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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM TURISMO DANILO SERAFIM DA SILVA USO DE FOTOGRAFIAS EM MÍDIAS SOCIAIS COMO FATOR INFLUENCIADOR NA INTENÇÃO DE ESCOLHA DE DESTINOS DE VIAGEM NATAL 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM TURISMO

DANILO SERAFIM DA SILVA

USO DE FOTOGRAFIAS EM MÍDIAS SOCIAIS COMO FATOR INFLUENCIADOR

NA INTENÇÃO DE ESCOLHA DE DESTINOS DE VIAGEM

NATAL

2018

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DANILO SERAFIM DA SILVA

USO DE FOTOGRAFIAS EM MÍDIAS SOCIAIS COMO FATOR INFLUENCIADOR

NA INTENÇÃO DE ESCOLHA DE DESTINOS DE VIAGEM

Dissertação de mestrado apresentada à

Coordenação do Programa de Pós-

Graduação em Turismo da Universidade

Federal do Rio Grande do Norte como

requisito parcial para obtenção do título

de Mestre em Turismo

Orientador: Luiz A. M. Mendes Filho, Dr.

NATAL

2018

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte.

UFRN - Biblioteca Setorial do Centro de Ciências Sociais Aplicadas - CCSA

Silva, Danilo Serafim da.

Uso de fotografias em mídias sociais como fator influenciador na intenção de

escolha de destinos de viagem / Danilo Serafim da Silva. - 2018.

94f.: il.

Dissertação (Mestrado em Turismo) - Universidade Federal do Rio Grande do

Norte, Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Programa de Pós-graduação em

Turismo. Natal, RN, 2018.

Orientador: Prof. Dr. Luiz Augusto Machado Mendes Filho.

1. Fotografia - Dissertação. 2. Mídias Sociais - Dissertação. 3. Destinos de

Viagem - Dissertação. 4. Conteúdo Gerado pelo Usuário - Dissertação. 5. Teoria

do Comportamento Planejado - Dissertação. I. Filho, Luiz Augusto Machado

Mendes. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título.

RN/UF/Biblioteca Setorial do CCSA CDU 338.48:77.047

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DANILO SERAFIM DA SILVA

USO DE FOTOGRAFIAS EM MÍDIAS SOCIAIS COMO FATOR INFLUENCIADOR

NA INTENÇÃO DE ESCOLHA DE DESTINOS DE VIAGEM

Dissertação de mestrado apresentada à

Coordenação do Programa de Pós-

graduação em Turismo da Universidade

Federal do Rio Grande do Norte como

requisito parcial para obtenção do título

de Mestre em Turismo.

Orientador: Luiz A. M. Mendes Filho, Dr.

Natal, 26 de Fevereiro de 2018.

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________________________

Luiz A. M. Mendes Filho, Dr. - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Presidente da Banca Examinadora

___________________________________________________________________

Sérgio Marques Júnior, Dr. - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Membro Interno da Banca Examinadora

___________________________________________________________________

Márcio Marreiro das Chagas, Dr. - Instituto Federal Educação, Ciência e Tecnologia

do Rio Grande do Norte (IFRN)

Membro Externo da Banca Examinadora

NATAL 2018

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A Deus,

porque dEle, e por Ele, e para Ele são todas as coisas;

a Ele seja a glória para sempre.

(Romanos, 11.36)

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AGRADECIMENTOS

Não tenho palavras para agradecer a Deus. O que me resta a dizer é, meu

muito obrigado por ter me dado forças para a realização deste trabalho. Pois, sem

Ele, eu não teria conseguido chegar até aqui.

Aos meus pais, que sempre me apoiaram e deram-me a oportunidade de

estudar e sempre me incentivaram e acreditaram em meu potencial. Obrigado

também a todos os meus familiares pelo apoio e incentivo.

Ao pequeno, meu amigo e conselheiro de todas as horas. Muito obrigado pela

paciência, conselhos e incentivo. Estar ao seu lado nessa trajetória foi de suma

importância, sem você, talvez, eu tivesse desistido. Obrigado por tudo, e acima de

tudo, por não ter desistido de mim!

Aos meus dois grandes mestres de orientação, por quem tenho grande

respeito e admiração. Agradeço pelo apoio, ensinamentos, incentivo e

compreensão. Só tenho a dizer muito obrigado por esses dois anos de trajetória no

mestrado.

A todos os professores do Programa de Pós-graduação em Turismo, da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que contribuíram direta e

indiretamente para a realização desta pesquisa.

A todos os meus amigos do Programa que estiveram presentes em minha

trajetória acadêmica nesses dois anos. Em especial a “Senhora dos suspiros”, a

minha “Parceira do SPSS”, a “Senhorita Mickey” e a “Senhorita risadinha”, quatro

grandes companheiras de estudo, pesquisas, conversas, e acima de tudo, pela

nossa amizade, tanto dentro quanto fora da Universidade.

Aos participantes da pesquisa que responderam pacientemente o

questionário desta pesquisa, pois sem a ajuda deles, eu não teria concluído este

trabalho.

Agradeço também aos membros das bancas de pré-qualificação, qualificação

e defesa da dissertação, pelo paciente trabalho de leitura e correção para melhorias

deste trabalho.

Aos meus amigos de perto e de longe, pelo apoio, carinho, atenção e

conselhos e por dividirem comigo momentos tão especiais.

Por fim, agradeço a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que me

acolheu calorosamente durante os dois anos de curso, a qual me proporcionou

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estudo de qualidade. E, ainda a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de

Nível Superior (CAPES) e a Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio

Grande do Norte (FAPERN) pelo custeio desta pesquisa.

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Este trabalho foi desenvolvido com recursos financeiros das seguintes Instituições:

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES

Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN

Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Norte – FAPERN

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Sucesso não é o final, fracasso não é fatal: é a coragem para continuar que conta.

Winston Churchill

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RESUMO

A Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) transformam a sociedade e mercados, levando a novas formas de comportamento tanto de consumidores quanto de empresas. A indústria do turismo é umas das mais influenciadas pela incorporação de tecnologias, principalmente em torno da Internet, dando existência a novos modelos de negócio, reformulação nas estruturas de canais de distribuição, bem como mudanças nos processos de compra e distribuição. A expansão da Internet tem proporcionado a disseminação de mídias sociais, que são as principais responsáveis pela difusão do Conteúdo Gerado pelo Usuário (CGU). O CGU, por sua vez, tem adquirido significativa importância à medida que mais pessoas estão pesquisando e compartilhando comentários, fotografias e vídeos em distintas mídias sociais, tornando-se assim um fator decisório na escolha de destinos de viagem. O modelo desta pesquisa é baseado na Teoria do Comportamento Planejado (TCP) com quatro variáveis (atitude, normas subjetivas, controle percebido e intenção comportamental), bem como outros dois constructos, a imagem afetiva e a cognitiva. Tem-se como objetivo analisar o uso de fotografias em mídias sociais como fator influenciador na intenção de escolha de destinos de viagens. Para tanto, realizou-se estudo regido pela lógica hipotético-dedutiva, sendo este classificado como descritiva-exploratório em relação aos seus objetivos. A abordagem foi quantitativa, do tipo survey de amostragem não probabilística com 300 respondentes brasileiros. O instrumento de coleta de dados foi composto por um questionário estruturado, o qual foi aplicado de forma online durante o mês de fevereiro de 2017. Os dados foram analisados por meio de Modelagem de Equações Estruturais utilizando o Software SPSS com o pacote Amos versão 22.0. Dentre os principais resultados, com base nas hipóteses confirmadas, ressalta-se que a imagem fotográfica mediada pela atitude do viajante na intenção em usar fotografias em mídias sociais possui influência positiva na escolha de destinos de viagem para pessoas que planejam viagens. Portanto, evidencia-se que promotores devem investir mais na divulgação da imagem turística de cidades em mídias sociais e, consequentemente, ajudar a posicionar de forma estratégica destinos de viagem. Palavras-Chave: Fotografia. Mídias Sociais. Destino de Viagem. Conteúdo Gerado pelo Usuário. Teoria do Comportamento Planejado.

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ABSTRACT

Information and Communication Technology (ICT) transforms society and markets, leading to new forms of behavior for both consumers and companies. The tourism industry is one of the most influenced ones due to the incorporation of technologies, mainly around the Internet, giving rise to new business models, reformulation in the structures of distribution channels, as well as changes in purchase and distribution processes. The expansion of the Internet has led to the dissemination of social media, which are mainly responsible for the diffusion of User-Generated Content (UGC). In turn, UGC has gained significant importance as more people are searching for and sharing comments, photos, and videos on different social media, thereby becoming a deciding factor when choosing travel destinations. The research model is based on the Theory of Planned Behavior (TPB) with four variables (attitude, subjective norms, perceived control, and behavioral intention), as well as two other constructs, affective and cognitive images. The goal is to analyze the use of photographs on social media as an influencing factor in the intention to choose travel destinations. The study was conducted under hypothetical-deductive logic, being classified as descriptive-exploratory with respect to its goals. The approach was quantitative using a survey with non-probabilistic sampling and 300 Brazilian respondents. The data collection instrument was composed of a structured questionnaire, which was applied online in February 2017. Data were analyzed through Structural Equation Modeling (SEM) using the SPSS software with the AMOS package, version 22.0. Among the main results based on the confirmed hypotheses, it is emphasized that the photographic image mediated by the traveler’s attitude in the intention to use photographs on social media has a positive influence on the choice of travel destinations for people planning trips. Therefore, it is evident that promoters should invest more in divulgating the touristic image of cities on social media and, consequently, help to strategically position travel destinations. Keywords: User-Generated Content. Social Media. Photographs.Travel Destination. Theory of Planned Behavior.

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RESUMEN

La Tecnología de la Información y la Comunicación (TIC) cambian la sociedad y los mercados, llevando a nuevas formas de comportamiento, tanto de consumidores cuanto de empresas. La industria del turismo es una de las más influenciadas por la incorporación de tecnologías, principalmente alrededor de la Internet, dando la existencia a nuevos modelos de negocio, reformulación en las estructuras de canales de distribución, así como cambios en los procesos de compra y distribución. La expansión de la Internet se ha proporcionado la diseminación de medios sociales, que son las principales responsables de la difusión del Contenido Generado por el Usuario (CGU). El CGU, por su vez se ha adquirido significativa importancia a la medida que más personas están buscando y compartiendo comentarios, fotografías y videos en distintos medios sociales, convirtiéndose así en un factor decisorio en el proceso de elección de destinos de viaje. El modelo de esta investigación se basa en la Teoría del Comportamiento Planeado (TCP) con cuatro variables (actitud, normas subjetivas, control percibido e intención comportamental), así como otros dos constructos: la imagen afectiva y la cognitiva. Se tiene como objetivo analizar el uso de fotografías en medios sociales como factor influyente en la intención de elección de destinos de viaje. Para ello, se realizó un estudio regido por la lógica hipotético-deductiva, descriptiva-exploratorio en relación a sus objetivos. El enfoque fue cuantitativo, del tipo survey de muestreo no probabilístico con 300 respondedores brasileños. El instrumento de recolección de datos fue compuesto por un cuestionario estructurado, lo cual fue aplicado de forma online durante el mes de febrero de 2017. Los datos fueron analizados por medio de Modelado de Ecuaciones Estructurales utilizando Software SPSS con el paquete Amos versión 22.0. Entre los principales resultados, con base en las hipótesis confirmadas, se resalta que la imagen fotográfica mediada por la actitud del viajero en la intención de usar fotografías en los medios sociales tiene influencia positiva en la elección de destinos de viaje para personas que planean viajes. Por lo tanto, se evidencia que los promotores deben invertir más en la divulgación de la imagen turística de las ciudades en medios sociales y, consecuentemente, ayudar a posicionar de forma estratégica destinos de viaje. Palabras Clave: Fotografía. Medios Sociales. Destinos de Viaje. Contenido Generado por el Usuario. Teoría del Comportamiento Planeado.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 01 – Características do Produto Turístico ..................................................... 25

Figura 02 – Web 2.0 –web participativa ................................................................... 32

Figura 03 – Informações Turísticas pela Web .......................................................... 33

Figura 04 – Favo de Mel das Mídias Sociais ............................................................ 35

Figura 05 – Proposta de modelo de imagem do destino .......................................... 40

Figura 06 – Teoria do Comportamento Planejado .................................................... 43

Figura 07 – Temática abordada e principais autores ................................................ 45

Figura 08 – Modelo proposto para verificar a intenção do viajante em utilizar

fotografias em mídias sociais .................................................................................... 46

Figura 09 – Dia e total de respondentes ................................................................... 54

Figura 10 – Quadro Metodológico ............................................................................ 55

Figura 11 – Modelo Estrutural .................................................................................. 75

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LISTA DE TABELAS

Tabela 01 – Impacto da Tecnologia da Informação e Comunicação e seus valores

.................................................................................................................................. 28

Tabela 02 – Respectivas perguntas contidas no questionário .................................. 50

Tabela 03 – Perfil dos entrevistados que não utilizam FMS ..................................... 58

Tabela 04 – Frequência de utilização de redes sociais no dia a dia ......................... 58

Tabela 05 – Redes sociais utilizadas no dia a dia .................................................... 59

Tabela 06 – Perfil dos entrevistados que utilizam FMS ............................................ 60

Tabela 07 – Frequência de utilização de redes sociais no dia a dia ......................... 61

Tabela 08 – Redes sociais utilizadas no dia a dia .................................................... 61

Tabela 09 – Frequência de visualização/utilização de FMS na intenção de escolha

de destinos de viagem .............................................................................................. 62

Tabela 10 – Frequência de influência de FMS na intenção de escolha de destinos de

viagem ....................................................................................................................... 62

Tabela 11 – Escolha de destinos de viagem que não possui FMS ........................... 62

Tabela 12 – Importância da existência de FMS na sua intenção de decisão de

escolha de destinos de viagem ................................................................................. 63

Tabela 13 – Média de uso de FMS na intenção de escolha de destinos de viagem . 63

Tabela 14 – Frequência de postagem de FMS após viagem .................................... 64

Tabela 15 – Valores de média, desvio padrão, assimetria e curtose ........................ 65

Tabela 16 – Dimensão Imagem Cognitiva ................................................................ 66

Tabela 17 – Dimensão Imagem Afetiva .................................................................... 67

Tabela 18 – Dimensão Atitude .................................................................................. 68

Tabela 19 – Dimensão Normas Subjetivas ............................................................... 68

Tabela 20 – Dimensão Controle Percebido .............................................................. 69

Tabela 21 – Dimensão Intenção Comportamental .................................................... 69

Tabela 22 – Índices de análise da matriz de correlação ........................................... 71

Tabela 23 – Índices e definições ............................................................................... 72

Tabela 24 – Índices de qualidade de ajustamento do modelo de mensuração ........ 73

Tabela 25 – Variância Extraída Média ...................................................................... 74

Tabela 26 – Índices de qualidade de ajuste do modelo estrutural ............................ 74

Tabela 27 – Testes de hipóteses do modelo estrutural ............................................ 77

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AFE – Análise Fatorial Exploratória

AFC – Análise Fatorial Confirmatória

AMOS – Analysis of Moment Structures

AT– Atitude

AVE – Average Variance Extracted

CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

CFI – Comparative Fit Index

CGU – Conteúdo Gerado pelo Usuário

GDS – Global Distribution System

CMIN/DF– Minimum Value C/Degrees of Freedom

CP – Controle Percebido

FMS – Fotografias em Mídias Sociais

H – Hipótese

IC – Intenção Comportamental

IMAAFT – Imagem Afetiva

IMACOG – Imagem Cognitiva

KMO – Kaiser-Meyer-Olkin

MEE – Modelagem de Equações Estruturais

NFI – Normed Fit Index

NS – Normas Subjetivas

PCFI – Parsimony Comparative Fit Index

PGFI – Parsimony Goodness of Fit Index

PNFI – Parsimony Normed Fit Index

RMSEA – Root Mean Square Error of Approximation

SEM – Structural Equation Modeling

SPSS – Statiscal Package for the Social Sciences

TAR – Teoria da Ação Racional

TCP – Teoria do Comportamento Planejado

TICs – Tecnologias da Informação e da Comunicação

TLI – Tucker Lewis Index

VEM – Variância Extraída Média

WWW – World Wide Web

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SUMÁRIO

1. Introdução ............................................................................................................ 17

1.1 Problemática ....................................................................................................... 17

1.2 Justificativa .......................................................................................................... 20

1.3 Objetivos ............................................................................................................. 23

1.3.1 Objetivo Central ................................................................................................ 23

1.3.1 Objetivos Intermediário ..................................................................................... 23

1.4 Organização da Dissertação ............................................................................... 23

2. Fundamentação Teórica ..................................................................................... 25

2.1 O turismo como atividade econômica ................................................................. 25

2.2 Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) no turismo .............................. 27

2.3 Conteúdo Gerado pelo Usuário (CGU) ............................................................... 32

2.4 Fotografias em mídias sociais na escolha de destinos de viagem ...................... 37

2.5 Teoria do Comportamento Planejado (TCP) ....................................................... 41

3. Metodologia da Pesquisa ................................................................................... 47

3.1 Tipologia do estudo ............................................................................................. 48

3.2 Universo e amostra da pesquisa ......................................................................... 49

3.3 Instrumento de coleta de dados .......................................................................... 49

3.4 Plano de coleta de dados .................................................................................... 53

3.4.1 Teste piloto ....................................................................................................... 53

3.4.2 Teste final ......................................................................................................... 54

3.5 Técnica de análise .............................................................................................. 55

4. Discussão dos resultados .................................................................................. 57

4.1 Análise descritiva do perfil dos entrevistados ...................................................... 57

4.2 Preparação dos dados e avaliação dos pressupostos básicos ........................... 64

4.3 Análise Fatorial Exploratória (AFE) ..................................................................... 66

4.4 Análise do Modelo de Mensuração ..................................................................... 70

4.5 Análise do Modelo Estrutural ............................................................................... 73

5. Considerações finais .......................................................................................... 78

5.1 Conclusões .......................................................................................................... 78

5.2 Implicações acadêmicas e gerenciais ................................................................. 79

5.3 Limitações do estudo .......................................................................................... 81

5.4 Recomendações para estudos futuros ................................................................ 81

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REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 82

APÊNDICE A ............................................................................................................ 91

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CAPÍTULO 01

1. INTRODUÇÃO

1.1 PROBLEMÁTICA

A incorporação e a popularização de cada vez mais tecnologias no dia a dia

das pessoas, principalmente a Internet, tem possibilitado a usuários o acesso a

informações de forma rápida, fácil e barata, seja ela de qualquer natureza. A rede

global proporciona uma gama de recursos a usuários ao redor do mundo, como

adquirir e trocar informações (até em tempo real), além da comunicação em si. As

interações podem se estabelecer entre empresas e clientes, bem como nas relações

entre usuários que têm interesses comuns, por meio de websites, comunidades

online, salas de bate papo, entre outros.

Para Ramos, Mendes-Filho e Lobianco (2017), a indústria do turismo é uma

grande incorporadora de Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), visto

que a utilização de sistemas de distribuição global de produtos, conhecidos como

Global Distribuition System (GDS), inicia-se na década de 1970. Percebe-se então,

que o setor turístico é familiarizado com o uso de TICs, cujos produtos são bastante

apropriados para o oferecimento em meios digitais, devido às suas características.

Com a expansão da Internet, informações turísticas ficaram cada vez mais

acessíveis a usuários, remodelando a distribuição de produtos e serviços e

extrapolando-a para além dos tradicionais distribuidores turísticos.

Para o turismo, a informação é um recurso necessário, pois o produto turístico

trata-se de um serviço e possui características diferentes de outros, tais como sua

intangibilidade, impossibilidade de ser armazenado, heterogeneidade,

simultaneidade de produção e consumo (Ramos, Mendes-Filho & Lobianco, 2017).

Logo, por apresentar essas características, principalmente, a intangibilidade, os

serviços turísticos não podem ser apresentados ou inspecionados fisicamente em

pontos de vendas antes da compra, já que normalmente compra-se antes de usá-los

e longe do lugar de consumo; em consequência, os consumidores assumem

significativo nível de risco, tanto econômico quanto psicológico porque as férias

converteram-se em um dos gastos anuais mais importantes da família.

Deste modo, usuários necessitam do maior número de informações

relevantes para tentar diminuir os riscos ao adquirir um produto e/ou serviço para

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tomar uma decisão. Nessa situação, para Silva, Mendes-Filho e Corrêa (2017) o

turista pode recorrer à Internet em busca de conteúdos e, por meio de redes sociais

busca-se identificar, avaliar e selecionar o destino de viagem, bem como os

fornecedores de serviços, para criar condições de melhoria da qualidade de sua

decisão.

Nessa perspectiva, o turismo é uma atividade em que a informação tem

relevância especial, visto que, há grande dependência e uso intensivo delas, devido

às próprias características de seus produtos e serviços. Tal como aborda Poon

(1993, p.59), “em poucas áreas de atividade se dão a geração, a agrupação, o

tratamento, o uso e a comunicação de informação tão importante do dia a dia como

na indústria do turismo”.

Portanto, a Internet, considerada como um dos elementos mais relevantes

das TICs revolucionando a forma de apresentação do produto turístico. Além de

introduzir importantes modificações no âmbito da comercialização, especialmente no

caso da distribuição e venda de serviços, permitindo êxito de vantagens sobre a

forma tradicional de operacionalização. Assim como nas relações que mantém com

outras empresas e seus clientes (Silva, Mendes-Filho & Corrêa, 2017).

Percebe-se que a expansão da internet tem modificado o modo como

pessoas adquirem informações, bem como compram produto e/ou serviço. Ainda, é

uma das ferramentas das TICs mais utilizadas para propagar informações sobre

serviços e produtos, de forma direta ao turista. Nessa perspectiva, se configura em

um ambiente importante tanto para empresas quanto para usuários. Barefoot e

Szabo (2010) abordam que a web se tornou um lugar comum em que o público

responde a notícias, sugere histórias a ser exploradas e até mesmo realiza

reportagens.

Segundo Silva, Mendes-Filho e Corrêa (2017), usuários estão cada vez mais

recorrendo à Internet em busca de conteúdos e informações sobre produtos e

serviços antes de planejar viagens, sejam elas em forma de texto ou imagem, devido

ao fato de que o produto turístico, antes de vivenciá-lo, é apenas um conjunto de

informações disponibilizadas na rede global. Conforme Galhanone, Marques, Toledo

e Mazzon (2010), a web tem ajudado a dar tangibilidade às imagens de serviços

turísticos, aperfeiçoando a comunicação entre consumidores e agentes do turismo.

Assim, a interatividade proporcionada pela Internet, a partir de recursos de

multimídia como fotografias de destinos de viagens e produtos turísticos, vídeos,

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imagens, sons e comentários, contribui para subsidiar a tomada de decisão de

turistas.

Conforme Silva e Mendes-Filho (2013), o rápido crescimento e popularização

das TICs, juntamente com o avanço da rede global, proporcionaram a propagação e

intercâmbio de mídias sociais, que são as principais responsáveis pela difusão do

Conteúdo Gerado pelo Usuário (CGU). O CGU, por sua vez, acaba sendo formado

por opiniões e experiências de usuários que já experimentaram algum serviço e/ou

produto (Litvin, Goldsmith & Pan, 2008). Desse modo, o CGU é formado a partir de

usuários e não por empresas.

Percebe-se que usuários estão buscando e utilizando as mídias sociais, que

conforme Torres (2009) são sites que permitem a criação e o compartilhamento de

informações e conteúdos pelas pessoas e para pessoas, nas quais o consumidor é

ao mesmo tempo produtor e consumidor da informação. Desta forma, as redes

sociais proporcionaram a chamada comunicação “boca a boca” de forma eletrônica,

que é a informação passada de pessoa a pessoa (Arsal, Backman & Baldwin, 2008).

Partindo desse princípio, usuários trocam e compartilham informações e opiniões de

experiências passadas sobre produtos e/ou serviços.

Conforme Silva, Mendes-Filho e Corrêa (2017), a aplicação de mídia social no

âmbito da hospitalidade e turismo tem crescido, e está relacionada com a

emergência da Web 2.0, com a disseminação de websites focados no CGU, como

redes sociais, comunidades de viagens online e sites de recomendação.

De acordo com Fotis, Buhalis e Rossides (2011), os autores abordam que as

mídias sociais são acessadas em todas as fases do planejamento da viagem, ou

seja, antes, durante e pós-viagem. Ainda, verificaram que mais 78% dos

entrevistados utilizam as mídias após a realização de sua viagem para o

compartilhamento de fotos e relatos de experiências.

Em outro estudo semelhante, Hays, Pages e Buhalis (2012) abordam que o

CGU mais utilizado pelos usuários é a fotografia, mostrando-se dessa forma que

cada vez mais pessoas utilizam esse tipo de mídia em busca de planejar a viagem.

Portanto, a fotografia é uma das modalidades de CGU mais utilizadas para se

alcançar os consumidores, principalmente no turismo, por se tratar de uma

linguagem não verbal e de alcance mundial. Este aspecto leva a maior possibilidade

de consumidores escolherem destinos de viagens utilizando a fotografia.

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Logo, o CGU utilizando imagens tem crescido consideravelmente, visto que,

mais pessoas estão compartilhando fotos e vídeos em plataformas como Flickr e

YouTube (Parra-López et al., 2011). Parra-López et al. (2011) verificaram que o

CGU tem influenciado cada vez mais a área do turismo, pois cada vez mais usuários

estão buscando por informações antes do planejamento de sua viagem.

Contudo, Xiang e Gretzel (2010) abordam que embora as mídias sociais

tenham se popularizado como principal fonte de informação do turismo para o

planejamento de viagem, ainda há muito para se compreender sobre a temática.

Sendo assim, tendo em vista que a Internet é uma importante ferramenta de

fontes de informações, seja ela em formato de texto ou imagem, e que esses

conteúdos vêm modificando comportamento e influenciando cada vez mais na

tomada de decisão de consumidores, este trabalho tem como problema de pesquisa

a seguinte questão de análise: Quais fatores influenciam o uso de fotografias em

mídias sociais na intenção de escolha de destinos de viagem?

1.2 JUSTIFICATIVA

O século XXI é a era da Tecnologia da Informação e Comunicação, que vem

provocando mudanças no comportamento de pessoas, principalmente como elas

adquirem informações, que estão apenas a um “clique de distância”. Devido a esse

avanço, a atividade turística está passando por modificações de gestão, promoção,

distribuição, entre outros. (Silva, Mendes-Filho & Corrêa, 2017).

No turismo, o produto por ser intangível, a busca por informações é

fundamental, antes da utilização da internet, usuários buscavam informações

através de familiares e amigos. Já na era digital, as pessoas buscam através da

internet. Dados do Ministério do Turismo (2014) mostram que a Internet se tornou a

principal ferramenta na busca de informações sobre viagens e na escolha de

destinos turísticos, com crescimento de 68,4% desde 2008.

Em uma pesquisa realizada em 2013, com o gerente comercial do segmento

Viagens e Turismo do Facebook, João Carlos Pastore afirma que, “antes as pessoas

se baseavam nos catálogos fotográficos das agências para escolher aonde ir. Hoje,

começam a sonhar com o destino quando veem a postagem do amigo que está

viajando” (Pastore, 2013).

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21

Conforme aborda Gastal (2005, p.35), “antes de se deslocarem para um novo

lugar, as pessoas já terão entrado em contato com ele visualmente, por meio de

fotos em jornais, folhetos, cenas de filmes, páginas na Internet, cartões-postais [...]”.

Mostra-se dessa forma que, as pessoas já utilizavam as fotografias por meio

de catálogos para escolher destinos de viagem. Com o uso da Internet, e mais

especificamente de mídias sociais, essa realidade foi modificada, como se pode

perceber na explanação de Pastore, a que ele aborda que as pessoas já sonham

com o destino quando veem a postagem do amigo.

Ainda, segundo a pesquisa, dados da empresa mostram que 52% dos

usuários se dizem influenciados por fotografias de amigos ao escolher o destino de

viagem. Outra pesquisa realizada, também de 2013, do TripAdvisor, afirma que 67%

dos entrevistados utilizam as redes sociais para ver fotos e vídeos de onde querem

visitar.

O Ministério do Turismo (2014) aborda que a tecnologia está também

auxiliando as agências de viagens, por meio da união de fotografias, vídeos, gráficos

e informações, que são soluções de realidade aumentada e realidade virtual.

Transformando-se assim uma ferramenta chave na hora de apresentar os destinos

aos viajantes para auxiliar na decisão de escolha.

A fotografia é uma das mais importantes mídias gerada pelo consumidor

sobre experiências de viagens. Que segundo Gastal (2005, p.35) “Turismo e

fotografia compõem uma dupla inseparável”. Assim, a fotografia, de “linguagem

universal” se torna uma importante ferramenta para a apresentação do produto

turístico.

De acordo com o Ministério do Turismo (2014), estudo realizado pela

consultoria Sparkie afirma que 80% das pessoas são influenciadas por imagens

apresentadas por amigos ao escolher destinos de viagem e, 42% acessam álbuns

de fotografias para conhecer mais sobre o destino. A influência da imagem do

destino na escolha de destinos de viagem foi considerada por vários autores em

modelos de tomada de decisão (Crompton & Ankomah, 1993; Gartner, 1989;

Goodall, 1988; Kent, 1990; Mathieson & Wall, 1982; Moutinho, 1987; Schmoll, 1977;

Stabler, 1990).

Percebe-se que, o uso de fotografias na escolha de destinos de viagem é

significativo. Entretanto estudos sobre a influência dessas ainda requerem mais

aprofundamento e compreensão do fenômeno. Portanto, urge-se a necessidade de

Page 23: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO …...Uso de fotografias em mídias sociais como fator influenciador na intenção de escolha de destinos de viagem / Danilo Serafim da Silva.

22

pesquisa através de revisão mais apurada da literatura para compreensão do

fenômeno. Pesquisas como a de Xiang e Gretzel (2010) explanam que ainda há

muito para se compreender sobre a temática. Mostrando-se, uma justificativa

plausível para o desenvolvimento desta pesquisa.

Para compreender os fatores que influenciam o uso de fotografias em mídias

sociais na intenção de escolha de destinos de viagem no contexto brasileiro, o

presente trabalho utiliza a Teoria do Comportamento Planejado (Ajzen, 2002), além

das variáveis Imagem fotográfica afetiva e cognitiva. Há pesquisas na área da

tecnologia e comportamento do consumidor que utilizam a Teoria do

Comportamento Planejado no turismo. Entre essas pesquisas, estão a de Huag

(2009), Silva e Mendes-Filho (2013), Chaves e Monteiro (2014), Mendes-Filho

(2014), Mendes-Filho e Carvalho (2014) e Silva, Mendes-Filho e Correa (2017),

entre outras.

É importante, portanto, trazer à reflexão sobre a temática de uso de mídias

sociais (fotografias) na influência de destinos de viagem, contribuindo para o

incremento da discussão para a agenda de pesquisa deste contemporâneo assunto.

A motivação para a realização deste trabalho com essa temática surgiu a

partir do contato com fotografias em mídias sociais, desde então, percebeu-se que

as pessoas, assim como eu, sentiam-se influenciadas a visitar destinos de viagem

por meio de visualização desses conteúdos. Dessa forma, interessei-me e

aprofundei-me na temática em busca de compreender fatores capazes de influenciar

o uso de fotografias em mídias sociais na escolha de destinos de viagem.

Espera-se ainda que esta pesquisa contribua trazendo informações para a

indústria do turismo de como os turistas estão utilizando as fotografias em mídias

sociais no seu planejamento de viagem, bem como na escolha de destinos de

viagem. Ainda, pretende-se fornecer dados e informações de compreensão dos

principais influenciadores do processo de uso de fotografias, e ainda espera-se que

os resultados possam proporcionam importantes implicações para o gerenciamento

de imagens estratégias, e assim poder ajudar destinos de viagem no Brasil para a

promoção da imagem turística das cidades.

Para a academia, busca-se contribuir para com a literatura do turismo na era

da tecnologia da informação e da comunicação, e como as mídias influenciam e

auxiliam no processo de organização e da tomada de decisão da viagem. Ainda

contribui para com a utilização da Teoria do Comportamento Planejado e dos

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constructos imagem afetiva e cognitiva para analisar os fatores que influenciam o

uso de fotografias em mídias sociais na intenção de escolha de destinos de viagem.

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo Central

Analisar os fatores que influenciam o uso de fotografias em mídias sociais na

intenção de escolha de destinos de viagem

1.3.2 Objetivos Intermediários

a) Descrever o perfil dos respondentes;

b) Verificar os fatores capazes de influenciar o uso de fotografias em mídias

sociais na intenção de escolha de destinos de viagem;

c) Avaliar a relação das variáveis: Imagem Fotográfica, Normas Subjetivas,

Atitude e Controle Percebido que influenciam o uso de fotografias em mídias

sociais na intenção de escolha de destinos de viagem.

1.4 ORGANIZAÇÃO DA DISSERTAÇÃO

A presente Dissertação de Mestrado possui cinco capítulos que se somam a

esta introdução, onde se apresenta à sua problemática, a justificativa para a

realização do estudo, e os objetivos a serem alcançados.

O Capítulo 2 apresenta os conceitos sobre o turismo como atividade

econômica, a Tecnologia da Informação e da Comunicação no turismo, Conteúdo

Gerado pelo Usuário, fatores capazes de influenciar a intenção de uso Fotografias

em Mídias Sociais (FMS) na intenção de escolha de destinos de viagem, imagem

fotográfica (imagem cognitiva e imagem afetiva) e, por fim, a teoria que embasa este

estudo, sendo ela: a Teoria do Comportamento Planejado.

No capítulo 3, versar-se-á sobre a metodologia que foi utilizada ao longo da

pesquisa, abordando a sua tipologia, modelo de análise, seu universo e amostra, o

plano de coleta de dados, e as técnicas de análise e discussão dos dados.

Page 25: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO …...Uso de fotografias em mídias sociais como fator influenciador na intenção de escolha de destinos de viagem / Danilo Serafim da Silva.

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O capítulo 4 abordar-se-á os resultados encontrados a partir da investigação,

iniciando-se pelo levantamento da caracterização do perfil dos entrevistados, análise

descritiva, análise fatorial exploratória e confirmatória de cada constructo. E, por fim,

a análise através da Modelagem de Equações Estruturais. No capítulo 5 são

delineadas algumas considerações finais, contribuições para a literatura do turismo,

implicações gerenciais e limitações deste trabalho, bem como apontadas as

direções para trabalhos em andamento e futuros.

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CAPÍTULO 02

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. O TURISMO COMO ATIVIDADE ECONÔMICA

O turismo é uma atividade econômica em que, basicamente oferece-se e

demandam-se produtos ou serviços relacionados ao setor de lazer. Segundo

Redondo (2004), este setor é influenciado pelo modismo e também por

acontecimentos especiais, como guerras, terrorismo, epidemias, etc. seja de forma

temporal ou permanente.

O produto turístico trata de um serviço, pois possui características que o

diferencia de outros, tais como sua heterogeneidade, intangibilidade e perecibilidade

(Redondo, 2004, p. 215). Ver Figura 01:

Figura 01. Características do Produto Turístico

Seguem as definições das características que compõem o produto turístico:

- Heterogeneidade: segundo Ramos, Mendes-Filho e Lobianco (2017, p.216)

“a indústria do turismo é complexa e consiste de muitos componentes”. Ainda, a

classificação de indústria pelo sistema americano tem identificado pelo menos 35

componentes industriais que auxiliam viajantes (Gee, Makens & Choy, 1997).

Produto Turístico

Heterogeneidade

IntangibilidadePerecibilidade

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Conforme Ramos, Mendes-Filho e Lobianco (2017), ao pesquisar para

planejar uma viagem, os turistas, antes de tudo devem interagir com muitas

empresas, tanto agências do governo quanto empresas privadas, para que haja

obtenção da informação. Pois, a coordenação e cooperação entre as empresas,

agências e consumidores se tornam necessários para criar o produto heterogêneo

chamado “viagem”. (Ramos, Mendes-Filho & Lobianco, 2017, p. 216).

Partindo dessa perspectiva, o viajante precisa ter comunicação entre vários

setores da indústria do turismo para que se planeje a viagem, visto que as

informações são relevantes para que se concretize o planejamento e a realização da

viagem.

Conforme Ramos, Mendes-Filho e Lobianco (2017, p. 216) “ao contrário do

componente informação, que é abundante, existe o componente tempo como

mercadoria escassa”. Ou seja, o planejamento da viagem deve estar em

sincronização com o que as pessoas necessitam e desejam.

- Intangibilidade: o produto turístico apresenta a característica da

intangibilidade, fazendo com que os consumidores sejam incapazes de ver, tocar, ou

sentir uma viagem de férias ou negócios. (Ramos, Mendes-Filho & Lobianco, 2017,

p. 216). Dessa forma, a informação sobre o destino é imprescindível, visto que é um

produto que não pode ser experimentado ou vivenciado antes da sua efetiva

aquisição.

A internet juntamente com a web proporciona aos consumidores ricos

conteúdos de informações que estão disponíveis na rede, fazendo com o produto

turístico seja o mais tangível possível.

Segundo Ramos, Mendes-Filho e Lobianco (2017, p. 217), “o consumidor

deseja uma experiência mais tangível do que é realmente o “produto”, antes de

efetuar a compra”, ou seja, o consumidor tentar minimizar o máximo possível através

de informações, o risco de decepcionar-se com o passeio. Já que, para o cliente, o

produto turístico é percepcionado como um proveito futuro, pois faz a sua aquisição

com base numa avaliação subjetiva à base de imagens, comentários gerados pelos

usuários, ou ainda informações de agentes de viagens para só depois usufruir do

que já adquiriu.

- Perecibilidade: por apresentar esta característica, o produto turístico, é um

serviço imediato, ou seja, é produzido quando está experimentando ou vivenciando-

o no momento e naquele espaço, sendo assim, obrigatoriamente, consumido

Page 28: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO …...Uso de fotografias em mídias sociais como fator influenciador na intenção de escolha de destinos de viagem / Danilo Serafim da Silva.

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naquele mesmo momento e espaço. Para Ramos, Mendes-Filho e Lobianco (2017,

p. 217) “é essa natureza de sensitividade com o tempo que caracteriza o produto do

turismo”.

O turismo é um conceito que vem evoluindo ao longo do tempo e por isso,

encontram-se distintas terminologias segundo o momento em que se estabelece.

Para a Organização Mundial do Turismo (OMT), o turismo compreende a soma total

de atividades das pessoas que viajam e permanecem em destinos fora de seus

lugares habituais de residência por períodos de tempo não superior a um ano, por

lazer, negócio ou outros propósitos.

Para Redondo (2004), a atividade turística corresponde a um conjunto de

serviços, que inclui a hotelaria, restauração, agências de viagens, meios de

transportes, atrações turísticas e outras organizações públicas e privadas dedicadas

a fomentar as atividades de lazer. Assim, a atividade turística está interligada a

distintos serviços que são capazes de impulsionar a economia através de demandas

internacionais e nacionais e do gasto nos recursos locais, serviços e produtos para

potencializar esta atividade. E, é por meio das Tecnologias da Informação e da

Comunicação que a indústria do turismo tem impulsionado a sua oferta de produtos

e serviços.

2.2. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC) NO TURISMO

Todos os setores da economia são influenciados pelas novas Tecnologias da

Informação e Comunicação. Conforme Redondo (2004), dentre eles um dos que

mais é influenciado é a indústria do turismo, por demonstrar mais dinamismo ao

incorporar as mudanças da demanda ao novo em torno da internet. Assim, gerando

novos modelos de negócio, mudanças nas estruturas dos canais de distribuição e

reformulando todos os processos.

Segundo Silva, Mendes-Filho e Correa (2017), a indústria do turismo

começou a ser impactada há décadas, e se iniciou com a utilização dos sistemas

globais de distribuição (Global Distribuition Systems – GDS), que possibilitava a

transação em tempo real, ofertando distintos produtos e serviços, como hotéis,

tarifas, disponibilidade de serviços, lugares em voo, locação de veículos,

informações gerais, entre outros. E, ultimamente passou a se beneficiar com o

Page 29: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO …...Uso de fotografias em mídias sociais como fator influenciador na intenção de escolha de destinos de viagem / Danilo Serafim da Silva.

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comércio eletrônico (e-commerce), onde se é possível realizar todas as operações

de compra dos serviços turísticos.

Com a expansão das TICs e da internet, Redondo (2004, p. 170) aborda que

a indústria do turismo “atualmente utiliza as TICs para facilitar e gerenciar a

expansão das empresas turísticas e os destinos à escala global”. Quando a prática

de negócios busca inovar e se adaptar ao comportamento e às demandas de

clientes por novas experiências (Mann, 2013 apud Silva, Mendes Filho & Correa,

2017, p. 230). Para Redondo (2004) as empresas turísticas podem aumentar o

rendimento e competitividade mediante a utilização de novas TICs, pois permitem

que as empresas tenham maior conexão na rede, e assim, melhorando sua

“virtualidade”.

Nessa perspectiva, autores associam o crescimento da indústria do turismo

ao desenvolvimento de Tecnologias da Informação e comunicação, e principalmente

da internet, representando uma importante ferramenta tanto para viajantes quanto

para empresas, possibilitando a interação entre os agentes e os consumidores.

De acordo com Werthner e Klein (1999) há 06 (seis) exemplos de impactos da

Tecnologia da Informação e Comunicação quanto à valorização da informação,

conforme se observa na Tabela 01:

Tabela01 Impacto da Tecnologia da Informação e da Comunicação e seus valores

Impacto de TI Valor adicionado

Complexidade da descrição do produto Rica descrição do turismo oferecendo a

possibilidade do viajante fazer uma escolha e

estar bem informado

Transparência do mercado Mais informações compreensivas permitem a

comparação na compara de serviços e produtos

Informação em tempo real Informação constante sobre condições do clima,

etc, possibilita aos turistas reagirem às

condições de mudanças e a utilizar os últimos

minutos disponíveis

Interações personalizadas e serviços

customizados

Coleta sistêmica e exame minucioso das

informações dos consumidores possibilitam

principalmente providenciar interações

personalizadas e serviços customizados para

consumidores individuais e segmentados

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Concordância e aceleração recorrentes que não

criam valores

Eficientes operações aumentam a comodidade

dos consumidores

Substituição dos processos recorrentes que não

criam valores

Check-in e check-out automatizados aumentam

a comodidade dos viajantes experientes

Nota. Adaptado de Werthner, H., & Klein, S. (1999). Information technology and tourism – A challenging relationship. Wien: Springer-Verlag.

Assim, as TICs permitem melhorar as formas de operar e proporcionar

oportunidades para a extensão de negócios em todos os sentidos seja geográfico,

de comercialização ou operacionais. Porém, muitas destas empresas ainda têm

práticas de gerenciamento tradicional, o que podem sofrer prejuízos irreversíveis,

visto que, as TICs contribuem com a globalização do setor e “obrigam” empresas

deste setor a utilizá-las para manterem-se ativas e competitivas no mercado.

Segundo Redondo (2004, p.172) “as TICs permitem as empresas turísticas

terem presença global e associar-se a outras empresas de todo o mundo de maneira

eficiente e rentável”. Percebe-se que, as TICs proporcionam as empresas turísticas

oportunidades e vantagens competitivas através da diferenciação em escala global.

Ainda podem oferecer ajudar a reduzir custos operacionais e de comunicação

através da:

- Integração dos sistemas operacionais e otimização da eficácia interna da

empresa.

- Diminuição do modelo pessoal administrativo.

- Redução do número de comunicação pessoal ou telefônica.

- Autorização aos usuários para acessar a toda a informação que

anteriormente só conseguiria através do contato direto com as empresas turísticas.

Logo, a implantação das TICs produz efeito direto sobre a competitividade de

empresas, através da diferenciação do produto e da diminuição do custo.

Outro elemento que as TICs proporcionam é a vantagem competitiva no

tempo, já que não só permite as empresas compartilhar informação de forma interna

e com seus associados, e assim maximizar sua eficiência e eficácia, mas também

permite consumidores realizar transações desde sua casa por meio da internet, 24

horas por dia, 365 dias ao ano. Pensando nessa perspectiva, os consumidores são

capazes de atuar reciprocamente através da web.

Para Silva, Mendes-Filho e Correa (2017) a evolução da interface gráfica da

Internet, a World Wide Web, por meio da Web 2.0, anunciada como interativa e

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participativa gerou o empoderamento dos usuários, permitindo o fluxo de informação

sobre viagens e turismo nos dois sentidos – emissão e recepção de maneira

simultânea (Mendes Filho, 2014). Em relação às oportunidades oferecidas pelas

tecnologias emergentes da Web, observa-seque o comportamento padrão de busca

por informação de viajantes está sendo modificado (Ayeh, Au & Law, 2013).

Percebe-se que as ferramentas da web 2.0 mudaram a forma como as

pessoas pesquisam, encontram, lêem, reúnem, compartilham ou consomem

informações, bem como a forma que as pessoas se comunicam e colaboram para

criar novos conhecimentos (Sigala, 2008). Partindo dessa premissa, percebe-se que

esse fenômeno está motivando mudanças no comportamento de consumidores.

Esses por sua vez antes de tomar uma decisão, buscam por informações

disponibilizadas na Internet, como tarifas, horários, ofertas de viagens,

disponibilidade em hotéis e sobre o destino de suas férias, a fim de satisfazer suas

necessidades, buscando assim reduzir os riscos da compra de produtos e/ou

serviços.

Mostra-se dessa forma que, o turismo, a Tecnologia da Informação e

Comunicação e a Internet formam parceria de auxílio para turistas antes de planejar

a viagem, visto que, os auxiliam para melhor tomar uma decisão de compra.

Partindo dessa perspectiva, a internet tem proporcionado benefícios à

atividade turística, principalmente para usuários que buscam por informações sobre

produtos ou serviços de destinos de viagem, além do mais, as informações podem

ser acessadas em qualquer lugar e a qualquer hora, os quais representam economia

de tempo, além da economia de recursos financeiros, e ainda, pesquisam de acordo

com a sua conveniência e no ritmo que desejarem.

Para Cacho (2011), a internet representa para o consumidor:

Maior comodidade, uma vez que, com o uso de fontes como a Internet, é possível com um único clique, comprar passagens, reservar hotéis, localizar no mapa o destino turístico, obter informações diversas sobre o local a ser visitado, além de compartilhar com outros potenciais consumidores sua opinião e experiência da destinação escolhida, (Cacho, 2011, p.18).

Ainda, conforme Cacho (2011, p. 36) os turistas “estão menos interessados

em seguir as multidões em pacotes turísticos de massa, pois querem planejar suas

viagens do início ao fim”. Assim, as TICs modificaram o comportamento de turistas,

que segundo Mendes Filho (2011) o viajante do século XXI utiliza cada vez mais a

tecnologia e está cada vez mais independente e empoderado (ou seja, com

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autonomia), de forma que este tem a possibilidade, por meio da internet, planejar e

decidir a sua viagem sem o intermédio de agências de viagem, o que possibilita o

seu processo de compra e/ou serviço.

O turista está cada vez mais hiperconectado, bem mais informado, exigente,

com maiores expectativas, e ainda conseguem informações em tempo real (Wang,

Xiang & Fesenmaier, 2014). Esta mudança de comportamento está “obrigando” às

organizações (públicas ou privadas) a se adaptarem a este novo contexto. Esta era

digital dotou os consumidores de plataformas para compartilhar experiências e

pensamentos criando a opinião social. O turista como as outras pessoas valorizam a

experiência de outros viajantes mais do que as propagandas feitas pelas marcas

(Lamsfuset al, 2013).

Assim, segundo Ayer, Au e Law (2013) a expansão tecnológica não deve

somente apoiar o acesso para o uso de informações, mas seja impulsionado por

necessidades e desejos de viajantes. Alem disso, ainda, segundo os autores, houve

incremento na aplicação de mídia social no âmbito da hospitalidade e turismo, que

em grande parte se relaciona a emergência da web participativa, com a proliferação

de numerosos websites focados no CGU, como redes sociais, comunidades de

viagens online e sites de recomendação.

Assim, Xiang, Wang, O’Leary e Fesenmaier (2014) também concordam que

canais de mídias sociais dedicados a viagens influenciam significativamente a busca

por informação e a atitude de compartilhar e, consequentemente, interferem no

modo como os viajantes percebem e interagem com produtos de viagem e destinos

turísticos.

Com base nas alterações de postura dos consumidores, desde o início do

século XXI, pesquisadores procuram compreender o comportamento do cliente em

relação à Tecnologia da Informação e Comunicação em viagens e turismo. Como a

tecnologia continua a avançar, questão essencial é pesquisar como os viajantes

mudaram a forma de usar a Internet, bem como o próprio comportamento. Por

exemplo, as mídias sociais têm a função de reunir diversas pessoas para

estabelecer interação.

Segundo Leung, Law, van Hoof e Buhalis (2013), elas favorecem o

intercâmbio e o compartilhamento de informações e conteúdos que, por sua vez, são

formados por opiniões e relatos de usuários que experimentaram algum serviço e/ou

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produto, consistindo no chamado “boca a boca” de forma eletrônica, ou seja, o

Conteúdo Gerado pelo Usuário.

2.3. CONTEÚDO GERADO PELO USUÁRIO (CGU)

Com o passar dos séculos o homem evoluiu, e buscou desenvolver

ferramentas que facilitasse a vida em sociedade. Com o avanço de Tecnologias da

Informação e Comunicação, juntamente com a popularização da Internet

modificaram, principalmente, a forma de como as pessoas se comunicam e

adquirem informações. Modificando costumes, formas de consumo e relações entre

pessoas. Recriando, então, novos hábitos, identidades e novas formas de interação

(Silva, Mendes-Filho & Corrêa 2017).

Com a expansão da Web 2.0 (ou seja, blogs, wikis, comunidades online, etc),

conhecida também como web participativa, ou Conteúdo Gerado pelo Usuário

(CGU), tem permitido usuários desenvolver, disseminar e compartilhar conteúdo de

forma contínua (Sigala, 2008). Assim, a quantidade e a qualidade de

compartilhamento são bem variadas e comportamento depende muito do perfil de

cada turista, mas este tipo de conduta é cada vez mais recorrente, principalmente na

geração dos Millennials, (os nascidos após 1980, cresceram em um mundo

tecnológico, conectado, globalizado e com acesso facilitado à informação) assim o

fato de obter informação antes de chegar ao destino, aliado com o compartilhamento

quando se estão no lugar de turismo buscando eletronicamente informação sobre

atrativos, espetáculos, restaurantes, etc.

Figura 02. Web 2.0 – web participativa

Fonte: De Nonprofit Tech for Good (2010). http://www.nptechforgood.com/2010/01/28/web-1-0-web-2-0-and-web -3-0-simplified-for-nonprofits/

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A utilização da internet permite ao usuário a “aproximação” com outros

usuários de forma participativa e colaborativa, auxiliando uns aos outros. Desta

forma, consumidores percebem e sabem que a Internet é a maior fonte de

informação mundial. Que para Torres (2009), as ferramentas de busca e a Internet

em suma são hoje uma porta de entrada para encontrar diversas informações, basta

o consumidor formular alguma pergunta para obter uma resposta. Logo,

consumidores têm acesso direto às informações que necessitam para o

planejamento da viagem.

A facilidade de localizar as mais diversas informações sobre diversos

produtos e serviços é rápida, e na maioria das vezes, fácil. As pessoas utilizam a

Internet para obterem tais informações. A Figura 03 são apresentados várias formas

e maneiras possíveis de consumidores obterem informações sobre produtos e

serviços turísticos por meio da rede global.

Figura 03. Informações Turísticas pela Web

Fonte: Adaptado de Sheldon, P. (1997). Tourism information technology. CAB International,

Wallingford, UK.

Homepages de Turismo

Catálogos de Turismo Destinos

Sites de busca: Yahoo, Altavista, Google, Excite e Lycos

Localizador de Homepages

Computador de Usuário

Navegadores

Diretórios de Busca Mecanismos de Busca

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Conforme se percebe na Figura 03, usuários dispõem de vários sites de

busca, dentre eles o Yahoo, Altavista, Google, Excite e Lycos, etc. Logo, através

desses mecanismos, usuários conseguem obter informações sobre destinos

turísticos, facilidades, disponibilidades, preços, informação geográfica, clima, e até

comprar produtos e/ou serviços.

Segundo Castells (2003), a revolução da TIC alterou o paradigma social,

cultural, econômico e ambiental. A essência dessa revolução, não é a concentração

de informações e conhecimento, mas sim a maneira como a informação é usada e

adotada para criar e produzir mais conhecimento.

Diante dessas circunstâncias, a atividade turística é influenciada, diretamente,

por essas transformações. A experiência do turista foi modificada. Antes, os relatos

e experiências de viagens eram feitos por cartas, cartões postais e pelo boca-a-

boca- físico (Figueiredo, 2010).

Na atualidade, as experiências sobre viagens são difundidas pelas redes

sociais, através dos avanços tecnológicos e das mídias sociais. As novas

plataformas de mídias sociais permitem aos turistas gerar e compartilhar

conhecimento, experiências e informações online. (Buhalis & Law, 2008; Jacobsen &

Munar, 2014).

A rede global proporciona a propagação e o intercâmbio de conteúdos por

meio de mídias sociais, que segundo Telles (2010) são sites na Internet que permite

o compartilhamento e criação colaborativa de conteúdo em distintos formatos, como

blogs, fotografias, videologs, scrapbooks, e-mail, músicas, crowdsourcing, entre

outros, além da interação social desenvolvida por usuários.

Kietzmann, Hermkens, Maccarthy e Silveste (2011) desenvolveram um

modelo de sete blocos funcionais que não são mutuamente excludentes, nem todos

devem estar presentes em uma atividade de mídia social. Cada bloco apresenta a

funcionalidade em uma plataforma de mídia social, cujas definições podem ser

consultadas no Modelo Favo de Mel das Mídias Sociais (Figura 04):

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Figura 04. Favo de Mel das Mídias Sociais Fonte: Kietzmann, J. H., Hermkens, K., McCarthy, I. P., &Silveste, S. B. (2011). Social Media? Get serious! Understanding the functional building blocks of social media, 54 (3), 241-251.Tradução nossa.

As mídias sociais são as responsáveis pela difusão do CGU, que são

comentários, textos e/ou imagens na Web gerada por pessoas sobre experiências

pessoais com produtos e serviços adquiridos, e não por empresas (Litvin, Goldsmith

& Pan, 2008).

Os relatos em forma de imagens e depoimentos é uma maneira do turista

conhecer e compartilhar a experiência sobre viagens realizadas. Essas informações

e relatos são chamados de “conteúdo gerado pelo usuário”, “comentários de viagem

online”, “comentário de viagem na Internet”, ou “boca-a-boca online”, vem ganhando

destaque como forma de substituir o marketing “boca-a-boca” de maneira tradicional.

Turistas descrevem e expõem suas experiências ao desfrutar de um hotel,

COMPARTILHAMENTO

À medida que usuários

trocam, compartilham

e recebem conteúdo

IDENTIDADE

À medida que

usuários se

revelam em uma

plataforma

GRUPOS

À medida que

usuários são

ordenados ou

formam

comunidades

REPUTAÇÃO

À medida que

usuários conhecem a

posição de outros e

conteúdo

CONVERSAÇÃO

À medida que

usuários se

comunicam uns com

os outros

RELACIONAMENTOS

À medida que

usuários se

relacionam uns com

os outros

PRESENÇA

À medida que

usuários sabem

se outros estão

disponíveis

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restaurante, de uma localidade, e atrativos turísticos, etc. Assim, Silva, Mendes-Filho

e Corrêa (2017) abordam que a aplicação de mídia social no âmbito da hospitalidade

e turismo tem crescido que está relacionada com a emergência da Web 2.0, com a

proliferação de numerosos websites focados no CGU, como redes sociais,

comunidades de viagens online e sites de recomendação, etc.

Ainda, conforme os autores, o CGU figura como uma expressiva fonte de

informação para os viajantes, tanto que em resposta muitas empresas do setor

turístico têm integrado sites de avaliação e recomendação a suas estratégias de

negócios online, como o TripAdvisor, o maior site de CGU vinculado ao assunto

viagem em nível mundial (Ayer, Au& Law, 2013). O CGU tem se tornado uma

importante ferramenta de troca de informações, destacando-se como uma das áreas

que mais crescem na internet.

Nota-se que, devido a esse destaque, a utilização do CGU tem sido notória, e

mais pessoas estão usando e compartilhando fotos e vídeos em plataformas como

Flickr e YouTube (Parra-López et al, 2011). Essas ferramentas permitem que

qualquer pessoa, de qualquer lugar e a qualquer hora, possa pesquisar, acessar,

organizar e contribuir com algum conteúdo de maneira colaborativa.

Ademais, vale ressaltar que a rede global juntamente com as mídias sociais

segue alterando a forma como informações sobre viagens e experiências são

compartilhadas (Munar & Jacobsen, 2014). As plataformas de mídia social têm

permitido que o turista compartilhe o conhecimento de suas emoções e vivências a

partir de suas experiências.

Ao pesquisar o CGU, consumidores obtêm informações e fotografias sobre

localidades antes da tomada de decisão. Além disso, viajantes são capazes de

analisar e até contestar textos, imagens e vídeos postados por outros usuários,

expressando as próprias opiniões sobre serviços e/ou produtos. Mostrando dessa

forma que a o CGU é um construção constante e de forma colaborativa por vários

usuários conectados através da Web.

Nesta perspectiva, as informações contidas no CGU “habilitam” turistas a

tomar suas decisões sobre produtos e serviços a serem adquiridos (Mendes Filho &

Carvalho, 2014). O fator que esse conteúdo de experiência do turismo vira

informação técnica e gerencial para poder melhorar a qualidade de serviços e

produtos. Além de ser uma forma de divulgar e propagar destinos turísticos, devido a

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sua abrangência mundial. O conteúdo gerado pelo turista tem papel decisivo na

escolha e no planejamento de viagem (Gretzel et al. 2008).

Registra-se que inúmeros são os motivos que levam turistas a compartilhar o

CGU. De acordo com George e Scerri (2007) as razões podem ser: entretenimento,

analisar e avaliar produtos e serviços. Pesquisas que buscam entender o impacto do

CGU no turismo, como as de Ayeh, Au e Law (2013), Burgesset al. (2009), Silva e

Mendes-Filho (2013), Filieri e Mcleay (2013), entre outros. Por exemplo, pesquisas

realizadas por Jalilvand e Samiei (2012) examinaram o impacto do boca-a-boca

online na escolha de destinos de viagem.

Portanto, o CGU tornou-se uma importante fonte de informação e

comunicação, pois possibilita a troca e interação de informações dinâmicas, além de

gerar feedback em tempo real para que os gestores possam otimizar os pontos

positivos e minimizar os negativos. O CGU tem influenciado um abrangente público,

uma vez que o boca-a-boca online é um substituto ou complemento da comunicação

escrita (Norman et al., 2008). Logo, o CGU influencia consideravelmente a

percepção, a atitude e o comportamento para com a tomada de decisão de

viajantes, impactando dessa maneira a indústriado turismo.

2.4. FOTOGRAFIAS EM MÍDIAS SOCIAIS NA ESCOLHA DE DESTINOS DE

VIAGEM

Pesquisas relacionadas ao conceito de imagem em diversas searas do

conhecimento têm sido aprofundadas desde os primeiros trabalhos de Boulding

(1956) e Martineau (1958), que propôs que o comportamento humano depende da

imagem e não realidade objetiva. Para o turismo, a temática abordada tornou-se

popular na literatura (Pike, 2002). Desde então, pesquisas pelo mundo foram

realizadas, criando a “teoria da imagem”, que sugere que o mundo é uma

representação psicológica ou distorcida da realidade objetiva residente e existente

na percepção de cada indivíduo (Myers, 1968).

Para tentar mensurar o caráter simbólico e subjetivo do consumo destino de

viagem, objetivou-se trabalhar com a imagem fotográfica (percepção) de destinos de

viagem, que segundo a Associação Americana de Marketing (apud Emídio,

Celestino & Perinotto, 2014), imagem é “a percepção do consumidor de um produto,

instituição, marca, negócio ou pessoa, que pode ou não corresponder com o ‘real’

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com a ‘realidade’”. Logo, “A imagem está ligada à percepção, à compreensão e à

ideia que os consumidores, ou as pessoas em geral têm do destino. Ela pode ser

positiva ou negativa”. (Lohmann & Netto, 2008, p.350 apud Emídio, Celestino &

Perinotto, 2014). Desta maneira, as imagens fotográficas têm influência na

percepção de um destino.

Imagem do destino pode ser explicada como uma impressão emocional

(Dichter, 1985; Oxenfeldt, 1974); Ou como uma expressão de conhecimento,

expressões, preconceitos, imaginações e pensamentos emocionais de um objeto ou

lugar específico (Lawson & Baud-Bovy, 1977). Dobni e Zinkhan (1990) concluíram

que a imagem é um fenômeno perceptivo que através da interpretação racional e

emocional que os consumidores têm, cognitivos (crenças) e afetivos (sentimentos).

Para Barick e Kotler (1991), a imagem é considerada a soma de crenças,

sensações e impressões de um indivíduo, ou um grupo possui de um determinado

objeto, de uma pessoa, de um lugar, de uma marca, de uma organização, de um

produto ou de um serviço. Essas impressões podem ser verdadeiras ou falsas, reais

ou imaginárias. Sejam certas ou erradas, são essas imagens que vão guiar e moldar

o comportamento (Barick & Kotler apud Chaves & Monteiro, 2014).

Percebe-se a partir da literatura, que a imagem de destino pode ser definida

de distintas maneiras, mostrando-se a complexidade do termo, devido sua

multiplicidade de usos e aplicações (Milan et al, 2011).

Segundo Morgan (2003), pesquisas sobre imagem tem sido tema de diversos

trabalhos. Estudos sobre a imagem de destino tendem apoiar a visão de que esta é

formada pelos constructos afetivos e cognitivos inter-relacionados que compõem a

imagem holística do lugar (Baloglu & Brinberg, 1997; Baloglu & Mccleary, 1999).

A construção da imagem de destino é formada por três constructos distintos,

que segundo Gartner (1993) são inter-relacionados hierarquicamente: cognitivo,

afetivo e conativo. As inter-relações entre esses componentes determinam a

predisposição.

Conforme estudos realizados por Baloglu e Mccleary (1999), a imagem do

destino é formada por dois fatores, que são os fatores criados pelos agentes de

turismo, e os fatores pessoais, corroborado por Chagas (2015, p. 91) onde o autor

aborda que “a imagem de um destino percebida pelo mercado turístico, mais

precisamente por seus consumidores, é condicionada por grande diversidade de

fatores, sendo eles externos ou internos”. Dessa maneira, Kotler et al. (2005) aborda

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que a imagem de um destino turístico envolve a interpretação subjetiva por parte do

turista, e o processo de ações realizadas por ações de marketing. Com base nesse

entendimento, a imagem do destino possui os seguintes componentes:

A imagem cognitiva é definida por Scott (1965) como uma avaliação do

conhecimento de atributos de um produto ou a compreensão de um produto de

forma intelectual. Já Boulding (1956) afirma que a imagem cognitiva é derivada de

fatos. Similarmente, a imagem cognitiva também pode ser vista como a soma de

crenças e atitudes de um objeto levando a alguma imagem internamente aceita de

seus atributos. Desse modo, a quantidade de estímulos externos adquiridos de um

objeto é instrumental na formação da imagem cognitiva (Gartner, 1993).

Pesquisas realizadas por Fishbein (1967) e Fishbein e Ajzen (1975) abordam

sobre a importância da distinção entre crenças e atitudes de um indivíduo. Enquanto

crenças representam informações sobre um objeto, a atitude refere-se a uma

avaliação favorável ou desfavorável sobre o objeto.

Fishbein (1967) propôs que a atitude consiste em elementos cognitivos,

afetivos e conativos. Ele definiu ainda a cognição como a soma do que é conhecido

sobre um destino, que pode ser orgânico ou induzido. Ou seja, é a consciência, o

conhecimento ou crenças, que podem ou não ter derivado de uma visita anterior.

Afinal, conforme Milman e Pizam (1995) a imagem de destino só pode existir se

houver quantidade mínima de conhecimento sobre o destino.

A imagem afetiva está relacionada com as emoções, sentimentos e estados

de ânimo que o indivíduo tem sobre determinado objeto. A partir de sua percepção

acrescenta à imagem uma informação de caráter qualitativo, avaliativo, despertando

humores, interesses ou afetos. Refere-se ao registro emocional que as pessoas

conservam das experiências, que podem conter distintos sentimentos e emoções

relacionados com raiva, medo, alegria, autoestima, ansiedade, frustração, dentre

outros (De Toni, Milan & Schuler, 2005; De Toni et al., 2010).

Para Fishbein (1967), a imagem afetiva está relacionada com os motivos de

seleção de um destino. Afeto representa sentimentos de um indivíduo em relação a

um objeto, que pode ser favorável, desfavorável ou neutro. Uma vez que a imagem

afetiva se preocupa com o sentimento individual de cada indivíduo sobre vários

lugares. (Walmsley & Jenkins, 1993), pessoas com distintos motivos que podem

sentir o valor do destino caso esse forneça os benefícios que procuram.

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Para os autores Russel e Snodgress (1987), a imagem afetiva está

relacionada com uma estrutura de interação pessoa-ambiente composta de quatro

etapas: 1) antes de entre em um ambiente ou antecipação; 2) viajar para o

ambiente; 3) atividades desenvolvidas no ambiente e; 4) o efeito posterior. Ou seja,

Russel e Snodgress (1987) identificaram que as pessoas desenvolvem avaliações

afetivas, antes, durante e pós-ambiente.

Ainda, segundo os autores, o comportamento pode ser influenciado pela

qualidade afetiva estimada, percebida ou lembrada de um ambiente diretamente

pelas suas propriedades objetivas.

A representação da imagem do destino é formada por dois diferentes, mas

inter-relacionados constructos: cognitivo e afetivo (Beerli & Martin, 2004), como pode

ser observado na Figura 05. As inter-relações entre estes componentes podem ser

usadas para explicar a predisposição do produto (Beerli & Martin, 2004).

Figura 05. Proposta de modelo de imagem do destino Fonte: Huang, Y. (2009). Examining the antecedents of behavioral intentions in a tourism context.2009. 250f. Tese (Doutorado) – Texas A&M University. Texas, US.

A imagem do destino foi definida como uma representação mental, que

envolve conhecimento (crenças), sentimentos e percepção geral de um determinado

destino (Crompton, 1979; Fakeye & Crompton, 1991). Verificou-se que a imagem do

destino desempenha duas funções principais nos comportamentos: 1) influencia a

escolha de destino no processo decisório e, 2) condiciona os comportamentos pós-

Imagem do Destino

Cognitiva

Afetiva

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decisão incluindo a participação (experiência no local), avaliação (satisfação) e

futuras intenções comportamentais (intenção de revistar e vontade de recomendar o

destino) (Ashworth & Amp; Goodall, 1988; Chen & Tsai, 2007; Cooper, Fletcher,

Gilbert & Wanhill, 1993; Lee, Lee, & Lee, 2005; Mansfeld, 1992).

Segundo Huang (2009), o comportamento dos turistas podem ser

parcialmente condicionados pelas imagens que eles têm do destino. A influência

começa no estágio da escolha do destino para uma possível viagem de férias.

Percebe-se que a influência da imagem de destino na escolha de destinos

de férias foi considerado por vários autores em modelos de tomada de decisão

(Crompton & Ankomah, 1993; Gartner, 1989; Goodall, 1988; Kent, 1990; Mathieson

& Wall, 1982; Moutinho, 1987; Schmoll, 1977; Stabler, 1990). Desse modo, pensa-se

que destinos com imagens positivas têm mais probabilidades de serem incluídos no

processo de tomada de decisão pelo consumidor (Alhemoud & Armstrong, 1996;

Echtner & Ritchie, 1991; Johnson & Thomas, 1992; Teichmann-Kosuta, 1994).

Portanto, ao abordar fatores que influenciam turistas a escolher destinos de

viagens, a imagem fotográfica (percepção) assume papel importante como agente

influenciador. Uma vez que, o primeiro “contato” com o destino turístico é através de

fotografias.

Para fins desta pesquisa, utiliza-se o conceito de imagem fotográfica como

a percepção do indivíduo sobre determinado objeto, pessoa, lugar, marca,

organização, produto ou serviço. Em seguida é desenvolvida a revisão teórica com

relação à Teoria do Comportamento Planejado, que possuem variáveis que podem

influenciar o uso de fotografias em mídias sociais na intenção de escolha de

destinos de viagem.

2.5 TEORIA DO COMPORTAMENTO PLANEJADO (TCP)

A Teoria do Comportamento Planejado (TCP) foi desenvolvida por Ajzen

(1991), a partir da Teoria da Ação Racional (TAR) de Ajzen e Fishbein (1975). A

TAR possui enfoque voltado para descrever a influência de atitudes sobre o

comportamento humano (Armitage & Christian, 2003). Esta teoria se baseia de que

o ser humano usa de forma racional as informações, e o suficiente para tomar suas

decisões comportamentais.

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Desta forma, compreende-se que a TAR se baseia que os indivíduos usam as

informações racionais para determinar sua escolha, ou seja, primeiramente essas

pessoas analisam as informações e antecipam as consequências de suas escolhas

(Ajzen & Fishbein, 1980).

De acordo com Ajzen (2002), a TAR passou por redefinições, após a inclusão

da percepção de controle, então, passou-se a ser chamada TCP. A TCP baseia-se

no pressuposto de que os indivíduos tomam suas decisões de formam eminente e

racional e utilizam sistematicamente informações que estão disponíveis,

considerando as implicações de suas ações antes de decidirem se devem ou não

comportar-se de determinada forma (Ajzen, 2002).

Deste modo, vale salientar que a TCP é considerada um avanço da TAR,

visto que apresentava limitação em relação aos comportamentos sobre os quais as

pessoas tinham controle volicional incompleto (Ajzen, 2002).Vale ressaltar que, as

crenças comportamentais podem levar a atitudes favoráveis ou desfavoráveis em

relação ao comportamento de cada indivíduo.

A TCP fundamenta-se na hipótese de que os indivíduos tomam decisões de

forma racional e utilizam sistematicamente informações que estão disponíveis,

levando em conta as implicações de suas ações antes de decidirem se realizam ou

não determinado comportamento (Ajzen, 2002).

A TCP, conforme Figura 06 possui quatro variáveis (Ajzen, 1991), a seguir:

– Atitude é uma avaliação positiva ou negativa que um indivíduo tem ao

realizar um determinado comportamento de seu interesse;

– Normas subjetivas é a percepção que uma pessoa tem da “pressão social”

sofrida para se realizar um determinado comportamento;

– Controle percebido é o senso de confiança ou habilidade de se realizar um

determinado comportamento de seu interesse;

– Intenção Comportamental é a disposição que um indivíduo tem para

realizar um determinado comportamento.

A Teoria do Comportamento Planejado (TCP) é um modelo dominante das

relações atitude, comportamento, permitindo uma previsão acurada das intenções

comportamentais, através de um conjunto de variáveis antecedentes: atitude, norma

subjetiva, e controle percebido do comportamento (Armitage & Christian, 2003).

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Figura 06. Teoria do Comportamento Planejado Fonte: De Ajzen, I. (1991). The theory of planned behavior. Organizational Behavior and Human Decision Processes, 50, 179-211.

A intenção pessoal de cada indivíduo de realizar o comportamento

geralmente é maior quando a atitude e a normas subjetivas são mais favoráveis e

quando o controle percebido é maior. Por outro lado, as pessoas tendem a realizar

as suas intenções quando as oportunidades aparecem, sendo assim, a intenção

comportamental é considerada o antecessor imediato do comportamento.

De acordo com Ajzen (2002) para modificar o comportamento, intervenções

podem ser direcionadas a um ou mais de seus três determinantes: atitude, normas

subjetivas ou controle percebido. A partir do verdadeiro controle sobre o

comportamento de cada indivíduo, novas intenções comportamentais podem surgir

e, por seguinte, podem ser convertidas em comportamento real.

Ainda, conforme Ajzen (2002) há três antecedentes das intenções

comportamentais, onde se baseiam em crenças, torna-se importante conhecer as

que são mais preponderantes na memória, para que sejam medidas. Dado que as

crenças preponderantes tenham sido identificadas, um questionário padrão de TCP

pode ser elaborado, incluindo as diversas medidas dos constructos que incluem

crenças, atitude, normas subjetivas, percepções de controle comportamental,

intenções e comportamento real.

Através de técnicas estatísticas, como por exemplo, análise de regressão

múltipla e a Modelagem de Equações Estruturais, pode-se por meio dessas técnicas

ter certo grau de precisão, a contribuição relativa de atitudes, normas subjetivas e

percepções de controle comportamental para prever as intenções, assim como as

relativas contribuições de intenções e percepções de controle para a previsão com

comportamento efetivo.

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Conforme Ajzen (2002), as crenças fornecem uma fotografia da

fundamentação cognitiva do comportamento de uma dada população num

determinado momento, possibilitando entender por que as pessoas têm certas

atitudes, normas subjetivas ou percepções de controle comportamental.

Na seara de pesquisa em turismo são estudadas como o processo de

desenvolvimento e do comportamento de um viajante são motivadas, para que

empresas possam tomar medidas quanto às ações no seu plano de marketing.

Para isso, empresas devem pesquisar e entender quais os fatores que

motivam e influenciam os viajantes a escolher determinado produto e/ou serviço,

bem como suas atitudes de escolhas são tomadas, e como são influenciados por

grupos de referências distintas, e como afetam o seu comportamento na tomada de

decisão de escolha de uma viagem (Moutinho, 1987).

A partir de pesquisas, verifica-se que a TCP tem sido utilizada em estudos de

turismo para verificação de comportamento do viajante. Por exemplo, pesquisa

realizada por Huang (2009) aborda sobre a importância da imagem percebida para a

escolha de destinos turísticos, para tentar prever quais são os antecedentes da

intenção de viajar para determinado destino. Baseado neste estudo, a Hipótese 1

(H1) desta pesquisa consiste em:

H1: Imagem Fotográfica influencia positivamente a atitude do usuário em usar

fotografias em mídias sociais na sua intenção de utilizá-la quando escolhendo

destinos de viagem.

Em um estudo realizado por Ayer, Au e Law (2013) identificaram que a atitude

teve impacto positivo em intenção comportamental na influência ao escolher

destinos de viagem. Desta forma, a Hipótese 2 (H2) desta pesquisa baseada no

estudo citado anteriormente consiste em:

H2: Atitude do usuário em usar fotografias em mídias sociais influencia

positivamente a sua intenção de utilizá-la quando escolhendo destinos de viagem.

Em pesquisa realizada Hsu e Huang (2012) verificaram que as normas

subjetivas estão relacionadas à intenção do viajante em conhecer destino

internacional. Logo, a Hipótese 3 (H3) deste trabalho é:

H3: Normas Subjetivas sobre o usuário usar fotografias em mídias sociais

influencia positivamente sua intenção de utilizá-la quando escolhendo destinos de

viagem.

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Já um estudo realizado por Sparks e Pan (2009) afirma que o controle

percebido está relacionado com a intenção comportamental de escolha de um

destino. Portanto, conforme o estudo realizado pelos autores, a Hipótese 4 (H4)

desta pesquisa consiste em:

H4: Controle percebido sobre o usuário usar fotografias em mídias sociais

influencia positivamente a sua intenção de utilizá-la quando escolhendo destinos de

viagem.

Em uma pesquisa mais recente, realizada por Silva, Mendes-Filho e Correa

(2017) verificaram a influência de comentários de viagem na internet na escolha de

destinos de viagem.

Portanto, percebe-se que a Teoria do Comportamento Planejadovem sendo

utilizada em estudos. Desse modo, a TCP tem sido significativa importância em

pesquisas na seara do turismo, pois buscam por meio da teoria estudar o

comportamento do viajante.

A seguir apresenta-se a Figura 07 explicativa com as temáticas e os principais

autores que são utilizados como referência para a revisão da literatura ao longo

deste trabalho.

Temática Principais autores

O Turismo como atividade econômica Ramos, Mendes-Filho e Lobianco (2017) Redondo

(2004), Gee, Makens e Choy, (1994).

Tecnologia da Informação e da

Comunicação no Turismo

Silva, Mendes-Filho e Correa (2017), Werthner e Klein

(1999), Cacho (2011), Leung, Law, van Hoof e Buhalis

(2013), Xiang, Wang, O’Leary e Fesenmaier

(2014),Litvin, Goldsmith e Pan (2008), Arsal,

Backmane Baldwin (2008),Parra-López et al, (2011),

Munar&Jacobsen (2014).

Conteúdo Gerado pelo Usuário

Sheldon (1997), Litvin, Goldsmith e Pan (2008), Arsal,

Backman e Baldwin, (2008), Parra-López et al (2011),

Ayer, Au e Law, (2013), Munar&Jacobsen, (2014),

,Silva e Mendes-Filho (2013), Silva, Mendes-Filho e

Corrêa (2017)

Imagem do Destino (imagem cognitiva e

imagem afetiva)

Boulding (1956), Martineau (1958), Myers (1968),

Dichter (1985), Oxenfeldt (1974), Lawson e Baud-Bovy

(1977), Dobni e Zinkhan (1990), Barick e Kotler

(1991),Pike (2002), Milan et al (2011), Chaves e

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Monteiro (2014),Baloglu e Brinberg (1997), Baloglu e

Mccleary, (1999), Gartner (1993) Kotler et al. (2005),

Scott (1965), Boulding (1956) Fishbein (1967) e

Fishbein e Ajzen (1975) Milman e Pizam (1995) De

Toni, Milan e Schuler (2005) De Toni et al. (2010).

Walmsley e Jenkins (1993), Russel e Snodgress

(1987), Beerli e Martin (2004), Huang (2009),

Crompton, (1979) Fakeye e Crompton (1991).

Ashworth, Amp e Goodall (1988), Chen & Tsai, 2007;

Cooper, Fletcher, Gilbert & amp, Wanhill (1993), Lee,

Lee, e Lee (2005) Mansfeld (1992), Alhemoud e

Armstrong (1996), Echtner e Ritchie, (1991) Johnson e

Thomas (1992), Teichmann-Kosuta (1994).

Teoria do Comportamento Planejado Ajzen e Fishbein (1975, 1980), Ajzen (1991, 2002),

Armitage e Christian, (2003), Moutinho (1987).

Figura 07. Temática abordada e principais autores

A Figura 08 representa o modelo proposto do estudo, cujo objetivo é analisar

os fatores que influenciam o uso de fotografias em mídias sociais na intenção de

escolha de destinos de viagem.

Figura 08. Modelo proposto para verificar a intenção do viajante em utilizar fotografias em mídias sociais Fonte: Modelo baseado em Ajzen (1991) e Huag (2009).

H1

H2 H3

H4

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47

CAPÍTULO 03

3. METODOLOGIA DA PESQUISA

Segundo Dencker (1998, p.21), “a tarefa do pesquisador consiste em tentar

aproximar o modelo teórico da realidade de forma sistemática e controlada, visando

diminuir as chances de erros nas avaliações efetuadas”. Partindo do pensamento da

autora, percebe-se que o pesquisador parte com uma concepção de um modelo

teórico, o qual será confrontado com a realidade, com finalidade de aproximar a

teoria da real. A pesquisa segue procedimentos sistemáticos orientada por regras,

formando-se assim, a base do método científico.

Ainda, conforme a autora, o método científico consiste em uma série de

procedimentos realizados pelo pesquisador, procurando diminuir a possibilidade de

erro. Dessa forma, ressalta-se que, o emprego do método científico consiste em

expressar probabilidades, em possibilidades de ocorrência, e não em verdade

absoluta, visto que, as hipóteses podem ser falseadas. Conforme Popper (1980), a

falseabilidade ou refutabilidade é a propriedade de uma asserção, ideia, hipótese ou

teoria poder ser mostrada falsa. Partindo do pensamento de Popper, pode-se

concordar com o autor que, uma pesquisa é “verdadeira” até ser falseada ou

refutada por outra.

Conforme Dencker (2000), o método consiste em um plano geral e

abrangente, considerado a parte estratégica da pesquisa, e o processo, a aplicação

específica do plano metodológico, composto de uma sequência ordenada de

atividades. Portanto, o método cientifico dá a orientação, o passo a passo, ou seja,

estabelece o que fazer para chegar a um determinado fim. Sua aplicação e a

técnica, ou seja, são as regras de como fazer.

Dessa forma, este capítulo tem como objetivo descrever a metodologia para

desenvolver e operacionalizar os objetivos intermediários deste estudo. Assim,

através da metodologia, são definidas as técnicas, os procedimentos, bem como os

métodos de estudo adotados pelo pesquisador neste trabalho.

A seguir, descreve-se a metodologia realizada para o desenvolvimento desta

pesquisa, mostrando-se a sua tipologia, o seu campo de estudo, os seus

participantes e o instrumento que foi utilizado para a coleta e interpretação dos

dados.

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3.1 Tipologia do Estudo

Para a realização deste trabalho, iniciou-se com a pesquisa bibliográfica,

considerada fonte de coleta de dados secundária, podendo ser definida como:

contribuições culturais ou científicas realizadas no passado sobre determinando

assunto, tema ou problema que possa estudado (Lakatos & Marconi; Cervo &

Bervian, 2002).

De um modo genérico, todo trabalho científico inicia-se com o apoio do

embasamento na pesquisa bibliográfica, para que não se desperdice tempo com um

problema que já foi resolvido e chegar a considerações inovadoras (Lakatos &

Marconi, 2001).

Para Vergara (2000), a pesquisa bibliográfica desenvolve-se a partir de

material já realizado, constituído, principalmente, de livros e artigos científicos.

Assim, trata-se de materiais para levantamento de informações básicas sobre os

aspectos direta e indiretamente ligados à temática abordada.

Conforme Vergara (2000), um estudo pode ser caracterizado quanto aos

objetivos, forma de abordagem e procedimentos técnicos. Nesse sentido, o presente

trabalho é definido como uma pesquisa do tipo descritivo-exploratória, com

realização de pesquisa em campo, a fim de explorar informações relacionadas ao

tema com o objetivo de analisar os fatores que influenciam o uso de Fotografias em

Mídias Sociais (FMS) na intenção de escolha de destinos de viagem.

Conforme os autores,

Os estudos exploratórios têm por objetivo familiarizar-se com o fenômeno ou obter uma nova percepção dele e descobrir novas ideias. Realiza descrições precisas da situação e quer descobrir relações existentes entre seus elementos componentes. Requer planejamento flexível para possibilitar a consideração dos mais diversos aspectos e de um problema ou de uma situação. Recomendada quando há pouco conhecimento sobre o trabalho estudado, (Cervo, Bervian & Silva 2007, p. 63).

A pesquisa, quanto aos seus objetivos, também é considerada descritiva,

devido às características condizentes a certa população ou fenômeno,

estabelecendo correlações entre variáveis e definição da sua natureza. (Vergara,

2000). Desta forma, este trabalho buscou analisar os fatores que influenciam o uso

de fotografias mídias sociais na escolha de destinos de viagem, com o intuito de

entender como esses conteúdos podem influenciar na tomada de decisão de

consumidores.

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O trabalho tem abordagem quantitativa, do tipo Survey. Conforme Richardson

(1999, p. 70), a abordagem quantitativa se caracteriza “pelo emprego de

quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no tratamento

delas por meio de técnicas estatísticas, desde as mais simples como percentual,

média, desvio-padrão, às mais complexas, como coeficiente de correlação, análise

de regressão etc.”. Deste modo, quando o processo é amostral é adequada a

utilização de métodos estatísticos possibilita uma margem de segurança quanto às

inferências testadas.

3.2 Universo e Amostra da Pesquisa

Para a realização da coleta de dados, utilizou-se como panorama o processo

de escolha de destinos de viagem através de uso de fotografias em mídias sociais e

a suas influências. Com isso, o conjunto universo analisado para esta pesquisa inclui

as pessoas que já visualizaram/usaram fotografias em redes sociais na intenção de

escolha destinos de viagem.

O público do estudo é constituído por usuários que utilizam redes sociais,

maiores de 18 anos, que já tenham utilizado fotografias na intenção de escolha de

destinos de viagens. A pesquisa foi levada a efeito incluindo com parte da população

denominada “amostra”, e não a totalidade dos indivíduos (Cervo & Bervian, 2002).

Foi realizada a técnica de amostragem não probabilística que procura obter

uma amostra de elementos convenientes (Malhotra, 2012). Para fins do estudo

selecionado, o critério entre 10 a 15 observações por variável manifesta, proposto

por Marôco (2010) foi utilizado, para que haja índices de validação do modelo

estrutural. Deste modo, de acordo com o critério, uma amostra com 270

entrevistados seria necessária. Todavia, a presente pesquisa coletou um número de

300 questionários válidos, ou seja, valor acima do recomendado.

3.3 Instrumento de Pesquisa

O instrumento de coleta de dados foi do tipo questionário, o qual foi elaborado

a partir de autores mediante pesquisa bibliográfica. O instrumento questionário:

Consiste em colocar um conjunto de inquiridos, geralmente representativo de uma população, uma série de perguntas relativas à sua situação social profissional ou

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50

familiar, às suas opiniões, à sua atitude em relação a opções [...] ou ainda qualquer outro ponto que interesse ao pesquisador. (Quivy & Campenhoudt, 2005, p.188).

O questionário aplicado objetivou obter informações referentes aos fatores

capazes de influenciar usuários a utilizar fotografias em mídias sociais na escolha de

destinos de viagens. Para a obtenção de tais informações, foi construído um

questionário com 39 questões fechadas.

Foi utilizada a escala Likert (escala de resposta psicométrica) de 11 pontos,

com intenção de estimular o aumento da variabilidade de respostas, sendo o valor

mínimo [0] o máximo [10]. O questionário foi dividido em dois grupos, o primeiro para

verificar o perfil da amostra e dimensões estudadas. E o segundo, por sua vez, é

subdividido por variáveis (1) Imagem Cognitiva, (2) Imagem Afetiva, (3) Atitude, (4)

Normas Subjetivas, (5) Controle Percebido e (6) Intenção Comportamental.

Cada constructo foi dividido por blocos para facilitar a compreensão e a coleta

dos dados posteriormente. Cada variável da Teoria do Comportamento Planejado

(atitude, normas subjetivas, controle percebido e intenção comportamental) tem 3

(três) indicadores, conforme Tabela 02. Já os constructos relacionados à imagem

cognitiva e afetiva possuem 8 (oito) indicadores e 6 (seis) indicadores,

respectivamente. As perguntas foram adequadas para este estudo para verificar se,

por meio da pesquisa teórica e de campo, elas se relacionam. Pode-se verificar na

Tabela 02, as variáveis, seus respectivos indicadores, as perguntas relacionadas a

cada indicador, e o autor e ano de elaboração de cada pergunta. Salienta-se que as

perguntas baseadas nos autores foram adaptadas para fins desta pesquisa.

Tabela 02 Respectivas perguntas contidas no questionário

Variável / Fator Indicador Pergunta Autor /

Ano

Atitude

AT1 É uma boa ideia usar FMS quando eu faço minha

escolha por um destino.

Ajzen

(1991) AT2

É sensato usar FMS quando eu faço minha

escolha por um destino.

AT3 Eu gosto da ideia de usar o FMS quando eu faço

minha escolha por um destino.

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51

Normas

Subjetivas

NS1

A maioria das pessoas que são importantes para

mim entendem que eu deveria usar FMS quando

eu faço minha escolha por um destino.

Ajzen

(1991) NS2

As pessoas que influenciam minhas decisões

pensam que eu deveria usar FMS quando eu

faço minha escolha por um destino.

NS3

As pessoas cujas opiniões eu valorizo pensam

que eu deveria usar FMS quando eu faço minha

escolha por um destino.

Controle

Percebido

CP1 Eu seria capaz de usar FMS quando eu faço

minha escolha de um destino de viagem.

Ajzen

(1991)

CP2

Eu tenho os recursos, conhecimentos e

capacidade de usar FMS quando faço meu plano

de viagem.

CP3

Eu tenho os recursos, conhecimentos e

capacidade de usar FMS quando faço meu plano

de viagem.

Intenção

Comportamental

IC1 Eu pretendo usar FMS da próxima vez eu fizer

minha escolha por um destino.

Ajzen

(1991) IC2

Eu pretendo usar FMS sempre que eu precisar

fazer minha escolha por um destino.

IC3 Eu planejo usar FMS sempre que eu fizer minha

escolha por um destino.

Imagem

Cognitiva

IMACOG1 As imagens postadas mostram que o destino

apresenta muitos atrativos interessantes

Beerli e

Martin

(2004)

IMACOG2

As imagens postadas mostram que o destino

apresenta infraestrutura muito boa para o

visitante

IMACOG3

As imagens postadas mostram que o destino

apresenta uma boa relação benefício/custo para

a viagem

IMACOG4

As imagens postadas mostram que o destino

apresenta boa acessibilidade aos atrativos

turísticos

IMACOG5 As imagens postadas mostram que o destino

apresenta modernidade do local

IMACOG6 As imagens postadas mostram que o destino

apresenta a história do local

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52

IMACOG7 As imagens postadas mostram que o destino tem

preservação ambiental do local

IMACOG8 As imagens postadas mostram que o destino

apresenta status de destino top

Imagem

Afetiva

IMAAFT1 As imagens postadas mostram que o destino é

muito agradável

Beerli e

Martin

(2004)

IMAAFT2 As imagens postadas mostram que o destino é

muito bonito

IMAAFT3 As imagens postadas mostram que o destino é

muito emocionante

IMAAFT4 As imagens postadas mostram que o destino

parece ter um ambiente legal

IMAAFT5 As imagens postadas mostram que o destino

causa um bom sentimento

IMAAFT6 As imagens postadas mostram que o destino têm

muitos pontos para diversão

No questionário, há questões relacionadas ao perfil das pessoas que utilizam

fotografias de viagem em mídias sociais, questões para com o comportamento dos

usuários com a internet, ou seja, perguntas relacionadas se os usuários têm ou não

familiaridade com a rede global, e se são adeptos ao uso de redes sociais no dia a

dia, se consideram importante a existência de fotografias em mídias sociais, e se

postam fotografias após suas viagens.

Do total de 39 questões, 8 são relacionadas ao comportamento das pessoas

para com o uso de redes sociais, experiência na internet, e influência das fotos

postadas nas redes sociais, 8 são relacionadas a dimensão imagem cognitiva, 6

relacionadas a dimensão imagem afetiva, 3 para a dimensão atitude, 3 para a

dimensão normas subjetivas, 4 para dimensão controle percebido, e 3 questões para

a dimensão intenção comportamental. Além de 4 questões relacionadas a dados

sócio-demográficos.

Para familiarização do respondente com a temática, uma pequena explicação

do que é imagem fotográfica foi colocada no início do questionário, para que o

respondente tenha mais clareza do que irá responder.

Desta forma, no mês de Fevereiro de 2017, os dados necessários para o

desenvolvimento da pesquisa foram colhidos para a realização de um teste piloto,

culminando êxito em relação ao cumprimento dos objetivos propostos inicialmente.

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53

3.4 Plano de coleta de dados

A coleta de dados deste trabalho foi através de dois instrumentos distintos: a

pesquisa bibliográfica e a aplicação de questionários com os respondentes. Para a

pesquisa bibliográfica, a coleta de dados baseou-se em publicações de artigos em

periódicos nacionais e internacionais, baixados a partir do Portal de Periódicos da

CAPES, Publicações em Turismo, Science Direct e dos sites de periódicos, como:

Revista Brasileira de Pesquisa em Turismo, Journal of Travel & Tourism Marketing,

Tourism Management, Estudios y Perspectivas en Turismo, entre outros.

Para a aplicação de questionários, questões fechadas para os respondentes

foram elaboradas, visando conhecer o perfil, identificar o uso de imagem fotográfica

na intenção de visitação a destinos de viagens, verificar os fatores capazes de afetar

o uso de FMS na intenção de escolha de destinos, bem como avaliar o impacto

causado aos viajantes pelas variáveis da Teoria do Comportamento Planejado

(atitude, normas subjetivas e controle percebido), como fatores influenciadores na

imagem fotográfica na intenção de visitação a destinos de viagem.

O instrumento de coleta de dados contém questões fechadas a fim de obter,

de maneira sistemática e ordenada, informações sobre as variáveis que intervêm em

uma investigação, em relação a uma população ou amostra determinada (Dencker,

1998).

3.4.1 Teste Piloto

Tendo como objetivo validar o questionário, foi realizado teste piloto para

obter o feedback dos respondentes sobre o nível de compreensão das perguntas,

para possíveis adequações de questões para com as variáveis a serem testadas.

Através do teste piloto pôde-se verificar o instrumento de coleta de dados elaborado,

além de apontar as dificuldades e dúvidas que poderiam surgir no encaminhamento

da coleta final (Dencker, 2000). Foram aplicados 40 questionários de forma não

probabilística na cidade de Parnamirim e Natal, no Rio Grande do Norte, nos dias 09

e 10 de fevereiro de 2017.

Após a realização do teste piloto, foram realizadas ajustes no instrumento de

coleta, como correções de ortografia em questões e diminuição da fonte, antes da

realização da coleta final. Salienta-se que os dados obtidos não foram contabilizados

na amostragem final.

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54

3.4.2 Teste Final

Os dados foram coletados por meio de questionário estruturado e fechado. O

instrumento é composto por 39 questões fechadas, sendo 13 para levantamento do

perfil dos respondentes, como dados sócio-demográficos, e outras 26 questões

relacionadas às dimensões de imagem cognitiva, imagem afetiva, atitude, normas

subjetivas, controle percebido e intenção comportamental.

Após a realização do teste piloto, adequações de perguntas foram realizadas,

e por fim foi realizada a aplicação da coleta final utilizando e-survey, entre os dias 10

e 14 do mês de Fevereiro de 2017. O questionário online teve início de aplicação na

sexta-feira dia 10 do mês de Fevereiro, às 21h52min, e término na terça-feira, dia 14

do mês de Fevereiro, às 22h00min. Totalizando 5 (cinco) dias para os participantes

da pesquisa responderem.

Para a obtenção dos dados, estratégias de divulgação foram realizadas,

como, enviar o link do questionário via e-mail, publicar o link em mídias sociais,

como Facebook, Twitter e Instagram. No Facebook, o link do questionário foi

postado em timelines, todos os dias de aplicação do questionário, e várias vezes ao

dia, chegando a 6 vezes, em páginas de amigos, em grupos públicos e privados. No

Twitter, o link foi postado em contas e compartilhado várias vezes, e em todos os

dias de aplicação. Ainda, o link foi compartilhado via WhatsApp, Outlook e Google +.

A Figura 09 apresenta um resumo do total de respondentes por dia, verifica-

se que os dias que as pessoas mais respondem online são no domingo e na

segunda. Ressalta-se que esse foi o comportamento verificado desse grupo.

Portanto, pode não representar a todos. Ainda, vale salientar que, a divulgação do

questionário deve ser constante para que as pessoas possam ver.

Dia Total de respondentes

10 de Fevereiro (Sexta-feira) 38 respondentes

11 de Fevereiro (Sábado) 44 respondentes

12 de Fevereiro (Domingo) 132 respondentes

13 de Fevereiro (Segunda-feira) 61 respondentes

14 de Fevereiro (Terça-feira) 41 respondentes

Total 316 respondentes

Figura 09. Dia e total de respondentes

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55

3.5 Técnica De Análise

Para a análise dos dados, a partir das respostas, realizou-se a inserção dos

dados no Statiscal Package for the Social Sciences (SPSS) para processamento. Foi

utilizado SPSS, com pacote Analysis of Moment Structures (AMOS), versão 22.0.

Utilizou-se através do Software os métodos de análise descritiva, a fim de conhecer

melhor os dados coletados e a verificação de dados digitados de forma incorreta,

bem como a verificação de existência de “outliers”, ainda foi realizada Análise

Fatorial Exploratória (AFE) e a Análise Fatorial Confirmatória (AFC) dos dados e a

Modelagem de Equações Estruturais (MEE).

A análise fatorial, segundo Hair et al. (2009, p. 91) “é um nome genérico dado

a uma classe de métodos estatísticos multivariados cujo propósito principal é definir

a estrutura subjacente em uma matriz de dados”. Ou seja, a análise fatorial busca

verificar a estrutura das inter-relações (correlações) entre várias variáveis,

A Modelagem de Equações Estruturais, de língua inglesa Structural Equation

Modeling (SEM) segundo Hair et al. (2009) é uma técnica que permite

pesquisadores separar relações para conjunto de variáveis dependentes. Este

método de investigação científica tem sido utilizado em várias searas de estudo,

como na Administração, Turismo, Psicologia, Marketing, Ciências Econômicas, entre

outras.

Para obtenção dos resultados, construiu-se um quadro metodológico,

conforme Figura 10 para verificar com mais clareza qual o objetivo central e quais os

objetivos intermediários a serem alcançados, a partir de variáveis de análise, citando

os seus autores, bem como a técnica de coleta e análise utilizada para compreensão

dos dados obtidos.

Objetivo Central

Objetivos Intermediários

Variáveis de Análise

Autores Técnicas de

Coletas Técnicas de

Análise

Analisar os fatores que

influenciam o uso de

fotografias em mídias

Descrever o perfil dos respondentes

que fazem az uso de FMS;

Gênero, Estado Civil, Faixa Etária,

Grau de escolaridade, Experiência

com a internet.

Ayer, Au e Law –

2013 Questionário

Análise descritiva

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56

sociais na intenção de escolha de destinos de

viagem

Verificar os fatores

capazes de influenciar o uso de

fotografias em mídias sociais na

intenção de escolha de destinos de

viagem;

Imagem

Cognitiva, Imagem Afetiva, Atitude, Normas

Subjetivas, Controle

Percebido, Intenção

Comportamental.

Ajzen (1991), Beerli e Martin (2004)

Revisão

bibliográfica, Questionário.

Análise descritiva,

Análise Fatorial

Exploratória e Confirmatória

Avaliar a relação das variáveis: Imagem

Fotográfica, Normas Subjetivas, Atitude e Controle Percebido que influenciam o uso de fotografias

em mídias sociais na intenção de escolha

de destinos de viagem.

Ajzen (1991), Beerli e Martin (2004)

Modelagem de Equações Estruturais

Figura 10. Quadro Metodológico

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57

CAPÍTULO 04

4. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Nos subtópicos seguintes serão apresentados os resultados encontrados a

partir da investigação, iniciando-se pela análise descritiva do perfil dos entrevistados,

análise fatorial exploratória e confirmatória de cada constructo, e por último, a

Modelagem de Equações Estruturais.

4.1 Análise descritiva do perfil dos entrevistados

Os dados referentes à pesquisa de campo ocorreram durante o mês de

fevereiro, onde foram aplicados 316 questionários online. Dos 316 questionários, 16

respondentes não utilizam Fotografias em Mídias Sociais (FMS), e os outros 300

respondentes utilizam FMS.

- Perfil dos entrevistados que não utilizam FMS

Neste subtópico são apresentados os dados dos respondentes que nunca

visualizam/usam FMS na intenção de escolha de destinos de viagem. De acordo

com a Tabela 3, em relação ao gênero dos respondentes, 69% dos respondentes

são feminino e 31% dos respondentes são masculino. Mostrando-se assim,

predominância no gênero feminino.

Em relação à faixa etária, percebe-se que 25% dos respondentes têm de 18 a

26 anos, 44% têm de 27 a 35 anos, e 31% têm de 36 a 44 anos, as outras faixas

etárias com 0%. Mostra-se dessa forma que há predominância de jovens entre 18 e

35 anos, 69% dos respondentes. Quanto ao estado civil dos respondentes, os dados

mostram que 44% das pessoas são solteiras, 50% casada, 6% outro e demais

estados civis com 0%.

De acordo com os dados da Tabela 3, 19% dos respondentes têm ensino

médio incompleto, 25% têm ensino médio completo, 6% ensino superior incompleto,

6% com ensino superior completo, 19% com pós-graduação incompleta, 19% com

pós-graduação completa, e 6% outro. Mostra-se dessa forma que, em relação à

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58

escolaridade dessas pessoas, o nível de qualificação educacional está entre médio e

bom.

Com relação à experiência com a internet, verificou-se que 19% dos

respondentes têm de 2 a 5 anos, 31% de 6 a 9 anos, 25% de 10 a 13 anos e 25%

deles possuem de 14 anos ou mais. Dessa forma, verifica-se que os respondentes

têm de boa experiência com a rede global.

Tabela 3 Perfil dos entrevistados da amostra que não utilizam FMS

Gênero Frequência Porcentagem (%)

Masculino 5 31% Feminino 11 69%

Faixa etária Frequência Porcentagem (%)

18-26 anos 4 25% 27-35 anos 7 44% 36-44 anos 5 31% 45-52 anos 0 0% 53-64 anos 0 0%

65 anos ou mais 0 0%

Estado civil Frequência Porcentagem (%)

Solteiro 7 44% Casado 8 50%

Separado 0 0% Viúvo 0 0% Outro 1 6%

Grau de escolaridade Frequência Porcentagem (%)

Ensino fundamental incompleto 0 0% Ensino fundamental completo 0 0%

Ensino médio incompleto 3 19% Ensino médio completo 4 25%

Ensino superior incompleto 1 6% Ensino superior completo 1 6%

Pós-graduação incompleta 3 19% Pós-graduação completa 3 19%

Outro 1 6%

Experiência com Internet Frequência Porcentagem (%)

1 ano ou mais 0 0% 2-5 anos 3 19% 6-9 anos 5 31%

10-13 anos 4 25% 14 anos ou mais 4 25%

Em relação à utilização de redes sociais no dia a dia, verifica-se na Tabela 4

que, 12% dos respondentes utilizam às vezes, 19% utilizam quase sempre e 69%

utilizam sempre. Mostra-se dessa forma que, os usuários utilizam as redes sociais

no seu dia a dia.

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59

Tabela 4 Frequência de utilização de redes sociais no dia a dia

Com que frequência você utiliza redes sociais no seu dia a dia?

Frequência Porcentagem (%)

Nunca 0 0% Quase nunca 0 0%

Às vezes 2 12% Quase sempre 3 19%

Sempre 11 69%

Quanto à utilização das redes sociais no dia a dia, verifica-se que a rede

social mais utilizada é o Facebook (100%) dos entrevistados, (Tabela 5). Em

destaque também aparece o Instagram (68,75%). As redes sociais menos utilizadas

foram: Twitter (6,25), Pinterest (6,25%), outros (12,5%) e Flick (0%).

Tabela 5 Redes sociais utilizadas no dia a dia

Quais? (Marque tantos quantos se apliquem) Frequência Porcentagem (%)

Facebook 16 100% Instagram 11 68,75%

Twitter 1 6,25% Flick 0 0%

Pinterest 1 6,25% Outros 2 12,5%

- Perfil dos entrevistados que utilizam FMS

Para análise dos dados, foram considerados os 300 respondentes que já

utilizaram fotografias em mídias sociais na intenção de escolha de destinos de

viagem. De acordo com a Tabela 6 foi identificado o perfil desses entrevistados

usuários de FMS, dos quais 52% são do gênero masculino e 48% do feminino. Com

relação à faixa etária, 33% dos entrevistados têm de 18-26 anos, 36% de 27-35

anos, 16% de 36-44 anos, 12% de 45-52 anos, 3% de 53-64 anos e 0% com 65

anos ou mais. Indicando-se assim, a predominância de jovens entre 18 e 35 anos

(69%).

Em relação ao estado civil, 58% dos entrevistados são solteiros, 28% são

casados, 8% separado, 1% viúvo e 5% outro. Mostra-se dessa forma que, a maioria

dos entrevistados é solteira.

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60

Em relação à escolaridade, 0,5% dos entrevistados têm ensino fundamental

incompleto, 0% ensino fundamental completo, 2% têm ensino médio incompleto,

16% têm ensino médio completo, 12% têm ensino superior incompleto, 31% têm

ensino superior completo, 12% têm pós-graduação incompleta, 25% cursou pós-

graduação, e 1,5% outro. Com esses dados, verifica-se que os entrevistados têm

boa qualificação educacional, de acordo com os dados da Tabela 6.

Com relação à experiência com a Web, 0% têm de 1 ano ou mais, 5% de 2 a

5 anos, 17% de 6 a 9 anos, 52% de 10 a 13 anos, e 26% com mais de 14 anos. A

partir dos dados, averiguou-se que 78% dos entrevistados têm mais de 10 anos de

experiência com a internet, sendo assim, as pessoas estão familiarizadas com a

utilização da rede global, e consequentemente das redes sociais.

Tabela 6 Perfil dos entrevistados da amostra que utilizam FMS

Gênero Frequência Porcentagem (%)

Masculino 155 52% Feminino 145 48%

Faixa etária Frequência Porcentagem (%)

18-26 anos 99 33% 27-35 anos 108 36% 36-44 anos 47 16% 45-52 anos 37 12% 53-64 anos 9 3%

65 anos ou mais 0 0%

Estado civil Frequência Porcentagem (%)

Solteiro 172 58% Casado 85 28%

Separado 25 8% Viúvo 4 1% Outro 14 5%

Grau de escolaridade Frequência Porcentagem (%)

Ensino fundamental incompleto 1 0,5% Ensino fundamental completo 0 0%

Ensino médio incompleto 5 2% Ensino médio completo 47 16%

Ensino superior incompleto 37 12% Ensino superior completo 94 31%

Pós-graduação incompleta 37 12% Pós-graduação completa 76 25%

Outro 3 1,5%

Experiência com Internet Frequência Porcentagem (%)

1 ano ou mais 0 0% 2-5 anos 16 5% 6-9 anos 52 17%

10-13 anos 154 52% 14 anos ou mais 78 26%

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Em relação à frequência de utilização de redes sociais no dia a dia, verifica-se

que 1% utiliza somente às vezes, 21% dos entrevistados utilizam quase sempre, e

78% utilizam sempre. Dessa forma, mostra-se que, os entrevistados são usuários

frequentes das redes sociais no dia a dia, pois sempre estão conectados a algumas

delas.

Neste tópico serão apresentados os dados dos 300 respondentes em relação

à frequência de utilização de redes sociais no dia a dia, e quais as redes sociais

mais utilizadas.

Tabela 7 Frequência de utilização de redes sociais no dia a dia

Com que frequência você utiliza redes sociais no seu dia a dia?

Frequência Porcentagem (%)

Nunca 0 0% Quase nunca 0 0%

Às vezes 4 1% Quase sempre 63 21%

Sempre 233 78%

Quanto à utilização das redes sociais no dia a dia, verifica-se que a mais

utilizada é o Facebook (98,4%) dos entrevistados, (ver Tabela 8). Em destaque

também aparecem o Instagram (83,9%) e o Twitter (36,1%). As menos utilizadas

foram: Flick (7,9%), Pinterest (15,8%) e outros (16,8%).

Tabela 8 Redes sociais utilizadas no dia a dia

Quais? (Marque tantos quantos se apliquem) Frequência Porcentagem (%)

Facebook 311 98,4% Instagram 265 83,9%

Twitter 114 36,1% Flick 25 7,9%

Pinterest 50 15,8% Outros 53 16,8%

Na Tabela 9 é indicado que 40,2% dos entrevistados “sempre” fazem uso de

FMS na intenção de escolha de destinos de viagem, contra 5,1% dos entrevistados

que “nunca” são influenciados pelas fotografias, comprovando-se dessa forma, a

influência de FMS no planejamento de viagens.

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Tabela 9 Frequência de visualização/utilização de FMS na intenção de escolha de destinos de viagem

Com que frequência você visualiza ou usa fotografias em mídias sociais na intenção de escolha de destinos

de viagens para uma possível viagem de férias? Frequência Porcentagem (%)

Nunca 16 5,1% Quase nunca 23 7,3%

Às vezes 79 25% Quase sempre 71 22,5%

Sempre 127 40,2%

A Tabela 10 indica que 35,7% e 29,3% (107 e 88) dos entrevistados foram

influenciados pelas FMS na escolha de destinos de viagem, dessa forma, comprova-

se a influência de FMS no planejamento de viagens.

Tabela 10 Frequência de influência de FMS na intenção de escolha de destinos de viagem

Com que frequência às fotografias em mídias sociais influencia sua intenção de escolha de destinos para

uma possível viagem de férias? Frequência Porcentagem (%)

Nunca 3 1% Quase nunca 19 6,3%

Às vezes 83 27,7% Quase sempre 88 29,3%

Sempre 107 35,7%

No que diz respeito à escolha de um destino de viagem, a Tabela 11 aponta

que 6,7% (20) dos entrevistados escolheriam destinos de viagem,

independentemente de haver visto FMS, contra 37% (111) dos entrevistados que

não escolheriam destinos de viagem se não possuir FMS para consultar. Dessa

forma, mostra-se a importância de destinos possuírem FMS, visto que, as pessoas

buscam visualizar fotografias na hora de planejar sua viagem.

Tabela 11 Escolha de destinos de viagem que não possui FMS

Você escolheria destinos turísticos para viajar se este não possuísse fotografias em mídias sociais?

Frequência Porcentagem (%)

Com certeza não 111 37% Talvez não 85 28,3%

Talvez sim, talvez não 46 15,3% Talvez sim 38 12,7%

Com certeza sim 20 6,7%

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63

Em relação à importância da existência de FMS na intenção de decisão de

escolha de destinos de viagem, verifica-se na Tabela 12 que, 0,7% dos

entrevistados consideram sem importância, 7% pouco importante, 7,3% tanto faz,

42% considera importante, e 43% consideram muito importante. Dessa forma,

evidencia-se que as pessoas consideram a existência de FMS relevante, chegando

a 85% dos entrevistados.

Tabela 12 Importância da existência de FMS na sua intenção de decisão de escolha de destinos de viagem

Qual a importância de existirem fotografias em mídias sociais na sua decisão de escolha de destinos

turísticos para viajar? Frequência Porcentagem (%)

Sem importância 2 0,7% Pouco importante 21 7%

Tanto faz 22 7,3% Importante 126 42%

Muito importante 129 43%

Em relação à média de uso de FMS na intenção de escolha de destinos de

viagem (Tabela 13), verifica-se que 6% nunca utilizou, 37,3% menos de meia hora,

37,3% de ½ a 1 hora, 11,3% faz uso de 1 a 2 horas, 2,7% faz uso de 2 a 3 horas e

5,3% mais de 3 horas. Mostra-se a partir dos dados que, 74,6% dos usuários fazem

uso de FMS menos de 1 hora, pode-se ainda inferir que essa utilização “rápida” seja

pela sua frequência diária das redes sociais.

Tabela 13 Média de uso de FMS na intenção de escolha de destinos de viagem

Em média, quanto tempo você faz uso de fotografias em redes sociais na sua intenção de escolha de

destinos de viagem? Frequência Porcentagem (%)

Nunca 18 6% Menos de meia hora 112 37,3% De ½ hora a 1 hora 112 37,3%

De 1 a 2 horas 34 11,3% De 2 a 3 horas 8 2,7% Mais de 3 horas 16 5,3%

Em relação à quantidade de vezes que os entrevistados costumam postar

fotografias após sua viagem, verifica-se na Tabela 14 que 60,7% dos entrevistados

sempre postam FMS após sua viagem, contra 2% (6) que nunca postam. Percebe-

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64

se que a maioria, ou seja, mais da metade dos entrevistados postam em suas redes

sociais as fotos de suas viagens.

Tabela 14 Frequência de postagem de FMS após viagem

Com que frequência você costuma postar fotografias em mídias sociais após sua viagem?

Frequência Porcentagem (%)

Nunca 6 2% Quase nunca 11 3,7%

Às vezes 40 13,3% Quase sempre 61 20,3%

Sempre 182 60,7%

Dessa forma, mostra-se que as pessoas que compõem a amostra tanto usam

FMS na intenção de escolha de destinos de viagem, quanto às postam após sua

viagem, inferindo-se assim que, após as postagens outros usuários sejam

influenciados.

4.2 Preparação dos dados e avaliação dos pressupostos básicos

Para a realização do estudo, após a coleta foi realizada preparação dos

dados e avaliação dos pressupostos básicos. Inicialmente, foram avaliados os

missing values, outliers e os pressupostos da normalidade. Para fins desta pesquisa,

foram consideradas observações atípicas univariadas aquelas cujo valor do score

padronizado estivesse forma do intervalo compreendido entre - 3 e 3, conforme

recomenda Ribas e Vieira (2011) e Corrar, Paulo e Dias Filho (2007). Assim, após a

realização da análise descritiva, foram retirados 25 outliers dos dados (por par), e os

valores foram substituídos pela média da série.

Como se percebe, os valores da média, desvio padrão, assimetria e curtose

foram calculadas, a fim de verificar normalidade dos dados (Reidy & Dancey, 2006).

De acordo com a análise, verifica-se que todas as variáveis não apresentam valores

acima do estipulado para a normalidade. Dessa forma, conforme Tabela 15, os

valores de assimetria estão dentro dos padrões conforme Kline (2011), que estipular

que a assimetria deve estar abaixo de três (sk> 3) e para a curtose menor que dez

(ku> 10).

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Tabela 15 Valores de média, desvio padrão, assimetria e curtose

Variável N Média Desvio Padrão

Assimetria Curtose

IMACOG1 300 8,639 1,01258 -0,785 0,403

IMACOG2 300 7,989 1,65298 -0,726 -0,317

IMACOG3 300 7,628 1,73422 -0,706 -0,014

IMACOG4 300 7,611 1,91670 -0,641 -0,473

IMACOG5 300 7,957 1,59797 -0,668 -0,276

IMACOG6 300 7,531 1,96773 -0,560 -0,588

IMACOG7 300 7,852 1,63872 -0,603 -0,477

IMACOG8 300 8,197 1,68181 -0,805 -0,375

IMAAFT1 300 8,684 1,00762 -0,873 0,521

IMAAFT2 300 8,982 1,01973 -0,955 0,534

IMAAFT3 300 8,329 1,36405 -0,851 0,138

IMAAFT4 300 8,805 1,09958 -0,692 -0,217

IMAAFT5 300 8,484 1,33286 -1,041 0,647

IMAAFT6 300 8,523 1,40393 -0,968 0,290

AT1 300 9,119 0,91803 -1,039 1,235

AT2 300 8,894 1,13081 -1,042 0,780

AT3 300 8,905 1,10904 -1,168 1,631

NS1 300 8,559 1,32013 -0,987 0,367

NS2 300 8,287 1,54673 -0,957 0,724

NS3 300 8,111 1,63280 -0,951 0,555

CP1 300 8,410 1,58478 -1,034 0,397

CP2 300 8,564 1,49490 -1,121 0,543

CP3 300 8,564 1,48176 -1,068 0,355

IC1 300 8,846 1,16414 -1,133 1,099

IC2 300 8,695 1,39776 -1,257 1,409

IC3 300 8,733 1,40684 -1,241 1,246

N válido (de lista) 300

Logo, percebe-se que os valores dos dados coletados apresentam

normalidade, atendendo assim os pré-requisitos da pesquisa.

Ainda, de acordo com Corrar, Paulo e Dias Filho (2007) e Marôco (2010), os

dados apresentam linearidade, atendendo assim ao pressuposto. E, por fim,

realizou-se o teste VIF para verificar a ausência de multicolinearidade, que de

acordo com os resultados apresentaram valores entre 1,000 e 1,952. Assim, os

valores obtidos a partir do teste demonstram índices que estão de acordo com o

valor máximo aceitável (5), como assegura Corrar, Paulo e Dias Filho (2007). Dessa

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66

forma, os dados apresentam-se adequados para a realização de análises

multivariadas, como a análise fatorial exploratório, análise fatorial confirmatória e a

modelagem de equações estruturais que serão abordadas a seguir.

4.3. Análise Fatorial Exploratória (AFE)

Para a realização da Análise Fatorial Exploratória (AFE) das dimensões;

Imagem Cognitiva, Imagem Afetiva, Atitude, Normas Subjetivas, Controle Percebido

e Intenção Comportamental, utilizaram-se critérios para comunalidade conforme

(Hair et al., 2009), que consideram valores abaixo de 0,5 inapropriados para estudo.

Dessa forma, baseando-se em Chagas (2015), estabeleceu-se um valor estipulado

acima de 0,6, tornando-se assim um teste mais rigoroso.

Para os testes de Kaiser-Meyer-Olkin (KMO) e Bartlett’s, tomou-se como base

os autores (Corrar, Paulo & Dias Filho, 2007), para anti-imagem estabeleceu-se

valores superiores acima de 0,5, e para a medição e validação da dimensão,

utilizou-se o Alfa de Cronbach, tomando como base os autores Hair et al. (2009) que

consideram o valor acima de 0,6 a 0,7 apropriados para o estudo como sendo o

limite inferior de aceitabilidade.

- Análise Fatorial Exploratória de Imagem Cognitiva

Baseando-se em critérios estabelecidos citados anteriormente, cinco variáveis

da dimensão imagem cognitiva foram excluídas pelo valor da comunalidade

IMACOG1 (0,242), IMACOG2 (0,514), IMACOG3 (0,554), IMACOG6(0,392) e

IMACOG8 (3,76).

Para a validação dos resultados obtidos a partir da análise, conforme Tabela

16 o KMO, cujo valor é de 0,710, que justamente ao Bartlett’s Test of Sphericity com

271,876 (sig 0,000), mostrando-se dessa forma a validade da análise realizada. Para

a verificação da validade da dimensão, o Alfa de Cronbach foi calculado, cujo valor é

de 0,793, ou seja, acima do recomendado por Hair et al. (2009), cujo valor é de 0,7.

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67

Tabela 16 Dimensão Imagem Cognitiva

Variável Carga Fatorial Anti-Imagem Comunalidade

IMACOG4 0,851 0,698 0,724

IMACOG5 0,841 0,714 0,707

IMACOG7 0,838 0,718 0,702

Método de Extração: Análise de Componentes Principais. Método de Rotação: Varimax. KMO (Kaiser-Meyer-Olkin): 0,710 Bartlett’s Test of Sphericity: 271,876 Alfa de Cronbach: 0,793 Total da Variância (%): 71,082

A variância total explicada da dimensão imagem cognitiva atingiu o valor

71,082%. Dessa forma, mostra-se através dos testes realizados valores adequados

para a confirmação da validade da análise fatorial desenvolvida para esta dimensão.

- Análise Fatorial Exploratória de Imagem Afetiva

A Tabela 17 indica o KMO cujo valor é de 0,712, que justamente ao Bartlett’s

Test of Sphericity com 282,412 (sig 0,000), mostrando-se a validade da análise

realizada. Para a verificação da validade da dimensão, o Alfa de Cronbach foi

calculado, cujo valor é de 0,803, ou seja, acima do recomendado.

Tabela 17 Dimensão Imagem Afetiva

Variável Carga Fatorial Anti-Imagem Comunalidade

IMAAFT3 0,840 0,724 0,706 IMAAFT5 0,850 0,708 0,722 IMAAFT6 0,851 0,707 0,723

Método de Extração: Análise de Componentes Principais. Método de Rotação: Varimax. KMO (Kaiser-Meyer-Olkin): 0,712 Bartlett’s Test of Sphericity: 282,412 Alfa de Cronbach: 0,803 Total da Variância (%): 71,728

A variância total explicada da dimensão imagem afetiva atingiu o valor

71,728%. Logo, mostra-se através dos testes realizados valores adequados para a

confirmação da validade da análise fatorial desenvolvida para esta dimensão.

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68

- Análise Fatorial Exploratória de Atitude

O KMO cujo valor é de 0,701, que justamente ao Bartlett’s Test of Sphericity

com 264,902 (sig 0,000), mostrando-se dessa forma a validade da análise. O Alfa de

Cronbach cujo valor é de 0,787, ou seja, acima do recomendado, validando assim a

dimensão proposta.

Tabela 18 Dimensão Atitude

Variável Carga Fatorial Anti-Imagem Comunalidade

AT1 0,811 0,748 0,658 AT2 0,853 0,681 0,728 AT3 0,852 0,683 0,726

Método de Extração: Análise de Componentes Principais. Método de Rotação: Varimax. KMO (Kaiser-Meyer-Olkin): 0,701 Bartlett’s Test of Sphericity: 264,902 Alfa de Cronbach: 0,787 Total da Variância (%):70,418

A variância total explicada da dimensão atitude atingiu o valor 70,418%.

Dessa forma, mostra-se através dos testes realizados valores adequados para a

confirmação da validade da análise fatorial desenvolvida para esta dimensão.

- Análise Fatorial Exploratória de Normas Subjetivas

Conforme Tabela 19 o KMO cujo valor é de 0,720, que justamente ao

Bartlett’s Test of Sphericity com 498,394 (sig0,000), ratificando a validade da análise

realizada. O Alfa de Cronbach cujo valor é de 0,877, ou seja, acima do valor

recomendado.

Tabela 19 Dimensão Normas Subjetivas

Variável Carga Fatorial Anti-Imagem Comunalidade

NS1 0,858 0,829 0,736 NS2 0,921 0,675 0,849 NS3 0,912 0,692 0,831

Método de Extração: Análise de Componentes Principais. Método de Rotação: Varimax. KMO (Kaiser-Meyer-Olkin): 0,720 Bartlett’s Test of Sphericity: 498,394 Alfa de Cronbach: 0,877 Total da Variância (%):80,524

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69

A variância total explicada da dimensão normas subjetivas atingiu o valor

80,524%. Assim, através dos testes realizados valores adequados para a

confirmação da validade da análise fatorial desenvolvida para esta dimensão.

- Análise Fatorial Exploratória de Controle Percebido

Conforme Tabela 20, o KMO cujo valor é de 0,709, que justamente ao

Bartlett’s Test of Sphericity com 344,479 (sig0,000), assim a validade da análise

realizada. O Alfa de Cronbach foi calculado, cujo valor é de 0,829, ou seja, acima do

recomendado.

Tabela 20 Dimensão Controle Percebido

Variável Carga Fatorial Anti-Imagem Comunalidade

CP1 0,856 0,723 0,732 CP2 0,893 0,667 0,798 CP3 0,843 0,749 0,710

Método de Extração: Análise de Componentes Principais. Método de Rotação: Varimax. KMO (Kaiser-Meyer-Olkin): 0,709 Bartlett’s Test of Sphericity: 344,479 Alfa de Cronbach: 0,829 Total da Variância (%): 74,647

A variância total explicada da dimensão controle percebido atingiu o valor

74,647%. Logo, através dos testes realizados e pelos valores apresentados,

confirma-se a validade da análise fatorial.

- Análise Fatorial Exploratória de Intenção Comportamental

Conforme Tabela 21, o KMO cujo valor é de 0,731, que justamente ao

Bartlett’s Test of Sphericity com 519,267 (sig 0,000), mostrando-se dessa forma a

validade da análise realizada. O Alfa de Cronbach, cujo valor é de 0,885, ou seja,

acima do recomendado.

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70

Tabela 21 Dimensão Intenção Comportamental

Variável Carga Fatorial Anti-Imagem Comunalidade

IC1 0,874 0,815 0,764 IC2 0,924 0,688 0,853 IC3 0,912 0,712 0,831

Método de Extração: Análise de Componentes Principais. Método de Rotação: Varimax. KMO (Kaiser-Meyer-Olkin): 0,731 Bartlett’s Test of Sphericity: 519,267 Alfa de Cronbach: 0,885 Total da Variância (%): 81,617

A variância total explicada da dimensão intenção comportamental atingiu o

valor 81,617%. Dessa forma, através dos testes realizados valores adequados para

a confirmação da validade da análise fatorial desenvolvida para esta dimensão.

Os resultados obtidos a partir da análise fatorial exploratória (AFE) atendem

aos critérios estabelecidos, conforme citados anteriormente. Desta maneira, as

dimensões desta pesquisa encontram-se dentro dos parâmetros estabelecidos, e

assim, ratifica-se a validade AFE uma vez que todos os resultados dos testes se

apresentam como adequados para os fins da pesquisa.

4.4 Análise do Modelo de Mensuração

Este tópico versa sobre a avaliação do modelo de mensuração de

ajustamento da construção teórica da pesquisa. O Modelo de Mensuração compõe a

Modelagem de Equações Estruturais (MEE), é necessário analisar o modelo de

medida, cujo submodelo, segundo Marôco (2010), define como os constructos

hipotéticos ou variáveis latentes que são operacionalizados pelas variáveis

observáveis ou manifestas. Assim, esta avaliação visa proporcionar índices de

qualidade de ajustamento satisfatórios, por meio de um conjunto de hipóteses da

pesquisa.

Para averiguar a qualidade, foi realizada análise da matriz de correlação sem

outliers, onde foram consideradas para cada variável as correlações, índices de

matriz de correlação anti-imagem, comunalidade e cargas fatoriais. Para Hair et. al.

(2009) os procedimentos de adequação aos pressupostos são:

Matriz de correlação anti-imagem: corresponde à matriz das correlações

parciais entre as variáveis após a análise fatorial, ou seja, representa o grau que os

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71

fatores explicam um ao outro nos resultados. Ainda, segundo os autores a diagonal

contém as medidas de adequação da amostra para cada variável, e os demais

valores são correlações parciais entre variáveis, e os indicadores de referência

devem ser igual ou maior que 0,5.

Comunalidade: quantia total da variância que uma variável compartilha com

todas as outras variáveis incluídas na análise. Os indicadores de referência para

esta análise devem ser igual ou maior que 0,6.

Carga Fatorial: correlação entre variáveis originais e os fatores, bem como a

chave para o entendimento da natureza de um fator em particular. Os valores de

referência devem ser igual ou maior que 0,5 em uma dimensão.

Na Tabela 22 são apresentados os valores da análise da matriz de

correlação:

Tabela 22 Índices da análise da matriz de correlação

Variável Anti-imagem Comunalidade Cargas Fatoriais Alfa de Conbrach

Atitude 0,787

AT1 0,748 0,658 0,634

AT2 0,681 0,728 0,812

AT3 0,683 0,726 0,779

Normas Subjetivas 0,877

NS1 0,829 0,736 0,744

NS2 0,675 0,849 0,899

NS3 0,692 0,831 0,885

Controle Percebido 0,829

CP1 0,723 0,732 0,828

CP2 0,667 0,798 0,793

CP3 0,749 0,710 0,736

Imagem Afetiva 0,803

IMAAFT1 0,724 0,706 0,765

IMAAFT2 0,708 0,722 0,725

IMAAFT3 0,707 0,723 0,782

Imagem Cognitiva 0,793

IMACOG1 0,698 0,724 0,777

IMACOG2 0,714 0,707 0,739

IMACOG3 0,718 0,702 0,741

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72

Após a análise verifica-se que os índices da Matriz de correlação anti-

imagem, comunalidade, cargas fatoriais e Alfa de Cronbach estão dentro dos

critérios estabelecidos, conforme autores citados anteriormente. Logo, as variáveis

manifestas de todos os fatores mostraram-se adequadas para esta construção

teórica.

A seguir, a Tabela 23 apresenta as definições dos índices de qualidade de

ajustamento da construção teórica de mensuração para melhor compreensão.

Tabela 23 Índices e definições

Índice Definição

Índice de ajuste comparativo (CFI) Índice de ajuste incremental similar ao NFI, que faz

uso de uma distribuição de qui-quadrado não central,

e que procurar levar em consideração a complexidade

de uma construção teórica.

Índice de ajuste normalizado (NFI) Índice de proporção da diferença de X2 para o modelo

ajustado e um modelo nulo dividida pelo valor X2 para

o modelo nulo (independente).

Índice de Tucker Lewis (TLI) Também conhecido como índice de Bentler-Bonett

não-normalizado (NNFI), e é similar ao CFI.

Índice de parcimônia comparativo (PCFI) É o resultado da aplicação do ajuste de parcimônia ao

CFI.

Índice de parcimônia de bondade (PGFI)

Coeficiente de determinação geral para modelos de

equações estruturais. Representa valor análogo ao R2

em regressão múltipla e indica a proporção de

variância-covariância explicada pela construção

teórica.

Índice de parcimônia normalizado (PNFI) É o resultado da aplicação do ajuste de parcimônia ao

NFI.

RMSEA

A raiz da média dos quadrados dos erros de

aproximação representa um indicador de quão bem

um modelo se ajusta à população, não apenas à

amostra utilizada para a estimação.

CMIN/DF

Qui-quadrado sobre graus de liberdade é a

discrepância mínima, dividido por seus graus de

liberdade

PCLOSE É um "valor de p" para testar a hipótese nula de que a

população RMSEA não é maior que 0,05.

Nota. Elaborado a partir de Hair et al. (2009)

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73

A Tabela 24 apresenta os índices de qualidade de ajustamento do modelo de

mensuração que foi realizado com o conjunto de variáveis manifestas que

atenderam aos critérios citados anteriormente.

Tabela 24 Índices de qualidade de ajustamento do modelo de mensuração

Índices Grupo do índice Resultados Valores de referência

(Marôco, 2010)

CFI Índices incrementais

ou relativos

0,977 ≥ 0,95 - Ajuste muito bom

NFI 0,943 [0,90 – 0,95[ Ajuste bom

TLI 0,969 ≥ 0,95 - Ajuste muito bom

PCFI Índices de

parcimônia

0,744 [0,60 - 0,80[ Ajuste bom

PGFI 0,632 0,60 - 0,80[ Ajuste bom

PNFI 0,718 0,60 - 0,80[ Ajuste bom

RMSEA Índices

Absolutos

0,047 ≤ 0,05 – Ajuste muito bom

CMIN/DF 1,648 ]1 -2] Ajuste bom

PCLOSE 0,642 ≥ 0,05 – Ajuste muito bom

Conforme se observa na Tabela 24, os índices incrementais ou relativos

apresentaram valores satisfatórios. O Comparative Fit Index (CFI) de 0,977, Normed

Fit Index (NFI) de 0,943 e Tucker Lewis Index (TLI) de 0,969, baseado nas

indicações de Kline (2011), Byrne (2010), Hair et al. (2009), Marôco (2010), entre

outros. O Parsimony Comparative Fit Index (PCFI) de 0,744, Parsimony Goodness of

Fit Index (PGFI) de 0,632 e o Parsimony Normed Fit Index (PNFI) de 0,718 indicam

valores que corroboram para a validade do modelo de mensuração proposto

(Marôco, 2010).

Para validação dos constructos do modelo, utilizou-se os indicadores da

Variância Extraída Média (VEM), de Língua Inglesa Average Variance Extracted

(AVE) e a Confiabilidade Composta (CC). Os valores indicativos de CC indicam a

consistência interna dos indicadores que compõem o constructo (Hair et al., 2009).

Já a VEM é uma medida que, com base na CC, indica a confiabilidade do modelo

(Hair et al., 2009). Para obtenção dos valores dos indicadores da VEM e da CC, a

seguinte fórmula matemática foi utilizada:

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74

Confiabilidade Composta = (∑ Cargas Padronizadas)2

(∑ Cargas Padronizadas)2 + ∑ Erro de Mensuração dos Indicadores

Variância Extraída Média = ∑ Cargas Padronizadas2

∑ Cargas Padronizadas2 + ∑ Erro de Mensuração dos Indicadores

O erro de mensuração dos indicadores é calculado a partir da seguinte

relação matemática:

Erro = 1 – (Carga Padronizada)2

Conforme resultados, os valores estão acima do mínimo recomendado (i.e.,

0.5) em todos os constructos (Tabela 25), demonstrando um bom resultado (Hair et

al., 2009), e seus carregamentos são significantes (p<0.05). Portanto, a validade

convergente é assumida para as variáveis. Quanto à Confiabilidade Composta, os

valores são superiores a 0,70, indicando assim, bom resultado. (Marôco, 2010).

Tabela 25 Variância Extraída Média e Confiabilidade Composta

Variáveis Confiabilidade Composta Variância Extraída Média

Atitude 0,78 0,55

Controle Percebido 0,84 0,64

Normas Subjetivas 0,88 0,71

Imagem Afetiva 0,80 0,57

Imagem Cognitiva 0,79 0,56

Intenção Comportamental 0,88 0,71

A seguir serão apresentados os resultados dos dados da pesquisa a partir da

análise do modelo estrutural:

4.5 Análise do Modelo Estrutural

Para análise do modelo estrutural tomou-se como base critérios estabelecidos

por Marôco (2010). Os índices de qualidade de ajuste do modelo estrutural foram os

mesmos do modelo de mensuração (índices incrementais ou relativos, de

parcimônia e absolutos).

[1]

[2]

[3]

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75

Logo, os resultados dos índices de qualidade de ajuste do modelo estrutural

(ver Tabela 26) apresentaram ajustes entre “bom” e “muito bom”. O resultado de

cada índice pode ser verificado na Tabela 26.

Tabela 26 Índices de qualidade de ajuste do modelo estrutural

Índices Grupo do índice Resultados Valores de referência

(Marôco, 2010)

CFI Índices incrementais

ou relativos

0,975 ≥ 0,95 - Ajuste muito bom

NFI 0,937 ≥ 0,95 - Ajuste muito bom

TLI 0,970 [0,90 – 0,95[ Ajuste bom

PCFI Índices de

parcimônia

0,790 [0,60 - 0,80[ Ajuste bom

PGFI 0,678 0,60 - 0,80[ Ajuste bom

PNFI 0,759 0,60 - 0,80[ Ajuste bom

RMSEA Índices

Absolutos

0,045 ≤ 0,05 – Ajuste muito bom

CMIN/DF 1,592 ]1 -2] Ajuste bom

PCLOSE 0,777 ≥ 0,05 – Ajuste muito bom

Conforme se observa na Tabela 26, os índices incrementais ou relativos

apresentaram valores satisfatórios, conforme já dito anteriormente. O Comparative

Fit Index (CFI) de 0,975, Normed Fit Index (NFI) de 0,937 e Tucker Lewis Index (TLI)

de 0,970, baseado nas indicações de Kline (2011), Byrne (2010), Hair et al. (2009),

Marôco (2010), entre outros. O Parsimony Comparative Fit Index (PCFI) de 0,790,

Parsimony Goodness of Fit Index (PGFI) de 0,678 e o Parsimony Normed Fit Index

(PNFI) de 0,759 indicam valores que corroboram para a validade do modelo

estrutural proposto (Marôco, 2010). Desse modo, o modelo estrutural proposto para

este estudo apresentou resultados de qualidade de ajuste satisfatórios, como pode

ser observado na Figura 11.

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Figura 11 Modelo Estrutural

A Figura 11 ilustra os resultados da validação do modelo estrutural e as 04

(quatro) hipóteses verificadas através de análises a partir do SPSS. Os caminhos

entre cada variável, as cargas fatoriais de cada indicador (significantes em p<0,001),

como também o valor de R2 são disponibilizados. Em relação às hipóteses da

pesquisa, conforme modelo estrutural (Figura 11) as quatro hipóteses foram

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confirmadas (H1, H2, H3 e H4). Para este modelo contou-se com 3 variáveis

independentes que são: normas subjetivas, controle percebido, imagem fotográfica e

duas variáveis dependentes: atitude e intenção comportamental.

O modelo estrutural apresenta quantidade significativa na variância da

intenção de uso de fotografias em mídias sociais ao escolher destinos de viagem (R2

= 64%). De acordo com Cohen el al. (2003), 26% de variância já é considerado alto

nas ciências de comportamento. Desse modo, a variância apresenta resultados

satisfatórios.

A variável imagem fotográfica teve caminho estatisticamente significante para

a atitude (β=0,45, p<0,001). Assim, a hipótese 1 (H1) foi confirmada, a qual afirma

que imagem fotográfica do viajante em usar fotografias em mídias sociais influencia

positivamente a sua atitude de utilizá-la ao escolher destinos de viagem. Desta

maneira, esse resultado corrobora com os autores Huang (2009) e Chaves e

Monteiro (2014) que convergem que a imagem fotográfica tem impacto positivo em

relação à atitude.

A variável atitude teve caminho estatisticamente significante para a intenção

comportamental (β=0,35, p<0,001). Desta forma, a hipótese 2 (H2) foi confirmada, a

qual afirma que a atitude do viajante em usar fotografias em mídias sociais influencia

positivamente a sua intenção de utilizá-la ao escolher destinos de viagem. Portanto,

esse resultado corrobora com os estudos dos autores Venkatesh, Thong, Chan, Hu

e Brow (2011), Silva (2015) e Silva, Mendes-Filho e Corrêa (2017), Mendes-Filho,

Mills, Tan e Milne (2017) que convergem que a atitude tem impacto positivo em

relação à intenção comportamental.

A variável controle percebido teve caminho estatisticamente significativo para

a intenção comportamental (β=0,35, p<0,001). Deste modo, a hipótese 3 (H3) foi

confirmada, a qual afirma que o controle percebido do viajante sobre o uso de

fotografias em mídias sociais influencia positivamente a sua intenção de utilizá-lo

quando escolhe destinos de viagem. Deste modo, esse resultado corrobora com as

pesquisas dos autores Sparks e Pan (2009) e Silva, Mendes-Filho e Corrêa (2017)

que convergem que a variável controle percebido tem impacto positivo em relação à

intenção comportamental.

A variável normas subjetivas teve caminho estatisticamente significativo para

a intenção comportamental (β=0,31, p<0,001). Logo, a hipótese 4 (H4) também foi

confirmada, a qual afirma que as normas subjetivas para o viajante utilizar

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fotografias em mídias sociais influencia positivamente a sua intenção de utilizá-la ao

escolher destinos de viagem. Assim, pode-se concordar com Hsu e Huang (2012) e

Silva, Mendes-Filho e Corrê (2017) que constataram em suas pesquisas que as

normas subjetivas têm impacto positivo em relação à intenção comportamental.

A Tabela 27 ilustra o teste de hipóteses do modelo estrutural, onde podem ser

verificadas as relações de dependência, estimativa padronizada, S. E, C. R, P value

e a validação das hipóteses.

Tabela 27 Teste de hipóteses do modelo estrutural

Relações de dependência Estimativa

padronizada S.E C.R

P

value

Validação das

Hipóteses

Atitude Imagem

Fotográfica 0,446 0,045 5,856 <0,001 Confirmada

Intenção Comportamental

Atitude 0,351 0,094 5,479 <0,001 Confirmada

Intenção Comportamental

Controle

Percebido 0,352 0,070 3,868 <0,001 Confirmada

Intenção Comportamental

Normas

Subjetivas 0,308 0,075 3,667 <0,001 Confirmada

Baseando-se nos resultados obtidos descritos na Figura 11 e na Tabela 27, é

possível afirmar que todas as hipóteses propostas para teste empírico foram

confirmadas. Portanto, confirma-se que o modelo proposto e testado empiricamente

para este estudo é válido. Os resultados mostram índices de qualidade de

ajustamento satisfatórios que, ratificam todas as hipóteses do estudo.

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CAPÍTULO 05

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste capítulo abordar-se-á uma síntese das principais conclusões oriundas

da pesquisa deste trabalho, assim como implicações acadêmicas e gerenciais, bem

como recomendações para estudos futuros

5.1 Conclusão

O presente estudo analisou os fatores que influenciam o uso de fotografias

em mídias sociais na intenção de escolha de destinos de viagem. Sendo assim, o

modelo desta pesquisa fundamentou-se na teoria da Teoria do Comportamento

Planejado aplicada no contexto do turismo. As intenções comportamentais foram

propostas para serem influenciadas por quatro antecedentes: imagem fotográfica,

atitude, normas subjetivas e controle percebido. Nesta pesquisa, a imagem

fotográfica (percepção) foi medida por duas dimensões: cognitiva e afetiva. Para a

realização, utilizaram-se métodos de pesquisa quantitativa para a investigação do

modelo proposto, bem como as relações de hipóteses propostas dos constructos. O

modelo estrutural proposto para esta investigação encontra-se com ajuste muito

bom, ou seja, dentro de critérios estabelecidos e corroborados por autores, como

Hair et al. (2009) e Marôco (2010).

Deste modo, a presente pesquisa constatou que os participantes utilizam

Fotografias em Mídias Sociais na intenção de escolha de destinos de viagem são

pessoas jovens e solteiras, entre 18 e 35 anos de idade. Mostra-se ainda que mais

da metade possui ensino superior completo (salienta-se que os dados compõem de

uma amostra, e que, portanto, pode não representar a realidade da população

brasileira), tem de 7 a 10 anos de experiência com a internet.

Logo, os usuários estão familiarizados com o uso da internet, e,

consequentemente com o uso de redes sociais. Ainda, foi verificado que 78%

sempre utilizam as redes sociais no seu dia a dia, dentre as mais citadas estão o

Facebook (98,4%), Instagram (83,9%) e o Twitter (36,1%). Dessa forma, verifica-se

que as pessoas têm o hábito de usá-las no dia a dia.

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O estudo mostrou que 40,2% dos entrevistados “sempre” são influenciados

pelas FMS na intenção de escolha de destinos de viagem, contra 5,1% dos

entrevistados que “nunca” são influenciados pelas fotografias, ratificando a influência

de FMS no planejamento de viagens. Dos 37% (111) dos participantes da pesquisa

não escolheriam destinos de viagem se não possuir FMS para consultar. Logo,

mostra-se a importância de um destino possuir FMS, visto que, as pessoas buscam

visualizar fotografias na hora de planejar sua viagem.

Em relação à importância da existência de FMS na intenção de decisão de

escolha de destinos de viagem, verificou-se que 43% considera muito importante.

Pode-se afirmar que as pessoas consideram a existência de FMS relevante,

chegando a 85% dos entrevistados.

Vale salientar que as pessoas após a sua viagem, buscam sempre postar

suas fotografias, “alimentando” o CGU e, consequentemente influenciando outras

pessoas. Em relação à média de uso de FMS na intenção de escolha de destino de

viagem, 74,6% dos usuários fazem uso de FMS menos de 1 hora, pode-se ainda

inferir que essa utilização “rápida” seja pela sua frequência diária das redes sociais.

Das hipóteses levantadas para esta pesquisa (H1, H2, H3 e H4), todas foram

confirmadas, ou seja, validadas cientificamente. Assim sendo, é possível afirmar que

a FMS tem significativa importância no planejamento de viagens, ao influenciar na

intenção de escolha de destinos de viagem pelos turistas. E cada vez mais as

pessoas antes de escolherem e/ou planejarem uma viagem buscam informações na

internet sobre o destino. Desse modo, este estudo pretende contribuir para enfatizar

que as FMS representam um fator influenciador na intenção de escolha de destinos

de viagem.

5.2 Implicações acadêmicas e gerencias

Do ponto de vista acadêmico, este trabalho traz reflexões sobre o turismo

contemporâneo na era da internet, ainda a utilização da Teoria do Comportamento

Planejado com os constructos imagem afetiva e cognitiva para analisar o uso de

FMS como fator influenciador na intenção de escolha de destinos de viagem. Deste

modo, buscou-se contribuir para com a literatura do turismo e ampliar as discussões

sobre os fatores que influenciam a intenção de uso de Fotografias em Mídias Sociais

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na escolha de destinos de viagem, visto que, no Brasil, a literatura nessa temática é

insipiente e ainda requer de estudos mais aprofundados.

Baseado nos resultados, fotografias que dão a percepção de impressões

positivas, as empresas devem mantê-las, de forma com que a imagem positiva

(percepção) do usuário prevaleça. Se fotografias que dão impressão negativa ou

uma imagem falsa, as empresas devem corrigi-las, por meio de um marketing efetivo

de promoção de destinos, para tentar minimizar os efeitos que impressões como

essa podem causar.

É sabido que um dos mais importantes desafios para gestores de promoção

de destinos turísticos é conhecer os pontos fortes e fracos de clientes reais e

potenciais. Assim, sugere-se que se desenvolvam ações para manter ou melhorar

os pontos positivos de destinos de viagem, e minimizar os pontos negativos que

fazem com que clientes tenham percepções negativas em relação ao destino a ser

visitado.

Evidencia-se que a imagem cognitiva do usuário em relação à imagem que

ele tem de um destino por meio da fotografia apresentou resultado com índice de

valor alto. Indicando que empresas devem posicionar seus esforços de marketing,

como por exemplo, estímulos positivos para que se formule uma imagem cognitiva

positiva do destino.

Mostra-se que a imagem afetiva do usuário também é favorável na formação

da sua percepção. Desse modo, empresas e promotores de destinos turísticos

devem ser capazes de evocar sentimentos positivos na mente de turistas. Visto que,

promoção eficiente e eficaz despertará sentimentos, ou seja, o lado afetivo de

clientes, fazendo com que esses priorizem o destino como um destino preferido

durante o processo de tomada de decisão.

Em relação às normas subjetivas, evidenciou-se que também tiveram efeito

positivo significativo na intenção comportamental do usuário em usar fotografias em

mídias sociais na escolha de destinos de viagem. Assim, sugere-se que gestores de

destinos devem criar ações não só para potenciais clientes, visto que, esses estão

propensos a ser influenciados por opiniões de grupos sociais dos quais fazem parte,

como por exemplo, seu círculo familiar, amigos, entre outros. Desse modo, sugere-

se criar ações que gerem o boca a boca positivo entre esses grupos para que um

influencie o outro a tomar determinada decisão.

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Verifica-se que os turistas usam/usarão os fatores descritos no modelo

estrutural desta pesquisa para formar sua percepção acerca do destino, e assim

avaliá-lo para então tomar uma decisão.

Portanto, gestores de destinos de viagem, os resultados desta pesquisa

indicam que usuários estão cada vez mais utilizando as FMS e, consequentemente,

são influenciadas por essas na intenção de escolha destinos de viagem.

Diante de tal fato, mostra-se a importância de organizações de marketing de

destinos investirem cada vez mais no uso de mídias sociais para promoção de

destinos de viagem, visto que, as mídias sociais passaram a fazer importância da

vida de pessoas, tornando-a um fator fundamental de comercialização do turismo

pela internet.

5.3 Limitações do estudo

A pesquisa desenvolvida apresentou validade em relação aos seus

resultados, bem como nos resultados encontrados. Porém, como toda pesquisa há

suas limitações no decorrer de seu desenvolvimento. Inicialmente, tentou-se a

realização da pesquisa regida pelos métodos quali-quantitativo, entretanto houve

dificuldade na construção de instrumento de coleta de dados, de forma qualitativa.

5.4 Recomendações para estudos futuros

Para a realização de pesquisas futuras, sugere-se averiguar outros fatores

externos que possam influenciar a intenção de uso de fotografias em mídias sociais

na escolha de destinos de viagem, por meio de pesquisas regidas pelo método

qualitativo para ampliar a compreensão do assunto, visto que se aborda uma visão

subjetiva. Ainda, recomenda-se a adição de novos constructos e fatores ao modelo.

Outro ponto relevante que pode ser investigado é identificar fatores que

influenciem a intenção de uso de fotografias em mídias sociais na escolha de

destinos de viagem, de forma negativa. Visto que, fotografia que gera uma

percepção negativa de um lugar, desestimular o consumido, implicando assim no

processo de tomada de decisão.

Sugere-se ainda que seja refeita esta pesquisa de modo de aplicação de

questionário de forma presencial, para verificar se há diferença entre os resultados

coletados.

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APÊNDICE A – INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM TURISMO

Este questionário tem por objetivo complementar o estudo sobre “a influência da

imagem fotográfica em mídias sociais na escolha de destinos de viagens”,

dissertação de mestrado do discente Danilo Serafim da Silva, orientado pelo Prof.

Dr. Luiz Augusto Machado Mendes Filho e pelo Prof. Dr. Sérgio Marques Júnior. A

coleta dessas informações servirá apenas para fins acadêmicos.

Definição de Imagem Fotográfica

Imagem Fotográfica nesse estudo é considerada a soma das crenças, sensações e

impressões que um indivíduo, ou um grupo, possui de determinado objeto, pessoa,

lugar, marca, organização, produto ou serviço. Essas impressões podem ser

verdadeiras ou falsas, reais ou imaginárias.

Instruções: Para cada questão, assinale a sua resposta.

1 – Experiência com internet

( ) 1 ano ou menos ( ) 2-5 anos ( ) 6-9 anos ( ) 10-13 anos ( ) 14

anos ou mais

2 – Com que frequência você utiliza redes sociais no seu dia a dia? Quais?

( ) Nunca ( ) Quase Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase Sempre ( )

Sempre

(Marque tantos quantos se apliquem)

( ) Facebook ( ) Instagram ( ) Twitter ( ) Flick ( ) Pinterest

( ) Outra (nome): __________________________________________.

3 – Com que frequência você visualiza ou usa fotografias em mídias sociais na

intenção de escolha de destinos turísticos para uma viagem de férias?

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( ) Nunca ( ) Quase Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase Sempre ( ) Sempre

Se você disse “NUNCA” à pergunta anterior, pule para a pergunta 37. Caso

contrário, por favor, continue a partir da pergunta 4.

4 – Com que freqüência às fotografias em mídias sociais influencia sua intenção

de escolha de destinos para uma possível viagem de férias?

( ) Nunca ( ) Quase Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase Sempre ( ) Sempre

5 – Você escolheria um destino turístico para viajar se este não possuísse

fotografias em mídias sociais?

( ) Com certeza não ( ) Talvez não ( ) Talvez sim, talvez não

( ) Talvez sim ( ) Com certeza sim

6 – Qual a importância de existirem fotografias em mídias sociais na sua decisão

de escolha de destinos turísticos para viajar?

( ) Sem importância ( ) Pouco importante ( ) Tanto faz ( )Importante ( )

Muito importante

7 – Em média, quanto tempo você faz uso de fotografias em mídias sociais na

sua intenção de escolha de destinos de viagem?

( ) Nunca ( ) Menos de meia hora ( ) de De ½ hora a 1 hora

( ) de 1 a 2 horas ( ) de 2 a 3 horas ( ) Mais de 3 horas

8 – Com que frequência você costuma postar fotografias em mídias sociais

APÓS SUA VIAGEM?

( ) Nunca ( ) Quase Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase Sempre ( ) Sempre

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Instrução para as próximas tabelas:

A escala de resposta a seguir varia de 0 a 10, onde 0 significa discordância total

com a frase e 10 significa concordância total com a frase. Assim, em uma escala de

0 a 10, indique o seu nível de concordância com as seguintes frases:

As imagens postadas mostram que o destino

apresenta... Discordo Totalmente Concordo Totalmente

Muitos atrativos interessantes 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Infraestrutura muito boa para o visitante 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Uma boa relação benefício/custo para a viagem 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Boa acessibilidade aos atrativos turísticos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Modernidade do local 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

A História local 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Preservação Ambiental do local 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Status de destino top 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

As imagens postadas mostram que o destino... Discordo Totalmente Concordo Totalmente

É muito agradável 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

É muito bonito 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

É muito emocionante 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Parece ter um ambiente muito legal 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Causa um bom sentimento 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Muitos pontos para diversão 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

LEGENDA: FMS = FOTOGRAFIAS EM MÍDIAS SOCIAIS

Atitude Discordo Totalmente Concordo Totalmente

É uma boa ideia usar FMS quando eu faço minha

escolha por um destino. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

É sensato usar FMS quando eu faço minha

escolha por um destino. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Eu gosto da ideia de usar o FMS quando eu faço

minha escolha por um destino. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Normas Subjetivas Discordo Totalmente Concordo Totalmente

A maioria das pessoas que são importantes para mim

entendem que eu deveria usar FMS quando eu faço

minha escolha por um destino.

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

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As pessoas que influenciam minhas decisões pensam

que eu deveria usar FMS quando eu faço minha escolha

por um destino.

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

As pessoas cujas opiniões eu valorizo pensam que eu

deveria usar FMS quando eu faço minha escolha por um

destino.

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Controle Percebido Discordo Totalmente Concordo Totalmente

Eu seria capaz de usar FMS quando eu faço minha

escolha de viagem um destino. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Eu tenho os recursos, conhecimentos e capacidade de

usar FMS quando faço meu plano de viagem. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Usar FMS está totalmente sob meu controle quando eu

faço minha escolha de um destino. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Eu tenho a capacidade de realizar a viagem para um

destino turístico que eu escolher. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Intenção Comportamental Discordo Totalmente Concordo Totalmente

Eu pretendo usar FMS da próxima vez eu fizer minha

escolha por um destino. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Eu pretendo usar FMS sempre que eu precisar fazer

minha escolha por um destino. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Eu planejo usar FMS sempre que eu fizer minha escolha

por um destino. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

37 – Gênero

( ) Masculino ( ) Feminino 38 – Faixa etária ( ) 18-26 anos ( ) 27-35 anos ( ) 36-44 anos ( ) 44-52 anos ( ) 53-64 anos (

) 65 anos ou acima

39 – Estado Civil

( ) Solteiro(a) ( ) Casado(a) ( ) Separado(a) ( ) Viúvo(a)

( ) Outro: _________

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40 – Grau de escolaridade

( ) Ensino fundamental incompleto

( ) Ensino fundamental completo

( ) Ensino médio incompleto

( ) Ensino médio completo

( ) Ensino superior incompleto

( ) Ensino superior completo

( ) Pós-graduação incompleta

( ) Pós-graduação completa