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w w w . b a r l a v e n t o . p t 1 Euro | Diretor: Helder Nunes | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010 | Ano XXXVI | Número 1737 SEMANÁRIO REGIONAL DO ALGARVE SEMANÁRIO REGIONAL DO ALGARVE Autorizado pelos CTT a circular em envólucro fechado de plástico. Aut. Nº DE05272008GRC Pode abrir-se para verificação postal Publicações periódicas Devesas - 4400 - V. N. Gaia Taxa Paga PORTUGAL Macário Correia foi ao Brasil procurar investidores O presidente da Câmara de Faro es- teve três dias no Brasil, onde con- tactou com empresários, associa- ções do setor da hotelaria e também com portugueses. ECONOMIA | 05 Lídia Jorge continua a “tender” livros na casa de sua avó A nova Doutora Honoris Causa da UAlg confessa que, no Algarve, «há uma grande familiaridade, como se houvesse uma espécie de responsa- bilização» por ela. CULTURA | 23 Peixes algarvios já nadam na Turquia | 07 Universidade nunca subscreveu intervenção na barra da Fuzeta| 22 Tavira amplia estacionamento gratuito junto ao rio Circuito de manutenção, zona ver- de e obra de arte assinada por Bar- tolomeu dos Santos vão surgir jun- to à zona ribeirinha. Projeto custa 800 mil euros. REGIONAL |12 filipe antunes Para o PSD há demagogia, para o PS uma dose de ignorância A guerra PSD/PS no Algarve está ao rubro: social-democra- tas não acreditam no que os socialistas afirmam, enquanto estes chamam ignorante à outra força política. | 06 Unidade de Cuidados Continuados de Estoi é composta por 41 camas Foi lançada a primeira pedra da Unidade de Cuidados Con- tinuados, propriedade da Fundação Algarvia de Desenvol- vimento Social, que tem mais projetos em carteira. | 10 Plantel do Olhanense fica enfraquecido com saídas Treinador do Olhanense admite que plantel fica enfraquecido se Vi- nícius, Jardel ou Paulo Sérgio aban- donarem o clube no mercado de In- verno. DESPORTO | 25 Tradição do Menino Jesus continua viva na serra algarvia | 13 a 20 Presidente da República faz elogios a Teixeira Gomes | 24

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w w w . b a r l a v e n t o . p t1 E uro | D i re tor : Helder Nunes | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010 | Ano XXXVI | Número 1737

S E M A N Á R I O R E G I O N A L D O A LG A R V ES E M A N Á R I O R E G I O N A L D O A LG A R V E

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Macário Correia foi ao Brasil procurarinvestidores

O presidente da Câmara de Faro es-teve três dias no Brasil, onde con-tactou com empresários, associa-ções do setor da hotelaria e também com portugueses.

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Lídia Jorge continua a “tender” livros na casa de sua avó

A nova Doutora Honoris Causa da UAlg confessa que, no Algarve, «há uma grande familiaridade, como se houvesse uma espécie de responsa-bilização» por ela.

c U LT U R a | 23

Peixes algarvios já nadam na Turquia | 07

Universidade nunca subscreveu intervenção na barra da Fuzeta| 22

Tavira amplia estacionamento gratuito junto ao rio

Circuito de manutenção, zona ver-de e obra de arte assinada por Bar-tolomeu dos Santos vão surgir jun-to à zona ribeirinha. Projeto custa 800 mil euros.

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Para o PSD há demagogia, para o PS uma dose de ignorânciaA guerra PSD/PS no Algarve está ao rubro: social-democra-tas não acreditam no que os socialistas afirmam, enquanto estes chamam ignorante à outra força política. | 06

Unidade de Cuidados Continuados de Estoi é composta por 41 camasFoi lançada a primeira pedra da Unidade de Cuidados Con-tinuados, propriedade da Fundação Algarvia de Desenvol-vimento Social, que tem mais projetos em carteira. | 10

Plantel do Olhanense fica enfraquecido com saídas

Treinador do Olhanense admite que plantel fica enfraquecido se Vi-nícius, Jardel ou Paulo Sérgio aban-donarem o clube no mercado de In-verno.

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Tradição do Menino Jesus continua viva na serra algarvia | 13 a 20

Presidente da Repúblicafaz elogios a TeixeiraGomes | 24

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barlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010

As Comemorações Nacionais dos 150 anos do nascimen-to de Teixeira Go-

mes chegaram ao fim a 11 de Dezembro, o feriado munici-pal que assinala precisamente a data em que aquele portimo-nense, enquanto Presidente da República, elevou a Vila Nova de Portimão à condição de ci-dade. O balanço das comemo-rações é muito positivo. Apesar da falta de apoios externos e de alguns cortes que foi preciso fa-zer devido à crise, a qualidade e quantidade de iniciativas, que atraíram muito público, são de assinalar. Está por isso de para-béns Câmara de Portimão, bem como o comissário das come-morações, o poeta e professor José Alberto Quaresma.

Em Dezembro de 2009, tinha prome-tido que, no final de 2010, a Unidade

de Cuidados Continuados In-tegrados Al-Vita, equipamen-to da iniciativa privada, estaria pronta. O prometido é devido e no passado sábado a ministra da Saúde Ana Jorge, que tinha lançado a primeira pedra, esta-va a abrir as portas desta nova infraestrutura. Vão ser criados 65 postos de trabalho, para as-sistirem às 70 camas das duas valências desta unidade – mé-dia duração e reabilitação e longa duração e manutenção. Este é um equipamento que traz uma mais valia à região e concretamente à cidade de Portimão, no que diz respeito ao setor da saúde.

A Fundação Algar-via de Desenvolvi-mento Social lançou a primeira pedra da

construção da Unidade de Cui-dados Continuados Integrados em Estoi. Esta é a sua primei-ra obra nesta área, mas já se en-contra programada uma outra, dentro da mesma vertente, para o concelho de Monchique. É um projeto que vai ser finan-ciado ao abrigo do Programa Modelar e edificado num terre-no cedido pela Câmara de Faro. Segundo as palavras de Luís Coelho, não estão em causa fins economicistas, mas antes a prestação de serviço e apoio ao setor populacional, como é o da terceira idade, que está caren-ciado de unidades vocaciona-das para esta assistência.

A Câmara Muni-cipal de Albufei-ra está de parabéns e Jéssica Augusto

também. A autarquia conquis-tou para a pista das Açoteias a realização do Campeonato Eu-ropeu de Corta Mato de 2010 e a seleção feminina de Portugal classificou-se no 1º lugar, sen-do a única equipa a conseguir, até agora, o triunfo coletivo pela terceira vez consecutiva. Jéssica Augusto sagrou-se cam-peã europeia, sendo esta a sua primeira medalha individu-al como sénior. Foi uma prova difícil, num circuito bem de-lineado na histórica pista das Açoteias. Se Portugal conquis-tou medalhas, Albufeira e o Al-garve conquistaram muitos ad-miradores na Europa.

Na terça-feira, a Via do Infante foi o local escolhido para um exercício de simula-

cro, envolvendo várias viaturas e situações, no sentido de pôr à prova a resposta que as várias organizações envolvidas pode-riam dar. O Plano Prévio de In-tervenção na Via do Infante já está homologado, mas só agora o Comando Distrital de Opera-ções de Socorro (CDS) de Faro conseguiu reunir as condições para o testar. O simulacro per-mitiu detetar falhas de comu-nicação, que deverão agora ser corrigidos. É precisamente para melhorar a operacionali-dade dos meios numa situação real – que ninguém deseja, mas que pode acontecer - que estes exercícios são promovidos.

0 2P E S S OA S P

José Quaresma Horácio Nunes SimulacroJéssica AugustoLuís Coelho

Pessoas

Elisabete Rodrigues

Chefe de redação

1ª Coluna

XenofobiaA língua é cheia de expres-sões que traduzem, mesmo que nós não nos aperceba-mos, discriminações em relação a certos grupos de pessoas ou etnias. Há expressões que estão tão enraizadas no nosso falar que nem nos damos conta que, ao utilizá-las, estamos a perpetuar esse estigma. Não está a ver quais?Por exemplo quando al-guém chama «cigano» a uma pessoa porque ela é al-drabona, ou «judeu» a outra porque é má. Ou quando se diz que uma pessoa está a fazer «judiarias» quando faz uma maldade… Há tempos, o Provedor do Ouvinte da Antena1 foi confrontado por uma pes-soa que considerou ofensiva a expressão «não ter dinhei-ro nem para mandar cantar um cego», usada por alguém na rádio. É, por acaso, uma coisa que digo muitas ve-zes, até por ser uma expres-são que traduz bem a situ-ação de penúria do país…e de tantos de nós. Mas admi-to que pode ser considerada ofensiva, porque hoje, feliz-mente, e na maioria dos ca-sos, os deficientes visuais já não são obrigados a tocar e a cantar nas ruas para ga-nhar a vida. Mas, com a cri-se que aí vai, não sei se a ex-pressão não voltará a fazer sentido…literalmente.Não vou ao ponto dos ame-ricanos, a terra do «poli-ticamente correto», onde expressões como «spokes-man», que significa porta-voz e que traduzido à le-tra quer dizer «homem que fala», foram há anos substi-tuídas por «spokesperson» («pessoa que fala») para não discriminar as mulheres, que também desempenham essa função. Mas acho que devemos pensar bem antes de abrir a boca e dizer certas coisas. A origem destes epítetos ne-gativos, na nossa língua, é longínqua e nós, no dia a dia, não nos damos conta de como o seu uso pode ser ofensivo. E de como pode ser uma forma de trans-mitir, ainda que de forma quase subliminar, compor-tamentos e atitudes xenófo-bas. Pela minha parte, já co-mecei a corrigir-me!

Foto | elisabete rodrigues

A D. Gigolete, antiga operária conserveira, ofereceu um ramo de flores a Maria Cavaco Silva, durante a visita do casal presidencial ao Museu de Portimão.

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w w w . b a r l a v e n t o . p tbarlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010

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Luz verdeO Hospital Central do Algarve pode avançar em 2011 se houver «luz verde» para a sua construção. Quem fez esta grande revelação foi a ministra da Saúde Ana Jorge, que descobriu que a luz verde significa pode avançar. Mas, como os semáforos do Governo estão intermitentes, já se sabe que a luz verde vai fi-car vermelha dentro em pouco.

A ministra, que só conseguiu convencer Miguel Freitas do avanço do Hospital, continua a dar aos algarvios aspirinas para adormecer as críticas. Uma coisa é certa – o próximo programa eleitoral do PS, como aconteceu há cinco anos, vai voltar a dizer que o Hospital Central será uma realidade e uma urgência, e o do PSD dirá que foi uma prioridade e já não é uma ur-gência.

ChefõesO turismo do Algarve está em alta. É tão grande a evolução que a entidade regional teve de criar mais chefias para gerir os passarinhos, os spas, as discotecas de praia e sabe-se lá que mais.

Para toda esta panóplia de novos mercados, são precisos chefões – desde Maio e até final deste ano, com essas nomea-ções, vão ser gastos mais de 58 mil euros. É claro que tem de haver medidas de racionalização na despesa, por isso, e em vez do habitual jantar de Natal, os trabalhadores do Turismo vão apenas ter direito a um lanche, mas onde não há bolos nem chocolates, porque isso são coisas que criam gordura e no tu-rismo querem-se pessoas elegantes.

Faz o que eu digo

O vereador da Câmara de Albufeira David Martins, estilista em turismo, de-dica-se atualmente à cultura da batata redonda. Desde que passou a assessor

do Ministério da Agricultura, nem tempo tem para ir às reuniões de Câma-ra. Das últimas 36 reuniões, faltou a 20, mas foi por uma boa causa – andou a plantar nabos nos campos alentejanos, à espera que se transformem em rosas.

O vereador, que não quer passar o seu testemunho a mais ninguém, achou que o presidente Desidério Silva, de tão ocupado que anda na alta roda da política como representante do Algarve na Associação Nacio-nal de Municípios, já devia ter passado a pasta a outro. É caso para di-

zer - faz o que eu digo, não o que eu faço!

VanguardaO Centro de Saúde de Sagres está na vanguarda das novas tec-nologias. Tão avançada vai a saúde que a marcação de con-sulta, para ser rápida, terá que ser feita obrigatoriamente pela internet. Quem não souber mexer em computadores, mas te-nha pernas para ir ao Centro de Saúde, recebe como resposta: «consulta rápida? Só pela internet!».

Também aqui haverá novas oportunidades. Os idosos vi-labispenses vão ser submetidos a um curso de formação pro-fissional e, no final, terão direito, como prenda de Natal, a um Magalhães que em Sagres se chamará Infante D. Henrique.

Está doente? Não vá, mande um email...que a doença pas-sa!

Patrão O patrão do turismo de Portugal Luís Patrão veio ao Algar-

ve colocar a nova sinalética dos hotéis. Mudou a cor das letras e o tamanho das placas. Foi no dia em que o Turismo do Algarve apre-

sentava o balanço do programa Allgarve que Luís Patrão esteve em Olhão, acompanhado do secretário de Estado do Turismo, a destapar uma placa e a seguir deu à sola.

Toda a gente esperava que se sentasse ao lado do secretário de Esta-do para apadrinhar o Allgarve, mas Patrão disse que isso era assunto para

a criadagem e fez-se representar por um adjunto vindo de Lisboa, com ajudas de custo, claro.

O próximo Allgarve vai ser small e chamar-se pomposamente Allgarve Na-tions. Dizem que é a pensar nos ingleses, mas é só para disfarçar a falta de

verbas.

A chave Manuel da Luz entregou a chave da cidade a Cavaco Silva e reserva para Manuel Alegre a chave da sede do Partido Socialista. O presidente da Câmara de Portimão disse que a chave ficava em «boas mãos», porque anda por aí muita gente a meter as chaves em casas alheias.Aquela fotografia de Cavaco a abraçar Manuel da Luz vai servir de cartaz de campanha, vendo-se sen-tado ao lado e a sorrir Adriano Pimpão e João Guer-reiro a bater palmas.

Manuel da Luz é bem capaz de vir a receber um convite para o próximo jantar de campanha no

Algarve, acompanhado de um presente de Natal.

NegóciosMacário Correia foi para São Paulo, mas não pensem que foi de férias. Arma-do de pá e enxada, foi arrancar uns coqueiros para substituir as palmeiras que secaram em Faro.

O motivo oficial foi o de atrair investidores e é bem capaz de trazer de lá umas brasileiras para ensinarem a dançar a lambada ao pessoal ca-marário nos tempos livres. Os funcionários, com esta música anima-da, perderão o vício de fumar e de beber café.

O seu chefe de gabinete Cristóvão Norte, tão en-tusiasmado anda nesta ação diplomática, que já tem agendada para o próximo ano uma ida à China, porque des-cobriu que lá também existem grandes artis-tas de circo e esta é uma área com grandes potencialidades na capital al-garvia.

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barlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010

0 4E c O n O m i A E Portimão une-se em associaçãopara promover o turismoSócios vão juntar forças para fazer chegar o nome do concelho mais longe e atrair mais turistas, mas o objetivo é também dinamizar a economia local e gerar negócios

A união faz a força e foi por isso que a Câmara Muni-cipal constituiu a Associa-ção de Turismo de Portimão (ATP), na quinta feira pas-sada, no Teatro Municipal (Tempo). São, numa primei-ra fase, 66 associados, que re-presentam cerca de cem en-tidades locais, os fundadores desta nova aliança.

«Os 66 associados funda-dores da ATP são cem por cento dos contactos feitos. Todos responderam à nossa proposta e ninguém quis fi-car de fora. Mas ainda há pes-soas que não foram formal-mente contactadas», afirmou o presidente da Câmara de Portimão Manuel da Luz.

E quanto mais associados a ATP tiver, mas fácil será cumprir os objetivos, que não se resumem à promoção do turismo. Os sócios vão poder

participar na dinamização do concelho no mercado exter-no e interno ou opinar acerca dos eventos organizados pela Câmara. Por outro lado, vão poder funcionar em parceria e criar relações de confiança entre si.

No futuro, a associação quer dinamizar a economia e gerar negócios, através dos sócios aliados, que não neces-sitam de estar diretamente li-gados ao turismo. As empre-sas que queiram juntar-se à ATP podem atuar em setores tão transversais como a car-pintaria ou as seguradoras. É que, por exemplo, será mais vantajoso negociar um paco-te de seguros para 50 empre-sas do que para uma e ambas as partes podem sair bene-ficiadas. No caso de um car-pinteiro, as entidades que ne-cessitem de um serviço nesta

ana sofia varela | [email protected]

área podem dar prioridade, na hora de escolher, aos só-cios aliados, sendo esta uma forma de promover a econo-mia local.

Para já, na lista de só-cios fundadores, constam en-tidades tão diversas como as empresas municipais Porti-mão Urbis e EMARP, diver-sas unidades hoteleiras, agên-cias de viagens, restauração ou bares, bem como a Acral e a Associação Comercial de Portimão, a Associação de Nadadores Salvadores do

Barlavento Algarvio, a Frota Azul, a Subnauta, a Marinas do Barlavento, os clubes hípi-cos, o Autódromo ou o Hos-pital Particular do Algarve.

O presidente da Câma-ra de Portimão Manuel da Luz, que, por inerência, de-verá também presidir à ATP, reforçou que a associação será um parceiro munici-pal que partilhará decisões e projetos, terá uma palavra a dizer na política dos even-tos e nas estratégias de pro-moção. «Participaremos soli-

dariamente na promoção do Algarve no estrangeiro, mas exigiremos a promoção do destino Portimão. Não sur-gimos contra ninguém, mas seremos uma força de pres-são em prol dos interesses do concelho, em que a sua capi-talidade tem que ser assumi-da», avisou o edil.

Na opinião de Nuno Ai-res, presidente da Associação Turismo do Algarve (ATA), é obvio que Portimão tem «um papel muito importan-te na região. Mas é o Algarve

que tem que continuar a ser promovido nos mercados in-ternacionais». O responsável pelo turismo algarvio acre-dita «que a ATP trabalha-rá também sob o chapéu da ATA. [No entanto,] a marca Algarve é que tem força in-ternacional, pela sua diversi-dade e riqueza».

Falta, porém, muito ca-minho a percorrer até che-gar a altura da promoção de Portimão. Para já, a próxima etapa é a tomada de posse dos novos dirigentes.

Supermercado SPAR já chegou a PortimãoLoja terá um conceito novo em Portugal, de bebidas frescas prontas a servir, num espaço denominado «Celebrar»

O sétimo supermercado da SPAR no Algarve abriu as suas portas ao público, na se-gunda feira passada, no edifí-cio Casa do Rio, junto à zona ribeirinha de Portimão. O proprietário da superfície Carlos Cabrita inaugurou as-sim a sua segunda loja - a pri-meira fica em Albufeira - que emprega doze pessoas.

Esta nova loja preten-de dar resposta às necessida-des das pessoas no dia a dia. «São lojas com secções como o talho, a charcutaria de cor-te, frutas e legumes, padaria e take away», explicou o dire-tor de expansão da SPAR em Portugal Carlos Mendes.

Há, no entanto, uma ino-

vação nesta loja recém inau-gurada no Barlavento algar-vio. Segundo o proprietário Carlos Cabrita, será criado um espaço de «bebidas fres-cas prontas a servir, denomi-nado celebrate (celebrar em português). Vamos ter tam-bém produtos gourmet neste espaço», sendo este um con-ceito novo em Portugal.

Num espaço amplo e acessível, frente ao Largo do Dique, onde param quase to-das as linhas do circuito ur-bano Vai e Vem, é possível encontrar produtos diversi-ficados, onde nem sequer fal-tam os tradicionais bolos de doce fino ou os licores tradi-cionais da região. Esta aposta

surge porque «as pessoas gos-tam do que é produzido na sua região, mais do que o que é feito noutras zonas do país», justificou Carlos Mendes.

Desde a fundação da SPAR, na Holanda, em 1932, que a filosofia tem sido a pro-

ximidade. «Somos uma mar-ca global, pois estamos em 34 países, desde a Ásia, a Eu-ropa, a África e até à China, mas somos muito locais», ex-plicou ao «barlavento» David Moore, Retail Development Manager da SPAR Interna-

tional. A marca, com mais de 12 mil lojas, chegou a Portu-gal em 2007. Em território nacional, já existem 45 su-perfícies e no Algarve as duas lojas piloto foram as de Alje-zur e Olhão.

E nem a crise assusta os

responsáveis, que querem continuar a seguir um plano de expansão. «Teremos mais lojas para abrir no Algarve para potenciar esta apetência da SPAR para o mercado es-trangeiro», até porque a mar-ca tem grande notoriedade e uma imagem muito positi-va nos países de origem dos turistas que passam férias na região, revelou Luís da Ber-narda, responsável da SPAR Portugal.

David Moore não tem mesmo dúvidas que é em época de crise que a marca tem que reforçar os valores que oferece aos seus clientes. «A filosofia da SPAR gere-se pela escolha, serviço, frescu-ra, por isso a nossa estratégia, com a crise, é reforçar, dando aos clientes mais e melhor: melhor serviço, maior frescu-ra, maior escolha. Esta é uma vantagem do nosso mode-lo porque trabalhamos com retalhistas independentes de cada país onde estamos», acrescentou. |A.S.V.

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w w w . b a r l a v e n t o . p tbarlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010

E c o n o m i a 0 5E

Intermarché de Portimão abre loja renovada e cheia de novidadesNa reabertura do espaço, os clientes terão muitos atrativos. Intermarché, Bricomarché e Roady aliam-se a restaurante

A renovada loja Intermarché de Portimão, ontem inaugu-rada, propõe-se revolucionar o mercado local com a intro-dução de um novo concei-to e a oferta de descontos em cartão que podem atingir os 50%. Em complemento, de-correrão ações promocionais, entre os dias 15 de Dezembro e 11 de Janeiro, que consis-tem em 10% de desconto ex-tra em todas as compras, mais 10% para novos cartões, cul-minando com a oferta de car-rinho de compras, a sortear entre os clientes que efetuem compras com o cartão no va-lor de 295 euros.

Quem o garante é o gestor operacional daquela unida-de de negócio do grupo por-tuguês Os Mosqueteiros, «que opera em Portugal através do Intermarché desde 1991» e é responsável por «301 lo-jas, 35 das quais Bricomar-ché e 32 Roady, implantadas de norte a sul do país». Se-gundo António Barros, esta rede de distribuição constitui «um suporte importante das

economias locais e nacional, através da criação de empre-go e de parcerias com produ-tores» das zonas de implanta-ção.

Alvo de recente interven-ção ao nível do parque e aces-sos, que, poucos meses após a entrada em funcionamento, apresentavam deficiências, a renovada loja distinguir-se-á pela «adaptação às reais ne-cessidades dos moradores e visitantes do Barlavento al-garvio, particularmente do concelho de Portimão».

Dispõe de espaços am-plos e funcionais e apresenta «um novo conceito», salien-tando-se a conjugação do Hi-permercado, assumido como loja-âncora, com o Bricomar-ché (bricolage) e o Roady (centro de assistência auto), aliados à existência de restau-rante self-service e take-away. «Enquanto o carro é subme-tido a manutenção, a famí-lia pode fazer as suas com-pras e tomar as suas refeições sem sair do local». A propósi-to de refeições, o gestor asse-

Empresas & Negócios

gura que serão fornecidas ao preço unitário de 3,99 euros, incluindo prato do dia, pão, bebida e café. «Fiz uma pros-peção nos restaurantes econó-micos da região e não encon-trei mais barato», acentua. Para acrescentar que «será uma mais valia para atrair pessoas à loja».

Os pontos fortes do novo Intermarché de Portimão, no contexto da política de quali-dade empreendida pelos Mos-queteiros, serão as marcas pró-prias, os frescos «e o preço, naturalmente». António Bar-ros assegura que «haverá pei-xe fresco de boa qualidade to-

dos os dias, exceto quando o mar o não permitir, uma vez que recorreremos ao mercado local». Também no talho «as carnes serão da melhor qua-lidade, respeitando todas as condições higio-sanitárias». Os produtos regionais serão outra aposta a ter em conta. «Para além de produtos tradi-cionais de outras regiões, va-mos inovar em produtos tipi-camente algarvios, através de fornecedores locais, nomea-damente, vinhos, enchidos, conservas, sumos de laranja, legumes, frutas frescas, fru-tos secos e outros».

Disponíveis estarão tam-

bém «produtos estrangeiros de qualidade, tendo em vista a satisfação de clientes ingle-ses e de outras nacionalida-des que residem ou frequen-tam a região».

Outra vertente da maior importância para o êxito do negócio é a formação. «Os 72 funcionários que exercem nesta loja, para além de se-rem rigorosamente selecio-nados, terão formação per-manente com vista a manter elevados parâmetros de qua-lidade profissional. É nosso propósito oferecer aos clien-tes um atendimento persona-lizado, simpático e afável». O

recrutamento, salienta o ges-tor operacional, «tem sido e continuará a ser efetuado lo-calmente, de forma a contri-buirmos para o incremento do emprego na região».

A par do estacionamento à superfície para dezenas de carros, o Intermarché dispõe de 130 lugares na cave, «com ótimas condições de acesso ao piso comercial e total co-modidade para os clientes».

Aos fins de semana e dias festivos haverá «animação no interior da loja e com mui-ta frequência degustação de produtos tradicionais e das marcas própria».

Macário Correia foi ao Brasil procurar investidoresO presidente da Câmara de Faro Macário Correia esteve três dias no Brasil, onde contactou com empresários, associações do setor da hotelaria e também com portugueses radicados naquele país

Tentar atrair investimen-to do outro lado do Atlânti-co foi o principal objetivo de uma visita de trabalho que o presidente da Câmara de Faro Macário Correia efe-tuou ao Brasil, na passada se-mana. Na bagagem, o autarca algarvio trouxe muitos con-tactos e o interesse de empre-

sários brasileiros em investir no concelho.

«Senti uma grande vonta-de em apostar em Faro, mas os negócios não se fazem de um dia para o outro», dis-se Macário Correia ao «bar-lavento». Mas, nos próxi-mos tempos, será de esperar uma aproximação de alguns

dos interessados a Faro, para prospeção, pelo que o balan-ço que o autarca faz da visita é «positivo».

A deslocação do autarca a São Paulo e a Santos foi re-pleta de iniciativas, muitas das quais com homens de ne-gócios, mas também com as-sociações portuguesas. De resto, muitos dos potenciais investidores contactados «têm raízes familiares, cultu-rais e negócios» em Portugal.

«Falei com pessoas e as-sociações ligadas ao setor imobiliário, imobiliário tu-rístico e à hotelaria. A crise não se sente tanto no Brasil como aqui na Europa, pelo que há mais disponibilidade para investir», resumiu. Com «os contactos e a informa-ção recolhida», Macário Cor-reia espera conseguir arran-

jar pontes para que algumas das ideias apresentadas se concretizem e haja «negócios no futuro». «Em Faro, senti-mos uma carência forte ao ní-vel da hotelaria, daí que te-nha havido um enfoque nesta área», apontou.

Uma das sugestões colo-cadas em cima da mesa por Macário Correia foi a trans-formação da antiga fábrica de cerveja da Portugália, na Vila-Adentro de Faro, num hotel de luxo. Uma ideia que não é nova e já foi apresenta-da a vários grupos hoteleiros nacionais, mas que ainda não foi agarrada por nenhum in-vestidor.

No Brasil, «ficaram vá-rias pessoas na expetativa» de poder aproveitar esta opor-tunidade». Ao longo dos úl-timos anos, têm sido muitas

as ideias avançadas para a re-cuperação deste espaço para a fruição pública. Mas esta abertura a um investimento privado, na área da hotelaria, só surgiu com o executivo de coligação liderado por Macá-rio Correia.

Até há bem pouco tem-po, a possibilidade mais fa-lada e para a qual foi mesmo apresentado um projeto era a da construção de um Mu-seu de Arte Contemporânea. Uma ideia colocada de parte por Macário Correia, que dis-se querer «fazer alguma coi-sa pela Arte Contemporânea no casco histórico da cidade» com o retorno da construção de um hotel de cinco estrelas naquele local.

Na calha há outros in-vestimentos que foram apre-sentados no Brasil, como a

transformação do antigo edi-fício do Magistério Primá-rio, junto à Sé de Faro, num hotel de luxo. Este proces-so está apenas dependente da negociação de uma parcela de terreno com a Santa Casa da Misericórdia, que está a ser mediado pela autarquia. No interior do concelho, fo-ram criados dois Núcleos de Desenvolvimento Turístico, onde serão construídas mais de mil camas turísticas.

Na carregada agenda da visita que fez ao Brasil, Ma-cário Correia teve ainda tem-po para encontros «com um conjunto de instituições da diáspora portuguesa no Bra-sil», que mantêm a ligação a Portugal e ao Algarve bem viva. «Encontrei muitos fa-renses e algarvios em geral», disse ao «barlavento».

hugo rodrigues | [email protected]

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barlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010

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Para o PSD há demagogia, para o PS uma dose de ignorânciaA guerra PSD/PS no Algarve está ao rubro: social-democratas não acreditam no que os socialistas afirmam, enquanto estes chamamignorante à outra força política

O PS anunciou que o inves-timento público no Algarve em 2011 seria na ordem dos 280 milhões de euros, mon-tante que fez com que o PSD se manifestasse «perplexo», classificando tal anúncio de demagógico e acusando-o de ser «pura contabilidade cria-tiva».

Os social-democratas confirmam que há um ligei-ro aumento do PIDDAC, de 53 para 60 milhões, que se «esboçam investimentos da Parque Escolar», valores que estão muito longe dos anun-ciados. Miguel Freitas, lí-der do PS Algarve, contra-põe que «a perplexidade da direção do PSD mostra uma grande dose de ignorância, ao confundir PIDDAC re-gionalizado com investimen-tos na região».

O PS Algarve, em comu-nicado, indicou os investi-mentos previstos em 2011: «o investimento em oito escolas do Algarve feito pela Parque Escolar será de 80 milhões de euros, verba que está centra-lizada no Orçamento de Es-

tado no Ministério da Educa-ção; na EN 125 está prevista a concretização de obra em praticamente toda a plata-forma entre Vila do Bispo e Vila Real de Santo Antó-nio e arrancar com muitas das variantes e ligações à Via do Infante, no volume de in-vestimento próximo dos 100 milhões de euros; no progra-ma Polis, entre a Ria Formo-sa e a Costa Vicentina, a pro-gramação financeira é de 38 milhões de euros (tivemos o cuidado de considerar di-ficuldades de execução ine-rentes a um processo compli-cado e considerar apenas 15 milhões de euros, equivalen-te ao investimento de 2010); a ANA vai continuar o in-vestimento no aeroporto de Faro, tendo programado 25 milhões de euros para o pró-ximo ano; o Instituto Nacio-nal da Água (INAG) tem no seu orçamento previstas in-tervenções na ordem dos cin-co milhões de euros na praia de D. Ana em Lagos e de Al-bufeira, enquanto a Estradas de Portugal, vai investir três

milhões de euros em manu-tenção das vias algarvias».

Para o PSD, o «Orçamen-to previsto e a execução do mesmo são duas coisas dis-tintas». E acrescenta: «os re-latórios semestrais do Tri-bunal de Contas relativos à execução orçamental de 2008 e 2009 têm enfatizado esse facto. O Algarve não foi só, desde 2005 até hoje, a região que, em termos nacionais, to-lerou maior decréscimo rela-tivo (75%) nas intenções de investimento público (PI-DDAC) como também, do ponto de vista da concretiza-

ção do investimento progra-mado, a taxa de execução das verbas previstas atingiu anu-almente uns medíocres 30%, menos de metade da média nacional».

Os socialistas sustentam os seus números na recolha feita «junto das entidades re-gionais e portanto merecem toda a credibilidade da nos-sa parte», enquanto os social-democratas questionam se «está prevista alguma norma de exceção que exclua a re-gião dos sacrifícios?»

«Já que [os socialistas] não explicam aos algarvios

porque não fizeram o que prometeram, pelo menos, em nome da transparência e ri-gor na aplicação dos recursos públicos, esclareçam quais são os contornos desta opera-ção de charme, bem como os prazos previstos para a con-secução destes projetos», sa-lienta ainda o PSD.

O líder socialista Miguel Freitas conclui: «lamen-to que a direção do PSD Al-garve tenha enveredado por um caminho de escaramuça e desconfiança política, não procurando esclarecer-se, nem junto dos organismos

públicos da região, nem pe-dindo de forma correta e ofi-cial os números ao PS Algar-ve, que teríamos muito gosto em ter fornecido de forma detalhada».

Mas o PSD afirma estar «a par da trágica situação que o país atravessa. Não a iludiu nem iludiu os algarvios. Não persiste em fazer promessas de investimentos insustentá-veis que hipotequem o bolso dos contribuintes». «A nos-sa posição é clara e as priori-dades também: concretizar o Hospital Central do Algarve e requalificar a EN-125».

helder nunes | barlavento. [email protected]

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w w w . b a r l a v e n t o . p tbarlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010

r E g i o n a l 0 7r

Novo Centro de Emprego de Portimão custa 5,5 milhões de eurosA ministra do Trabalho e Solidariedade Social lançou a primeira pedra de um projeto que já tem alguns anos, mas que só agora foi possível concretizar

A ministra do Trabalho e da Solidariedade Social He-lena André esteve em Porti-mão, no sábado, Dia da Ci-dade, para o lançamento da primeira pedra do Centro de Emprego e Formação Profis-sional.

O novo edifício do Ins-tituto de Emprego e Forma-ção Profissional será com-posto pelas instalações do Centro de Emprego, que irá servir quatro concelhos, um

polo de formação, com salas de formação teórica e práti-ca, nomeadamente oficinas e laboratório, gabinetes téc-nicos, mediateca e campo de jogos cobertos, num inves-timento de cerca de 5,5 mi-lhões de euros, prevendo-se que a obra esteja concluída em Março de 2012.

A ministra Helena An-dré, à margem dos trabalhos, a propósito das iniciativas que o Governo tem vindo a

efetuar para alterar as leis do trabalho, referiu que a cria-ção de um fundo social pa- ra ajudar à despesa com os despedimentos é «prema- tura», adiantando mesmo que «não podemos já estar a prever o resultado da ne-gociação e só no final é que veremos as conclusões em relação a algumas ideias e propostas».

Segundo a ministra, os objetivos das negociações são

para criar condições de apoio às empresas e trabalhadores para responderem às mudan-ças do mercado de trabalho, de processos de produção e de competitividade, reco-nhecendo Helena André que o Governo e os parceiros so-ciais têm de possuir capaci-dade para «agir rapidamente para responder às necessida-des e pôr em marcha alguns dos aspetos que podem ser melhorados».

Peixes algarvios já nadam na Turquia

Pescadores algarvios deram uma ajuda

helder nunes | barlavento. [email protected]

Novo oceanário de Istambul terá mais de quatro mil peixes nacionais, boa parte capturados no Algarve. Empre-sa portuguesa com base em Olhão li-dera operações e está entre os princi-pais exportadores mundiais

Há peixes bonitos, há peixes com sorte e depois há os via-jados. Nem todos os atribu-tos são normalmente associa-dos aos habitantes do mar, mas a questão ganha outros contornos se tivermos em conta que centenas de exem-plares capturados vivos ao largo da costa algarvia vão estar em exposição, durante vários anos, na Turquia, no novíssimo aquário de Istam-bul, cuja inauguração deverá acontecer em Fevereiro.

Os responsáveis pela ope-ração são os portugueses João Correia e José Graça, dois bi-ólogos que, depois de mais de uma década a trabalhar no Oceanário de Lisboa, mon-taram um negócio por conta própria para assegurar a cap-tura e transporte de animais vivos com finalidades cientí-ficas ou pedagógicas.

Fundada em 2006 e com sede social na Horta (Aço-res), assim viria a nascer a Flying Sharks [tubarões vo-adores, na tradução portu-guesa], aquela que se tornou numa das quatro maiores empresas mundiais da área, tendo já sido contratada para operar na Virgínia (Estados Unidos), em Valência (Espa-nha) ou Israel.

Apesar de as capturas para as encomendas serem feitas em zonas tão distintas como a Horta, o Funchal e

Peniche, é ao largo do Algar-ve que as operações mais im-portantes são concretizadas.

O quartel-general das manobras é a Tunipex (em-presa especializada na ex-portação de pescado gourmet para o Japão), com instala-ções no porto de pesca de Olhão, onde vários tanques de grandes dimensões aí ins-talados são a casa temporária de milhares de animais até à sua nova morada.

A encomenda feita pela Turquia seria apenas mais um trabalho se não fosse a maior entrega jamais fei-ta pela Flying Sharks. A ab-sorver a quase totalidade das atenções da empresa desde Abril, a operação envolve o transporte de quatro mil ani-mais, a colaboração de uma centena de pessoas e meio milhão de euros de orçamen-to.

Mas houve outras vari-áveis a dificultar, uma vez que os sucessivos atrasos na construção do novo aquá-rio levaram a que os animais capturados nos Açores – pos-teriormente transportados para o porto de Lisboa – ti-vessem de vir de camião até às instalações da Tunipex, para aqui permanecerem vá-rios dias.

Isto obrigou a que, até ao início desta semana, cerca de 95 por cento da encomen-

da turca estivesse concen-trada em Olhão, numa com-plexa operação que envolveu múltiplos aquários e uma ba-teria de quatro contentores TIR.

«Somos quase obceca-dos com o bem-estar dos ani-mais e procurámos, durante o transporte, simular os am-bientes marinhos. É por isso

que até colocamos algas arti-ficiais dentro dos tanques e, nos dias de maior frio, esti-vemos tentados a comprar aquecedores para aumentar a temperatura ambiente», confidenciou ao «barlaven-to» João Correia, gerente da Flying Sharks.

Apesar de, a esta hora, o carregamento já estar em

solo turco, nem só no Algar-ve se fez espera. Em Peniche, outros habitantes marinhos tiveram de aguardar algu-mas semanas pela conclusão dos tanques do oceanário. Também ali permaneceram os peixes vindos da Madei-ra (apenas dois tanques que, por isso, vieram de avião), além de um pequeno lote en-

comendado pelo cliente ao Canadá.

A espera deu, contudo, aos habitantes marinhos, di-reito a mordomias: todos os peixes tiveram direito a uma passagem por Lisboa em ca-mião TIR, de onde seguiram, esta segunda-feira, direta-mente para Istambul em dois aviões de carga. Sem enjoos.

filipe antunes | [email protected]

Apesar de o novo oceanário de Istambul também ter uma área tropical, a Flying Sha-rks será desde logo o maior fornecedor. Sargos, doura-das, besugos, sarrajões, raias, lagostas, santolas, chocos, peixes-aranha são apenas al-gumas das mais de 200 espé-cies que seguiram de Olhão para o outro lado da Europa.

A captura dos animais foi feita quer através de mer-gulho com garrafa (a empre-

sa possui uma licença espe-cial), quer através da ajuda das comunidades piscató-rias, que acabaram por lucrar com a operação.

«Ao longo dos últimos anos, já introduzimos milha-res de euros aqui em Olhão e queremos continuar, uma vez que foram empresas como a Tunipex e os pesca-dores locais que nos ajuda-ram nas capturas», apontou o gerente da Flying Sharks

João Correia.Apesar de a ideia ser a

criação de um mostruário do Atlântico, houve a preocu-pação de capturar essencial-mente peixes com boas hipó-teses de sobrevivência fora do seu habitat natural e fo-ram deixadas de parte espé-cies ameaçadas, como o atum rabilho.

Não mesma linha, a em-presa não faz reservas de animais, considerando isso

«anti-ético». «Operamos com base nas

encomendas que temos, da mesma forma que adiciona-mos sempre uma percenta-gem de 10 por cento às nossas faturas para financiar inves-tigação científica em locais tão distintos como a Tur-quia, a Índia ou a Costa Rica. Além disso, estamos a cola-borar com algumas univer-sidades portuguesas», con-cluiu João Correia. |F.A.

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barlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010

R E G I O N A L 0 8RBombeiros de Portimão têm muitos planos para melhorar o serviço prestadoA Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Portimão (AHBVP) come-morou, no dia 5, o seu 84º aniversário. A «velha senhora» encontra-se de boa saúde, embora tenha sofrido altos e baixos ao lon-go da sua vida, além de grandes mudanças estruturais provocada pela vontade dos ho-mens e pelas transformações que o desen-volvimento foi operando no concelho. Nasceu da boa vontade de um grupo de ci-dadãos, numa base de voluntariado puro, quando o auxílio aos vizinhos era um im-perativo moral e mais importante do que o dinheiro.

«Mudam-se os tempos, mudam-se as von-tades». Nos tempos que correm, as solici-tações e exigências da população não se compadecem com voluntariados puros. As entidades patronais não estão preparadas para prejudicar a produção, libertando os seus trabalhadores para acorrer a calamida-des; nem os clientes estão preparados para sofrer atrasos no seu atendimento. O núme-ro de solicitações, entre acidentes de vária ordem e fogos florestais, subiu em flecha e as associações de bombeiros viram-se obri-gadas a profissionalizar um número razoá-vel de elementos. Caso contrário, ser-lhes-

ia impossível responder atempadamente e com a qualidade exigida. A AHBVP não foi exceção e conta neste mo-mento com cerca de quarenta trabalhado-res assalariados (entre bombeiros e admi-nistrativos), com um custo de meio milhão de euros anuais, ou seja, um terço do total das despesas da associação. O «barlaven-to» foi procurar saber mais, junto de Álvaro Bila, presidente da direção desde Fevereiro, e de Fernando Castelo, o comandante, sobre esta instituição com quem os cidadãos con-tam nos momentos críticos, mas que ten-dem a esquecer no seu dia-a-dia.

barlavento- Foi eleito em Fevereiro, após um pro-cesso eleitoral conturbado. Porque é que se candidatou e o que tem feito nestes últi-mos oito meses?Álvaro Bila – Havia duas lis-tas a posicionar-se para con-correr e alguns diferendos entre elas, que não estavam a dar bom ambiente interno. Então, para assegurar a esta-bilidade da associação, deci-dimos avançar.b– E o que mudou nestes meses? AB – Ter dez anos desta casa, embora integrado noutra di-reção, com outras pessoas e outras ideias, deram-me al-gumas noções muito claras do que desejava fazer. Trou-xe na minha equipa pesso-as que já faziam parte da di-reção anterior e outras com grande capacidade de traba-lho, entre as quais a Celeste, que já por cá tinha passado como bombeira. O nosso ob-jetivo passa por abrir mais o quartel à população em geral, para que saibam quem somos e o que fazemos e que esta-mos cá, quando necessário. Depois, queremos dar melho-res condições de trabalho aos nossos bombeiros. E quando digo melhores condições de trabalho, não será tudo o que eles possam necessitar, pois não temos nenhum poço sem fundo. O dinheiro é cada vez menos, o que nos obriga a fa-zer cada vez mais contas para podermos acudir ao que o co-mando nos pede e acha que precisa.b– Abrir o quartel, em que sentido?AB – Primeiro que tudo, di-vidir o quartel. O quartel tem óptimas condições. Con-

tudo está mal dividido: mis-tura-se, por exemplo, a zona operacional com a do centro médico. E é por isso que es-tamos a fazer modificações, esperando que, no final des-te ano, as coisas estejam a correr de maneira diferen-te. Esta associação necessita do centro médico e os nossos bombeiros têm de compre-ender que há zonas que são exclusivamente suas e ou-tras destinadas aos clientes que nos ajudam a viver. Exis-tem cinco gabinetes médicos e iremos abrir mais dois, te-mos um diretor e um sub-di-retor clínicos, respetivamen-te os drs. Amândio Boneca e Nelson Santos. Agora, vamos tentar aliciar para o nosso centro médico algumas com-panhias de seguros. E temos um projeto para criar uma acessibilidade externa exclu-siva do centro médico para pessoas com mobilidade re-duzida. b– E além do centro médi-co?AB – A secretaria vai mu-dar de local e ficará locali-zada junto à porta principal do edifício. Assim, quem vier tratar de assuntos re-lacionados com os bombei-ros não invadirá nem a área operacional, nem a zona do centro médico.b– E que mudanças a nível operacional?AB – A AHBVP tem um novo comando desde Outu-bro, embora o atual coman-dante tivesse sido nomea-do segundo comandante em Agosto e tenha vindo, desde essa altura, a reestruturar a corporação.b– As pessoas perguntam-se: numa época de con-

tenção, serão necessários tantos assalariados na cor-poração?AB – Esta cidade já não per-mite que haja um incêndio, toque a fogo e os voluntários venham a correr, na medida das suas disponibilidades. São os assalariados quem as-segura os inúmeros servi-ços que diariamente presta-mos, 24 horas por dia, como a central telefónica, o serviço de INEM, o pessoal de reser-va e uma equipa de primei-ra intervenção, que deveria ser paga pelo Estado e não é, sendo mais um custo para a AHBVP. Mas é bom que se diga que os assalariados tam-bém dão muitas horas do seu tempo à associação como vo-luntários e têm uma dis-ponibilidade total. Nós so-mos uma espécie de família e, quando acontece alguma coisa, temos sempre cá mui-ta gente.b– Expliquem lá essa his-tória da equipa de primei-ra intervenção e do seu pa-gamento.FC (Comandante Fernando Castelo) – Foi proposto aos corpos de bombeiros do Al-garve, pelo senhor coordena-dor distrital, que se candida-tassem à criação de equipas de intervenção permanente, capazes de atuar ao minuto, tendo em vista a especifici-dade do Algarve e a necessi-dade de proteção não só dos residentes, mas também dos turistas. O pagamento dessas equipas seria feito em partes iguais pela autarquia respeti-va e pela Autoridade Nacio-nal da Proteção Civil. A an-terior direção da AHBVP, por razões que desconheço, decidiu não apresentar can-

josé garrancho | [email protected]

«Precisamos urgentemente de uma nova viatura para levar as pessoas à hemodiálise»

didatura, ao contrário de ou-tras, como Silves e Vila do Bispo. Todas as associações de bombeiros que se candi-dataram foram contempla-das. Ora Portimão, sendo a cidade que é, carece com ur-gência de uma equipa de in-tervenção permanente. Só que isso acarreta verbas de que a nossa associação, nes-

te momento, não dispõe. Fe-lizmente que os nossos bom-beiros voluntários estão a regressar a esta casa, até aos fins-de-semana. Até alguns que se tinham afastado per-manentemente estão a pedir o seu reingresso.b– E, neste momento, já não é possível apresentar a can-didatura?

FC – Falámos com o senhor coordenador distrital e apre-sentámos a candidatura, mes-mo fora de prazo. Tivemos o aval da senhora Governadora Civil mas, quando chegou à Autoridade Nacional de Pro-teção Civil, devido à falta de verbas, foi chumbada.b– Além dos quarenta assa-lariados, quantos bombei-

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Portimão aposta em servir cada vez melhor a população e apela a que as pessoas a apoiem, tornando-se associadas

b– No passado, as verbas pagas aos bombeiros pelo serviço de transporte de doentes eram muito infe-riores às que pagavam às ambulâncias privadas e os bombeiros perdiam dinhei-ro em cada viagem que efe-tuavam a Lisboa. E agora?AB – As verbas foram atua-lizadas, mas temos de pen-sar que uma viatura destas custa 50 mil euros, leva oxi-génio, que também é pago por nós, dois homens que, muitas vezes, ultrapassam o horário de trabalho e têm de comer, mas uma coisa é cer-ta: a população de Portimão

merece que os seus bombei-ros os levem a Lisboa, se for caso disso. b– E a população de Porti-mão merece os bombeiros que tem? Quantos associa-dos têm vocês, com as quo-tas em dia?AB – Eu penso o contrário. Penso que temos de dar pri-meiro, para receber depois. Devo dizer que cada vez há mais serviços sociais, cobra-dos a cinco euros e que mes-mo assim, semanalmente, nas reuniões de direção, en-contramos muitas guias de transporte que não foram pagas, porque as pessoas não

têm condições para o fazer. Mas isso não impede que sejam trata-das com dignidade. Todas as se-manas levamos um número ele-vado de doentes à hemodiálise, numa viatura que já tem muitos anos e muitas horas de trabalho, mas não temos meios para subs-titui-la. Temos de comprar uma nova viatura urgentemente, não podemos passar sem ela, e tere-mos de encontrar subsídios – e quando falo de subsídios estou a falar de ajuda de toda a popula-ção, pessoas conhecidas e amigas da associação -, porque não pode-mos tirar dinheiro do orçamento deste ano para a comprar. E apro-veito aqui para fazer um apelo: se as pessoas de Portimão querem ter bombeiros à altura, deviam associar-se, pois 12 euros por ano não representam nada para mui-ta gente. Temos 2700 sócios, mas felizmente estão a aparecer novos associados, quase todos os dias. E aproveito para frisar que esta casa não é dos bombeiros, nem da di-reção, é de toda a população. É para ela que nós existimos.b– E têm alguma campanha de

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w w w . b a r l a v e n t o . p tbarlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010

R E G I O N A L 0 9R

«Precisamos urgentemente de uma nova viatura para levar as pessoas à hemodiálise»ros voluntários tem a AHB-VP no ativo?FC – Embora as entidades patronais não soltem os seus trabalhadores durante as ho-ras de trabalho, eles vêm du-rante a noite e asseguram um piquete semanal que nos dá alguma garantia de interven-ção em caso de necessidade. Temos cerca de sessenta vo-luntários para formar equi-pas de seis homens cada. E há 28 novos voluntários em formação.b– E de onde vem o dinhei-ro para fazer face às despe-sas da AHBVP?AB – A quase totalidade é as-segurada por um contrato-programa com a Autarquia, a renda do Pingo Doce, a gara-gem de recolha e os gabinetes médicos.b– Essas são, então, as ver-bas permanentes da Asso-ciação?AB – Permanentes, mas não tão permanentes assim. O contrato-programa depende das disponibilidades da au-tarquia e é isso que eu gosta-va de salientar: nunca pode-mos fazer contas certas com o dinheiro que vamos ter. E, ao fim e ao cabo, isto é qua-se uma empresa, com os seus custos diários e o seu pesso-al assalariado, que custa cer-

ca de 40 mil euros mensais, e temos de gerir contando com recursos que, muitas vezes, não são certos.FC – Estamos a dar início a ações de formação viradas para as empresas que care-çam dela, nas áreas do com-bate a incêndios e do socor-rismo. Essa vertente irá ser positiva, não só no campo fi-nanceiro, mas também na di-vulgação da AHBVP.AB – E vamos também dina-mizar o aluguer das salas de formação que possuímos. E prestamos serviços a várias entidades, como o autódro-mo e o Morgado de Reguen-gos, tentando rentabilizar os meios de que dispomos.b– Se as verbas de que es-tamos a falar chegassem a tempo e horas, as dificulda-des da associação termina-vam?AB – Certamente. Temos um orçamento anual a rondar o milhão e meio de euros e te-mos que fazer muitas contas e ter muito cuidado para que o nosso pessoal receba atem-padamente e os nossos forne-cedores, que são muitos, se-jam pagos a tempo e horas. Nós também fazemos outros serviços, incluindo para o Ministério da Saúde, com o transporte de doentes.

angariação de sócios progra-mada?AB – Durante todo o passado mês de Novembro, tivemos várias atividades de rua pro-gramadas, nas várias fregue-sias, que passaram por visitas às escolas, rastreios, exposi-ções, simulacros e atividades desportivas e culturais. b– Voltando ao corpo ativo e aos serviços permanentes: o INEM é rentável para a as-sociação?AB – Nós recebemos uma percentagem sobre os servi-ços efetuados e o que recebe-mos é suficientes para pagar as duas pessoas que são ne-cessárias para cada serviço. O número de serviços dimi-nuíram, quando o INEM en-tregou de uma ambulância ao hospital, mas estão a au-mentar de novo. Mais doze elementos desta corporação acabaram de completar com êxito o curso que lhes permi-te andar nas ambulâncias do INEM. E o transporte de do-entes sempre foi uma vocação

dos bombeiros.b– A zona antiga da cida-de, com todos os seus pro-blemas, que vão das cons-truções antigas às ruas estreitas e estacionamento desordenado, com proble-mas de acessos às viaturas de socorro, como é vista pe-los responsáveis pela segu-rança?AB – Essa foi sempre a pre-ocupação das direções e dos comandantes desta casa. Fi-nalmente, com a ajuda da Câ-mara e da Junta de Freguesia, comprámos uma viatura de fogo mais pequena, que entra em muitas ruas dessa zona. E não entra em todas, porque as pessoas não pensam e os pró-prios moradores estacionam em locais onde não deviam e dificultam-nos a passagem.FC – O maior problema não são os moradores, mas aque-les que se deslocam ao cen-tro da cidade, não querem pa-gar estacionamento e deixam as viaturas de qualquer ma-neira, dificultando ou impe-

dindo até o acesso. E a polícia não possui qualquer viatura que consiga removê-las, de-vido exatamente à pouca lar-gura das ruas. Isso tem a ver com civismo e com a sensi-bilidade das pessoas. Porque, mesmo nas zonas mais largas, temos pessoas que estacionam de qualquer maneira, dificul-tando a passagem das viatu-ras prioritárias.b– Falem-nos das vossas equipas especiais, que o grande público desconhece.FC – Temos uma equipa de resgate em grande ângulo, ou seja, salvamento em grande altura, uma equipa de mergu-lhadores que tem sido requi-sitada para muitos serviços, as equipas de formadores, que atuam na formação interna e estamos agora a iniciar o for-necimento de serviços de for-mação externa, além das co-nhecidas equipas do INEM. E podemos acrescentar que o nosso pessoal de resgate e pri-meira intervenção treina dia-riamente. E não podemos es-

quecer a secção desportiva e a fanfarra, que levam o nome da associação e do município por esse País fora. E, neste particular, gostaria que dei-xar um agradecimento espe-cial ao chefe Nuno Silva, res-ponsável pela fanfarra, que tem sido incansável para le-var a bom porto a tarefa di-fícil de ensinar e transmitir os conhecimentos necessá-rios, tanto aos mais pequenos, como aos mais graúdos.AB – Como comentário final, gostaria de agradecer a todo o corpo de bombeiros, pois mu-daram várias caras, mudaram de direção e de comando e a resposta sempre muito positi-va e o apoio que nos têm dado são de salientar. Porque, com tantas mudanças de pesso-as, as novas caras que entra-ram no quartel e as imensas transformações, até a nível de obras que têm sido efetuadas, é natural que surja um ou ou-tro atrito. Mas, no próximo ano, já poderemos colher os frutos destas modificações.

josé

gar

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barlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010

R E G I O N A L 10RUnidade de Cuidados Continuados de Estoi é composta por 41 camas

Um ano depois da primeira pedra, Al-Vita abre as portas como prometidoA ministra da Saúde inaugurou, em Portimão, a Unidade de CuidadosContinuados Integradas Al-Vita, um investimento totalmente privado

Um ano depois de ter sido lançada a primeira pedra do projeto Al-Vita – Unidade de Cuidados Continuados Inte-grados de Portimão, um in-vestimento totalmente priva-do, deu-se a sua inauguração no sábado, com a presença da ministra da Saúde Ana Jor-ge. E assim se cumpriu a pro-messa feita em 2009 por Ho-rácio Nunes, presidente da empresa PRO-FN Serviços de Saúde, proprietária da-quela infraestrutura, de que esta seria a data para abrir as

portas.«A criação deste espa-

ço, com toda esta qualida-de, é mais uma esperança de vida para os idosos que têm aqui a possibilidade de conti-nuar o seu tratamento e vol-tar à sua casa», afirmou a mi-nistra da Saúda, no decorrer do ato de inauguração. Ana Jorge sugeriu, depois da vi-sita que efetuou, que nos es-paços exteriores fosse criado «um jardim de cheiros e co-res», para estimular os senti-dos que o envelhecimento vai

salientou o autarca, numa re-gião como Algarve, os «turis-tas põem em primeiro lugar a perceção que têm da quali-dade dos serviços prestados na área da saúde». Na mesma linha, falou Rui Lourenço, presidente da Administração Regional de Saúde, ao salien-tar que o facto de se «colocar à disposição das pessoas esta rede de cuidados continua-dos marca a excelência da re-gião».

Ficou a promessa de Ho-rácio Nunes, visivelmente contente e ao mesmo tempo nervoso, de que, «no futuro prestaremos cuidados de ex-celência a todos os que para aqui venham, com muita pro-ximidade e uma grande hu-

manidade», exemplo que ele próprio transmitia afagando nos seus braços a sua neta.

A obra está pronta e co-meça a funcionar em Janeiro. Foram assinados dois proto-colos de cooperação com a Administração Regional de Saúde e o Instituto de Segu-rança Social, para a contra-tualização dos serviços para a Unidade de Convalescen-ça e para a Unidade de Mé-dia Duração, estando previs-ta a criação de 65 postos de trabalho. O custo total do in-vestimento ronda os sete mi-lhões de euros. Possui 35 ca-mas para a unidade de média duração e reabilitação e 35 camas para a longa duração e manutenção. |H.N.

No sábado, foi lançada a primeira pedra da Unidade de Cuidados Continuidades de Estoi, propriedade da Fundação Algarvia deDesenvolvimento Social, que tem mais projetos idênticos em carteira

«Este novo projeto foi pen-sado há 15 anos. Sempre foi nossa intenção intervir na área da terceira idade», re-velou Luís Coelho, presi-dente da Fundação Algarvia de Desenvolvimento Social, que lançou a primeira pedra de uma unidade de cuidados continuados a ser construída na freguesia de Estoi. A ceri-

mónia, que foi presidida pela ministra da Saúde Ana Jorge, decorreu no Cinema Ossóno-ba, naquela vila do concelho de Faro, no passado sábado.

Luís Coelho adiantou que a Fundação «vai ter mui-tas outras intervenções nes-ta área, não com ideias eco-nomicistas, mas de apoio ao setor mais carenciado. Esta

Novo Hospital central pode ter «luz verde» em 2011

tugal mais solidário é capaz de dar resposta aos mais ca-renciados».

A Unidade de Cuidados Continuados de Estoi é com-posta por 41 camas para in-ternamento de manutenção ou longa duração, fica im-plantada numa área de terre-no de 2372,31 metros quadra-dos, e é constituída por dois pisos, estando o seu custo fi-nal previsto em 2,53 milhões de euros, estimando-se que dentro de 14 meses a obra es-teja concluída. Este projeto é financiado ao abrigo do Pro-grama Modelar e vai ser edi-ficado num terreno cedido pela Câmara de Faro.

O projeto da autoria da «Mech Consultores» procu-rou envolver o edifício com o espaço público, nomeada-mente com o Centro de Saú-de, utilizando na sua cons-trução materiais da região, como pedra e reboco branco. Outra das soluções contem-pladas é o recurso às energias renováveis, como contribui-ção para uma melhor eficiên-cia energética, proporcionan-do condições de conforto e de qualidade do ar interior e re-duzindo os custos dos consu-mos energéticos.

A Fundação Algarvia de Desenvolvimento Social pro-cura expandir a sua ativida-de, daí ter desenvolvido um projeto para a construção desta unidade de cuidados continuados integrados, es-tando prevista a criação de 30 a 40 postos de trabalho.

é a primeira obra, mas temos em fase adiantada o proces-so para desenvolvermos em Monchique um outro proje-to».

A ministra Ana Jor-ge lembrou o trabalho que tem vindo a ser desenvolvi-

do a nível da rede de cuida-dos continuados no país, que existe há já quatro anos, sen-do o Algarve uma das regiões onde maior incremento se ve-rificou. «O ideal seria que os mais velhos ficassem o mais tempo possível nas suas ca-

sas, mas por vezes isso não pode ser. E o Algarve tem respondido às necessidades, através do apoio domiciliá-rio alargado e da abertura de unidades para cuidados con-tinuados», acrescentou Ana Jorge, concluindo que «Por-

helder nunes | [email protected]

retirando.Esta infraestrutura «vem

dar uma mais valia à cidade

em termos competitivos», re-alçou o presidente da Câma-ra Manuel da Luz. É que,

A ministra da Saúde Ana Jorge, na sua visita ao Al-garve, disse que o novo Hospital Central da região poderá ter «luz verde» no início de 2011.

Ana Jorge disse que o futuro hospital «é uma mais valia em saúde e permite al-gumas economias» na ges-tão em relação ao Hospital Distrital de Faro, por isso admite que há boas proba-bilidades de a Parceria Pú-

blico Privada para a cons-trução da nova unidade de saúde central da região ser uma das escolhidas na re-avaliação que o Gover-no está a fazer a estes me-canismos, devido à crise. A ministra disse estar «com esperança de que a crise não vá afetar» a construção do Hospital Central do Al-garve e por isso ser possí-vel «pensar na transferência deste hospital (o Distrital de

Faro), que tem 30 anos, para outro de grande dimensão e maior qualidade» a partir do início do próximo ano. Depois dos sucessivos adia-mentos do lançamento des-ta obra, o anúncio de uma possível «luz verde» no pró-ximo ano levou o PSD Al-garve a criticar a posição da responsável pela pasta da Saúde, por considerar que Ana Jorge não justificou as sucessivas alterações de da-

tas para a construção do fu-turo Hospital Central.

«Lamentamos o facto de a senhora ministra ter vindo ao Algarve e não ter justificado aos algarvios as sucessivas alterações ao ca-lendário do processo de construção do referido Hos-pital», afirmou a Comissão Política Distrital dos so-cial-democratas em comu-nicado. Este órgão regio-nal do PSD, presidido por

Luís Gomes, sublinhou que Ana Jorge «não refe-riu a razão pela qual não foi cumprido o prazo para o início da obra que era de 2009, tal como foi anuncia-do em 2007 pelo Governo». «Mais uma vez existe uma nova promessa de calen-dário e mais uma promes-sa não cumprida por par-te do governo PS na Região do Algarve», acrescentou a CPD do PSD algarvio.

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w w w . b a r l a v e n t o . p tbarlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010

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barlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010

1 2R E G I O N A L R

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Tavira amplia estacionamento gratuito junto ao rioCircuito de manutenção, zona verde e obra de arte assinada por Bartolomeu dos Santos vão surgir junto à zona ribeirinha. Projeto custa 800 mil euros

Até ao Verão, a margem es-querda de Tavira vai estar mais próxima do rio e ofere-cer novos lugares de estacio-namento para servir a Baixa

da cidade.Apesar de o local já ser in-

formalmente utilizado como zona de parqueamento, de-pois de as últimas cheias do

rio Gilão terem derrubado parte de um muro ali exis-tente, a ideia da autarquia é agora organizar o espaço, «voltando a cidade para rio».

Apelidado de Parque Verde do Rio Séqua (o rio só dá pelo nome de Gilão de-pois de passar a ponte anti-ga), o projeto contempla uma zona de estadia e convívio, um circuito de manutenção e permitirá a ligação à esco-la fixa de trânsito e restantes equipamentos de lazer ali si-tuados.

O estacionamento será uma das mais valias do par-que, já que serão criados 88 novos lugares gratuitos para veículos ligeiros. As bicicle-

tas não foram esquecidas, es-tando reservados seis espa-ços para o efeito.

De acordo com fonte do gabinete da presidência da Câmara de Tavira, a inter-venção contempla igualmen-te a instalação de uma estátua de homenagem ao navega-dor tavirense João Vaz Cor-te Real, nos terrenos circun-dantes à Casa das Artes.

A obra de arte será es-culpida pelo mestre José Fa-ria e o desenho foi idealizado pelo falecido artista e profes-sor Bartolomeu dos Santos, que escolheu Tavira como residência nos seus últimos anos de vida e doou parte do seu espólio à Câmara de Ta-

vira, com vista à criação de um centro de gravura.

O valor global dos traba-lhos ascende aos 800 mil eu-ros, estando neste momento em «fase de procedimento». O prazo de execução da obra é de nove meses, podendo vir a beneficiar de fundos comu-nitários (o montante ainda não é conhecido).

O anúncio da requalifi-cação ribeirinha surge pou-cos dias depois de a Câma-ra de Tavira ter decretado a suspensão do estacionamen-to tarifado na margem es-querda da cidade. O paga-mento naquela zona havia sido decretado em 2008, ain-da durante o mandato do so-

cial-democrata Macário Cor-reia.

Por agora, fonte do exe-cutivo de Jorge Botelho (PS) garante que a medida está «em avaliação», embora a gratuidade naquela zona se deva manter até ao Verão.

Apesar o estacionamen-to tarifado ter sido imple-mentado em várias ruas da margem esquerda, poucos automobilistas recorriam ao pagamento, optando por al-ternativas gratuitas, embora mais distantes.

Ao que o «barlavento» apurou, vários parquímetros chegaram a ser vandaliza-dos, ficando interrompido o seu normal funcionamento.

filipe antunes | [email protected]

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barlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010

Tradição do Menino Jesus continua viva na serra algarviaEnquanto em São Brás existe a maior coleção de Meninos Jesus do país, em Santa Catarina, Tavira, há quem ainda conserve as raízes medievais do Natal na sala de estar

Aos 77 anos, nunca a dona Maria Valentina Jesus pen-sou que a sua sala se trans-formasse numa galeria de museu. Até ao passado do-mingo… altura em que o Mu-seu Municipal de Tavira/Pa-lácio da Galeria organizou uma visita cultural à tradição do presépio algarvio.

É que esta residente em Santa Catarina Fonte do Bis-po (Tavira) é a fiel detentora de dois Meninos Jesus cen-tenários, peças cuja origem remonta às mãos do mestre Faustino José Bernardo, co-nhecido como um dos anti-gos pinta-santos da serra al-garvia.

Como ele, havia mais três «faz santos» – José Martins Murteira e Ventura das Ne-ves – agricultores e carpin-teiros de profissão que, pe-rante a falta de trabalho nas invernias prolongadas, ocu-pavam o tempo fazendo ima-gens de santos não só para família, mas também para vender.

De tal modo assim foi que a localidade entalada na Serra do Caldeirão ganhou fama e transformou-se num dos maiores polos desta arte popular.

O exemplar de Valentina é uma das peças oferecidas pelo próprio artesão à famí-lia. Como ela, o «barlavento» descobriu haver mais pesso-as que ainda conservam relí-quias em casa, muitas delas esquecidas em gavetas.

Não é este o caso. De In-verno, o menino de faces ro-sadas e de rosto estranha-mente adulto, esculpido em madeira, permanece no quarto de Valentina Jesus, ao passo que na quadra na-talícia é cuidadosamente transportado numa redoma de vidro para a divisão de en-trada.

«O padre José da Cunha Duarte já me perguntou se eu o queria vender para o museu, mas eu disse que não. Enquanto for viva, te-nho o menino comigo, por-que tem um valor sentimen-tal. É mais velho do que eu», atira, decidida.

Esta história não estaria completa sem nova referên-cia ao padre José da Cunha Duarte, fundador do Museu Etnográfico do Trajo Algarvio (São Brás de Alportel), onde se encontra a maior coleção de Meninos Jesus do país.

Para atingir esta meta,

muito contribuiu a sua inves-tigação sobre as origens do Natal algarvio, trabalho que deu origem ao livro «Natal do Algarve – Raízes Medievais».

Apesar de o museu con-tinuar a adquirir relíquias, o pároco contou que muitas imagens dos pinta-santos estão dadas como perdidas. Outras foram mesmo para o lixo, como testemunhou, quando chegou ao Algarve, no início da década de 80, e iniciou a recolha.

Hoje, mais do que conser-var o valor das peças – que é muito –, José da Cunha Duar-te quer sobretudo preservar a memória, não abdicando por isso de armar os presé-pios tradicionais na sua pa-róquia de São Brás, onde na-turalmente o Menino está em primeiro plano.

Depois, há nestas ima-gens outras pistas que per-mitem ler a história e o con-texto social do passado. «Consoante as posses, as-sim se vestiam as figuras. Por isso, as mais pobres es-tão descalças, enquanto as que estavam nas famílias mais abastadas até apresen-tam sapatos de couro», exem-plificou ao «barlavento».

filipe antunes

Tradição remonta ao século XVISegundo o padre José da Cunha Duarte, foi no sécu-lo XVI que o Cardeal Bérul-le introduziu naquela região francesa a tradição das se-arinhas e das laranjas ao lado do Menino Jesus, para que Este abençoasse as se-

menteiras e as árvores de fruto.Em Portugal, este presé-pio ainda se conserva no Alentejo e no Algarve, sen-do representado por um trono em forma de escada-ria, onde um Menino apare-

ce de pé, ao centro, ladea-do por laranjas e searinhas de trigo. Apesar de a Revolu-ção Francesa ter introduzi-do os presépios de grandes dimensões, o Sul de Portu-gal conservou os modelos arcaicos. |F.A.

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Um Natal diferente na UcrâniaSob frio intenso e debaixo de neve, o Natal ucraniano é celebrado só no dia 7 de Janeiro, de acordo com o calendário ortodoxo. E as tradições são diferentes das portuguesas

Gostaria de descrever as Tradições e Costu-mes da celebração da

festa de Natal no meu país – a Ucrânia, que são totalmen-te diferentes, não só pela di-ferença da cultura de Leste, mas também pela diferença do clima.

O Inverno é muito frio na Ucrânia, com temperaturas até 25 graus negativos. Os campos e as árvores mudam o seu vestido por um cober-tor branco, formado de flo-cos de neve, que cobre tudo à sua volta. As árvores ficam muito lindas cobertas pela geada que intensifica mais o ar natalício.

Muitos dos seus costu-mes e tradições antigos têm sido, ao longo dos tempos, preservados e transmitidos de pais para filhos. O Natal é uma das celebrações mais importantes, incluída no ca-lendário de feriados religio-sos, que no meu país se co-memora no dia 7 de Janeiro, segundo o calendário velho.

No período soviético, contado pelos meus pais, o Natal não era festejado ofi-cialmente na Ucrânia. Contu-do, os ucranianos nunca es-queceram as suas tradições natalícias.

Na véspera do Natal, não se consome carne nem deri-vados de leite até à Ceia. A véspera de Natal, dia 6 de Janeiro, é chamada Sviaty Vetchir (noite santa). Neste dia, junta-se família toda e as pessoas dedicam-se so-mente à preparação da Ceia de Natal.

Um dos símbolos é a ár-vore de Natal, que tem que ser bem decorada com bo-

linhas de Natal. A mesa é decorada, simbolicamente, com o didukh, que é um pe-queno feixe de trigo, centeio ou aveia, decorado de forma especial, como símbolo de prosperidade, que é coloca-do na cabeceira da mesa.

A mesa natalícia é forra-da com feno seco e no chão também é espalhado al-gum feno, de forma a relem-brar que Jesus Cristo nasceu numa manjedoura. Em cima do feno, é colocada uma to-alha bordada, ou duas toa-lhas. Uma para representar os membros vivos da famí-lia e outra para os familiares que já faleceram.

Na mesa festiva, encon-tram-se 12 pratos de Ceia di-ferentes, que simbolizam os doze apóstolos de Jesus Cris-to. Muitos pratos, que com-põem a mesa festiva, são à base de vegetais, peixe, co-gumelos. Exemplo disso são os pratos típicos: borsch, va-renyky, golubtsi e muitos ou-tros. No centro de mesa, é colocado kalatch - semelhan-te ao pão doce com semen-tes de papoila.

O primeiro prato a ser servido é kutiá. O kutiá e fei-to com dois ingredientes de extrema importância: o trigo cozido, que simboliza a rique-za, e o mel, que é o símbolo de felicidade. Também cons-tam os miolos de nozes e se-mentes de papoila. O kutiá é servido pela pessoa mais ve-lha da família.

A Ceia começa quando aparece a primeira estrela no céu, o que significa que Jesus Cristo nasceu e os membros de família cumprimentam-se, pronunciando a expres-

são ”Kristos narodevsia”, que significa “Cristo já Nas-ceu”. Após a Ceia, a mesa é deixada com o resto dos ali-mentos até à manhã de Na-tal. Este ritual serve para ho-menagear os antepassados que, segundo a crença, de-vem ser relembrados nesta

noite. Na véspera de Natal,

após a Ceia, a família reúne-se e canta Kolhadkas, que tem subjacente temas reli-giosos, como o nascimento de Jesus Cristo. Também no dia de Natal, após a missa, e de regresso a casa, a família

reúne-se para cantar estas canções.

No Natal, as crianças e jovens reúnem-se e andam de casa em casa a cantar Kolhadkas, mascaradas de anjos, pastores, reis, e mos-tram a sua felicidade e diver-timento.

Tenho muitas saudades de celebrar o Natal na Ucrâ-nia, pois há muito tempo que não é possível reunir toda a minha família.

*Aluna do 10ºano, da Escola Secundária Manuel Teixeira

Gomes, de Portimão

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Yana Chaban*

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Os lados bons da VidaAs minhas recordações do Natal têm muito que ver com a minha infância. Há certamente outros Natais que já em idade adulta aconteceram, sobretudo com a presença dos meus filhos, dos quais guardo também gratas recordações.

Mas os da minha in-fância têm outro sentido. Vivíamos na

casa da minha avó materna, num espaço que, passados que foram muitos anos, quan-do de novo o visitei, me pare-cia pequeno demais para ali se ter feito tanta coisa, pois naquela única sala que dis-púnhamos se confecionava o que comíamos, sempre a cargo da minha avó, que as-sumia a responsabilidade da gestão dos recursos da casa, e, nesse mesmo espa-ço, o meu pai fabricava rou-pa, auxiliado por jovens cos-tureiras. Roupa nova que se estreava no dia de festa. Vi-víamos apertados, mas não amontoados.

A casa, que dispunha de mais alguns espaços, tinha lugares mágicos. Um poço na dita sala de entrada, com água suficiente para as lim-

pezas que regularmente ocu-pavam fins de semana, e também para nele se refres-carem as bebidas no Verão, através de um engenhoso processo. Mas o que impres-sionava e tornava o lugar má-gico era quando, através da queima de papel, se ilumina-va o espaço para tentar des-cobrir a altura da água que dispunha. Víamos então pare-des negras que desafiavam a nossa imaginação e, lá muito em baixo, a água, cuja origem nos intrigava. Seguia-se um longo corredor por onde já noutros tempos tinham pas-sado animais para se recon-fortarem numa manjedoura, após jornadas duras de tra-balho. A manjedoura ainda lá estava, a servir agora de de-pósito de trastes velhos, com a esperança de algum dia po-derem vir a ser úteis. No teto do longo corredor que lhe

Carlos Luís Figueira

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dava acesso, penduravam-se melões e secavam-se uvas que se comiam na noite de Natal, perfumando um per-curso que dava acesso à úl-tima divisão da casa. Lugar também ele misterioso, no qual se guardavam enchidos e conserva de azeitonas, se tratava e conservava a carne de porco. Misterioso porque

nele se respiravam cheiros diversos e, na obscuridade de alguns dos seus recan-tos, imaginávamos existirem animais perigosos, porque avisados estávamos da sua existência pelos nossos pais, e assim sendo só nos atrevía-mos a aproximar de tais labi-rintos em certos dias em que nos sobrava a coragem.

A ceia de Natal principia-va com uma sopa de feijão e espinafres, a que se seguia bacalhau frito de cebolada, terminando com um galo as-sado, porque para peru não havia dinheiro. Em anos de maior desafogo, o borrego substituía o galo. Mas era a seguir que vinha o melhor, os doces de Natal, as aze-

vias que por aqui, por influ-ência de Espanha, se cha-mam tortilhas, recheadas de doce de amêndoa ou de grão, em anos de maior aperto. Os doces antecediam os es-perados presentes. Embora a expetativa das ofertas es-tivesse sempre dependen-te da presença do tio Luis. Marinheiro de todos os ma-res, figura sempre deseja-da e nem sempre desfruta-da, trazia consigo, para além de histórias que alimentavam sonhos, brinquedos que an-tecipavam o tempo. Nessas noites, quando a esperança de podermos ter a sua pre-sença já se perdia e de súbito se abria a porta e entrava ele, alto e ruivo, com uma grande mala que de pronto se abria no chão da sala onde tudo se fazia, então a felicidade atin-gia-nos a todos. Estávamos num ano de Natal mais feliz.

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O regresso das filhas pródigasA falta de saúde e o cansaço, de mais

um dia de trabalho, produziam evidentes marcas no rosto de Justina.

O coração, esse «maganão», resistia a todas as canseiras e desgostos,

alguns deles ainda bem recentes. «Se o coração serve para amar também

servirá para sofrer!», pensava ela, enquanto batia as claras do bolo para

a ceia de mais um Natal.

Arménio Aleluia Martins

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que, em busca da felicida-de fácil e efémera, deixara casa, marido e uma filhinha de 3 anos, a Lurdinhas? E a Maria de Jesus, a outra filha, que casada, sem amor, com um primo, rompera essa li-gação, indo de abalada, com outro homem, até terras de França, deixando ao marido o encargo de cuidar das suas duas filhas? Saberá ela que o Gabriel morreu intoxica-do com algo que comera?». Uma certa angústia atinge-a enquanto limpa no aven-tal o dedo sujo de farinha e açúcar.

Indiferentes a tudo isto, a Lurdinhas e as suas primas Isabel Maria e Carla, que vie-ram viver com a avó, brincam despreocupadas. De vez em quando, os seus olhinhos di-rigem-se para a pequena ár-vore de Natal colocada ao canto da salinha, com as lu-zinhas a acenderem e a apa-garem, ao lado da qual se encontra um minúsculo pre-

sépio, símbolo do mais su-blime acontecimento da história da humanidade: o nascimento do Redentor.

Na ingenuidade dos seus verdes anos, poderia ver-se alegria, mas não aquela fe-licidade que faz transbor-dar corações e se reflete nos rostos, nos olhos e até nos próprios gestos. A falta dos pais, naquele momento, não poderia deixar de ser senti-da.

Acabara de chover e as-sim o frio fazia-se sentir com mais intensidade. O vento agita violentamente as rama-gens dos pinheiros que qua-se abraçam as casas alinha-das pela encosta acima, no bairro onde moram alguns dos trabalhadores da empre-sa em que trabalham.

Justina abre a pane-la para ver se o ensopado está quase cozido. Olha para o relógio e atravessa o cor-redor, indo ao encontro das suas netinhas, a maior rique-

Meu Deus, que Natal me dás este ano? E continuava agi-

tando a colher de pau com maior violência como que para afastar as imagens que fervilhavam na sua cabeça. Maquinalmente olha para o fogão, sobre o qual estava a

panela grande para cozinhar o galo que depenara horas antes.

Quanto mais queria es-quecer, mais as imagens surgiam na sua mente. Pen-sava «onde estará naque-le momento a Maria Anto-nieta, a sua filha mais nova

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za da sua vida amargurada. Faltam dez minutos para a meia-noite e dentro de pou-co tempo chegará António José, que sai do emprego a essa hora. As crianças, nor-malmente, vão cedo para a cama, mas, hoje, por ser um dia especial, partilharão com eles a Ceia do Natal, o que para elas constitui um moti-vo de prazer, por ser diferen-te dos outros dias.

Justina coloca na mesa a sua mais bela toalha e põe os melhores pratos e os co-pos do serviço que lhe ofe-receram quando casou. Até põe o talher inox e guardana-pos como se fosse receber visitas especiais. Ao centro, uma pequena jarra de flores e uns pratinhos com azeito-nas, miolos de amêndoa e bolinhos.

Estava a cortar o pão quando a porta se abre e en-tra o António José. Dá um sorriso para as crianças que, não sendo suas netas, adora

como se o fossem, enquan-to esfrega no rosto as mãos sujas.

- Justina, está um frio de rachar! Espera só um boca-dinho que eu vou lavar as mãos e volto já!

As crianças dão voltas à mesa, mirando o bolo grande e os bolinhos que estão nos pratos. Justina, com paciên-cia, diz-lhes para esperarem pelo avô. Sentam-se à mesa em silêncio. Já passam al-guns minutos da meia-noite. A canja é comida sem gran-de prazer. Justina serve os pratos com a precisão que sempre faz no dia-a-dia. Não há alegria no seu rosto e An-tónio José também está taci-turno. Olha para as crianças, cujos rostos inocentes e pu-ros estão tristes e os seus olhitos sem chama. Sentirão a falta dos pais? Pensa ele, sem se enganar.

Começam a comer as ba-tatas com a carne do galo, engordado durante largos

meses, quando no meio do ruído da noite invernosa e agreste sentem a chegada de um automóvel. Deixam de mastigar por momentos. Jus-tina levanta-se e vai esprei-tar pela janela. Vê um carro grande que lhe pareceu um táxi, donde saem duas mu-lheres. É com visível ansieda-de que sente os passos en-caminharem-se para a porta da sua casa. Batem ligeira-mente e ela vai abrir sem perguntar quem está. Duas mulheres jovens e ainda be-las entram naquela modes-ta casa, caindo nos braços da sua angustiada mãe. As crianças, essas sim, é que sentem com maior intensi-dade a alegria que trans-borda nos seus pequenos corações. Há sorrisos, há fe-licidade, há amor naqueles seres sentados em redor da-quela mesa, ainda há pouco tão silenciosa e triste. A Ceia do Natal fez unir mais uma família.

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barlaventoQuinta-feira16-12-2010

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w w w . b a r l a v e n t o . p tbarlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010

2 1R e g i o n a l RSimulacro de acidente fechou Via do InfanteO exercício foi o primeiro teste no terreno do plano de intervenção e permitiu detetar algumas falhas

Dois mortos e 15 feridos foi o resultado fictício do simu-lacro de acidente que decor-reu esta manhã na Via do In-fante, entre os nós da Penina e da Mexilhoeira Grande, no concelho de Portimão.O exercício, promovido pelo Comando Distrital de Ope-rações de Socorro (CDOS) de Faro, serviu para testar no terreno os procedimen-tos e a operacionalidade do Plano Prévio de Intervenção na A22, que se encontra ho-mologado, e que nunca tinha sido testado.

No final, o comandante do CDOS revelou que o exer-cício, denominado «Infan-te Seguro10», permitiu dete-tar falhas de «articulação e informação» entre os vários agentes de Proteção Civil.

Segundo Vaz Pinto, há «aspetos da operacionalidade que têm de ser melhorados, nomeadamente a articulação e a passagem de informação no terreno com as várias en-tidades envolvidas».

O simulacro tinha como

cenário dois acidentes gra-ves neste troço da A22: no sentido Portimão/Lagos, um camião cisterna carregado de materiais perigosos des-pistou-se e virou-se, tendo-se incendiado o depósito de gasolina. A intervenção dos bombeiros evitou que o fogo alastrasse à carga perigosa.No entanto, em consequên-cia do acidente, o motorista e o ajudante do camião cis-terna ficaram gravemente fe-ridos.

Devido ao fumo do in-cêndio, que atravessou a faixa de rodagem, no sentido con-trário da Via do Infante deu-se um choque em cadeia, en-volvendo cinco viaturas, uma das quais uma carrinha.

Um dos automóveis caiu do viaduto, estatelando-se cá em baixo e causando a morte dos seus dois ocupantes.

Deste choque em cadeia resultaram ainda 13 feridos, alguns dos quais tiveram de ser desencarcerados das via-turas sinistradas.

O simulacro, que contou

com a participação de meios da Proteção Civil, nomea-damente dos Bombeiros de Portimão, Lagoa, Lagos e Silves, bem como da GNR, do INEM/CODU, e até da empresa Euroscut, respon-sável pela concessão da auto-estrada A22, levou ao encer-ramento completo da Via do Infante, entre os nós da Pe-nina e da Mexilhoeira.

Enquanto durou o simu-lacro, o trânsito foi desviado pela GNR para a EN125.

Comentando o exercício,

a governadora civil Isilda Gomes sublinhou que «uma rápida resposta pode evitar a perda de muitas vidas».

No simulacro, estiveram envolvidos 126 operacionais, 46 viaturas ligeiras e pesadas dos diversos agentes de Pro-teção Civil. |J.G./E.R.

Veja mais fotos na galeria multimédia em www.barlavento.pt

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EMARP, EEM – PORTIMÃO

ADMISSÃO DE PESSOAL (M/F)

1 TÉCNICO SUPERIOR NA ÁREA DE GESTÃO INTEGRADA DE SISTEMAS

Requisitos: • Curso superior, de preferência numa área de engenharia; • Pós-graduação / Curso de especialização em sistemas integrados de gestão (com duração entre as 300 e as 400 horas); • Bom domínio da Língua Inglesa (oral e escrita); • Carta de Condução; • Conhecimentos de informática na óptica do utilizador.

As condições e o prazo limite de candidatura (23-12-2010), encontram-se afixadas na Sede desta Empresa Municipal, sita na Rua José António Marques, n.º 17 em Portimão.

Para mais informações, devem os interessados contactar os Recursos Humanos, através do telefone 282 400 266 ou consultar o site www.emarp.pt

Portimão, 14 de Dezembro de 2010.O Administrador Executivo,

(João Rosa)

josé

gar

ranc

ho

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barlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010

R e g i o n a l 2 2R

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Universidade do Algarve nunca subscreveuintervenção na barra da FuzetaO projeto para abertura de uma nova barra na ilha da Fuzeta não contou com a participação da UAlg, que só foi chamada a pronunciar-se quando a obra estava a começar

A Universidade do Algarve, que nunca subscreveu a solu-ção encontrada, avisou a Ad-ministração da Região Hi-drográfica do Algarve que a manutenção de duas bar-ras abertas, em simultâneo, na Fuzeta, em Olhão, pode-ria resultar no fecho da bar-ra que estava a começar a ser aberta, algo que acabou por acontecer pouco dias depois da inauguração da obra.

Apesar de ter sido cha-mada a pronunciar-se, a UAlg não participou na ela-boração de um plano para a obra, tendo apenas sido soli-citado o seu parecer «numa segunda fase», garantiu ao «barlavento» o geólogo e pro-fessor universitário Óscar Ferreira.

Segundo este especialis-ta em dinâmica costeira, ao contrário do que foi avança-do pela presidente da ARH do Algarve Valentina Calix-to a diversos órgãos de co-municação social, a Univer-sidade não participou na fase de estudo e na solução en-contrada.

«Houve um mal-enten-dido da parte da engenheira Valentina, com quem já falei. Era suposto termos dado pa-recer na primeira fase, mas o pedido acabou por não che-gar às nossas mãos», disse, sem querer aprofundar as ra-zões que levaram a este lap-so. Aquele pedido só chegou mais tarde.

«Fomos confrontados com a intenção da ARH numa altura em que a bar-ra que abriu naturalmente já estava fechada e que a nova já estava a ser aberta. Na al-tura, avisei que a manuten-ção de duas barras abertas ia levar a um processo de competição», explicou Óscar Ferreira. «Neste caso, infe-lizmente, ganhou a barra ve-lha», considerou.

A necessidade de abrir uma nova barra na Ilha da Fuzeta surgiu no seguimen-to da abertura de uma barra natural, frente à vila, na se-quência do mau tempo. Fo-ram também as condições adversas do mar que moti-varam o fecho quase total da barra recém aberta.

Este será um fator que irá estar presente na intervenção de emergência que terá de ser agora levada a cabo, para re-solver este problema. «O ide-al será uma intervenção qua-se simultânea de abertura da barra nova e fecho da velha, esperando que o mar ajude. As condições do mar, prin-cipalmente nesta altura do ano, são sempre problemáti-cas e de um grande grau de imprevisibilidade», referiu o geólogo da UAlg.

Na passada semana, Va-lentina Calixto já havia ad-mitido ao nosso jornal que o cenário de competição en-tre as duas barras e poten-cial fecho da barra nova esta-va em cima da mesa desde o início. Terá sido a tempesta-de que se abateu sobre a costa algarvia nos dias a seguir à inauguração que deitou tudo a perder, disse a mesma res-ponsável.

Óscar Ferreira reforçou esta ideia, já que, lembrou, a nova abertura na ilha da Fu-zeta foi sujeita «a mar bravo quando ainda não tinha ga-nho corpo suficiente». «No Inverno, este tipo de inter-venções depende sempre da boa disposição do mar», dis-se.

A ARH do Algarve já ad-judicou, entretanto, a obra de encerramento da barra velha da Fuzeta e começou um le-vantamento topo-hidrográ-fico na barra nova, para de-terminar quanta areia terá de ser retirada do local. A obra de fecho da abertura antes existente custará 750 mil euros. Já a abertura da barra entretanto quase fe-chada custou um milhão de euros.

Entretanto, os principais prejudicados por esta situa-ção continuam a ser os pes-cadores da Fuzeta, que vêm as suas condições de traba-lho deterioradas. E até foram os profissionais da pesca dos primeiros a avisar que a so-lução encontrada pela ARH e pelo Laboratório Nacio-nal de Engenharia Civil não ia resultar e que a barra iria fechar em pouco tempo…tal como realmente veio a acon-tecer.

hugo rodrigues | [email protected]

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D 2 3D e s p o R t o

luís

pere

ira

Uma «Atlântica» em formato de crise, mas com muitos planosO nº 6 da revista foi lançado, mas o ICIA já tem planos para mais outra publicação, agora voltada para o Mediterrâneo

Levaremos com profissionalismo e estamos gratos porque nos haveis confiado uma vida de Investigação e Dedicação em prol dos Produtos que

hoje Comercializamos, assim como dos Clientes que nos haveis delegado.

Jamais te esqueceremos Amigo e Colega Eng.º José Xavier Sequeira, Fundador da Odexlar LDA, Única Empresa Fabricante de Produtos Químicos para Higiene e Limpeza no Algarve, desde 1978.http://www.facebook.com/odexlar

Três anos depois do lança-mento do número anterior, eis que surge a revista «Atlân-tica» nº 6, em formato quase de bolso, reduzido. João Ven-tura, diretor da revista edita-da pelo Instituto de Cultura Ibero-Atlântica (ICIA), dis-se, no lançamento, que o for-mato se aproxima dos «cader-nos Moleskine» que Bruce Chatwin usava para a sua es-crita de viagens.

Apesar dos eufemismos e das evocações literárias, a verdade é que o formato qua-se de bolso da «Atlântica»

tem a ver é com a crise, que cortou de forma substancial os financiamentos da revista, em especial os da Câmara de Portimão, mas também algu-ma publicidade. Até o presi-dente da Câmara Manuel da Luz, presente na sessão de lançamento, admitiu que este tamanho é «sinal dos tempos que vivemos».

O nº 6 foi lançado na Casa Manuel Teixeira Gomes, pe-rante cerca de uma centena de pessoas, em dia de feria-do municipal e cerca de hora e meia depois de o Presiden-

te da República Cavaco Sil-va ter encerrado, logo ali em frente, um ano de Comemo-rações dos 150 anos do Nas-cimento do escritor e político portimonense.

A revista foi, por isso, apresentada como fazendo parte ainda desse ciclo co-memorativo. Mas a verda-de é que, nas suas páginas bonitas, apenas é feita uma evocação do escritor, através da republicação de uma car-ta de Teixeira Gomes a João de Barros, editada na revista «Atlântida», dirigida por este último, em 1927.

O texto, apesar de não ser um inédito produzido de pro-pósito para a revista contem-porânea (nem o poderia ser, tendo em conta o autor…), tem, segundo a presidente do ICIA, «muita atualidade», já que fala «da Língua Por-tuguesa e da forma como é entendida em Portugal e no Brasil», remetendo, por isso,

para a questão do Acordo Or-tográfico.

Apesar de não cumprir a sua anunciada integração nas comemorações do sesquicen-tenário de Teixeira Gomes, a «Atlântica» contém, ao lon-go das suas cerca de 80 pági-nas, que apresentam o grafis-mo irrepreensível de sempre, motivos de sobra de interes-se para ler ou simplesmente olhar.

Entre os autores, desta-que para Marina de Mello e Souza («Os negros do Bra-sil colonial»), Juan Villoro («Cidade do México: o céu artificial»), Maria da Graça Ventura («Lugares de Parti-da - Portimão») e ainda Isa-bel Drumond Braga («Os ali-mentos do Novo Mundo na tradição gastronómica por-tuguesa»). Ou para as ilustra-ções de Daniel Barraco, so-bre Frida Khalo.

E a «Atlântica», certa-mente refletindo os tem-

pos de contenção orçamen-tal, aproveita ainda trabalho já conhecido, como as belís-simas imagens do algarvio João Mariano ou as estra-nhas fotos do argentino Júlio Pantoja.

Na apresentação, João Ventura anunciou que ain-da não sabe se este será ou não «o último número» da «Atlântica». Mas a presiden-te do ICIA, Maria da Graça

Ventura, por sinal mulher do diretor da revista, adiantou que este instituto, que tem sede em Portimão, até já tem «um novo projeto em mar-cha», o de uma outra revista, chamada «Meridional», asso-ciada a um novo projeto de investigação, voltado para o Mediterrâneo.

Uma prova de que a crise só é financeira e não afeta as ideias e os projetos.

elisabete rodrigues | [email protected]

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Lídia Jorge continua a “tender” livros na casa de sua avó

O grau de Doutora Honoris Causa da Universidade do Algarve foi ontematribuído à escritora algarvia, que confessa que, no Algarve, «há uma grande familiaridade, como se houvesse uma espécie de responsabilização» por ela

Ser homenageada na região que a viu nascer e onde nas-ceu muita da sua obra, con-fessa Lídia Jorge, tem um sabor especial. A escritora natural de Boliqueime, Lou-lé, é desde ontem Doutora Honoris Causa da Universi-dade do Algarve, instituição que acompanha desde a sua génese e da qual conhece «a problemática, ambição, natu-reza e desejo de afirmação».

A autora algarvia foi a convidada desta semana do programa radiofónico «Im-pressões», dinamizado em conjunto pelo «barlavento» e pela Rádio Universitária do Algarve RUA FM. O progra-ma foi emitido originalmente ontem e pode voltar a ser ou-

vido na íntegra no sábado, às 12 horas, em 102.7 FM ou em www.rua.pt.

No ano em que celebra 30 anos desde que viu a sua pri-meira obra «O Dia dos Prodí-gios» publicada, Lídia Jorge recebe uma honra há muito anunciada. «Foi um dos dias mais importantes da minha vida. Tinha conhecimento de que o Doutoramento me ia ser atribuído há bastante tempo, mas por acaso aconte-ceu tudo em simultâneo. Fi-quei muito comovida», disse.

Esta distinção aconte-ce numa altura em que Lí-dia Jorge se prepara para lançar uma nova obra. «Ter-minei agora um livro e ele sairá em Março», anunciou.

à editora e «sair da mão» do escritor, Lídia Jorge faz sem-pre questão de à região tra-zer as suas obras novas. «Gos-to de sentar-me em locais que eu gosto, onde encontro ami-gos e leitores preferenciais. Sítios onde encontro pessoas que estão à espera de um livro meu», disse.

«Acho que as pessoas aqui do Algarve estão à es-pera de ver como um escri-tor que saiu daqui está vendo o mundo. Tentam ver o meu percurso e o que agora digo. E é muito curioso como há muitos que me telefonam ou mandam mensagens para sa-ber quando lanço um livro novo. Há uma grande fami-liaridade, como se houves-se uma espécie de responsa-bilização por mim, que me é muito grata», confessou.

Com a serenidade que a carateriza, Lídia Jorge dei-xou ainda uma apresentação. «Sou uma pessoa que se en-tregou à escrita de alma e co-ração, que gosta do mundo, mas não está satisfeita com o mundo, e que precisa de o transfigurar para ter a ideia que faz algo por ele. De resto, gosto de criar objetos que eu sinta que têm beleza. Tenho a ideia que é a minha forma de me ligar com os outros. Gos-

to, acima de tudo, das pesso-as e de dialogar com elas e os meus livros são uma espécie de diálogo», descreveu.

Na sua obra, apesar de o Sul nem sempre estar pre-sente, a influência da região é constante, já que Lídia Jor-ge passa grandes temporadas na casa que era de sua avó, onde a sua mãe agora habita, e aproveita para escrever. «A minha avó tinha uma mesa onde tendia o pão. Agora é a mesa que eu uso. Gosto da sensação que estou a tender alguma coisa», disse.

Em Loulé, foi programa-do um conjunto de iniciativas para homenagear a escritora e refletir sobre a literatura no Algarve. Uma delas é o En-contro de Escritores «Existe uma escrita a Sul?», no dia 11 de Janeiro.

A rir, Lídia Jorge confes-sa que «é muito difícil» res-ponder a esta pergunta e pre-fere esperar pela iniciativa, que contará ainda com Gas-tão Cruz, Nuno Júdice e Fer-nando Cabrita. Mas acrescen-tou que acredita que há um traço comum aos escritores da região, que descreve como «uma espécie de deslumbra-mento, em face da luminosi-dade, que cria uma espécie de rasgão na realidade».

Para já, como o processo de edição ainda decorre, a escri-tora prefere guardar o segre-do quanto ao nome e tema da obra.

«Coloco o Algarve como uma rota especial, quando lanço um livro», garantiu. Apesar de a gestão da distri-buição e promoção pertencer

hugo rodrigues | [email protected]

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barlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010

C u lt u R a 2 4C

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Carta ao diretor

Exmº Senhor Diretor do Semanário Barlavento

Publicou o jornal que V. Exª. dirige, na edição de 9 de Dezembro do corrente, um artigo intitulado «Co-lóquio e música põem um ponto final num ano de co-memorações» de Manuel Teixeira Gomes. A notícia é baseada em parte numa en-trevista que concedi, a este propósito, para esta edição. Corresponde no essencial ao que foi afirmado. Mas, porque contém pequenas imprecisões e omissões que podem levar os leitores a uma apreciação menos obje-tiva do seu conteúdo, solici-to a publicação dos seguin-tes esclarecimentos:1 - A Programação das Co-memorações foi cumprida em mais de 90 por cento. A ópera «Sabina Freire», libre-to e partitura, encontra-se completada. Simplesmente, face aos custos elevados da sua produção, foi decidido, por unanimidade, não a le-var à cena. A comissão exe-cutiva das comemorações esteve inteiramente solidá-ria com o executivo camará-rio nessa decisão. 2 - Não foi expressa, du-rante a entrevista, qualquer “mágoa” pela não apresen-tação da ópera. Antes sim, foi realçado o pragmatismo e inoportunidade da não

apresentação do espetácu-lo, face às dificuldades con-junturais que o país - e não apenas o município de Por-timão - atravessa. Foi igual-mente manifestada a es-perança da sua realização, num contexto mais favorá-vel.3 - Foram omitidas as mi-nhas afirmações sobre a postura da Câmara nestas Comemorações e que pas-so a relembrar. Recebi sem-pre inequívoco apoio e estí-mulo de todos os vereadores e, em particular da senhora vereadora da Cultura e do senhor presidente da Câma-ra Dr. Manuel da Luz. Sem esse apoio, estímulo, empe-nho e confiança demons-trados, não seria possível estas Comemorações nacio-nais atingirem a diversida-de de eventos, o brilho e a qualidade da programação, o nível dos autores e artistas presentes, a elevada partici-pação de público que teve.Todos devemos estar orgu-lhosos pelo conjunto destas realizações nacionais, que contaram exclusivamen-te com o esforço da Câma-ra Municipal de Portimão, e que obtiveram a excelên-cia que raras comemorações nacionais, em homenagem a outras personalidades atin-giram, essas sim, mobili-zando meios avultados, dis-ponibilizados pelo poder

central em vários períodos da nossa Democracia.Agradecendo a atenção dis-pensada pelo «barlavento» às Comemorações, duran-te todo o ano de 2010, apre-sento-lhe os meus melhores cumprimentos

Com elevada estima e con-sideração

José Alberto Quaresma(Comissário para as Come-morações Nacionais do 150º Aniversário do Nascimento de Manuel Teixeira Gomes)

Nota da direção: a autora do artigo nunca atribui a pala-vra «mágoa» ao comissário José Alberto Quaresma. No entanto, tendo em conta que a ópera «Sabina Freire» foi apresentada pela Câmara e pela Comissão como o coro-lário das Comemorações, a decisão de não a levar à cena por questões orçamentais só pode representar uma má-goa…e quem sabe uma má-cula.As declarações do comis-sário José Alberto Quares-ma omitidas foram-no ape-nas por razões evidentes de espaço – que não é infini-to nos jornais. Visto que se tratava somente de naturais elogios à Câmara, conside-rou-se que não seriam ma-terial mais relevante que o que foi publicado.

Presidente da República faz elogios a Teixeira GomesCavaco Silva presidiu à sessão de encerramento do ciclo comemorativo. Manuel da Luz lamentou a falta de apoios oficiais

Manuel Teixeira Gomes «nunca tolerou a desonesti-dade, sobretudo quando en-volvia dinheiros, públicos e privados», sublinhou o Pre-sidente da República Cava-co Silva, na sessão solene de encerramento das comemo-rações dos 150 anos daquele escritor e político portimo-nense, que decorreu sábado, no Teatro Municipal de Por-timão.

Elogiando o também an-tigo Presidente da Repúbli-ca, de quem Cavaco Silva disse ainda que «a sua dig-nidade pairava muito acima das querelas dos grupos e das facções», o atual Chefe de Es-tado quase assumiu Manuel Teixeira Gomes como uma sua alma gémea, para mais algarvia como ele.

«Acima de tudo, amava o Algarve e sua paisagem», disse Cavaco de Teixeira Go-mes, por entre muitos elogios à sua obra literária e ação po-lítica e diplomática.

«O patriotismo profundo e inabalável é a maior lição que Teixeira Gomes nos deu ao longo de uma vida sin-gular», acrescentou ainda o Presidente da República.

Apesar de daí a pouco ir receber das mãos do pre-sidente da Câmara de Porti-mão a chave de ouro da ci-dade – uma homenagem que

disse muito o honrar, «en-quanto Presidente da Repú-blica mas também enquanto cidadão português nascido no Algarve» -, Cavaco Sil-va não deixou, ainda assim, de dar umas ferroadas: «Por-timão é hoje muito diferente da terra que viu nascer Ma-nuel Teixeira Gomes (…). O litoral algarvio sofreu pro-fundas transformações, algu-mas das quais mereceriam, sem dúvida, a reprovação de um humanista que, antes de tudo, se deixou seduzir pela beleza das paisagens».

Indiferente a esta peque-na ferroada presidencial, o autarca socialista Manuel da Luz fez um discurso que, em certas passagens, poderia até ser confundido como apoio a Cavaco Silva. Foi assim, por exemplo, quando expli-cou os requisitos que nor-teiam a atribuição da Chave de Ouro da cidade, acrescen-tando depois: «quero crer que Vossa Excelência, Se-nhor Presidente, multipli-ca estes requisitos formais, merecendo de todos os cida-dãos de Portimão, um enor-me carinho e admiração». Manuel da Luz considerou mesmo que «a nossa Chave não poderia estar em melho-res mãos».

Mas o discurso do pre-sidente da Câmara de Porti-

mão, como não podia deixar de ser, foi centrado no balan-ço das Comemorações, que tiveram um saldo reconheci-damente positivo, fosse pela qualidade das iniciativas, fosse pelo público envolvido.

No entanto, o autarca não deixou de lamentar a falta de apoio para estas comemo-rações nacionais, nominal-mente integradas nas come-morações do Centenário da República, mas das quais nunca receberam qualquer incentivo. «Tudo foi feito com muita dignidade, apesar dos condicionalismos im-postos pelos modestos meios ao dispor do Município, que não contou com qualquer tipo de apoio oficial», disse. «Aliás, este programa pode-ria muito bem ter criado raí-zes regionais em vários pon-tos do país, mas parece que um certo complexo centra-lista ainda se faz sentir entre nós», acrescentou Manuel da Luz.

A cerimónia culminou

com a entrega de medalhas das Comemorações, meda-lhas de mérito municipal e ainda com a entrega de pré-mios aos vencedores do Con-curso Literário Juvenil Ma-nuel Teixeira Gomes. Uma

das jovens vencedoras não se coibiu mesmo de pedir um autógrafo ao Presidente da República.

A culminar a sua visita oficial a Portimão, em pleno Dia da Cidade, Cavaco Sil-

va e a sua mulher desloca-ram-se também ao Museu de Portimão. Aí, Maria Cavaco Silva recebeu, das mãos da antiga operária conserveira Gigolete Loirinho, um belo ramo de flores.

elisabete rodrigues | [email protected]

Saiba mais sobre a visita do Presidente da República e o encerramento das comemorações em www.barlavento.pt

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w w w . b a r l a v e n t o . p tbarlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010

d e s p o r t o 2 5d

Jessica Augusto e equipa feminina de Portugal sagram-se campeãs europeiasA prestação portuguesa no Europeu das Açoteias saldou-se em sete medalhas, quatro individuais e três coletivas

A portuguesa Jessica Augusto sagrou-se no domingo campeã europeia, enquan-to a seleção de Portugal conseguiu o terceiro triunfo consecutivo em senio-res femininos, nos Europeus de Corta Mato, disputados nas Açoteias, em Al-bufeira.

Dulce Félix, que perdeu nos úl-timos metros o 2º lugar para a tur-ca Binnaz Uslu (26.57 minutos), fechou o pódio individual, com a me-dalha de bronze, em 26.59 minutos. Marisa Barros (5ª, com 27.06 minu-tos) e Sara Moreira (9ª, 27.26) conclu-íram a prestação da seleção portugue-sa para a tabela coletiva, com um total de 19 pontos. A algarvia Ana Dias, já fora do contingente que pontuou, fe-chou o top-10 individual e Anália Rosa foi a última portuguesa, no 32º lugar. Na classificação coletiva, depois do 1º lugar de Portugal, classificou-se a Grã Bretanha (2º lugar, com 65 pontos), e a Espanha (3ª, com 72). Portugal conseguiu assim o feito inédi-to de revalidar o seu título coletivo pelo terceiro ano consecutivo, em seniores femininos, depois dos sucessos em Bru-xelas (2008) e Dublin (2009). Este é o oitavo título coletivo para as atletas por-tuguesas.

A prestação portuguesa nestes Euro-peus de Corta Mato saldou-se ainda em mais duas medalhas, de bronze. O portu-guês de origem marroquina Youssef El Kalai classificou-se em 3º lugar na prova

de seniores masculinos, enquanto Rui Pinto foi também 3º, mas em juniores. Jessica Augusto, que há dez anos se ti-nha sagrado campeã europeia de ju-niores de corta mato e já tinha sido 2ª classificada em seniores em 2008, con-seguiu nas Açoteias a sua primeira me-dalha de ouro individual como sénior. «Foi uma vitória fantástica. Cheguei isolada, mas não foi uma vitória as-sim tão fácil, porque, quando passo na meta com duas voltas por fazer, já es-tava a sofrer bastante. Pensei que só precisava de sofrer um pouco mais para vencer», disse a atleta portuguesa. A vencedora dedicou o triunfo ao pú-blico português que se deslocou à pis-ta das Açoteias, às colegas de equipa e também à família, especialmente à mãe, que «apareceu de surpresa» para apoiar e, no final, dar um abraço à filha.

Medalhas de Portugal

Individuais:1º lugar (ouro) Jessica Augusto (seniores femininas)3º lugar (bronze) Dulce Félix (seniores femininas)3º lugar (bronze) Youssef El Kalai (seniores masculinos)3º lugar (bronze) Rui Pinto (juniores femininos)

Coletivas:1º lugar (ouro) Seniores Femininas2º lugar (prata) Seniores Masculinos2º lugar (prata) Juniores Masculinos

Beira Mar arrasado em Lagos por 12-1O clube de Monte Gordo atravessa uma fase negra, mas o seu treinador ainda tem esperança de uma reviravolta

Foi vergonhosa a goleada sofrida pelo Beira Mar de Monte Gordo, em Lagos, frente ao Esperança, no passado domingo, na 11ª jor-nada da 3ª Divisão-Série F. Uma derrota por 1-12, que já não se usa em futebol sénior, muito menos entre equipas do mesmo campeo-nato, e que só não caminhou para números ainda mais expressivos porque os lacobrigenses tiraram o pé do acelerador, tão fraca foi a prestação do emblema de Monte Gordo.

Depois da falta de comparên-cia no Fabril, registando por der-rotas os jogos disputados e com esta prestação paupérrima, o Bei-ra Mar dificilmente conseguirá não só manter-se nos Nacionais, como manter a equipa a compe-tir.

O Messinense também ga-nhou (2-0 ao Costa a Caparica) e por isso ascendeu à 5ª posição, a um ponto do Esperança, que é 4º.

Mostrando as suas fragilida-des, o Beira Mar de Monte Gordo apresentou-se em Lagos com três jogadores no banco, mas só um deles, o guarda-redes Tiago Oli-veira, estava em condições de ser utilizado. Os outros dois, Pablo e Soares, lesionados, faziam figura de corpo presente.

No terreno, os montegordi-nos foram os primeiros a marcar e por instantes ficou a sensação

de que poderiam fazer uma exi-bição agradável. Tudo não passou de um aguaceiro festivo, e depres-sa o sol raiou para os lacobrigen-ses, que, sem terem de acelerar muito, chegaram à dúzia de go-los. Com isso impuseram ao Bei-ra Mar uma derrota pesadíssimo, que o treinador Paixão, antiga glória do Farense, teve dificulda-des em justificar.

«Foi mau de mais para uma partida de futebol. A minha equi-pa não se encontrou em campo. Temos vindo a trabalhar limita-dos, sobretudo porque há jogado-res lesionados, mas isso não expli-ca tudo. Pedi aos meus jogadores que tentassem não correr riscos, mas afinal não fizeram nada do que lhes pedimos e quando assim é, não há nada a fazer», disse Pai-xão.

Num piscar de olhos ao que resta da 1ª Fase, o técnico dos montegordinos acredita que o mi-lagre da recuperação pode aconte-cer.

«Em conversa com o presi-dente, este garantiu-me que vai tentar resolver as coisas financei-ramente e que vão ser inscritos quatro ou cinco jogadores ainda esta semana. Se assim for, aumen-taremos as opções e, porque na 2ª Fase as equipas partirão com me-tade dos pontos, tudo ficará em aberto».

antónio martins | [email protected]

barla

vent

o

Daúto Faquirá: «Se chegarmos a meio da segunda volta numa boa posição, objetivos podem ser redefinidos»Treinador do Olhanense admite que plantel fica enfraquecido se Vinícius, Jardel ou Paulo Sérgio abandonarem o clube no mercado de Inverno

se-ão redefinir objetivos».Apesar dessa ambição,

Daúto Faquirá lembra que «as coisas têm que ser feitas de forma gradual e consisten-te» e aponta alguns problemas que o clube ainda enfrenta. «Temos muitas limitações a nível estrutural. É importan-te termos um campo de apoio e uma estrutura cada vez mais profissional e é para isso que trabalhamos diariamente. Temos a ambição de criar ali-cerces mais fortes neste clu-be e projetar cada vez mais o nome de Olhão. Este proces-so tem que ser feito com mui-ta calma, porque já vi muitos clubes a perspetivar uma pre-sença na Europa e depois aca-bam por cair».

A boa temporada do Olha-nense aguçou o apetite de vá-rios clubes por jogadores do clube algarvio e Jardel, Vi-

nícius e Paulo Sérgio podem estar de saída do José Arcan-jo. O treinador do Olhanense admite que, a confirmarem-se as saídas, o «plantel ficará enfraquecido», mas que exis-tem jogadores referenciados pelo clube. «Em termos des-portivos, não é benéfico per-dermos jogadores que têm sido fundamentais para nós, até ao momento. Se perder-mos esses jogadores, é natural que o plantel fique enfraque-cido, mas estamos a trabalhar já nesse aspeto. Fomo-nos acautelando, fazendo traba-lho quer para o mercado de Janeiro, quer para o próxi-mo ano, dependendo do en-caixe que for feito. Se algum jogador sair, há várias hipó-teses para não beliscar a força deste grupo», garante. Além da boa prestação na Liga Zon Sagres, o Olhanense mantém-

se em prova na Taça da Liga e na Taça de Portugal, com um adversário em comum nas duas competições: o Ben-fica. Daúto Faquirá admitiu ao «barlavento» que o sorteio não foi o mais favorável, mas que a equipa vai tentar seguir em frente. «A Taça da Liga e a Taça de Portugal são provas para as quais aquilo que o sor-teio dita tem uma importân-cia extrema. Na Taça da Liga, temos o Aves, o Marítimo e o Benfica e só uma equipa é apurada no grupo. Na Taça de Portugal, encontramos o Benfica, em campo alheio. Podíamos ter tido um sorteio mais favorável, mas vamos tentar ir o mais longe possí-vel. A partir do momento em que as coisas estão definidas, não vale a pena lamentarmo-nos. Já jogámos no Estádio da Luz este ano e tivemos um

comportamento honroso. Va-mos tentar repeti-lo e talvez tenhamos mais sorte».

Este fim de semana, o Olhanense joga em casa com o Nacional da Madeira para a Liga Zon Sagres. Daúto Fa-quirá quer que a partida mar-que o regresso da equipa às vitórias (os rubronegros so-mam seis jogos sem vencer), mas refere que o jogo apenas assume importância por ser o «próximo» e porque, em caso de vitória, ajudará nos objeti-vos da equipa. «Se conseguir-mos 18 pontos, e penso que vamos conseguir fazê-los, va-mos ficar mais perto dos nos-sos objetivos. Além disso, por irmos para um descanso, se ganharmos, essa semana de férias será melhor, mais tran-quila e entraremos no novo ano de forma mais positiva», conclui.

Faz seis meses que Daúto Fa-quirá chegou a Olhão para fa-zer um «campeonato melhor que no ano passado». A equi-pa já andou nos lugares cimei-ros, mas caiu para o meio da tabela, a sete pontos dos luga-res de descida e a seis dos lu-gares europeus. Por enquan-to, o treinador do Olhanense não quer assumir objetivos mais ambiciosos do que a ma-nutenção na Liga Zon Sagres, mas admite que, a meio da se-gunda volta, os objetivos po-dem ser repensados.

Em entrevista ao «barla-vento», Daúto Faquirá, que faz um balanço positivo dos seis primeiros meses de traba-lho no Algarve, afirmou que o Olhanense tem uma «equipa boa, ambiciosa, com muitos jogadores com sede de vitó-rias e de aparecer, e essa tem sido a nossa arma até ao mo-mento. Não fugimos daquilo que é a nossa realidade, mas a nossa ambição faz-nos pen-sar que, se chegarmos a meio da segunda volta em posições mais acima na tabela, poder-

nuno costa | [email protected]

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barlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010

2 6d e s p o r t o d Campeonato Distrital

José Pires

Campo Municipal de LouléÁrbitro: Carlos Cabral, Auxiliado por Ricardo Glória e João Ferreira.Campinense: Joel, Vítor Silva, Miguel Tei-xeira (Cap.), José Miguel, Diamantino, Síl-vio (Mário Costa 62), Paul Mota, Tiago Bote-lho (Dani 55), Ricardo Sousa, Hélder Martins, Garrana (Diogo Santos 88).Treinador: José Miguel.Faro e Benfica: Nuno, Baresi, Maia, Uva, Hugo Santos(Pinto 81), Pépe(Marco 88), Jaime(74), Luís Viegas, Valério, Galinha, Candeias(Cap.) Treinador: Luís Pires.Golo: Dani (59).Cartões amarelos: Diamantino (23), Hélder

Martins (31), Baresi (46), Galinha (67,77), Luís Viegas (77).Cartão vermelho: Galinha (77)

Em dia de aniversário, Dani saltou do banco para brindar a massa associativa com o golo da vitória, num remate rasteiro e colocado. Os pri-meiros minutos da partida pertenciam aos lou-letanos, mas a meio da primeira parte já o jogo esteva equilibrado, cabendo as melhores opor-tunidades ao Faro e Benfica. Mas Luís Viegas e Jaime viram Joel negar o golo com duas boas intervenções.

No outro lado, Nuno negou o golo a Hél-der Martins. A entrada de Dani seria determi-nante. Quatro minutos após a sua entrada em campo, encontrou o caminho daquele que viria a ser o golo decisivo. Arbitragem regular.

Dani foi decisivoCampinense 1 Faro e Benfica 0

Paulo Jesus

Estádio Municipal de Quarteira, em Quarteira.Árbitro: Nuno Brito, auxiliado por Ricardo Martins e José Albino.Quarteira: Miguel; Cristiano, Fábio Marques, Dani, Madeira, Cambuta (Tinaia, 90), Marcel, Túlio Benje, Filipe Nunes (Moki, 89), Hugo e Marcelo (Ema, 73).Treinador: Luís ResendeFerreiras: Nélio; Luís Ferreira (Flávio Manuel, 65), Pedro Colaço, Diogo Afonso, Ricardo Mes-tre, Flávio Lança (Pedro Casimiro, 80), Boni-fácio (Wilson, 85), Peixinho, Ricardo Pereira, Pias e Jair.Treinador: Ricardo MoreiraGolos: Pedro Colaço (43) e Filipe Nunes (45 e 68).

Cartões amarelos: Fábio Marques (10), Túlio Benje (19), Pedro Cilaço (86 e 87), Pias (86 e 87), Jair (89) e Peixinho (89). A alteração no comando técnico do Quarteira surtiu o efeito desejado, uma vez que Luís Re-sende sentou-se no banco e viu a sua equipa ga-nhar ao Ferreiras, num jogo onde o avançado Filipe Nunes esteve com o «pé quente», uma vez que os seus dois golos foram marcados de livre direto, a mais de 25 metros da baliza de Nélio. Foram dois lances de bola parada, que fizeram a diferença no desfecho final. Já o Fer-reiras, apesar de ter mais tempo a bola em seu poder, fazendo-a circular entre os jogadores, andou sempre atrás do resultado e isso fê-lo per-der o discernimento, fator bem aproveitado pelo Quarteira. Arbitragem em bom plano.

Pé quenteQuarteira 2 Ferreiras 1

Colaboração Algarve FM

cada lado, a coincidir com um des-fecho justo e que abre boas perspe-tivas para ambos, no que concerne à manutenção na 1ª Divisão Distrital. Decorria o segundo minuto, ainda as equipas se posicionavam no terreno,

e já o Armacenense se adiantava no marcador. Miguel Oliveira captou a bola junto ao grande círculo e, sem oposição, galgou terreno até chegar junto da área do Guia, rematando com êxito. Reagiu de pronto o Guia

António Agapito

Complexo Desportivo Arsénio Catu-na, na Guia.Árbitro: Bruno Brás, auxiliado por Pedro Sancho e Tiago Cravo.Guia: Nuno Benedito; Cabral, Ba-talha, André Gomes, André, Mar-quinho, Américo (Nuno Costa, 78), Abentes, Chico (Pedro Rodrigues, 74), Mário José (Bruninho, 83) e Adriano.Treinador: Rui ClementeArmacenense: Palminha; Catita, Rui Guerreiro, Copos, Paco, Ocea-no, Nelson Moutinho (Jimmy, 90), Pedro Santos, Rui Monteiro (Pisco, 68), Miguel Oliveira e Nuno Vieira (Aaron, 82).Treinador: Carlos SimõesGolos: Miguel Oliveira (2), Mário José (9), Oceano (47) e Adriano (64).Cartões amarelos: Catita (28), Chi-co (45) e André Gomes (47). Jogo animado, entre vizinhos, onde não faltaram os golos, dois para

Jorge Peres

Campo da Torrinha, em Moncara-pacho.Árbitro: Gonçalo Sousa, auxiliado por Jorge Nunes e André Nunes.Moncarapachense: Bruno Guerrei-ro; Lelo, Celso Borges, Luís Men-des, Pedro Silva, Ruben, Marco Sou-sa (Steven, 79), Vítor Russo, André Rosa (Carlos Reis, 62), Marco Sousa e Luís Cavaco.Treinador: Miguel SerôdioQuarteirense: Lamah; Filhó, Rui Graça, Trindade (Josimar, 77), Ida-lécio, Carolo, Vandame, Rodrigo (Diogo, 83), Vila, Anderson e Cláu-dio (Toni, 63).Treinador: MaritoGolo: Anderson (32).Cartões amarelos: Anderson (28), Diogo (30), Marco Sousa (62), Trin-dade (71), Carlos Reis (72) e Filhó (85).

As reduzidas dimensões do campo pelado do Moncarapachense difi-cultaram, e muito, as ações ofensi-vas programadas pelo Quarteiren-se, no sentido de ganhar e manter-se na liderança do campeonato. Valeu o golo de Anderson, aos 32 minutos, depois da bola ter andado quase per-dida na pequena área do Moncara-pachense, isto no seguimento de um pontapé de canto.

O líder, apesar de ter mais tem-po a posse de bola, raramente con-seguiu fazê-la circular e, perante um opositor bastante aguerrido, viu-se na contingência de usar a mesma es-tratégia, ou seja, optar por um fute-bol direto.

Houve muito nervo de parte a parte, os locais chegaram a amea-çar a igualdade e o Quarteirense só respirou de alívio quando o jogo ter-minou.

Boa arbitragem.

Triunfo sofridoMoncarapachense 0 Quarteirense 1

Animado e justoGuia 2 Armacenense 2

e aos 9 minutos, por intermédio de Mário José, restabelecia a igualda-de. Estava dado o mote para um jogo aberto e recheado de lances interes-santes, numa e noutra baliza.

Dois minutos após o intervalo, o Armacenense voltou a adiantar-se no marcador, desta vez com o golo a pertencer a Oceano. De novo se as-sistiu a uma atitude positiva do Guia que, com todo o merecimento, voltou a empatar, desta vez por Adriano.

O 2-2 parecia não agradar a ne-nhum dos conjuntos e isso foi bom para o espetáculo. Voltaram a ver-se lances interessantes nas duas áreas, nos quais os defesas se superioriza-ram aos atacantes. Boa arbitragem.

Rui Clemente, treinador do Guia , considerou que foi um «re-sultado certo, num bom jogo de fu-tebol onde as três equipas estiveram bem».

Por seu lado, Dário Marques, treinador adjunto do Armacenense, revelou que «queríamos vencer, mas o empate também nos agrada».

Almancilense estreia a ganharAo cabo de 12 jornadas, finalmente o Almancilense obteve o primeiro triunfo. Foi na receção ao Imortal (3-0) e,

com esta vitória, a equipa de Almancil entregou o último lugar ao Aljezurense, goleado em Vila Real de Santo António por 0-8. O líder Quarteirense obteve triunfo difícil em Moncarapacho e ao 3º lugar subiu o Silves,

que foi ganhar a Odeáxere (2-0) e beneficiou do desaire do Ferreiras, em Quarteira (1-2).

José Nobre

Campo Rossio das Eiras, em Odeá-xere.Árbitro: Luís Costa, auxiliado por Filipe Pereira e Luís Caiado.Odeáxere: Hugo Furtado; João Paulo, Miguel (João Santana, 82), Roberto, Janita, Márcio (Bablina, 58), Madeira, Sérgio Brito, Vitinha (Lino Roque, 65), Filipe Borges e Luís Lamy.Toni SeromenhoSilves: César; Salvador (Ricardo Se-queira, 84), Toni, Nilton, João Te-odoro, Pipi, Bráulio, Mica Júnior (Pelé, 90), Hernâni, Mica e Carli-nhos (Nelson Peres, 58).Treinador: CaluGolos: Bráulio (45) e Pipi (60)

Cartões amarelos: Salvador (21), Carlinhos (46), Janita (58), Nel-

son Peres (67), Toni (88) e Bablina (90).

O Silves impôs a primeira der-rota caseira ao Odeáxere e regressou ao 3º lugar da tabela. Os locais, en-tusiasmados com o triunfo na jorna-da anterior nas Ferreiras, iniciaram a partida com forte disposição de marcar, mas encontraram pela fren-te um conjunto coeso a meio campo e disponível para gizar lances de apu-ro junto da baliza de Hugo Furtado, chamado, por indisposição do habi-tual titular Hugo Prudêncio, à defe-sa das redes. O marcador funcionou no último minuto da primeira parte, para o Silves, e viria a sofrer nova al-teração já no decorrer da etapa com-plementar e de novo para os silven-ses, de nada valendo a oposição dos locais. Arbitragem regular.

Perdidos em casa Odeáxere 0 Silves 2

Carlos Santos

Campo Francisco Gomes Socorro, em Vila Real de Santo António. Árbitro: Fernando Santos, auxiliado por Miguel Santos e André Martins.Lusitano: João Azul; Afonso Leal (João Martins, 75), Carlos Neves (Hél-der, 30), Nuno Silva, Guilherme, Bru-no Conduto, Marco Nuno, Mikael, Edgar Rosa, Ito e Cris Baiano (Nélson Afonseca, 80).Treinador: Ivo SoaresAljezurense: Luís; André, Jorge, Boca Negra (Marquinhos, 46), Dany, Hugo, Rafa, Cuco, Leandro (João Almeida, 46), Marco (Casinhas, 65) e Djan.Treinador: José FernandesGolos: Cris Baiano (12 e 42), Ito (17, 19, 60 e 87), Bruno Conduto (34) e Nélson Afonseca (80).

Cartão amarelo: Jorge (63m)

Fácil, muito fácil mesmo, foi a vitória do candidato Lusitano VRSA sobre o aflito Aljezurense, que, depois de sa-ber que o Almancilense tinha ganho ao Imortal, se viu relegado para a úl-tima posição da tabela. A história des-te jogo pode resumir-se aos golos dos pombalinos, tal foi o domínio exerci-do perante um conjunto que em mo-mento algum logrou incomodar o guardião João Azul. Na contabilidade dos golos, há um nome que deve ser fixado, o de Ito, ele que só à sua conta marcou quatro. A Cris Baiano perten-ceu a honra de abrir a marcha do mar-cador e Nelson Afonseca fechou o sco-re. Pelo meio, Bruno Conduto assinou um dos tentos da expressiva goleada.Arbitragem sem problemas.

Muito fácilLusitano VRSA 8 Aljezurense 0

Mário Cunha

Estádio Municipal, em Almancil.Árbitro: Cristiano Pires, auxiliado por Sérgio Lopes e Mauro Valente.Almancilense: Hugo; Mauro, Gra-ça, César, Henrique, Rony, Chi-nho (Flori, 77), Xando, Athos, Chi-co (Edir, 46 e depois Manuel, 62) e Edi.Treinador: Hélder RosaImortal: Márcio; João (Araújo, 78), Ricardo Cruz, Mesquita, Sandro, Claudinho, Rui Sacramento, Rober-to (Cascalvo, 46), Pipoca e Ricky.Treinador: Nuno RamosGolos: Graça (55), Xando (75) e Ma-nuel (84).Cartões amarelos: Pipoca (80) e Graça (84).

O Almancilense conseguiu, na

receção ao Imortal, a primeira vitó-ria no campeonato, uma vitória jus-tíssima, tal como espelham os nú-meros, e que permitiu à equipa de Almancil deixar a ingrata posição de lanterna vermelha para o Aljezu-rense.

Se a primeira parte teve alguns momentos de equilíbrio, já a segun-da foi totalmente dominada pela equipa agora comandada por Hél-der Rosa.

O defesa Graça abriu o ativo num excelente cabeceamento e, com este golo, a formação da casa ganhou o ânimo que desejava.

Perante um Imortal nitidamen-te desnorteado, o Almancilense do-minou e com todo o merecimento chegou aos 3-0.

Arbitragem em bom plano.

Primeira vitóriaAlmancilense 3 Imortal 0

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w w w . b a r l a v e n t o . p tbarlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010

Conto de Natal.Domingo, dia 19, às 11h00, no Auditório Municipal, a Com-panhia de Teatro Contempo-râneo põe em cena o conto de Natal «O velho Scrooge». Este espetáculo é para crianças e fa-miliares.Afonso Dias.Sexta-feira, dia 17, às 21h30, na Biblioteca Municipal, Afonso Dias apresenta o seu novo CD de originais composto por 13 canções que falam de temas de intervenção e de amor, sempre em tom de diversão.Pessoa ao cubo.Entre 18 de Dezembro e 26 de Janeiro, na Biblioteca Munici-pal, vai estar patente a exposi-ção «Pessoa ao Cubo», da au-toria de Catarina Pinheiro. Livro.Sábado, dia 18, às 16h00, na Bi-blioteca Municipal, apresenta-ção do livro «Apeixonados» de José Pinheiro, com ilustrações de Catarina Pinheiro.Velharias.Sábado, dia 18, às 10h00, junto ao Mercado Municipal dos Ca-liços, realiza-se mais uma feira de velharias.Dança.Segunda-feira, dia 20, às 21h00, no Auditório Municipal, espe-táculo de dança «Mundo a Can-tar», pela Academia de Dança do Imortal Desportivo Clube.Presépios.Até 30 de Dezembro, na Gale-ria de Arte Pintor Samora Bar-ros, vai estar presente uma ex-posição de presépios intitulada «Olhares sobre o Deus Meni-no». Outras Viagens.A exposição «Outras Viagens, Outros Olhares», integrada no

projeto da Rede de Museus do Algarve, denominada «Algar-ve: do reino à região», pode ser vista no Museu de Arqueo-logia, que apenas encerra à se-gunda-feira.

OLHOS DE ÁGUA

Cantares.Domingo, dia 19, às 20h30, na Junta de Freguesia de Olhos de Água, o Grupo de Cantares da ACRODA – Associação Cul-tural, Recreativa dos Olhos de Água irá interpretar temas alu-sivos à época natalícia.

Coral.Quarta-feira, dia 22, às 21h30, na Igreja Matriz, atuação do Coral Ideias do Levante que apresenta o seu reportório na-talício. Entrada livre.Presépios.Até 6 de Janeiro, na Casa dos Condes, está patente uma expo-sição dos trabalhos do concurso de presépios. Terra de Fronteira.A exposição «Alcoutim, Ter-ra de Fronteira», integrada no projeto da Rede de Museus do Algarve, denominada «Algar-ve: do reino à região», pode ser vista no centro histórico da vila, que será a «sala de exposi-ções», sendo a paisagem uma li-nha condutora nesta exposição. Paisagem.Na galeria de exposições da Casa dos Condes, está patente «A Volúpia e o Suplício da Es-teva», exposição inspirada na paisagem de Alcoutim, da au-toria de Carlos Luz.Barcos.A exposição Barcos Tradicio-nais do Guadiana, de José Mur-ta Pereira, composta por 28 réplicas dos barcos que nave-

gavam no Guadiana até meados da década de 60 do século XX, está patente no Museu do Rio, em Guerreiros do Rio.

Banda desenhada.Até ao final de Dezembro, na sede da Associação de Defesa do Património Histórico e Ar-queológico de Aljezur, está pa-tente a exposição de banda de-senhada «A Tomada do Castelo de Aljezur». Exposição.Até 20 de Dezembro, desen-rola-se em três espaços muni-cipais - Espaço + (pintura, es-cultura, fotografia e desenho e instalação), Galeria Municipal de Aljezur (artes decorativas – vitral, estanho, encaustik, pin-tura em porcelana) e Paços do Concelho (artesanato – traba-lhos em madeira, feltro e cabe-dal, trapologia, etc) - a 5ª Ex-posição ArteDentro este ano subordinada ao tema «A Im-plantação da República».

Concerto.A Igreja de Nossa dos Mártires recebe no dia 18, às 21 horas, um Concerto de Natal da Ban-da Musical Castromarinense. Participam também a Escola de Música da Banda e os Gru-pos Etnográficos da Universi-dade do Tempo Livre. Baluarte defensivo.A exposição «Castro Marim, baluarte defensivo do Algar-ve», integrada no projeto da Rede de Museus do Algarve de-nominado «Algarve: do reino à região», decorre ao ar livre, no centro histórico da vila.

ALTURA

Música de Natal.No domingo, dia 19, às 18h00, a Igreja do Coração Imacula-do de Maria recebe um con-certo de Natal da Orquestra do Algarve, sob direção do maes-tro Sílvio Veigas. O programa inclui composições de Heitor Villa-lobos (1887-1883), Ri-chard Wagner (1813-1883) e Franz Shhubert (1797-1828).

AZINHAL

Presépio.O Rancho Folclórico do Azi-nhal tem patente um Presépio de Natal em Cerâmica, consti-tuído por 1400 peças, no Cen-tro Multiusos. O Presépio es-tará visitável até 6 de Janeiro, diariamente, de manhã, das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00.

Teatro.Sexta-feira e sábado, dias 17 e 18, às 21h30 e no domingo, dia 19, às 16h00, no Teatro Lethes, a ACTA apresenta a peça «Um Homem Singular - Retratos de Manuel Teixeira Gomes». Pre-ço: 10 euros com habituais des-contos.Bailado.Sexta-feira e sábado, dias 17 e 18, no Teatro das Figuras, es-petáculo de bailado em dois atos «Coppélia». Preço: 10 eu-ros.Dança.Sábado, dia 18, às 21h00, no

Auditório Pedro Ruivo, a Álgo-ra – Companhia de Dança Re-gional do Algarve apresenta o espetáculo «A dança e a vida».Concerto de Natal.Sábado, dia 18, às 21h30, na Sé Catedral, concerto de Na-tal com o Cancioneiro do Grupo Folclórico de Faro, Grupo Coral Ossónoba e Gru-po Musical de Santa Maria. Poesia.Sexta-feira, dia 17, às 21h30, no Pátio de Letras, leitura de po-emas que foram deixados na árvore de Natal, com acompa-nhamento à viola de Joaquim Morgado.Produtores.Domingo, dia 19, entre as 10h00 e as 16h00, junto ao Fó-rum Algarve, realiza-se mais uma feira de produtores, arte-sãos e colecionismo.Feira.Até ao dia 23 de Dezembro, das 15h00 às 23h00, junto ao Fó-rum Algarve, realiza-se a Cida-de Natal de todos para todos.Lucy Pereira.Até ao dia 21 de Dezembro, no Arte Café, situado perto da entrada principal do Campus Gambelas – Universidade do Algarve, vai estar patente a ex-posição «Urbanismo», da auto-ria de Lucy Pereira.Arte Top.Até ao dia 5 de Janeiro, algu-mas das melhores lojas da Bai-xa de Faro apresentam peças de arte de renomados artistas por-tugueses e estrangeiros, em co-laboração com o Centro Cultu-ral São Lourenço.Museu.Pode visitar no Museu Marí-timo Almirante Ramalho Or-tigão (junto ao Hotel EVA), a exposição «Os Descobrimentos Portugueses», uma evocação aos desenvolvimentos que per-mitiram o sucesso das navega-ções além-mar. Esta exposição integra-se no projeto da Rede de Museus do Algarve «Algar-ve: do reino à região».

Dança.Domingo, dia 19, às 17h00, no Centro de Congressos do Ara-de, apresentação do espetácu-lo de dança «Quebra -Nozes», pelo Moscow Tchaikovsky Bal-let. Bilhetes: 1ª plateia – 25 eu-ros; 2ª plateia – 22 euros.Coral.Quinta-feira, dia 16, às 21h30, no Convento de S. José, o Coral Ideias do Levante participa nos «Serões do Convento», tertúlia musical dinamizada por Afon-so Dias.Presépios.Até ao dia 9 de Janeiro, nas montras do comércio tradicio-nal da cidade, decorre a XXI Exposição de Presépios.

Dança e vídeo.Sexta-feira e sábado, dias 17, às 21h30 e 18, às 15h00, 18h00 e 21h30, no Centro Cultural, es-petáculo «Planalto», um proje-to de criação de dança e vídeo que investiga uma fusão entre os artistas e os lugares por onde passam, organizado pela Asso-ciação Teatro Experimental de Lagos.Festa de Natal.Domingo, dia 19, às 15h30, na sede da Sociedade Filarmóni-ca 1º de Maio (Praça d’Armas) tem lugar a Festa de Natal da Filarmónica. Entrada livre.Concerto.Segunda-feira, dia 20, às 21h30,

B L o C o d e N o tA s B 2 7

Agenda cultural

Restaurante rafael rodosa | [email protected]

Castro MarimCâmara - 281510740GNR - 281531004Centro Saúde - 281530100

AlcoutimCâmara - 281540500GNR - 281546208 Bombeiros - 281540450Centro Saúde - 281540140

AljezurCâmara - 282990010GNR - 282998130 Bombeiros - 282990140Centro Saúde - 282990200

FaroCâmara - 289870870GNR - 289887600PSP - 289899899PJ - 289884500 Bombeiros M. - 289888000Bombeiros V. - 289803604Centro Saúde - 289830300Hospital - 289891100Capitania - 289887540

AlbufeiraCâmara - 289599500GNR - 289590790GNR Fiscal - 289589363Bombeiros - 289586333Centro Saúde - 289598400

Olhos de Água

LagoaCâmara - 282380400GNR - 282380190Bombeiros - 282352888Centro Saúde - 282340370

LagosCâmara - 282780900GNR - 282770010PSP - 282762930Bombeiros - 282770790Centro Saúde - 282780000Hospital - 282770100Pol. Marítima - 282762826Capitania - 282762826

Altura

Azinhal

Restaurante «Viriato», na Praia da RochaHá cerca de três anos, sob o título «o Viriato desceu à Praia da Rocha», demos a conhecer um recém-aberto restaurante familiar, que tra-zia alguns pratos novos, uma excelente confeção, bom ser-viço e simpatia a rodos; en-fim, uma ótima relação qua-lidade/preço.

Passado este tempo, mantém a mesma rota e a D. Célia continua a sua saga de descobrir novos petiscos para surpreender a cliente-la, por mais assídua que seja. O amigo João é um relações públicas nato e mais não há a dizer.

O saborosíssimo cozido à portuguesa, às quartas-fei-ras, continua a tornar escas-sos os 26 lugares no interior, mais os 14 da zona de fuma-dores, como o fazem a cabi-dela e o cabrito no forno, às sextas.

Mas o famoso bife com molho «cajun», que continu-amos a não encontrar noutro local, mantém a sua cliente-la fiel, da qual fazemos par-te. E as «francesinhas» não foram postas de lado. Outros pratos têm surgido, como a cataplana de peixes e ca-marão (2 pessoas), massa-da de peixe, carapauzinhos

fritos com arroz de feijão, o saboroso arroz de linguei-rão, picanha, costeletão de vitela (2 pessoas), ou o bife com molho quatro pimen-tas. Sem esquecer o peixe do dia. Mas o que aquele pes-soal gosta mesmo é de desa-fios: criar qualquer coisa di-ferente para um grupo, por mais pequeno que seja; algo que nos faça recordar o mo-mento, como aconteceu com um crepe recheado com la-pas que nos foi apresentado para início de repasto e não nos sai da cabeça.

A carta de vinhos é va-riada e escolhida com algum

critério, cobrindo várias re-giões, tendo sempre dois ou três vinhos algarvios, que vão rodando, tentando des-cobrir os preferidos pela clientela.

Nos preços, vai do vinho da casa (Quinta do Portal), a 6,50/3,50 euros, ao Cartuxa, a 23,50 euros.

FICHA TÉCNICA:Av. V6 – Edif. 2 Rosas, Loja B 8500 Praia da RochaTel. 282 418 083 / 964 663 457Encerra domingo e segunda-feiraAceita Multibanco

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barlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010

no Centro Cultural de Lagos, tem lugar o concerto de Natal pela Sociedade Filarmónica 1º de Maio.Jazz.Quarta-feira, dia 22, às 21h30, no Centro Cultural, realiza-se um concerto de Natal pela Or-questra de Jazz de Lagos.Mercado do livro.Domingo, dia 19, entre as 10h00 e as 17h00, no Merca-do da Avenida, realiza-se mais uma edição do Mercado do Livro Usado/Descatalogado, aberto aos comerciantes e pes-soas individuais.Marcos Barbosa.Até ao dia 14 de Janeiro, no Es-paço Jovem, vai estar patente uma exposição de pintura da autoria de Marcos Barbosa.Caravela.Sábado, dia 18, às 10h30, o Centro de Ciência Viva orga-niza uma viagem na Caravela Boa Esperança com a duração de três horas, se houver condi-ções meteorológicas favoráveis. Partida do porto de Lagos. Ins-crição obrigatória através do te-lefone 282 770 000.Infante.Está patente até ao dia 31 de Dezembro, no Centro Cultural, a exposição «Retratos do Infan-te Dom Henrique», com obras de vários artistas.Descobrimentos.A exposição «O Reino dos Al-garves de aquém e para além mar» está patente no Forte Ponta da Bandeira. Esta mostra integra-se no projeto da Rede de Museus do Algarve, intitu-lado «Algarve: do Reino à Re-gião». Destaca a importância de Lagos e do Algarve no contexto dos Descobrimentos.Cartografia.A exposição «Algarbia Carto-graphica – Leituras e Resenha da Cartografia Regional», in-tegrada no projeto da Rede de Museus do Algarve, denomina-da «Algarve: do reino à região», pode ser visitada no Museu Municipal Dr. José Formosi-nho. Só encerra à segunda-fei-ra. Pintura.Até 31 de Dezembro, na Gale-ria, Rua Joaquim Tello, patente a exposição «Sobre a Indiferen-ça das Regras», composta por desenhos e pinturas de Timo Dillner.Invasões.O Armazém Regimental aco-lhe, até 29 de Dezembro, das 10h00 às 22h00 (fecha à segun-da), a exposição «Operações Militares no Norte de Portugal durante as Invasões Francesas – Conhecimento Geográfico e Defesa». A mostra é promovida pelo Exército Português.

Conferência.Sábado, dia 18, às 15h00, no Arquivo Municipal, conferên-cia sobre «Paulo Madeira, um louletano da República», por Luís Guerreiro.Presépio.

Até dia 6 de Janeiro, na Alcai-daria do Castelo, está patente uma exposição do presépio tra-dicional. Lídia Jorge.Até ao dia 31 de Março, no Convento de Santo António, exposição «Dia dos Prodígios e Lídia Jorge». Nos 30 anos do primeiro livro da consagrada escritora nascida em Loulé. Pai Natal.Até 24 de Dezembro, na Cerca do Convento do Espírito Santo, está montada a Aldeia do Pai Natal, onde são feitos pentea-dos loucos, modelagem de ba-lões. Há insufláveis, atelier de desenho e leitura e muitas ou-tras surpresas. Pintura.Até 31 de Dezembro, na Ga-leria do Convento do Espírito Santo, está patente a exposição de pintura e desenho de Ale-xandre Sequeira Lima, intitu-lada «Less Than Beauty». Mais República.No Arquivo Municipal, está a exposição documental «A 1ª República 1910-1926», com do-cumentos e imagens referentes ao concelho de Loulé. Até ao dia 31 de Dezembro. Baile.Sábado, dia 18, às 21h00, no salão de festas da Câmara Mu-nicipal, realiza-se um baile sé-nior.

ALMANCIL

Coletiva.Até ao dia 30 de Dezembro, na Galeria de Arte da Associação Social e Cultural de Almancil, está patente uma exposição co-letiva de Nathalie Guerreiro e Edite Correia.Artes plásticas.Até 31 de Janeiro, na Galeria do Centro Cultural de São Lou-renço, está patente uma exposi-ção de artes plásticas com artis-tas da galeria.

ALTE

Teatro.Até ao dia 17 de Dezembro, Alte é palco do XII Festival de Teatro. Programa: dia 17, às 21h30, na Horta das Artes, o Grupo de Teatro Penedo Gran-de (Messines) apresenta a peça «O Marinheiro», de Fernando Pessoa.

QUARTEIRA

Exposição.Até 9 de Janeiro, na Galeria de Arte Praça do Mar, está paten-te a exposição «Artistas Solidá-rios», organizada pela Associa-ção Humanitária de Doentes de Parkinson e Alzhmeimer. VILAMOURA

Viviane.Sábado, dia 18, às 21h00, no Casino de Vilamoura, concerto de Viviane com a Orquestra do Algarve.Escultura.O Museu e Estação Arqueoló-gica do Cerro da Vila, recebe, até 10 de Setembro do próxi-mo ano, uma exposição ao ar li-vre de esculturas monumentais da Coleção Berardo. Obras de

Henry Moore, Lynn Chadwi-ck, Peter Burke, Zadok Ben-David, Allen Jones, William Furlong e Tony Cragg podem ser vistas nesta mostra integra-da no Allgarve.Golf Stream.Até 31 de Dezembro, o Posto 1, em Vilamoura, recebe mais uma iniciativa integrada no Programa Allgarve’10: “Golf Stream: uma exposição-índi-ce”.

Amália.Até 9 de Fevereiro, na Galeria Santo António, vai estar paten-te a exposição coletiva «Amália meu Amor». 18 artistas plásti-cos nacionais e internacionais seguiram o convite da Galeria, e cada um mostra a sua própria versão das ideias e dos senti-mentos provocados por Amá-lia.

João Ratão.Sábado, dia 18, às 16h00, no Auditório Municipal, tem lu-gar a Festa de Natal com o es-petáculo «As Aventuras da ban-da do João Ratão».Concerto.Sábado, dia 18, às 21h00, na Igreja Matriz de Olhão, reali-za-se o Concerto de Natal com a presença do Coro de Santo Amaro de Oeiras. Entrada li-vre. Poesia.Quinta-feira, dia 16, às 17h30, na Biblioteca Municipal, acon-tece «À roda da poesia...»: lei-turas e conversas em torno da poesia, poetas e outras coisas concretas. Exposição.Até ao dia 31 de Dezembro, na Casa da Juventude, está paten-te uma exposição de pintura da autoria de Vera Brás.Fotografia.Até ao dia 7 de Janeiro, na Eco-teca de Olhão, pode visitar a exposição de fotografia «Ria Formosa - Um Palco de Biodi-versidade».Artes de pesca.Até 31 de Dezembro, no Mu-seu Cidade de Olhão, está pa-tente uma exposição sobre ar-tes de pesca e as pesca na arte, que reúne um conjunto de óle-os, desenhos e aguarelas de te-mática marítima pertencentes à coleção de arte do Museu Marí-timo de Ílhavo.República.Na Biblioteca Municipal está patente a exposição «Letras e Cores, Ideias e Autores da Re-pública». Na Sociedade Recre-ativa Olhanense, pode visitar a exposição «Da Monarquia à República: Figuras e Factos em Olhão».Compromissos.A exposição «Os Compromissos Marítimos no Algarve» é o con-

tributo de Olhão para o projeto da Rede de Museus do Algarve, denominada «Algarve: do rei-no à região», e pode ser vista no Edifício do Compromisso Ma-rítimo de Olhão.

MONCARAPACHO

Teatro.Sábado, dia 18, às 16h00, na Casa do Povo do Concelho de Olhão, espetáculo teatral com a peça «Aventura no Sótão dos Sonhos», do grupo de teatro da Casa da Juventude. Entrada li-vre.

PECHÃO

Pai Natal.Sábado, dia 18, às 15h00, numa parceira entre a Junta de Fre-guesia e o Grupo Motard de Pechão, realiza-se o «Pai Natal Motard» que se destina a apoiar as famílias carenciadas da fre-guesia.Teatro.Domingo, dia 19, às 16h00, no Espaço Multiusos da Junta de Freguesia, espetáculo teatral com a peça «Aventura no Sótão dos Sonhos», do grupo de tea-tro da Casa da Juventude. En-trada livre.Desenho.Está patente até ao dia 2 de Ja-neiro na Galeria de Arte da Casa-Museu, uma exposição de desenho intitulada «Nas mãos as mãos», da autoria de Paulo Serra.

Orquestra.Sábado, dia 18, às 21h30, no grande auditório do Tempo – Teatro Municipal, a Orques-tra de Câmara Portuguesa ofe-rece um Natal Europeu – um programa romântico que per-corre várias correntes musicais do velho continente. Bilhetes: 10 euros com os habituais des-contos.Concerto de Natal.Domingo, dia 19, às 16h00, no grande auditório do Tempo – Teatro Municipal, a Socieda-de Filarmónica Portimonen-se apresenta o seu Concerto de Natal.Fotografia.Até ao dia 18, na Casa Manuel Teixeira Gomes, está patente a exposição de fotografia «Lutas territoriais da cegonha branca», da autoria de Orlando Teixeira. Stela Barreto.Até 31 de Dezembro, na Casa Manuel Teixeira Gomes, pode visitar a exposição de pintura «Evoluções II», da pintora Ste-la Barreto. Biodiversidade.Até ao dia 7 de Janeiro, no hall da EMARP, está patente a ex-posição de fotografia subaquá-tica «Um olhar sobre a diver-sidade biológica do Parque Marinho Professor Luiz Sal-danha», promovida pela Liga

para a Proteção da Natureza.Fotografia.Até 2 de Janeiro, no Museu de Portimão estão patentes os tra-balhos premiados na 10ª Cor-rida Fotográfica de Portimão. Alvores do Século.A exposição «Portimão nos Al-vores do Século XX» continua patente na sala de exposições temporárias do Museu de Por-timão até 2 de Janeiro, com en-trada livre. A mostra pode ser vista às terças-feiras das 14h30 às 18h00 e de quarta a domin-go, entre as 10h00 e as 18h00, e resulta do trabalho de inves-tigação da equipa do Museu, e integra o projeto «Algarve: do Reino à Região», em conjun-to com outras onze exposições, patentes de Barlavento a Sota-vento. MEXILHOEIRA

Teatro.Está em exibição no Teatro Experimental da Mexilhoeira Grande a peça de Manuel Tei-xeira Gomes «Sabina Freire». Reservas: 967174468.

Fotografia.A Zem Arte apresenta até 12 de Janeiro a exposição de fotogra-fia «MdG: Sabotagem», de Ote-lo Fabião e Vasco Célio, com curadoria de Nuno Faria. A ga-leria fecha à quinta-feira.AlportelArt’10.Até 30 de Dezembro, na Gale-ria Municipal, estão patentes trabalhos de pintura e escultu-ra de cerca de 30 autores. Coletiva.No Museu do Trajo está paten-te uma exposição coletiva de ar-tes plásticas de Jane Page, Pe-tra Kartak, Adérita Silva, Anna Teeuwes e Rosnia Boxall.Sombras e Luz.A mostra «Sombras e Luz: o Sé-culo XIX no Algarve» pode ser vista no Museu do Trajo. Tra-jos e objetos permitem ao visi-tante descobrir os ambientes e as intimidades de Oitocentos. Exposição integrada no projeto da Rede de Museus do Algarve intitulado «Algarve: do Reino à Região». Museu.No Museu do Trajo, estão em permanência as exposições «São Brás de Alportel, Terra de Cortiça», «Etnografia do Barro-cal Algarvio» e «Trajo e Artesa-nato de Marrocos».

Amália Nossa.Integrada no programa de eventos do Allgarve 2010, a ex-posição de arte contemporânea «Amália Nossa», na Igreja da Misericórdia, está patente ao público até ao dia 31 de Janei-ro, embora só possa ser visitada aos dias de semana e em horá-rios de expediente.

Do Gharb.A exposição «Do Gharb ao Al-garve: uma sociedade islâmi-ca no Ocidente», integrada no projeto da Rede de Museus do Algarve, denominada «Algar-ve: do reino à região», já pode ser vista em dois locais: na Casa da Cultura Islâmica e Mediter-rânica (junto à Escola Secundá-ria) e no Museu Municipal de Arqueologia.

Concerto de Natal.Domingo, dia 19, às 16h00, na Igreja do Carmo, realiza-se o Concerto de Natal pela Banda Musical de Tavira. Às 21h00, na Ermida de São Sebastião, tem lugar o Concerto de Natal pela Academia de Música de Tavira.Jazz.Segunda-feira, dia 20, às 18h00, na Igreja da Misericórdia, espe-táculo «O Natal no Jazz», com Sofia Vitória e Júlio Resende.Recital.Terça-feira, dia 21, às 18h00, na Igreja da Misericórdia, tem lugar um recital de piano por Fernando Miguel Jalôto.Música.Quarta e quinta-feiras, dia 22 e 23, às 18h00, na Igreja da Mi-sericórdia, espetáculo musical com «Ludovice Ensemble».Conferência.Sexta-feira, dia 17, às 11h00, na Biblioteca Municipal, con-ferência sobre história «A Igre-ja de S. Roque em Lisboa», por Ron B. Thomson.Teatro.Sexta-feira, dia 17, às 21h30, no Espaço da Corredoura, espe-táculo teatral «Tenho um So-nho», com o grupo Aperitivo.Feira.Domingo, dia 19, entre as 11h00 e as 18h00, no Mercado da Ribeira, a Associação de Ar-tes e Sabores de Tavira realiza a feira «O Nosso Natal». Baile.Domingo, dia 19, às 15h00, na sede da Associação Renascer do Campo – Cachopo, realiza-se a festa de Natal com baile abri-lhantado por Ângelo e Jaime. Presépio vivo.Nos dias 18, 22 e 23, entre as 15h00 e as 18h00, na Casa An-dré Pilarte, recreação do pre-sépio vivo, em parceria com o Corpo Nacional de Escutas – Agrupamento 100 Tavira.Músicas.Sábado, dia 18, às 18h00, na Er-mida de Santa Ana, no âmbito do ciclo Músicas na Igreja, atu-ação do grupo Duo Tanguíssi-mo, violino e guitarra. Cineclube.Esta quinta-feira, dia 16, às 21h30, no Cine Teatro António Pinheiro, o Cineclube de Tavi-ra apresenta o filme «Os Pais das Minhas Filhas», de Mia Hansen Love. Sexta-feira, dia 17, às 21h00, sessão extraordi-nária com os filmes «O Estran-geiro» e «Vai com o vento», de

B L o C o d e N o tA s B 2 8

Agenda cultural

MonchiqueCâmara - 282910200GNR - 282912629Bombeiros - 282912115Centro Saúde - 282910100

OlhãoCâmara - 289700100GNR - 289703089PSP - 289702144Bombeiros - 289710000Capitania - 289714665Centro Saúde - 289700260

PortimãoCâmara - 288 470700GNR - 282 420750PSP - 282417717PJ - 282405400Bombeiros - 282422122Hospital - 282450300Pol. Marítima - 282417714Capitania - 282417258

S. Brás AlportelCâmara - 2899840000 GNR - 289842210Bombeiros - 289842666Centro Saúde - 289840440

Alte

Pechão

Mexilhoeira

SilvesCâmara - 282440800GNR - 282442414Bombeiros - 282442411Centro Saúde - 282440020

TaviraCâmara - 281320500GNR - 281325704PSP - 281322022Bombeiros - 281322123Centro Saúde - 281329000Pol. Marítima - 281321777Capitania - 281322438

LouléCâmara - 289400600GNR - 289463770GNR Fiscal - 289314174Bombeiros - 289400560Centro Saúde - 289416513

Almancil

Quarteira

Vilamoura

Moncarapacho

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w w w . b a r l a v e n t o . p tbarlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010

CASTELLO LOPESTel.: 289 560 351Reservas: 707220220SALA 1 – Megamind - VP (M/6) Sessões: 12.55; 15.00; 17.05; 1910 (diariamente)Jackass 3D (M/16) Sessões: 21.40 (diariamente); 00.15 (6ª a 4ª)SALA 2 – Entrelaçados VP (M/) Sessões: 13.00; 15.10; 17.25; 19.40; 21.50 (diariamente); 00.15 (6ª a 4ª)SALA 3 – Jogo Limpo (M/12) Sessões: 13.40; 16.00; 18.25; 21.30 (diariamente); 00.05 (6ª a 4ª)SALA 4 – Harry Potter e os Talismãs da Morte (M/12) Sessões: 12.45; 15.30; 18.15; 21.00 (diariamente); 23.45 (6ª a 4ª)SALA 5 – O Americano (M/12) Sessões: 13.15; 15.50; 18.10; 21.10 (diariamente); 23.30 (6ª a 4ª)SALA 6 – As Crónicas de Nárnia: A Viagem do Cam.Alvo VP 3D (M/6) Sessões: 13.10 (diariamente) As Crónicas de Nárnia: A Viagem do Cam.Alvo VO 3D (M/6) Sessões: 15.40; 18.20; 21.20 (diariamente); 23.50 (6ª a 4ª)SALA 7 – O Amor é Melhor a Dois (M/) Sessões: 13.20; 16.10; 18.30; 21.35 (diariamente); 00.00 (6ª a 4ª)SALA 8 – A Tempo e Horas (M/12) Sessões: 13.30; 16.20; 18.40; 21.25 (diariamente); 23.55 (6ª a 4ª)SALA 9 – Imparável (M/12) Sessões: 12.50; 14.55; 17.00; 19.05; 21.15 (diariamente); 23.40 (6ª a 4ª)

CASTELLO LOPESTel: 282 418 180Reservas: 707220220SALA 1 – Entrelaçados VP 3D (M/) Sessões: 12.50; 15.00; 17.15; 19.30; 21.40 (diariamente); 00.10 (6ª a 4ª)SALA 2 – Harry Potter e os Talismãs da Morte (M/12) Sessões: 12.40; 15.30; 18.20; 21.10 (diariamente); 00.00 (6ª a 4ª)SALA 3 – Imparável (M/12) Sessões: 13.00; 15.10; 17.20; 19.35; 21.50 (diariamente); 00.15(6ª a 4ª)SALA 4 – Red - Perigosos (M/12) Sessões: 13.20; 15.50; 18.30; 21.30 (diariamente); 00.05 (6ª a 4ª)SALA 5 – A Tempo e Horas (M/12) Sessões : 13.30; 16.00; 18.40; 22.00 (diariamente); 00.20 (6ª a 4ª)SALA 6 – Megamind - VP (M/6) Sessão: 18.50 (diariamente) As Crónicas de Nárnia: A Viagem do Cam.Alvo VP 3D (M/6) Sessão: 13.10 (diariamente)As Crónicas de Nárnia: A Viagem do Cam.Alvo VO 3D (M/18) Sessões : 15.40; 21.20 (diariamente); 23.50 (6ª a 4ª)

CINEMAS PORTIMÃO ALgARCINE Tel.: 282 411 888

SALA 1 – Jogo Limpo (M/12) Sessões: 15.30; 18.15; 21.30 (diariamente); 00.00 (6ª e sábado)SALA 2 – As Aventuras de Sammy: A Passagem

Secreta VP 3D (M/6) Sessões: 14.00; 20.00 (diariamente)Entrelaçados VP 3D (M/6) Sessões: 15.45; 18.15; 21.45 (diariamente); 00.00 (6ª e sábado)

Olhão

CC RIA SHOPPINgALgARCINE289703332

SALA 1 – Entrelaçados VP (M/6) Sessões: 14.00; 16.00; 18.00; 20.00; 22.00 (diariamente); 00.00 (6ª, sábado); 10.30 (sábado, domingo )SALA 2 – Oh Não! Outra Vez Tu? (M/12) Sessões: 13.10; 15.30; 18.30; 21.30 (diariamente); 23.50 (6ª, sábado e 3ª)SALA 3 – Megamind VP (M/6) Sessões: 13.00; 15.00; 17.00; 19.00 (diariamente); 10.40 (sábado, domingo)Harry Potter e os Talismãs da Morte (M/12) Sessão: 21.15 (diariamente)

Faro

SBC - FÓRUMTel.: 289 887214

SALA 1 – Harry Potter 7 – Parte 1 (M/12) Sessões: 14.55; 18.00; 21.05 (diariamente); 10.15 (sábado e domingo) SALA 2 – Toy Story 3 VP (M/6) Sessões: 10.20 (sábado, domingo)O Amor é Melhor a Dois (M/12) Sessões: 14.10; 16.25; 18.45; 21.10 (diariamente); 23.30 (6ª, sábado)SALA 3 – Megamind (M/6)

Sessões: 14.25; 16.35; 18.50 (diariamente); 10.05; 12.15 (sábado, domingo)22 Balas (M/16) Sessões: 21.00 (diariamente); 23.40 (6ª e sábado)SALA 4 – As Crónicas de Nárnia: A Viagem do Caminheiro da Alvorada (M/18) Sessões: 14.05; 16.30; 18.55; 21.20 (diariamente); 10.40 (sábado e domingo)Saw 7 (M/6) Sessão: 23.55 (6ª e sábado)SALA 5 – Entrelaçados (M/6) Sessões: 14.45; 17.00; 19.15; 21.30 (diariamente); 23.50 (6ª, sábado); 10.10; 12.30 (sábado, domingo)SALA 6 – A Verdade da Crise (M/12) Sessão: 19.20 (diariamente)Imparável (M/12) Sessões: 14.35; 16.50; 21.50 (diariamente); 00.10 (6ª, sábado); 12.20 (sábado, domingo)SALA 7 – A Tempo e Horas (M/16) Sessões: 14.50; 17.05; 19.30; 21.40 (diariamente); 00.00 (6ª, sábado); 12.40 (sábado, domingo)SALA 8 – Cela 211 (M/16) Sessões: 19.00 (diariamente); 00.15 (6ª, sábado)O Americano (M/12) Sessões: 14.20; 16.40; 21.45 (diariamente)Marmaduke VP (M/4) Sessão: 10.30 (sábado, domingo)SALA 9 – gru – O Maldisposto VP (M/6) Sessões: 14.30 (diariamente); 10.00; 12.15 (sábado e domingo)Jogo Limpo (M/12) Sessões: 16.45; 19.10; 21.35 (diariamente); 00.05 (6ª, sábado).

B L O C O D E N O TA S B 2 9

Guia

Olhão

Tabela das marésALBUFEIRA: 16 a 17 - Alves Sousa; 18 a 24 - Santos Pinto.FARO: 16 - Higiene; 17 - Cani-né; 18 - Pereira Gago; 19 - Da Penha; 20 - Baptista; 21 - He-lena; 22 -Crespo Santo; 23 - Crespo Santo; 24 - Palma Ba-tista.LAgOA: 16 a 17 - Lagoa; 17 a 24 - José Maceta. LAgOS: 16 - Ribeiro Lopes; 17 - Lacobrigense; 18 - Silva; 19 - Telo; 20 - Neves; 21 - Ri-beiro Lopes; 22 - Lacobrigen-se; 23 - Silva; 24 - Telo.LOULÉ: 16 - Pinheiro; 17 - Pinto; 18 - Avenida; 19 - Mar-tins; 20 - Chagas; 21 - Pinhei-ro; 22 - Pinto; 23 - Avenida; 24 - Martins.ALMANCIL: 16 a 19 - Paula; 20 a 26 - Nobre Passos.MONCHIQUE: 16 a 19 - Hy-gia; 20 a 26 - Moderna.OLHÃO: 16 - Olhanense; 17 - Nobre Sousa; 18 - Brito; 19 - Rocha; 20 - Pacheco; 21 - Pro-gresso; 22 - Olhanense; 23 - Nobre Sousa; 24 - Brito.PORTIMÃO: 16 - Rosa Nu-nes; 17 - Amparo; 18 - Arade; 19 - Guilherme Dias; 20 - cen-tral; 21 - Pedra Mourinha; 22 - Moderna; 23 - Carvalho; 24 - Rosa Nunes.QUARTEIRA: 16 a 17 - Mi-

guel Calçada; 18 a 24 - Algar-ve.S. B. ALPORTEL: 16 - S. Brás; 17 - Dias Neves; 18 a 20 - S. Brás; 21 - Dias Neves; 22 - S. Brás; 23 - Dias Neves; 24 - S. Brás.SILVES: 16 a 18 - Guerreiro; 19 a 25 - Socorros Mútuos. TAVIRA: 16 - Felix Fran-co; 17 - Sousa; 18 e 19- Mon-tepio; 20 - Maria Aboim; 21 - Central; 22 - Felix Franco; 23 - Sousa; 24 - Montepio .V.R.S. ANTÓNIO: 16 a 17 - Pombalina; 18 a 24 - Carrilho.

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Portimão

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Ivo M. Ferreira. Domingo, dia 12, será projetado o filme «On-dine», de Neil Jordan. República.Até ao dia 31 de Dezembro, no Museu Municipal/Palácio da Galeria, está patente a exposi-ção «A 1ª República em Tavi-ra: transformações e continui-dade». Exposição.Até ao dia 18 de Junho de 2011, no Museu Municipal/Palácio da Galeria, vai estar patente a exposição «Cidade e mundos rurais».

Concerto de Natal.Quarta-feira, dia 22, às 21h00, na Igreja Matriz, Concerto de Natal com os grupos «Anima» e «ADC de Vila do Bispo».Exposição.Até 2 de Janeiro, no Centro Cultural, vai estar patente uma exposição de trabalhos sobre o tema «O Natal no passado e no presente». Memórias.A exposição «Memórias da Er-mida de Nossa Senhora de Guadalupe» está patente até 31 de Dezembro nesta igrejinha, sob a tutela da direção regional de Cultura.

SAGRES

Concerto.Domingo, dia 19, às 14h00, no Salão de Festas de Nossa Se-nhora da Graça, realiza-se o concerto «Estrelinhas de Na-tal», com o Grupo Coral Hen-

riquinas.

Concerto.Sábado, dia 18, às 19h00, na Igreja Paroquial, realiza-se o concerto de Natal da Banda Fi-larmónica da Associação Cultu-ral de Vila Real de Santo Antó-nio.Desenho.Até ao dia 27 de Dezembro, na Biblioteca Municipal, vai estar patente a exposição de desenho «O caminho da Deusa», da au-toria de António Afonso.Letras e cores.Durante o mês, na Bibliote-ca Municipal, pode ser visita-da a exposição «Letras e cores, ideias e autores da República», no âmbito das comemorações do centenário da República, com coordenação da Direção Geral do Livro. Escultura.No seguimento da sua integra-ção no projeto Bienal Portu-gal Arte 10, Vila Real de Santo António acolhe uma escultura de Yoan Capote, denominada «Stress 2010», que será exibida durante seis meses na Avenida Ministro Duarte Pacheco, jun-to ao farol.Exposições.No Arquivo Histórico Munici-pal estão patentes as exposições «Indústria Conserveira em Vila Real de Santo António», «Me-mento Mar Menor» e «Artes Litográficas».

Vila RealCâmara - 281510000GNR - 281530150PSP - 281543066Bombeiros - 281512989Centro Saúde - 281511371Pol. Marítima - 281513999Capitania - 281512035

Sagres

Vila do BispoCâmara - 282630600GNR - 282639112Bombeiros - 282639285Centro Saúde - 282636900

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barlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010

3 0T R I B U N A L I V R E T

Virgílio Machado

Professor

Jack Soifer [email protected]

Autor de «Empreender Turismode Natureza» e «Como Sair da Crise»

Lucrar na Crise: com laranja e peixeO lóbi da indústria alimentar criou o mito da economia de escala. Nós, consultores, sa-bemos que, para cada setor e nicho, há uma faixa de esca-la ideal, dinâmica, consoante variações de custos dos mate-riais. Conservas de peixe e ci-trinos são rentáveis, se espe-cializados.

A agroindústria para al-guns alimentos deve ficar próxima ao produtor rural, ser flexível para atender a procura específica de distin-tos nichos e poder integrar diferentes processos indus-triais para aproveitar ao má-

ximo a matéria-prima recebi-da. É o caso das packing-house de citrinos que, após classifi-car os melhores para expor-tação, depois para mercados exigentes e locais, aproveita os demais para a indústria de sumos, depois de doces e ain-da faz rações. Da casca, ob-têm-se extratos ou mesmo, já com tecnologia, mas sem grandes dimensões, refinam-se para fármacos ou essências aromáticas.

O investimento é mui-to limitado, mas pode exigir técnica. Precisam de espaço? Atualmente há muitos arma-

zéns vazios que podem ser re-cuperados e arrendados.

Por exemplo, a indústria ligada ao pescado na orla do Algarve morreu, pois basea-va-se em conservar com sal ou similar, em vez de conge-lar. O tipo de pescado captu-rado nas costas do Algarve e Alentejo é excelente para fi-letar e congelar ou defumar, para maior durabilidade. São os processos mais desejados hoje na Europa do Norte, por evitar conservantes, etc. Os de maior valia são os semi-ar-tesanais, que necessitam de uma autorização da UE para

assim serem classificados. Cabe aos clusters de pesca so-licitar e batalhar e ao Minis-tério da Agricultura agilizar a aprovação em Bruxelas.

Enquanto defumar o pei-xe quase nada exige em ca-pital, mesmo a máquina de embalagem a vácuo é barata, a linha de congelação e con-servação já exige algum. Há dezenas destas linhas recém-abandonadas na Europa do Norte, que, com limitado cus-to, podem ser atualizadas. Ao considerar as nossas 3000 ho-ras/ano de sol, deve-se insta-lar a unidade de frio que use

painel solar e reduza o custo da eletricidade a quase zero.

Esta indústria, além de trazer maior rendimento ao pescador, oferece emprego para as suas esposas e filhos nas aldeias e vilas, que assim não precisam de ir trabalhar para as capitais. Ao exportar, deve haver uma central, para embaratecer o frete inter-nacional. Os clusters devem vender diretamente aos res-taurantes, refeitórios indus-triais e catering nas 50 cidades com baratas ligações aéreas de Faro. Ver os detalhes nos meus livros.

A revolução necessária

A pressão dos mercados em relação à dívida soberana resulta de um capital financei-ro que exige das economias débeis aval do Estado para atingir a mesma rentabilidade das economias favoráveis

A soberania de um país, di-zia Montesquieu, dependia da relatividade do Direito. Da sua adaptabilidade ao ca-ráter físico do terreno, à sua situação e extensão, ao géne-ro de vida e número das po-pulações, à produção, ao co-mércio e seus usos. O poder depende do controlo dos pro-cessos e conexões funcionais entre essas variáveis: nas es-tradas, no mar, nas ligações aéreas, em suma, nos terri-tórios, numa interação cons-tante, chamaríamos um cam-po de poder entre um Estado e o seu povo.

Somos hoje um país in-dependente? A denomina-da pressão dos mercados em relação à dívida soberana re-sulta de um capital financei-ro que, aproveitando-se dos desequilíbrios mundiais do crescimento, exige das eco-nomias débeis, aval do Es-tado para atingir a mesma rentabilidade das economias favoráveis. Chamemos-lhe «despesa social» ou «parce-rias público-privadas», o re-sultado é igual. Trata-se de uma interação Portugal-ca-pital financeiro global com dependência daquele a um juro “internacional” a este. Como contrariar este “cam-po de poder”, criando novas ligações funcionais que ge-rem confiança no nosso de-senvolvimento?

Pelo Direito. Este é o me-lhor instrumento que faz in-teragir nos mercados sentido de Justiça. Exigindo regula-ção dos produtos e serviços

que podem ser neles coloca-dos, do crédito que produto-res e consumidores podem aceder, do preço justo, aten-dendo ao trabalho feito e às necessidades dos produto-res e dos consumidores. Co-locando o Estado a funcionar em interação legislativa-ad-ministrativa-judicial nes-ses processos. Com desregu-lação, o nosso território será mero palco de ação de outras esferas de poder.

A economia europeia exige que cresçamos? Então convoque-se um Direito de emergência onde todo o ca-pital económico, financeiro, social, intelectual e huma-no esteja em interdependên-cia, gerando confiança mú-tua. Como? Capitalizando o país, colocando ativos que aumentem o seu capital so-cial, aumentando a confian-ça dos credores na economia. Colocando os dividendos a distribuir e o crédito conce-dido como função daqueles ativos.

O primeiro ativo é o prin-cípio de presunção favorável de todo o investimento pri-vado no território, suscetível de contestação por associa-ções de interesses coletivos. A Administração Pública as-sumiria o figurino pombali-no específico na reconstru-ção da Baixa de Lisboa, como administradora-juiz desses processos. É uma Adminis-tração retrógrada, pré-cons-titucional? Mas foi eficiente. Basta reforçar o princípio da interdependência de pode-

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res previsto na Constituição para termos Administração e Justiça interdependentes que conciliem o crescimento eco-nómico com redistribuição social, o verdadeiro investi-mento reprodutivo, fixando-o a territórios e fins específi-cos com distribuição a favor das populações locais.

O segundo ativo: a re-organização de uma Admi-nistração local prestadora. A freguesia a manter-se mas com municípios alargados que dependam de comités técnicos na proposta de or-çamentos e controlo da sua execução. Com robustez fi-nanciada nas receitas da pro-dução e serviços gerados nos seus territórios e para se as-sistirem mutuamente em es-tudos, assistência técnica, formação qualificada, for-necimento de equipamento, empréstimos a juros reduzi-

dos e concessão, em casos es-pecialmente motivados, de subvenções não reembolsá-veis. O despesismo público e corrupção, indicadores que aportam desconfiança aos investidores, combatem-se com conhecimento técnico qualificado rotativo e migra-tório entre “aparelhos políti-co- administrativos”.

Terceiro ativo: a reestru-turação de toda a proprieda-de coletiva. Para aumentar o nosso capital social e dar confiança aos credores. Tudo o que são ónus, encargos ou servidões de interesse coleti-vo devem ser registados e ter valor económico, como toda a propriedade pública, nela se incluindo redes de infra-estruturas coletivas de água, saneamento básico, eletrici-dade e comunicações.

A sua função seria in-teragir com a propriedade

privada na criação de indi-cadores-base para funções orçamentais, fiscais e credití-cias. Contabilizadas em cada prédio, reverteriam a favor de associações de condomí-nios taxas de passagem des-sas infraestruturas com com-promissos de consignação a investimentos de reabilita-ção urbana e certificação am-biental. É na interação entre propriedade pública, coletiva e privada que se vence a in-certeza.

Precisa-se uma nova de pensar e agir Portugal. Não basta criar leis. É necessário interiorizar e efetivar liga-ções funcionais a nível inter-nacional e nacional a um ca-pital financeiro desregulado e especulativo. Assim faz-se soberania. A reação necessá-ria é a Revolução do Direito.Com tranquilidade, sentido sistémico e estratégico.

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w w w . b a r l a v e n t o . p tbarlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010

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barlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010

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Bombeiros de Portimão têm muitos planos para melhorar o serviço | 08 e 09

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Portinado assume liderança no Campeonato

A Portinado garantiu, a 11 de Dezembro, mais uma vitória no Campeonato Nacional Sénior masculino da 1ª divisão de Polo Aquático, que lhe permitiu as-cender à liderança. A Portinado recebeu e goleou em casa (24-4) a recém promovida à Primeira Di-visão, a equipa do Sporting. Ao fim de seis jornadas, a equipa de Portimão situa-se agora no 1º lu-gar na tabela classificativa, com cinco vitórias e um empate, com os mesmos pontos do Salgueiros, mas com maior diferença entre golos marcados e sofridos.

Jovem chef algarviasoma e segue nos prémios europeusA algarvia Miléne Nobre deu a Portugal a primeira medalha de excelência na categoria de cozi-nha, no Campeonato Europeu das Profissões, cuja edição de 2010 decorreu na Feira Interna-cional de Lisboa (FIL), no pas-sado fim de semana. «Apesar de Portugal participar desde os anos 50, no então Campeonato Inter-nacional das Profissões, nun-ca tinha conseguido posicionar-se acima do décimo lugar nesta área», explicou Miléne Nobre ao «barlavento». A medalha, obtida numa prova que durou mais de 22 horas, repartida por três dias, dará à também estudante da Es-cola de Hotelaria do Algarve di-reito a participar nos Mundiais, que terão lugar em Inglaterra. Em Janeiro, a jovem natural de Alcoutim e residente em Tavira irá igualmente iniciar um estágio de um mês na cozinha três estre-las Michelin de Ferran Adrià (El Bulli), um dos melhores chefs do mundo e impulsionador da gas-tronomia molecular.