UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS ... · Nas ciências sociais...

36
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS CONSTRUÇÃO DO TRABALHO DE CURSO DE ADMINISTRAÇÃO Manual de apoio para a construção do TC de Administração Profa. Dra. Cristiane Betanho SÃO PAULO 2009

Transcript of UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS ... · Nas ciências sociais...

UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS

CONSTRUÇÃO DO TRABALHO DE CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

Manual de apoio para a construção do TC de Administração

Profa. Dra. Cristiane Betanho

SÃO PAULO

2009

INTRODUÇÃO

O aluno sabe que tem uma tarefa no término de seu curso que testará sua

capacidade de construir e aplicar conhecimento: a elaboração de seu Trabalho de

Curso (TC). Alguns alunos vêem a tarefa com ansiedade, no entanto, ela pode ser

mais do que prazerosa, dado que significa a maturidade intelectual do educando.

O TC é um dos requisitos para a obtenção do título de Bacharel em

Administração de Empresas, e exigência do Projeto Pedagógico do Curso (PPC). É

de grande importância para a formação no Curso de Administração, pois permite que

os alunos analisem as práticas de gestão de uma organização de seu interesse e

apliquem o que aprenderam no decorrer do curso. Assim, ele é parte importante na

formação do perfil do egresso do curso de Administração da Unip:

Perfil do Egresso

“Os alunos do Curso de Administração da UNIP deverão ser capazes de identificar/definir com clareza a “razão de ser” (missão) dos trabalhos e organizações em que estiverem envolvidos e os

fatores e meios necessários para que eles possam contribuir para o elevado desempenho do cumprimento de tais missões, sob a ótica do desenvolvimento sustentado.”

Fonte: Projeto Pedagógico do Curso de Administração/UNIP

Isto significa que os TCs deverão ter foco em temas que contribuam para

melhorar o desempenho das organizações e, de preferência, que atendam às

necessidades de uma ou mais das organizações estagiadas pelos alunos de cada

grupo de trabalho.

De acordo com as diretrizes para a elaboração do TC, os serão realizados em

grupos, com o objetivo de se fortalecer uma das competências fundamentais do

Administrador: a capacidade de trabalhar em equipe.

O objetivo deste Manual é prover professores orientadores e alunos de

informações sobre os requisitos básicos para a elaboração das monografias. Boa

leitura e bom TC a todos!

Profa. Cris

1. O TC E SEU PROJETO

A primeira observação a ser feita sobre o processo de construção e aplicação

do conhecimento pelo TC é de que o aluno está de parabéns por chegar até aqui.

Afinal, o TC representa o amadurecimento intelectual do educando. O aluno está

construindo este trabalho de curso porque está terminando sua graduação, e terá a

oportunidade de aprofundar seus conhecimentos sobre o assunto que escolher.

Como salientava Paulo Freire (PROJETO MEMÓRIA, 2008), a teoria sem a

prática é puro verbalismo inoperante, a prática sem a teoria é um atavismo cego. O

aluno terá a oportunidade de praticar a busca do conhecimento, a única das

riquezas que se expande quando compartilhada. Para tanto, precisa, inicialmente,

construir seu projeto de pesquisa.

O projeto é o planejamento da viagem em busca do conhecimento que será

trilhada pelo aluno. O projeto ajudará o educando a refletir sobre as quatro grandes

questões que abrem o esforço do TCC: 1) o quê? 2) como? 3) por quê? 4) quando?

Os tópicos a seguir representam um caminho para refletir sobre essas questões e

construir o projeto do TC.

1.1 Sobre a área do conhecimento – o quê?

Sobre qual área de conhecimento o aluno pretende aprofundar seu

conhecimento? Escolher entre as grandes áreas da Administração – Marketing,

Recursos Humanos, Finanças, Logística, Processos, (...) – responde à primeira parte

do “o quê?”.

Qual o tema dentro dessa área de conhecimento que se pretende

aprofundar? Dentro do curso, o aluno fez diversas disciplinas, que abordaram vários

assuntos dentro das grandes áreas. Por exemplo, em Marketing tem-se

segmentação de mercado, pesquisa de marketing, sistema de informações,

inovação, comunicação etc. Normalmente, existe a identificação com uma ou mais

de um deles, que trataram de diferentes faces da área de conhecimento.

O que se deseja estudar sobre esse assunto? Toda pesquisa parte de um

problema. Apesar da conotação negativa que normalmente acompanha a palavra,

problema não significa algo conflituoso ou negativo. De forma ampla, um problema é

uma questão não resolvida e que é objeto de discussão, em qualquer domínio do

conhecimento. Portanto, pode ser uma curiosidade, uma dúvida, uma necessidade,

uma interrogação sobre o tema de pesquisa.

De acordo com Gil (2006), as principais regras para a formulação de

problemas de pesquisa são:

a) O problema deve ser formulado como uma pergunta;

b) Deve ser delimitado a uma dimensão viável;

c) O problema deve ser claro, explícito e preciso;

d) Deve apresentar referências empíricas.

1.2 Sobre como chegar lá – como?

Com o que se conhece hoje, como responder ao problema de pesquisa?

Neste ponto, o pesquisador traça uma resposta provisória ao problema – a hipótese.

Essa solução temporária direciona o esforço do aluno para buscar a resposta

definitiva ao problema. Importante ressaltar que a hipótese pode ser refutada ao final

da pesquisa, o que não quer dizer que a mesma não tenha sido válida. Ao contrário,

mostra que o caminho da tentativa-e-erro, tão comum no processo de construção do

conhecimento, foi trilhado, e que o aluno adquiriu novas armas para a próxima

odisséia.

De acordo com Gil (2006), uma hipótese aplicável possui as seguintes

características:

a) Deve ser conceitualmente clara;

b) Deve ser específica;

c) Deve ter referências empíricas;

d) Deve ser parcimoniosa;

e) Deve estar relacionada com as técnicas de pesquisa e coleta de dados

disponíveis;

f) Deve estar relacionada com uma teoria.

Para buscar a resposta definitiva ao problema de pesquisa, devem-se traçar

os objetivos do trabalho que resultará no TC. O objetivo geral (ligado ao tema) é

desdobrado em objetivos específicos (ligados diretamente ao problema). Os

objetivos são redigidos com verbos de ação no infinitivo (diagnosticar, avaliar etc.) e

devem ser passíveis de serem atingidos. Assim, cuidado com os verbos do objetivo.

Num TC, não se “comprova” ou “demonstra” nada (ou quase nada) sem pesquisa

muito extensiva, muitas vezes incompatível com o prazo para a elaboração do

trabalho. Mas é possível “analisar”, “refletir”, “comparar”, “descrever” uma temática e

conseguir ótimos resultados.

Como atingir os objetivos da pesquisa? Neste ponto, escolhem-se os

procedimentos metodológicos que ajudarão no cumprimento dessa jornada. Dada a

importância e a extensão do assunto, o mesmo será tratado em seção à parte.

1.3 Sobre a motivação para a pesquisa – por quê?

Por que esse assunto interessa? O melhor assunto para o TC é aquele que

desperta o interesse do aluno, que o motiva a pesquisar. Identificar essa motivação

pessoal é importante.

Como a realização deste TC pode contribuir para a área do conhecimento?

Deve-se refletir sobre a presença ou ausência de estudos sobre o assunto, sua

aplicabilidade, as oportunidades de investigar novos aspectos ou compilar aspectos

já pesquisados, enfim, sobre a importância do assunto para a Administração. Neste

momento, o aluno, a partir de agora denominado Pesquisador, “vende” sua proposta

de trabalho e mostra seu envolvimento com ela.

O que o Pesquisador já acumula de conhecimento sobre o assunto? Como

afirmam Marconi e Lakatos (1999), toda pesquisa baseia-se em uma teoria, ponto de

partida para a investigação de um problema. Desenvolve-se, no projeto, uma curta

fundamentação teórica sobre o tema. Neste esforço, o Pesquisador deverá

demonstrar uma visão geral do mesmo, ter conhecimento dos principais teóricos ou

representantes, dominar os principais conceitos e as correntes teóricas pertinentes

ao tema. Essa revisão será o ponto de partida para aprofundar esse conhecimento

do estado-da-arte sobre o assunto, que será parte importante do TC.

1.4 Sobre o plano de pesquisa – quando?

Ao planejamento cronológico das ações que precisam ser concretizadas para

que o TC seja elaborado e finalizado dentro do prazo correto e na qualidade

esperada. O Pesquisador tem seus prazos de entrega divulgados pela secretaria da

pós, e deve-se planejar para cumpri-los. Elaborar um cronograma é útil para vencer

a luta contra a procrastinação, tão comum entre alunos.

O aluno deve elaborar um sumário provisório para o TC. Quais assuntos

serão abordados para a consecução dos objetivos, e em que ordem? O motivo para

a elaboração do sumário provisório é orientar-se na execução do TC, traçando a

ligação entre os assuntos e trabalhando pela convergência dos mesmos no

documento final.

Não se deve esquecer que o TC representa o amadurecimento intelectual do

Pesquisador. Se assim o é, o esforço precisa de investimento de tempo e atenção.

Programar-se para realizar esse esforço pode significar ter tempo para realizar as

outras coisas que também fazem parte da realidade do aluno.

Como dito anteriormente, a escolha dos procedimentos metodológicos é

determinante para atingir os objetivos do TC. Por isso, o assunto será tratado no

próximo item.

2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Após a reflexão sobre o problema de pesquisa, a hipótese de como o mesmo

se resolve e os objetivos que precisam ser cumpridos para dar a resposta definitiva

ao problema, o aluno precisa escolher os procedimentos metodológicos que utilizará.

Muitos relacionam a metodologia à burocracia e, portanto, não a valorizam.

No entanto, a metodologia é essencial para superar a subjetividade humana e

para conferir o caráter científico do TC. Como bem reflete Gil (2006), o procedimento

científico é objetivo porque descreve a realidade, independentemente dos caprichos

do pesquisador.

O autor ressalta que o método evidencia outra característica da ciência: o

assumir-se passível de falhas. Nas ciências sociais aplicadas, entre elas a

Administração, essa característica é o tônus do desenvolvimento de novos

conhecimentos, por isso a importância da reflexão sobre o aprendido no TC. Mais

um motivo para valorizar o método e planejá-lo com todo cuidado.

Um conhecimento, para ser considerado científico, necessariamente precisa

apresentar o caminho para sua construção – as operações mentais e técnicas que

foram utilizadas para atingir os objetivos devem ser passíveis de verificação. Essa

verificação se dá por meio da utilização de procedimentos científicos, que auxiliam

na sistematização do conhecimento. E essa sistematização ajuda a demonstrar a

veracidade das informações (GIL, 2006).

Como salienta o autor, a sistematização ajuda na organização racional de

idéias. O conhecimento organizado pelo método científico pode ser incluído no total

do conhecimento produzido pela humanidade, permitindo a inclusão de uma nova

fonte de aprendizagem. Somente se pode classificar um conhecimento como igual,

contrário ou complementar se o mesmo for produzido de forma semelhante, daí a

importância da metodologia.

As decisões quanto aos procedimentos metodológicos que precisam ser

tomadas pelo aluno, quando da elaboração de seu projeto de TC, referem-se aos

itens a seguir.

2.1 Escolha do tipo de pesquisa a elaborar

A partir da reflexão de vários autores (GIL, 2006; MARCONI e LAKATOS,

1999; ANDRADE, 2002; OLIVEIRA, 2001), escolheu-se classificar os TC da Unip

em:

a) Pesquisa bibliográfica: quando utiliza dados secundários e objetiva uma

revisão do estado-da-arte sobre um tema;

b) Pesquisa aplicada: quando, além do delineamento de teoria, a pesquisa

apresenta resultados que podem ser aplicados ou utilizados

imediatamente, na solução, mesmo que parcial, de um problema prático.

Tendo em vista que a Unip objetiva formar Administradores que contribuam

para o elevado desempenho das organizações no cumprimento das suas missões,

portanto, prime pelo desenvolvimento de competências práticas, os TCs devem ser,

primordialmente, pesquisas aplicadas, nas quais os conhecimentos teóricos e as

contribuições práticas sejam conciliados.

As pesquisas aplicadas, em função da profundidade da investigação, podem

ser classificadas em:

• estudos de caso, quando analisem uma única realidade em

profundidade (YIN, 2001);

• pesquisas exploratórias, quando objetivam criar um panorama amplo,

mas pouco profundo sobre um tema;

• pesquisas descritivas, quando, por meio de levantamentos e estudos

de campo junto ao universo pesquisado obtêm-se conclusões

generalizáveis da realidade atual do agrupamento de pessoas /

organizações estudadas.

O tipo de pesquisa impacta nos resultados obtidos. Assim, o pesquisador

deve escolher cuidadosamente, analisando as vantagens e desvantagens de cada

tipo de pesquisa e decidir a que corresponde ao tipo de problema de pesquisa ao

qual se deseja encontrar a solução.

2.2 Escolha dos dados a coletar

De acordo com Mattar (1999), os dados que são coletados em uma pesquisa

são classificados em primários, quando obtidos diretamente da fonte – o sujeito da

pesquisa, ou secundários, aqueles já disponíveis e obtidos por outrem.

São secundários, portanto, os dados de livros, sites, de jornais etc., e são

primários os dados obtidos por meio de entrevistas e questionários elaborados pelo

próprio autor para a pesquisa.

Um TC bibliográfico utiliza apenas dados secundários. É importante verificar a

confiabilidade das informações. Assim, sites podem ser usados como fontes

complementares, mas nunca um TC pode ser feito apenas com base em material da

internet. O acesso a livros é obrigatório.

Recomenda-se o uso somente de sites de universidades e de revistas

científicas. Artigos de sites de consultoria ou o Wikipédia não são considerados

fontes confiáveis. Podem até ser referenciados, no entanto, devem ser ratificados

por bibliografias confiáveis.

É bom ressaltar que em toda pesquisa deve-se, primeiramente, buscar fontes

secundárias antes de iniciar a coleta de dados primários, dado o alto custo de

obtenção desses últimos: é necessário se ter certeza dos dados que se quer coletar,

caso contrário, a operação terá que ser refeita. Assim, o TC de pesquisa aplicada,

primeiramente, deve ser amadurecido intelectualmente.

2.3 Determinação da população de pesquisa, do tamanho da amostra e do

processo de amostragem

Quando o TC se constituir em pesquisa aplicada, precisam-se escolher os

elementos que serão ouvidos e constituirão a matéria-prima no processo de

construção e aplicação do conhecimento.

Segundo Mattar (1999), população é o conjunto de elementos que possuem

as características do sujeito necessário a responder o problema de pesquisa. A

população deve ser descrita em todas as suas dimensões: setor industrial, tamanho

de empresa, sexo, idade, localidade etc.

Dependendo do tamanho da população, a pesquisa será realizada com todos

os seus membros ou a partir de uma amostra.

Os procedimentos de amostragem destinam-se a selecionar uma parte de

uma população para dela coletar os dados necessários à pesquisa, e são

classificados em probabilísticos e não-probabilísticos. Para Mattar (1999), quando se

quiser representar a posição da população, a amostragem deve ser escolhida de

forma probabilística, isto é, todos os elementos da população devem ter a mesma

chance de fazer parte do sorteio da amostra. Quando o objetivo da pesquisa for

ganhar mais conhecimento sobre um assunto ou a motivação dos clientes, por

exemplo, uma pesquisa com amostra não probabilística pode bastar.

As amostras não probabilísticas podem ser classificadas como acidentais,

intencionais e por quotas. As amostras acidentais são aquelas oriundas da adesão

espontânea dos entrevistados à pesquisa ou geradas com pessoas presentes

momento da pesquisa. Amostras intencionais são geradas pelo julgamento do

pesquisador, que decide quem deve fazer parte da amostra. Finalmente, amostras

por quotas são geradas quando o pesquisador seleciona os membros de uma

amostra garantindo a proporcionalidade de grupos de interesse, como homens e

mulheres, idades etc. (MATTAR, 1999).

As amostras probabilísticas podem ser classificadas como aleatórias simples,

estratificadas e por conglomerados (MATTAR, 1999). Quando as probabilidades de

todos os membros de uma população de fazerem parte de uma amostra forem todas

iguais tem-se uma amostra aleatória simples. Ela é gerada a partir de um único

procedimento, elencando todos os elementos da população e sorteando os nomes

em seqüência. Quando os elementos de uma população puderem ser separados em

grupos e as características dos mesmos forem de interesse para a pesquisa (por

exemplo, manter a proporção de homens e mulheres), os sorteios são realizados

separadamente em cada um dos grupos, gerando uma amostra denominada

estratificada. Quando a população não é conhecida, tornando impossível o sorteio

de forma aleatória ou estratificada (por exemplo, não existe nenhum cadastro de

pessoas consumidoras de geléias orgânicas), uma amostra pode ser gerada a partir

do sorteio de grupos de elementos. Por exemplo, podem-se sortear bairros, ruas e

casas e realizar a pesquisa a partir dessa amostra.

As escolhas relacionadas à quantidade de pessoas e ao tipo de amostragem

são determinantes para responder ao problema de pesquisa. Portanto, devem ser

exaustivamente refletidos durante a fase de planejamento do TC e devidamente

descritos no TC final.

2.4 Determinação do instrumento de coleta de dados

Desenvolver adequadamente um instrumento de coleta de dados não é uma

tarefa fácil. Ao contrário do que se pensa o instrumento não é a primeira coisa a ser

construída numa pesquisa, posto que seja subordinado ao problema de pesquisa e

aos objetivos que se pretende alcançar.

Dados primários são obtidos a partir de comunicações diretas, como

entrevistas pessoais e por telefone, ou indiretas (questionários via correio). Também

podem ser obtidos a partir da observação da reação do pesquisado, sem contato

direto com o mesmo.

No projeto do instrumento de coleta de dados, deve-se levar em consideração

que os dados a serem coletados serão aqueles que responderão ao problema de

pesquisa. Assim, deve-se voltar ao problema de pesquisa, à hipótese e aos objetivos

para redigir as perguntas.

As perguntas devem ser necessárias, redigidas de forma clara e sem vieses.

Um bom questionário deve começar com questões mais simples ou interessantes

para ganhar a atenção dos respondentes (MATTAR, 1999).

As perguntas podem ser redigidas no formato aberto ou fechado. Perguntas

fechadas contêm todas as opções de resposta possíveis para o respondente. Em

perguntas abertas, solicita-se uma manifestação mais espontânea do respondente.

Segundo Mattar (1999), cada uma tem seus prós e contras: as questões fechadas

são mais fáceis de tabular e analisar que as questões abertas, que precisam ser

primeiro entendidas e agrupadas por significados. No entanto, as perguntas abertas

são mais espontâneas, não prendendo o respondente a poucas opções de resposta.

Um bom questionário pode ter perguntas dos dois tipos.

2.5 Determinação do modo como as entrevistas serão feitas

Dados primários podem ser obtidos a partir de comunicações diretas, como

entrevistas pessoais e por telefone, ou indiretas (questionários via correio). Mattar

(1999) compara a eficiência dos três métodos de comunicação segundo a forma de

aplicação:

Característica Entrevista Pessoal

Entrevista por telefone

Questionário via correio

Versatilidade Alta Média Baixa Custo Alto Médio Baixo Tempo para aplicação Alto Baixo Médio Controle amostral Alto Médio Baixo Quantidade de dados Alta Média Média Garantia de anonimato Baixa Baixa Média Habilidade para aplicação Alta Alta Baixa Uniformidade da mensuração Baixa Média Alta Índice de resposta Alto Alto Baixo Tamanho da amostra Pequena Grande Grande Verificação de sinceridade Alta Baixa Alta Nível educacional dos respondentes

Baixo Baixo Alto

Quadro 1 – Comparação entre meios de coleta de dados primários. Fonte: Mattar (1999, p. 71)

Todos os modos possuem vantagens e desvantagens, que devem ser

medidos em função do objetivo da pesquisa e do tipo de pesquisado.

Definido o projeto de pesquisa, passa-se à construção do TC, assunto do

próximo capítulo.

3 A CONSTRUÇÃO FÍSICA DO TCC

Como documento que demonstra o processo de construção do conhecimento

por parte do aluno e que apresenta sua contribuição para o avanço na pesquisa em

Administração, o TC deve ser formatado e apresentado em conformidade com as

normas de padronização do trabalho científico.

A estrutura dos trabalhos acadêmicos segue a NBR 14724 (ABNT, 2005), e

divide-se em elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais.

3.1 Elementos pré-textuais

Os elementos pré-textuais são um conjunto de itens que são apresentados

antes do desenvolvimento do trabalho em si, e constituem importante grupo

informacional que representa a dinâmica do trabalho.

São elementos pré-textuais:

a) Capa (obrigatório);

b) Lombada (opcional);

c) Folha de rosto (obrigatório);

d) Errata (opcional);

e) Folha de aprovação (obrigatório);

f) Dedicatória(s) (opcional);

g) Agradecimento(s) (opcional);

h) Epígrafe (opcional);

i) Resumo na língua vernácula (obrigatório);

j) Resumo em língua estrangeira (obrigatório);

k) Lista de ilustrações (opcional);

l) Lista de tabelas (opcional);

m) Lista de abreviaturas e siglas (opcional);

n) Lista de símbolos (opcional);

o) Sumário (obrigatório).

A maior parte dos elementos simplesmente carece de padronização, o que foi

feito a partir da elaboração da “Máscara para TC”, arquivo que o aluno recebe em

conjunto com este material. No entanto, um dos elementos-chave obrigatórios

necessita atenção redobrada pelo pesquisador: o resumo.

O resumo é uma parte muito importante do TC, já que é o primeiro contato do

leitor com o trabalho.

De acordo com a NBR 6028 (ABNT, 2003), o resumo deve convidar a ler o

texto e deve apresentar um apanhado geral sobre ele: objetivo do trabalho;

importância do tema; procedimentos metodológicos para pesquisar o tema;

principais conclusões.

O resumo deve ser composto de uma seqüência de frases concisas,

afirmativas e não de enumeração de tópicos. Deve-se usar o verbo na voz ativa e na

terceira pessoa do singular. O resumo deve ter no máximo 500 palavras e deve ser

fechado com a apresentação de 3 a 5 palavras-chave, separadas por ponto e

finalizadas por ponto.

3.2 Elementos textuais

Os elementos textuais constituem o desenvolvimento do trabalho. Divide-se

em três partes fundamentais, de acordo com a NBR 14724 (ABNT, 2005):

a) Introdução:

b) Desenvolvimento;

c) Conclusão.

A introdução é a apresentação do assunto a ser tratado. De acordo com

Oliveira (2001), é por intermédio da introdução que o examinador colhe a primeira

imagem do trabalho e o leitor recebe um panorama do que será lido a partir da

página seguinte.

O esquema sugerido para a Introdução é o seguinte: panorama geral sobre o

tema; justificativa da escolha do assunto; problema de pesquisa; hipótese; objetivos

do TC; procedimentos metodológicos; breve apanhado sobre o conteúdo dos

capítulos. No entanto, Oliveira (2001) salienta: deve-se cuidar para não antecipar os

resultados e as conclusões, somente apresentar um panorama do que será tratado

no capítulo.

O desenvolvimento se dá a partir dos capítulos seguintes, onde se faz a

exposição ordenada e pormenorizada do assunto e se desenvolve o conteúdo da

pesquisa.

No desenvolvimento, existem capítulos ou um capítulo de Fundamentação

Teórica, em que expõe a pesquisa do estado-da-arte sobre o tema, desenvolvida

pelo Pesquisador. Notar que a composição criada na fase do projeto da pesquisa

pode ser utilizada, desde que devidamente complementado, dado que nesta fase se

apresentam todos os dados pesquisados e amadurecidos pelo aluno.

Oliveira (2001) ressalta: a revisão de literatura não é uma simples transcrição

de pequenos trechos de livros e materiais científicos da internet, mas uma discussão

sobre as idéias, fundamentos, problemas etc. de vários autores, devidamente

examinadas, combinadas e criticadas. Por ser questão decisiva sobre a qualidade do

TC, a questão da correta referenciação será tratada em seção à parte.

Fechando o desenvolvimento, apresentam-se, em capítulo à parte da

fundamentação teórica, os resultados da pesquisa e a discussão sobre os achados.

Os resultados devem ser apresentados em ordem cronológica, e devem ser

apresentados mesmo que contrariem o ponto de vista do pesquisador (OLIVEIRA,

2001). Deve-se lembrar que a ciência se faz por processos de tentativa-e-erro.

Para facilitar a exposição, os resultados podem ser acompanhados por

tabelas, gráficos, figuras etc., que devem ser numerados e nomeados, conforme

exemplos abaixo:

TABELA 4 – ASSENTAMENTOS PESQUISADOS

ESTADO ASSENTAMENTO FAMÍLIAS ASSENTADAS

ÁREA (ha.) MÉDIA ha. / FAMÍLIA

DATA DA CRIAÇÃO

Pedro e Inácio 75 506 4,61 30/12/1997 Campo Verde 56 285 3,47 17/12/1996

PE

Várzea Grande 36 385 7,31 30/12/1996 Santa Rita 44 1000 22,73 08/04/1987 14 de Julho 32 530 16,56 18/05/1992 Sepé Tiarajú 25 480 19,20 29/04/1993 Nova Esperança 100 1837 18,37 11/12/2001

RS

Lagoa do Junco 35 807 23,06 15/12/1995 Fonte das informações: secretarias estaduais do MST em PE e RS

Note-se que as tabelas vêm com o nome no topo, diferentemente de gráficos,

quadros e figuras, conforme exemplo abaixo:

Tipo de produção para autoconsumo (individual/coletiva)

Produtos

Dependência do mercado em primeiras

necessidades Tapes (RS) Coletiva Hortifruti, leite, arroz,

feijão, carne Baixa

Gravatá (PE) Individual Hortifruti, macaxeira Alta Nazaré da Mata (PE)

Individual Macaxeira, feijão, milho, ovos, frango

Alta

Capão do Cipó (RS)

Individual Feijão, milho, mandioca, hortifruti

Baixa

QUADRO 1 - Condições das famílias: produção para autoconsumo e dependência do varejo tradicional. Fonte: elaboração própria.

Ainda sobre gráficos e tabelas, os mesmos devem ser exaustivamente

comentados. Interpretar cruamente os resultados (exemplo: “10% dos entrevistados

preferem não receber mala direta”) não é comentar exaustivamente.

Se a tabela, ou o gráfico, ou a figura, forem elaborados pelo autor, deve

constar a informação após a descrição do conteúdo da mesma, conforme acima. Se

não forem de autoria própria, sua referência deve ser citada logo na seqüência da

mesma, inclusive com a indicação do número da página em que se encontra:

Foto 19 – Apresentação do Arroz Agroecológico. Fonte: GEPES (2005, p.14)

Foto 20 – Vista das informações da embalagem

Fonte: GEPES (2005, p.14)

Ainda, os resultados devem ser devidamente discutidos para conduzir às

principais conclusões. Parafraseando Oliveira (2001), o Pesquisador deve:

a) Relacionar causas e efeitos;

b) Estabelecer, a partir dos resultados, as contradições e aproximações com

a teoria e os princípios gerais relativos ao assunto.

Finalmente, para facilitar a condução do leitor na construção do conhecimento

realizada pelo pesquisador no desenvolvimento, deve-se atentar para as seguintes

observações:

a) Os capítulos, seções e subseções devem suceder-se em ordem lógica, do

assunto mais abrangente para o menos abrangente.

b) Da mesma forma, os capítulos ou seções devem ser exaustivos e

completos, isto é, o assunto tratado em cada um deles deve ser finalizado

ali, não reaparecendo em outros lugares do texto.

c) Finalmente, um capítulo ou uma seção são ligados entre si por meio de

alguns parágrafos que mostrem a complementaridade entre os assuntos.

A conclusão do trabalho é seu fechamento. Nesse momento, o aluno tem

maturidade, a partir do estudo bibliográfico e/ou dos resultados práticos, para fazer

uma reflexão sobre a atualidade dos conceitos e a aplicação prática dos mesmos.

A conclusão deve apresentar:

a) A reafirmação sintética da idéia principal do trabalho e os pormenores

importantes da condução do mesmo;

b) A resposta ao problema de pesquisa e sua solução definitiva, com a

reflexão sobre a hipótese ter sido confirmada ou refutada;

c) A análise do aluno sobre ter cumprido ou não os objetivos traçados;

d) A aplicabilidade dos resultados obtidos e suas limitações;

e) As lacunas de seu trabalho;

f) No fechamento da conclusão, devem ser apontadas sugestões para novas

pesquisas sobre o tema, com a finalidade de contribuir para o

aprofundamento científico.

O TC é fechado com os elementos pós-textuais, que correspondem

aproximadamente aos créditos de um filme. Os tipos e sua obrigatoriedade ou não

serão discutidos no próximo tópico.

3.3 Elementos pós-textuais

Finalmente, os elementos pós-textuais compreendem itens que

complementam o trabalho e lhe conferem reastreabilidade, isto é, a possibilidade de

novas construções e aplicações de conhecimento a partir do desenvolvimento do

pesquisador. Os elementos estão abaixo listados acordo com a NBR 14724 (ABNT,

2005), acrescidos de uma descrição baseada em Oliveira (2001):

a) Referências (obrigatório): conjunto de informações que permitem a

identificação dos documentos citados no texto;

b) Glossário (opcional): lista de vocabulários para elucidação de palavras e

expressões técnicas ou pouco usadas;

c) Apêndice(s) (opcional): suportes elucidativos e ilustrativos elaborados pelo

autor, não essenciais à compreensão do texto;

d) Anexo(s) (opcional): suportes elucidativos e ilustrativos não elaborados

pelo autor;

e) Índice(s) (opcional): índice alfabético dos diversos assuntos tratados numa

obra, com a respectiva indicação de página, capítulo, etc.

O elemento referenciação está conectado às citações realizadas durante o

texto de materiais de terceiros, que refletiram sobre o estado-da-arte sobre o tema.

Por ser chave para a construção e aplicação do conhecimento, será trabalhado de

forma mais profunda no item a seguir.

4 TRABALHO CIENTÍFICO: CITAÇÃO, REFERENCIAÇÃO, PLÁGIO

Um TC, como construção e aplicação de conhecimento, é construído em duas

fases básicas: a busca de conhecimento com base em autores importantes, que

escreveram sobre o assunto que o Pesquisador aborda; e o momento reflexivo, em

que o Pesquisador aplica o conhecimento, quer seja realizando pesquisa de campo,

quer seja por meio de combinação e comparação das idéias dos autores lidos.

Já foi afirmado neste material que todo conhecimento é resultado de um

processo de acúmulo da humanidade. No entanto, isso não quer dizer que as idéias

não têm autoria definida, e obrigatoriamente os autores devem receber crédito por

suas construções de conhecimento. Assim, este tópico trata especificamente sobre

as formas de citação e referenciação, com vistas a evitar a presença de plágio no

trabalho.

Plagiar significa apresentar como sua obra artística ou científica de outrem. O

assunto é regulado pela Lei nº 9.610/98 e, considerado crime, é passível de multa e

prisão. O link abaixo traz, na íntegra, a lei de direitos autorais, para conhecimento do

aluno.

Lei de Direitos Autorais - Lei nº 9.610/98

http://www.assespro-rj.org.br/publique/media/lei961098.pdf

Assim, constitui obrigação de quem utiliza uma obra para construir

conhecimento indicar a autoria da idéia e também indicar os meios de rastrear a

idéia original, isto é, citar a obra na qual aparece a idéia que foi utilizada pelo

pesquisador.

Para o TC, considera-se plágio:

a) Copiar trechos ou figuras/fotos/tabelas de site ou livros, sem citar a

autoria;

b) Parafrasear trechos de site ou livros, sem citar a autoria da obra original;

c) Copiar trechos de site ou livros e indicar a citação como indireta;

d) Citar a autoria no corpo do texto, no entanto, não referenciar a obra no

pós-textual.

Os tipos acima estão apresentados em ordem de importância, do mais grave

para o menos grave. No entanto, importante ressaltar que, qualquer que seja o tipo

de plágio, o mesmo é motivo de reprovação do TCC e reinício do esforço de

construção e aplicação do conhecimento, obrigando o aluno a cursar novamente a

disciplina e escolher novo assunto para o TCC.

Para evitar dissabores, abaixo seguem recomendações sobre a forma correta

de citar autoria em TC. O link abaixo leva o pesquisador à norma NBR 10520, a fim

de que ele a consulte, quando estiver construindo seu TC.

Norma NBR 10520 - Informação e documentação – Citações em documentos - Apresentação

http://blog.tera-rocker.com/arquivos/pdf/normas_abnt/10520-citacoes_em_documentos.pdf

Os elementos mais importantes que cumpre destacar dizem respeito aos tipos

de citação e ao formato das mesmas, e a devida referenciação das obras. Para

auxiliar na construção do conhecimento, seguem instruções mais detalhadas sobre

os três procedimentos.

Para a NBR 10520 (ABNT, 2002), citação é a menção de uma informação

extraída de fonte que não o pesquisador. Na norma, existem três tipos de citação:

direta, indireta e citação de citação.

Para o TC da Unip, escolheu-se o sistema de chamada autor-data para a

citação das obras, portanto, usa-se o sobrenome do autor e o ano de publicação da

obra para destacá-la durante o texto. Os três tipos de citação serão descritos e

exemplificados abaixo, utilizando-se o esquema autor-data para demonstrar como a

referenciação da obra citada deve ser feita no elemento pós-textual adequado.

4.1 Citação direta

Citação direta é a transcrição textual de parte da obra do autor consultado,

isto é, a cópia do texto. Neste caso, deve-se indicar o número da página da obra de

onde a idéia foi extraída.

Exemplos:

Para Furtado (1986, p. 93), “o Brasil é o único

país das Américas criado, desde o início, pelo capitalismo

comercial sob a forma de empresa agrícola”, sendo a

exportação a razão de ser da ocupação do território.

O Pesquisador deve notar que a transcrição literal está ressaltada no texto

entre aspas, e que o número da página da obra em que a idéia é apresentada está

destacada juntamente com o sobrenome do autor e a chamada do ano da obra.

De acordo com a NBR 10520 (ABNT, 2002), caso a passagem do texto tenha

mais de três linhas, a mesma deve ser destacadas com recuo de 4 cm da margem

esquerda, com letra menor que a do texto utilizado e sem as aspas. Para o TC da

Unip, escolheu-se o tamanho 10 para essas citações, conforme exemplo abaixo:

Nas palavras de Lisboa (2003, p. 190),

As relações mercantis sempre envolvem relações de poder. Os espaços de mercado que a Economia Solidária conquista permitem o empoderamento daqueles historicamente excluídos, revertendo o processo vicioso pelo qual os pobres, por não terem poder, são pobres. Em países como o Brasil, onde é imensa a exclusão, o acesso aos mercados representa um ato de democracia e até de rebeldia.

Quando o documento é extraído da internet, sem indicação de número de

página, após a identificação do ano da obra utiliza-se a expressão online, conforme

exemplo abaixo:

A atual definição da American Marketing

Association (2006) sugere uma tentativa de reunir as

orientações de marketing:

Marketing é uma função organizacional e um conjunto de processos que envolvem a criação, a comunicação e a entrega de valor para os clientes, bem como a administração do relacionamento com eles, de modo que beneficie a organização e seu público interessado (AMA, 2006, online. Tradução nossa).

Note-se que a tradução própria foi apontada no texto, dado que o documento

a ser referenciado está em outra língua que não a pátria.

Importante salientar que citações diretas compõem até 20% do total citado no

texto. Somente se usa citação direta para a transcrição de conceitos e “frases de

efeito”. Para o restante do trabalho bibliográfico, utiliza-se citação indireta, isto é, a

interpretação de texto, conforme item a seguir.

4.2 Citação indireta

Constitui citação indireta o texto baseado na obra do autor consultado. Isto

significa que o Pesquisador interpreta, com suas palavras, a idéia básica do autor,

mas mantém-se fiel a ela.

Neste caso, para o TC da Unip, optou-se não usar a referenciação da página,

apesar de a mesma ser facultativa pela NBR 10520 (ABNT, 2002), com vistas a

aumentar a diferenciação entre os tipos de citação, conforme exemplos a seguir:

De acordo com Favareto (2004), para

empreendimentos solidários, esse processo é ainda mais

importante, posto que o planejamento se torna um poderoso

instrumento para romper com o amadorismo e a improvisação,

além de organizar de forma metódica e sistemática a

participação dos agentes internos, para que os ideais e valores

solidários sejam traduzidos em princípios organizacionais

diferenciados e em produtos e serviços que os traduzam aos

mercados.

O pesquisador deve notar que a obra de Favareto foi citada porque a idéia da

importância do planejamento para empreendimentos solidários é dele. Ela foi

aproveitada porque o texto da autora que utilizou Favareto buscava destacar a

importância dessa idéia de planejar, portanto, vinha ao encontro da argumentação.

O contrário também é importante em um TC: mostrar argumentos contrários,

para mostrar que o Pesquisador tem ciência de que existem posições contraditórias

sobre o tema.

Por outro lado, Robinson (1953) mostra que o

preço não é o único meio de competição. Imitação de produtos,

diferenciação, serviços, publicidade e habilidade de venda são

outros elementos que devem compor a análise do preço final

do produto. Ainda, ressalta que, em muitos casos, as empresas

utilizam o preço mais elevado como um indicador ao

consumidor de qualidade superior a seu produto.

Também é indicativo de boa pesquisa quando o aluno consegue comparar a

posição sobre a mesma temática de autores diferentes.

Citações indiretas compõem 70% do total de citações de um TC e

demonstram que o aluno leu e entendeu o assunto pesquisado.

4.3 Citação de citação

De acordo com a NBR 10520 (ABNT, 2002), citação de citação é a citação

direta ou indireta de um texto cujo original não estava acessível ao pesquisador.

Usa-se a expressão latina apud (citado por) para indicar citação de citação,

conforme exemplo abaixo:

As táticas referentes ao planejamento de

marketing dizem respeito às quatro dimensões da oferta ao

mercado, isto é, as dimensões do Marketing Mix ou os “4 P’s”:

Produto, Preço, Promoção e Praça. Cabe lembrar que cada

ferramenta de marketing é projetada para oferecer um

benefício ao cliente. Lauterbon apud Kotler e Keller (2006)

desenvolveu a abordagem dos “4C’s”, em que cada dimensão

do “C” guardaria correspondência aos “P’s” da abordagem do

marketing mix: ao “P” produto, estaria correlacionado o “C”

cliente (solução para o); o “P” preço refletiria o “C” custo (para o

cliente); ao “P” praça, corresponderia o “C” conveniência; e o

“P” promoção evocaria o “C” comunicação.

Deve-se ressaltar que a obra de Lauterbon não estava disponível para análise

da autora do texto acima. Por isso, foi utilizada a citação de Kotler e Keller sobre o

trabalho de Lauterbon. O Pesquisador deve usar citação de citação apenas em

situações extremas. Esse tipo de citação não chega a 10% do total do TC, dado que

utilizar interpretações de interpretações empobrece o texto e afasta a análise do

original.

Entendidas as formas de citar autores no texto, foram apresentadas as formas

de evitar os plágios do tipo a), b) e c). Agora, resta clarificar como evitar o plágio do

tipo d). Todos os autores usados na elaboração do trabalho devem ter suas obras

listadas em Referências. A não referenciação constitui uma forma de plágio.

4.4 Referenciação

Os elementos essenciais nas referências, de acordo com a NBR 6023 (ABNT,

2002) são: autor(es), título, edição, local, editora e ano de publicação. De acordo

com as recomendações básicas, abaixo seguem as referências dos autores citados

quando da exemplificação dos tipos de citação:

No texto, a citação direta com menos de três linhas aparece assim:

Para Furtado (1986 p. 93), “o Brasil é o único país

das Américas criado, desde o início, pelo capitalismo comercial

sob a forma de empresa agrícola”, sendo a exportação a razão

de ser da ocupação do território.

Em referências, a obra e o autor devem ser apresentados da seguinte forma:

FURTADO, Celso. Análise do Modelo Brasileiro. 8ª ed. São Paulo: Civilização Brasileira, 1986.

No texto, a citação direta com mais de três linhas foi endentada e aparece assim:

Nas palavras de Lisboa (2003, p. 190),

As relações mercantis sempre envolvem relações de poder. Os espaços de mercado que a Economia Solidária conquista permitem o empoderamento daqueles historicamente excluídos, revertendo o processo vicioso pelo qual os pobres, por não terem poder, são pobres. Em países como o Brasil, onde é imensa a exclusão, o acesso aos mercados representa um ato de democracia e até de rebeldia.

Esse texto de Lisboa é um capítulo de um livro, organizado por outro autor.

Em referências, a obra e o autor do capítulo devem ser apresentados da seguinte

forma:

LISBOA, Armando M. Mercado Solidário. In: CATTANI, Antônio D. (org.) A outra economia. Porto Alegre: Veraz Editores, 2003.

No texto, a citação direta de documento extraído da internet abaixo foi

apresentada como exemplo no tópico em que se tratou do formato das citações:

A atual definição da American Marketing

Association (2006) sugere uma tentativa de reunir as

orientações de marketing:

Marketing é uma função organizacional e um conjunto de processos que envolvem a criação, a comunicação e a entrega de valor para os clientes, bem como a administração do relacionamento com eles, de modo que beneficie a organização e seu público interessado (AMA, 2006, online. Tradução nossa).

Esse texto faz parte do dicionário oficial de conceitos de marketing da

American Marketing Association. Em referências, o documento eletrônico deve ser

apresentado assim:

AMA. American Marketing Association. Dictionary of Marketing Terms. Disponível em <http://www.marketingpower.com/mg-dictionaryM.php> Acesso em: 21 jul 2006.

Deve-se notar que a referenciação de material de internet deve ser

acompanhada do endereço eletrônico para rastreamento e também da data do

acesso ao endereço. A NBR 6023 (ABNT, 2002) não recomenda a utilização de

materiais de curta exposição na rede. Para o TC da Unip, complementa-se a

recomendação, advertindo o aluno para não usar sites de consultoria, Wikipédia,

blogs etc., cujo conteúdo não é considerado apropriado para o TC, dado o caráter

científico da produção.

Na apresentação dos tipos de citação indireta, o assunto foi exemplificado

com uma obra de Favareto, conforme abaixo:

De acordo com Favareto (2004), para

empreendimentos solidários, esse processo é ainda mais

importante, posto que o planejamento se torna um poderoso

instrumento para romper com o amadorismo e a improvisação,

além de organizar de forma metódica e sistemática a

participação dos agentes internos, para que os ideais e valores

solidários sejam traduzidos em princípios organizacionais

diferenciados e em produtos e serviços que os traduzam aos

mercados.

Esse texto foi parafraseado de sua obra, que deve ser apresentada da

seguinte forma:

FAVARETO, Arilson (org). Planejando Empreendimentos Solidários. São Paulo: CUT/ADS, 2004.

Outro exemplo de citação indireta parafraseou obra de autora de renome no

campo da economia:

Por outro lado, Robinson (1953) mostra que o

preço não é o único meio de competição. Imitação de produtos,

diferenciação, serviços, publicidade e habilidade de venda são

outros elementos que devem compor a análise do preço final

do produto. Ainda, ressalta que, em muitos casos, as empresas

utilizam o preço mais elevado como um indicador ao

consumidor de qualidade superior a seu produto.

A citação vem de um artigo publicado em revista científica. A referenciação

deve ser feita da seguinte forma:

ROBINSON, Joan. Concorrência imperfeita reexaminada. Economic Journal, Set/1953.

Segundo a NBR 6023 (ABNT, 2005), os elementos obrigatórios para citar

revistas são autor(es), título da parte, artigo ou matéria, título da publicação, local de

publicação, numeração correspondente ao volume e/ou ano, fascículo ou número,

paginação inicial e final, quando se tratar de artigo ou matéria, data ou intervalo de

publicação e particularidades que identificam a parte (se houver). No caso do

material da Joan Robinson, os elementos faltantes não eram conhecidos, posto que

o material seja extremamente antigo.

Cabe lembrar que usar textos antigos é uma exceção, posto que na maior

parte das vezes os mesmos estão defasados. Este caso é excluído da regra porque

se trata de uma economista de renome, cujos textos ainda são usados para discutir

microeconomia.

Abaixo, segue um exemplo de referenciação com todos os elementos

obrigatórios:

NANTES, José F. D.; LEONELLI, Fabiana C. V. A estruturação da cadeia produtiva de vegetais minimamente processados. Curitiba: Revista FAE, v. 3, n. 3, p. 61-69, set/dez 2001.

O exemplo dado de citação de citação foi de texto de Lauterbon, parafraseado

por Kotler e Keller e, na seqüência, pela autora da passagem d texto abaixo:

As táticas referentes ao planejamento de

marketing dizem respeito às quatro dimensões da oferta ao

mercado, isto é, as dimensões do Marketing Mix ou os “4 P’s”:

Produto, Preço, Promoção e Praça. Cabe lembrar que cada

ferramenta de marketing é projetada para oferecer um

benefício ao cliente. Lauterbon apud Kotler e Keller (2006)

desenvolveu a abordagem dos “4C’s”, em que cada dimensão

do “C” guardaria correspondência aos “P’s” da abordagem do

marketing mix: ao “P” produto, estaria correlacionado o “C”

cliente (solução para o); o “P” preço refletiria o “C” custo (para o

cliente); ao “P” praça, corresponderia o “C” conveniência; e o

“P” promoção evocaria o “C” comunicação.

Neste caso, o que a autora da passagem de texto acima leu foi a obra de

Kotler e Keller, portanto, é a mesma que deve ser referenciada:

KOTLER, Philip; KELLER, Kevin L. Administração de Marketing. 12ª ed. São Paulo: Prentice Hall, 2006.

Para a NBR 6023 (ABNT, 2002), existem dois sistemas básicos de

ordenamento das referências: alfabético (ordem alfabética de entrada) e numérico

(ordem de citação no texto). Para o TC da Unip, uniformiza-se a referenciação por

ordem alfabética.

Apesar de a NBR 6023 (ABNT, 2002) deixar à discrição do pesquisador o

apresentar as referências em rodapé, final de capítulo ou antecedendo resumos,

resenhas e recensões, para o TC da Unip padroniza-se a apresentação de lista de

referências, no elemento pós-textual relacionado.

As referências usadas nos exemplos de citação seriam apresentadas da

seguinte forma, no elemento pós-textual:

REFERÊNCIAS

AMA. American Marketing Association. Dictionary of Marketing Terms. Disponível em <http://www.marketingpower.com/mg-dictionaryM.php> Acesso em: 21 jul 2006.

FAVARETO, Arilson (org). Planejando Empreendimentos Solidários. São Paulo: CUT/ADS, 2004.

FURTADO, Celso. Análise do Modelo Brasileiro. 8ª ed. São Paulo: Civilização Brasileira, 1986.

KOTLER, Philip; KELLER, Kevin L. Administração de Marketing. 12ª ed. São Paulo: Prentice Hall, 2006.

LISBOA, Armando M. Mercado Solidário. In: CATTANI, Antônio D. (org.) A outra economia. Porto Alegre: Veraz Editores, 2003.

NANTES, José F. D.; LEONELLI, Fabiana C. V. A estruturação da cadeia produtiva de vegetais minimamente processados. Curitiba: Revista FAE, v. 3, n. 3, p. 61-69, set/dez 2001.

ROBINSON, Joan. Concorrência imperfeita reexaminada. Economic Journal, Set/1953.

Como visto, as referências devem ser digitadas em espaçamento simples

entre as linhas, em espaço duplo para separar as referências entre si (equivale a

espaçamento “depois” de 18 pt) e alinhadas somente à margem esquerda (NBR

6023, item 5.3).

O link abaixo direciona o aluno à norma referida, que deve ser consultada

durante a elaboração do TC para aprendeender os demais elementos necessários à

correta referenciação de materiais.

Norma NBR 6023 - Informação e documentação – Referências – Elaboração

http://www.unb.br/ciord/informacoes/defesa/abnt_nbr6023_2002_referencia.pdf

Com esses tópicos, o aluno deve ter percebido que a elaboração do TC não é

uma “missão impossível”, mas uma viagem pelo mundo do conhecimento.

Toda viagem tem data para começar e para terminar, dentre outros

procedimentos que visam a garantir que se faça uma boa jornada. O próximo tópico

trata das diretrizes de elaboração e entrega do TC para a Unip.

5. ESTRUTURA DO TCC E SUA ENTREGA

Este capítulo tem como objetivo apresentar os principais pontos de atenção

do aluno na finalização de seu esforço do TC: a apresentação gráfica do documento,

o processo de entregas e as fases de avaliação do mesmo. Finalmente, são

traçadas recomendações para garantir a qualidade da apresentação escrita do

trabalho.

5.1 Apresentação gráfica do TC

Com a finalidade de padronizar os TC da Unip, elaborou-se um arquivo texto,

denominado “Máscara para o TC”, que já contém os elementos em sua ordem e

também com as devidas marcações em termos de numeração de páginas e

espaçamentos.

A título de reafirmar os elementos, deve-se consultar a NBR 14724 (ABNT,

2005) a partir do link abaixo:

Norma NBR 14724 - Informação e documentação – Trabalhos Acadêmicos – Apresentação

http://www.uece.br/cmacf/arquivos/NBR%2014724%202006%20-%20Trabalhos%20Academicos.pdf

5.2 Entregas e avaliações do TC

De acordo com as diretrizes para elaboração do TC, quanto à entrega do

documento e avaliação, a mesma será realizada em duas oportunidades.

• Durante o ano de orientação, em que o orientador acompanha o

desenvolvimento do trabalho. Pelo menos, são realizadas duas

apreciações do geral da obra, uma em cada semestre.

Nessas apreciações, o orientador lerá o trabalho e apontará soluções de

melhoria. Essas versões serão apreciadas de forma qualitativa, isto é, não será

atribuída notas às mesmas.

• Em função das observações de melhoria, o aluno deverá elaborar a

“Versão de Defesa”, encaminhada encadernada em espiral em 3 vias,

dado que será apreciada e corrigida pelos membros da banca.

A apreciação será quantitativa, atribuindo-se um conceito de 0 a 1 para os

seguintes atributos do trabalho:

CRITÉRIOS DE ANÁLISE ITENS AVALIADOS:

Apresentação geral do trabalho

Elementos pré e pós-textuais corretos? Formatação correta? Tabelas/gráficos etc. corretamente apresentados?

Adequação do resumo Possui os elementos: Apresentação? Objetivos? Metodologia? Resultados? Conclusões?

Formatação da introdução Apresenta os elementos necessários a introduzir o leitor: Apresentação? Problema de pesquisa? Objetivos? Metodologia? Apresentação dos capítulos?

Qualidade da fundamentação teórica

Quantidade e qualidade das obras? Trabalho analisado a partir de obras científicas, de autores renomados?

Consistência e organização do trabalho

Texto lógico? Os assuntos são encadeados corretamente? Saem do mais amplo para o mais específico?

Formato das citações Corretas? Na proporção adequada a um TCC? Existem plágios?

Qualidade da discussão dos resultados

TCC Bibliográfico: autores usados são discutidos? TCC Pesquisa Aplicada: os resultados são convenientemente discutidos, produz-se conhecimento, ou apenas apresentam-se gráficos e tabelas?

Referenciação correta das obras utilizadas

Todas as citações foram devida e corretamente referenciadas? Todas as referências apresentadas ao final do texto foram efetivamente usadas?

Adequação da linguagem Português correto? Usa-se terceira pessoa no texto? Palavras em outras línguas que não o português estão grafadas em itálico? Texto com linguagem adequada a trabalho científico?

Fechamento adequado das conclusões

Faz-se um panorama do tema? Responde-se ao problema de pesquisa? Reflete-se sobre a hipótese? Os contornos Prática x Teoria são trabalhados no texto? Reflete-se se os objetivos foram atingidos? Limitações e Lacunas do trabalho são apresentadas? O Pesquisador faz sugestões para novos trabalhos?

• O aluno fará defesa do TC em seção pública e solene. Terá 20 minutos

para realizar a apresentação.

Na seqüência os membros da banca, formada pelo professor orientador e por

dois outros professores, preferencialmente 1 com título de Mestre ou Doutor, farão

suas considerações de melhoria sobre o trabalho.

• A partir das soluções de melhoria apontadas na banca, o aluno deverá

preparar a “Versão Definitiva” do trabalho.

Essa versão comporá o acervo da Unip, e deverá ser encadernada em capa

dura azul Royal / Turquesa. Na lombada, deverão constar o título do trabalho, a

sigla TC e o ano de aprovação do mesmo. Deverão ser entregues 3 vias, em, no

máximo, 20 dias após a defesa.

Além da versão impressa, o aluno deve entregar CD com a versão digital do

trabalho, em um único arquivo, salvo no formato “.pdf”.

Todas as vias do TCC devem ser acompanhadas de um Termo de Autoria,

em que o aluno afirma ter respeitado a lei de Direitos Autorais.

5.3 Cuidados com o texto e recomendações finais

Na escrita do TC, o aluno deve atentar para as seguintes recomendações,

que visam à melhoria da sua qualidade:

a) O TC é um trabalho atemporal. Evitar expressões que denotem espaços

de tempo (“atualmente”, “este ano”, “nesta década” etc.). Caso haja estudo

de caso, o tempo deve ser deixado claro como mês e ano somente no

capítulo em que se apresenta a organização estudada e os resultados do

campo.

b) O TC é um trabalho científico, em que se usa linguagem formal. Deste

modo, não usar verbos em primeira pessoa, mas sempre no impessoal

(por exemplo, ao invés de usar a expressão “realizamos”, deve se utilizar

“foi realizado”, isto é, usar os verbos em terceira pessoa).

c) Expressões como “pegar leve”, “cheio de gás” etc., normais para revistas e

para livros de auto-ajuda, não se coadunam com a seriedade de um TC.

Cuidado com o excesso de adjetivos e com a linguagem de consultoria e

de periódicos semanais. Essas fontes podem ser consultadas, mas os

textos têm que ser totalmente adaptados ao uso formal.

d) Atentar para a língua materna – concordância, acentuação, pontuação.

Um texto, para facilitar a leitura, não pode conter frases muito longas e

truncadas.

e) Palavras em outras línguas que não a materna devem ser grafadas em

itálico, e somente utilizadas se não houver equivalente na língua

portuguesa ou na ciência administrativa.

f) Cuidado com a linguagem. Não faz parte do estilo do trabalho científico o

fazer perguntas e respondê-las.

Espera-se que essas recomendações auxiliem na elaboração de um bom

Trabalho de Curso e que o esforço seja o mais agradável possível. Afinal, o TC é

uma oportunidade de construir conhecimento.

Referências

ANDRADE, Maria M. Como preparar trabalhos para cursos de pós-graduação – noções práticas. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 2002.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 6023: informação e documentação / referências / elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

______. NBR 6024: numeração progressiva das seções de um documento. Rio de Janeiro, 1989.

______. NBR 6027: sumário. Rio de Janeiro, 1989.

______. NBR 6028: resumos. Rio de Janeiro, 1990.

______. NBR 10520: informação e documentação / citações em documentos / apresentação. Rio de Janeiro, 2002.

______. NBR 14724: informação e documentação / trabalhos acadêmicos / apresentação. Rio de Janeiro, 2005.

BETANHO, Cristiane. Produção e comercialização em assentamentos de reforma agrária do MST: pesquisa participativa e pesquisa-ação em Pernambuco e no Rio Grande do Sul. 318 f. Tese (Doutorado) – Departamento de Engenharia de Produção, Universidade Federal de São Carlos, 2008.

GIL, Antonio C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 2006.

MARCONI, Marina A.; LAKATOS, Eva M. Técnicas de pesquisa. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 1999.

MATTAR, Fauze Najib. Pesquisa de Marketing. vol. 1 e 2. São Paulo: Atlas, 1999.

OLIVEIRA, Sílvio L. Tratado de Metodologia Científica. São Paulo: Pioneira Thompson Learning, 2001.

PROJETO MEMÓRIA. Fundação Banco do Brasil. Paulo Freire: educar para transformar. Disponível em <http://www.projetomemoria.art.br> acesso em 12 nov. 2008.

YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman, 2001.