UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE Aline Rodrigues da … · Computação em Nuvem é uma excelente...

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE Aline Rodrigues da Silva Eduardo Almada Félix COMPUTAÇÃO EM NUVEM: UMA NOVA TECNOLOGIA PARA VIABILIZAR NEGÓCIOS. NITERÓI - RJ 2009

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

Aline Rodrigues da SilvaEduardo Almada Félix

COMPUTAÇÃO EM NUVEM: UMA NOVA TECNOLOGIA PARA VIABILIZAR NEGÓCIOS.

NITERÓI - RJ2009

Aline Rodrigues da SilvaEduardo Almada Félix

COMPUTAÇÃO EM NUVEM: UMA NOVA TECNOLOGIA PARA VIABILIZAR NEGÓCIOS.

Trabalho de Conclusão de Curso subme-

tido ao Curso de Tecnologia em Siste-

mas de Computação da Universidade

Federal Fluminense como requisito par-

cial para obtenção do grau de Tecnólogo

em Sistemas de Computação.

Orientador:Leandro Soares de Sousa

NITERÓI - RJ2009

Aline Rodrigues da SilvaEduardo Almada Félix

COMPUTAÇÃO EM NUVEM: UMA NOVA TECNOLOGIA PARA VIABILIZAR NEGÓCIOS.

Trabalho de Conclusão de Curso subme-

tido ao Curso de Tecnologia em Siste-

mas de Computação da Universidade

Federal Fluminense como requisito par-

cial para obtenção do grau Tecnólogo

em Sistemas de Computação.

Niterói, ___ de _______________ de 2009.

Banca Examinadora:

_________________________________________

Prof. Leandro Soares de Sousa, Msc. – Orientador

UFF - Universidade Federal Fluminense

_________________________________________

Profa. Talita de Oliveira Ferreira, Msc. – Avaliador

UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro

Dedico este trabalho a minha mãe Malvina e

aos meus estimados amigos.

Aline Rodrigues da Silva

Dedico este trabalho a minha querida espo-

sa Adriane e as minhas estimadas filhas Flá-

via e Beatriz.

Eduardo Almada Félix

À memória da minha querida mãe Norma

que não teve a oportunidade de viver este

momento comigo.

Eduardo Almada Félix

AGRADECIMENTOS

A Deus, que sempre iluminou a nossa

caminhada.

A todos os nossos familiares e amigos pelo

apoio e colaboração.

A toda diretoria, professores e tutores do Curso

de Tecnologia em Sistemas de Computação,

em particular ao Tutor Augusto Frederico Burle

Neto, por nos proporcionar um excelente curso

e um aprendizado imensurável.

Ao nosso Orientador Leandro Soares de

Sousa, pelo estímulo e atenção que nos

concedeu durante o curso.

Aos Colegas de curso pela força, motivação e

apoio que sempre nos deram.

“É do senso comum capturar um método e

experimentá-lo. Se ele falhar, admita isso

com franqueza e experimente outro. Mais

acima de tudo, tente algo.”

Franklin Delano Roosevelt

RESUMO

Cloud Computing ou Computação em Nuvem é um modelo de computação em que

parte do processamento, armazenamento e software estão em algum lugar na rede

e é acessado remotamente pela Internet. De acordo com pesquisas realizadas du-

rante esse estudo podemos dizer que Cloud Computing oferta um conjunto de servi-

ços disponibilizados através da internet como software, hardware e plataforma de

desenvolvimento na nuvem. O funcionamento básico dessa tecnologia consiste na

oferta de data centers virtuais e máquinas virtuais em que o cliente usa e/ou contrata

essa infraestrutura de acordo com a sua demanda não precisando se preocupar com

as tarefas de desenvolvimento, armazenamento, manutenção, atualização, backup e

etc já que toda essa tecnologia é oferecida na forma de serviços e não através de li -

cenciamento de software e aquisição de hardware. Observamos no decorrer desse

trabalho um grande volume de informações na Internet sobre o assunto Cloud Com-

puting, e o que nos surpreendeu é que ele foi abordado em diversas vertentes e se-

tores de negócios da área de TI. Isso mostra que o mercado para os profissionais de

TI e para as empresas em geral é muito promissor e pode viabilizar novos negócios

usando a plataforma de Computação em Nuvem. O instituto Gartner prevê grande

volume de capital nessa área para os próximos três a cinco anos.

Palavras-chaves: Cloud Computing, Internet e negócios.

ABSTRACT

Cloud Computing is a computing model in which part of the processing, storage and

software are somewhere in the network and is accessed remotely by the Internet. Ac-

cording to surveys carried out during this study we can say that Cloud Computing of-

fer a set of services available through the Internet as software, hardware and devel-

opment platform in the cloud. The basic operation of this technology is the provision

of virtual data centers and virtual machines in which the client can employ and / or

acquire this infrastructure according with your demand and not need to worry with the

tasks of development, storage, maintenance, update, backup and etc already that all

this technology is offered in the form of services and not through licensing of software

and hardware acquisition. We observed during this work a large volume of informa-

tion on the Internet about Cloud Computing, and what surprised us is that he was ap-

proached in several strands and business sectors of IT. This shows that the market

for the professionals in IT and companies in general is very promising and can en-

able new business using the platform of Cloud Computing. The Gartner Institute

provides large volume of capital in this area for the next three to five years.

Key words: Cloud Computing, Internet, business.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Modelo atual de um diagrama de rede cliente-servidor. Fonte: [3,p.4].......18

Figura 2: Três elementos básicos de uma Cloud Computing. Fonte([3,p.6]).............20

Figura 3: Anatomia de uma Nuvem. Fonte: [9]...........................................................21

Figura 4: Serviços em uma Nuvem. Fonte: [9]...........................................................22

Figura 5: Tipos de Nuvem. Fonte: [9]..........................................................................24

Figura 6: Preço por máquina virtual/hora. Fonte [37]................................25

Figura 7: Simulador de uso do S3 .Fonte [37]............................................................26

Figura 8: Custo estimado do S3 para 20 GB/mês.Fonte[37]......................................26

Figura 9: Azure – Plataforma de Serviços na Nuvem. Fonte [13]..............................27

Figura 10: Software on premises x na nuvem. Fonte: [16].........................................41

Figura 11: Os aplicativos SaaS são identificados por seus locais conceituais em três

seqüências diferentes. Fonte [15]...............................................................................42

Figura 12: Cada seqüência pode ser subdividida em três segmentos, representando

as abordagens: tradicional, SaaS e híbrida.Fonte: [15]..............................................44

Figura 13: Tela principal do Google Apps. Fonte [22]................................................45

Figura 14:Tela principal do Office Live (beta). Fonte [23]...........................................48

Figura 15:Tela principal do SalesForce CRM Sales versão avaliação. Fonte [24]. . .49

Figura 16: As 10 tendências para 2009 e 2010 na área de Tecnológica.Fonte [42] .60

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Orçamento de TI em software no local.Fonte[34]......................................39

Gráfico 2: Orçamento de TI em software SaaS.Fonte [34].........................................40

Gráfico 3: Pesquisa feita no Google Trends em 21/11/2009.Fonte: [29]...................55

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

SaaS – Software como Serviço (Software as a Service)

PaaS – Plataforma como Serviço (Plataform as a Service)

IaaS – Infraestrutura como Serviço (Infrastructure as a Service)

TI – Tecnologia da Informação

HD – Disco Rígido (Hard Drive)

AWS – Amazon Web Service

EC2 - Elastic Compute Cloud

S3 – Simple Storage Service

CPU – Central Processing Unit (Unidade Central de Processamento)

ASP – Application Service Provider (Provedor de Serviços de Aplicações)

APIs – Application Programming Interface (Interface de Programação de Aplicativos)

SQL - Structured Query Language (Linguagem de Consulta Estruturada)

.NET - Tecnologia de programação da Microsoft

SLA - Service Level Agreement (Acordo de Nível de Serviço)

JVM - Java Virtual Machine (Máquina Virtual Java)

CRM - Customer relationship management (Gestão de Relacionamento com o

Cliente)

ERP - Enterprise Resource Planning (Sistema de Gestão Empresarial)

CSA - Cloud Security Alliance - (Aliança para Segurança na Nuvem )

SUMÁRIO

RESUMO ...................................................................................................................... 7

ABSTRACT .................................................................................................................. 8

LISTA DE ILUSTRAÇÕES ........................................................................................... 9

LISTA DE GRÁFICOS ................................................................................................ 10

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ..................................................................... 11

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 13

2 UM BREVE HISTÓRICO .......................................................................................... 16

3 INFRAESTRUTURA COMO SERVIÇO (IaaS) ........................................................ 29

4 PLATAFORMA COMO SERVIÇO (PaaS) ............................................................... 32

5 SERVIÇOS DE SOFTWARE (SaaS) ....................................................................... 36

6 UMA “VISÃO” DE MERCADO ................................................................................. 50

CONCLUSÃO ............................................................................................................. 65

CONCLUSÃO ............................................................................................................. 65

CONCLUSÃO ............................................................................................................. 65

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 67

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 67

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 67

1 INTRODUÇÃO

A Cloud Computing ou Computação em Nuvem é uma das tendências

tecnológicas dos próximos tempos. Como definir Cloud Computing? Não existe ain-

da uma definição coesa sobre o tema, no entanto, podemos citar: Computação em

Nuvem pressupõe escalabilidade e elasticidade que permite entrega de tecnologia

sob demanda suportada pela Internet [1]. Computação em Nuvem é uma excelente

alternativa para se criar um Data Center1 virtual, usando-se milhares de servidores,

internos e/ou externos à organização, interligados pela Internet em redes de banda

larga, a um custo de propriedade bem menor, principalmente considerando-se a utili-

zação da capacidade ociosa, já adquirida [2,p.24].

O que nos inclina e motiva para esse trabalho é o espaço que essa

tecnologia vem ganhando e o estudo mais detalhado nesse caminho abre novas

oportunidades para nós profissionais de TI (Tecnologia de Informação).

Há décadas os computadores ocupavam salas inteiras, tinham um preço

altíssimo e eram exclusivos das grandes corporações. Mais tarde os

microcomputadores chegaram aos lares como mais um aparelho eletrônico. No

inicio da década de 1990 a Internet passa a fazer parte de nossas vidas, seja no

trabalho, em casa, ou no lazer. E agora o que está no cerne deste contexto é o

conceito de Cloud Computing que promete, como a Internet, uma nova revolução já

nos próximos anos.

Sendo assim, com esse trabalho, tentamos esclarecer o que é Cloud

1Data center, segundo Velte [3,p.7] é uma coleção de servidores aonde suas aplicações residem, po-

dem estar em grandes salas em suas construções ou em salas cheias de servidores em qualquer ou-

tro lugar do mundo que podem ser acessados via Internet.

13

Computing e mostrar que os computadores passam a ter um papel coadjuvante, pois

o ator principal passa a ser a informação, que se encontra na cloud2, informação

essa que pode ser acessada independentemente da localização geográfica de quem

as detêm, precisando basicamente de um equipamento, seja celular, smartphone,

notebook, entre outros, que tenham acesso à Internet.

Na Cloud Computing, a Internet passa a funcionar como um servidor de

arquivos. Sob esse aspecto, a Computação em Nuvem já faz parte do nosso dia a

dia, como exemplo superficial, podemos citar os servidores de e-mail como o Yahoo

e os serviços oferecidos pelo Google Apps, que é um serviço do Google, que

apresenta muitas aplicações similares a que temos hoje instaladas em nossos

desktops, tais como: editor de texto, planilha de cálculo, agenda, e-mail, e etc.

Porém essas aplicações funcionam não em um computador local e sim na Internet,

isso mostra que esse modelo de computação, Cloud Computing, proporciona a

oferta de soluções baseadas exclusivamente na infraestrutura disponibilizada pela

Internet e recebe o nome de “Software as a Service” (SaaS).

Este trabalho foi organizado da seguinte forma:

• No Capítulo 2 conceituamos Cloud Computing, colocamos um

breve histórico, uma visão geral do seu funcionamento e citamos

algumas empresas que já utilizam essa tecnologia.

• No Capítulo 3 mostramos a infraestrutura como um serviço e

alguns fatores dessa tecnologia.

• No Capítulo 4 resolvemos abordar a plataforma de

desenvolvimento na nuvem (PaaS) e algumas empresas e seus

Aplicativos dessa plataforma.

• O quinto capítulo introduz os serviços de software oferecidos por

essa tecnologia SaaS, exemplificamos com algumas aplicações

2Cloud: do Inglês, Nuvem. Tipicamente representa a Internet em um diagrama de rede de computa-

dores [3,p.3].

14

que já existem nesta área. E mostramos de forma resumida os

benefícios da Computação em Nuvem.

• No sexto capítulo introduzimos uma visão do mercado, questões

sobre os negócios e oportunidades dessa tecnologia, tendências

para os próximos anos, e não poderíamos deixar de comentar,

alguns requisitos de segurança.

• Finalmente, no capítulo seguinte, colocamos as conclusões obtidas

e as indicações para futuros trabalhos.

15

2 UM BREVE HISTÓRICO

Os primeiros computadores eram enormes, do tamanho de uma sala, pe-

sadíssimos e caros. Quando alguém necessitava fazer alguma tarefa no computador

tinha que se deslocar até ele para poder realizá-la.

De acordo com a Lei de Moore3 [4,p.22], o tamanho e o custo dos compu-

tadores diminuem constantemente, isto possibilita a utilização de computadores pes-

soais visto que passou a ser economicamente viável ter um computador no escritório

ou mesmo em casa. Com o uso de computadores pessoais foi possível utilizar uma

arquitetura completamente descentralizada. Neste momento poderia optar-se por

duas arquiteturas: a centralizada, que basicamente é composta por servidor central

que é acessado através dos ditos “terminais burros4”, essa arquitetura tem um menor

custo, em termos de custo por usuário, quando comparada com a arquitetura des-

centralizada, que disponibilizava uma maior autonomia e melhor interface aos utiliza-

dores.

Mais tarde, surge a arquitetura cliente-servidor, na qual existem computa-

dores em ambos os lados. Algumas partes do programa são executadas no compu-

tador servidor e outras são executadas no computador cliente. Isto causa um au-

mento da complexidade do software visto a necessidade de comunicação e sincroni-

zação entre as partes.

3Lei de Moore: prevê em 1975, que a densidade dos transistores e circuitos integrados dobraria a

cada 18 meses.[4,p.22].4 Terminais burros: Terminal que apenas transmite e recebe dados de um computador, não podendo

processá-los [5,Michaelis].

16

Surge então o primeiro Web browser5, que apenas exibia texto e pratica-

mente todo o processamento era realizado no lado do servidor. Retornamos a uma

arquitetura completamente centralizada. O potencial deste tipo de aplicações era

muito limitado. Os web browsers foram evoluindo e já é possível executar código de

aplicações dentro destes, o que levou e leva ao crescimento das aplicações web em

detrimento de aplicações desktop.

Esta arquitetura cliente-servidor fornece algumas vantagens tecnológicas,

que naturalmente se tornam em vantagens econômicas. A centralização de todos os

dados no servidor é um exemplo disso, que possibilita um aumento na segurança e

a redução dos custos de manutenção. Boa parte destas mudanças surgiu apenas

por razões econômicas. Se uma arquitetura diferente apresenta as mesmas funcio-

nalidades a um preço menor, tende a ser cada vez mais utilizada.

No cerne desta mudança está a evolução tecnológica e novamente as ra-

zões econômicas, com a redução de custos e infraestrutura que essa mudança pode

proporcionar.

Através desse nosso trabalho podemos dizer que a idéia de afastar com-

pletamente a computação e os dados dos computadores e movê-los para a nuvem,

nomeia-se Cloud Computing.

2.1 VISÃO GERAL DO SEU FUNCIONAMENTO

Hoje, o tipo de arquitetura que temos é a baseada na estratégia cliente-

servidor, conforme ilustrado na Figura 1, que é o caso da maioria das aplicações dis-

ponibilizadas na Internet.

5Web Browser: Programa utilizado para navegar pela Internet, daí ser chamado também de navega-

dor. Os mais conhecidos são o Internet Explorer (IE) da Microsoft e o Navigator da Netscape. O mes-

mo que Browser.[6,Dicweb]

17

A Cloud Computing vem propor uma ruptura nesse tipo de arquitetura e

cria um novo paradigma da computação baseado no uso de recursos computacio-

nais próprios ou/e de terceiros, sob demanda [10].

Segundo o site da Locaweb [7]: “A arquitetura da Computação em Nuvem

evita a dependência de um único recurso físico e, ao mesmo tempo, proporciona es-

calabilidade para crescer e garante processamento isolado para cada cliente. Além

disso, os servidores Cloud Computing reduzem de maneira inteligente o consumo de

energia do data center, contribuindo para preservação do meio ambiente.”

Figura 1: Modelo atual de um diagrama de rede cliente-servidor. Fonte: [3,p.4]

De acordo com Taurion [2, p.44], a Computação em Nuvem tem algumas

características próprias, que definem o seu conjunto de tecnologias. Essas caracte-

rísticas são:

• A abstração da infraestrutura e a distribuição geográfica dos siste-

mas, exigindo recursos administrativos e gerenciais que permitem

autonomia de gestão e operação entre diversos sites.

18

• A heterogeneidade dos sistemas, uma vez que não se pode exigir

que os sistemas, que constituem uma nuvem, sejam da mesma tec-

nologia.

• Escalabilidade, que permite que a nuvem seja dinâmica, crescendo

na medida que mais sistemas se incorporem aos anteriores.

• Adaptabilidade, com a nuvem buscando se autoconfigurar sempre

que um determinado nó se torna indisponível. O fundamento básico

da Computação em Nuvem é a virtualização dos recursos computa-

cionais.

Segundo Velte [3, p.6] precisamos de basicamente três elementos para

implementar uma simples estrutura em Cloud Computing e são eles: clientes, servi-

dores distribuídos e data centers. Cada um desempenhando um papel específico

para o funcionamento da aplicação. Conforme detalhado abaixo e mostrado na Figu-

ra 2.

• Os Clientes são os usuários finais e são divididos basicamente

em:

o mobile: como exemplos celular, smartphone e Iphone;

o thin-client: são computadores que não possuem HD (hard

drive) e o processamento maior é feito no servidor; e

o thick-client: como exemplo os computadores que temos em

nossas casas e nas maiorias das empresas.

• Data center, segundo Velte [3,p.7] é uma coleção de servidores

aonde suas aplicações residem, podem estar em grandes salas em

suas construções ou em salas cheias de servidores em qualquer

outro lugar do mundo que podem ser acessados via Internet.

19

• Servidores distribuídos, que, geralmente, ficam geograficamente

distantes uns dos outros, porém no nível de usuário é como se esti-

vessem todos em um mesmo local, isso aumenta a segurança e a

operabilidade, já que se um servidor apresentar algum problema, é

possível acessar por outro, também com os servidores distribuídos,

na cloud se for requerido mais hardware, não é preciso necessaria-

mente instalar mais servidores na infraestrutura física, e sim adicio-

nar servidores de outros sites e incluí-los na cloud.

Figura 2: Três elementos básicos de uma Cloud Computing. Fonte([3,p.6])

Segundo Resse [8,p.2], fazendo um teste simples pode-se determinar se

um serviço é um serviço de Cloud Computing. Diz Resse [8, p.2] : “If you can walk

into a library or Internet café and sit down at any computer without preference for op-

eration system or web browser and access a service, that service is cloud-service”.

Traduzindo o texto do autor, podemos dizer que: se você entra em uma biblioteca ou

em um Internet café, senta-se na frente de qualquer computador, sem preferência

por qualquer sistema operacional ou navegador e acesa um serviço, esse serviço é

baseado na Cloud Computing.

20

De acordo com Amrhein [9], a anatomia de uma nuvem pode ser repre-

sentada em camadas. A Figura 3 é um modelo, que a maioria concorda, do que se-

jam os três principais componentes de um modelo em nuvem. Essa figura reflete de

forma precisa às proporções da massa de TI com relação a custo, requisitos de es-

paço físico, manutenção, administração, supervisão de gerenciamento e obsoles-

cência. Além do mais, essas camadas representam não apenas uma anatomia de

nuvem, mas representam a anatomia de TI em geral.

Figura 3: Anatomia de uma Nuvem. Fonte: [9].

O funcionamento da Cloud Computing pode ser observado em vários ní-

veis de abstração, como ilustra a Figura 4, e são eles de acordo com Taurion [10]:

• A infraestrutura como serviço (IaaS) – não há preocupação com

a infraestrutura, pois temos os servidores virtuais e a imagem de

um ambiente operacional, porém temos que nos preocupar com

middleware6 que roda nessa camada.

6Middleware: “Software that allows different computer programs used in a corporate network to work

together.” [11], ou seja, permite que diferentes plataformas trabalhem em conjunto em uma rede cor-

porativa.

21

• Plataforma como serviço (PaaS) – nessa camada não há preocu-

pação com o ambiente operacional e com o middleware, porém é

nessa camada que se desenvolve os softwares que irão executar

na nuvem.

• Software como serviço (Saas) – nessa camada não há preocupa-

ção com infraestrutura, middleware, plataforma, linguagem de pro-

gramação e sim na funcionalidade final que nos é ofertada. Exem-

plo: Google docs.

Figura 4: Serviços em uma Nuvem. Fonte: [9].

Existem três tipos de nuvens, conforme mostra a Figura 5, são elas:

• Privadas ou nuvens empresariais, segundo Taurion [2,p.47],

pertence a uma empresa e ela é usada na Intranet ou dentro

do firewall das mesmas, possui escalabilidade e provisiona-

mento automático de recursos, e em relação à nuvem pública,

os quesitos de segurança e confiabilidade são bem maiores, no

quesito elasticidade ela é limitada, pois trabalha sobre os servi-

dores já existentes.

• Públicas, que podem ser pagas e/ou gratuitas e são acessa-

das via Internet possui um alto poder para oferecer às empre-

22

sas uma infraestrutura computacional a um custo baixo, atra-

vés da virtualização; tem elasticidade, porém os fatores de se-

gurança e confiabilidade, diferentemente das nuvens privadas,

ainda é uma preocupação. Conforme cita Velte [3,p.21-22], em-

presas como a Amazon.com [37], Google [35] e Microsoft [36]

já possuem nuvens públicas e oferecem diversos serviços atra-

vés das mesmas.

• Hibridas, de acordo com Amrhein [9], são uma combinação de

nuvens públicas e privadas. Essas nuvens seriam geralmente

criadas pela empresa e a responsabilidade do gerenciamento

seria dividida entre a empresa e o provedor de nuvem pública.

A nuvem híbrida usa serviços que estão no espaço público e

no privado. As nuvens híbridas são a resposta quando uma

empresa precisa empregar os serviços de nuvens públicas e

privadas. Nesse sentido, uma empresa pode determinar os ob-

jetivos e necessidades de serviços e obter os mesmos da nu-

vem pública ou privada, conforme apropriado. Uma nuvem hí-

brida, bem construída, poderia atender a processos críticos de

forma segura, como por exemplo: o recebimento de pagamen-

tos de clientes, assim como aqueles secundários para os negó-

cios, como processamento da folha de pagamentos de funcio-

nários. A principal desvantagem dessa nuvem é a dificuldade

para criar e controlar de forma efetiva tal solução. Serviços de

diferentes origens devem ser obtidos e fornecidos como se ti-

vessem originado de um único local e interações entre compo-

nentes privados e públicos podem tornar a implementação ain-

da mais complexa. Como esse é um conceito arquitetônico re-

lativamente novo em Computação em Nuvem, boas práticas e

ferramentas sobre esse padrão continuam a surgir e pode ha-

ver uma relutância geral para adotar esse modelo até que seja

mais conhecido.

23

Figura 5: Tipos de Nuvem. Fonte: [9].

2.2 ALGUMAS EMPRESAS QUE JÁ UTILIZAM ESSA TECNOLOGIA

Cloud Computing, vem sendo apontado como uma das principais tendên-

cias na área de TI (Tecnologia da Informação) para os próximos três a cinco anos, e

empresas como Amazon.com, Google, e Microsoft entre outras, já usam essa tecno-

logia. No Brasil temos a empresa LocaWeb [7], que já oferece serviços de Cloud

Computing para empresas ou usuários finais.

A Amazon.com foi a primeira empresa a oferecer para o público os servi-

ços de Cloud Computing através do AWS – Amazon Web Service. O jornal New

York Times, fez uso de seus serviços para digitalizar e disponibilizar ao público, os

seus artigos e imagens entre os anos 1851-1922 totalizando 4 TB (terabytes) de da-

dos através desses serviços da Amazon.com que são descritos abaixo:

24

• EC2 - Elastic Compute Cloud: Oferece uma estrutura virtual e

elástica, através da Web, de computadores , sistemas operacionais

e software virtuais, na qual o cliente paga pelos serviços de acordo

com o uso, conhecido como pay-per-use. Por cada máquina virtual,

conforme ilustrado na Figura 6, apenas como um exemplo dessa

forma de cobrança.

Figura 6: Preço por máquina virtual/hora. Fonte [37]

• S3 – Simple Storage Service: Oferece uma estrutura virtual de ar-

mazenamento de dados, ou seja, funciona como se fosse um HD

virtual, do qual o cliente paga de acordo com seu uso (pay-per-

use). O acesso é feito de forma simples com o uso de uma única

senha, os dados podem ser acessados de qualquer lugar e a esca-

labilidade é um de seus fatores de destaque. A Figura 7 mostra o

uso simulado em um S3, considerando a armazenagem, envio e re-

cebimento de 20 GB/mês e na Figura 8 mostramos o seu custo em

dólares.

25

Figura 7: Simulador de uso do S3 .Fonte [37].

Figura 8: Custo estimado do S3 para 20 GB/mês.Fonte[37].

• SimpleDB : Como o próprio nome diz, é um simples porém podero-

so sistema de banco de dados relacional que funciona na nuvem e,

26

também como o S3 e EC2, usa o sistema de pay-per-use e escala-

bilidade.

No mesmo conjunto de serviços a Google oferece o Google´s App Engine

que fornece vários aplicativos, tais como: editor de texto, planilhas, ferramentas para

desenvolvimento de aplicações web, entre outros softwares online.

A Microsoft lança o sistema operacional para operar diretamente na nu-

vem, que se chama Windows Azure conforme apresentado na Figura 9, que suporta

um conjunto de funcionalidades voltado para os serviços em nuvem, tais como: Live

Services, SQL Service, Microsoft . NET Services e que disponibiliza serviços para

usuários, como o Windows live, Office Live e etc.

Figura 9: Azure – Plataforma de Serviços na Nuvem. Fonte [13].

No Brasil, a empresa Locaweb [7], fundada em 1998, é pioneira e líder em

serviços hospedados de TI no Brasil, também oferece soluções de Cloud Compu-

ting.

27

Entre seus clientes podemos citar a Kaizen [17], que usa o serviço de ar-

mazenamento e possui setenta servidores virtuais; o site Camiseteria [18], é um

caso de sucesso que aposta na interatividade para propor a democracia fashion, na

qual o usuário que participa como membro da comunidade pode enviar desenhos

para possíveis estampas de camisetas. Esses são votados por outros integrantes e

os melhores são transformados em camisetas, vendidas pela Internet. Sendo assim,

para melhorar sua performance, a Camiseteria optou pelo serviço de Cloud Compu-

ting da Locaweb. Segundo Fabio Seixas, membro-fundador da Camiseteria cita que

“Cloud Computing é uma plataforma de computação que permite a expansão de re-

cursos como CPU, memória, espaço em disco e banda, conforme a demanda por

esses recursos for crescendo. Serve para melhorar o gerenciamento e otimização

dos custos dos recursos de computação” [14,p.33-35].

28

3 INFRAESTRUTURA COMO SERVIÇO (IaaS)

Resolvemos começar pela Infraestrutura como serviço (IaaS). O que é

IaaS? Como mencionado superficialmente no capítulo anterior, é a base da pirâmide

da Computação em Nuvem, pois não há preocupação com a infraestrutura física lo-

cal de servidores, data centers , e outros hardware que compõem um infraestrutura

de TI de uma organização nos moldes atuais. A infraestrutura como serviço (Iaas) é

a virtualização sob demanda de hardware como servidores, HD´s e outros e também

a virtualização dos inúmeros sistemas operacionais disponíveis.

De acordo com Amrhein [9], “Os serviços de infraestrutura abordam o pro-

blema de equipar de forma apropriada os data centers, assegurando o poder de

computação quando necessário. Além disso, devido ao fato das técnicas de virtuali-

zação serem comumente empregadas nessa camada, economias de custos decor-

rentes da utilização mais eficiente de recursos podem ser percebidas”.

Conforme Taurion[2,p.100], o termo infraestrutura como serviços come-

çou a aparecer no final de 2006, como uma sofisticação do conceito e da terminolo-

gia de Hardware-as-a-Service, proposto pelo jornalista Nicholas Carr. A idéia básica

é que o usuário em vez de adquirir e instalar servidores e equipamentos de rede em

um data center, poderia usar estes recursos a partir de um provedor externo. Mas,

diferentemente dos modelos tradicionais de outsourcing7, a Computação em Nuvem

não reserva um determinado recurso contratante, e sim aloca de forma dinâmica e

automática os seus recursos para atender aos requisitos de demanda do cliente.7 Outsourcing: (Out = fora e Source = fonte, ou Fora da Fonte), do inglês, significa terceirização.

Terceirização é quando uma empresa transfere a responsabilidade da produção de suas atividades

meio (aquelas que fogem de sua atividade principal) para uma outra empresa e dedica-se exclusiva-

mente à sua atividade principal.[43]

29

3.1 ALGUNS FATORES A CONSIDERAR SOBRE ESSA TECNOLOGIA

Segundo Reese [8,p.12], uma comparação entre infraestrutura interna de

TI e uma infraestrutura baseada em Cloud Computing possuem vários fatores a con-

siderar como:

• Capital Investido: Em uma infraestrutura de TI interna o in-

vestimento em hardware é feito todo antes. Já em uma estru-

tura de Cloud Computing há um investimento gradual de acor-

do com a necessidade da organização.

• Despesas correntes: No modelo de infraestrutura interna, há

uma variação grande do custo de TI, ainda mais quando re-

quer mais recursos. Já no modelo de infraestrutura na nuvem

essa despesa poderá ser grande ou insignificante, dependerá

da sua necessidade. A grande chave desse modelo é que

você paga exatamente pelo que você precisa, nada mais, o

que garante na maioria dos casos que as despesas correntes

nesse modelo são mais em conta.

• Provisionamento de recursos: No modelo tradicional há um

tempo que se esperar para a implementação e ampliação de

recursos de hardware como: aquisição, tempo de chegada dos

equipamentos e outros. Já no modelo Cloud Computing não

há que se esperar mais do que minutos para ter um novo ser-

vidor na sua infraestrutura, tendo em vista que esse servidor é

totalmente virtual.

• Flexibilidade: Um das vantagens que a infraestrutura na nu-

vem traz é a flexibilidade de recursos que acompanha as suas

necessidades. Já no modelo tradicional o pessoal de TI fixa

30

um valor, por exemplo, de espaço em disco muito acima ou

em determinados casos abaixo da sua necessidade real ocasi-

onando gasto maior e ou desnecessários, enquanto que o mo-

delo de Cloud Computing proporciona uma economia de esca-

la.

• Requerimento de Especialistas em TI: Na infraestrutura in-

terna há uma necessidade de pessoas qualificadas para pres-

tar suporte, controlar os servidores, e sistemas, corrigir e atua-

lizar os mesmos. Isso custa caro. Já no modelo de infraestru-

tura na nuvem esse custo é moderado tendo em vista que a

manutenção da maior parte é feita pelas empresas fornecedo-

ras de infraestrutura na nuvem.

• Confiabilidade: Para termos certeza que nosso sistema irá

funcionar 24 horas por dia, 7 dias por semana e garantirmos

os dados, em uma Infraestrutura interna, temos que fazer altos

investimentos na nossa infraestrutura. O modelo de Cloud

Computing, tem como uma de suas características garantir a

alta redundância dos dados, porém ainda carece de um históri-

co comprovado de estabilidade. Até porque é uma tecnologia

totalmente nova.

Ainda de acordo com Reese (8,p.18-19), a Amazon.com é uma das pio-

neiras na oferta de infraestrutura como serviço e é com seu AWS – Amazon Web

Service, que possui, numa visão altamente superficial, os seguintes serviços:

• Amazon EC2

• Amazon S3

• Amazon Simple Queue Service (SQS)

• Amazon CloudFront

• Amazon SimpleDB

31

Segundo Velte [3,p.16], infraestrutura como serviço ou hardware como

serviço (HaaS) tem várias partes a considerar que são elas:

• Service Level Agreements (SLA): É um acordo entre o

fornecedor e o cliente sobre as garantias e qualidade do

sistema.

• Computer Hardware: São os computadores virtuais lo-

cados pelo cliente e que o fornecedor do serviço oferece

na forma de uma grade com diversas configurações pro-

porcionando uma fácil escalabilidade para o cliente.

• Network: Isso inclui hardware para firewalls, roteadores

e outros equipamentos necessários a bom funcionamen-

to da rede.

• Internet Conection: Permite o acesso rápido ao

hardware virtual pelo cliente de sua própria organização.

• Plataform virtualization environment: Permite que os

clientes rodem qualquer máquina virtual que eles esco-

lherem.

• Utility computing billing: Pagamento dos serviços de

computação como um serviço e de acordo com os recur-

sos consumidos pelo cliente.

4 PLATAFORMA COMO SERVIÇO (PaaS)

Agora iremos falar um pouco da parte central da pirâmide da Computação

em Nuvem, a plataforma como serviço (PaaS) . Nessa camada não há preocupação

32

com o ambiente operacional e com o middleware, como mencionado no capítulo an-

terior, porém é nessa camada que se desenvolve o software que executará na nu-

vem.

Conforme define Taurion [2,p.132], “O modelo de Plataform-as-a-Service

(PaaS) se propõe a criar uma plataforma para o desenvolvimento de aplicações já

voltadas para a Computação em Nuvem. A sua definição é “uma plataforma para cri-

ar e operar aplicações incluindo ferramentas de desenvolvimento, administração e

gerenciamento, além de serviços de runtime , tudo na modalidade SaaS”.

4.1 EMPRESAS E APLICATIVOS DESSA PLATAFORMA

Empresas como Google, Microsoft, e Salesforce.com entre outras gigan-

tes do setor, estão atuando cada vez mais nessa camada da Computação em Nu-

vem. E mostraremos abaixo os aplicativos de PaaS que elas já oferecem:

• Google App Engine: Conforme publicado no próprio site do Goo-

gle App Engine [22] : ” O Google App Engine permite que você

execute seus aplicativos da web na infraestrutura do Google. Os

aplicativos do Google App Engine são fáceis de criar, manter e es-

calar à medida que seu tráfego e armazenamento de dados precisa

crescer. Com o Google App Engine, não há necessidade de manter

servidores: você apenas envia seu aplicativo e ele está pronto para

atender a seus usuários. O Google App Engine suporta aplicativos

criados em várias linguagens de programação. O ambiente de exe-

cução em Java do Google App Engine permite criar o seu aplicati-

vo usando tecnologias Java padrão, incluindo a JVM, servlets Java

e a linguagem de programação Java, ou qualquer outra linguagem

que usa um interpretador ou compilador com base na JVM, como

JavaScript e Ruby. O Google App Engine também apresenta um

ambiente de execução em Python dedicado, que inclui um interpre-

tador de Python rápido e a biblioteca Python padrão. Os ambientes

de execução em Java e Python foram criados para garantir que o

33

seu aplicativo seja executado rapidamente, com segurança e sem

interferência de outros aplicativos no sistema. Com o Google App

Engine, você só paga pelo que usar. Não há preços predefinidos

nem taxas recorrentes. Os recursos usados pelo seu aplicativo,

como armazenamento e largura de banda, são medidos em gi-

gabytes e cobrados a taxas competitivas. Como você é quem con-

trola a quantidade máxima de recursos que o seu aplicativo pode

consumir, ele sempre fica dentro do seu orçamento. O Google App

Engine pode ser iniciado gratuitamente. Todos os aplicativos po-

dem usar até 500 MB de armazenamento e CPU e largura de ban-

da suficientes para suportar um aplicativo eficiente que oferece cer-

ca de cinco milhões de visualizações de página por mês, totalmen-

te grátis. Ao ativar o faturamento para o seu aplicativo, os limites

gratuitos aumentam e você paga somente pelos recursos que ultra-

passam os níveis gratuitos.”

• Microsoft Windows Azure: De acordo o site Plataforma Windows

Azure[38], o Windows Azure é o sistema operacional para serviços

na nuvem que é utilizado para o desenvolvimento, hosting e geren-

ciamento dos serviços dentro do ambiente da plataforma Azure. O

Windows Azure provê computação e armazenamento por deman-

da, com a finalidade de hostear, escalar e gerenciar aplicações

Web e serviços através da Internet dentro dos datacenters da Mi-

crosoft. Microsoft .NET Services é um conjunto de serviços alta-

mente escaláveis, orientados ao desenvolvedor e hospedados na

Microsoft que oferecem blocos construtivos necessários para a

maioria das aplicações baseadas na nuvem. Além disso, o .NET

Framework fornece uma excelente biblioteca de classes que torna

o desenvolvimento de aplicações mais produtivo. O Microsoft .NET

Services possibilita o desenvolvimento focado na lógica da aplica-

ção ao invés de ter a necessidade de construir e fazer o deploy-

ment do próprio serviço de infraestrutura na nuvem. O Microsoft

34

SQL Azure estende as capacidades do Microsoft SQL Server para

a nuvem como sendo um banco de dados relacional baseado na

Web. Ele fornece Web services que proporcionam queries relacio-

nais, pesquisas, sincronização de dados com dispositivos móveis,

escritórios remotos e parceiros de negócio. Ele pode armazenar

dados estruturados, semi-estruturados ou sem nenhuma estrutura.

• Salesforce force.com: conforme site da própria Salesforce.com

[24], todos os recursos necessários para criar aplicativos de negó-

cios estão na Force.com que é uma plataforma com recursos com-

pletos principalmente para aplicações comercias, como CRM, ven-

das, etc. Diferentemente das plataformas de software tradicionais,

a Force.com inclui tudo o que você precisa para criar e executar

aplicativos em um único pacote. Inclui um banco de dados, integra-

ção, lógica de negócios, geração de relatórios, interface de usuário

e serviços móveis, todos executados em uma plataforma confiável

para vários usuários na nuvem. Crie aplicativos em dias ou sema-

nas, e não em meses ou anos. Praticamente qualquer pessoa pode

criar aplicativos na Force.com, incluindo profissionais de TI e ana-

listas técnicos de negócios. Tudo o que você precisa é de um na-

vegador e de uma conexão com a Internet. Ferramentas de apon-

tar e clicar facilitam a configuração do banco de dados, das regras

do fluxo de trabalho, das políticas de compartilhamento e da inter-

face de usuário. E por serem executadas na nuvem, podem ser im-

plantadas para todos os seus usuários ao toque de um botão.

35

5 SERVIÇOS DE SOFTWARE (SAAS)

Uma definição básica, sobre Software as a Service (SaaS), segundo

Velte[3,p.11]: “Software as a Service (SaaS) is an application hosted on a remote

server and accessed through the internet”. Traduzindo o texto do autor, é um aplica-

tivo hospedado em um servidor remoto e que pode ser acessado pela Internet.

Conforme cita Dustin Amrhein [9], existem aplicativos que são executados

em uma nuvem e são fornecidos on demand como serviços para os usuários. Às ve-

zes, os serviços são gratuitos e os provedores geram receita a partir de anúncios na

Web e outras vezes provedores de aplicativos geram receita diretamente do uso do

serviço. Parece familiar? Provavelmente sim, já que praticamente todos nós fazemos

uso dos mesmos diariamente. Se alguma vez tiver feito a declaração do imposto de

renda on-line, tiver verificado seu e-mail usando o GMail [19] ou o Yahoo Mail [20]

ou tiver registrado seus compromissos no Google Calendar, então, está familiarizado

com a camada superior da nuvem. Esses são apenas alguns exemplos desses tipos

de aplicativos. Atualmente temos, literalmente, milhares de aplicativos SaaS e este

número cresce diariamente graças às tecnologias Web 2.0. Possivelmente, não tão

evidente para o público em geral, é que há muitos aplicativos na camada de serviços

de aplicativos que são direcionados à comunidade corporativa. Há ofertas que tra-

tam de processamento de folha de pagamento, gerenciamento de recursos huma-

nos, colaboração, gerenciamento de relacionamento com o cliente, gerenciamento

de parceiro de negócios e mais. Exemplos populares dessas ofertas incluem IBM

Lotus Live [21], Salesforce.com [22]. Em ambos os casos, os aplicativos fornecidos

através do modelo SaaS beneficiam consumidores aliviando-os da instalação e ma-

nutenção de software e podem ser usados através de modelos de licenciamento que

suportam pagamento para conceitos de uso.

36

De acordo com o artigo de Carraro e Chong [15], apresentado de modo

sucinto, o SaaS pode ser definido como: "software implantado como serviço hospe-

dado e acessado pela Internet”. O SaaS, como conceito, é quase sempre associado

aos ASPs-Application Service Providers da década de 90, que fornecem aplicativos

"empacotados" aos usuários de negócios pela Internet. Havia, de certa forma, nes-

sas tentativas iniciais de software entregue pela Internet, mais pontos em comum

com os aplicativos tradicionais on-premise, ou seja, instalados no local, como licenci-

amento e arquitetura, do que com os modernos aplicativos SaaS. Considerando que

foram originalmente construídos para serem aplicativos de um único inquilino, sua

capacidade em compartilhar dados e processos com outros aplicativos era limitada e

a tendência desses produtos era a de oferecer poucos benefícios econômicos em

relação aos seus similares instalados no local. Atualmente, espera-se que os aplica-

tivos SaaS aproveitem os benefícios da centralização através de uma arquitetura de

instância única, para vários inquilinos e para oferecer uma experiência rica em recur-

sos, que compete com os aplicativos on-premise de mesmo tipo.

Aplicativos SaaS típicos são oferecidos diretamente, pelo fornecedor, ou

por intermediários denominados agregadores, que reúnem ofertas SaaS de vários

fornecedores, oferecendo-as como parte de uma plataforma de aplicativos unificada.

Diferentemente do modelo de licenciamento único, normalmente usado para softwa-

re instalado no local, o acesso ao aplicativo SaaS é quase sempre vendido de acor-

do com um modelo de assinatura: os clientes pagam uma taxa contínua para uso do

aplicativo. Os planos de cobrança variam de acordo com o aplicativo; alguns prove-

dores cobram taxa fixa para acesso ilimitado a alguns recursos do aplicativo, ou para

todos; outros cobram taxas variáveis baseadas no uso. No aspecto técnico, o prove-

dor SaaS hospeda o aplicativo, os dados e implanta patches8 e atualizações do apli-

cativo de modo centralizado e transparente, possibilitando o acesso aos usuários fi-

nais pela Internet, via navegador ou aplicativo smart-client. Muitos fornecedores ofe-

recem APIs - interfaces de programação de aplicativo que expõem os dados e a

funcionalidade dos aplicativos aos desenvolvedores para uso na criação de aplicati-

vos compostos. Vários mecanismos de segurança podem ser usados para manter a 8Patches: [Ing.] (Remendo) Em programação de computadores diz-se da correção de uma deficiência

no desempenho de uma rotina ou programa já existentes.[6,Dicweb].

37

segurança de dados sigilosos, na transmissão e no armazenamento. Os provedores

de aplicativos podem fornecer ferramentas que permitem aos clientes modificar o es-

quema de dados, o fluxo de trabalho e outros aspectos operacionais do aplicativo,

de acordo com o seu uso. Passando do geral para o específico, podemos identificar

duas grandes categorias de software como serviço:

• Serviços baseados em negócios: Oferecido às empresas e organizações

de todos os tamanhos. São frequentemente grandes soluções empresariais

personalizadas, destinadas a facilitar os processos de negócio, como finan-

ças, e relações com clientes. Estes serviços são geralmente vendidos a clien-

tes na forma de assinatura.

• Serviços focados no consumidor: Oferecido ao público em geral. Às vezes

são vendidos em uma subscrição-base, mas muitas vezes são prestados aos consumidores, sem nenhum custo e são suportados por publicidade.

Segundo ainda Carraro e Chong [34], em artigo “Estratégias de Arquitetu-ra para Cauda Longa ou Long Tail” citam que em um ambiente de TI baseado em software local, a maior parte do orçamento normalmente é gasto em hardware e ser-viços profissionais, deixando uma parte secundária do orçamento disponível para software, conforme apresentado no Gráfico 1:

38

Gráfico 1: Orçamento de TI em software no local.Fonte[34]

Em contrapartida no modelo Saas, o fornecedor hospeda aplicativos críti-

cos e dados associados em servidores centrais no local do fornecedor e dá suporte

ao hardware e software com uma equipe de suporte dedicada. Isso tira da organiza-

ção do cliente a responsabilidade de dar suporte ao software hospedado e de com-

prar e manter hardware de servidor para ele. Além disso, os aplicativos disponibiliza-

dos pela Web proporcionam uma demanda significativamente menor em um compu-

tador de mesa do que os aplicativos tradicionais instalados localmente, o que permi-

te ao cliente estender de forma significante o ciclo de vida da tecnologia de desktop.

O resultado final é que há uma porcentagem muito maior do orçamento de TI dispo-

nível para gastar em software, normalmente na forma de taxas de assinatura de pro-

vedores de SaaS, conforme mostra o Gráfico 2:

39

Gráfico 2: Orçamento de TI em software SaaS.Fonte [34]

Citando Coelho [16], quando optamos por um software na nuvem ou por

um software on-premises estamos sim, como mostra a Figura 10, escolhendo entre:

• Software on-premises: ter um alto controle e uma baixa economia

de escala.

• Software na nuvem: ter um baixo controle e uma alta economia de

escala.

40

Figura 10: Software on premises x na nuvem. Fonte: [16].

Ainda de acordo com Carraro e Chong [15], na forma "pura" do SaaS, o

provedor hospeda um aplicativo de modo centralizado e disponibiliza o acesso a vá-

rios clientes, pela Internet, em troca de uma taxa. Na prática, entretanto, as caracte-

rísticas marcantes entre um aplicativo instalado no local do cliente e um aplicativo

SaaS não são binárias, mas gradativas ao longo de três dimensões diferentes: como

é licenciado, onde está localizado e como é gerenciado. Cada uma dessas caracte-

rísticas pode ser visualizada como uma sequência que tem, de um lado, o software

convencional, instalado no local e, na outra extremidade, o SaaS puro. Entre essas

duas extremidades existem opções adicionais que combinam aspectos de ambos,

conforme apresentado na Figura 11.

41

Figura 11: Os aplicativos SaaS são identificados por seus locais conceituais em três seqüências dife-

rentes. Fonte [15].

Na sequência temos uma descrição dos pontos levantados na Figura 12:

• Licenciamento: Em geral, os aplicativos instalados no local são licenciados

para sempre, com pagamento único relativo a cada usuário ou local, ou (no

caso de aplicativos construídos sob encomenda) de propriedade integral. Os

aplicativos SaaS são licenciados, quase sempre, de acordo com um modelo

de transação baseado no uso: cobra-se do cliente apenas as transações de

serviço usadas. Existe também o modelo familiar da assinatura cuja base é o

tempo: o cliente paga uma taxa fixa, por estação, por um determinado perío-

do, por exemplo, mensal ou trimestral, durante o qual terá direito ao uso ilimi-

tado do serviço.

• Local: Os aplicativos SaaS são instalados no local do hoster9 do SaaS, en-

quanto os aplicativos on-premise, naturalmente, são instalados no seu próprio

ambiente de TI. Entre esses dois pontos existe um modelo em que o fornece-

dor vende um componente de hardware e software como uma "caixa preta",

instalada no local do cliente e não do vendedor. Um exemplo de aparelho,

9Hoster: Computador responsável por manter um servidor online.[1000]

42

nesse sentido, seria um dispositivo que contivesse um aplicativo de logística,

com um banco de dados em cache, atualizado periodicamente. Uma empresa

de transporte poderia fornecer esse dispositivo aos seus consumidores de

grande porte para que pudessem fazer consultas sobre informações de trans-

porte, em lugar de acessar os servidores da empresa com milhares de con-

sultas individuais, por dia.

• Gerenciamento: Tradicionalmente, o departamento de TI é responsável por

prestar serviços de TI aos usuários, ou seja, deve estar familiarizado com re-

des, servidores e plataformas de aplicativos, dar suporte e fazer diagnóstico

de falhas e, ainda, resolver problemas de TI relativos à segurança, confiabili -

dade, ao desempenho e à disponibilidade. Isso representa um grande volume

de trabalho e, alguns departamentos de TI subcontratam algumas dessas res-

ponsabilidades de gerenciamento a terceiros, prestadores de serviços especi-

alizados em gerenciamento de TI. Na outra ponta do espectro, os aplicativos

SaaS são completamente gerenciados pelo fornecedor ou pelo hoster do

SaaS; na verdade, a implementação das tarefas e responsabilidades de ge-

renciamento não fica transparente para o consumidor. Os contratos de nível

da prestação do serviço (SLAs) regem os compromissos de qualidade, dispo-

nibilidade e suporte a serem fornecidos pelo provedor ao assinante.

Para qualquer aplicativo ou função determinada, pode-se determinar o

seu estado de prontidão para SaaS, definindo as necessidades e as expectativas da

sua empresa em cada sequência, usando a Figura 13 como um guia.

43

Figura 12: Cada seqüência pode ser subdividida em três segmentos, representando as abor-

dagens: tradicional, SaaS e híbrida.Fonte: [15].

5.1 EXEMPLOS DE APLICATIVOS DE SAAS

Nesta seção, apresentamos alguns aplicativos que são baseados no modelo Saas, e

seu funcionamento no nosso cotidiano, como o Google Apps Professional. As em-

presas que estão movendo todos os aplicativos para a nuvem buscam uma solução

acessível ou fazem de tudo para que seus funcionários tenham acesso às informa-

ções importantes podendo aproveitar melhor todos os seus recursos e trabalhar de

forma mais inteligente, mostramos também o Microsoft Office Live Workspace desti-

nado ao usuário final, na área comercial e/ou vendas apresentamos um programa da

“salesforce.com”, e um sistema operacional baseado na cloud aonde seu funciona-

mento é todo virtual, sendo que não há necessidade de instalar nada localmente.

Começamos pelo Google Apps, Figura 13 – versão profissional 2000,

para empresas nessa modalidade o custo é de U$ 50,00 dólares americanos por

usuário/ano e oferece serviços baseados em Cloud Computing, que são eles:

44

Figura 13: Tela principal do Google Apps. Fonte [22].

• Gmail : Oferece controle no recebimento de spams, capacidade de

25 GB de armazenamento, comunicação unificada de e-mails,

mensagens instantâneas e comunicação por voz e vídeo com alta

qualidade, possui ainda um sistema de pesquisa interna , similar ao

do Google .

• Google Agenda: Através da escolha de um horário (com base na

disponibilidade das pessoas) e detalhes da reunião. O Google

Agenda envia os convites e registra as confirmações. Compartilha

agenda de projetos com toda a empresa ou com determinadas pes-

soas.

• Google doc´s: Cria documentos, planilhas e apresentações on-li-

ne. Todas as tarefas básicas podem ser realizadas com facilidade:

criação de listas com marcadores; classificação por colunas; inclu-

são de tabelas, imagens, comentários e fórmulas; alteração de fon-

45

tes etc. Pode-se fazer o upload dos arquivos existentes.

O Google Docs aceita os formatos de arquivos mais conhecidos,

incluindo .doc, .xls, .odt, .ods, .rtf, .csv, .ppt etc. A área de trabalho

facilita bastante a edição. Basta clicar nos botões da barra de ferra-

mentas para aplicar negrito, sublinhado, recuo, alterar a fonte ou o

formato de números, alterar a cor de fundo das células e assim por

diante. Os administradores possuem controles específicos para de-

terminar como farão o compartilhamento de documentos. Colegas

de trabalho podem compartilhar cópias on-line dos mesmos docu-

mentos, planilhas e apresentações. Todas as revisões são salvas e

recuperáveis. Permite a apresentação e publicação na web para

públicos remotos.

• Google vídeo: Permite empresas compartilhar vídeos privados

com segurança. Com o compartilhamento de vídeos, comunica-

ções importantes, como treinamentos e comunicados corporativos

internos, ficarão mais pessoais, atraentes e eficazes. O Google

hospeda e transmite seus vídeos com segurança, para que os fun-

cionários não precisem compartilhar vídeos por e-mail ou sobrecar-

regar a equipe de TI para obter uma solução de vídeo. Não é preci-

so usar um software especial para visualizar e fazer anotações,

bastando usar um navegador padrão.

• Google sites: Define permissões de compartilhamento consisten-

tes em todos os sites da empresa. Permite a criação de Intranet ou

permite que equipes de projetos criem sites para centralizar e com-

partilhar conhecimentos específicos. Compartilha arquivos com fa-

cilidade, como o controle de versão dos arquivos é feito automati-

camente, é fácil fazer atualizações e obter a versão mais recente

de um arquivo. Os formatos compatíveis incluem: .doc, .xls, .csv,

.ppt, .txt, .pdf, entre outros. Unifica conteúdos de várias fontes: do-

cumentos, planilhas, apresentações do Google, vídeos do YouTu-

be, apresentações de slides e gadgets do Picasa [32], mesmo sem

46

ter conhecimentos de programação. A Tecnologia da pesquisa do

Google é integrada, para que os funcionários possam encontrar in-

formações úteis da empresa com a mesma facilidade de uma pes-

quisa na Internet. Permite que os funcionários façam contribuições.

Não é preciso ser especialista em codificação ou sistema para atu-

alizar páginas ou criar novos sites internos, para que todos possam

compartilhar conhecimentos.

Temos também o Microsoft Office Live Workspace, conforme Figura 14, é

um outro serviço oferecido e baseado em Cloud Computing, na sua versão gratuita,

oferece os seguintes recursos: permite o acesso de qualquer lugar, podendo visuali-

zar documentos a partir de quase todos os computadores, praticamente elimina as

unidades flash, oferece armazenamento e compartilhamento online, permite visuali-

zar e compartilhar arquivos protegidos por senha (até 5 GB versão gratuita) , con-

templa o trabalho em conjunto com outras pessoas nos mesmos arquivos. Funciona

com programas como o Word, Excel e PowerPoint, e sua principal função é o geren-

ciamento de documentos de maneira conveniente em um único local.

47

Figura 14:Tela principal do Office Live (beta). Fonte [23].

Agora na área comercial ou de vendas, destacamos o software Salesfor-

ce CRM Sales da Salesforce.com [24] que permite as empresas gerenciarem pesso-

as e processos de maneira mais eficaz através de Cloud Computing. 59.300 empre-

sas, incluindo algumas das maiores equipes de vendas do mundo, operam com o

Salesforce CRM Sales. O salesforce CRM Sales é todo baseado em Cloud Compu-

ting, através de uma avaliação gratuita de seus sistemas, verificamos a grande facili-

dade na personalização do software, o Salesforce CRM inclui ferramentas de perso-

nalização para gerenciar suas atividades de vendas. Com assistentes simples, com

recursos de apontar e clicar, qualquer pessoa pode modificar o Salesforce CRM Sa-

les com rapidez e facilidade para ajustá-lo a seus processos de negócios e fluxos de

trabalho. Você pode até projetar sua própria interface de usuário. Todo o processo

de customização é realizado sem a necessidade de novas codificações, veja a Figu-

ra 15.

48

Figura 15:Tela principal do SalesForce CRM Sales versão avaliação. Fonte [24].

De acordo com Taurion[2,p.104], a maioria das soluções atuais de SaaS

ainda são departamentais, mas em breve o mercado estará demandando também

sistemas mais complexos e abrangentes.

5.2 SEIS BENEFÍCIOS DIRETOS DA COMPUTAÇÃO EM NUVEM

São inúmeros os benefícios diretos que a Computação em Nuvem pode

ofertar, vamos destacar de acordo com artigo da revista Locaweb [14,p.31] os segu-

intes:

• Possibilidade de utilizar aplicações da Internet, sem que

estejam instaladas no computador do usuário.

• Permite acesso a diversos aplicativos independente do

seu sistema operacional ou de hardware.

• Backup, controle de segurança, manutenção, entre ou-

tros, são de responsabilidade da empresa fornecedora

do serviço.

• Redução de custos com infraestrutura. No modelo tradi-

cional são altos os custos de energia, pessoal e hardwa-

re e o espaço nos data centers é limitado.

• Facilidade em compartilhar dados, já que todos os usu-

ários acessam as aplicações e os dados da nuvem –In-

ternet.

• Simplifica em muito as operações ao usuário.

49

6 UMA “VISÃO” DE MERCADO

De acordo com o artigo sobre mercado de Computação em Nuvem, da

itweb.com.br [25], em alguns aspectos, o mercado de Cloud Computing ganhou cor-

po em 2008. Amazon.com, EMC/VMware, IBM, Google, Microsoft, Salesforce.com e

outras dezenas de empresas lançaram produtos e serviços on-demand. De qualquer

forma, no entanto, Computação em Nuvem ainda é relativamente nova. A plat-

form-as-a-service do Google, a App Engine, está apenas no início, a plataforma de

serviços da Microsoft Azure ainda está para ser lançada, já a Oracle e SAP estão

assistindo e esperando para tomar alguma direção. Além disso, as empresas que

adotaram o conceito ainda são minoria, já que a TI ainda vê riscos de segurança, im-

plicações na governança e desafios na integração de dados. O crescimento deve ul-

trapassar a marca dos 20%. O número é apenas uma previsão e não resultado de

uma pesquisa de mercado, mas um importante ponto de vista é que o mercado de

cloud crescerá em taxas saudáveis - 10%, 20%, 30% ou mais - enquanto outros se-

guimentos da TI terão mais dificuldade para crescer. Cloud Computing será uma op-

ção para lidar com os orçamentos de TI mais restritos diante do ambiente econômico

instável.

De acordo com Taurion [2,p.60], o mercado tende a ser receptivo, alavan-

cando o modelo de Computação em Nuvem por uma razão simples: cada vez mais

veremos o uso de tecnologias de computação social, como: wikis, blogs, e comparti-

lhamento de vídeos. Estas tecnologias não dependem mais apenas de poderosos

desktops, mais de diversos meios de acesso como smartphones e netbooks. Esta di-

versidade de dispositivos nas mãos dos usuários (será cada vez mais comum usuá-

rios terem alguns destes produtos e quererem ter acesso a seus arquivos, indepen-

dentemente de qual seja o dispositivo a ser usado em cada momento) impulsiona o

modelo de Computação em Nuvem, pois torna-se mais fácil e barato manter estes

arquivos armazenados externamente, acessados pela Internet. O uso da Computa-

50

ção em Nuvem deve, portanto, se acelerar com o crescente uso de aplicações Web

2.0 e disseminação da banda larga.

Segundo Donald Feinberg, do Gartner [26], em relação à adoção de no-

vas tecnologias, no topo desta lista está Cloud Computing: "Todos terão produto de

cloud. A Computação em Nuvem é um estilo, tem escala e provê serviços para clien-

tes externos usando tecnologia de Internet e isso se torna um diferencial”.

Conforme cita David Cearley [27], no trecho transcrito: “Os Cios10 preci-

sam balancear benefícios e riscos para entender em quais casos cloud computing

pode ou não ser aplicado nas suas empresas. Para o especialista, entender a matu-

ridade de cada serviço na nuvem é um dos maiores desafios dos gestores de TI.

Dessa forma, Cearley alerta aos que pensam em adotar o conceito sobre a impor-

tância de definir os impactos da tecnologia em cloud em cada fragmento do negócio.

Isso significa que colocar aplicações críticas na nuvem, nesse momento, poderá tirar

noites de sono de muitos CIOs. Agora, os que buscam tecnologias para uso pontual

ou para estratégias sazonais talvez encontrem no conceito, uma alternativa sensata

e que pode, inclusive, melhorar desempenhos além de reduzir custos. Mas, aqui,

vale uma ressalva. O especialista lembra que estamos apenas nas primeiras etapas

de uma revolução que pode desenrolar-se por muito tempo. Vale questionar-se so-

bre exposição de dados, privacidade e armazenamento das informações; e conside-

rar disponibilidade e capacidade de entrega, uma vez que o acesso as informações

depende de rede e Internet. Sobre a proteção na nuvem, o executivo enxerga ou-

tras seis questões críticas: localização e propriedade dos dados, regulamentação e

conformidade, confiança no fornecedor, ajustes e consertos em caso de eventuais

falhas, portabilidade tecnológica entre diversos provedores e políticas de restrição e

10 cio:Chief Information Officer. Nome do cargo dado a pessoa responsável pela administração das

informações e tomadas de decisões para a área de tecnologia da informação. Outro termo é CEO

(Chief Executive Officer) usado para o "grande chefe" da empresa. Bill Gates é o CEO da Microsoft.

[39]

51

gestão dos serviços. O Gartner avalia um mercado de Computação em Nuvem da

ordem de US$ 46,4 bilhões, em 2009, atingindo US$ 150,1 bilhões em quatro anos.

Muito da expansão do conceito virá da transferência de sistemas do modelo tradicio-

nal para a nuvem. Quatro pontos que os CIOs precisam saber, neste momento, so-

bre Computação em Nuvem:

• Entender o que realmente é Cloud Computing, diferenciando

isso dos discursos dos fornecedores.

• Reconhecer onde encontram-se os benefícios e riscos do

modelo para direcionar estratégias na nuvem.

• Saber como Computação em Nuvem influenciará o ambien-

te de TI de sua empresa.

• Identificar como estão, hoje, as soluções cloud e tentar pre-

ver quando essas aplicações terão maturidade suficiente

para serem adotadas.

6.1 NEGÓCIOS E OPORTUNIDADES EM COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Nesse trabalho decidimos mostrar como a Computação em Nuvem já está

presente nos negócios de pequenas empresas e também como as grandes empre-

sas já estão migrando alguns de seus departamentos para a nuvem.

Seguindo nessa direção introduzimos dois casos: o da camiseteria.com e

o do banco Santander, referente ao projeto “SuperGestão Santander” .

No primeiro caso o da camiseteira.com, temos um artigo retirado do site

da itweb.com.br [33] que diz o seguinte: ”Criada em 2005, a medida em que Cloud

Computing ganhava corpo na indústria, a empresa carioca buscava uma relação es-

52

treita com o conceito. A startup11 que promove concursos para ver quais estampas

serão impressas nas camisetas que comercializa na Internet baseia seu modelo de

negócios em um misto de loja e comunidade.

Fabio Seixas, sócio-fundador da companhia, explica que o processo de

trabalho funciona com os usuários/clientes votando nos desenhos que mais lhe

agradam por meio de um site. As imagens vencedoras desse concurso transformam-

se em produtos que serão vendidos também via web. "Nosso modelo de negócio se-

ria impossível de ser viabilizado num mundo off line", garante o empreendedor, que

lança em média um novo modelo por semana e comercializa cerca de quatro mil ca-

misetas por mês em um site que recebe por volta de 20 mil visitas por dia.

Largamente suportada pela internet, a camiseteria.com necessita de uma

infraestrutura para transacionar mercadorias sem quedas, para não perder negócios.

"Nosso desafio sempre foi o crescimento", resume Seixas. Com um marketing forte,

os volumes de tráfego esperados na página de Internet subiam mês a mês. Em pou-

co tempo, o site inicial hospedado na provedora Locaweb a um custo mensal de R$

150 ficou pequeno. A empresa que utilizava máquinas compartilhadas precisou partir

para servidores dedicados, que, em três anos, demandaram dois upgrades.

Formado em Análise de Sistemas, pela PUC do Rio de Janeiro, Seixas

acompanhava o conceito de Computação em Nuvem há algum tempo e sempre viu

naquilo uma solução provável para os seus negócios. Quando o próprio fornecedor

lançou uma solução de processamento baseada em Cloud Computing, em meados

de 2008, Seixas não pestanejou e partiu para o modelo. "Migramos nosso banco de

dados do servidor dedicado para a nuvem. O processo levou meia hora", detalha,

explicando que todos sistemas foram configurados na nova estrutura e direcionados

para o novo conceito. Segundo o executivo, são cerca de sete sistemas distintos ro-

dando em dois servidores na nuvem. Em breve, um terceiro será adicionado. "O site

principal, dois de administração, o que integra nosso site com o twitter, o de acesso

móvel e os sistemas replicados para fazer ações em parceria com outras empresas",

11 Startup : empresa em fase inicial de desenvolvimento, que nasce no momento em que um em-

preendedor passa de uma idéia a fase de garantir financiamento, define a estrutura do negócio e ini -

cia a atividade[40].

53

lista. Quando a camiseteria.com adotou processamento em Cloud Computing redu-

ziu em 40% os custos em relação ao período em que usava equipamento dedicado.

Diferente da Amazon.com, que criou o culto de pagar a infraestrutura em nuvem

com cartão de crédito, a empresa paga os serviços da Locaweb no boleto de co-

brança. A provedora norte-americana, segundo Seixas, foi cogitada para soluções

de armazenamento. "Mas vimos que não vale a pena. Talvez seja uma opção para o

futuro", conta. O empreendedor revela ainda que, na nuvem, utiliza também os re-

cursos de e-mail do Google Apps em versão gratuita, visto que são apenas oito fun-

cionários no escritório da camisetaria.com. "Usávamos o Gmail e acabamos incorpo-

rando como ferramenta corporativa", explica o diretor apontando que tal decisão vin-

cula-se a redução de custos. "Tiramos proveito do que está na Internet", enfatiza.

Outro caso que destacamos, é o da Totvs que de acordo com Taurion

[2,p.184] é hoje a maior empresa de software brasileira e desenvolveu um projeto

chamado SuperGestão Santander [28], em parceria com o banco. Esta oferta SaaS

integra serviços típicos de ERP - Enterprise Resource Planning ou sistema de ges-

tão empresarial para controle administrativo de pequenas empresas, como contas a

pagar e a receber e emissão de borderô de cobrança, com os serviços bancários

fornecidos pelo banco, O público alvo deste serviço são empresas clientes do banco

com até 3 milhões de reais em faturamento. O sistema é composto por quatro módu-

los, que são compras, vendas, estoque e financeiro, sendo este integrado com os

sistemas do banco Santander. Como é um sistema SaaS, o cliente não tem que se

preocupar com atividades de suporte, pois todas as atualizações tecnológicas, como

melhorias ou mesmo mudanças de legislação, são feitas diretamente nos servidores

da Totvs, de forma transparente ao usuário.

Segundo ainda Taurion [2,p.187] de maneira geral, as maiores empresas

são as mais lentas na adoção de novos conceitos e, embora reconheçam o potencial

da Computação em Nuvem, ainda preferem ficar com seus servidores guardados em

salas bem fechadas. Mas pequenos empresários não podem se dar ao luxo de se-

rem céticos, pois, com pouco capital, não podem investir em caras instalações para

seus servidores. Este grupo é o grupo que mais cresce em uso da Computação em

Nuvem.

54

De acordo com pesquisa que fizemos no Google Trends [29], a palavra

Cloud Computing, começa a aparecer na Internet a partir de 2007 e em crescimento

ano após ano, conforme Gráfico 3 o que para nós, profissionais de TI, mostra que o

estudo nessa nova área da computação é uma oportunidade que se abre tanto nas

grandes, como pequenas e médias empresas. Podemos dizer, de acordo com os

nossos estudos, que o software como serviço já faz parte integrante em qualquer de-

cisão que se venha a tomar em relação a investimentos nas empresas, já que um

dos fatores é a drástica redução no custo de aquisição e manutenção dos mesmos.

Gráfico 3: Pesquisa feita no Google Trends em 21/11/2009.Fonte: [29]

55

6.2 TENDÊNCIAS PARA OS PRÓXIMOS ANOS

Segundo Taurion [2,p.69], como as empresas estarão muito pressionadas

para serem as mais eficientes possível, este modelo de infraestrutura vai subir nas

prioridades dos executivos de TI e de negócio. As restrições orçamentárias vão ace-

lerar a busca por modelos mais eficientes de custo e a Computação em Nuvem vai

aparecer como uma das melhores alternativas.

Em pesquisa no site www.focus.com [41] na Internet, deparamos com um

artigo que cita dez tendências para Cloud Computing. Que destacamos abaixo:

1. Grandes empresas estão construindo suas próprias nu-vens privadas. A IBM, por exemplo, anunciou a sua "Blue

Cloud" há dois anos. A empresa já construiu 13 data cen-

ters enormes em torno do mundo. Serviços de cloud priva-

das são executados em data centers geridos por terceiros,

tais como Amazon.com, mas também em data centers pri-

vados de propriedade da empresa gerida por equipes de TI.

2. Cloud Computing mudará as habilidades necessárias aos profissionais de TI. Não é mais suficiente para um

CIO supervisionar lançamentos, integrações e projetos de

desenvolvimento. Em vez disso, os profissionais de TI preci-

sam se concentrar em extrair o máximo valor de novas tec-

nologias. Cloud Computing ajuda-os a retirar os encargos

de implementação tecnológica e concentrar-se em proces-

sos de negócios.

3. Os departamentos de TI vão diminuir porque os usuári-os vão diretamente para a nuvem de recursos de TI. Em

56

seu livro, "The Big Switch: Rewiring the World, from Edison

to Google" (WW Norton, 2008), Nicholas Carr , "No longo

prazo, o departamento de TI é improvável que sobreviva,

pelo menos na sua forma atual".

4. Preocupações sobre a segurança da informação irão diminuir quando os CIOs "pegarem" o paradigma da Computação em Nuvem. A idéia de armazenar dados críti-

cos de negócios em um servidor de terceiros para vários

"inquilinos" parece ter aspectos inerentemente inseguro.

Melhor manter os dados em casa, muitos profissionais de TI

pensam. Hoje deixamos nosso dinheiro no banco e nem por

isso não os consideramos inseguros, inseguros sim seria

deixar nosso dinheiro em colchões em nossa residência.

5. Os serviços profissionais serão fornecidos com servi-ços de cloud . Hoje, a Computação em Nuvem é apenas

outra maneira de pagar por hardware e software. Mas al-

guns fornecedores de SaaS estão fazendo parcerias com

empresas de serviços profissionais para prestar assistência

técnica que torna as aplicações realmente úteis.

6. Pequenas e médias empresas, assim como as grandes empresas, migram para a nuvem. Fornecedores como a

NetSuite oferece software para aplicações que as Peque-

nas e médias empresas necessitam, por um custo muito

menor do que o custo de aquisição e implementação de

hardware, software e pessoal necessários para executá-lo

no local.

57

7. Recursos de Computação em Nuvem se tornará mais personalizável. Mas o que limita a Computação em Nuvem

para aplicações locais, como um programa de CRM. Extre-

mamente complexas as aplicações personalizadas que pro-

porcionam vantagem competitiva, como um sistema de re-

serva de viagem, não pode ser implementada em platafor-

ma flexível, mas rígida, paradoxalmente, uma nuvem. No fu-

turo, porém, os fornecedores de Cloud Computing, vão fa-

zer as suas aplicações mais personalizáveis pelos usuários

finais. Então será possível mover aplicações de missão crí-

tica para a nuvem.

8. As grandes empresas passarão a oferecer parte de seus data centers a fornecedores e clientes. As empre-

sas estão mantendo enorme infraestrutura de TI, muitas ve-

zes com excesso de capacidade. Para diminuir esse valor,

departamentos de TI corporativos vão criar nuvens de sua

própria infraestrutura de TI e energia e locar a fornecedores

e clientes. Isso é exatamente o que a Amazon.com está fa-

zendo com seu S3. Não há razão, por exemplo, para a Ge-

neral Motors não fazer isso também.

9. Cloud Computing irá desencadear a inovação. Condi-

ções de localidade, custos de energia e capacidades; requi-

sitos de espaço para a infraestrutura e custos iniciais desa-

parecerão com as empresas se tornando capazes de explo-

rar os recursos de computação situado em qualquer lugar

do planeta. Um data center localizado próximo a uma usina

hidrelétrica - talvez também de propriedade do centro de

dados - será mais barato e mais confiável do que uma em

58

Manhattan. Projetos de TI que foram paralisados por restri-

ções de localidade vão avançar.

10. O navegador será todo o software desktop que você precisa. Aplicações locais irão se tornar obsoletas e PCs fi-

carão mais magros, gateways mais ágil para a nuvem, onde

o trabalho pesado é feito. Computação cliente-servidor irá

retornar com um novo nome.

Ainda sobre as tendências de Cloud Computing , tiramos uma noticia do

site www.sdtimes.com [42], com o título “A nuvem e a segurança são as maiores

tendências para 2010”. Nesse artigo, o primeiro item da lista é Cloud Computing.

Dados de pesquisa do Gartner indicam que gastos com TI em 2010 serão da ordem

de 3,3 trilhões de dólares nos Estados Unidos, um aumento de 3,3% em 2009, e

uma das principais tendências de aceleração do crescimento esperado será uma

mudança para Cloud Computing. A segurança foi apontada como outra tecnologia

notável em 2010. O Gartner prevê que até o ano de 2010, 1,2 bilhão de pessoas vão

carregar dispositivos portáteis que têm capacidades de acesso a Internet. Como re-

sultado, as aplicações móveis são uma das tendências tecnológicas para 2010,

como o desenvolvimento de aparelhos móveis irá aumentar significativamente ao

longo do ano em plataformas como o iPhone.

Na Figura 16 do Gartner, mostra a virtualização que está diretamente liga-

do a Computação em Nuvem também como tendência para o próximo ano entre ou-

tras:

59

Figura 16: As 10 tendências para 2009 e 2010 na área de Tecnológica.Fonte [42]

6.3 REQUISITOS DE SEGURANÇA

Neste momento, abordando a questão da segurança, já temos a CSA -

Cloud Security Alliance [30] ou aliança para segurança na nuvem, que é uma organi-

zação sem fins lucrativos formada para promover a utilização das melhores práticas

de prestação de garantia de segurança dentro de Cloud Computing, que visa a for-

necer conhecimento sobre a utilização de Cloud Computing para ajudar a proteger

todas as outras formas de computação. A CSA - Cloud Security Alliance é composta

de muitos especialistas no assunto a partir de uma ampla variedade de disciplinas,

unidos nesses objetivos:

• Promover um nível comum de entendimento entre os consu-

midores e fornecedores de Computação em Nuvem sobre

as condições de segurança necessárias bem como certifica-

dos de garantia.

60

• Promover a investigação independente sobre as melhores

práticas para segurança da Computação em Nuvem.

• Lançar campanhas de conscientização e programas educati-

vos sobre o uso adequado de Cloud Computing e soluções

de segurança da nuvem.

• Criar listas de consenso dos problemas e orientação para a

garantia da segurança da nuvem.

De acordo ainda com a Cloud Security Alliance há 14 áreas que precisam

de padrões de segurança. São elas:

• Segurança de aplicativo.

• Continuidade de negócio e recuperação de desastre.

• Compliance e auditoria.

• Gerenciamento de operações de data center.

• E-discovery.

• Gerenciamento de chave e criptografia.

• Governança e gerenciamento de risco corporativo.

• Gerenciamento de identidade e de acesso.

• Resposta em caso de acidentes, notificação e retifica-

ção.

• Gerenciamento de ciclo de vida de informação.

• Segurança física.

• Portabilidade e Interoperabilidade.

61

• Armazenamento.

• Virtualização.

A integridade de dados, recuperação e privacidade são questões funda-

mentais a considerar em relação e Computação em Nuvem, de acordo com Gartner

[31], há sete problemas de segurança específicos que os clientes devem questionar

e adotar como requisitos antes de escolher um fornecedor de Cloud Computing, que

são eles:

• Privilégio de acesso do usuário. Os dados confidenciais pro-

cessados fora da empresa trazem um nível inerente de risco,

porque os serviços terceirizados podem ignorar as partes física,

lógica e de controle de pessoal que a TI interna exige. Procurar

obter o máximo de informação possível sobre as empresas que

são responsáveis pelos seus dados.

• Conformidade regulamentar. Os clientes são, em última ins-

tância, responsáveis pela segurança e integridade de seus pró-

prios dados, mesmo quando ela é realizada por um prestador

de serviço. Prestadores de serviços tradicionais são submetidos

a auditorias externas e as certificações de segurança. “Em

Cloud Computing se o fornecedor se recusa a se submeter a

estes exames, ele está sinalizando que os clientes só podem

usá-los para as funções mais triviais".

• Localização de dados. Quando você usa a nuvem, você pro-

vavelmente não vai saber exatamente onde seus dados estão

hospedados. Na verdade, você pode até não saber em que país

será armazenado. Pergunte aos seus fornecedores se eles se

comprometem a armazenar e processar dados em jurisdições

específicas, e se eles vão fazer um compromisso contratual de

62

obedecer a exigências de privacidade locais em nome de seus

clientes.

• Segregação de dados. Dados na nuvem estão geralmente

num ambiente com dados de outros clientes. Criptografia é efi-

caz, mas não é tudo. Os provedores de nuvem deverão apre-

sentar provas de que esquemas de criptografia foram projeta-

dos e testados por especialistas experientes. "Acidentes com

criptografia pode fazer o dado inutilizável e mesmo a criptogra-

fia normal pode complicar a disponibilidade”.

• Recuperação. Mesmo se você não sabe onde seus dados es-

tão, um provedor de nuvem deve dizer o que vai acontecer com

seus dados e serviços em caso de uma catástrofe. "Qualquer

oferta que não replica os dados e infra-estrutura de aplicação

em vários sites, é vulnerável a um fracasso total". Pergunte ao

seu fornecedor se ele tem "a capacidade de fazer uma restaura-

ção completa, e quanto tempo vai demorar."

• Apoio à investigação. “Investigar atividade imprópria ou ilegal

pode ser impossível em Cloud Computing”. Serviços de cloud

são especialmente difíceis de investigar, porque o registro e os

dados para vários clientes podem ser co-localizados e também

podem ser distribuídos por uma constante mudança no conjunto

de máquinas e data centers. Se você não conseguir um com-

promisso contratual de apoio a formas específicas de investiga-

ção, juntamente com a prova de que o vendedor já tem apoiado

com sucesso tais atividades, então sua única suposição segura

é de que os pedidos de investigação e de descoberta será im-

possível”.

• Viabilidade em longo prazo. Idealmente, o seu fornecedor de

Cloud Computing jamais vai falir ou ser adquirido e/ou “engoli-

do” por uma empresa maior. Mas você deve ter certeza de que

63

os seus dados permanecem disponíveis mesmo depois de tal

evento. "Pergunte como você vai conseguir seus dados de volta

e se ele está em um formato que você pode importar para um

pedido de substituição".

64

CONCLUSÃO

Chegamos ao final do nosso trabalho e fazendo uma análise de cada as-

sunto abordado, podemos dizer que a Computação em Nuvem está chegando para

revolucionar, não só como as empresas de software irão evoluir, como também pro-

mete fazer mudanças na área de TI. Em algumas situações, os departamentos de TI

poderão até não mais fazer parte do organograma de algumas empresas. Verifica-

mos que Cloud Computing já está se popularizando entre desenvolvedores, usuários

finais, grandes corporações e pequenas e médias empresas, como uma oportunida-

de de viabilizar negócios de forma menos custosa e mais dinâmica, pois na Compu-

tação em Nuvem, o investimento de capital é feito de forma gradual e de acordo com

a demanda e não antecipada, e os serviços são contratados e disponibilizados de

forma ágil. Podemos falar ainda que a Computação em Nuvem propõe a “comoditi -

zação” dos serviços de informática nas áreas de software como serviço (SaaS), pla-

taforma como serviço (PaaS) e infraestrutura como serviço (IaaS), similar aos servi-

ços como telefonia, energia e outros. Há ainda um obstáculo referente a segurança

na nuvem, que seria como garantir o sigilo e a não perda de dados nas “mãos” de

terceiros, até em outros países e em vários data centers espalhados pelo mundo.

Esse Trabalho abriu novas possibilidades para nós que trabalhamos dire-

tamente com TI. Pudemos verificar que a computação está tomando novos rumos e

que quanto mais cedo tivermos conhecimento desses rumos mais portas se abrirão

e mais fácil se tornará o caminho que resolvemos trilhar nessa área.

Como trabalhos futuros tomamos caminhos distintos. Eu, Eduardo, preten-

do fazer, num primeiro momento, uma Pós-graduação em Gestão da Tecnologia de

Informação da FGV-RJ e um curso de especialização na Linguagem Java. E eu, Ali-

ne, pretendo fazer um Mestrado na área de Algoritmos e Métodos Numéricos, e pre-

65

tendo utilizar o estudo realizado deste trabalho para progredir na minha profissão

com o desenvolvimento de sistemas em Cloud Computing.

66

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