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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA, GESTÃO DE NEGÓCIOS E MEIO
AMBIENTE
MESTRADO PROFISSIONAL EM SISTEMAS DE GESTÃO
ANDRÉA PEREZ CORRÊA
CAPITAL PSICOLÓGICO POSITIVO:
Um estudo sobre a Psicologia Positiva no contexto organizacional
Niterói
2017
1
ANDRÉA PEREZ CORRÊA
CAPITAL PSICOLÓGICO POSITIVO:
Um estudo sobre a Psicologia Positiva no contexto organizacional
Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em
Sistemas de Gestão da Universidade Federal
Fluminense como requisito parcial para obtenção do
Grau de Mestre em Sistemas de Gestão. Área de
Concentração: Organizações e Estratégia. Linha
de Pesquisa: Sistema de Gestão pela QUALIDADE
TOTAL
Orientadora
Letícia Helena Medeiros Veloso D.Sc.
Niterói
2017
2
C824 Corrêa, Andréa Perez
Capital psicológico positivo: um estudo sobre a psicologia positiva no
contexto organizacional. / Andréa Perez Corrêa. - 2017
235 f.
Orientador: Letícia Helena Medeiros Veloso. D.Sc.
Dissertação (Mestrado em Sistemas de Gestão) – Universidade Federal
Fluminense. Escola de Engenharia, 2017.
Bibliografia: f. 228-235.
1. Psicologia positiva. 2. Comportamento organizacional positivo. 3. Capital
psicológico positivo. I. Título.
CDD 158.1
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Dedico este trabalho aos pesquisadores dos aspectos
positivos dos indivíduos, visando à melhoria da
felicidade em nossa sociedade.
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AGRADECIMENTOS
A algumas pessoas é preciso expressar a minha gratidão por terem contribuídos de alguma
forma em em algum momento da trajetória deste trabalho:
À minha orientadora Letícia Helena Medeiros Veloso que, desde o início, acolheu o tema do
capital psicológico positivo, esteve presente em todos os momentos em que precisei de sua
colaboração, me orientou de forma clara, objetiva, precisa, técnica, mas, acima de tudo
atenciosa, motivadora e acreditando em minha potencialidade para o desenvolvimento deste
estudo, gerando o aumento do nível de meu capital psicológico positivo de forma congruente
com a temática deste estudo.
Aos professores que conduziram as disciplinas, permitindo que novos conhecimentos sobre a
gestão organizacional já passassem a fazer parte de minha conduta de trabalho.
Ao Prof. Osvaldo Quelhas D.Sc. , por ter me incentivado desde o início do curso a prosseguir
com as temáticas voltadas à observação dos aspectos positivos dos recursos humanos e das
organizações.
Aos membros da minha banca de qualificação, professores: Marcelo Jasmin Meiriño, D.Sc.,
Mirian Picinini Mexas, D.Sc. e Helder Gomes Costa D.Sc., por todas as recomendações,
comentários e feedbacks técnicos, mas acima de tudo, delicados e respeitosos, que permitiram
o enriquecimento deste trabalho.
Ao Prof. Helder Gomes Costa, D.Sc. por toda a sua generosidade em suas observações sobre a
minha conduta e desempenho discente, que me nutriram de confiança durante o curso e após a
qualificação.
Ao colega de turma Emerson Antunes Coimbra e servidor da Comissão Nacional de Energia
Nuclear – CNEN, que viabilizou a divulgação da pesquisa deste trabalho, utilizando os correios
eletrônicos de todas as unidades, com rapidez e muita atenção.
Ao colega de turma Getúlio Ramos Júnior e servidor da Comissão Nacional de Energia Nuclear
– CNEN, que me auxiliou na formatação deste trabalho em sua construção escrita, de forma
generosa e empática.
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Ao colega de turma Ricardo Nicoll pela parceria que mantivemos ao longo de todo o curso,
com relação a trocas, interpretações, dicas, trabalhos em conjunto, conselhos e tudo que uma
relação de amizade pode colaborar em prol da realização de um projeto.
À doutoranda do Laboratório de Tecnologia, Gestão de negócios e Meio Ambiente da
Universidade Federal Fluminense, Jéssica Galdino, que preparou, com qualidade técnica
elevada, os relatórios estatísticos deste trabalho.
Aos gestores do Instituto de Radioproteção e Dosimetria – IRD, ao meu chefe Jayme Garcia
pela oportunidade, apoio e cooperação para a realização e conclusão do curso e à instituição
Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN pela abertura da turma do mestrado.
Aos meus colegas de turma pela amizade, incentivo, apoio, carinho e longas conversas de
feedbacks, que tornaram o curso ainda mais gratificante.
A minha família, compreensiva e incentivadora em todos os momentos em que precisei me
ausentar para o desenvolvimento deste trabalho ao longo dos últimos meses, e que não foram
poucos, sem a qual, eu não teria chegado a este momento.
Minha gratidão maior a todas as entidades e seres espirituais que, com sua energia, me
fortaleceram, inspiraram, guiaram e me fizeram manter a minha fé de que tudo daria certo.
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“O melhor que podes fazer pelos demais não
é mostrar-lhes a tua riqueza, mas sim fazê-los ver
sua própria riqueza”.
Goethe
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RESUMO
Ainda é perceptível nos tempos atuais uma ausência de foco nos aspectos positivos dos
indivíduos e uma atenção ainda concentrada numa modelagem de liderança voltada para
saneamento de déficits de competências. Nesse contexto, as pesquisas da Psicologia Positiva
surgem com seus métodos cientificamente rigorosos, aprofundando o estudo dos aspectos
positivos das pessoas e sobre uma vida mais significativa e com maior bem-estar. Diante disso,
a área do comportamento organizacional constata a possibilidade de migrar para seu arcabouço
teórico as descobertas sobre os benefícios comprovados pela Psicologia Positiva e constrói a
modelagem do Comportamento Organizacional Positivo, onde o capital psicológico positivo -
PsyCap, com seus quatro componentes – esperança, otimismo, autoeficácia e resiliência-
surgem como um desdobramento dos capitais do ambiente organizacional, colaborando com
uma abordagem mais positiva no contexto do trabalho. Nesse cenário, o objetivo geral desse
estudo é, no contexto organizacional brasileiro, mais especificamente na instituição pública
Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN, identificar qual a opinião dos servidores e
terceirizados – líderes ou liderados - sobre os possíveis benefícios, que uma postura voltada
para o foco e o desenvolvimento do PsyCap pode trazer para o trabalho, verificando se a teoria
sobre o tema se confirma ou diverge ao final deste estudo. Para o atingimento deste objetivo,
foi desenvolvida uma pesquisa exploratória, levando-se em consideração a embrionária
aplicação do tema capital psicológico positivo no Brasil, o que permitiu uma análise do
fenômeno de forma mais investigativa. Por meio de uma pesquisa on line, sugerida com
participação voluntária ao universo de 2.959 servidores e terceirizados de todas as unidades da
CNEN, foi aplicado questionário de pesquisa com perguntas elaboradas com base na revisão da
literatura, tendo sido alcançada uma amostra de 232 respondentes. Os dados estatísticos
permitiram chegar a resultados generalizáveis de que há uma percepção positiva por parte dos
respondentes sobre a aplicabilidade do PsyCap, no que tange aos benefícios que podem trazer
ao trabalho, sobre a geração de benefícios com a aplicação de uma intervenção/treinamento
com essa temática e sobre a aptidão de lideres no trato de uma abordagem com PsyCap. Além
disso, foram identificados os componentes individuais e do trabalho que podem favorecer o
aumento dos índices do Psycap e como o índice de PsyCap dos líderes pode favorecer e em que
termos o ambiente de trabalho em algumas variáveis. O presente estudo traz enorme
contribuição para: uma possível aplicabilidade de iniciativas no ambiente organizacional da
CNEN e provavelmente em outras instituições com perfil similar; conhecimento para a
construção de um modelo de intervenção/treinamento customizada aos ambientes do serviço
público federal que possam vir a ser generalizáveis em outras empresas com configuração
distinta; a geração de novos conhecimentos sobre o PsyCap no contexto nacional e incentivo a
novas pesquisas acadêmicas com a temática do PsyCap no Brasil.
Palavras-chave: Psicologia positiva. Comportamento organizacional positivo. Capital
psicológico positivo.
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ABSTRACT
A lack of focus on the positive aspects of individuals is still perceptible, and attention is still
focused on leadership modeling, aimed at sanitizing skills deficits. In this context, Positive
Psychology research emerges with its scientifically rigorous methods, deepening the study of
positive aspects of people and a more meaningful and well-being life. Thus, the area of
organizational behavior shows the possibility of migrating to its theoretical framework the
findings about the benefits of Positive Psychology and builds the Positive Organizational
Behavior modeling, where positive psychological capital - PsyCap, with its four components -
hope, Optimism, self-efficacy, and resilience-emerged as an unfolding of the capitals of the
organizational environment, collaborating with a more positive approach in the context of work.
In this scenario, the general objective of this study is, in the Brazilian organizational context,
more specifically in the public institution CNEN, to identify the opinion of the servers and
outsourced - leaders or commanded - about the possible benefits that a posture focus and
development of PsyCap can bring to the work, checking whether the theory on the topic is
confirmed or diverges at the end of this study. To achieve this objective, an exploratory research
was developed, taking into account the embryonic application of the positive psychological
capital theme in Brazil, which allowed an analysis of the phenomenon in a more investigative
way. Through an online survey, suggested with voluntary participation to the universe of 2,959
servers and outsourced of all the units of CNEN, a questionnaire of research was applied with
questions elaborated based on the literature review, having been reached a sample of 232
respondents. The statistical data allowed us to reach generalizable results that there is a positive
perception by the respondents about the applicability of PsyCap, regarding the benefits that can
bring to work, about the generation of benefits with the application of an intervention / training
with this And on the aptitude of leaders in dealing with a PsyCap approach. In addition, we
identified the individual and work components that may favor the increase of the Psycap
indexes and how the PsyCap index of the leaders can favor and in what terms the work
environment in some variables. The present study presents a great help for: the possible
applicability of initiatives in the organizational environment of CNEN and probably in other
institutions with similar profile; Knowledge for the construction of a model of intervention /
personalized training for the environments of the federal public service that can be generalizable
in other companies with different configuration; The generation of new knowledge about
PsyCap in the national context and the encouragement of new academic research with PsyCap
in Brazil.
Keywords: Positive psychology. Positive organizational behavior. Positive psychological
capital.
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Expansão do capital para vantagem competitiva ............................................. 20
Figura 2: Continuum de estados e traços. ........................................................................ 40
Figura 3: Mapeamento de publicações encontradas, resumos analisados e publicações
utilizadas. ......................................................................................................................... 63
Figura 4: Variáveis consideradas nas análises ............................................................... 105
Figura 5: Análises programadas, testadas e seus objetivos .......................................... 107
Figura 6: Análise de Pareto – Questão Q3.1 ................................................................. 114
Figura 7: Análise de Frequência – Questão Q3.1 .......................................................... 115
Figura 8: Análise de Pareto – Questão Q3.4 ................................................................. 115
Figura 9: Análise de Frequência – Questão Q3.4 .......................................................... 116
Figura 10: Análise de Pareto – Questão Q3.2 ............................................................... 117
Figura 11: Análise de Frequência – Questão Q3.2 ........................................................ 118
Figura 12: Resultado da Análise descritiva via BoxPlot – Questão Q3.3 ..................... 119
Figura 13: Análise de Pareto – Questão Q3.5 ............................................................... 124
Figura 14: Análise de Frequência – Questão Q3.5 ........................................................ 125
Figura 15: Resultado da Análise descritiva via BoxPlot – Questão Q3.3 ..................... 126
Figura 16: Análise de Pareto – Questão Q3.7 ............................................................... 129
Figura 17: Análise de Frequência – Questão Q3.7 ........................................................ 130
Figura 18: Dados comparativos de respostas positivas e negativas das questões Q3.1,
Q3.2, Q3.3, Q3.4, Q3.5, Q3.7 ........................................................................................ 131
Figura 19: Representação da Nuvem de Palavras das Características Individuais –
Questão Q3.8 ................................................................................................................. 132
Figura 20: Análise de Frequência via Gráfico de Barras das indicações de características
individuais – Questão Q3.8 ........................................................................................... 132
Figura 21: Representação da Nuvem de Palavras das características do trabalho –
Questão Q3.8 ................................................................................................................. 134
Figura 22: Análise de Frequência via Gráfico de Barras das indicações de características
do trabalho – Questão Q3.8 ........................................................................................... 134
Figura 23: Análise de Pareto de características individuais – Questão Q3.8 ................ 140
Figura 24: Análise de Pareto de características do trabalho – Questão Q3.8 ................ 143
Figura 25: Estatística descritiva do nível do PsyCap (Q1.1) dos Respondentes ........... 147
Figura 26: Estatística descritiva do nível da esperança (Q1.2) dos respondentes ......... 148
11
Figura 27: Estatística descritiva do nível da autoeficácia(Q1.3) dos respondentes....... 148
Figura 28: Estatística descritiva do nível da resiliência(Q1.4) dos respondentes ......... 149
Figura 29: Estatística descritiva do nível da otimismo (Q1.5) dos respondentes .......... 149
Figura 30: Histograma simples dos respondentes Servidor “Líder/Liderado” .............. 151
Figura 31: Análise de Frequência de Variáveis( Histograma) Q3.2.............................. 152
Figura 32: Análise de Frequência de Variáveis( Histograma) Q3.4.............................. 152
Figura 33: Análise de Frequência de Variáveis( Histograma) Q3.5.............................. 153
Figura 34: Análise de Frequência de Variáveis( Histograma) Q3.7.............................. 153
Figura 35: Tabela de Qui-quadrado de Pearson Q2.1 ................................................... 154
Figura 36: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Q2.2 com Q3.1 .......... 156
Figura 37: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Q2.2 com Q3.2 .......... 157
Figura 38:Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Q2.2 com Q3.4 ........... 157
Figura 39: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Q2.2 com Q3.5 .......... 158
Figura 40: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Q2.2 com Q3.7 .......... 158
Figura 41: Tabela de Qui-quadrado de Pearson Q2.2 ................................................... 160
Figura 42: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) PsyCap com Q3.1 ...... 162
Figura 43: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) PsyCap com Q3.2 ...... 163
Figura 44: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) PsyCap com Q3.4 ...... 163
Figura 45: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) PsyCap com Q3.5 ...... 164
Figura 46: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) PsyCap com Q3.7 ...... 164
Figura 47: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Esperança (Q1.2) com
Q3.1 ............................................................................................................................... 166
Figura 48:Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Esperança (Q1.2) com
Q3.2 ............................................................................................................................... 166
Figura 49: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Esperança (Q1.2) com
Q3.4 ............................................................................................................................... 167
Figura 50: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Esperança (Q1.2) com
Q3.5 ............................................................................................................................... 167
Figura 51: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Esperança (Q1.2) com
Q3.7 ............................................................................................................................... 168
Figura 52: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Autoeficácia (Q1.3) com
Q3.1 ............................................................................................................................... 169
Figura 53: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Autoeficácia (Q1.3) com
Q3.2 ............................................................................................................................... 170
12
Figura 54: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Esperança( Q1.3) com
Q3.4 ............................................................................................................................... 170
Figura 55: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Autoeficácia (Q1.3) com
Q3.5 ............................................................................................................................... 171
Figura 56: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Autoeficácia (Q1.3) com
Q3.7 ............................................................................................................................... 171
Figura 57: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Resiliência (Q1.4) com
Q3.1 ............................................................................................................................... 173
Figura 58: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Resiliência (Q1.4) com
Q3.2 ............................................................................................................................... 173
Figura 59: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Resiliência (Q1.4) com
Q3.4 ............................................................................................................................... 174
Figura 60: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Resiliência (Q1.4) com
Q3.5 ............................................................................................................................... 174
Figura 61: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Resiliência (Q1.4) com
Q3.7 ............................................................................................................................... 175
Figura 62: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Otimismo (Q1.5) com
Q3.1 ............................................................................................................................... 176
Figura 63: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Otimismo (Q1.5) com
Q3.2 ............................................................................................................................... 177
Figura 64: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Otimismo (Q1.5) com
Q3.4 ............................................................................................................................... 177
Figura 65: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Otimismo (Q1.5) com
Q3.5 ............................................................................................................................... 178
Figura 66: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Otimismo (Q1.5) com
Q3.7 ............................................................................................................................... 178
Figura 67: Tabela de qui-quadrado de Pearson Q1.1 a Q1.5 ......................................... 180
Figura 68: Frequência entre variáveis (Histograma) PsyCap(Q1.1) e Q2.1 .................. 184
Figura 69: Frequência entre variáveis (Histograma) e Esperança (Q1.2) e Q2.1 .......... 184
Figura 70: Frequência entre variáveis (Histograma) Autoeficácia (Q1.3) e Q2.1 ........ 185
Figura 71: Frequência entre variáveis (Histograma) Resiliência (Q1.4) e Q2.1 ........... 185
Figura 72: Frequência entre variáveis (Histograma) Otimismo(Q1.5) e Q2.1 .............. 186
Figura 73: Frequência entre variáveis (Histograma) PsyCap (Q1.1) e Q2.1. ................ 187
Figura 74: Frequência entre variáveis (Histograma) Esperança (Q1.2) e Q2.1. .......... 187
13
Figura 75: Frequência entre variáveis (Histograma) Autoeficácia (Q1.3) e Q2.1. ....... 188
Figura 76: Frequência entre variáveis (Histograma) resiliência (Q1.4) e Q2.1. ........... 188
Figura 77: Frequência entre variáveis (Histograma) Esperança (Q1.5) e Q2.1. .......... 189
Figura 78: Tabela de Qui-quadrado de Pearson Q2.1 ................................................... 190
Figura 79: Correlação entre Varáveis Q2.1 com PsyCap Q1.1. e Construtos Q1.2 a
Q1.5 ............................................................................................................................... 191
Figura 80: Análise de Frequência de Variáveis( Histograma) Q2.2 com
PsyCap(Q1.1) ................................................................................................................ 192
Figura 81: Análise de Frequência de Variáveis( Histograma) Q2.2 com Esperança
(Q1.2) ............................................................................................................................. 192
Figura 82: Análise de Frequência de Variáveis( Histograma) Q2.2 com Autoeficácia
(Q1.3) ............................................................................................................................. 193
Figura 83: Análise de Frequência de Variáveis( Histograma) Q2.2 com Resiliência
(Q1.4) ............................................................................................................................. 193
Figura 84: Análise de Frequência de Variáveis( Histograma) Q2.2 com
Otimismo(Q1.5) ............................................................................................................. 194
Figura 85: Análise de Frequência de Variáveis( Histograma) Q2.2 com PsyCap
(Q1.1) ............................................................................................................................. 195
Figura 86: Análise de Frequência de Variáveis( Histograma) Q2.2 com Esperança
(Q1.2) ............................................................................................................................. 195
Figura 87: Análise de Frequência de Variáveis( Histograma) Q2.2 com Autoeficácia
(Q1.3) ............................................................................................................................. 196
Figura 88: Análise de Frequência de Variáveis( Histograma) Q2.2 com Resiliência
(Q1.4) ............................................................................................................................. 196
Figura 89: Análise de Frequência de Variáveis( Histograma) Q2.2 com Otimismo
(Q1.5) ............................................................................................................................. 197
14
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Necessidades da nova abordagem do comportamento organizacional. .......... 35
Quadro 2: As Características de Otimistas e Pessimistas diante de Situações Adversas 50
Quadro 3: As Características de Otimistas e Pessimistas diante de Bons
Acontecimentos ............................................................................................................... 51
Quadro 4: Referências utilizadas – Anos de 2016 a 2008 ............................................... 64
Quadro 5: Uso de Medições de PsyCap - base revisão da literatura. .............................. 99
Quadro 6: Fundamentação da formulação das questões da Parte Q3 do Formulário de
Pesquisa. ........................................................................................................................ 100
Quadro 7: Análises realizadas, codificação e questões relacionadas. ........................... 110
Quadro 8: Estruturação da Ordenação da análise dos dados da pesquisa ..................... 111
Quadro 9: Análise de frequência do Nível Hierárquico ................................................ 112
Quadro 10: Análise de frequência da unidade CNEN de lotação dos respondentes ..... 113
Quadro 11: Código de Benefícios com Intervenção/treinamento ................................ 118
Quadro 12: Resultados do Teste de hipótese de uma proporção via p-valor – Questão
Q3.3 ............................................................................................................................... 120
Quadro 13: Matriz de Concordância do benefícios de intervenção/treinamento– Questão
Q3.3 ............................................................................................................................... 122
Quadro 14: Ranking da Análise Multicritério à decisão (PROMETHEE II)– Questão
Q3.3 ............................................................................................................................... 123
Quadro 15: Código de Benefícios com Líder com PsyCap mais alto ........................... 125
Quadro 16: Resultados do Teste de hipótese de uma proporção via p-valor – Questão
Q3.6 ............................................................................................................................... 127
Quadro 17: Matriz de Concordãncia – Questão Q3.6 ................................................... 128
Quadro 18: Ranking da Análise Multicritério à decisão (PROMETHEE II)– Quetão
Q3.6 ............................................................................................................................... 128
Quadro 19: Análise de Pareto com a frequência de indicações de características
individuais – Questão Q3.8 ........................................................................................... 132
Quadro 20: Análise de Pareto com a frequência de indicações de características do
trabalho – Questão Q3.8 ................................................................................................ 135
Quadro 21: Resultados do Teste de hipótese de uma proporção via p-valor para
características individuais– Questão Q3.8 ..................................................................... 136
15
Quadro 22: Resultados do Teste de hipótese de uma proporção via p-valor para
características do trabalho– Questão Q3.8 .................................................................... 138
Quadro 23: Código de características individuais – Questão Q3.8 ............................... 140
Quadro 24: Matriz de Concordância das características individuais– Questão Q3.8 .... 141
Quadro 25: Ranking da Análise Multicritério à decisão (PROMETHEE II) das
características individuais – Questão Q3.8 .................................................................... 142
Quadro 26: Código de características do trabalho – Questão Q3.8 ............................... 143
Quadro 27: Matriz de Concordância das características do trabalho– Questão Q3.8 ... 145
Quadro 28: Ranking da Análise Multicritério à decisão (PROMETHEE II) das
características do trabalho– Questão Q3.8 .................................................................... 146
Quadro 29: Tabela de Correlação de Pearson Q2.1....................................................... 155
Quadro 30: Tabela de Correlação de Pearson Q2.2....................................................... 161
Quadro 31 - Tabela de Correlação de Pearson com as variáveis indicadas .................. 182
Quadro 32: Tabela de Qui-quadrado de Pearson Q2.2 .................................................. 198
Quadro 33: Tabela de Correlação de Pearson Q2.2....................................................... 199
Quadro 34: Critérios de seleção para Q3.9 e Q3.10 ...................................................... 200
Quadro 35: Passos para a Análise de Conteúdo das Q3.9 e Q3.10 ............................... 200
Quadro 36: Critérios de seleção para Q3.9. ................................................................... 202
Quadro 37:Categorias de sugestões apontados pelos respondentes a Q3.9 ................... 202
Quadro 38: Critérios de seleção para Q3.9 e Q3.10 ...................................................... 203
16
LISTA DE SIGLAS
AN Análise
CHOSE Confidence/Hope/Optimism/Subjective well-being/ Emotional Intelligence
CPC Compound PsyCap Scale
COP Comportamento Organizacional Positivo
CNEN Comissão Nacional de Energia Nuclear
HERO Hope/Efficacy/Resilience/Optimism
IRD Instituto de Radioproteção e Dosimetria
I-PCQ Implicit PsyCap Questionnaire
PCI Psychological Capital Intervention
POB Positive Organizational Behavior
PPQ Chinese Positive PsyCap Questionnaire
PsyCap Positive Psychological Capital
PCQ PsyCap Questionnaire
ROI Return on Investiment
17
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 19
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO ............................................................................................ 19
1.2 PROBLEMA DE PESQUISA ...................................................................................... 20
1.3 OBJETIVO GERAL ..................................................................................................... 22
1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ....................................................................................... 22
1.5 PERGUNTAS DA PESQUISA .................................................................................... 23
1.6 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DA PESQUISA ................................................ 24
1.7 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA ................................................................................ 25
1.8 SÍNTESE DAS ETAPAS DA PESQUISA .................................................................. 26
1.9 ESTRUTURA DO TRABALHO ................................................................................. 26
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 28
2.1 PSICOLOGIA POSITIVA ........................................................................................... 28
2.2 FENÔMENO ORGANIZACIONAL POSITIVO ........................................................ 31
2.3 COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL POSITIVO .......................................... 34
2.4 CAPITAL PSICOLÓGICO POSITIVO ....................................................................... 39
2.4.1 Esperança ...................................................................................................................... 45
2.4.2 Otimismo ...................................................................................................................... 48
2.4.3 Autoeficácia .................................................................................................................. 52
2.4.4 Resiliência ..................................................................................................................... 56
3 REVISÃO DA LITERATURA .................................................................................. 61
3.1 LEVANTAMENTO E DADOS ESTATÍSTICOS DAS PUBLICAÇÕES ................. 61
3.2 APRESENTAÇÃO, CONFRONTAÇÃO E ANÁLISE DE TODAS AS
PUBLICAÇÕES UTILIZADAS .................................................................................. 67
4 METODOLOGIA ....................................................................................................... 95
4.1 ARQUITETURA METODOLÓGICA ......................................................................... 96
4.1.1 Universo e Amostra da Pesquisa .................................................................................. 96
4.1.2 Local, data e procedimentos de coleta .......................................................................... 97
4.1.3 Instrumentos de Pesquisa e Efetivação da Coleta de Dados ......................................... 98
4.1.4 Limitações do Método. ............................................................................................... 103
4.1.5 Tratamento de dados ................................................................................................... 104
5 RESULTADOS DA ANÁLISE DE DADOS .......................................................... 107
5.1 RESULTADOS DA ANÁLISE QUANTITATIVA DE DADOS ............................. 107
18
5.2 RESULTADOS DA ANÁLISE QUALITATIVA DE DADOS ................................ 199
6 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 205
ANEXOS ............................................................................................................................... 212
ANEXO 1 AMOSTRA DO QUESTIONÁRIO DE CAPITAL PSICOLÓGICO
POSITIVO .................................................................................................................. 212
APÊNDICES ......................................................................................................................... 213
APÊNDICE 1 MENSAGEM POR EMAIL CONVIDANDO PARA PARTICIPAÇÃO
NA PESQUISA .......................................................................................................... 213
APÊNDICE 2 MODELO DE QUESTIONÁRIO DE PESQUISA ........................................ 214
APÊNDICE 3 RELAÇÃO ENTRE QUESTÃO E VARIÁVEL ........................................... 222
APÊNDICE 4 VALOR DE PSYCAP E CONSTRUCTOS POR RESPONDENTE ............. 224
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 229
19
1 INTRODUÇÃO
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Com advento dos estudos da Psicologia Positiva, que em sua concepção já incluiu como
um de seus pilares as organizações positivas – reconhecendo que pessoas e experiências estão
incorporadas num contexto social (CSIKSZENTMIHALYI & SELIGMAN, 2000) –
pesquisadores, estudiosos, praticantes e profissionais de recursos humanos começaram a se
esforçar em construir, sustentar e incorporar as abordagens e os princípios desses estudos em
seu trabalho e em suas organizações (GARCEA; HARRINGTON; LINLEY, 2013).
Após sua divulgação, segundo Davis (2013), percebeu-se que a ciência da Psicologia
Positiva poderia ser traduzida para aplicações no ambiente organizacional. Tanto sua teoria
como suas pesquisas poderiam beneficiar o ambiente de trabalho, para indivíduos, equipes e
organizações como um todo. Isso fez com que fossem realizadas adaptações dos resultados das
pesquisas da Psicologia Positiva para o mundo dos negócios e das organizações (DAVIS, 2013).
Isso porque a Psicologia Positiva oferece um princípio organizado de como se enxerga
tanto as organizações como os seus colaboradores. Ela oferece um framework para uma
abordagem de questões organizacionais que esteja focada no que há de melhor, ajudando na
criação de condições que favoreçam o florescimento. Oferece um olhar nas qualidades das
pessoas no mundo organizacional que as permite serem bem-sucedidas no que fazem, no bem-
estar que alcançam, executando suas atividades, e no significado e satisfação que dão coerência
e direção a suas tarefas ao longo de seu percurso profissional; isso, por sua vez, permite uma
perspectiva diferente sobre como gerenciar e desenvolver pessoas (LINLEY; HARRINGTON
& GARCEA, 2013).
Esse interesse gerou da mesma forma, uma análise do fenômeno positivo nas
organizações, resultando numa busca por um olhar mais positivo da vida organizacional,
desencadeando diversas pesquisas voltadas para o entendimento da excelência humana e da
performance excepcional das empresas, visando trazer para este ambiente os benefícios que
estavam sendo identificados na vida das pessoas a partir dos estudos sobre felicidade,
qualidades humanas e uma vida tida como ótima.
Considerando essas afirmações - de que os resultados das pesquisas que compõem a
Psicologia Positiva têm aplicabilidade pertinente no contexto organizacional, segundo a
literatura existente sobre o tema – apresenta-se uma proposta de trabalho voltada para a gestão
estratégica de pessoas, para compor um projeto de pesquisa.
20
1.2 PROBLEMA DE PESQUISA
As pessoas e sua importância nos processos organizacionais são foco de estudo na
gestão estratégica e, apesar de algumas questões serem prioritárias nas organizações
contemporâneas - a exemplo da competitividade global - a premissa básica no campo do
comportamento organizacional, em geral, é que o gerenciamento de pessoas – os recursos
humanos de uma organização – tem sido, é, e continuará sendo o principal desafio e a vantagem
competitiva crítica. Outros aspectos como globalização, diversidade e ética certamente podem
servir como importantes dimensões ambientais e contextuais para o comportamento
organizacional (LUTHANS, 2011). Nas palavras de Bill Gates, destaca-se sua afirmação: “o
ativo mais importante da minha companhia saia pela porta todas as noites”, reconhecendo que
o conhecimento coletivo e as habilidades de seus empregados representam uma competência
distintiva que deu valor à Microsoft (LUTHANS; LUTHANS, LUTHANS, 2004).
Partindo dessa afirmativa, segundo Luthans (2011, p. 6), cabe esclarecer que, os
“empregados eram considerados como um custo, depois como recursos humanos, e agora estão
se tornando amplamente reconhecidos como capital humano (o que você sabe – educação,
experiência e habilidades).” Como ele afirma, “pesquisas indicam que investir em capital
humano resulta em resultados desejados de performance como aumento de produtividade e
satisfação de clientes.” Além do capital humano:
os empregados mais recentemente, são identificados como capital social (quem você
conhece – networks, conexões, amigos) e o capital psicológico positivo (quem você é
– autoeficácia, resiliência, esperança e otimismo) e (quem você é em termos de
autoeficácia, resiliência, otimismo e esperança e, ainda mais importante, quem você
pode se tornar.) (LUTHANS, 2011, p. 6).
Na Figura 1, apresenta-se esse desdobramento construído para a expansão do “capital”
para a vantagem competitiva:
Figura 1: Expansão do capital para vantagem competitiva
CAPITAL
ECONÔMICO
TRADICIONAL
CAPITAL
HUMANO
CAPITAL
SOCIAL
CAPITAL
PSICOLÓGICO
POSITIVO
21
O que você tem O que você sabe O que você
conhece O que você é
. Financeiro
.Ativos
Tangíveis
(equipamentos,
patentes, dados)
.Experiência
.Educação
.Habilidades
.Conhecimento
.Ideias
.Relacionamentos
. Network de
contatos
. Amigos
.Confiança
.Esperança
.Otimismo
.Resiliência
Fonte: LUTHANS, Fred; LUTHANS, Kyle & LUTHANS, Brett C. Positive Psychological Capital: Beyond
human and social capital. Business Horizons. 2004a. Conteúdo reproduzido na íntegra, com tradução livre, para
o português do original em inglês.
Luthans, Youssef e Avolio (2015) consideram que o capital psicológico positivo -
PsyCap não surge para substituir os demais capitais, apontados no quadro, mas entra na
“equação de capitais” para permitir uma vantagem competitiva, interagindo com os demais para
promover a otimização de todos os capitais. (LUTHANS; YOUSSEF; AVOLIO, 2015)
Desde o início dos primeiros estudos que essa vantagem competitiva já era considerada,
mas a ideia nunca foi de negar as abordagens dos capitais tradicional, humano ou social, mas
sim de mostrar a sua contribuição e a necessidade de se instituir uma nova forma de orientação
estratégica (LUTHANS & YOUSSEF, 2004).
Com a evolução desse olhar sobre as pessoas que atuam no contexto organizacional e
considerando os estudos da Psicologia Positiva, algumas vertentes foram se estruturando e uma
das que emergiram neste movimento foi a chamada Positive Organizational Behavior ou
simplesmente POB (em português com tradução livre: Comportamento Organizacional Positivo
- COP) que foca em aspectos do nível micro das questões relativas ao desenvolvimento e
performance dos empregados, que é uma nova abordagem do comportamento organizacional
desenhada do movimento da Psicologia Positiva, cujo termo POB foi cunhado por Luthans em
2002. (LUTHANS, 2002; LUTHANS, 2011).
Os autores precursores desse tema partiram para a construção da teoria, condução de
pesquisas e o desenvolvimento de intervenções do que definiram como capital psicológico
positivo, ou também usado apenas como capital psicológico ou PsyCap, tendo como principais
componentes, a esperança, o otimismo, a autoeficácia e a resiliência, todos entendidos como
recursos humanos valiosos para o contexto organizacional. (LUTHANS, 2011).
Devido ao vultoso crescimento de tais estudos em vários países do mundo, a introdução
de forma mais focal do tema do PsyCap nas instituições brasileiras pode ser um campo fértil
22
para análise, pesquisa e aprofundamento, independentemente, se no contexto público ou
privado. E, ainda, a pertinência do tema justifica-se pelos resultados das pesquisas no exterior
que qualificam a sua temática como válida e produtiva para a melhoria de inúmeros resultados
nas organizações, por meio de seus líderes e liderados, conforme é abordado ao longo deste
trabalho.
No Brasil, o que ainda se presencia, em especial, nas instituições públicas, é um perfil
de liderança em que o foco com relação aos recursos humanos concentra-se no saneamento de
deficiências para a conclusão das atividades componentes dos cargos que os servidores ocupam,
sem preocupação com as qualidades, forças ou talentos dessa mão de obra, cujos bem-estar e
engajamento no trabalho são absolutamente negligenciados, frente à urgência e priorização de
tarefas.
Diante de todo esse cenário, chega-se ao seguinte problema de pesquisa:
Quais seriam os benefícios para a organização se fosse reservada relevância ao
capital psicológico positivo dos recursos humanos tanto para líderes como para liderados?
1.3 OBJETIVO GERAL
Este trabalho de dissertação tem como objetivo geral, identificar os benefícios, na
percepção dos servidores e terceirizados – líderes ou liderados – que uma postura voltada para
o foco e o desenvolvimento do capital psicológico positivo pode trazer para o trabalho no
contexto organizacional brasileiro, mais especificamente na instituição pública Comissão
Nacional de Energia Nuclear – CNEN, verificando se a teoria sobre o tema se confirma ou
diverge ao final deste estudo.
Para construção e atingimento desse objetivo, este trabalho terá como foco o PsyCap,
concentrando a investigação, tanto na revisão da literatura como na pesquisa de campo, em
levantar dados que permitam refletir e tirar conclusões sobre a importância, em conjunto, da
esperança, do otimismo, da autoeficácia e da resiliência, como recursos humanos valiosos para
o contexto organizacional.
1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Com esse objetivo geral, pretende-se colaborar com a abordagem deste tema nas
organizações brasileiras, partindo de uma pesquisa que permita analisar a possibilidade do uso
e do desenvolvimento do capital psicológico positivo junto aos servidores e terceirizados. Nesse
23
sentido, pretende-se verificar se o uso do PsyCap é uma possibilidade favorecedora para
resultados mais significativos de performance, para melhores relações humanas no contexto
organizacional, para maior produtividade e, ainda, para a melhoria do bem-estar e da felicidade
de todas as pessoas da organização, considerando o uso de qualidades humanas valiosas e
positivas, e não apenas a atenção a gaps de competências, deficiências, problemas e do que vai
mal nos seres humanos.
Neste trabalho são abordados os seguintes objetivos específicos:
Avaliar o quanto os líderes se consideram aptos para atuar com o capital psicológico
dos liderados;
Levantar a predisposição dos pesquisados em desenvolver o seu PsyCap;
Identificar os benefícios que os recursos humanos consideram que poderiam ser
obtidos com um olhar para o capital psicológico, no caso de ser desenvolvido um
treinamento para a sua potencialização;
Verificar se os pesquisados consideram que um líder com capital psicológico
positivo mais elevado pode favorecer aos liderados ou ao trabalho e quais seriam os
benefícios obtidos;
Identificar quais características individuais ou características do trabalho que os
pesquisados consideram que podem favorecer o desenvolvimento do PsyCap de
líderes ou liderados; e
Identificar o nível de capital psicológico positivo dos líderes e liderados, servidores
ou terceirizados, para conhecer o perfil de PsyCap da amostra.
Os resultados obtidos a partir desses objetivos poderão gerar uma reflexão sobre uma
mudança de paradigma na gestão dos recursos humanos, com um olhar voltado para as
qualidades humanas e não para as deficiências, trazendo uma inovação à forma de condução
das equipes nas organizações.
1.5 PERGUNTAS DA PESQUISA
A pesquisa de campo proposta no presente trabalho, considerando a contextualização e
o problema de pesquisa, pretende responder às seguintes questões:
24
No contexto CNEN, quais são os potenciais benefícios que uma abordagem voltada
para as qualidades humanas positivas, com o capital psicológico positivo, pode
trazer na percepção de servidores e terceirizados, sejam líderes ou liderados?
Qual condição os gestores atuais apresentam que podem favorecer o uso do capital
psicológico positivo?
Que tipo de iniciativas de conduta podem favorecer o uso e o desenvolvimento do
capital psicológico positivo dos servidores e terceirizados?
1.6 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DA PESQUISA
O presente trabalho se justifica, considerando as seguintes questões:
Os estudos e pesquisas científicas da Psicologia Positiva têm aplicabilidade no
contexto organizacional.
O crescimento do estudo do capital psicológico positivo e sua consideração no
contexto organizacional se intensificam em outros países e em diversos segmentos
como empresas, universidades, e centros de pesquisa. Segundo Luthans, Youssef e
Avolio (2015), desde o lançamento do livro Psychological Capital- Developing the
Human Competitive Edge em 2007, houve um crescimento exponencial em
pesquisas, teoria e prática dos construtos positivos, mas, em especial, do PsyCap. E
os resultados obtidos, baseados em evidências, demonstram que o PsyCap prediz de
melhor forma os resultados desejados, que cada uma das quatro características
tomadas isoladamente. E essas evidências não se restringem apenas aos Estados
Unidos, mas a diversos lugares do mundo onde foram realizadas pesquisas, tais
quais: China, Coréia, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Romênia, Vietnam,
Paquistão, Portugal e Egito (LUTHANS, YOUSSEF e AVOLIO, 2015). No item
Revisão da Literatura desta dissertação, discorre-se sobre essas pesquisas e
resultados alcançados nos últimos anos.
Um estudo que favoreça uma abordagem sobre recursos humanos justifica-se pela
sua importância ao sucesso organizacional. Ainda, hoje, essa visão se mantém
pertinente e essencial. Por isso reportar-se a afirmações sobre o tema continua atual:
nas palavras do fundador do Wal-Mart, San Walton, por exemplo, quando
questionado sobre as organizações de sucesso ele respondeu: “As pessoas são a
chave” (LUTHANS, 2011).
25
A importância e os benefícios do bem-estar e da atenção aos aspectos positivos no
ambiente organizacional melhoram a atuação dos recursos humanos e
consequentemente favorecem a qualidade dos processos organizacionais. Na nova
dinâmica dos mercados complexos, diversos profissionais em empresas desde área
de saúde até de finanças, constataram que a positividade aumenta a performance
individual e organizacional. (LUTHANS, YOUSSEF e AVOLIO, 2015). Segundo
o modelo ampliar-e-construir de Fredrickson (2001) - pesquisadora renomada na
área da Psicologia Positiva, cuja teoria é referenciada em diversos artigos sobre
PsyCap - a positividade amplia o repertório de pensamento-ação e constrói recursos
físicos, sociais e psicológicos, o que possibilita aos indivíduos e organizações
explorar melhor as possibilidades. (FREDRICKSON, 2001).
Uma abordagem organizacional voltada para uma maior atenção às qualidades
humanas positivas dos recursos humanos vem tomando o lugar do foco em
deficiências e gaps de competências. Numerosos gerentes e consultores corporativos
têm identificado evidências de que o PsyCap pode ser um substituto de alta
qualidade ou um complemento para os modelos usuais de desenvolvimento dos
recursos humanos ou gerenciamento de performance, utilizando intervenções do
PsyCap para suas práticas como líderes e consultores. (LUTHANS, YOUSSEF e
AVOLIO, 2015).
A aplicação do capital psicológico positivo, em especial, nas instituições públicas
que, na maioria das vezes, apresentam orçamentos enxutos pode ser uma forma de
liderança, com melhoria de performance, com baixo custo. Diferentemente de
investimentos em capital financeiro e ativos tangíveis, o investimento e o
desenvolvimento do capital psicológico positivo podem requerer uma pequena
reserva monetária (LUTHANS, LUTHANS; LUTHANS, 2004).
Considerando os avanços que o tema do capital psicológico positivo já obteve em
pesquisas em outros países, esta dissertação poderá contribuir, no contexto brasileiro, com uma
forma de abordagem do tema, por meio de uma reflexão sobre uma forma de aplicabilidade em
prol do desenvolvimento dos recursos humanos, para uma nova postura organizacional mais
contextualizada aos estudos sobre a importância do bem-estar das pessoas.
1.7 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA
26
A pesquisa foi limitada aos servidores e terceirizados (recursos humanos contratados
por processos de terceirização), líderes/gestores ou liderados, da Comissão Nacional de Energia
Nuclear – CNEN, órgão da administração indireta do serviço público federal, tendo sido
realizada em duas semanas do mês de novembro de 2016, conforme especificado no item 4.1.2.
1.8 SÍNTESE DAS ETAPAS DA PESQUISA
De forma a responder às perguntas de pesquisas relacionadas aos objetivos geral e
específicos, foram realizadas as seguintes etapas para composição deste trabalho:
Fundamentação teórica com detalhamentos conceituais e descritivos, considerando
a especificidade dos temas que envolvem o assunto principal;
Revisão da literatura com vistas ao levantamento do estado da arte sobre a temática
do capital psicológico positivo que seja pertinente aos objetivos propostos;
Construção e teste do instrumento de coleta de dados;
Medição do nível do capital psicológico positivo dos pesquisados;
Realização da pesquisa por meio de questionário disponibilizado online pelo correio
eletrônico institucional das unidades da CNEN, utilizando-se a ferramenta Monkey-
Survey™;
Análise dos dados levantados, para verificação de pontos de contato ou divergentes
em relação à revisão da literatura, considerando-se a correlação entre variáveis.
1.9 ESTRUTURA DO TRABALHO
A estruturação deste trabalho é divida em cinco capítulos conforme a seguir:
Capitulo 1: Apresentação da introdução do trabalho, composta dos seguintes itens:
contextualização, problema de pesquisa, perguntas de pesquisa, objetivos geral e
específicos, justificativa e relevância da pesquisa, delimitação da pesquisa, síntese
das etapas da pesquisa e estrutura do trabalho;
Capítulo 2: Desenvolvimento da fundamentação teórica do tema foco deste trabalho,
apresentando a descrições de conceitos sobre psicologia positiva, fenômeno
organizacional positivo, comportamento organizacional positivo e capital
psicológico positivo, com detalhamentos das características psicológicas positivas
que o compõem;
27
Capítulo 3: Consolidação e análise dos dados levantados a partir da revisão da
literatura de publicações identificadas como pertinentes ao trabalho em periódico de
âmbito internacional, Scopus, para possibilitar a construção do instrumento a ser
utilizado nas entrevistas, para identificação do estado da arte do tema foco do
trabalho que permita a confrontação com os dados levantados na pesquisa de campo,
possibilitando uma análise consubstanciada e atual;
Capítulo 4: Descrição da metodologia delineada com especificação das suas etapas,
a saber: elaboração de instrumento para as entrevistas semiestruturadas, definição
de critérios para definição do universo e tamanho da amostra, a descrição da
efetivação da pesquisa exploratória de campo junto aos líderes; a confrontação e a
análise dos dados levantados na pesquisa de campo ;
Capítulo 5: Conclusão do trabalho com base na revisão da literatura e na pesquisa
de campo, apontando o alinhamento alcançado entre os dados obtidos com as
entrevistas e as perguntas e o problema de pesquisa, destacando o atingimento dos
objetivos geral e específicos, incluindo recomendações futuras;
28
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A presente fundamentação visa apresentar, de forma dissertativa, os conceitos dos temas
que podem contribuir à compreensão deste estudo.
Para tanto, foram identificados os autores ícones de forma a legitimar esta abordagem,
optando-se por desenvolver cada um dos temas separadamente, a fim de possibilitar a
facilitação da compreensão, considerando o grau de subjetividade que envolve as suas
definições.
Outro ponto levado em consideração para a elaboração deste item e que acabou por
influenciar a abordagem da Revisão da Literatura é que, em determinados aspectos, a
fundamentação teórica dos temas principais, a saber: comportamento organizacional positivo,
capital psicológico positivo, é composta por literatura muito recente, já que a conceituação
desses temas é muito nova ainda.
A conceituação do comportamento organizacional positivo ocorreu no ano de 2002 e o
do capital psicológico positivo a partir de 2004. Apesar de os temas relacionados às
características psicológicas positivas – esperança, otimismo, autoeficácia e resiliência já terem
literatura anterior a esses anos, a sua configuração como componentes do construto PsyCap, se
deu apenas a partir de 2004.
Por conta disso, optou-se por apresentar na conceituação dos temas deste trabalho uma
explanação que permita entender o seu desenvolvimento conceitual a partir de 2002 no caso do
POB, de 2004 no caso do PsyCap e os demais construtos, a partir das datas das obras
referenciadas como “marcos” para a sua concepção.
2.1 PSICOLOGIA POSITIVA
Em janeiro de 2000, com a publicação da “Special Issue on Happiness, Excellence, and
Optimal Human Functioning” no Journal of the American Psychological Association, tendo
como editores convidados Martin Seligman e Mihaly Csikszentmihalyi, foi instituído
formalmente o movimento da Psicologia Positiva, com o delineamento de um framework dessa
ciência para o entendimento e a construção de fatores que permitam aos indivíduos, às
comunidades e às sociedades florescerem (CSIKSZENTMIHALYI & SELIGMAN, 2000).
A Psicologia Positiva chega, neste momento, com a proposta de começar a catalisar uma
mudança no foco da Psicologia, daquilo que parecia ser uma preocupação única em reparar as
piores coisas da vida – intensificada após a Segunda Guerra Mundial devido ao volume de
29
situações pós-traumáticas dos ex-combatentes - para o esforço em dar também atenção à
construção das qualidades positivas.
Anteriormente a este momento histórico da guerra, a Psicologia tinha três missões
distintas: curar as doenças mentais; tornar a vida das pessoas mais plena e cheia de satisfação e
identificar e desenvolver talentos. Contudo, as duas primeiras missões acabaram sendo
negligenciadas, justificadamente, para poder concentrar as pesquisas e os estudos para os
distúrbios do pós-guerra (CSIKSZENTMIHALYI & SELIGMAN, 2000).
Psicologia não é apenas o estudo da fraqueza e do dano, mas ainda o das qualidades e
das virtudes humanas, considerando que tratar alguém não deve significar apenas consertar o
que está errado, mas nutrir o que há de melhor em cada pessoa (SELIGMAN, 1998).
Para Luthans (2002), neste sentido, a Psicologia Positiva emerge em função de não ter
sido dada a devida atenção aos pontos fortes, às características positivas das pessoas, que podem
fazer a vida valer à pena, sendo, dessa forma, uma reação a uma preocupação restrita aos
aspectos negativos e patológicos do funcionamento e do comportamento humano. (LUTHANS,
2002)
Para Csikszentmihalyi e Seligman (2000), a Psicologia Positiva é uma ciência:
- No nível subjetivo: das experiências positivas subjetivas, que inclui, no passado, o
bem-estar, o contentamento e a satisfação, no futuro, a esperança e o otimismo, e, no
presente, o engajamento (flow) e a felicidade;
- No nível individual: dos traços individuais positivos, que inclui capacidade e
vocação para amar, coragem, habilidade interpessoal, sensibilidade estética,
perseverança, perdão, originalidade, mente aberta, espiritualidade, talentos elevados
e sabedoria; e
- No nível de grupo: das instituições positivas que inclui as virtudes cívicas e as
instituições que levam as pessoas a uma melhor cidadania, como: responsabilidade,
altruísmo, civilidade, moderação, tolerância e trabalho ético. (CSIKSZENTMIHALY
& SELIGMAN, 2000, p. 5).
Segundo Solano e Solano e Perugini (2010; 2014), no First World Congress on Positive
Psychology em 2009, Seligman propôs em sua apresentação, o quarto pilar da Psicologia
Positiva: RELACIONAMENTOS POSITIVOS, tendo a sua origem nas pesquisas sobre o bem-
estar psicológico das pessoas extremamente sociáveis como as mais felizes. Contudo esse pilar
ainda tem poucos estudos e não está tão sistematizado como os pilares preliminares (SOLANO
& PERUGINI, 2010; 2014)
Com os três pilares originais, a Psicologia Positiva é definida como “o estudo das
condições e processos que contribuem para o florescimento e o funcionamento ótimo das
pessoas, dos grupos e das instituições.” (GABLE & HAIDT, 2005, p. 104).
30
Com esse mesmo enfoque, Snyder e Lopez (2009, p.17), afirmam que a Psicologia
Positiva “é o enfoque científico e aplicado da descoberta das qualidades das pessoas e da
promoção de seu funcionamento positivo” afirmam também que esta nova ciência e a sua
prática estão direcionadas para a identificação e o entendimento das virtudes e qualidades
humanas e, ainda, para colaborar para que as pessoas tenham vidas mais felizes e produtivas
(SNYDER & LOPEZ, 2009).
Tomando-se a conceituação do que vem a ser a Psicologia Positiva e os aspectos objetos
da abordagem de seus estudos, apresentados até este ponto, é possível deduzir o porquê da
inclusão do termo positiva na sua denominação. Contudo, partindo de todas essas afirmações
sobre a Psicologia Positiva, considera-se essencial, neste trabalho, uma reflexão mais
aprofundada e explícita acerca do significado do termo positivo (ou em sua forma feminina,
positiva), uma vez que pode ser interpretado, não apenas semanticamente, mas filosoficamente,
de muitas formas.
Apesar de as questões sobre o que vem a ser positivo possam originar inúmeras
discussões, psicólogos positivos, como Diener (2003), consideram três princípios básicos,
sugeridos pelo filósofo Brock (1993), pelos quais as pessoas julgam o que é bom e valioso:
1)As escolhas das pessoas são um indicativo do que é bom. (...) Se elas
consistentemente escolhem algo, elas devem pensar que isso é bom;
2)Nós também usamos os julgamentos e as experiências de agradabilidade das pessoas
como indicativo do que é bom, assim como sentimentos de bem-estar subjetivo. Se as
pessoas se sentem satisfeitas com um resultado e contentes com o atingimento disso,
elas devem acreditar que isso é positivo;
3)Finalmente, nós usamos sistemas de valores baseados em normas, crenças religiosas
e assim sucessivamente, podendo julgar o que é positivo (...) Os valores das pessoas
dizem a elas que uma coisa é errada ou certa. (DIENER, 2003, p. 116)
Dessa forma, o fato de algo vir a ser considerado positivo ou negativo, depende do
critério particularmente utilizado e da situação. Mesmo o conceito de positivo ser de difícil
definição, ainda assim ele é heuristicamente útil (DIENER, 2003). O significado do que é
positivo ou bom é complexo e multidimensional e o estudo dos tópicos psicológicos positivos
requer o reconhecimento dessa complexidade em suas teorias e desenhos empíricos (GABLE
& HAIDT, 2005).
Outra observação pertinente sobre a utilização do termo positivo neste trabalho é que,
em determinados aspectos, esta análise acima referenciada será a que esclarece o seu uso,
contudo, em outros pontos ou abordagens, o termo positivo, pode estar fazendo uma correlação
ao próprio estudo da Psicologia Positiva, a exemplo de: instituições positivas e local de trabalho
positivo (positive workplace) .
31
No item 2.2, será ainda feita uma descrição sobre o qual é o significado de
“positividade” no contexto organizacional, para melhor compreensão quanto à adequação do
uso do termo.
Tendo em vista essa abordagem diferenciada sobre os indivíduos que a Psicologia
Positiva propôs, foi surgindo e se ampliando interesse de pessoas, academias e organizações
sobre seus temas. Atualmente, proliferam iniciativas nas organizações, nas instituições de
ensino e na vida do público em geral, seja por meio de processos de coaching ou mesmo
terapêuticos, no sentido de valorizar o que há de melhor nas pessoas e de potencializar o seu
bem-estar, na medida em que as pesquisas avançaram e ainda avançam significativamente com
resultados credibilizados cientificamente sobre o quanto pessoas mais felizes e valorizadas em
suas qualidades podem promover mais sucesso em suas vidas, no trabalho e nas empresas.
Cinco anos após ter sido a Psicologia Positiva difundida com uma proposta estruturada
em 2000 nos Estados Unidos, muitos volumes editados e handbooks foram publicados, diversas
conferências reuniram pesquisadores de vários lugares do mundo, muitas bolsas foram
concedidas a novos investigadores, foram criadas colaborações mútuas entre várias nações,
além de serem criados muitos cursos tanto em universidades como em high schools (GABLE
& HAIDT, 2005).
Contudo, no Brasil, é um estudo que está se tornando conhecido do público em geral,
das academias, das organizações ainda de forma muito embrionária.
No artigo Psicologia Positiva no Brasil: uma revisão sistemática de literatura, as
autoras concluíram que a produção científica ainda é escassa e não parece demonstrar um
crescimento expressivo. Embora, dizem as autoras, já existam alguns estudos com propostas
empíricas de intervenções, os quais por sua vez encontram resultados efetivos; isso para elas
demonstra que é uma área promissora no Brasil (PUREZA et al., 2012) .
Por conta desse histórico, situar o leitor preliminarmente sobre alguns aspectos torna-
se essencial, para consubstanciar esta proposta de trabalho. Pela mesma justificativa, este
trabalho poderá vir a permitir um incremento das pesquisas no Brasil sobre o tema, em especial
em relação à aplicabilidade no contexto organizacional.
2.2 FENÔMENO ORGANIZACIONAL POSITIVO
Neste item, busca-se apresentar uma explanação sobre a transição ocorrida nos
ambientes organizacionais quanto à mudança de foco dos aspectos negativos para a ênfase sobre
32
o olhar nos aspectos positivos dos recursos humanos nas empresas, incluindo-se o papel das
lideranças.
Preliminarmente, é pertinente ressaltar o que é entendido como positividade no contexto
organizacional, uma vez que a abordagem sobre a conotação do termo “positivo” já foi feita no
item 2.1.
Para Youssef-Morgan e Luthans (2013), a positividade pode ser definida como:
Um sistema integrado de antecedentes, processos, práticas e resultados que pode ser
prontamente identificado e reconhecido por diversos observadores e stakeholders com
superação única de padrões de funcionamento adequado e acrescentando valor
sustentável ao indivíduo e ao contexto. (YOUSSEF-MORGAN & LUTHANS, 2013a,
p. 149)
O movimento da Psicologia Positiva, com sua influência junto ao contexto
organizacional, trouxe às empresas aplicações que mudaram a forma de se fazer negócio e
gerenciar pessoas. Apesar de seu terceiro pilar - o das organizações positivas - ter demorado
a se sobressair perante os dois primeiros pilares – emoções positivas e características positivas
- por conta do foco mais centrado no indivíduo e nas relações interpessoais, seu crescimento
vem chamando a atenção de muitas organizações. E isso se deve ao fato de as empresas, de uma
maneira geral, cada vez mais, estarem às voltas com questões acerca de sua identidade,
propósito e sustentabilidade no contexto de mudanças econômicas, sociais, tecnológicas entre
outras. (GARCEA & LINLEY, 2011)
Fora isso, as empresas começaram a identificar que em diversos aspectos seriam muitos
os benefícios a serem obtidos com a positividade e a vivência de emoções positivas pelos seus
recursos humanos.
E de forma similar como ocorreu na área da Psicologia – que se concentrou em pesquisar
doenças mentais e comportamentos disfuncionais, no contexto organizacional, a atenção de
pesquisadores do comportamento organizacional e do desenvolvimento dos recursos humanos
sobre estresse no trabalho, conflitos, atitudes disfuncionais, em outros aspectos negativos,
acabou não clarificando o entendimento a respeito das características de empregados com
desempenhos excepcionais ou com relação à dinâmica de processos que permitem uma melhor
performance às organizações. (YOUSSEF-MORGAN & LUTHANS, 2015)
Segundo Fredrickson (2005) e Isen (2009), quando as pessoas experimentam a
positividade, elas apresentam as seguintes características, entre outras:
Mais criativas;
33
Melhores negociadoras;
Pensamento mais flexível;
Melhor solução de problemas;
Socialmente mais responsáveis;
Mais abertas a novas informações;
Aberta a pensar mais claramente;
Demonstram melhores comportamentos sociais;
Capazes de considerar muitos aspectos de uma situação;
Capazes de avaliar riscos e fazer bons julgamentos.
Para Boehm e Fredrickson (2008), diante de todos os estudos realizados, pode-se
afirmar que a felicidade está realmente associada ao sucesso no ambiente de trabalho,
considerando que os empregados mais felizes, comparativamente aos menos felizes,
apresentam maior autonomia, mais engajamento, superior satisfação com suas atividades, o que
acaba por resultar na melhoria da performance, gerando ainda recompensas tanto materiais
como interpessoais (BOEHM & FREDRICKSON, 2008).
O sucesso no ambiente de trabalho é precedido pela felicidade e não o oposto. Nos
estudos realizados, essa evidência já é constatada no momento das entrevistas de empregos, nas
quais as pessoas felizes acabam tendo melhores resultados e consequentemente sendo mais
contratadas que as menos felizes. Isso demonstra que as emoções positivas possibilitam às
pessoas uma vantagem distinta, já no momento da busca de emprego. Acrescenta-se que a
repercussão da felicidade, perdura durante a vida organizacional, gerando nos empregados
felizes mais realização e uma melhor satisfação com suas atividades, com seu emprego, o que
acaba por ocasionar em maior segurança financeira. Além disso, as pessoas mais felizes
recebem de seus gestores melhores avaliações de desempenho e, ainda, apresentam menores
taxas de absenteísmo além de se manterem por mais tempos nas organizações (BOEHM &
FREDRICKSON, 2008)
Parece claro que ambientes organizacionais que reservam posturas de negatividade, falta
de civilidade entre outros pontos não são tão produtivos, nem tão satisfatório como os que
reservam uma maior atenção a aspectos positivos. (LUTHANS & YOUSSEF, 2009)
Os campos da área da Psicologia e do estudo organizacional tem presenciado ao longo
da última década, uma revitalização do foco em pesquisas orientadas para o que é positivo. Isso
muito, significativamente, em função do movimento da Psicologia Positiva que trouxe uma
ênfase bastante concentrada em construtos positivos, além dos domínios pessoais, e que se
34
incorporam a perspectivas válidas também para o ambiente organizacional. (YOUSSEF &
LUTHANS, 2012)
Segundo Walumbwa e outros (2010), as pesquisas em modelos de lideranças focadas
em aspectos organizacionais positivos cresceu significativamente neste milênio e isso, em parte,
embasadas por evidências quanto ao efeito da positividade para a melhoria do bem-estar e do
desempenho no trabalho. Segundo os autores, diversas pesquisas sugerem que quando líderes
utilizam uma variedade de aspectos positivos, tais quais traços, estados, metas, valores entre
outros, eles acabam influenciando positivamente os empregados. (WALUMBWA, AVOLIO,
HARTNELL, 2010)
Dessa forma e para uma perspectiva mais favorecedora, os ambientes organizacionais,
ao lado de contextos familiares, de relacionamentos sociais, onde as pessoas habitualmente já
encontram felicidade e bem-estar, vêm se tornando cada vez mais, locais em que as pessoas
buscam satisfação. (ULRICH, 2013)
Diante desse quadro com foco para a positividade, cujos resultados positivos vêm sendo
registrados com as pesquisas, os autores afirmam que é preciso compreender o que prediz a
positividade dos empregados e como essa se relaciona com a melhoria de perfomance.
(WALUMBWA, AVOLIO, HARTNELL, 2010) Avolio e Luthans (2005) entre outros autores
sugerem conhecer melhor como a influência dos líderes é mediada pelos seguidores com os
quais eles trabalham ao longo do tempo. (AVOLIO & LUTHANS, 2005)
2.3 COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL POSITIVO
O estudo sobre o Comportamento Organizacional Positivo é creditado ao estudioso Fred
Luthans, e sendo ele um dos membros da primeira geração de acadêmicos sobre
Comportamento Organizacional, pode observar o crescimento e a sofisticação da análise e
metodologias de pesquisas neste campo ao longo dos anos. (LUTHANS, 2002b.)
Luthans (2002) percebe desde o começo do estudo do Comportamento Organizacional
que havia uma relação muito clara entre as emoções positivas dos empregados e a sua
performance no trabalho, considerando construtos como reforço positivo, afetos positivos e até
humor. (LUTHANS, 2002a) Muitos, senão a maioria dos conceitos do comportamento
organizacional, são orientados positivamente. (LUTHANS, 2002b)
Contudo, apesar desse começo notável, o estudo do Comportamento Organizacional
acabou dando maior atenção às disfunções de gerentes e empregados e aos problemas do local
de trabalho (workplace), quando concentraram suas atenções quanto à liderança e motivação
35
de empregados inertes, correção de deficiências e habilidades, melhoria de atitudes de
resistência à mudança e gerenciamento de conflito, estresse e burnout. (LUTHANS, 2002a) De
forma semelhante à Psicologia, na área organização no que tange à orientação para a solução
de problemas, foram desenvolvidas abordagens que respondessem a essa questão e muito mais
com uma perspectiva negativa que positiva. (LUTHANS, 2002b)
Nesse meio tempo, afirma o autor, “no mundo real” começaram a surgir literaturas que
se tornaram best-sellers motivacionais populares – sem dados empiricamente validados, com
exceção dos trabalhos desenvolvidos pela Gallup Inc.- que traziam uma conotação positiva para
o ambiente organizacional, diferentemente, do caminho que a academia estava traçando neste
estudo. (LUTHANS, 2002a)
Surge a necessidade de ser erguida uma ponte entre o campo acadêmico do
Comportamento Organizacional e os best-sellers populares sobre negócios. Esse novo
momento deveria ser conduzido por uma abordagem positiva, mas trazendo aquilo no que os
autores populares falhavam: instruir e guiar os gerentes quanto ao que e como fazer por eles e
por suas equipes de trabalho. E essa intenção não afirmava que os estudos até então estavam
errados, mas apenas que havia a necessidade de uma abordagem mais proativa tanto para os
acadêmicos como para a os gerentes praticantes (LUTHANS, 2002a)
Entretanto para o autor, liderar pessoas envolve muito mais que apenas uma concepção
positiva; seria necessário dar ênfase aos pontos fortes dos terceirizados mais que a suas
fraquezas e deficiências e, ainda, introduzir conceitos que pudessem contribuir para melhores
gestores e para os recursos humanos. Fora isso, tomar por empréstimo as meras afirmações dos
autores populares não seria suficiente; era preciso construir uma teoria baseada em pesquisa
dirigida que pudesse ser traduzida, aplicada e sustentada na prática nos ambientes
organizacionais (LUTHANS, 2002)
Com esse cenário, foram identificadas cinco necessidades para uma nova abordagem do
comportamento organizacional, conforme Quadro 1, que deveriam ser consideradas e que
contribuíram para a identificação dos critérios para a identificação de características na
abordagem do POB:
Quadro 1: Necessidades da nova abordagem do comportamento organizacional.
NECESSIDADES PARA UMA NOVA ABORDAGEM DO
36
COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
. Necessidade por mais
positividade
Dar maior ênfase a estudos sobre aspectos organizacionais
positivos
. Necessidade de positividade
baseada em evidências
O rigor científico dos estudos tornou-se essencial, para
definição de teorias, pesquisa e validação de mensuração
como uma chave para seleção criteriosa de capacidades a
serem incluídas no domínio do POB.
. Necessidade de unicidade Relacionando-se às duas primeiras necessidades, a
pesquisa organizacional estava consumada para introduzir
perspectivas, abordagens e construtos únicos para os
desafios do século XXI.
. Necessidade de uma
abordagem de
desenvolvimento
Buscar o desenvolvimento, a construção e nutrição de
positividade no ambiente de trabalho.
.Necessidade de uma
orientação para melhoria de
performance
Não basta apenas a positividade, no ambiente
organizacional, a competitividade deve ser considerada e
isso exige aumento de performance e, com isso, a
identificação de capacidades psicológicas deve ser feita
sob essa ótica.
Fonte: Conteúdo embasado em: YOUSSEF, Carolyn M. ; LUTHANS, Fred. Psychological Capital. Meaning,
Finding and Future Directions. In: CAMERON, Kim S. & SPREITZER, Gretchen M. The Oxford Handbook of
Positive Organizational Scholarship. New York: Oxford University Press, 2012.
Nesse ponto, Luthans (2002), escolhe a abordagem da teoria e pesquisa do movimento
da Psicologia Positiva, especificado no item 2.1 deste trabalho, como ponto de partida de sua
proposta e define uma nova abordagem a qual denomina como Comportamento Organizacional
Positivo. (LUTHANS, 2002a)
Do estudo da Psicologia Positiva, Luthans e outros (2015) destacam a sólida construção
teórica e pesquisas de acadêmicos como Ed Diener, sobre felicidade e bem-estar subjetivo e
Barbara Fredrickson e seu modelo teórico Ampliar-e-Construir, para a concepção do
Comportamento Organizacional Positivo. (LUTHANS, YOUSSEF; AVOLIO, 2015)
Segundo Luthans (2002), o Comportamento Organizacional Positivo é definido como:
Estudo e aplicação, positivamente orientada, dos pontos fortes dos recursos humanos
e capacidades psicológicas, que podem ser medidas, desenvolvidas e efetivamente
37
gerenciada para o aumento de performance nos locais de trabalho atuais (LUTHANS,
2002b, p. 59)
O Comportamento Organizacional Positivo tem como foco os recursos psicológicos no
nível individual, que são positivos, baseados em teoria e pesquisa, sendo mensurável, state-like1
ou aberto ao desenvolvimento e ainda relacionado a atitudes desejadas, comportamentos e
especialmente a resultados de performance no ambiente de trabalho. (LUTHANS, 2002a;
LUTHANS, YOUSSEF; AVOLIO, 2015)
A abordagem do Comportamento Organizacional Positivo aplica-se ao
desenvolvimento de líderes e de gerentes, bem como ao dos recursos humanos e, inicialmente,
em 2002, foram definidos os seguintes critérios para incluir determinadas características nesta
abordagem|: ter unicidade relativa, ser mensurável, ser gerenciável para aumento de
performance, ser positivo e ser aprendido e desenvolvível. (LUTHANS, 2002a)
Nessa fase de início desse estudo, Luthans (2002), por considerar que melhor se
ajustavam a esses critérios e à definição de POB, usou os seguintes pontos fortes e capacidades
psicológicas de líderes/gerentes e recursos humanos: confiança (autoeficácia), esperança,
otimismo, bem-estar subjetivo (felicidade) e inteligência emocional que em inglês forma o
acrônimo CHOSE (Confidence, Hope, Optimism, Subjective well-being e Emotional
Intelligence). (LUTHANS, 2002a)
Ao final do artigo Positive Organizational Behavior: developing and managing
psychological strengths, de 2002, o autor destaca que, dentre as cinco características elencadas,
a que mais se ajusta a todos os critérios é a autoeficácia, enquanto que os outros quatro, apesar
de se ajustarem bem quanto aos padrões de unicidade relativa e positividade, acabam variando
em ajustamento aos demais critérios, cada um com suas especificidades. (LUTHANS, 2002a)
Em 2002, Luthans aponta como real valor futuro da abordagem do POB a sua aplicação
para o desenvolvimento e aumento de performance de líderes e dos recursos humanos e que é,
nesse ponto, que esta abordagem difere tanto da Psicologia Positiva, como dos livros populares
que chamaram a sua atenção no início. (LUTHANS, 2002a) Além disso, acrescenta que esse
critério que chama de open-to-development (aberto para o desenvolvimento) é conceitualmente
o maior diferenciador crítico desta abordagem, uma vez que o POB, como definido por ele,
inclui conceitos de state-like e não de traços, das forças de caráter e virtudes da Psicologia
Positiva, dos traços de personalidade Big Five e, dentre outros ainda, os talentos conceituados
nas pesquisas da Gallup. Conclui, neste sentido, que as capacidades POB são estados e, dessa
1 O termo será definido no item 2.4 Capital Psicológico Positivo
38
forma, abertos para aprendizagem, desenvolvimento, mudança e gerenciamento no local de
trabalho (LUTHANS, 2002b). Na revisão da literatura é possível perceber que este aspecto é o
que vem trazendo inúmeros desdobramentos tanto dos benefícios, como de novas aplicações
do PsyCap.
Com essas considerações, o comportamento organizacional positivo tem como foco os
recursos psicológicos a no nível individual, que são positivos, baseados em teoria e pesquisa,
sendo mensurável, state-like ou aberto ao desenvolvimento e ainda relacionado a atitudes
desejadas, comportamentos e especialmente a resultados de performance no ambiente de
trabalho (LUTHANS, 2002a; LUTHANS, YOUSSEF, AVOLIO, 2007; 2015.)
Ainda em 2002, no ensaio The Need For and Meaning of Positive Organizational
Behavior, por conta de novas pesquisas e artigos em conferências, revendo suas identificações
de características pessoais que estariam de acordo com os critérios definidos para ser
considerado na abordagem POB, Luthans (2002) volta a destacar o mais estabelecido – a
autoeficácia - aponta como o mais único - a esperança - e apresenta um novo construto POB -
a resiliência, destacando que adequar-se aos critérios. Destaca que havia incluído, em outro
momento, o otimismo e a esperança, mas não volta a dar detalhamentos sobre estes no ensaio
(LUTHANS, 2002b).
Em continuidade aos estudos sobre o Comportamento Organizacional Positivo,
Luthans, Luthans e Luthans (2004), pela primeira vez lançam o termo Capital Psicológico
Positivo no artigo Positive Psychological Capital: Beyond human and social capital. Nesta
publicação, tomando como referência o trabalho de Stajkovic (2003) sobre o fator de confiança
para a motivação do trabalho, os autores definem as quatro capacidades humanas positivas, que
são quatro “estados”: confiança, esperança, otimismo e resiliência, os quais estão mantidos até
hoje nos estudos sobre o tema. (LUTHANS, LUTHANS, LUTHANS, 2004.) Vale destacar
que com a evolução dos estudos e com a referência aos trabalhos de Bandura, o estado
“confiança”, vem sendo apresentado na literatura, também como eficácia e autoeficácia, sendo
que o último é o utilizado no corpo deste trabalho.
Foram identificados esses quatros recursos ou variáveis psicológicos positivos, por
terem sido considerados como um constructo do POB, em função de se ajustarem melhor aos
seguintes critérios:
1) baseado em teoria e pesquisa;
2) apresenta medições validadas;
3) caracteriza-se como um “estado” e não um traço, podendo sofrer mudança e ser
desenvolvido; e
39
4) tem um impacto positivo para atitudes e comportamentos desejados, especialmente,
para o aumento de performance organizacional (LUTHANS, 2011; YOUSSEF &
LUTHANS, 2012; LUTHANS, YOUSSEF, AVOLIO, 2015)
5) E esses recursos amplamente reconhecidos na Psicologia Positiva e desenvolvidos
teoricamente e testados empiricamente como um estado, quando colocados juntos e
combinados formam um constructo state-like e nuclear, que foi denominado
posteriormente como capital psicológico positivo, derivado assim do POB.
(LUTHANS, LUTHANS, LUTHANS, 2004; LUTHANS & YOUSSEF, 2004),
foco do próximo item deste trabalho.
2.4 CAPITAL PSICOLÓGICO POSITIVO
Segundo Luthans e outros (2007), o capital psicológico positivo é definido como:
Um estado psicológico positivo de desenvolvimento do indivíduo que é caracterizado
por (1) ter confiança (eficácia) para assumir ou colocar o esforço necessário para
assumir e ter sucesso em tarefas desafiadoras; (2) fazendo uma contribuição positiva
(otimismo) sobre ter sucesso agora e no futuro; (3) perseverando rumo aos às metas e
quando necessário, redirecionando trajetórias a metas (esperança) a favor do sucesso;
e (4) quando assolado por problemas e adversidades, sustentar e até mesmo saltando
para trás (resiliência) para alcançar o sucesso. (LUTHANS; YOUSSEF; AVOLIO,
2007, p. 3)
Para os autores, o PsyCap é o que é chamado na literatura como um constructo positivo
de primeira ordem constituído dos quatro construtos: esperança, otimismo autoeficácia e
resiliência (LUTHANS, YOUSSEF, AVOLIO, 2015).
O PsyCap é um construto nuclear que pode ser considerado multidimensional, ao qual
cada um dos quatro recursos psicológicos positivos contribuem sinergicamente. (AVEY,
LUTHANS & YOUSSEF, 2010)
Devido à importância de descrever em detalhes o PsyCap como uma unidade de análise
e considerando sua definição como um construto state-like, faz-se pertinente esclarecer em que
ele se distingue de outros construtos, considerados trait-like, como as forças de caráter e as
dimensões de personalidade “Big Five”, já mencionadas neste trabalho no item 2.3.
Segundo Luthans, Avolio, Avey e Norman (2007) as teorias sobre traits (traços) já tem
uma longa história, não apenas na área da Psicologia, mas também em literaturas relacionadas
a comportamento organizacional e gerenciamento de recursos humanos. Contudo as noções a
respeito dos states (estados) sempre foram mais restritas aos humores e as emoções. Para
40
entender melhor em que se constitui o PsyCap como um state-like, é importante entender as
noções de state (estado) e trait (traço) ao longo de um único continuum, conforme apresentado
na Figura 2, o qual varia por conta de graus de estabilidade em medição e abertura para mudança
e desenvolvimento. (LUTHANS; AVOLIO; AVEY; NORMAN, 2007; AVOLIO &
LUTHANS, 2005; LUTHANS & AVOLIO, 2003; LUTHANS & YOUSSEF, 2007)
Figura 2: Continuum de estados e traços.
.Prazer .Autoeficácia .Big Five .Inteligência
.Humores Positivos .Esperança .Auto avaliações .Talentos
. Felicidade .Resiliência .Forças de Caráter .Características
.Otimismo .Virtudes hereditárias positivas
Positive States State-Like (PsyCap) Trait-Like Positive Traits
(-) estáveis (-) estável
(+) desenvolvíveis (+) desenvolvíveis
Fonte: Representação do continuum dos states e traits, elaborada a partir de LUTHANS, Fred; AVOLIO, Bruce
J.; AVEY, James B.; NORMAN, Steven M. Positive Psychological Capital: Measurement and Relationship
with. Performance and Satisfaction. Leadership Institute Faculty Publications. Paper 11vol. 60. p. 541-572,
2007)
Observando o continuum apresentado na Figura 2, os positive states são aqueles
momentâneos e muito modificáveis e representam os nossos sentimentos; os state-like são
relativamente maleáveis e abertos ao desenvolvimento, os quais incluem o PsyCap, mas
também a sabedoria, bem-estar, gratidão, perdão e coragem; os trait-like são relativamente
estáveis e com dificuldade de mudança, sendo os traços de personalidade e as forças; e os
positive traits, muito estáveis, fixos e com muita dificuldade de mudança. Apesar de os
constructos do PsyCap não serem estáveis, eles também não são estados momentâneos, assim
como os sentimentos. (LUTHANS; AVOLIO, AVEY; NORMAN, 2007; LUTHANS;
YOUSSEF; AVOLIO, 2007)
Os estudos que vêm sendo realizados sobre o capital psicológico positivo permitiram
identificar pelo menos sete características do construto que permitem um entendimento
funcional:
1) Multidimensionalidade – apresenta quatro dimensões: esperança, otimismo,
autoeficácia e resiliência;
41
2) Domínio específico - habitualmente no contexto do trabalho, mas pela revisão da
literatura é possível identificar a amplitude para outros campos.
3) Stake-Like – apresenta certa estabilidade, mas pode ser desenvolvido;
4) Operacionalização Individual de Desenvolvimento – a avaliação recai sobre o
próprio indivíduo;
5) É mensurável – por meio de instrumentos de mediação desenvolvidos, pode-se
averiguar o nível de PsyCap nos indivíduos;
6) Preditor de Performance: consistentemente, positivamente, significativamente o
PsyCap está relacionado à performance dos empregados e torna-se desejável por
conta desta possibilidade de melhoria;
7) Nível de análise individual: a maioria dos estudos, recai mais sobre uma análise a
nível individual, sendo raríssimos os estudos que contemplem a análise do PsyCap,
a exemplo no nível das equipes. Contudo, este é outro aspecto que vem sendo
desenvolvido de outras formas. (AVEY, 2014)
Ao lado desses quatros recursos psicológicos oriundos da Psicologia Positiva que
formam o acrônimo HERO (em inglês – Hope, Efficacy, Resilience e Optimism), considerados
os que melhor se adequam aos quatro critérios mencionados no item 2.3, acrescentam-se, ainda,
outros recursos psicológicos da Psicologia Positiva que também são sugeridos para a coleção
de construtos do PsyCap, a saber: gratidão, mindfulness, coragem, flow, inteligência emocional,
autenticidade, espiritualidade, que ainda estão sendo investigados e que foram identificados
como tendo uma variação de ajustes aos critérios mencionados. (YOUSSEF-MORGAN &
LUTHANS, 2015; LUTHANS, YOUSSEF, AVOLIO, 2015)
Diante disso, verifica-se que a lista de recursos psicológicos pode não ser ainda
exaustiva. Contudo os critérios que foram considerados à época da definição do comportamento
organizacional positivo, fornecem um contínuo alto padrão para o rigor e a pertinência dos seus
recursos constituintes. (YOUSSEF-MORGAN & LUTHANS, 2015)
De forma empírica, o construto nuclear PsyCap vem sendo identificado como um
preditor de resultados desejáveis mais que as suas quatro características psicológicas tomadas
isoladamente. Esse é um ponto muito relevante neste estudo, pois em grande parte das pesquisas
realizadas, verifica-se um foco concentrado em analisar o construto PsyCap como um todo e
não as partes de forma isolada. Teoricamente, o mecanismo teórico linear que envolve os quatro
constituintes do PsyCap é representado, de acordo com Luthans e Avolio (2007), como a
apreciação positiva de uma pessoa das circunstâncias e das possibilidades de sucesso baseado
em esforço motivado e perseverança (LUTHANS & AVOLIO, 2007). E essas avaliações
42
positivas podem ser vistas como a força direcionadora para um investimento de esforço em
busca de um propósito significativo e metas desafiadoras, com intenções e ações confiantes,
posturas e atitudes resilientes diante dos obstáculos e contratempo e uma visão otimista
(YOUSSEF & LUTHANS, 2013).
Com essas considerações, Youssef e Luthans (2013), consideram que os HERO
trabalham em combinação e compensando um ao outro para aumentar as chances de sucesso,
que pode ser materializado objetivamente por meio de resultados alcançados com metas ou
melhoria ou, ainda, de forma subjetiva pelo aumento dos níveis do bem-estar e da felicidade. E
nesse ponto, os autores consideram que o PsyCap pode ser uma força motriz, não apenas com
os resultados que estão sendo verificados nos ambientes organizacionais, mas consideram, por
conta de evidências empíricas iniciais, a sua aplicabilidade pertinente em outros componentes
do bem-estar como os relacionamentos e a saúde.(YOUSSEF & LUTHANS, 2013; LUTHANS;
YOUSSEF; SWEETMAN; HARMS, 2013)
Outros aspectos sugeridos por Youssef e Luthans (2012). A maioria dos estudos
empíricos realizados sobre o PsyCap foram feitos em organizações com fins lucrativos e nos
Estados Unidos, com exceção de alguns estudos na China. Consideram, dessa forma, que há a
necessidade de a validação externa e aplicabilidade do PsyCap, que devem ser estendidas a
novos contextos organizacionais, replicando esses estudos feitos até então, a saber:
organizações sem fins lucrativos, hospitais, instituições governamentais, agências reguladoras
e instituições de ensino. Nesse sentido, o presente estudo, aplicado a instituições públicas no
Brasil, é uma forma de investigar o PsyCap, conforme sugerido pelos autores. (YOUSSEF &
LUTHANS, 2012)
Segundo Avolio e Luthans (2005) o capital psicológico do líder relaciona-se
positivamente com a performance de seus seguidores. (AVOLIO & LUTHANS, 2005)
Contudo, outros achados foram verificados com outras pesquisas. Um exemplo é a
investigação com líderes de polícia, a partir da qual Walumbwa, Avolio e Hartnell (2010)
concluíram que o capital psicológico dos seguidores influenciava suas performances em grande
proporção, quando o ambiente no serviço era positivo. Nessa investigação, os autores afirmam
que houve um acréscimo aos estudos realizados até então - que já tinham concluído sobre a
melhoria de desempenho apenas dos empregados com base no capital psicológico positivo –
acrescentando que os capitais psicológicos de líderes e seguidores estão positivamente
associados a performance dos seguidores. E detalham ainda, afirmando que o nível de capital
psicológico dos líderes estimula o capital psicológico dos seguidores, o que em resposta,
relaciona-se à melhoria de performance dos seguidores. Além disso, os autores destacam
43
também que a pesquisa trouxe uma nova contribuição ao estudo do capital psicológico, já que
foi desenvolvida num novo ambiente - uma organização policial - diferentemente dos trabalhos
até então desenvolvidos, a maioria em contextos organizacionais tradicionais, relacionados a
gerenciamento, contribuindo para a generalização dos efeitos do capital psicológico em
diversos contextos (WALUMBWA, AVOLIO, HARTNELL, 2010). Como destacado
inicialmente, para abordar ainda conceitualmente o PsyCap passa a ser necessário abordar
estudos ainda recentes como este caso.
Essas considerações acerca da influência do capital psicológico positivo tanto dos
líderes como dos liderados é de extrema importância para este estudo, uma vez que a esta
investigação pretende identificar as reflexões a respeito do capital psicológico positivo de
servidores e terceirizados que ocupam um ou outro papel, ou ambos, no contexto CNEN,
O capital psicológico positivo vem sendo considerado, em diversos aspectos como um
recurso estratégico excepcional, considerando a sua influência à performance humana, à
satisfação com o trabalho, à cidadania organizacional e ao compromisso organizacional, tendo
grande influência quanto aos estudos no que tange o desenvolvimento dos recursos humanos, o
que torna importante reservar atenção a novos estudos e pesquisas (ARDICHVILI, 2011).
Autores propõem que o PsyCap pode aumentar as formas de capitais tangíveis e
intangíveis, contribuindo para uma vantagem competitiva sustentável, podendo superar
diversos desafios, possibilitando aos indivíduos, às equipes, às comunidades, aos países e às
organizações obterem vantagens nas oportunidades que surgem. (LUTHANS, YOUSSEF,
AVOLIO, 2015)
O estudo do capital psicológico ao longo dos anos desde a sua concepção se concentrou
na investigação da sua relação com a performance, as atitudes e os comportamentos no nível
individual. Contudo nos últimos anos, em todo o mundo, pesquisas e projetos de aplicação estão
sendo feitos para verificar a sua influência, também, nos níveis das equipes ou grupos e na
organização, o que é mais um dado relevante para esta dissertação (LUTHANS, YOUSSEF &
AVOLIO, 2015)
Esse foco concentrado especificamente nessas quatro capacidades psicológicas
positivas é justificado por conta de sua condição de mudança para aumento de performance e
ainda por poderem ser gerenciáveis. Isso permite que, nos ambientes organizacionais, sejam
desenvolvidas intervenções que permitem, quando colocadas em práticas, que o capital
psicológico seja desenvolvido e que, consequentemente, se obtenha melhores resultados no
trabalho. E pela condição de poderem ser devidamente mensurados é possível verificar o ROI
(Return on Investment – retorno do investimento), comparando-se o que foi investido com essas
44
intervenções e o que foi efetivamente alcançado como resultados de melhoria de desempenho
(LUTHANS & YOUSSEF, 2004).
Para a medição do PsyCap, foram desenvolvidos instrumentos que vem sendo
utilizados em um grande número de estudos, como poderá ser constatado no item da revisão da
literatura. Um deles chama-se PsyCap Questionnaire – PCQ, original do inglês ( Anexo 1) ou
24 - PCQ que apresenta 24 itens, os quais são divididos para a avaliação dos quatro construtos
(resiliência, autoeficácia, esperança e otimismo) – sendo seis itens para cada um, compondo
quatro subescalas com respostas do tipo Linkert, com escores que variam de 1, significando
discordo fortemente a 6 como concordo fortemente (LUTHANS & YOUSSEF, 2004;
LUTHANS; YOUSSEF; AVOLIO, 2007; LUTHANS, AVOLIO, AVEY , NORMAN, 2007).
Para a formulação do PCQ, os autores utilizaram como referência as medições de autoeficácia,
(PARKER, 1998), de esperança (SNYDER et al. 1996) de otimismo ( SCHEIER & CARVER,
1985) e resiliência ( WAGNILD & YOUNG, 1993). Numa review sobre o estudo psicométrico
do PsyCap, verifica-se, segundo Dawkins e outros (2013), que se trata de uma avaliação
predominantemente utilizada em ambientes de trabalho, na maioria de aplicações em
empregados, gestores e estudantes, sejam em organizações de áreas da indústrias, departamento
de polícia, ONGs, bancos entre outros. (DAWKINS, et al., 2013). Da mesma forma, ocorre
como a versão do PsyCap Questionnaire com 12 itens, também conhecido como PCQ- 12.
Contudo, a distribuição de itens nesta versão é diferente: são considerados três itens para a
autoeficácia, três para resiliência, dois para o otimismo e quatro para a esperança. (LUTHANS,
AVEY, CLAPP-SMITH, 2008; AVEY, AVOLIO, LUTHANS, 2011)
Além dessas duas medições, o PsyCap também pode ser mensurado por outras medida
no nível individual, tendo sido proposto por Demerouti e outros (2011) o uso de perguntas aos
pares, supervisores e outros conhecidos dos empregados. Além dessa, ainda, Harms e Luthans
(2012) desenvolveram o Implicit PsyCap Questionnaire ( I-PCQ), com o objetivo de reduzir o
comprometimento das respostas em função do viés de aceitação social que por muitas vezes,
obstrui resultados fidedignos.Nessa medição, os respondentes são convidados a imaginar três
histórias, nas quais um indivíduo é motivado por eventos positivos, ambíguos e negativos, e, a
partir daí, são feitas perguntas sobre os quatro componentes para cada uma das histórias.
E considerando que o PsyCap pode ser desenvolvido, e tendo seus componentes HERO
essa mesma condição, Luthans e outros (2006) desenvolveram a Psychological Capital
Intervention (PCI), a qual tem por objetivo, promover uma micro-intervenção (treinamento),
em grupo, que por meio de práticas incluindo os HERO, possam favorecer o desenvolvimento
do PsyCap dos participantes. Com duração curta, com sessões de em torno de uma a três horas,
45
os resultados obtidos foram positivos em termo do aumento dos níveis de PsyCap, além de ter
sido verificado impacto financeiro quanto ao Returno on Investment- ROI.( LUTHANS et al.,
2006).
Segundo Newman e outros (2011), tendo em vista que as pesquisas apontam que o uso
de características humanas positivas, tais quais o PsyCap, levam a uma menor taxa de
colesterol, sistemas de respostas mais imunes a estresse, além de o bem-estar psicológico
melhorar os níveis de recuperação cardiovascular, é adequado utilizar medições fisiológicas e
biológicas para fortalecer a validação do uso dos capitais psicológicos. (NEWMAN et al., 2011)
Apesar de já estarem sendo verificadas outras características psicológicas que se ajustam
em níveis variáveis aos critérios instituídos para o construto do PsyCap – flow, mindfulness,
gratidão, perdão, inteligência emocional, espiritualidade e coragem - neste trabalho, a
concentração da abordagem é nas quatro indicadas no acrônimo HERO.
Os componentes serão detalhados nos próximos itens, sem aprofundamentos teóricos
significativos, mas com a proposta de proporcionar o entendimento sobre sua inclusão no
construto PsyCap.
2.4.1 Esperança
A esperança, conforme Snyder, Irving e Anderson (1991) no artigo Hope and health:
measuring the will and the ways, considerada de extrema importância para o capital psicológico
positivo, é definida pelos autores da seguinte forma:
Um estado motivacional positivo que é baseado num senso derivado interativamente
de (a) agência ( energia orientada a metas) bem sucedida e (b) caminhos (
planejamento para encontrar metas). (SNYDER; IRVING; ANDERSON, 1991, p.
287; SNYDER, 2000, p. 8)
Uma segunda definição é apresentada por Snyder e outros (1991), já é apresentada
como:
Um conjunto cognitivo que é baseado no senso reciprocamente derivado da agência
de sucesso (determinação dirigida por metas) e as vias (planejamento para o
cumprimento das metas). ”
Do original: “A cognitive set that is based on reciprocally-derived sense of successful
agency (goal-directed determination) and pathways (planning to meeting goals)
(SNYDER et al., p. 571, 1991; SNYDER, 2000, p. 8-9)
46
Para Snyder & Lopez (2009), a esperança, diferentemente das interpretações de senso
comum, é definida como:
O pensamento direcionado a objetivos, no qual a pessoa usa pensamentos baseados
em caminhos (a capacidade percebida de encontrar rotas que levam a objetivos
desejados) e pensamento baseado em agência (as motivações necessárias para
encontrar suas rotas. (SNYDER & LOPEZ, 2009, p.178)
A dimensão dos caminhos ou rotas que compõem a conceituação da esperança, a
diferencia da interpretação do senso comum e dos outros capitais psicológicos positivos. Há
evidências significativas sobre seu impacto em performance acadêmica e atlética. (LUTHANS
& YOUSSEF, 2004, LUTHANS, YOUSSEF, AVOLIO, 2015)
Na construção da Teoria da Esperança, Snyder (2000) destaca e fundamenta sua
abordagem parte do principio que as pessoas estão habitualmente buscando e realizando metas
em suas vidas e dessa forma ele identifica que existem dois componentes para compor a
esperança: agência (willpower – força de vontade) e caminhos (as rotas que levarão aonde se
pretende chegar). Segundo o teórico, em suas pesquisas, as pessoas sempre afirmavam que “as
pessoas eram uma voz extraordinariamente singular ao afirmar que estavam tentando conseguir
alguma coisa” (SNYDER, 2000, p. 9)
No que tange aos pensamentos de caminhos, Snyder (2000), destaca que: “Rotas para
metas desejáveis são absolutamente essenciais para pensamento de esperança de
sucesso”(SNYDER, 2000, p. 9). Destaca que, através deles, é que podem ser produzidas
possíveis rotas que nos levam a concretizar as nossas metas, a medida que as pessoas se
percebem capazes para a concepção de caminhos para alcançar o que desejam. ( SNYDER,
2000)
Já no que se refere aos “pensamentos de agência”, Snyder (2000), afirma que : “Agência
é o componente motivacional para impulsionar a pessoa ao longo das rotas imaginadas para a
suas metas.”(SNYDER, 2000, p. 10) Aponta ainda que é: Agência reflete a percepção de que
ele ou ela podem começar o movimento ao longo dos caminhos imaginados para as metas”.
(SNYDER, 2000, p.10)
Reportando-se à Teoria da Esperança de Snyder, Luthans, Yousseff-Morgan e Avolio
(2015) destacam a que: “a esperança é mais um estado cognitivo ou de pensamento no qual um
indivíduo é capaz de definir metas e expectativas realistas mas desafiadoras...” (LUTHANS,
YOUSSEFF-MORGAN E AVOLIO, 2015, p. 83)
Ainda sobre a Teoria da Esperança, Snyder (2000) aponta que mesmo quando as pessoas
encontram barreiras em sua meta, elas têm condições de identificar rotas alternativas, àquela
47
que identificam como rota principal, que as possibilitará realizar o seu objetivo, tendo as
pessoas a percepção de que podem imaginar inúmeras rotas. (SYNDER, 2000)
O autor destaca ainda que há uma influência das emoções no que diz respeito à
esperança. Afirma que: “emoções são um subproduto do pensamento orientado a meta –
emoções positivas refletindo o sucesso percebido na busca das metas, e as emoções negativas
refletindo fracassos percebidos.” (SYNDER, 2000, p. 11) Afirma ainda que apesar de as
barreiras às metas produzirem emoções negativas, seu efeito será distinto em pessoas com
esperança mais alta, comparativamente àquelas que a tem em menor nível. E isso é percebido
no quanto são mais adaptativas e positivas as repostas a essas barreiras. (SNYDER, 2000)
Luthans, Yousseff-Morgan e Avolio (2015) apontam que as pesquisas sobre aspectos
psicológicos positivos destacam a esperança com diretamente relacionada à melhoria da
performance , seja em realizações acadêmicas e atléticas, saúde física e mental, e outros
resultados positivos desejados em nossas vidas, além de sua associação relevante no contexto
organizacional, em aspectos como a relação positiva entre a esperança de líderes e a
rentabilidade de seus setores e a satisfação e retenção de empregados. Além disso, discorrem
sobre estudos que revelam o nível de esperança de gerentes e empregados está associado
positivamente à performance, felicidade no trabalho, satisfação e realizações organizacionais.
(LUTHANS, YOUSSEFF-MORGAN E AVOLIO, 2015).
Apesar de a esperança ter sido considerada como um traço disposicional, no que tange
a sua composição como PsyCap em termos de ser desenvolvível, estudos mostram que ela pode
um estado de mudança. Destacam Luthans, Yousseff-Morgan e Avolio (2015) que a esperança
pode ser desenvolvida no contexto do trabalho promovendo metas, agência e rotas em processos
coletivos e relacionais, tais como:
1-Estabelecimento de metas: instituir e definir metas claras com perspectivas de
realização no futuro, pois isso favorece a motivação;
2-Extensão de Metas: geração de metas desafiadoras, visando aumento de estímulo e
excitação;
3-Aproximação de Metas: metas com planejamento em que se vislumbre a sua
tangibilidade, mesmo que precise de redirecionamentos.
4-Dando Passos: Transformar metas longas e difíceis em “passos a passos” menores;
5-Ensaio Mental: Mentalizar a conclusão e as etapas das metas.
6-Rituais: Criar rituais de aplicação frequente que mantenha a pessoa na meta;
7-Envolvimento: promover técnicas que promovam o envolvimento do indivíduo na
meta , desenvolvendo engajamento, autonomia, empoderamento entre outros.
48
8-Sistemas de Recompensas: esses sistemas devem integralizar iniciativas que
acessem as formas motivacionais intrínsecas e extrínsecas dos indivíduos.
9-Recursos: devem ser concedido acesso a recursos que permitam o atingimento da
metas, que incluem além dos materiais outros como suporte administrativo e compromisso.
10-Alinhamento Estratégico: esclarecer aos indivíduos a conexão de suas metas com
as perspectivas organizacionais.
11-Treinamento: promoção de treinamentos interativos e participativos voltados para
o desenvolvimento de esperança
2.4.2 Otimismo
Comparando-se o otimismo com as demais características psicológicas positivas, o
otimismo, devido ao trabalho desenvolvido por Martin Seligman é aquele que mais
proximidade apresenta com o estudo da Psicologia Positiva (LUTHANS, YOUSSEF,
AVOLIO, 2015).
Nas considerações de Luthans, Youssef e Avolio (2015), da mesma forma que a
esperança, o otimismo também é reconhecido por interpretações do sendo comum, mas é
conceituado por Seligman e é com base prioritariamente nessa abordagem, que configuram as
características sobre esse componente do PsyCap (LUTHANS, YOUSSEF, AVOLIO, 2015).
No artigo Positive psychological capital: Beyond human and social capital (LUTHANS,
LUTHANS, LUTHANS, 2004), em que os autores utilizam o termo capital psicológico
positivo, quanto ao componente do otimismo, é sobre o trabalho de Seligman que se reportam.
Em 1990, Seligman publica o livro Learned Optimism no qual discorre sobre o que
chama de estilo explicativo/atributivo otimista, e paralelamente o estilo explicativo/atributivo
pessimista. O autor destaca que, em suas pesquisas, começou a identificar que algumas pessoas
apresentavam uma tendência de não conseguir de livrar de seus infortúnios de forma rápida, de
alguma forma, apegando-se e entregando-se a eles facilmente. De outro lado, o perfil de outras
pessoas já demonstrava uma condição significativa de abandonar essas adversidades,
interpretando-as de uma forma completamente oposta, não aceitando aquilo de forma fácil e
passiva. (SELIGMAN, 2012)
O autor embasa, inicialmente, o seu trabalho no que chama de “desamparado
aprendido” (ou desamparo absorvido) o qual define como: “a reação de desistência, a renúncia
que resulta da convicção de que não adianta fazer nada” (SELIGMAN, 2012, p. 40) Acrescenta
que o “Desamparo é o estado de coisas em que nada do que você se propõe fazer afeta o que
49
lhe acontece” (SELIGMAN, 2012, p. 28). Segundo o autor, nascemos no desamparo e podemos
vivenciá-lo, ao final de nossas vidas, quando podemos ser acometidos por circunstâncias físicas,
por exemplo, que podem nos fazer retroceder ao desamparado. Entre o nosso nascimento e o
final de nossas vidas, temos a possibilidade de “superação do desamparo e conquista do controle
pessoal“, entendendo-se esse como “a capacidade de modificar as coisas pela ação voluntária
de cada um: é o oposto da impassibilidade”. Em termos das ações, considera-se que apesar de
existirem situações as quais não podemos modificar, existem inúmeras sobre as quais se pode
“assumir o controle – ou cedê-lo a terceiros ou ao destino.” (SELIGMAN, 2012, p. 29). Já “O
estilo explicativo é a maneira como você habitualmente explica a si mesmo porque as coisas
acontecem. É o grande modelador do desamparo aprendido”; sendo otimista o indivíduo acaba
com o desamparo, energizando-se, ao passo que um perfil pessimista alimenta o desamparo,
agravando-o. (SELIGMAN, 2012, p. 40)
Seligman (2012) aponta que a forma como costumamos “explicar” (daí estilo
explicativo) os acontecimentos ruins em nossas vidas, trata-se de um “hábito de pensar
adquirido na infância e na adolescência” e que “emana diretamente da maneira como vê o lugar
que ocupa no mundo – se considera uma pessoa possuidora de méritos ou desprovida de
qualidades, inútil.” (SELIGMAN, 2012, p. 76), distinguindo, dessa forma, um otimista de um
pessimista. (SELIGMAN, 2012)
Inúmeras pesquisas, segundo Seligman (2012) apontam para a forma com que se
interpreta a infelicidade, o que divide as pessoas em otimistas e pessimistas, tendo os primeiros
inúmeros resultados e benefícios positivos em suas vidas em diversas áreas como saúde,
trabalho, longevidade, enquanto que os pessimistas acabam desistindo diante de uma situação
mais difícil e vivenciam processos depressivos com maior frequência. (SELIGMAN, 2012) No
trabalho que desenvolve já há mais de três décadas, Seligman destaca que inúmeras são as
pessoas que nem se quer identificam-se como pessimistas, sendo esse perfil por muitas vezes
identificado por terceiros, estando “profundamente enraizado a ponto de parecer permanente”
(SELIGMAN, 2012, p. 27-28). Nas mãos dessas pessoas, meros fatos acabam de tornando
tragédias irreversíveis e contaminam completamente a sua forma de caminhar no mundo. Mas
assim como os demais componentes do PsyCap, o otimismo, através de técnicas cognitivas
testadas em pesquisas com critérios científicos, pode ser desenvolvido, mesmo nesses casos de
pessimistas supostamente irreversíveis; “o pessimismo não é fixo e inalterável”. (SELIGMAN,
2012, p. 41) As pessoas, segundo pesquisas no campo da Psicologia, podem mudar a sua forma
de pensar, não sendo apenas mero resultados da influência do meio em que vivem.
(SELIGMAN, 2012)
50
O estilo explicativo apresenta três dimensões cruciais, conforme Quadros 2 e 3.
Quadro 2: As Características de Otimistas e Pessimistas diante de Situações Adversas
ESTILO
EXPLICATIVO
DIMENSÕES CRUCIAIS
PERMANÊNCIA ABRANGÊNCIA PERSONALIZAÇÀO
OTIMISTA Passageiras Específicas Externa
PESSIMISTA Permanentes Universais Interna
Fonte: Quadro elaborado com base em SELIGMAN, 2012.
O otimista, conforme mostra o Quadro 2, acredita que as causas das adversidades em
sua vida, em termos de permanência, são passageiras, pensando sobre elas com os termos “às
vezes” e “ultimamente”. Já o pessimista acredita que aquilo será permanente em sua vida, o que
o faz desistir com facilidade, lançando mão nessas situações sempre de termos do tipo “sempre”
e “nunca” (SELIGMAN, 2012). A dimensão da permanência, referindo-se ao tempo de
desistência de uma pessoa, na visão dos pessimistas, produz um desamparo duradouro já que
suas explicações apresentam caráter permanente, enquanto que as explicações temporárias
produzem adaptabilidade.
Sobre a dimensão abrangência - também nomeada como penetrabilidade em
Seligman (2009) - nos infortúnios, relacionada ao espaço, às áreas que atinge, o otimista,
quando vivência uma situação de infortúnio em determinado segmento de sua vida, não o
“universaliza” para todas as demais áreas, apesar do desamparo momentâneo. Sua interpretação
sobre o fato é focal, é específica, mantendo sua atitude normalmente em outras áreas. Já os
pessimistas carregam o desamparo da área atingida para as demais áreas e acabam quase que
desistindo de todo o resto.
Seligman (2012) destaca que essas duas dimensões são as “mais importantes -
controlam o que você faz; quanto tempo você fica desamparado e em quantas situações.”
(SELIGMAN, 2012, p. 84)
Já quanto à dimensão da personalização, Seligman (2012) afirma que se trata da mais
fácil de entender, de ser superestimada, além de ser a mais fácil de ser camuflada. Afirma,
ainda, que é a dimensão que controla as suas emoções e aponta que a ocorrência de infortúnios
faz com que tenhamos dois caminhos: jogar a culpa em nós mesmos (interiorizar, que
geralmente atinge as pessoas com baixa autoestima) ou culpar outras pessoas por essas
51
circunstâncias ( exteriorizar, o que acomete as pessoas com alta autoestima) (SELIGMAN,
2012).
Quadro 3: As Características de Otimistas e Pessimistas diante de Bons Acontecimentos
ESTILO
EXPLICATIVO
DIMENSÕES CRUCIAIS
PERMANÊNCIA ABRANGÊNCIA PERSONALIZAÇÀO
OTIMISTA Permanentes Universais Interna
PESSIMISTA Passageiras Específicas Externa
Fonte: Quadro elaborado com base em SELIGMAN, 2012
Quando diante de acontecimentos bons, conforme é apresentado do Quadro 3 toda a
caracterização inverte-se nos estilos otimista e pessimista. Quanto à dimensão da
permanência, os otimistas colocam sua avaliação nas causas que são permanentes, como por
exemplo: características, enquanto que os pessimistas consideram muitas vezes como um mero
“estado de espírito”. Muito interessante, e que coaduna com as situações em ambientes
organizacionais, onde recaem a maioria dos estudos do PsyCap, as pessoas otimista buscam
repetir as situações de sucesso, pois as interpretam como permanentes, e, no lugar disso, os
pessimistas, acreditando que são temporárias, desistem de novas tentativas. (SELIGMAN,
2012).
Da mesma forma, no que se refere à dimensão da abrangência e da personalização
com os bons acontecimentos, as características de otimistas e pessimistas se invertem com
relação aos infortúnios. (SELIGMAN, 2012).
O estudo dos estilos explicativos agrega ainda uma conotação sobre a esperança que
cerceia as dimensões da abrangência e permanência, mas que não se confunde com a
descrição de Snyder contida no item 2.4.1., apesar de sua importância sobre o estilo atributivo
e também é foco de medição para verificação da maior ou menor intensidade nos indivíduos.
(SELIGMAN, 2012).
Outro arcabouço teórico sobre o otimismo contemplado no estudo do PsyCap é o que o
considera sob a perspectiva da expectativa ou orientação para expectativa de valor.
(LUTHANS et al., 2006; CAVER et al., 2009).
Para Caver e outros (2009), Nessa temática, “os otimistas são pessoas que esperam que
coisas boas aconteçam; pessimistas são as pessoas que esperam que coisas ruins aconteçam.”
(CAVER et al., 2009, p. 303). Afirmam os autores que otimistas e pessimistas “diferem em
52
como abordam os problemas, e eles diferem na maneira – e no sucesso – com o qual eles lidam
com adversidade. (CAVER et al., 2009, p. 303).
Consideram o que as teorias sobre expectativa de valor pressupõem; que “o
comportamento reflete a busca de metas: ações ou estados desejados.” (CAVER et al., 2009, p.
303).
Com relação às metas, os autores destacam dois elementos: o valor das metas para o
indivíduo e o segundo a expectativa, ou seja, a confiança de que poderá alcança-la. Com esses
dois elementos, os indivíduos persistirão em atingir seus objetivos, mesmo em meio a
adversidades que surjam. Com isso, “otimistas deveriam tender a ser aquelas que tendem a ser
confiantes e persistentes diante de desafios” e “pessimistas deveriam ser inseguros e hesitantes
nessas mesmas situações.” (CAVER et al., 2009, p. 303).
Da mesma forma que ocorre na abordagem de Martin Seligman, a qual apresenta o
otimismo como passível de medição, esta, da mesma forma, também é passível de avaliação o
que permite enquadrar-se como caracterização do otimismo como componente do PsyCap.
Além disso, segundo Luthans e outros (2010), ao abordar o arcabouço de Caver e Scheier,
apontam que como o estilo atributivo abordado por Seligman era passível de desenvolvimento,
os autores consideraram da mesma forma que seria possível uma mudança do direcionamento
otimista. Nesse sentido, configura-se a sua característica de state-like do PsyCap, passível de
desenvolvimento a partir de alguma modelagem de intervenção. (LUTHANS et al., 2010).
2.4.3 Autoeficácia
O estudo e pesquisa a respeito da autoeficácia são embasados na Teoria Cognitiva
Social, resultado de pesquisas e estudos desenvolvidos no trabalho de Albert Bandura e outros,
que desenvolveu na obra Self-Efficacy: The Exercise of Control (1997), sendo considerado o
autor mais referenciado sobre o tema. Em seus estudos e abordagens, a autoeficácia,
pensamento humano aprendido e não de herança genética, é considerada uma capacidade que
tem estreita e forte relação com a perfomance no trabalho, tendo desenvolvido pesquisas que
demonstram como a confiança pode ser desenvolvida neste ambiente. (BANDURA, 1986;
WOOD & BANDURA, 1989; BANDURA, 1997)
Percebe-se que o conceito da autoeficácia ao longo dos anos vai se construindo na voz
de seu precursor. Em 1982, Bandura aponta a autoeficácia como sendo um julgamento sobre “o
quanto bem alguém pode executar os cursos de ações requeridas para lidar com situações
prospectivas.” (BANDURA, 1982, p. 122). Chegando a 1986, ela é definida como “o
53
julgamento das pessoas de suas capacidades em organizar e executar cursos de ações requeridas
para atingir determinados tipos de performance.” (BANDURA, 1986, p. 391) Já em 1997,
apresenta a definição de autoeficácia como sendo “as crenças das pessoas em suas capacidades
para produzir efeitos desejados pelas suas ações.”(BANDURA, 1997, p. xii)
Antes de apresentar a definição a seguir, destaca-se que Luthans já dedicava sua atenção
a aspectos positivos das pessoas, antes de conceituar o POB e o PsyCap. Verifica-se que sua
atenção já se direcionava ao construto da autoeficácia, como algo favorecer ao ambiente de
trabalho.
Em 1998, Luthans juntamente com Stajkovic, definem a autoeficácia como: “Convicção
individual sobre suas habilidades para mobilizar sua motivação, recursos cognitivos e cursos
de ações necessários para a execução com sucesso de uma tarefa específica num dado
contexto”. (STAJKOVIC & LUTHANS, 1998, p. 66)
À época, esses autores já consideravam que as implicações e influências da capacidade
da autoeficácia dos recursos humanos nos contextos organizacionais não deveriam ser
ignoradas pelos gestores, por ser considerada muito teórica e de difícil compreensão. Isso
considerando que a autoeficácia lida com a crença individual das pessoas em suas capacidades
para transformar o ambiente com suas ações, comportamentos para resultados que desejam.
(STAJKOVIC & LUTHANS, 1998)
Nos contextos organizacionais, o nível de autoeficácia é determinante para a melhoria
da performance já que isso determinará o nível de esforço que o empregado irá colocar em sua
tarefa. Sem a crença de que terá condições de cumprir o que lhe foi determinado, os recursos
humanos tendem a acessar de forma prematura seus esforços para produzir resultados.
(STAJKOVIC & LUTHANS, 1998) Isso coaduna com o que já afirmava Bandura em 1977:
“Expectativas de eficácia determinam quanto de esforço as pessoas irão despender e por quanto
tempo irão persistir em face de obstáculos e de experiências aversivas. Quanto mais forte for a
autoeficácia percebida, mais ativos serão os esforços.” (BANDURA, p. 194, 1997) Contudo,
não apenas essas expectativas são suficientes, mas também o reconhecimento das habilidades
necessárias para determinados tipos de tarefas. (BANDURA, 1997)
Luthans, Yousseff-Morgan e Avolio (2015), destacam, após análise de diversos estudos,
que a relação entre autoeficácia individual e performance é mais alta que alguns conceitos de
comportamentos organizacionais, como: estabelecimento de metas, feedback, satisfação no
trabalho, traços de personalidade Big Five entre outros. ((LUTHANS, YOUSSEFF-MORGAN
E AVOLIO, 2015)
54
Segundo Bandura (1977; 1997) e Stajkovic e Luthans (1998), a autoeficácia apresenta
3 dimensões que apresentam importância para a performance:
1) Magnitude: refere-se ao grau de dificuldade de uma tarefa que a pessoa julga que
tem capacidade para executar; encarando as tarefas com níveis distintos de desafios
ou impedimentos que permitam uma performance de sucesso;
2) Força: refere-se ao nível de julgamento sobre o quanto a magnitude é forte ou fraca;
e
3) Generalidade: algumas experiências geram uma específica crença de autoeficácia e
outras já promovem crenças mais generalizadas. (BANDURA, 1997, p. 42-43;
STAJKOVIC & LUTHANS, 1998, p. 66- 67)
Bandura (1977; 1997) apresenta quatro categorias principais de experiências ou de
fontes de informações, que determinam as crenças da autoeficácia, as quais são indicadas como
seus determinantes. São elas:
1) Experiência Atuante de Maestria ou Realizações de Desempenho: o êxito em
tarefas desafiadoras aumenta a crença da autoeficácia. Contudo não apenas os
resultados alcançados resultam num maior autoeficácia, mas também a percepção e
avaliação que o indivíduo fez de sua performance e de sua habilidade. Isso porque
outros fatores e não apenas a conclusão de uma tarefa influencia o nível de
autoeficácia, por esta se tratar de um processo cognitivo. As experiências de
sucessos anteriores são a mais evidente constatação de que se pode ser bem-sucedido
numa tarefa. A sua intensidade irá variar em função do ambiente, assim como pela
concepção/percepção da habilidade feita pelo indivíduo.
2) No caso do ambiente, devem ser considerados os seguintes aspectos: quantidade de
recursos disponíveis para a conclusão da tarefa com sucesso; interdependência da
tarefa com outras funções na organização; distrações físicas; quantidade de perigos
fisiológicos e psicológicos no ambiente; quantidade de ajuda externa recebida; e tipo
de supervisão.
3) No caso da concepção da habilidade, a forma como o indivíduo percebe a habilidade
– como uma dada entidade ou como uma habilidade adquirível - influencia a forma
como a informação é processada, sendo que, no segundo caso, há uma tendência de
a autoeficácia ser maior, já que o indivíduo pessoalmente considera ter mais controle
sobre a tarefa. Quando este controle é menor, o que acontece com primeira
55
concepção, há uma tendência a maior estresse e ansiedade, o que acaba por diminuir
a autoeficácia.
4) Aprendizagem Vicária: ocorre quando um indivíduo observa a performance
eficiência de uma outra pessoa que realiza a mesma tarefa que a sua e reforça isso,
tendo como consequência a melhoria do nível de autoeficácia. E quanto mais é
percebida similaridade entre a pessoa que serve de modelo e o indivíduo que
observa, maior é a aprendizagem vicária.
5) Persuasão Verbal: deve ser feita por um colega de trabalho que seja considerado
eficiente na mesma tarefa que o indivíduo executa e deve pretender aumentar o foco
na apreciação da sua autoeficácia, enfatizando uma crença do tipo “ você tem o que
precisa”, desde que o indivíduo já tenha ou considere que tenha as habilidades
necessárias para a execução da tarefa.
6) Excitação emocional/ psicológica: já que as pessoas percebem as oscilações
emocionais como sinais de vulnerabilidade, a autoeficácia acaba sendo influenciada
por elas. Quando há um foco de atenção mais autodirigido que um orientado à tarefa,
percebe-se um nível maior de excitação psicológica. O que se verifica é que as
pessoas com maior autoeficácia tendem a ver a excitação emocional como
favorecedora da a execução da tarefa enquanto as com baixa tendem ao oposto.
(BANDURA,1977; 1997)
A autoeficácia, ou seja, a condição de o indivíduo perceber e avaliar capaz para a
realização de uma tarefa, faz com que sejam reservados os esforços necessários para a sua
execução com alta performance e sucesso e isso vem sendo alicerçado tanto por teoria como
em pesquisas sobre o tema. Essas comprovações sobre os resultados obtidos por indivíduos
com maiores níveis de autoeficácia vêm sendo avaliados no trato das atividades laborais, em
diversas áreas organizacionais, a exemplo: vendas, adaptabilidade a inovações tecnológicas,
adaptação a novos contextos corporativos e performance gerencial. (STAJKOVIC &
LUTHANS, 1998)
Segundo Luthans, Yousseff-Morgan e Avolio, (2015):
As pessoas com crença alta de autoeficácia são distintas em cindo importantes
características:
1.Elas estipulam altas metas para si mesmas e auto-seleção em tarefas difíceis.
2.Elas dão boas-vindas e adoram desafios.
3.Elas são altamente automotivadas.
4.Elas investem o esforço necessário para realização de suas metas.
56
5.Quando confrontadas com desafios, elas perseveram. (LUTHANS, YOUSSEFF-
MORGAN E AVOLIO, 2015, P. 51)
Como já visto no item 2.4, o PsyCap é um construto mensurável e seus quatro aspectos
da mesma forma o são. A autoeficácia, isoladamente, é possível de medição, a partir das três
dimensões supracitadas, e , inclusive, por isso enquadra-se como um aspecto dos indivíduos
que atendem às condicionantes para compor o PsyCap. (BANDURA, 1997; STAJKOVIC &
LUTHANS, 1998)
2.4.4 Resiliência
Apesar de ser um conceito que, originariamente, surgiu no campo da Física e da
Engenharia - sendo entendido, na primeira, um tipo de propriedade pela qual a energia contida
num corpo é devolvida quando é cessada a tensão da deformação elástica – é um conceito que
vem sendo aplicado em diversas áreas como: Educação, Sociologia, Psicologia, Medicina e
Administração. (CARMELLO, 2008)
Ann S. Masten é considerada uma pesquisadora ícone no campo do estudo da resiliência
e sua abordagem permeia todos os artigos sobre PsyCap quanto a esse componente. Suas
pesquisas sobre resiliência em crianças desencadearam outros estudos sobre o tema no campo
da Psicologia Positiva. Isso porque foi identificado que as estratégias utilizadas para o
desenvolvimento da resiliência em crianças e jovens poderiam ser replicadas em outros
contextos. Com isso, as pesquisas passaram a concentrar atenção também em estudos sobre
quem é resiliente, quais características possuem e o que os diferem das outras (LUTHANS,
YOUSSEF-MORGAN , AVOLIO, 2015) Essas pesquisas seriam as pesquisas que Masten e
outros (2009) indicam como sendo as Focadas na Pessoa, que junto com as abordagens
Focadas nas Variáveis (“busca de fatores de proteção específicas ou influências para aspectos
particulares de adaptação”), compõem os principais campos de estudo da resiliência.
(MASTEN et al., 2009, p. 120-121)
Luthans, Youssef-Morgan e Avolio (2015) reportando-se aos estudos de Masten (2001),
apontam que “a resiliência envolve habilidades diárias e forças psicológicas que podem ser
identificadas, medidas, mantidas, e nutridas em indivíduos de todas as idades e de todas as
condições psicológicas“ (LUTHANS, YOUSSEF-MORGAN, AVOLIO, 2015, p. 144). Em seu
artigo Ordinary Magic – Resilience Process in Development de 2001, Masten aponta que: “A
resiliência não vem de qualidades raras ou especiais, mas da mágica diária dos recursos
humanos comuns...” e completa “A conclusão de que a resiliência emerge de processos comuns
57
oferece uma visão muito mais otimista para ação que a ideia de que processos raros e
extraordinários estão envolvidos” (MASTEN, 2001, p. 235)
Segundo essa autora, a “resiliência aparece como um fenômeno comum que resulta na
maioria dos casos dos sistemas adaptativos humanos básicos” (MASTEN, 2001, p. 227). A
autora a define: “ resiliência refere-se a uma classe de fenômeno caracterizada por resultados
bons apesar das ameaças sérias para adaptação e desenvolvimento.” (MASTEN, 2001, p. 228)
Segundo Snyder e Lopez (2009), a resiliência é definida como: “Capacidade de se
recuperar ou de se adaptar positivamente diante de adversidades ou riscos significativos.”
(SYNDER & LOPEZ, 2009, p. 120).
Luthans (2002) já define a resiliência como um componente do PsyCap como: “a
capacidade psicológica positiva para rebote ou para recuperação da adversidade, incerteza,
conflito, insucesso, ou mesmo mudanças positivas, progressos, e aumento de responsabilidade.”
(LUTHANS, 2002, p. 702). Acrescentam, Luthans, Youssef-Morgan e Avolio (2015) que a
“resiliência PsyCap inclui não apenas retorno ao estado normal, mas também usa a adversidade
como um trampolim para o crescimento e o desenvolvimento.” (LUTHANS, YOUSSEF-
MORGAN, AVOLIO, 2015, p. 145) Percebe-se a inclusão de um aspecto da resiliência voltado
não apenas ao “retorno ao estado normal”, mas ao desenvolvimento. Os autores acrescentam
ainda que a “resiliência é uma força ou capacidade psicológica dinâmica, maleável e
desenvolvível” (LUTHANS, YOUSSEF-MORGAN, AVOLIO, 2015, p 155).
Luthans, Youssef-Morgan e Avolio (2015) reportando-se aos estudos de Masten,
apontam que “a resiliência envolve habilidades diárias e forças psicológicas que podem ser
identificadas, medidas, mantidas, e nutridas em indivíduos de todas as idades e de todas as
condições psicológicas “ (LUTHANS, YOUSSEF-MORGAN, AVOLIO, 2015, p. 144). Em
seu artigo Ordinary Magic – Resilience Process in Development de 2001, Masten aponta que:
“A resiliência não vem de qualidades raras ou especiais, mas dos recursos humanos comuns e
mágicos do dia a dia...” e completa “A conclusão de que a resiliência emerge de processos
comuns oferece uma visão muito mais otimista para ação que a ideia de que processos raros e
extraordinários estão envolvidos” (MASTEN, 2001, p. 235)
Tratando-se a resiliência de um construto inferencial e contextual requer dois
julgamentos principais: sobre a ameaça da inferência, ou seja, deve haver risco, pois a partir
desse é que a expectativa contemplada comumente é negativa, o que leva a quem é resiliente
suplantá-lo; e sobre a qualidade do resultado da adaptação ou do desenvolvimento se é
avaliada como bom ou OK. (MASTEN, 2001). Diante disso, Masten e outros (2009), afirmam
que:
58
o estudo do fenômeno da resiliência requer que os investigadores definam dois
critérios: (a) o critério ou método para identificar adaptação positiva ou
desenvolvimento e (b) a presença passada ou atual de condições que ameaçam
perturbar a adaptação positiva ou desenvolvimento de danos. (MASTEN et al., 2009,
p. 118)
Com a análise de diversas definições Caza e Milton (2012), afirmam que “a resiliência
requer uma precondição de algum estressor negativo, ou exposição a uma ameaça significante”
e como segundo componente essencial apontam a “concepção de adaptação positiva do
indivíduo em face desse estresse ou ameaça.” (CAZA & MILTON, 2012, p. 896). Já Luthans,
Youssef-Morgan e Avolio (2015), considerando já uma abordagem no contexto do trabalho,
assim como Caza e Milton (2012) apontam como características da resiliência: “(a) presença
de adversidade; (b) demonstração de adaptação; e (c) subsequente crescimento.” (LUTHANS,
YOUSSEF-MORGAN, AVOLIO, 2015, p. 145).
No contexto organizacional, Caza e Milton (2012) definem a “resiliência no trabalho
como uma trajetória de desenvolvimento caracterizada pela competência demonstrada em face
de, e crescimento profissional após experiências de adversidade no local de trabalho.” (CAZA
& MILTON, 2012, p. 896), acrescentando, ainda, que ela engloba manifestações
comportamentais, afetivas, e psicológicas de adaptação e crescimento profissional, dentro de
contexto de adversidade significante no trabalho” (CAZA & MILTON, 2012, p. 896).
Segundo Luthans, Youssef-Morgan e Avolio (2015), baseando-se em pesquisas, a
Psicologia Positiva apresenta estudos e pesquisas sobre alguns fatores que podem contribuir ou
prejudicar o desenvolvimento da resiliência, e sobre esses apresentam as seguintes
considerações:
1) Bens/Ativo da Resiliência (ou Fator de promoção): são aqueles fatores que podem
aumentar o nível de resiliência (LUTHANS et al., 2006). Na definição de Masten e
outros (2009): “uma característica mensurável de um grupo de indivíduos ou suas
situações que predita resultados positivos num critério de resultado específico...
através de um nível de risco.” (MASTEN et al 2009, p. 119) Como exemplos
consideram: estabilidade emocional, habilidades cognitivas, senso de humor,
insight, independência criatividade entre outros. (LUTHANS, YOUSSEF-
MORGAN, AVOLIO, 2015) Um bem que recebe muita atenção é o que refere aos
relacionamentos, sendo enfatizada, como exemplo a importância do cuidado dos
adultos e parentalidade eficaz;
59
2) Fatores de Risco: já são aqueles que reduzem os níveis de resiliência. (LUTHANS
et al., 2006). Na definição de Masten e outros (2009): “uma característica
mensurável de um grupo de indivíduos ou suas situações que predita resultados
negativos num critério de resultado específico (MASTEN et al 2009). Os fatores de
risco podem ou não gerar resultados negativos e atingem as pessoas de formas e
intensidades distintas, sendo ainda considerado como forma de desafios para
desenvolvimento. (LUTHANS, YOUSSEF-MORGAN, AVOLIO, 2015). Como
exemplos, baseados em diversas pesquisas apontam: eventos estressantes da vida,
(MASTEN et al 2009), saúde precária, subeducação, subempregos, terrorismo,
violência escolar, furacões, alcoolismo, uso de drogas, exposição à violência
(LUTHANS, YOUSSEF-MORGAN, AVOLIO, 2015), lar abusivo (LUTHANS et
al., 2006) entre outros.
3) Valores: “os sistemas de valores subjacentes que guiam, formatam e dão
consistência e significado às cognições, emoções, e ações de um indivíduo” é
apontado como um fato de muita importância, considerando que junto com as
crenças possibilitam transpor adversidade e vislumbrar um futuro melhor
(LUTHANS, YOUSSEF-MORGAN, AVOLIO, 2015, p. 151).
Os autores apontam ainda que, quando considerados os bens e os riscos, no processo da
resili6encia PsyCap não basta apenas considerar um cálculo do tipo: considerada a totalidade
dos bem menos a intensidade exposição a fatores de risco, encontra-se um resultado. Esses dois
fatores por outro lado apresentam uma natureza cumulativa e interativa. (LUTHANS,
YOUSSEF-MORGAN, AVOLIO, 2015).
No contexto do trabalho, a resiliência vem sendo cada vez mais pesquisada, tendo em
vista que este ambiente apresenta características ( estresse, competitividade, inimizades) que
podem ser transpassadas com maior facilidade por indivíduos com maior nível de resiliência.
Contudo Luthans, Youssef-Morgan e Avolio (2015), apontam que a definição habitual sobre
resiliência ainda é ineficiente nas organizações, onde se busca profissionais que consigam
desenvolver-se em situações de caos, superando-se em suas atitudes, onde apenas retornar ao
estado usual não basta; é preciso ser melhor que o normal. Precisa-se que a resiliência não seja
apenas reativa, mas proativa, com vistas a obter ganhos efetivamente positivos. (LUTHANS,
YOUSSEF-MORGAN, AVOLIO, 2015).
Assim como os demais componentes do PsyCap, a resiliência tanto na Psicologia
Positiva como na área de negócio é possível de ser desenvolvida, tendo pesquisas, inclusive,
60
na área neurológica que apontam a neuroplasticidade para aumento de resiliência. (LUTHANS,
YOUSSEF-MORGAN, AVOLIO, 2015).
Luthans, Youssef-Morgan e Avolio (2015), adaptam para o contexto do trabalho as três
estratégias de desenvolvimento de resiliência apontadas por Masten e outros (2009):
1-Estratégia Focada nos Ativos: intensificar os níveis dos bens para aumento da
probabilidade de resultados positivos. Isso inclui o capital humano, o capital social e o capital
psicológico nas organizações;
2-Estratégias Focadas nos Riscos: a proposta é de instituir ações que possam prevenir
a concretização dos riscos, sendo que no contexto do trabalho, mais que promover a evitação
dos mesmos, a atenção recai sobre o seu gerenciamento.
3-Estratégias Focadas em Processos: são “processos e sistemas adaptativamente
eficazes”, que visam “identificar, selecionar, desenvolver, aplica e manter a combinação
adequada de bens no gerenciamento pertinente dos fatores de risco.” (LUTHANS, YOUSSEF-
MORGAN, AVOLIO, 2015, p. 158).
61
3 REVISÃO DA LITERATURA
Neste capítulo, é apresentada a revisão da literatura sobre o tema capital psicológico
positivo, considerado essencial para a abordagem das questões de pesquisa e que contribuam
para o atingimento do objetivo geral e específicos.
Com esta revisão de literatura pretende-se apresentar o estado da arte sobre o tema
capital psicológico positivo, tentando identificar em que pontos a presente pesquisa se justifica,
para contribuição aos desdobramentos do tema, em especial, para a possibilidade de sua
aplicação no contexto da instituição pública CNEN.
A partir da escolha dos artigos a serem incluídos nesta revisão da literatura, espera-se
demonstrar a amplitude do tema em outros países, buscando identificar a possibilidade de
desenvolvimento de novas pesquisas no âmbito Brasil.
Além disso, com base nessa revisão de literatura é construída a metodologia a ser
utilizada para resultados que respondam às perguntas de pesquisa.
Este capítulo da revisão da literatura é dividido em duas partes:
Levantamento e Dados Estatísticos da pesquisa na Base Scopus
Apresentação, confrontação e análise de todas as publicações levantadas.
3.1 LEVANTAMENTO E DADOS ESTATÍSTICOS DAS PUBLICAÇÕES
Preliminarmente, alguns pontos são abordados sobre o que foi percebido ao longo do
levantamento das publicações, o que gerou a escolha de certas condutas:
- Conforme já abordado no item 2, considerando que o surgimento do tema capital
psicológico positivo é muito recente, datando seu início em 2004, optou-se por uma revisão de
literatura, abrangendo os oito últimos anos, com o intuito de compor esta revisão com artigos
que subsidiem a elaboração da pesquisa de forma pertinente.
- Conforme foi apontado no item 2.5 da Fundamentação Teórica deste trabalho, o tema
capital psicológico positivo, também apresenta como denominação: capital psicológico ou
simplesmente PsyCap. Diante disso e considerando que a maioria das publicações é em língua
inglesa, foi considerado que a busca pela palavra-chave “positive psychology” seria a que
abrangeria todas as demais denominações, tendo sido a denominação escolhida para a revisão
de literatura sobre o tema. Esse ponto inclusive foi constatado durante a revisão da literatura,
considerando as palavras-chaves indicadas nos trabalhos. O resultado obtido com essa condição
permitiu acesso a um número maior de documentos na busca Scopus.
62
- A busca teve como parâmetros: palavra-chave: “psychological capital”; Article, Title,
Abstract, Keywords; All Years to Present; All Subject Areas.
- Foram efetuadas buscas para comportamento organizacional positivo e para os quatro
aspectos positivos que compõem o PsyCap, a saber , esperança, otimismo, autoeficácia e
resiliência, mas os artigos encontrados não foram considerados relevantes para a questão de
pesquisa, além de a maioria deles aparecer na busca por capital psicológico e, por isso, optou-
se apenas pela revisão de literatura sobre o tema “capital psicológico”.
- Foi utilizada para a revisão de literatura a base de dados Scopus, por ter sido
considerado que seria suficiente para a identificação do tema foco deste trabalho, considerando
a relevância dos periódicos contidos nesta base; chegou-se a efetuar a busca na base Scientific
Eletronic Library Online – SciELO, mas os resultados não foram absolutamente relevantes,
tendo sido, inclusive, encontrada quase nenhuma publicação em língua portuguesa, sendo os
poucas encontrados sendo trabalhos de Portugal.
-Não foram efetuadas buscas em bases de dados da área de Psicologia, apesar do tema
ter se construído com base na Psicologia Positiva, pela decisão de direcionar a pesquisa sobre
o tema “capital psicológico” no contexto das organizações e instituições, descartando outros
estudos sobre uso ou prática clínica, que seriam também encontradas nesse tipo de base;
- Para esta revisão de literatura, tendo como marco final de pesquisa o mês de
maio/2016, considerando a intencionalidade de trazer a este trabalho o estado da arte dos temas
desenvolvidos, optou-se pela inclusão de publicações, analisadas como relevantes dos anos de
2008, 2009, 2010, 2012, 2013, 2014, 2015 e 2016.
- Considerando que os temas obtiveram desdobramentos significativos até os dias atuais
desde sua definição como um arcabouço teórico no ano de 2002, esta revisão de literatura não
se ateve a uma busca restritiva quanto aos autores ícones sobre o tema que foram os teóricos
iniciais de suas abordagens.
- A identificação das publicações reservou-se a observar em seus conteúdos o que traria
de contribuição para este trabalho, independentemente de seus autores, mas considerando a sua
relevância.
- Apesar de uma quantidade significativa de artigos identificados nas buscas a cada ano,
a escolha dos artigos a compor a revisão da literatura levou em consideração as seguintes
condicionantes:
. apresentar desdobramentos em aspectos concernentes ao capital psicológico que
contribuíssem com os objetivos da pesquisa deste trabalho;
63
. identificar os artigos, cujas pesquisas abordassem o capital psicológico com uma
aplicabilidade em inúmeros contextos organizacionais;
- descartar todos os artigos que, além do capital psicológico, incluísse descrição,
conceituação e abordagem de outro marco teórico de estudo acadêmico do contexto
organizacional, tais como: modelos específicos de liderança, estratégias modelares de gestão
organizacional, abordagens sobre desenvolvimento de recursos humanos entre outras;
-incluir artigos, cuja metodologia aplicada nas respectivas pesquisas contribuísse para o
método de pesquisa desta dissertação;
- excluir reviews, meta-análises, livros e capítulos de livros, os quais foram usados, em
alguns casos, para compor a descrição teórica do tema.
A partir dessas condicionantes foram identificados os artigos a serem usados na revisão
de literatura. Nessa busca, foi encontrado um total de 258 artigos, e desses foram analisados os
resumos de 79 publicações para verificação da contribuição e da aderência aos objetivos da
pesquisa, tendo sido escolhidos 26 artigos, os quais estão representados na Figura 3.
Figura 3: Mapeamento de publicações encontradas, resumos analisados e publicações utilizadas.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Publicações Encontradas
Resumos Analisados
Publicações Utilizadas
64
As publicações utilizadas compõem o Quadro 4.
Quadro 4: Referências utilizadas – Anos de 2016 a 2008
ANO 2016
Autor(es) Artigos selecionados Periódico
HARTY, Bo;
GUSTAFSSON, John-
Anders; BJÖRKDAHL,
Ann; MÖLLER, Anders
Group Intervention: A way to improve
working teams`positive psychological
capital
IOS Press
LORENZ, Timo; BEER,
Clemens; PÏTZ, Jan;
HEINITZ, Kathrin
Measuring Psychological capital:
Construction and Validation of the
Compound PsyCap Scale (CPC-12)
PLoS ONE
ANO 2015
Autor(es) Artigos selecionados Periódico
ABBAS, Muhammad &
RAJA, Usman.
Impact of psychological capital on
innovative performance and job stress
Canadian Journal of
Administrative
Sciences
BRADAN, Mohga A. &
YOUSSEF-MORGAN,
Carolyn M.
Psychological capital and job
satisfaction in Egypt
Journal of Managerial
Psychology
DAWKIS, Sarah;
MARTIN, Angela;
SCOTT, Jenn;
SANDERSON, Kristy.
Advancing conceptualization and
measurement of psychological capital
as a collective construct.
Human Relations
HELED, Efrat,
SOMECH, Anit;
WATERS, lea
Psychological capital as a team
phenomenon: mediating the
relationship between learning climate
and outcomes at the individual and
team level.
The Journal of Positive
Psychology
HSU, Michael L. &
CHEN, Forrence
Hsinhung
The Cross-level Mediating Effect of
Psychological Capital on the
Organization Innovation Climate-
Employee Innovative Behavior
Relationship
The Journal of Creative
Behavior
HWANG, Yeoun
Kyoung; LEE, Chang
Seek.
Structural Relationship between
Personal Image, Organization
Communication, Organization
Effectiveness and Psychological
Capital of Office Employees.
Indian Journal of
Science and
Technology
65
KARATEPE, Osman M;
KARADAS, Georgiana.
Do psychological capital and work
engagement foster frontline
employees` satisfaction? A Study in
the hotel industry.
International Journal of
Contemporary
Hospitality
Management
RUSSO, Silvia Dello &
STOYKOVA, Petya.
Psychological Capital Intervention
(PCI): A Replication and Extension
Human Resource
Development Quartely
THOMPSON, Kenneth
R. ; LEMMON, Garce;
WALTER, Thomas J.
Employee Engagement and Positive
Psychological Capital
Organizational
Dynamics
ANO: 2014
Autor(es) Artigos selecionados Periódico
AVEY, James B. (2014) The Left Side of Psychological
Capital: New Evidence on the
Antecedents of PsyCap
Journal of Leadership
& Organizational
Studies
CASSIDY, Tony;
McLAUGHLIN,
Marian; McDOWELL,
Eimear.
Bullying and health at work: The
mediating roles of psychological
capital and social support.
Work & Stress
LI, Bin; MA, Hongyu;
GUO, Yongyu, XU,
Fuming; YU, Feng ;
ZHOU, Zongkui
Positive Psychological Capital: a new
approach to social support and
subject-well-being
Social Behavior and
Personality
LUTHANS, Brett C.;
LUTHANS, Kyle W.;
AVEY, James B.
Building the Leaders of Tomorrow:
The Development of Academic
Psychological Capital.
Journal of Leadership
& Organizational
Studies
WERNSING, Tara. Psychological Capital: A Test of
Measurement Invariance Across 12
national Cultures.
Journal of Leadership
& Organizational
Studies
ANO: 2013
Autor(es) Artigos selecionados Periódico
BEAL III, Loyd;
STRAVOS, Jacqueline
M.; COLE, Matthew L.
Effect of psychological capital and
resistance to change on organizational
citizenship behavior
SA Journal of
Industrial Psychology
LUTHANS, Fred;
YOUSSEF, Carolyn M.;
SWEETMAN, David S.;
HARMS, Peter D.
Meeting the Leadership Challenge of
Employee Well-being Through
Relationship PsyCap and Health
PsyCap
Journal of Leadership
& Organizational
Studies
STORY, Joana S. P.;
YOUSSEF, Carolyn M.;
LUTHANS, Fred;
Contagion effect of global
leaders`positive psychological capital The International
Journal of Human
Resource Management.
66
BARBUTO, John E. ;
BOVAIRD, James
on followers: does distance and quality
of relationship matter?
ANO: 2012
Autor(es) Artigos selecionados Periódico
LI, Dongfang; LUO,
Jinlian; HUANG,
Liangchin.
A Study on the Relationship between
Supervisors” Feedback and
Employees’ Creativity: The
Mediating Effect of Psychological
Capital.
ICSESS 2012 –
Proceeding 2012. IEE
3rd International
Conference on
Software Engineering
Service,
CHEN, Don J.; LIM,
Vivien K.G.
Strength in adversity: The influence
of psychological capital on job
search.
Journal of Organization
Behavior
ANO: 2010
Autor(es) Artigos selecionados Periódico
AVEY, James B.;
LUTHANS, Fred;
YOUSSEF, Carolyn M.
The additive Value of Positive
Psychological Capital in predicting
Work Attitudes and Behaviors. 2010.
Journal of
Management.
ANO: 2009
Autor(es) Artigos selecionados Periódico
COMBS, Gwendolyn;
LUTHANS, Fred;
GRIFFITH, Jakari.
Learning motivation and transfer of
human capital development:
Implications from psychological
capital.
The Peaking
Performing
Organization
AVEY, James B.;
LUTHANS, Fred;
JENSEN, Susan M
. Psychological Capital: A Positive
Resource for Combating Employees
Stress and Turnover.
Human Resource
Management. Wiley
InterScince,
ANO: 2008
Autor(es) Artigos selecionados Periódico
AVEY, James;
WERNSING, TARA, s.
; LUTHANS, Fred,
(2008).
Can Positive Employees Help Positive
Organizational Change? Impact os
Psychological Capital ans Emotions
on Relevant Attitudes and Behaviors.
Journal of Applied
Behavioral Science
LUTHANS, Fred;
AVEY, James B.;
PATERA, Jaime L.
Experimental Analysis of a Web-
based Training Intervention to Academy of
Management Learning
& Education,
67
Develop Positive Psychological
Capital.
3.2 APRESENTAÇÃO, CONFRONTAÇÃO E ANÁLISE DE TODAS AS PUBLICAÇÕES
UTILIZADAS
São apresentados neste item os aspectos mais relevantes dos artigos selecionados na
revisão da literatura que poderiam trazer uma contribuição aos objetivos deste trabalho,
reservando atenção aos objetivos, metodologia e resultados obtidos, em cada uma das
publicações. Além disso, durante a análise dos artigos, foram observados e identificados os
resultados que mais pudessem contribuir para os seguintes pontos:
benefícios do capital psicológico positivo nas organizações;
habilidades e competências essenciais ou desejáveis aos indivíduos ao utilizar uma
abordagem do capital psicológico positivo;
criação de novos paradigmas organizacionais quanto à mudança do foco do olhar
nas deficiências e gaps dos recursos humanos, para uma nova cultura voltada para o
olhar das qualidades humanas positivas e sobre o bem-estar.
Para a sequência lógica da apresentação das publicações não foi considerada uma ordem
cronológica crescente ou decrescente. Optou-se por agrupar os conteúdos dos artigos,
considerando a similaridade dos temas foco de seus objetivos, a fim de possibilitar uma
confrontação mais relevante e uma análise mais consolidada. A descrição dos artigos é feita, a
seguir, com maior ou menor detalhamento, dependendo do quanto contribuam para o presente
trabalho e seus objetivos. Dessa forma, algumas explanações são absolutamente breves,
enquanto que outras são bastante detalhadas.
O artigo a ser descrito a seguir, na revisão de literatura, foi um dos únicos com uma
temática voltada ao preditores do PsyCap. Observa-se que as pesquisas apresentam uma
concentração maior nos resultados gerados a partir do uso dos PsyCap, o que acredita-se que
possa ser a primeira análise feita de um novo tema a ser utilizado no contexto organizacional,
para verificação de sua contribuição efetiva. Inclusive trata-se de um artigo mais recente de
2014, já transcorridos dez anos da concepção do PsyCap. Em função dessa temática , reserva-
se, excepcionalmente, uma descrição mais ampla de sua pesquisa.
68
Avey (2014), constatando que já havia muitos estudos que abordavam de forma ampla
as evidências quanto à utilidade do construto do capital psicológico positivo nas organizações,
bem como sobre intervenções sobre seu desenvolvimento, verifica que poucas são as pesquisas
direcionadas ao entendimento sobre quais aspectos, sistemas e estruturas dos recursos humanos
e das organizações podem ser considerados como preditores do capital psicológico.
Compreende que um diagnóstico a respeito disso pode contribuir para a facilitação de criação
de políticas organizacionais, de sistemas de gerenciamento de recursos humanos e práticas de
liderança que ampliem de forma geral o PsyCap dos empregados para benefícios do próprio e
da empresa. De forma a sistematizar seu trabalho, define quatro possibilidades de categorias de
antecedentes, com base em pesquisas realizadas até então:
o papel das diferenças individuais de trait-like: considerando que existe uma
correlação entre o PsyCap e a disposição cognitiva, as diferenças do estado
individual pode ser uma fonte do PsyCap;
os líderes e supervisores tem um impacto no PsyCap dos empregados: apesar de isso
estar constatado no que se refere à autoeficácia, em termos das ações e comunicação
dos líderes, o autor considera que isso é um ponto de partida para considerar a
influencia dos lideres como um preditor do PsyCap geral dos empregados;
o design do trabalho realizado: as características de alguns trabalhos influenciam a
auto-opinião ( opinião própria) sobre a motivação para a tarefa, sendo considerado
um preditor em potencial para o PsyCap; e
variáveis demográficas: considerar aspectos como gênero, idade, hierarquia
organizacional entre outros, é importante para analisar as raízes do PsyCap, sendo
uma categoria exploratória.
Com a aplicação de instrumentos com processos de avaliação psicométrica validada
(sendo para PsyCap , 24-PCQ), numa amostra de 1264 eletricistas, mecânicos e engenheiros de
uma grande empresa aeroespacial, para a medição de preditores num primeiro momento e do
PsyCap num segundo momento, pela internet, com intervalo de 1 semana, o primeiro estudo
concluiu que:
as diferenças individuais, no que tange autoestima e personalidade proativa, foi a
categoria mais forte como preditor do PsyCap com uma variação de 45% , sendo
que a autoestima foi o redito mais alto;
69
a categoria de supervisão foi a que ficou em segunda posição quanto à influência ao
PsyCap, com uma variação de 32% dos três tipos de lideranças identificadas –
liderança autêntica, liderança ética e supervisão abusiva;
a categoria do design do trabalho, considerando a complexidade da tarefa, pontuou
com uma variação de 12% como preditor do PsyCap;
os três aspectos demográficos – idade, gênero e ocupação – tiveram uma influência
na variação do PsyCap muito pequena, apresentando 2% nos três, sendo a idade o
que mais apresentou influência.
Já no estudo 2, com vistas a replicar e convergir os resultados encontrados no estudo 1,
foram aplicados, similarmente, instrumentos com processos de avaliação psicométrica
validada, numa amostra de 524 empregados de tecnologia, numa grande empresa da área de
telecomunicações, tendo os seguintes resultados:
as diferenças individuais, que incluíam os aspectos de autoavaliação e as dimensões
culturais de distância do poder, aversão à incerteza e coletivismo, confirmaram neste
segundo estudo, também como a maior variação com relação a PsyCap, tendo uma
variação de 24%, sendo que autoavaliação e coletivismos pontuaram
individualmente de forma significativa, enquanto que dois restantes não tiveram
significância como preditores do PsyCap.
a categoria de supervisão, assim como no estudo 1, foi a que ficou em segunda
posição quanto à influência ao PsyCap, com uma variação de 23% dos dois tipos de
lideranças identificadas – liderança empoderadora e liderança ética, sendo que a
primeira foi a maior preditora.
a categoria sobre design do trabalho não foi pesquisada no estudo 2;
a categoria sobre aspectos demográficos, considerou as mesmos aspectos, mas
nenhum deles foi significante como preditor do PsyCap.
O autor optou por replicar a análise final do estudo para poder verificar a singularidade
de cada preditor global sobre PsyCap, ou seja, se sua influência era única ou sobreposta com
relação aos resultados. Para isso, os melhores preditores, a saber autoavaliação e liderança
empoderadora foram novamente definidos como um preditor de PsyCap, tendo como resultado
que cada um deles era preditor do PsyCap com uma variância de 27% no geral.
Esses resultados sugeriram que podem existir constructos fixos nas categorias das
diferenças individuais, supervisão, características do trabalho e aspectos demográficos que
70
preditam a variação do PsyCap no trabalho. Além disso, destacam-se ainda os seguintes pontos,
com relação ao conhecimento existente sobre PsyCap:
os níveis de PsyCap não variam apenas por conta de um preditor mas de vários, no
mínimo três ( autoestima . complexidade da tarefa e parceria autêntica);
o PsyCap além de ser um construto multidimensional é um constructo
multiestabelecido;
a replicação do estudo confirmou que as diferenças individuais são os preditores
mais fortes, seguidas pela liderança e características do trabalho e confirmou que as
diferenças demográficas não são significativas;
numa reflexão especulativa, os autores consideram que, como a validação original
dos estudos sobre PsyCap ocorrem nos Estados Unidos, a diferença de isomorfismo
entre as culturas dos dois estudos podem gerar resultados menos robustos em
culturas que não a americana, apesar do uso de instrumentos que validam a tradução
dos instrumentos. Além disso, considerando a cultura primariamente individualista
do americano, pode gerar respostas com pontuações mais altas, ao contrário da
cultura chinesa mais tendenciosa ao coletivismo, o que faria com que o respondente
pontuasse mais baixo. Outro ponto sobre a robustez dos resultados, pode também
ser avaliada levando-se em consideração o perfil mais homogêneo e singular da
amostra do estudo 1, com relação à amostra do estudo 2.
A partir do presente estudo, o autor destaca que, a partir dos achados podem ser
consideradas quatro implicações práticas para os gerentes:
selecionar e contratar para alto PsyCap baseado nas suas diferenças individuais, tais
como autoestima, autoavaliação , personalidade proativa, usando um critério de
seleção baseado em traços para adquirir níveis de PsyCap potencialmente mais
sustentáveis;
investindo em desenvolvimento de práticas de liderança, tais como: liderança
autêntica, liderança de empoderamento e liderança ética, a organização de se
beneficiará com a melhoria das práticas dos líderes treinados, mas também com a
melhoria dos resultados do empregados com níveis de PsyCap mais altos, por conta
da relação com estes comportamentos e estilos dos líderes.
as organizações, na medida do possível, poderiam redesenhar os trabalhos e tarefas
para aumentar o PsyCap dos empregados;
71
considerando que a legislação americana não permite discriminação por gênero ou
idade na contratação de empregados, as organizações podem descartar preocupações
no que diz respeito a aspectos demográficos, quanto ao que diz respeito aos níveis
de PsyCap. (AVEY, 2014)
Considerando a proposta de realização da pesquisa desta dissertação em instituição
pública federal, o artigo a seguir traz um estudo em organização do mesmo tipo, consideradas
as diferenças possivelmente existentes entre instituições públicas brasileiras e de outros países,
como o caso dos Estados Unidos, onde foi realizada a pesquisa do artigo. Outro tema que o
artigo aborda é a análise do uso do PsyCap numa situação de processo de mudança
organizacional, o que também merece atenção, já que, na história de instituições públicas
brasileiras, a exemplo da CNEN, apresentam-se incontáveis e diferentes tipos e momentos de
processos de mudança. Conhecer essas duas temáticas, permite reflexões interessantes à
pesquisa deste trabalho.
Beal III, Stavros e Coloe (2013), partindo da constatação de que poucas pesquisas
empíricas tinham investigado a aplicação do comportamento organizacional positivo em
organizações do governo - dado este apontado por Youssef & Luthans em 2012 - conforme
apontado no item 0, envolvendo mudança organizacional, definem sua proposta de pesquisa,
visando construir um corpo de conhecimento sobre o POB e examinar o PsyCap em uma
instituição governamental num processo de mudança. O estudo, realizado em processo de
mudanças diversas para aumento de eficiência e eficácia, concentrou-se em duas hipóteses de
pesquisa entre os temas, capital psicológico, resistência à mudança e comportamento de
cidadania organizacional, sendo: 1 ) PsyCap tem relação com o comportamento de cidadania
organizacional; 2 ) Resistência à mudança abranda a relação entre o PsyCap e o comportamento
de cidadania organizacional. Na pesquisa, a amostra de 97 (noventa e sete) empregados com
tempos de serviço diferentes, dos dois gêneros e de idades diferentes, sendo 24% com função
de supervisão e os demais 76% sem funções, foram aplicados instrumentos de medição
quantitativa de autorrelato de PsyCap, ( 24 – PCQ) , de resistência à mudança e de
comportamento de cidadania organizacional. Além de serem sido considerados os itens
geográficos e qualitativos, foram ainda utilizadas perguntas abertas a fim de capturar dados para
análise qualitativa. A partir da análise quantitativa, a pesquisa mostrou que o PsyCap tinha uma
relação positiva com o comportamento de cidadania organizacional. O resultado também
mostrou que a resistência à mudança moderava o efeito do PsyCap sobre o comportamento de
cidadania organizacional. Esse resultado quantitativo confirmou as teorias existentes de que o
72
PsyCap é um preditor do comportamento de cidadania organizacional e que ainda o PsyCap
desempenha um papel importante na facilitação da mudança organizacional, através de um
funcionamento eficiente e efetivo do sistema organizacional. Já quanto à análise qualitativa os
dados confirmaram a teoria da mudança social como um caminho teórico através do qual o
PsyCap influencia a mudança organizacional positiva.Os dados corfimaram ainda a relação
entre positividade e repertórios pensamento-ação mais amplos e explicaram melhor a ligação
entre PsyCap e mudança organizacional.Além disso, mostraram uma interação significante
entre o Psy Cap e a resistência à mudança; as quatro características positivas pressionam contra
a resist6encia à mudança. Concluindo o artigo, os autores recomendam que as organizações:
maximizem a função do comportamento positivo na mudança organizacional; que foquem na
mudança centrada na pessoas para reduzir resist6encia; e gerenciem o PsyCap por meio de
educação e treinamento dos empregados no que se refere ao PsyCap no local de trabalho.
(BEALIII, STAVROS, COLOE, 2013)
O estudo desenvolvido na pesquisa a seguir aborda como temáticas o estresse e o
turnover nas organizações.2 As situações de estresse são percebidas em diferentes momentos e
geradas por inúmeras circunstâncias no contexto das organizações públicas e, por isso, o artigo
traz informações relevantes para a dissertação, em função da apresentação do papel do PsyCap
nessas situações.
Avey, Luthans e Jensen (2009) tomaram a análise da investigação sobre o capital
psicológico positivo no que se relaciona a situações de estresse e de turnover existentes no
contexto de locais de trabalho, ressaltando que muito precisa ser feito em termos de novas
perspectivas e iniciativas. Num estudo que abrange uma amostra heterogênea de 416
trabalhadores de diversos empregos numa variedade de indústrias, foi possível observar que o
capital psicológico positivo pode ser uma vertente para uma análise mais precisa sobre a
percepção de sintomas acerca do estresse em ambientes organizacionais, além de permitir uma
avaliação sobre o impacto do estresse quanto às intenções de abandonar ou procurar empregos.
Os autores sugerem que as iniciativas sobre o desenvolvimento de recursos humanos que visem
a potencialização do nível de capital psicológico positivo, podem possibilitar que os
empregados consigam perceber os sintomas do estresse, assim como limitar o turnover. A partir
de uma revisão de literatura sobre o tema do comportamento organizacional positivo, onde o
PsyCap se insere, os autores analisam em detalhes as condições e estímulos geradores do
estresse, além de mapear em linhas gerais as consequências que o estresse pode gerar nos
2 O tema do turnover não tem destaque para essa dissertação, considerando que não é uma tendência da área
pública, como o caso da CNEN, considerando, em especial, a estabilidade no emprego.
73
recursos humanos, como a piora da saúde, a insatisfação com o trabalho, o burnout, o que
acaba gerando situações de turnover voluntários. Os autores consideram que o PsyCap pode ser
um manual prático de gerenciamento para diminuição da epidemia de estresse. No estudo,
ainda é feito um paralelo entre cada um dos construtos que compõem o PsyCap (resiliência ,
autoeficácia, otimismo e esperança ), identificando o que cada um deles propicia de forma
positiva quanto à gestão, aos processos, aos relacionamentos, aos resultados, entre outros
aspectos nas organizações, mas sem deixar de considerar a concepção do PsyCap como um
construto nuclear. Partindo de três hipóteses, sendo as duas últimas dividas em duas: 1) O
PsyCap dos empregados terá uma relação negativa com os sintomas de estresse; 2a) O PsyCap
dos empregados terá uma relação negativa com suas intenções de abandono de emprego
relatadas; 2b) Os sintomas de estresse dos empregados parcialmente mediam a relação entre o
PsyCap e as intenções de abandono; 3a ) O PsyCap dos empregados terá uma relação negativa
com seus relatos de comportamentos de pesquisa de emprego; e 3b) Os sintomas de estresse
dos empregados parcialmente mediam a relação entre o PsyCap e os comportamento de
pesquisa de emprego. Utilizando-se de duas pesquisas, a primeira para a medição dos PsyCap
por meio do PsyCap, ( 24-PCQ) e uma segunda com questões sobre variáveis de sintomas de
estresse, intenções de abandono de emprego e comportamentos sobre pesquisa de emprego,
todas as hipóteses foram confirmadas pelo estudo. Considerando esses resultados obtidos com
o estudo, os autores destacam a importância de pesquisas futuras e práticas sobre treinamentos
voltados ao desenvolvimento do PsyCap bem como de seus constructos (AVEY, LUTHANS e
JENSEN, 2009).
O tema de análise do artigo seguinte traz uma situação vivenciada com certa frequência
no que diz respeito aos treinamentos pelos quais os servidores passam no contexto de trabalho,
foco do público da amostra dessa dissertação: a dificuldade no engajamento de capacitações,
como no repasse de aprendizados e conhecimentos obtidos durante tais eventos. Apontando os
resultados do artigo para o PsyCap como tendo um papel para a melhoria dessas ocorrência,
agrega-se uma outra possível contribuição para uso desse construto.
Combs, Luthans e Griffith (2009) fazem uma análise sobre uma forma de implicação
que o PsyCap pode ter com relação à potencialização dos resultados de programas de educação
de empregados, em duas vertentes: motivação para a aprendizagem e transferência da
aprendizagem, em programas de treinamento e desenvolvimento com vistas à melhoria de
performance e para que os empregados tenham maior engajamento com o trabalho. Indicando
que algumas opiniões apontam que esses treinamentos em muitos aspectos acabam não sendo
efetivos em seus resultados, sugerem que o PsyCap pode influenciar positivamente a motivação
74
para o aprendizado individual e, ainda, para a transferência e aplicação efetiva dos
conhecimentos, habilidades e técnicas apreendidos em treinamentos. Considerando que o
PsyCap com seus constructos – resiliência, autoeficácia, otimismo e esperança – podem
representar fatores internos relevantes dos indivíduos e gerar uma percepção mais positiva,
sugerem que o uso tanto do PsyCap Questionnaire ( PCQ) de 24 itens, como a PsyCap
Intervention (PCI) podem contribuir nos aspectos apontados. Para consubstanciar sua sugestão,
os autores abarcam a teoria sobre os construtos, apontando os aspectos de cada um deles que
podem favorecer a motivação para a aprendizagem e sua transferência no contexto do trabalho.
Além disso, considerando que o PsyCap tem uma relação positiva direta com melhoria de
performance, apontam que os treinamentos com foco em estratégias organizacionais podem se
beneficiar caso seja utilizada uma proposta com PsyCap. Os autores concluem que o uso do
PsyCap na educação organizacional favorece comportamentos, pensamentos e atitudes
positivas que energizam os empregados além de permitir que “tomem posse” do sucesso dos
esforços de aprendizagem e de aplicação, criando um efeito de espiral ascendente (COMBS,
LUTHANS e GRIFFITH, 2009).
O artigo a seguir sugere que o ceticismo organizacional e comportamentos
contraproducentes são padrões que podem ter melhorias a partir do PsyCap e esses são aspectos
observados na área pública. No contexto do serviço público federal, o ceticismo organizacional
existe como um paradigma das condutas de servidores, considerando a inexistência de uma
autonomia eficaz sobre as práticas dos processos institucionais, já que as diretrizes emanam de
órgãos centralizadores de políticas públicas. Já no que se refere aos comportamentos
contraproducentes, a estabilidade no emprego acaba por fomentar a postura do “nada fazer” por
não haver instrumentos gerenciais que permitam suplantar o paternalismo no contexto público.
Avey, Luthans e Youssef (2010) neste estudo, com uma amostra de 336 empregados
de um corte transversal amplo de organizações e empregos, analisam o PsyCap como
positivamente relacionado a determinados comportamentos cidadãos organizacionais e
negativamente ao indesejável ceticismo organizacional, às intenções de abandono de emprego
e aos comportamentos contraproducentes no trabalho. O estudo leva em consideração que o
impacto do PsyCap precisa necessariamente ser analisado com relação aos aspectos
positivos/desejáveis e negativos/indesejáveis das organizações. Os autores elaboram o estudo
a partir de quatro hipóteses: 1- PsyCap estará relacionado negativamente ao ceticismo
organizacional; 2) PsyCap estará relacionado negativamente com as intenções de abandono da
organização; 3) PsyCap estará positivamente relacionado a comportamentos cidadãos
organizacionais; e 4) PsyCap está negativamente relacionado a comportamentos
75
contraproducentes no local de trabalho. Considerando a influência dos fatores de personalidade
do Big Five - consciência e extroversão- sob o PsyCap, para a pesquisa, além do PsyCap
Questionnaire ( PCQ) de 24 itens, foi utilizado um instrumento de medição desses fatores, além
de serem utilizadas outras avaliações sobre ceticismo, contraprodução, comportamentos
cidadãos organizacionais, ajuste pessoa-organização e ajuste pessoa-emprego. Com os
resultados obtidos a partir da pesquisa, as quatro hipóteses foram confirmadas. Acrescenta-se
ainda que foi verificado que o PsyCap acrescenta uma variação a mais para traços positivos de
personalidade e de autoavaliação, como também, para ajustes pessoa-organização e pessoa-
emprego.(AVEY, LUTHANS e YOUSSEF 2010)
Como já apresentado, as emoções positivas são consideradas como colaborativas para
mudanças organizacionais positivas, mesmo em instituições pública, como a que é foco desta
pesquisa.
Avey e outros (2008) apresentam um estudo onde o foco está em verificar se
empregados positivos podem ajudar a um uma mudança organizacional positiva, apontando
que, quanto a este aspecto, os estudos sempre se voltaram para a análise da resistência dos
empregados para a mudança, enquanto pouca atenção foi dada à análise do quanto a
colaboradores positivos podem favorecer a mudança. Consideram os autores que o PsyCap e as
emoções positivas são exemplos de fatores no nível do indivíduo que podem favorecer a
mudança, definindo-os como empregados positivos. Sobre a mudança organizacional positiva,
os autores consideram como sendo qualquer tipo de mudança que traz mais coisas boas que
prejudiciais à organização, trazendo resultados positivos tanto a ela como aos seus empregados.
Com uma pesquisa envolvendo 132 empregados com um amplo corte transversal de diversas
organizações e empregos, o estudo visa verificar o impacto do PsyCap sobre as emoções
positivas e o quanto isso influencia em comportamentos e atitudes relevantes para a mudança
organizacional positiva. Os autores embasam-se nos estudos de Fredrickson sobre emoções
positivas, as quais resultam em maior nível de engajamento e comportamentos cidadãos
organizacionais e numa ampliação momentânea de repertórios de pensamento-ação, o que
consideram como facilitadores da mudança organizacional positiva. Os autores apresentam as
seguintes hipóteses: 1) As emoções positivas estarão relacionadas positivamente às atitudes de
engajamento e negativamente ao ceticismo organizacional; 2) Emoções positivas estarão
relacionadas positivamente a comportamentos organizacionais de cidadania e negativamente
76
com “workplace deviance”3; 3 ) PsyCap estará relacionado positivamente com emoções
positivas; 4 ) Emoções positivas irão mediar a relação entre o PsyCap e as atitudes de
engajamento e ceticismo e os comportamentos de cidadania organizacional ou de “workplace
deviance”. Os autores consideram ainda que, caso os empregado tenham maior mindfulness4
sobre suas emoções e pensamentos, podem dispor-se a modifica-los o que pode favorecer a
mudança organizacional. Com isso, propõe no estudo uma quinta hipótese: 5) Mindfulness irá
moderar a relação positiva entre o PsyCap e as emoções positivas de forma que se o PsyCap é
baixo, mindfulness irá ter uma relação forte com as emoções positivas. A pesquisa foi
desenvolvida, primeiramente, pela utilização de instrumentos independentes de medição de
PsyCap, emoções opositivas e mindfulness, sendo que, para o PsyCap, neste estudo, também
foi, como em outros, utilizado o 24- itens Questionário PsyCap. Depois de uma semana, os
participantes preencheram os instrumentos para medição de ceticismo, engajamento de
empregados, cidadania organizacional e workplace deviance. Ao final do estudo, os autores
chegaram a diversas conclusões: o PsyCap e as emoções positivas podem ser importantes para
neutralizar comportamentos e atitudes disfuncionais relevantes para a mudança organizacional;
especificamente, os recursos positivos dos empregados, a saber PsyCap e emoções positivas,
podem combater reações negativas, como ceticismo e workplace deviance, frequentemente
associados a mudança organizacional; os recursos positivos estão associados com atitudes
desejadas, como engajamento emocional, e comportamentos, como a cidadania organizacional;
considerando a pergunta foco do artigo, o estudo mostrou que o PsyCap e as emoções positivas
de fato são uma importante contribuição para a mudança organizacional; o mindfulness interage
com o PsyCap para prever emoções positivas, em especial, nos casos de PsyCap baixo, gerando
nesses empregados maior intencionalidade de escolha de atitudes que promovam o PsyCap.
Para lidar com situações de estresse e de resistência à mudança; além disso, também se concluiu
que as emoções positivas são mediadoras entre o PsyCap e os comportamentos e atitudes dos
empregados.( AVEY et al., 2008)
Como já apontado, o bem-estar é favorecedor não apenas no contexto do trabalho, bem
como em outros segmentos de nossa vida, através do qual, os indivíduos acabam obtendo
benefícios quando o nível de felicidade é mais elevado. Fora isso, o favorecimento em termos
3 Definido como: “comportamento voluntário que viola normas organizacionais significantes e ao fazê-lo, ameaça
o bem-estar da organização e de seus membros, ou ambos.” (ROBInSON&BENNETT,1995, A tipology of deviant
workplace behaviors: a multidimensional scaling study. Academy of Management Journal, 38, 555-572 ) 4 “Atenção reforça e consciência das experiências atuais da realidade presente” (BROWN & RYAN, 2003, p.823,
( Brown, K.S.&Ryan, R.M. The benefits of being presente: Mindfulness and its role in psychological well-being;
Journal of Personality and Social Psychology, 84, 822-848.
77
de saúde e relacionamentos, da mesma forma, acabam sendo beneficiados de forma
significativa. O estudo a seguir, contemplando essas temáticas, e em função da instituição
pública CNEN, assim como qualquer outra organização de trabalho, ser gerida e ter seu
funcionamento na mão de indivíduos, favorece a análise quanto a relação com um PsyCap mais
elevado.
Considerando que o ambiente organizacional, bem como os comportamentos e atitudes
de líderes vem sendo estudado no sentido de favorecer a saúde e o bem-estar dos empregados,
Luthans e outros (2013) sugerem uma pesquisa para identificar uma ligação do PsycCap com
outros domínios da vida do bem-estar em geral , considerando que, apesar dos seus impactos já
terem sido verificados em relação a atitudes, comportamentos e performance dos empregados,
ainda há um gap sobre esta análise proposta. Para a construção do trabalho, partem da hipótese
de que o Psycap não deve ser apenas um instrumento para o ambiente do trabalho, mas também
para a saúde e os relacionamentos. Com isso definem o Health PsyCap relacionando-o a
resultados de saúde objetiva, como o BMI ( Body Mass Index – em português, Índice de Massa
Corpórea) e do nível de colesterol, como também avaliação subjetiva de satisfação. Com isso,
definem as duas primeiras hipóteses: 1a) PsyCap focado na saúde está relacionado a resultados
objetivos de saúde, onde maior nível de Health PsyCap está relacionado a resultados objetivos
mais favoráveis para BMI e níveis de colesterol; 1b) PsyCap focado na saúde está relacionado
a satisfação com a saúde, onde alto nível de Health PsyCap está relacionado a avaliações
subjetivas de satisfação com a saúde mais altas. De forma semelhante definem o Relationship
PsyCap, relacionando-o a um importante papel na melhoria das relações, impulsionando
relacionamentos neutros, criando novos relacionamentos entre outros aspectos favoráveis. Com
isso, definem mais duas hipóteses: 2a) PsyCap focado em relacionamento está correlacionado
com satisfação de relacionamento, onde maior nível de Relationship PsyCap está relacionado
a avaliações de satisfação com relacionamentos mais altas; 2b) PsyCap focado em
Relacionamentos está correlacionado com resultados objetivos de relacionamento, onde maior
nível de Relationship PsyCap está relacionado a resultados objetivos favoráveis de maior gasto
de tempo com a família e amigos. Quanto ao domínio específico de satisfação com o trabalho,
relacionamentos e saúde e bem-estar geral, os pesquisadores identificam uma nova hipótese: 3)
o domínio específico da satisfação ( trabalho, relacional e saúde) juntos relacionam-se ao bem-
estar geral, onde o nível mais alto de satisfação de domínio específico está relacionada a
avaliações de bem-estar geral. Fechando o que chamam de Positivity Loop (laço de
positividade), referindo-se ao relacionamento do bem-estar geral com a positividade ( PsyCap)
geral, apontam a última hipótese do estudo: Bem-estar geral está positivamente relacionado a
78
capital psicológico geral. Aos 523 participantes da amostra, foi aplicado o 12-PCQ com
adaptações para a saúde, relacionamento e vida em geral, além de serem aplicadas escalas de
mediação para satisfação com relacionamentos, satisfação com a saúde, satisfação com o
trabalho, bem-estar geral, assim como medições de peso, altura e níveis de colesterol e dos
traços de personalidade de neuroticismo, concienciosidade e agradabilidade dos Big Five. Os
resultados dos estudos confirmaram todas as hipóteses apresentadas. (LUTHANS, et al. 2013)
Outro estudo que também traz a temática sobre a relação do PsyCap com melhoria de
saúde e ainda sobre a satisfação com o trabalho foi produzido por Harty e outros (2016). Os
estudos sobre o desenvolvimento de intervenções que promovam o PsyCap ou que o use para
diversas melhorias no contexto das organizações continuam sendo desenvolvidos. Neste estudo
de Harty e outros (2016), para investigar a possibilidade de aumentar o nível de capital
psicológico positivo, e a partir desse aumento verificar melhorias quanto à satisfação no
trabalho e à saúde, foram utilizadas duas intervenções em grupo com resultados positivos, sendo
o resultado de uma delas mais relevantes. Com atenção à necessidade de efetuar medições antes
e depois do experimento, os autores optaram por efetuar as intervenções apenas considerando
os construtos otimismo, autoeficácia e esperança, por terem concluído que não foi encontrado
um instrumento de mensuração do construto resiliência que se ajustasse ao estudo. Apesar de
terem usado cinco instrumentos distintos, os estudiosos optaram por não incluir o 24-PCQ ou
o 12-PCQ, como a melhoria das pesquisas utilizam. Nas intervenções, ambas com duração de
10 semanas e encontros a cada duas semanas com os autores do estudo e o grupo das
intervenções, os objetivos das práticas com os grupos foram distintos: 1 – Foco nos aspectos
positivos e na prática da gratidão; 2 - Foco no otimismo e no pensamento positivo, segundo
estudos de Martin Seligman (2009). Ao final das intervenções com a análise dos resultados
obtidos, foi confirmada a hipótese de que as emoções positivas, a satisfação com o trabalho e
a autoeficácia em uma equipe, pelo uso das intervenções utilizadas para aumento de capital
psicológico positivo. Assim como houve a opção de não utilizar instrumentos padrões de
medição de PsyCap, da mesma forma, neste estudo não foi utilizada a intervenção PCI
(LUTHANS et al., 2006), muito usada em diversas pesquisas. (HARTY et al., 2016)
Sobre a possibilidade de instituir intervenções alternativas para o desenvolvimento do
PsyCap, além da proposta PCI de Luthans e outros ( 2006) apontada no item 2.4, uma proposta
para aplicação pela web pode ser representativa num cenário de uso cada vez maior dessas
tecnologias no mundo globalizado atual.
Luthans, Avey e Patera (2008), considerando a condição de state-like do PsyCap, o
que o faz aberto ao desenvolvimento, construíram um estudo onde verificam se há a
79
possibilidade de, através de uma intervenção baseada na web de apenas duas horas, haver o
desenvolvimento do PsyCap dos participantes. Considerando que estudos já vem demonstrando
que o PsyCap impacta na performance, na satisfação ou no compromisso, no absenteísmo, os
autores consideram que ainda há muito que se aprofundar no que se refere ao desenvolvimento
do PsyCap através do modelo da Psychological Capital Intervention (PCI), destacando, em
particular, que não há o desenvolvimento e um assessment do PsyCap, através de uma
intervenção tecnológica, tipo Internet. Diante disso, os autores consideram que o momento é
propício para se propor uma intervenção para o PsyCap construída e operacionalizada para
distribuição pela web, acreditando que isso poderá trazer agilidade, baixo custo, conveniência
e efetividade ao campo da liderança e do desenvolvimento de recursos humanos, mas com foco
em métodos estruturais para impactar a aprendizagem e o desenvolvimento do PsyCap.
Apontam como sua hipótese de pesquisa: Capital psicológico como um construto nuclear
positive pode ser desenvolvido em empregados através de uma intervenção curta focada na base
web estruturada em torno das diretrizes reconhecidas de desenvolvimento dos quatro
componentes do PsyCap ( esperança, autoeficácia, otimismo e resiliência.) . A pesquisa foi
conduzida a um grupo de 364 trabalhadores, divididos em dois grupos – um de tratamento e
outro de controle A intervenção foi totalmente conduzida online pela web, utilizando-se ainda
o 24-PCQ previa e posteriormente à intervenção. O resultado da pesquisa demonstrou que o
grupo que passou pela intervenção aumentou o PsyCap, enquanto que o outro grupo, que
também passou por uma intervenção relevante, mas diferente, não obteve os mesmos
resultados, o que demonstra que pelo menos inicialmente o PsyCap de membros de
organizações pode ser desenvolvido a partir de uma intervenção curta baseada na web.
(LUTHANS, AVEY & PATERA, 2008)
Ainda com foco em intervenções que promovam o PsyCap, Russo e Stoykova (2015)
apresentam uma proposta de estudo, considerando a existência de gap de pesquisa nos termos
que aponta, com o objetivo de generalizar a efetividade da PCI (LUTHANS et al., 2006) na
condução por diferentes instrutores ( replication) e para explorar seus efeitos a longo prazo
(extension), com um acompanhamento após um mês de aplicação. Tratando-se de um estudo
de replicação, o planejamento da pesquisa envolve o mesmo tipo de amostra (estudantes e
profissionais), mas de países diferentes e, para uma análise critica diferenciada, utilizam a
medição do PsyCap em três momentos distintos ( antes, ao final e um mês após a intervenção),
além de utilizarem pesquisadores diferentes dos originais para a aplicação da replicação. Para
a pesquisa foi utilizada uma amostra de 40 indivíduos entre estudantes e profissionais da
Bulgária, com aplicação em dois grupos distintos da PCI, seguindo as instruções de Luthans e
80
outros (2006) Como resultados, foi verificado que: a replicação com diferentes instrutores foi
de extrema importância, pois se verificou que a intervenção é efetiva por si e não por conta do
instrutor; a replicação serviu como uma extensão da original, com aplicação da medição após
um mês da aplicação da intervenção e ainda por uma análise crítica distinta, já que propiciaram
uma análise sobre a durabilidade dos efeitos ao longo do tempo. (RUSSO & STOYKOVA,
2015)
As pesquisas sobre o PsyCap, originariamente produzidas na área organizacional, estão
sendo contempladas em outras dimensões, inclusive no que diz respeito às intervenções
utilizadas para a sua potencialização. Outra pesquisa interessante com a intervenção PCI em
contexto fora do ambiente organizacional, está contida no artigo de Luthans, Luthans e Avey
(2014), que tem como proposta investigar se um intervenção de micro-treinamento aplicada a
estudantes de negócio, pode gerar melhoria da performance acadêmica a partir da
potencialização do PsyCap. Descrevendo o cenário das escolas de negócios, notoriamente
preocupadas com o desempenho acadêmico dos estudantes, sempre com foco em métodos
convencionais de modelos de deficiências, os estudiosos apontam que deve se dar atenção a
novas possibilidades de proativamente desenvolver o PsyCap, levando-se em conta o meio
turbulento do meio dos negócios na atualidade, podendo se tornar uma vantagem competitiva
para maiores níveis de desempenho acadêmico e profissionais de sucesso. Os autores destacam
a existência de pesquisas que abordam os construtos de compõe o PsyCap com o desempenho
acadêmico de estudantes, mas neste estudo, devido aos impactos positivos obtidos com o
PsyCap, até então mais pesquisado no ambiente de trabalho, apontam a possibilidade de seus
benefícios se estenderem aos contextos do sucesso acadêmico. Diante disso, consideram que,
com a aplicação de uma intervenção de curta duração para desenvolvimento do PsyCap, os
estudantes de negócios têm grande probabilidade de atingimento de sucesso acadêmico e
possivelmente até grandes carreiras de sucesso. Isso gera a hipótese do estudo: o PsyCap de
estudantes de negócios será significativamente melhorado através de uma curta PCI, treino de
intervenção. Com uma amostra de 214 estudantes de graduação da área de negócios, foi
aplicada a PCI (LUTHANS et al., 2006), com customização de exemplos e práticas para o
ambiente educacional de sua vivência, descartando as sugestões da PCI para ambientes de
trabalho, além de ser usado o 24-PCQ também com adequações. O estudo confirmou a hipótese
e os autores ainda sugerem o uso de outras estratégias que podem melhorar o PsyCap e
favorecer os estudantes foco do estudo como: expressões de gratidão, aprendizagem vicária e
bem-estar físico e mental. (LUTHANS; LUTHANS & AVEY, 2014).
81
Considerando a importância dos instrumentos de medição nos contextos das pesquisas
com métodos de verificação de evidências empíricas, alguns estudos sobre a medição do
PsyCap continuam sendo desenvolvidos, além dos modelos dos instrumentos do 24-PCQ e o
12-PCQ, como já apresentado no item 2.4. Uma dessas propostas está contida no estudo de
Lorenz e outros (2016), cujo objetivo é a formulação e validação de um instrumento alemão de
medição do PsyCap de domínio não específico, para que seja aplicado em outros contextos que
não apenas o de trabalho, como os outros dois indicados, partindo do pressuposto de que o
PsyCap está ligado a resultados de importância para os indivíduos de uma maneira geral. Para
o desenvolvimento do estudo e credibilização do instrumento para domínios da vida de forma
geral, o qual foi denominado como Compound PsyCap Scale (CPC-12) foram utilizadas
medições de outros construtos, cujas pesquisas em PsyCap tem demonstrado haver estreita
relação: afetos positivos e negativos, satisfação no trabalho, satisfação com a vida, bem-estar
subjetivo, percepção de apoio social, significado do trabalho, engajamento, gratidão, atitude
proativa e Big Five. O instrumento desenvolvidos considera questões apenas sobre os quatro
construtos do PsyCap ( otimismo, esperança, resiliência e autoeficácia) e ao final do estudo, os
autores concluíram pelos resultados que o PsyCap pode ser um construto geral e aplicável a
outras áreas que não apenas a do POB, já que pela abstenção de itens relacionados a trabalho,
o instrumento CPC-12 pode ser usado em diversos campos, assim como pode servir com uma
instrumento alternativo ao PCQ. Os autores, ao final, sugerem a aplicação do instrumentos em
outras amostras, bem como a aplicação de Intervenções de PsyCap em outros contextos fora do
trabalho, como escolas, universidades e famílias. (LORENZ, et al., 2016)
O estudo a seguir inclui, em sua pesquisa, o Brasil no que tange à representatividade em
aspectos culturais de aplicação do instrumento 12-PCQ, o qual não apresenta muita variância,
o que é importante para o presente trabalho.
Ainda com foco na aplicação de medições relacionadas ao PsyCap, Wernsing (2014)
destaca que a partir da sua concepção houve um crescimento significativo para uma década,
mas raro foi o enfoque em termos de analisar a sua natureza em diferentes países e culturas
distintas. Com essa contextualização, a autora apresenta um estudo sobre a invariância de
medição do instrumento 12-PCQ em doze culturas nacionais, as quais, além do Brasil, incluem
China, Alemanha, Índia, Itália, Máxico, Polônia, África do Sul, Suécia, Turquia, Reino Unido
e Estados Unidos, o que considera que abrange à maioria das culturas o que aponta como sendo
um projeto de pesquisa do Globo. Nesse sentido, esclarece que num estudo com 60 sociedades
foram encontradas evidências de que existem 10 culturas principais e que, neste estudo, inclui
pelo menos uma de cada uma delas. Destaca ainda que a pesquisa não se propõe as diferenças
82
existentes entre essas culturas mas apenas confirmar a similaridade de instrumentos de medição
do PsyCap. De todas as pesquisas estudadas neste trabalho de dissertação, esta é a que apresenta
maior amostra com 56.363 empregados de uma empresa multinacional; no Brasil,
representando a cultura latino-americana, foram 10.009 respondentes, ficando atrás da Índia
com 15.202 respondentes. Inicialmente, foi aplicado o 12-PCQ e, verificando a baixa
invariância quanto a alguns itens referentes ao otimismo, esses foram eliminados, e foi
construída uma escala de medição de PsyCap transcultural PCQ-9, apenas com três construtos
restantes ( esperança, autoeficácia e resiliência) , a qual apresentou invariância métrica, o que
a autora afirma representar o construto do PsyCap transcultural. (WERNSING, 2014)
Notoriamente, quando se estuda um campo de conhecimento novo, como é o PsyCap,
com menos de 12 anos desde a sua concepção, é interessante perceber a ampla dimensão dos
seus desdobramentos, como é o caso deste estudo de Hwang e Lee (2015) da Korea, o que
coaduna com a abordagem exploratória deste trabalho. Numa pesquisa envolvendo 520
empregados de diversas empresas, os estudiosos encontram correlação estrutural entre imagem
pessoal, comunicação organizacional, efetividade organizacional e capital psicológico positivo.
Através de dois estudos, toda a pesquisa foi baseada na aplicação de questionários de medição
de cada um dos aspectos envolvidos, os quais foram analisados através sistemas e programas
específicos, e posteriormente feitas as análise estatísticas para se chegar aos resultados sobre o
estudo. Mais uma vez, para a avaliação do PsyCap foi utilizado o 24 – PCQ, como em diversos
outros estudos. Como resultado foi concluído que: primeiramente, há uma correlação
significativamente positiva entre efetividade organizacional, imagem pessoal, capital
psicológico e comunicação organizacional; em segundo, a imagem pessoal afeta
significativamente o capital psicológico positivo; terceiro, comunicação organizacional
significativamente afeta o PsyCap e a efetividade organizacional; quarto, PsyCap afeta
significativamente a efetividade organizacional e portanto pode-se afirmar que essas aumenta
a medida que aumenta o nível do PsyCap; destacando que se pode interpretar que as habilidade
de esperança, otimismo, resiliência e autoeficácia do capital psicológicos dos empregados
melhoras as suas atitudes de trabalho , mas também a sua satisfação com o emprego, o
envolvimento organizacional e favorece o atingimento de efetividade da
organização.(HWANG & LEE, 2015).
A temática do bullying vem sendo foco de análise em diversos segmentos. Incluindo-se
não apenas os ambientes educacionais, mas também os organizacionais. Este estudo que traz
um desdobramento de análise quanto ao impacto do PsyCap, foi elaborado por Cassidy
McLaughlin e McDowell (2014), os quais desenvolvem uma pesquisa para investigar o papel
83
do PsyCap e do suporte social em relação ao impacto sobre bullying no trabalho.e os resultados
em termos de bem-estar e mal-estar. No estudo é proposto para teste um modelo de recursos de
bullying e saúde, tendo o PsyCap e o suporte social como mediadores em potencial. Destacando
que o estudo sobre o bullying no trabalho teve aprofundamento nos últimos 20 anos, os autores
apontam que um ponto em comum em todos os estudos foi o foco no negativo, seja com relação
a quem é atingido pelo bullying, como por quem assiste, como pela intensidade, pela duração,
pelo impacto, entre outros fatores. Com essa explanação, os autores reportam-se à Psicologia
Positiva que trouxe o foco para os aspectos positivos dos indivíduos, e que o PsyCap trouxe
uma nova visão positiva para o contexto organizacional, tomando por base os estudos dos temas
dessa nova ciência da Psicologia. Dessa forma, inicialmente apontam como pertinente um
estudo inovador sobre o PsyCap e o bullying. Além disso, considerando os resultados
verificados em alguns estudos sobre a ligação do bullying com o apoio social, os autores
consideram pertinente uma pesquisa que inclua neste viés o papel do PsyCap. Com essas
propostas, os pesquisadores apontam 3 hipóteses para o estudo: 1) O Psychological Capital
estará relacionado negativamente ao mal-estar e positivamente ao bem-estar; 2 ) A experiência
de bullying estará relacionada positivamente ao mal-estar e negativamente ao bem-estar; e 3)
Psychological capital e suporte irão mediar a relação entre a experiência de bullying e ambos
bem-estar e mal-estar. Com uma mostra de 2068 respondentes, a pesquisa utilizou
questionários de medição para os seguintes temas: bullying, recursos sociais, satisfação no
trabalho, Saúde mental negativa e positiva, estresse percebido e PsyCap para o qual foi usado
o 24-PCQ. O modelo apresentado confirmou as hipóteses do estudo, com um destaque de que
o PsyCap é um importante fator no bullying no trabalho, com um foco em particular por seu
papel em promover a saúde. (CASSIDY, McLAUGHLIN & McDOWELL, 2014)
Apesar de a instituição pública CNEN não se tratar de uma corporação a nível global,
verifica-se o distanciamento existente entre o Presidente da CNEN e os empregados e
subordinados, considerando a configuração da instituição com unidades em diversos pontos do
Brasil, como indicado no item 4.1.2 deste trabalho. O estudo a seguir traz uma abordagem muito
significativa no que tange a análise do quanto o PsyCap pode ser importante, mesmo em
situações relacionais do nível de peculiaridade da pesquisa.
O papel dos líderes no contexto organizacional é apontado em muitos trabalhos,
considerando os desafios que o cenário de competitividade apresenta. Neste trabalho, de Story
e outros (2013), é sugerido uma investigação sobre determinar ou não se as dimensões de
distância (física e frequência de interação) e de qualidade de relacionamento têm um impacto
sobre os efeitos do contágio de positividade ( aqui sendo, positividade o PsyCap) entre lideres
84
globais e seus seguidores. Partindo dessa proposta, são apresentadas 7 hipóteses para a
pesquisas: 1) capital Psicológico de líderes globais está positivamente relacionado à qualidade
de relacionamentos com seus seguidores; 2) a qualidade do relacionamento entre os líderes
globais e seus seguidores está positivamente relacionado ao PsyCap dos seguidores; 3) capital
Psicológico de líderes globais está positivamente relacionado ao Capital Psicológico dos seus
seguidores, com este sendo mediado pela qualidade de seus relacionamentos; 4) distância física
entre líderes e seguidores está negativamente relacionada à qualidade de seus relacionamentos;
5) frequência de interação entre líderes e seguidores está positivamente relacionada a qualidade
de seus relacionamentos; 6) a relação negativa entre a distância física e a qualidade de
relacionamento entre líderes e seguidores é moderada pelo capital psicológico dos líderes de tal
modo que o relação negativa é mais fraco quando o PsyCap dos líderes é mais alto; e 7) A
relação positiva entre a frequência de interação e a qualidade de relacionamento entre líderes e
seguidores é moderada pelo PsyCap dos líderes de tal modo que a relação é mais fraca quando
o PsyCap dos líderes é mais alto. Para a pesquisa, a amostra foi composta por 161 líderes globais
(aqueles que trabalham apenas com equipes globais) de uma empresa multinacional da Fortune
100, de diferentes nacionalidades.Foram efetuadas medições sobre a qualidade de
relacionamento entre líderes e seguidores, sobre a frequência de interação com vistas à
avaliação da distância do líder e do PsyCap, para o qual foi usado o 24-PCQ. Como resultados
apontados, os autores apontam que a um efeito de contágio entre o capital psicológico positivo
dos líderes globais existe, mas esse contágio numa distância existe, mas a qualidade do
relacionamento media esse efeito. Incluem ainda que o potencial indesejável do efeito da
distância parece ser tamponado pelo PsyCap dos líderes globais. Destacam que pesquisas
futuras precisam ser feitas para concluir as propostas apontadas pelo artigo. (STORY et al.,
2013)
A pesquisa exploratória proposta terá como foco o levantamento das avaliações e
impressões subjetivas de líderes e liderados, contemplando questionamentos sobre em que o
PsyCap pode ou não favorecer o ambiente organizacional e setorial de trabalho. Diante disso,
o artigo a seguir traz o enfoque sobre a avaliação relacional do PsyCap já em aspecto
relacionado ao coletivo de equipes de trabalho o que pode contribuir, após o levantamento de
dados, para uma análise melhor consubstanciada.
Apesar dos estudos sobre o PsyCap terem apresentado como foco inicial o
comportamento do indivíduo, começou a haver o desdobramento sobre como ele se manifesta
em equipes. Neste estudo de Heled, Somech e Waters e (2015), apresenta-se como proposta de
pesquisa uma análise sobre o papel mediador do PsyCap na relação entre clima de
85
aprendizagem e resultados no nível individual e de equipes. Partindo da importância de análise
do fenômeno do PsyCap como uma estrutura coletiva a ser analisada, o estudo foi desenvolvido
com uma amostra de 82 equipes de gestão escolar, totalizando 313 participantes, considerando
que apesar de ser um estado cognitivo que inclui crenças, atributos e expectativas individuais,
a proposta dos estudiosos é de que o PsyCap possa ser identificado como um fenômeno de
equipes. Para embasar essa análise, os autores apontam estudos sobre cada um dos quatro
aspectos do PsyCap, como já tendo sido avaliados no nível do coletivo por estudiosos de cada
campo respectivamente. São apresentadas 5 hipóteses pelos pesquisadores as quais foram
suportadas pelos resultados obtidos na pesquisa: 1) uma relação positiva será encontrada entre
o clima de aprendizado e o capital psicológico da equipe; 2) uma relação positiva será
encontrada entre o capital psicológico da equipe e a satisfação com o trabalho; 3) uma relação
positiva será encontrada entre o capital psicológico do time e o comportamento de cidadania
organizacional no nível das equipes; 4) capital psicológico da equipe irá mediar a relação entre
o clima de aprendizagem da equipe e a satisfação com o trabalho; 5) capital psicológico da
equipe irá mediar a relação entre o clima de aprendizagem e a cidadania organizacional da
equipe. Para a medição do PsyCap, foi utilizado um questionário de capital psicológico
revisado, desenhado para avaliar capital psicológico coletivo de equipes, produzido por Mathe-
Soulek e outros (2014), mas com algumas adaptações (HELED, SOMECH & WATERS, 2015)
Outro estudo que se indica apenas para reiterar o estado da arte do tema PsyCap sobre
a sua análise como sendo observável como um fenômeno coletivo e não apenas individual, e
que coaduna com o estudo de Heled, Someck e Waters(2015), é apresentado na pesquisa de
Dawkis e outros ( 2015), cuja proposta também se prende a esta consideração, mas com relação
à contribuição ao desenvolvimento de pesquisas sobre PsyCap coletivo, identificando
princípios, criando uma estrutura teórica para guiar futuros estudos. Apesar de sua concepção
ter sido direcionada a uma análise individual, os autores destacam a necessidade de ser
investigada a sua aplicação coletiva em equipes e grandes grupos, pois pouco foi feito sobre
isso. Primeiramente, é feito um delineamento de cenário precário de corpo teórico sobre o
PsyCap coletivo, passando a uma proposta de estrutura teórica, a partir da apresentação prévia
de cinco conceituações possíveis. (DAWKIS et al., 2015.)
Os estudos sobre o PsyCap originariamente foram conduzidos nos Estados Unidos e
grande parte de suas pesquisas também se concentra em seu território. Como já apontado,
poucas pesquisas são identificadas no Brasil e seu tema começa a crescer em novos estudos em
outros países, o que é absolutamente enriquecedor para os desdobramentos de seu conceito,
86
categorização, aplicação, desenvolvimento, fatores causais, benefícios, intervenções e novos
ambientes de análise, entre outros vieses possíveis de observação e análise.
O estudo de Badran e Youssef-Morgan (2015) propõe-se a ampliar as fronteiras de
aplicação do PsycCap, originariamente criado nos Estados Unidos para o norte da África e para
o Oriente Médio, especialmente no que diz respeito a sua relação com a satisfação no trabalho
através de uma pesquisa feita com 451 empregados egípcio de 11 empresas. Com o estudo, os
autores intencionam como implicações práticas identificar se o PsyCap pode ser uma nova fonte
em potencial de vantagem competitiva baseada em recursos humanos. Os autores fazem uma
contextualização bastante interessante sobre o norte africano e o Egito, refletindo sobre a
evidência de que abordagens de positividade intencional desempenham um papel importante
para a economia do Norte da África. Diante disso, consideram que o PsyCap pode desempenhar
um valor inestimável para empregados e empregadores à medida que favorece a motivação, o
esforço e a perseverança necessárias para desafios nesses contextos, além de instrumentalizar
a facilitação da mudança positiva. Fora isso, apontam que os construtos que compõem o
PsyCap são extremamente relevantes para a força de trabalho da força de trabalho e ainda pode
ser desenvolvido e potencializado.Considerando ainda que o PsyCap pode favorecer a
satisfação com o trabalho, os estudiosos definem 3 hipóteses para a pesquisa:1) PsyCap como
um construto de primeira ordem , manifestado pela esperança, autoeficácia, otimismo e
resiliência está positivamente relacionado à satisfação com o trabalho; 2) esperança,
autoeficácia, otimismo e resiliência estão positivamente relacionados à satisfação no trabalho;
3) PsyCap tem uma forte relação com satisfação com o trabalho mais que cada uma das facetas
individuais da esperança, autoeficácia, otimismo e resiliência. Interessante a diversidade de
tipos de empresas deste estudo: companhia farmacêutica, companhias de petróleo, fábrica de
chocolate, concessionária de telecomunicações, empresa de tecnologia da informação,
universidade pública e privada, todas de sucesso consideradas líderes de mercado, engajadas
em mercados internacionais. Os pesquisados consideram pertinente o uso de questionários de
medição de cada um dos quatro construtos do PsyCap, no lugar de usar o 24-PCQ, e ainda um
para a medição da satisfação do trabalho.O resultado do estudo mostrou que a pertinência das
hipóteses, além de fornecer evidências pela primeira vez de validação para o PsyCap no Norte
da África. (BADRAN & YOUSSEF-MORGAN, 2015).
O engajamento no trabalho é, no contexto das organizações públicas, uma temática que
merece uma apreciação e um investimento de esforços e iniciativas de forma mais enfática por
dirigentes organizacionais e gestores para sua instituição. Observa-se, ao longo de vinte e nove
anos de experiência em órgãos públicos, que os servidores, em sua maioria, não apresentam
87
uma motivação ao trabalho, considerando o engajamento, mas sua motivação é extrínseca e
potencializada pela recompensa pura e simples da remuneração ou, em alguns casos, pelo
interesse da beneficie de uma função gratificada, que pode além do ganho financeiro maior,
significar certo status ou poder no contexto organizacional. A pesquisa a seguir que aponta para
a relação do PsyCap com o engajamento pode contribuir de forma positiva para uma proposta
futura de construção de mecanismo favorecedor de maior engajamento na área pública com
base no PsyCap.
Thompson, Lemmon e Walter (2015) apresentam uma pesquisa para a qual apresentam
três objetivos relacionados ao engajamento no trabalho – o qual denominam como “imersão
cognitiva, emocional e física completa de si mesmo no seu trabalho“ (p. 185) – e ao Psycap.
São eles: 1) fornecer uma estrutura para entendimento da pesquisa existente sobre os preditores
do engajamento dos empregados; 2) estender a estrutura pela descrição de um novo preditor e
intensificador do engajamento do empregado embasado no próprio estado do indivíduo,
PsyCap; 3) fornecer a gestores e líderes com estudos de casos que ilustrem como melhorar o
engajamento dos empregados pelo uso do PsyCap. Com uma explanação descritiva sobre os
preditores do engajamento do trabalho (capital humano, capital social e capital familiar) os
pesquisadores, fazem uma abordagem onde apontam como o PsyCap pode desenvolver o
engajamento e pode melhorar as três formas de capital que apontam. Com uma abordagem
quantitativa sobre dados que apontam a correlação do PsyCap com o engajamento no trabalho,
os autores apresentam uma pesquisa qualitativa que se estrutura em cinco estudos de caso,
através dos quais demonstram qualitativamente as conexões qualitativas entre ambas as
abordagens. Resumem, destacando que líderes que desejam efetivamente e seriamente
promover o engajamento de sua equipe deve considerar o PsyCap como uma influência direta
para atar laços emocionais dos empregados com a organização, seus valores e metas.
(THOMPSON, LEMMON & WALTER, 2015).
No contexto do serviço público, inúmeras são as atividades laborativas que incluem o
atendimento direto aos cidadãos ou clientes, devido à natureza da função pública. Diante disso,
são incontáveis os servidores que atuam em linhas de frente de atendimento, e o que se espera
é que esse seja cada vez mais de melhor qualidade, a medida que a população reivindica o seu
direito quanto a um bom atendimento, seja em que segmento for. Diante disso, a pesquisa que
se apresenta a seguir aborda os empregados que atuam em “linhas de frente”, considerando o
seu engajamento no trabalho, o PsyCap e a satisfação dos empregados.
Outro estudo que inclui o engajamento em sua pesquisa foi desenvolvido por Karatepe
e Karadas (2015), no qual intencionam verificar se o PsyCap e o engajamento no trabalho
88
fomentam a satisfação de empregados de linha de frente ( aqueles que tem um contato “face-
to-face” com os clientes) , tendo como meta desenvolver e testar um modelo conceitual que
investigue o efeito do PsyCap no trabalho, na carreira e na satisfação com a vida, mediado pelo
engajamento no trabalho. Construída a pesquisa num ambiente de área hoteleira, o que já traz
um cenário novo de pesquisa do Psycap, o estudo apresenta quatro hipóteses: 1) Psycap estará
relacionado positivamente com engajamento no trabalho dos empregados de linha de frente; 2)
PsyCap estará relacionado positivamente a: (a) satisfação no trabalho, (b) satisfação com a
carreira e (c) satisfação com a vida dos empregados de linha de frente. ; 3) Engajamento no
trabalho estará positivamente relacionado a: (a) satisfação no trabalho, (b) satisfação com a
carreira e (c) satisfação com a vida dos empregados de linha de frente; 4) Engajamento no
trabalho irá mediar o impacto do PsyCap na: (a) satisfação no trabalho, (b) satisfação com a
carreira e (c) satisfação com a vida. A pesquisa foi desenvolvida em cidades da Romênia com
mais popularidade em turismo doméstico e internacional, em hotéis de 4 e 5 estrelas, com uma
amostra de 282 pessoas, quando forma utilizados questionários de medição do PsyCap (24-
PCQ) e outros específicos para engajamento no trabalho, satisfação com a carreira, satisfação
com o trabalho e satisfação com a vida. Como achados, os pesquisadores apontam: o otimismo
aparece como o melhor indicador de capital psicológico seguido pela resiliência, autoeficácia e
esperança; empregados com alto nível de PsyCap apresentam nível alto de engajamento no
trabalho, como também são mais satisfeitos com o trabalho, a carreira e a vida; o PsyCap eleva
o engajamento no trabalho que, por usa vez, leva à satisfação no trabalho, na carreira e na vida
(KARATEPE & KARADAS, 2015).
Como constatado ao longo deste trabalho, temáticas como emoções positivas, bem-
estar, melhoria de perfomance, estresse entre outros permeiam pesquisas que identificam se o
PsyCap apresenta uma relação positiva ou negativa quanto a esses aspectos. Já no que se refere
à melhoria de performance para inovação, no contexto público, devido à natureza de suas
atribuições, a maioria das instituições da administração federal indireta não compete com outras
organizações. Com isso, não se verifica uma preocupação com inovações nos processos de
trabalho, pela simples “concorrência”, circunstância que avassala outras empresas ou indústrias
da iniciativa privada. Contudo, a cada ano, constata-se a necessidade de inovação para melhoria
ou otimização de processos e, acima de tudo, para redução de custos, considerando a evolução
gradativa ao longo dos anos da redução dos orçamentos públicos, que vem gerando situações
graves e, muitas vezes, com consequências sérias, as quais geram estresse nos servidores e
terceirizados nas instituições Diante disso, o artigo de Abbas e Raja (2015), apesar de algumas
peculiaridades distintas das apontadas acima, traz considerações a serem observadas.
89
Os autores (2015), numa pesquisa desenvolvida no Paquistão, pretendem analisar o
impacto do PsyCap na performance de inovação e no estresse no trabalho, se baseado na teoria
“ampliar-e-construir” de Barbara Fredrickson (2001), por meio da qual os indivíduos podem
criar repertórios de pensamento-ação por meio de emoções positivas, que favoreçam tanto a
inovação como a redução do estresse. Descrevendo o cenário que norteia a sua pesquisa, os
autores, lançando mão de análises de estudiosos da área, destacam que passamos por um
momento em que a competitividade global requer iniciativas comportamentais de empregados
e líderes, mais inovadores – como o desenvolvimento e adaptação de novas ideias para
produtos, serviços e também para processos – para que haja uma vantagem competitiva das
empresas em que atuam. Ainda no delineamento do cenário, apontam que outra preocupação
gerada, inclusive pelo já apontado sobre inovações, é o estresse no trabalho, considerando as
pressões impostas no meio organizacional aos empregados, para que tenham fidelidade e
criatividade em suas práticas profissionais. E esse estresse acaba trazendo diversos prejuízos à
empresa consequentemente em função dos desdobramentos nocivos como gastos com saúde e
baixa produtividade, que chegam à casa dos bilhões em dólares. E considerando a busca por
variáveis que venham a favorecer o processo criativo e inovador, bem como venham a reduzir
o nível de estresse dos empregados, o artigo aponta o PsyCap, considerando as pesquisas
realizadas anteriormente a este estudo, como uma variável que possa colaborar com ambas
condicionantes organizacionais. Apontam a existência de estudos que abordam o processo
criativo na fase de geração de ideias, mas que são menos relevantes quanto ao desempenho
inovador relacionado ao trabalho, considerando que a efetivação da inovação envolve também
a adoção dessas novas propostas no contexto organizacional e sua implementação com sucesso
em diferentes níveis. Outro ponto que destacam é que, apesar de já haver estudos sobre a relação
do Psycap com o estresse no trabalho, ainda consideram insipiente, em especial, sobre a sua
eficácia em novos contextos como o Paquistão, apontando que sua pesquisa intenciona, ainda,
verificar a pertinência do uso de achados das pesquisas ocidentais em contextos orientais. (no
caso, o Paquistão). Considerando essa análise, os autores constroem a pesquisa com base em
duas hipóteses: 1) Capital Psicológico está positivamente relacionado a desempenho inovador;
2) Capital Psicológico está negativamente relacionado a estresse no trabalho. Para o
desenvolvimento da pesquisa com 237 respondentes voluntários de áreas do governo, de
bancos, firmas têxteis e companhias de telecomunicações, foram utilizados formulário de
medição de autorrelato para o Psycap (24-PCQ) e estresse no trabalho e para a medição do
desempenho de inovação foram considerados os relatos dos supervisores em questionário
específico. As hipóteses foram confirmadas, mas os resultados apontaram que, no Paquistão, a
90
associação entre o PsyCap e o desempenho de inovação e também com o estresse no trabalho
é mais baixa que em outros estudos anteriores. Confirmou-se ainda a validade externa da teoria
do PsyCap no Oriente assim como ocorre no Ocidente. (ABBAS & RAJA, 2015)
Outro estudo que também aborda a influência do PsyCap sobre a inovação
organizacional no contexto do oriente é apresentado por Hsu e Chen (2015). Os autores
apontam que, apesar de o clima de inovação organizacional ter sido estudado até então como
preditor efetivo da criatividade dos empregados e da inovação organizacional, é preciso
identificar uma melhor articulação entre mecanismos comportamentais que liguem o contexto
social com a inovação dos empregados. Com essa proposta e considerando o cenário também
de inovação como um aspecto relacionado à competitividade empresarial no mercado, o estudo
aborda a influência do PsyCap dos empregados para comportamentos de inovação dos
empregados. Diante disso, o estudo parte de 3 hipóteses: 1) o nível organizacional de inovação
organizacional está positivamente relacionado com o nível de comportamento de inovação do
empregado; 2) Quanto maior é o nível de capital psicológico positivo do empregado, maior é o
nível de comportamento de inovação do empregado; 3) o nível individual de capital psicológico
positivo media a relação entre o nível organizacional de clima organizacional de inovação e o
nível individual de comportamento de inovação do empregado. Com uma amostra de 922
participantes de Taiwan, de 16 organizações de áreas como informação, tecnologia, financeira,
turismo, negócios, biotecnologia, para possibilitar maior validade externa, foram aplicadas as
teorias, achados e padrões ocidentais e utilizados questionários de medição para o PsyCap (24-
PCQ) e questionários específicos para clima organizacional de inovação e comportamento de
inovação do empregado. Os resultados da pesquisa confirmaram as hipótese e foi identificado
que o efeito do PsyCap sobre o comportamento de inovação do empregado é maior que o efeito
do clima organizacional de inovação. (HSU & CHEN, 2015)
Em continuidade à abordagem da inovação na relação com o PsyCap, o artigo a seguir
contempla um estudo sobre a criatividade, a qual permeia é condição essencial à inovação nas
organizações.
A temática relacionada à criatividade permeia as pesquisas no campo do PsyCap,
considerando a urgência de inovações pelas empresas na competitividade de mercado. Num
estudo de 2012 desenvolvido na China, Li, Luo e Huang, abordam em sua pesquisa a
criatividade empregado em termos de geração de novas ideias, produtos e serviços,
considerando a sua relação com o feedback de supervisores, apontado como de extrema
importância no processo criativo dos liderados, e ainda do papel favorecedor do PsyCap dos
empregados. Quanto ao papel do PsyCap no processo criativo, apontam que, muitas vezes, nos
91
processos de implantação de inovações, algumas ideias acabam não obtendo o devido êxito,
fazendo com que os construtos que compõe o PsyCap possam favorecer os empregados que
apresentam inovações. Com essa proposta, os autores apresentam 3 hipóteses para o estudo: 1)
Feedback do supervisor tem um impacto significativo sobre a criatividade do empregado, com
uma influência positiva para feedback positivo (1a) e uma influência negativa para feedback
negativo (1b); 2) Capital Psicológico cumpre um papel intermediário entre o feedback positivo
do supervisor e a criatividade dos empregados; e 3) Capital Psicológico cumpre um papel
intermediário entre o feedback negativo do supervisor e a criatividade dos empregados. Com
uma amostra válida de 214 respondentes, foram respondidas três escalas, sendo uma para
criatividade, outra para feedback de supervisores e a 24-PCQ para PsyCap. O estudo revelou
que o feedback dos supervisores é o catalisador efetivo da criatividade dos empregados,
sugerindo que deve ser dada maior atenção por gestores quanto a fornecer feedbacks positivos
para melhores resultados quanto à inovação. Quanto ao PsyCap o estudo concluiu que as
pessoas com o PsyCap mais elevado apresentam melhores condições de completar um trabalho
de forma mais criativa. Com isso, os estudiosos sugerem que os supervisores em seus feedbacks
positivos deveriam incentivar o PsyCap de seus liderados. (LI, LUO & HUANG, 2012)
Concentrando a atenção em aspectos relacionados a suporte social e a bem-estar
subjetivo, o estudo de Li e outros (2014) tem como proposta a investigação sobre o PsyCap
como um fator que pode favorecer a relação entre eles. No estudo, o suporte social, entre os
fatores externos – aqueles que o indivíduo não tem domínio, pois dependem de outras
circunstâncias ou indivíduos, - é considerado uma variável muito importante para o bem-estar
subjetivo, isso independentemente de entre outras variáveis consideradas de menor
significância como saúde, renda, educação entre outros. Considerando estudos anteriores sobre
os resultados positivos do PsyCap em diversos aspectos: sobre o bem-estar subjetivo, sobre os
benefícios dos componentes do PsyCap ao suporte social e desse com o aumento do bem-estar
subjetivo, os pesquisadores apontam quatro hipóteses: 1) Capital psicológico positivo irá
significativamente predizer o bem-estar subjetivo de um indivíduo; 2) Suporte Social irá
significativamente predizer o capital psicológico positivo de um indivíduo; 3) Suporte Social
irá significativamente predizer o bem-estar subjetivo de um indivíduo; 4) Capital psicológico
positivo irá mediar a relação entre o suporte social e o bem-estar subjetivo de um indivíduo. A
pesquisa desenvolvida com 381 participantes de uma universidade de Wuhan, na China, aplicou
o Chinese Positive PsyCap Questionnaire- PPQ (ZHANG, ZHANG & DONG, 2010)
desenvolvido com base no 24- PCQ, sendo utilizada uma escala para medição do apoio social
e duas escalas para a medição do bem-estar subjetivo, uma para o aspecto cognitivo e outra para
92
o aspecto afetivo. Os resultados permitiram identificar que o apoio social, o bem-estar subjetivo
e o PsyCap estão positivamente associados e que o PsyCap media a relação entre o apoio social
e o bem-estar-subjetivo. Os autores apontam o estudo como o primeiro a abordar as três
temáticas de forma associada. Os dados mostram por evidências empíricas que pessoas que tem
recursos psicológicos positivos, como o PsyCap terão uma maior nível de bem-estar. (LI et al.,
2014).
Apesar de a empregabilidade no contexto público se dar em circunstâncias específicas
por meio de concursos públicos, é importante conhecer através do estudo de Chen e Lim (2012),
o grau de relação do PsyCap com a condição de pessoas que se deparam com situações de busca
de empregos, que podem acometer futuros candidatos à ocupação dos quadros públicos.
A diversidade de estudos sobre o papel que o PsyCap pode desempenhar em diversos
contextos é muito ampla e, pelo que se pode deduzir, tratando-se de um estudo de apenas 12
anos, é que ainda há muito que ser investigado. Neste estudo de Chen e Lim (2012), a pesquisa
concentra-se na influência do PsyCap sobre a procura de emprego entre empregados
desalocados do mercado de trabalho. Os autores apontam que as pesquisas concentraram-se, no
que tange à empregabilidade e à realocação no mercado de trabalho, nos capitais humanos e
nos capitais sociais – descritos no item 1.2 desta dissertação. Contudo, argumentam que o
PsyCap, focado em forças, percepções e atitudes individuais acerca do trabalho e sobre a vida
em geral, colabora significativamente com os dois outros capitais, facilitando o processo de
realocação no mercado. Com isso, apontam que o PsyCap favorece o comportamento de coping
de indivíduos com perda de emprego, aumentando seus níveis de empregabilidade percebida.
Enfatizam a importância de sua pesquisa considerando que a perda de emprego é o evento na
vida de um indivíduo mais estressante, ficando à frente de situações de coping relacionado a
divórcio e morte. Diante dessa consideração, apontam que desempregados com níveis mais
altos de PsyCap percebem-se de forma mais favorável como empregáveis, que aqueles com
níveis mais baixos. Com toda essa análise, os autores propõe um modelo de pesquisa que integra
o PsyCap, a empregabilidade percebida, estratégias de coping e procura de emprego. Definem
as seguintes 5 hipóteses para a pesquisa: 1) Capital psicológico está positivamente relacionado
a empregabilidade percebida; 2) Empregabilidade percebida está positivamente relacionada a
estratégias de coping centrada em problemas ( busca de assistência de emprego) e
negativamente relacionada estratégias de coping focadas em sintomas (busca de assistência
financeira); 3a) coping centrado em problemas ( busca de assistência de emprego) está
positivamente relacionado à busca preparatória de emprego e à busca ativa de emprego
enquanto que coping focado em sintomas (busca de assistência financeira) está negativamente
93
relacionado à busca preparatória de emprego e à busca ativa de emprego; 3b) coping centrada
em problemas ( busca de assistência de emprego) e coping focado em sintomas (busca de
assistência financeira) mediam a relação entre empregabilidade percebida e ambas busca
preparatória de emprego e à busca ativa de emprego 4) capital psicológico tem um efeito
indireto na busca preparatória de emprego e à busca ativa de emprego tanto para caminhos
centrados em problema como centrados em sintomas. Na amostra de 179 respondentes, forma
aplicadas escalas, com alguns ajustes, mas com propriedades psicométricas resguardas para os
seguintes temas: empregabilidade percebida, busca de assistência de emprego, busca de
assistência financeira, busca preparatória de emprego, busca ativa de emprego e PsyCap com
24-PCQ com adaptações. Das hipóteses indicadas somente a número 1 foi totalmente
confirmadas. Além dessa, a outra hipótese relacionada ao PsyCap, a confirmação foi apenas
parcial: o PsyCap influencia a busca de emprego somente através caminhos focados em
problemas e não em caminhos focados em sintomas. Outro ponto que o estudo mostrou foi que
o PsyCap tem um papel mais significativo em ajudar a longo prazo os indivíduos
desempregados a manter atitudes positivas, resguardando sua empregabilidade diante dos
desafios que eles enfrentam. Fora isso, com base em análises qualitativas de declarações dos
participantes da pesquisa, os pesquisadores apontam que o capital psicológico é importante para
apoiar os indivíduos durante adversidades; mesmo desempregados, os construtos do Psycap são
perceptíveis à medida que os indivíduos se mantém confiantes em suas habilidades
(autoeficácia), permanecem otimistas (otimismo), são persistência na busca de emprego
(esperança) e encontram alternativas diante de obstáculos durante a busca de emprego
(resiliência). (CHEN & LIM, 2012)
A análise dos artigos indicados nesta revisão de literatura permitiu uma maior
compreensão do tema Capital Psicológico Positivo, quanto a sua relação com diversos outros
construtos que permeiam o contexto organizacionais, sobre a sua influência em situações de
estresse, melhoria de performance, processos de inovação, desenvolvimento de criatividade,
papel de líderes e sua influencia sobre liderados, bem-estar e emoções positivas de equipes e
empregados, cidadania organizacional, aspectos sobre empregabilidade, engajamento no
trabalho, turnover entre outros.
Além disso, verificou-se que o uso de medições do PsyCap é feito na maioria das
pesquisas, o que faz considerar a utilização de uma medição para a pesquisa desta dissertação.
Nesse sentido, considerando os artigos utilizados, o instrumento 24- PCQ é considerado como
aplicação pertinente nesta pesquisa, a fim de possibilitar uma análise de dados mais complexa
e produtiva aos objetivos propostos, conforme detalhamento apresentado no item 4.1.3.
94
Acrescenta-se, ainda, que as pesquisas possibilitaram a construção de um instrumento
de pesquisa de campo, visando dar resposta às questões de pesquisa e atingimento dos objetivos
propostos neste trabalho.
A riqueza de resultados já obtidos em outros países, demonstrado na revisão de
literatura, permite contemplar como possível a utilização de uma abordagem com foco em
capital psicológico positivo nas organizações, necessitando ainda de maior número de pesquisas
no Brasil.
O Capítulo 4 – Metodologia apresenta, de forma mais detalhada, a contribuição da
revisão da literatura para os métodos propostos.
95
4 METODOLOGIA
Inicialmente, apresentam-se algumas considerações preliminares sobre a metodologia
proposta, passando posteriormente à descrição da Arquitetura Metodológica.
Feita a contextualização, conceituação e descrição dos temas, passando-se à revisão de
literatura sobre os trabalhos e pesquisas que vêm sendo realizados, foi possível uma análise
reflexiva sobre as abordagens existentes, de forma a consubstanciar a elaboração metodológica
desta pesquisa, a qual é composta ainda pelas seguintes etapas:
Construção e teste do instrumento de coleta de dados;
Medição do nível do capital psicológico positivo dos pesquisados;
Realização da pesquisa através de questionário disponibilizado online nas intranets
das unidades da CNEN, através de programa do tipo Monkey-Survey ou similar;
Análise dos dados levantados, para verificação de pontos de contato ou divergentes
em relação à revisão da literatura, considerando-se ou não a correlação entre
variáveis.
Considerando as teorias existentes e os resultados que poderão ser concluídos a partir
dos dados levantados, considera-se que o processo de pesquisa inclui tanto a abordagem
dedutiva como a indutiva.
A pesquisa proposta tem caráter exploratório, já que se pretende um estudo preliminar
da temática principal – PsyCap – para que se tenha maior compreensão e precisão,visando uma
investigação que permita atender aos objetivos e a responder as perguntas de pesquisa
levantadas. (THEORDOSON & THEORDOSON, 1970)
A escolha pela pesquisa exploratória visa entender de forma mais focal o fenômeno
PsyCap no contexto organizacional na opinião de líderes e liderados. Como um tema novo no
contexto brasileiro, a investigação exploratória permitirá uma familiarização com essa temática
pela observação das considerações dos respondentes. (POLIT & HUNGLER, 1987; BARBIE,
1986)
A partir dos dados levantados, com uso de dois questionários, conforme indicados no
item 4.1.3, a análise foi feita confrontando os aspectos do tema PsyCap, a partir da revisão da
literatura e do arcabouço teórico, alinhando os dados levantados ao conteúdo teórico do tema e
identificando os pontos de contato de relevância, que poderiam confirmar ou não o que os
estudos apontam.
96
Feitas essas considerações iniciais, para um maior detalhamento da metodologia é
apresentada a Arquitetura Metodológica e a descrição de cada uma das etapas da metodologia
utilizada, nos itens seguintes.
4.1 ARQUITETURA METODOLÓGICA
4.1.1 Universo e Amostra da Pesquisa
O universo da pesquisa foi composto por:
quadro de pessoal ativo em exercício da Comissão Nacional de Energia Nuclear-
CNEN, estimado em 2161 servidores (CNEN, 2016), de ambos os gêneros, de nível
médio e intermediário, com formações compatíveis e superior aos cargos ocupados,
ocupantes ou não de funções de confiança de liderança, gestão ou assessoramento,
que desempenham atividades tanto nas diretorias técnicas da área nuclear, como nas
diretorias de gestão, administração e logísticas.
terceirizados de nível médio e superior, número estimado de 798 pessoas (CNEN,
2016), sem vínculo empregatício, que atuam nas unidades de toda a CNEN,
realizando atividades de cargos extintos da administração pública federal, mas que
são essenciais à continuidade da atividades do órgão.
Segundo o seu site oficial:
A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) é uma autarquia federal vinculada
ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), criada em 1956 e
estruturada pela Lei 4.118, de 27 de agosto de 1962, para desenvolver a política
nacional de energia nuclear. Órgão superior de planejamento, orientação, supervisão
e fiscalização, a CNEN estabelece normas e regulamentos em radioproteção e é
responsável por regular, licenciar e fiscalizar a produção e o uso da energia nuclear
no Brasil. (CNEN, 2016)
A CNEN investe também em pesquisa e desenvolvimento, buscando um uso cada vez
mais amplo e seguro das técnicas do setor nuclear, e seu foco é garantir os benefícios
da energia nuclear a um número cada vez maior de brasileiros, sempre com segurança
na operação dos materiais e equipamentos radioativos.(CNEN, 2016)
A amostra da pesquisa apresenta as mesmas características apontadas no universo de
pesquisa. Seu tamanho é imprevisível, considerando que a participação de servidores e de
terceirizados se dará por adesões voluntárias, mediante convite a ser enviado pelas listas de
correios eletrônicos institucionais, prevendo-se uma estimativa de 10% de respondentes do total
do universo. Não houve nenhum tipo de seleção para participação da pesquisa, considerando
97
que a temática deste estudo é aplicável a qualquer servidor ou terceirizado, independentemente
de qualquer critério demográfico, função ou vínculo empregatício
4.1.2 Local, data e procedimentos de coleta
A pesquisa foi totalmente realizada no ambiente web, não sendo utilizado nenhum tipo
de coleta de dados presencialmente junto aos pesquisados, considerando:
a indisponibilidade de tempo da maioria dos servidores – na maioria
sobrecarregados de tarefas devido ao quadro enxuto - para entrevistas presenciais;
a inviabilidade de deslocamento para as demais unidades da instituição; e
uma previsão de uma amostra maior com uma pesquisa online.
Com isso, a pesquisa poderia ser respondida por qualquer servidor ou terceirizado das
14 unidades da CNEN, que, segundo o site oficial, são institutos de pesquisa, laboratórios,
agências distritais e escritórios regionais, distribuídos por nove estados brasileiros e sua sede
localiza-se no Rio de Janeiro:
Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear - CDTN, em Belo Horizonte
(MG)
Centro Regional de Ciências Nucleares do Centro-Oeste - CRCN-CO, em Goiânia
(GO)
Centro Regional de Ciências Nucleares do Nordeste - CRCN-NE, em Recife (PE)
Distrito de Angra dos Reis - DIANG (RJ)
Distrito de Caetité - DICAE (BA)
Distrito de Fortaleza - DIFOR (CE)
Escritório de Porto Alegre (ESPOA)
Escritório de Resende (ESRES)
Escritório de Brasília - ESBRA (DF)
Instituto de Engenharia Nuclear - IEN, no Rio de Janeiro (RJ)
Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - IPEN, em São Paulo (SP)
Instituto de Radioproteção e Dosimetria - IRD, no Rio de Janeiro (RJ)
Laboratório de Poços de Caldas - LAPOC (MG)
A pesquisa foi realizada entre os dias 08 e 22 de novembro de 2016 (15 dias corridos),
e para a distribuição do instrumento de pesquisa, foi utilizado o correio eletrônico institucional
98
das Unidades da CNEN, por meio de mensagem eletrônica (Apêndice 1). Foi escolhido o
correio eletrônico, pois todos os servidores e terceirizados da instituição, com exceção dos que
atuam “em campo” (segurança, limpeza, coleta entre outros) têm e-mails, não tendo havido
controle sobre defeitos técnicos, falta de acesso à internet, férias ou afastamentos que
impossibilitassem os possíveis respondentes a acessar seus e-mails. Pelo correio foi enviada
mensagem, contendo informações descritivas breves sobre a proposta e convite a participar da
pesquisa.
As respostas aos questionários resguardaram o anonimato dos respondentes, uma vez
que para os objetivos da presente pesquisa é irrelevante a identificação dos mesmos..
4.1.3 Instrumentos de Pesquisa e Efetivação da Coleta de Dados
O instrumento de pesquisa foi dividido, prevalentemente, em 3(três) partes distintas: um
para a medição do índice de PsyCap (Q1), com 24 questões; outra para dados demográficos
(Q2), com duas questões e outra para a percepção dos respondentes (Q3) para as demais dez
questões.
Anteriormente a essas partes, a proposta da pesquisa foi apresentada ao “pretenso”
respondente, sendo perguntado sobre o interesse de participar ou não da pesquisa. Uma vez
aceita a participação pelo respondente, foi apresentado conteúdo conceitual preliminar sobre o
que é o constructo PsyCap, pois se trata de uma temática desconhecida dos respondentes, apesar
de sua fácil assimilação teórica. Além disso, foram fornecidas instruções claras para o
preenchimento correto das respostas às perguntas indicadas.
Para todas as partes, foi definida a ferramenta SurveyMonkey™ como a mais adequada,
tendo sido feita, inclusive, a análise de outras duas ferramentas, a saber, TypeForm ou Google
Forms, essas últimas, não possibilitando a criação do questionário online, como previsto em
sua concepção.
Na parte denominada Q1, considerando a revisão da literatura e as perguntas de
pesquisa, foi aplicado o instrumento de medição de capital psicológico positivo, versão 24-
PCQ, na versão disponibilizada em português pelo site MindGarden (www.mindgarden.com)
que detém os direitos de uso. Diante disso, para o uso da escala neste estudo, foi solicitada e
concedida autorização, tendo havido a necessidade de pagamento de cada formulário usado na
pesquisa, considerando a migração da escala para outro programa online, no caso, a ferramenta
SurveyMonkey™, distinto da plataforma MindGarden.
99
O uso de medições de autorrelato de PsyCap tanto em indivíduos como em equipes é
frequente nos estudos. Em reviews e meta-análise pesquisados, é destacada a frequência do uso
do 24-PCQ, sendo considerada a medição mais amplamente utilizada para esse construto. Numa
review, Newman e outros (2014), identificaram que, dos 60 estudos empíricos pesquisados, 33
utilizaram a medição 24- PCQ e outros 15 utilizaram o 12- itens PCQ, tendo os demais
utilizados outras medições dos quatro componentes do PsyCap. (NEWMAN et al., 2014)
Na revisão da literatura, nos 26 artigos analisados, tivemos a distribuição de medições,
conforme Quadro 5, o que confirma a pertinência do uso do 24-PCQ neste estudo:
Quadro 5: Uso de Medições de PsyCap - base revisão da literatura.
TIPOS DE MEDIÇÕES QUANTIDADE
24 – PCQ 16
24 – PCQ (com adaptações) 3
12 – PCQ 01
12 – PCQ (com adaptações) 01
Chinese Positive PsYCap Questionnaire 01
NENHUM (por conta do objeto da
pesquisa)
04
Nesta dissertação, não é possível apresentar o instrumento 24-PCQ na íntegra,
considerando as condicionantes da permissão de uso em trabalho acadêmico concedida pela
MindGarden que explicita o que segue:
Permissão para Reproduzir Itens de Amostra - Você não pode incluir um instrumento
inteiro em sua tese ou dissertação, porém você pode usar até três itens de exemplo.
Comitês acadêmicos compreendem os requisitos do copyright e estão satisfeitos com
os itens de amostra para apêndices e tabelas. Para clientes que necessitam de
permissão para reproduzir três itens de amostra em uma proposta, tese ou dissertação,
esta seção inclui o formulário de permissão e informações de referência necessárias
para satisfazer os requisitos de um comitê acadêmico. (MINDGARDEN, 2016)
Diante disso, a permissão concedida permite apenas a apresentação de 3 itens como
amostra, que compõe o Anexo 1, conforme especificado pelo MindGarden:
100
Três itens de amostra deste instrumento podem ser reproduzidos para inclusão em
uma proposta, tese ou dissertação. O instrumento inteiro não pode ser incluído ou
reproduzido a qualquer momento em qualquer outro material publicado.
(MINDGARDEN, 2016)
Nessa parte Q1, foi possível atender a um dos objetivos específicos desse trabalho a
saber: identificar o nível de capital psicológico positivo dos líderes e liderados, servidores ou
terceirizados, para conhecer o perfil de PsyCap da amostra.
Na parte denominada Q2, foram aplicadas apenas duas perguntas, que dizem respeito
apenas a aspectos demográficos importantes para o levantamento de dados e diagnóstico do
perfil dos respondentes, a saber: nível hierárquico do respondente e unidade da CNEN à qual
pertence.
Na parte denominada Q3, foi aplicado um questionário com dez perguntas formuladas
com o objetivo de coletar dados que permitiriam extrair resultados em consonância com as
perguntas e os objetivos da pesquisa. Para fundamentar a formulação das perguntas da parte
Q3, foi considerada a revisão da literatura e também aspectos apresentados no item 2 -
Fundamentação Teórica conforme se apresenta no Quadro 6 :
Quadro 6: Fundamentação da formulação das questões da Parte Q3 do Formulário de Pesquisa.
OBJETIVOS DA
PESQUISA
PERGUNTAS DO QUESTIONÁRIO, COMENTÁRIOS e
REFERÊNCIAS DA REVISÃO DA LITERATURA/TEORIA
Avaliar o quanto os
líderes se
consideram aptos
para atuar com o
capital psicológico
dos liderados
Questão 3
Considerando o que os estudos apontam, os lideres e seus respectivos
níveis de PsyCap apresentam papel importante numa abordagem
organizacional com foco em PsyCap para os liderados e para os
resultados organizacionais. Verificar a sua percepção de aptidão para
esse modelo de abordagem torna-se essencial para este estudo.
Referências consideradas:
(AVOLIO & LUTHANS, 2005); (WALUMBWA; AVOLIO,
HARTNELL, 2010) ; (STORY et al., 2013); (DAWKIS et al., 2015.)
Levantar a
predisposição dos
pesquisados em
desenvolver o seu
PsyCap;
Questões 4 e 7
Nas pesquisas cujas temáticas contemplam a influência do PsyCap
em outras variáveis e os benefícios que proporcionam, o nível de
PsyCap dos indivíduos nas pesquisas levantadas interfere
positivamente. Considerando, em especial, o aspecto state-like do
constructo do PsyCap, a verificação da predisposição dos
respondentes para desenvolvimento do seu nível PsyCap é pertinente
neste estudo.
101
Referências consideradas:
(LUTHANS, AVEY & PATERA, 2008); (LUTHANS; LUTHANS
& AVEY, 2014) (RUSSO & STOYKOVA, 2015); (LORENZ, et al.,
2016); (HARTY et al., 2016);
Identificar os
benefícios que os
recursos humanos
consideram que
poderiam ser
obtidos com um
olhar para o capital
psicológico, no
caso de ser
desenvolvido um
treinamento para a
sua potencialização
Questões 5 e 6
São inúmeros os benefícios já verificados pelas pesquisas
correlacionados ao PsyCap para os indivíduos, processos e resultados
organizacionais. A indicação da percepção dos respondentes quanto
aos benefícios que podem ser gerados com essa abordagem visa
verificar se os indicados pela revisão da literatura são pertinentes no
contexto CNEN e se surgem outras perspectivas de benefícios,
sugeridos pelos respondentes, enriquecendo os dados levantados.
Referências consideradas:
(AVEY et al., 2008); (AVEY, LUTHANS e JENSEN, 2009);
(COMBS, LUTHANS e GRIFFITH, 2009).;(AVEY, LUTHANS e
YOUSSEF 2010); (CHEN & LIM, 2012); (LI, LUO & HUANG,
2012); (BEAL III, STAVROS, COLOE, 2013); (CASSIDY,
McLAUGHLIN & McDOWELL, 2014); (LI et al., 2014); (HSU &
CHEN, 2015); (ABBAS & RAJA, 2015); (KARATEPE &
KARADAS, 2015); (THOMPSON, LEMMON & WALTER, 2015);
(BADRAN & YOUSSEF-MORGAN, 2015); (HWANG & LEE,
2015); (HARTY et al., 2016)
Verificar se os
pesquisados
consideram que um
líder com capital
psicológico
positivo mais
elevado pode
favorecer aos
liderados ou ao
trabalho e quais
seriam os
benefícios obtidos
Questões 8, 9 e 10
Já foi apontada a importância da liderança nas pesquisas, mas cabe
avaliar o quanto um líder com PsyCap mais elevado tem uma
importância e gera benefícios, na opinião dos respondentes, para
verificar os pontos de contato com a literatura ou novas perspectivas
à luz do contexto CNEN.
Referências consideradas:
(AVOLIO & LUTHANS , 2005) ; (WALUMBWA; AVOLIO,
HARTNELL, 2010); (HELED, SOMECH & WATERS, 2015);
(DAWKIS et al., 2015.)
Identificar quais
características
individuais ou
características do
trabalho que os
pesquisados
consideram que
podem favorecer o
Questões 11 e 12
Estudos mais recentes começam a considerar o que pode favorecer o
aumento do nível do PsyCap ou influenciar a sua potencialização.
Contribuir com novas indicações com base na percepção dos
respondentes categorizando em características individuais e do
102
desenvolvimento
do PsyCap de
líderes ou
liderados.
trabalho contribuem com este trabalho com base na revisão da
literatura.
Referências consideradas
(AVEY et al., 2008); (LI et al., 2014); (KARATEPE & KARADAS,
2015); (HWANG & LEE, 2015)
A decisão pela utilização de questionário atendeu aos requisitos da presente pesquisa,
além de sua escolha ser consubstanciada em função de algumas circunstâncias organizacionais
existentes no ano de 2016:
- houve a nomeação recente de novo Presidente da CNEN, ocasionando a mudança de
ocupantes de funções gerenciais, bem como realocação de servidores e de atividades, tanto na
Sede como em suas unidades, o que não gerou um ambiente propício a entrevistas, por exemplo;
- o clima organizacional encontrava-se desfavorável, considerando as reduções de
orçamento que vinham gerando circunstâncias adversas, o que gerou inúmeras dificuldades
para a manutenção das atividades essenciais, bem como o funcionamento básico de suas
instalações.
Considerando essas condicionantes, alguns aspectos, abordados por Gilham (2000),
segundo aponta Gray (2009) foram relevantes sobre a escolha do questionário:
baixo custo;
rapidez no levantamento de dados;
anonimato dos respondentes;
maior número de envios com possível maior número de respondentes.
Com base em Gray (2009) e Gillham (2000), para a verificação da pertinência das
perguntas elaboradas, foram aplicadas as três partes do questionário a dois respondentes, como
uma forma de verificação piloto, a fim de ajustar inconsistências existentes em sua formulação.
Os dois respondentes, um servidor e outro terceirizado, consideraram que o questionário era
simples de ser respondido, tendo sido mencionado por um deles que a questão cinco (para a
qual era necessário que o respondente ordenasse os itens por grau de importância de 1 a 15) era
a que deveria ser reservada mais atenção pela quantidade de itens. Posteriormente a essa
experiência piloto, optou-se por não modificar o questionário, mesmo com o destaque dado
pelo respondente à questão cinco, pois a manutenção dos itens indicados foi considerada
pertinente e importante para o levantamento dos benefícios, foco dos objetivos deste estudo e
consonante com o que foi levantado na revisão da literatura.
103
Foram utilizadas perguntas de classificação, para que fosse possível a realização de
análise de dados com associações entre variáveis, além das associações pretendidas com o nível
de PsyCap dos respondentes, identificado na primeira parte da pesquisa com o 24-PCQ.
Para a composição do questionário, foram consideradas apenas questões que trariam
uma contribuição aos objetivos da pesquisa exploratória e que poderiam ser respondidas a partir
de uma avaliação hipotética/perceptiva dos respondentes, uma vez que houve a suposição
de que os mesmos ainda não tinham vivenciado nenhuma experiência com o PsyCap.
Foram utilizadas perguntas com respostas específicas, perguntas fechadas em listas,
perguntas fechadas de classificação e perguntas de escalas, como denominadas por Gray (2009).
4.1.4 Limitações do Método.
Considerando as condicionantes apontadas nos itens desta metodologia, optou-se pelo
método que permitiria um levantamento de dados e uma análise mais adequada a atender aos
objetivos deste estudo.
Contudo, dentre as hipóteses de limitações previstas no início deste estudo, em especial,
quanto à coleta de dados, alguns aspectos merecem observações, sendo inclusive essas
sugeridas de serem apontadas no momento da qualificação, com vistas a efetuar registros dos
pontos levantados:
- Possibilidade de desinteresse dos servidores e terceirizados em participar de
pesquisas acadêmicas, respondendo a formulários de forma voluntária– habitualmente
existe resistência a responder esse tipo de pesquisa, o que, por muitas vezes, requer
intervenção dos dirigentes em sensibilizar a participação: considera-se como significativo
o número total de respondentes à pesquisa, em especial, ainda a quantidade significativa de
líderes (60 respondentes), não se confirmando a expectativa oposta.
- Entendimento inexato dos pesquisados sobre a conceituação do que é PsyCap e
seus componentes, mesmo com a descrição apresentadas na abertura do questionário:
parece ter havido entendimento pelos respondentes, pois percebe-se coerência nos resultados
obtidos nas questões.
- Desinteresse sobre o tema foco da pesquisa – PsyCap – predominantemente
relacionado a aspectos comportamentais, por um quadro de pessoal, na sua maioria de
área técnica nuclear: considerando que apenas duas respondentes, ao entrar na descrição da
pesquisa, já no formulário, optaram por não participar da mesma.
104
Uma situação observada em função do número de respondentes que acabaram por
preencher apenas o primeiro questionário de medição de PsyCap (40 pessoas – 17% do total de
respondentes) é que a formatação do instrumento e a inabilidade dos respondentes no uso da
ferramenta MonkeySurvey™ podem ter sido fatores que dificultaram obter as respostas às
demais questões.
4.1.5 Tratamento de dados
Considerando o formato dos instrumentos utilizados e os dados apreendidos, uma
análise quantitativa de dados foi considerada como a mais pertinente, na maioria das questões,
com exceção das Perguntas 06 e 10, para a qual os respondentes podiam indicar sugestões de
benefícios com intervenção/treinamento de PsyCap e benefícios de um líder com PsyCap mais
elevado. Nesse caso, foi feita uma análise qualitativa dos conteúdos das respostas, decidindo
por incluir no trabalho as indicações que tiveram incidências igual ou maior que dois.
Além disso, considerando o levantamento de alguns aspectos nesses instrumentos, como
o nível de PsyCap e a ocupação ou não de funções de liderança, o cruzamento de dados a partir
de algumas variáveis favoreceu uma análise mais abrangente.
Isso porque alguns resultados (nível PsyCap, por exemplo) acabam fazendo sentido
apenas a partir de uma relação com outros dados, já que, sem essa, perderiam a sua função de
serem levantados. Na revisão da literatura, nos estudos em que foi feito o levantamento do nível
de PsyCap, a partir do 24-PCQ, a correlação desse dado com outras variáveis é considerada de
diversas formas, o que ratifica a consideração desse mesmo tratamento dos dados para a análise
dos resultados neste trabalho.
Com isso, a presente análise é dividida e Análise Quantitativa e Análise quantitativa de
dados.
As análises (AN) realizadas foram efetuadas com base nos dados de pesquisa extraídos
via ferramenta SurveyMonkeyTM no dia 23/11.
No que se refere às análises quantitativas, o conjunto de análises executadas contém
métodos de análise da estatística descritiva, inferencial, data mining e análise multicritério de
apoio à decisão, tendo sido selecionadas aquelas a serem desenvolvidas conforme padrão dos
dados coletados em cada uma das 15 variáveis na Figura 4.
105
Figura 4: Variáveis consideradas nas análises
A relação entre as variáveis acima e as perguntas presentes no questionário poderá ser
encontrada, para maiores esclarecimentos, no Apêndice 3 deste documento, o qual apresenta
apenas as relações de análise estatística.
Após tratamento dos dados recebidos, foi possível identificar um total de 232
respondentes do survey realizado, sendo que dessas respostas somente 84 (36%) estavam
completas e 148 (64%) respostas possuíram, no mínimo, uma questão não respondida.
Dos 232 respondentes, 2 (0,8%) decidiram não participar da survey, tendo respondido à
primeira questão com a opção “Não participar da presente pesquisa”. 40 pesquisados (17%)
somente responderam à questão relativa ao PsyCap, não tendo respondido às demais
questões.
No que se refere ao fato de 40 pesquisados terem respondido somente à primeira parte
Q1, considera-se que pode ter havido uma inabilidade do respondente quanto ao uso do browser
do navegador, não tendo sido interpretado subjetivamente como desistência, o que, por sua vez,
também não pode ser totalmente descartado.
A fim de possibilitar a realização de análises quantitativas dos dados coletados, as
opções da escala disponíveis para preenchimento do questionário foram substituídas por valores
numéricos que variam de 1 até n, sendo que n consiste no número de opções disponíveis para
preenchimento da cada questão. Somente para questão Q2.2, o valor numérico 0 (zero) foi
106
também utilizado para agregação dos respondentes que alegaram trabalhar na Sede da empresa,
opção que não estava disponível para seleção.5
5 A SEDE da CNEN é composta por inúmeras áreas e, por isso, a indicação dessa lotação foi considerada mais
pertinente no campo “outros”, pois poderia haver uma incidência maior de indicação de outras áreas, o que acabou
não ocorrendo.
107
5 RESULTADOS DA ANÁLISE DE DADOS
5.1 RESULTADOS DA ANÁLISE QUANTITATIVA DE DADOS
Inicialmente, de forma a possibilitar um entendimento sobre as modelagens de análises
previstas, considerando os dados que seriam demandados do instrumento de pesquisa,
apresenta-se um pequeno resumo daquelas que foram programadas e testadas, conforme Figura
5, mas que, somente após a conclusão da pesquisa, chegou-se à conclusão sobre alguns
impedimentos, irrelevâncias e sobreposições.
Da mesma forma, a partir da apresentação dos dados com as respostas dadas ao
questionário, outras análises tornaram-se relevantes e foram incluídas no trabalho.
Figura 5: Análises programadas, testadas e seus objetivos
Com relação às análises previstas, destaca-se, inicialmente os seguintes pontos, para,
posteriormente, apresentar todas as análises (AN) consideradas efetivamente:
a) Com o intuito de aumentar a confiabilidade dos resultados e comparabilidade entre
variáveis, nas análises de comparação entre variáveis somente respostas completas
para todas as variáveis cruzadas foram consideradas. Os respondentes que deixaram
de preencher à alguma questão relacionada às variáveis que necessitassem de
Análise NuméricaAnálise Gráfica
Análise Gráfica e Numérica
108
comparação, tiveram a sua resposta desconsiderada para todas as demais questões
também.
b) Para a questão Q3.8, para a qual não havia sido prevista como uma AN, inicialmente,
foi utilizada Nuvem de Palavras e Análise de Pareto, sendo disponibilizadas as
frequências de citação das palavras mais citadas via gráfico de barras e de uma tabela
resumo e recebeu a denominação AN – Extra 3;
c) Em função da estrutura dos dados coletados, a análise AN18 não pode ser executada,
porém é importante salientar que o objetivo de identificar as características
individuais e do trabalho mais significativas foi atendido por meio das análises
AN19 e AN20.
d) Não foi possível executar a análise AN3, pois esta análise tinha como foco a
avaliação da percepção dos pesquisados em função de seu nível hierárquico. Como
a questão demandava resposta dos respondentes que ocupam posição de liderança,
somente os pesquisados que responderam à questão anterior (Q2.1) com as opções
“Servidor Líder/Liderado” e “Servidor Líder” ( que não teve respondente pois seria
o Presidente da CNEN e o mesmo não respondeu) , deveriam responder à questão
Q3.1. Dessa forma, não foi possível executar as análises de correlação, pois somente
foram coletadas respostas de “Servidor Líder/Liderado”, impossibilitando a
realização da análise de correlação em função da variável dependente possuir
somente um tipo de resposta.
e) Nas análises AN30 e AN33, foram incluídas análises não previstas inicialmente,
com o intuito de realizar a análise cruzada dos dados nos dois sentidos, tanto da
variável principal para variável secundária, quanto da variável secundária para
variável principal. Dessa forma, foram disponibilizadas análises de dois ângulos,
permitindo identificar a existência de variações no valor de PsyCap apresentado pelo
pesquisado em função do seu nível hierárquico e identificar a existência de variações
no valor de PsyCap apresentado pelo pesquisado em função de sua Unidade CNEN.
f) Em função da proporção elevada de respostas positivas (Concordaria parcialmente,
Concordaria e Concordaria plenamente) nas questões Q3.1, Q3.2, Q3.4, Q3.5 e
Q3.7, o Teste de Hipótese realizado nas análises AN2, AN5, AN7, AN12 e AN17
perdeu o seu valor metodológico. Dessa forma, apesar de terem sido realizadas as
análises, optou-se por incluir apenas análises de frequência com gráfico de pizza que
atendem ao objetivo traçado inicialmente na análise de forma mais simples, direta e
metodologicamente adequadas.
109
g) Os métodos da família PROMETHEE (Preference Ranking Method for Enrichment
Evaluation) também pertencem ao grupo de métodos de subordinação ou outranking
e buscam expressar o resultado da comparação partidária das alternativas (a,b) em
termos de preferência entre elas (Almeida e Costa, 2002). Para aplicação do método,
foi utilizado o critério usual para análise e as fórmulas abaixo:
Critério usual:
Pj = {1 se e somente se g(a)– g(b) ≥ 0
0 se e somente se g(a)– g(b) < 0
{𝑃(𝑎,𝑏) = 1
𝑊∑ 𝑤𝑗𝑃𝑗(𝑎,𝑏) 𝑤ℎ𝑒𝑟𝑒 𝑊 = ∑ 𝑤𝑗
𝑚
𝑗=1
𝑛
𝑗=1
}
φ+ (a) = ∑𝑃𝑗(𝑎,𝑏)
𝑚−1𝑏∈𝑎
φ- (a) =∑𝑃𝑗(𝑏,𝑎)
𝑚−1𝑏∈𝑎
φ (a) = φ+(a) – φ-(a)
a) Segundo Cohen (1988), valores de correlação de Pearson entre 0,10 e 0,29 são
considerados abaixo, valores entre 0,30 e 0,49 são interpretados como médios e
valores entre 0,50 e 1 podem ser considerados grandes.
b) Com o intuito de viabilizar a realização de algumas análise, os valores de PsyCap e
dos constructos que o integram – esperança, autoeficácia, resiliência e otimismo-
apresentados por cada um dos respondentes foram enquadrados em faixas, conforme
exposto abaixo:
PsyCap Esperança Autoeficácia Resiliência Otimismo
Q1.1 Q1.2 Q1.3 Q1.4 Q1.5
Faixa 1 Até 30 Até 7 Até 7 Até 7 Até 7
Faixa 2 31 a 60 7 a 14 7 a 14 7 a 14 7 a 14
Faixa 3 61 a 90 15 a 22 15 a 22 15 a 22 15 a 22
Faixa 4 91 a 120 23 a 30 23 a 30 23 a 30 23 a 30
Faixa 5 121 a 144 30 a 36 30 a 36 30 a 36 30 a 36
Feita a apresentação das análises previstas e as observações pertinentes, apresentam-se
a seguir as análises de dados efetivamente consideradas para o presente trabalho, conforme
Quadro 7, para as quais foram utilizados os softwares Microsoft ExcelTM e MinitabTM e o
sistema web WordleTM, como ferramentas para sua execução.
110
Quadro 7: Análises realizadas, codificação e questões relacionadas.
ANÁLISE CÓDIGO DE
ANÁLISE
QUESTÕES
Análise de
Pareto
AN1
AN4
AN6
AN11
AN16
AN EXTRA 3
Q3.1
Q3.4
Q3.2
Q3.5
Q3.6
Q3.8
Histograma AN21
AN24
AN27
AN30
AN33
Q2.1 com Q3.2, Q3.4, Q3.5 e Q3.7
Q2.1 com Q3.1 Q3.2, Q3.4, Q3.5 e Q3.7
Q1.1 a Q.1.5 com Q3.1 Q3.2, Q3.4, Q3.5 e Q3.7
Q1.1 a Q.1.5 com Q2.1
Q2.2 com Q1.1 a Q.1.5
Estatística
descritiva via
Box Plot
AN8
AN13
AN EXTRA 4
Q3.3
Q3.6
Q1.1 a Q1.5
Teste de
Independência
entre variáveis
(Qui-
quadrado)
AN22
AN25
AN28
AN31
AN34
Q2.1 com Q3.1.Q3.2, Q3.4, Q3.5 e Q3.7
Q2.2 com Q3.1.Q3.2, Q3.4, Q3.5 e Q3.7
Q1.1 a Q.1.5 com Q3.1 Q3.2, Q3.4, Q3.5 e Q3.7
Q2.1 com Q1.1 a Q.1.5
Q2.2 com Q1.1 a Q.1.5
Teste de
correlação de
Variáveis
AN23
AN26
AN29
AN32
AN35
Q2.1 com Q3.1.Q3.2, Q3.4, Q3.5 e Q3.7
Q2.2 com Q3.1.Q3.2, Q3.4, Q3.5 e Q3.7
Q1.1 a Q.1.5, Q3.1 Q3.2, Q3.4, Q3.5 e Q3.7 com
Q1.1 a Q.1.5 com Q3.1 Q3.2, Q3.4, Q3.5 e Q3.7
Q2.1 com Q1.1 a Q.1.5
Q2.2 com Q1.1 a Q.1.5
Teste de
hipótese de
uma
proporção via
p-valor
AN9
AN14
AN19
Q3.3
Q3.6
Q3.8
Análise de
Frequência
AN EXTRA 1
AN EXTRA 2
AN2
AN5
AN7
AN12
AN17
Q2.1
Q2.2
Q3.1
Q3.4
Q3.2
Q3.5
Q3.7
111
AN EXTRA 3
AN EXTRA 5
AN EXTRA 6
Q3.8
Q1.1 a Q1.5 com Q1.1
Q2.2 com Q1.1 a Q1.5
Apoio
Multicritério à
decisão (Borda
ou
PROMETHEE
II)
AN10
AN15
AN20
Q3.3
Q3.6
Q3.8
Nuvem de
palavras
AN EXTRA 3 Q3.8
As análises serão apresentadas, obedecendo a ordenação numérica das AN indicadas na
Figura 5, sendo incluídas, ao longo do trabalho, as análise AN Extras, apontadas no Quadro 7.
Para a definição dessa ordenação, foi considerada a estruturação da análise de dados
conforme apresentado no Quadro 8 , considerando as Partes 1, 2 e 3 do questionário de pesquisa.
Quadro 8: Estruturação da Ordenação da análise dos dados da pesquisa
Ordem CORPO DE
ANÁLISES
OBJETIVO NA ORDENAÇÃO
1
PARTE 2
Conhecer, preliminarmente, o perfil dos
respondentes no que se refere ao nível hierárquico
e área de lotação.
2
PARTE 3
Analisar as respostas dadas às questões relativas à
percepção dos respondentes, corpo significativo de
dados que subsidiam as análises posteriores.
3
PARTE 1
Apresentar o nível de PsyCap dos respondentes,
pois trata-se de um dado levantado, para
identificação do nível do PsyCap dos respondentes,
conhecendo-se um amostra de como se comporta
este construto nos recursos humanos da CNEN,
mas, principalmente, para o cruzamento de
variáveis, para diagnóstico do quanto o nível de
PsyCap se relaciona com os aspectos levantados na
PARTE 2 e PARTE 3
112
4
CORRELAÇÕES,
FREQUÊNCIA E
INDEPENDÊNCIA
ENTRE
VARIÁVEIS DE
PARTES
DISTINTAS
Apresentar a análise das correlações entre as
variáveis das questões das PARTE 1, 2 e 3 do
questionário, o que necessariamente requeria a
apresentação das análise das questões anteriores.
Dessa forma, apresentam-se a seguir as análises realizadas no presente estudo.
PARTE 2 - AN EXTRA 1 - Q2.1
Quadro 9: Análise de frequência do Nível Hierárquico
No que tange o nível hierárquico dos respondentes, conforme pode ser verificado no
Quadro 9 o nível “Servidor Liderado” foi o que apresentou maior frequência de
respondentes (96), seguido pelo nível “Servidor Líder/Liderado” (60) e “Terceirizado
Liderado” (7). O nível “Servidor Líder” não apresentou respondentes.
O resultado era previsto, considerando que o corpo de servidores que estão na categoria
“Servidor Liderado” é maior que a “Líder/Liderado”, definido ao número reduzido dos
ocupantes de funções gratificadas.
Terceirizado_LideradoServidor_Lider/LideradoServidor_Liderado
120
100
80
60
40
20
0
N 163
Q2.1
Fre
qu
en
cy
Nível hierárquico dos respodentes
96
60
7
113
PARTE 2 - AN EXTRA 2 - Q2.2
Quadro 10: Análise de frequência da unidade CNEN de lotação dos respondentes
Foi possível identificar por meio da análise de frequência , apresentada no Quadro 10,
que as unidades IPEN (45), SEDE (37) e IRD (29) foram as que apresentaram maior
volume de respondentes à pesquisa. As unidades CRCN-CO, ESPOA e ESRES apresentaram
a menor quantidade de respondentes e as unidades DIANG, DICAE, DIFOR e ESBRA não
apresentaram respondentes.
Com relação à unidade IPEN ter ficado com o maior número de respondentes, deve-se
ao fato de ser a que apresenta maior número de servidores e terceirizados em seus quadros, o
que já era previsto como possível de acontecer.
PARTE 3 - AN1 – Q3.1
LAPO
C
IRD
IPEN
IEN
ESB
RA
ESR
ES
ESPO
A
DIF
OR
DIC
AE
DIA
NG
CR
CN
-CO
CR
CN
-NE
CD
TN
SED
E
50
40
30
20
10
0
N 163
Q2.2
Fre
qu
en
cy
Unidade CNEN dos respondentes
37
21
5
1 1 1
18
45
29
5
114
Figura 6: Análise de Pareto – Questão Q3.1
Por meio da análise de Pareto aplicada sobre a base de dados da questão Q3.1, com
dados representados na Figura 6, foi possível identificar que 93,3% dos 60 líderes que
responderam à questão, concordam que podem colaborar para o uso e desenvolvimento do
capital psicológico positivo de seus liderados. Desses líderes, 32 concordaram com a
afirmação, 14 concordaram plenamente com a afirmação e 10 concordaram parcialmente com
a afirmação.
115
PARTE 3 - AN2 – Q3.1
Figura 7: Análise de Frequência – Questão Q3.1
Por meio da análise de frequência via gráfico de pizza, constante da Figura 7 foi possível
identificar que a proporção de respostas positivas (93%) superou de forma significativa a
proporção de respostas negativas (7%). Dessa forma, pode-se afirmar que os líderes da
CNEN acreditam estar aptos para proporcionar o uso e desenvolvimento do capital
psicológico positivo de seus liderados.
PARTE 3 - AN4 - Q3.4
Figura 8: Análise de Pareto – Questão Q3.4
93%
7%
Aptidão dos Líderes para Desenvolvimento
PsyCap Liderados
Respostas positivas Respostas negativas
116
Por meio da análise de Pareto aplicada sobre a base de dados da questão Q3.4, cujos
dados constam da Figura 8, foi possível identificar que 92% dos 163 pesquisados que
responderam à questão, concordariam em participar de uma intervenção de poucas horas
para desenvolver o seu capital psicológico. Desses pesquisados, 75 concordariam em
participar, 56 concordariam plenamente em participar e 16 concordariam parcialmente em
participar.
PARTE 3 - AN5 – Q3.4
Figura 9: Análise de Frequência – Questão Q3.4
Por meio da análise de frequência via gráfico de pizza, constante da Figura 9, foi
possível identificar que a proporção de respostas positivas (92%) superou de forma
significativa a proporção de respostas negativas (8%). Dessa forma, pode-se afirmar que os
servidores e terceirizados da CNEN estão predispostos a participar de uma intervenção
de algumas horas para o desenvolvimento do seu capital psicológico positivo.
PARTE 3 - AN6 – Q3.2
92%
8%
Predisposição para Intervenção/ Treinamento
Respostas positivas Respostas negativas
117
Figura 10: Análise de Pareto – Questão Q3.2
Por meio da análise de Pareto aplicada sobre a base de dados da questão Q3.2, conforme
pode ver verificado na Figura 10, foi possível identificar que 95,1% dos 163 pesquisados que
responderam à questão, concordam que uma intervenção ou treinamento para o
desenvolvimento do capital psicológico positivo dos servidores e terceirizados traria
benefícios. Desses pesquisados, 71 concordaram com a afirmação, 69 concordaram plenamente
com a afirmação e 15 concordaram parcialmente com a afirmação.
118
PARTE 3 - AN7 – Q3.2
Figura 11: Análise de Frequência – Questão Q3.2
Por meio da análise de frequência via gráfico de pizza, representado na Figura 11, foi
possível verificar que a proporção de respostas positivas (95%) superou a proporção de
respostas negativas (5%). Dessa forma, pode-se afirmar que os servidores e terceirizados da
CNEN acreditam que a realização de intervenções e treinamentos para o desenvolvimento
do capital psicológico positivo traria benefícios.
PARTE 3 - AN8 – Q3.3
Para realização da análise descritiva via Box Plot, o posicionamento dos benefícios para
a aplicação de uma intervenção/treinamento de PsyCap, para cada um dos 116 respondentes
foram utilizados como dados. Com o intuito de viabilizar a realização da análise, os benefícios
avaliados foram codificados conforme Quadro 11.
Quadro 11: Código de Benefícios com Intervenção/treinamento
Benefício Código
Melhoria da sua performance Benefício de Int/Trei 1
Melhoria da performance da equipe Benefício de Int/Trei 2
Melhoria dos relacionamentos interpessoais Benefício de Int/Trei 3
Melhoria do seu bem-estar Benefício de Int/Trei 4
95%
5%
Potencial de Benefício
Intervenção/Treinamento em PsyCap
Respostas positivas Respostas negativas
119
Processos criativos mais inovadores Benefício de Int/Trei 5
Melhoria da comunicação da equipe com o líder ou gestor e da
equipe entre si
Benefício de Int/Trei 6
Melhoria de abertura para a mudança no contexto organizacional Benefício de Int/Trei 7
Melhoria da cidadania organizacional Benefício de Int/Trei 8
Maior engajamento no trabalho Benefício de Int/Trei 9
Melhoria no atendimento a cidadãos e clientes Benefício de Int/Trei 10
Melhoria da satisfação com o trabalho Benefício de Int/Trei 11
Diminuição de comportamentos contraproducentes Benefício de Int/Trei 12
Diminuição do ceticismo organizacional Benefício de Int/Trei 13
Diminuição do estresse Benefício de Int/Trei 14
Diminuição de situações de bullying no trabalho Benefício de Int/Trei 15
Figura 12: Resultado da Análise descritiva via BoxPlot – Questão Q3.3
A ferramenta Box Plot foi utilizada na avaliação do perfil de distribuição do
posicionamento dos benefícios gerados se houvesse a realização de intervenções e
treinamentos, tendo sido observado, conforme constante da Figura 12, que a melhoria da
performance (1) foi o benefício que apresentou maior variação no seu posicionamento
entre os respondentes, tendo variado entre 8 posições (2ª a 10ª). A melhoria dos
relacionamentos interpessoais (3) foi o benefício que apresentou maior constância nas
primeiras posições do ranking, tendo oscilado majoritariamente entre a segunda e a sétima
Benefí
cio
de Int/
Tre
i 15
Benefí
cio
de Int/
Tre
i 14
Benefí
cio
de Int/
Tre
i 13
Benefí
cio
de Int/
Tre
i 12
Benefí
cio
de Int/
Tre
i 11
Benefí
cio
de Int/
Tre
i 10
Benefí
cio
de Int/
Tre
i 9
Benefí
cio
de Int/
Tre
i 8
Benefí
cio
de Int/
Tre
i 7
Benefí
cio
de Int/
Tre
i 6
Benefí
cio
de Int/
Tre
i 5
Benefí
cio
de Int/
Tre
i 4
Benefí
cio
de Int/
Tre
i 3
Benefí
cio
de Int/
Tre
i 2
Benefí
cio
de Int/
Tre
i 1
15
14
13
12
11
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
Dat
a
Entre os benefícios indicados a seguir, quais você acredita que seriam atingidos:
Outliers
120
posição, o que demonstra maior consenso quanto a este benefício entre os respondentes. O
perfil de distribuição do benefício melhoria da performance da equipe (2), se assemelha ao
perfil da melhoria dos relacionamentos interpessoais (3), porém com variação um pouco
maior. O benefício referente à redução o bullying no trabalho foi o que apresentou maior
constância entre as piores posições nos rankings elaborados pelos respondentes, variando na
maioria dos casos entre as posições 12 e 15. Vale ressaltar que os benefícios foram
randomizados pela ferramenta SurveyMonkeyTM entre os respondentes a fim de evitar a
existência de viés nas respostas.
É importante destacar que os benefícios melhoria da cidadania organizacional (8) e
diminuição de situações de bullying no trabalho (15) apresentaram pontos fora da curva, sendo
que o primeiro apresentou 3 outliers e o segundo 8 outliers.
PARTE 3 - AN9 – Q3.3
A fim de identificar a percepção dos respondentes quanto aos benefícios atingidos por
meio de intervenções/treinamentos voltadas para o capital psicológico positivo, um teste de
hipótese de uma proporção foi utilizado, tendo sido desenvolvida para o teste as seguintes
hipóteses nulas (H0) e alternativa (Ha).
H0: �̅� ≤ 0,5 (p0)
Ha: �̅� > 0,5 (p0)
Quadro 12: Resultados do Teste de hipótese de uma proporção via p-valor – Questão Q3.3
Respostas
positivas
Respostas
negativas
p p0 Z p-valor
Melhoria da sua performance 60 56 0,5172 0,50 0,3714 3,55E-01
Melhoria da performance da equipe 72 44 0,6207 0,50 2,5997 4,66E-03
Melhoria dos relacionamentos
interpessoais
80 36 0,6897 0,50 4,0853 2,20E-05
Melhoria do seu bem-estar 57 59 0,4914 0,50 -
0,1857
5,74E-01
Processos criativos mais inovadores 37 79 0,3190 0,50 -
3,8996
1,00E+00
Melhoria da comunicação da equipe
com o líder/gestor e da equipe entre si
54 62 0,4655 0,50 -
0,7428
7,71E-01
Melhoria de abertura para a
mudança na organização
23 93 0,1983 0,50 -
6,4993
1,00E+00
Melhoria da cidadania organizacional 15 101 0,1293 0,50 -
7,9849
1,00E+00
121
Maior engajamento no trabalho 49 67 0,4224 0,50 -
1,6713
9,53E-01
Melhoria no atendimento a cidadãos e
clientes
15 67 0,4224 0,50 -
1,6713
9,53E-01
Melhoria da satisfação com o
trabalho
42 101 0,1293 0,50 -
7,9849
1,00E+00
Diminuição de comportamentos
contraproducentes
27 74 0,3621 0,50 -
2,9711
9,99E-01
Diminuição do ceticismo
organizacional
20 89 0,2328 0,50 -
5,7566
1,00E+00
Diminuição do estresse 20 96 0,1724 0,50 -
7,0564
1,00E+00
Diminuição de situações de bullying
no trabalho
9 96 0,1724 0,50 -
7,0564
1,00E+00
• �̅�1 = Proporção de pesquisados que posicionaram o benefício entre as 5 primeiras posições do ranking
• �̅�0 = Proporção esperada de pesquisados que posicionaram o benefício entre as 5 primeiras posições do ranking
A fim de viabilizar a realização da análise e identificação dos benefícios com maior
potencial de serem gerados por meio DA realização de intervenções e treinamentos, optou-se
que a proporção avaliada pelo teste de hipótese foi a de pesquisados que posicionaram o
benefício analisado nas cinco primeiras posições do seu ranking (Respostas positivas). Para um
intervalo de confiança de 95%, a proporção avaliada (p) somente seria considerada
estatisticamente inferior a 50% caso o Z calculado fosse inferior a 1,654, e p-valor superior a
5%. Considerando esses critérios, conforme pode ser verificado no Quadro 12, a Hipótese nula
pode ser rejeitada somente para 2 benefícios, confirmando que a maioria dos pesquisados
acreditam que estes benefícios possuem maior potencial de serem alcançados caso sejam
realizadas intervenções e treinamentos voltados para o desenvolvimento do capital
psicológico positivo: (2) Melhoria da performance da equipe e (3) Melhoria dos
relacionamentos interpessoais.
PARTE 3 - AN10 – Q3.3
A fim de identificar os benefícios com maior potencial de serem atingidos por meio de
intervenções/treinamentos voltadas para o capital psicológico positivo segundo a percepção dos
pesquisados, o método PROMETHEE II, pertencente à família de métodos para Apoio
Multicritério à Decisão (AMD), foi o escolhido para a análise.
122
Quadro 13: Matriz de Concordância do benefícios de intervenção/treinamento– Questão Q3.3
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 φ+
Benefício de Int/Trei 1 - 0,44 0,44 0,59 0,60 0,59 0,64 0,70 0,54 0,74 0,56 0,66 0,71 0,68 0,84 8,72
Benefício de Int/Trei 2 0,56 - 0,58 0,66 0,75 0,66 0,72 0,79 0,66 0,84 0,66 0,71 0,77 0,78 0,87 10,00
Benefício de Int/Trei 3 0,56 0,42 - 0,69 0,78 0,69 0,75 0,80 0,68 0,84 0,69 0,72 0,77 0,84 0,91 10,16
Benefício de Int/Trei 4 0,41 0,34 0,31 - 0,61 0,53 0,63 0,69 0,55 0,72 0,54 0,63 0,73 0,73 0,84 8,28
Benefício de Int/Trei 5 0,40 0,25 0,22 0,39 - 0,47 0,60 0,68 0,42 0,64 0,41 0,56 0,59 0,59 0,79 7,01
Benefício de Int/Trei 6 0,41 0,34 0,31 0,47 0,53 - 0,72 0,78 0,65 0,80 0,66 0,70 0,74 0,78 0,89 8,79
Benefício de Int/Trei 7 0,36 0,28 0,25 0,37 0,40 0,28 - 0,63 0,44 0,66 0,43 0,53 0,63 0,58 0,80 6,62
Benefício de Int/Trei 8 0,30 0,21 0,20 0,31 0,32 0,22 0,37 - 0,31 0,53 0,31 0,40 0,53 0,51 0,76 5,27
Benefício de Int/Trei 9 0,46 0,34 0,32 0,45 0,58 0,35 0,56 0,69 - 0,82 0,59 0,72 0,81 0,76 0,89 8,34
Benefício de Int/Trei 10 0,26 0,16 0,16 0,28 0,36 0,20 0,34 0,47 0,18 - 0,30 0,49 0,56 0,52 0,77 5,04
Benefício de Int/Trei 11 0,44 0,34 0,31 0,46 0,59 0,34 0,57 0,69 0,41 0,70 - 0,74 0,83 0,75 0,85 8,00
Benefício de Int/Trei 12 0,34 0,29 0,28 0,37 0,44 0,30 0,47 0,60 0,28 0,51 0,26 - 0,64 0,59 0,84 6,22
Benefício de Int/Trei 13 0,29 0,23 0,23 0,27 0,41 0,26 0,37 0,47 0,19 0,44 0,17 0,36 - 0,49 0,78 4,97
Benefício de Int/Trei 14 0,32 0,22 0,16 0,27 0,41 0,22 0,42 0,49 0,24 0,48 0,25 0,41 0,51 - 0,81 5,22
Benefício de Int/Trei 15 0,16 0,13 0,09 0,16 0,21 0,11 0,20 0,24 0,11 0,23 0,15 0,16 0,22 0,19 - 2,35
φ- 5,28 4,00 3,84 5,72 6,99 5,21 7,38 8,73 5,66 8,96 6,00 7,78 9,03 8,78 11,65
123
Quadro 14: Ranking da Análise Multicritério à decisão (PROMETHEE II)– Questão Q3.3
φ+ φ- Φ Rank
Melhoria da sua performance 8,72 5,28 3,45 4
Melhoria da performance da equipe 10,00 4,00 6,00 2
Melhoria dos relacionamentos interpessoais 10,16 3,84 6,31 1
Melhoria do seu bem-estar 8,28 5,72 2,57 6
Processos criativos mais inovadores 7,01 6,99 0,02 8
Melhoria da comunicação da equipe com o líder ou gestor e da equipe
entre si
8,79 5,21 3,59 3
Melhoria de abertura para a mudança no contexto organizacional 6,62 7,38 -0,76 9
Melhoria da cidadania organizacional 5,27 8,73 -3,47 11
Maior engajamento no trabalho 8,34 5,66 2,69 5
Melhoria no atendimento a cidadãos e clientes 5,04 8,96 -3,91 13
Melhoria da satisfação com o trabalho 8,00 6,00 2,00 7
Diminuição de comportamentos contraproducentes 6,22 7,78 -1,57 10
Diminuição do ceticismo organizacional 4,97 9,03 -4,07 14
Diminuição do estresse 5,22 8,78 -3,55 12
Diminuição de situações de bullying no trabalho 2,35 11,65 -9,29 15
Para realização desta análise, a comparação partidária foi realizada, considerando a
posição dos benefícios analisados para cada respondente, tendo sido esse valor considerado
como o desempenho de cada alternativa para cada respondente (g(a) e g(b)). Por meio dos
dados e da análise realizada, conforme apresentado nos Quadros 13 e 14 foi possível identificar
que os pesquisados acreditam que a melhoria dos relacionamentos interpessoais (3) é o
benefício com potencial de ser gerado com a realização de intervenções e treinamentos
com o objetivo de desenvolver o capital psicológico positivo. O segundo benefício de maior
relevância foi a melhoria da performance da equipe (2), seguido pela melhoria na
comunicação entre líder e equipe e da equipe entre si (6) melhoria da performance do
respondente (1) e maior engajamento no trabalho (9).
124
PARTE 3 - AN11 – Q3.5
Figura 13: Análise de Pareto – Questão Q3.5
Por meio da análise de Pareto aplicada sobre a base de dados da questão Q3.5, cujos
resultados constam da Figura13, foi possível identificar que 95,1% dos 163 pesquisados que
responderam à questão, concordam que um líder com capital psicológico mais elevado
traria benefícios para o respondente e seu trabalho. Desses pesquisados, 77 concordaram
plenamente com a afirmação, 62 concordaram com a afirmação e 16 concordaram parcialmente
com a afirmação.
125
PARTE 3 - AN12 – Q3.5
Figura 14: Análise de Frequência – Questão Q3.5
Por meio da análise de frequência via gráfico de pizza, constante da Figura 14, foi
possível verificar se a proporção de respostas positivas (95%) superou a proporção de
respostas negativas (5%). Dessa forma, pode-se afirmar que os servidores e terceirizados da
CNEN acreditam que o trabalho com um líder que possui capital psicológico positivo mais
elevado traria benefícios para ele e para seu trabalho.
PARTE 3 - AN13 – q3.6
Para realização da análise descritiva via Box Plot, o posicionamento dos benefícios de
um líder com capital psicológico positivo mais elevado, para cada um dos 126 respondentes da
questão foram utilizados como dados. Com o intuito de viabilizar a realização da análise, os
benefícios avaliados foram codificados conforme Quadro15.
Quadro 15: Código de Benefícios com Líder com PsyCap mais alto
Benefício Código
Aumentaria o meu nível de capital psicológico positivo Benefício Líderes 1
Colaboraria para a melhoria da minha performance Benefício Líderes 2
Colaboraria para a melhoria da performance da equipe Benefício Líderes 3
Melhoraria as relações de trabalho Benefício Líderes 4
Melhoraria o engajamento da equipe de trabalho Benefício Líderes 5
95%
5%
Potencial de Benefício de Líderes PsyCap Alto
Respostas positivas Respostas negativas
126
Figura 15: Resultado da Análise descritiva via BoxPlot – Questão Q3.3
A ferramenta Box Plot foi utilizada na avaliação do perfil de distribuição do
posicionamento dos benefícios, para cada respondente, de se trabalhar com um líder de capital
psicológico positivo mais elevado, cujos resultados encontram-se detalhados na Figura 15 tendo
sido observado que o aumento no nível de capital psicológico positivo do próprio
respondente (1) e a melhoria no engajamento da equipe de trabalho (5) foram os benefícios
que apresentaram maior variação no seu posicionamento entre os respondentes, porém
no primeiro caso a variação ocorreu entre as melhores posições no ranking (1ª a 4ª
posição) e no segundo caso ocorreu entre as piores posições no ranking (2ª a 5ª posição).
O benefício de melhora na performance da equipe foi o que se destacou por sua pequena
variação, oscilando majoritariamente entre a terceira e quarta posição. Vale ressaltar que os
benefícios foram randomizados pela ferramenta SurveyMonkeyTM entre os respondentes afim
de evitar a existência de viés nas respostas.
Benefício Líderes 5Benefício Líderes 4Benefício Líderes 3Benefício Líderes 2Benefício Líderes 1
5
4
3
2
1
Data
Entre os benefícios indicados a seguir, quais você acredita que seriam atingidos:
127
PARTE 3 - AN14 – Q3.6
A fim de identificar a percepção dos respondentes quanto aos benefícios atingidos com
um líder que possui capital psicológico positivo mais elevado, um teste de hipótese de uma
proporção foi utilizado, tendo sido desenvolvida para o teste as seguintes hipóteses nulas (H0)
e alternativa (Ha).
H0: �̅� ≤ 0,5 (p0)
Ha: �̅� > 0,5 (p0)
Quadro 16: Resultados do Teste de hipótese de uma proporção via p-valor – Questão Q3.6
Respostas
positivas
Respostas
negativas
p p0 Z p-
valor
Aumentaria o meu nível de capital
psicológico positivo
67 57 0,5403 0,50 0,8980 0,185
Colaboraria para a melhoria da minha
performance
60 64 0,4839 0,50 -0,3592 0,640
Colaboraria para a melhoria da
performance da equipe
30 94 0,2419 0,50 -5,7474 1,000
Melhoraria as relações de trabalho 47 77 0,3790 0,50 -2,6941 0,996
Melhoraria o engajamento da equipe de
trabalho
44 81 0,3520 0,50 -3,3094 1,000
• �̅�1 = Proporção de pesquisados que posicionaram o benefício entre as 2 primeiras
posições do ranking
• �̅�0 = Proporção esperada de pesquisados que posicionaram o benefício entre as 2 primeiras posições do ranking
A fim de viabilizar a realização da análise e identificação dos benefícios com maior
potencial de serem gerados com um líder de capital psicológico positivo mais elevado, a
proporção avaliada pelo teste de hipótese foi a de pesquisados que posicionaram o benefício
analisado nas duas primeiras posições do seu ranking (Respostas positivas). Para um intervalo
de confiança de 95%, a proporção avaliada (p) somente seria considerada estatisticamente
inferior a 50% caso o Z calculado fosse inferior a 1,654, e p-valor superior a 5%. Dessa forma,
conforme pode ser observado no Quadro 16, a hipótese nula não pode ser rejeitada para
nenhum dos benefícios, confirmando que não existe consenso dos pesquisados com relação
128
aos benefícios que possuem maior potencial de serem alcançados com um líder de capital
psicológico positivo mais elevado.
PARTE 3 - AN15 – Q3.6
A fim de identificar os benefícios com maior potencial de serem atingidos através do
trabalho com um líder que possui capital psicológico positivo mais elevado segundo a
percepção dos pesquisados, o método PROMETHEE II, pertencente à família de métodos para
Apoio Multicritério à Decisão (AMD), foi utilizado. Os métodos da família PROMETHEE
(Preference Ranking Method for Enrichment Evaluation) também pertencem ao grupo de
métodos de subordinação ou outranking e buscam expressar o resultado da comparação
partidária das alternativas (a,b) em termos de preferência entre elas (Almeida e Costa, 2002).
Quadro 17: Matriz de Concordãncia – Questão Q3.6
1 2 3 4 5 φ+
Benefício Líderes 1 - 0,60 0,58 0,58 0,62 2,38
Benefício Líderes 2 0,40 - 0,63 0,54 0,55 2,12
Benefício Líderes 3 0,42 0,37 - 0,50 0,54 1,83
Benefício Líderes 4 0,42 0,46 0,50 - 0,60 1,98
Benefício Líderes 5 0,38 0,45 0,46 0,40 - 1,69
φ- 1,62 1,88 2,17 2,02 2,31
Quadro 18: Ranking da Análise Multicritério à decisão (PROMETHEE II)– Quetão Q3.6
φ+ φ- φ Rank
Aumentaria o meu nível de capital psicológico positivo 2,38 1,62 0,76 1
Colaboraria para a melhoria da minha performance 2,12 1,88 0,24 2
Colaboraria para a melhoria da performance da equipe 1,83 2,17 -
0,34
4
Melhoraria as relações de trabalho 1,98 2,02 -
0,03
3
Melhoraria o engajamento da equipe de trabalho 1,69 2,31 -
0,63
5
Para realização desta análise, baseada nos dados obtidos representados nos Quadros 17
e 18, a comparação partidária foi realizada, considerando a posição dos benefícios analisados
para cada respondente, tendo sido esse valor considerado como o desempenho de cada
129
alternativa para cada respondente (g(a) e g(b)). Por meio da análise realizada, foi possível
identificar que os pesquisados acreditam que o aumento do próprio nível de capital
psicológico positivo (1) é o benefício mais alcançado quando se trabalha com um líder de
capital psicológico positivo mais elevado. O segundo benefício de maior relevância foi a
melhoria da performance do respondente (2), seguido pela melhoria nas relações de
trabalho (4).
PARTE 3 - AN16 – Q3.7
Figura 16: Análise de Pareto – Questão Q3.7
Por meio da análise de Pareto aplicada sobre a base de dados da questão Q3.7, cujos
dados constam da Figura 16, foi possível identificar que 95,1% dos 163 pesquisados que
responderam à questão, concordam que características individuais e do trabalho podem
favorecer o desenvolvimento do capital psicológico. Desses pesquisados, 82 concordaram com
a afirmação, 55 concordaram plenamente com a afirmação e 18 concordaram parcialmente com
a afirmação.
PARTE 3 - AN17- Q3.7
130
Figura 17: Análise de Frequência – Questão Q3.7
Por meio da análise de frequência via gráfico de pizza, com os resultados apresentados
na Figura 17, foi possível verificar se a proporção de respostas positivas (95%) superou a
proporção de respostas negativas (5%). Dessa forma, pode-se afirmar que os funcionários da
CNEN acreditam que existem características individuais e do trabalho que podem favorecer o
desenvolvimento do capital psicológico positivo.
A fim de facilitar a análise comparativa dos resultados relativos às questões Q3.1, Q3.2,
Q3.4. Q3.5 e Q3.7, apresenta-se um gráfico de barras com as frequências de respostas positivas
e negativas para as questões foi disponibilizado, conforme Figura 18 . Por meio dessa análise,
foi possível observar que as questões que apresentam maior concordância entre os
respondentes são: (Q3.2) Potencial de benefícios dos intervenções e treinamentos, (Q3.5)
Potencial de benefício em trabalhar com líderes que possuem capital psicológico positivo
mais elevado e (Q3.7) a existência de características individuais e do trabalho para o
desenvolvimento do PsyCap.
95%
5%
Favorecimento de Características Individuais e
do Trabalho para o PsyCap
Respostas positivas Respostas negativas
131
Figura 18: Dados comparativos de respostas positivas e negativas das questões Q3.1, Q3.2, Q3.3, Q3.4, Q3.5,
Q3.7
PARTE 3 - AN EXTRA 3 – Q3.8
Características Individuais
Com o intuito de identificar as características individuais mais citadas pelos
respondentes na questão Q3.8, uma análise via Nuvem de Palavras, representada na Figura 19,
foi executada, tendo sido utilizado o sistema web WordleTM para a sua elaboração. Por meio
dessa análise de frequência e análise de Pareto, cujos dados encontram-se representados nas
Figura 20 e no Quadro 19, foi possível identificar os temas mais citados, no que tange às
características individuais que favorecem o desenvolvimento do capital psicológico positivo,
pelos 91 respondentes, correspondendo a 48% correlacionando-se ao somatório de 190
respondentes do total do questionário ou de pelo menos uma das questões. Para elaboração da
relação de características individuais, foram selecionadas as palavras que apresentaram 3 ou
mais citações pelos respondentes, tendo sido este o critério escolhido para o compilação dos
dados, considerando os 618 itens indicados no total. Avalia-se que o percentual de respondentes
que, voluntariamente, optaram por sugerir indicações demonstra um envolvimento com a
temática e um comprometimento com a pesquisa.
93,33% 95,09% 92,02% 95,09% 95,09%
6,67% 4,91% 7,98% 4,91% 4,91%
0,00%
20,00%
40,00%
60,00%
80,00%
100,00%
Q3.1 Q3.2 Q3.4 Q3.5 Q3.7
Respostas positivas Respostas negativas
132
Figura 19: Representação da Nuvem de Palavras das Características Individuais – Questão Q3.8
Figura 20: Análise de Frequência via Gráfico de Barras das indicações de características individuais – Questão
Q3.8
Quadro 19: Análise de Pareto com a frequência de indicações de características individuais – Questão Q3.8
Característica Quant. % Pareto
Atitude 29 12% 12%
Postura 25 11% 23%
Comportamento 21 9% 32%
Conhecimento 20 8% 40%
Habilidade 18 8% 48%
Pró-atividade 14 6% 54%
2925
2120
1814
1210
87
555555
444
3333333333
0 5 10 15 20 25 30 35
Atitude
Comportamento
Habilidade
Otimismo
Empatia
Comprometimento
Paciência
Trabalho-em-equipe
Interação
Ética
Segurança
Entusiasmo
Organização
Tolerância
Vontade
133
Otimismo 12 5% 59%
Respeito 10 4% 63%
Empatia 8 3% 67%
Liderança 7 3% 69%
Comprometimento 5 2% 72%
Motivação 5 2% 74%
Paciência 5 2% 76%
Comunicação 5 2% 78%
Trabalho em equipe 5 2% 80%
Responsabilidade 5 2% 82%
Interação 4 2% 84%
Inteligência 4 2% 86%
Ética 4 2% 87%
Educação 3 1% 89%
Segurança 3 1% 90%
Dedicação 3 1% 91%
Entusiasmo 3 1% 92%
Treinamento 3 1% 94%
Organização 3 1% 95%
Objetividade 3 1% 96%
Tolerância 3 1% 97%
Interesse 3 1% 99%
Vontade 3 1% 100%
Por meio da realização da análise, foi possível verificar as características individuais
que os respondentes acreditam que favorecem no desenvolvimento do capital psicológico
positivo, com menção elevada para as seguintes características: (1) Atitude, (2) Postura,
(3) Comportamento, (4) Conhecimento e (5) Habilidade.
Características do Trabalho
Com o intuito de identificar as características do trabalho mais citados pelos
respondentes na questão Q3.8, uma análise via Nuvem de Palavras, representada na Figura 21
foi executada, tendo sido utilizado o sistema web WordleTM para a sua elaboração. Por meio
dessa análise de frequência e ainda da análise de Pareto, cujos dados encontram-se
representados na Figura 22 e no Quadro 20 foi possível identificar os temais mais citados pelos
78 respondentes correspondendo a 41% correlacionando-se ao somatório de 190
respondentes do total do questionário ou de pelo menos uma das questões, no que tange
as características do trabalho que favorecem o desenvolvimento do capital psicológico positivo.
134
Já no caso das características do trabalho, para elaboração da relação de características do
trabalho, foram selecionadas as palavras que apresentaram 4 ou mais citações pelos
respondentes, considerando o total maior de indicações de 742 itens.
Figura 21: Representação da Nuvem de Palavras das características do trabalho – Questão Q3.8
Figura 22: Análise de Frequência via Gráfico de Barras das indicações de características do trabalho – Questão
Q3.8
3126
2421
2017
1310
9777
65555
4444444
0 5 10 15 20 25 30 35
Trabalho-em-equipe
Interação
Processo
Chefia
Processo-Decisório
Participação
Trabalho
Reconhecimento
Rotina
Ambiente
Trabalho-individual
Clientes
Organização
Equipe
Complexidade
Tarefas
Liderados
Verba
Treinamento
Comunicação
Transparência
Respeito
Definição
Metas
135
Quadro 20: Análise de Pareto com a frequência de indicações de características do trabalho – Questão Q3.8
Quant % Pareto
Trabalho em equipe 31 13% 13%
Interação 26 11% 23%
Processo 24 10% 33%
Chefia 21 9% 41%
Processo Decisório 20 8% 50%
Participação 17 7% 57%
Trabalho 13 5% 62%
Reconhecimento 10 4% 66%
Rotina 9 4% 70%
Ambiente 7 3% 72%
Trabalho individual 7 3% 75%
Clientes 7 3% 78%
Organização 6 2% 80%
Equipe 5 2% 83%
Complexidade 5 2% 85%
Tarefas 5 2% 87%
Liderados 5 2% 89%
Verba 4 2% 90%
Treinamento 4 2% 92%
Comunicação 4 2% 93%
Transparência 4 2% 95%
Respeito 4 2% 97%
Definição 4 2% 98%
Metas 4 2% 100%
Por meio da realização da análise, foi possível verificar as características do trabalho
que os respondentes acreditam que favorecem no desenvolvimento do capital psicológico
positivo, com menção elevada para as seguintes características: (1) Trabalho em equipe,
(2) Interação, (3) Processo, (4) Chefia e (5) Processo decisório.
As duas relações de características extraídas nesta análise foram utilizadas na execução
das análises AN19 e AN20.
136
PARTE 3 - AN19 – Q3.8
A fim de identificar a percepção dos respondentes quanto às características individuais
ou do trabalho que favorecem o desenvolvimento do capital psicológico positivo, um teste de
hipótese de uma proporção foi utilizado, tendo sido desenvolvida para o teste as seguintes
hipóteses nula (H0) e alternativa (Ha).
H0: �̅� ≤ 0,5 (p0)
Ha: �̅� > 0,5 (p0)
Características Individuais
Quadro 21: Resultados do Teste de hipótese de uma proporção via p-valor para características individuais–
Questão Q3.8
Respostas
positivas
Respostas
negativas
p p0 Z p-
valor
Atitude 29 62 0,3187 0,50 -
3,4593
0,9997
Postura 25 66 0,2747 0,50 -
4,2980
1,0000
Comportamento 21 70 0,2308 0,50 -
5,1366
1,0000
Conhecimento 20 71 0,2198 0,50 -
5,3463
1,0000
Habilidade 18 73 0,1978 0,50 -
5,7656
1,0000
Pró-atividade 14 77 0,1538 0,50 -
6,6042
1,0000
Otimismo 12 79 0,1319 0,50 -
7,0235
1,0000
Respeito 10 81 0,1099 0,50 -
7,4428
1,0000
Empatia 8 83 0,0879 0,50 -
7,8621
1,0000
Liderança 7 84 0,0769 0,50 -
8,0718
1,0000
Comprometimento 5 86 0,0549 0,50 -
8,4911
1,0000
Motivação 5 86 0,0549 0,50 -
8,4911
1,0000
Paciência 5 86 0,0549 0,50 -
8,4911
1,0000
Comunicação 5 86 0,0549 0,50 -
8,4911
1,0000
Trabalho em equipe 5 86 0,0549 0,50 -
8,4911
1,0000
Responsabilidade 5 86 0,0549 0,50 -
8,4911
1,0000
Interação 4 87 0,0440 0,50 -
8,7008
1,0000
137
Inteligência 4 87 0,0440 0,50 -
8,7008
1,0000
Ética 4 87 0,0440 0,50 -
8,7008
1,0000
Educação 3 88 0,0330 0,50 -
8,9104
1,0000
Segurança 3 88 0,0330 0,50 -
8,9104
1,0000
Dedicação 3 88 0,0330 0,50 -
8,9104
1,0000
Entusiasmo 3 88 0,0330 0,50 -
8,9104
1,0000
Treinamento 3 88 0,0330 0,50 -
8,9104
1,0000
Organização 3 88 0,0330 0,50 -
8,9104
1,0000
Objetividade 3 88 0,0330 0,50 -
8,9104
1,0000
Tolerância 3 88 0,0330 0,50 -
8,9104
1,0000
Interesse 3 88 0,0330 0,50 -
8,9104
1,0000
Vontade 3 88 0,0330 0,50 -
8,9104
1,0000
A fim de viabilizar a realização da análise e identificação das características individuais
que mais beneficiam o desenvolvimento do capital psicológico positivo, segundo a opinião dos
pesquisados, a proporção avaliada pelo teste de hipótese foi a de pesquisados que citaram a
característica em um dos seis campos disponíveis para preenchimento (Respostas positivas). As
características utilizadas nessa análise foram as 29 extraídas pela Nuvem de Palavras elaborada
na AN Extra 3. Para um intervalo de confiança de 95%, a proporção avaliada (p) somente seria
considerada estatisticamente inferior a 50% caso o Z calculado fosse inferior a 1,654, e p-valor
superior a 5%. Dessa forma, conforme pode ser verificado no Quadro 21, a Hipótese nula não
pode ser rejeitada para nenhuma das 29 características analisadas, demonstrando não
existe consenso no que tange às características individuais que mais beneficiam o
desenvolvimento do capital psicológico positivo.
138
Características do Trabalho
Quadro 22: Resultados do Teste de hipótese de uma proporção via p-valor para características do trabalho–
Questão Q3.8
Respostas
positivas
Respostas
negativas
p p0 Z p-valor
Trabalho em equipe 31 47 0,3974 0,50 -
1,8116
9,65E-01
Interação 26 52 0,3333 0,50 -
2,9439
9,98E-01
Processo 24 54 0,3077 0,50 -
3,3968
1,00E+00
Chefia 21 57 0,2692 0,50 -
4,0762
1,00E+00
Processo Decisório 20 58 0,2564 0,50 -
4,3027
1,00E+00
Participação 17 61 0,2179 0,50 -
4,9820
1,00E+00
Trabalho 13 65 0,1667 0,50 -
5,8878
1,00E+00
Reconhecimento 10 68 0,1282 0,50 -
6,5672
1,00E+00
Rotina 9 69 0,1154 0,50 -
6,7937
1,00E+00
Ambiente 7 71 0,0897 0,50 -
7,2466
1,00E+00
Trabalho individual 7 71 0,0897 0,50 -
7,2466
1,00E+00
Clientes 7 71 0,0897 0,50 -
7,2466
1,00E+00
Organização 6 72 0,0769 0,50 -
7,4730
1,00E+00
Equipe 5 73 0,0641 0,50 -
7,6995
1,00E+00
Complexidade 5 73 0,0641 0,50 -
7,6995
1,00E+00
Tarefas 5 73 0,0641 0,50 -
7,6995
1,00E+00
Liderados 5 73 0,0641 0,50 -
7,6995
1,00E+00
Verba 4 74 0,0513 0,50 -
7,9259
1,00E+00
Treinamento 4 74 0,0513 0,50 -
7,9259
1,00E+00
Comunicação 4 74 0,0513 0,50 -
7,9259
1,00E+00
Transparência 4 74 0,0513 0,50 -
7,9259
1,00E+00
Respeito 4 74 0,0513 0,50 -
7,9259
1,00E+00
Definição 4 74 0,0513 0,50 -
7,9259
1,00E+00
Metas 4 74 0,0513 0,50 -
7,9259
1,00E+00
139
A fim de viabilizar a realização da análise e identificação das características do trabalho
que mais beneficiam o desenvolvimento do capital psicológico positivo, segundo a opinião dos
pesquisados, a proporção avaliada pelo teste de hipótese foi a de pesquisados que citaram a
característica em um dos seis campos disponíveis para preenchimento (Respostas positivas). As
características utilizadas nessa análise foram as 29 extraídas da Nuvem de Palavras elaborada
na análise AN Extra 3. Para um intervalo de confiança de 95%, a proporção avaliada (p)
somente seria considerada estatisticamente inferior a 50% caso o Z calculado fosse inferior a
1,654, e p-valor superior a 5%. Dessa forma, conforme pode ser verificado no Quadro 22, a
Hipótese nula não pode ser rejeitada para nenhuma das 29 características analisadas,
demonstrando não existe consenso no que tange as características do trabalho que mais
beneficiam o desenvolvimento do capital psicológico positivo.
PARTE 3 - AN20 – Q3.8
A fim de identificar as características individuais ou do trabalho que favorecem o
desenvolvimento do capital psicológico positivo, segundo a percepção dos pesquisados, o
método PROMETHEE II, foi escolhido a ser utilizado.
Características Individuais
Para realização da análise, foram utilizadas as características individuais que
representavam 80% do volume de citações pelos respondentes. A análise de Pareto, com dados
apresentados na Figura 23, foi utilizada na identificação das características, tendo sido
selecionadas para aplicação do método de Apóio Multicritério à Decisão as 16 características
mais citadas (80% do volume de citações, mais especificamente 82% considerando o empate
de 5 incidências) e que apresentavam 5 ou mais citações.
140
Figura 23: Análise de Pareto de características individuais – Questão Q3.8
Com o intuito de viabilizar a realização da análise, as características individuais
avaliadas foram codificadas conforme Quadro 23 abaixo:
Quadro 23: Código de características individuais – Questão Q3.8
Característica individual Código
Atitude Característica ind. 1
Postura Característica ind. 2
Comportamento Característica ind. 3
Conhecimento Característica ind. 4
Habilidade Característica ind. 5
Pró-atividade Característica ind. 6
Otimismo Característica ind. 7
Respeito Característica ind. 8
Empatia Característica ind. 9
Liderança Característica ind. 10
Comprometimento Característica ind. 11
Motivação Característica ind. 12
Paciência Característica ind. 13
Comunicação Característica ind. 14
Trabalho em equipe Característica ind. 15
Responsabilidade Característica ind. 16
141
Quadro 24: Matriz de Concordância das características individuais– Questão Q3.8
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 φ+
Característica ind. 1 - 0,945 1,000 0,901 0,934 0,890 0,912 0,945 0,956 0,978 0,989 0,978 0,967 0,978 1,000 1,000 14,37
Característica ind. 2 0,890 - 0,934 0,879 0,945 0,890 0,901 0,945 0,956 0,989 0,989 0,989 0,967 0,989 0,989 1,000 14,25
Característica ind. 3 0,890 0,868 - 0,879 0,923 0,890 0,912 0,934 0,945 0,989 0,978 0,978 0,967 0,978 0,989 0,989 14,11
Característica ind. 4 0,780 0,813 0,846 - 0,890 0,890 0,934 0,934 0,967 0,978 1,011 0,978 0,967 0,989 1,011 0,989 13,98
Característica ind. 5 0,802 0,846 0,868 0,857 - 0,901 0,912 0,945 0,956 0,978 0,978 0,989 0,967 0,989 0,978 0,978 13,95
Característica ind. 6 0,725 0,758 0,802 0,813 0,846 - 0,934 0,934 0,967 0,978 0,978 0,989 0,978 0,989 0,978 0,978 13,65
Característica ind. 7 0,725 0,747 0,802 0,835 0,835 0,890 - 0,934 0,967 0,978 0,978 0,978 0,989 0,978 0,989 0,989 13,62
Característica ind. 8 0,736 0,769 0,802 0,813 0,846 0,868 0,890 - 0,956 0,967 0,978 0,989 0,967 1,000 0,989 1,000 13,57
Característica ind. 9 0,725 0,758 0,791 0,824 0,835 0,879 0,901 0,912 - 0,967 0,978 1,000 0,967 0,989 0,989 0,978 13,49
Característica ind.
10
0,725 0,780 0,813 0,813 0,835 0,868 0,890 0,901 0,923 - 0,978 0,978 0,978 0,978 0,978 0,978 13,42
Característica ind.
11
0,714 0,747 0,780 0,824 0,813 0,846 0,868 0,890 0,912 0,934 - 0,967 0,956 0,956 0,967 0,967 13,14
Característica ind.
12
0,714 0,758 0,791 0,802 0,835 0,868 0,879 0,912 0,945 0,945 0,989 - 0,956 0,989 0,978 0,978 13,34
Característica ind.
13
0,714 0,747 0,791 0,802 0,824 0,868 0,901 0,901 0,923 0,956 0,978 0,978 - 0,989 0,978 1,000 13,35
Característica ind.
14
0,714 0,758 0,791 0,813 0,835 0,868 0,879 0,923 0,934 0,945 0,978 0,989 0,967 - 0,978 0,989 13,36
Característica ind.
15
0,736 0,758 0,802 0,835 0,824 0,857 0,890 0,912 0,934 0,945 0,989 0,978 0,956 0,978 - 0,989 13,38
Característica ind.
16
0,736 0,769 0,802 0,813 0,824 0,857 0,890 0,923 0,923 0,945 0,989 0,978 0,978 0,989 0,989 - 13,41
φ- 0,00 8,43 8,79 9,23 9,24 9,54 9,68 9,93 10,19 10,45 10,68 10,82 10,81 11,63 11,80 11,84
142
Quadro 25: Ranking da Análise Multicritério à decisão (PROMETHEE II) das características individuais –
Questão Q3.8
φ+ φ- φ Rank
Atitude 14,37 0,00 14,37 1
Postura 14,25 8,43 5,82 2
Comportamento 14,11 8,79 5,32 3
Conhecimento 13,98 9,23 4,75 4
Habilidade 13,95 9,24 4,70 5
Pró-atividade 13,65 9,54 4,11 6
Otimismo 13,62 9,68 3,93 7
Respeito 13,57 9,93 3,64 8
Empatia 13,49 10,19 3,31 9
Liderança 13,42 10,45 2,97 10
Comprometimento 13,14 10,68 2,46 13
Motivação 13,34 10,82 2,52 12
Paciência 13,35 10,81 2,54 11
Comunicação 13,36 11,63 1,74 14
Trabalho em equipe 13,38 11,80 1,58 15
Responsabilidade 13,41 11,84 1,57 16
A fim de viabilizar a realização da análise e identificação das características do trabalho
que mais beneficiam o desenvolvimento do capital psicológico positivo, segundo a opinião dos
pesquisados, a comparação partidária foi realizada considerando se os pesquisados comparados
citaram (g(n) = 1) ou não (g(n) = 0) a característica em um dos seis campos disponíveis para
preenchimento, tendo sido esse valor binário (0 ou 1) considerado como o desempenho de cada
alternativa para cada respondente (g(a) e g(b)).
Por meio da análise realizada, cujos dados encontram-se apresentados nos Quadros 24
e 25, foi possível identificar que os pesquisados acreditam que a Atitude (1) é a característica
individual que possuir maior influência sobre o desenvolvimento do capital psicológico
positivo. A segunda característica de maior relevância foi a Postura (2), seguida pelo
Comportamento (3), Conhecimento (4) e Habilidade (5), mantendo, dessa forma, a mesma
sequência de importância apresentada pelas características avaliadas no que tange ao volume
de citações, o que é metodologicamente coerente.
143
Características do Trabalho
Para realização da análise, foram utilizadas as características do trabalho que
representavam 80% do volume de citações pelos respondentes. A análise de Pareto, com dados
apresentados na Figura 24, foi utilizada na identificação das características, tendo sido
selecionadas para aplicação do método de Apóio Multicritério à Decisão as 13 características
mais citadas (80% do volume de citações) e que apresentavam 6 ou mais citações.
Figura 24: Análise de Pareto de características do trabalho – Questão Q3.8
Com o intuito de viabilizar a realização da análise, as características do trabalho
avaliadas foram codificadas conforme Quadro 26 abaixo:
Quadro 26: Código de características do trabalho – Questão Q3.8
Característica do trabalho Código
Trabalho em equipe Característica trab. 1
Interação Característica trab. 2
Processo Característica trab. 3
Chefia Característica trab. 4
Processo decisório Característica trab. 5
144
Participação Característica trab. 6
Trabalho Característica trab. 7
Reconhecimento Característica trab. 8
Rotina Característica trab. 9
Ambiente Característica trab. 10
Trabalho individual Característica trab. 11
Clientes Característica trab. 12
Organização Característica trab. 13
145
Quadro 27: Matriz de Concordância das características do trabalho– Questão Q3.8
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 φ+
Característica trab. 1 - 0,859 0,872 0,885 0,885 0,897 0,885 0,923 0,949 0,949 0,962 0,974 0,936 10,97
Característica trab. 2 0,756 - 0,833 0,910 0,859 0,897 0,885 0,897 0,923 0,949 0,949 0,974 0,936 10,77
Característica trab. 3 0,769 0,821 - 0,859 0,936 0,949 0,885 0,936 0,910 0,949 0,936 0,962 0,949 10,86
Característica trab. 4 0,756 0,872 0,821 - 0,885 0,910 0,885 0,897 0,936 0,949 0,949 0,949 0,936 10,74
Característica trab. 5 0,744 0,833 0,885 0,885 - 0,987 0,872 0,910 0,910 0,949 0,923 0,949 0,936 10,78
Característica trab. 6 0,718 0,833 0,859 0,859 0,949 - 0,872 0,910 0,897 0,949 0,936 0,923 0,936 10,64
Característica trab. 7 0,641 0,756 0,756 0,782 0,769 0,808 - 0,923 0,910 0,936 0,910 0,923 0,949 10,06
Característica trab. 8 0,654 0,756 0,782 0,769 0,782 0,821 0,897 - 0,885 0,936 0,910 0,910 0,949 10,05
Característica trab. 9 0,667 0,756 0,731 0,795 0,769 0,795 0,872 0,872 - 0,949 0,936 0,949 0,936 10,03
Característica trab. 10 0,615 0,756 0,731 0,769 0,756 0,795 0,859 0,885 0,897 - 0,910 0,910 0,923 9,81
Característica trab. 11 0,654 0,769 0,744 0,769 0,756 0,808 0,846 0,872 0,910 0,936 - 0,923 0,923 9,91
Característica trab. 12 0,667 0,769 0,756 0,782 0,782 0,795 0,859 0,872 0,923 0,936 0,923 - 0,923 9,99
Característica trab. 13 0,615 0,744 0,744 0,756 0,756 0,795 0,872 0,897 0,897 0,936 0,910 0,910 - 9,83
φ- 8,26 9,53 9,51 9,82 9,88 10,26 10,49 10,79 10,95 11,32 11,15 11,26 11,23
146
Quadro 28: Ranking da Análise Multicritério à decisão (PROMETHEE II) das características do trabalho–
Questão Q3.8
φ+ φ- φ Rank
Trabalho em equipe 10,97 8,26 2,72 1
Interação 10,77 9,53 1,24 3
Processo 10,86 9,51 1,35 2
Chefia 10,74 9,82 0,92 4
Processo decisório 10,78 9,88 0,90 5
Participação 10,64 10,26 0,38 6
Trabalho 10,06 10,49 -
0,42
7
Reconhecimento 10,05 10,79 -
0,74
8
Rotina 10,03 10,95 -
0,92
9
Ambiente 9,81 11,32 -
1,51
13
Trabalho individual 9,91 11,15 -
1,24
10
Clientes 9,99 11,26 -
1,27
11
Organização 9,83 11,23 -
1,40
12
A fim de viabilizar a realização da análise e identificação das características do trabalho
que mais beneficiam o desenvolvimento do capital psicológico positivo, segundo a opinião dos
pesquisados, a comparação partidária foi realizada considerando se os pesquisados comparados
citaram (g(n) = 1) ou não (g(n) = 0) a característica em um dos seis campos disponíveis para
preenchimento, tendo sido este valor binário (0 ou 1) considerado como o desempenho de cada
alternativa para cada respondente (g(a) e g(b)).
Por meio da análise realizada, cujos dados encontram-se apresentados nos Quadros 27
e 28, foi possível identificar que os pesquisados acreditam que o Trabalho em equipe (1) é a
característica do trabalho que possuir maior influência sobre o desenvolvimento do
capital psicológico positivo. A segunda característica de maior relevância foi a Interação
(2), seguida pelo Processo (3), Chefia (4) e Processo decisório (5), mantendo, dessa forma, a
mesma sequência de importância apresentada pelas características avaliadas no que tange o
volume de citações, o que é metodologicamente coerente.
147
PARTE 1 – EXTRA 4 – PSYCAP (Q1.1) E
CONSTRUCTOS (Q1.2 A Q1.5)
Dos 232 respondentes da pesquisa, 203 responderam à Parte 1, relativa à medição do
nível de PsyCap ( Q1.1), o que inclui a medição dos constructos que o compõe – esperança
(Q1.2), autoeficácia (Q1.3), resiliência (Q1.4) e otimismo (Q1.5) e estão apresentadas uma a
uma no Apêndice 4 deste trabalho.
Com base nesses dados, apresentam-se a seguir as estatísticas descritivas dos dados
estão apresentadas na Figuras 25 a 29.
Figura 25: Estatística descritiva do nível do PsyCap (Q1.1) dos Respondentes
1st Quartile 103,00
Median 111,00
3rd Quartile 121,00
Maximum 142,00
Mean 110,73
StDev 14,57
Variance 212,20
Skewness -0,92999
Kurtosis 2,79432
N 203
Minimum 39,00
140135130125120115110105100959085807570656055504540
30
25
20
15
10
5
0
Median
Mean
114113112111110109108
95% Confidence Intervals
Gráfico resumo para PsyCap
148
Figura 26: Estatística descritiva do nível da esperança (Q1.2) dos respondentes
Figura 27: Estatística descritiva do nível da autoeficácia(Q1.3) dos respondentes
1st Quartile 26,000
Median 29,000
3rd Quartile 31,000
Maximum 36,000
Mean 28,123
StDev 4,662
Variance 21,732
Skewness -1,07817
Kurtosis 2,86593
N 203
Minimum 6,000
3530252015105
60
55
50
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
Median
Mean
29,0028,7528,5028,2528,0027,7527,50
95% Confidence Intervals
Gráfico resumo para Esperança
1st Quartile 27,000
Median 30,000
3rd Quartile 33,000
Maximum 36,000
Mean 29,502
StDev 4,862
Variance 23,637
Skewness -1,27434
Kurtosis 2,98029
N 203
Minimum 6,000
3530252015105
60
55
50
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
Median
Mean
31,030,530,029,529,0
95% Confidence Intervals
Gráfico resumo para Autoeficácia
149
Figura 28: Estatística descritiva do nível da resiliência(Q1.4) dos respondentes
Figura 29: Estatística descritiva do nível da otimismo (Q1.5) dos respondentes
1st Quartile 26,000
Median 29,000
3rd Quartile 31,000
Maximum 36,000
Mean 28,286
StDev 4,229
Variance 17,888
Skewness -0,627399
Kurtosis 0,954292
N 203
Minimum 11,000
36343230282624222018161412
40
35
30
25
20
15
10
5
0
Median
Mean
29,028,828,628,428,228,027,827,6
95% Confidence Intervals
Gráfico resumo para Resiliência
1st Quartile 23,000
Median 25,000
3rd Quartile 28,000
Maximum 36,000
Mean 24,823
StDev 3,992
Variance 15,939
Skewness -0,47065
Kurtosis 1,44761
N 203
Minimum 10,000
3634323028262422201816141210
60
55
50
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
Median
Mean
26,025,525,024,524,0
95% Confidence Intervals
Gráfico resumo para Otimismo
150
Nesses gráficos, é possível observar as faixas de pontuação mais frequentes para o
PsyCap total e cada um de seus constructos, concentração dos dados e outliers, intervalos de
confiança para média e mediana, além de dados básicos de média, desvio padrão, mediana e
quartis.
É importante salientar que o PsyCap apresentou uma faixa de variação entre a
pontuação 39 e 142, tendo como faixa de maior frequência o valor de 110. Essa variável
apresentou uma média de 110,73, mediana de 111 e 4 outliers. É importante salientar que
nenhum respondente alcançou a pontuação máxima do PsyCap de 144 pontos.
No que tange à variável Esperança, a faixa de maior frequência foi a de 30 pontos,
sendo que a pontuação variou de 6 a 36, consistindo essa última da pontuação máxima que pode
ser alcançada no constructo. Essa variável apresentou uma média de 28,123, mediana de 29
e 3 outliers.
A variável Autoeficácia apresentou a maior média dentre os quatro constructos,
tendo tido como pontuação média o valor de 29,502, a faixa de maior frequência também foi
a de 30 pontos, tendo também variado entre 6 e 36, esse último consistindo da mesma forma
como pontuação máxima que pode ser alcançada no constructo, porém com uma mediana de
30 e 4 outliers.
A Resiliência apresentou resultado semelhante à da variável Esperança, com variação
entre as pontuações 11 e 36, que também consiste na pontuação máxima que pode ser alcançada
no constructo, maior frequência de respondentes na faixa de 30 pontos, média de 28,286,
mediana de 29 e 6 outliers.
No que tange à variável Otimismo, a faixa de maior frequência foi a de 24 pontos, com
variação entre 10 a 36, que, de igual forma consiste consiste na pontuação máxima que pode
ser alcançada no constructo. Essa variável apresentou a menor média entre os constructos,
com valor de 24,823, mediana de 25 e 6 outliers.
Considerando que o nível de PsyCap é medido pelo somatório de pontos dos demais
constructos, nota-se que esse obteve uma média mais baixa, considerando a média mais baixa
obtida com o constructo do otimismo, o que deve ser um ponto de atenção, com vistas à
melhoria do PsyCap total, no caso de uma intervenção/treinamento para sua elevação.
151
CORRELAÇÃO ENTRE VARIÁVEIS - AN21
Q2.1 COM Q3.2, Q3.4, Q3.5 E Q3.7
A seguir apresentam-se as correlações de variáveis, por meio de histograma com relação
à Q2.1, sobre o perfil de nível hierárquico dos respondentes correlacionando ás questões
apontadas nos gráficos constantes das Figuras de 30 a 34.
Figura 30: Histograma simples dos respondentes Servidor “Líder/Liderado”
Não foi possível realizar a análise de frequência entre as variáveis Q2.1 e Q3.1, pois
somente foram coletadas respostas de “Servidor Líder/Liderado”, devido ao tipo de questão
direcionada a este perfil hierárquico, inviabilizando a identificação de variação na resposta
conforme nível hierárquico devido a existência de somente 1 tipo de resposta na variável Q3.1.
Dessa forma, um histograma simples para o grupo de respondentes “Servidor Líder/Liderado”
foi disponibilizado ,a Figura 30.
Conc_plenaConcConc_parcDisc_parcDiscDisc_comp
35
30
25
20
15
10
5
0
N 60
Q3.1
Fre
qu
en
cy
Caso seja um líder, quanto você concordaria que pode colaborar para, o uso
e o desenvolvimento do capital psicológico positivo dos seus liderados?
SERVIDOR LÍDER/LIDERADO 32
14
10
22
152
Figura 31: Análise de Frequência de Variáveis( Histograma) Q3.2
Figura 32: Análise de Frequência de Variáveis( Histograma) Q3.4
Conc_
plen
a
Conc
Conc_
parc
Disc_
parc
Disc
Disc_
com
p
40
30
20
10
0
Conc
_ple
na
Conc
Conc
_par
c
Disc_
parc
Disc
Disc_
com
p
40
30
20
10
0
1
Q3.2
Fre
qu
en
cy
2
3
Se fosse sugerida uma intervenção/treinamento para desenvolvimento do capital
Panel variable: Nível hierárquico
psicológico positivo dos servidores e terceirizados, sejam líderes ou liderados,
o quanto você concordaria que traz benefícios?
SERVIDOR LIDERADO SERVIDOR LÍDER/LIDERADO
TERCEIRIZADO LIDERADO
Conc
_pl e
na
Conc
Conc
_par
c
Disc_
par
c
Disc
Disc_
com
p
40
30
20
10
0
Conc_
plen
a
Con
c
Con
c_pa
rc
Disc_
parc
Disc
Disc_
com
p
40
30
20
10
0
1
Q3.4
Fre
qu
en
cy
2
3
Quanto você concordaria em participar de uma intervenção breve
Panel variable: Nível hierárquico
(de algumas horas) para desenvolver o seu capital psicológico positivo?
SERVIDOR LIDERADO SERVIDOR LÍDER/LIDERADO
TERCEIRIZADO LIDERADO
153
Figura 33: Análise de Frequência de Variáveis( Histograma) Q3.5
Figura 34: Análise de Frequência de Variáveis( Histograma) Q3.7
Conc_
plena
Conc
Conc_
parc
Disc_
parc
Di sc
Disc_
com
p
40
30
20
10
0
Con
c_ple
na
Conc
Conc_
parc
Disc_
parc
Disc
Disc_
com
p
40
30
20
10
0
1
Q3.5
Fre
qu
en
cy
2
3
Quanto você concordaria que um líder com um capital psicológico positivo
Panel variable: Nível hierárquico
mais elevado, traria algum benefício a você e ao seu trabalho?
SERVIDOR LIDERADO SERVIDOR LÍDER/LIDERADO
TERCEIRIZADO LIDERADO
Conc
_plena
Conc
Conc
_par
c
Di sc_
par
c
Disc
Disc_
com
p
48
36
24
12
0
Conc_
plen
a
Conc
Conc
_par
c
Disc_
parc
Disc
Disc_
com
p
48
36
24
12
0
1
Q3.7
Fre
qu
en
cy
2
3
Você consideraria que alguma característica individual ou do trabalho pode
Panel variable: Nível hierárquico
favorecer o desenvolvimento do capital psicológico positivo?
SERVIDOR LIDERADO SERVIDOR LÍDER/LIDERADO
TERCEIRIZADO LIDERADO
154
No que tange a percepção dos pesquisados quanto às questões relativas ao capital
psicológico positivo, conforme pode ser verificado nas Figuras de ? a ?, não foram observadas
grandes variações nas respostas com maior frequência em cada questão em função do nível
hierárquico ocupado pelo respondente. A única variação identificada foi na resposta mais
frequente para a questão que busca identificar a percepção de benefícios com a realização
de intervenções e treinamentos voltados para o desenvolvimento do capital psicológico
positivo (Q3.2). Para essa pergunta, a opção de resposta “Concordaria plenamente” foi a
escolhida com mais frequência para o grupo de respondentes “Servidor Líder/Liderado”,
diferentemente dos demais grupos que tiverem a opção “Concordaria” como a mais frequente
ou empatada.
INDEPENDÊNCIA ENTRE VARIÁVEIS AN22
Q2.1 COM Q3.1, Q3.2, Q3.4, Q3.5, Q3.7
A fim testar a independência entre a percepção do pesquisado quanto às questões
relativas ao capital psicológico positivo e seu nível hierárquico, um teste de independência entre
variáveis baseado no método Qui-quadrado foi utilizado, cujos resultados são apresentados na
Figura 35 , tendo sido desenvolvidas para o teste as seguintes hipóteses nula (H0) e alternativa
(Ha):
H0: 𝐴 𝑎𝑠𝑠𝑜𝑐𝑖𝑎çã𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑎𝑠 𝑣𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑖𝑠 é 𝑟𝑎𝑛𝑑ô𝑚𝑖𝑐𝑎
Ha: 𝐴 𝑎𝑠𝑠𝑜𝑐𝑖𝑎çã𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑎𝑠 𝑣𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑖𝑠 𝑛ã𝑜 é 𝑟𝑎𝑛𝑑ô𝑚𝑖𝑐𝑎
Figura 35: Tabela de Qui-quadrado de Pearson Q2.1
Qui-quadrado de Pearson Q3.1 Q3.2 Q3.4 Q3.5 Q3.7
Q2.1 - 4,99 6,41 2,55 11,30
p-valor Q3.1 Q3.2 Q3.4 Q3.5 Q3.7
Q2.1 - 0,89 0,78 0,99 0,34
Para interpretação deste teste, é necessário observar as comparações paritárias onde o
p-valor calculado para o teste for inferior a 0,05, nesses casos a H0 poderá ser rejeitada, sendo
possível afirmar que as variáveis são dependentes. Por meio do teste de independência foi
possível identificar, com 95% de intervalo de confiança, que a associação entre a variável nível
hierárquico e as variáveis Potencial de benefícios de intervenções e treinamentos (Q3.2),
155
Predisposição para Intervenção/ Treinamento (Q3.4), Potencial de Benefício de Líderes
PsyCap Alto (Q3.5) e Favorecimento de Características Individuais e do Trabalho para o
PsyCap (Q3.7) é randômica, não havendo relação de dependência entre as mesmas.
Não foi possível calcular a independência entre as variáveis Q2.1 e Q3.1, pois somente
foram coletadas respostas de “Servidor Líder/Liderado”, inviabilizando a análise devido a
existência de somente um tipo de resposta na variável Q3.1.
CORRELAÇÃO ENTRE VARIÁVEIS - AN23
Q2.1 COM Q3.1, Q3.2, Q3.4, Q3.5 E Q3.7
A fim de avaliar a relação entre a percepção do pesquisado quanto ao capital psicológico
positivo e seu Nível hierárquico, o teste de correlação de Pearson foi utilizado.
Quadro 29: Tabela de Correlação de Pearson Q2.1
Q2.1 Q3.1 Q3.2 Q3.4 Q3.5 Q3.7
Q2.1 - - 0,02 0,10 0,04 0,07
Q3.1 - - 0,70 0,49 0,41 0,51
Q3.2 0,02 0,70 - 0,62 0,60 0,59
Q3.4 0,10 0,49 0,62 - 0,50 0,50
Q3.5 0,04 0,41 0,60 0,50 - 0,53
Q3.7 0,07 0,51 0,59 0,50 0,53 -
Por meio da análise de correlação, apresentada no Quadro 29, foi possível identificar
que, das 4 comparações paritárias realizadas entre as variáveis de percepção e a variável nível
hierárquico (Q2.1), em nenhum dos casos foi possível identificar uma correlação superior a 0,3
ou inferior a -0,3, valor de correlação considerada significativa. Sendo possível afirmar que não
existe correlação entre a percepção do pesquisado quanto ao capital psicológico positivo
e seu nível hierárquico. Não foi possível calcular a correlação entre as variáveis Q2.1 e Q3.1,
pois somente foram coletadas respostas de “Servidor Líder/Liderado”, inviabilizando a análise
devido a existência de somente 1 tipo de resposta na variável Q3.1.
Foi possível identificar uma relação significativa entre as variáveis de percepção quanto
às questões sobre capital psicológico positivo, tendo sido identificadas correlações positivas
elevadas entre as mesmas. É importante destacar a relação entre a aptidão dos líderes para
o desenvolvimento do PsyCap de seus liderados e a percepção de benefícios na realização
de intervenções e treinamentos, que apresentou uma correlação positiva de 0,7. Por meio
156
dessa análise, é possível afirmar que quanto maior a aptidão do líder para o
desenvolvimento do capital psicológico positivo de seus liderados, maior a percepção de
benefício na realização de intervenções e treinamentos com foco no desenvolvimento de
um nível maior de capital psicológico positivo.
FREQUÊNCIA ENTRE VARIÁVEIS - AN24
Q2.2 com Q3.1, Q3.2, Q3.4, Q3.5 e Q3.7
No que tange à percepção dos pesquisados quanto ao capital psicológico positivo, foram
observadas algumas variações nas respostas com maior frequência nas questões apontadas, em
função da unidade onde o respondente trabalha (Q2.2), conforme pode ser verificado nas
Figuras de 36 a 40.
Figura 36: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Q2.2 com Q3.1
10
5
0
Conc_
plena
Conc
Conc
_par
c
Disc
_par
c
Disc
Disc
_com
p
-
10
5
0
Conc
_plena
Conc
Con
c_pa
rc
Disc_
parc
Disc
Disc
_com
p-
10
5
0
Conc_
plena
Conc
Con
c_par
c
Disc_
parc
Disc
Disc
_com
p-
0
Q3.1
Fre
qu
en
cy
1 2
3 7 10
11 12 13
Caso seja um líder, quanto você concordaria que pode colaborar para
Panel variable: Unidade CNEN
o uso e o desenvolvimento do capital psicológico positivo dos seus liderados?
SEDE CDTN CRCN-NE
CRCN-CO ESPOA IEN
IPEN IRD LAPOC
157
Figura 37: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Q2.2 com Q3.2
Figura 38:Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Q2.2 com Q3.4
20
10
0
Conc
_plena
Conc
Conc
_par
c
Disc
_par
c
Disc
Disc
_com
p
Conc
_plena
Conc
Conc
_par
c
Disc
_par
c
Disc
Disc
_com
p
Conc
_ple
naCo
nc
Conc
_par
c
Disc
_par
cDisc
Disc
_com
p
20
10
0
Conc
_ple
naCo
nc
Conc
_par
c
Disc_p
arc
Disc
Disc_
comp
20
10
0
0
Q3.2
Fre
qu
en
cy
1 2 3
7 8 10 11
12 13
Se fosse sugerida uma intervenção/treinamento para desenvolvimento do capital
Panel variable: Unidade CNEN
psicológico positivo dos servidores e terceirizados, sejam líderes ou
liderados, o quanto você concordaria que traz benefícios?
SEDE CDTN CRCN-NE CRCN-CO
ESPOA ESRES IEN IPEN
IRD LAPOC
20
10
0
Con
c_pl
ena
Con
c
Con
c_pa
rc
Disc_
parc
Disc
Disc_
com
p
Con
c_pl
ena
Con
c
Con
c_pa
rc
Disc_
parc
Disc
Disc_
com
p
Conc
_plena
Conc
Conc
_par
c
Disc
_par
cDisc
Disc_
com
p
20
10
0
Con
c_ple
na
Conc
Con
c_par
c
Disc_
parc
Disc
Disc
_com
p
20
10
0
0
Q3.4
Fre
qu
en
cy
1 2 3
7 8 10 11
12 13
Quanto você concordaria em participar de uma intervenção breve
Panel variable: Unidade CNEN
(de algumas horas) para desenvolver o seu capital psicológico positivo?
SEDE CDTN CRCN-NE CRCN-CO
ESPOA ESRES IEN IPEN
IRD LAPOC
158
Figura 39: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Q2.2 com Q3.5
Figura 40: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Q2.2 com Q3.7
Na questão Q3.1, que busca avaliar se os líderes se consideram aptos para colaborar
com o uso e desenvolvimento do capital psicológico positivo de seus liderados, a resposta mais
20
10
0
Con
c_pl
ena
Con
c
Con
c_pa
rc
Disc_
parc
Disc
Disc_
com
p
Con
c_pl
ena
Con
c
Con
c_pa
rc
Disc_
parc
Disc
Disc_
com
p
Conc
_plena
Conc
Conc
_par
c
Disc
_par
cDisc
Disc_
com
p
20
10
0
Con
c_ple
na
Conc
Con
c_par
c
Disc_
parc
Disc
Disc
_com
p
20
10
0
0
Q3.5
Fre
qu
en
cy
1 2 3
7 8 10 11
12 13
Quanto você concordaria que um líder com um capital psicológico positivo
Panel variable: Unidade CNEN
mais elevado, traria algum benefício a você e ao seu trabalho?
SEDE CDTN CRCN-NE CRCN-CO
ESPOA ESRES IEN IPEN
IRD LAPOC
30
15
0
Con
c_pl
ena
Con
c
Con
c_pa
rc
Disc_
parc
Disc
Disc_
com
p
Con
c_pl
ena
Con
c
Con
c_pa
rc
Disc_
parc
Disc
Disc_
com
p
Con
c_ple
na
Con
c
Conc
_par
c
Disc
_par
cDisc
Disc_
com
p
30
15
0
Con
c_ple
na
Conc
Con
c_par
c
Disc_
parc
Disc
Disc
_com
p
30
15
0
0
Q3.7
Fre
qu
en
cy
1 2 3
7 8 10 11
12 13
Você consideraria que alguma característica individual ou do trabalho pode
Panel variable: Unidade CNEN
favorecer o desenvolvimento do capital psicológico positivo?
SEDE CDTN CRCN-NE CRCN-CO
ESPOA ESRES IEN IPEN
IRD LAPOC
159
frequente para a maioria das unidades foi a opção “Concordaria”, porém para a unidade ESPOA
a opção “Concordaria plenamente” teve maior destaque. Também foi possível observar que a
unidade CRCN-CO, apresentou a opção “Discordaria” como a de maior frequência para esta
questão. É importante salientar que a quantidade de respondentes dessas unidades foi apenas de
1 respondente, inferior às demais unidades, o que pode prejudicar a significância da variação.
As unidades SEDE e IEN as opções “Concordaria parcialmente” e “Concordaria” apresentam
a mesmo valor de frequência.
A questão Q3.2 avalia se o respondente acredita que a realização de intervenções e
treinamentos para o desenvolvimento do capital psicológico positivo possui potencial para gerar
benefícios. Nessa questão, a opção “Concordaria” se destaca coma a mais frequente para a
maioria das unidades, porém para as unidades SEDE, CRCN-NE, ESPOA e LAPOC, a opção
“Concordaria plenamente” se destaca como a mais frequente. É importante salientar que a
quantidade de respondentes de algumas dessas unidades foi inferior às demais o que pode
prejudicar a significância da variação.
Na questão Q3.4, que avalia a predisposição dos respondentes em participar de uma
intervenção de algumas horas para o desenvolvimento do capital psicológico positivo, a opção
“Concordaria” se apresenta como a mais frequente entre as unidades da CNEN, porém nas
unidades SEDE, ESRES e CRCN-NE a opção “Concordaria plenamente” foi a escolhida com
maior frequência.
A questão Q3.5, que avalia se o respondente acredita que o trabalho junto a um líder
que apresenta capital psicológico positivo mais elevado possui potencial para gerar benefícios
para o respondente e para o trabalho, foi a única deste grupo que apresenta a opção
“Concordaria plenamente” como a mais frequente entre as unidades. Somente as unidades
ESPOA, ESRES, CRCN-CO e IPEN apresentaram como opção mais frequente o ponto
“Concordaria”.
Na questão 3.7, que avalia se o pesquisado percebe a existência de características
individuais ou do trabalho que potencializam o desenvolvimento do capital psicológico
positivo, a opção “Concordaria” se apresentou como a mais frequente entre as unidades da
CNEN, porém nas unidades SEDE e CRCN-NE a opção “Concordaria plenamente” foi a
escolhida com maior frequência.
160
INDEPENDÊNCIA ENTRE VARIÁVEIS AN25
Q2.2 com Q3.1, Q3.2, Q3.4, Q3.5, Q3.7
A fim testar a independência entre a percepção do pesquisado quanto ao capital
psicológico positivo e sua Unidade de trabalho na CNEN, um teste de independência entre
variáveis baseado no método Qui-quadrado foi utilizado, tendo sido desenvolvidas para o teste
as seguintes hipóteses nula (H0) e alternativa (Ha):
H0: 𝐴 𝑎𝑠𝑠𝑜𝑐𝑖𝑎çã𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑎𝑠 𝑣𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑖𝑠 é 𝑟𝑎𝑛𝑑ô𝑚𝑖𝑐𝑎
Ha: 𝐴 𝑎𝑠𝑠𝑜𝑐𝑖𝑎çã𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑎𝑠 𝑣𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑖𝑠 𝑛ã𝑜 é 𝑟𝑎𝑛𝑑ô𝑚𝑖𝑐𝑎
Figura 41: Tabela de Qui-quadrado de Pearson Q2.2
Qui-quadrado de Pearson
Q3.1 Q3.2 Q3.4 Q3.5 Q3.7
Q2.2 48,49 41,02 32,71 25,72 58,65
p-valor
Q3.1 Q3.2 Q3.4 Q3.5 Q3.7
Q2.2 0,03 0,64 0,91 0,99 0,08
Para interpretação deste teste, é necessário observar as comparações paritárias onde o
p-valor calculado para o teste for inferior a 0,05, nestes casos a H0 poderá ser rejeitada, sendo
possível afirmar que as variáveis são dependentes.
Por meio do teste de independência, foi possível identificar, conforme Figura 41, com
95% de intervalo de confiança, que a associação entre a variável Unidade CNEN e as
variáveis Potencial de benefícios de intervenções e treinamentos (Q3.2), Predisposição
para Intervenção/ Treinamento (Q3.4), Potencial de Benefício de Líderes PsyCap Alto
(Q3.5) e Favorecimento de Características Individuais e do Trabalho para o PsyCap
(Q3.7) é randômica, não havendo relação de dependência entre as mesmas.
A variável Unidade CNEN apresentou uma associação não randômica com a variável
Aptidão dos Líderes para Desenvolvimento PsyCap Liderados (Q3.1), mostrando que existe
uma relação de dependência entre a unidade onde o respondente trabalha e percepção do mesmo
quanto a sua capacidade para colaborar com o uso e desenvolvimento do capital psicológico
positivo dos seus liderados.
161
CORRELAÇÃO ENTRE VARIÁVEIS - AN26
Q2.2 com Q3.1, Q3.2, Q3.4, Q3.5 e Q3.7
A fim de avaliar a relação entre a percepção do pesquisado quanto ao capital psicológico
positivo e seu nível hierárquico, o teste de correlação de Pearson foi utilizado.
Quadro 30: Tabela de Correlação de Pearson Q2.2
Q2.2 Q3.1 Q3.2 Q3.4 Q3.5 Q3.7
Q2.2 - 0,05 0,10 -0,03 0,01 0,01
Q3.1 0,05 - 0,70 0,49 0,41 0,51
Q3.2 0,10 0,70 - 0,62 0,60 0,59
Q3.4 -0,03 0,49 0,62 - 0,50 0,50
Q3.5 0,01 0,41 0,60 0,50 - 0,53
Q3.7 0,01 0,51 0,59 0,50 0,53 -
Por meio da análise de correlação foi possível, conforme Quadro 30, identificar que das
5 comparações paritárias realizadas entre as variáveis de percepção e a variável Unidade CNEN
(Q2.2), em nenhum dos casos foi possível identificar uma correlação superior a 0,3 ou inferior
a -0,3, valor de correlação considerada significativa. Sendo possível afirmar que não existe
correlação entre a percepção do pesquisado quanto ao capital psicológico positivo e a
unidade da CNEN onde o mesmo trabalha.
Foi possível identificar uma relação significativa entre as variáveis de percepção
quanto ao capital psicológico positivo, tendo sido identificadas correlações positivas
elevadas entre as mesmas.
É importante destacar a relação entre a aptidão dos líderes para o desenvolvimento do
PsyCap dos seus liderados e a percepção de benefícios na realização de intervenções e
treinamentos, que apresentou uma correlação positiva de 0,7.
Pela análise, é possível afirmar que quanto maior a aptidão do líder para o
desenvolvimento do capital psicológico positivo de seus liderados, maior a percepção de
benefício na realização de intervenções e treinamentos com foco no desenvolvimento do
capital psicológico positivo, maior.
162
FREQUÊNCIA ENTRE VARIÁVEIS - AN27
PsyCap ( Q1.1) e Constructos ( Q1.2 a Q1.5) com Q3.1, Q3.2, Q3.4, Q3.5 e Q3.7
A seguir, nas Figuras de 42 a 46, apresentam-se os gráficos com as frequências entre
variáveis.
PsyCap (Q1.1)
Figura 42: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) PsyCap com Q3.1
Conc_
plena
Conc
Conc_
parc
Disc_
parc
Disc
Disc_
com
p
20
15
10
5
0
Conc
_ple
na
Conc
Conc
_par
c
Disc_
parc
Disc
Di sc_
com
p
20
15
10
5
0
3
Q3.1
Fre
qu
en
cy
4
5
Caso seja um líder, quanto você concordaria que pode colaborar para,
Panel variable: PsyCap
o uso e o desenvolvimento do capital psicológico positivo dos seus liderados
Faixa 3 Faixa 4
Faixa 5
163
Figura 43: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) PsyCap com Q3.2
Figura 44: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) PsyCap com Q3.4
Conc
_plena
Conc
Conc
_par
c
Disc_
par
c
Disc
Disc_
com
p
60
45
30
15
0
Conc_
plen
a
Conc
Conc
_par
c
Disc_
par
cDisc
Disc_
com
p
60
45
30
15
0
2
Q3.2
Fre
qu
en
cy
3
4 5
Se fosse sugerida uma intervenção/treinamento para desenvolvimento do
Panel variable: PsyCap
capital psicológico positivo dos servidores e terceirizados, sejam líderes ou
liderados, o quanto você concordaria que traz benefícios?
Faixa 2 Faixa 3
Faixa 4 Faixa 5
Conc
_ple
na
Conc
Conc
_par
c
Disc_
par
c
Disc
Di sc_
com
p
60
45
30
15
0
Conc_
plen
a
Conc
Con
c_pa
rc
Disc_
parc
Disc
Disc_
com
p
60
45
30
15
0
2
Q3.4
Fre
qu
en
cy
3
4 5
Quanto você concordaria em participar de uma intervenção breve
Panel variable: PsyCap
(de algumas horas) para desenvolver o seu capital psicológico positivo?
Faixa 2 Faixa 3
Faixa 4 Faixa 5
164
Figura 45: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) PsyCap com Q3.5
Figura 46: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) PsyCap com Q3.7
Considerando os resultados apresentados foi possível obter as seguintes avaliações:
No que tange à variação da percepção do pesquisado em função do valor de PsyCap
apresentado pelo mesmo, foi possível identificar que, quanto à questão Q3.1, que busca avaliar
Conc_
plen
a
Conc
Conc_
parc
Disc_
parc
Disc
Disc_
com
p
48
36
24
12
0
Conc
_pl e
na
Conc
Conc_
parc
Disc_
parc
Disc
Disc_
com
p
48
36
24
12
0
2
Q3.5
Fre
qu
en
cy
3
4 5
Quanto você concordaria que um líder com um capital psicológico positivo
Panel variable: PsyCap
mais elevado, traria algum benefício a você e ao seu trabalho?
Faixa 2 Faixa 3
Faixa 4 Faixa 5
Conc
_plena
Conc
Conc
_par
c
Disc_
par
c
Disc
Disc_
com
p
60
45
30
15
0
Conc_
plen
a
Conc
Con
c_pa
rc
Disc_
parc
Di sc
Disc_
com
p
60
45
30
15
0
2
Q3.7
Fre
qu
en
cy
3
4 5
Você consideraria que alguma característica individual ou do trabalho
Panel variable: PsyCap
pode favorecer o desenvolvimento do capital psicológico positivo?
Faixa 2 Faixa 3
Faixa 4 Faixa 5
165
se os líderes se consideram aptos para colaborar com o uso e desenvolvimento do capital
psicológico positivo de seus liderados, a resposta mais frequente para todas as faixas de
PsyCap foi a opção “Concordaria”.
Na questão Q3.2, que avalia se o respondente acredita que a realização de intervenções
e treinamentos para o desenvolvimento do capital psicológico positivo possui potencial para
gerar benefícios, a opção “Concordaria” foi a mais frequente para a maioria nas faixas,
porém para as Faixas 2 e 5 do PsyCap as opções “Discordaria completamente” e
“Concordaria plenamente” foram, respectivamente, as mais frequentes.
O mesmo fenômeno de observa na questão Q3.4, que avalia a predisposição dos
respondentes em participar de uma intervenção de algumas horas para o desenvolvimento do
capital psicológico positivo, e na questão Q3.7, que avalia se o respondente acredita que o
trabalho junto a um líder que apresenta capital psicológico positivo mais elevado possui
potencial para gerar benefícios para o respondente e para o trabalho. É importante salientar
que a quantidade de respondentes nessas faixas foi inferior às demais o que pode
prejudicar a significância da variação.
As questões Q3.2, que avalia se o respondente acredita que a realização de intervenções
e treinamentos para o desenvolvimento do capital psicológico positivo possui potencial para
gerar benefícios, e Q3.5, que avalia se o respondente acredita que o trabalho junto a um líder
que apresenta capital psicológico positivo mais elevado possui potencial para gerar benefícios
para o respondente e para o trabalho, apresentam o mesmo comportamento de variação. Essas
questões apresentam a opção “Concordaria plenamente” como a mais frequente entre as
faixas de PsyCap. Somente as Faixas 2 e 4 do PsyCap, as opções “Discordaria
completamente” e “Concordaria” foram, respectivamente, as mais frequentes. É
importante destacar que a frequência nas opções “Concordaria” e “Concordaria
plenamente” da Faixa 4, possui pouca variação entre si na Q3.5.
É importante salientar que a variação nas faixas que apresentam uma quantidade
de respondentes muito reduzida, pode ter a sua significância prejudicada.
166
Esperança (Q1.2)
Figura 47: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Esperança (Q1.2) com Q3.1
Figura 48:Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Esperança (Q1.2) com Q3.2
Conc_
ple
na
Conc
Conc
_par
c
Disc_
par
c
Disc
Disc_
com
p
16
12
8
4
0
Conc_
plena
Con
c
Conc
_par
c
Disc_
par
cDi sc
Disc_
com
p
16
12
8
4
0
3
Q3.1
Fre
qu
en
cy
4
5
Caso seja um líder, quanto você concordaria que pode colaborar para,
o uso e o desenvolvimento do capital psicológico positivo dos seus liderados
Panel variable: Esperança
Faixa 3 Faixa 4
Faixa 5
Conc_
plen
a
Conc
Conc_p
arc
Disc_p
arc
DiscDisc_c
omp
Conc_
plen
a
Conc
Conc_
parc
Disc_p
arc
Disc
Disc_c
omp
40
30
20
10
0
Conc
_plena
Conc
Conc_
parc
Disc_p
arc
Disc
Disc
_com
p
40
30
20
10
0
1
Q3.2
Fre
qu
en
cy
2 3
4 5
Se fosse sugerida uma intervenção/treinamento para desenvolvimento do capital
Panel variable: Esperança
psicológico positivo dos servidores e terceirizados, sejam líderes ou
liderados, o quanto você concordaria que traz benefícios?
Faixa 1 Faixa 2 Faixa 3
Faixa 4 Faixa 5
167
Figura 49: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Esperança (Q1.2) com Q3.4
Figura 50: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Esperança (Q1.2) com Q3.5
Conc_
plen
a
Conc
Conc
_par
c
Disc
_par
c
Disc
Disc
_com
p
Conc_
plena
Conc
Conc_p
arc
Disc
_par
cDisc
Disc_c
omp
40
30
20
10
0
Conc_
plena
Conc
Conc_p
arc
Disc_p
arc
Disc
Disc_c
omp
40
30
20
10
0
1
Q3.4
Fre
qu
en
cy
2 3
4 5
Quanto você concordaria em participar de uma intervenção breve
Panel variable: Esperança
(de algumas horas) para desenvolver o seu capital psicológico positivo?
Faixa 1 Faixa 2 Faixa 3
Faixa 4 Faixa 5
Conc_
plen
a
Conc
Conc_
parc
Disc_p
arc
DiscDisc_c
omp
Conc
_plen
a
Conc
Conc
_par
c
Disc_p
arc
Disc
Disc_c
omp
40
30
20
10
0
Conc
_plena
Conc
Conc_
parc
Disc_p
arc
Disc
Disc
_com
p
40
30
20
10
0
1
Q3.5
Fre
qu
en
cy
2 3
4 5
Quanto você concordaria que um líder com um capital psicológico positivo
Panel variable: Esperança
mais elevado, traria algum benefício a você e ao seu trabalho?
Faixa 1 Faixa 2 Faixa 3
Faixa 4 Faixa 5
168
Figura 51: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Esperança (Q1.2) com Q3.7
Considerando os resultados apresentados nas Figuras 48 a 51, foi possível obter as
seguintes avaliações:
No que tange a variação da percepção do pesquisado em função do valor de Esperança
apresentado pelo mesmo, foi possível identificar que quanto à questão Q3.1, que busca avaliar
se os líderes se consideram aptos para colaborar com o uso e desenvolvimento do capital
psicológico positivo de seus liderados, a resposta mais frequente para todas as faixas de PsyCap
foi a opção “Concordaria”.
Na questão Q3.2, que avalia se o respondente acredita que a realização de intervenções
e treinamentos para o desenvolvimento do capital psicológico positivo possui potencial para
gerar benefícios, a opção “Concordaria” foi a mais frequente nas faixas, porém na Faixa 2
a opção “Discordaria completamente” foi mais frequente.
A questão Q3.4, que avalia a predisposição dos respondentes em participar de uma
intervenção de algumas horas para o desenvolvimento do capital psicológico positivo,
apresentou uma maior variação nas respostas, tendo na Faixa 1 a opção “Discordaria
completamente” como a mais frequente, nas Faixas 3 e 4 a opção “Concordaria” foi a
mais frequente e nas Faixas 2 e 5 a opção “Concordaria plenamente” foi a de maior
frequência.
Conc_
plen
a
Conc
Conc
_par
c
Disc
_par
c
Disc
Disc
_com
p
Conc_
plen
a
Conc
Conc
_par
c
Disc_p
arc
Disc
Disc_c
omp
48
36
24
12
0
Conc
_plen
a
Conc
Conc_p
arc
Disc_p
arc
Disc
Disc_c
omp
48
36
24
12
0
1
Q3.7
Fre
qu
en
cy
2 3
4 5
Você consideraria que alguma característica individual ou do trabalho
Panel variable: Esperança
pode favorecer o desenvolvimento do capital psicológico positivo?
Faixa 1 Faixa 2 Faixa 3
Faixa 4 Faixa 5
169
A questão Q3.5 avalia se o respondente acredita que o trabalho junto a um líder que
apresenta capital psicológico positivo mais elevado possui potencial para gerar benefícios para
o respondente e para o trabalho. Essa questão foi a única deste grupo que apresentou todas
as 4 opções como as mais frequentes em alguma das faixas de Esperança, tendo na Faixa
1 a opção “Discordaria completamente” como a mais frequente, na Faixa 2 a opção
“Discordaria parcialmente” se apresentou como a mais frequente, na Faixa 4 a opção
“Concordaria” foi mais selecionada e nas Faixas 3 e 5 a opção “Concordaria plenamente”
foi a de maior frequência. É importante destacar que a frequência nas opções
“Concordaria” e “Concordaria plenamente” da Faixa 4, possui pouca variação entre si.
Na questão Q3.7, que avalia se o respondente acredita que o trabalho junto a um líder
que apresenta capital psicológico positivo mais elevado possui potencial para gerar benefícios
para o respondente e para o trabalho, a opção “Concordaria” foi a mais frequente na maioria
das faixas, porém a Faixa 1 de Esperança apresentou a opção “Discordaria
completamente” como a mais frequente e a Faixa 5 teve a opção “Concordaria
plenamente” como mais frequente.
É importante salientar que a variação nas faixas que apresentam uma quantidade
de respondentes muito reduzida, pode ter a sua significância prejudicada.
Autoeficácia (Q1.3)
Figura 52: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Autoeficácia (Q1.3) com Q3.1
Conc_plena
Conc
Conc_par
c
Disc_
parc
Disc
Di sc_c
omp
20
15
10
5
0
Conc_plena
Conc
Conc_par
c
Disc_p
arcDis
c
Disc
_com
p
20
15
10
5
0
3
Q3.1
Freq
uen
cy
4
5
Caso seja um líder, quanto você concordaria que pode colaborar para,
o uso e o desenvolvimento do capital psicológico positivo dos seus liderados
Panel variable: Autoeficácia
Faixa 5
Faixa 3 Faixa 4
170
Figura 53: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Autoeficácia (Q1.3) com Q3.2
Figura 54: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Esperança( Q1.3) com Q3.4
Conc
_plena
Conc
Conc_
par
c
Disc_
par
c
Disc
Disc_
com
p
40
30
20
10
0
Conc_
plen
a
Con
c
Con
c_pa
rc
Disc_
parc
Disc
Disc_
com
p
40
30
20
10
0
1
Q3.2
Fre
qu
en
cy
3
4 5
Se fosse sugerida uma intervenção/treinamento para desenvolvimento do capital
Panel variable: Autoeficácia
psicológico positivo dos servidores e terceirizados, sejam líderes ou
liderados, o quanto você concordaria que traz benefícios?
Faixa 1 Faixa 3
Faixa 4 Faixa 5
Conc
_plena
Conc
Conc
_par
c
Di sc_
par
c
Disc
Disc_
com
p
40
30
20
10
0
Conc_
plen
a
Conc
Con
c_par
c
Disc_
parc
Disc
Disc_
com
p
40
30
20
10
0
1
Q3.4
Fre
qu
en
cy
3
4 5
Quanto você concordaria em participar de uma intervenção breve
Panel variable: Autoeficácia
(de algumas horas) para desenvolver o seu capital psicológico positivo?
Faixa 1 Faixa 3
Faixa 4 Faixa 5
171
Figura 55: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Autoeficácia (Q1.3) com Q3.5
Figura 56: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Autoeficácia (Q1.3) com Q3.7
Considerando os resultados apresentados nas Figuras 52 a 56, foi possível obter as
seguintes avaliações:
Conc
_ple
na
Conc
Conc
_par
c
Disc_
par
c
Disc
Disc_
com
p
40
30
20
10
0
Conc_
plena
Con
c
Con
c_par
c
Disc_
parc
Disc
Disc_
com
p
40
30
20
10
0
1
Q3.5
Fre
qu
en
cy
3
4 5
Quanto você concordaria que um líder com um capital psicológico positivo
Panel variable: Autoeficácia
mais elevado, traria algum benefício a você e ao seu trabalho?
Faixa 1 Faixa 3
Faixa 4 Faixa 5
Conc
_ple
na
Conc
Conc
_par
c
Disc_
par
c
Disc
Disc_
com
p
40
30
20
10
0
Conc_
plen
a
Con
c
Conc
_par
c
Disc_
par
cDisc
Disc_
com
p
40
30
20
10
0
1
Q3.7
Fre
qu
en
cy
3
4 5
pode favorecer o desenvolvimento do capital psicológico positivo?
Panel variable: Autoeficácia
Você consideraria que alguma característica individual ou do trabalho
Faixa 1 Faixa 3
Faixa 4 Faixa 5
172
Para o variável Autoeficácia, a variação da percepção dos pesquisado em função do
valor apresentado pelos respondentes para a questão Q3.1, que busca avaliar se os líderes se
consideram aptos para colaborar com o uso e desenvolvimento do capital psicológico positivo
de seus liderados, a resposta mais frequente para todas as faixas de PsyCap foi a opção
“Concordaria”.
A questão Q3.2, que avalia se o respondente acredita que a realização de intervenções
e treinamentos para o desenvolvimento do capital psicológico positivo possui potencial para
gerar benefícios, apresentou uma maior variação nas respostas, tendo na Faixa 1 a opção
“Discordaria completamente” como a mais frequente, na Faixa 4 a opção “Concordaria”
foi a mais frequente e na Faixa 5 a opção “Concordaria plenamente” foi a de maior
frequência. Na Faixa 3, nota-se um empate entre as opções “Concordaria” e “Concordaria
plenamente”.
Na questão Q3.4, que avalia a predisposição dos respondentes em participar de uma
intervenção de algumas horas para o desenvolvimento do capital psicológico positivo, a opção
“Concordaria” foi a mais frequente nas faixas, porém na Faixa 1 a opção “Discordaria
completamente” foi mais frequente e na Faixa 5 a opção “Concordaria plenamente” foi a
mais frequente.
O mesmo padrão se observa na questão Q3.7, que avalia se o respondente acredita que
o trabalho junto a um líder que apresenta capital psicológico positivo mais elevado possui
potencial para gerar benefícios para o respondente e para o trabalho. É importante destacar
que a frequência nas opções “Concordaria” e “Concordaria plenamente” da Faixa 5 da
questão Q3.7, possui pouca variação entre si.
A questão Q3.5 avalia se o respondente acredita que o trabalho junto a um líder que
apresenta capital psicológico positivo mais elevado possui potencial para gerar benefícios para
o respondente e para o trabalho. Essa questão apresentou variação nas respostas mais
frequentes em alguma das faixas, tendo na Faixa 1 a opção “Discordaria completamente”
como a mais frequente, na Faixa 3 a opção “Concordaria” se apresentou como a mais
frequente e na Faixa 5 a opção “Concordaria plenamente” foi a de maior frequência. A
Faixa 4 apresentou um empate entre as opções “Concordaria” e “Concordaria
plenamente”.
É importante salientar que a variação nas faixas que apresentam uma quantidade
de respondentes muito reduzida, pode ter a sua significância prejudicada.
173
Resiliência (Q1.4)
Figura 57: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Resiliência (Q1.4) com Q3.1
Figura 58: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Resiliência (Q1.4) com Q3.2
Con
c_pl
ena
Con
c
Conc
_par
c
Disc_
parc
Disc
Disc_
com
p
16
12
8
4
0
Conc_
plena
Con
c
Con
c_par
c
Disc_
par
cDisc
Disc_
com
p
16
12
8
4
0
3
Q3.1
Fre
qu
en
cy
4
5
Caso seja um líder, quanto você concordaria que pode colaborar para,
o uso e o desenvolvimento do capital psicológico positivo dos seus liderados
Panel variable: Resiliência
Faixa 4Faixa 3
Faixa 5
Conc
_ple
na
Conc
Conc
_par
c
Disc_
par
c
Disc
Di sc_c
omp
40
30
20
10
0
Conc_
plen
a
Con
c
Con
c_pa
rc
Disc_
parc
Disc
Disc_
com
p
40
30
20
10
0
2
Q3.2
Fre
qu
en
cy
3
4 5
Se fosse sugerida uma intervenção/treinamento para desenvolvimento do capital
Panel variable: Resiliência
psicológico positivo dos servidores e terceirizados, sejam líderes ou
liderados, o quanto você concordaria que traz benefícios?
Faixa 2 Faixa 3
Faixa 4 Faixa 5
174
Figura 59: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Resiliência (Q1.4) com Q3.4
Figura 60: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Resiliência (Q1.4) com Q3.5
Conc
_plena
Conc
Conc
_par
c
Disc_
par
c
Disc
Disc_
com
p
60
45
30
15
0
Conc_
plen
a
Con
c
Con
c_pa
rc
Disc_
parc
Di sc
Disc_
com
p
60
45
30
15
0
2
Q3.4
Fre
qu
en
cy
3
4 5
Quanto você concordaria em participar de uma intervenção breve
Panel variable: Resiliência
(de algumas horas) para desenvolver o seu capital psicológico positivo?
Faixa 2 Faixa 3
Faixa 4 Faixa 5
Conc
_ple
na
Conc
Conc
_par
c
Disc_
par
c
Disc
Disc_
com
p
40
30
20
10
0
Conc_
plen
a
Con
c
Con
c_pa
rc
Di sc_
parc
Di sc
Disc_
com
p
40
30
20
10
0
2
Q3.5
Fre
qu
en
cy
3
4 5
Quanto você concordaria que um líder com um capital psicológico positivo
Panel variable: Resiliência
mais elevado, traria algum benefício a você e ao seu trabalho?
Faixa 2 Faixa 3
Faixa 4 Faixa 5
175
Figura 61: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Resiliência (Q1.4) com Q3.7
Considerando os resultados apresentados nas Figuras 57 a 61, foi possível obter as
seguintes avaliações:
No que tange a variação da percepção do pesquisado em função do valor de Resiliência
apresentado pelo mesmo, foi possível identificar quanto à questão Q3.1, que busca avaliar se
os líderes se consideram aptos para colaborar com o uso e desenvolvimento do capital
psicológico positivo de seus liderados, a resposta mais frequente para todas as faixas de
PsyCap foi a opção “Concordaria”.
Na questão Q3.2, que avalia se o respondente acredita que a realização de intervenções
e treinamentos para o desenvolvimento do capital psicológico positivo possui potencial para
gerar benefícios, a opção “Concordaria plenamente” foi a mais frequente nas faixas, porém
na Faixa 2 a opção “Discordaria completamente” foi mais frequente e na Faixa 4 a opção
“Concordaria” foi a de maior frequência.
Na questão Q3.4, que avalia a predisposição dos respondentes em participar de uma
intervenção de algumas horas para o desenvolvimento do capital psicológico positivo, a opção
“Concordaria” foi a mais frequente nas faixas, porém na Faixa 2 a opção “Discordaria
completamente” foi mais frequente e na Faixa 5 a opção “Concordaria plenamente” foi a
mais frequente.
Conc_
plen
a
Conc
Conc_
parc
Disc_
par
c
Disc
Disc_
com
p
60
45
30
15
0
Conc_
plena
Con
c
Con
c_pa
rc
Disc_
parc
Disc
Disc_
com
p
60
45
30
15
0
2
Q3.7
Fre
qu
en
cy
3
4 5
Você consideraria que alguma característica individual ou do trabalho
Panel variable: Resiliência
pode favorecer o desenvolvimento do capital psicológico positivo?
Faixa 2 Faixa 3
Faixa 4 Faixa 5
176
O mesmo padrão se observa na questão Q3.7, que avalia se o respondente acredita que
o trabalho junto a um líder que apresenta capital psicológico positivo mais elevado possui
potencial para gerar benefícios para o respondente e para o trabalho
A questão Q3.5 avalia se o respondente acredita que o trabalho junto a um líder que
apresenta capital psicológico positivo mais elevado possui potencial para gerar benefícios para
o respondente e para o trabalho. Nessa questão, a opção “Discordaria completamente” foi a
mais frequente na Faixa 2, na Faixa 4 a opção “Concordaria” foi a mais frequente e na
Faixa 5 a opção “Concordaria plenamente” foi a de maior frequência. A Faixa 3
apresentou frequência equivalente entre as opções “Concordaria” e “Concordaria
plenamente”. Observa-se que a frequência nas opções “Concordaria” e “Concordaria
plenamente” da Faixa 4, possui pouca variação entre si.
É importante salientar que a variação nas faixas que apresentam uma quantidade
de respondentes muito reduzida, pode ter a sua significância prejudicada.
Otimismo(Q1.5)
Figura 62: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Otimismo (Q1.5) com Q3.1
Conc
_plena
Conc
Conc
_par
c
Disc_
par
c
Disc
Disc_
com
p
30
20
10
0
Conc_
plen
a
Con
c
Con
c_pa
rc
Disc_
parc
Disc
Disc_
com
p
30
20
10
0
3
Q3.1
Fre
qu
en
cy
4
5
Caso seja um líder, quanto você concordaria que pode colaborar para,
o uso e o desenvolvimento do capital psicológico positivo dos seus liderados
Panel variable: Otimismo
Faixa 3 Faixa 4
Faixa 5
177
Figura 63: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Otimismo (Q1.5) com Q3.2
Figura 64: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Otimismo (Q1.5) com Q3.4
Conc
_ple
na
Conc
Conc_
par
c
Disc_
par
c
Disc
Disc_
com
p
60
45
30
15
0
Conc_
plen
a
Conc
Con
c_pa
rc
Disc_
parc
Disc
Disc_
com
p
60
45
30
15
0
2
Q3.2
Fre
qu
en
cy
3
4 5
Se fosse sugerida uma intervenção/treinamento para desenvolvimento do capital
Panel variable: Otimismo
capital psicológico positivo dos servidores e terceirizados, sejam líderes ou
liderados, o quanto você concordaria que traz benefícios?
Faixa 2 Faixa 3
Faixa 4 Faixa 5
Con
c_pl
ena
Con
c
Con
c_par
c
Disc_
parc
Disc
Di sc_
com
p
60
45
30
15
0
Conc_
plena
Conc
Conc
_par
c
Disc_
par
cDisc
Disc_
com
p
60
45
30
15
0
2
Q3.4
Fre
qu
en
cy
3
4 5
Quanto você concordaria em participar de uma intervenção breve
Panel variable: Otimismo
(de algumas horas) para desenvolver o seu capital psicológico positivo?
Faixa 5Faixa 4
Faixa 3Faixa 2
178
Figura 65: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Otimismo (Q1.5) com Q3.5
Figura 66: Análise de frequência entre variáveis (Histograma) Otimismo (Q1.5) com Q3.7
Considerando os resultados apresentados nas Figuras 62 66, foi possível obter as
seguintes avaliações:
Conc_
plen
a
Conc
Conc_
parc
Disc_
parc
Di sc
Disc_
com
p
60
45
30
15
0
Conc
_plena
Conc
Conc
_par
c
Di sc_
parc
Disc
Disc_
com
p
60
45
30
15
0
2
Q3.5
Fre
qu
en
cy
3
4 5
Quanto você concordaria que um líder com um capital psicológico positivo
Panel variable: Otimismo
mais elevado, traria algum benefício a você e ao seu trabalho?
Faixa 2 Faixa 3
Faixa 4 Faixa 5
Conc
_pl e
na
Conc
Conc_
par
c
Disc_
par
c
Di sc
Disc_
com
p
60
45
30
15
0
Conc_
plen
a
Con
c
Con
c_pa
rc
Disc_
parc
Disc
Disc_
com
p
60
45
30
15
0
2
Q3.7
Fre
qu
en
cy
3
4 5
Você consideraria que alguma característica individual ou do trabalho
Panel variable: Otimismo
pode favorecer o desenvolvimento do capital psicológico positivo?
Faixa 5Faixa 4
Faixa 3Faixa 2
179
A questão Q3.1, que busca avaliar se os líderes se consideram aptos para colaborar com
o uso e desenvolvimento do capital psicológico positivo de seus liderados, teve como opção
mais frequente na Faixa 3 o ponto na escala “Concordaria parcialmente”. porém com valor
próximo à opção “Concordaria”. Na Faixa 4, a opção “Concordaria” foi a mais frequente e na
Faixa 5 a opção “Concordaria plenamente” foi a mais selecionada. Observa-se que a frequência
nas opções “Concordaria” e “Concordaria plenamente” das faixas 3 e 5, possuem pouca
variação entre si.
Na questão Q3.2, que avalia se o respondente acredita que a realização de intervenções
e treinamentos para o desenvolvimento do capital psicológico positivo possui potencial para
gerar benefícios, a opção “Concordaria” foi a mais frequente nas faixas, porém na Faixa 5 a
opção “Concordaria plenamente” foi mais frequente.
A questão Q3.4, que avalia a predisposição dos respondentes em participar de uma
intervenção de algumas horas para o desenvolvimento do capital psicológico positivo,
apresentou a opção “Concordaria” como a mais frequente na maioria das fixas, porém na Faixa
5 as opções “Concordaria” e “Concordaria plenamente” apresentam valores próximos.
A questão Q3.5 avalia se o respondente acredita que o trabalho junto a um líder que
apresenta capital psicológico positivo mais elevado possui potencial para gerar benefícios para
o respondente e para o trabalho. Nessa questão a opção “Concordaria plenamente” foi a mais
frequente nas faixas, porém na Faixa 5 foi possível observar uma equivalência da frequência de
respostas relativas às opções “Concordaria” e “Concordaria plenamente”.
Quando a variação da percepção do pesquisado é avaliada em função do valor de
Otimismo, foi possível observar que a questão Q3.7, que avalia se o respondente acredita que
o trabalho junto a um líder que apresenta capital psicológico positivo mais elevado possui
potencial para gerar benefícios para o respondente e para o trabalho, foi a única que teve a opção
“Concordaria” como a mais selecionada para todas as faixas de PsyCap.
É importante salientar que a variação nas faixas que apresentam uma quantidade de
respondentes muito reduzida, pode ter a sua significância prejudicada.
INDEPENDÊNCIA ENTRE VARIÁVEIS AN28
PsyCap ( Q1.1) e Constructos ( Q1.2 a Q1.5) com Q3.1, Q3.2, Q3.4, Q3.5, Q3.7
A fim de testar a independência entre a percepção sobre o capital psicológico do
pesquisado e o valor de PsyCap apresentado pelo mesmo, um teste de independência entre
variáveis baseado no método Qui-quadrado, cujos resultados apresentam-se da Figura 67 foi
180
utilizado, tendo sido desenvolvidas para o teste as seguintes hipóteses nula (H0) e alternativa
(Ha):
H0: 𝐴 𝑎𝑠𝑠𝑜𝑐𝑖𝑎çã𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑎𝑠 𝑣𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑖𝑠 é 𝑟𝑎𝑛𝑑ô𝑚𝑖𝑐𝑎
Ha: 𝐴 𝑎𝑠𝑠𝑜𝑐𝑖𝑎çã𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑎𝑠 𝑣𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑖𝑠 𝑛ã𝑜 é 𝑟𝑎𝑛𝑑ô𝑚𝑖𝑐𝑎
Figura 67: Tabela de qui-quadrado de Pearson Q1.1 a Q1.5
Qui-quadrado de Pearson Q3.1 Q3.2 Q3.4 Q3.5 Q3.7
Q1.1 11,49 105,76 76,84 27,44 112,40
Q1.2 12,26 101,98 83,86 78,16 149,65
Q1.3 17,91 102,77 66,29 65,85 108,21
Q1.4 9,51 100,49 66,29 64,16 116,11
Q1.5 18,06 19,75 27,44 11,04 12,76
p-valor Q3.1 Q3.2 Q3.4 Q3.5 Q3.7
Q1.1 0,1756 0,0000 0,0000 0,0253 0,0000
Q1.2 0,1401 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
Q1.3 0,0219 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
Q1.4 0,3011 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
Q1.5 0,0208 0,1818 0,0253 0,7495 0,6211
Para interpretação desse teste, é necessário observar as comparações paritárias onde o
p-valor calculado para o teste for inferior a 0,05, nestes casos a H0 poderá ser rejeitada, sendo
possível afirmar que as variáveis são dependentes. Por meio do teste de independência, foi
possível identificar, com 95% de intervalo de confiança, a existência de múltiplas associações
não randômicas entre as variáveis de PsyCap e a percepção dos pesquisados. Estas associações
são apresentadas abaixo:
- Existe uma relação de dependência entre o valor total de PsyCap e as variáveis
Potencial de benefícios de intervenções e treinamentos (Q3.2), Predisposição para Intervenção/
Treinamento (Q3.4), Potencial de Benefício de Líderes PsyCap Alto (Q3.5) e Favorecimento
de Características Individuais e do Trabalho para o PsyCap (Q3.7);
- Existe uma relação de dependência entre o valor de Esperança e as variáveis Potencial
de benefícios de intervenções e treinamentos (Q3.2), Predisposição para Intervenção/
Treinamento (Q3.4), Potencial de Benefício de Líderes PsyCap Alto (Q3.5) e Favorecimento
de Características Individuais e do Trabalho para o PsyCap (Q3.7);
181
- Existe uma relação de dependência entre o valor de Autoeficácia e as variáveis Aptidão
dos Líderes para Desenvolvimento PsyCap Liderados (Q3.1), Potencial de benefícios de
intervenções e treinamentos (Q3.2), Predisposição para Intervenção/ Treinamento (Q3.4),
Potencial de Benefício de Líderes PsyCap Alto (Q3.5) e Favorecimento de Características
Individuais e do Trabalho para o PsyCap (Q3.7);
- Existe uma relação de dependência entre o valor de Resiliência e as variáveis Potencial
de benefícios de intervenções e treinamentos (Q3.2), Predisposição para Intervenção/
Treinamento (Q3.4), Potencial de Benefício de Líderes PsyCap Alto (Q3.5) e Favorecimento
de Características Individuais e do Trabalho para o PsyCap (Q3.7);
- Existe uma relação de dependência entre o valor de Otimismo e as variáveis Aptidão
dos Líderes para Desenvolvimento PsyCap Liderados (Q3.1) e Predisposição para Intervenção/
Treinamento (Q3.4).
É importante destacar que a variável Aptidão dos Líderes para Desenvolvimento PsyCap
Liderados (Q3.1), somente apresentou uma relação não randômica com os constructos
Autoeficácia e Otimismo.
Outro ponto é que apenas a Predisposição para Intervenção/treinamento (Q3.4)
apresenta uma relação de dependência com o PsyCap e seus constructos.
CORRELAÇÃO ENTRE VARIÁVEIS - AN29
PsyCap (Q1.1) e Constructos (Q1.2 A Q1.5), Q3.1, Q3.2, Q3.4, Q3.5 e Q3.7 com PsyCap
(Q1.1) e Constructos (Q1.2 A Q1.5), Q3.1, Q3.2, Q3.4, Q3.5 e Q3.7
A fim de avaliar a relação entre a percepção sobre o capital psicológico do pesquisado
e o valor de PsyCap apresentado pelo mesmo, o teste de correlação de Pearson foi utilizado.
182
Quadro 31 - Tabela de Correlação de Pearson com as variáveis indicadas
Q1.1 Q1.2 Q1.3 Q1.4 Q1.5 Q3.1 Q3.2 Q3.4 Q3.5 Q3.7
Q1.1 - 0,88 0,84 0,81 0,75 0,44 0,36 0,34 0,30 0,38
Q1.2 0,88 - 0,65 0,60 0,61 0,31 0,32 0,30 0,27 0,37
Q1.3 0,84 0,65 - 0,59 0,46 0,33 0,35 0,33 0,30 0,36
Q1.4 0,81 0,60 0,59 - 0,46 0,33 0,27 0,26 0,24 0,30
Q1.5 0,75 0,61 0,46 0,46 - 0,47 0,24 0,20 0,15 0,20
Q3.1 0,44 0,31 0,33 0,33 0,47 - 0,70 0,49 0,41 0,51
Q3.2 0,36 0,32 0,35 0,27 0,24 0,70 - 0,62 0,60 0,59
Q3.4 0,34 0,30 0,33 0,26 0,20 0,49 0,62 - 0,50 0,50
Q3.5 0,30 0,27 0,30 0,24 0,15 0,41 0,60 0,50 - 0,53
Q3.7 0,38 0,37 0,36 0,30 0,20 0,51 0,59 0,50 0,53 -
Por meio da análise de correlação, apresentada no Quadro 31 foi possível identificar que
das 25 comparações paritárias realizadas entre as variáveis de PsyCap e as variáveis de
Percepção, em 15 casos foi possível identificar uma correlação superior a 0,3 ou inferior a -0,3,
valor de correlação considerada significativa, sendo possível perceber as relações entre as
variáveis listadas abaixo:"
Por meio dessa análise de correlação foi possível identificar que das 25 comparações
paritárias realizadas entre as variáveis de PsyCap e a variável Nível hierárquico (Q2.1), em 15
casos foi possível identificar uma correlação superior a 0,3 ou inferior a -0,3, valor de correlação
considerada significativa. Sendo possível perceber as relações entre as variáveis listadas abaixo:
- Quanto maior o valor total do PsyCap, maior a aptidão do líder no desenvolvimento
do capital psicológico positivo, o potencial de benefício percebido na realização de intervenções
e treinamentos, maior a predisposição para participar de intervenções e treinamentos e melhor
a percepção das características individuais e do trabalho que potencializam o desenvolvimento
do capital psicológico positivo;
- Quanto maior o valor de Esperança, maior a aptidão do líder no desenvolvimento do
capital psicológico positivo, o potencial de benefício percebido na realização de intervenções e
treinamentos, maior a predisposição para participar de intervenções e treinamentos e melhor a
percepção das características individuais e do trabalho que potencializam o desenvolvimento
do capital psicológico positivo;
- Quanto maior o valor de Autoeficácia, maior a aptidão do líder no desenvolvimento
do capital psicológico positivo, o potencial de benefício percebido na realização de intervenções
e treinamentos, maior a predisposição para participar de intervenções e treinamentos e melhor
a percepção das características individuais e do trabalho que potencializam o desenvolvimento
do capital psicológico positivo;
183
- Quanto maior o valor de Resiliência, maior a aptidão do líder no desenvolvimento do
capital psicológico positivo e melhor a percepção das características individuais e do trabalho
que potencializam o desenvolvimento do capital psicológico positivo;
- Quanto maior o valor de Otimismo, maior a aptidão do líder no desenvolvimento do
capital psicológico positivo.
Com esses resultados, apresentados acima, foi possível identificar uma relação
significativa entre as variáveis de percepção quanto ao capital psicológico positivo, tendo sido
identificadas correlações positivas elevadas entre as mesmas.
É importante destacar a relação entre a aptidão dos líderes para o desenvolvimento do
PsyCap dos seus liderados e a percepção de benefícios na realização de intervenções e
treinamentos, que apresentou uma correlação positiva de 0,7.
Por meio dessa análise, é possível afirmar que quanto maior a aptidão do líder para o
desenvolvimento do capital psicológico positivo de seus liderados, maior a percepção de
benefício na realização de intervenções e treinamentos com foco no desenvolvimento do capital
psicológico positivo.
Foi possível identificar também uma relação significativa entre as variáveis de PsyCap,
tendo sido identificadas correlações positivas elevadas entre as mesmas, principalmente entre
o valor de cada constructo e o valor final do PsyCap alcançado, o que é metodologicamente
coerente tendo em vista que o PsyCap é composto pela soma dos resultados dos constructos.
É importante destacar ainda a elevada correlação entre a variável Q1.2 e as demais
variáveis, mostrando que quanto maior a Esperança do respondente, maior serão os valores dos
demais constructos.
FREQUÊNCIA ENTRE VARIÁVEIS – AN30
Faixas de PsyCap (Q1.1) e Constructos ( Q1.2 a Q1.5) com Q2.1
A seguir, apresentam-se as Figuras de 68 a 72, com as análise de frequência das faixas
de níveis do PsyCap e seus constructos correlacionando com o nível hierárquico dos
respondentes.
184
Figura 68: Frequência entre variáveis (Histograma) PsyCap(Q1.1) e Q2.1
Figura 69: Frequência entre variáveis (Histograma) e Esperança (Q1.2) e Q2.1
Serv
_Líder
Terc_Lider
ado
Serv_L
íder
/Lider
ado
Serv
_Lider
ado
80
60
40
20
0
Serv_L
íder
Terc_Lider
ado
Serv
_Líder
/Liderad
o
Serv
_Liderad
o
80
60
40
20
0
2
Q2.1
Fre
qu
en
cy
3
4 5
Nível hierárquico dos respondentes Faixa de PsyCap
Panel variable: PsyCap
Faixa 2 Faixa 3
Faixa 4 Faixa 5
Serv
_Líd
er
Terc
_Lid
erad
o
Serv
_Líd
er/L
iderad
o
Serv
_Lid
erad
o
Serv_L
íder
Terc
_Lid
erad
o
Serv
_Líd
er/L
ider
ado
Serv
_Lid
erad
o
60
45
30
15
0
Serv
_Líd
er
Terc
_Lid
erad
o
Serv
_Líd
er/L
ider
ado
Serv
_Lid
erad
o
60
45
30
15
0
1
Q2.1
Fre
qu
en
cy
2 3
4 5
Nível hierárquico dos respondentes Faixa de Esperança
Panel variable: Esperança
Faixa 1 Faixa 2 Faixa 3
Faixa 4 Faixa 5
185
Figura 70: Frequência entre variáveis (Histograma) Autoeficácia (Q1.3) e Q2.1
Figura 71: Frequência entre variáveis (Histograma) Resiliência (Q1.4) e Q2.1
Serv_L
íder
Terc_L
iderad
o
Serv_L
íder
/Lider
ado
Serv
_Lider
ado
60
45
30
15
0
Serv
_Líder
Terc_Lider
ado
Serv
_Líder/L
ider
ado
Serv
_Lider
ado
60
45
30
15
0
1
Q2.1
Fre
qu
en
cy
3
4 5
Nível hierárquico dos respondentes Faixa de Autoeficácia
Panel variable: Autoeficácia
Faixa 5Faixa 4
Faixa 3Faixa 1
Serv
_Líde
r
Terc_Lider
ado
Serv_L
íder/Lid
erad
o
Serv
_Lide
rado
60
45
30
15
0
Serv_L
íder
Terc_Lider
ado
Serv
_Líder
/Liderad
o
Serv
_Liderad
o
60
45
30
15
0
2
Q2.1
Fre
qu
en
cy
3
4 5
Nível hierárquico dos respondentes Faixa de Resiliência
Panel variable: Resiliência
Faixa 2 Faixa 3
Faixa 4 Faixa 5
186
Figura 72: Frequência entre variáveis (Histograma) Otimismo(Q1.5) e Q2.1
Com o intuito de identificar a existência de variações no Nível Hierárquico apresentado
pelo pesquisado em função do seu valor de PsyCap, a análise de frequência cruzada das
variáveis via histograma foi utilizada, tendo sido identificado que, na maioria dos casos, o
nível hierárquico que apresentou maior frequência foi de “Servidor Liderado”. Esse
fenômeno se justifica pelo fato de quase 60% dos respondentes (96 servidores) estarem
alocadas neste nível hierárquico. O nível de “Servidor Líder/Liderado” apresenta
destaque maior na Faixa 5 das variáveis PsyCap, Esperança e Otimismo, apresentando
valores de frequência próximos aos da opção “Servidor Liderado”.
FREQUÊNCIA ENTRE VARIÁVEIS – AN EXTRA 5
Q2.1 com Faixas de PsyCap (Q1.1) e Constructos ( Q1.2 a Q1.5)
A seguir, apresentam-se as Figuras 73 a 77, com as análises de frequência por nível
hierárquico coreelacinando com as faixas de níveis do PsyCap e seus constructos.
Serv_L
íder
Terc_L
iderad
o
Serv
_Líder/L
ider
ado
Serv_L
ider
ado
80
60
40
20
0
Serv_L
íder
Terc_L
iderad
o
Serv_L
íder
/Lider
ado
Serv
_Liderad
o
80
60
40
20
0
2
Q2.1
Fre
qu
en
cy
3
4 5
Nível hierárquico dos respondentes Faixa de Otimismo
Panel variable: Otimismo
Faixa 5Faixa 4
Faixa 3Faixa 2
187
Figura 73: Frequência entre variáveis (Histograma) PsyCap (Q1.1) e Q2.1.
Figura 74: Frequência entre variáveis (Histograma) Esperança (Q1.2) e Q2.1.
Faixa_5Faixa_4Faixa_3Faixa_2Faixa_1
60
45
30
15
0
Faixa_5Faixa_4Faixa_3Faixa_2Faixa_1
60
45
30
15
0
1
Q1.1
Fre
qu
en
cy
2
3
PsyCap dos respondentes por Nível hierárquico
Panel variable: Nível hierárquico
SERVIDOR LIDERADO SERVIDOR LÍDER/LIDERADO
TERCEIRIZADO LIDERADO
Faixa_5Faixa_4Faixa_3Faixa_2Faixa_1
60
45
30
15
0
Faixa_5Faixa_4Faixa_3Faixa_2Faixa_1
60
45
30
15
0
1
Q1.2
Fre
qu
en
cy
2
3
Esperança dos respondentes por Nível hierárquico
Panel variable: Nível hierárquico
TERCEIRIZADO LIDERADO
SERVIDOR LÍDER/LIDERADOSERVIDOR LIDERADO
188
Figura 75: Frequência entre variáveis (Histograma) Autoeficácia (Q1.3) e Q2.1.
Figura 76: Frequência entre variáveis (Histograma) resiliência (Q1.4) e Q2.1.
Faixa_5Faixa_4Faixa_3Faixa_2Faixa_1
48
36
24
12
0
Faixa_5Faixa_4Faixa_3Faixa_2Faixa_1
48
36
24
12
0
1
Q1.3
Fre
qu
en
cy
2
3
Autoeficácia dos respondentes por Nível hierárquico
Panel variable: Nível hierárquico
SERVIDOR LIDERADO SERVIDOR LÍDER/LIDERADO
TERCEIRIZADO LIDERADO
Faixa_5Faixa_4Faixa_3Faixa_2Faixa_1
60
45
30
15
0
Faixa_5Faixa_4Faixa_3Faixa_2Faixa_1
60
45
30
15
0
1
Q1.4
Fre
qu
en
cy
2
3
Resiliência dos respondentes por Nível hierárquico
Panel variable: Nível hierárquico
TERCEIRIZADO LIDERADO
SERVIDOR LÍDER/LIDERADOSERVIDOR LIDERADO
189
Figura 77: Frequência entre variáveis (Histograma) Esperança (Q1.5) e Q2.1.
Essas análises permitiram identificar a existência de variações no valor de PsyCap
apresentado pelo pesquisado em função do seu Nível hierárquico.
Foi possível observar nessas análises que a Faixa 4 foi a mais frequente para os níveis
hierárquicos avaliados em quase todos os casos, porém no constructo Esperança, a Faixa 5 foi
a mais frequente para o nível de “Servidor Líder/Liderado”, porém com valores próximos ao
da Faixa 4.
Os contructos Autoeficácia e Otimismo também apresentaram variações. No caso da
Autoeficácia a Faixa 5 foi alcançada pelos respondentes nos níveis hierárquicos “Servidor
Liderado” e “Servidor Líder/Liderado”, sendo que o resultado no nível “Servidor Liderado”
ficou próximo ao da Faixa 4.
No caso do Otimismo a variação ocorreu no nível “Terceirizado Liderado”, que
apresentou maior frequência de respondentes na Faixa 3, mas ainda com valor próximo ao da
Faixa 4.
INDEPENDÊNCIA ENTRE VARIÁVEIS AN31
Q2.1 com PsyCap Q1.1 e Constructos Q1.2 a Q1.5
A fim testar a independência entre o Nível hierárquico do pesquisado e o valor de
PsyCap apresentado pelo mesmo, um teste de independência entre variáveis baseado no método
Faixa_5Faixa_4Faixa_3Faixa_2Faixa_1
60
45
30
15
0
Faixa_5Faixa_4Faixa_3Faixa_2Faixa_1
60
45
30
15
0
1
Q1.5
Fre
qu
en
cy
2
3
Otimismo dos respondentes por Nível hierárquico
Panel variable: Nível hierárquico
SERVIDOR LIDERADO SERVIDOR LÍDER/LIDERADO
TERCEIRIZADO LIDERADO
190
Qui-quadrado foi utilizado, tendo sido desenvolvidas para o teste as seguintes hipóteses nula
(H0) e alternativa (Ha):
H0: 𝐴 𝑎𝑠𝑠𝑜𝑐𝑖𝑎çã𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑎𝑠 𝑣𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑖𝑠 é 𝑟𝑎𝑛𝑑ô𝑚𝑖𝑐𝑎
Ha: 𝐴 𝑎𝑠𝑠𝑜𝑐𝑖𝑎çã𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑎𝑠 𝑣𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑖𝑠 𝑛ã𝑜 é 𝑟𝑎𝑛𝑑ô𝑚𝑖𝑐𝑎
Figura 78: Tabela de Qui-quadrado de Pearson Q2.1
Qui-quadrado de Pearson Q1.1 Q1.2 Q1.3 Q1.4 Q1.5
Q2.1 4,01 12,79 7,51 4,32 7,84
p-valor Q1.1 Q1.2 Q1.3 Q1.4 Q1.5
Q2.1 0,6749 0,0465 0,2762 0,6331 0,2504
Para interpretação deste teste, é necessário observar as comparações paritárias onde o
p-valor calculado para o teste for inferior a 0,05, nestes casos a H0 poderá ser rejeitada, sendo
possível afirmar que as variáveis são dependentes. Pelo teste de independência, conforme
apresentado na Figura 78, foi possível identificar, com 95% de intervalo de confiança, que a
associação entre a variável Nível hierárquico e as variáveis PsyCap (Q1.1), Autoeficácia
(Q1.3), Resiliência (Q1.4) e Otimismo (Q1.5) é randômica, não havendo relação de
dependência entre as mesmas. A variável Nível hierárquico apresentou uma associação
não randômica com a variável Esperança (Q1.2), mostrando que existe uma relação de
dependência entre o nível hierárquico ocupado pelo pesquisado e o seu nível de esperança.
CORRELAÇÃO ENTRE VARIÁVEIS – AN32
Q2.1 com PsyCap Q1.1 e Constructos Q1.2 a Q1.5
A fim de avaliar a relação entre o Nível hierárquico do pesquisado e o valor de PsyCap
apresentado pelo mesmo, o teste de correlação de Pearson foi utilizado, conforme apresentado
na Figura 79.
191
Figura 79: Correlação entre Varáveis Q2.1 com PsyCap Q1.1. e Construtos Q1.2 a Q1.5
Q2.1 Q1.1 Q1.2 Q1.3 Q1.4 Q1.5
Q2.1 - 0,06 0,08 0,08 0,01 0,01
Q1.1 0,06 - 0,88 0,84 0,81 0,75
Q1.2 0,08 0,88 - 0,65 0,60 0,61
Q1.3 0,08 0,84 0,65 - 0,59 0,46
Q1.4 0,01 0,81 0,60 0,59 - 0,46
Q1.5 0,01 0,75 0,61 0,46 0,46 -
Por meio da análise de correlação, foi possível identificar que das 5 comparações
paritárias realizadas entre as variáveis de PsyCap e a variável Nível hierárquico (Q2.1), em
nenhum dos casos foi possível identificar uma correlação superior a 0,3 ou inferior a -0,3, valor
de correlação considerada significativa. Sendo possível afirmar que não existe correlação
entre o nível de PsyCap apresentado pelo pesquisado e o seu nível hierárquico.
Foi possível identificar uma relação significativa entre as variáveis de PsyCap, tendo
sido identificadas correlações positivas elevadas entre as mesmas, principalmente entre o
valor de cada constructo e o valor final do PsyCap alcançado, o que é metodologicamente
coerente tendo em vista que o PsyCap é composto pela soma dos resultados dos
constructos.
É importante destacar ainda a elevada correlação entre a variável Q1.2 e as demais
variáveis, mostrando que quanto maior a Esperança do respondente, maior será os
valores dos demais constructos.
FREQUÊNCIA ENTRE VARIÁVEIS – AN33
Q2.2 com Faixas de PsyCap(Q1.1) e Construtos (Q1.2 a Q1.5)
Com o intuito de identificar a existência de variações na Unidade CNEN do pesquisado
em função do seu valor de PsyCap, a análise de frequência cruzada das variáveis via histograma
foi utilizada neste trabalho, conforme apresentam-se os resultados nas Figuras de 80 a 84.
192
Figura 80: Análise de Frequência de Variáveis( Histograma) Q2.2 com PsyCap(Q1.1)
Figura 81: Análise de Frequência de Variáveis( Histograma) Q2.2 com Esperança (Q1.2)
LA
PO
C
IRD
IPEN
IEN
ESB
RA
ESR
ES
ESP
OA
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DIC
AE
DIA
NG
CR
CN
-CO
CR
CN
-NE
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TN
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30
20
10
0
LA
PO
C
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IPEN
IEN
ESB
RA
ESR
ES
ESP
OA
DIF
OR
DIC
AE
DIA
NG
CR
CN
-CO
CR
CN
-NE
CD
TN
SED
E
30
20
10
0
2
Q2.2
Fre
qu
en
cy
3
4 5
Unidade CNEN dos respondentes por faixa de PsyCap
Panel variable: PsyCap
Faixa 2 Faixa 3
Faixa 4 Faixa 5
LAP
OC
IRD
IPEN
IEN
ESB
RA
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ES
ESP
OA
DIF
OR
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DIA
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CN
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ESP
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DIA
NG
CR
CN
-CO
CR
CN
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CD
TN
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24
18
12
6
0
LAP
OC
IRD
IPENIEN
ESB
RA
ESR
ES
ESP
OA
DIF
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DIA
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CR
CN
-CO
CR
CN
-NE
CD
TNSE
DE
24
18
12
6
0
1
Q2.2
Fre
qu
en
cy
2 3
4 5
Unidade CNEN dos respondentes por faixa de Esperança
Panel variable: Esperança
Faixa 2Faixa 1
Faixa 5
Faixa 3
Faixa 4
193
Figura 82: Análise de Frequência de Variáveis( Histograma) Q2.2 com Autoeficácia (Q1.3)
Figura 83: Análise de Frequência de Variáveis( Histograma) Q2.2 com Resiliência (Q1.4)
LA
PO
C
IRD
IPEN
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ESR
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OA
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DIC
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NG
CR
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-CO
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CN
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0
LA
PO
C
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ESP
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DIA
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CR
CN
-CO
CR
CN
-NE
CD
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E
24
18
12
6
0
1
Q2.2
Fre
qu
en
cy
3
4 5
Unidade CNEN dos respondentes por faixa de Autoeficácia
Panel variable: Autoeficácia
Faixa 1
Faixa 5
Faixa 3
Faixa 4
LA
PO
C
IRD
IPEN
IEN
ESB
RA
ESR
ES
ESP
OA
DIF
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NG
CR
CN
-CO
CR
CN
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E
24
18
12
6
0
LA
PO
C
IRD
IPEN
IEN
ESB
RA
ESR
ES
ESP
OA
DIF
OR
DIC
AE
DIA
NG
CR
CN
-CO
CR
CN
-NE
CD
TN
SED
E
24
18
12
6
0
2
Q2.2
Fre
qu
en
cy
3
4 5
Unidade CNEN dos respondentes por faixa de Resiliência
Panel variable: Resiliência
Faixa 2
Faixa 5
Faixa 3
Faixa 4
194
Figura 84: Análise de Frequência de Variáveis( Histograma) Q2.2 com Otimismo(Q1.5)
A partir da análise dos dados foi identifcado que, na maioria dos casos, a unidade de
maior frequência foi o IPEN. Esse fenômeno se justifica pelo fato de quase 30% dos
respondentes (45 respondentes) estarem alocadas nesta unidade.
Foi possível identificar ainda que Faixa 4 do PsyCap é a mais significativa entre as
unidades na maioria dos casos, cujo maior detalhamento encontra-se na AN Extra 6 a seguir.
FREQUÊNCIA ENTRE VARIÁVEIS – AN EXTRA 6
PsyCap (Q1.1) e Constructos ( Q1.2 a Q1.5) com Q2.2 POR Faixas de PsyCap
Encontram-se disponibilizadas nas Figuras de 85 a 89, análises de frequência de
variáveis a fim de identificar a existência de variações no valor de PsyCap apresentado pelo
pesquisado, nas Faixas, em função da Unidade CNEN onde o mesmo trabalha.
LA
PO
C
IRD
IPEN
IEN
ESB
RA
ESR
ES
ESP
OA
DIF
OR
DIC
AE
DIA
NG
CR
CN
-CO
CR
CN
-NE
CD
TN
SED
E
30
20
10
0
LA
PO
C
IRD
IPEN
IEN
ESB
RA
ESR
ES
ESP
OA
DIF
OR
DIC
AE
DIA
NG
CR
CN
-CO
CR
CN
-NE
CD
TN
SED
E
30
20
10
0
2
Q2.2
Fre
qu
en
cy
3
4 5
Unidade CNEN dos respondentes por faixa de Otimismo
Panel variable: Otimismo
Faixa 2
Faixa 5
Faixa 3
Faixa 4
195
Figura 85: Análise de Frequência de Variáveis( Histograma) Q2.2 com PsyCap (Q1.1)
Figura 86: Análise de Frequência de Variáveis( Histograma) Q2.2 com Esperança (Q1.2)
30
15
0
Faixa_
5
Faix
a_4
Faixa_
3
Faixa_
2
Faixa_
1
Faixa_
5
Faixa_
4
Faixa_
3
Faixa_
2
Faixa_
1
Faixa_
5
Faix
a_4
Faixa_
3
Faix
a_2
Faixa_
1
30
15
0
Faix
a_5
Faix
a_4
Faixa_
3
Faixa_
2
Faix
a_1
30
15
0
0
Q1.1
Fre
qu
en
cy
1 2 3
7 8 10 11
12 13
PsyCap dos respondentes por Unidade CNEN
Panel variable: Unidade CNEN
SEDE CDTN CRCN-NE CRCN-CO
ESPOA ESRES IEN IPEN
IRD LAPOC
30
15
0
Faixa_
5
Faix
a_4
Faixa_
3
Faixa_
2
Faixa_
1
Faixa_
5
Faixa_
4
Faixa_
3
Faixa_
2
Faixa_
1
Faixa_
5
Faix
a_4
Faixa_
3
Faix
a_2
Faixa_
1
30
15
0
Faix
a_5
Faix
a_4
Faixa_
3
Faixa_
2
Faix
a_1
30
15
0
0
Q1.2
Freq
uen
cy
1 2 3
7 8 10 11
12 13
Esperança dos respondentes por Unidade CNEN
Panel variable: Unidade CNEN
LAPOCIRD
IPENIENESRESESPOA
SEDE CDTN CRCN-NE CRCN-CO
196
Figura 87: Análise de Frequência de Variáveis( Histograma) Q2.2 com Autoeficácia (Q1.3)
Figura 88: Análise de Frequência de Variáveis( Histograma) Q2.2 com Resiliência (Q1.4)
30
15
0
Faixa_
5
Faix
a_4
Faixa_
3
Faixa_
2
Faixa_
1
Faixa_
5
Faixa_
4
Faixa_
3
Faixa_
2
Faixa_
1
Faixa_
5
Faix
a_4
Faixa_
3
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a_2
Faixa_
1
30
15
0
Faix
a_5
Faix
a_4
Faixa_
3
Faixa_
2
Faix
a_1
30
15
0
0
Q1.3
Fre
qu
en
cy
1 2 3
7 8 10 11
12 13
Autoeficácia dos respondentes por Unidade CNEN
Panel variable: Unidade CNEN
LAPOCIRD
IPENIENESRESESPOA
SEDE CDTN CRCN-NE CRCN-CO
30
15
0
Faixa_
5
Faix
a_4
Faixa_
3
Faixa_
2
Faixa_
1
Faixa_
5
Faixa_
4
Faixa_
3
Faixa_
2
Faixa_
1
Faixa_
5
Faix
a_4
Faixa_
3
Faix
a_2
Faixa_
1
30
15
0
Faix
a_5
Faix
a_4
Faixa_
3
Faixa_
2
Faix
a_1
30
15
0
0
Q1.4
Fre
qu
en
cy
1 2 3
7 8 10 11
12 13
Resiliência dos respondentes por Unidade CNEN
Panel variable: Unidade CNEN
LAPOCIRD
IPENIENESRESESPOA
SEDE CDTN CRCN-NE CRCN-CO
197
Figura 89: Análise de Frequência de Variáveis( Histograma) Q2.2 com Otimismo (Q1.5)
Foi possível observar nessas análises que a Faixa 4 foi a mais frequente para as unidades
avaliadas em quase todos os casos, porém para os valores de PsyCap, a Faixa 5 foi a mais
frequente para a unidade ESRES.
No que tange ao construto Esperança, as unidades LAPOC e CRCN-NE apresentaram
valores de frequência das Faixas 4 próximas aos da Faixa 5. A Faixa 5 foi a mais frequente para
as unidades CRCN-CO, ESPOA e ESRES.
O único constructo que apresentou maior frequência de respondentes na Faixa 5 do
PsyCap foi a Autoeficácia, que apresentou pontuações mais elevadas, porém para a unidade
IPEN a Faixa 4 permaneceu como a mais frequente e para as unidades LAPOC, IEN, CRCN-
NE, os valores de frequência da Faixa 5 ficaram bem próximos dos valores da Faixa 4.
Para o constructo Resiliência, somente foram observadas alterações nas unidades
CRCN-NE e ESRES que apresentaram maior concentração de respondentes na Faixa 5, além
disso a unidade LAPOC apresentou valores de frequência da Faxia 4 próximos aos da Faixa 5.
A Faixa 3 teve destaque na construto Otimismo, que apresenta as menores pontuações
entre os respondentes, pois a frequência desta faixa se aproximou à frequência da Faixa 4 na
unidade LAPOC. Na unidade CRCN-CO a Faixa 3 foi a única com respondentes e na unidade
40
20
0
Faixa_
5
Faixa_
4
Faixa_
3
Faixa_
2
Faixa_
1
Faixa_
5
Faixa_
4
Faix
a_3
Faixa_
2
Faixa_
1
Faixa_
5
Faixa_
4
Faix
a_3
Faixa_
2
Faixa_
1
40
20
0
Faixa_
5
Faixa_
4
Faix
a_3
Faixa_
2
Faix
a_1
40
20
0
0
Q1.5
Fre
qu
en
cy
1 2 3
7 8 10 11
12 13
Otimismo dos respondentes por Unidade CNEN
Panel variable: Unidade CNEN
LAPOCIRD
IPENIENESRESESPOA
SEDE CDTN CRCN-NE CRCN-CO
198
CRCN-NE a frequência das Faixas 3 e 5 apresentou mesmo valor, ainda próximo do resultado
da Faixa 4.
INDEPENDÊNCIA ENTRE VARIÁVEIS AN34
Q2.2 com PsyCap ( Q1.1) e Constructos ( Q1.2 a Q1.5)
A fim testar a independência entre a Unidade CNEN do pesquisado e o valor de PsyCap
apresentado pelo mesmo, um teste de independência entre variáveis baseado no método Qui-
quadrado foi utilizado, tendo sido desenvolvidas para o teste as seguintes hipóteses nula (H0) e
alternativa (Ha):
H0: 𝐴 𝑎𝑠𝑠𝑜𝑐𝑖𝑎çã𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑎𝑠 𝑣𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑖𝑠 é 𝑟𝑎𝑛𝑑ô𝑚𝑖𝑐𝑎
Ha: 𝐴 𝑎𝑠𝑠𝑜𝑐𝑖𝑎çã𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑎𝑠 𝑣𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑖𝑠 𝑛ã𝑜 é 𝑟𝑎𝑛𝑑ô𝑚𝑖𝑐𝑎
Quadro 32: Tabela de Qui-quadrado de Pearson Q2.2
Qui-quadrado de Pearson Q1.1 Q1.2 Q1.3 Q1.4 Q1.5
Q2.2 23,32 28,70 19,15 21,25 34,86
p-valor Q1.1 Q1.2 Q1.3 Q1.4 Q1.5
Q2.2 0,6678 0,8015 0,8643 0,7743 0,1426
Para a interpretação deste teste, é necessário observar as comparações paritárias onde o
p-valor calculado para o teste for inferior a 0,05, nestes casos a H0 poderá ser rejeitada, sendo
possível afirmar que as variáveis são dependentes.
Por meio do teste de independência foi possível identificar, conforme Quadro 32, com
95% de intervalo de confiança, que a associação entre a variável Unidade CNEN e as
variáveis PsyCap (Q1.1), Esperança (Q1.2), Autoeficácia (Q1.3), Resiliência (Q1.4) e
Otimismo (Q1.5) é randômica, não havendo relação de dependência entre as mesmas.
CORRELAÇÃO ENTRE VARIÁVEIS – AN35
Q2.2 com PsyCap (Q1.1) e Constructos (Q1.2 a Q1.5)
A fim de avaliar a relação entre a Unidade CNEN do pesquisado e o valor de PsyCap
apresentado pelo mesmo, o teste de correlação de Pearson foi utilizado e os resultados
encontrados estão contidos na Quadro 33.
199
Quadro 33: Tabela de Correlação de Pearson Q2.2
Q2.2 Q1.1 Q1.2 Q1.3 Q1.4 Q1.5
Q2.2 - 0,05 0,05 0,02 0,11 -0,01
Q1.1 0,05 - 0,88 0,84 0,81 0,75
Q1.2 0,05 0,88 - 0,65 0,60 0,61
Q1.3 0,02 0,84 0,65 - 0,59 0,46
Q1.4 0,11 0,81 0,60 0,59 - 0,46
Q1.5 -0,01 0,75 0,61 0,46 0,46 -
Por meio da análise de correlação foi possível identificar que das 5 comparações
paritárias realizadas entre as variáveis de PsyCap e a variável Unidade CNEN (Q2.2), em
nenhum dos casos foi possível identificar uma correlação superior a 0,3 ou inferior a -0,3, valor
de correlação considerada significativa. Sendo possível afirmar que não existe correlação
entre o nível de PsyCap apresentado pelo do pesquisado e a unidade da CNEN onde o
mesmo trabalha.
Foi possível identificar uma relação significativa entre as variáveis de PsyCap, tendo
sido identificadas correlações positivas elevadas entre as mesmas, principalmente entre o
valor de cada constructo e o valor final do PsyCap alcançado, o que é metodologicamente
coerente tendo em vista que o PsyCap é composto pela soma dos resultados dos
constructos.
É importante destacar ainda a elevada correlação entre a variável Q1.2 e as demais
variáveis, mostrando que quanto maior a Esperança do respondente, maior será os
valores dos demais constructos.
5.2 RESULTADOS DA ANÁLISE QUALITATIVA DE DADOS
As análises (AN) seguintes foram efetuadas com base nos dados de pesquisa extraídos
via ferramenta SurveyMonkeyTM no dia 23/11, assim como para os dados levantados para as
análises do item 1.1.1.2.
No que se refere às análises qualitativas, utilizou-se como método a análise de
conteúdo, considerando o formato aberto das Pergunta 6 e 10, passando a serem designadas
como (Q3.9) e (Q3.10) respectivamente, que compõem as análise AN 36 e AN37, dando
continuidade à sequência das análises deste trabalho.
Nessas questões, os respondentes foram convidados a indicar, de forma livre, com textos
próprio, em até cinco campos disponíveis, outros benefícios sobre a aplicação de uma
intervenção/ treinamento para desenvolvimento de PsyCap e sobre ter um líder com PsyCap
200
mais elevado. A indicação do termo “outros” para adjetivar “benefícios” de cada uma dessas
questões procede, tendo em vista que as perguntas que as antecederam no questionário,
Pergunta 5 e Pergunta 9, respectivamente, já apresentavam indicações de benefícios que foram
priorizadas em ordem de importância pelos respondentes. A existência dessas Perguntas 5 e 9,
antecedentes, consubstanciou um dos critérios de seleção, estabelecido anteriormente à análise
dos dados como indica Gray (2008).
Os critérios de seleção com vistas à categorização utilizados para ambas as questões
foram os indicados no Quadro 34.
Quadro 34: Critérios de seleção para Q3.9 e Q3.10
ITEM CRITÉRIOS DE SELEÇÃO
1 Desconsiderar indicações constantes das questões antecedentes
2 Descartar indicações que não correspondam às questões
3 Desconsiderar indicações com apenas uma incidência
Com relação ao critério 1, indicado no Quadro anterior, foi analisada a similaridade
semântica e conceitual dos termos indicados nas sugestão, comparativamente aos termos
utilizados nas questões antecedentes de cada uma das questões.
Para a análise de conteúdo foram considerados os passos de análise, indicados no
Quadro 35, ocorrendo os mesmos em forma sequencial ou paralelamente.
Quadro 35: Passos para a Análise de Conteúdo das Q3.9 e Q3.10
ITEM Passos da Análise de Conteúdo
1 Analisar, semanticamente, as indicações expressas ambíguas e antagônicas
2 Destacar o teor principal de cada indicação
3 Definir o número mínimo possível de categorias para agrupamento de indicações
4 Agrupar as sugestões em categorias de acordo com a similaridade semântica dos
termos
201
ANÁLISE DE CONTEÚDO – AN36 – Q3.9
A questão Q3.9 recebeu indicações de benefícios sobre a aplicação de uma
intervenção/treinamento para aumento do nível do PsyCap por 21 respondentes, que
apresentaram um total de 52 indicações.
Num primeiro momento, aos dados levantados, foi aplicada a Nuvem de Palavras,
visando identificar uma categorização que permitisse uma análise de significados dos
benefícios apontados. Contudo, os resultados obtidos não puderam representar o conteúdo
principal das indicações, pois acabaram originando uma maior incidência de palavras, na
maioria, adjetivações e advérbios, com apenas um termo (Ex. melhor, maior, aumento,
melhoria) , sem significado para representar uma análise de dados que indicasse efetivamente
benefícios.
Dos 52 “supostos” benefícios indicados, foi possível perceber que os respondentes,
servidores e terceirizados, possivelmente, utilizaram a questão e a oportunidade de participar
da pesquisa, como um momento de expressão de suas reinvindicações, desagrados e sugestões
para a unidade à qual pertencem, no lugar de efetivamente indicar outros benefícios sobre a
aplicação de intervenção/treinamento para aumento do nível do PsyCap. Exemplos dessas
indicações, que acabaram por serem excluídas, considerando o critério de seleção 2, indicado
no Quadro 3.4, foram os seguintes: “melhoria da internet/intranet do IRD”, “mobilidade urbana
de qualidade”,” nenhum benefício com a atual política de gestão do sus...”, “verbas para melhor
funcionamento dos serviços”, “suporte de locomoção de todos da estação do BRT ao IRD...”,
“almoxarifado sempre abastecido” e “não ter problema em abrir mão de benefícios após término
do contrato”.
Considerando as análises de conteúdo com base nos critérios definidos, tivemos a
exclusão de 31 sugestões, a Q3.9, conforme o mapeamento de sugestões feitas apontadas no
Quadro 36.
202
Quadro 36: Critérios de seleção para Q3.9.
ITEM CRITÉRIOS DE SELEÇÃO QUANTIDADE DE SUGESTÕES
1 Desconsiderar indicações constantes
das questões antecedentes 07
2 Descartar indicações que não
correspondam às questões 11
3 Desconsiderar indicações com apenas
uma incidência 13
Considerando o exposto no Quadro 37, a seguir, foram consideradas como benefícios
21 sugestões do total de 52, as quais foram distribuídas nas nove categorias indicadas:
Quadro 37:Categorias de sugestões apontados pelos respondentes a Q3.9
ITEM CATEGORIA QUANTIDADE DE SUGESTÕES
1 Melhoria de Objetivos/Metas 04
2 Melhoria do Relacionamento com
Instituições 03
3 Melhoria no Atendimento 02
4 Integração 02
5 Colaboração 02
6 Menos Absenteísmo 02
7 Reconhecimento/Valorização do
Trabalho
02
8 Melhor Aproveitamento do capital
Humano 02
9 Melhoria da Liderança/Gestão 02
203
ANÁLISE DE CONTEÚDO – AN37 – Q3.10
A questão Q3.10 recebeu indicações de benefícios quanto a um líder com capital
psicológico positivo mais elevado por 08 respondentes, que apresentaram um total de 26
indicações.
Assim como para a Q3.9, inicialmente, para os dados levantados, foi aplicada a Nuvem
de Palavras, visando identificar uma categorização que permitisse uma análise de significados
dos benefícios apontados. Da mesma forma, contudo, os resultados obtidos não puderam
representar o conteúdo principal das indicações, pois acabaram originando uma maior
incidência de palavras, na maioria, adjetivações e advérbios, com apenas um termo, similares
inclusive à Q3.9 (Ex. melhor, novos, aumentaria, trabalho), sem significado para representar
uma análise de dados que indicasse efetivamente benefícios.
Mais uma vez, dos 26 “supostos” benefícios indicados, foi possível perceber que os
respondentes, servidores e terceirizados, possivelmente, utilizaram a questão e a oportunidade
de participar da pesquisa, como um momento de expressão de suas reinvindicações, desagrados
e sugestões para a unidade à qual pertencem, no lugar de efetivamente indicar outros benefícios
sobre a aplicação de intervenção/treinamento para aumento do nível do PsyCap. Exemplos
dessas indicações, que acabaram por serem excluídas, considerando o critério de seleção 2,
indicado no Quadro 34, foram os seguintes: “divulgação de informações sobre aposentadoria”,
“segurança na área do IRD (cobras, gambás...)”,” fim da rigidez do horário de 24
horas/semana.”, “limpeza de áreas comuns do IRD (grama, galhos...)”, “limpeza de calhas dos
telhados...”, “divulgação dos direitos/deveres dos funcionários” e “cursos de capacitação”.
Considerando as análises de conteúdo com base nos critérios definidos, tivemos a
exclusão de todas as 26 sugestões, conforme o mapeamento das sugestões feitas a Q3.10
apontadas no Quadro 38.
Quadro 38: Critérios de seleção para Q3.9 e Q3.10
204
ITEM CRITÉRIOS DE SELEÇÃO QUANTIDADE DE SUGESTÕES
1 Desconsiderar indicações constantes
das questões antecedentes -
2 Descartar indicações que não
correspondam às questões 07
3 Desconsiderar indicações com apenas
uma incidência 19
Considerando o exposto no Quadro 38, não foi possível categorizar os benefícios das
sugestões indicadas pelos respondentes, tendo em vista que nenhuma das 19 sugestões restantes
tiveram uma incidência maior que um, o que neste trabalho, considera-se como não tendo
relevância mediante os critérios definidos.
205
6 CONCLUSÃO
O presente estudo trouxe a apresentação de um cenário organizacional, existente ainda
nos dias atuais, em que o foco nas deficiências e no saneamento de gaps de competência
continua a receber destaque por lideres e também pelos recursos humanos, preocupados, não,
no que apresentam de qualidades positivas, mas em corrigir fraquezas que, na maioria das
vezes, podem não favorecer a performance pessoal ou organizacional.
Diante desse cenário, foi apresentado, à luz dos estudos teóricos do campo da Psicologia
Positiva, no viés do Comportamento Organizacional Positivo e sua contribuição nos contextos
organizacionais, o seguinte problema de pesquisa: Quais seriam os benefícios para a
organização se fosse reservada relevância ao capital psicológico positivo dos recursos humanos
tanto para líderes como para liderados?
Os dados levantados e as respectivas análises apresentadas no item 4, permitiram chegar
à conclusão, que coaduna com o objetivo geral apresentado, de que, na percepção de servidores
e terceirizados, são inúmeros os benefícios que uma abordagem voltada para o uso e a
potencialização do PsyCap, pode trazer como resultado à instituição, Comissão Nacional de
Energia Nuclear- CNEN.
Os resultados apresentados, além de coadunarem com os resultados de pesquisas e dos
artigos elencados na Fundamentação Teórica e na Revisão da Literatura, sobre os benefícios do
capital psicológico positivo, considerando que o instrumento de pesquisa foi elaborado com
base nessas pesquisas, permitiram, ainda, atingir os objetivos específicos propostos neste
trabalho, conforme a seguir.
Uma fatia extremamente significativa de líderes, 93%, baseando-se em suas
percepções, se considera apta para atuar com o capital psicológico positivo dos liderados. Esse
resultado é muito favorecedor, à medida que se sabe o quanto a influência dos lideres é
importante para uma abordagem focada no capital psicológico positivo, como apontado neste
trabalho, seja no uso do seu PsyCap, nos processos de trabalho, no seu desenvolvimento, como
no dos colaboradores, visando melhoria de resultados organizacionais. Essa percepção foi
significativa entre os líderes de todas as unidades da CNEN, o que pode representar a
possibilidade de implantação dessa abordagem de gestão de recursos humanos no contexto
CNEN, com exceção do CRCN-Co, a qual contou apenas com um respondente e, por isso,
acaba não produzindo relevância para uma análise mais afirmativa nesta unidade.
Quanto à predisposição dos pesquisados em desenvolver o seu capital psicológico
positivo, o resultado também foi bem significativo. 92% dos respondentes afirmaram que
206
participariam de um intervenção/treinamento com este propósito, demonstrando a
predisposição para desenvolver seus níveis de Psycap. Isso permite avaliar que a implantação
de uma proposta de intervenção/treinamento para os servidores e terceirizados, líderes ou não,
conforme demonstraram os resultados, pode vir a ser realizada e, possivelmente, até com
adesões voluntárias.
Coadunando com o objetivo obtido acima, o estudo tinha como proposta identificar os
benefícios que os recursos humanos consideram que poderiam ser obtidos com um olhar para
o capital psicológico, no caso de ser desenvolvido um treinamento para a sua potencialização.
Num primeiro momento, as respostas sobre se uma intervenção/treinamento traria benefícios
para o contexto do trabalho, na percepção dos respondentes, tiveram alto nível de concordância
em todos os níveis hierárquicos, de 95,1% de 163 respondentes.
Identificada a concordância sobre se uma intervenção/treinamento pode trazer
benefícios, foi verificada, inicialmente, a percepção dos respondentes sobre cada um dos 15
apresentados para avaliação, em termos de possibilidade de atingimento. Os resultados
mostraram que a melhoria dos relacionamentos interpessoais foi o benefício que apresentou
maior constância nas primeiras posições do ranking, tendo oscilado majoritariamente entre a
segunda e a sétima posição, o que demonstra maior consenso quanto a este benefício entre os
respondentes. O perfil de distribuição do benefício melhoria da performance da equipe, se
assemelha ao perfil da melhoria dos relacionamentos interpessoais, porém com variação um
pouco maior. O benefício referente à redução do bullying no trabalho foi o que apresentou maior
constância entre as piores posições nos rankings. E, ainda, a maioria dos pesquisados acredita
que os seguintes benefícios possuem maior potencial de serem alcançados caso sejam realizadas
intervenções e treinamentos voltados para o desenvolvimento do capital psicológico positivo:
Melhoria da performance da equipe e Melhoria dos relacionamentos interpessoais, seguido pela
melhoria na comunicação entre líder e equipe e da equipe entre si, Melhoria da performance
do respondente e Maior Engajamento no trabalho (9).
Além dos benefícios indicados, os respondentes sugeriram de forma voluntária melhoria
da liderança/gestão, melhoria dos objetivos/metas, melhoria no atendimento, integração,
colaboração, melhoria do relacionamento com instituições, menos absenteísmo,
reconhecimento/valorização do trabalho e melhor aproveitamento do capital humano.
Esses resultados, possivelmente, favorecem – como os já apontados acima –a realização
de uma intervenção/treinamento para desenvolvimento do PsyCap já que consideram que
favorecerá o contexto do trabalho, com melhoria para os resultados organizacionais, em
especial, quanto á melhoria da performance das equipes e das relações interpessoais.
207
No que refere à proposta deste estudo de verificar se os pesquisados consideram que
um líder com capital psicológico positivo mais elevado pode favorecer aos liderados ou ao
trabalho e quais seriam os benefícios obtidos, os resultados mostraram que 95% dos servidores
e terceirizados da CNEN acreditam que o trabalho com um líder que possui capital psicológico
positivo mais elevado traria benefícios para ele e para seu trabalho. Dentre os benefícios
apontados como favorecedores de um líder com capital psicológico positivo mais elevado
destacaram-se o seguinte: o aumento no nível de capital psicológico positivo do próprio
respondente e a melhoria no engajamento da equipe de trabalho foram os benefícios que
apresentaram maior variação no seu posicionamento entre os respondentes, porém, no primeiro
caso, a variação ocorreu entre as melhores posições no ranking (1ª a 4ª posição) e, no segundo
caso, ocorreu entre as piores posições no ranking (2ª a 5ª posição). O benefício de melhoria na
performance da equipe foi o que se destacou por sua pequena variação, oscilando
majoritariamente entre a terceira e quarta posição. Mais uma vez, os resultados deste estudo
apresentam pontos de contato, com os artigos da revisão da literatura, respeitadas as propostas
de cada pesquisa, que correlacionam o nível de PsyCap dos líderes com benefícios para os
liderados, como para o contexto organizacional. Isso fomenta a percepção de que potencializar
o nível do PsyCap dos líderes, por si só, já é favorecedor para organizações e seus liderados.
Além dos benefícios indicados, apesar de indagados sobre outros benefícios que seriam
obtidos com um líder com capital psicológico positivo mais elevado, não houve um resultado
significativo que mereça indicação, considerando os critérios utilizados neste trabalho.
Inicialmente, para poder atender ao objetivo de identificar quais características
individuais ou características do trabalho que os pesquisados consideram que podem favorecer
o desenvolvimento do PsyCap de líderes ou liderados, os pesquisados foram indagado se
consideram que alguma característica, na sua percepção, favoreceria o desenvolvimento capital
psicológico positivo, chegando a 95,1% dos respondentes com respostas afirmativas a esta
questão, com graus variando entre “Concordo” e “Concordo Plenamente”.
Posteriormente, os 48% dos respondentes à pesquisa de pelo menos uma das questões,
efetuaram 618 indicações, sendo a incidência maior nas seguintes características individuais
como favorecedoras do PsyCap na seguinte ordem: Atitude, Postura, Comportamento,
Conhecimento e Habilidade, seguidas por outras 24 características que receberam pelo menos
3 indicações, apesar de não existir consenso no que tange às características individuais que mais
beneficiam o desenvolvimento do capital psicológico positivo.
Já para as características do trabalho, 41% do somatório de 190 respondentes do total
do questionário a pelo menos uma das questões, efetuaram indicações, sendo a incidência maior
208
nas seguintes características como favorecedoras do PsyCap: Trabalho em equipe, Interação,
Processo, Chefia e Processo decisório, seguidas por outras 19 indicações, apesar de não existir
consenso no que tange às características individuais que mais beneficiam o desenvolvimento
do capital psicológico positivo.
O percentual de respondentes de forma voluntária à questão e a quantidade de indicações
feitas é considerado relevante e isso pode demonstra um compromisso com a pesquisa e
possivelmente um envolvimento com a temática do PsyCap.
No que tange a uma parte de extrema relevância e ponto de partida para muitas
pesquisas, foi feito o levantamento do nível de PsyCap dos respondentes líderes e liderados,
servidores ou terceirizados, para conhecer o perfil de PsyCap da amostra de 203 respondentes
no contexto CNEN. Destaca-se que o PsyCap apresentou uma faixa de variação entre a
pontuação 39 e 142, tendo como faixa de maior frequência o valor de 110, o que corresponderia
em termos percentuais a 76,38% da pontuação máxima de 144 pontos. Essa variável apresentou
uma média de 110,73, mediana de 111 e 4 outliers. salientado-se que que nenhum respondente
alcançou a pontuação máxima do PsyCap de 144 pontos. Nota-se que o índice médio de valor
do PsyCap no contexto CNEN tem um valor significativo, pelo levantamento junto aos
respondentes, mas suscetível de melhoria por meio de sua característica state-like para
desenvolvimento. A partir da análise dos dados foi identifcado que, na maioria dos casos, a
unidade de maior frequência foi o IPEN. Esse fenômeno se justifica pelo fato de quase 30% dos
respondentes (45 respondentes) estarem alocadas nesta unidade.Foi possível observar nessas
análises que a Faixa 4 foi a mais frequente para as unidades avaliadas em quase todos os casos,
porém para os valores de PsyCap, a Faixa 5 foi a mais frequente para a unidade ESRES.A Faixa
4 foi a mais frequente para os níveis hierárquicos avaliados em quase todos os casos.
Outros resultados merecem destaque nesta conclusão. Foi possível observar que existe
uma relação de dependência entre o valor total de PsyCap e as variáveis Potencial de benefícios
de intervenções e treinamentos, Predisposição para Intervenção/ Treinamento, Potencial de
Benefício de Líderes PsyCap Alto e Favorecimento de Características Individuais e do Trabalho
para o PsyCap e entre os construtos essa relação de dependência é diferenciadas em cada um
deles. Além disso, das 25 comparações paritárias realizadas entre as variáveis de PsyCap e a
variável Nível hierárquico (Q2.1), em 15 casos, foi possível identificar um valor de correlação
considerada significativo. Sendo possível perceber que quanto maior o valor total do PsyCap,
maior a aptidão do líder no desenvolvimento do capital psicológico positivo, o potencial de
benefício percebido na realização de intervenções e treinamentos, maior a predisposição para
209
participar de intervenções e treinamentos e melhor a percepção das características individuais
e do trabalho que potencializam o desenvolvimento do capital psicológico positivo.
Percebe-se com esses resultados que o nível de PsyCap acaba por ter uma relação direta
com os resultados obtidos nas percepções das questões, o que coaduna com o que as pesquisas
vem observando em seus estudos. E isso para o presente estudo tem grande importância à
medida que aponta para uma questão central de que servidores ou terceirizados com índices
maiores de PsyCap percebem aspectos relacionados a uma abordagem com PsyCap mais
favoravelmente.
Isso é reiterado ainda, para o caso dos líderes, com a relação significativa entre a aptidão
dos líderes para o desenvolvimento do PsyCap dos seus liderados e a percepção de benefícios
na realização de intervenções e treinamentos, que apresentou uma correlação positiva de 0,7.
Com isso, é possível afirmar que quanto maior a aptidão do líder para o desenvolvimento do
capital psicológico positivo de seus liderados, maior a percepção de benefício na realização de
intervenções e treinamentos com foco no desenvolvimento do capital psicológico positivo. Isso
pode ser percebido como um aspecto muito significativo para implantação, no contexto CNEN,
de intervenções apoiadas pelos líderes que se consideram aptos para o desenvolvimento de seus
liderados que tem um percentual alto de 93% como já apontado.
No que se refere às questões de pesquisa deste trabalho, os resultados obtidos quanto
aos benefícios de uma intervenção/treinamento para desenvolvimento do PsyCap e quanto a um
líder com um nível de PsyCap mais elevado, permitiram identificar os potenciais benefícios, no
contexto CNEN, que uma abordagem voltada para as qualidades humanas positivas, com o
capital psicológico positivo, pode trazer na percepção de servidores e terceirizados, sejam
líderes ou liderados.
Por meio dos resultados sobre a percepção de colaboração de líderes para uso e
desenvolvimento do PsyCap dos liderados, da crença de que uma intervenção/treinamento pode
trazer benefícios, da disponibilidade em participar de uma intervenção/treinamento para o
desenvolvimento de seu capital psicológico positivo, e considerando os resultados dos níveis
de capital psicológico positivo, pode-se responder á questão de que os gestores atuais
apresentam condição que podem favorecer o uso do capital psicológico positivo, como uma
abordagem de gestão no contexto CNEN. Acrescenta-se ainda o fato de que os resultados
mostram que no contexto CNEN a percepção sobre PsyCap, que compõe a Parte 3 da pesquisa,
obteve concordância acima de 92% em todas as questões, o que permite afirmar uma condição
excelente para uma abordagem com PsyCap nas unidades da CNEN, destacando os resultados
fora de padrão de uma unidade com apenas 1 respondentes (CRCN-Co)
210
No que se refere ao questionamento deste estudo sobre que tipo de iniciativas de conduta
podem favorecer o uso e o desenvolvimento do capital psicológico positivo dos servidores e
terceirizados, os resultados obtidos com as indicações das características individuais e as
características do trabalho, ao lado da disposição em participar de intervenções/treinamentos,
com a percepção que essas podem promover benefícios, permite concluir que desenvolver as
características individuais e do trabalho favorecerá o desenvolvimento do PsyCap e que
intervenções/treinamentos específicas de aumento dos níveis de PsyCap permitiram favorecer
o uso e seu desenvolvimento no contexto CNEN.
A partir das considerações tecidas ao longo do trabalho, conclui-se que o estudo e a
metodologia escolhida para o seu desenvolvimento permitiu que todos os objetivos propostos
fossem atingidos, os quais acabaram por serem enriquecidos, em especial, ao longo das análises,
considerando a riqueza de dados e correlações possíveis entre variáveis, originadas pelo
instrumento de pesquisa.
O que pode ser considerado como mais relevante é que o estudo abre uma oportunidade
para a implantação da temática do PsyCap no contexto CNEN, com aspectos muitos
significativos e positivos, favorecedores de uma implantação com aceitação por parte de
servidores e terceirizados.
Além disso, considerando o formato organizacional da CNEN, que os resultados do
presente estudo podem ser considerados para outras instituições do servidor público federal da
administração indireta, cuja concepção assemelha-se ao da CNEN.
Os resultados obtidos com esse trabalho trazem, ao contexto organizacional brasileiro,
dados que podem favorecer o incremento de estudos neste campo, bem como despertar o
interesse de novos pesquisadores pelas temáticas voltadas ao estudo da Psicologia Positiva em
organizações, cujo crescimento é exponencial em diversos países do mundo e que no Brasil
ainda caminha de forma mais embrionárias.
Acrescenta-se ainda que, os dados levantados favorecem o desenvolvimento de uma
intervenção para incremento das características que geram benefícios ao PsyCap, bem como de
uma implantação de intervenção, ou mesmo criação de uma nova modelagem, para
desenvolvimento do nível de PsyCap de recursos humanos.
Tomando-se este estudo como ponto de partida, é possível colaborar com iniciativas que
torne real que o foco nas qualidades humanas positivas na gestão de recursos humanos pode
trazer inúmeros resultados aos indivíduos e às organizações brasileiras.
211
212
7 ANEXOS
ANEXO 1
AMOSTRA DO QUESTIONÁRIO DE CAPITAL PSICOLÓGICO POSITIVO
Instruções: Apresentamos abaixo afirmações que descrevem como possivelmente você
se sente neste exato momento. Use a escala a seguir para indicar seu grau de concordância ou
discordância em cada uma das afirmações
(1 - Discordo completamente 2 - Discordo, 3 –Discordo Parcialmente 4 – Concordo
Parcialmente, 5 - Concordo, 6 – Concordo plenamente
1. Sinto-me seguro ao analisar um problema de logo prazo para buscar uma solução.
...
7. Se eu me encontro numa situação difícil no trabalho, consigo pensar em várias formas de
resolvê-la.
...
14. Eu geralmente lido bem com as dificuldades no trabalho.
...
Source: Luthans, F., Avolio, B., Avey, J. & B, Norman, S. (2006). Psychological capital:
Measurement and relationship with performance and satisfaction ( Working paper No. 2006-
1). Gallup Leadership Institute, University of Nebraska-Lincoln. Items adapted from Parker,
1998; Snyder, et al., 1996; Wagnild & Yong, 1993; Sheier & Carver, 1985.
213
8 APÊNDICES
APÊNDICE 1
MENSAGEM POR EMAIL CONVIDANDO PARA PARTICIPAÇÃO NA PESQUISA
Olá Prezados Servidores e Terceirizados,
Sou Andréa Perez Corrêa, Analista em Ciência e Tecnologia Sênior, lotada no Instituto
de Radioproteção e Dosimetria – IRD e convido todos vocês a participarem de minha pesquisa
para a elaboração da dissertação de mestrado profissional in company em Sistemas de Gestão
pela Universidade Federal Fluminense – UFF, promovido aos servidores da carreira de Gestão
em Ciência e Tecnologia pela Presidência da CBNEN.
A dissertação Capital Psicológico Positivo: Um Estudo Sobre Qualidades Humanas
Positivas no Contexto Organizacional sob o Olhar da Psicologia Positiva tem como objetivo
geral, no contexto organizacional brasileiro, mais especificamente na instituição pública
Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN identificar qual a opinião dos servidores e
terceirizados – líderes ou liderados - sobre possíveis benefícios, que uma postura voltada para
o foco e o desenvolvimento do capital psicológico positivo pode trazer para o trabalho,
verificando se a teoria sobre o tema se confirma ou diverge ao final deste estudo.
Estão sendo convidados a responder à pesquisa líderes/liderados,
servidores/terceirizados que atuam em todas as unidades da CNEN, já que o tema foco do
trabalho contempla todas as pessoas que atuam no contexto organizacional.
A sua participação contribuirá para que a amostra no universo CNEN seja significativa
para a análise dos dados e para que tenhamos resultados disponíveis que permitam à instituição,
inclusive, utilizar sua análise em futuros projetos.
Para participar, basta responder aos dois questionários breves que estão disponíveis no
link abaixo e você levará apenas alguns minutos para completar a pesquisa.
O questionário é autoexplicativo, inclusive trazendo informações sobre o que é Capital
Psicológico Positivo, o que facilitará as respostas às perguntas do questionário.
Desde já, agradeço a sua colaboração.
Andréa Perez Corrêa
Matrícula CNEN 012120
Matrícula SIAPE. 0225063
214
APÊNDICE 2
MODELO DE QUESTIONÁRIO DE PESQUISA
QUESTIONÁRIO PARA AVALIAÇÃO DO CAPITAL PSICOLÓGICO POSITIVO
NO CONTEXTO ORGANIZACIONAL
TERMO DE CONSENTIMENTO
A participação na presente pesquisa se dará por livre e espontânea vontade, estando ciente de que os dados serão
utilizados para fins do trabalho de dissertação Capital Psicológico Positivo: Um Estudo sobre Qualidades
Humanas Positivas no Contexto Organizacional sob o Olhar da Psicologia Positiva, da servidora Andréa Perez
Corrêa lotada no Instituto de Radioproteção e Dosimetria – IRD, no mestrado profissional de Sistemas de
Gestão pela Universidade Federal Fluminense – UFF. Estou ciente de que meus dados serão anônimos e que a
qualquer tempo poderei desistir de responder ao questionário sem nenhum prejuízo a minha pessoa, além de
saber que não estou sendo submetido (a) a nenhum risco por participar do presente estudo. Além disso, estou
ciente de que a pesquisa ou a minha recusa a participar dela não trazem prejuízo ao pesquisador, ao pesquisado,
a qualquer pessoa ou instituição. Consinto que os dados sejam utilizados, com base no trabalho final da
dissertação, em artigos, pôsteres, reviews, aulas, palestras e eventos em congressos ou outros de cunho educativo
e acadêmico. E estando ciente do conteúdo deste Termo de Consentimento, opto por: (marque a opção abaixo
que represente a sua livre vontade)
Participar da presente pesquisa.
Não participar da presente pesquisa.
EXPLICAÇÃO SOBRE O QUE É CAPITAL PSICOLÓGICO POSITIVO
Segundo Luthans e outros (2007), o capital psicológico positivo - PsyCap é definido
como:
“Um estado psicológico positivo de desenvolvimento do indivíduo que é
caracterizado por (1) ter confiança (eficácia) para assumir ou colocar o esforço
necessário para assumir e ter sucesso em tarefas desafiadoras; (2) fazendo uma
contribuição positiva (otimismo) sobre ter sucesso agora e no futuro; (3)
perseverando rumo aos às metas e quando necessário, redirecionando trajetórias a
metas (esperança) a favor do sucesso; e (4) quando assolado por problemas e
adversidades, sustentar e até mesmo saltando para trás (resiliência) para alcançar o
sucesso.”
(LUTHANS; YOUSSEF; AVOLIO, 2007, p. 3)
215
O PsyCap é constituído por quatro componentes: esperança, otimismo autoeficácia e
resiliência (LUTHANS, YOUSSEF, AVOLIO, 2015).
Os componentes são definidos ou explicados da seguinte maneira:
Esperança:
“O pensamento direcionado a objetivos, no qual a pessoa usa pensamentos
baseados em caminhos (a capacidade percebida de encontrar rotas que levam a
objetivos desejados) e pensamento baseado em agência (as motivações necessárias
para encontrar suas rotas).” (SNYDER & LOPEZ, 2009, p.178)
Otimismo:
Seligman (2012) aponta que a forma como costumamos “explicar” (estilo explicativo)
os acontecimentos ruins em nossas vidas, trata-se de um “hábito de pensar adquirido na
infância e na adolescência” e que “emana diretamente da maneira como vê o lugar que ocupa
no mundo – se considera uma pessoa possuidora de méritos ou desprovida de qualidades,
inútil.” (SELIGMAN, 2012, p. 76), distinguindo, dessa forma, um otimista de um pessimista.
(SELIGMAN, 2012)
O estilo explicativo do otimista contempla os fatos negativos da vida, em termos de
permanência, como temporários ou só daquele momento; em termos de abrangência, como
específicos àqueles determinado evento, sem atingir outras áreas da vida; e em termos de
personalização, como externo ao próprio indivíduo.
Já, no caso dos eventos positivos da vida, sua explicação se inverte; contemplam as
ocorrências positivas, em termos de permanência como permanentes; em termos de
abrangência como universais, podendo atingir diversas outras áreas de sua vida; e em termos
de personalização como interno, de sua responsabilidade ou mérito. (SELIGMAN, 2012)
Autoeficácia:
“as crenças das pessoas em suas capacidades para produzir efeitos desejados pelas
suas ações”(BANDURA, 1997, p. xii)
“Convicção individual sobre suas habilidades para mobilizar sua motivação,
recursos cognitivos e cursos de ações necessários para a execução com sucesso de
uma tarefa específica num dado contexto” (STAJKOVIC & LUTHANS, 1998, p.
66)
216
Resiliência:
“Refere-se a uma classe de fenômeno caracterizada por resultados bons apesar das
ameaças sérias para adaptação e desenvolvimento.” (MASTEN, 2001, p. 228)
“Capacidade de se recuperar ou de se adaptar positivamente diante de adversidades
ou riscos significativos.” (SYNDER & LOPEZ, 2009, p. 120).
Os estudos que vêm sendo realizados sobre o capital psicológico positivo permitiram
identificar pelo menos sete características que permitem um entendimento funcional:
1) Multidimensionalidade – apresenta quatro dimensões: esperança, otimismo,
autoeficácia e resiliência;
2) Domínio específico - habitualmente no contexto do trabalho, mas é possível
identificar a amplitude para outros campos.
3) Stake-Like – apresenta certa estabilidade, mas pode ser desenvolvido;
4) Operacionalização Individual de Desenvolvimento – a avaliação recai sobre o próprio
indivíduo;
5) É mensurável – por meio de instrumentos de mediação desenvolvidos, pode-se
averiguar o nível de PsyCap nos indivíduos;
6) Preditor de Performance: consistentemente, positivamente, significativamente o
PsyCap está relacionado à performance dos empregados e torna-se desejável por
conta desta possibilidade de melhoria;
7) Nível de análise individual: a maioria dos estudos, recai mais sobre uma análise a
nível individual.
8) (AVEY, 2014)
(Q1) - QUESTIONÁRIO PARA AVALIAÇÃO DO CAPITAL PSICOLÓGICO
POSITIVO NO CONTEXTO ORGANIZACIONAL MEDIÇÃO DO CAPITAL
PSICOLÓGICO POSITIVO
Agradeço por participar de nossa pesquisa. O preenchimento do questionário dura
aproximadamente 15 minutos e sua avaliação é muito importante!
217
Agora que você já aceitou participar da pesquisa e já leu as explicações sobre o que
é capital psicológico positivo, já pode fazer a medição do nível do seu PsyCap, no
teste a seguir:
(Apresentação da escala 24-PCQ, cujo teor é proibido de ser apresentado, mesmo
em trabalho acadêmico, sendo permitida apenas uma amostra , conforme Anexo 1.
Seis afirmativas para avaliação de Autoeficácia
Seis afirmativas para avaliação de Esperança
Seis afirmativas para avaliação de Resiliência
Sei afirmativas para avaliação de Otimismo)
(Q2) - QUESTIONÁRIO PARA AVALIAÇÃO DO CAPITAL PSICOLÓGICO
POSITIVO NO CONTEXTO ORGANIZACIONAL – DADOS DEMOGRÁFICOS
Terminando o questionário de medição do PsyCap 24-PCQ, você já pode responder
as questões. Siga as instruções apresentadas em cada questão e não se preocupe com
o tempo que levará para responder a cada uma delas. O importante é que você seja
absolutamente sincero nas suas respostas. Não há respostas certas ou erradas. As
respostas são as que você considerar mais próximas da sua avaliação e interpretação.
1) Em qual categoria você se enquadra: (escolha apenas uma das opções indicadas)
SERVIDOR LIDERADO (não ocupante de cargo de gestão)
SERVIDOR LÍDER/LIDERADO (ocupante de cargo de gestão e subordinado a uma chefia)
TERCEIRIZADO LIDERADO (não ocupante de cargo de gestão)
SERVIDOR LIDER (somente o Presidente da CNEN)
2) Qual a sua Unidade na CNEN? (escolha apenas uma das opções indicadas)
Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear - CDTN
Centro Regional de Ciências Nucleares do Nordeste - CRCN-NE
Centro Regional de Ciências Nucleares do Centro-Oeste - CRCN-CO
Distrito de Angra dos Reis - DIANG
Distrito de Caetité - DICAE
218
Distrito de Fortaleza - DIFOR
Escritório de Porto Alegre - ESPOA
Escritório de Resende - ESRES
Escritório de Brasília - ESBRA
Instituto de Engenharia Nuclear - IEN
Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - IPEN
Instituto de Radioproteção e Dosimetria - IRD
Laboratório de Poços de Caldas - LAPOC
(Q3) - QUESTIONÁRIO PARA AVALIAÇÃO DO CAPITAL PSICOLÓGICO
POSITIVO NO CONTEXTO ORGANIZACIONAL – PERCEPÇÃO DOS
RESPONDENTES
3) Caso seja um líder, quanto você concordaria que pode colaborar para o uso e o
desenvolvimento do capital psicológico positivo dos seus liderados?
1 = Discordaria Completamente, 2 = Discordaria 3 = Discordaria Parcialmente, 4
= Concordaria Parcialmente, 5 = Concordaria, 6 = Concordaria Plenamente
4) Se fosse sugerida uma intervenção/treinamento para desenvolvimento do capital
psicológico positivo dos servidores e terceirizados, sejam líderes ou liderados, o
quanto você concordaria que traz benefícios?
1 = Discordaria Completamente, 2 = Discordaria 3 = Discordaria Parcialmente, 4
= Concordaria Parcialmente, 5 = Concordaria, 6 = Concordaria Plenamente
5) Se você respondeu “Discordaria parcialmente”, “Concordaria parcialmente”,
“Concordaria” ou Concordaria plenamente” à questão anterior, entre os
benefícios indicados a seguir, quais você acredita que seriam atingidos: (Ordene
as opções abaixo, sendo 1 o benefício mais gerado e 15 o benefício menos gerado).
219
Melhoria da sua performance
Melhoria da performance da equipe
Melhoria dos relacionamentos interpessoais
Melhoria do seu bem-estar
Processos criativos mais inovadores
Melhoria da comunicação da equipe com o líder ou gestor e da equipe entre seus membros
Melhoria de abertura para a mudança no contexto organizacional
Melhoria da cidadania organizacional
Maior engajamento no trabalho
Melhoria no atendimento a cidadãos e clientes
Melhoria da satisfação com o trabalho
Diminuição de comportamentos contraproducentes
Diminuição do ceticismo organizacional
Diminuição do estresse
Diminuição de situações de bullying no trabalho
.
6) Você identifica algum outro benefício não apontado na questão anterior que
gostaria de registrar, seja para você ou para o trabalho ou para a organização?
(indique quantos benefícios você desejar)
1.
2.
3.
4.
5.
7) Quanto você concordaria em participar de uma intervenção breve (de algumas
horas) para desenvolver o seu capital psicológico positivo?
220
1 = Discordaria Completamente, 2 = Discordaria 3 = Discordaria Parcialmente, 4
= Concordaria Parcialmente, 5 = Concordaria, 6 = Concordaria Plenamente
8) Quanto você concordaria que um líder com um capital psicológico positivo mais
elevado, traria algum benefício a você e ao seu trabalho?
1 = Discordaria Completamente, 2 = Discordaria 3 = Discordaria Parcialmente, 4
= Concordaria Parcialmente, 5 = Concordaria, 6 = Concordaria Plenamente
9) Se você respondeu “Discordaria parcialmente”, “Concordaria parcialmente”,
“Concordaria” ou Concordaria plenamente” à questão anterior, entre os
benefícios indicados a seguir, quais você considera que seriam atingidos: (marque
quantos desejar).
Aumentaria o meu nível de capital psicológico positivo
Colaboraria para a melhoria da minha performance
Colaboraria para a melhoria da performance da equipe
Melhoraria as relações de trabalho
Melhoraria do engajamento da equipe de trabalho
10) Você identifica algum outro benefício não apontado na questão anterior que
gostaria de registrar, seja para você ou para o trabalho ou para a organização?
(indique quantos benefícios você desejar)
1.
2.
3.
4.
5.
11) Você consideraria que alguma característica individual ou do trabalho pode
favorecer o desenvolvimento do capital psicológico positivo?
221
1 = Discordaria Completamente, 2 = Discordaria 3 = Discordaria Parcialmente, 4
= Concordaria Parcialmente, 5 = Concordaria, 6 = Concordaria Plenamente
12) Se você respondeu “Discordaria parcialmente”, “Concordaria parcialmente”,
“Concordaria” ou Concordaria plenamente” , quais características individuais ou
do trabalho você apontaria como favorecedora do desenvolvimento do capital
psicológico positivo tanto para líderes como para liderados? (indique quantas
características você desejar nos respectivos quadros, compreendendo as
características individuais como: comportamentos, atitudes, habilidades, posturas,
conhecimentos entre outros; e as características do trabalho, como: interação com
clientes, trabalho em equipe, complexidade de processos, rotina, trabalho
individual, interação com a chefia, participação no processo decisório, entre
outros)
Características Individuais Características do Trabalho
222
APÊNDICE 3
RELAÇÃO ENTRE QUESTÃO E VARIÁVEL
Nº Questão Variável Código Dimensão
Q1- Primeira Parte – Questões - 24-PCQ
1 Resultado das questões dos Construtos PsyCap Total Q1.1 PsyCap
2 Seis questões (proibida exibição) Autoeficácia Q1.3 PsyCap
3 Seis questões (proibida exibição) Esperança Q1.2 PsyCap
4 Seis questões (proibida exibição) Resiliência Q1.4 PsyCap
5 Seis questões (proibida exibição) Otimismo Q1.5 PsyCap
Q2- Segunda Parte – Questões sobre DADOS DEMOGRÁFICOS
6
Questão 1 - Em qual categoria você se
enquadra? (escolha apenas uma das opções
indicadas)
Nível hierárquico Q2.1 CNEN
7 Questão 2 - Qual a sua Unidade na CNEN?
(escolha apenas uma das opções indicadas) Unidade CNEN Q2.2 CNEN
Q3 – Terceira Parte – Questões PERCEPÇÃO DOS RESPONDENTES
8
Questão 3 - Caso seja um líder, quanto
você concordaria que pode colaborar para, o
uso e o desenvolvimento do capital
psicológico positivo dos seus liderados?
Aptidão dos Líderes para
Desenvolvimento PsyCap
Liderados
Q3.1 Percepção
9
Questão 4- Se fosse sugerida uma
intervenção/treinamento para
desenvolvimento do capital psicológico
positivo dos servidores e terceirizados,
sejam líderes ou liderados, o quanto você
concordaria q
ue traz benefícios?
Potencial de Benefício
Intervenção/Treinamento
em PsyCap
Q3.2 Percepção
10
Questão 5 - Se você respondeu
"Discordaria parcialmente", "Concordaria
parcialmente", "Concordaria" ou
"Concordaria plenamente" à questão
anterior, entre os benefícios indicados a
seguir, quais você acredita que seriam
atingidos: (Ordene as opções, sendo 1 o
benefício mais gerado e 15 o benefício
menos gerado)
Benefícios da
Intervenção/Treinamento Q3.3 Percepção
11
Questão 7 - Quanto você concordaria em
participar de uma intervenção breve (de
algumas horas) para desenvolver o seu
capital psicológico positivo?
Predisposição para
Intervenção/ Treinamento Q3.4 Percepção
12
Questão 8 - Quanto você concordaria que
um líder com um capital psicológico
positivo mais elevado, traria algum
benefício a você e ao seu trabalho?
Potencial de Benefício de
Líderes PsyCap Alto Q3.5 Percepção
13
Questão 9 - Se você respondeu
"Discordaria parcialmente", "Concordaria
parcialmente", "Concordaria" ou
"Concordaria plenamente" à questão
anterior, entre os benefícios indicados a
seguir, quais você acredita que seriam
atingidos: (Ordene as opções, sendo 1 o
benefício mais gerado e 5 o benefício
menos gerado)
Benefícios de Líderes com
PsyCap Alto Q3.6 Percepção
223
14
Questão 11 - Você consideraria que alguma
característica individual ou do trabalho
pode favorecer o desenvolvimento do
capital psicológico positivo?
Favorecimento de
Características Individuais
e do Trabalho para o
PsyCap
Q3.7 Percepção
15
Questão 12- Se você respondeu
"Discordaria parcialmente", "Concordaria
parcialmente", "Concordaria" ou
"Concordaria plenamente" à questão
anterior, quais características individuais ou
do trabalho você apontaria como
favorecedora do desenvolvimento do capital
psicológico positivo tanto para líderes como
para liderados? (indique quantas
características você desejar nos respectivos
quadros, compreendendo as características
individuais como: comportamentos,
atitudes, habilidades, posturas,
conhecimentos entre outros; e as
características do trabalho, como: interação
com clientes, trabalho em equipe,
complexidade de processos, rotina, trabalho
individual, interação com a chefia,
participação no processo decisório, entre
outros)
Características
Favorecedoras do PsyCap Q3.8 Percepção
As questões 6 e 10, tiveram uma análise qualitativa e, por isso, não foram consideradas
na codificação de variáveis sob análise quantitativa.
A codificação no campo PsyCap obedece a ordem do questionário de pesquisa quanto
aos construtos.
224
APÊNDICE 4
VALOR DE PSYCAP E CONSTRUCTOS POR RESPONDENTE
ID PsyCap Esperança Autoeficácia Resiliência Otimismo
1 120 29 30 32 29
2 103 27 27 22 27
3 140 33 36 35 36
4 105 19 32 28 26
5 128 35 33 31 29
6 112 29 29 27 27
7 129 36 36 31 26
8 106 24 31 26 25
9 100 24 28 24 24
10 106 21 33 32 20
11 116 30 33 25 28
12 119 29 31 30 29
13 115 30 36 27 22
14 103 26 30 29 18
15 131 35 36 31 29
16 136 36 36 36 28
17 101 26 17 33 25
18 112 30 31 28 23
19 67 13 17 26 11
20 85 23 21 19 22
21 128 30 36 35 27
22 122 32 33 27 30
23 104 31 31 19 23
24 113 27 31 30 25
25 128 30 36 33 29
26 101 25 27 27 22
27 - - - - -
28 79 14 21 22 22
29 - - - - -
30 125 32 32 31 30
31 104 26 29 24 25
32 92 25 21 24 22
33 115 28 32 29 26
34 99 27 24 24 24
35 130 33 35 34 28
36 98 26 25 23 24
37 118 31 28 32 27
38 108 25 28 34 21
39 128 33 33 33 29
40 112 19 31 33 29
41 - - - - -
42 122 32 34 30 26
43 106 30 26 26 24
44 65 13 11 16 25
225
45 116 29 30 30 27
46 125 32 36 34 23
47 118 29 31 30 28
48 120 31 32 29 28
49 91 20 24 25 22
50 96 25 25 22 24
51 104 24 27 29 24
52 113 28 31 31 23
53 106 31 20 28 27
54 110 27 31 29 23
55 128 34 36 33 25
56 109 25 29 30 25
57 124 31 34 33 26
58 117 31 31 30 25
59 109 26 30 31 22
60 126 31 35 32 28
61 97 25 25 32 15
62 109 28 21 31 29
63 107 25 30 29 23
64 96 26 24 25 21
65 116 32 30 31 23
66 114 30 28 30 26
67 101 26 28 27 20
68 111 29 28 28 26
69 - - - - -
70 105 26 30 25 24
71 108 28 28 28 24
72 93 20 26 28 19
73 114 28 33 26 27
74 102 24 25 29 24
75 126 33 32 33 28
76 - - - - -
77 127 31 34 31 31
78 121 30 32 30 29
79 - - - - -
80 101 26 27 26 22
81 99 25 29 18 27
82 - - - - -
83 107 29 30 28 20
84 119 27 32 30 30
85 114 29 34 27 24
86 108 21 34 29 24
87 86 24 21 20 21
88 108 28 30 29 21
89 90 22 25 25 18
90 126 33 33 32 28
91 - - - - -
92 108 27 30 29 22
93 89 20 25 23 21
94 - - - - -
226
95 125 31 32 31 31
96 90 22 24 23 21
97 100 27 28 25 20
98 98 24 28 23 23
99 113 28 30 26 29
100 114 29 31 31 23
101 118 27 33 31 27
102 111 31 30 27 23
103 133 36 36 36 25
104 120 34 27 31 28
105 110 27 30 29 24
106 131 34 34 33 30
107 79 19 23 18 19
108 92 25 22 24 21
109 111 24 30 28 29
110 88 22 23 24 19
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112 119 30 33 29 27
113 116 31 32 26 27
114 98 27 34 22 15
115 121 25 35 35 26
116 97 21 26 27 23
117 130 36 36 31 27
118 - - - - -
119 99 25 28 27 19
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122 109 28 25 27 29
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127 - - - - -
128 115 29 34 28 24
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132 - - - - -
133 108 24 26 32 26
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139 107 27 30 23 27
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141 77 20 15 20 22
142 92 25 25 29 13
143 130 36 36 36 22
144 - - - - -
227
145 - - - - -
146 125 34 34 32 25
147 111 30 27 29 25
148 123 33 30 31 29
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150 109 31 32 25 21
151 102 30 24 24 24
152 - - - - -
153 127 32 36 31 28
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158 118 29 31 29 29
159 - - - - -
160 - - - - -
161 - - - - -
162 - - - - -
163 130 36 33 33 28
164 100 30 18 32 20
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170 137 36 36 35 30
171 - - - - -
172 113 27 32 30 24
173 - - - - -
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185 110 30 31 27 22
186 137 34 36 36 31
187 110 29 28 29 24
188 - - - - -
189 103 26 29 25 23
190 - - - - -
191 122 31 32 32 27
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193 - - - - -
194 118 32 36 28 22
228
195 97 22 27 25 23
196 125 32 33 30 30
197 112 28 31 29 24
198 118 29 29 28 32
199 142 36 34 36 36
200 109 31 31 27 20
201 110 28 29 28 25
202 134 36 36 36 26
203 128 31 33 33 31
204 122 33 33 32 24
205 115 33 31 27 24
206 - - - - -
207 102 26 34 25 17
208 129 36 32 27 34
209 95 27 28 23 17
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211 94 25 24 22 23
212 - - - - -
213 122 31 33 31 27
214 122 32 32 34 24
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216 - - - - -
217 70 14 28 18 10
218 107 27 23 29 28
219 123 31 33 32 27
220 107 25 30 25 27
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227 103 25 28 30 20
228 - - - - -
229 - - - - -
230 96 24 27 23 22
231 113 32 30 23 28
232 39 6 6 11 16
229
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