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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Lisandra Graziela Fiorenzano PLANO DE COMUNICAÇÃO EM MÍDIAS SOCIAIS PARA A ASSOCIAÇÃO DO AMIGO ANIMAL Curitiba 2011

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

Lisandra Graziela Fiorenzano

PLANO DE COMUNICAÇÃO EM MÍDIAS SOCIAIS PARA A

ASSOCIAÇÃO DO AMIGO ANIMAL

Curitiba

2011

PLANO DE COMUNICAÇÃO EM MÍDIAS SOCIAIS PARA A

ASSOCIAÇÃO DO AMIGO ANIMAL

Curitiba

2011

Lisandra Graziela Fiorenzano

PLANO DE COMUNICAÇÃO EM MÍDIAS SOCIAIS PARA A

ASSOCIAÇÃO DO AMIGO ANIMAL

Projeto de Monografia para conclusão do curso de MBA em Gestão da Comunicação Pública e Empresarial da Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão em Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para a obtenção de título, Latu Senso, de especialista Orientadora: Prof

a. Denise Stacheski

CURITIBA

2011

TERMO DE APROVAÇÃO

Lisandra Graziela Fiorenzano

PLANO DE COMUNICAÇÃO EM MÍDIAS SOCIAIS PARA A

ASSOCIAÇÃO DO AMIGO ANIMAL

Esta monografia foi julgada e aprovada para a obtenção de título, Latu Senso, de especialista do curso de MBA em Gestão da Comunicação Pública e Empresarial da Universidade Tuiuti do Paraná.

Curitiba, __________de 2012.

___________________________________

Curso de MBA em Gestão da Comunicação Pública e Empresarial Universidade Tuiuti do Paraná

Orientadora: Profa. Denise Stacheski Universidade Tuiuti do Paraná

Prof. Universidade Tuiuti do Paraná Prof. Universidade Tuiuti do Paraná

RESUMO O presente estudo tem como objetivo demonstrar a importância das mídias sociais como ferramenta de comunicação para as instituições e empresas da sociedade atual, focando no contexto das organizações não governamentais, onde as necessidades de comunicação existem, mais os recursos financeiros não. O estudo demonstra o poder das mídias sociais em disseminar idéias e mobilizar pessoas em torno de causas, idéias e campanhas, através da análise de estudos de caso de instituições que foram e que são bem sucedidas em suas ações. O trabalho apresenta também um plano de comunicação estruturado para a Associação do Amigo Animal, organização não governamental que atua na causa da proteção animal na região de Curitiba. Palavras chave: mídias sociais, organizações não governamentais, proteção animal.

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - CAMPANHA COLEIRAS VERMELHAS DA WSPA NO

FACEBOOK ....................................................................................... 42

FIGURA 2 - PÁGINA DO CLUBE DOS VIRA-LATAS NO FACEBOOK ................. 43

FIGURA 3 - CANAL DE VÍDEOS DA WSPA NO YOUTUBE ................................. 46

FIGURA 4 - PÁGINA DO ORKUT DO INSTITUTO NINA ROSA ........................... 48

LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 - FACEBOOK .................................................................................... 44

QUADRO 2 - YOUTUBE ....................................................................................... 47

QUADRO 3 - TWITTER ........................................................................................ 47

QUADRO 4 - ORKUT............................................................................................ 49

QUADRO 5 - MENSURAÇÃO DE RESULTADOS YOUTUBE ............................. 51

QUADRO 6 - MENSURAÇÃO DE RESULTADOS FACEBOOK .......................... 51

QUADRO 7 - MENSURAÇÃO DE RESULTADOS TWITTER .............................. 52

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 9

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 13

2.1 O TERCEIRO SETOR E SEU SURGIMENTO .................................................... 13

2.1.1 Causas Sociais e a Missão das Entidades do Terceiro Setor .......................... 17

2.1.2 O Movimento da Proteção Animal no Brasil e no Mundo ................................. 18

2.2 COMUNICAÇÃO ON LINE E AS MÍDIAS SOCIAIS ............................................ 21

2.2.1 Orkut................................................................................................................. 25

2.2.2 Flicker ............................................................................................................... 26

2.2.3 Facebook .......................................................................................................... 26

2.2.4 Twitter ............................................................................................................... 27

2.2.5 YouTube ........................................................................................................... 28

2.2.6 Comunicação On-line para Organizações do Terceiro Setor ........................... 29

3 A ASSOCIAÇÃO DO AMIGO ANIMAL ................................................................. 32

3.1 MISSÃO .............................................................................................................. 33

3.2 ESTRUTURA DA ASSOCIAÇÃO ........................................................................ 34

4 METODOLOGIA .................................................................................................... 36

5 PLANO DE COMUNICAÇÃO ................................................................................ 38

5.1 DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS ........................................................................... 38

5.2 PÚBLICO-ALVO .................................................................................................. 39

5.3 ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DO CENÁRIO DA INSTITUIÇÃO NAS MÍDIAS

SOCIAIS .................................................................................................................... 40

5.3.1 Facebook .......................................................................................................... 41

5.3.2 Twitter ............................................................................................................... 47

5.3.3 Orkut................................................................................................................. 47

5.4 ESTABELECIMENTO DO ORÇAMENTO ........................................................... 50

5.5 MENSURAÇÃO DOS RESULTADOS ................................................................. 50

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 53

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 55

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1 INTRODUÇÃO

No mundo globalizado, em uma era que a comunicação é indispensável,

organizações que não se comunicam, sejam elas do terceiro setor ou não,

dificilmente mantem-se ativas, menos ainda divulgar suas causas. Dentre as

inúmeras ferramentas disponíveis aos comunicadores, estão as mídias sociais. As

mídias sociais ditam para a Sociedade um novo modelo de comunicação, onde a

produção de conteúdo é descentralizada, e não existe controle editorial de grandes

grupos. É uma comunicação de muitos para muitos, onde a publicação de conteúdo

pode ser feita por qualquer pessoa, desde que a mesma faça parte da rede social.

Estima-se, de acordo com dados de uma recente pesquisa divulgada pelo instituto

ComScore, que , 90,8% dos brasileiros que acessam a Internet estão nas redes

sociais. Isso significa dizer que, a disseminação das redes sociais no país é um

caminho sem volta, pois a cada dia mais empresas vão perceber a importância de

se comunicar com seus consumidores on-line.

No que tange às Organizações Não Governamentais, muitas já perceberam

a importância das redes sociais e estão investindo seu tempo e suas forças para

estabelecer um canal de comunicação com a sociedade através delas. É o caso da

Organização Não Governamental Clube dos Viralatas, de São Paulo, que segundo

Pavão (2011), possui 20 mil seguidores em sua página do Facebook, e que atravéz

deste canal conseguiu aumentar o número de doações, de voluntários e ainda

melhorar as condições de vida dos animais os quais abriga em sua sede.

É no sentido de demonstrar a relevância das redes sociais no cenário atual

da comunicação no Brasil que este trabalho se torna importante, demonstrando

através de exemplos bem sucedidos, o quanto a comunicação nas redes sociais

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ajuda as organizações do Terceiro Setor, e ainda estruturando um plano de

comunicação em mídias sociais possível de ser implementado e utilizado pela

Associação do Amigo Animal, a Organização Não Governamental que é objeto de

estudo do presente trabalho.

Fundada pela família Misga em 1995, a Associação do Amigo Animal abriga

hoje em sua chácara dois mil cães, todos encontrados em situação de abandono,

doentes ou idosos. Lá, os cães recebem tratamento, carinho, alimentação e abrigo

até conseguirem um lar responsável. Atualmente, a realidade da ONG é a mesma

da maioria das Instituições que atuam com a causa social da proteção animal no

Brasil – pouco recurso financeiro, poucos voluntários e muitos animais abandonados

precisando de cuidados e lares responsáveis. Utilizar-se dos canais de comunicação

nas redes sociais para divulgar a posse responsável, pedidos de ajuda, doações,

entre outros é o inicio do caminho para mudar esta situação.

O presente trabalho estrutura-se em cinco capítulos, desenvolvidos

sequencialmente da seguinte maneira:

O capítulo dois refere-se à fundamentação teórica, consistida pelo

levantamento bibliográfico que aborda os assuntos referentes a temática escolhida,

fornecendo assim o embasamento e os esclarecimentos necessários para o

desenvolvimento do trabalho. Este capítulo subdivide-se em:

O Surgimento do Terceiro Setor – O capítulo inicia-se apresentando um

conceito de Terceiro Setor, contextualizando o ocorrido através da

apresentação de um breve apanhado histórico;

Causas Sociais e a missão das entidades do Terceiro Setor – o tópico

discorre sobre a razão de existir das Ongs, e sobre as causas sociais que

norteiam o seu trabalho;

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O movimento da proteção animal no Brasil e no mundo – Traça um

panorama do movimento da proteção animal no Brasil e no mundo,

apresentando as instituições mais representativas neste segmento do

Terceiro Setor;

A comunicação e as etapas do Plano de Comunicação – trata da

importância do uso da comunicação para as entidades do Terceiro Setor

manterem-se ativas, discorrendo também sobre as etapas que são

necessárias para o estabelecimento de um plano de comunicação

efetivo;

A Comunicação on-line e as mídias sociais – O tópico discorre sobre a

importância da comunicação on-line no mundo atual, conceitua mídias

sociais e apresenta suas principais ferramentas.

Comunicação On-Line para organizações do Terceiro Setor – Trata da

importância e da aplicabilidade da Comunicação On-Line no contexto das

organizações do Terceiro Setor;

A Associação do Amigo Animal – Apresenta a organização não

governamental que é objeto de estudo do trabalho, falando sobre seu

surgimento sua missão, visão, valores, e detalhes de seu funcionamento

e estrutura.

O capítulo fala sobre a Organização do Amigo Animal, sobre seu surgimento

funcionamento e detalhes sobre suas atividades.

O capítulo quatro aborda os procedimentos metodológicos utilizados na

realização do trabalho.

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O capitulo seis apresenta um plano de comunicação realizado com base na

realidade da Organização do Amigo Animal, passando por todas as etapas

necessárias.

O capitulo sete trata das conclusões e recomendações advindas da

realização do presente estudo.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 O TERCEIRO SETOR E SEU SURGIMENTO

A Associação do Amigo Animal, organização não governamental que objeto

do presente estudo é classificada no que determina-se Terceiro Setor. No processo

de transformação da sociedade na estrutura complexa conhecida hoje,

convencionou-se agrupar os segmentos da mesma em setores, e a cada respectivo

setor foram determinados papeis.

Segundo a Constituição Brasileira (BRASIL, 1998), o primeiro setor é o

Estado, a quem são atribuídas as funções de construir uma sociedade livre, justa e

solidária, garantir o desenvolvimento nacional, erradicar a pobreza e a

marginalização, reduzir as desigualdades sociais e regionais, e ainda promover o

bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer

outras formas de discriminação. É o Primeiro Setor quem atua como um mecanismo

regulador sob os outros setores da sociedade.

Segundo Coelho (2002), o Primeiro Setor distingui-se, sobretudo pelo fato de

legitimar e organizar suas ações através de meios coercitivos. Tem sua atuação

limitada e regulada por um arcabouço legal, fato esse que torna sua ação previsível

a todos os atores da sociedade. O Segundo Setor consiste no conjunto de empresas

que exercem atividades privadas, oferecendo a sociedade bens e serviços, visando

principalmente o lucro, atuando em beneficio próprio ou particular. De acordo com

Salvatore (2004) o Segundo Setor possui uma lógica própria, que tem como objetivo

principal viabilizar a obtenção do lucro como única forma de manter a estrutura da

sociedade capitalista. O Terceiro Setor compreende todas as instituições ou

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atividades que não têm características de regulação da sociedade nem de lucro.

Segundo Fernandes (1994) as entidades do Terceiro Setor, sejam elas fundações,

associações ou institutos, tem como objetivo principal atender as demandas sociais

das quais o estado não dá conta de atender.

É no Terceiro Setor da Sociedade que situa-se a Associação do Amigo

Animal, Organização Não Governamental que atua no ramo da proteção animal e é

objeto de estudo do presente trabalho.

Pode-se dizer que as organizações conhecidas hoje como do Terceiro Setor,

foram criadas nos três primeiros séculos no Brasil, fruto da caridade cristã, vinda da

Igreja católica e sua relação com o Estado. A Irmandade da Santa Casa de

Misericórdia de São Vicente foi a primeira entidade criada no país com o objetivo de

atender aos desamparados brasileiros. A medida que a colonização portuguesa

avançava este modelo de filantropia dependente da Igreja se expandia e se

disseminava por todo o país. Este modelo de filantropia chamado

“caritativo”(sobrino,1994) resultou na ação social de caráter assistencialista e

paternalista que passou a vigorar na sociedade brasileira, um modelo em que os

beneficiados tornam-se dependentes dos benfeitores, de maneira que não

estimulam a autoestima nem promovem o desenvolvimento dos indivíduos

assistidos. Tal situação só começou a se transformar na década de 70, com a

mudança de postura da Igreja Católica.

A Igreja Católica passou a desempenhar um importante papel de resistência

ao regime militar que vigorava no Brasil da época, através de uma corrente

progressista instalada em seu interior. (ANTONIAZZI, 2002) A Igreja assumiu uma

posição de vanguarda diante do regime, defendendo direitos dos excluídos,

denunciando abusos cometidos ou organizando diversas Pastorais. Foi nesta época

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que surgiram a Pastoral da Terra (reforma agrária), o Conselho Indiginista

Missionário (CIMI), Pastoral da Criança (Direitos da Criança) e Comissões

Diocesanas de direitos humanos. Os sindicatos de trabalhadores também passaram

a adotar uma postura diferenciada.

É importante lembrar que tanto os movimentos impulsionados pelos

sindicatos quanto pela igreja receberam recursos financeiros da Europa e Estados

Unidos. As fundações Kellogg e Ford tiveram um importante papel na fundação do

que viriam a ser a Abrinq para os direitos das crianças, a Fundação Orsa e o

Instituto Airton Senna. O papel destas empresas também foi exponencial no

surgimento do grupo que reúne empresas e instituições que trabalham com formas

organizadas de investimento social. Já na década de 90, surgiram iniciativas

bastante expressivas nas organizações sociais, como por exemplo a “Ação da

cidadania contra a fome, a miséria e pela vida”, que tendo como líder o sociólogo

Herbert de Souza, mobilizou a sociedade produzindo um sentimento de

solidariedade e voluntariado em todo o país. No mesmo ano, a Confederação

Nacional dos Bispos do Brasil instituiu a realização anual da Campanha da

Fraternidade, a Fundação Roberto Marinho criou o programa Criança Esperança,

que todos os anos arrecada milhões em recursos para diversos projetos, entre

outros.

Surge então no Brasil, o movimento da Responsabilidade Social

Empresarial, e acontece o crescimento da participação cidadã das empresas e

empresários, no qual estes assumem papéis de agentes transformadores da

sociedade, no qual as empresas passam a ter três principais responsabilidades em

seus negócios – serem economicamente viáveis, ambientalmente sustentáveis e

socialmente responsáveis (ELKINGTON,1998). Assim, na década de 90, a

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sociedade do Brasil passou a assumir que o desenvolvimento social não é uma

obrigação apenas do estado, e a partir desta mudança de paradigma surgiram

inúmeras associações e um grande número de ongs comprometidas em atuar em

prol das mais diversas causas sociais.

A Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (ABONG),

afirma, em pesquisa realizada em 2005, em parceria com o IBGE – Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística, o Instituto de Pesquisa Econômicas e

Aplicadas - IPEA, que existem hoje no Brasil 338 mil organizações sem fins

lucrativos, que são divididas em cinco categorias: 1. que são privadas, não integram

o aparelho do Estado; 2. que não distribuem eventuais excedentes; 3. que são

voluntárias; 4. que possuem capacidade de autogestão; e, 5. que são

institucionalizadas. Este panorama demonstra que o cenário do Terceiro Setor no

país evoluiu substancialmente, desde as primeiras iniciativas de filantropia, ligadas

apenas a caridade da igreja católica. (Abong, 2005)

Dentre os milhões de instituições que atuam hoje no Brasil, nos mais

diversos setores carentes da sociedade, encontramos as instituições que tem como

causa a proteção e defesa dos animais, como a que é objeto do presente estudo.

Infelizmente, a causa da proteção animal ainda caminha a passos lentos no Brasil.

Instituições e pessoas que trabalham por esta causa contam com poucas e isoladas

iniciativas da sociedade civil no sentido de apoiá-las, principalmente no que tange

aos recursos financeiros e legislação pertinente. É neste sentido que divulgar a

causa e instituições sérias que atuam na proteção animal passa a ter grande

importância, pois quando mais conhecido o trabalho, maiores as chances de

conseguir credibilidade e apoio diante da sociedade.

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2.1.1 Causas Sociais e a Missão das Entidades do Terceiro Setor

A causa pela qual se trabalha é o que caracteriza a razão da ONG existir, o

motivo pelo qual ela foi fundada, o problema social que é objeto de seu trabalho.

Dentro do Terceiro Setor encontramos instituições que lutam pelas mais diferentes

causas, ligadas a instituições religiosas ou não. No Brasil, devido a sua forte

característica católica e cristã grande parte das entidades do Terceiro Setor estão

ligadas de alguma forma a filantropia cristã, como por exemplo, as Santas Casas de

Misericórdia ou a Pastoral da Criança, criada por Zilda Arns.

Com o passar dos anos e a mudança de postura que assumida pela

sociedade, no sentido de tomar para si parte do problema social, não o relegando

apenas para o Estado, houve uma diversificação, e o surgimento de instituições que

trabalham com os mais diversos tipos de causas. Assim, existem instituições que

buscam a garantia dos direitos da infância, dos gays, deficientes físicos, animais.

Ainda dentro destes grupos, observa-se aqueles que trabalham com delimitações

mais especificas, como por exemplo, grupos que trabalham pelos dos direitos dos

idosos, exclusivamente combatendo a violência contra os mesmos.

Peruzzo (2008), classificou sete tipos de movimentos a partir de

características comuns entre eles. São eles: os ligados a bens de consumo coletivo;

os envolvidos na questão da terra; os relacionados com as condições gerais de vida;

os motivados por desigualdades culturais; os dedicados à questão trabalhista; os

voltados à defesa dos direitos humanos e os vinculados a problemas específicos.

Porém, esta classificação é bastante genérica, deixando de lado grupos importantes

como os que tratam de questões ligadas ao meio ambiente, por exemplo.

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2.1.2 O Movimento da Proteção Animal no Brasil e no Mundo

Desde o início dos tempos, a relação do homem com a natureza e os

animais é regida por uma relação de domínio, onde predomina a lei da injustiça. O

homem, desde os primórdios, proclama a ideia de que é superior, ou como diz a

Bíblia, “criado a imagem e semelhança de Deus”, e partindo desta premissa,

entende como legítima a idéia da exploração e domínio perante a natureza e os

animais.Com o passar dos anos, a sociedade evoluiu e tornou-se em partes mais

civilizada. Grupos de pessoas e parte da sociedade sentiram a necessidade de

defender os animais, tanto silvestres, quanto domésticos. Estes grupos, organizados

em entidades, ONGs e associações, passaram a lutar pela proteção, dignidade e

respeito aos animais. Juntamente com este processo de conscientização, surgem e

vem evoluindo leis que protegem e conferem direitos aos animais. Dentre estas,

destaca-se a Declaração Universal dos Direitos dos Animais, que norteia as

atividades de muitas das inúmeras organizações que lutam em favor da causa

animal no mundo. Seu surgimento sugere a sociedade uma nova postura frente a

sua relação com os animais.

A Declaração Universal dos Direitos dos Animais, da qual o Brasil e os

países membros da ONU são signatários, foi proclamada em 27 de Janeiro de 1978,

na Cidade de Bruxelas, Bélgica, por Georges Heuse, cientista ilustre e secretário

geral do Centro Internacional de Experimentação de Biologia Humana e. O objetivo

principal da Declaração foi o de definir parâmetros jurídicos para a legislação sobre

direitos dos animais.

A Declaração que pode ser encontrada no website do Conselho Regional de

Medicina Veterinária Brasileiro (2011) proclama que:

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Art. 1º - Todos os animais nascem iguais perante a vida e têm os mesmos direitos à existência. Art. 2º - O homem, como a espécie animal, não pode exterminar os outros animais ou explorá-los violando este direito; tem obrigação de colocar os seus conhecimentos a serviço dos animais. Art. 3º - Todo animal tem direito à atenção, aos cuidados e à proteção do homem. Se a morte de um animal for necessária, deve ser instantânea, indolor e não geradora de angústia. Art. 4º - Todo animal pertencente a uma espécie selvagem tem direito a viver livre em seu próprio ambiente natural, terrestre, aéreo ou aquático, e tem direito a reproduzir-se; Toda privação de liberdade, mesmo se tiver fins educativos, é contrária a este direito. Art. 5º - Todo animal pertencente a uma espécie ambientada tradicionalmente na vizinhança do homem tem direito a viver e crescer no ritmo e nas condições de vida e de liberdade que forem próprias de sua espécie; Toda modificação deste ritmo ou destas condições, que forem impostas pelo homem com fins mercantis, é contrária a este direito. Art. 6º - Todo animal escolhido pelo homem como companheiro tem direito a uma duração de vida correspondente à sua longevidade natural; Abandonar um animal é ação cruel e degradante. Art. 7º - Todo animal utilizado em trabalho tem direito à limitação razoável da duração e intensidade desse trabalho, alimentação reparadora e repouso. Art. 8º - A experimentação animal que envolver sofrimento físico ou psicológico é incompatível com os direitos do animal, quer se trate de experimentação médica, científica, comercial ou de qualquer outra modalidade; As técnicas de substituição devem ser utilizadas e desenvolvidas. Art. 9º - Se um animal for criado para alimentação, deve ser nutrido, abrigado, transportado e abatido sem que sofra ansiedade ou dor. Art. 10º - Nenhum animal deve ser explorado para divertimento do homem; As exibições de animais e os espetáculos que os utilizam são incompatíveis com a dignidade do animal. Art. 11º - Todo ato que implique a morte desnecessária de um animal constitui biocídio, isto é, crime contra a vida. Art. 12º - Todo ato que implique a morte de um grande número de animais selvagens, constitui genocídio, isto é, crime contra a espécie; A poluição e a destruição do ambiente natural conduzem ao genocídio. Art. 13º - O animal morto deve ser tratado com respeito; As cenas de violência contra os animais devem ser proibidas no cinema e na televisão, salvo se tiverem por finalidade evidenciar ofensa aos direitos do animal. Art. 14º - Os organismos de proteção e de salvaguarda dos animais devem ter representação em nível governamental.

Dentre as inúmeras instituições que cuidam da proteção e defesa dos

animais, são destacadas no presente trabalho as mais significativas, que possuem

atuação e comunicação organizada e eficiente em favor desta causa. São elas:

WSPA – A WSPA é um entidade multinacional, reconhecida como órgão

consultivo pela ONU e pelo Conselho Europeu, sendo a maior federação

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de organizações de bem-estar animal do mundo. Possui mais de 1000

organizações filiadas em 156 países. A organização atua através de

campanhas junto a governos e principais tomadores de decisão do

mundo, visando mudanças de práticas e a criação de novas leis para

proteger e melhorar o bem estar animal, além de promover programas

educacionais para a sociedade e gerenciamento do socorro para animais

vítimas de desastres naturais;

PETA - Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais (PETA) é a maior

organização de direitos animais no mundo, com mais de 2 milhões de

membros e simpatizantes. A instituição multinacional foca atenção sobre

as quatro áreas em que o maior número de animais sofrem mais

intensamente por mais longos períodos de tempo: nas fazendas-fábricas,

no comércio de vestuário, em laboratórios e na indústria do

entretenimento. A entidade atua através de campanhas de

conscientização da sociedade, investigações de crueldade, pesquisa,

resgate de animais, legislação, eventos especiais, envolvimento de

celebridades na causa e campanhas de protesto;

Arca Brasil - A Arca Brasil - Associação Humanitária de Proteção e Bem-

Estar Animal é uma organização sem fins lucrativos, sem vínculos

partidários ou religiosos, criada em 1993 com o objetivo de promover o

bem-estar e o respeito aos direitos dos animais. Referência para

entidades governamentais e não-governamentais, a atuação da Arca

Brasil é reconhecida internacionalmente. Sua proposta é interligar

profissionais (em particular os médicos veterinários), saúde pública,

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proteção animal e sociedade para o aprimoramento das relações

homem-animal;

Instituto Nina Rosa - O Instituto Nina Rosa é uma organização

independente, sem fins lucrativos, que atua voluntariamente, com

autonomia. Desde 2000 promove conhecimento sobre defesa animal,

consumo sem crueldade e vegetarianismo.

As estratégias bem sucedidas realizadas por estas organizações serão

abordadas mais adiante, no capitulo que trata do plano de comunicação.

2.2 COMUNICAÇÃO ON LINE E AS MÍDIAS SOCIAIS

O surgimento da Internet trouxe um mundo novo de possibilidades para a

comunicação, gerando oportunidades nunca antes imaginadas no sentido da

democratização da informação. A rede torna a informação acessível tanto para

organizações quanto para seus públicos. Para as organizações, no sentido de que,

empresas que não dispõe de verba para estar em mídias “convencionais” podem

facilmente criar e manter sua presença nas redes sociais, e para os públicos de

forma que, além de disponibilizar informações atualizadas e de fácil acesso, ainda

possibilita que o público interaja com ela.

Logan (1999) define a comunicação mediada pelo computador como uma

nova e importantíssima linguagem, que redefine não apenas a comunicação no

mundo atual, mais também a forma das pessoas se relacionarem. Ela diminui

distâncias, aproxima pessoas e permite uma comunicação de muitos para muitos.

No Brasil, o cenário apresenta-se ainda mais promissor quando falamos em

comunicação pela Internet, considerando o que já foi pesquisado a este respeito.

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Pesquisas recentes contratadas pela Agência F/Nazca, indicaram que 81% dos

brasileiros em idade de 16 a 24 anos acessam a Internet. A Pesquisa Inter-Meios,

coordenada pelo grupo Meio e Mensagem em 2010 apresentou a Internet como o

meio que mais cresce em faturamento publicitário.

Cavallini (2009), ainda segundo dados das pesquisas acima citadas, o

brasileiro tem o maior tempo médio de navegação mensal em Internet. Em se

tratando de redes sociais, o Brasil é o país com maior penetração nas redes, é o

usuário que passa mais tempo em blogs, comunidades e mensageiros instantâneos.

É importante destacar ainda, que, ao contrário do que muitos achavam

quando do surgimento da Internet, ela não extinguiu as outras mídias, mas sim,

consolidou-se como o elemento que converge todas elas, com o benefício que a

interatividade proporciona.

Vinte e um anos após o surgimento da Internet, a rede adquire um sentido

totalmente novo, o relacionamento. Estar on-line é fazer amigos, trocar idéias,

interagir. Assim, diferentemente do que ocorria com os meios de comunicação de

massa, o foco da comunicação deixou de estar no emissor, e a via passou a ser de

mão dupla. O consumidor passou a ter voz e a produzir conteúdo.

Surge assim o conceito de Prosumer. Segundo Ferreira (2009), o Prosumer

identifica-se por criar interação com instituições e marcas, opinando, criticando,

compartilhando com sua rede coisas de seu interesse. É este permanente espírito

provocativo, que faz com que o consumidor saia da condição de apenas receptor de

mensagens e se converta em um gerador de publicidade que caracteriza a

publicidade na Internet da atualidade.

O comunicador que, reconhecendo a importância da comunicação on-line

dentro de seu plano de comunicação decide trabalhar com ela, dispõe de inúmeras

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ferramentas para estabelecer não só um meio de comunicação com seus públicos,

mas também um importante aliado no sentido de ajudá-lo a construir e tornar

conhecida sua marca, ou instituição. Dentre estas ferramentas, o website

corporativo, os links patrocinados, a newsletter Digital, o e-mail Marketing e as

mídias sociais são os mais significativos.

As mídias sociais são sites da internet especificamente planejados e

desenvolvidos com o objetivo de permitir a construção colaborativa de conteúdo, a

interação social e o compartilhamento de informações nos mais diversos formatos.

Lima (2009) define a mídia social como um novo formato de comunicação,

que é mediada por um computador, permitindo a criação, compartilhamento,

comentário, avaliação, classificação, recomendação e disseminação de conteúdos

digitais de forma descentralizada e colaborativa. Para ele, a principal característica

que define a mídia social é a participação ativa dos usuários na integração de

informações.

De acordo com dados extraídos da pesquisa da Interactive Advertising

Bureau Brasil, divulgada em agosto 2010, a audiência da internet brasileira subiu de

67,5 milhões em 2009 e pode chegar a 73,7 milhões. Em (2009), o mundo passou

110 bilhões de minutos em sites de redes sociais e blogs, o que representa 22% de

tempo on-line. Com aumento de 24% do número de usuários em relação a 2008,

pode-se dizer que, agora, aproximadamente três quartos dos usuários de internet

em todo o mundo usam blogs e redes sociais. O Brasil está à frente na utilização,

com 86% dos internautas integrando alguma rede social (IAB, 2010).

Os números são exponenciais e mostram a amplitude e importância destas

novas mídias para a comunicação no Brasil e no mundo.

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Segundo Telles (2011) as mídias sociais causam um impacto profundo e

alteram significativamente o modo como produzimos e tratamos as informações e

nossas diversas representações do mundo físico e social. Sendo assim, as

organizações do Terceiro Setor não podem e não devem ficar de fora desta

tendência. Ainda para Telles, a relevância das mídias sociais no Brasil e no mundo

pode ser demonstrada por dados como: a existência de 152 milhões de blogs na

web; a localização do Brasil em 2° lugar no ranking dos países que utilizam

YouTube, Gmail e Twitter; 90 milhões de Tweets diários são postados no Microblog

Twitter; 500 mil aplicativos ativos no Facebook; 85% dos internautas brasileiros

participam de alguma rede social.

Para entender as mídias sociais é preciso distinguir os termos mídias sociais

e redes sociais. Eles não são a mesma coisa. O primeiro é uma categoria do último.

Sites de relacionamento ou redes sociais são ambientes na web cujo foco é reunir

pessoas, chamados membros, que uma vez inseridos podem expor seu perfil com

dados, como fotos pessoais, textos, mensagens e vídeos, além de interagir com

outros membros, criando listas de amigos e comunidades. As mídias sociais são

sites na Internet construídos para permitir a construção colaborativa de conteúdo, a

interação social e o compartilhamento de informações em diversos formatos

(TELLES, 2011)

A maioria das grandes redes sociais como o Orkut e o Facebook reúne

milhões de membros e um quantidade crescente de funções que permitem as

pessoas interagir de diferentes formas. Cada rede tem suas regras próprias, que

moldam o comportamento de seus membros e definem formas de interação mais

eficientes. Muitas delas incluem seus próprios mecanismos de buscas e são

fechadas em relação a estes, cujo conteúdo só pode ser encontrada por membros.

25

Dentre as principais e mais relevantes ferramentas de mídias sociais,

destacam-se, os adiante apresentados.

2.2.1 Orkut

O Orkut é um dos primeiros sites de rede social propriamente dito. O sistema

foi criado por Orkut Buyukkotten, nas horas vagas, enquanto ele cursava a faculdade

em Stanford e era funcionário do Google. O funcionamento do Orkut se dá

basicamente através da criação e compartilhamento de perfis e comunidades,

convertendo-se em uma grande rede onde as pessoas criam seus próprios perfis,

formam grupos (comunidades) de interesse de acordo com afinidades em comum.

Atualmente, o cadastro de novos usuários no Orkut é feito de forma livre, não sendo

mais necessário um convite de um usuário que já esteja no sistema. O Orkut

também passou por inovações a partir de 2007, quando abriu sua plataforma para

que novos aplicativos fossem criados, revitalizando o sistema do Google

(RECUERO,2009).

Em um plano de comunicação de mídias sociais, criar uma comunidade para

a marca, ou que fale do Core Business da empresa no Orkut é uma estratégia

bastante interessante, podendo trazer retorno tanto institucional quanto promocional

para a marca ou instituição. É importante ressaltar que, para uma maior efetividade

da ação, faz-se necessário não apenas criar a comunidade, mais também mantê-la

atualizada constantemente, criando relacionamento com os públicos e pessoas-

chave, participando de fóruns e enquetes e convidando pessoas com interesses

afins para serem amigos do perfil criado.

26

2.2.2 Flicker

O Flicker é a Mídia Social com o foco em compartilhamento de fotos mais

popular da Internet. O site permite que as imagens publicadas sejam etiquetadas

com palavras-chave, permitindo assim que as mesmas sejam objetos de busca em

grandes buscadores.

Para Telles (2011) um dos principais atrativos do Flicker é a grande

variedade de opções de armazenamento do material que se deseja publicar e

catalogar. É possível, por exemplo, separar fotos com a ajuda de tags e álbuns e

envia-las para grupos de usuários que compartilham imagens sobre o mesmo tema.

Uma organização que deseje aumentar sua presença nas redes sociais deve

estar atenta as opções que o Flicker oferece, aproveitando suas funcionalidades em

seu plano de comunicação através da publicação de teasers de campanhas, fotos

de pessoas, eventos e ações que possam ser compartilhadas com os grupos de

interesse.

2.2.3 Facebook

O Facebook é a maior rede social da atualidade, com mais de 750 milhões

de usuários ativos, segundo dados do site Wikipedia (2011). O site foi criado por

Mark Zuckerberg, no ano de 2004, enquanto este era aluno em Harvard. O público-

alvo da época eram os alunos que estavam entrando na universidade e que tinham

dificuldade em se socializar e criar uma rede de contatos. O site rapidamente se

expandiu para outras escolas e posteriormente para o mundo todo.

27

Assim como o Orkut, o Facebook funciona através de perfis e comunidades.

Os dois sites podem ser considerados concorrentes, sendo que, segundo Branbillia

(2011), o primeiro possui supremacia absoluta no território brasileiro. No restante do

mundo, o Facebook é líder absoluto.

O grande diferencial da mídia social criada por Mark Zuckerberg são o

grande número de módulos de aplicativos disponíveis para utilização dos usuários.

Eles permitem que os perfis fiquem mais personalizados, gerando um diferencial

(BOYD; ALISON, 2007).

O usuário do Facebook tem em média 38 anos, e a utilização da rede social

cresce a cada dia entre as classes A e B. A grande maioria dos usuários acessa o

sistema por meio de plataformas móveis, e estes usuários também demonstram o

dobro do engajamento daqueles que utilizam pelo computador (o dobro de

visualizações de páginas, interações, entre outros).

Para organizações que queiram ter uma presença relevante na Internet, a

criação e manutenção de um perfil atualizado no Facebook é indispensável.

Informações, promoções e conteúdo relevante para os seguidores do perfil devem

ser postados constantemente, para manter o interesse dos públicos.

2.2.4 Twitter

O Twitter é um site popularmente denominado de Microblogging. Sua

vantagem em relação aos demais blogs é que, ao permitir que sejam postados

apenas textos até 140 caracteres, ele diminui o tempo e o pensamento investido

para gerar conteúdo. Telles (2011) afirma que é esta a característica do Twitter que

28

faz com que o usuário satisfaça sua necessidade de comunicação ainda mais

rápido, o que torna o site super atrativo.

A partir da pergunta “O que você está fazendo?” O Twitter é estruturado com

seguidores e pessoas a seguir, onde cada usuário decide quem deseja seguir e é

seguido por outros. Há também a possibilidade de enviar mensagens em modo

privado para outros usuários. A janela particular de cada usuário contém, assim,

todas as mensagens públicas emitidas por aqueles indivíduos a quem ele segue.

Mensagens direcionadas também são possíveis, a partir do uso da “@” antes do

nome do destinatário.

Os Trending Topics e as Hashtags são duas ferramentas do Twitter

imprescindíveis para uma campanha em mídias sociais efetiva. A primeira funciona

basicamente como um termômetro dos assuntos mais comentados no Twitter,

fazendo um ranking por quantidade de comentários. As Hashtags são uma

ferramenta importante para usuários do Twitter por que elas são uma maneira de

adicionar contexto e metadados para os seus tweets – basta prefixar uma palavra

com o prefixo Hashtag. Uma Hashtag é uma maneira para que outros usuários

encontrem informações sobre uma palavra chave, mesmo que eles não sigam o

perfil que publicou-a. É uma ótima maneira de conseguir novos seguidores na rede

social.

2.2.5 YouTube

O YouTube é o site de compartilhamento de vídeos líder na Internet. Seu

sucesso se deve basicamente a simplicidade de seu funcionamento. Basta que o

usuário tenha uma câmera na mão e algo a dizer, e está apto a fazer parte do

29

imenso universo de conteúdo que é o YouTube. Ao postar vários vídeos, o usuário

passa a ser dono de um canal no YouTube, onde ficarão postados todos os seu

vídeos.

Cavalinni (2009), dá uma idéia da dimensão da força e presença do

YouTube no mundo das mídias sociais, quando afirma com base em pesquisa

realizadas pelo Antropólogo Dr. Michael Wesch que, a transmissão de toda a história

das quatro maiores emissoras brasileiras é três ou quatro vezes menor que o

montante de horas enviado para o YouTube em um único ano. Assim, o site se

apresenta como é a mídia social que materializa a nova forma de comunicação que

impera no universo das redes sociais – onde o consumidor não apenas consome

conteúdo, mais também gera e distribui em grandes quantidades.

O YouTube é uma ferramenta importante para divulgar campanhas,

mensagens e conteúdos diversos em uma campanha de mídias sociais. Ele é o

veículo de uma nova e gratuita forma de publicidade, a viral. Com este tipo de ação,

organizações, empresas e marcas podem fazer com que a comunicação sobre seus

produtos, campanhas e ações deem a volta ao mundo, na velocidade de um simples

clique do mouse.

2.2.6 Comunicação on-line para Organizações do Terceiro Setor

No Brasil, a realidade da maioria das ONGs é de escasso recurso financeiro,

muitos gastos e grande dificuldade de conseguir voluntários. A maioria destas

instituições dificilmente investe em mídia e comunicação, contando apenas com

iniciativas isoladas, com o boca a boca, e, com um pouco de sorte, com alguma

30

empresa de comunicação ou patrocinador que decide ajudar a organização a se

tornar conhecida ou angariar fundos.

É neste sentido que a comunicação on-line se destaca no momento da

escolha das ferramentas dentro de um plano de comunicação para uma organização

do terceiro setor. Muitas ONGs e empresas sem fins lucrativos já estão utilizando as

redes sociais para apoiar causas sociais e conscientizar os usuários, devido ao seu

baixo custo, facilidade de manutenção e alto poder de mobilização e engajamento,

elas estão se tornando um eficiente canal de comunicação para muitas

organizações, que utilizam estas novas ferramentas para divulgar seus projetos,

mobilizar pessoas, divulgar eventos, captar recursos, entre outros.

Segundo Li (2010) a receptividade de causas sociais na internet é muito

grande e existem muitos cases de sucesso cujos retornos superaram expectativas,

tanto em campanhas sociais de entidades formalmente organizadas quanto em

ações pontuais de pessoas físicas. O potencial das redes sociais, a rapidez e

facilidade para disseminação da informação são aliados indispensáveis na luta diária

pelas causas sociais, sendo para angariar apoio financeiro, voluntários ou construir a

imagem da instituição.

O caso mais notável de utilização eficiente de mídias sociais é o da

experiência da Cruz Vermelha, instituição de ajuda humanitária mundial, após o

furacão Katrina. Na época do furacão, a organização foi muito criticada no ambiente

das redes sociais, em virtude de sua lenta atuação frente a esta situação

emergencial. Diante da crise, a organização decidiu repensar sua postura frente às

mídias sociais, e iniciou sua virada contratando um gerente de mídias sociais, e a

partir disso, passou a usar esta ferramenta como instrumento para difundir sua

missão.

31

Hoje, a Cruz Vermelha usa as redes sociais para convocar voluntários,

informar simpatizantes da causa sobre suas ações e angariar recursos. De acordo

com Li (2010), hoje quando a Cruz Vermelha emite um alerta de desastre em sua

página no facebook, a resposta mais comum dos voluntários é “minhas malas estão

preparadas e eu estou pronto para ajudar”. Mobilizando pessoas através de seus

perfis, a organização tem conseguido ainda aumentar de maneira significativa sua

receita, utilizando-se de promoções, como a que levantou 793 mil dólares pelo

Facebook.

No segmento de organizações do Terceiro Setor que trata da proteção

animal, destacam-se organizações que sabem utilizar as mídias digitais e redes

sociais a favor de suas causas, mantendo o público informado e atraindo novos

simpatizantes através da geração de conteúdo pertinente, elaboração de ações bem

planejadas e contínuas. Dentre estas instituições, merecem destaque as

organizações PETA e WSPA, cujas ações de comunicação em mídias sociais

citadas no capítulo que trata do plano de comunicação.

32

3 A ASSOCIAÇÃO DO AMIGO ANIMAL

A Família Misga, fundadora e mantenedora da Associação do Amigo Animal,

iniciou seu trabalho na causa animal no ano de 1995, quando Julia trabalhava como

atendente em uma clínica veterinária, e acabava se compadecendo com a situação

na qual os animais chegavam à clinica, mutilados, doentes e abandonados.

Assim, sensibilizada com a situação, começou a recolhê-los em sua casa,

que logo ficou pequena em vista da quantidade de animais resgatados. No ano de

1999 a situação financeira entrou em colapso, e a família precisou pedir ajuda. Foi

através de uma reportagem de capa no jornal Gazeta do Povo que muitas pessoas

sensíveis a causa animal conheceram o trabalho e passaram a contribuir para a

manutenção dos animais.

No inicio do ano 2000, a família se viu obrigada a mudar-se para a atual

chácara São Francisco de Assis, como o objetivo de proporcionar maior bem estar

aos animais.

Em 07 de julho de 2000 foi fundada a Associação do Amigo Animal, a partir

da necessidade de sustentação material ao trabalho que já vinha sendo

desenvolvido pela família Misga. A ONG possui sob sua tutela hoje 2000 animais.

Desde a sua criação, milhares de animais já passaram pelo abrigo, foram

recuperados e encaminhados para adoção a novos lares responsáveis. Todos os

animais doados são vacinados, desverminados e esterilizados para evitar a

procriação indesejada. Os animais doados são acompanhados com visitas

periódicas pela Amigo Animal, para que se verifique a condição de vida que estão

recebendo de seus novos donos.

33

3.1 MISSÃO

A Associação do Amigo Animal é uma entidade civil sem fins lucrativos,

personalidade jurídica de direito privado, constituída em forma de associação

regendo-se pela legislação atinente à espécie.

A Associação é identificada com os objetivos de preservação ambiental e de

defesa dos direitos dos animais, e segundo seu estatuto tem como seus fins, missão

e valores, que de acordo com Associação do Amigo Animal (2011) são os seguintes:

Proporcionar abrigo aos animais abandonados, alimentação adequada,

assistência à saúde e integração junto à comunidade;

Propor e defender políticas públicas na defesa dos direitos dos animais;

Colaborar com os órgãos e entidades públicas de promoção do bem-

estar dos animais domésticos cativos ou silvestres;

Em conjunto com o Poder Público Municipal, Estadual e Federal, manter

programas de prevenção de doenças transmissíveis por animais;

Desenvolver campanhas públicas, atividades culturais e educacionais,

com vistas à formação de uma consciência de respeito ambiental na

população;

Manter relações com entidades congêneres nacionais e internacionais;

Fiscalizar e tomar medidas jurídicas com referências a infratores que

desrespeitem as leis de proteção à fauna, inclusive por ações civis

públicas.

34

3.2 ESTRUTURA DA ASSOCIAÇÃO

A Associação do Amigo Animal é composta por uma diretoria e conselho

fiscal totalmente voluntários. Nenhum dos integrantes da Associação recebe

nenhum tipo de remuneração pelo trabalho dedicado a entidade. A entidade

também não recebe nenhum tipo de verba pública do governo ou órgão

governamental, sobrevivendo apenas das doações de pessoas físicas que são

sensíveis à causa.

Segundo Associação do Amigo Animal (2011), a prestação de contas da

instituição possui um orçamento mensal girando em torno de R$ 40.000,00

(quarenta mil reais), sendo que esta receita é composta a partir de:

Doações de associados (pessoas que se associam através do

preenchimento da ficha de cadastro do site);

Doações espontâneas de não associados, denominados colaboradores

(pessoas anônimas que efetuam depósitos nas contas bancárias da

instituição ou doam produtos utilizados no abrigo);.

Bingos mensais realizados com brindes doados pelos associados e

colaboradores, e às vezes adquiridos com recursos da entidade, com

venda de diversos produtos da grife Amigo Animal, além de alimentos,

com renda 100% revertida para a manutenção do abrigo;

Parcerias com empresas que encaminham parte de seus lucros à

entidade, ou pessoas que realizam voluntariamente eventos com

reversão parcial ou total da renda à Amigo Animal;

35

Venda de camisetas, canecas, adesivos, aventais, chaveiros e outros

produtos com a grife da Amigo Animal, com estampas de artistas criadas

exclusivamente para a entidade, estimulando a proteção animal;

Comercialização de produtos doados por simpatizantes da causa;

Bazares de roupas e objetos usados (brechós), tendo aberto, em

07/2007, em parceria com um colaborador da associação, uma lojinha-

bazar no Campo Comprido, a Loja das Pulgas;

Receitas advindas de eventos realizados por lojas de produtos para

animais ou clínicas veterinárias e pela própria entidade em clubes,

entidades associativas, restaurantes, etc.;

Bilheterias de eventos artísticos e/ou culturais.

Como o trabalho voluntário é escasso para a realização das tarefas de

limpeza cotidiana do abrigo, a Amigo Animal contratou mensalmente uma equipe

remunerada de seis a sete funcionários na chácara, cuja folha de pagamento é paga

com os recursos da entidade.

36

4 METODOLOGIA

Para produção do presente trabalho, inicialmente foi feita uma pesquisa

bibliográfica para o levantamento da teoria já produzida e publicada sobre o assunto.

Segundo Lima (1997), a pesquisa bibliográfica é uma etapa fundamental do trabalho

científico, consistindo basicamente na atividade de localização e consulta de fontes

diversas de informações escritas, para coletar dados gerais ou específicos a respeito

de um tema.

A fundamentação teórica deste trabalho buscou em seu conteúdo

principalmente demonstrar a importância da internet e das mídias sociais no mundo

atual, bem como a sua relevância frente a divulgação de organizações do terceiro

setor. A forma de pesquisa utilizada foi o método conhecido como pesquisa

exploratória, ou estudo de caso, que, segundo Gil(2002), tem como objetivo

proporcionar maior familiaridade com o problema, com o objetivo de torná-lo mais

explícito, podendo envolver tanto levantamento bibliográfico quanto entrevistas com

pessoas experientes no assunto pesquisado.

Yin(2001) conceitua estudo de caso como a representação de uma

investigação empírica, que compreende um método abrangente com a lógica do

planejamento, da coleta e da análise de dados. Pode incluir tanto estudos de caso

único quanto de múltiplos, assim como abordagens quantitativas e qualitativas de

pesquisa.

Além da teoria fundamentada em referências de livros e de exemplos

retirados de outros estudos de caso bem sucedidos, o trabalho apresenta também

um plano de comunicação em mídias sociais especificamente desenvolvido para a

Associação do Amigo Animal (2011). O plano foi desenvolvido com base no estudo

37

das práticas do mercado de comunicação para mídias sociais, e em exemplos

conhecidos e bem sucedidos de organizações do terceiro setor que já vem utilizando

as mídias sociais como forma de promover suas instituições e causas.

38

5 PLANO DE COMUNICAÇÃO

Para obter retorno em uma campanha de mídias sociais o planejador de

comunicação depende de uma série de fatores, como por exemplo: o tipo de

conteúdo divulgado, quem o está seguindo, quantas pessoas leram os posts,

quantas vezes as informações foram compartilhadas e que tipo de comentários

recebeu. Segundo Telles (2011), para ser efetivo, todo planejamento de

comunicação deve partir de uma estrutura básica, sendo que para as mídias sociais

não é diferente.

5.1 DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS

Os principais objetivos de uma instituição do terceiro setor ao ingressar no

mundo das mídias sociais, sendo ela ligada ou não a causa da proteção animal,

geralmente estão sempre ligados às maiores dificuldades que são inerentes a uma

organização que não visa lucro – conseguir voluntários ou conseguir e facilitar

doações.

Além destes dois objetivos, que são muitas vezes os mais óbvios e urgentes

no contexto das ONGs, é importante destacar também o papel das mídias sociais no

sentido de construir e divulgar uma imagem positiva da instituição.

Segundo Telles (2011), a presença nas redes sociais está intimamente

relacionada com o branding, a construção de uma imagem da marca com

personalidade, da qual as pessoas possam sentir-se próximas e afeiçoadas.

O poder que a mídia social tem de conectar as pessoas, construir

relacionamentos e permitir que qualquer um, em qualquer lugar, possa compartilhar

39

as suas paixões, interesses e causas é imenso. Basta ser usado corretamente.

Definir os objetivos, identificar qual é o público-alvo que se deseja atingir, fazer um

diagnóstico da situação em que se encontra a instituição no que tange a

comunicação em mídias sociais e estruturar um cronograma de ações e

responsabilidades, facilita e profissionaliza o processo, aumentando as chances de

sucesso.

Sendo assim, definiremos quatro objetivos principais para o plano de

comunicação em mídias sociais da Associação do Amigo Animal, sendo eles: A

construção de imagem de marca perante a sociedade; a captação de recursos para

ajudar na manutenção da instituição e dos animais; a captação de voluntários e a

conscientização da sociedade perante a problemática dos maus tratos aos animais.

5.2 PÚBLICO-ALVO

O público-alvo definido para este plano de comunicação engloba a

sociedade em geral, em especial pessoas que se sintam impactadas pela

problemática da causa da proteção animal. Homens e mulheres com idade a partir

de 13 anos, que possam a vir contribuir de alguma forma com a Associação do

Amigo Animal, sendo na condição de voluntário, com ajuda financeira ou apenas

divulgação e repasse de informações.

40

5.3 ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DO CENÁRIO DA INSTITUIÇÃO NAS MÍDIAS

SOCIAIS

A pesquisa que baliza a análise e diagnóstico do cenário da Associação do

Amigo Animal nas mídias sociais foi feita com base nos dados fornecidos pela

entidade.

Atualmente, a instituição não possui presença significativa nas mídias

sociais. Sua presença nestas mídias ocorre de forma esporádica e não

sistematizada, quando voluntários ou o próprio presidente da entidade publicam

algum conteúdo relacionado com a associação no Facebook, Twitter ou You Tube.

Segundo Telles (2011) no campo das mídias sociais, assim como em tantos

outros, é preciso ter muito cuidado e responsabilidade ao atuar. É preciso mapear os

canais onde se irá trabalhar, planejar, criar ações de interação, e mais importante –

é necessário entender de cultura, psicologia, sociologia, antropologia e ser um bom

redator.

Assim, faz-se necessário, portanto, o desenvolvimento de um plano

estruturado e sistematizado no sentido de maximizar a eficácia da utilização destas

ferramentas para que sejam alcançados os objetivos da organização.

5.4. SELEÇÃO DAS FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO, CHECK LIST,

CRONOGRAMA E MONITORAMENTO

41

Para iniciar o plano de comunicação, a ONG deve saber muito bem o que ou

para quem pretende divulgar, para posteriormente verificar qual a mídia social mais

adequada para alcançar seus objetivos. No caso do plano de comunicação para a

Associação do Amigo Animal, utilizaremos as mídias sociais que gozam de maior

destaque e prestígio na atualidade, sendo elas o Facebook, Orkut, Twitter e

YouTube.

5.3.1 Facebook

O Facebook, como a maior Rede Social da atualidade deve receber atenção

especial. Ele tem se tornado uma ferramenta importante para a divulgação de

causas, campanhas e idéias. Para o comunicador que quer usar o Facebook em sua

campanha de Mídias sociais, são inúmeras as possibilidades, desde um simples

perfil até a criação de uma página criada pelo aplicativo “Causes”.

A criação de uma página exclusiva para a instituição no Facebook

praticamente substitui a necessidade de existir um Website. As páginas são fáceis

de usar e configurar permitem a publicação de vídeos, fotos, mensagens e ainda

ficam ligadas a uma rede de seguidores. Já o Causes é um aplicativo que cria

páginas para que os usuários possam defender causas sociais, onde é possível

fazer doações. No Causes, logo que o usuário ingressa em uma campanha, o

próprio aplicativo já começa a pedir para convidar amigos, depois pede ajuda

financeira para estes amigos. No final, quem doar mais recebe destaque no site e

quem fizer mais amigos doarem, também.

E finalmente, o item de maior importância para uma campanha no Facebook,

a interação. O Facebook é uma mídia social que conceitualmente foi construída para

42

as pessoas verem e interagirem. É importante dedicar tempo regularmente para o

conteúdo, para moderar comentários e responder perguntas. A WSPA, entidade

mundial de proteção animal vem aproveitando o sucesso do Facebook para

emplacar diversas campanhas de suas causas, buscando sempre interação e

engajamento dos usuários nas campanhas. Um exemplo é a campanha “Coleiras

Vermelhas”. O objetivo da campanha é conscientizar a população, a sociedade e os

governantes de que a vacinação em massa, e não o assassinato em massa é a

melhor solução para erradicação da raiva canina. Para isso, a WSPA disponibilizou

em seu site o layout de uma coleira vermelha, e solicitou que os simpatizantes da

causa coloquem na foto de seu perfil no Facebook, além de participar de uma

passeata virtual que acontece através de um aplicativo especifico.

FIGURA 1 - CAMPANHA COLEIRAS VERMELHAS DA WSPA NO FACEBOOK

FONTE: WSPA BRASIL (2011)

A ONG Clube dos Viralatas de São Paulo, que se dedica a encontrar lares

para cães abandonados, merece destaque pelo seu sucesso no Facebook. A

instituição ingressou na rede social em Abril de 2010, e após um ano e sete meses

da criação de sua página no Facebook a organização já possui mais de 261.000.00

43

seguidores em seu perfil. Desde então, o número médio de doações de animais por

mês saltou de 10 para 30, o número de interessados em contribuir financeiramente

com a instituição também aumentou, permitindo a ONG reformar os canis e

aparelhar o centro cirúrgico (PAVÃO, 2011)

FIGURA 2 - PÁGINA DO CLUBE DOS VIRA-LATAS NO FACEBOOK

FONTE: FACEBOOK (2011)

Para fomentar a presença digital da Associação do Amigo Animal no

Facebook são propostas as seguintes ações:

Criação de perfil institucional - A ação contemplará a criação de um perfil

institucional para a Associação do Amigo Animal na Mídia Social,

contando a história da Associação e contendo todas as informações

institucionais necessárias.

Promoção de eventos – Utilização da ferramenta de criação de eventos

para informar o público dos eventos que a instituição realizará ou estará

envolvida, com o objetivo de divulgar e atrair mais público.

44

Criar um grupo para a instituição – Os grupos são uma ótima maneira de

reunir um grupo de pessoas em torno de uma causa ou marca no

Facebook. Postar fotos, links e vídeos.

Promover o Facebook da instituição fora do Facebook – O link para a

página do Amigo Animal no Facebook deve ser divulgado

exaustivamente em seu website, E-mails Marketing, material de

divulgação impresso, bem como em suas outras mídias sociais.

Não menos importantes que as ações a serem desenvolvidas são o checklist

e o cronograma para realização e acompanhamento das ações, que deve acontecer

de acordo com as sugestões de operacionalização da planilha que segue:

QUADRO 1 - FACEBOOK

Tarefa Periodicidade da

atualização Responsável

Checar o perfil para adicionar novos seguidores

Diária Voluntário

Publicar dicas de posse responsável Semanal Voluntário

Publicar notícias relacionadas à ONG ou a proteção animal

Diária Voluntário

Promover eventos no perfil Quando houver

eventos relevantes Voluntário

Compartilhar anúncios de doação de animais

Quando houver necessidade

Voluntário

5.4.2 Youtube

O Youtube é o destino líder em publicação de vídeos na Internet. O site

possui 2 bilhões de acessos diários e mais de 7000 horas de conteúdo publicado,

segundo dados recentes divulgados em pesquisa realizada pela agência FNazca.

Além disso, o YouTube é uma das ferramentas de busca mais utilizadas da Internet,

depois do Google (TELLES,2001).

Criar um canal no Youtube ajudará no estabelecimento de uma presença

45

digital para a Organização do Amigo Animal, no sentido da mesma poderá utilizar

seu canal de vídeos no Youtube para divulgação de seus animais para doação, na

divulgação de seus eventos, protestos e passeatas e na publicação de dicas de

posse responsável e vídeos educativos. O YouTube disponibiliza ainda uma

ferramenta com a qual é possível monitorar as estatísticas de acesso dos vídeos,

para saber quem assiste, quando assiste e como o usuário chegou até o vídeo.

Organizações não governamentais que trabalham na causa da proteção

animal já estão utilizando o Youtube para auxiliar na divulgação de suas causas. A

WSPA Brasil criou e mantém um canal onde divulga frequentemente vídeos de suas

campanhas educativas e vídeos relacionados às suas atividades. A Organização

não governamental também encoraja ativistas a ajudarem na veiculação de seus

vídeos publicados no YouTube em seus blogs, e-mails e páginas.

46

FIGURA 3 - CANAL DE VÍDEOS DA WSPA NO YOUTUBE

FONTE: YOUTUBE (2011)

Sendo assim, esta mídia social não pode ficar de fora da proposta de plano

de comunicação para a Associação do Amigo Animal. As ações no site de

compartilhamento de vídeos YouTube consistirão em:

Criação de canal de vídeos - Esta ação consistirá na criação de um canal

de vídeos exclusivo e personalizado para a postagem de vídeos, tanto de

assuntos que se relacionem com posse responsável, quantos vídeos

sobre a instituição;

Promover a interatividade – Permitir que usuários postem vídeos sobre

posse responsável, cuidados com os animais, protestos etc.;

Divulgar o canal – O canal da Associação do Amigo Animal no Youtube

deve ser divulgado através de link no site institucional da entidade, e da

publicação constante de links para os vídeos em outras mídias sociais,

como o Facebook, Twitter, My Space e Orkut.

47

QUADRO 2 - YOUTUBE

Tarefa Periodicidade da

atualização Responsável

Publicação de vídeos da instituição Diária ou quando houverem vídeos

Voluntário/presidente e vice.

Moderar o canal verificando vídeos postados por outros usuários no mesmo.

Diária Voluntário

5.3.2 Twitter

O Twitter, apesar de ser uma ferramenta muito versátil, é muito mais

utilizado no plano de comunicação como um complemento para as outras

ferramentas de mídias sociais (Orkut, Facebook, Twitter, MySpace entre outros). Ele

permite a troca de links, fotos, mensagens e notícias rápidas. Ou seja, tudo que é

veiculado nas outras mídias deve ser promovido no Twitter.

No caso do Twitter, o plano de comunicação em mídias sociais para a

Associação do Amigo Animal contemplará a criação de uma conta institucional e a

manutenção periódica da mesma, conforme cronograma abaixo:

QUADRO 3 - TWITTER

Tarefa Periodicidade Responsável

Atualização e checagem do perfil institucional Diária Voluntário/presidente e vice.

Angariar novos seguidores Diária Voluntário/presidente e vice.

Divulgar os eventos Quando houver

eventos Voluntário/presidente e vice.

Divulgar animais disponíveis para adoção Quando houver Voluntário/presidente e vice.

Divulgar produtos e rifas para venda Quando houver Voluntário/presidente e vice.

5.3.3 Orkut

O Orkut é a mídia social mais utilizada do Brasil, com 35% de participação

no mercado, segundo pesquisa realizada em junho de 2011 pelo instituto ComScore

Metrix (2011). O Orkut funciona basicamente a partir de perfis, comunidades e

seguidores. Assim como o Facebook, o Orkut é utilizado para a divulgação de

48

campanhas e informações de Organizações do Terceiro Setor. Sua ampla utilização

em território brasileiro faz com que ele seja considerado indispensável em um plano

de comunicação de mídias sociais de uma instituição brasileira. O instituto Nina

Rosa, uma das maiores organizações não governamentais atuantes em território

nacional, utiliza o Orkut para divulgar suas idéias e campanhas, mantendo a

constante atualização de seu perfil institucional, criando fóruns e comunidades,

divulgando eventos, passeatas e vídeos educativos.

FIGURA 4 - PÁGINA DO ORKUT DO INSTITUTO NINA ROSA

FONTE: ORKUT (2011)

Para o plano de comunicação em mídias sociais da Associação do Amigo

Animal estão previstas as seguintes ações:

Criação de perfil institucional - A ação contemplará a criação de um perfil

institucional para a Associação do Amigo Animal na mídia social,

contando a história da Associação e contendo todas as informações

institucionais necessárias;

Criação de comunidade de posse responsável – Criação de uma

comunidade que será moderada pelo voluntário da instituição, divulgando

49

dicas de posse responsável, trocando ideias através de enquetes e

fóruns com adotantes e simpatizantes da causa animal;

Criação de comunidade contra os maus tratos a animais - Nesta

comunidade, onde a advogada voluntária da instituição poderá fornecer

informações sobre denúncias em casos de maus tratos, legislação

vigente, etc.;

Criação de comunidade para venda dos produtos da Organização- Ação

que será criada com o objetivo de vender os produtos comercializados

pela organização como forma de adquirir receita para manutenção dos

animais.

Criação de comunidade voltada aos voluntários da Amigo Animal –O

objetivo será centralizar informações sobre voluntariado na Amigo Animal

e espaço para troca de informações entre os voluntários;

Criação de comunidade voltada aos adotantes de animais tutelados pela

instituição – O grupo terá como objetivo o diálogo, onde os adotantes

possam compartilhar experiências sobre a adoção, deixando seus

depoimentos, e desta forma incentivando novos e futuros adotantes;

Utilização da ferramenta Promova – Anunciar constantemente através da

ferramenta Promova os produtos a venda e eventos.

QUADRO 4 - ORKUT

Tarefa Periodicidade da

atualização Responsável

Atualização e checagem diária do perfil institucional

Diária ou quando houver novo conteúdo para postagem

Voluntário/presidente e vice.

Moderar comunidade contra maus tratos

Diária Advogada voluntária

Moderar comunidade de venda de artigos da instituição

Diária Voluntário

Moderar comunidade de adotantes Diária Voluntário que cuida das

adoções

50

Tarefa Periodicidade da

atualização Responsável

Administração da ferramenta Promova Diária Voluntário/presidente e

vice.

Moderar comunidade de voluntários Diária Advogada voluntária

5.4 ESTABELECIMENTO DO ORÇAMENTO

A Associação do Amigo Animal, assim como a maioria das ONGS não

possui verba disponível para comunicação. Os recursos são escassos, de forma que

tudo o que é arrecadado fica destinado à manutenção e cuidados com o abrigo e

com os animais. A verba estimada, de acordo com orçamento realizado com

empresa especializada fica em torno de R$ 2.200,00/mês, conforme orçamento

fornecido pela empresa MKX Websites, de Londrina – Pr.

5.5 MENSURAÇÃO DOS RESULTADOS

Em se tratando de mensuração de resultados em mídias sociais, quase tudo

pode ser medido. Inicialmente, três conceitos básicos podem nortear a metodologia

desta mensuração. Segundo Adolpho (2011) estes consistem em: engajamento,

buzz e conversão. O nível de engajamento diz respeito a quantos fãs a instituição

passou a ter no Facebook desde sua criação, quantas pessoas estão visualizando

seus vídeos no YouTube, ou ainda quantos seguidores tem no Twitter ou quantos

posts foram favoritados no mesmo. O Buzz trata da mensuração do “barulho” que a

marca está fazendo na Internet, ou seja, quantos retweets a conta institucional está

gerando, quantos comentários em Blogs ela teve, ou ainda quantas citações no

Google ela teve. O engajamento acontece quando a marca passa a fazer parte da

51

identidade das pessoas. Isso gera o buzz, pessoas falando sobre a marca e se

converte em popularidade. Todas essas métricas devem ser contabilizadas por

período e deve-se mensurar qual o crescimento com relação ao período passado.

Atualmente existem uma série de softwares pagos através dos quais podem ser

feitas a mensuração do retorno em Mídias sociais, mas as próprias mídias também

oferecem suas ferramentas de medição. No caso da Associação do Amigo Animal, o

presente trabalho propõe que a mensuração será feita mensalmente utilizando

ferramentas gratuitas disponibilizadas pelo YouTube, Orkut e Twitter, seguindo o

planejamento abaixo:

QUADRO 5 - MENSURAÇÃO DE RESULTADOS YOUTUBE

Ferramenta YouTube insight

Periodicidade Mensal

Responsável Voluntário

Dados a analisar:

Exibições - Quantidade de visualizações

Descobertas - Fontes de tráfego

Comunidade - Traz dados como favoritamentos, comentários, classificações.

QUADRO 6 - MENSURAÇÃO DE RESULTADOS FACEBOOK

Ferramenta Facebook insight

Periodicidade Mensal

Responsável Voluntário

Dados a analisar:

Número de seguidores

Número de interações

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QUADRO 7 - MENSURAÇÃO DE RESULTADOS TWITTER

Ferramenta Twittercounter

Periodicidade Mensal

Responsável Voluntário

Dados a analisar:

Número de seguidores

Volume de retweets

Número de replys e mentions que o perfil recebe

O Orkut apresenta um cenário diferente das outras três Mídias sociais

contempladas no plano de comunicação para a Associação do Amigo Animal, por

não apresentar facilidades na análise de seus dados. Segundo Ishida (2011) ele é

visto basicamente como uma fonte de pesquisa qualitativa para qualquer assunto. A

grande utilidade do Orkut reside em suas comunidades e fóruns, onde a interação é

bem maior do que o facebook, e de onde é possível extrair dados preciosos e

tendências. Portanto, no Orkut será analisado apenas pelo número de seguidores

mensais adicionados ao perfil.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho de conclusão de curso buscou demonstrar, através da análise

de estudos de caso, a relevância das mídias sociais como meio de comunicação no

contexto das organizações do Terceiro Setor, objetivando também estruturar um

plano de comunicação em mídias sociais para a Associação do Amigo Animal.

Com base na pesquisa bibliográfica realizada, constatou-se que as mídias

sociais estão revolucionando a cada dia, o modo das pessoas, empresas e

instituições de fazer comunicação. A mídia social é uma mídia de muitos para

muitos, onde o usuário não é apenas usuário, mais é também alguém que interage

com o discurso, opina, discute, compartilha e curte. Tem o poder de derrubar ou

levantar, construir ou destruir imagens.

Como na sociedade do real, nas mídias sociais as pessoas se reúnem por

grupos de afinidade, fazendo com que suas causas e idéias tenham muito mais

força. Disseminar uma idéia, dentro das mídias sociais está ao passo de um click, é

rápido, e não tem custo nenhum. Ao contrário das mídias convencionais, que exigem

muito mais disponibilidade tanto de mão de obra qualificada quanto de recursos

financeiros.São estas características que tornam as mídias sociais tão pertinentes e

relevantes para a comunicação das organizações do Terceiro Setor. A criação de

um perfil no Facebook pode revolucionar a história de uma organização, como

aconteceu no case do Clube dos Vira-Latas, de São Paulo. O número de adoções,

doações de recursos financeiros triplicou a partir da entrada da entidade no

Facebook.

Porém, é importante lembrar que não basta apenas criar um perfil nas redes

sociais e deixa-lo lá, abandonado. O diferencial que pode ser criado está na

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interação, na atualização constante dos dados, no engajamento. Para isso, é

necessário planejamento, força de trabalho e organização. O conteúdo deve ser

pertinente e adequado. Como outras mídias, a entrada de uma instituição no

Universo da comunicação on-line precisa ser levado a sério, pois qualquer equivoco

pode levar o plano e a imagem da instituição ao fracasso.Na Internet as informações

disseminam-se muito rápido, e um fato pequeno pode tomar proporções

gigantescas.

O presente estudo, partindo da análise de cases bem sucedidos nas redes

sociais, concluiu que para obter maior sucesso e visibilidade nas ações

desenvolvidas a Associação do Amigo Animal precisa rever sua presença nas redes

sociais, no sentido de organizar melhor e estruturar sua forma de atuação. Para isso,

foi desenvolvido o plano de comunicação, que pode ajudar a entidade neste sentido,

possibilitando a maior divulgação de sua causa, angariação de recursos financeiros

e de pessoal e ainda a conscientização da população sobre a problemática da causa

animal em Curitiba e Região Metropolitana.

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