utilizada para avaliar a retenção da memória e o aprendizadofoi avaliado pela diferença treino-teste. MT2 0,75ug/lado (n=23)facilitou a consolidação da memória (p=0,0059, Kruskall-Wallis),não tendo efeito na dose maior(n=14). Pirenzepina2,0µg/lado(n=8) foi amnésica(p=0,0191, Mann-Witney); 0,5 e 8,0ug/lado não tiveram efeito (p>0,10). Todos os gruposaprenderam (Wilcoxon, p<0,05), exceto o de Pirenzepina0,5ug/lado (p=0,0929).Conclusões: Os resultados de MT2 baixa dose (facilitação) ePirenzepina (amnésico) sugerem a participação do receptorhipocampal M1 como modulador positivo da consolidação damemória desta tarefa. O fato da dose alta de MT2 não ter tidoefeito, sugere que esta provavelmente esteja agindo noutro local,possivelmente receptores M4.Apoio financeiro: IFS, CAPES, CNPq, FAPERGS, PROPESQ,UFRGS.

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53. EFEITOS DA ADMINISTRAÇÃO INTRA-HIPOCAMPALPRÉ-TESTE DE CNQX, NBQX E NS-102 SOBRE AEVOCAÇÃO DA ESQUIVA INIBITÓRIA EM RATOS. FelipeDiehl*, Lucas F. de Oliveira**, Clarissa C. S. de Almeida*,Mariane C. da Silva*, Lucas O. Alvares*, Marco A. S. da Silva* eJorge A. Quillfeldt (LPBNC, Depto. de Biofísica, IB/UFRGS, PortoAlegre, RS).Objetivos: o glutamato é o principal neurotransmissor excitatóriodo sistema nervoso e está envolvido nos processos deconsolidação e evocação da memória. O objetivo deste trabalhoé estudar a participações dos receptores ionotrópicos AMPA eKainato na evocação da memória através da utilização pré-testedos antagonistas glutamatérgicos CNQX, NBQX e NS-102.Métodos: ratos Wistar machos foram bilateralmente canuladosna região hipocampal dorsal e submetidos à tarefacomportamental de Esquiva Inibitória. Cada animal, no treino, aodescer da plataforma com as 4 patas recebeu choques de 0,5mA/3s. No dia seguinte os mesmos animais receberam infusão,através das cânulas, de 0,5 µg/lado de CNQX, 0,5 µg/lado deNBQX, 0,67 µg/lado de NS-102, ou veículo (DMSO/salina). Oteste de retenção da memória ocorreu dez minutos após, porémsem o choque. A latência de descida da plataforma no teste é oíndice de memória da tarefa.Resultados: nenhuma das drogas promoveu diferençasignificativa na latência do teste em comparação com o grupocontrole (teste de Mann Whitney): P=0,429 para o CNQX,N=12/9 (droga/veíc.); P=0,504 para o NBQX, N=10/9; P=0,235para o NS-102, N=7/10. Em todos os grupos o desempenho noteste foi estatisticamente melhor com relação ao treino (P=0,05,teste de Wilcoxon), confirmando a retenção da tarefa.Conclusão: os dados obtidos sugerem que os receptores AMPAe Kainato hipocampais não sejam essenciais para o processo deevocação da memória, pelo menos quando bloqueadosseparadamente.(Apoio Financeiro: CAPES, CNPq, FAPERGS,PROPESQ/UFRGS, IFS)

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54. NALTREXONA NOS NÚCLEOS DA ESTRIA TERMINALREVERTE PARTE DOS EFEITOS DO ESTRESSE EM RATASLACTANTESMedeiros, S.**, Pavesi, E.*, Rocha, A.C.C.*, Martins da Silva,V.P.*, Terenzi, M.G., Departamento de Ciências Fisiológicas,CCB, UFSCObjetivos: O estresse afeta o comportamento maternal e aamamentação de forma opióide dependente. Os núcleos daestria terminal (NET) são uma das áreas ricas em receptoresopióides que modulam o comportamento maternal. Investigamoso efeito de naltrexona nos NET em ratas lactantes normais ouestressadas. Métodos: Ratas Wistar (250 g) implantadas aos 15dias de gestação com cânula-guia unilateral nos NET foramtestadas 7 dias pós-parto. Os filhotes eram separados da mãe 10h antes. As mães foram divididas em grupo controle nãoestressado (C, n=11) e estressado (CE, n=8), e microinjetadascom 0,5 µL de salina. Grupos N (n=6) e NE (n=10) receberam 1µg de naltrexona. Após a microinjeção, a mãe era reunida aosfilhotes em uma caixa nova, caracterizando o estresse ambiental.Analisamos o comportamento maternal e o ganho de peso dosfilhotes após 2 etapas de amamentação. Resultados: O grupo Cdemorou mais para recolher os filhotes e 6/11 ratas iniciaram aamamentação espontaneamente. No grupo N, 4/6 tiveram omesmo modo de início (etapa 1). No grupo CE, 1/8 ratasiniciaram a amamentação espontaneamente, enquanto 4/10mães do grupo NE fizeram o mesmo. Os grupos C e CEdemoraram mais tempo para completar a amamentação. Ogrupo C gastou mais tempo em atividades não maternais naetapa 1. Os filhotes do grupo NE tenderam a ganhar mais pesoque os demais na etapa 1. Conclusão: O estresse ambientalinterferiu na interação mãe-filhotes, com a mãe explorando maiso ambiente e construindo ninho. A naltrexona nos NET diminuiuestes efeitos melhorando o recolhimento e modo de início daamamentação.Agradecimentos: PIBIC-UFSC, CNPQ e CAPES-PROF

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55. IMUNODETECÇÃO DE FILAMENTOS INTERMEDIÁRIOSDE CÉLULAS GLIAIS DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL(SNC) DO CARACOL PULMONADO Megalobulimusoblongus. dos Santos**, P.C.; Gelhen, G.; Gottfried, C.;Gonçalves, C.A.; Faccioni-Heuser, M.C.; Achaval, M. UFRGS –Porto Alegre.Objetivos: O objetivo deste trabalho foi detectar aimunorreatividade da GFAP e vimentina nas células gliais doSNC do molusco M. oblongus, utilizando os métodos deimmunoblotting e imunohistoquímica aos níveis óptico eeletrônico.Métodos: Foi utilizado o caracol terrestre M. oblongus adulto.Após anestesia, foi retirada a concha e seccionado o manto.Utilizaram-se os procedimentos: anticorpo não marcado deSternberger (1979) para VIM e GFAP aos níveis óptico eeletrônico; immunoblotting .Resultados: As células gliais dos gânglios estudados foramimunorreativas à GFAP e vimentina (GFAP-ir e VIM-ir), tanto nossomas quanto nos prolongamentos, sendo o núcleo negativo.Houve diferença na imunomarcação para as 2 proteínas. As gliasGFAP-ir mostraram forte marcação, diferenciando-se 4 tiposgliais. Na zona cortical ganglionar identificaram-se glia lacunar(camada contínua subcapsular) e glia interneuronal, e na zonaneuropilar, glia perissináptica (aspecto reticular) e glia fibrosa. Ascélulas VIM-ir não mostraram uma camada contínuasubcapsular, e envolvendo os neurônios encontrou-se umadelicada rede de prolongamentos positivos. No neuropilo, umaforte reatividade diferenciou a glia perissináptica e a glia fibrosa.Ultraestruturalmente, foi possível identificar os filamentos GFAP-e VIM-ir, bem como outras organelas gliais. Visualizou-se,também, um complexo labirinto de prolongamentos gliais noespaço extracelular. Com o immunoblotting, foi possível verificara especificidade dos anticorpos usados e mostrar que asproteínas estudadas do M. oblongus possuem peso molecularsemelhante às de rato.Conclusões:As células gliais de M. oblongus são imunorreativasa anticorpos de vertebrados. A íntima relação glia-neurônios,indica a importância das células gliais para o SNC desse modeloexperimental. (CNPq, FAPERGS, UFRGS).

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56. EFEITO DO TRATAMENTO CRÔNICO COM LÍTIO NOSNÍVEIS DE β-TUBULINA III E GFAP NO MODELO DECONVULSÃO INDUZIDA POR PENTILENOTETRAZOL EMRATOS. Ferreira, O. J.**; Kegler, M.*; Santos, L. P.*; Walz R.;Rocha, E. R.; PPG Neurociências, ICBS- UFRGS, Porto Alegre –RS.Introdução: O Lítio é um fármaco utilizado na psiquiatria para otratamento da Doença Bipolar e Depressão Maior. Trabalhosrecentes têm demostrado que o lítio também possui um efeitoneuroprotetor em vários modelos de lesão. Previamente,demostramos que o tratamento crônico com lítio, em dosesterapêuticas, possui um efeito anticonvulsivante no modelo deconvulsão aguda induzida por pentilenotetrazol (PTZ). Objetivo:Investigar os efeitos do tratamento crônico com lítio, no modelode convulsão aguda induzida por PTZ, sobre os níveis deproteínas marcadora neuronal (β-tubulina III - β-tu III) emarcadora glial (proteína glial fibrilar ácida – GFAP). Métodos:Foram utilizados ratos Wistar, 2½ meses, machos, tratados comração normal ou com ração contendo LiCl (60 mM/Kg) por umperíodo de 4 semanas (litemia 0,4–1,2 mM). Os ratos receberamuma única injeção intraperitoneal (i.p.) de PTZ (55 mg/kg) ou desolução salina. O imunoconteúdo de β-tub III e GFAP foianalisado em fatias de córtex e hipocampo (regiões CA1, CA3,GD), em diferentes tempos de extração: 7º, 15º e 30º dias após ainfusão i.p. de PTZ. Técnicas de eletroforese e Western-blottingforam utilizadas para a identificação das proteínas. Resultados:A análise neuroquímica demostrou que a combinação dostratamentos, LiCl e PTZ i.p., provocaram um aumento noimunoconteúdo de GFAP 7 dias após PTZ, especificamente naregião do GD do hipocampo, o que não foi observado nasdemais áreas. Os níveis de β-TuIII não variaram nos grupos,áreas e tempos pós insulto estudados. Conclusões: Emcondições de astrogliose reativa (aumento de GFAP) ocorre umaumento na captação de glutamato, K+, bem como na produçãode fatores tróficos. Assim, os resultados sugerem que a ativaçãoglial no GD, pode estar relacionada ao reestabelecimeto dahomeostase hipocampal após o insulto convulsivo. (CNPq-PIBIC;FAPERGS; PRONEX; PROPESQ-UFRGS)

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57. DISTRIBUIÇÃO DOS ELEMENTOS NERVOSOSIMUNORREATIVOS A SEROTONINA APÓS ESTIMULAÇÃOTÉRMICA AVERSIVA NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL DOCARACOL PULMONADO MEGALOBULIMUS OBLONGUSAlessandra Swarowsky (1); Alice F.Monteiro (1); Denize Zancan(2) ; Matilde Achaval (1). Departamentos de CiênciasMorfológicas (1) e de Fisiologia (2), ICBS, UFRGS.A serotonina é um neurotransmissor importante nos diferentesfilos de invertebrados e atua como mediador químico em funçõesmotoras, interneuronais, assim como sensoriais. Objetivo:localizar os elementos neurais imunorreativos a serotonina noSNC caracol M. oblongus mediante o procedimentoimunohistoquímico de Stenberger (1979), que a expressem deforma basal, e estudar as prováveis variações deste mediadorquímico após a estimulação térmica aversiva. Métodos:Utilizamos 12 caracóis adultos, Megalobulimus oblongus (Müller,1774), obtidos no município de Charqueadas-RS, mantidos emterrários telados, com temperatura controlada e variaçõesambientais e de fotoperíodo, sendo alimentados com água ealface ad libitum. Estímulos térmicos (50°C) foram aplicados nomodelo utilizado, utilizando uma placa quente, e estesdesenvolveram um comportamento aversivo, mostrando umareação estereotipada com elevação da região anterior docomplexo cabeça-pé. Os animais eram rapidamente retirados daplaca quente, e colocados em caixas por 3 e 6 horasrespectivamente. Findado o tempo, os animais eramanestesiados em uma solução de mentol saturada por 30minutos, sendo o SNC retirado, fixado em paraformaldeído 4%diluído em tampão fosfato 0,1M, pH 7,4 por 4 h a temperaturaambiente, e, posteriormente crioprotegido com sacarose 30%.Realizaram-se cortes em criostato (Leitz), seguido pelaimunohistoquímica com soro anti 5-HT (Sigma) 1/2000, por 48h.Resultados e Conclusões: Dentre os gânglios centrais, o pedalexibiu o maior número de elementos imunorreativos à serotoninanos 3 grupos. O neuropilo apresentou-se mais imunorreativo emanimais tratados quando comparado ao grupo controle,principalmente no grupo dos tratados às 6h quando comparadoao grupo das 3h, sugerindo um envolvimento da serotonina noprocesso nociceptivo no caracol pulmonado Megalobulimusoblongus. Apoio Financeiro: CNPq e FAPERGS.

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ÍNDICE DE AUTORESSEÇÃO DE COMUNICAÇÕES ORAIS E DE CARTAZES

Abreu, D.S. 44, 45Achaval Elena, M. 24, 25, 30, 41, 42, 43,

64, 68, 70Almeida, C.C.S. 66Alvares, L.O. 49, 50, 53, 66Anselmo-Franci, J.A. 10, 14, 15, 18, 19, 22Arteni, N.S. 41, 42, 54, 64Averbeck, E. 62, 63Azambuja, N.A. 44, 47Balk, B.S. 56, 57Barreto-Chaves, M.L.M. 29Battastini, A.M.O. 11, 29, 31, 46Bevilaqua, L.R.M. 52Böhmer, A.E. 11, 31Bolzan, A. 27Bonan, C.D. 29, 46Bonatto, F. 26Bose, R.C. 62, 63Bottega, M. 23Braz-Souza, A.C. 62, 63Breda, R.V. 44, 45Breigeiron, M.K. 55, 59Bronzatto, S. R. 08, 20Bruno, A.N. 46Buffon, A. 11Buzin, L. 37, 38Camboim, C. 49, 50, 51, 53Cammarota, M. 52Carvalho, M. 40Cecconello, A.L. 21Cechin, S. 39Cerveñansky, C. 65Charcansky, A 43Cimarosti, H. 13, 33, 35, 37, 38,

39Clauber J. 09Clemente, Z. 58

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Cont, S. 16Córdova, F.M. 17, 28Cordova, F.M. 28Corrêa, M.D. 56, 57, 61Costa, J.C. 09, 44, 45, 47Costa, P.C. 44Crema, L.M. 31, 32, 35, 61Cremonez, C. 07Cunha, C. 30Cunha, F.B. 44, 45Dal Paz, K. 28Dalmaz, C. 11, 31, 32, 35, 56, 57,

58, 61Dantas, G. 11Decker, H. 07Deonízio, J. 30Diehl, F. 49, 50, 53, 66Donadio, M.V.F. 14 , 15

dos Santos, P.C. 68Elisabestky, E. 13Faccioni-Heuser, M.C 24, 25, 43, 68Faria, M.S. 62, 63Fernandez, C. 26Ferraz, A. 30Ferreira, A. R. 26, 65Ferreira, M.B.C. 11, 31Ferreira, O.J. 32, 37, 69Fochesatto, C. 13, 33, 35Fonseca, G.F. 44Fonseca, R. 30Fontella, F.U. 32, 35, 61Fossati, I.A.M. 08, 20Fossati, I.A.M. 20Fossati, J. A. S 08Franci, C.R. 10, 14, 15, 18, 19, 20,

22Franci, J. 30Franco, J.L. 12Frizon, T. 47Frozza, R. 37

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Funck, A 43Fürstenau, C.R. 11, 31Fürstenau, L. 65Gabilan, N.H. 17Gamaro, G.D. 56Gelhen, G. 68Geyer, A. B. 34Gomes, C.M. 10, 22Gonçalves, C. A. 16, 51, 68Gonçalves, D. 16Gottfried, C. 16, 68Hermel, E.E.S. 24Horn A.P. 34Izquierdo, I. A. 52Jänisch, C. 47Jerusalinsky, D. 65Kegler, M. 69Lara, D.R. 46Lavinsky, D. 42, 54, 64Leal, R.B. 28Lenz. G. 34Lopez, P. 30Lucion, A.B. 08, 10, 14, 18, 19, 20,

21, 22, 55, 59, 60Madruga, C.S. 60Malysz, T. 25Marino-Neto, J. 62, 63Martins da Silva, V.P. 67Maszlock, V.P. 61Medeiros, S. 67Meinhardt, M. 51Mello e Souza, T. 51Mello, C.F. 27Mendes de Aguiar, C.B.N. 17Molz, S. . 07Monteiro, A.F. 70Moreira, J.C.F. 26Moretto, M.B. 12Muller, Y. R. 40Nejar Buno, A. 29

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Netto, C.A 13, 33, 35, 37, 39, 41, 42,43, 54, 61, 64

Oliveira L.F. 49, 50, 53, 66Oliveira, R 09, 45Paglioli Neto, E. 44, 47Palma, M.S 45Palmini, A. 44Pavesi, E. 67Petersen, R.C. 41Petrocchi,K.B. 36Portela, L. 16Portella, A.K. 58Posser, T. 12Puntel, R.L. 27Puperi, C. 25Quillfeldt, J.A. 49, 50, 51, 53, 65, 66Raineki, C. 18, 19Ramos de Paula, P. 10, 22Rasia-Filho, A.A. 24Rocha, A.C.C. 67Rocha, E.R. 32, 37, 38, 69Rocha, J.B.T. 12, 27Rodnight, R. 38Rodrigues, A.L. 41, 64Rodrigues, L. 52Rohden, A. 51Sagae, S.C. 14, 15, 18, 19Salamoni, S.D. 44, 45Salbego, C. 13, 16, 33, 34, 37,

38, 39Salles, A.A.A. 26Santos, L. P. 69Santos, M. 40Santos, T. G. 48Sanvitto, G.L. 10, 14, 15, 18, 19, 21,

22, 55, 59Sarkis, J.J.F. 11, 29, 31, 46Schatz, J. C 40Schmidt, N.G. 09Scholze, C. 27

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Severino, G.S. 18, 19, 22Silva, E. G. 26Silva, M.A.S. da 49, 50, 53, 65, 66Silva, M.C. 49, 50, 53, 65, 66Silva, R.S. 29, 46Silveira, P.P. 58Simão, F 09, 44Siqueira, I.R. 13, 33, 37

Soletti, R.C. 17Sosa, G. L. 26Souza, D.G. 36, 48Swarowsky, A. 70Tasca, C.I. 07, 36, 48Tavares, A. 37, 38Tavares, A.A. 39, 44, 45Terenzi, M.G. 67Thirzá, B.F 09Torres, I.L.S. 11, 31Tramontina, F. 16Trentin, A.G. 17Trevizan, L. 08, 20Valentim, L. M. 34Vasconcellos, A.P.S. 32Vendite, D.A. 32Venturin, G.T. 09, 45Vicente, E. 16Vieira, M.L. 23Vinade, L. 16Viola, G. 30Walz R. 69Wayhs, S.Y 43Weremchuk, S. 60Winkelmann, E.R 43Xavier, L. 30Zacharias, E. 30Zamin, L.L. 38, 39Zancan, D.M. 25, 70