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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ PÓS-GRADUAÇÃO EM EQUOTERAPIA GIOVANA FREITAS POSSÍVEIS CONTRIBUIÇÕES DO MÉTODO NEUROEVOLUTIVO BOBATH PARA A EQUOTERAPIA. CURITIBA 2015

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

PÓS-GRADUAÇÃO EM EQUOTERAPIA

GIOVANA FREITAS

POSSÍVEIS CONTRIBUIÇÕES DO MÉTODO NEUROEVOLUTIVO BO BATH

PARA A EQUOTERAPIA.

CURITIBA

2015

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GIOVANA FREITAS

POSSÍVEIS CONTRIBUIÇÕES DO MÉTODO NEUROEVOLUTIVO BO BATH

PARA A EQUOTERAPIA.

Artigo apresentado à Pós-Graduação

de Equoterapia da Universidade

Tuiuti do Paraná, como requisito à

obtenção do título de Especialista.

Orientadora: Profª Fabiana Teixeira

Riskalla.

Co-orientadora: Profª Cyntia Galvão

Cayres Minardi.

CURITIBA

2015

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POSSÍVEIS CONTRIBUIÇÕES DO MÉTODO NEUROEVOLUTIVO BO BATH

PARA A EQUOTERAPIA.

POSSIBLE CONTRIBUTIONS OF THE METHOD FOR NEUROEVOLU TIVO

BOBATH HIPPOTHERAPY.

Giovana Freitas1 Profª Orientadora Fabiana Teixeira Riskalla 2

Profª Co-orientadora Cyntia Galvão Cayres Minardi 3

RESUMO: O presente estudo teve como objetivo principal buscar possíveis colaborações do Método ou Conceito Neuroevolutivo Bobath, nas sessões de Equoterapia. Caracteriza-se como um estudo bibliográfico documental, do tipo quantitativo. Buscar conhecer e entender o Método Bobath, considerando sua evolução como tratamento fisioterápico e sua aplicação como terapia na aquisição e recuperação de movimentos; em contrapartida descrever a trajetória da Equoterapia e sua terapêutica, evidenciando seu principal agente terapêutico e depois promover possíveis associações das duas intervenções. Ao final contatou-se que seria de grande valia a utilização de vários procedimentos específicos do Método ou Conceito Neuroevolutivo Bobath nas sessões de Equoterapia buscando a otimização do movimento e maior funcionalidade, proporcionando ao praticante ter autossuficiência nas tarefas consideradas básicas ao ser humano. PALAVRAS-CHAVE: Equoterapia, Método ou Conceito Neuroevolutivo Bobath, desenvolvimento motor.

ABSTRACT: This study aimed to seek possible collabo rations Approach or Bobath Concept Neuroevolutivo in riding therapy ses sions. It is characterized as a documentary bibliographic study was quantitati ve. Seek to know and understand the Bobath method, considering its evolu tion as physical therapy and its application as a therapy in the acquisition and recovery movements; on the other hand describe the trajectory of riding therapy and therapy, highlighting their main therapeutic agent and then promote possible associations of the two interventions. At the end c ontacted that could be valuable to use several specific procedures Approac h or Bobath Concept Neuroevolutivo in Hippotherapy sessions seeking to optimize movement and greater functionality, providing the practitioner h ave self-sufficiency in the tasks considered basic to human. presence of discre pancy in lower limbs. The results indicate the possibility of using insol e in specific case. KEY-WORDS: Hippotherapy, Bobath method or Concept N euroevolutivo,

motor development.

1 Professora de Educação Física formada pela UNIOESTE-PR. Especialização em Atividade Física e Promoção a Saúde – UNIOESTE-PR. Cursando Pós em Equoterapia UTP-PR. Email: [email protected] 2 Fisioterapeuta formada pela UTP-PR. Especialista em Educação Inclusiva – PUC-PR. Psicomotricista Relacional. 3 Fonoaudióloga formada pela USP. Especialista em Equoterapia – UTP-PR.

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1 - INTRODUÇÃO O Método ou Conceito Bobath pode contribuir de alguma forma nas sessões de Equoterapia?

O Método Bobath, é um tratamento neuroevolutivo que teve início na década

de 40 com os Dr. Berta e Karel Bobath ele um neurocirurgião e ela uma

fisioterapeuta. No inicio de suas pesquisas, desenvolveram o tratamento para

crianças e adultos com problemas neurológicos e seu principio de atuação era a

inibição de padrões reflexos anormais e a facilitação de movimentos normais. Após

vários anos de pesquisas e muitos estudos criaram os pontos chaves para

manipulação, e observaram que era melhor trabalhar os movimentos funcionais

que oportunizassem maior funcionalidade ao ser humano nas suas tarefas diárias.

(Bobath & Bobath 1989)

Já a Equoterapia, surge como uma alternativa de terapia primeiramente na

Europa, para amputados de guerra; pode-se considera-la para a reabilitação do

corpo e também emocional e social, psíquica. Possui o cavalo como principal

agente terapêutico e por este realizar um movimento tridimensional em sua

andadura, proporciona ao praticante um trabalho muscular intenso que busca

adequar tônus, melhorando coordenação e equilíbrio. (Kucek e Ferrari, 2004).

O interesse na realização do trabalho encontra-se na possibilidade de coligar

as duas terapias. Buscando a facilitação do movimento, para melhorar a vida dos

possíveis atendidos em sua AVDS (atividades da vida diária). Tem-se que levar em

conta a possibilidade de que possam haver contribuições expressivas do método

Bobath para a Equoterapia como podem não ocorrer as mesmas; Então após

analisados, poderão ser elencadas suas especificidades e possíveis contribuições

a serem utilizadas. Observando a necessidade de aprimorar o movimento realizado

pelos praticantes atendidos e até mesmo a aquisição de padrões básicos. Ao

conhecer o Bobath, e já ter uma noção da equoterapia, começou-se a procurar

possíveis ligações entre as terapias e assim buscou-se apresentar as possíveis

contribuições do Bobath em relação à Equoterapia, potencializando a mesma e

favorecendo o praticante com possíveis alterações neurais.

Apesar de serem terapias que estão em estudo há décadas, observa-se que

ainda existe pouca bibliografia reconhecida sobre o assunto e principalmente sobre

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a utilização das duas em conjunto, considerando o âmbito nacional, visto que na

Europa os estudos são mais antigos e mais difundidos. Alencar (2001) confirma a

falta de publicações científicas na área, entretanto afirma que, na prática, os

benefícios aos que a praticam se fazem notar.

2 – DESENVOLVIMENTO

2.1 – O Método Neuroevolutivo Bobath e a Equoterapi a

Como imaginar um corpo sem movimento? Tente imaginar e sentir a

incapacidade de produzir um movimento ou assimilar o movimento produzido;

quando pequenas, mas insubstituíveis ações, não são possíveis de realização,

imaginar muitas vezes não é o bastante; sentir é mais eficaz.

Segundo CooK (2003), o controle motor é a capacidade do SNC( sistema

nervoso central) de regular ou orientar-se para os mecanismos essenciais ao

movimento. O movimento em si não pode ser sozinho, ele ocorre através de uma

série de interações e processos múltiplos que vão desde a percepção, a cognição e

a ação. Para que uma tarefa seja executada, também sofre influência do meio em

que o indivíduo está.

Controle motor é um processo que visa maximizar um estímulo inicial ou

adquirido, tornando-o um aprendizado. As integrações dos estudos da neurociência

demonstram que o SNC é adaptável não somente durante o desenvolvimento, mas

também por toda vida, podendo ser estimulado por influências ambientais e

comportamentais. (Umphred, DA, 2004)

De acordo com Woollacott e Cook (1990, apud COOK, 2003), a intervenção

clinica orientada a tarefa, mostra que é essencial trabalhar com tarefas funcionais,

e não apenas o movimento pelo movimento. Para que o indivíduo assimile o

movimento se faz necessário que o mesmo realize a ação, repita e entenda através

dos comandos cerebrais, para que este movimento serve ou em que este vai

ajuda-lo no dia a dia.

A aquisição da aprendizagem motora e ou sua modificação, nada mais são

do que uma série de processos associados à prática ou a experiência, levando a

execução de uma ação hábil (Cook, 2003).

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Considerando o aprendizado da função motora em uma criança ao iniciar

seu desenvolvimento; sendo esta com ou sem necessidades especiais, Prudente

(2006) observa os seguintes passos:

- desenvolver a atenção da criança;

- descobrir as metas e estratégias da própria criança;

- analisar a tarefa a ser aprendida pela criança;

- sugerir à criança o que aprender mostrar seu desempenho e resultados;

- as ações executadas pela criança lhe darão embasamento de informações

sensório motor;

- comandos verbais;

- recompensas intrínsecas e extrínsecas;

- pratica do movimento;

Conforme O`Sulivam e Schimitz (2010), o desenvolvimento de habilidades

funcionais, como o controle motor, é um processo em desenvolvimento continuo

que prossegue ao longo da vida. Justificando assim que no aprendizado ou

recuperação, de habilidades perdidas devido a uma lesão ou deficiência, o

processo é igual em todos os aspectos ao desempenho anterior ao da lesão.

Para Adams (1971, apud Proença, 1994) para que o individuo aprenda deve-

se haver um referencial de movimento, um traço perceptivo. Desta forma a

repetição do movimento, e os constantes estímulos tanto internos quanto externos,

possibilitam que o mesmo retenha e aprenda a forma mais hábil de realizar um

movimento para que este movimento lhe traga funcionalidade.

O tratamento neuroevolutivo Bobath (NDT), tem sido um dos mais utilizados

no manejo da criança com desordem de movimento. Karel e Berta Bobath deram

origem ao tratamento neuroevolutivo em 1943. Ele um neurocirurgião e Berta uma

fisioterapeuta; suas observações durante o trabalho com crianças com

encefalopatia crônica foi inicialmente embasado nas teorias da maturação

hierárquica e reflexa da neurociência daquela época.

O Conceito Bobath, baseia-se nas áreas da ciência do desenvolvimento,

biomecânica e ciência da aprendizagem motora, tendo como principio não só o

modelo do SNC, mais também a sensação do movimento, a postura, os reflexos

tônicos e os problemas cinesiológicos (Bobath e Bobath, 1989).

A terapia Bobath (ou terapia de neurodesenvolvimento) é um conceito de

vida e não um método. Não oferece um tipo restrito de tratamento que deve ser

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seguido ao pé da letra, oferece elementos que seguem as necessidades do

paciente, é uma abordagem que atua em problemas envolvendo o tratamento e

manejo de pacientes com disfunção do movimento. Este conceito tem como

objetivo o controle do tônus postural, inibindo os padrões de atividade reflexa

anormal e facilitando os padrões motores mais normais, que se obtém com

respostas automáticas e manipulações específicas, levando a um controle

funcional mais efetivo, preparando para uma maior variedade de habilidade

funcional. Principais objetivos são a facilitação do desenvolvimento motor normal, a

função e prevenir o desenvolvimento de prejuízos secundários devido a contraturas

musculares e deformidades nas articulações.

De acordo com Bobath e Bobath (1984, apud BUTLER & DARRAY, 2001) os

problemas motores da encefalopatia crônica surgem fundamentalmente da

disfunção do SNC que interfere no desenvolvimento do controle postural normal

contra a gravidade e impede o desenvolvimento motor normal. Como metas, em

seus estudos, buscaram estabelecer o desenvolvimento motor normal, a função, e

prevenir contraturas e deformidades. Este tratamento focou no componente

sensório-motor do tônus muscular, reflexos e no padrão de movimento anormal,

controle postural, sensação, percepção e memória.

Considera-se que após uma lesão do SNC pode ocorrer um movimento

desordenado ou um repertório de movimentos limitados, produzindo um imput

sensorial anormal para o SNC e originando uma resposta compensatória.

Sucessivamente, ocorrem movimentos e adaptação postural anormal (EDWARDS,

1999).

Em 2007, Raine; descreveu o conceito Bobath, como um processo interativo

entre o indivíduo, o terapeuta e o ambiente e que tem por objetivo promover a

eficiência do movimento do sujeito em seu potencial máximo. O método refere-se à

observação do sujeito, na sua globalidade em relação ao seu ambiente e

mecanismo de controle postural. Os procedimentos podem ser realizados através

de inibição de padrões de coordenação patológicos gerados por atividades tônicas

ou facilitação de padrões de coordenação normais controlados por reações de

endireitamento e equilíbrio. Sendo o tônus postural mutável, permite alterar a

maneira pela qual o sujeito se organiza, sendo esta, portanto a base do tratamento.

Com o passar dos anos ganharam experiência, aumentaram os

conhecimentos da neurociência e a disponibilizaram aos outros. Mudaram o seu

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enfoque em certos aspectos do tratamento, pois no começo defendiam o

posicionamento da criança em posturas de inibição reflexa. Estas posturas

reduziam a espasticidade, karel e Bertha reconheceram que elas não

movimentavam e não tinham função, então, promoveram os pontos chaves de

controle, através dos quais os terapeutas inibiam os padrões anormais de

movimentos e facilitavam os padrões mais normais enquanto a criança movia.

(SUSAN, 2008)

Começaram a acreditar que tinham concentrado mais na facilitação da

reação normal automática. Daí por diante, começaram a observar a necessidade

que a criança tinha de controlar o seu próprio movimento, principalmente o

equilíbrio; e concluíram que tinha sido errôneo promover um rígido

acompanhamento da sequência de desenvolvimento normal. Consequentemente,

as preparações das tarefas funcionais específicas foram estabelecidas com o

objetivo de tratar a criança na posição atual em que ela vive, brinca e aprende.

As técnicas manuais que controlam vários estímulos sensoriais foram

usadas para inibir a espasticidade, os reflexos anormais e os padrões de

movimentos anormais, facilitar o tônus muscular normal, as respostas de equilíbrio

e padrões de movimentos.

Com os estímulos de transferência de peso, tais como exercícios em bolas

suíças, rolos andadores e outros, os pacientes aprendem a obter maior controle

proprioceptivo e noção espacial. Cabe observar que quanto mais cedo for iniciado

este tratamento, maiores serão os resultados obtidos.

Para realizar este tratamento, Bobath, desenvolveram os pontos chaves de

controle. São as partes do corpo através dos quais podemos controlar e modificar

os padrões de postura e de movimento em outras partes do corpo. Eles podem

inibir facilitar e estimular. Estes pontos são: cabeça, proximais ombros e quadril,

mediais cotovelos e joelhos e distais punhos e cotovelos. Os pontos chaves dos

braços e cintura escapular proporcionam rotação interna (flexão global), rotação

externa (extensão global), abdução horizontal tendo flexão externa e supinação,

mais extensão de cotovelos inibe flexão global. (Susan, 2008)

MEDEIROS (2008) esclarece que os pontos chave de controle utilizados no

Bobath, são apoios em partes do corpo da criança onde a manipulação do

terapeuta controla e modifica padrões de postura e movimentos em outras partes

do corpo de maneira mais eficiente, estimulando e desenvolvendo padrões de

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movimentos mais elaborados, seletivos e funcionais. Nos dias atuais o conceito

baseia-se na teoria dos sistemas, observando o comportamento funcional do ser

humano, a execução de uma tarefa é baseada na interação do indivíduo com o

meio e a tarefa a ser executada. Considerado o indivíduo como um ser capaz de se

reorganizar, portanto os componentes da realização do movimento são variados e

não estereotipados ou repetitivos.

Na elevação dos braços com rotação interna ou extensão dos braços na

diagonal ocorre a inibição da flexão e pressão para baixo dos braços e cintura

escapular, auxiliando na extensão de tronco, quadril. Se o punho estiver em

extensão, como braço em supinação, pode-se abduzir o polegar facilitando a

abertura dos dedos.

Na pelve e pernas; também com movimentos de flexão ocorrera a facilitação

da abdução, rotação externa e dorsiflexão. Com a rotação externa com extensão,

facilitação de abdução e dorsiflexão.

No conceito Bobath, evidenciam-se a Técnicas de Propriocepção e

estimulação tátil. Estas buscam modular o tônus, e o controle postural interagindo

com os músculos agonistas e antagonistas. As principais são:

• Suporte de peso, pressão (compressão), resistência.

• Placing (colocação) habilidade de interromper um movimento em

qualquer etapa automaticamente ou voluntariamente e Holding

(manutenção) após estar na posição ideal ou realizar o movimento hábil,

observando a grande variedade de padrões funcionais e em várias

etapas.

• Tapping - usado em combinação com o placing, não deve ser usado em

espasticidade (somente para estimular reações de equilíbrio), aumenta o

tônus postural de tronco e membros. Estão subdivididos em inibição:

ativa grupos musculares fracos que não conseguem contração. Pressão:

aumenta o tônus postural em manutenção da postura de gravidade.

Alternado: serve para obter graduação apropriada da inervação recíproca

e para estimular as reações de equilíbrio. Deslizamento: ativa padrões

sinérgicos da função muscular, responsáveis pela ação, com um

movimento de alisar firme na direção do movimento desejado. (Umphred

1994)

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HIPERTONIA -----------------------� INIBIÇÃO

NORMAL ----------------� FACILITAÇÃO

HIPOTONIA -------------------------� ESTIMULAÇÃO

Centro Bobath- 1997.

Para Bly (1980, apud ACEVEDO, 2002), a meta final do tratamento

neuroevolutivo Bobath é a criança conquistar o melhor funcionamento possível. As

metas das sessões de tratamento são direcionadas para uma tarefa funcional, o

qual é alcançado através de movimentos e tarefas iniciados pela criança. O

terapeuta fará um trabalho preparatório, como por exemplo, alongamentos

musculares para que a criança possa desempenhar a tarefa, podendo facilitar

inicialmente e guiar os movimentos quando necessário, para diminuir ou prevenir

movimentos compensatórios anormais. O terapeuta auxilia cada vez menos

conforme a criança adquire controle e antecipa os requisitos posturais e motores.

Equoterapia é um método de tratamento que visa à reabilitação física e

mental de pessoas com deficiências ou não; pois se segue da premissa que todos

têm necessidades diferenciadas, quer sejam elas deficiências físicas, mentais e/ou

psicológica, no aprendizado e ate mesmo de convívio social. Sendo assim

conforme, Ande Brasil (2008), e um método terapêutico e educacional que atua nas

áreas da saúde e educação, sendo seus atendidos considerados: praticantes.

O diferencial desta terapia e a utilização do cavalo como agente

interdisciplinar, auxiliando na recuperação e na aquisição da aprendizagem motora,

que vai proporcionar ao individuo ter suas atividades funcionais. O cavalo, neste

método, entra como um agente facilitador, proporcionando aos praticantes ganhos

físicos e psicológicos, exigindo um trabalho muscular intenso e contribuição para

adequação do tônus, melhora da coordenação e do equilíbrio. (KUCEK e

FERRARI, 2004).

Os primeiros estudos realizados com animais datam por volta de 1900, mais

eram sem dúvida, tentativas tímidas da utilização deste grande auxiliador, e pouco

embasadas terapeuticamente. Ao longo dos anos e através de muitas pesquisas e

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estudos realizados, buscou-se aprimorar e desenvolver este método terapêutico de

forma que o mesmo traga reais resultados embasados nas ações realizadas

durante as sessões equoterápicas.

Na montaria do cavalo, o praticante desenvolve a força, pois a

movimentação exige resposta do corpo inteiro, os estímulos recebidos alteram o

tônus muscular, conscientizando o cavaleiro sobre seu corpo, resultando em maior

flexibilidade e também relaxamento (BOULCH, 1996 apud ANDE BRASIL, 2008).

Sá e Mello (1992) descrevem brevemente o início desta performance, e

ressaltam que a pessoa que estiver montada sobre o animal sofre estímulos em

todos os músculos que normalmente usaria para andar, e ao mesmo tempo, se

esforça para manter seu equilíbrio sobre o animal. Desta forma ao sentir a

movimentação do animal sob si, o individuo tende a adaptar se, para conseguir

manter-se sobre o assento buscando assimilar as informações repassadas ao

cérebro através dos estímulos. Ao iniciar este encontro do praticante com o cavalo,

vão-se gerar movimentos que transmitem ao praticante, muitas sensações;

desencadeando no mesmo um mecanismo de resposta que, apesar da velocidade

dos estímulos recebidos, são assimilados pelo cérebro humano. A resposta a estes

estímulos surge rapidamente, trabalhando o cognitivo, sua sensibilidade tátil,

visual, olfativa estimulada pelo meio ambiente, promovendo a organização e

consciência corporal aumentando à autoestima, vindo a facilitar o desenvolvimento

social, integração, aprendizado, uso de linguagem, aceitação de regras e disciplina,

aumentando a capacidade de independência e decisões em diferentes situações

(Santos 2005).

Esta é a grande vantagem da utilização do cavalo. Wickert, (1995) esclarece

que o praticante incapaz de gerar os movimentos por si só, neste caso, terá no

cavalo o propiciador dos movimentos que serão transmitidos ao cavaleiro, e

desencadeia o seu mecanismo de resposta. E a sua repetição, simetria, ritmo e

cadência fazem com que as respostas surjam de maneira bastante rápida.

O cavalo realiza movimentos até mesmo quando está parado mexe a

cabeça, cavouca o chão e realiza mudanças na postura do corpo ajustes e

reajustes tônicos (BARRETO ET al., 2007).

Este por sua vez, oferece ao praticante, uma diversidade de movimentos ao

longo de seu passo, trote e galope. Por exigir muita força e trazer movimentos

bruscos, o trote e o galope serão utilizados por praticantes com desenvolvimento

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mais avançado. Assim o passo é a sequencia ideal para a realização da atividade,

pois é ritmado, cadenciado, simétrico transmitindo ao cavaleiro uma série de

movimentos sequenciados e simultâneos que resultam do movimento

tridimensional (no plano vertical de cima para baixo e no horizontal para a

esquerda, para a direita e para frente e para trás). Para completar o movimento

existe ainda uma pequena torção do quadril do cavaleiro que é provocada pelas

inflexões do dorso do animal (Santos 2005).

Cittério (1999) comenta que sobre a posição do sujeito a cavalo, que de

acordo com os diversos estágios do desenvolvimento neuromotor e de acordo com

a tese de Bobath, encontraremos a cavalo as etapas onde o praticante estará: em

decúbito dorsal ou ventral sobre o cavalo (corresponde à fase apodal); em posição

de sedestação (corresponde à fase quadripodal, e à posição de apoio sobre os

joelhos); em pé sobre os estribos (corresponde ao apoio bipodal e, logo ao

equilíbrio estático); em pé sobre um só estribo (corresponde à fase unipodal, isto é,

a fase oscilante da marcha analítica). Todas estas fases podem ser utilizadas

adequando-se a técnica aos objetivos frente a cada praticante.

Quando observamos que o individuo que possui necessidades especiais,

devido a problemas de maturação cerebral ou problemas físicos, terá atrasos de

controle e desenvolvimento motor, saberemos que este apresentará padrões

posturais e de movimentos anormais consequentes de todo um tônus anormal.

Segundo Catlen Cudo apud Medeiros (2008), descreve em seu artigo, para o

individuo com necessidades especiais, as coisas acontecem não na velocidade e

no ritmo próprio de cada um mais sim, no ritmo que se impõe.

Para BUENO (1998) quando for realizada qualquer ação para um movimento

existem sequenciais perdas e ganhos de equilíbrio; contrações compensadoras e

no final a realização do movimento de forma graciosa possibilitando ao individuo

obter a noção do movimento de forma ampla e sua interação com o meio,

percebendo o mundo a sua volta.

Observando, os movimentos e músculos utilizados nas ações, nos

baseamos na biomecânica, por que esta nos força a olhar como as forças afetam o

movimento. Medeiros (2008) ressalta que os componentes biomecânicos é que

compõem o corpo humano e que combinados produzem posturas e movimentos

variados. Ao observar o cavaleiro sobre a cela, com os pés apoiados nos estribos

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poderemos identificar uma serie de componentes que envolvem a função de

sentar:

• Controle da cabeça

• Retificação de tronco

• Pelve em posição neutra

• Flexão de quadril

• Abdução de coxofemoral

• Rotação externa de quadril

• Flexão de joelhos

• Dorsiflexão dos pés

Se considerarmos na equoterapia, somente seus aspectos físicos,

ressaltaremos o movimento tridimensional como gestor dos benefícios

neuromotores. Já sabemos que o controle motor, é a capacidade de regular ou

orientar os mecanismos essenciais ao movimento. O SNC organiza os numerosos

músculos e articulações, os impulsos recebidos, para a estimulação dos

movimentos funcionais coordenados e ainda assimila as informações sensoriais do

ambiente e do corpo controlando o movimento.

Esta terapia dá possibilidades de reabilitação, seu objetivo é inibir a

atividade reflexa anormal para normalizar o tônus muscular e facilitar o movimento,

com isto melhorará a força, flexibilidade, amplitude dos movimentos e padrões dos

movimentos em geral, capacidades motoras básicas para mobilidade funcional; as

metas são reduzir a incapacidade otimizar a função (MEDEIROS & DIAS, 2003).

As estratégias terapêuticas culminam para melhorar a qualidade e a

quantidade de posturas e movimentos essenciais para desenvolver as funções.

Medeiros (2008) relata que quanto maior a variabilidade de movimentos

maior a garantia de desenvolvimento. Os estímulos sensoriais fazem parte desta

incrível “trama” que envolve o movimento por se dizer e o controle postural, é

resultado das complexas interações entre o sistema neural e o musculoesquelético;

sendo algumas:

• Desenvolvimento da força muscular e mudança de massa nos diversos

segmentos do corpo.

• Desenvolvimento ou construção das sinergias respostas musculares para

a construção do movimento.

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• Maturação dos sistemas sensorial, somatossensorial, visual e vestibular.

• Desenvolvimento de representações externas, para mapeamento da

percepção da ação.

• Desenvolvimento dos mecanismos de adaptação e antecipatórios que

permitem através do movimento, o controle postural.

Consequentemente, na equoterapia, através do movimento tridimensional o

indivíduo terá uma ativação do sistema neural e musculoesquelético favorecendo a

aquisição de padrões motores básicos como controle de cabeça e tronco, reações

de retificação e proteção, equilíbrio e rotações.

Medeiros & Dias (2003), afirma haver estímulos vestibulares que ativam a

musculatura de sustentação da cabeça e tronco, os estímulos proprioceptivos

articular de pressão, somatosensorial e visual no auxilio a postura, desta forma

pode-se dizer que os membros superiores e cintura escapular se estabilizarão

promovendo alinhamento e estabilidade corporal.

A equoterapia também pode auxiliar no desenvolvimento das sinergias

funcionais, proporcionando ao praticante adquirir movimentos coordenados de

controle de postura, mantendo assim o centro de gravidade, pois quando utilizado o

passo de trote ou galope, este exige uma ação reflexoria mais estimulante e

desenvolve o tônus muscular, além das dissociações de cinturas escapulares e

pélvicas, provocados pelo movimento do cavalo (Lermontov, 2004).

3 - Objetivo Geral

- Conhecer o Método Bobath, e elencar algumas especificidades que possam

contribuir para a Equoterapia.

4 - Procedimentos metodológicos/métodos e técnicas

O presente estudo constitui-se em uma pesquisa do tipo documental, com

caráter quantitativo, a qual segundo Thomas e Nelson (2002), tem como

características observar, registrar, analisar, descrever e correlacionar fatos ou

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fenômenos sem manipulá-los, procurando descobrir a frequência com que o

fenômeno ocorre e sua relação com outros fatores.

A amostra do estudo será formada por artigos de periódicos brasileiros

consultados em sites de busca como Scielo, Bireme, Lilacs e Medlline, Periódicos e

Revistas da Área de Fisioterapia, Equoterapia e Educação Física; alem de livros

específicos sobre o assunto. Como critério de participação da pesquisa foi

estabelecido que estes devessem estar relacionados ao tema Equoterapia e

Bobath.

A partir destas pesquisas e referenciais teóricos, realizaremos um quadro

comparativo (para fins didáticos):

Conceito Neuroevolutivo

Bobath

Equoterapia

1 - Base terapêutica O Conceito Neuroevolutivo/Bobath é uma abordagem terapêutica e de reabilitação que prioriza a solução de problemas de função, movimento e tônus; foi desenvolvido para indivíduos com patofisiológica de SNC, visando à facilitação do movimento, ou seja, solicitam-se alguns ajustamentos automáticos da postura, a fim de produzir uma atividade através de reações automáticas de proteção, endireitamento e equilíbrio. A partir da compreensão e percepção do movimento normal, usa-se a facilitação de movimentos e posturas seletivas, objetivando-se um aprimoramento da qualidade da função, melhorando a qualidade de vida dos pacientes neurológicos. (24)

Este e um método Terapêutico que visa à reabilitação de pessoa com deficiência (física, psíquica, intelectual, social ou emocional), que usa o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar nas áreas da saúde, equitação e educação. (25)

Objetivos do trabalho Objetiva estimular e aumentar a capacidade do individuo para realizar o movimento funcional o mais próximo da normalidade possível. Os movimentos normais não podem ser obtidos, se o individuo permanecer em algumas posturas que resultam em movimentos de forma desordenada. Assim busca-se auxiliar o individuo a mudar suas posturas e seus movimentos anormais, para que ele seja capaz através de se adaptar ao ambiente e desenvolver uma melhor

A técnica tem como objetivo proporcionar ao individuo com necessidades especiais o desenvolvimento de suas potencialidades, respeitando seus limites e visando sua integração na sociedade, proporcionando ao praticante benefícios físicos, psicológicos, educativos e sociais. (25). Busca a melhora do equilíbrio, ajuste Tonico, consciência corporal, orientação espaço temporal, postura, alongamento e flexibilidade muscular, melhora no intelecto, fala e linguagem, funções viscerais e metabólicas, alfabetização,

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qualidade de realizar suas atividades funcionais. (07)

Os princípios de Bobath são:

• O método objetiva o padrão muscular mais próximo do normal;

• Abordagem de posturas de inibição reflexa;

• Suprimir os padrões anormais antes que os padrões alterados possam ser introduzidos;

• Paciente recebe o máximo de informações proprioceptivas e esteroceptivas, seja no nível automático, seja em um nível voluntário;

• Tratamento individualizado; • Paciente deve ser visto sob

um aspecto global. (21)

sociabilização e aspectos psicológicos. (06)

Materiais e

acessórios

Tatames, Bolas (p, m g), Rolos; Brinquedos coloridos, Triângulos de Espuma, Banquinhos, Colchonetes Espelhos, Rampas, Andador, Cunhas entre outros.

Selas, Mantas adaptadas, Estribos. Rédeas e freios, Brinquedos. Materiais pedagógicos, Capacetes, Cavalos.

Local das sessões Sala adaptada. Espaço equoterápico, redondel, pista coberta, área externa na natureza, trilhas.

Equipe

Responsável

-Fisioterapeuta ou profissional da área de saúde com formação profissional no Conceito Bobath - atuação familiar

O paciente em tratamento conta com o acompanhamento de uma equipe interdisciplinar, com alguns momentos de transdisciplinaridade. Esta pode ser formada por:

Profissionais da área da Saúde:

• Fisioterapeuta; • Fonoaudióloga; • Psicóloga; • Terapeuta Ocupacional; • Psicomotricista; • Médico.

da área da Educação:

• Pedagogo; • Psicopedagogo; • Professor de Educação Física.

e da área da Equitação e do trato animal:

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• Instrutor de Equitação; • Auxiliar-guia; • Tratador; • Veterinário; • Zootecnista. (25)

Forma de

Aplicação ou

intervenção

Para Gusman e Torre (2010), inicia-se com as técnicas básicas do Conceito como, transferência de peso, taping, placing e holding, e mudanças de posturas. Segue-se a sequência do desenvolvimento típico tanto nas sessões quanto nas metas a curto e médio prazo. A sequência dos manuseios obedece sempre o sentido céfalo caudal, mais proximais ou axiais.

O ambiente e a formação da equipe multidisciplinar para desenvolvimento da equoterapia devem seguir normas específicas que garantam a segurança e o acolhimento do praticante. Durante a sessão de equoterapia necessita-se de um auxiliar guia para conduzir o cavalo, de um auxiliar lateral e de um terapeuta ou mediador. Este último atua executando os exercícios propostos no plano terapêutico e/ou educacional (CIRILLO, 2001). Do ponto de vista cinesioterapêutico, de acordo com OLIVEIRA (2003), o praticante que está em cima do cavalo realiza variados ajustes tônicos (ajustes automáticos em busca do equilíbrio). Esse movimento se traduz, no plano vertical, em movimentos para cima e para baixo; e no plano horizontal, em movimentos para a direita e para a esquerda (eixo transversal do cavalo) e movimentos para frente e para trás (eixo longitudinal). Um quarto movimento também é observado, caracterizando-se uma torção da bacia do cavaleiro da ordem de oito graus para cada lado, em cada passo do animal. Os deslocamentos da cintura pélvica produzem vibrações nas estruturas ósteo-articulares que são transmitidas ao cérebro pela medula espinhal. O movimento do cavalo, portanto, dá um movimento para a pélvis do cavaleiro que é muito semelhante ao movimento induzido pela marcha humana (CRUZ, 2002). A estimulação proveniente do ambiente e dos movimentos oscilatórios tridimensionais do cavalo gera no paciente uma sensação de espontaneidade, fazendo-o sentir-se autoconfiante, melhorando a percepção espacial, estimulando-o de forma sensorial, visual, na acústica, na percepção da autoimagem e na organização espaço-temporal, proporcionando melhor utilização de seu componente afetivo (SANTOS 2000).

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Portanto, a equoterapia tem grande importância pelo seu caráter interdisciplinar, pois além de possibilitar de estímulos sensório-motores, favorece também ao praticante o desenvolvimento das suas competências e potencialidades, facilitando sua inclusão na educação formal e no mercado de trabalho (BRITO 2006). ( 37)

Resultados

esperados

O Conceito Neuroevolutivo Bobath, prima pela busca e recuperação, ou aprendizado de movimentos que proporcionem ao individuo funcionalidade. Através da inibição de padrões de movimento anormal. (09) A meta visa uma continuação efetiva da sessão de tratamento na vida cotidiana, ou seja, aperfeiçoar a aprendizagem motora (TECKLIN, 2002).

Os resultados obtidos com as influências da equoterapia na (re) educação motora do praticante são vistos nos seguintes fatores: (21)

- postura de base: pois no cavalo a postura do praticante é contrária aos padrões patológicos (é dado enfoque ao método neuro evolutivo Bobath);

- solicitações cinéticas provocadas pelos movimentos do cavalo, as quais os grupos musculares de ereção do tronco são estimulados alternadamente por contração e relaxamento, em um movimento complexo, que por si, estimula a rotação do tronco e envolve outros segmentos corpóreos e os membros em sequencia ordenadas e rítmicas;

- informações sensitivas e sensoriais provenientes do sistema vestibular, dos proprioceptores dos músculos e articulações. Estas aderências combinam-se segundo o esquema dos sinais de solicitação cinética organizada pela postura do praticante e os movimentos do cavalo. No entanto, as estimulações sensoriais, visuais e acústicas, que são captadas pelos movimentos executados, contribuem para a melhor percepção espacial;

- percepção da autoimagem, que é o resultado destas informações sensitivas e suas respostas dinâmico-posturais, seja, como esquema corporal, seja em relação ao próprio interior psico-intelectual da criança e o ambiente que o cerca;

- o efeito sobre a organização espaço-temporal faz com que a experiência cognitiva do próprio corpo e do ambiente

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externo leve automaticamente o praticante a uma nova ou até melhor organização espaço-temporal, proporcionando uma utilização melhor de seu componente afetivo;

- modificações na natureza psicológica: a atividade automática do sistema nervoso central, ligada em sua maior parte à vida de relação, nasce de solicitações de caráter mecânico, mas também de impulsos superiores que envolvem os aspectos emotivo e intelectual do complexo psicomotor, que se manifesta de modo parcial, por estímulos quantitativos e qualificativos. A carência de estímulos adequados pode ser uma das causa da diminuição destes impulsos.

5 - DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Após a ampla leitura, pesquisas e discussões com colaboradores

relacionaram-se às informações contidas no quadro acima; sendo que estas

apontam algumas semelhanças e especificidades de cada método. Em suas bases

terapêuticas os dois métodos, tem como meta facilitar a movimentação dos

indivíduos; iniciando o processo de atividades mais simples e aumentando sua

complexidade, conforme a maturação do paciente/praticante. Os estímulos

intrínsecos e extrínsecos objetivam proporcionar ao individuo, o entendimento para

a assimilação do movimento, validando o mesmo com a prática e buscando inserir

a mesma no cotidiano facilitando as AVDS (atividades da vida diária).

Segundo Hubert Lallery (1996), na equoterapia o praticante pode vivenciar

tantos acontecimentos ao mesmo tempo, e também no qual as informações e

reações são extremamente numerosas. No Bobath, também o fisioterapeuta vai

procurar transmitir ao paciente, informações sensoriais sobre o movimento,

estimulando-o para que ele pratique de forma correta, “repita e repita” o movimento

até que este seja entendido.

Raine (2007) descreve o conceito Bobath, como interação. Processo entre o

indivíduo, o terapeuta e o ambiente, buscando promover a eficiência do movimento

do sujeito em seu potencial máximo, em vez de movimentos normais. Em ambas

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as terapias, as informações são repassadas ao sistema nervoso central através de

atividades programadas e direcionadas para cada individuo; desta forma o estimulo

fica mais especifico para a ação que se deseja realizar e gravar. Sendo que na

equoterapia o estimulador maior é o cavalo e no Bobath o fisioterapeuta.

No Método Bobath a estimulação do movimento é tátil e com alguns

equipamentos para manter posturas. Na equoterapia os estímulos, maiores, são

provenientes do cavalo e do ambiente externo; os ambientes de natureza. Porém

em casos extremos da falta de mobilidade, o terapeuta, poderá se utilizar de

estimulação tátil e dos pontos chaves de inibição apresentados no método Bobath.

Nas intervenções, os atendimentos são realizados por equipes nas duas

terapêuticas; os ambientes são distintos, o Bobath utiliza uma sala especifica e

preparada para recepcionar ao paciente enquanto a equoterapia trabalha com

ambientes diferenciados e ao ar livre; o Bobath foi iniciado para atender a uma

patologia a Encefalopatia crônica, enquanto a equoterapia interage na área da

saúde, socioeducativa e esportes.

É necessário uma analise de cada caso antes de qualquer intervenção, e a

família, tem papel fundamental, pois, o seu compromisso de educadora está

relacionada, diretamente com a realidade de seu filho/aluno, possibilitando grandes

ganhos psicomotores somados com o aprendizado escolar (sessões terapêuticas)

e diário. (Brito, 2006)

Esta pode trazer informações pertinentes ao praticante/paciente, e repetir as

atividades realizadas nas sessões em casa, para que estas sejam gravadas e

assimiladas.

Com relação aos materiais utilizados, algumas diferenças se fazem notar.

Os equipamentos da Equoterapia são também equipamentos de segurança, e não

fixam o praticante numa postura; enquanto o Bobath dispõe de alguns instrumentos

que auxiliam na manutenção da postura desejada.

Através deste método, ressalta Leitão (1983), a criança aprenderá

movimentos por meio da percepção do movimento normal, sendo o fisioterapeuta o

ponto chave para este acontecimento, no qual suas mãos e seu corpo, (e possíveis

equipamentos por ele utilizados); constituirão uma ferramenta de suma importância

para a realização do tratamento, levando ao paciente, através do manuseio feito

pelo fisioterapeuta, a qualidade da função do movimento, exigindo uma preparação

sistemática, prevenindo assim contraturas e deformidades, ou inibindo a atividade

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tônica reflexa da criança acometida. Segundo Weinert e Bellani 2011, a meta é

torná-lo o mais independente possível; observando suas potencialidades e

adequando as necessidades individuais.

Para Severo (2006), o ser humano é um produto filogenético, ontogenético e

cultural, sendo o sistema nervoso, os estados psicológicos e as situações sociais,

os grandes responsáveis pelas aquisições da aprendizagem e dos desempenhos

comportamentais. Em segundo lugar, há necessidade de se entender que o

desenvolvimento psicomotor antecede o desenvolvimento cognitivo e emotivo,

segundo vários autores.

Em continuação, Leitão (1983) complementa dizendo que “[...] logo após ter-

se obtido um tono muscular normal ou uma apreciável redução da espasticidade

procura-se induzir a criança a realizar movimentos ativos. Esta orientação é

importante para evitar a volta do tono anormal”. “[...] a criança não aprende

movimentos, mas experimenta a sensação do movimento”.

Bobath (1984) explica que a criança é deixada livre para movimentar seus

membros ativamente enquanto o terapeuta controla os pontos-chave, evitando

qualquer fluxo de hipertonia e deterioração do movimento. Isto permite a

combinação de inibição e facilitação simultâneas. Escolhendo cuidadosamente e

alterando constantemente os pontos-chave de controle, pode-se obter uma

sequencia completa de movimentos automáticos ativos sem interferência de

padrões anormais. Sendo assim, quando a facilitação dos movimentos normais é

realizada com sucesso, o paciente aprende a inibir, por ele mesmo, os padrões

posturais anormais.

Sobre o cavalo, na equoterapia, as informações proprioceptivas

provenientes das articulações, músculos e tendões, são alteradas de tal forma que

podem influenciar centros superiores, induzindo à criação de novos esquemas

motores, proporcionando uma reeducação neuromuscular. Isto está de acordo com

a ideia de que a integração sensória motora é essencial na experiência de

aprendizado de qualquer indivíduo. O aprendizado motor é um conjunto de

processos associados com a experiência levando a mudanças relativamente

permanentes na capacidade para o desempenho qualificado (EDWARDS, 1999).

Enfim, aprender e reaprender, tendo este agente motivador e nada sutil, que

realiza movimentações até mesmo parado, e consegue fazer com que o praticante

possa se superar, aceitando desafios e superando-os dentro de sua possibilidades.

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A qualidade de vida do praticante é a grande meta da equoterapia, ANDE-BRASIL

(2001). Realizar tarefas e obrigações de rotina e atividade normais diárias, bem

como exercícios num ambiente natural Nagi (1965) apud Munareto (2006).

Com a movimentação do praticante sobre o cavalo e observando os

movimentos que este proporciona logo se pode com tranquilidade afirmar que o

cavalo com a sua conformação cilíndrica e seu movimento tridimensional e

multidirecional, facilita em grande escala a movimentação normal e a manutenção

de uma postura adequada. (ASSOCIAÇÃO GAÚCHA DE EQUOTERAPIA, 2001).

6 – CONCLUSÃO

A busca pelo conhecimento não tem um fim; ao findarmos mais uma etapa

podemos apenas retirar do contexto novas informações que vão sem dúvida gerar

novas dúvidas e novas pesquisas.

Neste caso, após as análises pode-se concluir que por possuírem muitas

similaridades os dois Métodos Terapêuticos, oferecem possibilidade de reabilitação

em consideração a área do movimento. Assim muitas das técnicas utilizadas no

Método Bobath, seriam de grande valia se utilizadas nas sessões equoterápicas.

Ambos os métodos terapêuticos procuram em seus atendimentos,

possibilitar aos atendidos a aquisição ou reabilitação dos movimentos buscando

promover bem estar físico mental e social aos mesmos. O processo com

comprovação cientifica é lento e necessita de muitas pesquisas e estudos de casos

para comprovar sua eficiência. Porém o próprio Bobath (1989), relata que por mais

que o prognóstico pareça incerto, e os resultados do tratamento não sejam

previsíveis; Até que a criança tenha atingido um estágio de bastante

desenvolvimento, o que pode nos ajudar nesta fase, é uma reavaliação periódica, à

medida que a criança vai crescendo, pois assim poderemos traduzir melhor o seu

desenvolvimento e aplicar isto no tratamento. Bobath (1989 pág.: 18) diz ainda que:

Apesar destas incertezas, deve-se tomar cuidado para não perder a melhor época,

quando o tratamento pode influenciar e melhorar a qualidade da coordenação das

atividades do desenvolvimento da criança, que ajudada dessa maneira, irá

amadurecer da maneira mais normal possível.

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