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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO, CIÊNCIAS CONTÁBEIS E TURISMO CURSO DE TURISMO THIAGO LOPES VAAMONDE SOARES SILVA VERTICALIZAÇÃO DA CADEIA PRODUTIVA DO TURISMO: UMA ABORDAGEM DO GRUPO EBX NITERÓI 2013

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO, CIÊNCIAS CONTÁBEIS E TURISMO

CURSO DE TURISMO

THIAGO LOPES VAAMONDE SOARES SILVA

VERTICALIZAÇÃO DA CADEIA PRODUTIVA DO TURISMO: UMA ABORDAGEM

DO GRUPO EBX

NITERÓI

2013

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THIAGO LOPES VAAMONDE SOARES SILVA

VERTICALIZAÇÃO DA CADEIA PRODUTIVA DO TURISMO: UMA ABORDAGEM

DO GRUPO EBX

Orientador: Prof. Dr. Saulo Barroso Rocha

NITERÓI

2013

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao Curso de Graduação

em Turismo da Universidade Federal

Fluminense, como requisito para

obtenção do grau de Turismólogo.

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VERTICALIZAÇÃO DA CADEIA PRODUTIVA DO TURISMO: UMA ABORDAGEM

DO GRUPO EBX

POR

THIAGO LOPES VAAMONDE SOARES SILVA

Prof. Dr. Saulo Barroso Rocha – Orientador UFF

Prof. M.Sc. Ricardo Drummond Marsciano Ribeiro UFF

Prof. Dr. João Evangelista Dias Monteiro UFF

Niterói, de de 2013

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao Curso de Graduação em

Turismo da Universidade Federal

Fluminense, como requisito para obtenção do

grau de Turismólogo.

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Dedico a todos os meus

familiares e amigos presentes

na minha vida, vocês fizeram

parte desta conquista.

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AGRADECIMENTOS

Aos professores do Curso de Turismo da Universidade Federal Fluminense, por todo

o ensinamento e aprendizado proporcionado.

Ao professor Saulo Barroso Rocha por toda a orientação, ajuda e apoio na

preparação desta monografia.

A minha família, por ser minha base e por todo o amor e carinho que me deram em

toda a minha vida.

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Observa o teu culto a família e

cumpre teus deveres para com

teu pai, tua mãe e todos os

teus parentes. Educa as

crianças e não precisarás

castigar os homens.

Pitágoras

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RESUMO

Nos últimos 10 anos de crescimento e desenvolvimento econômico brasileiro, um

dos setores mais beneficiados é o turismo. Muitas empresas se expandiram e muitas

outras iniciaram suas atividades nesse período que se caracterizou pelo avanço da

economia e pelo anúncio da realização de grandes eventos no país. O Grupo EBX,

uma das empresas com maior valor de mercado do mundo e pertencente ao

empresário Eike Batista, foi uma das empresas que passou a investir no segmento

turístico, diversificando sua área de atuação dentro do setor assim como faz em

outros segmentos econômicos. O presente trabalho foi feito através de pesquisas

em fontes bibliográficas e eletrônicas com o objetivo de analisar a cadeia produtiva

turística do Grupo EBX, mostrando a dinâmica econômica do turismo e propor uma

verticalização entre os empreendimentos turísticos do Grupo, de modo que estes

funcionem de maneira conjunta para uma melhor operacionalização e acesso aos

clientes.

Palavras - chave: Grupo EBX; Cadeia produtiva; Dinâmica econômica do turismo;

Verticalização.

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ABSTRACT

In the last 10 years of economic growth and development in Brazil, one of the most

benefited sectors is tourism. Many businesses have expanded and many others

began their activities during this period that was marked by economic progress and

the announcement of major events in the country. The EBX Group, one of the

companies with the highest market value in the world and owned by businessman

Eike Batista, was one of the companies started to invest in the tourism sector,

diversifying its area of operation within the sector as it does in other economic

sectors. This work was done through surveys and electronic bibliographic sources in

order to analyze the supply chain tourist EBX Group, showing the economic

dynamics of tourism and propose a vertical integration between tourism enterprises

of the Group, so that they operate on a for joint operations and better access to

customers.

Keywords: EBX Group; Supply chain; Economic dynamics of tourism; Vertical

integration.

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LISTA DE FIGURAS E ILUSTRAÇÕES

Figura 1 Cadeia produtiva do Turismo .................................................................. 22

Figura 2 Cadeia produtiva do Turismo .................................................................. 23

Figura 3 Tipos de integração vertical..................................................................... 24

Figura 4 Logotipo do Grupo EBX .......................................................................... 27

Figura 5 Hotel Gloria recém-inaugurado ............................................................... 34

Figura 6 Projeto do novo Gloria Palace Hotel ....................................................... 36

Figura 7 Marina da Glória ...................................................................................... 37

Figura 8 Pink Fleet . .............................................................................................. 38

Figura 9 Mr. Lam ................................................................................................... 40

Figura 10 UFC Rio 2011.......................................................................................... 41

Figura 11 Rock in Rio 2011 ..................................................................................... 42

Figura 12 Cirque du Soleil ....................................................................................... 43

Figura 13 Museu das Minas e do Metal................................................................... 44

Figura 14 Setores líderes na cadeia produtiva do turismo ...................................... 50

Figura 15 Serviços relacionados, indústrias relacionadas e atividades de apoio .... 51

Figura 16 Integração para trás ................................................................................ 52

Figura 17 Integração para frente ............................................................................. 52

Figura 18 Operações turísticas do Grupo EBX ....................................................... 54

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 Produto turístico e o Grupo EBX ........................................................... 46

Quadro 2 Elementos da atividade turística e o Grupo EBX ................................... 47

Quadro 3 Segmentação turística e o Grupo EBX .................................................. 47

Quadro 4 Cadeia produtiva do turismo e o Grupo EBX ......................................... 49

Quadro 5 Setores líderes e o Grupo EBX ............................................................. 50

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LISTA DE SIGLAS

ABIH-RJ Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro

CEO Chief Executive Officer

CNI Confederação Nacional das Indústrias

IPHEA Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico

MMA Mixed Martial Arts

MW Megawatts

OMT Organização Mundial do Turismo

PIM Projeto Integrado de Mineração

Riotur Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro

RPPNs Reservas Particulares do Patrimônio Natural

SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

UCN Unidade de Construção Naval

UFC Ultimate Fighting Championship

UPPs Unidades de Polícia Pacificadora

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13

2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................... 15

2.1 INDICAÇÃO E DEFINIÇÃO OPERACIONAL DAS VARIÁVEIS ...................... 15

2.2 PESQUISA ....................................................................................................... 15

2.2.1 Universo e amostra .................................................................................... 16

2.2.2 Análise da pesquisa ................................................................................... 16

2.2.3 Limitações .................................................................................................. 16

3 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 17

3.1 SEGMENTAÇÃO TURÍSTICA ......................................................................... 19

3.2 CADEIA PRODUTIVA DO TURISMO .............................................................. 20

3.3 VERTICALIZAÇÃO .......................................................................................... 24

4 GRUPO EBX .......................................................................................................... 27

4.1 OGX ................................................................................................................. 27

4.2 MPX ................................................................................................................. 27

4.3 LLX ................................................................................................................... 28

4.4 MMX ................................................................................................................. 28

4.5 OSX ................................................................................................................. 29

4.6 CCX ................................................................................................................. 29

4.7 AUX .................................................................................................................. 30

4.8 REX .................................................................................................................. 30

4.8.1 Bairro planejado em São João da Barra .................................................... 30

4.8.2 MDX Medical Center .................................................................................. 30

4.8.3 R3X Corporate Leblon ............................................................................... 31

4.9 SIX ................................................................................................................... 31

4.10 NRX NEWREST ............................................................................................. 31

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4.11 PROJETOS PATROCINADOS ...................................................................... 31

5 O GRUBO EBX E OS EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS ................................ 33

5.1 HOTEL GLORIA ............................................................................................... 33

5.1.1 O Novo Hotel Gloria, ou Gloria Palace Hotel ............................................. 35

5.2 MARINA DA GLÓRIA ....................................................................................... 36

5.3 PINK FLEET..................................................................................................... 38

5.4 MR. LAM .......................................................................................................... 39

5.5 IMX ................................................................................................................... 40

5.6 HOTEL PARQUE DO FLAMENGO .................................................................. 43

5.7 MUSEU DAS MINAS E DO METAL ................................................................. 44

5.8 O NOVO MARACANÃ ..................................................................................... 44

5.9 VIAGENS CORPORATIVAS ............................................................................ 45

6 ANÁLISE E CONCLUSÕES DO GRUPO EBX E A CADEIA PRODUTIVA DO

TURISMO .................................................................................................................. 46

6.1 A VERTICALIZAÇÃO DA CADEIA PRODUTIVA DO TURISMO ..................... 53

NO GRUPO EBX ................................................................................................... 53

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 56

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 58

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1 INTRODUÇÃO

No século passado o turismo passou por um crescimento e modernização

graças ao desenvolvimento da tecnologia, o que possibilitou uma melhoria na

prestação dos serviços. As empresas se desenvolveram e as que tinham o

diferencial competitivo passaram a dominar o mercado.

Com as empresas brasileiras não foi diferente, as que acompanharam as

novas tendências do mercado cresceram e se desenvolveram. Hoje em dia estas

empresas e as que iniciaram as atividades recentemente agregando valor, com

capital e com um plano de negócios bem estruturados desfrutam do atual momento

brasileiro.

O Brasil vive um momento único em sua história. Com o crescimento

econômico muitas mudanças ocorreram no país, como por exemplo, o aumento do

poder aquisitivo da população, a realização de grandes eventos, investimentos em

infraestrutura, abertura de novas empresas e crescimento das já existentes. O

turismo foi um dos segmentos impulsionados por esse crescimento econômico,

fazendo com que os brasileiros viajassem mais, tanto viagens no país quanto

viagens ao exterior, e o número de estrangeiros viajando ao Brasil também

crescesse.

Nesse período de crescimento econômico, muitas empresas passaram a

investir no turismo, é o caso do Grupo EBX, empresa pertencente ao empresário e

bilionário Eike Batista. Com atuação em diversos setores da economia, o Grupo

diversificou ainda mais os seus investimentos, tendo o turismo como um dos seus

principais alvos. Analisar a participação do Grupo EBX no setor turístico é de

significativa relevância no atual contexto brasileiro e mundial, principalmente para

uma melhor contextualização do turismo nos dias atuais.

O presente trabalho tem o objetivo geral de analisar os empreendimentos

turísticos e a cadeia produtiva turística do Grupo EBX, mostrando a diversificação

dos investimentos turísticos do Grupo, a participação e a importância econômica da

atividade turística e a dinâmica econômica através dos empreendimentos turísticos

do Grupo. Já o objetivo específico é identificar uma possível verticalização com os

atuais empreendimentos turísticos do Grupo EBX. Foram realizadas pesquisas em

fontes bibliográficas e eletrônicas para se chegar aos objetivos propostos.

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No capítulo 2 é explicitado os procedimentos metodológicos para a

elaboração da monografia e para chegar aos objetivos propostos.

No capítulo 3 é abordado o referencial teórico, que dará base e fundamento

para a elaboração do trabalho através de conceitos e definições levantadas por

autores e organizações sobre assuntos que norteiam o trabalho.

No capítulo 4 o Grupo EBX é analisado como um todo, ou seja, as empresas

e os projetos do Grupo presentes nos mais variados setores da economia.

No capítulo 5 é descrito os empreendimentos turísticos do Grupo EBX e as

suas respectivas áreas de atuação. A descrição dos empreendimentos turísticos fará

com que se torne possível a análise no capítulo seguinte.

No capítulo 6 é feita a análise da cadeia produtiva turística do Grupo EBX,

como as empresas do Grupo se encaixam na segmentação turística, a dinâmica

econômica do turismo e a proposta para uma possível verticalização com as

empresas do Grupo. Neste capítulo é feita a relação entre o referencial teórico e as

empresas do Grupo para se chegar aos objetivos propostos.

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2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Este capítulo trata dos procedimentos metodológicos que foram utilizados

para chegar aos objetivos propostos no presente trabalho.

2.1 INDICAÇÃO E DEFINIÇÃO OPERACIONAL DAS VARIÁVEIS

Para tratar das questões relacionadas ao tema proposto, as seguintes

variáveis foram utilizadas como base para o conhecimento necessário:

Cadeia produtiva do turismo – será feita uma análise dos componentes

da cadeia produtiva do turismo e como os empreendimentos turísticos

do Grupo EBX se encaixam em cada componente.

Dinâmica econômica do turismo – procura-se verificar a importância e o

impacto do turismo nos outros segmentos da economia.

Processo de integração vertical – através da análise da cadeia

produtiva turística do Grupo EBX, busca-se descrever o processo de

verticalização e propor sua integração no Grupo.

2.2 PESQUISA

Para a realização deste trabalho de conclusão de curso foram feitos

levantamentos bibliográficos e em meios eletrônicos.

No levantamento bibliográfico foram feitas pesquisas sobre os temas

relacionados ao turismo e aos objetivos do trabalho. No levantamento em meios

eletrônicos foram feitas pesquisas para a descrição das áreas de atuação do Grupo

EBX.

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2.2.1 Universo e amostra

As pesquisas foram realizadas sobre as empresas do Grupo EBX. Os

empreendimentos não turísticos foram analisados no capítulo 4 para uma

contextualização do Grupo como um todo. Já os empreendimentos turísticos foram

analisados nos capítulo 5, de modo que posteriormente se chegue aos objetivos

propostos.

2.2.2 Análise da pesquisa

A partir das pesquisas por referenciais teóricos e pelas áreas de atuação do

Grupo EBX, foi feita uma análise integrando os conceitos obtidos no referencial

teórico e os empreendimentos turísticos do Grupo. Com a análise foi possível chegar

ao principal objetivo proposto, a verticalização na cadeia turística do Grupo EBX.

2.2.3 Limitações

Durante a realização da pesquisa o principal fator limitador foi a falta de

referenciais teóricos sobre a verticalização no turismo. Dessa forma, a pesquisa foi

feita com os conceitos de verticalização em geral e posteriormente relacionados com

os empreendimentos turísticos do Grupo EBX.

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3 REFERENCIAL TEÓRICO

O turismo é uma atividade socioeconômica, gerando a produção de bens e

serviços ao homem (LAGE; MILONE, 2000). Segundo a Organização Mundial do

Turismo - OMT (OMT, 2001), o turismo é definido como: “[...] as atividades que as

pessoas realizam durante suas viagens e permanência em lugares distintos do que

vivem, por um período de tempo inferior a um ano consecutivo, com fins de lazer,

negócios e outros”.

O turismo está presente no setor terciário da economia, na categoria de

serviços (MIELENHAUSEN, 2000), que segundo Kotler (2000, p. 48) é definido

como: “[...] qualquer ato ou desempenho, essencialmente intangível, que uma parte

pode oferecer a outra e que não resulta na propriedade de nada”.

O serviço prestado deve ser com qualidade e nunca com desempenho abaixo

do esperado, levando-se sempre em consideração as principais características do

turismo (COBRA, 2001). O turismo tem três características abordadas pela maioria

dos autores consultados:

Intangibilidade – o produto não é de fácil teste ou avaliação antes da

sua aquisição.

Perecibilidade – os serviços não podem ser estocados para venda no

futuro. A capacidade produtiva é utilizada somente quando os clientes

estão em contato com a empresa.

Indivisibilidade – o produto é produzido e consumido simultaneamente,

ficando mais vulnerável a variações na prestação de serviços.

Outras três características são marcantes do produto turismo, segundo Vellas

e Bécherel (1999):

Complementaridade – a indústria turística é interdependente como um

todo, o produto turístico não é somente um serviço único, mas sim uma

composição da atuação de várias empresas se complementando.

Altos custos fixos – o custo inicial para ofertar os elementos básicos do

turismo é muito alto e com poucas garantias de retorno.

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Intensa participação humana – o turismo é uma atividade fortemente

baseada no trabalho do homem. A experiência vivenciada é avaliada

em grande parte pela qualidade dos serviços e habilidades dos

funcionários em contato com o cliente.

O turismo é um “produto” comercial e com características importantes para

estar presente no setor de serviços. A OMT (2001) preconiza que o produto turístico

é um objeto de comercialização, constituído de elementos e percepções intangíveis

que levam o turista à experienciação. Já para o Ministério do Turismo (2008),

produto turístico é um conjunto de atrativos, equipamentos e serviços acrescidos de

facilidades ofertadas organizadamente por um determinado preço.

O produto turístico é formado pela atuação de diversos produtos. Para Lage e

Milone (2001), o produto turístico consiste no conjunto de bens e serviços

relacionados a qualquer atividade turística, sendo formado pelos seguintes

componentes: transportes, alimentação, acomodação e entretenimento. Por sua vez,

Beni (2007) esclarece que o produto turístico é constituído de um conjunto de

subprodutos, como por exemplo, transportes, restaurantes, meios de hospedagem,

entretenimento, souvenirs, podendo ser em sentido microeconômico ou

macroeconômico.

O funcionamento da atividade turística envolve a participação de alguns

fatores. Segundo a OMT (2001) esses fatores são compostos por quatro elementos

básicos: demanda, oferta, espaço geográfico e operadores de mercado.

Demanda – é composta pelo conjunto de consumidores, ou possíveis

consumidores, de bens e serviços turísticos.

Oferta – é formada pelo conjunto de produtos, serviços e organizações

envolvidas ativamente na experiência turística.

Espaço geográfico – é o local onde ocorre a experiência turística e onde

acontece a oferta e turística e flui a demanda.

Operadores de mercado – são as empresas e organismos cuja principal

função é facilitar as relações entre a oferta e a demanda, como por exemplo,

as agências de viagens, as companhias de transporte e órgãos públicos e

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privados que através de seus trabalhos profissionais são fundamentais na

organização e promoção do turismo.

3.1 SEGMENTAÇÃO TURÍSTICA

Diversas atividades envolvem o turismo e para que haja uma maneira de

organizar o setor para fins de planejamento, gestão e mercado, foi feita a

segmentação turística. Os segmentos são estabelecidos de acordo com os

elementos de identidade da oferta de serviços e atrativos turísticos e da variação da

demanda por esses elementos (MINISTÉRIO DE TURISMO, 2008).

De acordo com as normas estabelecidas, o Ministério do Turismo (2008)

elaborou a segmentação turística da seguinte forma:

Ecoturismo – segmento que utiliza de forma sustentável o patrimônio cultural

e natural, incentivando sua conservação e buscando a formação de uma

consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo

o bem-estar das populações.

Turismo Náutico – caracterizado pela utilização de embarcações náuticas

para a movimentação turística.

Turismo Cultural – são as atividades turísticas relacionadas à vivência do

conjunto de elementos significativos do patrimônio histórico e cultural,

valorizando e promovendo os bens materiais e imateriais da cultura.

Turismo de Aventura – atividade associada ao Ecoturismo, este segmento

compreende os movimentos turísticos decorrentes da prática de atividades de

aventura de caráter recreativo e não competitivo.

Turismo de Negócios e Eventos – é o conjunto de atividades turísticas

decorrentes dos encontros de interesse profissional, associativo, institucional,

de caráter comercial, promocional, técnico, científico e social.

Turismo de Esportes – são as atividades turísticas decorrentes da prática,

envolvimento ou observação de modalidades esportivas.

Turismo de Saúde e Bem-Estar – são as atividades turísticas decorrentes da

utilização de meios e serviços para fins médicos, terapêuticos e estéticos.

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Turismo de Pesca – são as atividades turísticas decorrentes da prática da

pesca amadora.

Turismo Rural – são as atividades turísticas desenvolvidas no meio rural,

comprometidas com a produção agropecuária, agregando valor a produtos e

serviços, resgatando e promovendo o patrimônio cultural e natural da

comunidade.

Turismo de Sol e Praia – são as atividades turísticas relacionadas à

recreação, entretenimento ou descanso em praias, em função da presença

conjunta de água, calor e sol.

Turismo de Estudos e Intercâmbio – caracterizado pela movimentação

turística gerada por atividades e programas de aprendizagem e vivências para

fins de qualificação, ampliação de conhecimento e de desenvolvimento

pessoal e profissional.

Turismo Social – é a forma de praticar e conduzir a atividade turística,

promovendo a igualdade de oportunidades, a equidade, a solidariedade e o

exercício da cidadania na perspectiva da inclusão.

Para que todos os segmentos turísticos funcionem, existe uma cadeia

produtiva trabalhando para o êxito da atividade econômica turística.

3.2 CADEIA PRODUTIVA DO TURISMO

A estruturação de cadeias produtivas está diretamente relacionada a diversas

questões econômicas: coordenação de investimentos, custos de transação e

formação de preços.

Pires (2001) afirma que uma determinada cadeia produtiva pode ser vista por

três enfoques:

Uma sucessão de operações de transformações, capazes de serem

separadas ou ligadas entre si.

Um conjunto de relações comerciais e financeiras que estabelecem um fluxo

de trocas, entre todos os estados de transformação e entre os fornecedores e

clientes.

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Um conjunto de ações econômicas que regulam a valorização dos meios de

produção e garantem a articulação das operações.

Uma cadeia produtiva é caracterizada por fatores microeconômicos e

macroeconômicos. Enquanto os fatores microeconômicos envolvem o

comportamento dos agentes econômicos, unidades familiares e empresas, os

fatores macroeconômicos envolvem o funcionamento do ambiente como um todo

(PIRES, 2001).

Pires (2001) observa que as cadeias produtivas se dividem em dois níveis, a

cadeia principal e as cadeias auxiliares. Na cadeia principal as atividades são

vinculadas diretamente ao objetivo central da cadeia e nas cadeias auxiliares são

realizadas as atividades de suporte e são indiretamente ligadas ao objetivo central

da cadeia principal.

O turismo, assim como todas as atividades econômicas, possui uma cadeia

produtiva. Segundo a Confederação Nacional das Indústrias - CNI (1998), a cadeia

produtiva do turismo (Figura 1) envolve variados segmentos da economia. Estão

inseridos os segmentos diretamente relacionados (marketing e serviços turísticos,

agenciamento de viagens, transporte, hotelaria, gastronomia, entretenimento e lazer,

eventos e conferências, atrações culturais e ecológicas), os setores auxiliares de

infraestrutura básica e serviços públicos (abastecimento de água e energia,

saneamento, saúde, segurança e telecomunicações) e o comércio.

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Figura 1: Cadeia produtiva do Turismo.

Fonte: CNI, 1998.

Na atividade turística, a cadeia produtiva é o conjunto de empresas e

elementos materiais e imateriais que realizam atividades ligadas ao turismo, porém,

na atividade turística a produção coincide com a distribuição e na maioria das vezes

com o consumo, o que dificulta a atuação isoladamente das partes (SOUZA, 1998).

Provinciali (2002) ressalta que a cadeia produtiva do turismo inicia na

atratividade e no diferencial de uma localidade, já que é a parte que influencia o

turista na escolha do seu destino, sendo assim, a cadeia produtiva do turismo está

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diretamente relacionada ao produto turístico, que para a autora engloba elementos

tangíveis e intangíveis encontrados centralizados em determinada atividade e

determinado destino. Portanto, a cadeia produtiva do turismo pode ser entendida

como um conjunto de atividades e serviços relacionados aos deslocamentos, visitas,

transportes, alojamentos, lazer, alimentação e circulação de produtos típicos.

Para o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE

(2010), a cadeia produtiva do turismo (Figura 2) pode ser explicada através da

estruturação de setores líderes, serviços relacionados, indústrias relacionadas e

atividades de apoio. Sendo assim, os setores líderes seriam os responsáveis por

viabilizar a experiência do turista, ou seja, como chegar ao destino, o que comer,

onde se hospedar, o que ver, experimentar e fazer e quem organiza e realiza as

operações.

Figura 2: Cadeia produtiva do Turismo.

Fonte: SEBRAE, 2010.

A cadeia produtiva do turismo, assim como a de qualquer outra atividade

econômica, envolve diversos setores da economia. Esses setores que são auxiliares

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na cadeia produtiva do turismo possuem a sua própria cadeia produtiva, o que

comprova a dinâmica econômica da atividade turística, ou seja, um segmento

econômico movimentando os demais segmentos econômicos.

3.3 VERTICALIZAÇÃO

A verticalização é a participação de uma empresa em mais de um estágio do

processo produtivo. De acordo com Brito (2002) a verticalização ocorre quando: “[...]

a empresa assume o controle sobre diferentes estágios (ou etapas) associados à

progressiva transformação de insumos em produtos finais”.

A maioria dos autores reconhece dois estilos de integração vertical, para trás

ou para frente (Figura 3). Segundo Vasconcellos (2002) a integração vertical ocorre

para trás quando a empresa passa a desempenhar fases ou atividades do seu

processo que antes eram feitas por seus fornecedores; já a integração para frente

ocorre quando a empresa se desloca em direção aos seus clientes.

Figura 3: Tipos de integração vertical.

Fonte: Krajewski & Ritzman, 1999.

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Porter (1986) afirma que algumas características são diferentes nas

integrações. Na integração para frente destacam-se os seguintes pontos:

Acesso aos canais de distribuição.

Melhor acesso às informações do mercado.

Maior facilidade em diferenciar um produto.

Já na integração para trás destacam-se os seguintes aspectos:

O conhecimento patenteado.

A diferenciação.

Ainda de acordo com Vasconcellos (2002), alguns fatores podem explicar a

adoção de uma postura de verticalização:

Redução de custos – é dividida em três tipos: custos de coordenação, custos

de distribuição e custos de processo.

Mecanismo de aproximação com o cliente – venda diretas ao consumidor, ou

seja, ficando mais perto do consumidor final.

Proteção em atividades específicas – tentativa em manter sigilo sobre as

competências essenciais, como por exemplo, tecnologias, conhecimentos e

processos que diferenciam e fazem a empresa única.

Intenção de crescimento – quando a empresa decide adicionar uma outra

atividade à sua cadeia produtiva.

Segurança no fornecimento – a verticalização permite maior controle no que

diz respeito a qualidade e preço, atendimento ao consumidor e escoamento

da produção.

A integração vertical é diferente em cada empresa e pode ocorrer em

diferentes graus, podendo ser de integração total, integração parcial e quase-

integração. Na integração total, a empresa controla toda sua cadeia de suprimentos;

na integração parcial a empresa produz somente uma parte do que necessita e

controla o resto; e a quase-integração seria ter acesso às vantagens da integração

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sem arcar com os custos por conta de alianças inter-organizacionais (PORTER,

1986).

Para se verticalizar, uma empresa deve estar bem estruturada e bem

preparada para as possíveis consequências administrativas e econômicas.

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4 GRUPO EBX

O Grupo EBX foi fundado em 1983 pelo seu atual presidente e Chief

Executive Officer (CEO) Eike Batista. Com sede no Rio de Janeiro, o Grupo se

destaca por atuar em diversas áreas da economia e estar em constante evolução,

visando dessa forma o desenvolvimento das operações de forma integrada e

estabelecendo a sinergia entre as empresas.

Dentre as companhias do Grupo, seis de destacam por estarem presentes no

Novo Mercado da BOVESPA: OGX (petróleo); MPX (energia); LLX (logística); MMX

(Mineração); OSX (indústria naval offshore) e CCX (mineração de carvão).

Outras sete companhias compõem o Grupo: AUX (mineração de ouro); REX

(desenvolvimento imobiliário); SIX (tecnologia); IMX (esportes e entretenimento);

NRX Newrest (catering aéreo e ferroviário); Mr. Lam (restaurante chinês) e Pink

Fleet (navio destinado a eventos).

Figura 1: Logotipo do Grupo EBX.

Fonte: EBX, 1998.

4.1 OGX

Criada em 2007, a OGX atua na exploração e produção de óleo e gás natural,

sendo a maior empresa privada do setor no Brasil. A OGX possui 34 blocos

exploratórios (30 no Brasil e 4 na Colômbia), além de um portfólio com recursos

potenciais estimados em 10,8 bilhões de barris de óleo equivalente.

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Desde a sua criação, a empresa investiu mais de R$ 9 bilhões em suas

atividades, tendo como um dos marcos mais importante o início da produção de

petróleo em Janeiro de 2012 na Bacia de Campos (OGX, 2012).

4.2 MPX

A MPX é a empresa de energia do Grupo EBX, com negócios

complementares em geração elétrica e exploração e produção de gás natural na

América do Sul. A empresa possui um portfólio de empreendimentos de geração

térmica com capacidade de 14.000 Megawatts (MW) (MPX, 2012).

4.3 LLX

Criada em 2007, a LLX é a empresa de logística do Grupo EBX, atuando com

terminais portuários de uso misto e de grande capacidade. Os empreendimentos da

empresa estão estrategicamente localizados na Região Sudeste do Brasil, como por

exemplo, o Superporto do Açu, maior investimento em infraestrutura portuária das

Américas e localizado em São João da Barra, no Estado do Rio de Janeiro (LLX,

2012).

4.4 MMX

A MMX é a empresa de mineração do Grupo EBX, com operações em jazidas

de minério de ferro em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Chile, com capacidade

para produzir 10,8 milhões de toneladas de minério de ferro por ano.

Em Minas Gerais a MMX possui o Sistema Sudeste, composto pelas

unidades Serra Azul e Bom Sucesso. Na Unidade Serra Azul será implantada uma

usina capaz de produzir 29 milhões de toneladas de minério de ferro a partir de

2014. Já a Unidade Bom Sucesso está em fase de licenciamento ambiental e prevê

a implantação de uma mina capaz de produzir 10 milhões de toneladas de minério

de ferro por ano. No Mato Grosso do Sul, o Sistema Corumbá é operado desde 2006

com a capacidade de produzir até 2,1 milhões de toneladas de minério de ferro por

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ano. A produção é vendida para Siderúrgicas brasileiras e o restante é exportado

para diversos países.

No Chile, em Copiapó, a MMX está em fase de desenvolvimento de um

projeto no qual será capaz de produzir 10 milhões de toneladas de minério de ferro

por ano a partir de 2016.

Outro projeto da MMX é a construção do Superporto Sudeste em Itaguaí no

Estado Rio de Janeiro. Será um terminal portuário privativo de uso misto dedicado à

movimentação de minério de ferro. O Superporto Sudeste é a menor distância entre

o quadrilátero ferrífero de Minas Gerais e o mar, o que facilitará as ações da MMX

para a exportação (MMX, 2012).

4.5 OSX

Criada em 2009, a OSX é a empresa de indústria naval e offshore do Grupo

EBX. A empresa surgiu por conta da forte expansão da indústria de óleo e gás no

Brasil e da demanda por produtos e serviços geradas pela OGX. Para suprir a

demanda por equipamentos e serviços para o setor, a OSX estrutura suas atividades

em três frentes de negócio: leasing, construção naval e serviços operacionais.

No Complexo Industrial do Superporto do Açu em São João da Barra, se

localizará a Unidade de Construção Naval (UCN), levando em consideração as

diversas vantagens competitivas, como por exemplo, a sinergia logística com os

outros empreendimentos em implantação no Açu, siderúrgicas e a proximidade com

as principais regiões produtoras de óleo e gás (OSX, 2012).

4.6 CCX

A CCX é a empresa de mineração de carvão do Grupo EBX. Criada em Maio

de 2012, a CCX na Colômbia, em La Guajira, o Projeto Integrado de Mineração

(PIM), que compreende na produção de até 35 milhões de toneladas anuais de

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carvão térmico, além da solução logística para o transporte do mineral através de

uma ferrovia e um porto de águas profundas com carregamento direto (CCX, 2012).

4.7 AUX

Criada em 2010, a AUX é a empresa de mineração de ouro do Grupo EBX. A

empresa possui minerários na região de La Bodega e California-Vetas, na Colômbia

(EBX, 2012).

4.8 REX

Criada em 2008, a REX é a empresa de segmento imobiliário do Grupo EBX.

A empresa entrou em operação no ano de 2011 focada no desenvolvimento de

projetos urbanísticos e investimentos em ativos imobiliários para venda e realizando

obras em escala nacional, direcionadas principalmente para o Estado do Rio de

Janeiro.

Entre as obras e projetos da empresa estão: Gloria Palace Hotel, bairro

planejado em São João da Barra, MDX Medical Center, R3X Corporate Leblon e

Hotel Parque do Flamengo (REX, 2012).

4.8.1 Bairro planejado em São João da Barra

É um projeto de expansão urbana da cidade de São João da Barra através de

um bairro planejado e sustentável. O projeto ainda está em fase de desenvolvimento

e prevê que seja construído integrando a cidade urbana às áreas mais afastadas

(REX, 2012).

4.8.2 MDX Medical Center

Localizado na Barra da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro, o MDX Medical

Center foi inaugurado em 2009 e conta com uma vasta infraestrutura na área de

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saúde. Com 11.000 m² de área construída, o empreendimento conta com

consultórios, especialistas e laboratório de análises clínicas (MDX, 2012).

4.8.3 R3X Corporate Leblon

Localizado no Leblon, na cidade do Rio de Janeiro, o R3X Corporate Leblon é

um empreendimento corporativo, com 16 unidades de 173,69 m² a 502,89 m². Todas

as unidades são para locação, podendo ser personalizadas pelas empresas e com a

possibilidade de junções (chegando até 1.280,29 m²) (R3X, 2012).

4.9 SIX

Criada em 2011, a SIX é a empresa de tecnologia do Grupo EBX e surgiu a

partir da aquisição do controle da AC Engenharia, empresa líder e com experiência

no mercado nacional e com foco nos setores de operação de óleo e gás. A empresa

iniciou as atividades na área de automação industrial buscando sinergia com as

outras empresas do Grupo (EBX, 2012).

4.10 NRX NEWREST

Criada em 2011, a NRX Newrest é uma joint venture do Grupo EBX e da

Newrest. A empresa atua nos setores de catering aéreo e ferroviário, prestando

serviços de alimentação e apoio operacional offshore e onshore, limpeza e

hospitalidade (EBX, 2012).

4.11 PROJETOS PATROCINADOS

O Grupo EBX também patrocina e investe em ações dos mais variados

segmentos: cultura, esporte, meio ambiente e segurança pública.

Dentre os projetos patrocinados destacam-se: RJX (equipe de Vôlei); atletas

do Vôlei de Praia (Maria Clara, Carolina e Pedro Solberg); Bruno Senna (piloto de

Fórmula 1); parques e Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs);

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Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs); recuperação ambiental da Lagoa Rodrigo

de Freitas e diversos filmes nacionais (Suprema Felicidade, Heleno e Cinco Vezes

Favela) (EBX, 2012).

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5 O GRUBO EBX E OS EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS

O Grupo EBX se caracteriza por ter empreendimentos e projetos em diversos

setores econômicos, o Grupo busca as melhores oportunidades para investir seu

capital humano e financeiro. O Grupo EBX comprovando cada vez mais a sua

vocação empreendedora e acreditando no potencial brasileiro, passou a investir em

projetos que têm uma ligação direta com o turismo, diversificando cada vez mais a

sua área de atuação.

5.1 HOTEL GLORIA

O Hotel Gloria faz parte da história do Brasil e do Rio de Janeiro, pois começa

paralelamente a um importante acontecimento brasileiro, o centenário da

Independência. O Presidente da época, Epitácio Pessoa, pediu a idealização de um

projeto que oferecesse luxo, requinte, sofisticação e excelência nos serviços para

hospedar as delegações estrangeiras convidadas para os festejos deste importante

acontecimento. Os responsáveis pelo projeto e pela construção foram o empresário

Rocha Miranda e o projetista francês Joseph Gire, o mesmo idealizador do Palácio

das Laranjeiras e do Copacabana Palace.

A inauguração do Hotel ocorreu em 15 de Agosto de 1922 e foi um marco na

história hoteleira do Brasil, já que foi o primeiro hotel 5 estrelas e considerado o

primeiro prédio de concreto armado no país. Com uma localização estratégica (antes

mesmo da construção do Aterro do Flamengo), no bairro da Glória, o Hotel fica a

poucos metros do mar, tendo uma das mais impressionantes vistas do Pão de

Açúcar, da Baía de Guanabara e do Corcovado, além de ficar próximo ao Palácio do

Catete, sede do governo federal na época. O Hotel também teve uma importância

política enorme no Brasil e no Rio de Janeiro, além do então presidente Epitácio

Pessoa ter participado de sua inauguração, o Hotel hospedou 19 presidentes, como

por exemplo, Getúlio Vargas, Ernesto Geisel, Juscelino Kubitschek, José Sarney,

Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.

O charme e o glamour do hotel atraíram grandes astros do cinema, televisão

e música, políticos e outras personalidades da mídia, servindo tanto como

hospedagem quanto como moradia em determinados momentos.

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O engenheiro italiano Arturo Brandi adquiriu o Hotel Gloria em 1949 e passou

a administrá-lo juntamente com o seu sócio, Eduardo Patajós, que futuramente

assumiu o comando do hotel de forma integral.

Na década de 90 alguns fatos importantes aconteceram com o Hotel Gloria,

como em 1995 quando o hotel entrou para o Guiness como o maior em número de

quartos de todo o país; em 1997 um processo de reforma e modernização

transformou-o em o primeiro hotel completamente informatizado do Rio de Janeiro;

já em 1998, o empresário Eduardo Tapajós que administrou o Hotel por meio século

faleceu, tendo sua falecida Maria Clara Tapajós como a nova administradora.

Já em 2008, um novo fato na história de um dos mais importantes hotéis

brasileiros, o Grupo EBX presidido pelo empresário Eike Batista adquiriu o Hotel

Gloria que teve o seu nome mudado para Gloria Palace Hotel e está fechado desde

então para obras de modernização e revitalização, com a sua reinauguração

prevista para o ano de 2014 (HOTEL GLORIA RIO, 2012).

Figura 5: Hotel Gloria recém-inaugurado.

Fonte: O Globo, 2012.

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5.1.1 O Novo Hotel Gloria, ou Gloria Palace Hotel

O Gloria Palace Hotel tem uma localização privilegiada, localizado próximo

aos principais pontos turísticos e aos principais centros de negócios e comerciais da

cidade. A REX (empresa de desenvolvimento imobiliário do grupo EBX) é a

responsável pelas obras de revitalização e modernização do hotel que contará com

346 quartos, 2 suítes presidenciais com 300 m² cada, áreas de lazer, restaurantes,

lojas de grife, lobbybar, skylounge bar, SPA, academia, salão de beleza,

estacionamento coberto para 150 veículos e ballroom para a realização de eventos

sociais e corporativos. Já no último andar, haverá uma piscina com vista panorâmica

para a Baía de Guanabara, com estrutura de apoio (bar e restaurante) e fundo de

vidro transparente que terá vista interna pelo lobby.

O projeto de reforma do cinco estrelas Gloria Palace Hotel foi assinado pelo

arquiteto Hamilton Casé, já o projeto de design e interiores tem um estilo

contemporâneo e está sendo desenvolvido por Jeffrey Beers, arquiteto americano

responsável por trabalhos realizados em grandes hotéis do mundo, como, por

exemplo, o Tokyo Hilton e o Fontainebleau, em Miami.

A inauguração do Gloria Palace Hotel vem em um momento que o Brasil e o

Rio de Janeiro precisam de novas opções de hospedagem. Com o desenvolvimento

brasileiro e a realização de grandes eventos, é cada vez maior a necessidade de

hotéis para suprir esta demanda, fazendo com que esses novos 346 quartos sejam o

pontapé inicial para a construção de novos e bons hotéis (HOTEL GLORIA RIO,

2012)

.

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Figura 6: Projeto do novo Gloria Palace Hotel.

Fonte: Hotel Gloria Rio, 2012.

5.2 MARINA DA GLÓRIA

Localizada no Parque do Flamengo, próxima ao Centro e a Zona Sul do Rio

de Janeiro, a Marina da Glória é um dos portos mais modernos e importantes da

cidade. Em 2009 o grupo EBX obteve a concessão para revitalização e

administração da Marina, complexo portuário com uma infraestrutura completa de

apoio às embarcações turísticas, desportivas e para a realização de grandes

eventos.

A Marina da Glória ainda possui lojas especializadas em material náutico,

lojas, restaurantes, estacionamento para usuários e convidados, cursos de pesca,

mergulho e vela e ainda um tanque com profundidade de 5 metros para aulas

práticas. O complexo também conta com orla para embarcações de até 150 pés, 2

pavilhões de eventos, 1 auditório e uma área de 12.000 m² para a realização de

eventos outdoor.

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O pavilhão de eventos 1 possui 3.000 m² de área coberta, vista panorâmica

para a enseada e capacidade para até 3.500 pessoas; o pavilhão de eventos 2 se

localiza no pontal da Marina da Glória e possui 1.100 m² de área coberta, 3 tendas

de apoio com 100 m² cada, mais de 1.000 m² de área ao ar livre, e capacidade para

até 800 pessoas em formato jantar e até 1.000 pessoas para coquetel com palco e

pista de dança; já o auditório possui estacionamento, ar condicionado, copa e

cozinha de apoio, sala de reuniões e espaço para até 180 pessoas (MARINA DA

GLÓRIA, 2012).

A Marina da Glória possui importância para o turismo náutico e para a

realização de eventos. Muitas agências utilizam o local para a chegada e partida de

barcos com turistas para locais como a Região dos Lagos e Costa Verde. Já em

relação aos eventos, a Marina da Glória é responsável por sediar dos mais diversos

portes e tipos, como por exemplo, festas de formatura, shows, congressos e mais

recentemente o sorteio dos grupos das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2014

(PORTAL 2014, 2012).

Figura 7: Marina da Glória.

Fonte: Rio Film Comission, 2012.

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5.3 PINK FLEET

O Pink Fleet é um barco pertencente ao Grupo EBX sendo destinado para a

realização de eventos sociais e corporativos. Inaugurado em 2007, o barco tem 54

metros, capacidade para 450 pessoas em dias de eventos e 6 ambientes. Os

ambientes se dividem em Convés Lagoa (sendo divido em Salão Corcovado com 78

lugares e Salão Pão de Açúcar com 36 lugares), Convés Copacabana (tendo uma

área externa com bar com 76 lugares e o Salão Maracanã com 101 lugares),

Convés Ipanema (uma área externa com bar) e o Convés Leblon (uma área externa

com capacidade para 66 pessoas) (PINK FLEET, 2012)

O Pink Fleet ainda possui outras finalidades além da realização de eventos,

turistas e cariocas podem usar o barco para passear pela orla do Rio de Janeiro e

pela Baía de Guanabara e ainda almoçar e jantar com uma das mais belas vistas, já

que o barco fica ancorado na Marina da Glória.

Figura 8: Pink Fleet.

Fonte: Pink Fleet, 2012.

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5.4 MR. LAM

O Mr. Lam é um restaurante especializado em comida chinesa localizado no

Jardim Botânico e pertencente ao Grupo EBX. O nome do restaurante é o mesmo

que o chefe de sua cozinha, Mr. Lam. Nascido na China, ele começou a trabalhar

em restaurantes com 17 anos em Hong Kong, mas a sua história no mundo da

gastronomia começou a mudar aos 22 anos, em 1968, quando foi convidado para

assumir a cozinha do restaurante Mr. Chow que estava sendo inaugurado em

Londres. Com o sucesso, o Mr. Chow abriu uma filial em Nova York no ano de 1979

com o Mr. Lam à frente da cozinha do estabelecimento, onde permaneceria até

2005.

O primeiro contato de Mr. Lam com Eike Batista aconteceu em Nova York,

onde o empresário freqüentou o restaurante Mr. Chow e pedia repetidamente

determinado prato, o chef então decidiu matar a curiosidade e conhecer o cliente. As

conversas e negociações seguiram por alguns anos, mas só foram finalizadas

depois de o chef conhecer o Rio de Janeiro. Segundo Eike, Mr. Lam faz a melhor

comida do mundo. Em 2006 o Mr. Lam foi inaugurado no Rio de Janeiro com uma

cozinha composta por funcionários vindos de Hong Kong e com uma estrutura ótima

para o funcionamento diário e a realização de eventos. O restaurante tem 3 andares

com capacidade para até 170 pessoas sentadas; para coquetéis o ambiente

comporta 150 pessoas no terraço, 30 pessoas no mezanino e 150 pessoas no

térreo; uma infra-estrutura com salões para até 100 pessoas, salas reservadas de 4

a 30 lugares, lounge e bar. O restaurante possui configurações especiais para a

realização de apresentações, confraternizações, degustações, desfiles, palestras e

reuniões de conselho, além de ter decoração e monumentos chineses que fazem

com que as pessoas sintam um pedacinho da China aqui no Brasil (MR. LAM, 2012).

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Figura 9: Mr. Lam.

Fonte: Mondovinho, 2012.

5.5 IMX

Em 2011 o grupo EBX e a IMG Worldwide se uniram e criaram a joint venture

IMX, para atuar nos setores de esporte e entretenimento. Com escritórios em 4

metrópoles globais (Rio de Janeiro, São Paulo, Nova Iorque e Londres), a IMX surge

com uma proposta inovadora para a realização de grandes eventos, principalmente

no segmento esportivo. Os eventos realizados pela IMX têm uma amplitude global e

movimentam a economia e o fluxo turístico em seus locais de realização.

Os principais eventos realizados pela IMX são nos seguintes esportes: golfe,

vela, natação, triathlon, futevôlei, skate, Mixed Martial Arts (MMA), ou Artes Marciais

Mistas, motocross e tênis. Dentre esses esportes se destaca o Ultimate Fighting

Championship (UFC), evento de MMA que é um dos esportes que mais cresce no

país e cada vez mais atrai a atenção e a paixão dos telespectadores. A IMX é

responsável pela realização do UFC no Brasil, que desde 2011 já desembarcou no

Brasil por 5 vezes (3 eventos no Rio de Janeiro, 1 evento em São Paulo e 1 evento

em Belo Horizonte), por conta do crescimento econômico brasileiro, a paixão das

pessoas pelo esporte e o já reconhecido talento dos lutadores brasileiros. O impacto

desses 5 eventos no Brasil foi enorme, de acordo com a empresa de consultoria

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independente Applied Analysis (2012) o primeiro UFC Rio realizado em Agosto de

2011 teve um impacto de US$ 41,6 milhões no município para um público de pouco

mais de 14 mil pessoas na HSBC Arena. E ainda, segundo a Associação Brasileira

da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro (ABIH-RJ), o primeiro UFC Rio foi

responsável por uma taxa de ocupação de 96% nos hotéis da Barra e uma boa

porcentagem nos hotéis da Zona Sul.

Figura 10: UFC Rio 2011.

Fonte: Veja, 2012.

Duas transações foram feitas pela IMX no ano de 2012, a primeira foi a

compra de 50% da marca Rock in Rio, um dos maiores eventos de música do

mundo, tendo como principal objetivo levar o evento a outros locais da Europa e

entrar nos mercados asiáticos e norte-americanos. Atualmente o evento é realizado

no Rio de Janeiro, Buenos Aires, Lisboa e Madrid. O impacto de um evento como o

Rock in Rio é enorme, um estudo realizado pela Empresa de Turismo do Município

do Rio de Janeiro (Riotur) antes da edição de 2011 previa um impacto econômico de

cerca de US$ 376.516.790, com uma taxa de ocupação hoteleira entre 88% e 92%.

Somando todos os dias de evento, o público total foi de 700 mil pessoas, das quais

45% são turistas de fora do Estado e 55% são do Estado do Rio de Janeiro.

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Figura 11: Rock in Rio 2011.

Fonte: G1, 2012.

A segunda foi a parceria com o Cirque du Soleil para a criação da IMX Arts,

com cada uma das partes tendo 50% de participação no novo empreendimento. A

empresa terá sede no Rio de Janeiro e terá os direitos pela realização dos

espetáculos do grupo na América do Sul. O Cirque du Soleil foi criado em Quebec,

no Canadá, no ano de 1984 por 20 artistas de rua e hoje conta com cerca de 5 mil

colaboradores, incluindo mais de 1.300 artistas performáticos de aproximadamente

50 países. O espetáculo do Cirque du Soleil é conhecido mundialmente, mais de 100

milhões de pessoas em 300 cidades de 40 países já assistiram às apresentações.

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Figura 12: Cirque du Soleil.

Fonte: Circuito MT, 2012.

5.6 HOTEL PARQUE DO FLAMENGO

Em Janeiro de 2012, a REX (empresa de desenvolvimento imobiliário) teve a

proposta para locação e reforma do edifício Hilton Santos, no Flamengo. O projeto

visa a conversão do prédio em um hotel, que deverá se chamar Parque do

Flamengo. É previsto a construção de 454 quartos, área de lazer, lojas,

restaurantes, piscina, salas de reunião e garagem, sob um investimento previsto de

R$ 100 milhões (além dos R$ 17,6 milhões investidos inicialmente pelo Grupo EBX)

e projeto do escritório de arquitetura Paulo Casé.

O prédio pertencente ao Clube de Regatas do Flamengo passará por um

amplo processo de modernização e será locado por 25 anos renovável por mais 25

anos, com a previsão de ficar pronto até as Olimpíadas de 2016 (EBX, 2012).

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5.7 MUSEU DAS MINAS E DO METAL

Localizado na cidade de Belo Horizonte, o Museu das Minas e do Metal foi

inaugurado em 2010 através de uma parceria entre o Grupo EBX e o Governo do

Estado de Minas Gerais sob um investimento de R$ 25 milhões. O Museu foi

desenvolvido com projeto arquitetônico de Paulo Mendes da Rocha e museográfico

de Marcello Dantas, com o objetivo de divulgar a importância econômica, cultural e

social dos minérios e metais na história do Brasil. O prédio onde o museu está

instalado data do século XIX e foi tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio

Histórico e Artístico – IPHEA (MUSEU DAS MINAS E METAL, 2012).

Figura 13: Museu das Minas e do Metal.

Fonte: Museu das Minas e do Metal, 2012.

5.8 O NOVO MARACANÃ

Após a reforma do Estádio Mario Filho (Maracanã), o Governo do Estado do

Rio de Janeiro pretende realizar uma licitação e entregar a administração do local

para a iniciativa privada, o que já despertou o interesse do Grupo EBX. O Grupo

planeja participar da empreitada através da IMX e administrar o novo complexo ou

atuar de forma conjunta com Fluminense e Flamengo. Para que o negócio se torne

rentável e tenha novas opções além do futebol, o Grupo EBX pretende que o novo

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Maracanã se torne uma arena multiuso com museus, shoppings e outras alternativas

de entretenimento (MONTEIRO, 2012)

5.9 VIAGENS CORPORATIVAS

O Grupo EBX assim como qualquer outra grande empresa realiza viagens

corporativas para reuniões e negócios relacionados ao Grupo. Para que estas

viagens sejam realizadas, a empresa responsável pela logística do Grupo EBX

disponibiliza 23 colaboradores (além de outros 12 funcionários do Grupo EBX

trabalhando em parceria), atendendo ao Grupo 24 horas e 7 dias por semana. O

volume de vendas de viagens do Grupo EBX é de aproximadamente US$ 2 milhões

mensais, o que corresponde a uma média de quatro mil transações por mês,

incluindo compra de bilhete aéreo, rodoviário, reservas de hotéis, carros e outros

serviços prestados (VERTICCHIO, 2012).

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6 ANÁLISE E CONCLUSÕES DO GRUPO EBX E A CADEIA

PRODUTIVA DO TURISMO

O Grupo EBX se caracteriza por atuar em diversos segmentos da economia.

O turismo é um desses segmentos em que o Grupo vem investindo nos últimos

anos, estando presente em mais de um segmento da atividade turística, como por

exemplo, hotelaria, transporte, gastronomia, eventos, entretenimento e cultura.

Os empreendimentos turísticos do Grupo EBX (Gloria Palace Hotel, Hotel

Parque do Flamengo, Marina da Glória, Pink Fleet, Mr. Lam, IMX e o projeto

patrocinado do Museu das Minas e do Metal) estão presentes no setor terciário da

economia, na categoria de serviços. Assim como o turismo, se caracterizam pela

intangibilidade, perecibilidade, indivisibilidade, complementaridade, altos custos fixos

e intensa participação humana.

De acordo com Lage e Milone (2001) e Beni (2007), o produto turístico é

formado pelo conjunto de bens e serviços relacionados a qualquer atividade

turística, ou por um conjunto de subprodutos. Esse conjunto de bens e serviços, ou

subprodutos, seriam caracterizados pelos seguintes componentes: meios de

hospedagem, transportes, alimentação e entretenimentos. O Grupo EBX está

presente em cada um desses componentes (Quadro 1).

Meios de Hospedagem

Gloria Palace Hotel

Hotel Parque do Flamengo

Transportes

Marina da Glória

Pink Fleet

Alimentação

Mr. Lam

Entretenimento

Marina da Glória

Pink Fleet IMX

Museu das Minas e do Metal

Quadro 1: Produto turístico e o Grupo EBX.

Fonte: Elaboração própria.

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Para o funcionamento da atividade turística é preciso a participação de quatro

elementos: demanda, oferta, espaço geográfico e operadores de mercado (OMT,

2001). O Grupo EBX e os seus empreendimentos se encaixam nesses elementos,

sendo nesse caso, o próprio Grupo o principal operador de mercado (Quadro 2).

Demanda

Consumidores

Oferta

Gloria Palace Hotel

Hotel Parque do Flamengo Marina da Glória

Pink Fleet Mr. Lam

IMX Museu das Minas e do Metal

Espaço geográfico

Locais onde se encontram os empreendimentos do Grupo

Locais onde são realizados os eventos promovidos pelo Grupo

Operadores de mercado

Grupo EBX

Quadro 2: Elementos da atividade turística e o Grupo EBX.

Fonte: Elaboração própria.

Dentre os segmentos propostos pelo Ministério do Turismo (2008) para o

planejamento do mercado, os empreendimentos turísticos do Grupo se encaixam em

todos os segmentos (Quadro 3).

Ecoturismo

Gloria Palace Hotel

Hotel Parque do Flamengo

Turismo Náutico

Gloria Palace Hotel

Hotel Parque do Flamengo Pink Fleet

Marina da Glória

Turismo Cultural

Gloria Palace Hotel

Hotel Parque do Flamengo Museu das Minas e do Metal

IMX

Turismo de Aventura

Gloria Palace Hotel Hotel Parque do Flamengo

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Turismo de Negócios e Eventos

Gloria Palace Hotel

Hotel Parque do Flamengo Pink Fleet

Marina da Glória Mr. Lam

IMX

Turismo de Esportes

Gloria Palace Hotel

Hotel Parque do Flamengo Marina da Glória

IMX

Turismo de Saúde e Bem-Estar

Gloria Palace Hotel

Hotel Parque do Flamengo

Turismo de Pesca

Gloria Palace Hotel

Hotel Parque do Flamengo Marina da Glória

Turismo Rural

Gloria Palace Hotel

Hotel Parque do Flamengo

Turismo de Sol e Praia

Gloria Palace Hotel

Hotel Parque do Flamengo

Turismo de Estudos e Intercâmbio

Gloria Palace Hotel

Hotel Parque do Flamengo

Turismo Social

Gloria Palace Hotel

Hotel Parque do Flamengo

Quadro 3: Segmentação turística e o Grupo EBX.

Fonte: Elaboração própria.

O Gloria Palace Hotel e o Hotel Parque do Flamengo se encaixam em todos

os segmentos, visto que é possível o turista estar envolvido em um dos tipos

propostos pela segmentação e ao mesmo tempo se hospedar em uma destes

hotéis. Existe também a possibilidade de utilização dos empreendimentos que não

estejam diretamente relacionados ao segmento, mas a idéia principal é analisar as

empresas que se encaixam de forma direta no segmento.

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Para que estes segmentos funcionem é necessária a atuação de uma cadeia

produtiva. De acordo com a CNI (1998), a cadeia produtiva do turismo envolve os

segmentos diretamente relacionados (marketing e serviços turísticos, agenciamento

de viagens, transporte, hotelaria, gastronomia, entretenimento e lazer, eventos e

conferências, atrações culturais e ecológicas), os setores auxiliares de infraestrutura

básica e serviços públicos (abastecimento de água e energia, saneamento, saúde,

segurança e telecomunicações) e o comércio (produtos que os turistas venham a

precisar ou queiram comprar). Os empreendimentos turísticos do Grupo EBX se

encaixam nos segmentos diretamente relacionados, mas para que funcionem é

necessária a participação dos demais componentes da cadeia produtiva (Quadro 4).

Segmentos diretamente relacionados

Gloria Palace Hotel

Hotel Parque do Flamengo Marina da Glória

Pink Fleet Mr. Lam

IMX Museu das Minas e do Metal

Setores auxiliares de infraestrutura básica e serviços públicos

Abastecimento de água

Abastecimento de energia Saneamento

Saúde Segurança

Telecomunicações

Comércio

Shoppings Souvenirs Farmácia

Lojas de rua Ambulantes

Quadro 4: Cadeia produtiva do turismo e o Grupo EBX.

Fonte: Elaboração própria.

Já segundo o SEBRAE (2010), a cadeia produtiva do turismo é explicada

através da estruturação de setores líderes, serviços relacionados, indústrias

relacionadas e atividades de apoio. Nos setores líderes (Figura 14) se localizam os

empreendimentos turísticos do Grupo EBX (Quadro 5).

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Figura 14: Setores líderes na cadeia produtiva do turismo.

Fonte: SEBRAE, 2010.

Hospedagem

Gloria Palace Hotel Hotel Parque do Flamengo

Promoção de eventos

Gloria Palace Hotel

Hotel Parque do Flamengo Marina da Glória

Alimentação

Mr. Lam

Entretenimento

Marina da Glória

Pink Fleet Mr. Lam

IMX Museu das Minas e do Metal

Quadro 5: Setores líderes e o Grupo EBX

Fonte: Elaboração própria

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O SEBRAE (2010) define e detalha a cadeia produtiva do turismo de forma

mais abrangente, envolvendo a participação de diversos setores da economia. É

necessário o envolvimento e funcionamento dos serviços relacionados, das

indústrias relacionadas e das atividades de apoio (Figura 15) para que o os

empreendimentos turísticos do Grupo EBX trabalhem de forma eficiente e eficaz.

Figura 15: Serviços relacionados, indústrias relacionadas e atividades de apoio.

Fonte: SEBRAE, 2010.

Os grandes eventos promovidos pela IMX, como por exemplo, o UFC, o Rock

in Rio e o Cirque du Soleil, tornam essa cadeia produtiva mais ampla e mais visível.

Diversos setores da economia são fundamentais para a realização destes grandes

eventos, fazendo com que outras cadeias produtivas estejam inseridas dentro da

cadeia produtiva do turismo, assim como a cadeia produtiva do turismo também está

inserida nestas outras cadeias produtivas. Esse fato mostra a importância e o

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impacto da atividade turística na economia. O turismo não movimenta somente o

setor em si, mas também diversos setores econômicos com impactos indiretos e

induzidos, essa é a dinâmica econômica do turismo.

Muitas empresas desejam ampliar a participação na cadeia produtiva,

crescer, se expandir, se desenvolver e aumentar o lucro. Para que isso ocorra, a

verticalização é o objetivo de muitas delas, seja através da integração para trás

(Figura 15), através da integração para frente (Figura 16) ou através de ambos.

Figura 15: Integração para trás.

Fonte: Krajewski & Ritzman, 1999.

Figura 16: Integração para frente.

Fonte: Krajewski & Ritzman, 1999.

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Como já foi visto na figura 15, a integração para trás ocorre quando a

empresa passa a desempenhar fases ou atividades do seu processo que antes eram

feitas por seus fornecedores, já a integração para frente (Figura 16) ocorre quando a

empresa se desloca em direção aos seus clientes.

Na verticalização as empresas pretendem alcançar alguns pontos

característicos. Na integração vertical para trás as empresas anseiam ter acesso ao

conhecimento patenteado e à diferenciação. Já na integração vertical para frente as

empresas desejam ter acesso aos canais de distribuição, melhor acesso às

informações do mercado e maior facilidade em diferenciar os produtos (Porter,

1986).

As empresas ao adotarem uma postura de verticalização têm a intenção de

alcançar alguns objetivos, como por exemplo, redução de custos, mecanismo de

aproximação com o cliente, proteção em atividades específicas. Intenção de

crescimento e segurança no fornecimento.

Na atividade turística, a CVC é um exemplo de empresa que se verticalizou

através da integração para trás e da integração para frente. A CVC é uma operadora

de turismo que possui agências para se relacionar diretamente com os clientes

(integração para frente) e possui hotéis, empresa de transporte e recentemente

possuía uma companhia aérea (antes desta ser vendida) fazendo o papel dos

fornecedores (integração para trás).

6.1 A VERTICALIZAÇÃO DA CADEIA PRODUTIVA DO TURISMO

NO GRUPO EBX

Após a análise dos empreendimentos turísticos do Grupo EBX e as definições

e conceituações abordadas pelos autores, vem à tona a proposta de verticalização

turística no Grupo. Quando todos os empreendimentos estiverem em pleno

funcionamento, é possível que estes trabalhem de forma sinérgica e conjunta.

A proposta é que o Grupo EBX ofereça de forma conjunta os

empreendimentos turísticos para os clientes, ou seja, aproveite esta integração

vertical para trás que ocorreu de forma natural para que se integre verticalmente

para frente, fazendo com que o Grupo funcionasse como uma operadora de

receptivo.

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Com a integração vertical para frente, o Grupo EBX seria responsável por

grande parte dos serviços turísticos prestados para os seus clientes (Figura 17). Em

um exemplo, o Grupo realizaria um evento do Cirque du Soleil, venderia os

ingressos, hospedagem (Gloria Palace Hotel ou Hotel Parque do Flamengo) e ainda

um almoço no dia seguinte no Mr. Lam. Outro exemplo seria a realização de um

evento de negócios na Marina da Glória, hospedagem (Gloria Palace Hotel ou Hotel

Parque do Flamengo) e um evento festivo de encerramento do evento a bordo do

Pink Fleet.

Para uma maior abrangência e qualidade na operacionalização dos serviços,

um serviço de transfer seria criado para atender aos clientes.

Figura 17: Operações turísticas do Grupo EBX.

Fonte: Elaboração própria.

Com a verticalização será possível o Grupo EBX ter acesso aos canais de

distribuição e prestar um serviço de acordo com as necessidades e anseios dos

clientes e poder investir na diferenciação dos serviços prestados Pelo fato de já ter

uma série de empresas, o foco do Grupo seria se aproximar mais dos clientes

(integração vertical para frente), o que significa um investimento e um custo menor,

que possivelmente resultará em um maior retorno financeiro.

Outro ponto positivo e oportunidade de mercado será a ligação entre os

empreendimentos turísticos e os outros empreendimentos do Grupo. As empresas

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do Grupo EBX realizam reuniões e encontros com outras empresas (muitas destas

de outros países), que poderiam utilizar os serviços turísticos das empresas do

Grupo.

Com as chegadas dos grandes eventos, a verticalização também facilitaria o

acesso aos serviços por parte dos turistas e consumidores, permitindo uma maior

divulgação e abordagem dos empreendimentos turísticos do Grupo e fazendo com

que mais de um serviço seja vendido dentro do pacote.

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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A análise da cadeia produtiva do turismo nos leva a perceber o impacto da

atividade na economia como um todo, não apenas no turismo. Os elementos do

produto turístico atuam de forma direta nessa cadeia produtiva, mas também

influenciam diversas outras atividades, comprovando a dinâmica econômica do

turismo.

Já a verticalização é um assunto pouco abordado no turismo, o que foi um

fator desafiador para a pesquisa, porém o processo de integração vertical é uma

ferramenta importante para as empresas que buscam crescimento e

desenvolvimento, já que esta possibilita uma produção diferenciada e uma

aproximação com os consumidores.

Com o atual momento econômico brasileiro, o processo de integração vertical

é um caminho a ser adotado, mas as empresas têm que montar um bom plano de

negócios, estarem bem estruturadas administrativamente e estudarem o mercado

para que possas prosperar.

Pelo fato do Grupo EBX estar investindo em diversos segmentos dentro do

turismo e por ter em outros segmentos da economia as suas empresas atuando de

forma sinérgica, veio a proposta da integração vertical para frente criando uma

operadora do Grupo, ou seja, em direção aos consumidores. Dessa maneira o

Grupo teria um melhor acesso aos canais de distribuição e facilitaria os

investimentos em diferenciação, já que saberia quais os desejos dos consumidores

e quais as tendências de mercado.

Com a chegada dos grandes eventos (Copa das Confederações, Copa do

Mundo e Olímpiadas) a verticalização dos empreendimentos turísticos do Grupo

EBX seria mais uma maneira de facilitar a busca dos consumidores por serviços e

uma excelente oportunidade de mercado para o Grupo vender os seus serviços, já

que estes estariam sendo vendidos de forma conjunta, proporcionando uma maior

variedade e um melhor acesso aos consumidores.

Os grandes eventos também são uma oportunidade de negócio para as

empresas turísticas que já estão presentes em mais de um segmento da atividade

turística, ou até mesmo para aquelas empresas que não possuem uma atuação

diversificada no segmento, iniciarem o processo de integração vertical.

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O estágio que o Brasil e o turismo se encontram neste momento estimula

novos investimentos. O caminho tomado pelo Grupo EBX, de diversificar os

investimentos, poderá resultar em um retorno financeiro muito rápido e o processo

de integração vertical poderia acentuar ainda mais esse fato e prestar o serviço de

acordo com as vontades e necessidades dos consumidores.

Os principais objetivos do trabalho foram alcançados com a análise da cadeia

produtiva do turismo e a proposta de verticalização turística no Grupo EBX. Pelo fato

da verticalização ser pouco abordada no turismo, este seria um campo de grande

abrangência e importância a ser estudado.

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