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TRABALHO DE FINALIZAÇÃO DE CURSO EM ENGENHARIA CIVIL 2018
AVALIAÇÃO DA INEFICÁCIA DA DRENAGEM URBANA NA REGIÃO CENTRAL
DO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE CASTELO BRANCO – PR.
Cleverson Freire Gonçalves 1 José Alex Oliveira Lima 2
Orientador: Paulo Henrique S. Pereira3
RESUMO: O desenvolvimento urbano, mesmo que em ritmo lento, acumulado com a falta de planejamento, propicia a formação de vários problemas no futuro. A recorrência de problemas como enchentes, inundações, estragos ao patrimônio público e privado, além dos riscos de acidentes graves nos trechos alagados da rodovia, são os motivos que levaram à escolha do tema e desenvolvimento deste trabalho. Dessa forma, por se tratar de uma região crítica, foi delineada como meta deste estudo a bacia hidrográfica do Córrego Iroi, pertencente à uma fração da zona urbana e rural da cidade de Presidente Castelo Branco – PR. Tendo como objetivo a minimização destas adversidades, foram executados através de pesquisas bibliográficas, levantamentos em campo com registros de dados fotográficos e em tabelas, com registros em tempo real no momento das chuvas intensas, além de consultas a órgãos públicos Municipais e Estaduais, e utilização de projetos, mapas e imagens de satélite, realizando um diagnóstico da referida bacia, indicando os principais pontos problemáticos e as hipóteses das medidas de contenção para os mesmos.
PALAVRAS-CHAVE: Águas urbanas; Galerias; Dissipador de energia.
ABSTRACT: Urban development, even at a slow pace, coupled with lack of planning, leads to the formation of many problems in the future. The recurrence of problems such as floods, spates, damages to the public and private patrimony, besides the risks of serious accidents in the flooded stretches of the highway, are the reasons that led to the choice of theme and development of this work. Thus, because it is a critical region, the hydrographic basin of the Iroi Stream, belonging to a fraction of the urban and rural area of the city of Presidente Castelo Branco – PR, was outlined as the goal of this study. Aiming to minimize these misfortunes, they were performed through bibliographical research, field surveys with photographic data records and tables, with real-time records at the time of intense rainfall, in addition to consultations with municipal and state public agencies, and the use of projects, maps and satellite images, making a diagnosis of said basin, indicating the main problem points and the hypotheses of containment measures for them.
KEY-WORDS: Urban waters, Culverts, Power Sink.
1 Bacharelando em Engenharia Civil pela Universidade Paranaense ([email protected]). 2 Bacharelando em Engenharia Civil pela Universidade Paranaense ([email protected]). 3 Mestre em Engenharia Hidráulica e Saneamento (USP) e professor do curso de engenharia civil (UNIPAR)
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TRABALHO DE FINALIZAÇÃO DE CURSO EM ENGENHARIA CIVIL 2018
1 INTRODUÇÃO
Com a urbanização territorial, diminuiu de forma drástica a área de infiltração das águas
pluviais, produzindo um impacto significativo na infraestrutura de recursos hídricos, por
desrespeito ao plano diretor municipal ou até a inexistência deste, fato esse, gerador de um dos
maiores transtornos da civilização urbana. O escoamento das águas pluviais, que por falta de
permeabilidade, galerias mal projetadas ou sem manutenção, e em alguns casos inexistentes, geram
transtornos como alagamentos, destruição da malha viária e ao patrimônio dos munícipes, afeta o
trânsito colocando em risco a vida, deixa a cidade suja, trazendo transtornos incalculáveis às
regiões afetadas por esse fenômeno da natureza prejudicado pela ação do homem.
O presente estudo analisou as galerias de águas pluviais de uma região do município de
Presidente Castelo Branco, localizada no noroeste do Estado do Paraná, que há mais de 20 anos
vem sofrendo em dias de chuvas intensas, onde as águas se acumulam, formam fluxos
concentrados, trazendo diversos transtornos aos munícipes, bem como pontos de alagamentos,
abertura de valas de erosões, rompimentos do asfalto além do acúmulo de lama e lixo nas vias
públicas.
Dividida pela rodovia BR-376, os munícipes da região central da cidade, do lado sul do
município (cota mais baixa), sofrem as consequências do mal planejamento dos gestores da
administração pública. No decorrer deste trabalho, com a conclusão das obras de duplicação da
rodovia BR 376, parte desse problema foi amenizado, pois com a construção da mureta central,
acompanhada de caixa coletora, contribuiu para segurar a passagem das águas no ponto crítico,
porém o acúmulo de água naquele ponto ocasionou inundação do asfalto prejudicando o trânsito,
muito intenso na rodovia, trazendo risco à vida e transtornos a quem trafega na rodovia.
O presente estudo analisou os sistemas de drenagem atuais, acompanhou as medidas
adotadas no decorrer deste, e identificou possíveis falhas que, se corrigidas, poderão solucionar a
situação.
Fato a não ser descartado são as responsabilidades sobre o fato, tendo três principais
geradores com suas áreas de contribuição no momento, porém nenhum assume a total
responsabilidade sobre o fato, caso este conhecido pela justiça, que através do promotor de justiça
da cidade de Nova esperança, comarca de Presidente Castelo Branco, já realizou várias audiências
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sobre o fato, tal que, sem solução, ameaça a criar um processo administrativo para resolver a
situação, a fim de identificar a responsabilidade de cada um dos contribuintes ao fato para que
executem as devidas correções de suas responsabilidades.
Tratando-se de um município de pequeno porte, onde não há recursos suficientes para
soluções com alto investimento, a solução a ser proposta ao município para resolução da sua
responsabilidade neste caso, com o aproveitamento de parte das estruturas de galerias existentes a
fim de baixar o custo de investimento.
Atualmente, no Brasil em específico, este tema está em pauta nas discussões da sociedade
civil organizada e na política; medidas são adotadas para enfrentar situação futuras, mas resolver
situações herdadas do passado não é um fato tão simples, o que desperta, sob o ponto de vista
profissional, a busca do entendimento técnico qualificado, a fim de aprofundar-se no tema em
discussão para um desenvolvimento planejado no crescimento das cidades, evitando transtornos
futuros, podendo utilizar-se dos recursos para outros fins de desenvolvimento.
Sendo assim, este artigo caracteriza a região crítica, permite a identificação e análise de
alguns impactos sofridos pela mesma decorrentes da ação antrópica, bem como aponta as possíveis
medidas de controle para a minimização destas adversidades, tendo como foco principal as
inundações e enchentes ao longo das vias públicas. As anotações registradas neste, têm potencial
para motivar outros estudos da mesma magnitude, despertando nas autoridades públicas a
importância de um crescimento planejado e sustentável. Do ponto de vista econômico social, trata-
se de reestabelecer o crescimento local daquela região, fortalecendo o comércio afetado,
incentivando novos investimentos, pensando na preservação do meio ambiente, solucionando com
um custo benefício eficaz e a um longo prazo.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Ciclo hidrológico
Iniciada a precipitação pluviométrica, parte dela é interceptada pela vegetação, parte infiltra no
solo e parte pode ser retida em depressões da superfície do terreno. Se a duração da chuva continuar,
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após o preenchimento dessas depressões, terá início o escoamento superficial propriamente dito.
Assim, a água que escoa sob a superfície do solo, sem infiltrar, formará a enxurrada que irá compor,
junto com o escoamento de base, os córregos, ribeirões, rios, lagos e reservatórios (CHOW et al.,
1988).
O volume global de água transportado pelo canal em curso de água é formado pelo escoamento
superficial e pelo afluxo de água do subsolo, ou escoamento de base. No entanto, o escoamento
superficial resultante das precipitações é considerado o componente preponderante na formação de
cheias ou aumento de vazões dos cursos de água (PINTO et al., 1973).
A variação da vazão de um curso de água, decorrente de precipitação ocorrida na bacia de
contribuição correspondente, pode ser avaliada, por exemplo, por meio de aparelhos apropriados,
como os linígrafos, que registram as alturas das lâminas de água no decorrer do tempo (TUCCI,
2002). O conhecimento dessa grandeza interessa, sobretudo, pela possibilidade de ser
correlacionada à vazão de um curso de água, por intermédio da curva-chave. A curva-chave de um
curso de água é uma função que descreve a relação entre a vazão e a altura ou cota de escoamento,
levando em conta as características geométricas e hidráulicas da seção transversal do curso de água
considerado (JACON & CUDO, 1989).
Dentre os componentes que compõem o ciclo hidrológico (Figura 1) podem ser citados a
precipitação, a interceptação, a infiltração, a transpiração, o escoamento superficial e a evaporação,
sendo todos de grande relevância à consideração, mas o foco principal estará na precipitação e no
escoamento superficial, no qual a infiltração tem sua grande relevância no caso, porém no cenário
atual se compromete pelo desrespeito ao princípio das normas vigentes.
Figura 1 - Ciclo Hidrológico
Fonte: USGS - United States Geologica l Survey.
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Conforme Tucci (2013, p. 35), o intercâmbio entre as circulações da superfície terrestre e da
atmosfera, fechando o ciclo hidrológico, ocorre em dois sentidos: a) no sentido superfície-
atmosfera, onde o fluxo de água ocorre fundamentalmente na forma de vapor, como decorrência
dos fenômenos de evaporação e da transpiração, este último em fenômeno biológico; b) no sentido
atmosfera superfície, onde a transferência de água ocorre em qualquer estado físico, sendo mais
significativas, em termos mundiais, as precipitações de chuva e neve (Tucci 2013).
2.1.1 Precipitação
A precipitação é entendida em hidrologia como toda a água proveniente do meio atmosférico que
atinge a superfície terrestre. Neblina, chuva, granizo, saraiva, orvalho, geada e neve são formas
diferentes de precipitações. A diferença entre essas precipitações é o estado em que a água se
encontra (BERTONI & TUCCI, 1993).
Segundo dados do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), nos primeiros 17 dias de janeiro
de 2018, choveu na região metropolitana de Maringá mais do que a média esperada para todo o
mês e os dados mostram, também, que 37% de toda essa chuva caiu apenas no dia 2 de janeiro,
com o volume restante de chuvas distribuídos ao longo dos demais dias. Ainda de acordo com o
Simepar, muitos dias consecutivos com precipitações levaram ao registro de valores elevados de
chuva acumulada em seus postos telemétricos. No anexo A, verificam-se alguns valores que, até
às 12h de 29/01/2018, já superavam os 300mm na região.
2.1.2 Escoamento superficial
Trata-se das partículas de água não absorvidas por alguma metodologia fabricada ou natural. Se a
duração da chuva continuar, após o preenchimento dessas depressões, terá início o escoamento
superficial propriamente dito. Assim, a água que escoa sob a superfície do solo, sem infiltrar,
formará a enxurrada que irá compor, junto com o escoamento de base, os córregos, ribeirões, rios,
lagos e reservatórios (CHOW et al., 1988).
De acordo com as Diretrizes para Elaboração de Projetos de Galerias de Águas Pluviais - 2017
do Instituto das Águas do Paraná (órgão executivo gestor do Sistema Estadual de Gerenciamento
de Recursos Hídricos – SEGRH/PR), para a determinação do coeficiente de escoamento
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superficial, existem valores determinados para cada tipo de cobertura do terreno, sendo adotados
pelo Instituto das Águas do Paraná os seguintes valores principais:
C = 0,30 para áreas não pavimentadas.
C = 0,90 para áreas pavimentadas ou cobertas.
Para simplificação do cálculo, pode-se determinar um coeficiente médio, o qual representaria as
áreas cobertas, as ruas com pavimentação asfáltica, calçadas revestidas e, além disso, representaria,
também, uma faixa lateral contínua com 10 metros de largura em ambos os lados da rua, a qual,
por sua vez, refletiria as áreas permeáveis nas áreas internas dos quarteirões.
De acordo com o Plano Diretor do Município e o máximo permitido de áreas impermeabilizadas
nos lotes, temos o coeficiente de escoamento superficial resultante:
• lotes 100% impermeabilizados: C = 0,90;
• lotes 90% impermeabilizados : C = 0,84;
• lotes 80% impermeabilizados : C = 0,78;
• lotes 70% impermeabilizados : C = 0,72.
Figura 2 - Cálculo do Coeficiente Médio
Fonte: SEGRH/PR
C1 . A1 + C2 . A2 Em que:
Cm = --------------------------- C1 . A1= área contribuinte pavimentada
At C2 . A2 = área contribuinte não pavimentada
At = área total
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2.1.3 Bacia Hidrográfica
A bacia hidrográfica é o elemento fundamental de análise no ciclo hidrológico,
principalmente na sua fase terrestre, que engloba a infiltração e o escoamento superficial
(SILVEIRA, 1993). Ela pode ser definida como uma área limitada por um divisor de águas (Figura
3), que a separa das bacias adjacentes e que serve de captação natural da água de precipitação
através de superfícies vertentes.
Figura 3 - Divisor de águas
Fonte: Pedrazzi, 2003.
2.1.4 Mudanças climáticas
Trata-se de um grande desafio da atualidade, tentando minimizar os impactos futuros, que
perdurarão por mais alguns séculos. Recentemente, o mundo vive preocupado com as ações do
presente e como elas podem afetar o futuro. Infelizmente, num passado próximo, pouco se pensou
nisso, então, as atitudes tomadas no presente serão de suma importância no futuro. O principal
vilão sempre lembrado é o excesso de emissão de CO₂ na atmosfera, porém as principais
consequências envolvem a água, como em enchentes causadas pelo grande volume de precipitação
em um curto intervalo de tempo, somando-se à inexistência de um plano de drenagem urbana, a
população acaba ficando à mercê de inúmeros problemas causados em uma precipitação muitas
vezes de poucos minutos, pois não existe captação ou destinação eficiente de toda água que atinja
a superfície (FBMC, 2008).
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2.2 Drenagem
2.2.1 Micro Drenagem e Macro Drenagem
A micro é definida nas ocasiões em que o escoamento natural da água não é bem definido,
depende do tipo de ocupação do solo, pode ser caracterizado na malha urbana pelo traçado das
ruas, ou ainda, composta por diversos dispositivos estruturais, começando nas próprias edificações
privadas, com os coletores pluviais que alimentam a rede pública de drenagem, juntamente com o
escoamento resultante das áreas impermeáveis e até mesmo permeáveis quando houver excesso de
precipitação.
De acordo com Tucci (1993), a macrodrenagem é marcada pela definição do escoamento,
como no fundo de um vale, é um receptor dos escoamentos oriundos da micro drenagem, composta
por canais naturais, galerias, córregos e rios.
2.2.2 Drenagem Urbana
A urbanização produz grande impermeabilização do solo. Esta relação pode ser obtida
relacionando a área impermeável (Ai) e a densidade habitacional (Dh), AI (em %) = 0,489 Dh para
Dh 120 hab/hectare e constante para valores superiores. Equação obtida com base em dados de São
Paulo, Curitiba e Porto Alegre (1).
A vazão máxima de uma bacia urbana aumenta com as áreas impermeáveis e com a canalização
do escoamento. A vazão máxima unitária (1mm de precipitação) pode ser estimada com base na
AI (através de dados de 12 bacias brasileiras), onde Qp é obtido em m3/s e A, área da bacia em
km2 (2) (TUCCI, 2003).
2.3 Dispositivos de Drenagem Urbana
Conforme Champs (2009), para um bom funcionamento de um sistema de drenagem
urbana, é necessário saber que ele funcionará como um auxílio à drenagem natural e terá seu
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funcionamento não contínuo, pois irá variar conforme a frequência de precipitações, que deve se
dividir nos dois sistemas distintos, micro e macro drenagem, que o produto a ser drenado será
formado por água e por sólidos, que os canais naturais têm duas calhas de escoamento, a primeira
para vazões de base e a segunda para vazões de cheia e, por fim, que o sistema viário urbano
compõe parte da infraestrutura da micro drenagem.
Para Tucci (2009), a gestão das águas pluviais de maneira sustentável deve incorporar
medidas estruturais e não-estruturais na sua implementação. Medidas estruturais são as obras de
engenharia, como as galerias, bocas-de-lobo e valetas; já as medidas não estruturais são os
mapeamentos das áreas de risco, programas de conscientização da população e o próprio
zoneamento urbano. No pensamento técnico operacional, seria viável desenvolver um Plano de
Águas Pluviais voltado a cada cidade, com ênfase no investimento de recursos na infraestrutura do
escoamento das águas pluviais; se bem cuidado, o custo benefício se torna viável, pois a diminuição
nos gastos com reparação de ruas, limpeza, entre outros, seria muito abaixo da real situação, pois
preferem ignorar esses problemas no pensamento de que após algum desastre de cunho ambiental,
o governo terá grande apoio financeiro, muitas das vezes, não há necessidade de se comprovar
juntos aos órgão fiscalizadores, a correta aplicação dos valores repassados.
Segundo Tucci (1993), os dispositivos estruturais básicos existentes em um sistema de
drenagem são os seguintes:
a) Galeria: são canalizações ligadas às bocas de lobo com a finalidade de conduzir as águas
pluviais captadas das mesmas e também dos coletores pluviais privados;
b) Poço de Visita: elementos estrategicamente posicionados ao longo da galeria que
permitem mudança de direção, mudança de declividade, mudança de diâmetro e inspeção e limpeza
das canalizações;
c) Trecho: é a fração de galeria entre dois poços de visita;
d) Bocas-de-lobo: localizados em pontos adequados nas sarjetas à captação das águas
pluviais;
e) Tubos de ligação: conduzem as águas pluviais desde as bocas de lobo até as galerias ou
poços de visita;
f) Meio-fio: feitos de pedra ou concreto são instalados paralelamente ao eixo da rua com
sua face superior do mesmo nível do passeio;
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g) Sarjetas: é uma porção não demarcada da via pública paralela ao meio-fio, onde a
inclinação intrínseca de projeto forma uma calha que recebe e desloca as águas pluviais;
h) Sarjetões: são formadas nos cruzamentos das vias públicas, pelo próprio leito carroçável,
que orientam o fluxo d’água às sarjetas;
i) Condutos forçados: projetados para conduzir as águas coletadas de maneira segura e
eficiente, pois a seção transversal dos condutos não é preenchida completamente;
j) Estação de bombeamento: é um conjunto de obras e equipamentos com a finalidade de
retirar a água de um canal de drenagem se não existir mais a possibilidade de escoamento por
gravidade, conduzindo a mesma a outro canal mais elevado ou receptor final do sistema de
drenagem.
Conforme Mascaró (2003), os principais tipos de bocas-de-lobo são seis, separados entre
dois grupos de três com os mesmos formatos (Figura 4), porém a metade com rebaixamento
caracterizado de acordo com as condições da sarjeta, como declividade e vazão, o autor recomenda
não exceder 15 cm para não prejudicar o trânsito de veículos e pedestres.
Figura 4 - Principais tipos de bocas-de-lobo
Fonte: Mascaró (2003)
Nos desenhos “A” e “D” a captação ocorre pela lateral, nas “B” e “E” a captação depende
da área de abertura. Segundo Mascaró (2003) este é um sistema em desuso, pois necessita estar
sempre limpo para a total infiltração da água; nos casos “C” e “F” o sistema é a combinação da
captação lateral e vertical.
Este tipo de boca–de–lobo pode estar ou não em cota inferior a sarjeta. Os esquemas C e F
representam o sistema combinado, já que ele combina o sistema vertical e horizontal de captação
(MASCARÓ, 1989).
A
B E
F
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Além deste volume de água captado, ainda tem-se o espaçamento entre as bocas-de-lobo.
Este espaçamento está ligado diretamente à metragem quadrada da via, a qual varia de 300 a 800m2
de via. O tamanho das quadras varia, as mais comuns são as de 100x100m ou 120x120m,
conhecidas como malhas quadradas, o que resulta em espaçamento de 40 a 100 metros entre as
bocas-de-lobo (MASCARÓ, 2005).
3. METODOLOGIA
3.1 Área de estudo
A área de estudo compreende a bacia da região central do município de Presidente Castelo
Branco – Noroeste do Estado do Paraná, região metropolitana de Maringá, tem como
limítrofes Atalaia, Mandaguaçu, São Jorge do Ivaí, Floraí e Nova Esperança; está a 469 Km da
capital, área territorial de 155,7 Km², elevação de 570 metros, com população estimada de 5.227
habitantes, segundo IBGE 2017.
A bacia abrange a maior parte da região urbana do município, com pico de elevação à 594
metros e ponto mais baixo em 548 metros, portanto um desnível de 46 metros, e deságua às margens
do rio Iroi, há aproximadamente 1.114 metros da rodovia BR-376, (Figura 05) temos uma visão
geral do município de Presidente Castelo Branco, em destaque a divisão da cidade pela BR-376 e
a nascente do Córrego Iroi.
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Figura 5 - Vista do município de Presidente Castelo Branco
Fonte: Google Earth (2017).
3.2. Coleta de dados e informações
Para a realização deste estudo foi definida a temática da drenagem urbana diante da realidade e dos
problemas enfrentados por várias cidades brasileiras relacionadas a este assunto.
Adotou-se então a região central da cidade, a qual faz parte da bacia hidrográfica do Córrego Iroi,
sub-bacia do córrego Iroi, como área a ser estudada, uma vez que essa região vem sofrendo
constantemente com problemas relacionados ao tema tratado. Sendo assim, foram feitas pesquisas
bibliográficas em livros, revistas especializadas, dissertações, teses, artigos relacionados ao tema,
assim como levantamentos de campo em toda a área da micro bacia para registros fotográficos,
além de visitas técnicas a órgãos públicos, tais como, Instituto das Águas Paraná de Paranavaí e
Maringá, consulta a órgãos públicos como o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná
(DER). Para o auxílio dos trabalhos foi gerado um mapa de delimitação da área de contribuição da
sub-bacia hidrográfica do Córrego Iroi, cuja fonte de dados de hidrografia, curvas de nível e malha
viária são referentes aos projetos fornecidos pelo técnico responsável pelo departamento de
engenharia do município. Com estes projetos foi possível fazer a superposição a uma imagem de
satélite para avaliação de alguns aspectos relevantes. Dessa forma, efetuou-se uma caracterização
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da referida bacia com a identificação e avaliação dos principais problemas relacionados à drenagem
urbana, com enfoque aos processos de enchentes. Também foi possível identificar as medidas de
controle já existentes, algumas medidas estruturais em andamento, bem como propor novas
medidas de controle.
3.2.1. Base legal
Após coletados os dados, foram processados com base legal a Resolução SEMA 34/2017, em
específico o Anexo VII.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 Diagnóstico do Ponto dos Crítico no Encontro das Águas
Segundo informações da Secretaria de Obras, as inundações ocorridas em algumas áreas do
município se devem à insuficiência da infraestrutura de drenagem do município como um todo e,
em especial, de um ponto de encontro entre diversas áreas de drenagem (bacias) do município,
conforme as setas vermelhas da situação esquemática mostrada na Figura 6. Nesse ponto, dada a
insuficiência da infraestrutura de drenagem e segundo constatou as águas pluviais oriundas do
escoamento superficial, somam-se com as que transbordam das galerias, parte das águas fica retida
na mureta da divisão das rodovias e parte escoa do lado norte (cota mais alta) para o lado sul do
município (cota mais baixa), conforme as setas azuis da situação esquemática abaixo, através do
emissário do Jardim Progresso, o que causa inundações em alguns pontos dessa região.
As três setas em vermelho representam as contribuições de águas pluviais dos Jardins
Progresso (área urbana consolidada), Jardim Braga e aquelas com origem na duplicação da BR-
376.
Considera o ponto crítico da situação em análise, no Km 146 da BR-376, onde ocorre o
encontro das águas provenientes de três áreas de contribuição principal, sendo o Jardim Progresso,
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Jardim Braga e a Rodovia BR-376, meados do Km 145 e Km 147, nos anexos B – C - D,
visualizamos o que ocorriam em tempos de chuvas intensas, há mais de 20 anos, situação esta
amenizada no decorrer deste trabalho por conta da finalização das obras de duplicação, com a
construção da barreira de divisão das pistas em conjunto com caixa coletora, como podemos
observar nos anexos E - F, porém, além do acúmulo na pista consta-se os alagamentos em algumas
partes da região sul do município (cota mais baixa).
Figura 6 - Vista do município de Presidente Castelo Branco
Fonte: Google Earth (2017). Legenda:
Área total: aproximadamente 63,4 hectares; Jardim Progresso: aproximadamente 6,14 hectares ; Rodovia BR 376: aproximadamente 10,77 hectares ; Loteadora Jardim dos Ipês: aproximadamente 6,1 hectares ; Loteadora Jardim Braga: aproximadamente 22,83 hectares ; Áreas rurais: alto índice de permeabilidade, porem para efeito de projeto deve-se considerar c=30 de acordo com a resolução SEMA 34/2017 ;
4.2 A cidade de Presidente Castelo Branco
No período que compreende a menor intensidade das chuvas, de maio a setembro,
problemas relacionados ao escoamento superficial das águas não aparecem, porém, ao começar os
períodos de chuvas intensas, os problemas ressurgem e a população prejudicada volta a sofrer por
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falta de um planejamento do uso do solo, normalmente provocadas pela urbanização são devido à
impermeabilização do solo por meio de telhados, asfaltos, calçadas e pátios cimentados.
Diante da alteração do uso do solo com a redução das áreas permeáveis, surgiram, nos
últimos vinte anos, eventos críticos em Presidente Castelo Branco relacionados com a chuva,
provocando transtornos à população na área central da cidade, afetando em principal os
comerciários, mas também os moradores da região do escoamento das águas, um último evento do
gênero foi registrado ainda no início deste trabalho, no dia 21 de março de 2018, choveu 72mm em
menos de 20 minutos, onde tivemos a oportunidade de acompanhar e registrar o momento, com
fotos e vídeos, que provocou vários pontos de inundação, deixando grande parte da cidade com
muita lama e sujeira.
Diante do cenário traçado é que se passa à análise técnica da situação fática, conforme
segue:
De acordo com a temática da drenagem urbana e seus problemas decorrentes do processo
de urbanização, conforme exposto na introdução e na revisão bibliográfica e, considerando a
metodologia anteriormente apresentada, estão sendo mencionados e discutidos os principais
problemas no escoamento das águas pluviais do Jardim Progresso, Jardim Braga, Jardim dos Ipês
e rodovia BR-376, administrada atualmente pela Rodovias Integradas do Paraná S/A (VIAPAR),
onde as áreas de contribuição anteriormente citadas desaguam no leito do córrego Iroi.
Projetos de macrodrenagem feitos no passado já não mais representam as demandas urbanas
atuais, pela própria mudança das características do ambiente urbano ao longo dos anos. As soluções
para suprir as demandas de drenagem urbana posteriores à implantação da primeira infraestrutura
de micro drenagem do município, muito provavelmente, se limitaram, pontualmente e de forma
cartesiana, a indicar soluções de drenagens que atendessem a demandas isoladas, sem que com isto,
fosse verificado o contexto geral do suporte da infraestrutura de drenagem afetado pela intercalação
da interferência dos empreendimentos individuais ou coletivos, acarretando-se inundações em
determinadas áreas do município.
O esboço do parágrafo anterior vislumbra a realidade do Jardim Progresso (área urbana
consolidada), os quais, por meio do escoamento de suas águas pluviais excedentes em direção à
cota mais baixa, agravam a situação da insuficiência da infraestrutura naquele ponto de encontro
entre diversas áreas de drenagem (bacias) do município.
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Quanto ao Jardim Braga, registrado e aprovado pelos órgãos públicos competentes, cumpre
frisar que dentro do empreendimento, a infraestrutura de drenagem é de responsabilidade do
empreendedor, que, em função da impermeabilização do solo, deve providenciar o escoamento das
águas pluviais para o lançamento designado pela municipalidade.
Os levantamentos de campo e projetos existentes, com auxílio da imagem de satélite e de
registros fotográficos da área em estudo, permitiram identificar, locar e avaliar os principais pontos
impactados. Dessa forma, no trecho que compreende o Km 146, entre as estacas 578 e 582,
conforme podemos visualizar no anexo R.
Observa-se que no mesmo Km, na estaca 575, ocorre a travessa do emissário que capta a
água do Jardim Progresso, com tubulação com diâmetro de 0,80, que junto com a captação da água
do Jardim Progresso também capta a água da rodovia no emissário de ∅0,60, até a estaca 577+1,
e na estaca 573+2 ocorre a passagem na pista sentido Mandaguaçu, conforme figura 19, sendo este
ligado ao emissário na Rua Gersolino Ferreira de Souza até o cruzamento com a Rua Vereador
Nelson Faccin, seguindo nesta até o cruzamento com a Rua Antônio Balbino de Souza, desta segue
até o dissipador de energia instalado às margens da nascente do córrego Iroi.
Figura 7 - Detalhe do projeto, da rodovia, estaca 575 travessa emissário até o centro de rodovia, estaca 573+1 travessa do emissário do centro da rodovia para o PV da rua Gersolino Ferreira de Souza
Fonte: Viapar.
Outro ponto a ser observado neste projeto, é a travessia do emissário na estaca 588+1, que
recebe parte da água do Jardim Braga, Posto de Combustível, extensão da rodovia, além das águas
do Jardim dos Ipês, os detalhes podem ser observados no anexo S.
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Olhando um pouco mais defronte, sentido a Mandaguaçu, na estaca 601+19, temos uma
travessa unida a uma bifurcação com extensão de 136 metros com tubo de ∅0,80 e inclinação de
3%, que recolhe a água da área de contribuição da rodovia e junta no emissário sentido ao córrego
Iroi de ∅1,20 construído pela loteadora.
Figura 8 – Detalhe em projeto As Built, ligação ao emissário loteadora Braga, mostra a execução da ligação até o PV de descida do emissário
Fonte: Viapar.
Figura 9 - Detalhe da execução, ligação ao emissário loteadora Braga, mostra a execução da ligação até o PV de
descida do emissário conforme figura 8.
Fonte: Viapar.
4.3 Áreas de Contribuição
4.3.1 Área de Contribuição Total
A área de contribuição, possui uma área aproximada de 625.750,68m², ou seja, 63,40
Hectares com um perímetro de aproximadamente 3.845 metros, conforme demarcação mostrada
no anexo I.
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4.3.2 Jardim Progresso
Na análise mais crítica, temos o Jardim Progresso, com área aproximada de 6,14 hectares,
teve o início de sua urbanização há mais de quarenta anos, no qual foi urbanizado sem padrões
técnicos ou normas, considerando que o município não possuía o mesmo, sendo assim, hoje, 100%
pavimentado, porém, sua rede de galeria de águas pluviais atinge aproximadamente 90% de suas
ruas, além de possuir uma galeria mal projetada, tanto em dimensionamento de tubulações
defasados, bem como sua captação através das bocas-de-lobo mal projetadas. Em estudo realizado,
comprova-se a ineficácia do sistema de drenagem e a sua contribuição no ponto de encontro das
águas, sua área mostra-se demarcada conforme o Anexo J.
Como observado, na última chuva do dia 30 de setembro de 2018, por volta das 16 horas,
choveu aproximadamente 25mm em 40 minutos, ficou evidente a contribuição do Jardim Progresso
nesse evento, sendo esta a primeira chuva de média intensidade após a conclusão da duplicação da
rodovia, a mesma ficou parcialmente alagada conforme observa-se no anexo G, o PV que liga o
emissário do Jardim Progresso jorrou água pra fora bem como várias bocas-de-lobo à jusante a este
PV também, conforme anexo H figura da esquerda, ao invés de captar a água de escoamento da
rua, essa estava expulsando a água. Todo o percurso que acompanha o emissário do Jardim
Progresso teve pontos de alagamento, o traçado do emissário é mostrado no anexo Q, sendo assim,
somente a região do comércio central, próximo às instalações do Paço Municipal, conforme Anexo
H figura da direita, teve uma certa amenização dos problemas que acontecem há mais de vinte
anos.
Pensando em solução e de responsabilidade do poder público municipal, o indicado seria
implantar um projeto de macrodrenagem ao longo do ponto crítico até a caixa de ligação do
emissário Córrego do Iroi, a fim da captação das águas que transbordam das galerias projetadas e
insuficientes para essa área de contribuição, necessitando o desligamento do Jardim Progresso do
emissário atual, no qual servirá efetivamente somente para o remanescente das água da rodovia e
a própria área de contribuição no qual está localizado. Neste aspecto, fator imprescindível ao
correto funcionamento das galerias existentes é a manutenção constante pactuada com as caixas de
recepção (bocas-de-lobo) nos padrões específicos aos padrões vigentes.
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4.3.3 Rodovia BR-376 Viapar
Com área de contribuição aproximada de 107.730m², demarcado em destaque, conforme
anexo K, administrada pela empresa Rodovias Integradas do Paraná S/A (VIAPAR), detentora do
Contrato de Concessão de Obra Pública nº 072/97, que trata da delegação do Lote 02 e respectivos
trechos rodoviários de acesso, do Programa de Concessão de Rodovias, correspondente a 10.77
Hectares, praticamente impermeável, considera-se com grande potencial de contribuição na
ineficácia do sistema de drenagem atual, utiliza-se do emissário executado pela loteadora Braga na
coleta das águas escoadas pela rodovia, em observação aos projetos elaborados e executados pela
concessionária, constatamos o não atendimento à resolução SEMA nº 034/2017.
Cumpre lembrar que, embora a área da rodovia seja pequena quanto às suas dimensões, o
volume de águas pluviais gerado por ela é significativo, haja vista ser composta por um pavimento
impermeável, cujas características e impactos no projeto de uma infraestrutura de drenagem foram
aprofundados anteriormente.
Não se pode olvidar da complexidade, de dar destino adequado as águas pluviais, inerente
as próprias características de uma obra como o da duplicação de uma rodovia. Em todo caso, isso
não afasta a responsabilidade do órgão competente, responsável pela rodovia, de cumprir com a
sua responsabilidade, deve realizar os devidos investimentos na construção dos emissários
necessários ao adequado escoamento das águas pluviais da rodovia ao corpo d’água receptor.
Em sugestão, o município em parceria com o DER/PR (Departamento de Estradas e
Rodagem do Estado do Paraná) e a Rodovias Integradas do Paraná S/A (VIAPAR), poderiam
despertar em condições técnicas e financeiras a fim de delinear um novo emissário, tendo seu alfa
no Km 146 da rodovia, tomando em seu percurso as diversas áreas de contribuição, consolidando
com o emissário já efetivo a genuína solução, proporcionando o adequado escoamento das águas
pluviais ao corpo d’água receptor.
4.3.4 Loteamento Jardim dos Ipês.
Com área aproximada de 6,1 hectares, o Jardim dos Ipês, é um projeto futuro que contribuirá
com o crescimento da cidade, porém, ainda não consta projeto aprovado pelo município, e sua área
está totalmente permeável no momento, conforme mostra a demarcação na figura do anexo L. É
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de suma importância a inclusão nos cálculos a área em tela, pois certamente sua contribuição que
hoje é reduzida por ser uma área não habitada, no futuro certamente será, aumentando
significativamente o escoamento das águas pluviais na bacia.
4.3.5 Posto de Combustíveis Figueira
Dentro das áreas de contribuição, consta uma área aproximada de 0,71 hectares, que
contribui com a área de escoamento para a bacia do Córrego Iroi, seu pátio é composto de brita
compactada, que impermeabiliza a passagem da água, sendo assim, grande parte dessa área
contribui com o escoamento das águas da bacia do Córrego Iroi, sua demarcação é destacada no
anexo M.
4.3.6 Jardim Braga
Localizado no lote 130-C/131-B, da divisão do lote de terras sob nº 130-C/131, da gleba
Atalaia, situado no Município de Presidente Castelo Branco – PR, com área total aproximada de
228.259Mts, com 100% de sua infraestrutura finalizada e pavimentada, no qual aproximadamente
60% de sua área, conforme mostra o anexo N, vem em contribuição ao ponto crítico do encontro
das águas, no qual é transportado pelo emissário construído pela própria loteadora, com extensão
de aproximadamente 1.141,10Mts ∅1,20 até o dissipador de energia que desagua no Córrego Iroi,
e aproximadamente 40% de sua área territorial desagua na bacia do córrego água Turiaçu, tendo
emissário com extensão inicial de 89,70Mts ∅0,80, até a bacia de amortecimento, com dimensões
de fundo de 14x23,10Mts, dimensão de altura +1,20 de 16,40x25,5mts, com cota de fundo de
577,96Mts, cota de entrada de 579,85Mts e saída de 586,96Mts, extensão da saída até o dissipador
de energia 847,10Mts, ∅0,60.
Ao confrontar os memoriais de cálculo dos projetos de infraestrutura de drenagem do
loteamento Jardim Braga com as recomendações do Instituto das Águas do Paraná, constata-se que
os projetos utilizaram um coeficiente médio de escoamento superficial de 0,65. Assim sendo,
abaixo da recomendação de 0,72 para os casos em que se considera lotes com no máximo 70% de
sua área impermeabilizada, ou, com no mínimo 30% da área do lote sendo permeável. Em vista
disso fica claro que o coeficiente de 0,65 utilizado nos projetos de drenagem do loteamento levaria
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a uma situação em que seria necessária uma área permeável maior do que 30% da área do lote para
que não houvesse problemas de sub dimensionamento da infraestrutura de drenagem. De maneira
exata, e levando-se em consideração as recomendações do Instituto das Águas do Paraná, a
utilização do coeficiente médio de 0,65 significa dizer que foi considerado uma área máxima
impermeável de 58,5%, ou, uma área mínima permeável de 41,5% da área do lote. Ponderando-se
que a área mínima dos lotes do loteamento é de 250 m², significa dizer que 103,75 m² deveria ser
destinada única e exclusivamente à área permeável. Esse percentual de área permeável traduz-se
em um valor extremamente elevado e dificilmente observado na atual conjuntura do ambiente
urbano.
Ressalta que a área de contribuição encontra-se livre de residências, porém, fato que, com
a finalização das obras das galerias que no início deste estavam oclusas, agora em pleno
funcionamento, ao atingir seu ápice em construções, irá contribuir para ineficácia do sistema
projetado atualmente.
4.3.7 Áreas Rurais
Dentro da área de contribuição, encontram-se duas áreas rurais a serem consideradas como
contribuintes no índice de escoamento, apesar de não serem habitadas, mesmo com alto grau de
permeabilidade, segundo a Resolução SEMA 034/2017, determina o uso de C = 0,30, sua
demarcação é destacada conforme anexo O.
4.3.8 Emissário Córrego Iroi
Emissário construído pela loteadora do Jardim Braga, possui em sua extensão
aproximadamente 1.141,10Mts 1x∅1,20, em conjunto com o dissipador de energia, segundo
levantamento de dados nos projetos apresentados pelo município, suporta uma vazão máxima de
11.480,23 l/s.
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5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pertinente recorda-se que o adequado planejamento da drenagem urbana, atendendo ao
princípio ambiental da prevenção, consiste, preliminarmente, em um diagnóstico de sua
infraestrutura existente, um estudo técnico prévio e, com base nestes dados, nos parâmetros de
impermeabilização, de adensamento do plano diretor e na infraestrutura de drenagem necessária
para a área total da bacia, iniciou-se este estudo para verificação da ineficácia do sistema de
drenagem urbano do município de Presidente Castelo Branco – PR, tema de grande relevância
devido às recorrentes situações de alagamentos e estragos na cidade. Ao iniciar a execução do
trabalho, deparamos com a falta de leis e regulamentações sobre o assunto no município, além da
finalização da execução da duplicação da rodovia BR 376, que alterou de certa forma o rumo das
pesquisas, mas indicou o caminho a ser traçado no presente estudo. Outro fato relevante na
pesquisa, foi o fato de que não existiam projetos e mapas de certas áreas inclusas no estudo, o que
dificultou na execução, porém novos cálculos nestes casos tiveram que ser executados.
Em ato contínuo, buscou-se verificar quais as condições atuais do sistema de drenagem
urbana no Município de Presidente Castelo Branco, tendo em sua base, alguns fulcros de pesquisa,
como a análise das medidas legais existentes no Município relacionadas ao tema; exame das
medidas técnicas estruturais implantadas no trecho em estudo e a constatação pós-conclusão das
obras da rodovia BR-376.
Concluídos os estudos, verifica-se que a cidade, até o presente momento, não possui uma
legislação específica para a drenagem urbana, porém durante a realização deste trabalho, analisou-
se que o plano diretor encontra-se na fase de licitação, fato que irá viabilizar quando de novos
estudos. Quanto à estrutura física existente, constatou falta de planejamento das bocas-de-lobo que
não atendem aos padrões das normas técnicas, acabam por não realizar o recolhimento da água
como precisaria, execução mal projetada da duplicação da rodovia que considerou somente a área
de contribuição do trecho da mesma, e por fim, a utilização global de um emissário projetado a um
só objetivo.
É de suma importância a fiscalização, ao ser demandado para aprovar a instalação de
empreendimentos habitacionais, se a drenagem pública da área desejada permite tal instalação de
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acordo com o projeto e a infraestrutura de drenagem efetivamente existente, com acompanhamento
na execução.
Para a solução dos problemas é necessário, portanto, a participação e empenho dos diversos
agentes envolvidos, quais sejam: o próprio poder público municipal responsável pelos Jardim
Progresso, a Loteadora CSJ – CASTELO BRANCO LTDA responsável pelo Jardim Braga, bem
como, também, do DER/PR (Departamento de Estradas e Rodagem do Estado do Paraná) e a
Rodovias Integradas do Paraná S/A (VIAPAR).
As anotações registradas neste, têm potencial para motivar outros estudos da mesma
magnitude, despertando nas autoridades públicas a importância de um crescimento planejado e
sustentável a longo prazo, acarretando em respeito ao cidadão e principalmente ao meio ambiente.
6 REFERÊNCIAS
CHAMPS, J. R. Brasil: Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental Lei
Nacional de Saneamento Básico: perspectivas para as políticas e a gestão dos serviços públicos.
Manejo de águas pluviais urbanas: o desafio da integração e da sustentabilidade. Brasília: [s.n.],
2009. (Coletânea Lei Nacional de Saneamento Básico. Livro II, item 10.2). Disponível em:
<http://www.cidades.gov.br/images/stories/ArquivosSNSA/Arquivos_PDF/Coletanea_Lei11445
_Livro1_Final.pdf>. Acesso em: 29 abr. 2018.
CHOW, V.T.; MAIDMENT, D.R.; MAYS, L.W. Applied hydrology. New York: McGraw-Hill,
1988. 572 p.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas. Censo 2017. Disponível em:
<https://www.ibge.gov.br>. Acesso em: 29 abr. 2018.
SIMEPAR. Sistema Meteorológico do Paraná. Disponível em: <https://www.simepar.br>. Acesso
em: 05 de mar. de 2018.
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TRABALHO DE FINALIZAÇÃO DE CURSO EM ENGENHARIA CIVIL 2018
SEMA. Secretaria Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Disponível em: <
http://www.meioambiente.pr.gov.br>. Acesso em 29 abr. 2018
ÁGUAS PARANÁ. Instituto das águas Paraná. Disponível em: <
http://www.aguasparana.pr.gov.br>. Acesso em 20 de agosto de 2018.
JACON, G.; CUDO, K. J. Curva-chave: análise e traçado. Brasília: DNAEE, 1989. 273 p.
MASCARÓ, J. L. Desenho urbano e custos de urbanização. 2. ed. Porto Alegre: D. C.
LUZZATTO, 1989.
______________. Loteamento urbano. Porto Alegre: L, MASCARO, 2003.
MASCARÓ, J. L.; YOSHINAGA, M. Infraestrutura urbana. 2. ed. Porto Alegre: + 4 Editora,
2005.
PINTO, N. L.; HOLTZ, A. C. T.; MARTINS, J. A. Hidrologia de superfície. 2.ed. São Paulo:
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SEMA. Secretaria de Estado do Meio Ambiente. Resolução Nº 034/2017. Publicada no Diário
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Acesso em: 11 jun. 2018.
TUCCI, C. E. M. Regionalização de vazões. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande
do Sul, 2002. 256 p.
_____________. Hidrologia: ciência e aplicação. 4.ed. 5a reimp. Porto Alegre: Editora da
UFRGS/ABRH, 2013.
_____________. Hidrologia: Ciência e Aplicação. EDUSP, Editora da UFRGS, ABRH 1993.
_____________. Drenagem urbana. In artigo. São Paulo: Cienc. Cult. São Paulo Oct./Dec. 2003.
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Gestão integrada das águas urbanas: águas pluviais. Brasília: [s.n.], 2009.
BERTONI, J.C.; TUCCI, C.E.M. Precipitação. In: TUCCI, C.E.M.; SILVEIRA, A. L. L. (EDS.).
Hidrologia: ciência e aplicação. Porto Alegre: ABRH, 2009.
SILVEIRA, A. L. L. Ciclo hidrológico e bacia hidrográfica. In: TUCCI, C. E. M. et al.
Hidrologia – 1ª ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS/ABRH, 1993.
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ANEXO A
Chuva acumulada no mês de janeiro de 2018.
Fonte: SIMEPAR (2018).
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ANEXO B
Imagem no ponto crítico no encontro das águas, BR 376 KM 146.
Fonte: Própria.
ANEXO C
Imagens do centro da cidade, momento da chuva, antes da conclusão da obra de duplicação da Rodovia.
Fonte: Própria.
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Fonte: Própria.
Fonte: Própria.
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ANEXO D
Local do encontro das águas no centro da bacia, próximo a nascente do Córrego Iroi, neste local existia uma residência no qual foi arrastada com a enxurrada.
Fonte: Própria.
ANEXO E
Imagens do local do encontro das águas após a conclusão da duplicação da rodovia.
Fonte: Própria.
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ANEXO F
Detalhe da barreira construída combinada com caixa coletora.
Fonte: Própria.
ANEXO G
A esquerda, imagem do ponto de alagamento na pista, após a construção da barreira combinada de coletor, do lado direto, mostra o emissário do Jardim Progresso superfaturado, não vence a água do jardim.
Fonte: Própria.
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ANEXO H
A imagem da esquerda monstra a boca de lobo ligada ao emissário Jardim progresso expulsando a água, a imagem do lado direito mostra a região central após primeira chuva de médio porte pós conclusão da duplicação da rodovia.
Fonte: Própria.
ANEXO I
Vista aérea da área de contribuição total.
Fonte: Google Earth.
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ANEXO J
Vista aérea da área de contribuição jardim Progresso.
Fonte: Google Earth.
ANEXO K
Vista aérea da área de contribuição trecho da rodovia BR 376.
Fonte: Google Earth.
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ANEXO L
Vista aérea da área de contribuição Jardim dos Ipês.
Fonte: Google Earth.
ANEXO M
Vista aérea da área de contribuição Posto Figueira.
Fonte: Google Earth.
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ANEXO N
Vista aérea da área de contribuição jardim Braga.
Fonte: Google Earth.
ANEXO O
Vista aérea da área de contribuição zona rural.
Fonte: Google Earth.
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ANEXO P
Vista do dissipador de energia do emissário construído pela loteadora responsável pelo jardim Braga.
Fonte: Própria.
ANEXO Q
Imagem do traçado do emissário do Jardim Progresso.
Fonte: Departamento de engenharia Prefeitura Municipal.
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ANEXO R
Detalhe do projeto, da rodovia, trecho do KM146, onde ocorrem a concentração das águas com as chuvas
intensas.
Fonte: Viapar.
ANEXO S
Detalhe do projeto, da rodovia BR 376, estaca 588+1, travessa emissário que capita as águas das áreas de contribuição do Jardim Braga, Posto de combustível, parte do Jardim Progresso e Jardim dos Ipês.
Fonte: Viapar.
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ANEXO T
Detalhe do memorial utilizado nos projetos do jardim Braga, onde utiliza-se 0,65 como coeficiente
de escoamento.
Fonte: Prefeitura Municipal de Presidente Castelo branco.