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UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP UM PROTÓTIPO PARA MELHORIA DA QUALIDADE NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM BÁRBARA DE SOUZA GUTIERRES SÃO PAULO 2013

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

UM PROTÓTIPO PARA MELHORIA DA QUALIDADE

NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

BÁRBARA DE SOUZA GUTIERRES

SÃO PAULO

2013

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BÁRBARA DE SOUZA GUTIERRES

UM PROTÓTIPO PARA MELHORIA DA QUALIDADE

NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Engenharia de Produção da

Universidade Paulista – UNIP para a obtenção do

título de Mestre em Engenharia de Produção

Orientador: Prof. Dr. Pedro Luiz de Oliveira Costa

Neto

SÃO PAULO

2013

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Gutierres, Bárbara de Souza.

Um protótipo para melhoria da qualidade da assistência de Enfermagem / Bárbara de Souza Gutierres – 2013. 68 f. : il. color. + DVD.

Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia da Produção da Universidade Paulista, São Paulo, 2013.

Área de Concentração: Gestão de Sistemas de Operação.

Orientador: Prof. Dr. Pedro Luiz de Oliveira Costa Neto

1. Qualidade. 2.Qualidade nos serviços de saúde . 3. Sistematização da assistência de enfermagem. I. Título. II. Costa Neto, Pedro Luiz de Oliveira (orientador).

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BÁRBARA DE SOUZA GUTIERRES

UM PROTÓTIPO PARA MELHORIA DA QUALIDADE

NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Engenharia de Produção da

Universidade Paulista – UNIP para a obtenção do

título de Mestre em Engenharia de Produção

Aprovado em ____/____/____

Banca Examinadora

____________________________________________

Profº. Dr. Pedro Luiz de Oliveira Costa Neto (UNIP)

____________________________________________

Profa. Dra. Marta Maria Melleiro (USP)

____________________________________________

Profº. Dr. Mario Mollo (UNIP)

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DEDICATÓRIA

Aos pilares da minha vida:

Elcio, Eliane e Junior.

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AGRADECIMENTOS

Ao professor Pedro Luiz, não somente pela orientação acadêmica (sempre com

observações e indicações precisas), mas sobretudo por ter me oferecido tranquilidade e apoio

nos momentos necessários.

Ao professor Oduvaldo Vendrametto, por aceitar o desafio de aprovar a primeira

enfermeira no mestrado em Engenharia de Produção, e por tornar-me uma pessoa mais crítica

com as injustiças que nos cercam.

Ao colega Mariano de Angelo, pela amizade, pelo apoio e por sempre acreditar no

potencial desta pesquisa, colocando-se à disposição para tornar minhas ideias em um

protótipo. Amigo ad eternum.

Ao professor Fábio Amaral, por sua confiança em mim.

À minha família, por entender minhas ausências e apoiar-me em todas as decisões.

Aos funcionários do Programa de Pós Graduação em Engenharia de Produção, por

serem sempre tão atenciosos e presentes.

À CAPES, pela concessão da bolsa de estudos.

À todos aqueles que de alguma forma, contribuíram para esta dissertação.

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RESUMO

A busca pela qualidade nos serviços de saúde tem se tornado um fator diferencial de

competitividade entre as instituições hospitalares brasileiras. Para isso, além da excelência no

atendimento médico, a redução de custos, efetividade nos resultados e menor tempo de

internação são os principais objetivos a serem atingidos. Utilizar a informatização de dados

mostrou-se uma ferramenta efetiva para a mensuração da qualidade da assistência hospitalar.

Diretamente ligada a este objetivo encontra-se a Enfermagem e o uso de taxonomias como

forma de padronização. O objetivo deste trabalho foi desenvolver um protótipo que possibilita

o cálculo dos indicadores de qualidade da Nursing Outcomes Classification (NOC) através da

inserção de dados quantitativos do estado de saúde do paciente. A metodologia desenvolvida

foi: estabelecimento de indicadores da NOC através da escala de Likert; criação de algoritmos

capazes de calcular os resultados obtidos durante a internação. Mediante os resultados obtidos

pela metodologia aplicada, foi possível concluir que é viável a elaboração de um software que

apresente os mesmos requisitos funcionais, a fim de torná-lo uma ferramenta de apoio para os

hospitais brasileiros.

Palavras-chave: Qualidade Hospitalar; Assistência de Enfermagem; Resultados de

Enfermagem.

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ABSTRACT

The advancement of technology has become an important and essential tool in healthcare.

Information systems help not only to a more accurate and early diagnosis, but as tools for

competitiveness between entities hospital. The competitiveness is directly linked to the

perception of service quality, perceived by the patient, so the figure of the nurse and the

nursing staff is directly linked to these issues, since they are the professionals who maintain

intermittent contact with the patient, family and between the multidisciplinary team. The aim

of this study was to develop a prototype for the improvement of nursing care, utilizing the

taxonomy NANDA (North American Nursing Diagnosis Association) and the results of the

nursing NOC (Nursing Outcomes Classification), as well as the calculation of the indicators

from inserting quantitative data on the state of health of the patient. To develop the prototype

was used Access ® platform, one hundred twenty-two NANDA nursing diagnoses 2009-

2012, three hundred seventy-seven nursing outcomes and three thousand nine hundred ninety-

five indicators nursing NOC. The results have used the connection between the diagnoses and

outcomes beyond the automatic measurement of quantitative indicators chosen by the nurse.

Based on these studies, it was possible conclude that the prototype is feasible as a tool for

decision support and increase the quality of nursing care, decreasing the time required for a

care system and increasing humanization of care.

Keywords: QUALITY; SYSTEMATIZATION NURSING CARE; DECISION SUPPORT

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES

ABEN Associação Brasileira de Enfermagem

CEDAC Cause and Effect Diagram with the Addition of Cards

COFEN Conselho Federal de Enfermagem

DE Diagnósticos de Enfermagem

ISO International Organization for Standartization

NANDA North American Nursing Diagnosis Association

NANDA-I North American Nursing Diagnosis Association International

NIC Nursing Interventions Classification

NOC Nursing Outcomes Classification (Classificação dos Resultados de

Enfermagem)

PE Processo de Enfermagem

PET Positron Emission Tomography (Tomografia por Emissão de Posítrons)

PICC Peripherally Inserted Centrak Venous Catheter (Cateter Venoso Central

de Inserção Periférica)

SAE Sistematização da Assistência de Enfermagem

TQC Total Quality Control

TQM Total Quality Management

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Visão sobre a integração de conhecimentos entre as áreas da Engenharia de Produção e da

Enfermagem. ......................................................................................................................................... 15

Figura 2 - Etapas do Processo de Enfermagem. Fonte:Elaborado pela própria autora. Adaptado de

Tannure e Gonçalves (2010). ................................................................................................................ 28

Figura 3 - Ciclo PDCA. Fonte: Costa Neto, Canuto (2010). ................................................................. 32

Figura 4 - Tela do protótipo com a relação de opções de Cadastro e/ou visualização da NANDA e

NOC. ..................................................................................................................................................... 39

Figura 5 -Tela final do protótipo quanto à relação com a NANDA. ..................................................... 40

Figura 6 - Escala de Likert encontrada na NOC e sua descrição, de 1 até 5. ........................................ 42

Figura 7 - Tela de cadastro do paciente, realizado pelo usuário. .......................................................... 43

Figura 8 - Escolha dos resultados de Enfermagem. .............................................................................. 44

Figura 9 - Tela de cadastro de indicadores quantitativos. ..................................................................... 45

Figura 10 - Gráfico do indicador de Enfermagem, segundo a NOC, de acordo com a data e horário. . 45

Figura 11- Modelagem do protótipo. .................................................................................................... 46

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Classificação dos diagnósticos de Enfermagem, segundo NANDA 2009-2011. ............... 23

Quadro 2 - Abordagens da qualidade. Fonte: Adaptado de Garvin, (1988). ......................................... 34

Quadro 3 - Dimensões da qualidade de produtos. Fonte: Adaptado de Garvin (1984). ........................ 35

Quadro 4 - Dimensão da qualidade em serviços. Fonte: Parasuraman et al, 1990. ............................... 36

Quadro 5 - Dimensões da qualidade segundo Garvin (1984). .............................................................. 48

Quadro 6 - Dimensões da qualidade segundo Parasuraman et al, (1990). ............................................ 49

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Distribuição dos artigos analisados segundo o país de publicação. Fonte: Garbin et al (2009).

............................................................................................................................................................... 25

Tabela 2 - Distribuição dos artigos analisados segundo o ano de publicação. Fonte: Garbin et al

(2009). ................................................................................................................................................... 25

Tabela 3 - Distribuição dos artigos analisados segundo o país de origem. Fonte: Garbin et al (2009). 26

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SUMÁRIO

1 CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO ........................................................................................ 14

1.1 Justificativa ................................................................................................................................ 16

1.2 Pressupostos ............................................................................................................................... 18

1.3 Objetivo Geral ........................................................................................................................... 19

1.3.1 Objetivos Específicos .......................................................................................................... 19

1.4 Conteúdo do Trabalho .............................................................................................................. 19

2 CAPÍTULO II - REVISÃO DA LITERATURA .............................................................. 21

2.1 Enfermagem ............................................................................................................................... 21

2.1.1 Taxonomias de Enfermagem ............................................................................................. 21

2.1.2 NANDA ............................................................................................................................... 21

2.1.3 NOC ..................................................................................................................................... 24

2.1.4 Aliança NNN ....................................................................................................................... 26

2.1.5 Sistemas de auxílio na Gestão Hospitalar ........................................................................ 26

2.1.6 Sistematização da Assistência de Enfermagem ............................................................... 27

2.1.7 A contribuição de Avedis Donabedian ............................................................................. 29

2.1.8 Manual de Acreditação Hospitalar – Ministério da Saúde ............................................ 30

2.2 Qualidade ................................................................................................................................... 31

2.2.1 Evolução Histórica ............................................................................................................. 31

2.2.2 Abordagens e dimensões da qualidade ............................................................................. 34

3 CAPÍTULO III - MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................. 37

3.1 Natureza da Pesquisa ................................................................................................................ 37

3.2 Critérios de Inclusão ................................................................................................................. 37

3.3 Protótipo ..................................................................................................................................... 37

3.4 Tratamento e Análise dos Dados .............................................................................................. 37

4 CAPÍTULO IV - RESULTADOS ...................................................................................... 38

4.1 A importância da informatização na Enfermagem ................................................................ 38

4.2 Protótipo ..................................................................................................................................... 39

4.3 Abordagens do ponto de vista da qualidade ........................................................................... 46

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4.4 Enquadramento na intersecção em Engenharia de Produção .............................................. 49

5 CAPÍTULO V - CONCLUSÃO ......................................................................................... 51

5.1 Proposta para futuros estudos ................................................................................................. 51

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 53

ANEXOS......... ........................................................................................................................ 56

Anexo 1 - Lista de Diagnósticos de Enfermagem na NANDAI presentes no protótipo. ........... 56

Anexo 2 - Lista de Domínios, Classes e Diagnósticos de Enfermagem utilizados no protótipo 59

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CAPÍTULO I

1 INTRODUÇÃO

Esta dissertação estuda os resultados de Enfermagem nos alicerces da qualidade como

elemento fundamental para uma boa avaliação, evolução e prognóstico do estado do paciente

durante seu período de assistência hospitalar e como ferramenta de apoio à decisão do

enfermeiro para suas futuras intervenções, através de um protótipo capaz de mensurar

estatisticamente os resultados, com a inserção de dados do estado clínico no prontuário

eletrônico. A contribuição da Engenharia de Produção se dá através de seus conceitos,

ferramentas e suas aplicabilidades.

Moorhead et al (2010) afirmam que o desenvolvimento do conhecimento de

Enfermagem requer o uso das medidas dos resultados de pacientes. O uso de banco de dados

padronizados com linguagens comuns é o método mais viável para se obter as informações

necessárias para a análise dessas associações.

A busca por melhor qualidade dos produtos e serviços passou a ser cada vez mais

intensa a partir de meados do século passado. Esse processo convergiu para uma grande

procura por certificações dos sistemas de qualidade, iniciadas através da ISO (International

Organization for Standartization) na década de 1980, estimulando a criação de premiações,

de níveis nacionais e internacionais, para aquelas empresas que se destacassem em sua

administração pelos aspectos referentes à qualidade, informações, conhecimento, recursos

humanos, entre outros.

Essa procura incessante pela qualidade passou a ser uma preocupação das empresas

brasileiras, inclusive as hospitalares. Trata-se de uma área em constante crescimento,

buscando a satisfação dos pacientes durante sua procura pelos serviços oferecidos. Bem

informados, conscientes de seus direitos como usuários, os pacientes tornam-se cada vez mais

exigentes quanto à qualidade de serviços, levando as instituições particulares e/ou públicas a

um processo contínuo de melhoria dos serviços para garantir a satisfação dos clientes.

A partir desse ponto de vista, pode-se vislumbrar a integração entre os conhecimentos

da Engenharia de Produção e da Enfermagem, integrando a contínua procura da qualidade,

como sugere a Figura 1.

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Engenharia de

Produção Enfermagem

Figura 1 - Visão sobre a integração de conhecimentos entre as áreas da Engenharia de Produção e

da Enfermagem.

Esta dissertação foi realizada no contexto representado pela Figura 1 pela área

hachurada, ou seja, na região de intersecção entre os campos de conhecimento da Engenharia

de Produção e da Enfermagem.

Desde o início da década de 1930 a qualidade já era um tema discutido entre os

estudiosos, como o controle da qualidade, quando ocorreu a publicação das Cartas de

Controle de Processo, na obra The Economic Control of Quality of Manufactured Product, de

Shewhart, as técnicas de inspeção de produtos por amostragem de Dodge e Romig, o conceito

da qualidade total, criado por Deming, Juran e Feigenbaum. Nas décadas de 1960 e 1970, com

o surgimento, no Japão, de ferramentas e metodologias para a melhoria, como o Quality

Function Deployment (QFD ou Desdobramento da Função da qualidade), as Sete Novas

Ferramentas da qualidade, Cause and Effect Diagram with the Addition of Cards (CEDAC ou

Diagrama de Causa e Efeito com a Adição de Cartas), que levou ao surgimento de programas

de gestão da qualidade total (Total Quality Management, TQM, ou Total Quality Control,

TQC).

Apesar de tratar de um assunto relativamente novo na área da saúde, muitos esforços

têm sido empreendidos pelas instituições hospitalares, públicas e privadas, para que sejam

Qualidade Serviços Enfermagem

Qualidade em serviços de

Enfermagem

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alcançados os padrões de qualidade. Esses esforços começaram em empresas privadas,

criadas no exterior, para avaliação hospitalar e, somente em 1995, foi criado pelo Ministério

da Saúde Brasileiro o Programa de Garantia e Aprimoramento da qualidade em Saúde, que,

em 1998, deu origem ao Manual de Acreditação Hospitalar, definindo:

“Todas as instituições hospitalares devem atender seus pacientes de forma mais

adequada, onde todo hospital deve se preocupar com a melhoria permanente da

qualidade de sua gestão e assistência, buscando uma integração harmônica” (Manual

de Acreditação Hospitalar, 2002)

Para que a qualidade da assistência seja efetivamente alcançada é preciso mensurar

resultados alcançados durante o período de hospitalização do paciente, sobre o que a

Classificação dos Resultados de Enfermagem- NOC (Nursing Outcomes Classification)

afirma que:

“A Classificação dos Resultados de Enfermagem descrita nesse livro é uma lista

abrangente de resultados, definições e medidas padronizadas para descrição de

resultados de pacientes, que são influenciados pela prática de Enfermagem. Os

resultados são apresentados como conceitos variáveis que refletem os estados do

paciente (p. ex. mobilidade, hidratação, superação) que podem ser medidos ao longo

de um contínuo e não por meio do cumprimento ou não de metas discretas. Essa

variabilidade de conceitos facilitará a identificação e a análise do estado do resultado

para populações específicas de pacientes e também a identificação de padrões

realísticos de assistência para populações específicas.” (MOORHEAD, JOHNSON,

MAAS, SWANSON, 2010).

1.1 Justificativa

Por tratar-se de um tema de grande relevância na Enfermagem, há na literatura

diversos trabalhos, descrevendo a tentativa de implantação de sistemas que contemplam a

Sistematização da Assistência de Enfermagem. Chama atenção a ausência de sistemas que

sejam capazes de mensurar a qualidade da assistência de Enfermagem, baseados nos

resultados obtidos através da NOC durante o período de prestação de cuidados na internação

do paciente. Não há relatos da criação ou tentativa de implantação de um sistema que, além

do descrito acima, diminua a interferência do fator humano durante a avaliação desses

resultados.

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Torna-se imprescindível o uso da estatística como uma ferramenta para a mensuração.

Como um instrumento de fácil entendimento entre toda a equipe multidisciplinar, é um grande

aliado para que, em conjunto, possa avaliar quais intervenções prescritas e implementadas

pela equipe estão, de fato, contribuindo para a melhora do quadro clínico do paciente, além de

proporcionar dados para futuras pesquisas acerca do melhor cuidado clínico indicado para

determinadas patologias. Durante as últimas décadas, houve um grande avanço e

popularização da tecnologia e do uso da internet. A troca de informações e a comunicação em

tempo real tornaram-se factíveis a uma grande maioria da população.

Acompanhando esse desenvolvimento, a área das Ciências da Saúde tem avançado

continuamente, observando-se a construção e o êxito no uso do aparelho cirurgião-robô Da

Vinci, que contém 4 braços, joystick para que o cirurgião controle os movimentos dos braços,

imagens em 3D do corpo do paciente, transmitidas através de pequenas incisões, evitando o

uso de cirurgias abertas para que se tenha essa visualização. É também capaz de corrigir em

tempo real os tremores das mãos do cirurgião, além de possuir um dispositivo para deixar

suas pinças com curva de 90°, o que seria humanamente impossível durante uma cirurgia

convencional. Observa-se também o uso do PET-CT na área de Medicina Diagnóstica, que é

capaz de rastrear células anormais em todo o corpo, indicando o local preciso onde ocorre o

fenômeno a ser combatido.

A Enfermagem, reconhecida como uma ciência de grande importância no contexto da

promoção, prevenção e reabilitação da saúde não pode ficar atrás nos avanços. Com a criação

e reconhecimento de diversos procedimentos pelas entidades da área, o enfermeiro vem-se

tornando um profissional que completa o cuidado ao paciente, desvinculando a imagem

construída durante diversos anos daquele profissional que serve à medicina. Como exemplo,

pode-se citar a colocação de cateter central do tipo PICC (Peripherally Inserted Central

Venous Catheter), como atribuição exclusiva do enfermeiro, a prescrição de medicamentos no

Programa de Saúde da Família do Ministério da Saúde, os Diagnósticos de Enfermagem e

prescrição de cuidados.

É necessária uma documentação científica e legal de todas as atividades da equipe de

Enfermagem, além de uma obrigação prevista pelo Código de Ética para os profissionais da

Enfermagem. Artigo 68 – Registra no prontuário e em outros documentos próprios da

Enfermagem informações referentes ao processo de cuidar da pessoa.

A informatização dos dados precisa estar presente nas instituições hospitalares, de

forma a reduzir e/ou excluir divergências quanto a espaços sem preenchimento, com rasuras

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ou letras ilegíveis, além de contribuir para o aumento da produtividade da equipe de

Enfermagem, sem a necessidade de se preencher formulários de forma manuscrita.

A tecnologia é objeto-chave para as grandes mudanças que vêm ocorrendo na

sociedade de uma forma ampla e contínua, tornando-se fundamental para a comunicação,

armazenamento de dados, troca de informações, entre outros. A tecnologia atrelada ao

conhecimento em Enfermagem tornam-se promissoras ferramentas na busca pela qualidade na

assistência prestada pelo enfermeiro, técnico e auxiliar de Enfermagem.

Como uma área que colabora diretamente com a Medicina, cabe ao enfermeiro assistir

continuamente o paciente durante sua recuperação, sendo responsável por passar as

informações e atender as intercorrências, além de prescrever os cuidados de Enfermagem

necessários a cada paciente, de forma individualizada.

Moorhead et al (2010) afirmam quanto aos sistemas computadorizados de informação

de Enfermagem:

“Esses sistemas de informação têm potencial para melhorar o desempenho da

Enfermagem por meio do aumento do conhecimento na área e do fornecimento de

dados e informação necessária à participação da Enfermagem na formulação da

política de assistência de saúde. A concretização do potencial de tais sistemas de

informação, contudo, requer a transformação dos dados de Enfermagem altamente

invisíveis em dados visíveis e produtivos, que sejam padronizados e que possam ser

agregados e utilizados para responder questões prementes enfrentadas pela

profissão. Infelizmente, poucas tentativas começaram a ser realizadas no sentido de

padronizar dados em sistemas de informação clínica.”

Com a tecnologia tornando-se fator-chave para as grandes mudanças que vêm

ocorrendo na sociedade de uma forma ampla e contínua, fundamental para a comunicação,

armazenamento de dados, troca de informações, entre outros, é necessária a criação de

softwares capazes de atrelar o conhecimento específico da Enfermagem e a mensuração da

qualidade prestada por sua equipe. Neste contexto, a informatização do prontuário do paciente

vai além do armazenamento de dados, onde, através do tratamento necessário dos dados e das

informações, chega-se aos resultados referentes à qualidade, a qualquer instante, sem que seja

necessária a demanda de tempo e de profissionais específicos para o desempenho de tal

objetivo.

1.2 Pressupostos

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São pressupostos da presente pesquisa:

Os resultados de Enfermagem da NOC (Nursing Outcomes Classification) como

principais indicadores da qualidade da assistência durante o período de internação.

Os diagnósticos de Enfermagem como uma importante ligação com a NOC para a

criação de conjuntos para a mensuração estatística.

A Enfermagem como uma intersecção entre as dimensões de lojas de serviços e

serviços profissionais.

Aumento da produtividade do enfermeiro através da informatização de dados de seu

exclusivo preenchimento, análise e intervenção.

1.3 Objetivo Geral

Elaborar um protótipo de apoio à decisão do enfermeiro na seleção e classificação dos

Diagnósticos e mensuração dos resultados de Enfermagem, possibilitando a visualização da

melhora, piora ou estagnação do estado clínico do paciente, através de resultados estatísticos

obtidos da inserção de dados pelo enfermeiro, tornando-se, assim, uma ferramenta para

visualização da qualidade dos serviços de Enfermagem.

1.3.1 Objetivos Específicos

1. Permitir o estabelecimento de um software para uso com as finalidades acima citadas.

2. Contribuir para a efetiva sistematização da assistência dos serviços de Enfermagem

nos hospitais e clínicas, minimizando a ocorrência de erros.

1.4 Conteúdo do Trabalho

A estrutura do presente trabalho está baseada nos seguintes capítulos:

Capítulo I - São apontado conceitos, características sobre os temas abordados, entre

Engenharia de Produção e Enfermagem e suas relações. Encontram-se também a justificativa,

pressupostos, objetivos e metodologia adotada na pesquisa.

Capítulo II - Apresenta uma revisão sobre os conceitos utilizados, como a qualidade,

diagnósticos e resultados de Enfermagem, história da Enfermagem e taxonomias.

Capítulo III – Este capítulo trata dos métodos utilizados, dados sobre o protótipo,

tratamento e análise dos dados.

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Capítulo IV - Apresenta o funcionamento do protótipo como uma ferramenta de apoio

ao enfermeiro durante a Sistematização da Assistência de Enfermagem.

Capítulo V – Conclusão: Na conclusão deste trabalho coloca-se a importância da

qualidade nas instituições hospitalar, a importância da informatização e da criação de

ferramentas que auxiliem a mensuração e visualização da qualidade da assistência de

Enfermagem.

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CAPÍTULO II

2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Enfermagem

2.1.1 Taxonomias de Enfermagem

Buscando sua consolidação como ciência, a Enfermagem tem percorrido um caminho

árduo na procura de estratégias que visam alicerçar-se dessa prática e, dentre elas, encontra-se

a necessidade de estabelecer uma linguagem comum que seja utilizada universalmente pelos

profissionais, adaptadas as mais variadas culturas e contextos.

Existe um consenso dentro da profissão sobre a necessidade da implantação de

taxonomias, facilitando a prática da Enfermagem através de uma comunicação única entre

todos os enfermeiros, facilitando a documentação e, principalmente, estudos em nível

mundial.

Antes da década de 1970 não havia uma taxonomia específica na Enfermagem,

induzindo os enfermeiros a utilizarem palavras que desejassem para expressar os problemas

que os pacientes possuíam.

A partir dessa necessidade inerente à SAE, houve a criação de instrumentos que

possibilitam a interação dinâmica durante a execução do PE, sendo eles: NANDAI - North

American Nursing Diagnosis Association International, NOC- Nursing Outcomes

Classification e NIC – Nursing Interventions Classification. (PERES, 2009).

2.1.2 NANDA

Em 1967, seis anos após a descrição do processo de Enfermagem proposto por Yura e

Walsh, que o descreviam em quatro partes, ou seja, investigação, planejamento,

implementação e avaliação, duas enfermeiras da St. Louis (Estados Unidos) organizaram a

primeira conferência para identificar as interpretações dos dados que representavam os

fenômenos causadores de preocupação aos enfermeiros. Essas enfermeiras, Mary Ann Lavin e

Kristine Gebbie, convidaram 100 enfermeiros dos Estados Unidos e do Canadá para participar

do evento. Foi a primeira conferência sobre diagnósticos de Enfermagem, em que foram

identificados e definidos 80 diagnósticos de Enfermagem. (GEBBIE, 1998)

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A NANDA - North American Nursing Diagnosis Association, fundada em 1982,

originou-se do National Conference Group (Grupo da Conferência Nacional), uma força-

tarefa estabelecida na First national Conference on the Classification of Nursing Diagnoses,

que ocorreu em St Louis, Missouri, Estados Unidos, em 1973. (NANDA,2010)

A Taxonomia NANDA é o sistema de classificação mais usado no mundo; traduzida

para 17 idiomas (33 países), está incorporada a alguns sistemas de informática desses países.

A última edição da NANDA (NANDA 2009-2011), composta por treze domínios, 47 classes

e 201 diagnósticos, define:

“Julgamento clínico das respostas do indivíduo, da família ou da comunidade a

problemas de saúde/processos vitais reais ou potenciais. O diagnóstico de

Enfermagem constitui a base para a seleção das intervenções de enfermagem para o

alcance dos resultados pelos quais o enfermeiro é responsável.” (aprovado na 9ª

Conferência da NANDA, em 1990).

A NANDA traz uma padronização de vocabulários, sendo possível registrar como os

enfermeiros fazem e que resultados conseguem obter decorrentes da ação, reduzindo o tempo

na elaboração de diagnósticos e, consequentemente, disponibilizando mais tempo entre o

enfermeiro, o paciente e seus familiares.

Os Diagnósticos de Enfermagem – DE, podem ser classificados como real, de

promoção da saúde, de bem-estar ou de risco, conforme ilustra a o quadro:

Classificação do DE Conceito

Diagnóstico de

Enfermagem real

Descreve respostas humanas a condições de saúde/processos vitais

que existem em um indivíduo, família ou comunidade. É sustentado

pelas características definidoras (manifestações, sinais e sintomas),

que se agrupam em padrões de indícios ou inferências relacionadas.

Diagnóstico de

Enfermagem de

promoção da saúde

Julgamento clínico da motivação e do desejo de um indivíduo, família

ou comunidade de aumentar o bem-estar e concretizar o potencial de

saúde humana, conforme manifestado em sua disposição para melhorar

comportamentos específicos de saúde, como a alimentação e o

exercício. Diagnósticos de promoção da saúde podem ser utilizados em

qualquer condição de saúde, não necessitando de níveis de bem-estar

atuais. Essa disposição é sustentada por características definidoras. As

intervenções são escolhidas junto com o

indivíduo/família/comunidade, para melhor assegurar a capacidade de

alcance dos resultados enunciados.

Diagnóstico de

Enfermagem de bem-

estar

Descreve respostas humanas em níveis de bem-estar em indivíduo,

família ou comunidade. Está apoiado em características definidoras

(manifestações, sinais e sintomas), que se agrupam em padrões de

indícios ou de inferências relacionadas.

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Diagnóstico de

Enfermagem de risco

Descreve respostas humanas a condições de saúde/processos vitais que

podem desenvolver-se em indivíduo, família ou comunidade

vulnerável. Está apoiado em fatores de risco que contribuem para o

aumento da vulnerabilidade. Quadro 1 - Classificação dos diagnósticos de Enfermagem, segundo NANDA 2009-2011.

Os componentes dos DE consistem em enunciado diagnóstico, definição,

características definidoras, fatores de risco e fatores relacionados, que são descritos abaixo,

segundo NANDA.

Enunciado Diagnóstico- Estabelece um nome ao diagnóstico. É um termo ou

expressão concisa que representa um padrão de indícios relacionados. Pode incluir

modificadores.

Definição – Oferece uma descrição clara e precisa; delineia seu significado e ajuda a

diferenciá-lo de diagnósticos similares.

Características definidoras- Indícios/inferências observáveis que se agrupam como

manifestações de um diagnóstico de Enfermagem real, de bem-estar ou de promoção da

saúde.

Fatores de risco- Fatores ambientais e elementos fisiológicos, psicológicos, genéticos

ou químicos que aumentam a vulnerabilidade de um indivíduo, uma família, ou uma

comunidade a um evento insalubre.

Fatores relacionados- Fatores que parecem mostrar algum tipo de relação padronizada

com o diagnóstico de Enfermagem. Podem ser descritos como antecedentes de, associados a,

relacionados a contribuintes para ou estimuladores. Apenas diagnósticos de Enfermagem reais

possuem fatores relacionados.

No Brasil, a expressão “diagnóstico de Enfermagem” foi introduzida por Wanda de

Aguiar Horta, nos anos 1960 e constituiu uma das etapas do processo de Enfermagem

proposta por essa autora (HORTA, 1979)

Nesta dissertação utilizam-se os treze domínios da NANDA e suas quarenta e sete

classes. Para um melhor entendimento do protótipo, a tabela contemplando os domínios,

classes e DE ligados entre si pode ser visualizada no Anexo 2.

Alguns DE estão presentes em mais de um domínio e classe, e esse fenômeno ocorre

porque sua definição, características definidoras ou fatores relacionados no caso de “risco de”

permitem mais de uma localização apropriada em mais de um domínio e classe

(NANDA,2010).

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2.1.3 NOC

Na tentativa de aumentar a capacidade econômica, a reestruturação do sistema de

saúde norte-americano resultou em ênfase nos custos dos cuidados de saúde e nos resultados

dos pacientes como medida da capacidade do sistema. Conforme os custos de saúde se

estabilizaram, consumidores e pagadores voltaram a sua atenção para a satisfação e para os

resultados do paciente como critérios para a seleção dos provedores de cuidados. O resultado

disso tem sido a criação de diversos instrumentos de avaliação desenvolvidos para mensurar

os resultados dos sistemas oferecimentos de cuidados de saúde. (MOORHEAD et al,2009)

Os citados autores relatam que o uso dos resultados apresentados pelos pacientes com

a finalidade de avaliar os cuidados teve a seguinte evolução histórica:

A preocupação em registrar os resultados apresentados pelo paciente teve início com

Florence Nightngale que, durante a Guerra da Crimeia acompanhou a evolução do quadro

clínico dos pacientes após intervir nas condições do ambiente em que eles estavam inseridos.

No começo do século XX, Enerst Codman propôs o uso de medidas baseadas nos

resultados como indicadores para a avaliação de qualidade das intervenções médicas.

Década de 1960: Marie Aydellotte tomou como base as mudanças nas características

físicas e no comportamento dos clientes para avaliar a eficiência da assistência prestada.

Década de 1970: Teve início o trabalho de classificação dos resultados das ações de

Enfermagem voltadas para o paciente.

Década de 1980: Inicia-se a era da coleta de dados e responsabilidades, quando

ficaram em alta os interesses políticos pelos resultados dos clientes e pelos custos dos

cuidados de saúde.

Década de 1990: Houve aumento da importância depositada na eficiência dos

cuidados de saúde, o que resultou em uma renovação da ênfase no desenvolvimento de

resultados de Enfermagem. Tornaram-se essenciais os esforços para identificar os cuidados

prioritários dos pacientes para a avaliação da eficiência da assistência de Enfermagem.

A NOC é uma taxonomia que contém os resultados esperados para cada diagnóstico

de Enfermagem da taxonomia NANDA, para indivíduos, cuidadores, familiares, família e

comunidade, que podem ser usados em diferentes locais e especialidades clínicas. (GARBIN

et al, 2009)

Tratando-se de uma taxonomia implantada de forma efetiva nos Estados Unidos, a fim

de mensurar a qualidade nos serviços de saúde, sua implementação no Brasil tem ocorrido de

uma forma mais lenta. Isso evidencia-se pelos estudos do tipo revisão bibliográfica realizados

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por pesquisadores brasileiros, que demonstram em seus resultados uma defasagem, em

relação a outros países, como ilustra a Tabela 1.

Em uma pesquisa realizada por Garbin et al (2008), constatou que as publicações no

Brasil referentes a NOC começaram há poucos anos, datada de 1997, apresentando um

discreto aumento nos anos de 2004, 2005 e 2007, observando-se que a maioria dos periódicos

concentra-se na América do Norte, especificamente nos Estados Unidos (conforme tabelas 1,2

e 3).

Tabela 1- Distribuição dos artigos analisados segundo o país de publicação. Fonte: Garbin et al (2009).

Variável n %

País de Publicação

Brasil 2 13,3

Estados Unidos 11 73,4

Inglaterra 2 13,3

Tabela 2 - Distribuição dos artigos analisados segundo o ano de publicação. Fonte: Garbin et al (2009).

Variável N %

Ano de Publicação

1997 1 6,6

1999 1 6,6

2002 1 6,6

2004 2 13,3

2005 2 13,3

2006 1 6,6

2007 4 27,1

2008 2 13,3

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Tabela 3 - Distribuição dos artigos analisados segundo o país de origem. Fonte: Garbin et al (2009).

Variável n %

País de origem dos autores

Brasil 2 13,3

Coréia 2 13,3

Estados Unidos 9 60,2

Estados Unidos e Islândia 1 6,6

Noruega 1 6,6

Utilizado como um indicador da qualidade da assistência de Enfermagem, difundido e

aceito em nível mundial pelos enfermeiros, chama a atenção no estudo descrito acima o

pequeno número de publicações acerca da NOC. Além de se tratar de uma ferramenta

gerencial, também está diretamente voltada à prática clínica, deve haver maior empenho

brasileiro acerca da implementação da NOC, seja com a validação de indicadores ou com a

construção e validação de softwares que auxiliem o enfermeiro durante a tomada de decisão.

2.1.4 Aliança NNN

Para dar-se início a uma estrutura comum para a NANDA, NOC – Nursing Outcomes

Classification, na versão brasileira traduzida como Classificação dos Resultados de

Enfermagem e NIC – Nursing Interventions Classification, na versão brasileira traduzida

como Classificação das Intervenções de Enfermagem, fez-se uma assembleia, em agosto de

2001, para desenvolver uma estrutura taxonômica comum para as três nomenclaturas,

criando-se a aliança NNN. A finalidade de uma estrutura comum é facilitar as ligações entre

os diagnósticos de Enfermagem, os resultados e as intervenções voltados à prática de

Enfermagem e demonstrar a relação entre os termos e os conceitos da NANDA, da NOC e da

NIC. (MOORHEAD et al, 2009)

2.1.5 Sistemas de auxílio na Gestão Hospitalar

Com o constante avanço da TI (Tecnologia da Informação), as empresas passaram a

depender cada vez mais da informação e de sistemas computacionais. Mais do que nunca,

informação significa poder e seu uso apropriado pode estabelecer o diferencial competitivo e

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um melhor atendimento a clientes, otimizando a cadeia de serviços, produtos e pesquisas.

(PEREIRA et al, 2012)

Segundo Ballou Sistemas de informação são vitais para a gestão das empresas. as

empresas operam dentro de um ambiente que muda constantemente devido a avanços

tecnológicos, alterações na economia e na legislação e disponibilidade de recursos.

O uso de sistemas de informação na área da saúde atualmente é evidenciado o Brasil e

no mundo. Esses sistemas são desenvolvidos com o intuito de auxiliar os profissionais da

saúde a tomar decisões que influenciem diretamente no diagnóstico de pacientes ou no

gerenciamento de processos que levem ao diagnóstico. (CARITÁ, NINI, MELO, 2010.)

Conforme Marin (1998), a Associação Norte-americana de Enfermagem (ANA)

reconhece a área de informática em Enfermagem como uma especialidade e justifica a

utilização de computadores através da definição:

“Informática em Enfermagem é a área de conhecimento que diz respeito ao acesso e

uso de dados, informação e conhecimento, para padronizar a documentação, apoiar o processo

de tomada de decisão, desenvolver e disseminar novos conhecimentos, aumentar a qualidade,

a efetividade e a eficiência do cuidado em saúde, fornecendo maior poder de escolha aos

clientes, fazendo avançar a ciência da Enfermagem”

A inserção da informática na Enfermagem segundo Évora (1995), redundará na

melhoria da racionalidade organizacional, uma vez que dinamizam o planejamento das ações

do enfermeiro, disponibilizando meios para aplicar seu conhecimento técnico-científico na

assistência de Enfermagem em detrimento de atividades administrativas, atingindo assim, o

principal propósito desta profissão.

2.1.6 Sistematização da Assistência de Enfermagem

Para Tannure e Gonçalves (2007), para sistematizar a assistência de Enfermagem é

necessário haver um marco conceitual que fundamente a organização que o serviço almeja

alcançar. “Sistematizar é tornar coerente com determinada linha de pensamento”.

Os estudos sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), no Brasil,

mereceram destaque somente no final dos anos de 1980, quando o Decreto-Lei n° 7.498/86

(Associação Brasileira de Enfermagem- ABEN, 2011) regulamenta o Exercício Profissional

da Enfermagem no País e definiu como atividade privativa do enfermeiro, entre outras, a

elaboração da prescrição de Enfermagem.

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A SAE se impõe como um documento de teor técnico, científico e legal, a ser utilizado

sobretudo para estimar a qualidade do atendimento prestado ao cliente. Trata-se de uma

incumbência privativa do enfermeiro, estabelecida através da Resolução do Conselho Federal

de Enfermagem – COFEN 272/2002 (COFEN, 2011), que ressalta a sua importância e a

obrigatoriedade de sua implementação nas instituições. Transcreve-se uma parte dessa

Resolução:

I) CONSIDERA a Sistematização da Assistência de Enfermagem sendo atividade

privativa do enfermeiro, utiliza método e estratégia de trabalho.

II) CONSIDERA a institucionalização da SAE como prática de um processo de

trabalho adequado às necessidades da comunidade como modelo assistencial a ser

aplicado em todas as áreas de assistência à saúde pelo enfermeiro;

III) CONSIDERA que a implementação da SAE constitui, efetivamente, uma

melhora na qualidade da assistência de Enfermagem.

Artigo 2° - A implementação da SAE deve ocorrer em toda instituição de saúde

pública e privada.

Segundo Peres (2009), um método subjacente a ser utilizado para a implantação da

SAE é o Processo de Enfermagem – PE. A ciência da Enfermagem está baseada em uma

ampla estrutura teórica e o PE é aplicado à prática, ou seja, é o método de solução dos

problemas do paciente.

O PE é o esquema subjacente que propicia ordem e direção ao cuidado de

Enfermagem. É a essência da prática, o instrumento e a metodologia da profissão e, como tal,

ajuda o enfermeiro a tomar decisões e a prever e avaliar suas consequências. (GEORGE,

2000).

O PE se operacionaliza em etapas (ou fases, ou componentes) que variam, de acordo

com cada autor, no que diz respeito ao número a terminologia utilizada. O número de fases

em que se organiza varia de quatro a seis, e para a execução deste trabalho adotou-se o

modelo com cinco fases, como mostra a figura 2.

Figura 2 - Etapas do Processo de Enfermagem. Fonte:Elaborado pela própria autora. Adaptado de Tannure e

Gonçalves (2010).

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É consenso para diversos pesquisadores (Tannure e Gonçalves, 2010; Peres, 2009,

Horta, 1979) que a SAE eleva a qualidade da assistência de Enfermagem, beneficiando tanto

o cliente, através de um atendimento individualizado, como o enfermeiro, mostrando a

importância do PE.

A SAE já é uma matéria inserida na grade curricular das universidades brasileiras. É

de vital importância que, desde a graduação, o futuro profissional enfermeiro já esteja

familiarizado e consciente de que, sem esse instrumento, torna-se impossível, em termos

científicos e legais, avaliar e documentar a efetividade dos cuidados planejados.

2.1.7 A contribuição de Avedis Donabedian

Avedis Donabedian desenvolveu um quadro conceitual fundamental para o

entendimento da avaliação de qualidade em saúde, a partir de conceitos de estrutura, processo

e resultado, classicamente considerados uma tríade, que corresponde às noções da Teoria

Geral dos Sistemas: input – process – output (MALIK, SCHIESARI, 1998).

Segundo Donabedian (1980), a estrutura diz respeito aos recursos físicos, humanos e

financeiros necessários para a assistência médica, que inclui financiamento e disponibilidade

de mão-de-obra qualificada. O processo condiz com as atividades envolvendo profissionais de

saúde e pacientes, com base em padrões aceitos, onde a análise pode ser sob o ponto de vista

técnico e/ou administrativo. Por fim, o resultado é o produto final da assistência prestada,

considerando saúde, satisfação de padrões e de expectativas.

Em outro modelo, Donabedian ampliou o conceito de qualidade, utilizando o que

chamou de “sete pilares da qualidade”: eficácia, efetividade, eficiência, otimização,

aceitabilidade, legitimidade e equidade (DONABEDIAN, 1994)

Eficácia – Capacidade de a arte e a ciência da medicina produzirem melhorias na

saúde e no bem-estar. Significa o melhor que se pode fazer nas condições mais favoráveis,

dado o estado do paciente e mantidas constantes as demais.

Efetividade – Melhoria na saúde, alcançada ou alcançável nas condições usuais da

prática cotidiana. Ao definir e avaliar a qualidade, a efetividade pode ser mais precisamente

especificada como sendo o grau e que o cuidado, cuja qualidade está sendo avaliada, alça-se

ao nível de melhoria da saúde que os estudos d eficácia têm estabelecido como alcançáveis.

Eficiência – É a medida do custo com o qual uma dada melhoria na saúde é alcançada.

Se duas estratégias de cuidados são igualmente eficazes e efetivas, a mais eficiente é a de

menor custo.

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Otimização – Torna-se mais relevante à medida que os efeitos do cuidado da saúde

não são avaliadas em forma absoluta, mas relativamente aos custos. Numa curva ideal, o

processo de adicionar benefícios pode ser tão desproporcional aos custos acrescidos, que tais

“adições” úteis perdem a razão de ser.

Aceitabilidade – Sinônimo de adaptação do cuidado aos desejos, expectativas e

valores dos pacientes e de suas famílias. Depende da efetividade, eficiência e otimização,

além da acessibilidade do cuidado, da características da relação médico-paciente e das

amenidades do cuidado.

Legitimidade – Aceitabilidade do cuidado da forma em que é visto pela comunidade

ou sociedade em geral.

Equidade – Princípio pelo qual se determina o que é justo ou razoável na distribuição

do cuidado e de seus benefícios entre os membros de uma população. A equidade é parte

daquilo que torna o cuidado aceitável para os indivíduos e legítimo para a sociedade.

2.1.8 Manual de Acreditação Hospitalar – Ministério da Saúde

A Constituição Federal de 1988 foi um importante marco para a saúde de todos os

brasileiros. A partir de sua criação iniciaram-se os movimentos a procura de aprimorar os

serviços de saúde em âmbito nacional.

Capítulo II – Dos Direitos Sociais

Artigo 6° - São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a

moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade a à

infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição

A partir dela, constituíram-se uma série de outros esforços a procura do

aprimoramento dos serviços de saúde como, por exemplo, através da OHSAS (Occupational

Health & Safety Advisory Services) 18001, que focam os sistemas de gestão da segurança e

saúde do trabalho, a ONA (Organização Nacional de Acreditação), proposta pelo Ministério

da Saúde do Brasil.

Criada a partir da Portaria GM/MS n 1.107, de 14 de junho de 1995, o Programa de

Garantia e Aprimoramento da qualidade em Saúde deu origem a Portaria GM/MS n. 538, de

17 de abril de 2001, reconhecendo a Organização Nacional de Acreditação como uma

instituição competente e autorizada a operacionalizar o desenvolvimento do Processo de

Acreditação Hospitalar.

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Segundo a definição da ONA (2010), a acreditação é um método de avaliação dos

recursos institucionais, voluntário, periódico e reservado, que busca garantir a qualidade da

assistência por meio de padrões previamente definidos. Constitui, essencialmente, um

programa de educação continuada e, jamais uma forma de fiscalização.

2.2 Qualidade

2.2.1 Evolução Histórica

O grande marco da qualidade ocorreu através da Revolução Industrial, no século

XVIII, na Inglaterra. Essa Revolução constitui-se da inserção de máquinas, como o tear e a

máquina a vapor, que aumentaram a produção em larga escala, e permitia uma nova

organização de trabalho na indústria, anteriormente dominada pelos artesãos desde a

concepção do produto até a venda, dando origem a produção em massa.

A produção em massa encontrou na linha de montagem seu modelo ideal. O trabalho

foi fragmentado e repetido várias vezes ao longo da jornada de trabalho. O modelo de

administração taylorista, ou administração científica, também retirou do trabalhador as etapas

de concepção e planejamento. Nessa época surgiu a função do inspetor, responsável pela

qualidade dos produtos (CARVALHO,2006).

Do modelo fordista derivaram conceitos importantes para a área da qualidade. Para

viabilizar sua linha de montagem, Ford investiu na intercambialidade das peças, adotando um

sistema de medida para todas as peças, o que incentivou o desenvolvimento da área de

metrologia, sistema de medidas, especificações e tolerância (FLEURY, 2007).

Na década de 1920, surgiu a percepção de que o controle do produto era uma

providência corretiva e não preventiva da ocorrência de defeitos, não contribuindo para

eliminar suas causas, geradas no processo produtivo. Walter Shewhart foi quem deu a

principal contribuição ao controle estatístico de processos, ao introduzir os gráficos de

controle (COSTA NETO, CANUTO, 2010).

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Figura 3 - Ciclo PDCA. Fonte: Costa Neto, Canuto (2010).

A percepção extraordinária de Shewhart é de que a qualidade e a variabilidade são

conceitos antagônicos: onde tem muito de um terá necessariamente pouco do outro. Propôs a

aplicação da metodologia científica na linha de produção. Simplificando a terminologia,

sugeriu que a metodologia poderia ser conceituada em quatro fases: (1) a identificação da

problemática e o planejamento de experimentos; (2) a experimentação em si; (3) a análise dos

resultados dos experimentos; e, finalmente, (4) a reação do gerente para melhorar o processo

(CARVALHO, 2006).

Na década de 1930, começa a se desenvolver a normalização para a qualidade, com o

surgimento das normas britânicas e americanas de controle estatístico da qualidade, British

Standard BS 600 e American War Standarts Z1.1-Z1.3, respectivamente. Na década seguinte

surgiram as primeiras associações de profissionais da área de qualidade dos Estados Unidos: a

Society of Quality Enginers (1945) e a American Society for Quality (ASQ) (CARVALHO,

2006).

Na década de 1950 surgiram as primeiras associações da área de qualidade e seu

impacto nos custos foi tecido e proposta a primeira abordagem sistêmica. Em 1951, Juran

lançou a publicação Planning and Practices in Quality Control, apresentando um modelo que

envolvia planejamento e apuração dos custos da qualidade. Juran propôs a trilogia

Planejamento, Controle e Melhoria da qualidade, que pouco difere do ciclo PDCA. Enfatizou

a necessidade de ruptura, ou quebra de barreiras, representando reações contrárias, para

conseguir-se implementar as melhorias da qualidade nas organizações (CARVALHO, 2006)

(COSTA NETO, CANUTO, 2010).

Também da década de 1950, Armand Feigenbaum, realizava a primeira abordagem

sistêmica da garantia da qualidade, através do Controle da qualidade Total (Total Quality

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Control –TQC), que deveria envolver todas as áreas da organização e não só o setor produtivo

(CARVALHO, PALADINE,2005).

No Japão, durante o período pós-guerra, especialistas americanos, como W. Edwards

Deming e Joseph M. Juran, participaram do programa de reconstrução. O modelo japonês,

controle da qualidade por toda a empresa (Company Wide Quality Control – CWQC),

incorporou vários elementos da Gestão da qualidade Total (Total Quality Management –

TQM).

Segundo Juran e Gryna, são atividades usuais da TQM:

a) Estabelecer objetivos abrangentes.

b) Determinar as ações necessárias para alcançá-los.

c) Atribuir responsabilidades bem definidas pelo cumprimento de tais ações.

d) Fornecer os recursos necessários para o adequado cumprimento de tais ações.

e) Viabilizar o treinamento necessário para cada ação prevista (treinar pessoal como

forma de adequar o envolvimento de determinados recursos aos objetivos de todo

o processo).

f) Estabelecer meios para avaliar o desempenho do processo de implantação em face

dos objetivos.

g) Estruturar um processo que analise o confronto entre os objetivos fixados e o

desempenho das pessoas em face dele.

Juran (2002) oferece uma interessante contribuição à caracterização dos processos de

produção, identificando três categorias:

1. Bens tangíveis: Também designados por “produtos”. Trata-se de coisas físicas,

tangíveis, como lápis, carro, televisor, etc.;

2. Serviços: Resultados intangíveis, como educação, consulta médica, consultoria.

Podem ser executados internamente nas empresas, sob a forma de serviços de

apoio: treinamento, recrutamento de pessoas, manutenção, etc.;

3. Software: Termo com vários significados, não enquadrável nas categorias

anteriores: ERP, sistemas operacionais, portal na internet, etc.

Segundo Costa Neto e Canuto (2010), os conceitos e técnicas da qualidade surgiram

inicialmente para os bens tangíveis. Posteriormente, com o crescimento das atividades de

serviços, passaram a ser adaptados também para essas atividades segundo Le Cases (1999),

diferem dos bens tangíveis pelas seguintes características: são intangíveis, não podem ser

estocados, são heterogêneos e têm sua produção simultânea com o consumo.

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A classificação de Juran (2002) é estudada também com os projetos por Batalha et al

(2012), que consideram os projetos com características semelhantes e englobando os

softwares.

2.2.2 Abordagens e dimensões da qualidade

O conceito de qualidade foi objeto de muitas discussões e definições, não havendo

consenso. Coube a Garvin (1988) propor abordagens para este conceito, apresentada no

Quadro 2.

Abordagem Conceito

Abordagem

transcendental

Qualidade é sinônimo de excelência, geralmente reconhecida,

baseada em marcas e padrões de altos níveis.

Abordagem baseada

no produto

A qualidade pode ser vista de forma precisa e mensurável,

refletindo características bem determinadas que o produto possui,

tais como vida útil, acessórios, funções que realiza, etc.

Abordagem baseada

no usuário

A qualidade é determinada pelo atendimento às necessidades do

usuário. Trata-se, portanto, de uma abordagem de alta

subjetividade. Pode estar relacionada com o marketing do produto

ou serviço.

Abordagem baseada

no processo (ou na

produção)

Considera a qualidade como o correto atendimento às

especificações do produto ou serviço. Diz respeito à engenharia

de processos. É um enfoque interno à empresa e, de certa forma,

embute o pressuposto de que o projeto do produto ou serviço

atende às necessidades do mercado.

Abordagem baseada

no valor

Essa abordagem relaciona as potencialidades do produto ou

serviço com o seu preço, que deve ser aceitável para o usuário.

Quadro 2 - Abordagens da qualidade. Fonte: Adaptado de Garvin, (1988).

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O mesmo autor já havia proposto oito dimensões para a qualidade de produtos,

apresentados no Quadro 3.

Dimensões Conceito

Desempenho Referente à correta realização das atividades principais para

as quais o produto foi concebido.

Complementos Referente a itens que se agregam à realização das principais

funções, contribuindo para melhorar o desempenho.

Confiabilidade Referente à segurança no uso, ausência de riscos e não

ocorrência de falhas.

Conformidade Diz respeito ao cumprimento das especificações do projeto.

Durabilidade Relacionada com a vida útil do produto.

Assistência técnica Referente ao apoio pós-venda e às facilidades para

manutenção em caso de falha.

Estética Referente à boa aparência, ao bom gosto e às sensações

agradáveis proporcionadas pelos produto.

qualidade percebida Dimensão subjetiva, relacionada à opinião de cada cliente,

influenciada por aspectos específicos do produto. Quadro 3 - Dimensões da qualidade de produtos. Fonte: Adaptado de Garvin (1984).

A essas dimensões da qualidade em serviços são mais operacionais que os pilares da

qualidade pospostos por Donabedian (__) e poderiam ser acrescentadas outras como, por

exemplo, facilidade de uso, disponibilidade, manutenabilidade, interface com o usuário e

interface com o meio ambiente, conforme sugere Carpinetti (2009).

Com a expansão das ideias e conceitos da qualidade, concebido para produtos

tangíveis, também para o setor de serviços, veio à tona a proposta de dez dimensões da

qualidade para serviços, conforme a visão de Parasuraman et al (1990), no Quadro 4.

Dimensão Conceito

Aspectos

tangíveis

Evidências físicas do serviço, aparência das instalações, pessoas,

materiais, objetos e ferramentas.

Confiabilidade Consistência e capacidade demonstradas na prestação de serviço.

Responsividade Disposição para ajudar o cliente e proporcionar com presteza o

serviço.

Competência Habilidades específicas e conhecimentos.

Cortesia Fineza, respeito, consideração e amabilidade no contato pessoal.

Credibilidade Confiança, honestidade e integridade transmitidas pelo prestador

de serviço.

Segurança Ausência de risco, perigo ou dúvida.

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Acesso Proximidade e facilidade de contato.

Comunicação Manter o cliente informado de forma compreensível e escutá-lo.

Conhecimento

do cliente

Esforço para conhecer e atender suas necessidades.

Quadro 4 - Dimensão da qualidade em serviços. Fonte: Parasuraman et al, 1990.

Essas dimensões da qualidade em serviços são mais operacionais que os pilares da

qualidade propostos por Donabedian (1990) e poderiam ser acrescentadas outras, como por

exemplo, conveniência, velocidade e flexibilidade, conforme sugere Rotondaro e Carvalho

(2006).

Estes conceitos serão úteis em uma avaliação dos aspectos mais importantes do objeto

da presente dissertação, discutido em 4.2.1.

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CAPÍTULO III

3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Natureza da Pesquisa

Trata-se de um estudo metodológico, por se tratar de uma formulação nova da

sensibilidade da autora quanto à necessidade de organizar-se e tornar funcional o uso os

resultados de Enfermagem em um protótipo, e a ausência de trabalhos descritos na literatura

acerca da tentativa de criação e/ou implantação de um software com os objetivos descritos.

3.2 Critérios de Inclusão

Inclusão: Foram incluídos 122 (cento e vinte e dois) Diagnósticos de Enfermagem

presentes na edição NANDAI 2009-2011 que mantêm ligação direta com os Resultados de

Enfermagem descritos na edição da NOC 2008.

3.3 Protótipo

Foi elaborado um protótipo de plataforma Access com os dados do paciente, a seleção

de diagnósticos e resultados de Enfermagem, inserção de dados do estado clínico e avaliação

estatística dos resultados obtidos durante o tempo de internação.

3.4 Tratamento e Análise dos Dados

Os resultados de Enfermagem selecionados para o desenvolvimento do protótipo

foram aqueles que contêm dados quantitativos já estabelecidos pela comunidade científica,

passíveis de utilizar-se pontuações limítrofes.

Após a determinação das pontuações limítrofes e a inserção dos dados no protótipo é

possível a mensuração da média dos resultados obtidos de forma unitária, ou seja, de cada

resultado avaliado e também sua amplitude, além de sua média para resultados escolhidos de

acordo com a relação de seu diagnóstico.

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38

CAPÍTULO IV

4 RESULTADOS

4.1 A importância da informatização na Enfermagem

A informatização dos sistemas na área da saúde tem se mostrado como uma

ferramenta eficaz para a diminuição do tempo utilizado na sistematização da assistência de

Enfermagem, aumentando a disponibilidade do enfermeiro para um cuidado humanizado.

A ideia de informatizar a NOC e tornar os resultados de Enfermagem como uma

prática de fácil manuseio ao enfermeiro, capaz de mensurar a efetividade dos cuidados

prestados ao paciente, é um passo a acrescentar nas pesquisas já existentes na área, e um

incentivo para que outros pesquisadores possam desenvolver novas ideias ou aprimorar as já

existentes. Este estudo surgiu de interesse da autora desde a graduação, quando a procura

pelos Diagnósticos, Resultados e Intervenções era uma tarefa demorada, de grande demanda

de tempo e, muitas vezes, de difícil entendimento entre diversos graduandos e até mesmo,

enfermeiros em ambiente hospitalar.

A finalidade principal do protótipo desenvolvido para tanto é de facilitar a mensuração

da escala de Likert que, muitas vezes, é feita de forma empírica e manual pelo enfermeiro,

além de tornar uma ferramenta com limites precisos para que, como um todo, a escala seja

sempre preenchida corretamente de acordo com os dados que o paciente apresenta. Visam-se

estabelecer limites quantitativos para os indicadores da NOC e inseri-los no sistema de forma

que o cálculo seja feito de forma automática e seja passível de visualização para toda a equipe

multiprofissional. A efetividade ou não das medidas de intervenção para o paciente é uma

importante ferramenta não somente para o apoio à tomada de decisão da prescrição de

medicamentos, procedimentos médicos e da prescrição de intervenções do enfermeiro, mas

também como um instrumento de pesquisa para futuros estudos.

Apesar de tratar apenas um pequeno número de indicadores neste protótipo, o objetivo

principal desta dissertação é conceber a ideia de que, estabelecendo-se limites e inteligência

ao protótipo, ele será inserido como uma ferramenta que não substitui a figura do enfermeiro

e sim, complementa a sua atuação, de forma técnica e científica, em seu ambiente de trabalho.

Futuros estudos serão realizados a fim de aumentar o número destes indicadores.

Para que este projeto se tornasse realidade, houve uma grande colaboração de um

gerente de TI, que acreditou na proposta desde o início, colocando-se à disposição para

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programar os requisitos necessários. Não se trata apenas da crença da autora em tornar os

indicadores de Enfermagem algo mais prático e próximo da realidade hospitalar brasileira,

mas também de engenheiros de produção que acreditaram na multidisciplinaridade e no

potencial da união entre as ciências, e de pessoas especializadas em informática, que facilitam

o cotidiano daqueles que utilizam a tecnologia como uma ferramenta de apoio à decisão.

Trata-se de um protótipo de apoio à tomada de decisão do enfermeiro e de mensuração

da qualidade assistência de Enfermagem a partir dos indicadores da NOC, utilizado na

plataforma Access®.

4.2 Protótipo

Para um melhor entendimento do funcionamento do protótipo, durante a discussão dos

resultados será escolhido apenas um DE (Hipertermia), para que, detalhadamente, seja

demonstrada a ideia do cálculo dos resultados de Enfermagem quantitativos.

Na Figura 4, estão as telas que são referentes a NANDA e NOC. Em algumas delas, o

usuário será impedido de realizar qualquer alteração, pois se trata do cadastro e

armazenamento dos DE e Resultados utilizados. São de uso do enfermeiro, passíveis de

escolha e mudança somente as telas “Pacientes”, “Coletar Dados” e “Gráficos”.

Figura 4 - Tela do protótipo com a relação de opções de Cadastro e/ou visualização da NANDA e NOC.

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Como é ilustrado na Figura 4, a primeira tela do protótipo condiz com as opções

existentes no protótipo para cadastro de dados e/ou visualização daqueles já existentes. Para

tornar o entendimento mais fácil, na parte superior estão todos aqueles dados ligados

diretamente à NANDA, e na parte inferior, à NOC.

Quanto à parte superior, estão cadastrados os domínios dos DE, no total de treze,

sequencialmente: promoção da saúde, nutrição, eliminação e troca, atividade/repouso,

percepção/cognição, autopercepção, papéis de relacionamentos, enfrentamento/tolerância ao

estresse, princípios da vida, segurança/proteção, conforto e crescimento/desenvolvimento.

Quanto ao cadastro de classes, ilustrado como o segundo item da Figura 5, estão as

classes, ligadas diretamente ao domínio. Todos os diagnósticos presentes no protótipo, de

acordo com seu domínio e classe e definições estão presentes no Anexo 2.

Figura 5 -Tela final do protótipo quanto à relação com a NANDA.

Após o cadastro dos DE, de acordo com seus domínios e classes, foi elaborada a

ligação entre eles de acordo com as suas características definidoras, fatores relacionados e

fatores de risco. Quando é acessado a aba “NANDA”, a tela que abre refere-se à ilustração da

Figura 5, onde estão presentes cento e vinte e dois DE cadastrados, de acordo com o grupo a

que ele pertence, como descrito no Quadro 1, página 22.

A escolha do DE Hipertemia e a seleção das características definidoras, e fatores

relacionados pertinentes ao caso do paciente, escolhidos de acordo com a avaliação clínica,

anamnese e exame físico realizado pelo enfermeiro, irá destacar o lugar onde ele efetuará dois

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cliques, e o protótipo deixará em destaque, com uma caixa acinzentada, aqueles que foram

selecionados. Justifica-se a ausência dos indicadores de Enfermagem da NIC pelo curto prazo

estipulado para o término desta dissertação, onde o cadastro de todos os DE e Resultados

foram feitos de forma manual pela autora, que não teria tempo viável para cadastrar os

indicadores e relacioná-los. Ressalta-se a importância deles quanto à Sistematização da

Assistência de Enfermagem, que será contemplado em futuras melhorias do protótipo, que é

de intenção da autora desta pesquisa.

O seguinte passo refere-se aos resultados de Enfermagem da NOC. Na primeira aba

“Likert”, de acordo com a Figura 6, estão cadastradas definições da escala de mensuração do

tipo Likert utilizada no livro. Trata-se de uma escala para a classificação de dados

qualitativos, muitas vezes expressos por opiniões ou avaliações, cobrindo em geral um

número ímpar (mais frequentemente cinco) de possibilidades. No presente caso tem-se uma

escala que, irrevogavelmente, vai de 1 até 5 pontos, onde 1 é um padrão grave de

apresentação clínica do paciente e 5 o padrão ideal a ser alcançando, sem desvios da

normalidade. Nessa fase foram cadastradas todas as definições da escala, que são utilizadas de

forma diferenciada, de acordo com aquilo que se pretende mensurar. Totaliza-se o número

final de oitenta descrições para a tabela de Likert, sendo divididas igualitariamente em

dezesseis para cada uma delas.

Fica evidente na Figura 6 que a diferenciação de um grau para o outro, como por

exemplo “2: desvio substancial – 3: desvio moderado”, pode ser diretamente influenciada pela

interpretação do profissional que está realizando a SAE. A partir daí, foram levantadas as

seguintes questões: Como padronizar essa interpretação realizada pelo enfermeiro, quando a

descrição da escala tem diferenciações sutis, que podem claramente sofrer interferência do

meio em que o profissional está (p.ex, em uma enfermaria com pacientes com uma alta

dependência que devem ser assistidos de forma intermitente), de acordo com o tempo de

formação (profissional formado há muito tempo e com pouca vivência com as ferramentas

NANDA-NOC) e, por fim, grande demanda de tempo para escolha de valores de acordo com

cada indicador?

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Figura 6 - Escala de Likert encontrada na NOC e sua descrição, de 1 até 5.

Para isso, foram estabelecidos limites matemáticos para cada um dos pontos presentes

em indicadores quantitativos na NOC, fornecendo inteligência ao protótipo. A partir da

escolha desse tipo de indicador durante a SAE, abrirá um espaço para que o enfermeiro possa

preencher com valores numéricos o que foi colhido do paciente. Após a inserção desses dados

o protótipo é capaz de calcular, automaticamente, e sem qualquer influência em quais pontos

o paciente se encaixa, sem que o enfermeiro tenha que se deparar com a tabela e clicar sobre

aquele que, empiricamente, possa achar que é o apresentado pelo paciente, e serão

demonstrados em figuras posteriores.

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Figura 7 - Tela de cadastro do paciente, realizado pelo usuário.

Na tela “Pacientes”, uma entre as três passíveis de inclusão de dados pelo usuário, é a

primeira a ser utilizada durante a SAE. Nela, o enfermeiro encontrará os campos “nome do

paciente”, “nome da mãe,” “RGH (Registro Geral Hospitalar)” e “Diagnóstico médico”.

Nessa tela, através da inserção do número do RGH, também conhecido como número do

prontuário, o sistema será capaz de encontrar o paciente que se refere àquele número e a data

da sua internação. Há também um campo exclusivo para a colocação do diagnóstico médico,

necessária para seja estudado, de forma criteriosa, as intervenções e possíveis intercorrências

que aquele paciente pode apresentar.

Como observado na Figura 7, há uma lista dos DE cadastrados no sistema, e quando

escolhido um deles pelo enfermeiro, aparecerá sua definição, e automaticamente o sistema

reconhecerá a qual grupo de DE ele pertence, relacionando lado a lado suas características

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definidoras, fatores relacionados ou fatores de risco. O enfermeiro selecionará através de dois

cliques em cima daquelas descrições que são pertinentes ao caso, deixando a caixa de

diálogos com uma cor acinzentada, enquanto aquelas que não foram escolhidas permanecem

para a visualização, sem serem excluídas, porém em uma caixa de diálogos de fundo branco.

Após as escolhas, o enfermeiro irá salvá-las e utilizará, em sequência, a tela “Coletar Dados”,

apresentada na Figura 8.

Figura 8 - Escolha dos resultados de Enfermagem.

Nessa tela, o enfermeiro irá escolher dentre os pacientes cadastrados qual será aquele

que deseja, feito isso, escolhe e insere os resultados de Enfermagem. Neste caso, como ilustra

a figura 8, o DE foi Hipertermia, e todos os resultados de Enfermagem que aparecem para o

usuário são aqueles que mantém um vínculo direto e específico ao DE. Após a escolha dos

resultados pertinentes, neste caso “Sinais Vitais”, o enfermeiro deverá escolher os indicadores

que deseja que sejam mensurados. Especificamente, nesse caso, os indicadores são todos

quantitativos, e suas unidades de medida matemáticas aparecem ao lado, para que sejam

identificados e diferenciados dos qualitativos, também presentes no protótipo para o livre uso

do profissional, mas que não contam com o cálculo e com a visualização de gráficos

posteriormente.

Após cadastrados os dados quantitativos do paciente, juntamente com a data e horário

na tela “Coleta de Dados”, conforme ilustrado na Figura 9, o protótipo irá salvar as

informações automaticamente. Nesse exemplo, cadastrou-se seis vezes a temperatura do

paciente durante o dia, ou seja, de quatro em quatro horas. Esse tipo de informação

quantitativa é de fácil uso por se tratar se uma medição que também é documentada na

anotação de Enfermagem, realizada pelo técnico ou auxiliar, servindo assim como

instrumento de coleta de dados pelo enfermeiro.

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Figura 9 - Tela de cadastro de indicadores quantitativos.

Na tela “Gráfico”, ilustrada na Figura 10, é possível visualizar o DE escolhido, o

Resultado e o indicador, juntamente com o gráfico de mensuração em que o paciente se

enquadra de acordo com os valores cadastrados pelo enfermeiro na tela anterior. Apresenta-se

em forma de gráfico em barras, de acordo com a data e a hora que foi colhida a informação.

Todas essas informações já são mostradas para o enfermeiro sem que tenha que fazer

qualquer tipo de inserção de dados novamente, além de apresentar-se como uma forma prática

para que a escolha do Likert seja feita, aumentando a produtividade do enfermeiro.

Além da mensuração realizada de acordo com os dados inseridos e seu horário, o

enfermeiro dispõe da realização do cálculo da média dos resultados dos indicadores por data.

Exemplifica-se essa função do protótipo na Figura 11, onde é possível visualizar a média do

indicador de acordo com a data, facilitando o raciocínio crítico do enfermeiro quanto à

efetividade da prescrição realizada por ele.

Figura 10 - Gráfico do indicador de Enfermagem, segundo a NOC, de acordo com a data e horário.

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Com essas facilidades proporcionadas pelo protótipo desenvolvido, acredita-se que

seja possível mensurar os resultados de Enfermagem sem que essa tarefa exija uma grande

demanda de tempo do profissional enfermeiro, podendo dessa forma, avaliar se os cuidados

prescritos estão, de fato, sendo eficientes para o paciente. Além disso, pode otimiza a

mensuração da qualidade da assistência hospitalar, tornando-se uma potencial ferramenta para

apoio a busca da acreditação nas instituições hospitalares.

Figura 11- Modelagem do protótipo.

Na Figura 11 é apresentado o modelo de relacionamento do sistema de auxílio ao

diagnóstico com os resultados relacionados entre si. Pretende-se, em estudos posteriores

adicionar à essa modelagem as intervenções de Enfermagem na NIC.

4.3 Abordagens do ponto de vista da qualidade

Neste item discutem-se abordagens e dimensões da qualidade apresentadas em 5.2.2

mais relevantes do ponto de vista do protótipo desenvolvido. Esta análise tem importância,

pois pode servir de orientação para os usuários do protótipo, bem como para os especialistas

em sua manutenção e aprimoramento.

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Como o protótipo envolve um software, ele classifica na terceira categoria de itens

produtivos conforme proposto por Juran (2002), sendo atribuíveis possíveis dimensões da

qualidade de bens tangíveis e de serviços.

Considerando as abordagens da qualidade apresentados no Quadro 2, página 35,

acredita-se ser a abordagem baseada no usuário a mais relevante, pois vem de encontro à

satisfação de seus usuários: o paciente, em ser atendido com maior confiabilidade, e o

enfermeiro, por ter aumentada a eficácia e segurança de seu trabalho.

Além disso, na confecção do protótipo, teve-se em mente a importância da abordagem

baseada em processo, uma vez que as especificações clínicas devem estar adequadamente

contempladas e classificadas, para efeito de uso do protótipo.

Quanto às dimensões da qualidade propostas por Garvin (1988) e Parasuraman et al

(1990), consideram-se as mais relevantes do ponto de vista do protótipo:

Desempenho, pois deve cumprir a finalidade para a qual foi desenvolvido, ou seja,

mensurar os resultados de Enfermagem automaticamente a partir da inserção de

dados quantitativos.

Confiabilidade, pois deve-se excluir e/ou minimizar o risco de falhas de utilização

e intervenção, causando efeitos danosos ao paciente.

Conformidade, como já dito acima, referente à correta utilização das

especificações clínicas.

Qualidade percebida, mormente pelos seus usuários capazes de identifica-la, ou

seja, os enfermeiros que utilizam o protótipo.

Segurança, referente à ausência de risco, perigo ou dúvida na utilização do

sistema.

Acesso, dimensão desejada com o sistema proposto, uma vez comprovada sua

eficácia pela prática, de modo a torna-lo difundido e, portanto acessível a diversas

instituições hospitalares.

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Dimensões Conceito

Desempenho O protótipo oferece a mensuração dos

resultados de Enfermagem e seu

acompanhamento no tempo.

Complemento O protótipo estabelece as ligações entre

os Diagnósticos de Enfermagem e os

resultados de Enfermagem.

Confiabilidade O protótipo reduz e/ou elimina a

possibilidade de erros na mensuração dos

resultados de Enfermagem.

Conformidade O protótipo foi estabelecido em perfeita

consonância com as Taxonomias

NANDA e NOC.

Durabilidade A vida útil do protótipo está relacionada

com a sua utilização, avaliação e

aprimoramento.

Assistência técnica Existe um corpo técnico capacitado à

atender dúvidas e eventuais falhas do

protótipo.

Estética Não se aplica

Qualidade percebida Os enfermeiros usuários do protótipo são

capazes de perceber as vantagens em

qualidade e produtividade com a sua

utilização.

Quadro 5 - Dimensões da qualidade segundo Garvin (1984).

No Quadro 6, há uma adaptação das dimensões da qualidade segundo Parasuraman et

al, 1990 e a sua realidade dentro do contexto hospitalar.

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Dimensão Exemplo aplicado a Enfermagem

Aspectos tangíveis Aparência do hospital, instalações limpas,

banheiros higienizados, portas automáticas, cadeiras

na sala de espera, temperatura no interior da

instituição, funcionários uniformizados.

Confiabilidade Enfermeiros treinados e capacitados para a

execução de procedimentos padrões.

Responsividade Enfermeiros executando com seriedade e

objetividade a suas atividades.

Competência Enfermeiros demonstram conhecer perfeitamente o

que devem fazer.

Cortesia Enfermeiros solícitos, que atendem de forma

humanizada e gentil o cliente e seus familiares.

Credibilidade Enfermeiro que provocam nos clientes avaliações

positivas quanto a esses aspectos.

Segurança Condições que transmitem ao cliente a sensação de

estarem livres de falhas ou erros de atendimento.

Acesso Facilidade de atendimento aos clientes em casos de

emergências, em locais estrategicamente situados.

Comunicação Não deixar de considerar possíveis queixas dos

clientes, fornecer aos clientes as informações

cabíveis sobre seu estado de saúde.

Conhecimento do cliente Manter relatório atualizado das informações

clínicas sobre o cliente.

Quadro 6 - Dimensões da qualidade segundo Parasuraman et al, (1990).

4.4 Enquadramento na intersecção em Engenharia de Produção

Fleury (2008) considera a seguinte conceituação para a Engenharia de Produção: A

Engenharia de Produção trata do projeto, aperfeiçoamento e implantação de sistemas

integrados de pessoas, materiais, informações, equipamentos e energia, para a produção de

bens e serviços, de maneira econômica, respeitando os preceitos éticos e culturais. Tem como

base os conhecimentos específicos e as habilidades associadas às ciências físicas, matemáticas

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e sociais, assim como aos princípios e métodos de análise da engenharia de projeto para

especificar, predizer e avaliar os resultados obtidos por tais sistemas.

É uma definição objetiva mas densa, não muito fácil de ser decodificada pelas pessoas

menos afeitas ao tema. Os recursos utilizados nos sistemas de produção são “pessoas,

materiais, informações, equipamentos e energia”.

Com o presente trabalho acredita-se ter sido proposto um “sistema integrado de

pessoas, materiais, informações, equipamentos e energia”, sendo produzido um “serviço de

maneira econômica, respeitando os preceitos éticos e culturais”, tendo como base os

conhecimentos específicos associados a uma ciência física, assim como os princípios e

métodos de análise de engenharia de projeto para avaliar os resultados obtidos”.

Acredita-se, pois, que o trabalho se situa na interface entre a Engenharia de Produção e

a Ciência da Enfermagem, conforme ilustrado na Figura 1, página 15.

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CAPÍTULO IV

5 CONCLUSÃO

Obterão mais sucesso aquelas instituições que não procuram apenas a acreditação

hospitalar, mas sim aquelas que antes de qualquer mudança gerencial e de estabelecimento de

metas, acreditam no potencial de seus colaboradores. Valorizar esse potencial e fazer com que

seus colaboradores sintam isso, é uma mudança comportamental, que vai além de uma

certificação: tratar-se-á de uma mudança para a vida das pessoas, ressaltando suas qualidades,

minimizando os defeitos e potencializando a melhoria contínua.

O processo de avaliação das instituições hospitalares aparece não somente no contexto

que assegura a eficácia de seus resultados obtidos, mas também como uma ferramenta de

competitividade entre elas. Uma vez que o hospital consiga obter certificações, dos mais

diversos níveis, internacionais e/ou nacionais, demonstra àquele que procura os serviços de

saúde que respeita e mantém os mais elevados padrões de qualidade.

Para tanto, os serviços de Enfermagem são um item que é avaliado por todas as

acreditações mundiais, tornando-se fundamental a criação de ferramentas que facilite a

mensuração da qualidade dos cuidados prestados pela equipe. Como objeto do presente

trabalho, o protótipo torna-se uma ferramenta de apoio ao enfermeiro durante o planejamento

da assistência, uma vez que, consegue mensurar os indicadores, de acordo com a necessidade

e prioridades do hospital, demonstrando a eficácia ou não do cuidado prescrito.

Este protótipo servirá como instrumento de estudos posteriores, para que seja ajustado,

matematicamente, os limites entre cada indicador para que o resultado desejado seja ainda

mais fidedigno.

Entretanto, com a confecção do protótipo conforme pretendido nesta dissertação de

mestrado, acredita-se que os objetivos acadêmicos propostos foram alcançados.

5.1 Proposta para futuros estudos

É de intuito da autora contribuir e dar continuidade a pesquisas nessa área, a fim de

aprimorar a forma de cálculo dos Resultados de Enfermagem além de torna-los um maior

número para a mensuração realizada pelo protótipo e uma ferramenta de interesse para as

instituições hospitalares.

Estes futuros estudos compreendem:

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Aumentar o número de indicadores no protótipo;

Consolidar o protótipo como um software de uso efetivo pelas instituições

hospitalares como apoio a Sistematização da Assistência de Enfermagem;

Introduzir no software a classificação NIC (Nursing Interventions

Classification), visando a integralidade dos passos durante a Sistematização da

Assistência de Enfermagem, além da padronização dos cuidados prestados, a

fim de que a mensuração seja feita de forma a se avaliar quais são de fato

efetivas para o cuidado com o paciente;

Com a providência citada acima, o protótipo deverá se constituir como um

facilitador para a obtenção da acreditação hospitalar, conforme apresentado em

5.1.8.

Patentear o software, objeto do presente trabalho, tão logo esteja efetivamente

operacional.

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ANEXOS

Anexo 1 - Lista de Diagnósticos de Enfermagem na NANDAI presentes no protótipo.

1) Amamentação eficaz 2) Amamentação ineficaz

3) Amamentação interrompida 4) Ansiedade

5) Ansiedade relacionada à morte 6) Atraso no crescimento e no

desenvolvimento

7) Automutilação 8) Baixa autoestima crônica

9) Baixa autoestima situacional 10) Campo de energia perturbado

11) Comunicação verbal prejudicada 12) Conflito de decisão

13) Confusão aguda 14) Confusão crônica

15) Conhecimento deficiente 16) Constipação

17) Constipação percebida 18) Deambulação prejudicada

19) Débito cardíaco diminuído 20) Déficit no autocuidado para

alimentação

21) Déficit no autocuidado para banho 22) Déficit no autocuidado para higiene

íntima

23) Déficit no autocuidado para vestir-se 24) Deglutição prejudicada

25) Dentição prejudicada 26) Desempenho de papel ineficaz

27) Desesperança 28) Desobstrução ineficaz de vias aéreas

29) Diarreia 30) Disfunção sexual

31) Disposição para aumento da esperança 32) Disposição para enfrentamento

comunitário aumentado

33)Disposição para enfrentamento

familiar aumentado

34) Disposição para equilíbrio de líquidos

aumentado

35) Disreflexia autonômica 36) Distúrbio na imagem corporal

37) Distúrbios da identidade pessoal 38) Dor aguda

39) Dor crônica 40) Eliminação urinária prejudicada

41) Enfrentamento comunitário ineficaz 42) Enfrentamento defensivo

43) Enfrentamento familiar comprometido 44) Enfrentamento familiar incapacitado

45) Enfrentamento ineficaz 46) Fadiga

47) Hipertermia 48) Hipotermia

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49) Incontinência intestinal 50) Incontinência urinária de esforço

51) Incontinência urinária de urgência 52) Incontinência urinária funcional

53) Incontinência urinária por

transbordamento

54) Incontinência urinária reflexa

55) Integridade da pele prejudicada 56) Integridade tissular prejudicada

57) Interação social prejudicada 58) Intolerância à atividade

59) Isolamento social 60) Manutenção do lar prejudicada

61) Manutenção ineficaz da saúde 62) Memória prejudicada

63) Mobilidade com cadeira de rodas

prejudicada

64) Mobilidade física prejudicada

65) Mobilidade no leito prejudicada 66) Mucosa oral prejudicada

67) Náusea 68) Negação ineficaz

69) Negligência unilateral 70) Nutrição desequilibrada: mais do que

as necessidades corporais

71) Nutrição desequilibrada: menos do

que as necessidades corporais

72) Padrão respiratório ineficaz

73) Padrões de sexualidade ineficazes 74) Paternidade ou maternidade

prejudicado

75) Perambulação 76) Percepção sensorial pertubada

77) Perfusão tissular periférica ineficaz 78) Privação de sono

79) Processos familiares interrompidos 80) Proteção ineficaz

81) Resposta alérgica ao látex 82) Resposta disfuncional ao desmame

ventilatório

83) Risco de aspiração 84) Risco de atraso no desenvolvimento

85) Risco de baixa autoestima situacional 86) Risco de constipação

87) Risco de crescimento desproporcional 88) Risco de desequilíbrio eletrolítico

89) Risco de desequilíbrio na

temperaturacorporal

90) Risco de disreflexia autonômica

91) Risco de envenenamento 92) Risco de incontinência urinária de

urgência

93) Risco de infecção 94) Risco de integridade da pele

prejudicada

95) Risco de intolerância à atividade 96) Risco de lesão

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97) Risco de lesão por posicionamento

perioperatório

98) Risco de nutrição desequilibrada: mais

do que as necessidades corporais

99) Risco de perfusão renal ineficaz 100) Risco de perfusão tissular cerebral

ineficaz

101) Risco de perfusão gastrintestinal

ineficaz

102) Risco de quedas

103) Risco de resposta alérgica ao látex 104) Risco de síndrome de morte súbita

do bebê

105) Risco de síndrome de morte súbita

do bebê

106) Risco de síndrome do desuso

107) Risco de síndrome pós-trauma 108) Risco de solidão

109) Risco de sufocação 110) Risco de suicídio

111) Risco de trauma 112) Risco de violência direcionada a

outros

113) Risco de violência direcionada a si

mesmo

114) Risco de volume de líquidos

deficiente

115) Síndrome do trauma de estupro 116) Síndrome pós-trauma

117) Termorregulação ineficaz 118) Tristeza crônica

119) Troca de gases prejudicada 120) Ventilação espontânea prejudicada

121) Volume de líquidos deficiente 122) Volume de líquidos excessivo

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Anexo 2 - Lista de Domínios, Classes e Diagnósticos de Enfermagem utilizados no

protótipo

Domínio 1 - Promoção da saúde

Classe 1 – Percepção da saúde

Reconhecimento do funcionamento normal e do bem-estar.

Não há diagnósticos aprovados nesta classe presentes na NANDA 2009-2011.

Classe 2 - Controle da saúde

Identificação, controle, desempenho e integração de atividades para manter a saúde e

o bem-estar.

Manutenção do lar prejudicada

Domínio 2 – Nutrição

Classe 1 – Ingestão

Levar alimento e nutrientes para dentro do organismo.

Deglutição prejudicada

Nutrição desequilibrada: mais do que as necessidades corporais

Nutrição desequilibrada: menos do que as necessidades corporais

Risco de nutrição desequilibrada: mais do que as necessidades corporais

Classe 2- Digestão

As atividades físicas e químicas que convertem alimentos em substâncias adequadas à

absorção e assimilação.

Não há diagnósticos aprovados nesta classe presentes na NANDA 2009-2011.

Classe 3- Absorção

Ato de absorver os nutrientes pelos tecidos do organismo

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Não há diagnósticos aprovados nesta classe presentes na NANDA 2009-2011.

Classe 4 – Metabolismo

Processos químicos e físicos que ocorrem nos organismos vivos e nas células para o

desenvolvimento e o uso do protoplasma, a produção de resíduos e energia, com a

liberação de energia para todos os processos vitais.

Não há diagnósticos nesta classe com ligação com a última edição traduzida da NOC.

Classe 5 – Hidratação

Ingestão e absorção de líquidos e eletrólitos.

Volume de líquidos deficiente

Risco de volume de líquidos deficiente

Volume de líquidos excessivo

Disposição para equilíbrio de líquidos aumentado

Risco de desequilíbrio eletrolítico

Domínio 3 – Eliminação e troca

Classe 1 – Função urinária

Processo de secreção, reabsorção e excreção de urina.

Eliminação urinária prejudicada

Incontinência urinária funcional

Incontinência urinária de urgência

Incontinência urinária reflexa

Risco de incontinência urinária de urgência

Incontinência urinária por transbordamento

Classe 2 – Função gastrintestinal

Processo de absorção e secreção dos subprodutos da digestão.

Incontinência intestinal

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Diarreia

Constipação

Constipação percebida

Classe 3 – Função Tegumentar

Processo de secreção e excreção da pele.

Não há diagnósticos aprovados nesta classe presentes na NANDA 2009-2011.

Classe 4- Função respiratória

Processo de troca de gases e remoção dos subprodutos do metabolismo

Troca de gases prejudicada

Desobstrução ineficaz de vias aéreas

Ventilação espontânea prejudicada

Domínio 4 – Atividade/Repouso

Classe 1 – Sono/repouso

Cochilo, repouso, sossego, relaxamento ou inatividade.

Privação de sono

Classe 2 – Atividade/exercício

Movimento de partes do corpo (mobilidade), realização de tarefas ou desempenho de

ações normalmente (embora nem sempre) contra certa resistência.

Não há diagnósticos aprovados nesta classe presentes na NANDA 2009-2011.

Classe 3 – Equilíbrio de energia

Um estado dinâmico de harmonia entre absorção e gasto de recursos.

Campo de energia perturbado

Fadiga

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Classe 4- Respostas cardiovasculares/pulmonares

Mecanismos cardiovasculares que apoiam atividade/repouso.

Débito cardíaco diminuído

Padrão respiratório ineficaz

Intolerância à atividade

Risco de intolerância à atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatório

Risco de perfusão tissular cerebral ineficaz

Risco de perfusão tissular gastrintestinal ineficaz

Risco de perfusão tissular renal ineficaz

Risco de perfusão tissular periférica ineficaz

Classe 5 – Autocuidado

Capacidade de desempenhar atividades para cuidar do próprio corpo e das funções

corporais

Déficit no autocuidado para vestir-se

Déficit no autocuidado para banho

Déficit no autocuidado para alimentação

Déficit no autocuidado para higiene íntima

Domínio 5 – Percepção/cognição

Classe 1 – Atenção

Disposição mental para perceber ou observar.

Não há diagnósticos nesta classe com ligação com a última edição traduzida da NOC.

Classe 2 – Orientação

Percepção de tempo, local e pessoa.

Perambulação

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Classe 3 – Sensação / percepção

Recebimento de informações pelos sentidos de tato, paladar, olfato, visão, audição e

cinestesia e compreensão dos dados sentidos, resultando em atribuição de nomes,

associação e/ou reconhecimentos de padrão.

Percepção sensorial perturbada

Classe 4 – Cognição

Uso de memória, aprendizagem, raciocínio, solução de problemas, abstração,

julgamento, insight, capacidade intelectual, cálculos e linguagem.

Conhecimento deficiente

Confusão aguda

Confusão crônica

Memória prejudicada

Classe 5 – Comunicação

Envio e recebimento de informações verbais e não verbais.

Comunicação verbal prejudicada

Domínio 6 – Autopercepção

Classe 1 – Autoconceito

Percepção do eu total.

Distúrbios da identidade pessoal

Risco de solidão

Classe 2 – Autoestima

Investigação do próprio valor, capacidade, importância e sucesso.

Baixa autoestima crônica

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Baixa autoestima situacional

Classe 3 – Imagem corporal

Imagem mental do próprio corpo

Distúrbio na imagem corporal

Domínio 7 – Papéis e relacionamentos

Classe 1 – Papéis do cuidador

Padrões de comportamento socialmente esperados por pessoas que oferecem cuidados

e que não são profissionais do atendimento de saúde.

Paternidade ou maternidade prejudicada

Classe 2 – Relações familiares

Associações de pessoas biologicamente relacionadas, ou relacionadas por opção.

Processos familiares interrompidos

Classe 3 – Desempenho de papel

qualidade de funcionamento em padrões de comportamento socialmente esperados.

Amamentação eficaz

Amamentação ineficaz

Amamentação interrompida

Domínio 8 – Sexualidade

Classe 1 – Identidade sexual

Estado de ser uma pessoa específica em relação à sexualidade e/ou ao gênero

Não há diagnósticos aprovados nesta classe presentes na NANDA 2009-2011.

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Classe 2 – Função sexual

Capacidade ou habilidade de participar de atividades sexuais.

Disfunção sexual

Classe 3 – Reprodução

Disposição para processo de criação de filhos melhorada

Não há diagnósticos nesta classe com ligação com a última edição traduzida da NOC.

Domínio 9 – Enfrentamento/tolerância ao estresse

Classe 1- Reações pós-trauma

Reações que ocorrem após trauma físico ou psicológico.

Síndrome pós-trauma

Risco de síndrome pós-trauma

Classe 2 – Reações de enfrentamento

Processo de controlar o estresse ambiental.

Ansiedade

Ansiedade relacionada à morte

Tristeza crônica

Negação ineficaz

Enfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometido

Enfrentamento defensivo

Enfrentamento comunitário aumentado

Classe 3 – Estresse neurocomportamental

Respostas comportamentais que se refletem na função nervosa e cerebral.

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Disreflexia autonômica

Risco de disreflexia autonômica

Domínio 10- Princípios da vida

Classe 1 – Valores

A identificação e a classificação de modos preferidos de conduta ou estados finais.

Não há diagnósticos nesta classe com ligação com a última edição traduzida da NOC.

Classe 2 – Crenças

Opiniões, expectativas ou juízos sobre atos, costumes ou instituições entendidos como

verdadeiros ou com um valor intrínseco.

Não há diagnósticos nesta classe com ligação com a última edição traduzida da NOC.

Classe 3 – Coerência entre valores/crenças/atos

A correspondência ou o equilíbrio alcançado entre valores, crenças e atos.

Conflito de decisão

Domínio 11 – Segurança/proteção

Classe 1 – Infecção

Reações do hospedeiro após invasão de patógenos.

Não há diagnósticos nesta classe com ligação com a última edição traduzida da NOC.

Classe 2 – Lesão física

Dano ou ferimento ao organismo.

Risco de lesão

Risco de lesão por posicionamento perioperatório

Risco de quedas

Risco de traumas

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Integridade da pele prejudicada

Risco de integridade da pele prejudicada

Integridade tissular prejudicada

Risco de sufocação

Risco de aspiração

Desobstrução ineficaz de vias aéreas

Proteção ineficaz

Risco de síndrome de morte súbita do bebê

Classe 3 – Violência

O alcance de força ou poder excessivo de modo a causar lesão ou abuso.

Automutilação

Risco de violência direcionada a outros

Risco de violência direcionada a si mesmo

Classe 4 – Riscos ambientais

Fontes de perigo no entorno.

Risco de envenenamento

Classe 5 – Processos defensivos

Processos pelos quais o self protege-se contra o não-self;

Resposta alérgica ao látex

Risco de resposta alérgica ao látex

Classe 6 – Termorregulação

Processo fisiológico de regulação de calor e energia no corpo para protegê-lo.

Termorregulação ineficaz

Domínio 12- Conforto

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Classe 1 – Conforto físico

Sensação de bem-estar ou tranquilidade e/ou estar livre da dor.

Dor aguda

Dor crônica

Náusea

Classe 2 – Conforto ambiental

Sensação de bem-estar ou tranquilidade no/com o próprio ambiente.

Não há diagnósticos nesta classe com ligação com a última edição traduzida da NOC.

Classe 3 – Conforto social

Sensação de bem-estar ou tranquilidade com a situação social

Isolamento social

Domínio 13- Crescimento/Desenvolvimento

Classe 1- Crescimento

Aumentos nas dimensões físicas ou no amadurecimento dos sistemas de órgãos.

Não há diagnósticos nesta classe com ligação com a última edição traduzida da NOC.

Classe 2 – Desenvolvimento

Progressão ou regressão na sequência de marcos de vida reconhecidos.

Não há diagnósticos nesta classe com ligação com a última edição traduzida da NOC.