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Universidade Federal Fluminense Internato Obrigatório Pediatria Caso Clínico Thays Clarindo Vitor Lobato Renan Ribeiro Leandro Maciel Bernardo Gosling Orientadora: Prof°. Ana Flávia Malheiros

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Universidade Federal FluminenseInternato Obrigatório Pediatria

Caso ClínicoThays ClarindoVitor LobatoRenan RibeiroLeandro MacielBernardo Gosling

Orientadora:

Prof°. Ana Flávia Malheiros

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Anamnese

GESC, 7 anos, sexo feminino, branca, natural de Córdoba (Argentina) e residente em Búzios há 5 anos.

Queixa Principal: “cansada”

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Anamnese

• HDA

• A mãe trouxe a criança para o serviço de emergência pediátrica porque observou que ela está apresentando respiração ofegante. Segundo a responsável, a paciente nunca apresentou esta sintomatologia, que teve início há cerca de 2 dias e vem se agravando nas últimas 12 horas. Procurou a emergência em Cabo Frio, onde não foi atendida sob a alegação de que “não havia pediatras” (sic). Nega quadro febril, história prévia de asma ou contato com produtos químicos ou tóxicos.

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Anamnese

• HDA

• A mãe trouxe a criança para o serviço de emergência pediátrica porque observou que ela está apresentando respiração ofegante. Segundo a responsável, a paciente nunca apresentou esta sintomatologia, que teve início há cerca de 2 dias e vem se agravando nas últimas 12 horas. Procurou a emergência em Cabo Frio, onde não foi atendida sob a alegação de que “não havia pediatras” (sic). Nega quadro febril, história prévia de asma ou contato com produtos químicos ou tóxicos.

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Anamnese

• HDA

• A mãe trouxe a criança para o serviço de emergência pediátrica porque observou que ela está apresentando respiração ofegante. Segundo a responsável, a paciente nunca apresentou esta sintomatologia, que teve início há cerca de 2 dias e vem se agravando nas últimas 12 horas. Procurou a emergência em Cabo Frio, onde não foi atendida sob a alegação de que “não havia pediatras” (sic). Nega quadro febril, história prévia de asma ou contato com produtos químicos ou tóxicos.

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Anamnese

HPP

Rubéola aos 4 anos; pneumonia aos 5 anos tratada ambulatorialmente;

Nega atopia ou alergia.

Afirmou que a vacinação está em dia, mas não trouxe o cartão.

H. Familiar

Nada digno de nota.

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Anamnese

Fisiológica

Pré-natal completo, sem intercorrências; nascida de parto vaginal, a termo, sem intercorrências; alta com a mãe em 48h.

DPM: andou com 11 meses; iniciou a fala com 14 meses; não se recorda dos demais marcos. Atualmente no 2º ano escolar com bom rendimento.

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Anamnese

•Alimentar

•Leite materno exclusivo até o 5º mês de vida. Atualmente se alimenta regularmente com dieta balanceada.

•Social

Reside em casa de alvenaria com 5 cômodos com os pais e um irmão de 9 anos; Vieram para o Brasil para montar uma loja de artesanato. Saneamento básico completo. Escolaridade dos pais: equivalente ao ensino médio. Renda familiar mensal de aproximadamente 5 salários mínimos.

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Exame Físico

Sinais Vitais:

FC= 148bpm FR= 38 irpm PA= 150X110

P= 32kg (> percentil 95)A= 123cm (percentil 75) IMC = 21,1Kg/m2

Ectoscopia:Paciente em regular estado geral, ansiosa, agitada, atendendo às solicitações verbais, mas não consegue falar por causa da falta de ar. Apresenta a pele fria e sudoreica.

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Exame Físico

Sinais Vitais:

FC= 148bpm FR= 38 irpm PA= 150X110

P= 32kg (> percentil 95)A= 123cm (percentil 75)IMC = 21,1Kg/m2 (> percentil 95)

Ectoscopia:Paciente em regular estado geral, ansiosa, agitada, atendendo às solicitações verbais, mas não consegue falar por causa da falta de ar. Apresenta a pele fria e sudoreica.

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Exame Físico

Cabeça e Pescoço

Ausência de massas ou cicatrizes. Turgência jugular em decúbito dorsal. Edema palpebral bilateral.

Aparelho Respiratório

MVUA com estertores subcrepitantes difusos e sibilos disseminados. Dispnéia moderada a intensa, com RIC, BAN e tiragem subcostal e de fúrcula

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Exame Físico

Cabeça e Pescoço

Ausência de massas ou cicatrizes. Turgência jugular em decúbito dorsal. Edema palpebral bilateral.

Aparelho Respiratório

MVUA com estertores subcrepitantes difusos e sibilos disseminados. Dispnéia moderada a intensa, com RIC, BAN e tiragem subcostal e de fúrcula

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Exame Físico

ACV

RCR em 3T (B3), com BNF, sem sopros.

Abdome

Flácido; fígado palpável a 4 cm do RCD; baço impalpável; peristalse reduzida.

Membros

Pulsos palpáveis; edema frio e com cacifo em membros inferiores até a região do joelho.

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Exame Físico

ACV

RCR em 3T (B3), com BNF, sem sopros.

Abdome

Flácido; fígado palpável a 4 cm do RCD; baço impalpável; peristalse reduzida.

Membros

Pulsos palpáveis; edema frio e com cacifo em membros inferiores até a região do joelho.

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Lista de Problemas Taquidispnéia com sinais de esforço respiratório Estertores subcrepitantes difusos e sibilos

disseminados B3 Turgência Jugular em decúbito Hepatomegalia Edema de MMII e Facial Taquicardia Pele Fria e sudoreica Peristalse diminuída Hipertensão Arterial Obesidade

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Lista de Problemas Taquidispnéia com sinais de esforço respiratório Estertores subcrepitantes difusos e sibilos

disseminados B3 Turgência Jugular em decúbito Hepatomegalia Edema de MMII e Facial Taquicardia Pele Fria e sudoreica Peristalse diminuída Hipertensão Arterial Obesidade

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Lista de Problemas Taquidispnéia com sinais de esforço respiratório Estertores subcrepitantes difusos e sibilos

disseminados B3 Turgência Jugular em decúbito Hepatomegalia Edema de MMII e Facial Taquicardia Pele Fria e sudoreica Peristalse diminuída Hipertensão Arterial Obesidade

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Lista de Problemas Taquidispnéia com sinais de esforço respiratório Estertores subcrepitantes difusos e sibilos

disseminados B3 Turgência Jugular em decúbito Hepatomegalia Edema de MMII e Facial Taquicardia Pele Fria e sudoreica Peristalse diminuída Hipertensão Arterial Obesidade

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Lista de Problemas Taquidispnéia com sinais de esforço respiratório Estertores subcrepitantes difusos e sibilos

disseminados B3 Turgência Jugular em decúbito Hepatomegalia Edema de MMII e Facial Taquicardia Pele Fria e sudoreica Peristalse diminuída Hipertensão Arterial Obesidade

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Lista de Problemas Taquidispnéia com sinais de esforço respiratório Estertores subcrepitantes difusos e sibilos

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Hipótese Diagnostica?

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Insuficiência Cardíaca Congestiva - ICC

Definição:

“Síndrome clínica complexa e progressiva, que pode

resultar de qualquer distúrbio funcional ou estrutural do coração que altere sua capacidade de enchimento e/ou ejeção e de manter um DC

adequado. Caracterizada clinicamente por dispnéia, fadiga, edema e redução da

sobrevida.”

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Insuficiência Cardíaca Congestiva - ICC

Classificação:

Sistólica x Diastólica

Esquerda x Direita

Alto Débito x Baixo Débito

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Insuficiência Cardíaca Congestiva - ICC

Fisiopatologia

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Lista de Problemas Taquidispnéia com sinais de esforço respiratório Estertores subcrepitantes difusos e sibilos

disseminados B3 Turgência Jugular em decúbito Hepatomegalia Edema de MMII e Facial Taquicardia Pele Fria e sudoreica Peristalse diminuída Hipertensão Arterial

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Lista de Problemas Taquidispnéia com sinais de esforço respiratório Estertores subcrepitantes difusos e sibilos

disseminados B3 Turgência Jugular em decúbito Hepatomegalia Edema de MMII e Facial Taquicardia Pele Fria e sudoreica Peristalse diminuída Hipertensão Arterial

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Lista de Problemas Taquidispnéia com sinais de esforço respiratório Estertores subcrepitantes difusos e sibilos

disseminados B3 Turgência Jugular em decúbito Hepatomegalia Edema de MMII e Facial Taquicardia Pele Fria e sudoreica Peristalse diminuída Hipertensão Arterial

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Insuficiência Cardíaca Congestiva - ICC

Sinais e Sintomas:

Insuficiência Esquerda

Dispnéia de esforçoDispnéia paroxística noturnaOrtopnéia / taquipnéia / Cheyne-StokesTosse / hemoptiseTerceira Bulha (galope)Estertores crepitantes basaisEdema pulmonar

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Insuficiência Cardíaca Congestiva - ICC

Sinais e Sintomas:

Insuficiência Esquerda

Dispnéia de esforçoDispnéia paroxística noturnaOrtopnéia / taquipnéia / Cheyne-StokesTosse / hemoptiseTerceira Bulha (galope)Estertores crepitantes basaisEdema pulmonar

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Insuficiência Cardíaca Congestiva - ICC

Sinais e Sintomas:

Insuficiência Direita Edema MMIIHepatomegalia / refluxo hepato-jugularAsciteDerrame PleuralEstase jugularTerceira bulha (VD)Dor abdominal / nausea / anorexia

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Insuficiência Cardíaca Congestiva - ICC

Sinais e Sintomas:

Insuficiência Direita Edema MMIIHepatomegalia / refluxo hepato-jugularAsciteDerrame PleuralEstase jugularTerceira bulha (VD)Dor abdominal / nausea / anorexia

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Exames Complementares

Radiografia de Tórax Eletrocardiograma Ecocardiograma Hemograma, VHS, eletrolitos,

glicemia, uréia, creatinina, EAS e gasometria arterial

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Exames Complementares Radiografia de Tórax

Aumento da área cardíaca Sinais de congestão venocapilar

pulmonar

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Exames Complementares

Eletrocardiograma Arritmia Hipertrofia ventricular

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Exames Complementares

Ecocardiograma Estrutural

Cardiopatias congênitas Miocardiopatias Valvulopatias

Funcional Dimensão das cavidades ventriculares Função sistólica e diastólica ventricular

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Exames Complementares

Hemograma, VHS, eletrolitos, glicemia, uréia, creatinina, EAS e gasometria arterial Afastar uma causa de origem sistêmica que tenha

desencadeado a descompensação como: Anemia Infecção Distúrbios metabólicos

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Hipertensão Arterial (Glomerulonefrite) Febre Reumática Miocardite Viral Tireotoxicose Hemocromatose-Hemossiderose Terapia para CA Anemia Falciforme Endocardite Cor pulmonale Cardiomiopatia (Hipertrófica, dilatada)

Insuficiência Cardíaca Congestiva Causas de ICC em Crianças e Adolescentes

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Hipertensão Arterial(Glomerulonefrite) Febre Reumática Miocardite Viral Tireotoxicose Hemocromatose-Hemossiderose Terapia para CA Anemia Falciforme Endocardite Cor pulmonale Cardiomiopatia (Hipertrófica, dilatada)

Insuficiência Cardíaca Congestiva Causas de ICC em Crianças e Adolescentes

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Lista de Problemas Taquidispnéia com sinais de esforço respiratório Estertores subcrepitantes difusos e sibilos

disseminados B3 Turgência Jugular em decúbito Hepatomegalia Edema de MMII e Facial Taquicardia Pele Fria e sudoreica Peristalse diminuída Hipertensão Arterial Obesidade

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Insuficiência Cardíaca Congestiva Causas de ICC em Crianças e Adolescentes

Hipertensão Arterial(Glomerulonefrite) Febre Reumática Miocardite Viral Tireotoxicose Hemocromatose-Hemossiderose Terapia para CA Anemia Falciforme Endocardite Cor pulmonale Cardiomiopatia (Hipertrófica, dilatada)

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Insuficiência Cardíaca Congestiva Causas de ICC em Crianças e Adolescentes

Hipertensão Arterial(Glomerulonefrite) Febre Reumática Miocardite Viral Tireotoxicose Hemocromatose-Hemossiderose Terapia para CA Anemia Falciforme Endocardite Cor pulmonale Cardiomiopatia (Hipertrófica, dilatada)

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TratamentoMedidas gerais• Repouso e sedação• Decúbito elevado 20 a 30°: redução da congestão pulmonar,

melhora da dinâmica respiratória. Previne aspiração.• Controle da temperatura corporal: evitar hipo e hipertermia.• Oxigenioterapia. (Cuidado na utilização de PEEP)• Controle da oferta hidrossalina• Nutrição: IC leva a quadro hipercatabolizante, sendo necessário

aporte calórico acima de 100 a 120cal/kg/dia.• Correção dos distúrbios ácido-básico e eletrolítico, anemia e

processos infecciosos associados.

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TratamentoTerapia Medicamentosa Suporte Inotrópico - casos agudos e mais graves, deve-

se priorizar o suporte inotrópico endovenoso (Dobutamina, Dopamina); casos mais brandos pode-se optar pela digoxina.

Diuréticos (Furosemida, Espironolactona) Vasodilatadores - reduzir a pré e/ou pós-carga

(Nitroprussiato de Sódio, IECA) *Beta-bloqueadores não devem ser administrados na

fase aguda.

Tratamento da CAUSA

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Hipertensão Arterial na Criança

Normal: PA < percentil 90;

Limítrofe: PA entre percentis 90 e 95;

Hipertensão estágio 1: Percentil 95 a 99 mais 5 mmHg;

Hipertensão estágio 2: PA > percentil 99 mais que 5 mmHg

Hipertensão arterial do jaleco branco.

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Hipertensão Arterial na Criança

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Hipertensão Arterial na Criança

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Hipertensão Arterial na Criança

Fatores de Risco

Pressão arterial elevada na infância: maior probabilidade de se tornar um adulto hipertenso.

Quanto menor a idade, maior a probabilidade da hipertensão ser secundária e originar hipertensão crônica.

Correlação forte entre hipertensão arterial e relação peso/altura elevada.

Relação inversa entre o peso ao nascimento e o desenvolvimento da hipertensão arterial.

Ingesta de sódio.

O estado emocional desfavorável.

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Hipertensão Arterial na Criança

Prevalência da HA na criança/adolescente

entre 0,9 e 9% ; com média de 5%.

A hipertensão arterial geralmente é secundária na criança abaixo dos dez anos – representa 90%, sendo na maioria dos casos devido à doença renal.

Quanto mais altos forem os valores da PA e mais jovem o paciente, maior é a possibilidade de a HAS ser secundária, com maior prevalência das causas renais.

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Hipertensão Arterial na Criança

Page 50: Universidade Federal Fluminense Internato Obrigatório Pediatria Caso Clínico Thays Clarindo Vitor Lobato Renan Ribeiro Leandro Maciel Bernardo Gosling.

Hipertensão Arterial na Criança

Diagnóstico É importante a medida da pressão arterial durante o

acompanhamento pediátrico ambulatorial Cefaléia é importante nos escolares e adolescentes. Uma parcela

destes casos, principalmente com cefaléia intensa e occipital, pode ser indicativa de hipertensão.

Condições hereditárias/familiares que predispõem à hipertensão arterial

Antecedentes neonatais

São relevantes as infecções de repetição do trato urinário, pela possibilidade de estabelecerem-se cicatrizes renais.

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Hipertensão Arterial na Criança

Diagnóstico É importante a medida da pressão arterial durante o

acompanhamento pediátrico ambulatorial Cefaléia é importante nos escolares e adolescentes. Uma parcela

destes casos, principalmente com cefaléia intensa e occipital, pode ser indicativa de hipertensão.

Condições hereditárias/familiares que predispõem à hipertensão arterial

Antecedentes neonatais

São relevantes as infecções de repetição do trato urinário, pela possibilidade de estabelecerem-se cicatrizes renais.

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Hipertensão Arterial na Criança

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Hipertensão Arterial na Criança

Exames complementares

Hemograma completo Uroanálise e urocultura Uréia, creatinina, eletrólitos, cálcio e ácido úrico Glicemia de jejum Perfil lipídico USG renal Ecocardiograma

Objetivo: avaliar algumas das principais causas de hipertensão secundária, lesões em orgãos-alvo e fatores de risco associados para doença cardiovascular.

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Referencias Bibliográficas Tratado de Pediatria – Nelson Salgado CM, Carvalhaes JTA. Arterial hypertension in childhood. J

Pediatr (Rio J) 2003;79(Supl.1):S115-S124. Santos AAC, Zanetta DMT, Cipullo JP, Burdmann EA. The diagnosis

of hypertension in children and adolescents. Pediatria (São Paulo) 2003;25(4):174-83.

Brandão AA, Rodrigues CIS, Colombo FC, Plavnik FL, Malachias MVB, Kohlmann Jr. O, et al. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq. Bras. Cardiol. 2010; 95(Supl.1).

Site www.uptodate.com Vivek Chaturvedi and Anita Saxena; Heart Failure in Children:

Clinical Aspect and Management; Indian J Pediatr 2009; 76(2) : 195-205

Azeka E, Vasconcelos LM, Cippiciani TM, Oliveira AS, Barbosa DF, Leite RMG, Gapit VL. Insuficiência cardíaca congestiva em crianças: do tratamento farmacológico ao transplante cardíaco. Rev Med (São Paulo). 2008 abr.-jun.;87(2):99-104.