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UNIVERSIDADE TUiUTI DO PARANA
A LlDERANf;;A DO PROFESSOR EM SALA DE AULA E SEUS EFEITOS NO
PROCESSO DA APRENDIZAGEM
CURITIBA
2005
CARLA BERNARDO BRAGA
A LlDERAN9A DO PROFESSOR EM SALA DE AULA E SEUS EFEITOS NO
PROCESSO DA APRENDIZAGEM
Trabalho apresentado ao curso deespecializac;ao em psicopedagogia daFaculdade de Ciemcias Humanas, Letrase Artes da Universidade Tuiuti do Parana,como requisito parcial para obteny80 dotitulo de especialista em psicopedagogia.
ProF. Margaret Maria Schroeder
Curitiba
2005
TERMO DE APROVA<;:Ao
Carla Bernardo Braga
A LIDERAN<;:ADO PROFESSOR EM SALA DE AULA E SEUS EFEITOS NOPROCESSO DA APRENDIZAGEM
Esta rnonografia foi julgada e aprovada para 11obtem;ao do titulo de Especialista em PsicopL>dagogia no curso dePsicope<iagogia cia Universidade Tuiuti do Parana.
Curitiba,09 de dczcmbro de 2.005
Maria Letizia MarchesePsicopedagogia
Universidade Tuiuti do Parana
Orientadora - Margaret Maria Schroeder
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar A Deus, par nunca ter-me deixado, e par ter permitido chegar ate
aqui, vencendo mais urna elapa da vida.
A minha mae, pelo amor, dedic8c;ao e paci~ncia. Meu filho que e a minha vida.
Aos Mestres que se dedicam, a cada dia, em pro! do desenvolvimento e valorizac;:ao
de nossa atividade profissional.
RESUMO
Hit muitas maneiras de se entender as tipas de lideran«8 que 0 professor esta
atuando em sala de aula, ou pretende atuar para urna metharia no desenvolvimento,
e na aprendizagem da turma. E atraves desta pesquisa que tentei foealizar e
desvendar urn estudo sabre a pratica do professor e sua lideranc;a. A preocupayao
em relac;;:aoa atitude do professor, sua pratica cotidiana, determinou meu estudo,
porque na reaJidade e urn fato que ocupa minha vida. Esta monografia esta voltada
para a conscientizac;ao dos professores sobre a importancia da sua atu8c;;:ao como
formador de personalidades, como influenciador na mente humana, tratando-se de
crian98s, tentando desta forma, modificar suas atitudes em relayao as mesmas
valorizando 0 respeito, 0 dialogo, enfim a sensibilidade que favore9a a construyao de
uma atitude democratica em sala de aula. Utilizando como estrategia metodol6gica:
observayao, anotay6es, teste e dialogo, para que dessa mane ira pudesse analisar e
constatar qual tipo de lideranya e adotado por um determinado professor. Nesta
expectativa, considera-se que a questao de ensino-aprendizagem esteja ligada a
postura que 0 professor exerce sua metodologia, tecnicas e atitudes que estao
sendo utilizadas para que sua lideranya esteja de acordo com a turma em questao.
Este resultado que apresento, pense que podera contribuir para todos aqueles que
compartilham das minhas preocupayoes e anseios em relay30 a educayao, pOis
acredito ser util e servir de incentivo para novos estudos e pesquisas. Procurei
analisar a forma de en sino encontrada e tirar algum proveito, para quem, como eu,
dedico-se a ayao, reflexao e formayao do individuo, ou seja, da crianya.
Palavras-chaves: Lideran<;a - Conscientizay3o de professores - Ensino-
aprendizagem
SUMARIO
1 INTRODUCAo ...
1.1 Objetivo Geral ..
1.2 Objetivos Especificos ...
1.3 Formula~ao de Problema ..
1.4 Elabora~ao das Hip6teses ..
1.5 Procedimento Metodologico ...
2 FUNDAMENTACAo TEORICA ..
2.1 0 Professor eo Trabalho da Escola ....
2.2 Rela~ao de Confian~a ..
2.2.1 0 Papel do Professor como Lider " .
2.2.20 Perfil do Lider ..
2.2.3 a Processo de Lideran~a..
2.2.4 Oistribui~ao da Lideram;a o.
3 ANALISE DO PROFESSOR COMO LiDER ....
3.10 desempenho dos Alunos perante a Lideran~a do Professor ..
..06
...... 07
... 08
. 08
..09
.09
... 11
.11
. 13
.15
. 16
. 17
. 18
. 20
... 20
3.1 A Lideranc;a Eficaz ..
3.1.20 Professor Ideal ...
. 21
..23
4 0 PROCESSO ENSINO -APRENDIZAGEM TRADICIONAL, CONSTRUTIVISTA
E 0 PROFESSOR.. . 25
4.1 Abordagem Tradicional ... . 25
4.1.2 Abordagem Construtivisla 30
4.1.3 Molivac;ao ..
5 PESQUISA DE CAMPO ..
.33
... 37
6 ANALISE DE DADOS ..
7 CONSIDERA';;OES FINAlS ..
. 39
... 42
REFERENCIAS.. . 44
ANEXOS.. . .45
ANEXO A - TESTE DE LlDERAN';;A .. ..46
6
1 INTRODU<;AO
Observando e distinguindo a professor como lider que valoriza as emo90es
do aluno, e passivel avaliar sua real capacidade de desenvolver 0 saber no
ambiente escolar.
Oiante da necessidade de um trabalho mais produtivo na sociedade atual,
ern algumas areas de atuac;ao, comenta-se muito de desenvolvimento de Iideran9CI
de pessoas que trabalham em varios setores de trabalho, mas na escola ainda naD
ha urn trabalho organizado e especifico de analise do papel de lideranc;:a do
professor, que e 0 orientador do aluno.
o lider e aquele cnde se ostenta que, em urna detenninada Situ8C;:80, em
urna circunstancia especial, urn individuo influencia com suas e ideias e atitudes, a
pensamento a julgamento e as acroes dos Qutros elementos do grupo.
o professor como orientador/lider de uma turma que geralmente ira
defrontar-se com crises entre as crianvas, e essas crises sempre ocorrerao, pois,
numa mesma cia sse, existem muitas realidades e culturas diferentes, causando 0
aparecimento de conflitos intemos entre os colegas de turma, pede-se para seu
enfrentamento a ajuda de um conjunto de areas do conhecimento, alem de visto
como um aspecto no processo de educayao escolar e que sua complexidade esta
diretamente ligada a fonnayao, ao mesmo tempo, de muitos alunos, com manifestos
"indesejaveis", que por sua vez pode prejudicar a evoluyao do processo
ensinolaprendizagem.
o tema: "A lideranya do professor em sala de aula e seus efeitos no
processo da aprendizagem", surge em funyao de observayaes e preocupa90es que
n6s professores temos dos efeitos que algumas lideranyas poderao influenciar no
processo da aprendizagem. Pelo conceito que professores tem a lideran9as em
rela9aO a submissao, a obediencia, muitas vezes gerando atitudes docentes
autoritarias e I ou espontaneistas.
Este tema teve como ponto de partida a analise que os profess ores devem
ter em relagao a sua maneira de olhar e ensinar 0 aluno, de como sao lideres equal
tipo de lideranya alguns professores adotam em sala de aula.
Acredita-se que os alunos I crian9as precisam de orientagao no aprender
como enfrentar 0 desafio e as obriga90es da vida. No 10 cicio do ensino
fundamental, a crian9a ve 0 professor como urn grande modelo a ser seguido, e,
necessita de um professor que seja lider a fim de orienta-Io no seu processo do
saber, servindo como exemplo de conduta, de organizagao do trabalho individual e
da turma como um todo.
Um professor lider precisa saber distinguir as percep90es que acredita
serern relevantes para conseguir determinada meta das que sao irrelevantes.
Ser capaz de estabelecer a distin9aO de qual lideran9a tera que atuar em
sala de aula para 0 desenvolvirnento de urn trabalho produtivo e satisfatorio.
Conforme Rios (1921, p.167). "Se a lideran", e um fenomeno social, h8
condiyoes e situayoes sociais que favorecem ou reprimem seu aparecirnento" Nao
hfl Ifder sem liderados e a Iideran9a nada mais e do que uma rela9aO social em que
as personalidades, de ambos os lados, se enriquecem.
1.1 Objetivo Geral
Esta pesquisa tem por objetivo analisar 0 trabalho do professor que atua
como orientador do conhecimento dos seus alunos. Estabelecer as bases de uma
dinamica de lideranya, e seus tipos, e esclarecer a lideranc;a eficaz.
1.2 Objetivos Especificos
• Focalizar a necessidade e importancia de trabalhar a lideranya em sala
de aula.
• Verificar a formac;ao do professor e instrumentos de trabalho, para que
venham a ser, caso na sua formayao nao os aprendeu, de ~acordo"
com a tarefa que Ihe e requerida.
• Identificar e discriminar os tipos de lideranya: democratico, permissivo
e autocratico.
1.3 Fonnula4;ao do Problema
Segundo 0 dicionano (SACCONI, 1996) lideran~ quer dizer: 1. capacidade
de liderar; espirito de chefia ou comando; ~mostrou forte lideranva entre seus
companheiros". 2. grupo de lideres. (SACCONI da lingua Portuguesa - Sao Paulo:
Atual, 1996).
Como as lideranyas do professor, positivas e negativas, podern influenciar
no processo ensino - aprendizagem?
Se liderar urna classe e orientar de forma eficaz, e fundamental lembrar que
o ser humano s6 segue aquilo que deseja que Ihe e interessante.
E fundamental 0 educador lembrar que, ao trabalhar com crianc;as de 6 a 9
anos, varias qualidades sao exigidas do professor como Hder, pois nessa faixa
etaria, as crianyas sao mars dependentes e requerem uma atenyao diferenciada, e
uma fase de continuidade de aprendizagens inicrado na educa9ao infantil, vale
ressaltar a sua responsabilidade; uma vez que ele e 0 Mmodelo" para 0 educando.
1.3 Elabora~iio das Hip6teses
Os efeitos de uma professora I mediadora, no processo de ensino -
aprendizagem; lider positrvo e negativo.
A lideranya do professor influencia na aprendizagem?
Como 0 mediador pode atuar com os diferentes tipos de lideranc;a?
Os resultados, em termos de aprendizagem dos drferentes tipos de lideranc;a
do professor l!ider.
1° A formulayao de estrategias mediadoras para 0 ensino - aprendizagem.
2° Identificayao dos diversos tipos de lideranc;as.
3° 0 calculo do ganho de aprendizagem para cada tipo de lideran9a e
estrategia adotada.
1.4 Pracedimento Metodol6gico
Esta pesquisa realizou-se par meio do metodo dedutivo, descritivo e pratica.
Para 0 desenvolvimento da presente monografia foi realizada pesquisa
bibliografica e documental para estruturar os instrumentos necessarios a efetivayao
do mesma. Em seguida, houve observa90es e anota90es em sala de aula, sobre 0
possivel Wcomportamento", atitude do professor. e comportarnentos J atitudes dos
alunos. Composta por urn professor e 30 alunos, com aplicayao de urn teste de
10
lideranc;a, para 0 docente, segundo a classifica~o uFiedler", apos a aplicac;ao do
teste, 0 mediador analisou e comparou qual tipo de lideranC;8 e lider a docente atua.
Em outra aula, 0 mediador levou 0 resultado para apresentar ao professor. Neste
momento, colocou-se em pratica a dialetica ende buscamos urna troca de
informac;oes entre alunos, professor I lider, e 0 mediad or sobre que metodos e
tecnicas poderiam ter side utilizados para se obter urn melhor resultado de
aprendizagem.
11
2 FUNDAMENTACAo TEORICA
2.1 0 Professor e 0 Trabalho da Escola
Para muitos alunos, a eseela ainda e urn lugar necessaria, porem
desinteressante, S8 comparada a Qutros lugares da vida de urn estudante. A
comunidade de educadores busca soluc;Oes para 0 problema, mas a realidade
dentro da sala de aula esta distante da desejada e desafia professores a procurarem
novas caminhos.
Um grande lider naD desiste tao faeil dos seus prop6sitos, e a sua
perseveranya servin~ de espelho para as pequenos, encorajando-os a tazer 0
mesma. Como orientador, ao superar obstaculos, ele propicia a crianr;a urn modele
real de desenvolvimento. (MarCia Pirih Baron - Jul.2.001/2.002)
E passivel que urn professor pense que, nao sendo urna pessoa de rename,
nem detentora de urna multidao de seguidores, nao seja um lider. Lideres nao
nascem eles sao desenvolvidos, desempenham um papel ou assumem uma
responsabilidade, como mostra John Adair, quando diz que a "lideranc;:a nao e uma
superioridade inata" (1.989, p.14), e urn exercicio continuo de aprendizado da
func;:ao, uma vez que cada situayao e cada grupo exigem lideres diferentes.
Sendo os principios da lideranc;:a os mesmos em qualquer func;:ao humana,
todo prefissional necessita ter conhecimentos praticos e te6ricos a respeito dos
fundamentos da lideranc;:a, do contra rio, como alguem poderia mostrar algo do qual
nao tern dominio?
Conforme os Parametres Curriculares Nacionais (Brasilia 1.998) a postura
de acolhimento, da escola perante ° aluno, envolve tanto a valorizac;:ao dos
12
conhecimentos e da forma de expressao de cad a aluno como 0 processo de
socializayc30. Valorizar 0 conhecimento do aluno, considerando suas duvidas e
inquietac;:oes, implica promover situac;oes de aprendizagem que fac;:amsentido para
ele. Exercer 0 convivio social no ambito escolar favorece a construc;ao de uma
identidade pessoal, pois a socializayao se caracteriza por um lade pela diferenciayao
individual e por outro pela constrUyaO de padroes de identidade coletiva.
Contribuir para 0 processo de acolhimento dos alunos nao e tarefa simples,
pais envolve lidar com emoyoes, motivac;oes, valores e atitudes do sujeito relac;ao ao
outro, suas responsabilidades e compromissos.
As aprendizagens que as aluncs desenvo!vem na escola serao importantes
na medida em que eles consigam estabelecer relayoes entre 0 conteudo escolar e
as conhecimentos previa mente construidos, que atendam as expectativas, intenc;oes
e prop6sitos de aprendizagem do aluno.
Se a aprendizagem for uma experiencia bern sucedida, 0 aluno constroi uma
representa980 de si mesmo como alguem capaz de aprender. Se, ao contrario, for
uma experiencia malsucedida, 0 ato de aprender tendera a se transformar em
amea9a, e a ousadia necessaria a aprendizagem se transformara ern medo, para 0
qual a defesa possivel e a manifestayao de desinteresse.
A atual Lei de Diretrizes e Bases da Educayao Nacional (Lei 9.394, ed. 20 1
12/1.996), em seu titulo V, artigo 32. Afirma que:
o desenvolvimenlo da capacidade de aprendizagem, lendo em vista aaquisicao de conhecimentos e habilidades e a formacao de atitudes evalores~. "0 fortalecimento dos vinculos de familia, dos lacos desolidariedade humana e de tolerfmcia reclproca em que assenta a vidasocial.
13
No titulo VI ,artigo 61 diz que: a compreensao de que a formayao do
professor deva ter como fundamento a "associayao entre teorias e praticas", bem
como a aproveitamento da formac;ao e de experiencias anteriores ( ate mesma em
Qutras atividades), pade dar margem a configurac;a.o - na formac;ao do professor-
naD de urna perspectiva diah3tica, au seja, - relac;ao teoria e pratica - e sim de urna
enfase e legitima9Bo, sempre de menor custo, de urna pratica sem teoria, de g05tO
instrumentalista.
Constata-se que a aten980, dedic8c;ao e tolerancia do professor em sala de
aula, contribuem para 0 born desenvolvimento da aprendizagem, e comportamentos
chamados indesejaveis diante de alguns alunos.
Quando ha dificuldade de Uentrosamento" de aluno x professor, seja pela
materia, que ja se torna ate pessoal, par parte do professor, au pelo proprio
desinteresse do professor por varios motivos (ditos pessoais ou nao), a resistencia
do aluno em adequar-se aquela determinada disci pi ina ou professor, faz com que
ele tenha uma postura menos humilde e tenta desta forma demonstrar atraves de
uma manifestayao autoritaria, perante os colegas de classe, desafiando a escola e
as professores.
2.2 Rela~ao de Confianc;a
Envolver os alunos no trabalho escolar, estabelecer dialogos com os alunos,
estabelecer uma relayao de confianya podem fazer com que esses alunos voltem a
praduzir e tenham urn born desempenho , pois rompendo a barreira que
supostamente exista entre professores e determinados alunos, esses mesmas
14
eram considerados "agitadores" ,produzirem de maneira a terem urn ctimo
desenvolvimento.
Urn professor lider deve fazer do seu objetivo um alva significativo para seus
liderados, sendo sempre transparente, alias, a canllter forte e urna qualidade
importante e vital nurn educador, pais alguns valores como lealdade,
responsabilidade, humildade, honestidade, sinceridade, fidelidade, democracia e
modestia possibilitam 0 desenvolvimento pleno das funyoes exigidas pela POSic;80e
abrem caminhos preciosos no relacionamento professor I aluno. (Marcia Pirih Baron
juI.2.001l2.002 pg.85-92).
o professor deve ter clareza de seu papel, ter firmeza com rela<;ao a
postura em relaC(8o a lideranCfa, pais urn dos pontcs de eslrangulamento para a
construc;ao da disciplina sao duas posturas extremas: de urn lado, urn professor que
superestima seu papel (convicto demais, dogmatico, fechado) , as vezes ata por
defesa, por nao ter realmente clareza de qual 0 seu papel; por outro, 0 professor que
subestima seu papel (inseguro, desorientado, culpado, mole).(Narcisa de Fatima
Amboni~ pesquisa na internet)
o educador deve entender que seu papel a legitimado socialmente, na
medida em que tern como funC;8o formar as novas gera«6es. Ao mesma tempo, deve
buscar a legitimaC;ao de sua autoridade pelo grupo-classe, ou seja, a cia sse deve
reconhecer que 0 poder que ele dispOe esta sendo utilizado como um servic;o, como
um recurso para 0 bern da coletividade, superando a disciplina formal, autaritaria.
o professor precisa conquistar a confianc;a e 0 respeito da turma para se
tomar 0 seu legitimo organizador. Nao pode simples mente basear~se no carater
formal de sua posic;ao (diploma, concurso, responsabilidade por aquela determinada
matena ...)
15
o educador deve ter conscii!ncia de que e ele 0 orientador do conhecimento
e do ambiente para que seu saber aconteya e que ele, portanto, deve ser lider,
sistematizando a sua pratica, compreendendo e percebendo a sua funC;:2o nurn
grupo, destacando-se ativamente no conjunto escola, professor, familia e aluno.
E importante que 0 professor saiba constantemente perceber a sua
realldade e unir eoisas que, juntas, formem algo inedito e interessante. E necessaria
desenvolver varias possibilidades de 8<;:20 dentro de uma mesma realidade,
prevendo mudan<;:as na escola que exigirao uma criatividade imediata para
solucionar uma siluac;:ao de emerg~ncia e registrando, sistematicamente, as ideias
que surjam de reflexoes, mesma que sejam momentaneas.
Com a professor em cia sse, 9 necessaria que ele sempre desenvolva 0
exercicio da criatividade, possibilite situac;oes para isso e nao se sinta ameac;ado
pelo novo, par algo nunca executado antes.
"De um rider autentico, ao concruir a missao a que se dedicou e, atingindo 0
objetivo a que se propOs, dirao todos: '0 sucesso 9 nosso'" Lao- TZ9.
2.2.1 0 Papel do Professor como Lider
o professor-rider devera ser uma fonte de apoio aos seus alunos, deve ter 0
sentido de confianya na sua capacidade de influenciar positivamente, acreditando no
potencial dos seus alunos, promoverem a respeito e a capacidade para que
assumam suas responsabilidades.
uNao sera facil, pOis nao e tacil ser-se professor e rider. Havera que ter em
conta 0 poder que cada um dos actores tern na sala de aula. Havera que conhecer
os diversos tipos de poder e as melhores estrategias a adotar.
16
Havera que estar consciente da necessidade de controlar as chamadas
Uzonas de incerteza", Haverc~ que ultrapassar, pelo menos parcialmente, a visao
durkeiniana do ascendente natural do mestre sabre 0 disci pula e de que U a crian9a
encontra-se naturalmente nurn estado de passividade ..." (Vitor Manuel Tavares
Martins)
A sala de aula e urn ambiente de diversidade, pais abriga urn universoheterogeneo, plural e em movimento constante" Gada aluno e singular, ternuma identidade, originada de seu grupo social, estabelecida por valores,crenyas, habitos, saberes, padr6es de condutas, trajet6rias peculia res epossibilidades cognitivas diversas em relar,;:ao a aprendizagem, podendoexpressar maior interesse e entusiasmo por delerminada area doconhecimento ou, ainda, demonstrar apatia ou indiferenca ao dialogar coma compJexidade humana na pessoa do professor, provocando inquietat;:6espermanentes na at;:ao docente (ROMANOWSKI, 2003, p. 29)
Oa-se, pois, a importfmcia do papel do professor-lider em sal a de aula,
verificar qual tipo de lideranya se adequa a sua turma ou perante alguns alunos,
quais metodos de ensino e didatica devera adotar para melhor satisfazer seus
prop6sitos ali desejados, a tim de desenvolver um trabalho mais produtivo.
o professor exerce grande influ~ncia na formac;ao do interesse de cada
crianya, por isso ha de se criar uma postura diferenciada, buscando inserir dentro do
contexto escolar praticas pedag6gicas que se auxiliem na construyao de relayoes de
autonomia com os outros, isso s6 e possivel realizar como processo coletivo que
implica relayoes de poder nao-autoritil.rias.
2. 2.2 0 Perfil do Lider
o fato de 0 lider ser a pessoa que mais influ~ncla, nao implica que ele
monopolize a atenyao em todos os momentos de trabalho do grupo. Hi!. momentos
17
em que estando presente naD sera percebido. Islo porque uma das qualidades da
boa lideranC;:8e encorajar, estimular, incentivar a participaC;:8o de todos as Qutros.
"Oiz Stogdill 1.974, que as qualidades, as caracteristicas e as pericias
requeridas de urn lider sao, em grande parte, detenninadas pelas demandas da
situa~o em que ele deve agir como lider."
2.2.3 Processo de Lideran~a
E necessaria considerar a personalidade do lider em rela~o a
personalidade do seguidor e as caracteristicas da SitU8C;80 como as pontes mais
adequados para inicio do estudo: (texto professora Jurandi 16/03/2.001)
Personalidade do lider
Personalidade do subordinado
o Hder precisa distinguir as percep90es que acredita serem relevantes para
a consecuC;:8o de determinada meta das que sao irrelevantes. 0 que e relevante
numa situa9ao e 0 que nao e? 0 lider, mais do que ninguem, deve ser capaz de
estabelecer essa distin~o.
1550 significa que 0 professor devera saber, como, quando e de que
maneira devera proceder em sala de aula com seus alunos, nao esquecendo de que
sao crianc;as e "meros" receptores do conhecimento.
18
2.2.4 Distribui~o da Lideran~a
• Lideran~a Autocratica - 0 grupo e submetido ao dominic do lider
que determina teda e qualquer atividade do grupe. Dita regras e as
parametros de julgamentos sao pr6prios. Essa classe de lideranya tao
comum em nossa Pais, na famflia, na escola, toma 0 liderado
inseguro.
• Lideram;a Permissiva (Laissez-Faire) - 0 grupo passui com pieta
liberdade de a980 com 0 minima de participa<;8o diretiva do lider. E a
base do "deixa fazer". Eo grupo que passui a controle nas maos, seu
lider abstem-se de estabelecer regras, Iimites de 8yaO au medidas de
controle das conseqOencias, sendo praticamente urn coordenador au
facilitador.
• Lideram;a Democratica - Todas as atividades comuns au me sma as
comportamentos particulares sao discutidos por todo 0 grupo, os
membros participam na tomada de decisoes, e 0 lider tem urn papel
de estimulador canalizador de possiveis soluyees.
A sabedoria de uma boa lideran98 e saber quando usar tal equal metodo.
Poram, tera que aprender a variar de tecnica de acordo com as diferentes grupos I
pessoas nos quais se defronta, ou seja, conhecer seu aluno, seu comportamento,
para que se possa exercer determinado tipo de Iideran98.
19
Alguns professores lideres usam sempre 0 me sma estilo de lideranya,
independente da situ89aO, nac consegue au nac quer. perceber a que esta
acontecendo de fato com 0 ambiente que atua no momento.
o profeSSOf-lider devera ter a capacidade de compreender e auxiliar sua
crianya de forma eficaz e segura. "VOC~, a professor, em con stante cantata com as
crianc;.as, sera 0 melhor juiz sabre a que pode au nac pode ser feito numa classen
(Hans Furth).
" [nteressa ao professor conhecer seus alunos, com relac;ao a seu
desempenho no sentido de cumprir as objetivos pro pastas a determinado curso,
materia e serie escolar ...~ (Amelia Domingues de Castro, 1.974 - pg. 129).
o professor, na assun980 de urn 95tilo de lideran98 orientado para as alunos
- 95tilo democratico, permissivo, participativo e atencioso- (HAMPTON, 1981) deve,
em primeiro lugar, respeitar efetivamente as seus alunos, promover a respeito entre
eles e Wacreditar no valor e potencial de cada urn, na sua capacidade para assumir
responsabilidades, para resolver problemas e para se aperfeic;:oar" (BREDE RODE
SANTOS, 1985). Ou seja, pedir aos alunos lealdade, lealdade aliva,
responsabilidade, participar;ao, num clima de mutua aprendizagem, ao tim e ao cabo
nao s6 ao sa bar do saber e do saber fazer, mas tambem e, sobretudo do saber ser.
20
3 ANALISE DO PROFESSOR COMO LioER
Uma atividade do professor como lider e uma auto-8valiayao, do seu
trabalho, do inicio ao tim, levando em considerayao seus erras e acertos; e 0
dominic na sua larefa, sendo que 0 conheCimento da sua func;;ao seja indispensavel.
E importante observar se as crian98s I alunos estao dentro da realidade
escolar, interagindo no processo de aprendizagem, e sendo participativQ nos
resultados da turma.
Crianyas na faixa etiuia de seis a nove an os naD demonstram, na maioria
das vezes opinioes, porem, observa-se urn baixo rendimento escolar, causando
preocupa<;:oes par esse des interesse perante a escola I instituic;;ao em que esUia
inseridos.
3.1 0 Oesempenho dos Atunos Perante a Lideranc;a do Professor
~Assjm a aprendizagem pOe frente a frente, em uma intera9ao que nunca e
uma simples circula9ao de informay6es, urn sujeito e 0 mundo, urn aprendiz que jil
sabe sempre alguma coisa e urn saber que s6 existe porque e reconstruldo~
(Philippe Meirien).
o professor deve possibilitar que 0 aluno tenha urn aprendizado segundo
suas pr6prias caracteristicas, suas aulas deverao ser desafiadoras e que tenham
algum significado para 0 aluno. Muitas vezes, uma aula que e, aparentemente bem
planejada acaba sendo "recebida~ pela crian9a de forma inadequada,
21
desinteressante, outra aula aparentemente "simplesb
, aeaba encantada e
despertando no aluno interesse e motillac;ao.
Assim, algumas aulas s6 alcanyam seu verdadeiro objetivo S8 0 atuno sentir
que estas fazem parte do seu conhecimento I do seu cotidiano, ou seja, despertar na
crian9C30 verdadeiro interesse que e 0 da aprendizagem.
o professor deve propiciar a crianc;:a atividades que possibilitem urn
aprendizado mutua, oportunizar situa96es desafiadoras, trabalho em grupo,
pesquisas, enfim, que leve a aluno a se interessar pelo conhecimento despertando
seu interesse e participayao.
Para Amelia (1974, pg. 129) "Interessa aa professor conhecer seus alunas,
com relac;ao ao seu desempenho no sentido de cumprir as objetivos propostos ..
Diz ainda:
• 0 conhecimento gene rico das criancas, tera significado na medida em quepossa esctarecer 0 professor sabre a normalidade do comportamento dosdiscentes ou ajucta-Io a propor experiencias de aprendizagempossivelmenle adequadas para determinado grupo de alunos'
Segundo as Parametros Curriculares Nacianais (BRASIL, 1998) ..
Para que uma aprendizagem significativa possa acontecer, e necessariainvestir em ayOes que potencializem a disponibilidade do atuna para aaprendizagem. a que se traduz, par exempla, no empenho em eslabetecerrelac5es entre seus conhecimentos previos sobre um assunta e 0 que estaaprendenda sobre ele. Essa disponibiridade exige ausadia para se calecarproblemas. buscar so[uyoes e experimentar novos caminhas.
3.1.1 A Lideran~a Eficaz
"A educac;ao das criangas, tendo como partida a autoridade, deve ser
gradualmente conduzir a mais complela liberdade" (BAKUNIN).
22
o professor como lider de urna sala de aula, na qual sao reveladas no
decorrer dos dias, varias situa¢es cabendo a ele como analisa-Ias e procurar
possiveis soluc;oes, devera repensar sua forma de agir, ou seja, qual lideranC;8
adotar, pais com alguns alunos tera que atuar de forma autocratica como, par
exemplo, a aluno hostil, e 0 dependente que encaram a autoridade com
ressentimento e inseguranc;a, urna orientac;ao mais firme ajudara 0 liderado a ser
mais confiante e construtivo.
Par Qutro lado a lideran~ democratica tera que ser utilizada nos alunos que
colaboram e S8 adaptam com facilidade ao grupo. Ja 0 metoda permissivo devera
ser aplicado aquelas crianC;8s que sao individualistas, nao interagem com a grupo, e
aqueles que nao gostam de ter cantatos pessoais, esses a de se deixar que
trabalhem sozinhos e I ou da forma como desejarem.
Porem, cabe ao professor conhecer cada aluno para saber qual metoda de
lideranya e mais adequado ao seu perfil, pois nem todas as crianyas agem e rea gem
da mesma forma e para cada tipo de comportamento ou situac;ao havera de ser
aplicado determinado tipo de lideranya.
o bom lider sera aquele que deve fazer do seu objetivo urn alvo a ser bem
aceito pelo seus liderados, deve agir de forma com que seu grupo sinta-se segura,
valorizado e importante, aceita e executa sugestoes dos alunos, e faz com que se
sintam abertos a dialogos.
Segundo Rios, (1921, pg.167) "Se a lideranva e um fenomeno social, a
condiyaes e situa¢es sociais que favorecem ou reprimem seu aparecimento. Nao
ha lider sem liderados e a lideranya nada mais e do que uma relayao social em que
as personalidades, de ambos os lados, se enriquecem".
23
3.1.2 0 Professor Ideal
Ha de se dar importancia, tambem, ao sensa critico e criativo, a curiosidade
do educando, pais ista favorece ao desenvolvimento da sua personalidade e de
suas potencialidades inatas. 0 educador deve oportunizar a educando a expressar
seu pensamento em rela<;a,o a detenninadas quest6es, nao deixando que conclua
sua opiniao sem que isso seja exposto para urn eventual debate au opini6es,
conjuntas, para que S9 possam esclarecer suas duvidas.
Param, toda metodologia utllizada e valida, mas cabe 80 professor estar
sempre inovando, au seja, S9 0 resultado do ensina utilizado for desfavoravel, ha de
S9 planejar novamente, analisando ande houve a falha, e, S9 foi favoravel precisa
ser considerado seu publico para que 0 resultado seja ainda melhor.
o alune precisa estar fortalecido para enfrentar 0 mundo atual, para
acompanhar as mudanc;as e aceita-Ias, e para isso 0 professor deve auxilia-Ios e
acompanhar seus avanyos, suas possiveis falhas, send a cordial e afetivo. Deve
propiciar vinculos que possibilitem tomadas de decis6es cenjuntas, ser urn
orientader para que seus alunos pensem sozinhos e nao apenas passar seus
conhecirnentos, acreditando que a aluno nao tenha capacidade de pensar, achando
que atraves de sua resistencia, que e 0 Mdono da verdade", sendo urn docente
autoritario, 0 aluno deixa de ser participativo, desmotivado e acaba par nao sanar
suas duvidas.
o mestre autoritario deseja que seus alunos sejam passiv~s, acritico e
quietes, mas 0 comportamento das crianyas esta mudando a cada dia, eles sao
criticos, e querern sernpre estar opinando nas quest6es do aprendizado, e alguns
professores nao aceitarn que a aluno tenha criticas e questione suas duvidas.
24
Segundo Paulo Freire (2000) "0 professor autoritano afoga a liberdade do
educandon• 0 professor deve ter conscit'3ncia de que atuar com crian<;8s nao e
"simplesmenten ensinar a ter e escrever e sim ir alam, ou seja, decifrar a realidade do
educando, auxiliando dessa forma na sua forma<;ao quanta a profrssao e sua propria
identidade.
A atitude que 0 professor exerce, sua metodologia de ensina, implica no
desenvolvimento do aprendizado do aluno; as legitimos educadores entendem que
naD sao eles as construtores, mas sao as colaboradores e cumprem sua fun~o
ajudando no desenvolvirnento do educando, e que depende deste auxflio para que
ele fa~ uma boa construc;ao de si mesmo.
25
4 0 PROCESSO ENSINO - APRENDIZAGEM TRADICIONAL, CONSTRUTIVISTA
E 0 PROFESSOR
4.1 Abordagem Tradicional
o ensina tradicional e centrado no professor, cnde as alunes recebem
instruct6es e parte do pressuposto de que 0 saber e detido apenas pelo professor,
estabelecendo-se com regularidade na sala de aula uma relac;ao autoritaria em que
a participa9c30 e a contribuic;ao do aluno naD sao incorporadas na pratica
pedagogica, ou seja, aos alunes somente e permitido ouvir, memorizar e repetir.
05 centeudos e as conhecimentos lem que ser adquiridos e as modelos
irnitados, na ausencia de urn modela pedagogica, a crianc;a ficara num mundo em
que naD foi instruido pela a~o do professor, e naD conseguira ultrapassar urna
postura rudimentar. Ou seja, a crianya nao conseguira pensar e agir sQzinha, pois
seus conhecimentos tomaro-se tolhidos ate inconscientemente, a crianc;:a teme por
expor suas ideias e torna-se apenas uma atuac;:ao do professor, a crianya nao eincentivada a pensar, a refletir e ate a pesquisar, e dessa fonna que ha crfticas em
relac;:ao a esse modelo de ensino.
E urn en sino que se preocupa mais com a quantidade de informac;oes, do
que com a formayao do pensamento reflexivo. As atividades, na maio ria das vezes,
sao de forma padronizadas, 0 que pode levar a rotina para conseguir a memorizac;ao
de conhecimentos.
A relac;:ao professor-atuno e vertical, ou seja, 0 poder de decisao quanta a
metodologia, avaliac;ao, conteudos .. Cabe ao professor, seu papel esta ligado a
transmissao de conteudos que e defrnido pelo sistema escolar.
26
As relaC(6es que S9 manU~m em sala de aula sao distantes e apenas 0
professor e quem exerce 0 comando.
A cia sse e as relayoes sociais sao praticamente reprimidas e as alunos sao
intelectual e afetivamente dependentes do professor. A relaQ30 da-se apenas
professor-aluno, nao ha rela90es entre alunos, dialogos, debates, format;(oes de
grupos nern interac;oes dos alunos.
A forma como a professor expoe suas aulas e atraves do metoda expositivo,
ja leva 0 conteudo pronto e a aluno limita-s9 apenas em escuta-Io, apes, a professor
pede para 0 aluno reproduzir a que foi passado de forma invariavel e automatica,
islo e fundamental mente suficiente para saber que houve aprendizagem e que a
conteudo esla registrado. Geralmente, 0 trabalho, a terna, continua mesmo sem a
compreensao do aluno, e 0 professor s6 tera consciemcia desse fato com urna
verificac;:c3oposterior, e e dificil saber quando 0 aluno tern alguma dificuldade, urna
vez que e s6 a professor quem fala.
Os fatores ernecionais sao reprimidos p~r serem julgados a impedirem urna
boa aprendizagem. 0 individuo e urn ser receptive, passiv~ que adquire
conhecimentos escolhidos por outros para que desses conhecimentos tome-se
apropriado.
Para Snyders (1974) 0 ensino tradicianal e ens ina verdadeiro. Tern a
pretensao de conduzir 0 aluno ate 0 contacto com as gran des realizac;:6es da
humanidade: obras-primas da literatura e da arte, raciocinios e demonstrac;;6es
plenamente elaborados, aquisi90es cientificas atingidas pelos metodos mais
seguros.
Saviani (1980, p.29) sugere que 0 papel do professor se caracteriza pel a
garantia de que a conhecimento seja conseguido e isto independentemente do
27
interesse e vontade do aluno, 0 qual, par si 56, talvez, nem pudesse manifesta-Io
espontaneamente e, sem 0 qual, suas oportunidades de participa9ao social seriam
reduzidas.
Na maioria das vezes, 0 professor valoriza muito a forma tradicional, com
aulas expositivas como sendo 0 unico meio de passar as conteudos, naD admite que
as alunos interajam, fac;am perguntas e ate mesma exponham suas ideias. Acredita-
S8 que esta tecnica deva ser aplicada respeitando as exigencias do aluno e a
maneira de cada sala de aula. Ao professor assumir urna aula expositiva, poder<3
atuar de duas maneiras: autoritario au atraves do dialogo.
E neste metoda tradicional, muitas vezes, 0 aluno I crianya deseja e sente
necessidade de falar, expor suas idaias e ata seus ideais, sua vida cotidiana I
familiar, e nao tem oportunidade, nem e "deixado" falar, acarretando, desta forma,
um "sufocamento" das palavras e pensamentas nao ditos, eausando tambem 0
pr6prio desinteresse no ambito escolar.
o ens ina tradicional, au seja, a maneira como 0 professor conduz a sua aula
de forma autoritaria, faz com que 0 aluno nao consiga descobrir novos
conhecimentos, portanto suas necessidades e interesses fieam alienados.
E, sen do 0 professor 0 unico a manifestar-se, nas suas aulas expositivas,
estas aulas acabam sendo bastante dificeis, pois e um ensina que basieamente a
via professor ou livro texto, e essa rela~o professor-aluno, que a paralela, acaba
tomando uma posic;:ao de aprendizagem inacabada, ou seja, 0 aluno acaba por nao
''fazer parte deste processo", que e dito apenas como 0 professor e seu
autoritarismo.
A relac;:ao ensino-aprendizagem, de acordo com Ubaneo (1991) revela-se
pelo conjunto de atividades organizadas do professor e dos alunos, objetivando a
28
apropriac;ao de urn saber historicamente acumulado, tendo como ponto de partida a
nivel atual de conhecimentos, experiemcias de vida e maturidade dos alunos. Esse
ponto de partida implica que a rela~o ensino-aprendizagem pressup6e urna
transformayao progressiva dos conhecimentos dos alunos em direc;ao ao dominic do
saber sistematizado (SAVIANI, 1991), sua reelaborac;ao e aplicac;ao nas situac;:6es
de interac;:ao com as outros. Antes de tudo, essa relac;:ao e de socializac:;:ao, de troca
de conhecimentos aprendidos e transformados na interayao. E urna relaC;:2o
dina mica, dialogica, portanto, construtiva da aprendizagem pela troca de saberes.
Analisando conceP90es psicol6gicas e praticas educacionais do ens ina
tradicional, Aebli (1978) comenta que seus elementos fundamentais sao imagens
estaticas que progressivamente serao "impressas" nos alunos, copias de modelos do
exterior que serao gravadas nas mentes individuais.
Observa-se e percebe-se que muitos professores ainda adotam a linha
tradicional, p~r acharem ser a unico meio de transmitir as conteudos e as alunos
entenderem, e ate mesmo 0 proprio ato do comportamento infantil em sala de aula,
poram, como ja foi dito, acredita-se que a professor devera analisar, estudar e ate
mesmo dialogar qual metoda posslvel podera estar aplicando a determinadas turmas
Iclasses que considera desinteressados, desmotivados e ate mesmo os ditos
"agitadores"
E nessa perspectiva que a professor deve refletir sobre 0 dinamico ens ino-
aprendizagem, sendo como tarefa e parte do seu cotidiano escolar, partindo do
pressuposto que todos as professores que estao envolvidos com este problema
deverao estar conscientes que a mudanc;a e uma medida necessaria e prioritaria
para que 0 ambiente em sala de aula tome-se mais tranquilo e eficiente.
29
Os conteudos ensinados devem ser repassados de forma clara a todos as
alunos, deve-s8 estar convicto do que esta ensinando, tendo em vista vari8s
maneiras e objetivos propostos. Os objetivos devem pennitir ao aluno organizar e
estruturar conhecimentos de maneira eficaz, visando sua utilizaQao posteriormente,
e oportunizar para possiveis perguntas e reflexoes. Hc'I de S9 levar em conta a
metoda e as tecnicas variadas de ensina.
As 8tividades de ensino.-aprendizagem devem conciliar para que 0 aluno
adquira novas experiancias e novas conhecimentos e desta forma eeorrer neles as
mudan<;8s de comportamento.
o ato de ensinar em grupo e bastante abrangente em virtude das diferentes
caracteristicas individuais dos alunos.
As escolhas dos meios de ensine, que prepercionam as experiencias para a
aprendizagem. devem estar na dependencia:
• das caracteristicas do professor;
• das caracteristicas dos alunos;
• dos objetivos educacionais;
• do espac;o fisico;
• do momento da aprendizagem;
• dos materia is pedag6gicos disponiveis;
• da estrutura do ass unto;
• do tempo para sua utilizac;a.o.
o professor devera atuar com dinamismo para que sua exposic;ao nao caia
na "mesmice", das aulas anteriores, devera incentivar a participac;ae dos alunos,
fazendo com que eles se interessem pela aula e pela propria aprendizagem.
30
Urn professor que atua com crianc;as e aqua Ie que esta sempre
preparado para exercer seu papel de IideranC;8 na sua formac;ao, iluminando urn
caminho jil: existente, mediante urn organizado planejamento de objetivQs e
estrategias de curto, media e 10ngo prazo. Todo esse trabalho sera a base de
sustentaC;30 da sua pratica em cia sse, que tara parte do universo do aluno nessa
idade (Marcia Pinh Baron, 2002).
4.1.2 Abordagem Construtivista
~Assim a aprendizagem poe frente a frente,em uma interaC;80 que nunca e
uma simples circulayao de informac;oes, urn sujeito e a mundo, urn aprendiz que jil
sabe sempre alguma coisa e urn saber que 56 existe porque e reconstruido"
(Philippe Meinen).
Segundo a autor Fernando Becker. "Construtivisma significa islo: a ideia de
que nada, a rigor, esta pronto, acabado, e de que, especificamente, 0 conhecimento
nao e dado, em nenhuma instancia, como algo terminado" ... "Entendemos que
construtivismo na educa9ao podera ser a forma teorica ampla que reuna as varias
tend!!mcias atuais do pensamento educacional~. Tendencias que tern em comum a
insatisfa9ao com urn sistema educacional que teima (ideologia) ern continuar essa
forma particular de transmissao que e a escola, que consiste em fazer, repetir,
recitar, aprender, ensinar 0 que ja esta pronto, em vez de agir, operar, criar, construir
a partir da realidade vivida por alunos e professores, ;510 e, pela sociedade.
31
A educa930 deve ser urn processo de construcrao, de conhecimento 80 qual
ocorrem, em condic;ao de complementaridade, par urn lado, as alunos e professores
etpar Qutro, as problemas sociais atuais e a conhecimento ja construido ..
o construtivismo exige que 0 professor esteja aberto a construc;:ao de
conhecimentos, esteja disposto a aprender, que saiba: pesquisar, analisar, explorar,
interpretar e enlayar tude em sistemas que sejam enca;xados numa teona forte.
Ou seja, e5sa atitude exige que a professor seja competente, e que tenha
total controle sabre a disciplina na qual esta trabalhando.
Quando 0 professor naD S9 sente realmente preparado para e5sa atitude
pedagogica, que e 0 construtivismo, acaba gerando urn descaSD ou urna revolta, per
isso que esse metodo, em alguns docentes acaba gerando desde 0 absoluto
fanatismo ate 0 6dio mais profunda.
Ao se falar de construtivismo, parece claro que a crianya ira aprender a ler,
escrever atraves de suas pr6prias descobertas e que a professor, a partir daf, tomar-
sa-a apenas urn mediador, poram, a professor tera que, nao s6 aplicar a tecnica em
sala de aula, como tambem pratica-Ia no seu cotidiano.
Urn professor que nao sabe praticar a construtivismo com ele mesmo, como
poderc~ ensinar quem nao sa be aprender? Quando se sugere as professores que
pesquisem livros especializados para seu aprofundamento, ha sempre reclamayoes
de que os livros sao dificeis e que estes livros deverao ser utilizados em pesquisas
academicas e ainda havera de se ter uma formac;ao academica para serem
entendidos.
Atraves disto conclui-se que alguns professores tern "medo" de aprender au
nao sabe estudar, leem textos e artigos apenas uma vez alegando ser dificil seu
entendimento, esquecendo-se que para ter urn born entendimento, ha necessidade
32
de ser lido varias vezes, e assim per diante .. Oessa forma como ensinar as alunos a
estudar, a aprender, e com isso saem da escola mal preparados para a vida
cotidiana, e com dificuldades de progredirem profissionalmente.
Nao se podem formar personalidades aut6nomas no dominic moral se paroutro lado 0 individuo e submetido a urn constrangimento intelectual de talordem que tenha de se limitar a aprender par imposi~ao sem descobrir parsi mesmo a verdade: se e passivo intelectualmente, nao conseguiria serlivre moral mente. Reciprocamente, porem, se a sua moral consisteexclusivamente em uma submissao a autoridade adulta, e se as (micasrelacionamentos sociais que constituem a vida da classe sao as que ligamcada aluno individual mente a um mestre que detem todos as poderes, eletambem nlio conseguiria ser ativo intelectualmente... 0 plenadesenvolvimento da personalidade, sob seus aspectos mais intelectuais, einseparavel do conjunto de relacionamentos afetivos, sociais e morais queconstituem a vida da escola ... (PIAGET, 1.973, p.69).
Desta forma, a processo educacional, nao consistira apenas na transmissao
de conhecimentos, demonstray5es, informay5es mas no senti do de que 0 aluno
aprenda par si proprio, a descobrir novas conhecimentos. E necessaria que se
considere "0 aprender a aprender". E isso cabera tambem ao professor, que seja tao
pesquisador quanta a aluno, pais ao exigir que a crianga/aluno, adquira
conhecimentos, par si proprio, cabe ao professor estar orientado, necessariamente,
para que seus objetos sejam manipulados pelos alunos, sem que sejam oferecidas
soluy5es prontas.
E necessaria que a professor conhec;a a conteudo da sua disciplina, au seja,
a professor tem que ser a exemplo, a espelho, para seus alunos, pais e nele, e a
palavra dele que upesara" na cabega da crianga, suas palavras tem uma grande
influencia no modo de como a crianc;a conduzira determinados aspectos dali em
diante.
o bam professor deve ser um individuo autoconfiante, que conhec;a seus
alunos transmitindo a eles a confianga que desejam que seja capaz de utilizar suas
33
tecnicas educacionais de acordo com a necessidade e 0 interesse dos alunos, que
considere 0 rendimento e 0 aluno como sendo a de maior import~ncia na escola.
Deve criar urn clima democratico em que as sugestoes dos alunos sejam
valorizadas, incentivando-o a aprendizagem com motiva930, satisfa<;3o e a alegria
de aprender.
4.1.3 Motiva~ao
"Teda crian<;:a, teda pessoa, pode 5e deleitar na aprendizagem. Todo
educador pode compartilhar deste encanlamento" (GEORGE LEONARD).
A aprendizagem, na maior parte das vezes, na educa~o sistematica, e uma
atividade penosa, que reune a necessidade de paciencia e submissao.
Com a ideia popular de que "sem sacrificio nada S8 alcanya", procura-se
convencer a crian98, 0 jovem e ate a adulto, de que a escola e um "mal necessaria",
uma especie de estagio probat6rio para uma vida rotineira e desgastante. 0 sucesso
economico e a estabilidade social sao as trunfos acenados como condic;:ao para a
coragem de percorrer os anos de escolarizac;ao.
Ninguem revela, porem, que 0 encontro pessoal do significado da vida e a
verdadeira condic;:ao da realizac;ao humana. E a aprendizagem, na escola, se da de
forma a ameac;:ar totalmente esta descoberta. As pessoas "precisam" estudar para
aprender 0 que os outros selecionaram como senda util. Poucas vezes, a crianc;:a e 0
javem encontram significado naquilo que Ihe e impasto para aprender. Pader-se-ia,
entao, exigir um engajamento real com esta aprendizagem?
34
Per outro lado, a grande maiaria dos te6ricos educacionais reconhece a
motiv8vao como tatar fundamental para que a aprendizagem ocorra. Os enfoques
variam dependendo da linha pSicol6gica adotada, mas 13recanhecido que a pessoa
predisposta a aprender 0 faz com muito maior facilidade e significado.
Observa-se, entaD, urna profunda dicotomia entre a constata~o teoriea e
experimental e a pratica escolar dos naSSQSdias.
As caUS8S deste fenomeno merecem ser estudadas. Alias, e fundamental
que isto acorra, pois poder-se-ia minorar a problematica da repetencia, da evasao,
da desadapta«i3o infantil, da disciplina (!!l) e tant05 outros problemas classicQs da
escolariza<;ao brasileira e, quic;;a, de Qutros paises.
o desconhecimento do ass unto motiva~o nao pode ser alegado. Na
literatura especializada em educaC;;ao, este e dos aspectos rna is enfocados. Nao hi!
livra de psicalagia da aprendizagem, naa hi! autar dedicada aa mister, que nao
dedique bans espayos de suas obras para a assunta. E claro que, em se tratanda de
um tema referente a ci~ncia do homem, sempre haveri! a que estudar e
experimentar. Mas, inumeras correntes t~m propasta abordagens suficientes para
convencer 0 mais cetico a se preocupar com a motivayao.
Par que, entao, as escolas ignoram a sua funyao motivadora? Por que se
pressupoe, ingenuamente, que 0 aluna e abrigado a ja vir motivado para a escola?
Alias, ha um fenomeno interessante sabre este aspecto: todos as que
convivem com a crianc;;a em idade pre-escolar obselVam a avidez que esta crianc;;a
tern para freqOentar a escola. uBrincar de colegio", vestir ° uniforme do irmaa mais
velho, querer pertences escolares e um comportamento comum das crianyas nesta
faixa de idade. Conclui-se, entao, que hi! uma tend~ncia Unatural" da crianya,
positiva a escola. Para ela e um mundo novo, cheia de promessas e oportunidades.
E 0 que faz a escola entao? Mata, sufoca esta motivat;3o inicial, talvez a
mats preciosa e irrecuperavel em relat;3o a uma perspectiva futura.
Diz Paul Goodman, educador impaciente com 0 sistema educacional de hoje
e preconizador da humaniza9fio do ensino:
"E nas escolas e atraves dos meios de comunicacao de massa, e n~o emcasa ou com as amigos, Que a grande parte dos cidadaos de todas asclasses aprende que a vida tern de ser rotineira, despersonalizada; que emelhor obedecer e calar a boca; que MO existe lugar para aespontaneidade, sexualidade aberta, esplrito livre".
E claro que este tipo de escola nao encontra raz80 para preocupar-se com a
motivay80. Individuos motivados tendem a serem criativos, inconformados, agentes
de mudanya e nem sempre e 0 modelo desejado, facil de adaptar-se a qualquer
sistema ja definido.
Aqui, entao, parece estar a situac;ao opcional. E, se e mais fadl permanecer
na condi9fio estatica, e urgente reagir para salvar a escola, fazendo-a cumprir 0 seu
verdadeiro papel: 0 de desenvolver a cogni9fio atraves de urn ser humano que se
realiza.
Para isso, nao ha modelos definitivos. E precise, antes de tudo, da
conscientizayao do desejo de mudar, por parte dos educadores e administradores
dos sistemas educacionais. Depois, entao, alimentar as iniciativas com programas
simples ou sofisticados, dependendo das circunstancias e meios de que se disp6e.
(CUNHA, M.I.C. e. "Motiva9lio e tecnologia educacional", 1979).
o professor, como Hder, e 0 grande responsavel pelo born relacionamento
em sala de aula, sua influencia e grande e depende principalmente dele para que a
aprendizagem favoreya ou desfavo~a, 0 clima em sala de aula depende multo do
36
tipo de Iiderany8 que esta sendo adotada pelo professor. autoritaria, democratica au
permissiva.
A preocupa~o com a born relacionamento, nao pode tazer com que S9
deixe de lado a preocupa«;ao em ensinar.
A busca da verdade e primordial. Sem a pesquisa da verdade "a democracia
reduz-se a urn jogo de rela¢es nurn clima de amabilidade e indutgemcia, a urna
forma habilidosa de conduzir as rela((oes human as (...r."Para S9 chegar a democracia, para que a ensine contribua para se chegar a
democracia, havera verdades a conhecer, nurna luta a travar, a organizar, au antes,
uma luta a travar com bases nessas mesmas verdades".{SNYOERS,G.op.cit.p.44-S.)
37
5 PESaUISA DE CAMPO
A aplicabilidade desta monografia foi realizada na Escala Municipal do CAlC
- Candido Portinari - Ensino Fundamental, localizada na cidade Industrial de
Curitiba, a Rua Antonio Geroslau Ferreira, SIN, conjunto Diadema II, municipio de
Curitiba, Estado do Parana. Envolvendo alunos do I cicio II Etapa - turma: 2 senes,
que possuem a faixa etaria de 7 a 10 anos de idade, conjuntamente com a professor
em questao.
A escola foi criada pelo Decreta 948/93 com a denominac;;ao de Escata
Municipal Neuza Goulart Brizola.
A Escola loi inaugurada em 26/04/1. 994 e em 01106/1. 994 0 decreto
municipal 410/94 alterou esta denominar;ao para Escata Municipal do Caic Candido
Portinari, Ensino de 1 grau. A partir do decreta 198, adequou-se a nomenclatura
determinada pela LOB, passando a Ensino Fundamental.
A unidade ocupa uma area de 12.702 m, cnde tern construidos dois blocos
com pavimento terreo e superior. Na parte superior dos blocos estao as salas de
aula, nurn total de 25 (12 num bloco e 13 no outre), sala dos prefessores,
meeanografia e dep6sitos de materiais.
No terreo, bloeo I est~: secretaria, direyao, setor pedag6gico e laborat6rio de
eiencias.
No bloco II, terreo, ha duas salas de laborat6rios de informatica, tres salas
de aula, dep6sito para material de Educac;:ao Fisica, duas salas para aulas de
Educac;:ao Artistica, biblioteca que atende a eomunidade para consultas e tambem
ofereee 0 uso de computadores. Tambem, no terreo, encontram-se as salas da pre-
eseola.
38
A escola passu; tambem urn ginasio poli-esportivo.
A unidade passu; urn quadro de 114 profissionais entre corpo docente,
dire98o, apaio pedagogica, secretarias, inspetoras e cantineiros. Oessas 114
pessoas, 84 sao func;onarios com vaga fIXa; 18 rits e 12 profess ores contratados
atraves do Parana Educay80.
Do quadro terceirizado conta-s8 com 15 pessoas da Ambiental (Iimpeza)
cinco da risotolandia (alimentayao) e dais agentes de seguranQa (guarda municipal).
A escola atende nos tumos da manha, tarde e noite contando com 2.017
alunos e 1.518 familias. Tambem oferta 0 Programa de Educayao de Jovens e
Adultos da Secreta ria Municipal da Educa~o de Curitiba - fase I aprovado pelo
parecer 01/91 - Delibera.,ao 05/91 do Conselho Estadual de Educal'ao. A EJA
funciona desde a905tol2.000, nesta unidade.
Atende as comunidades do conjunto Habitacional Oiadema, Sabara, Vila
Conquista, Alto Bela Vista e Passauna. A maioria das familias atendidas pela escola
e de baixo poder aquisitivo e muitas advindas do processo de migra~o do interior
do Parana, em conseqO€mcia do exodo rural.
o grau de escolaridade esta, em media, no ensino fundamental incompleto,
o que dificulta 0 acesso no mercado de trabalho qualificado. A renda familiar
concentra·se entre um e dOis salarios minimos 0 que obriga muitos alunos a
trabalharem para ajudar na manuten~o da casa. A escola esta inserida em uma
comunidade que apresenta problemas de ordem social como desagrega~o familiar
e condiyoes inadequadas de habitayao.
As consequencias desta realidade refletem nas atitudes dos alunos, que tern
sua aprendizagem comprometida de forma significativa.
39
6 ANALISE DE DADOS
Este tema: wA lideranr;a do professor em sala de aula, e seus efeitos no
processo da aprendizagem", esM voltado para envolver e promover a busca
consciente do born entendimento entre professor e alunos, e a fOnlla de liderar, do
professor, perante a tunna que esta atuando.
o trabalho realizado foi desenvolvido atraves de observayoes, anotac;oes em
sala de aula, urn teste para 0 docente, conversayaes e a traca de ideias para 0
passivel melhoramento na aprendizagem.
No primeiro momento, foi apresentada a proposta verbal a professora, e 0
objetivo pelo qual estariam realizando este trabalho, as quest6es que seriam
abordadas para uma passivel mudan9Ci de postura das criang8s e do proprio
professor.
No segundo momento, foi realizada a observayao em sala de aula, com
anota96es sabre a que a professora estava expondo e como as alunos se
comportavam, a principia, houve uma alterayao no comportamento dos alunos com
conversas paralelas, alguns andando pel a sala, e bastante agitayao.
A professora comeyou a escrever no quadro, ap6s, mostrou urn livro para a
turma que citava varios pintores e comec;ou a falar sobre eles. Quando a turma
estava mais ucalma", a professora disse que havia ficado "chateada~ com a
compartamento dos mesmos ao entrar na sala, assim, eles, a auviram e cameyou
sua aula, porem, e uma turma bastante agitada, mas produtiva.
A professora nao utilizau de nenhum material didatica, e no primeiro
momento nao fez perguntas, apenas falou sabre 0 conteudo. Observou-se que
alguns alunos ficavam estaticos, sem saber como proceder e outros ja queriam
40
participar 0 tempo todo, com perguntas e dando suas opini6es. Os mesmos
demonstram gostar da aula bern como da professora. A maioria, 90%, realiza as
atividades propostas e interagem bastante.
No terceiro momento, solicitei a professora que respondesse a urn teste de
lideranc;:a, para que dessa forma, pudesse analisar qual e a perfil de sua lideranya.
Apes responder 0 teste, foi feito uma analise que constatou que a professora em
questao indica 0 potencial de lideranya autocratica.
No quarto momento, mostrei 0 resultado a professora cnde conversamos
sabre 0 resultado do teste. A mesma surpreendeu-se ao constatar 0 seu perfil de
lideranC;:8,mas admitiu e assumiu ser bastante autoritaria, urn "general".
Perguntei se seu perfil e a ideal se precisaria mudar em algumas
circunstncias, e respondeu-me que: Woperfil nao e ideal quando atua com jovens que
estao conscientes de seus objetivos relacionados a pratica da etica e da cidadania,
mas, quando se trata de jovens ou crianc;as que ainda possuem tal consciencia e
necessario construir uma linha de aC;ao. Neste momento e preciso uma lideranc;a
forte, ou seja, a autocratica".
Disse ainda: "Para mim 0 momenta de mudar minha atuac;ao e quando
nao conseguir meus objetivos e os objetivos do grupo. Quando sentir-me
fracassada".
Perguntei-Ihe quais metodos poderiam ser utilizados para 0 possivel
melhoramento em termos de aprendizagem da turma. E a professora respondeu-me
que seriam os seguintes:
1. Ampliar as atividades ludicas, que contemplem as atividades em grupo
e a troca de experiencias.
41
2. Discussao do desempenho com 0 grupe, de acordo com as atividades
desenvolvidas.
3. Buscar Gorn a grupo estrategias para a desenvolvimento das
atividades.
4. Definir metas junto com a grupe.
Tecnicas:
• Construt;ao de jogos com as alunos - oficinas de aprendizagem.
• Passeios e visitas a locais ligados aos conteudos a fim.
• Distribui~o de tarefas (pesquisas, entrevistas, construc;ao de
maquetes).
• Elaborayao de graficos, feito pela professora, de desempenho.
• Escolha de alunos colaboradores de acordo com as tarefas a tim.
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7 CONSIDERACOES FINAlS
A influencia do professor I Hder sabre a vida de urna crianC;8 e muito grande
e pode modificar au rna/dar a forma de agir e pensar de determinados pessoas,
principalmente aquelas que estao S9 desenvolvendo no que diz respeito a mUdany8
interior.
Devida a isso e a Qutros aspectos relevantes que sao extremamente
significativos na educac;ao e desenvolvimento infantil, e que desenvolvi este estudo.
Para procurar possiveis explicayees e entendimentos que van alem dos fatos e do
cotidiano do professor.
Percebi que a maneira como a professor procede em sal a de aula, e sempre
tentando buscar novas maneiras de relacionar-se com as alunos, au seja, sempre
buscando construir urna didatica cnde possa estar preparado, S8 vir a acontecer, 0
aparecimento de situa<;6es que nao haviam sido previstas.
Porem, observei que 0 professor vai modificando-se conforme as diferentes
situay6es apresentadas pelos individuos, sem deixar de lado 0 valor e 0 prazer de
ensinar, a gratificayao na rela~o com os alunos, 0 fato de que a materia que esta
ensinando, esta tambem, intenigada a afetividade e a possibilidade de estar
produzindo conhecimentos com seus alunos, pois ° professor e a fonte principal
deste conhecimento, e os alunos esperam que ele demonstre isto atraves de sua
exposiyao oral, tendo habilidade no falar e permitjndo ao aluno que se manifeste
quando houver necessidade.
Ha de se levar em conta os tipos de lideranc;a que 0 professor devera atuar
neste momento.
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Apes a analise desta pesquisa, pude constatar que cada professor tem sua
forma de ensinar e cabe a ele conhecer cada individuo que esta trabalhando, equal
tipo de lideranc;:a tera que atuaf com este aluno au com a turma como urn tode, sem
deixar de lado a ideia de que a compreensao, participa980 e paciemcia fazem-se
necessario.
Com a realiz89ao do teste para a docente, conclui-se que a entrevistada foi
salicita ao responder as questOes, e como continuidade desta monografia, as
sugest6es da professora em relac;:ao a metodos e tecnicas a serem utilizadas para
urn passive I melhoramento na aprendizagem, e da turma, deve-s9 estar sendo
realizado como um estudo futuro.
"0 Senhor ...
Mire e veja que 0 mais importante e bonito do mundo e isto, que as pessoas
nao estao sempre iguais, nao foram terminadas, mas que elas vao sempre
mudando.
Afinam ou desafinam - verdade maior. Eo que a vida me ensinou. Isto me
alegra de montao." (Guimaraes Rosa)
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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ADAIR, J. Como liderar com eficiencia. Sao Paulo: Nobel, 1989.
BARON, M. P. "Uma analise da Lideran9a do professor". Revista PEC, Curitiba, v.2,n.1, p. 83-92, ju1.2.001 - jul. 2002.
BRASIL, Secreta ria de Educa~o Fundamental. Parametres Curriculares Nacianais.Temas Transversais, Brasilia: MEG I SEF, 1.998.
CASTRO, A. D. Piaget e a Didatica: Sao Paulo: Saraiva, 1974.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessarios a pratica educativa.Sao Paulo: Paz e terra, 2000.
MIZUKAMI, M. G. N. Ensino: as abordagens do processo. Sao Paulo: EPV, 1986.(temas basicas de educac;ao e ensina).
RIOS, J. A. 1,921- Educa~ao dos grupos, Sao Paulo: EPV, 1987.
ROMANOWSKI, J. P. Fonma~iio e profissionaliza~ao docente. Curitiba: IBPEX,2003.
PILETTI, C. Didatica Geral. Sao Paulo: Ed. Atica, 1995.
Pesquisas na internet:
AMBONI, N. F. Teses. Disponivel em: <www.ufsc.br/defesa/odfl2.999.pdf.>.Acesso em: 05 nov. 2005.
APARECIDA, L. C. ~Professor Ideal versus Professor rea''', Disponivel em<www.conteudoescolar.com.brlsite/contentlview/117131>. Acesso em :10108/04.
Manuel, V.T. M. Nos enredos da Lideranc;a. Disponlvel em:<www.ipv.ptlmillenium/15-pers9.htrn.>. Acesso em 10/08/04.
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ANEXO A - TESTE DE LlDERANCA - ALD
NOME ..
Instru90es: Assinale a comportamento que voce adotaria S8 estivesse
exercendo a func;:ao de lider de urn grupo.
A ( ) Determino as tarefas, no trabalho de grupo, a cada membra, pais
acredito que assim trabalhem mais produtivamente.
B ( ) Deixo a divisao de trabalho a criteria de cada membra do grupo,
assim eles desenvolvem responsabilidade.
C ( ) Os membros do grupo devem reunir-se e deJiberar 0 que a grupo
devera realizar.
2.0 - A ( ) Participo aos membros do grupo, no inicio, a onentayao geral dos
trabalhos.
B ( ) Deixo liberdade completa ao grupo, com urn minima de participac;ao
minha acerea da orientac;ao geral des trabalhos.
C ( ) Acredito que a orientacr8o geral dos trabalhos deve ser decisao do
grupo, orientados par mim.
3.0 - A ( ) Escolho os companheiros de trabalho de cada membro na realizayao
das tarefas, pois conheyO-os bem.
S ( ) Nao deve haver participayao minha na escolha de companheiros de
trabalho, no grupo.
C ( ) Os membros do grupo tem liberdade para trabalhar com os
companheiros que escolheram.
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4.0 - A ( ) Sou pessoal no elogio aos membros do grupo e acredito que isso possa
motiva-Ios para 0 trabalho.
B ( ) Fa90 comentarios espontfmeos e pouco freqOentes sobre a atividade
dos membros.
C ( ) Sou objetivo e dirijo-me aos fatos, e naD a pessoa, nos meU$ elogios
e criticas.
5.0 - A ( ) Permane,!(o distante da participa~o ativa do grupo, pois muita intimidade
com as elementos paden;' influir no rendimento.
B ( ) Nilo tento avaliar ou regular a participac;iio dos elementos do gnupo, a
atividade e deles.
C ( ) Sou um membro nonmal do gnupo, sem fazer grande parte do trabalho.
6.0 - A ( ) Como lider, preciso dar ordens aos membros para que 0 grupo possa
funcionar regularmente.
B ( ) No meu gnupo cada um faz 0 que quer.
e ( )Acredito que, como Ilder, naD deva dar ordens aos meus liderados.
Qual dessas frases YOre usa ria?
7.0 - A ( ) 6timo! Voce e urna pessoa com cern par cento de eficiencia.
B ( ) Fa"" como achar melhor.
C ( ) 0 Jose fez realmente um bom trabalho.
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8.0 - A ( ) Nao, voce nac pode fazer isso assim, isso nac esta born.
B ( ) NM sei; faya da forma que Ihe parecer mais acertada.
C ( ) Voc~ ja tentou fazer isso de Qutra maneira?
9.0 - A ( ) 0 que importa em nossa grupo e a produtividade e a quantidade de
trabalho realizado.
8 ( ) 0 importante nao e a produtividade, porem a cordialidade entre as
membros do grupe.
C ( ) 0 que vale no grupo e a motiva,ao para 0 trabalho.
10.0 - A ( ) Os membros devem de pender mais do lider que do proprio grupo, pois 0
lider tern mais conhecimento.
B ( ) Os membros naD dependem de mim e 56 me consultam quando
necessaria.
C ( ) As decisoes sao tomadas pelos pr6prios membros do grupo.
LlDERANC;A PONTOS %
A (a )
L F (b)
0 ( c )