UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL ... - gerec.ct.utfpr… · O Concurso é realizado anualmente...

22
1 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CURSO DE BACHARELADO EM ZOOTECNIA MÔNICA ADRIANA PRZYVARA ACOMPANHAMENTO TÉCNICO NA SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO RURAL DA PREFEITURA MUNICIPAL DE FRANCISCO BELTRÃO-PR RELATÓRIO DE ESTÁGIO DOIS VIZINHOS 2013

Transcript of UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL ... - gerec.ct.utfpr… · O Concurso é realizado anualmente...

1

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

CURSO DE BACHARELADO EM ZOOTECNIA

MÔNICA ADRIANA PRZYVARA

ACOMPANHAMENTO TÉCNICO NA SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO

RURAL DA PREFEITURA MUNICIPAL DE FRANCISCO BELTRÃO-PR

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

DOIS VIZINHOS

2013

2

MÔNICA ADRIANA PRZYVARA

ACOMPANHAMENTO TÉCNICO NA SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO

RURAL DA PREFEITURA MUNICIPAL DE FRANCISCO BELTRÃO-PR

Relatório de estágio apresentado

ao curso de bacharelado em Zootecnia da

Universidade Tecnológica Federal do

Paraná – Campus Dois Vizinhos, como

requisito para a conclusão da disciplina

de estágio obrigatório.

Orientador: Prof. Sidemar Presotto Nunes

DOIS VIZINHOS

2013

3

SUMÁRIO

1.APRESENTAÇÃO................................................................................................................04

2. INTRODUÇÃO....................................................................................................................05

3. DESCRIÇÃO DA EMPRESA.............................................................................................06

3.1 SITUAÇÃO DO MUNICÍPIO DE FRANCISCO BELTRÃO..........................................06

4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS....................................................................................07

4.1 CONCURSO DE PERDAS DA SOJA..............................................................................07

4.2 DIAGNÓSTICO DE PROPRIEDADE..............................................................................08

4.3 ASSISTÊNCIA TÉCNICA A PROPRIEDADE DE CRIAÇÃO DE BEZERRAS...........09

4.4 ATIVIDADES DENTRO DA VIA TECNOLOGICA DO LEITE....................................10

4.5 PROGRAMA DE COMBATE A BRUCELOSE E TUBERCULOSE..............................11

4.6 PROGRAMA DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL...........................................................11

4.7 ATENDIMENTO AOS PRODUTORES NA SECRETARIA...........................................12

5. DIFICULDADES ENCONTRADAS...................................................................................12

6. ÁREAS DE IDENTIFICAÇÃO COM O CURSO...............................................................12

CONCLUSÃO..........................................................................................................................14

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................15

ANEXOS..................................................................................................................................16

4

1 APRESENTAÇÃO

Nome do estagiário: Mônica Adriana Przyvara

R.A: 10.46110

Instituição de Ensino: Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Curso: Bacharelado em Zootecnia

Período: 9° semestre

Título do relatório: Acompanhamento técnico da Secretaria de Desenvolvimento Rural

Local de realização do estágio: Prefeitura Municipal de Francisco Beltrão – Secretaria de

Desenvolvimento Rural, área de agricultura, assistência técnica.

Período do estágio: 06/05/2013 a 13/08/2013

5

2 INTRODUÇÃO

A relação entre extensão rural e o poder público se altera em virtude dos interesses

presentes em cada momento histórico, mesmo se tratando de múltiplos objetivos, assim se

explicada uma política agrícola para intervir no meio rural, visando atingir objetivos que tem

variado historicamente, mas sempre voltados para aspectos econômicos, aumento da produção

e produtividade agropecuárias e para o bem-estar social das famílias, associada à melhoria das

condições de saúde, alimentação, educação e organização da população rural (RODRIGUES,

1997).

A Região Sudoeste do Paraná está entre as maiores bacias leiteiras nacionais, sendo a

bovinocultura de leite uma das atividades agropecuárias socioeconômicas mais importantes e

que se encontra em franca expansão. A estrutura fundiária da região é baseada em pequenos

estabelecimentos agrícolas de até 20 ha, compostos por mão-de-obra familiar.

Apesar de a exploração leiteira ser uma atividade complexa, essas características

amenizam as dificuldades financeiras dos agricultores familiares, ou até mesmo, viabilizam a

sua permanência no meio rural (EMATER, 2007).

Dentro deste contexto está o trabalho do técnico, zootecnista, médico veterinário,

agrônomo, extencionista no planejamento e acompanhamento em relação a produção,

sanidade e administração da propriedade.

A sala de aula do extencionista é o campo, a lavoura, a casa do agricultor ou qualquer

ambiente adequado para a mensagem do momento. O conteúdo tem a ver com o objetivo

central de transferir tecnologia agropecuária, gerencial e social (saúde, habitação,

alimentação).

O extencionista, ao participar da administração pública, deverá ter consciência de seu

papel, de sua responsabilidade perante aqueles que são os seus clientes, para os quais trabalha

que são os beneficiários dos programas públicos que executa (OLIVEIRA, 1988, p.195).

O Estágio Curricular Obrigatório em Zootecnia foi realizado na Secretaria de

Desenvolvimento Rural da Prefeitura Municipal de Francisco Beltrão, região sudoeste do

Paraná. A principal fonte de renda do município é proveniente da pecuária leiteira. Tendo um

número aproximado de 2661 propriedades rurais, com uma produção atual de 405.400

milhões de litros\ano, com 12.000 vacas em lactação (SEAB/DERAL, 2012). O plantel

leiteiro desenvolveu-se, sobretudo na partir da década de 1990, com a chegada da primeira

agroindústria do leite instalada no Bairro Pinheirinho. A sua instalação visava à compra do

excedente de leite da “agricultura de subsistência”.

6

O Estágio foi realizado sob a supervisão do médico veterinário Sidney Pasqualetto

Júnior e a orientação do professor Sidemar Presotto Nunes, no período de 06 de Maio a 13 de

Agosto de 2013.

O estágio teve como objetivo, por em prática as atividades vivenciadas durante o

período acadêmico, onde acompanhar as atividades desenvolvidas dentro da Secretaria de

Desenvolvimento Rural, acompanhando os trabalhos dos veterinários no Projeto Leite + vida

no campo, na remodelagem do Programa de Inseminação Artificial do município, na

realização da Via Tecnológica do Leite e do Programa de Controle de Tuberculose e

Brucelose, foram de fundamente importância para a formação profissional, que ao confrontar

o teórico com o prático se tem muito a aprender desde a parte técnica, como de ética,

profissionalismo, realidade dos produtores.

3 DESCRIÇÃO DA EMPRESA

A Secretaria de Desenvolvimento Rural da Prefeitura de Francisco Beltrão, Paraná.

Onde o setor foi reformulado com a fusão de dois setores: Secretaria de Agricultura e

Secretaria de Interior. A secretaria de Interior é responsável por cuidar da logística da zona

rural realizando a manutenção das estradas dando condições para o escoamento da safra; a

Secretaria de Agricultura é responsável pelo fomento das atividades agrícolas através de

programas práticos que visem mostrar ao agricultor quais são os caminhos para a

rentabilidade e sustentabilidade. Esta junção busca cuidar do homem do campo e sua família,

melhorando as condições de vida, contribuindo para sua permanência no campo e no

município.

Entre as atividades desenvolvidas pela secretaria em relação aos programas de

fomento à atividade agrícola, estão: o “Projeto Leite” de apoio à bacia leiteira de Francisco

Beltrão; o apoio às agroindústrias (implantação do SUASA - Sistema Único de Atenção à

Sanidade Agropecuária); a associação dos Feirantes (estrutura física); o programa de combate

a Brucelose e tuberculose no município, aumentar a adesão dos produtores ao PNAE

(programa nacional de alimentação escolar) e ao PAA (programa de aquisição de alimentos)

onde atualmente 30% da merenda escolar do município são provenientes da agricultura

familiar; projeto de piscicultura; concurso de perdas da soja; projeto de ervas medicinais que

deverá representar uma maior participação da mulher dentro da propriedade; Estudo de caso

sobre um centro de criação de novilhas; Realização da Via Tecnológica do Leite e atividades

dentro da Expobel.

7

Durante o período de estágio as principais atividades desenvolvidas se concentraram

na elaboração final do Projeto de apoio à bacia leiteira do município, foi realizada a 5° Via

Tecnológica do Leite, iniciado acompanhamento das propriedades inscritas no projeto,

acompanhamento de cursos do SENAR, nas agroindústrias e atendimento dos produtores nas

dependências da secretaria.

Situação agropecuária do município de Francisco Beltrão

Francisco Beltrão aparece no cenário estadual como uma das principais regiões

leiteiras com uma produção atual de 405.400 milhões de litros\ano, com 12.000 vacas em

lactação (SEAB/DERAL, 2012). Atualmente o município tem um plantel leiteiro de 12.000

cabeças em lactação, de um total de 52.827 cabeças (entre leiteiro e de corte), distribuídas em

2661 propriedades, sendo destas, 2224 com prioridade para a produção de leite. Além da

comercialização com empresas, o município conta com agroindústrias familiares que

produzem e processam o leite, acompanhadas pelo serviço de inspeção municipal.

A primeira iniciativa de melhoramento genética foi implantada no início da década de

90, quando a prefeitura municipal adquiriu um botijão de nitrogênio com sêmen para atender

a demanda de todo o município. Atualmente o município realiza os trabalhos do Programa de

Inseminação Artificial, com 142 inseminadores todos com curso preparatório, onde recebem

da prefeitura sêmen, nitrogênio e material para inseminação (luva, bainha).

Pela LEI N° 3823/2011 DE 11/05/2011 foi instituído o programa de combate à

brucelose e tuberculose, com o subsídio de 50% no valor dos exames para bovinos de leite.

4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

4.1 Concurso de Perdas da Soja:

Para incentivar os operadores de colheitadeiras a evitarem, ao máximo o desperdício

da soja no momento da colheita, o que deixa de ser colhido pelas máquinas e o que se perde

no transporte até os armazéns e silos. O Concurso é realizado anualmente desde 2011, sendo

coordenado pela SEAB e o Instituto Emater, com apoio de outras entidades. A área de

abrangência da ação são os 27 municípios da Região Sudoeste.

Com objetivo de avaliar a perdas de grãos no momento da colheita realizadas pelos

produtores. Que visa incentivar os operadores a maior eficiência técnica na hora da colheita.

8

Este evento tem relação direta com os índices de produtividade, onde reduzir as perdas na

lavoura significa aumentar a produção.

A metodologia utilizada é a desenvolvida pela EMBRAPA-Soja de Londrina, com 4

repetições em cada ponto amostrado, determinando a área para se fazer a coleta dos grãos. Os

grãos são coletados num copo, denominado copo medidor volumétrico que determina a perda

em sacos/hectare (anexo 01).

Durante o estágio fui membro da comissão examinadora, pesando cada amostra com

balança de precisão e anotação dos resultados, para classificação geral dos operadores e

produtores para posterior premiação.

A perda média aceitável no Brasil é de “1,0 sc/ha”; esta estabelecida pela EMBRAPA-

Soja, a partir de vários trabalhos desenvolvidos a nível de pesquisa e de agricultores. A

plataforma de corte é responsável pelo maior percentual de perdas, ao redor de 80%, na

colheita se soja. Outras causas das perdas estão relacionadas com a velocidade excessiva de

deslocamento da máquina e da rotação, que corrigindo estas falhas, as perdas são reduzidas a

mais de 50%. Isto indica que os esforços para reduzir perdas, deverão ser concentrados na

orientação dos operadores para realizar a colheita dentro de uma velocidade adequada para

diminuir as perdas (MAURINA, 2012).

4.2 DIAGNÓTICOS REALIZADOS NAS UNIDADES DE PRODUÇÃO FAMILIAR

O diagnóstico de uma propriedade é fundamental no acompanhamento técnico, onde

se identifica as potencialidades e dificuldades dentro da propriedade. Logo o diagnóstico

zootécnico é a base para as condições da propriedade e o que melhorar. A interpretação dos

dados zootécnicos e econômicos é imprescindível nas tomadas de decisão.

Foi elaborado e está sendo aplicado um diagnóstico de propriedade (anexo 02) que

envolve principalmente os dados de produção da propriedade, que servirá de ponto inicial

para o acompanhamento dos produtores e de dados atualizados sobre a realidade da zona rural

do município.

Este diagnóstico foi aplicado inicialmente aos produtores que participaram das

atividades da Via Tecnológica do Leite e outros que já haviam procurado a secretaria para

acompanhamento técnico, tendo um número aproximado de 20 diagnósticos, sendo que esta

atividade continuará sendo aplicado conforme as visitas as comunidades do interior.

O acompanhamento das propriedades iniciou-se com visitas de identificação da

propriedade e interesse do produtor; posteriormente feito um diagnóstico e acompanhamento

9

técnico procurando verificar dos dados relevantes e as iniciativas do produtor com objetivo

de:

Garantir a segurança alimentar da família;

Aumentar a renda total da família e por unidade de trabalho;

Garantir o emprego da mão-de-obra familiar;

Investir na melhoria e ampliação das condições de trabalho e produção.

Estes dados nos serviram de apoio na decidida de quais atividades serem de imediato

trabalhadas.

4.3 ASSISTÊNCIA TÉCNICA A PROPRIEDADE DE CRIAÇÃO DE BEZERRAS

A atividade mais importante dentro da exploração leiteira, tendo em vista uma

reposição de fêmeas no plantel com maiores características a produção de leite, é a criação de

bezerros.

Busca-se melhorar a eficiência de produtiva, levando em conta os custos de produção

e otimização de todos os fatores que os envolvem. Um deles é a criação de bezerras, fase em

que os animais não possuem uma produção e retorno de capital rápido, sendo de grande

importância estudar formas de diminuir seus custos de produção com manejo, viabilizando a

criação e diluindo os custos fixos da propriedade.

Esse período de cria é considerado curto e não necessita de grande investimento, pois

os animais sobrevivem de leite e com uma dieta de pequenas quantidades de volumoso e de

concentrado. O que torna esse investimento essencial para a criação é o animal apresentar um

desenvolvimento rápido, garantindo um ganho expressivo nas fases seguintes da criação,

formando-se em um animal precoce e produtivo.

Durante a visita na propriedade o produtor nos repassou que já fazia vacinas

obrigatórias, mochar os animais, controle básico dos animais onde faz pesagens mensais e

anotação da altura dos animais, sempre comparando com a tabela de padrões de raças (anexo

03).

Onde a avaliação do perímetro torácico pode ser utilizada para predizer com acurácia o

peso corporal. O acesso à taxa de crescimento pode ser feita durante todo o período de recria

(do nascimento ao primeiro parto) para melhor acompanhar os animais (AZEVEDO et.al.;

2008). Para medir a altura de cernelha, mede-se entre as paletas. A régua deve ser colocada

10

próxima aos membros anteriores da novilha (logo a frente de onde se coloca a fita métrica

para medir perímetro torácico), (AZEVEDO et.al.; 2008).

O ato de mochar as bezerras é necessário para evitando traumatismos no corpo dos

animais causados por brigas; necessita de menos espaço de curral e cochos para alimentação;

idade ideal para descorna dos bezerros é em torno de 30 dias após o nascimento, pois nesta

idade apresentará somente o “botão” do chifre, o qual ainda se encontra fixado somente na

pele não tendo ainda se fixado ao osso da cabeça e sendo a cicatrização mais rápida, evitando

o estresse do animal.

4.4 ATIVIDADES RELACIONADAS A 5° VIA TECNOLÓGICA DO LEITE

É um evento que acontece a cada dois anos e nasceu com a necessidade de promover o

crescimento do setor leiteiro no sudoeste do Paraná, assim, com intuito de aproximar os

produtores de Francisco Beltrão ao evento a secretaria buscou produtores para expor seus

animais em um julgamento didático.

Foi feito um levantamento diretamente com os produtores interessados de expor seus

animais. Houve resistência no início pelo fato de nunca terem participado de um evento deste

gênero, mas durante as demais visitas a curiosidade em participar tomou conta da resistência e

toda a família se interessou em preparar os animais. O objetivo da participação dos produtores

municipais é mostrar o resultado de vários anos de incentivo ao melhoramento genético do

plantel leiteiro do município, ou seja; mostrar seu potencial.

O julgamento foi apenas didático onde os produtores que estavam presentes aprenderem a

visualizar os potenciais de um animal, através das explicações de cada item julgado. A

preparação e a correta apresentação dos animais no concurso são essenciais para que estes

evidenciem as suas reais qualidades e possam alcançar os melhores resultados. Antes de

qualquer coisa, devemo-nos assegurar que o meio de transporte cumpre todas as normas

sanitárias e legais. Devendo os animais ser permanentemente vigiados para evitar que se

sujem.

Na preparação dos animais a aparência deve ser correspondente à sua idade e deve evitar-

se a seleção de animais pequenos e numa condição corporal excessiva. Assim, dar-se-á

prioridade a animais harmoniosos e bem balanceados. Tendo em mente que a melhorar

condição corporal só ocorrerá com o tempo e qualquer alteração desejável deve ser

providenciada bem antes do dia da exposição.

11

A orientação passada aos produtores foi de que o treinamento deve ser feito com sessões

frequentes. Iniciando com uma corda para amarrar a cabeça do bezerro para frente, num nível

em que conduza a cabeça para ser demonstrado no caminhar durante o julgamento. Ao treinar

o bezerro a caminhar, utilizar a mesma velocidade com a qual você caminharia na exposição.

Ensine a bezerra a sair, parar e movimentar sua pata. Certifique-se que os animais estão

acostumados com antecedência à exposição. Lavar o animal sempre antes da tosa. A tosa é

uma arte que deve ser aprendida com a observação e prática. A tosa deve ser feita para

minimizar os defeitos do animal e enfatizar seus pontos fortes.

Usualmente nos julgamentos os animais são apresentados deslocando-se no sentido

dos ponteiros do relógio. O juiz observará os animais parados e em movimento, para avaliar a

sua mobilidade e morfologia.

O produtor ao expor seus animais, mostra seu “produto”, valorizando sua propriedade,

abrindo caminhos para o mercado, agregando valor aos seus animais.

4.5 PROJETO DE COMBATE A BRUCELOSE E TUBERCULOSE

Considera-se a Tuberculose uma zoonose, sendo assim, também um problema de

saúde pública. Quando acometem bovinos e bubalinos, caracterizam-se pelo desenvolvimento

progressivo de lesões de formas nodulares, denominados tubérculos, que se localizam em

qualquer órgão ou tecido corpóreo (BRASIL, 2006).

A brucelose é uma doença infecciosa causada por diferentes gêneros da bactéria

Brucella, que causa aborto no terço final da gestação, podendo ser transmitida dos animais

aos homens. A infecção ocorre quando eles entram em contato direto com animais doentes ou

ingerem leite não pasteurizado, produtos lácteos contaminados (queijo e manteiga) carne mal

passada e seus subprodutos.

Este programa tem o objetivo de futuramente tornar Francisco Beltrão território livre

de Brucelose e Tuberculose, fato que influenciará diretamente na renda dos produtores e na

saúde da população, onde médicos veterinários credenciados farão os exames de brucelose e

tuberculose em todos os animais das propriedades rurais, tendo o produtor subsídio de 50%

do valor dos exames, sendo esta uma forma mais eficiente de ter um panorama da situação no

município em relação a estas zoonoses.

A tomada de decisão para iniciar este trabalho foi o baixo número de exames feitos

anualmente no município, como por exemplo, no ano de 2012 foram feitos somente 4 mil

exames.

12

Assim sendo elaborada uma cartilha informativa sobre tuberculose e brucelose, para

distribuição aos produtores, além de seminários dentro do município tratando de assuntos

importantes ligados a toda a sistemática da propriedade, como zoonoses, período de pré e pós-

parto e qualidade da água dentro da propriedade.

4.6 PROGRAMA DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL

Acompanhamento das recargas de nitrogênio e entrega de sêmen, luvas e bainhas aos

inseminadores mensalmente, onde neste mesmo dia os inseminadores comunitários entregam

um relatório de controle das inseminações realizadas no mês, sendo estes dados tabulados

para avaliação do processo que se dá anualmente. Também é feito o recadastramento dos

inseminadores tanto particulares como comunitários para controlar e melhorar cada vez mais

o programa. Para isso será formada uma comissão de estudos que pensará em mudanças

estratégicas, principalmente em relação a controle de relatórios para que estes recursos sejam

bem aplicados dentro deste programa.

A secretaria tem uma média de 15.000 doses de sêmen distribuídas durante o ano para

uma média de 150 inseminadores distribuídos no município que atendem cerca de 70% da

zona rural, sendo este um investimento de aproximadamente R$ 250.000,00.

4.7 ATENDIMENTO AOS PRODUTORES NA SECRETARIA MUNICIPAL DE

DESENVOLVIMENTO RURAL

A secretaria é de fácil acesso, pois está no primeiro piso do prédio da prefeitura

municipal, foi realizada orientação técnica aos produtores, cadastramento de piscicultor no

Ministério da Pesca e Aquicultura, para posterior elaboração de projeto na área, orientações

sobre PRONAF, cadastro de novos inseminadores e outras atividades.

5 DIFICULDADES ENCONTRADAS

No período de estágio houve pouca atividade a campo diretamente com mais

produtores que era o grande intuito do trabalho, visto que o período era de programação e

realização da via Tecnológica do Leite.

Mas os pontos positivos foram relevantes, onde em relação a eventos agropecuários

foi muito produtivo, aprendendo e atuando em todos os trabalhos que envolveram o evento,

13

desde a preparação dos animais, coordenando trabalhos, na organização técnica como um

todo. E falando em assistência técnica no setor público, o aprendizado foi satisfatório,

podendo aprender como funciona políticas públicas, a área administrativa e mais burocrática

até mesmo na elaboração do Plano Plurianual da secretaria entre outras atividades.

6 ÁREA DE IDENTIFICAÇÃO COM O CURSO

Os assuntos abordados em sala de aula durante o período acadêmico foram de

fundamental importância na convivência com os produtores, profissionais da área, modo de

trabalhar no setor público durante o estágio. Principalmente em ações em relação a aplicar

métodos de participação dos produtores, enxergar as necessidades do desenvolvimento das

comunidades rurais, sentindo na pele o que é extensão rural nos dias de hoje.

As matérias relacionadas á nutrição, manejo, noções de ezoognósia, higiene e profilaxia

animal, comportamento e bem estar animal foram fundamentais ao conduzir os trabalhos

durante o evento, pois os produtores presentes nunca haviam participado de exposições.

Melhoramento Genético, Reprodução Animal foram importantes para os trabalhos

desenvolvidos em relação ao programa de inseminação artificial.

14

CONCLUSÕES

O estágio curricular obrigatório é extremamente necessário para a formação do

profissional, além de ampliar seus conhecimentos torna possível a prática de conteúdos

teóricos dos anos de graduação. Essa fase de transição da graduação para o campo de trabalho

é essencial para expor o futuro profissional aos extremos e potenciais da profissão e o estágio

faz com que essa passagem ocorra de forma mais segura e proveitosa.

O conhecimento adquirido neste período, vai desde o relacionamento entre

profissionais, aspectos administrativos do setor até o convívio dia-a-dia com produtores,

pondo em prática o aprendizado acadêmico, onde a simplicidade e atenção dos funcionários

fizeram com que o trabalho realizado no estágio, dessem bons frutos profissionalmente.

15

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AZEVEDO; Rafael Alves de.; FERNANDES, Rejane Castro.; PIRES Jr. Otaviano de Souza.;

DUARTE, Eduardo Robson. Manejo e instalações para cria de bezerros leiteiros.

Zootecnia Brasil - O portal da Zootecnia, 2008.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Programa Nacional de

Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT). Brasília, p.

184, 2006.

EMATER. A atividade leiteira na agricultura familiar do sudoeste do Paraná resultados

econômicos. Pato Branco, 2007.

MAURINA, Antoninho C. Perdas na Colheita Mecanizada da SOJA- Safra 2011/2012.

EMATER-SEAB, EMBRAPA-Soja, Londrina. Curitiba, Julho de 2012.

OLIVEIRA, M. M. A utopia extensionista: ensaios e notas. Brasília: Embrater, 1988. 314p.

RODRIGUES, Cyro Mascarenhas. Conceito de seletividade de políticas públicas e sua

aplicação no contexto da política de extensão rural no Brasil. Cadernos de Ciência &

Tecnologia, Brasília, v. 14, n. 1, p. 113-154, 1997.

WATTIAUX; Michel A. Criação de Novilhas-Desmama ao primeiro parto 35) Avaliação

da taxa de crescimento. Instituto Babcock para Pesquisa e Desenvolvimento da Pecuária

Leiteira Internacional University of Wisconsin-Madison. Pag 137-140.

16

ANEXOS

17

ANEXO 01

Ilustração do copo Medidor de Perdas na colheita da Soja-EMBRAPA

18

PREFEITURA DE FRANCISCO BELTRÃO

SECRETARIA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL

DIAGNOSTICO DA PROPRIEDADE

Data: ___/___/____

Produtor(a):__________________________Conjuge:_________

____________ Comunidade:________________________

Telefone:____________________

GPS: Latitude:_________Longitude:_________Proprietário ( )

Arrendatário ( )

Mão de obra: familiar ( ) Contratada ( )

Nº de filhos que trabalham na propriedade

:____________________________

Área total de terra:______ há. Área utilizada em leite:______

há.

Área de Pastagem _____há. Área de Silagem:_____há.

Arrendamento:_____há.

Sistema de utilização: Pastoreio ( ) Semi - confinado ( )

Confinado ( )

Alimentação: Silagem ( ) Ração ( ) Pastagem ( ) Irrigação ( )

Raça: Jersey( ) Holandesa( ) Pardo Suíço( ) Gir( ) Mista( )

Tipo do Terreno: Plano ( ) Declivoso ( ) Semi – Declivoso ( )

Numero de Animais na Propriedade:_____ Vacas em

lactação:_____ Secas:_____ Novilhas:_____ Bezerras:_____

Machos:_____ Reprodutor:_____

Inseminação: PIA ( ) Particular ( ) Possui botijão de sêmen ( )

Produção de leite mensal (atualizado):___________Litros/mês.

Destino da Produção: Agroindústria ( ) Laticínio ( )

Qual:__________________

Assistência técnica: Particular ( ) Prefeitura ( ) Emater ( )

Outros ( )

19

ANEXO 03

Crescimento de fêmeas leiteiras para parição aos 24 meses

IDADE RAÇAS GRANDES RAÇAS MÉDIAS RAÇAS PEQUENAS

(meses) Peso (kg) Peso (kg) Peso (kg)

nascimento 40 35 30

1 55 48 42

2 73 65 57

3 91 81 72

4 115 101 87

5 136 119 102

6 160 138 117

7 183 157 132

8 205 176 147

9 226 194 162

10 247 212 177

11 268 230 192

12 289 249 209

13 312 269 226

14 334 288 243

15 (cobrição) 356 (340 - 360) 310 (300 - 320) 266 (260 - 280)

16 380 330 280

17 404 351 298

18 428 372 316

19 452 394 337

20 476 417 358

21 500 439 379

22 527 465 403

23 555 491 427

24(parição) 580 510 450

GRANDE - holandês e pardo suíço

MÉDIA - girolando e jersolando

PEQUENA - jersey

20

ANEXO 04

Foto 01: Manejo dos animais durante os dias do evento

Fonte: Przyvara. M. A. 2013

Foto 02: Banho diário dos animais durante a Via

Fonte: Przyvara, M.A. 2013

21

ANEXO 05

Foto 03: Treinamento dos animais para desfile no momento do julgamento.

Fonte: Przyvara, M.A. 2013

Foto 04: Classificação (escolha) dos animais para participação no evento

Fonte: Przyvara,M.A. 2013

22

ANEXO 06

Foto 05: Concurso de Perdas da Soja

Fonte: Jornal de Beltrão, 2013