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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DE SAÚDE CAROLlNE LETICIA ZAWADZKI CICLISMO INDOOR: DA TEORIA A PRÁTICA Curitiba 2007

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DE SAÚDE

CAROLlNE LETICIA ZAWADZKI

CICLISMO INDOOR: DA TEORIA A PRÁTICA

Curitiba2007

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CICLISMO INDOOR: DA TEORIA A PRÁTICA

Curitiba2007

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Caroline Leticia Zawadzki

CICLISMO INDOOR: DA TEORIA A PRÁTICA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado aocurso de Educação Ffsica da Faculdade deCiências Biológicas e de Saúde da UniversidadeTuiuti do Paraná, como requisito parcial paraobtenção do grau de licenciado.Orientador: Eduardo Mendonça Scheeren

Curitiba2007

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TERMO DE APROVAÇÃO

Caroline Letícía Zawadzkí

CICLISMO INOOOR: DA TEORIA A PRÁTICA

Este trabalho de conclusão de curso foi julgado e aprovado para a obtenção do titulo delicenciado em Educação Fisica com aprofundamento em Esporte Escolar da Faculdade deCiências Biológicas e da Saúde da Universidade Tuiuti do Paraná.

Curitiba, 21 de junho de 2007

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DEDICATÓRIA

A Deus por me permitir seguir este novo caminho em minha vida, dando meforça e coragem em todos os momentos desta empreitada. A minha mãe maravilhosaque sempre se mostrou incansável, paciente e amorosa. Ao meu amor Lu por memostrar que tudo é possível e aos meus amigos Larissa Zamboni (Iali) e Rodrigo Baena(Digão) pela suas presenças em minha vida.

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AGRADECIMENTOS

Aos meus pais por todo tempo de sua vida dedicados a mim, aos meus irmãosque cada um a sua maneira contribuíram de forma positiva para que eu chegasse ateaqui.

A minha amiga irmã Larissa Zamboni por ter sido fiel e companheira em todosos momentos.

Ao amor de minha vida Luciano Contini que entre tantos momentos difíceis pelosquais passamos mostrou-me que tudo aquilo com o qual sonhamos é possível de serrealizado e por todas as mudanças positivas que ele causou em mim e para minha vida.

Agradeço também aos novos amigos que foram surgindo ao decorrer da minhavida acadêmica , ao meu professor coordenador Elick Marques , ao meu professorMarcelo Furukawa por me mostrarem paixão dia após dia em suas aulas de Spinningdentro da academia,em especial aos meus alunos por despertarem em mim a vontadede ser cada dia melhor e proporcionar aulas e momentos inesquecíveis para suasvidas.

Ao Professor Orientador Eduardo Scheeren e ao professor Doutor Amo Krug porcontribuírem na elaboração deste trabalho, e a você que está presente em meu coraçãoe que tomou possível a realização deste me mostrando ética e generosidade.

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SUMÁRIO

1INTRODUÇÃO............... 121.1Justificativa.. 121.2Problema.... 141.3ObjetivoGeral.. 141.3.2ObjetivosEspecíficos.. 142 REVISÃODELlTERATURA..............................................................................152.1Ciclismoindoor.. 152.2 Estruturadasaulas.. 162.3Tiposdeaula.... 162.4Ajustesdabicicleta.. 182.5 Posicionamento na bicicleta.. 192.6Técnicasdepedalar... 202.7Retasentado.. 202.8Retaempé( Corrida).. 212.9Subidasentado.. 212.10Subidaem 222.11Saltosno 232.12Saltosnasubida.. 242.13Sprintsnopiano.. 242.14Sprintsnasubida.. 252.15Musicalidade.. 252.16Beal.. 252.170ffbeal.. 262.18Periodização... 262.19Fisiologiadoexercício... 272.20Adenosinatrifosfato(ATP).. 282.21SistemaATP- PC(fosfogênio). 292.22Glicóliseanaróbia.. 322.23Limiaranaeróbio. 342.24Metabolismoaeróbio.. 352.25Diretrizesda freqüênciacardíaca.. 382.26Débitocardíaco.. 402.27 Freqüência cardíaca de repouso.. 412.28Freqüênciacardíacamáxima... 423METODOLOGIA.................................................................................................433.1Tipodepesquisa.. 433.2População.. 433.3Amostra.. 433.4 Instrumento.. 433.5Coletadedados.. 443.6Analisedosdados.. 443.7 Controle de variáveis.. 443.8Limitações......... 444 APRESENTAÇÃOEDISCUSSÃODOSRESULTADOS..................................454.1Dadosdafreqüênciacardíaca.. 464.2GomparaçãoEntreo pla~ejadoe o ocorrido.. 535CONCLUSAOESUGESTOES..........................................................................586 REFÊRENCIAS.... 59

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Apêndice 1 - QUESTIONÁRIO .....................•..................................................... 60Apêndice 2 - MATRIZ ANALíTICA 61Apêndice 3 - MODELO DA FICHA REGISTRO DE DADOS.............................. 62Apêndice 4 - GRÁFICOS EM BPMS DOS ALUNOS........................................... 63

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Aula planejada de fartlek .Gráfico 2 - Aula planejada de montanha.Gráfico 3 - Aula planejada de high enduranceGráfico 4 - Aula de fartlek teoria .Gráfico 5 - Aula de fartlek prática.Gráfico 6 - Aula de montanha teoria .Gráfico 7 - Aula de montanha prática.Gráfico 8 - Aula de high endurance teoria.Gráfico 9 - Aula de high endurance prática .

474849535455555656

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Perfil dos alunos avaliados (idade,peso,estatura,percentual 45gordura e tempo de prática) em números absolutos e percentuais....Quadro 2 - Dados da freqüência cardíaca em valores absolutos previstos.. 46Quadro 3 - Monitoramento da freqüência cardiaca inicial e em intervalos de 5010' (montanha)Quadro 4 - Monitoramento da freqüência cardíaca inicial e em intervalos de 5110' (fartlek)...Quadro 5 - Monitoramento da freqüência cardíaca inicial e em intervalos de 5210' (High endurance)..

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RESUMO

CICLISMO INDOOR DA TEORIA A PRÁTICA

Aulor: Caroline Letícia ZawadzkiOrientador Eduardo Mendonça Schereen

Curso de Educação FísicaUniversidade Tuiuti do Paraná

o propósito deste estudo foi de analisar se na prática ocorre o trabalho deoscilação da freqüência cardíaca dentro das zonas alvo estabelecidas pelos planos deaula da teoria, em praticantes de ciclismo indoor, comparar o planejado e o ocorridodurante os 60 minutos de aula dos tipos high endurance, montanha e farttek. A amostrafoi composta por 4 praticantes de ciclismo indoar, os quais traçamos seus perfisatraves de um questionário elaborado com questões abertas e fechadas, todos do sexomasculino, alunos de uma academia de Curitiba e este estudo caracterizou-se comosendo pesquisa descritiva e também comparativa. Para tanto planejados os três tiposde aula estabelecendo as zonas alvo que deveriam ser atingidas pela freqüênciacardíaca, a qual seria aferida através do frequêncímetro em intervalos de 10 minutosna mesma aula para todos participantes da amostra, os resultados seriam apontadosnuma ficha de registro de dados. Sendo que os percentuais e bpms encontrados pormeio da aferição corresponderam perfeitamente ao que havia sido planejado paramesma sessão de treino.

Palavras-chaves: ciclismo indoor, freqüência cardíaca, zonas alvo.

[email protected]

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1 INTRODUÇÃO

CICLISMO INDOOR DA TEORIA A PRÁTICA

1.1 Justificativa

Há quase 20 anos atrás, um ciclista sul africano, Johnny Goldberg, em fase de

treinamento para partiopar de uma corrida que percorre os Estados Unidos de Costa a

Costa, morando na Califórnia, resolveu criar um equipamento que o permitisse treinar

na garagem de sua casa, por horas a fio, sem que tivesse que pegar a estrada, pois

sua esposa havia ficado grávida e ele não podia ausentar-se.

Desmontou sua bike speed e foi aos pouoos fixando partes desta bike em uma

base de metal tentando manter a mesma geométrica do quadro e os mesmos ajustes

da posição de seu corpo durante os treinos de estrada. Com o passar do tempo,

Johnny G passou a convidar seus amigos para treinarem com ele e um dia a garagem

estava lotada. Vendo o potencial daquele exercício, uma academia americana convidou

o cidista para ensinar o método e daí então para o Spinning conquistar o mundo foi

fatidioo.

Como esta bike não é conectada a eletricidade, não tem computadores

acoplados, não deve ser confundida com uma bike " ergométrica", diferença esta

importantíssima.

A partir deste protótipo, Johnny G, também Black belt em artes marciais,

idealizou um treino periodizado com uso de monitor de freqüência cardiaca e forte

componente zen. Chamou este treinamento de Programa" SPINNING" . Alguns anos

depois, este seu Spinning, elaborado cuidadosamente a partir de sua experiência em

oompetiçães de cídismo tornou-se uma proposta para academia, originando também

uma modalidade: o ciclismo indoor, ou ciclismo de academia ou bike class, ou ainda

aulas de bike.

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E em 1995 Jonathan Goldberg, entretanto conhecido como Johnny G lançou

oficialmente, na indústria do fitness o sue Programa JGSPINNING. O modelo básico de

sua bicideta estática foi industrializado por um fabricante americano e chamado de bike

Johnny G Spinner. O Spinning estourou na América em 1997 e depois foi-se

espalhando pelo resto do mundo.

Desde então, mais de 80 países trabalham com O Programa, que já certificou

centenas de profissionais em todo o mundo. Diariamente milhares de pessoas fazem o

treino JGSPINNING, sendo esta proposta reconhecida como uma das maiores

revoluções do fitness.

O Spinning é uma aula de cidismo feita em grupo, praticada com uma bicideta

desenhada especialmente para a modalidade. Que permite facilmente ajustar a

resistência da bicicleta ao seu próprio nível de treino. Proporciona um alto gasto

calórico emagrece com eficiência), fortalecendo a musculatura dos membros inferiorese proporciona melhora do VOz máx (treino cardiorespiratório) o qual pode prepará-lo

também para outras aUvidades.

É um método de treino intervalado, onde o objetivo principal é o aumento da

capacidade cardrovascular, através do controle da freqüência cardíaca (FC).

Contrariamente ao treino com uma bicideta normal, no Spinning as pernas nunca

param de girar desde o início até o final da aula. Na brcideta de Spinning não há " roda

livre" A força da pedalada é transmitida a uma roda com movimento constante.

As aulas têm normalmente duração de 40-60 minutos, onde são simuladas

manobras próprias do cidismo. Os exercícios simulam vários tipos de percursos, com

subidas, descidas, pedalar em plano ou em paisagens diversas (depende da

criatividade do professor). Na bicicleta existe um graduador de carga, onde cada

pessoa controla a força com que pedala de acordo com a sua resistência.

Sempre ao som de músicas selecionadas e apropriadas, o professor conduz a

aula, procurando a melhoria da performance do aluno. A descontração e o espírito de

camaradagem, convívio e motivação mútua são fundamentais. Não existem duas aulas

iguais. A combinação de ritmos e posições na bicicleta são infinitas. A escolha das

músicas é fundamental e depende muito do gosto e métodos do professor.

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Por meio deste trabalho poderá ser observada a correlação entre o que está

previsto para ocorrer na teoria do ciclismo indoor e sua aplicação prática no

condicionamento físico de praticantes de academia. tendo em vista que toda proposta

da situação de um ddista de alto desempenho está adaptado para uma bicideta

Spinner.

Uma sessão de treino tem como objetivo e propósito respeitar os batimentos

cardíacos de cada um trabalhando dentro de zonas de energia, ou seja, zonas alvo

onde a freqüênda cardíaca deva se encontrar, podendo ser praticada tanto por

iniciantes bem como indivíduos treinados sobre os quais observaremos a aplicação

prática.

1.2 PROBLEMA

Qual é a relação dos batimentos cardíacos reais com o preconizado pela teoria

em três diferentes tipos de aula high endurance. montanha. fartlek do Ciclismo Indoor?

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo Geral

Invesügar se os tipos de planos de aula tem relação com a freqüência cardíaca

atingida durante as sessões de treino no Cidismo Indoor

1.3.2 Objetivos Especificos

• Traçar o perfil dos alunos;

• Analisar os planos de aula do tipo high endurance, montanha, fartlek.

• Monitorar a freqüência cardiaca durante a sessão de treino em intervalos de

10' e comparar;

Comparar o planejado e o ocorrido em função dos tipos de aula.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 CICLISMO INDOOR

o programa JG Spinning esta a frenle de uma revoludonaria mudança no

seguimento saúde e fitness. É visto e ensinado nos Estados Unidos e também no

mundo todo. Este programa tem ajudado milhares de pessoas a experimentar a

realidade da conexão corpo e mente - fórmula única para realmente conseguirmos

entrar em forma, sob diversos aspectos. Este incrível Programa de Treinamento utiliza

motivação, psicologia esportiva e as mais completas e confiáveis técnicas de cidismo

disponíveis (Johnny G .•1999).

O programa JG Spinning é pra todos. de qualquer idade. em qualquer nível de

aptidão. Não importa se seus alunos são inidantes ou avançados, todos partem do

mesmo ponto, buscando completar uma sessão de treinamento de 40 minutos com

sucesso. Esta é urna das razões que tomou o Spinning tão popular. Em muitas

academias, há lista de espera para aulas e a requisição de profissionais que conheçam

realmente o Programa JG Spinning é visivelmente crescente (Johnny G .• 1999).

Em conjunto como uma equipe de profissionais das áreas de medicina,

fisiologia do exercício, psicologia esportiva foi criado um programa seguro, completo e

inédito. O grupo de profissionais do Johnny G Spinning Team. eslão continuamente

trabalhando em pesquisas e na expansão do Programa, para que os praticantes

tenham sempre apoio e feedback (Johnny G.•1999)

Ser um professor com certificação completa no Programa Johnny G Spinning

requer muito treino, dedicação e compromisso. Nada é mais importante, para esta

habilitação, do que sua experiência em passar muitas e muitas horas no banco de uma

bike. Aprender com as próprias sessões de treinamento e também ministrando suas

aul~s. sera um componenle importantíssimo para esla certificação (Johnny G.• 1999).

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2.2 Estrutura das Aulas

As aulas podem Ter a duração de 30, 45 ou 60 minutos. Todas devem seguir a

seguinte estrutura: aquecimento, método de treino, volta à calma e alongamento.

Mesmo as aulas mais complexas de lndoar Cyde devem conter os componentes

acima. O Aquecimento tem uma duração de 7 a 15 minutos e tem como objetivos o

aumento da temperatura muscular e sangüínea; aumento das faixas de batimento

cardíaco e respiratório; aumento na amplitude de movimento; aumento da produção e

liberação hormonal e preparação mental (Marques, Bonatto, 2006).

Os métodos de treino apresentam como objetivo o aumento do

condicionamento Através de exercícios específicos; aumento da força e resistência da

metade inferior do corpo; desafio muscular postural e aumento da força e tenacidade;

aumento do equilíbrio e da estabilidade; desafio da coordenação e habilidades motoras

(Marques, Bonatto, 2006).

À volta à calma e alongamentos têm duração de 6 a 10 minutos, com objetivos

como dissipação do ácido lático; restabelecimento gradual da drculação normal e

reduzir a possibilidade de dores e rigidez muscular. Durante o alongamento são

envolvidos os seguintes grupos musculares: peitorais, costas, trapézio e musculos

cervicais, tríceps braquial, gluteos, isquiostibias, quadríceps e triceps sural (Marques,

Bonatto, 2006).

2.3 Tipos de Aula

Utilizando os métodos de treinamento desportivo, podemos dividir as aulas de

Indoor Gyele em vários tipos, entre treinamentos continuas e intervalados (Marques,

Bonatto, 2006).

Utilizando terrenos variados, sendo terreno plano na maior parte do tempo, a

aula de lowenduranee (conlinuo leve), consiste em realizar um trabalho continuo e de

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intensidade leve a moderada. A concentração e a motivação do professor são fatores

essenciais para atingir o objetivo desta aula, assim sendo como nas demais (Marques,

Bonatto, 2006).

Segundo Marques e Bonatto (2006), na aula de high endurance, são utilizados

terrenos variados e consiste em realizar um trabalho continuo e de intensidade

moderada, atingindo o limiar anaeróbioo. Nas aulas de montanha, utilizando subidas, a

sessão consiste em realizar um trabalho continuo e de intensidade moderada a alta. O

treinamento deve simular a subida de uma montanha, sempre estimulando e motivando

os alunos a atingirem seus objetivos. Durante as aulas de intervalado extensivo, utiliza-

se terrenos variados e a aula consiste em realizar um trabalho intervalado de

intensidade moderada a alta. A proporção do tempo de estímulo para o tempo de

recuperação deve ser de 3/1 a 111, como por exemplo, 4 minutos de estimulo para 2

minutos de recuperação. Os estímulos devem ter como objetivo atingir e, ou

permanecer no ponto de 105 % do limiar e as recuperações devem ser realizadas a

75% do limiar. A aula de intervalado intensivo são utilizados terrenos variados e

consiste em realizar um trabalho intervalado de intensidade alta. A proporção do tempo

de estimulo para o tempo de recuperação deve ser de 1/1 a 3/1, ou seja, um minuto de

estímulo para um minuto um minuto de recuperação. Os estímulos devem ter como

objetivo levar a freqüênda cardíaca de 110% a 115% do limiar e as recuperações

devem ser realizadas a 80% do limiar. Utilizando qualquer tipo de terreno, a aula de

fartlek consiste em realizar um trabalho continuo ou intervalado de intensidade

moderada a alta. O planejamento de aula do professor ira determinar os tempos de

estímulo e recuperação, assim como os níveis de freqüência cardíaca a serem

atingidas durante a cada etapa da aula. Simulando uma competição e utilizando

terrenos variados, a aula de competição/contra o relógio, deve levar os participantes da

aula a trabalhar entre 100% e 115% do limiar. Esta aula somente podera ser ministrada

em microciclos de choque, conforme periodização pré-estabelecida.

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2.4 Ajustes da Bicicleta

Antes de iniciar a aula é essencial ajustar a bicicleta para que ela se adapte a

cada indivíduo. Os ajustes corretos do selim e do guidão asseguram a máxima

transferência de força, ao mesmo tempo em que leva-se em consideração a correta

postura, alinhamento e conforto ao pedalar, evitando assim desconforto na região dos

pés, joelhos, pélvis e coxas (Johnny G., 1999).

O ajuste vertical, ou seja, a altura do selim (banco), o aluno deve colocar-se

lateralmente à bicideta, ajustando o banco na altura da crista ilíaca. Já sentado na

biddeta, o calcanhar deve ser posicionado no centro do pedal, estando o mesmo no

,Donto mais,próximo do chão. A,perna deve estar estendida. E muito ilT)Dortante verificar

se o quadril permanece parado, se não 'ha osCilação para o 'lado. Ao encaixar o

tanquinho no encaixe, ou posicionar o pé dentro do firma pé, a perna vai adquirir uma

ligeira Hexão (entre 5 e 10 graus), e o meio do pedal deve ficar alinhado com o

metatarso (Marques, Sonatto, 2006).

Outro ajuste fundamental é feito entre o selim e a altura do guidão (ajuste

horizontal I longitudinal). Com os pedais numa posição horizontal, os dois na mesma

altura do chão, deve-se controlar o ajuste longitudinal da perna que ficou a frente. Com

o pé posicionado corretamente no pedal, deverá ser possível traçar uma linha reta

entre a frente do joelho e o meio do pedal. Os braços devem estar numa distância

confortavel do guidão, como os cotovelos levemente dobrados.

O parâmetro mais importante para ajustar a altura do guidão, é o de que o

participante da aula deve se sentir confortável. Para iniciantes o recomendado é

colocar o guidão um pouco acima da altura do banco. Participantes mais experientes

podem colocar o guidão na altura ou um pouco abaixo da altura do banco. E importante

ressaltar que a altura do guidão estando perto da altura do banco, podera proporcionar

ao participante uma melhor eficiência na respiração.

Antes de começar a pedalar, certifique-se que o pé esteja seguramente

posicionado dentro do firma pé, e os alunos que estejam usando sapatilha com clipe

devem ser lembrados a tensão da mola do grampo e seu alinhamento antes da aula.

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2.5 Posicionamento na Bicicleta

Uma pegada leve, mas firme, deve ser mantida durante o tempo todo. Osalunos devem ser orientados a evitarem apoiar o peso nas mãos (principalmentedurante a posição vertical) e serem lembrados da importância de manterem-se

corretamente alinhados mãos, pulsos e antebraços. Segurar o guidão com muita forçapode causar aumento da pressão artelial e desconforto ao longo do antebraço

(Marques, Bonatto,2(06).

No que se refere à posição das mãos, utilizam-se três posições básicas. Estasposições foram desenvolvidas especialmente para serem usadas no guidão da bicidetae são partes integrantes e fundamentais das técnicas sentado e em pé. Manter acorreta posição das mãos no guidão ajudará a eliminar a fadiga dos ombros, cotovelose punho e a manter a correta postura do corpo e a direcionar a energia para osmembros inferiores.

A posição Um é a mais comum das posições de mão, usada na posiçãosentada. Deve-se manter um pequeno triângulo entre o punho e os cotovelos.Mantenha sempre os cotovelos e ombros relaxados e os polegares e dedos se tocam.

A posição Dois é utilizada para as posições sentada na subida, no plano,jumpings (saltos), running (plano em pé) e na preparação do splint. Esta posição

permite uma postura vertical sem restrições para a respiração e ajuda a mantermos aestabilidadefora do banco.

Deve-se utilizar a posição Três, somente para posição em pé na subida. Asmãos ficam no final do guidão, com as palmas para dentro e a junta dos dedos para

fora. Os dedos devem estar seguros no guidão com os polegares por cima.Os Ombros devem estar baixos, relaxados e o peito levemente levantado, na

posição de reta, mantendo os cotovelos levemente dobrados durante todo o tempo,evitando travá-Ias.

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2.6 Técnicas de pedalar

Uma técnica de pedalar correta é um dos fatores que leva a um ciclismo eficaz

e os alunos devem ser orientados a adotar um estilo de pedalar circular desde o início.

Isto significa que enquanto uma perna está empurrando para baixo a outra deve estar

simultaneamente puxando para cima, criando assim um movimento macio nos 360

graus. O movimento da bicideta tradicional é pedalar empurrando os pedais para

baixo. A bicicleta de Indoor Cyele de engrenagem fixa, cria um movimento contínuo e

sem impacto dos pedais. Com as fivelas ou pedais de dipes, a energia é empregada

em toda parte do pedal que movimenta, usando uma completa cadeia de movimento

como também todos os músculos disponíveis para criar o "círculo completo", enquantoestiver pedalando. Esta técnica geralmente gera mais força, utiliza a energia mais

eficientemente e permite um treino com mais velocidade. Esta té01ica se aplica para

quase todos os exercícios e em todos níveis de resistência. A fase do movimento de

puxar é sentida quando o calcanhar está levantando (Marques, Bonatto, 2006).

O desenvolvimento de um estilo de pedalar circular envolve uma concentração

em ambas as fases de empurrar e puxar ao mesmo tempo. um conceito que pode ser

novidade para alguns alunos (Marques, Bonatto, 2006).

Na fase de empurrar. podemos destacar os músculos envolvidos: quadríceps.

extensores do calcanhar. tibiais anterior, e na fase de puxar os flexores dos quadris,

pantunilha e tendão da perna são os músculos mais acionados durante esta fase.

2.7 Rela Senlado

Pedalar sentado na reta e a técnica mais básica usada. Esta técnica é a

fundamental na qual as outras se desenvolvem. Manter posição sentada por longos

períodos é uma aula que leva ao desenvolvimento de força física e mental e de

determinação. A posição é eficaz para todos tipos de aula, de um trabalho com muita

velocidade até o de recuperação (Johnny G., 1999).

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Recomenda-se que os alunos mantenham uma cadência de 80 a 110 rpm,mantendo uma leve inclinação da parte superior das costas com os ombros baixos erelaxados, evitando oscilar sobre o selim - isto indicaria que não existe carga suficientecom relação à cadência, devendo assim aumentar a resistência levemente até que seconsiga um pedalar suave.

2.8 Reta em Pé (Corrida)

Usando o momento e indinações naturais de cada movimento do pedal, oaluno fica em pé e pedala com leves e ritmados movimentos. A resistência da rodadeve ser pouca ou moderada, mantendo um completo controle sobre os pedais

(Johnny G., 1999).

Enquanto estiver na corrida, o peso do corpo deve estar balanceado na metadeda parte debaixo do corpo, com as mãos encostadas levemente no guidão. O alunodeve ficar centrado em cima dos pedais e as nádegas devem somente encostar naquina do banco. O corpo se movimenta suavemente de um lado para outro com cadamovimento para baixo do pedal, mantendo-se o nível do quadril e olhando [ara frente.

Esta técnica promove o desenvolvimento da estabilidade do tronco. Posição das mãosusadas é a posição dois fechada para maior segurança, o quadril e o peso sobre ocenlro dos pedais e recomenda-se manter uma cadência de 80 a 110 rpm (Johnny G.,

1999).

2.9 Subida Sentado

A posição sentada na subida é a primeira introdução do aluno à subida, ummovimento que é simulado, aumentando a resistência da bicideta. Quando o alunoestiver subindo na posição sentado, as nádegas devem ir automaticamente para aparte traseira do banco. Estimula-se o aluno para ficar relaxado e pedalar commovimenlos oompletos, mantendo a ftuência. Esta posição é muito útil para o

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desenvolvimento de um equilíbrio na aplicação de energia, ao trabalho das duas

pernas. Quando a resistência estiver muito forte e os alunos estiverem com dificuldade,

deve-se orientar que corrijam a postura, baixar os cotovelos e relaxar s ombros. A parte

superior do corpo deve estar sempre sem tensão e relaxada (Johnny G., 1999).

Recomenda-se que o aluno mantenha uma cadência de 60 a 80 rpm, para

modificar a intensidade, a carga podera variar durante o curso do exercicio, enquanto

se mantém a mesma cadência e a força deve vir das pernas usando uma técnica de

pedalar "circular'.

2.10 Subida em Pé

A posição de pedalar em pé na subida é uma técnica avançada e motivante.

Alunos mais treinados são capazes de pedalar na posição em pé por vários minutos,

mas os menos experientes e em menos condicionamento físico irão necessitar

intervalos mais freqüentes entre as subidas. A resistência deve ser desafiante o

suficiente, que o ritmo das pedaladas não excedam uma cadência de 60 a 70 rpm. Esta

técnica deve ser aplicada gradualmente, para que se evite a carga prematura no

tendão de Aquiles, joelhos, quadril e nas costas. A posição correta do quadril é vital

neste exercício. A linha do quadril não deve se indinar para a esquerda e nem para a

direita mantendo-o estacionado sobre o selim com o mínimo de movimentação.

Durante a fase de subida, o aluno deve levantar-se com as mãos na posição dois e

levando-as para frente para a posição três.

Trabalhar simulando a subida de montanhas enquanto estiver em pé aumenta

a força no movimento do pedal, fortalecendo e definindo os músculos das pernas. Esta

técnica de pedalar é uma ótima maneira de desenvolver os músculos, ligamentos e

tendões dos membros inferiores (Johnny G., 1999).

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2.11 Saltos no Pia no

Esta técnica consiste em levantar do banco em intervalos. É uma combina#cão

entre asti!criicas sentadas e em pi!, utilizando a posição dois para as mãos, maritendo

maior estabilidade e segurança, além de oferecer uma melhor respiração devido à

maior expansão toracica. O quadril e o peso do corpo devem ficar sobre o centro dos

pedais. Utilizando uma cadência de 80 a 110 rpm, com um ritmo constante mantendo a

mesma velocidade da perna enquanto o aluno senta e levanta no banco, dando ênfase

a movimentos controlados e tranqüilos. Outra maneira de realizar este movimento é

saindo do banco com bastante energia, mantendo o giro nesta posição por um período.

Importante salientar que os alunos iniciantes devem estar bem familiarizados com as

posições sentado e em pé antes de começarem com os saltos.

O maior desafio dos saltos é executar o movimento mantendo uma transição

suave da posição sentada para a em pé, enquanto o peso do corpo está aplicado sobre

o pedal. E importante não desequilibrar o peso corporal para frente, sobre os braços ou

sobre o guidão. O movimento deve ser igual e rHmado, não importando o intervalo

entre um salto e outro (Johnny G., 1999).

Salto é um movimento avançado, os alunos devem ser submetidos somente

quando forem capazes de executar o movimento de forma correta. Se estiverem

executando o movimento erroneamente, aos mesmos devem voltar ao banco, até que

possam retornar a saltar corretamenle (Johnny G., 1999).

Os alunos devem desenvolver a habilidade de descobrir seu próprio ritmo,

devem ser também encorajados a executar este movimento cada um no seu próprio

lempo.

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2.12 Saltos na Subida

Técnica que é utilizada com os mesmos procedimentos técnicos dos "saltos no

plano", porém com uma diferença fundamental: a cadência utilizada. Recomenda-se

ulilizar uma cadência entre 60 a 80 rpm (Marques, Bonatto, 2006).

Quando os saltos estiverem sendo introduzidos para os alunos iniciantes,

devem ser aplicados intervalos de recuperação entre as séries de saltos, assim como

os intervalos para hidratação. As mãos devem permanecer na posição um para os

iniciantes de forma a evitar o costume de alunos em puxarem-se pelo guidão durante a

fase da subida (Marques, Bonatto, 2006).

2.13 Sprints no Plano

Sprint é uma técnica avançada, na qual o participante pedala em alta

velocidade, por um pequeno período de tempo.Partindo da posição sentado no plano, afastam-se as mãos para a posição dois

e aumenta-se progressivamente a resistência até a cadência baixar para perto de 60 a

80 rpm. Saindo do banco e mudando as mãos para a posição três, acelera-se até

atingir uma cadência de no máximo de 110 rpm. O sprint deverá durar até 15

segundos. Deve-se sempre recuperar no plano sentado e o tempo desta recuperação

vai depender da aula em que o sprint está sendo utilizado (Bonatto, Marques, 2006).

Com a parte superior do corpo relaxada, de acordo com o aumento rapido da

velocidade da pedalada, o partidpante deve deixar seu quadril balançar para um lado e

para outro. O movimento das pernas deve ser controlado enquanto estão no sprint.Esta técnica é um grande desafio ao participante que deve manter sempre o peso do

corpo centrado na bicideta e controle da roda (Johnny G., 1999).

Os alunos podem sentir que o sprint é um exercício um pouco desajeitado de

inicio, pois as pernas se movem num ritmo muito acelerado. Mas com treino e tempo,

eles irão adquirir mais controle e confiança. Quando os alunos controlarem o

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movimento do quadril e desenvolverem o ritmo das pernas, os tiros serão mais velozes

e melhor coordenados.

2.14 Sprints na Subida

Partindo da posição sentado na subida, aumenta-se progressivamente a

resistência até a cadência baixar. Saindo do banco e mudando as mãos para a posição

três, acelera-se até atingir uma cadência de até no máximo 110 rpm. O sprint deverá

durar até 15 segundos. Deve-se sempre recuperar no plano sentado e o tempo desta

recuperação vai depender da aula em que o sprint está sendo utilizado (Marques,

Bonatto, 2006).

2.15 Musicalidade

A escolha das músicas certas é um ponto fundamental para o desenvolvimento

de uma boa aula. Música certa nem sempre é a que o condutor da aula (professor)

gosta, mas sim as que os alunos gostam. Deve-se adequar o ritmo da rnusica ao ritmo

da aula e o volume do som deve ser adequado à intensidade e ao dima da sessão

(Marques, Bonatto, 2006).

Os objetivos e duração das aulas são os fatores que indicaram a quantidade de

músicas utilizadas. Estar atento ao gosto musical dos participantes e aos momentos

em que certas músicas serão usadas são estratégias e procedimentos a serem

estudados para que não ocorram possiveis erros.

2.16 Beat

o "beat" refere-se às unidades individuais que fazem o tempo musical que

contamos. Vários beats fazem uma barra e dependendo da veloddade do cycling, 1

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beal = 1 rotação do pedalou 2 beals = 1 rotação. Cada vez que um beal é contado

uma das pernas empurra para baixo o pedal enquanto que a outra puxa para cima

(Marques, Bonatto, 2006).

2.17 Off beat

o offbeat é o beat entre as contagens. Para encontrar o offbeat você deve

contar até três e os "offbeats" irão cair entre as contagens. Quando se pedala no

offbeal (tempo), uma rotação é feita no beal e rapidamente seguida pela perna oposta

por uma rotação no offbeal. Efetivamente este é um movimento simples, pois quando

se pedala em tempo com a musica cada um desses tempos da musica equivale a 1

rotação completa. O beat irá sempre aparecer na mesma perna, enquanto que o

offbeal irá sempre aparecer na perna oposta (Marques, Bonatto, 2006).

2,18 Periodização

Baseados nos princípios do treinamento desportivo e do exercício, a

periodização das aulas de Indoor Cycle, em uma academia é de fundamental

importância para que os participantes atinjam resultados esperados, evitando lesões e

desconfortos. Além disso, é efidente ferramenta para que o professor tenha controle

sobre os participantes e suas evoluções no treinamento (Marques, Bonatto, 2006).

A periodização pode ser dividida em:

MICROCICLOS - se caracterizam por serem os períodos ou sessões

semanais;

MESOCICLOS - se caracterizam por serem os períodos mensais;

MACROCtCLOS - são divididos em períodOS bimestrais, trimestrais.

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2.19 FISIOLOGIA DO EXERCíCIO

Segundo Fox, Bowers e Foss (2000), os cientistas definem energia como a

capacidade de realizar trabalho. Para nós, trabalho pode se definir como a aplicação de

uma força através de uma distância. Como resultado, energia e trabalho são

inseparáveis.

São seis as formas de energia: química, mecânica, térmica, luminosa, elétrica e

nuclear, e cada uma delas pode ser transformada de uma para outra. Especificamente

estamos interessados na transformação da energia química em energia mecânica, que

se manifesta através do movimento humano, cujo a fonte provém da transformação do

alimento em energia quimica dentro do nosso organismo ( Fox, Bowers e Foss 2000).

Os milhões de vegetais verdes que povoam a terra armazenam parte dessa

energia proveniente da luz solar ainda em outra forma - energia química. Por sua vez,

essa energia química é utilizada pelos vegetais verdes para elaborar moléculas

alimentares, tais como glicose, celulose, proteínas e lipídios, a partir do dióxido de

carbono (CO') e da água (H'O). Esse processo, pelo qual os vegetais verdes produzem

seu próprio alimento, é denominado fotossíntese. Nós seres humanos, não somos

capazes de realizar esse processo; temos de comer vegetais e produtos animais para

suprir nossas necessidades alimentares ( Fox, Bowers e Foss 2000).

O alimento, na presença de 02, é transformado em C02 e H20 com a liberação

de energia química por meio de um processo metabólico denominado respiração, que

tem como única finalidade fornecer a energia de que necessitamos para realizar certos

processos biológicos tais como trabalho químico do crestimento e trabalho mecânico

da contração muscular. Todo esse proce:sso recebe a denominação de tido energético

(Fax, Bowers e Foss 2000).

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2.20 ADENOSINA TRIFOSFATO (ATP)

Segundo Fax, Bowers e Foss (2002), os seres humanos e os animais ingerem

vegetais e produtos animais como alimento. No corpo humano, a energia alimentar éulilizada para produzir adenosina bifosfato (ATP), composto químico que, quando

desintegrado, fornece energia para a contração muscular e outros processos

biológicos.

A energia liberada durante a desintegração do alimento não é utilizada

diretamente para realizar trabalho. Pelo contrário, ela é empregada para produzir ATP,

que é armazenado em todas as células musculares. A célula só consegue realizar seu

trabalho especializado a partir da energia liberada pela desintegração do ATP (Fax,

Bowers e Foss 2000).

A estrutura do ATP consiste em um componente muito complexo, adenosina, e

três partes menos complicadas, denominadas grupos fosfato. Por finalidade, sua

importância química reside nos grupos fosfato. As ligações entre os dois grupos fosfatoterminais representam as denominadas ligações de alta energia. Quando é eliminado 1

moi dessas ligações fosfato (isto é, quando é removido do restante das moléculas) são

liberadas de 7 a 12 quilocalorias de energia, e são formados adenosina difosfato (ADP)

mais fosfato inorgânico (Pi). Essa energia é liberada durante a desintegração do ATP e

representa a fonte imediata de energia que pode ser usada pela célula muscular para

realizar seu trabalho (Fax, Bowers e Foss 2000).

Para Fax (2002), a base aromática, adenina, está ligada a um açúcar de anco

carbonos, ribose, para formar adenosina. Possui ligações anídro ricas em energia,

porém instáveis, que unem à molécula os dois últimos grupos fosfato. Essas ligações

podem ser desfeitas na presença de água (processo denominado hidrólise).

A reação pode ser invertida imediatamente para formar ATP, porém para isso é

necessária a presença de uma fonte semelhante de alta energia, que é a fosfocreatina

(PC) armazenada. A reação pode ser invertida também em uns poucos pontos

selecionados nas vias metabólicas celulares onde a "queda" na energia armazenada ésuficiente para permitir o prosseguimento da reação. Porém, essas reações são mais

complexas e que sua ocorrência é mais lenta (Fax, Bowers e Foss 2000).

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De acordo com Fox, Bowers e Foss (2002), em determinado momento existe

uma quantidade limitada de ATP em uma célula muscular e o ATP esta sendo utilizado

e regenerando constantemente. A hidrólise (desintegração, fracionamento) de ATP

libera energia para a contração muscular. A regeneração do ATP requer energia e

existem três processos comuns produtores de energia para a elaboração de ATP.

Um dos processos é o sistema ATP-PC (ou sistema do fosfagênio), no qual a

energia para a resíntese do ATP provém apenas de um único composto, a

fosfocreatina (PC); outro sistema é a glicólise anaeróbia, o sistema que gera acido

latico mas que proporciona ATP a partir da degradação parcial da glicose ou do

glicogênio na presença do oxigênio e o sistema aeróbio, que envolve o uso do oxigênioe que na verdade possui duas partes: uma das partes consiste no término da oxidaçãodos ácidos graxos e de alguns aminoácidos. Ambas as partes do sistema aeróbio

possuem o Cicio de Krebs como via funcional de oxidação. Ja que alguma proteina

pode ser oxidada também pelo Ciclo de Krebs, este é denominado corretamente a viafinal comum (Fox, Bowers e Foss 2000).

Todos os três fornecedores de energia para a resíntese do ATP operam da

mesma maneira em geral. A energia liberada pela desintegração das substâncias

alimentares e a energia liberada quando a PC é desfeita são utilizadas para refazer

novamente a molécula de ATP; em outras palavras, a energia é usada para "acionar" a

reação. A energia liberada pela desintegração dos alimentos e de PC esta ligada ou

acoplada funcionalmente às necessidades energéticas para a resfntese de ATP a partir

de AOP e PioA acoplagem funcional da energia de uma série de reações para a outra é

denominada bioquimicamente como reações acopladas e constitui o princípio

fundamental envolvido na produção metabólica de ATP (Fox, Bowers e Foss 2000).

2.21 SISTEMA ATP-PC (Fosfagênio)

De acordo com Fox, Bowers e Foss (2002), é o sistema menos complicado,

porém de forma alguma menos importante. A fosfocreatina, como o ATP, é

armazenada nas células musculares. Ja que tanto ATP quanto PC contêm grupos

fosfato, são denominados coletivamente como fosfagênio de alta energia (dai o nome

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"sistema dos fosfagênios"). PC é semelhante também ao ATP pelo fato de que,

quando seu grupo fosfato é removido, é liberada uma grande quantidade de energia.

Os produtos finais dessa desintegração são a creatina (C) e o foslato inorgânico (Pi). A

estrutura molecular de PC está ligada aos grupos fosfagênio de alta energia. A energia

torna-se imediatamente disponível e será acoplada bioquimicamente com a resíntese

do ATP. Por exemplo, com a mesma rapidez com que o ATP é desintegrado durante a

contração muscular, sera lonmado de novo continuamente a partir de ADP e Pi pela

energia gerada durante a desintegração da PC annazenada.

As reações precedentes são extremamente simplificadas. No organismo, elas

são mais complicadas e exigem presença de enzimas, que são compostos protéicos

que aceleram o ritmo das reações individuais. Em verdade, todas as reações

metabólicas que ocorrem no organismo exigem a presença de enzimas, incluindo a

desintegração do ATP. A enzima que catalisa (acelera) a desintegração da PC com a

subseqüente formação de ATP é denominada corretamente creatina c;nase. Convém

observar aqui que todas as enzimas que regulam as reações de fosforilação-

desfosforilação (isto é, transferência de fosfato de alta energia) terminam todas em -

cinase. Essa reação pode ser apresentada como PC+ADPATP+C. É igualmente

possível que AOP reaja para formar ATP, pois AOP ainda possui uma ligação fosfato

de alta energia intacta. Essa reação, designada como reação da miocinase, ocorre nas

células musculares, é catalisada pela enzima miocínase e resulta na produção de um

ATP a partir de dois ADP. Pode ser representada como ADP+ADP -----I> ATP+AMP.

Pode se observar a produção de um novo co-produto da reação, ou seja, adenosina

monofosfato (AMP). Porém isso só fundona quando ocorre a desintegração. O último

grupo fosfato que permanece no AMP está unido intimamente e, portanto, não se torna

disponível como fonte de energia. Permanece como AMP ou é desintegrado

(degradado) para suas partes basicas. Quando isso ocorre, o AMP é perdido por parte

do reservatório potencial de fosfagênio (Fox, Bowers e Foss 2000).

De acordo com Fax, Bowers e Foss (2002), único meio pelo qual PC pode ser

fonmado novamente a partir de Pi e C é pela energia liberada pela desintegração do

ATP. Isso ocorre durante a recuperação após um exercício, com a fonte primária de

ATP provindo daquela obtida pela desintegração das substânaas alimentares. Assim

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sendo, quando as reservas de PC são depletadas nas atividades de ultra-intensidade

de alta velocidade, elas só poderão ser reabastecidas efetivamente após o início da

recuperação.

Para mensurarmos a quantidade energia disponível a partir do sistema dos

fosfagênios, deve-se realçar vários pontos. Primeiro convém observar que o

armazenamento de PC no músculo é cerca de três vezes maior que aquele de ATP,

pois a função de PC armazenada consiste em propordonar energia de reserva para

resíntese de ATP. Segundo, usa-se como unidade de mensuração para especificar as

quantidades de compostos químicos a abreviatura mal (que refere-se a mil imoles) (

Fax, Bowers e Foss 2000).

De acordo com Fax, Bowers e Foss (2002), um mal é uma determinada

quantidade de um composto químico por peso, o qual depende, por sua vez, das

quantidades de cada tipo de átomo que constituem o composto. O peso de um moi ésempre enunciado em gramas (g), um mal de qualquer substância é designado

comumente com seu peso molecular em gramas. Um milimol de qualquer substânda

seria 1/1.000 de mal, pois 1.000 milimoles = 1 mal. De acordo com as devidas

conversões, exemplificando, 120 a 180 mmol de ATP na massa muscular total pode ser

enunciados como 0,12 a 0,18 moles.

Quando um mal de ATP é desintegrado, sâo liberados entre 7 a 12 kcal de

energia utilizavel. Admitiu-se assim que são produzidas uma média de 10 kcal por mal

de ATP. As reservas de fosfagênio nos musculos ativos seriam esgotadas após apenas

os primeiros três a cinco segundos de um exercício explosivo, como dar um pique de

100 metros. Em verdade, a quantidade total de energia ATP proporcionada pelo

sistema do fosfagênio é muito limitada (Fax, Bowers e Foss 2000).

Para Fax, Bowers e Foss (2002), a importância do sistema do fosfagênio para o

desempenho fisico e as atividades atléticas é exemplificada pelas poderosas e rápidas

largadas dos velocistas, dos jogadores de futebol americano, dos saltadores de altura e

dos arremessadores. Sem esse sistema, os movimentos rápidos e vigorosos não

poderiam ser realizados, pois essas atividades exigem muito mais um fornecimento

rapido do que uma grande quantidade de energia ATP. O sistema fosfagênio

representa a fonte mais rapidamente disponível do ATP que vai ser utilizada pelos

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músculos, e as razões pelas quais isto se justifica é que tanto o ATP quanto PC são

armazenados diretamente dentro do mecanismo contrátil dos músculos, não depende

de uma longa série de reações químicas e não depende do transporte do oxigênio que

respiramos para os músculos.

2.22 GLlCÓLlSE ANAERÓBIA ( SISTEMA DO ÁCIDO LÁ TICO )

Sistema anaeróbio no qual o ATP é ressintetizado dentro do músculo, ou

glicólise anaeróbica (glicólise significa literalmente o fracionamento da glicose. Assim

sendo, glicólise anaeróbica refere-se ao fracionamento parcial da glicose na ausência

de oxigênio) envolve uma desintegração incompleta de uma das substâncias

alimentares, o carboidrato (açúcar), para ácido lático. No corpo, todos os carboidratos

são transformados no açúcar simples glicose, que pode ser utilizado imediatamente

nessa forma ou armazenado no figado e nos músculos como glicogênio para utilização

subseqüente. O glicogênio acumulado consiste simplesmente de numerosas moléculas

de glicose que são mantidas juntas em cadeias ramificadas por ligações glicosídicas.

Essas ligações podem ser desfeitas, o que recebe a denominação de glicogenólise,

com a finalidade de liberar glicose do fígado para a corrente sangüínea e que vai ser

fornecida aos músculos ativos, ou pode ser desintegrada dentro das próprias células

musculares para uma utilização mais direta da glicose acumulada. Em ambos os

casos, a glicose é metabolizada apenas parcialmente pelo processo da glicólise

anaeróbica, que ocorre no dtosol (líquido intracelular) da célula muscular sem qualquer

necessidade de oxigênio. Por tanto, por finalidade, carboidrato, açúcar, glicose e

glicogênio possuem significados equivalentes com relação ao metabolismo, sendo

importante enfatizar que o ácido lático resulta da glicólise anaeróbica (Fox, Bowers e

Foss 2000).

Do ponto de vista químico, a glicólise anaeróbica é mais complicada que o

sistema do fosfagênio, pois requer 12 reações químicas separadas, porém seqüenciais,

para sua concretização. Esta série de reações foi descoberta nos anos 30 por GustavEmbden e Oito Meyerhof, dois cientistas alemães (Fax, Bowers e Foss 2000).

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Para Fax, Bowers e Foss (2002), a glicose propriamente dita ou glicose

proveniente do glicogênio é desintegrada quimicamente em ácido lático por uma série

de reações. Durante essa desintegração, a energia é liberada e, por meio de reações

acopladas é utilizada para resíntese do ATP. Novamente as reações são

extremamente simplificadas e as 12 reações individuais necessitam da presença de

uma enzima especifica para que possa ocorrer com urna velocidade suficiente. As

enzimas são proteínas especais graças às quais as reações bioquímicas prosseguem

sem que elas sejam consumidas no processo - isto é, elas são reutilizáveis.Apenas uns poucos moles de ATP pode ser ressintelizados a partir da glicose

ou do glicogênio durante a glicólise anaeróbica, em comparação com o possível

rendimento quando as condições são mais apropriadas para sua oxidação completa.

Durante a glicólise anaeróbica apenas 2 ou 3 moles de ATP podem ser ressintetizados

a partir do fracionamento de 1 moi, ou 180g de glicose ou glicogênio. Com um menor

ritmo de demanda de energia A TP e na presença de oxigênio suficiente, a

desintegração completa da mesma quantidade de glicose e glicogênio produz 38 e 39

moles de ATP, respectivamente - rendimento cerca de 16 vezes maior para o mesmo

substrato energético (Fax, Bowers e Foss 2000).

Durante o exercido, a produção de ATP útil por glicólise anaeróbica é de fato

inferior a três moles de ATP (3 ATP). A razão para isso é que, durante um exercício

exaustivo, os músculos e ° sangue conseguem tolerar o acúmulo de poucas gramas de

acido latico antes de surgir a fadiga. Quando se difunde através dos Kg de músculo,

representa uma concentração de alguns gramas por Kg. O ponto prindpal é, se todas

os gramas de glicogênio fossem desintegrados anaerobicamente durante o exercício,

seriam formados de ácido lático mesma quantidade, o que seria intolerável. Portanto,

do ponto de vista pratico, apenas alguns moles de ATP podem ser ressintetizados

totalmente a partir do glicólise anaeróbica durante o exercicio pesado antes do áddo

lático no sangue e nos músculos alcançar os níveis exaustivos (Fox, Bowers e Foss

2000).

Holloszy concorda com o fato de que parece haver um limite superior para a

quantidade de addo lático que pode acumular-se antes de o atleta Ter de parar com a

fadiga intensa. Uma explicação possível para essa limitação é que a concentração

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intracelular de ions hidrogênio aumenta (o pH cai) com o acúmulo de ácido lático no

músculo, resultando em inibição da enzima que limita o ritmo (velocidade) denominada

fosfofrutocinase (PFK) na via da glicólise anaeróbica. O significado dessa "regulação

descendente" de uma enzima que limita a velocidade é a criação de um gargalo de

garrafa nessa via, que freia todas a reações seqüenciais de ambos os lados da

"obstrução" Uma das enzimas mais· importantes a esse respeito é a PFK, porém

existem outras enzimas reguladoras-chaves da glicólise anaeróbica com nomes como

fosforilase, hexocinase, piruvato cinase e desidrogenase lática (Fax, Bowers e Foss

2000).A glicose anaeróbica, como sistema do fosfagênio, é extremamente importante

para nós durante o exercício, principalmente porque proporciona também um

fornecimento relativamente rápido de ATP. Por exemplo, os exercícios que podem ser

realizados com um ritmo máximo entre um e três minutos dependem maciçamente do

sistema do fosfagênio e da glicólise anaeróbica para formação de ATP (Fax, Bowers e

Foss 2000).

Em resumo, a glicólise anaeróbica resulta na formação de ácido lático que está

relacionado à fadiga muscular; não requer a presença de oxigênio; utiliza apenas

carboidratos (gJicose e glicogênio) como seu combustível alimentar e libera energia

suficiente para a ressíntese de apenas pouquíssimos moles de ATP.

2.23 LIMIAR ANAERÓBICO

Limiar anaeróbico é definido como o V02 exercício acima do qual a produção de

energia anaeróbica através da glicólise é acelerada para suplementar (porém sem

substituir) a produção de energia aeróbica. Esse aumento na glicólise por parte do

músculo esquelético é causado por um conteúdo de oxigênio muscular (P02 capilar

terminal) que é insuficiente ou incapaz de atender a demanda de 02 resultando em

incapacidade da membrana mitocondrial em aceitar H com um ritmo que seja

proporcional à produção de NADH através da glicólise. Por fim, o piruvato no

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citoplasma reage com NADH + H para formar ácido lático, que se acumula primeiro no

músculo e, a seguir, no sangue (Fox, Bowers e Foss 2000).

De acordo com Fox, Bowers e Foss (2002), alguns cientistas consideram a

existência de um limiar anaeróbico como sendo fisiologicamente incorreto. Eles

acreditam que urna P20 capilar crítica não constitui um problema e que um aumento na

glicólise anaeróbica não é o único fator que pode resultar no fenômeno observado do

limiar de lactato.

2.24 METABOLISMO AERÓBIO

Na presença de oxigênio, 1 moi de glicogênio é completamente desintegrado em

dióxido de carbono (CO') e H'O, liberando energia suficiente para a ressintese de 39

moles de ATP. Essa é, incontestavelmenle, a maior produção ATP. Esse rendimento,

como é fácil constatar, requer muitas reações e sistemas enzimáticos, todos eles muito

mais complexos que nos dois sistemas anaeróbios. Como os sistemas anaeróbicos, as

reações do sistema do oxigênio ocorrem dentro da célula muscular, porém, e diferente

dos primeiros, ficam confinadas em organelas subcelulares especializadas,

denominadas mitocôndrias. Esses compartimentos contêm um sistema de membrana

elaborado, compostas de uma série de pregas invaginadas e convoluções

denominadas cristas. Admiti-se que as cristas contêm a maioria, ou até todos, os

sistemas enzimáticos necessários para o metabolismo aeróbico. O músculo esquelético

está repleto de mitocôndrias que estão dispersas através do músculo e estão

conectadas por intemnédio de uma rede de membranas delicadas (Fox, Bowers e Foss

2000).

As muitas reações do sistema aeróbio podem ser divididas em três séries

principais: glicólise aeróbica; Ciclo de Krebs e sistema de transporte de elétron

(STE).

De acordo com Fox, Bowers e Foss (2002), a primeira série de reações que

parücipam na desintegração aeróbica do glicogênio para CO' e H'O é a glicólise

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aeróbica. Pode parecer surpreendente pelo fato de que a glicólise constitui uma via

anaeróbica. Em verdade, existe apenas uma diferença entre glicólise anaeróbica e

glicólise aeróbica que ocorre quando existe um fornecimento suficiente de oxigênio: o

ácido lático não se acumula. Em outras palavras, a presença de oxigênio inibe o

acúmulo de ácido lático, porém não a ressíntese de ATP. Isso é conseguido desviando

a maior parte do precursor do ácido lático, que é o ácido pirúvico, para o sistema

aeróbico após a ressíntese do ATP. Assim sendo, durante a glicólise aeróbica,1 mal de

glicogênio é transformado em 2 moles de ácido pirúvico, liberando energia suficiente

para a ressíntese de 3 moles de ATP.

A seguir, o ácido pirúvico formado durante a glicólise aeróbica penetra nas

mitocôndrias e continua sendo desintegrado por meio de uma série de reações que

recebem a denominação de Ciclo de Krebs em homenagem a seu descobridor, Sir

Hans Krebs. Esse cicio é conhecido também como ciclo do ácido lricarboxílico (ATe)

ou como ciclo do ácido cítrico, em virtude de alguns dos compostos químicos

encontrados no cido. Durante o Ciclo de Krebs, ocorrem inúmeros eventos

importantes: é produzido dióxido de carbono, ocorre oxidação (e redução) e é

produzido ATP pela conversão de um composto intimamente aparentado, guanosina

triloslato (GTP) (Fax, Bowers e Foss 2000).

Imediatamente, o CQ2 é removido do ácido pirúvico, transformando-se de um

composto com três carbonos para um composto com dois carbonos (um grupo acetil).

Esse grupo acetil combina-se com a coenzima A para formar acetil coenzima A para

fonmar acetil coenzima A O CO' também é fonmado no ciclo de Krebs. Todo o C02'

produzido difunde-se para o sangue, sendo carreado para os pulmões, onde é

eliminado do corpo (Fax, Bowers e Foss 2000).

Para Fax, Bowers e Foss (2002), é importante salientar que oxidação é a

remoção de elétrons de um composto químico, com os elétrons sendo removidos na

forma de átomos de hidrogênio dos átomos de carbono, daquele que era antigamente o

ácido pirúvico e, antes disso glicogênio. Convém lembrar que o átomo de hidrogênio

contém uma partícula carregada positivamente, denominada próton (íon de hidrogênio

livre) e uma partícula carregada negativamente, denominada elétron.

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37

A produção de CO' e a remoção de elétrons no Cido de Krebs estão assim

relacionadas: o ácido pirúvico (em forma modificada) contém carbono (C). hidrogênio

(H) e oxigênio (O); quando o H é removido, apenas o C e o O (isto é, os componentes

químicos do dióxido de carbono) permanecem. Assim sendo, no Cid o de Krebs o ácido

piruvico é oxidado, resultando na produção de CO'. No Cido de Krebs propriamente

dito, apenas 2 moles de ATP (via GTP) são formados para cada moi de glicogênio

meta balizado. Em quatro locais diferentes no Ciclo de Krebs, 0$ íons H são removidose passam por meio do sistema de transporte de elétrons, onde o resultado final é aformação de água e de unidades ATP (Fox, Bowers e Foss 2000).

Continuando a desintegração do glicõgenio, o produto final, H'O, é formado a

partir dos íons hidrogênio e dos elétrons que são removidos no Cid o de Krebs e dooxigênio que respiramos. A série específica de reações nas quais é formada H2Q

recebe a designação de sistema de transporte de elétrons (STE) ou de cadeia

respiratória. O que ocorre essendalmente é que os íons hidrogênio e os elétronspenetram no STE por meio de FADH' e NADH e são transportados para o oxigênio por

carreadores de elétrons em uma série de reações enzimáticas, cujo produto final é aágua. Os carreadores de elétrons são designados amiúde como os citocromos, quepossuem ferro, que é uma parte importante de sua estrutura. Os hidrogêniose elétronssão transferidos de um nível de energia mais alta para um nível de energia mais baixapor meio de modificações reversíveis no estado do ferro. É essa energia, que éproduzida em uma série de pequenas etapas de liberação, que acaba sendo utilizadapara a ressíntese de ADP e Pi de volta para ATP. Esse processo de ressintese do ATP

é denominado fosforilaçãooxidativ8. Como o ferro é tão essencial para esse processode transporte de elétrons que resulta na ressíntese de ATP, não é de surpreender que

as pessoas com deficiência de ferro tenham pouca energia e fiquem letárgicas. À

medida que os elétrons são carreados para as regiões mais inferiores da cadeiarespiratória, ocorre a liberação de energia e o ATP é ressintetizado em reaçõesacopladas. Portanto, durante o metabolismo aeróbico, a maior parte do total dos 39

moles de ATP para glicose e glicogênio, respectivamente, é ressintetizada no sistemade transporte de elétrons ao mesmo tempo em que ocorre a fonmação de água(Fox,

Bowers e Foss 2000).

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38

2.25 Diretrizes da Freqüência Cardíaca

Um ponto fundamental no Programa Johnny G Spinning é o monitoramento da

freqüência cardíaca. Isto dará a cada aula, a característica de um treino individualizadonuma aula conjunta (com outras pessoas) e não uma malhação em grupo, onde todos

são obrigados a fazer a mesma coisa. Este respeito aos diferentes níveis de aptidão decada aluno presente na sala, é uma característica impar, isto é, sem competição. Doprofessor, como lider na condução de urna aula, espera-se que use seu monitor

cardíaco sempre e incentive os alunos a fazerem o mesmo (Johnny G., 1999).

O batimento cardíaco é um dos instrumentos mais importantes usados para mediro esforço durante o exercício. Serve para avaliar o quanto você está pedalando, comque rapidez você está usando sua energia a até mesmo seu estado de emoção. Omonitor cardíaco centraliza todas estas informações em um único número, para

conscientizar e compreender a intensidade e qualidade de seu exercício (Johnny G.,

1999).

Com a ajuda de um monitor, os alunos íniciantes do Programa Johnny G Spinning

poderão controlar seu desempenho e trabalhar em limites seguros, evitando exageros.

Para atletas que competem e estão em ótimo nível de treinamento, o monitoramentodas batidas de coração pode ser usado para estruturar uma programação altamenteeficiente de treinamento. Para pessoas mais interessadas em boa forma do que

competir, o monitoramento das batidas de coração é uma maneira de otimizar os

beneficios obtidos com o treinamento e melhor empregar o tempo e esforço do

exercício. Isto significa que o aluno podera treinar menos colhendo os frutos dos bons

resultados mais rápidos (Johnny G., 1999).

O coração é um músculo. Ele está sempre funcionando e, além do mais, mantendoa si mesmo. No entanto, a força do seu coração é a razão mais importante para oindivíduo se manter condicionado. Quando períodos de exercidos são aplicadosregularmente, a capacidade do coração aumenta, pois está lidando com tarefas mais

intensas.

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OCOITe que, quando a pessoa treina regularmente em determinados níveis de

intensidade (mensurados pelo seu batimento cardíaco), determinadas melhoras no seu

condicionamento físico vão ocorrer. Isto inclui músculos tonificados, perda de peso,

melhora do seu sistema circulatório e aumento do volume sistólico do seu coração

(quantidade de sangue bombeada por batimento). Estes níveis correspondem a zonas

de freqüência cardíacas.

Durante o exercício, a freqüênda cardíaca aumenta linearmente com o na taxa de

trabalho ou no VQ2 - e a freqüênda cardíaca máxima torna-se ligeiramente mais baixa,

ou não sofre nenhuma alteração, nas pessoas treinadas versus destreinadas. Entre

pessoas com dezoito a trinta anos de idade, a freqüência cardíaca máxima pode

aproximar-se de, ou ultrapassar, os 200 batimentos! min e, daí em diante, em geral

diminui com a idade. Uma vez alcançado o volume de ejeção máximo, o que em geral

ocorre entre 40% e 60% da taxa de trabalho máximo, quaisquer aumentos adicionais

no débito cardíaco são causados por aumentos apenas na freqüência cardíaca (da

Silva,1998).

Durante o exercício submáximo, as mulheres costumam Ter uma freqüência

cardiaca mais alta para qualquer taxa de trabalho que seus congêneres do sexo

masculino. Isso porque as mulheres costumam Ter um débito cardíaco maior e um

volume de ejeção menor para O mesmo V02. Após o exercicio, a freqüência cardiaca

adota um padrão de recuperação em duas fases. Inicialmente, a freqüência cardíaca

diminui rapidamente após o término do exercício, seguindo-se um dedínio mais lento

até as proximidades dos valores pré-exercício no transcorrer dos próximos dois a dez

minutos (Fax, Bowers e Foss 2000).

Uma freqüência cardíaca relativamente lenta associada com um volume de ejeção

relativamente grande indica um sistema circulatório eficiente. Isso é verdadeiro porque,

para um determinado débito cardíaco, o coração não se contrai com tanta freqüência.

Para um determinado débito cardíaco, um coração que bate mais lentamente com

um maior volume de ejeção significa que o coração necessita de menos oxigênio - que

indica maior eficiência.

A determinação da freqüência cardíaca é relativamente simples. E, em virtude da

relação entre freqüênda cardíaca e VO' (ou ritmo de trabalho), é possível ver por que

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representa o indicador isolado mais utilizado da função circulatório durante o exerci cio.

Pode-se utilizar a reposta da freqüência cardíaca para orientar a intensidade ou

violência do exercício e determinar os efeitos de um esquema de treinamento com

exercícios. Entretanto, essas utilizações devem ser aplicadas somente em bases

individuais, pois as respostas da freqüência cardíaca tanto ao exercício agudo quanto

ao treinamento com exercícios podem (8 o fazem de fato) variar consideravelmente de

uma pessoa para outra.

2.26 Débito Cardíaco

A alteração mais importante na função cardiovascular com o treinamento aeróbico

é o aumento do débito cardíaco máximo. Levando-se em conta que a freqüência

cardíaca máxima pode até diminuir ligeiramente, a maior capaddade de fluxo

anterógrado do coração resulta diretamente do aumento no volume de ejeção. Um

grande débito cardiaco constitui um dos principais fatores que diferendam os atletas

campeões de endurance dos indivíduos bem treinados e destreinados (da Silva,1998).

O termo débito cardíaco é definido como a quantidade de sangue ejetado por

minuto pelo coração ou, mais espedficamente, pelo ventrículo esquerdo. O aumento

que ocorre no débito cardíaco durante o exercício está reladonado intimamente ao VQ2

(e, portanto, á carga de trabalho) através de toda a gama de variação desde o repouso

até o valor máximo. Em repouso, existe pouca diferença no débito cardíaco entre

indivíduos treinados e destreinados, com valores médios oscilando entre 5 e 6 Llmin.

Ao exercitar-se com taxas semelhantes de trabalho submáximo, os débitos cardíacos

de indivíduos destreinados podem ser ligeiramente mais altos ou os mesmos dos

indivíduos treinados (Fox, Bowers e Foss 2000).

De acordo com Barbanti (1997), os débitos cardíacos máximos em homens

treinados podem alcançar valores acima de 30Llmin. Isso representa um aumento de

dnco a seis vezes em relação aos valores de repouso. De fato, não é raro encontrar

atletas de endurance altamente treinados que conseguem máximos próximos de

40Umin.

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Pela mesma razão, homens destreinados que possuem capacidades aeróbicas

mais baixas exibem também débitos cardíacos máximos mais baixos (de

aproximadamente 20 a 25L/min). Em geral, quanto mais alto for o débito cardiaco

máximo, mais alta será a potência aeróbica máxima (VQ2 máx.) e vice-versa. (Fax,

Bowers e Foss 2000).

As alterações no débito cardíaco descritas para homens são semelhantes àquelas

das mulheres. No entanto, em comparação com os homens, as mulheres costumam ter

um débito cardíaco ligeiramente mais alto ao se exercitarem com o mesmo V02. Essa

diferença perfaz entre 1,5 e 1,75 L/min. A razão dessa diferença é provavelmente em

virtude da menor capacidade do sangue em carrear oxigênio nas mulheres, o queresulta de níveis mais baixos de hemoglobina. Além disso, o débito cardíaco máximo

de mulheres tanto treinadas quanto destreinadas em geral é mais baixo que aquele de

seus congêneres do sexo masculino (Fax, Bowers e Foss 2000).

Os grandes aumentos no débito cardíacos observados durante o exercício são

induzidos através de aumentos no volume de ejeção e na freqüência cardíaca (Fox,

Bowers e Foss 2000).

2.27 Freqüência Cardiaca de Repouso

A freqüência cardíaca de repouso pode ser um indicador do condicionamento

físico. Quanto mais condicionado o corpo, menos é o esforço e os batimentos

cardíacos por minuto que o coração necessita para bombear sangue através do oorpo

(McArdle, 1992).

A freqüênda cardíaca de repouso é, muitas vezes, um reflexo da recuperação do

seu corpo pós exercício. Sabe-se que se a freqüência cardíaca de repouso se mantém

a mesma ou diminui, o atleta está mais bem treinado ou descansado. Uma elevação de

10% na freqüência cardíaca de repouso pode indicar uma recuperação incompleta do

treino do dia anterior, stress ou até mesmo doença (Weineck, 1991).

Para determinação da freqüência cardíaca de repouso, uma estratégia usada é a

medição dos batimentos cardíacos ao acordar, antes mesmo de sair da cama, durante

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cinco manhãs seguidas e então calcula-se a média das leituras. Se necessário o uso

de um monitorcardíaco seria bem-vindoUma vez determinado um valor base para a freqüência cardíaca ao acordar, deve-

se mensura-Ia diariamente, para determinar se o indivíduo está bem treinado ou para

avaliar uma redução continua ao longo do tempo. Isto é um indicador que determinar

se houve uma melhora na condiçãofísica.

2.28 Freqüência Cardíaca Máxima

As zonas de treinamento são todas calculadas com base na freqüência cardíacamáxima. Você pode determinar sua freqüência cardíaca máxima usando tabelas

relacionadas a sua idade ou de maneira mais precisa ao realizar um teste defreqüência cardíaca máxima.

Testes de freqüência cardíaca máxima podem ser perigosos, particularmente paraindivíduos sedentários. Deve-se Ter certeza de que o avaliado está totalmentedescansado e energizado no dia do teste.

No contexto do Programa JGSPINNING, refere-se Zonas de Energia a progressão

e a realização de metas através de diretrizes fisicas e mentais (Johnny G., 1999).

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43

METODOLOGIA

3.1 Tipo de Pesquisa

Este Trabalho se caracteriza como sendo pesquisa descritiva e comparativa.

Segundo dassificação Thomas & Nelson (2002) a pesquisa descritiva e reladonada

com o fato de observar, registrar, analisar e dassificar sem intervir nele, com que

freqüência ocorre, sua natureza e características.

3.2 População

A população deste trabalho foi constituída de praticantes das aulas de ddismo

indoof, de uma academia, siluada na cidade de Curitiba.

3.3 Amostra

A amostra deste trabalho é composta por 04 pessoas do sexo masculino

escolhidos de forma intencional, todos voluntários, praticantes da aula de ciclismo

indoor, com idade, peso e estatura variada.

3.4 Instrumento

o instrumento para a coleta de dados foi por meio, de questionário com

questões abertas e fechadas e monitoramento de freqüência cardíaca por meio do

monitor cardíaco da marca Polar apontada em uma ficha de registro de dados.

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44

3.5 Coleta de Dados

o questionário foi entregue aos alunos que deveriam responder e entregar ao

responsável na data estabelecida pelo mesmo. O monitoramento da freqüência

cardíaca dos alunos foi feita durante a aula de Indoor Cycle, em momentos igualmente

determinados para todos, isto é em intervalos de dez minutos no decorrer das aulas de

sessenta minutos.

3. 6 Análise dos Dados

Adotou-se uma análise interpretativa por meio de médias e percentual.

3.7 Controle de Variáveis

* Ser do sexo masculino

* Ser praticante de ciclismo indoor há pelo menos 1 ano

* Ser aluno da academia e estar presente nas aulas em que foram aferidas as

freqüêndas cardíacas.

3.8 Limitações

As limitações encontradas foram às condições físicas inerentes a cada um dos

parüdpantes da amostra no momento em que foram realizadas as coletas de dados e o

número de sujeitos.

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•• APRESENTAÇAo E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Neste capitulo iremos apresentar os resultados obtidos de aGOtdo GOm t)

objetivo gerei 11 Objêtivos êSpeclliGOs propostos, Seguiremos à seguinte roteiro;apresentaremos ô perfil dOS alunos avaliados; analisaremos os planos de aula

proposios; êldbireMOs os IMloos da I',C, monitorada em intêMlos tU! de. minutos

GOmpareMo·os e pbffim confrontar os dados obtidos ã respeito dO qUê foi planêjMo ê

o qUê ocorrêu de IlGOI'ílOGOfl'IOs tipos de aulas minlslrados,

Quadro 1 : PDrIIl dOIl alunos Avaliado!! ( Ide dI!, pDIO, êlllatura, PeICenlualdegordura 11IlImpo de prÁtica) 11mn"mllroa absolutoa 11pllICentuals

. -- _ . - -_ .. _-Percentual Tempo

Alunos Idade Peso Estatura de gordura de

(%) Prática-, - - ---- --- . ..._ .. - . _._-- --

Aluno 1 27 76,2 Kg 179,6cm 8% 211nos--

Aluno 2 31 86,6 Kg 190 cm 17,1 % 211noll- - -- - -- ---

Aluno3 43 90Kg 177,6cm 20,6 % 211no9, - -, -

Aluno4 35 71,6 Kg 173 cm 26,6 % 211nos--

'80,61<g 2'IIno8Médias 34 180cm 17.7 %,- ..- -- - _._. -

De aGOtdo com O quádro acima, obsêrvamos os dados referentes ao perfil dos

alunós que OOmpUSêtâm li ãl1'\Ostra dêste trâb~lho, I'arã o lêvãlitãmentõ dOS perfisGOnsidêrou·se á idade, peso estatura, peroontual dê gól'duta ê tempo dê priÍtica da

modalidade,

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4.1 Dados Da Fmq!lêncla Cardlaca

QUIU:lro 2 : DadoR da Fl'llqüAncla eardlaca em valoreíl absolutos previstos

F.C.M.: Freqüência Cardtaca MáximAF.C.: Fl'flqOAncla CardlaciI (percentuais da mqüênelil cArdta!:a mAxlma)

Nê~tê quadro ~ pódemos obsel\lar Indlbês relati\lOs Q F.C., em lunçào da

Idade e IntensldMê. ObOOêOO1! êquaçàô dê Cêl\lóMe (220 ~ Idade) no qUê se

refêrê I'lI".C.f',t (I"rêqü~nela Cardíaca Mâxllliâ) ê dllmals va~êíiÕllS previstas.

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Gr.lllco 1: Aulll PlbneJllda de Fartlak

100 -96-

~ 90 -t.5 85 -u.: 80 -~ 7& -

~ 70 -OI 6& -i 60 -

66 -50 -

I) 10 15 20 2& 30 35 40 4& 60 55 60

Dê llOOIilO oom !!st!! plãno no dêelmo minuto de aula a F,C, deVê estar

nUMa lIDnll alvo dê B5% dã F,C, m:\xima, no vigéSimo minuto de aula 11F,C, devê

êstllr numa 20M alvo dI! 92 % da F,C, mà>dma bem oomo no trigésimo,quadragêsimô, qOinquagêsimo e Sêxagéslmo minuto, sendo qUê éntfê éSttlspontos 11 F.C. dêllfêSOO a ll5 % da F,t;, máxima, ficando assim evidMte ecaractêrizando uma aula de fartlek que nada mais ê variações da Vêlocldadêaltérantlo assim 11F,C, êm função da mesma,

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Gréflco 2: AulA Plana)alla dê Montanha

o 10 20 30 40 60 60

Têmpo lIe AUla êm minutos

De aoortlo oom fl grãlioo no dêcimo minuto a f,e;, dêve ênoontrllf'Sê a 75%aa I',C. mllxima, subindo até 95% no vigésimo minuto, subseqüantemtlntê

!lumen\() até ê2% no trigésimo minuto, posterlorrrentê ooorre uma ligeiro

decrésdmo atê 95% e rtltome " 9~% no momento seguintê, qülnquãgêsimominuto; e sexagésimo minuto, na parte final da aula retoma ao ponto inldal.

e.raetêrl~andO dêstafõrrra uma aula do tipo montanha oonSiderada um tipo de

aUla dê intensidade média a forte ativando o metabolismo aerébio e anaerébio(misto),

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Grállco ~: Aula Planê!ãda dê Hlgh Endul'llnCê

o 10 20 30 40 60 60

Está flulã earaeteflza.se por êlêvar a F.C. até uma zona alvo pré-eslabêlecida Sêm qUê êsta ultrapassê o limiar aMêrtlbió. podemos observar isso

dO déCimo Ilã tflgêsimô minuto ôMe ã FJ:::. parte dê M% atlnglnao85%. apÓs

Iltlôffê a êslabililtãçâo da mêsma (pláIÔ) Ilndê o ObJl!lIvo dá aulá lI,ma·Sê êvldêi'\tê,mãntêt !l f.C, dêlitrtl desta zona alvo dO trigésimo ao qOinquãgêslmo minuto,

Otlôffêl'\do poslêrlórmenlê ô dêcrêselmo alé tl5 %. Nesla aula o principal óbjêlivo émanter ã freqoênela êslãvel oom ã mlnimâ oeorréneia dê sua variaçâo; trabalha·!;êb tl'!mpo IMo senlado ê ô oomponente principal ê â concenlração.

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FICHA DE REGISTRO DE DADOS

TIPO DE AULA: MONTANHA

Quadro 3: Monitoramento da Freqilêncla eardlaca Iniciai e ém IntClNaloAda 10 minutos.

I.egenda:

F.C Max.: FI'êqU'nela Cardlaca MblmaZ.A ( % ): Zona Alvo dê Tl'êlnamentl'lF.C.E. ( bpm ): Fl'êl1UAnelaCardlaca EncontradaF.C.I'. ( bpm ): Fl'êqUêncla Cãrdlaca I'",vlsta

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51

FICHA DE REGISTRO DE DADOSTIPO DE AULA: FARTLEK

QU'dro 4: Monltoramllnio da Fmqtlêncla cardlaca Iniciai", om Intêrvalosdê 10mlnutb8.

I.ogendil:

F.C Mált.: Ftl!qtll!ncla Cardlaca MáximaZ.A' % ): Zona AlI/odê TreinamentoF.C.E., bpm ): Ffeqüênela Cardlacl EncontradaF.C.P. , bpm ): FfêqüÁnola Cardlacll Prel/Ilsta

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FICHA DE REGISTRO DE DADOS

TIPO DE AULA: HIOH ENDURANCEQuadro 5: MonllOramonto da freqüência cardlaca Iniciai 11 em Intervalol de

10 mlnutoll

L.l>genda:

I'.C Mb.: Fi'êqll~ntla Cardlaca MiIltlmal.A' % ): Zona Alvo de Tl'lllnamí!l'ltoF.C.E., bpm ): Fl'llqll~ncla Cardtua EncontradaF.e.p. , bpm ): F",qUêncla ClIrdlaca P"'Vlata

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33

Nos quadros llntêftOl'ês obsêrvamos 05 sêgulntês elMos: a 1<,(;, Máxima de

Iloordo oom a idade llreelitl! pêla fÓrmula dê CarvoMê, às zonas alvo dê lrêiMmeflloMs pontos dêtilhliinadOs OllêoêCilfldO ãO tipo dê aula, as F,C, enoolitradãS fIOS

momênlos prtlodêlehliinados pãFâ ãlênçâo ê ã '",C. prêVisla dê aoordo oom o tipo de

aula proposto,

4,2 Comparaçl\o Imtfí! o planêjadb li o otbnlido

Compãl'ilçAo do PiaM de Aula tom o oconlido durAnte a aula

Dê aoordo oom o ObjêWO espMifloo desílfito antêfiOhliilnte, Iremos

oompâráf ô qUê é plMejado para a têallzáçâo elas aUlas oom a sua ooortêndaprática ê real,

O gr:\!ioo 1\, ilustrá o plano de uma aula defártlilR, logo em sêgulda

aptêsGntâmôs ó gi'l\lieõ tOm ã vãl'iaçâo dã frêqüênda éãrdllltlã dá amostra:

Gl'illleo 4: Aula dQ FllrtlêltTêol'la

o 10 1& 20 26 30 38 40 46 60 66 60

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Gtilfico 6: AulA dê FilrtiêltPrÁtica

100 -9S

>'l 90•..ti 86 -u:

80~ 76

I 70

~ 66•. &0

"" 56 -&0

()

-*-aluno 4aluno 3

-Illuno:!-+-aluno 1

teMpo til Aulâ eM tnlnutós

() grâliétl5 llprêSênte !l variâçiio das F,C, dos alunos avallMOs, IlS linhas

encontram-Sê SObrêpllstas dêvido 1'10 falo dê todos os alunos !!starêm dentro da~ona alvo proposta para os dêtêfl\1lnaetos momentos em que II F,C, foi alêrlaaMst!! tipo de aula,

o grâ~co 6, ilustra o plano de uma aula dê mOlitanM; logo êm SeguidaaprêSêntãmos o grÀiico eõm a vaflação da freqMntia cardlaca dã amostra:

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33

Gráfico ê: AUla Dê Montânha TêOria

o 10 20 30 40 50 60

Tempo da Aula em minutos

GrÁfico 7: Aula dê Montanha PtAtlca

100~ 96 -

ti &0u: 86 -

~ 80 -

i7S --70 -66 -

~ 80 -•. U-a. ' .~I60 -

O 10 20 30 40 &O 80

~-A1uno4Aluno 3

-Aluno 2--+-A1uno 1

Têmpô de Aula êm minutos

o grâfioo '7 apfêsênta fi vaíll!çâo das F,C, dos ãlunôs ãvaliadôs, as linhas

enronlram-s~ silbfêpMtas devido ao fato d~ todos os alunos êstarêm dêntro da

~OM alVê propôsta para os dêlênminados mOMentos em qUê 11I'.C, tói alêrlda

nêstê tipô {lê aulà.

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o gtafioo 8i1uslra t> plMO dê umá áulê de hlgh o:mdural'loo, logo êm sêguida

aprnSênlamM o grilfioo oom a vaMai;ào da ItéqO~nda catdtaM dá amostra:

Gráfico 8: Aula db H/li/! EnlÍllrltntê Têorta

10095 -

~ 90 -t.l 85.. 110 -.g

15-

J7066-80·55 -&0·

O 10 20 30 40 50 &0

GrAfltO 9: Aulll dê H/li/! ElllillrãliCê Prática

10095

~ 90t.l 85.: 80.g 76] 70~ &6.:: 6056......,....,.;"''';;'''

50 +-""""""""'-o 10 20 30 40 50

T.",p~ ti. I\ul•• m Minuto>

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57

o gráfico 9 apresenta a variação das F.C. dos alunos avaliados, as linhas

encontram-se sobrepostas devido ao fato de todos os alunos estarem dentro dazona alvo proposta para os determinados momentos em que a F.C. foi aferida

neste tipo de aula.

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5 CONCLUSÃO E SUGESTÕES

o presente estudo teve como objetivo geral, investigar os planos de aula e a

relação da freqüência cardíaca com os tipos de sessões de treino no ciciismo indoor.

Para isto fez-se necessário traçar o perfil dos alunos que foram avaliados bem como

analisar os planos de aula do tipo high endurance, montanha e fartlek e monitorar a

freqüência cardíaca durante a sessão de treino em intervalos de 10 minutos e

comparar o planejado com o ocorrido em função destes tipos de aula.

Com base nos objetivos propostos e nos resultados obtidos, verificou-se queo que é determinado nos planos de aula por meio dos gráficos estipulados de acordo

com as características de cada tipo de aula e respectivas zonas alvo de treinamento

tem relação direta com a ocorrência prática da mesma. Considerando as estimativas de

F.C. fundamentadas pela equação de Carvonne em que a idade é variável essencial e

determinante de valores diferenciados para cada indivíduo da amostra, condu i-se que

o treinamento prescrito pelo plano de aula ocorre fidedignamente na realidade de uma

sala de aula de cidismo indoor.

Desta forma averiguou-se que uma sessão de treino bem conduzida pelo

professor e de acordo com as características determinantes de cada tipo de aula high

endurance, montanha e fartlek e um planejamento pré-determinado estabelecem

condições ideais para ocorrência do proposto com mínimas oscilações entre um e três

bpms do que é considerado o ideal para aquele momento preceito.

Por fim, recomenda-se a realização de mais estudos que tenham por objetivo

determinar o comportamento de outras variáveis fisiológicas tais como sujeitos não

treinados, individuos cardiopatas ou utilização de outros parâmetros para mensurar

variações da F.C. sendo eles ergoespirometria para determinar a freqüência cardíaca

real ou por percepção de esforço, devido ao fato da carência de estudos pertinentes ao

assunto.

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6 REFERÊNCIAS

Barbanti, V.J - Teoria e Prática do Treinamento Desportivo. São Paulo Edgar Blucher,

1997.

Bowers e Foss, Fox - Bases Fisiológicas da Educação Física e dos Desportos. Rio De

Janeiro.Guanabara Koogan, 1991.

Da Silva, Sérgio Gregório - Apostila de Fisiologia do Exercicio - Especialização Latu

Senso - Treinamento Desportivo. Curitiba 1998.

G., Johnny, Manual do Instrulor de Johnny G. Spinning, 1999

Marques. & Bonatto - Apostila de Inddor Cycle. Curitiba 2006

McArdle, Katch e Katch - Fisiologia do Esforço. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan,

1992.

SPINNING. Artigos.com, disponível em: http://www.clube-btt-

cpr.comlOutrosIArtigoslsaudelspinning.html. Acesso em: 20 mai.2007.

SPINNING, mulheres.Artigos.com,disponível em: http://www.clube-btt-

cpr.comlOutrosIArtigosISAUDElFC_mulheres.rpm.html. Acesso em: 24 mai.2007.

Weineck, J. Biologia do Esporte. São Paulo. Manole, 1991.

Thomas, R . e NELSON, Jack K. Métodos de Pesquisa em Educação Física. Porto

Alegre. Artimed (2002).

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APÊNDICE 1

Questionário Aplicados aos Alunos

1) Quantas vezes por semana você faz aula de ciclismo indoor?

1.( )

2. ( )

3. (

4. (

5. (

6. ( )

2) Por que você faz aulas de ciclismo indoor ?

) Condicionamento Cardiovascular ) Emagrecimento

) Resistência Muscular de Membros Inferiores () Outros

3) Quais os benefícios ocorridos desde o início da modalidade?

R:. _

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APÊNDICE 2

Matriz Analítica

61

ASSUNTO OBJETIVO

Motivo

QUESTOES

Aplicação pratica Conhecer dados

ciclismo indoar em Importantes para

praticantes

academia

de a análise da prática

TOPICO

FreqOênciaSema- 1) Quantasvezes

nal por semana você

faz aula de ciclismo

indoar?

1 () 3 () 5 (

2 () 4 () 6 (

2) Por que você faz

aulas de ciclismo

indear?

Condicionamento

Cardiovascular ( )

Emagrecimento ( )

Resistência muscu-

lar de membros

Inferiores ( )

Outros ( )

Descreva:

3) Quais os benefí-

Benefícios cios ocorridos desde

ocorridos o inicioda modalida-

de

R:

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APéNOICE3

FICHA DE REGISTRO DE DADOS

TIPO DE AULA:

I.egenda:

F.C Mb.: Fl'êeltl6ncla Cardlâca Máxima

Z.A t % ): Zona Alvo de Tl'l'llnaMí!ntoF.C.E. ( bpm ): FI'I'Iqll6ncla C.mlaoil EncontradaF.C.P. ( bpm ): Fl'l'lqUêncla Cardllce Pl'l'lvl8la

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AP~NDICE4

GRÁFICOS EM BPMS DOS ALUNOS

AI.UN01·AUI.AMONTANHA

o 10 20 30 40 60 60

Tempo em Mlnutoll

ALUNO 2 •AULA MONTANHA

190180170-16b

l!! 160li 140-!li 130

12011010090 --

o 10 20 30 40 50 60

Têmpo em Minutos

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ALUNO 3 -AUI.A MONTANHA

'65-~~~"~165-146135

[126fi! 116

10695,8S1lJ- §-_rLI!!a;.l~~~~_ld!!I~~

O 10 20 30 40 50 60Tempo em Mlnutoll

AI.UNO 4· AUI.A MONTANHA

190180170160

~ 150••.140Dl 130-

12011010090

O 10 20 30 40 50 60Têmpo êm Minutos

~l!!f&eJ

~l!!MJ

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ALUNO 1 •AULA FARTlEK

o 10 20 30 40 SO 60Tempo em MInutos

AlUNO 2 •AULA FARTLEK

o 10 20 30 40 60 60

Tempo em Minutos

65

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ALUNO 3 •AULA FARTLEK

o 10 ao 30 40 60 80Tompo em Mlnutoll

ALUNO 4 •AULA FART\.EK

o 10 20 30 40 50 80Tempo em MInuto.

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ALUNO 1 •AULA HIGH ENDURANCE

1951&&17&·185

~ 155••• 14ti10 135

12S·11510586·

o 10 20 30 40 50 60

Tompo em Minutos

ALUNO 2· AULA HIGH ENDURANCE

Jo 10 20 30 40 60 60

Tempo em Minutos

67

~~

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A.LUNO 3 •AULA HIGH ENDURANCE

o 10 20 30 40 50 110

Tempo em Minutos

ALUNO 4 •AULA HIGH ENDURANCE

180110íGO

!1) 150Q 140CI. 130lO 120

11010090 o 10 20 30 40 50 110

Tempo em Minutos

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DE SAÚDE

CURSO DE EDUCAÇÃO FíSICA

Curitiba, 21 de junho de 2007

Prezado Professor:

Solicito a sua colaboração no sentido de avaliar o instrumento que será

usado no estudo que estou desenvolvendo, no curso de Educação Física, no

aprofundamento em Esporte Escolar, na Universidade Tuiuti do Paraná,

trabalho de conclusão, sob a orientação do Professor Eduardo Scheren.

• Esta pesquisa tem por objetivo traçar o perfil dos alunos praticantes

de ciclismo I"doar.

Com finalidade verificar se os objetivos dos mesmos estão sendo

alcançados.

Agradeço antecipadamente a sua valiosa colaboração.

Caroline Zawadzki

Acadêmica - MSVIV

Nome:TItulação:Parecer: