UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC...

47
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA MABEL SADDOCK E SILVA LENCIM DROGADlc;:Ao : CONHECIMENTO DOS ALUNOS DA S" SERlE DO COLEGIO ESTADUAL AVELINO ANTONIO VIEIRA. Curitiba, 2004.

Transcript of UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC...

Page 1: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA

MABEL SADDOCK E SILVA LENCIM

DROGADlc;:Ao : CONHECIMENTO DOS ALUNOS DA S" SERlE DO COLEGIO

ESTADUAL AVELINO ANTONIO VIEIRA.

Curitiba,

2004.

Page 2: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

MABEL SADDOCK E SILVA LENCIM

DROGADI<;:AO . CONHECIMENTO DOS ALUNOS DA 8' SERlE DO COLEGIO

ESTADUAL AVELINO ANTONIO VIEIRA.

Trabalho de concludo do Curso dePedagogia, Faculdade de CienciasHumanas, Letrlls e Artes, UniversidadeTuiuti do P.mln~.Professor., Orientadora: Olga MariaMattos.

Curitiba,

2004.

Page 3: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

'-5il!i Universidade Tuiuti do Parana'.,.,r

FACULDADE DE CIENCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES

Curso de Pedagogia

TERMO DE APROVA<;:AO

NOME DO ALUNO: MABEL SADDOCK E SILVA LENCIM

TITULO: Drogadirao - conhecimento dos alunos da 8' serie H - deuma escola publica.

TRABALHO DE CONCLUSAO DE CURSO APROVADO COMO REQUISITO PARCIAL

PARA A OBTEN<;:AO DO GRAU DE LlCENCIADO EM PEDAGOG lA, DO CURSO DE

PEDAGOGIA DA FACULDADE DE CIENCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES, DA

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA.

MEMBROS DA COMISSAO AVALIADORA:

PROF(a). OLGA MARIA SILVA MATTOS lU\{1\al[~.-ORIENTADOR

PROF(a). MARIA FRANCISCA VILAS BOAS LEFFErv/#

MEMBRO DA BANCA

PROF(a) PERCI KLEIN

MEMBRO DA BANCA

DATA: 25/11/2004MEDIA __:2_QJ..1:W& )

CURITIBA - PARANA

2004

Page 4: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

NIJo cxisle algutJm

que nunea teve urn professor na vida,

Assim como nllo M ningtrem

que nunea ten/la lido urn aluno.

5e existem analfabetos.

provavefmente 1140 ~ par vontade dos professores.

5e existem letrados,

e porqtle urn dia tiveram seus professores.

5e existem Premias Nobel,

I! porque afunos superaram seus professores.

5e existem grcmdes s~bios,

6 porque transcenderam suas fun¢ss de professores.

Quanto rnais S8 aprende, rna;s se quer ensinar.

Quanto mais 58 ensina, rnais se quer aprender.

fyam; Tibs.

Page 5: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

Minha etema QfCItidao e admiravao:

A Deus por todos os momenta! em que Ele ouviu minhas suplicas pot serenidade.

Aos meus pais, par tudo 0 que sao e per ludo 0 que fizeram por mim aM hoje.

A minha fi//Ja, Gabriela, pelo amor incondidonaf e pe/a paciSncia.

A direq:Jo e supervislJo do Ca~io Estadual Ave/ina Antonio Vieira.

Fina/mente, it Professora Orientadora Olf/a, pela sua paciSncia e dedicaq4o.

iii

Page 6: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

SUMARIO

INTRODUVAO 05

1 CONTEXTUALIZANDO A AREA DE PESQUISA 07

1.1 COLEGIO ESTADUAL AVELINO VIERIA 07

1.2 QUESTOES CURRICULARES 08

1.2.1 Proposta Pedagogica 08

1.2.2 Aspectos Fitos6ficos 09

1.2.3 Aspectos Psicologicos 10

1.2.4 Aspectos Sociol6gicos 10

1.3 PRINCiPIOS DIDATICOS-PEDAG6GICOS 12

2 ASPECTOS DA DROGADlvAO: CONCEITOS E CONTEXTO 14

3 REFERENCIAL METODOL6GICO 18

4 METODOLOGIA DA PESQUtSA 20

4.13' FASE - ORGANIZAvAO E ANALISE DOS DADOS 21

4.1.1 PARA VOCE A DEPENDENCIA QuiMICA E UMA DOENCA? 21

4.1.1.1 Porque? 22

4.1.2 ASSINALE AS DROGAS QUE VOCE CONHECE ou JA OUVIU

FALAR

4.1.2.1 Outras Quais?

4.1.3 CONHECE ALGUEM QUE FAZ usa DE DROGAS?

4.1.3.1 Quem?

4.1.3.2 Outros. Quem?

4.1.4 QUAIS OS MOTIVOS QUE VOCE ACHA QUE LEVA UMA PESSOA

AO USO DE DROGAS

4.1.4.1 Outros. Quais?

4.1.5 VOCE JA FEZ usa DE DROGAS?

4.1.5.1 Quais?

4.1.6 COMO VOCE PROCEDERIA AO DEPARAR-SE COM UM DEPEN-

DENTE QUiMICO? (COMO AJUDA-LO?)

4.1.7 PARA VOCE QUAIS OS PROBLEMAS GERADOS PELOS USUARIOS

DE DROGAS?

4.24' FASE - OFICINA DE SENSIBILIZACiio

5 ANALISE CONCLUSIVA

iv

23

24

25

26

27

28

29

30

31

33

34

36

38

Page 7: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

REFERENCIAS

ANEXOS

40

41

Page 8: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

INTRODU<;:AO

Esle trabalho tem por objetivo identificar 0 conhecimento dos alunos da 8'

serie H do Colegio Estadual Avelino Antonio Vieira e esclarecer com os mesmas, as

problemas causados pelo usa de drogas.

A tematica desenvolvida foi a pedido da dire<;iio que va na escola um

espac;o para 0 desenvolvimento de atividades educativas, bem como a sua

responsabilidade na prevenc;c3o primaria em rela~o as drogas

o uso de drogas est a presente em todos os povos desde a antiguidade.

Querendo ou naa, as adolescentes vao ouvir falar das drogas, seja nas campanhas

de prevenc;ao, seja extra-oficialmente, pelos colegas (usuaries ou nao), numa

mensagem bern diferente das oficiais.

A missao como educadores do Colegio Avelino Antonio Vieira e adaptar

todos os conhecimentos passiveis a realidade do aluno e da comunidade em que ele

vive, objetivanda 0 desenvolvimento nos educandos de uma autonomia critica e que

estes possam ser agentes transform adores dessa realidade de usa e abuso de

drogas que vem acometendo as jovens.

Para melhor entendimento, este trabalho encontra-se subdividido em quatro

capitulos:

No primeiro capitulo encontram-se informa96es referentes ao Colegio

Estadual Avelino Antonio Vieira, bem como as quest6es curriculares compreendidas:

proposta pedag6gica, aspectos filos6ficos, aspectos psicol6gicos, aspectos

sociol6gicos e principios didatico-pedag6gicos.

Para a elaborac;.ao do segundo capitulo, considerando a necessidade de

respaldo teorico e visando a compreensao da tematica abordada, foram

pesquisados diferentes autores, tais como: Rosa Maria Santos, lyami Tiba, Roberto

Wusthof, dentre outros. Neste capitulo, s~o abordados os aspectos da drogadig80:

conceitos e contexto.

No terceiro capitulo encontra-se 0 referencial metodologico baseado na

Vis~o de Michel Thiollent, tendo como principia 0 desenvalvimento da

instrumentalidade sem excluir 0 "espirito critico·, proporcionando 0 aumento do

conhecimento e a consci~ncia das pessoas envolvidas no processo.

Page 9: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

No quarto capitulo encontra-se a metodologia da pesquisa. Pretende-s8

utilizar abordagens qualitativas de pesquisa, par entender que estas buscam

conhecer os sujeitos inseridos em suas hist6rias. Como tecnica para obtenyao de

dados a academica pretende utilizar urn question<3rio contendo perguntas fechadas e

abertas para que se obtenha informa¢es dos entrevistados do que ele conhece

sobre a drogadi9ao (Ioram entrevistados 27 alunos).

A pesquisa-a<;ao foi realizada par meio de uma oficina de sensibilizayao.

sobre 0 tema drogadit;ao, com os alunos da 8:1 serie H - turno noturno, do ensino

fundamental, do Colegio Estadual Avelino Antonio Vieira.

Para responder a problematica levantada, seguiram-se as fases: Pesquisa

Bibliog,,;lica, Pesquisa de Campo, Organiza,ao e Analise de Dados e Ofrcina de

Sensibiliza,ao.

Finalizou-se 0 trabalho com as referencias bibliograficas e os anexos.

Page 10: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

1 CONTEXTUALIZANDO A AREA DE PESQUISA

1.1 COLEGIO ESTADUAL AVELINO ANTONIO VIEIRA

o Colegio Estadual Avelino Antonio Vieira est a localizado na cidade de

Curitiba, a Rua Julio Mesquita, nO 12 - Bairro Santa Amelia.

o colegio e proximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da

Saudade II.

A comunidade e de classe media baixa, havendo uma mistura de etnias,

predominando-se a origem negra. (Projeto Pedag6gico do Colegio Estadual Avelino

Antonio Vieira)

A cultur8 e baixa par parte dos familiares uma vez que estas vern do interior

do Parana e Santa Catarina e em majaria, trabalhavam na ro98.

A religiao predominante e a Cat6lica. (Projeto Pedag6gico do Colegio

Estadual Avelino Antonio Vieira)

o predio do colegio e antigo e sua estrutura fisica consta de 22 salas de

aula, uma sala de video, urn laborat6rio de informatica, urn laborat6rio de ciencias

fisieas, quimicas e biologicas e de uma biblioteca.

o bairro Santa Amelia, bern como 0 calsgia, nao possuem saneamento

basico e rede de 8590tO.

Atualmente estao matriculados 766 alunos no periodo da manha, 746 no

periodo da tarde e 650 alunes no periodo da noite, totalizando 2.162 alunos. No

turno da manha existem 4 turmas de primeiro ano, 2 turmas de terceiro ana do

Ensino Media; ainda no periodo da manha existem 2 turmas de quinta serie, 3

turmas de sexta serie, 4 turmas de setima serie e 5 turmas de ortava serie do Ensino

Fundamental. No turno da tarde existem 12 turmas de quinta serie, 5 turmas de

sexta serie, 4 de setima seria e uma turma de oitava serie. No turno da noite existe

uma turma de quinta serie, 1 turma de sexta serie, 2 turmas de setima serie e 3

turmas de oitava serie do Ensino Fundamental, alem de 7 turmas de primeiro ana, 4

turmas de segundo ana e 4 turmas de terceiro ana do Ensino Media.

Page 11: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

1.2 QUESTOES CURRICULARES

1.2.1 Proposta Pedag6gica

De acordo com a Proposta Pedag6gica do Colegio Estadual Avelino Antonio

Vieira, as principlos esteticos, politicos e da LOB, 0 colegio observan3 na gest~o, na

organiza~ao curricular e na pratica pedag6gica e didatica, as seguintes diretrizes:

Identidade, Dillersidade e Autonomia.

Identidade sup6e uma inser~o no meio social que leva a defini9fio de

vocacyoes proprias, que S8 diversificam ao incorporar as necessidades locais e as

caracterfsticas dos alunos, a participayao dos professores e das familias no desenho

institucional considerado adequado para cada escota, sendo necessaria que cada

urna del as tenha identidade como institui<;6es de educayao de jovens e que essa

identidade seja diversificada em fun9~o das caracteristicas do meio social e da

clientela, reconhecendo que para alcan~r a igualdade, e necessaria um tratamento

diferenciado.

A Diversidade na escola e necessaria para contemplar as desigualdades nos

pontos de partida de seus alunos, que requerem diferenyas de tratamento como

forma mais eficaz de garantir a todas um patamar comum nos pontos de chegada,

send a indispensavel a existencia de mecanismos de avaliag8.o dos resultados para

aferir se as pontos de chegada estao sendo comuns e deverao ter como referencia

as competencias de carater geral que se quer constituir em todos os aiunos e um

corpo basi co de conteudos, cujo ensino e aprendizagem, propiciam a constitui~ao de

tais competencias.

A analise dos resultados das avalia96es dos indicadores de desempenho

dever:io permitir a escola, avaliar seus processos, verificar suas debilidades e

planejar a melhoria do processo educativo.

A diversificaryao devera ser acompanhada de sistemas de avaliaryao que

permitam a acompanhamento permanente dos resultados, tomando como refen§ncia

as competencias basicas a serem alcan~das par todos os alunos, de acordo com a

LDB, as presentes diretrizes e as propostas pedag6gicas da escola.

A Autonomia se exerce atraves da proposta pedagogica, devendo refletir 0

compromlsso com a aprendizagem dos alunos pelo uso equ:lnime do tempo e do

Page 12: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

espac;o fisico, das instalac;oes e equipamentos, dos recursos financeiros, didaticos e

humanos

1.2.2 Aspectos Filos6ficos

Na visao do conhecimento e de educac;ao, 0 colegio recebe da sociedade a

responsabilidade pela preserva~o e estfmulo a cultura; neta 0 aluno espera

aperfeic;oar seus conhecimentos para inserir-se no mundo em que vive, isto e,

reconhecer sua importancia no senti do social, politico, cultural e tecnol6gico;

desenvolvendo competencias e habilidades e ao surgimento de novas aptidoes,

tornando-se um processo essencial, na medida em que criam as condic;oes

necessarias para 0 enfretamento de novas situac;oes, sendo que a educac;ao deve

cumprir um papel triplo: economico, cientifico e cultural, estruturando-se nos quatro

alicerces como determina a Lei n° 9394-96: aprender a conhecer, aprender a fazer,

aprender a viver e aprender a ser. Sendo assim, 0 colegio deve ter uma participac;ao

con stante nesta atuac;ao e fornecer as meios de condic;oes para que as educandos

aprendam a fazer esta relac;ao de forma coerente, consciente do seu papel na

sociedade como agente transformador que visa 0 bern estar de todos e a melhoria

da qualidade de vida sua e dos que vivem na mesma comunidade, assim ele tera

uma visao ampla do conhecimento.

o colegio prioriza a aplicac;ao da teoria da competencia e habilidade na

pratica e enriquecer a vivemcia da ciencia na tecnologia e desta no social que passa

a ter significac;ao especial no desenvolvimento da comunidade escolar.

Atualmente a escola vern sendo defasada no seu papel, diante de tantas

informac;oes, e de varias tecnologias avanc;adas que fornecera a todo instante,

conhecimentos novos e atualizados.

Sendo assim, a escola mesmo sem as equipamentos fisicos e humanos tem

como principal objetivo a organizac;ao destes conhecimentos que a midia joga a todo

instante em nossos lares, seja atraves da televisao, computadores, jornais, revistas,

livros, entre outros.

Os educadores diante deste processo devem agir como orientadores e

mediadores deste conhecimento, canalizando 0 que sera mais importante e que

venha melhorar a comunidade da qual faz parte, sempre visando a bern estar de

Page 13: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

todos dentro da realidade em que vive. assim a eswla tera participa9aO importante

na vida da comunidade, demonstrando a estes uma forma de transformar sua

realidade para 0 bern comum.

1.2.3 Aspectos Psicol6gicos

o Colegio Estadual Avelino Antonio Vieira tern a missao de desenvolver nos

educandos um potencial de conhecimentos, atitudes, valores, competencias e

habilidades para viverem na sociedade como cidadaos conscientes da

responsabilidade para com Deus e com as homens, como sujeito-hist6ricD.

Portanto, e necessaria que 0 conhecimento seja transmitido de uma forma

prazerosa, despertando no educando a motiva~o ao adquirir os conhecimentos

para que sintarn prazer na vida, mas ista 56 ocorre quando 0 conhecimento esta em

sintonia com a realidade dos educandos, quando esta ve formas atraves do que

aprendeu para mudar a sua realidade, criando assim uma vida mais significativa e

feliz.

Nossa missao como educadores sera adaptar todos os conhecimentos

possiveis a realidade do nosso aluno e da comunidade em que ele vive; para iS50 a

ens ina atraves dos projetos torna-se necessaria, pais esta conta com a participac;ao

de todos: educadores, educandos e comunidade com um objetivo comum da

qualidade na educa<;ao.

1.2.4 Aspectos Sociol6gicos

o Colegio Estadual Avelino Antonio Vieira tern uma realidade social de

classe media baixa, p05suindo muitos problemas em relar;:ao a heterogeneidade

encontrada nas salas de aula devido a estrutura familiar, social, desconhecimento,

acesso a cultura e tecnologia, entre outras.

Sendo assim, a principal objetivo do colegio e a transformac;ao desta

realidade, tendo como funr;:ao principal desenvolver nos educandos uma autonomia

crltica, au seja, que os indivlduos que se educam e 0 final deste processo, possam

ser urn agente transformador da sua realidade sem prejudicar a sua comunidade

Page 14: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

visando 0 bern comum de todos e a melhoria da qualidade de vida, conscientes de

seus direitos, mas principal mente cumpridor dos seus deveres.

No convivio diario no colegio presencia-se tais realidades dos

acontecimentos, analisa-se, reflete-se e prop6e-se uma linha de a<;8.o e diretrizes

que determinam as realiza<;Oes e abjetivos da Dire<;ao, Supervisao Escolar,

Orienta~o Educacional, Administrativa, Setor da Secretaria, Corpo Docente,

funcionarios e comunidade escolar, usando determinadas possibilidades de

organiza<;8:0 pedag6gica e de articula<;oes de todos os seguimentos do colegio,

enfatizando encaminhamentos de a~o pedagogica, no sistema de avalia<;ao,

criterios estabelecidos, oferecendo meios relacionados com a qualidade dos

resultados desejados, compartilhando informat;6es sobre estrategias bem sucedidas,

melhorando as beneficios obtidos durante a implementa<;ao do processo em a<;ao.

Visando a formayao do ser humano para elabora<;ao e construC;8o do pensamento

critico, autonomo de modo a poder decidir por si mesmo, frente as diferentes

circunstancias da vida, para desenvolver seus talentos tanto quanta possivel e ser

dono do seu proprio destino, interagindo de forma consciente e decisiva no ambiente

em que se vive.

E uma proposta de a<;ao com a qualidade na educa<;8o tornando consciencia

dos principais problemas do Colegio Estadual Avelino Antonio Vieira, com 0 objetivo

de refletir sabre a qualidade dos trabalhos desenvolvidos mediante uma avaliac;ao

do processo jornal e politico no que se retere aos padr5es de desempenho e de

compromisso com a melhoria na organiza9ao tecnico pedag6gica (articula9ao),

rela<;~o interpessaal (em todos os seguimentos e articula<;oes), processo ensino

aprendizagem, intercambio (entre professores, turmas e com outros colegios),

participa<;ao da familia no acompanhamento da aprendizagem.

A inten91io e permitir que 0 processo didatico-pedag6gico seja ponte para 0

aluno compreender melhor a mundo e sua realidade numa interac;ao com 0 meio

social.

Para retletir a qualidade do ensina propoe-se rever os criterios de avalia91io

e a metodologia empregada, os objetivos propostos e 0 desenvolvimento das

atividades em geral.

Page 15: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

1.3 PRINCiPIOS oloATICOS-PEOAGOGICOS

o Colegio Estadual Avelino Antonio Vieira ainda esta em fase de transic;ao

da linha tradicional para a tendencia historico critica numa vis~o construtivista. IS50

porque a maiaria dos professores for formada em Qutras tendencias. As Diretrizes

Nacionais e Parametres Curriculares vi gentes visam a contextualizacyao; a proposta

sera de inovacyao, procurando seguir como principia pedag6gico 0 socio-

interacionismo, segundo 0 qual 0 aluno constr6i a seu proprio conhecimento na

interaCY80 com a meio ffsico e social, historico e politico comparando com a sua

realidade social.

o professor assume a fun~o de facilitador, encorajador e mediador da

constru980 do conhecimento, sendo elemento irnportante no incentivo e gosto pelos

estudos, bern como na garantia da apreensao pelo conhecimento do aluno. Tais

defini<;6es e postura deverao se contrapor ao estudo concentrado nos conteudos

distanciados da realidade, em que 0 que importa e a transmissao de informa96es

independente da pre-disposi.,ao au necessidade real dos educandos. 0 avan~o da

cifmcia e da tecnologia no mundo contemporaneo exige a forma980 de um novo

sujeito, que de conta nao sO de inserir-se no mundo, mas que tenha competencia

para transforma-Io, visando a transforma<;ao a urn espa<;o de maior justi9a social.

Partindo da premissa de que 0 ser humano nao nasce com 0 conhecimento,

e sim, os conhecimentos sao construidos na intera9ao e con stante mente

reconstruidos, 0 colegio precisa criar urn ambiente favoravel tanto cultural como

emocional para que essa interayao aconte9a e seja sistematizada, sendo que se

caracteriza por ser urn movimento enraizado na mudanc;a.

Em virtude desta mudan9a, deveria ser feito na sala de aula um espac;o de

constantes inova96es didatico-rnetodologicas. Isto traz a necessidade de estarmos

inseridos em um novo paradigma, que pressup6e educar sempre dentro de uma

visao de totalidade, inovando para educar pessoas inteiras, que integrem todas as

dimens6es: corpo, mente, senti mento, espfrito, psiquisrno. 0 corpo docente

pedagogico, administrativo e funcionarios propondo encontrar a ponte de rela<;6es

entre as partes e 0 todo na constrw;ao de urn trabalho de melhor qualidade,

assumindo 0 compromisso de resgatar a essencialidade pedagogica do trabalho

articulando esta proposta pedag6gica e procuranda construir da tearia a pratica em

Page 16: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

que de conta das relac;:oes de totalidade em todo a ambiente escolar garantindo

sempre a qualidade.

Sabemos que temos dificuldades de colocar na pratica tudo a que propomos

devido a falta de aperfei<;oamentodos nossos profissionais e de uma infra-estrutura

econ6mica de sobrev;vencia tanto da comunidade escolar como do colegio

(materia is didaticos) para subsidiar os trabalhos propostos pel os nossos educadores.

Page 17: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

14

ASPECTOS DA DROGADIi;AO: CONCEITOS E CONTEXTO.

Nao existe sociedade sem drogas. A draga e urna pratica milenar e

universal. BUCHER (1989) comenla que a draga surge nos anos 60, com uma

dimensao ideologiea da contesta~o hippie, que procurava nas drogas psicodelicas

a busea pelo bela, a efervesc~ncia cultural, urn novo misticismo, fervor, urna

ingenuidade misturada com fanatismo.

A sociedade e igual a urn rolo compressos que massacra 0 homem com

miseria, fome, ausemcia de religiosidade e 0 vazio existencia1. Restam, entao os

inalanles (drag as dos adullos de lodas as classes) ou coca ina (droga de opul~ncia).

Para CARLINI e COTRIM (1991), a legalidade de cada draga depende de

cada paVD e e determinada mais par interesses econ6micos e politicos do que

morais.

o con sumo de drogas no Ocidente a partir dos anos 60 tern despertado

interesse enorme nao 56 de governos como de pesquisadores que tenham explicar

lal fen6meno.

A destina9~o do infarne comercio dos toxicos no pals vem tomando,

con stante mente, maior amplitude, sem quaisquer medidas de melhor resguardo

preventivo. As autoridades mesmo de alto escal::Jo, afirmam que 0 governo conter 0

mal, nao rara esquecendo-se que 0 problema e a gravidade das dragas, n::Jo se de

ao luxe de procurara solw;6es em paternalismo, mas nenhurn trabalho diuturno de

despertamento a conscientiza~o da prOpria consciencia nacional.

As drogas nao desempenham mais papeis integrados e, sim, presente em

uma intensa crise social/econOmica de urna sociedade pragmatica, competitiva,

consumista e individualista. Existe uma perda de confianc;a par escassez de modelos

de identifical;Elo, sentimento de car~ncia, angustia e inseguranya. Oesta forma, a

drag a apresenta-se como um caminho atraente principal mente para 0 jovem que faz

usc dela, em busco de prazer, da alegria e emoyao.

A Organiza<;iio Mundial de Saude (OMS), refere-se a necessidade de se

investir em al;oes que visam a diminuic;ao do usc de alcool e outras drag as. Essas

praticas cuidadosamente pensadas chamadas de preventivas. A visao e que S9

possas estende-Ias e atingir educadores e alunos, atraves de urn trabalho de

sensibilizac;ao dos profissionais das escolas, para que mantenham e executem urn

prajeto de preven9ao prima ria e secundaria de dragas.

Page 18: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

15

Estudos antropol6gicos mostram que existe uma relatividade quanta ao usa

de drogas: pode ser urn usa integrador au desintegrador, mas sempre depende das

convenr;:6es sociais

Pode ser urn usc integrador, como a usa da ganja (flares de cannabis) usado

pelas seitas da Jamaica, au no case de alucinogenos pelos xamas de tribos

indigenas ou no habito de ~coquea( dos habitantes andinos, ou no usa de

alucinagenos pelas seitas de Santo Daime e da Uniao dos Vegetais ou ate mesmo 0

alcool em algumas cerim6nias religiosas.

Pode ser 0 uso desintegrado como 0 do final do movimento hippie quando

aparece a toxicomania modern a que desintegra, marginaliza e provoca

depend en cia. A droga, entao, e usada com a objetivo de opor, contestar, transgredir

par curiosidade, revolta, modismo e prazer. 0 r8sultado e a radicaliz8r;:ao, 0

desespero, a violencia e a autodestrui~o.

No contexto atual, a draga aparece como amortecedor do homem diante do

mundo. 0 alcool, 0 cigarro aparece como amortecedor e sao as drogas mais

consumidas, sempre incentivadas por raz6es socials, econ6micas e politicas, sem

esquecer as nao menos importantes, como as crises emocionais e/ou aspirituais.

o problema das drogas transcende 0 psicossomatico das drogas, para

atingir 0 plano da espiritualidade, uma vez que a possivel abertura para uma

provavel cura do doente afetado pelas drogas, so e manifest ado, desde 0 momento,

em que este 58 apaie em sua fe. Este fato e constatado inclusive entre a alcoolicos,

que vem sobriedade, na renova9ao de propasitos pela ora<;ilo de 24 em 24 horas.

A forma poetica e simbalica de ARATANGY (1991), mostra claramente 0

papel da familia e da escola na prevenyao, quando relata a histaria da Bela

Adormecida. Na realidade, sa 0 rei, em vez de proibir todas as racas de fiar do reina,

diante da maldic;ao da bruxa, contasse para a princesa desde pequenininha dos

riscos que ela corria, poderia mudar essa historia e ela nao seria atingida pela

maldi98o. 0 mesmo ocorre com as drogas: se a familia e a escola falarem

naturalmente sobre esse assunto, desde a tenra infancia, as crian9as crescerao

convivendo com colegas que fazem uso de drogas, sem morrer de curiosidade e

desejos. Udia coloca que a mesma atitude se toma diante do sexo, de doen9as e de

outros assuntos polemicos.

Indiscutivelmente, todos os especialistas e estudiosos dos problemas

relativos ao uso de drogas acredita, que 0 melhor combate e a preven9ao. A

Page 19: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

16

UNESCO, desde 1972, destacou a necessidade universal de se fazer um

investimento na educayao para prevenir 0 abuso de drogas.

Prevenir significa dis par com antecipayao, preparar, chegar antes. Em

relar;tlo as drogas, pressupoes urn conjunto de medidas utilizadas para impedir OU,

pelo menos, reduzir seu consum~ abusive.

A prevenyao esta ligada ao modele de homem e de sociedade and a S8

insere, pedendo seguir uma linha repressiva e de cunha alarmista, nos mol des da

"pedagogia do terror" > ou entaD seguir no contexto social num quadro mais ample de

educa9~o para a sauda. 0 melhor modelo a ser trabalhado e 0: educa980 efetiva,

8stilo de vida saudavel, pressao positiva e do oferecimento de alternativas.

A maior dificuldade de urn programa de preven~o reside na hipocrisia dos

adultos que fazem usa abusivo de drogas legais e se situam no Hfa9Cl0 que eu digo

mas nao facta a que eu fac;oN

o trabalho preventivo nao e monop6lio de especialistas, mas

responsabilidade de toda a sociedade: pais, educadores, profissionais de saude,

justi9Cl, servic;o social e outros.

A concepc;ao educativa de prevenc;ao esta centralizada nos seguintes

aspectos: formac;ao do ser humano; val ores; estilo de vida isento de drag as (ou, pelo

menos, de acordo com a idade, um uso ~responsavelN do alcool - droga social);

alternativas no campo do lazer, esporte e artes (desenvolvimento do potencial

criativo).

o adolescente possui um intenso potencial criativo, embotado, nao

explorado pel a educac;ao. Este e um dos caminhos mais ricos de prevenc;ao. Para

Moreno (1987), a caminho e a salva9c30 da escola estao no treino da

espontaneidade, cuja resposta e a criatividade.

A escola e um espar;o para desenvolver atividades educativas, visando aqualidade de vida e a educa980 para a saude. Portanto, ela tem a responsabilidade

da prevenc;ao prima ria e secunda ria.

A educa~o nao engloba apenas a transmissao de conhecimentos. E muito

mais do que informar: educar e formar; e estar atenta a parte efetiva e social da

escota.

Todos as profissionais da escola devem estar voltados para a busca de urn

indivfduo e de uma sociedade com saude. Nada adianta falar do produto, sem tocar

na questao fundamental, das atitudes e dos habitos dos individuos.

Page 20: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

TIBA atribui a escola toda a responsabilidade. Enfatiza a necessidade de os

professores se pre para rem para a convivencia diar;a e realizarem a preven~o

prima ria, transmitindo uma postura de vida, evitando palestras gigantescas com

grande publico. Faz·se mister desmistificar 0 assunto, adotar atitude de

compreens~o do fen6meno e estar atendo para detectar quando 0 seu aluno inicia 0

usc, ja que a familia no seu envolvimento emocional, vive a ~cegueira psiquica~, ou

seja, nao quer enxergar, e a escola tern mais condi<;6es de detectar as altera<;oes do

comportamento do aluno e agir com coerencia e bom sensa, sem atitudes levianas e

sem cometer injusti9Bs, querendo responsabilizar a droga por tudo 0 que acontec;a.

o ass unto drogas continua sendo tabu. Tanto e verdade que se reservam

determinados horarios para debater sabre elas, geralmente com a presenga de

pessoas estranhas aos jovens. Infelizmente, a prevenyao feita por urn professor de

confian<;a e papularidade, de maneira continua, afetuosa e natural e algo bastante

raro.

Quando uma escola decide, corajosamente, viabilizar um treinamento, uma

montagem e a execu<;~o de um projeto de preven9~0 de drogas, ela percebe que

tera de entrar em contato e avaliar a sua propria dinamica de funcionamento, sua

filosofia e estrutura.

Trabalhar com preven9~0 de drogas envolve repensar as relac;aes e 0 fazer

pedag6gico dentro da escola.

A preven~o e orientac;ao com os adolescentes sobre drogas, nas escolas,

nao devem ser feitas dogmatica e doutoral, e sim na linguagem dos jovens, de

acordo com as diferen9C3s de idade, interesses e maturidade. Significa estar atento

ao jovem, abrir urn canal de cornunica~o, valoriza-Io como ser humano, procurando

um espa<;o para que ele tambem aprenda a se valorizar e saiba se fortalecer para

nao ser presa facit de modismos.

Page 21: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

3 REFERENCIALMETODOLOGICO

A praposla metodol6gica da pesquisa-a~o foi formulada em contexto

profissional das ciencias sociais aplicadas e teve impacto, especial mente a partir dos

anos 60 em formas de atuay80 social e politicas mais engajadas "compromissadas·

ou "militantes", especial mente na America Latina.

Toda a pesquisa-ac;ao passui urn carater participativD, pelo fato de promover

ampla interayao entre pesquisadores e membras representativos da situayao

investigada. Nela existe vontade de a~o planejada sobre os problemas detectados

na fase investigativa.

Na America Latina, a pesquisa-a~o foi, sobretudo formulada em termos de

"pesquisa participante~e utilizada como instrumento apropriado ao contexte das

popula<;6es carentes, com seus problemas educacionais, culturais ou de consciencia

politica.

Nos paises industrializados, a pesquisa-a98D existe tambem no casa de

popula<;6es desfavorecidas, mas e conhecida como instrumento de resolu<;ao de

problemas coletivos em instituir;:Oes au organiza<;:6es nao necessariamente pobres,

tais como escolas, empresas, cooperativas, associa<;:6es diversas.

A pesquisa-ayao e uma proposta metodol6gica que ja foi pensada e

aplicada em funt;:ao de uma causa popular, especialmente na area educacional.

THIOLLENT (1997) coloca que a pesquisa-a~o torna-se possivel e

eticamente sustentavel quando estao reunidas condit;:oes tais como:

- A iniciativa de pesquisa parte de uma demanda de pessoas au grupos que

nao ocupamas posiyOesde topo de poder;

- Os objetivos sao definidos com autonomia dos atares e com minima

interferencia de membros da estrutura formal;

- Todos as grupos sociais implicados no problema escolhido como assunto

da pesquisa sao chamados para participar do projeto e de sua execut;:80;

- Todos os grupos tem liberdade de expressao. Medidas sao tomadas para

evitar censuras ou represalias;

- Todos os grupos sao mantidos informados no desenrolar da pesquisa;

- As possfveis a96es decorrentes da pesquisa sao negociadas entre os

proponentes e os membros da estrutura forma;

Page 22: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

- Em geral, as equipes internas que promovem a pesquisa sao auxiliadas par

consultores ou pesquisadores extern os.

Na pesquisa-ayao no contexto organizacional tern como objetivo de estuda

o carater interrogativo-crltieo. Interrogativo no senti do de dar enfase ao

questionamenta que se baseia na formulac;ao de perguntas pel os atores acerca da

situayao na qual estao envolvidas. As respostas sao obtidas pela pesquisa. E crftico

no senti do de uma nao aeeita9'3o das ~explicar;6es espontaneas" que sao dadas

pelos atores au pela sensa comum.

Na coneepcyaa da pesquisa-ayao, urn grande desafio cansiste em

desenvolver a instrllmentalidade sem excluir ° "espfrito crftico~, praporcianando a

aumento do conhecimento e a consci~ncia das pessoas e dos grupos envolvidos no

processa, com delineamento de ar;6es concretas de curto au media prazo.

No trabalho desenvolvida par meio de uma oficina de sensibilizavao, hauve a

participacyao das alunos, diretoria, supervisora e da pesquisadora que, ao abordar 0

tema, necessitou de diferentes a¢es na processo desta pesquisa. (ver pesquisa de

campo)

Page 23: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

4 METODOLOGIA DA PESQUISA

Para que se possa conhecer plenamente as sujeitos com quem S8 dialoga,

faz-se necessaria recorrer a metodologia de pesquisa que "{... } mais do que buscar

indices, mod as, medianas, busquem significados, mais do que buscar descric;:6es

busquem interpretayoos, mais do que buscar coleta de informa98o busquem slIjeitose suas hist6rias' (MARTINELLI, 1999. p.20).

A pesquisa-ac;:ao realizada teve como objetivo de estudo e identificac;:ao do

conhecimento sabre drogadiyao dos alunos da 83 serie H - turno noturno, do ensina

fundamental, do ColE~gio Estadual Avelino Antonio Vieira.

Para responder a problematica levantada, seguiram-se as fases:

1:1 Fase: Pesquisa Bibliografica

A pesquisa bibliografica visou levantar subsldios do tema em estudo

utilizando pesquisadores da area como: MARTINELLI, THIOLLENT, SANTOS, TIBA,

WUSTHOF, BERGERET, CARLINI e ROSEMBERG.

2' Fase: Pesquisa de Campo

Levantamento dos dados sabre 0 tema. A pesquisa de campo realizau-se

com 23 alunos da 8n serie, turno notumo, do ensino Fundamental, do Colegio

Estadual Avelino Antonio Vieira.

Para a realizac;:ao da pesquisa utilizou-se de um questionario (ANEXO 01)

con tendo perguntas abertas e fechadas para deten\,ao das informa\,oes dos

entrevistados sobre 0 tema drogadiyao.

3' Fase: Organizac;:ao e Analise dos Dados

Pesquisa realizada com 23 alunos da sa serie, turno noturno, do ensino

Fundamental, do Colegio Estadual Avelino Antonio Vieira.

4· Fase: Oficina de Sensibilizac;:ao

Page 24: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

4.1 3' FASE - ORGANIZACAO E ANALISE DOS DADOS

4.1.1 PARA VOCE A DEPENDENCIA QUiMICA Eo UMA DOENCA?

GRAFIC001

A dependencia quimica e umadoenc;a?

13%

Fonte: Pesquisa de Campo.

PARA VOCE A DEPENDENCIA QUiMICA E UMA DOENCA?

21

A organiza~ao Mundial da Saude (O.M.S.) reconhece a dependencia

quimica como uma doenya progressiva, incuravel e fatal.

E, porem, uma doenc;a tratavel. Debilita a parte fisica, espiritual e emocional

do individuo e tern a caracteristica peculiar de afetar a familia como urn todo.

Conforme os dados e grafico 01 acima, e relevante 0 dado de 07 alunos

responderem ao item nac sei. Geralmente, encontramos jovens que usam drogas

legais e ilegais em shows e festinhas, mas n~o S8 consideram dependentes delas.

Page 25: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

22

Desprezam toda informa~o cientifica que alerta sabre as perigos da -tolerancia" e

da "dependencia"

4.1.1.1 Por que?

QUADR001

IRespostas Mia Sei Qtidade

Resposta Sirn Qtidade

Porque s.6 0 dependente que usa

Com~m por p@nsarqueachllm 0;1 soluyao na$ droQas

~ umvicio

POOeg&rar varias d~s e pOOe levar a morte

E como se foue remedio a qual a pessoo jill se 3OCKtumou a!omar e nil lua falw senle muita falta

Vida e pede matar

ide e III pessoa noo pede larQZIf

Fica dependenle dOlIdroga

\ PflSOO froa vieiada e 0 yjejo n:to tern cura

Respostas Nao Qtidade

Se saubEr conlrol~-Ia noo vai ser considerada uma doe~

Porque 0 care usc num momenta de fraquezil e vieio

S PeS-soas !omam por _serem !I~ajl

~Quns const!1luem parar e outros nio

enho dOvidas

DeplN1de da situac§o ol!...Q!:Q91emado poaeiente

Fonte: Pesquisa de Campo.

Conforme as respostas obtidas no Quadro 01, percebe-se que os alunas

desconsideram que para a instalayao da dependencia e necessario que haja a

experimenta~o e que conforme ja dito anteriormente, e f.kil encontrarmos os jovens

usando drogas legais e ilegais em shows e festinhas.

Segundo TIBA (p.41) as drogas viciam por tres motivos: provocam sensa90es

diferentes (prazer); apresentam tolerancia; existem no mercado.

Page 26: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

4.1.2 ASSINALE AS DROGAS QUE VOCE CONHECE ou JA OUVIU FALAR

GRAFICO 02

Tipos de drogas mais conhecidas

22 23

oMaconha CAlecal o Tabaco o Inalantes L'IICrack

o Coca ina o Merla Otxtase • Anfelaminas (J LSD

Fonte: Pesquisa de Campo

Maconha 23 100%

Alcool 23 100%

Tabaco 18 78%

Inalantes 06 26%

Crack 21 91%

Cocalna 22 96%

Merla 01 04%

Extase 18 78%

Anfetaminas 06 26%

LSD 00 00%

23

Page 27: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

Conforme os dados obtidos no grafico 02 as drogas mais conhecidas pelos

alunos fararn a maconha e a alcool. Observa-se tambem. urn indice alto de

conhecimento do tabaco, crack e ~xtase.

Querendo au nao, as adolescentes vao ouvir falar das drogas, seja

oficialmente, nas escolas. nas campanhas de preven9~0, etc, seja extra-

oficialmente, pelos colegas (usuarios ou nao), numa mensagem bern diferente das

oficiais.

Outro tatar e que a usa de drogas esta presente em tad os os povos desde a

Antiguidade. Segundo a O.M.S., urn em cada quatro habitantes da Terra faz uso de

drogas.

Reportagem da Folha de S. Paulo (maio de 1989) mostra que as drogas

licitas (alcool e tabaco) representam a hipocrisia da sodedacte. 0 alcoolismo econsiderado a segundo maior problema do mundo, depois das doenc;:as

cardiovasculares.

4.1.2.1 Outras quais?

GRAFICO 03

Qutros tipos conhecidos

IL

Fonte: Pesquisa de Campo.

CI.o""."",,,m'JIDc\prflll5

O~I"!I_ig\>,I_.•...,

Page 28: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

Lan<;:a-perfume 02 09%

Doce (quase igual ao axtase) 01 04%

Cigarros 01 04%

25

No grafico 03, observa-se que 02 alunos colocam 0 lan<;:a-perfume separado

da categoria das drogas inaiantes. Observa-s8 tambem, que 01 aluno separou 0

cigarro da categoria do tabaco.

o que chamou a aten,ao foi a droga "doce" ate entao desconhecida pela

entrevistadora. Trata-sa de uma droga sintetica (anfetaminas) em forma de adesivos

ou "selinhos"

Segundo TIBA (p.39) as drogas novas surgem das pessoas que lucram com

as drogas e que sao logo divulgadas entre os Qutrosusuarios. Com os adolescentesacontece a mesma ceisa, pais, como e considerado da adolescencia andar em

grupos, querer fazer 0 que 0 amigo esta fazendo, abrir-se a novas experiencias e

troca-Ias com outros novas amigos, assas drogas sao rapidamente difundidas tais

como par exemplo: extase, ica, etc.

4.1.3. CONHECE ALGUEM QUE FAZ usa DE DROGAS?

GRAFICO 04

Uso de drogas - Conhecidos

17%

83%

!osim nao!----'==~-~~-- .. --_.Fonte: Pesquisa de campo.

Page 29: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

Sim

Nao19

04

83%

17%

23 100%

No grafico 04 podemos constatar que a droga faz parte da realidade escolar

e social. Ela esta em toda parte e 0 seu usa €I tao antigo quanta a humanidade.

4.1.3.1. QlIem?

GRAFICO 05

13%

Qutros conhecidos

0%

IL I'::D=p=ri=,,:,-=~=;=D=T=i=o=S=D=;=;;=a=o=D:cp-=aiS~;;~~~~ __JFonte: Pesquisa de Campo.

Primos

Tios

Irmao

Amigos

01

03

01

15

04%

13%

04%

65%

Page 30: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

27

4.1.3.2. Oulros quem?

GRAFtCO 06

Outros usuarios

iOop3idomf'u1ilho ----I'0 gente qu~ rY\OU! petto ala minhaj"' ..

o pes.s/),u. que F..u nAo eonhec;o

------

Fonte: PesquislI de Carnpo.

-0 pai do meu litho

- Pessoas que eu nao conhe~o

- Genie que mora perla da minha casa

01

01

01

04%

04%

04%

Nos graficos 05 e 06 percebe-se que nao existe sociedade sem drogas e

que as drogas estao presentes e sao consumidas par parentes e amigos proximos a

nos

05 habitos e atitudes que as adultos tem em relayao ao consumo de alcool,

cigarro e Qutras drogas influenciam forte mente na concepc;:.ao que os jovens

desenvolvem em relac;:.aoao consumo. Os jovens gostam de compartilhar suasideias e experiemcias e geralmente sao "ouvidos~ pelo grupo, tendo dificuldades de

Page 31: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

28

4.1 A QUAIS OS MOTIVOS QUE VOCE ACHA QUE LEVA UMA PESSOA AO usaDE DROGAS?

GRAFICO 07

Principais motivos assinalados

o 4

15

10 Curiosidade 0 Influencia dos amigos 0 Problemas familiares

IDF.alta de.religiao EIBaixaestima. . .. ~-.-------

Fonte: Pesquisa de Campo.

Curiosidade

Influencia dos amigos

Problemas familiares

Baixa estima

Faltade religi~o

16 69%

15 65%

10 43%

04 17%

00 00%

Page 32: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

29

4.1.4.1. Outros quais?

GRAFICO 08

Qutros motivos para 0 usa de droga

o DependEmciada pessoa EI Vontade de conhecer coisas diferenteS]

Fonte: Pesquisa de Campo.

A dependencia da pessoa

Vontade de conhecer coisas diferentes

01

01

04%

04%

Conforme os graficos 07 e 08 percebe-se a dificuldade de se entender

porque os adolescentes se drogam. Hoje tOdD mundo sabe, pelos pais, pelosprofessores e pelas campanhas antidrogas, que as drogas fazem mal.

Sao muitos os fatares, atuando isoladamente ou em conjunto. Podem ser de

ordem biologica, psicologica au social, tais como: busca pelo prazer; desinformay8o;

curiosidade; dificuldade de enfrentar problemas; pres sao do grupo; solidao;

onipotencia juvenil; para mudar 0 seu jeito de ser; auto-afirma~ao; desestruturayao

familiar; crise existencial; sintomas fisicos; outros.

Segundo TIBA (p.16) na adolescencia a curiosidade e urn dos maiores

motivos que podem levar urn jovem a S8 dragar, pais a adolescencia e a apoca das

descobertas, e 0 adolescente quer conhecer tudo.

Page 33: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

30

4.1.5 VOCE JA FEZ USO DE DROGAS?

GRAFICO 09

Ja fez consumo de drogas?

13

~IFonte: Pesquisa de Campo.

Sim

Nao

10

13

43%

57%

23 100%

Os dados obtidos no grafico 09 nos mostram 0 quanto e preocupante 0

numero de javens que js tiveram cantata com as drag as.

Segundo TIBA (p.17) 14% da popula~ao em geral e suscetivel a algum vicio

e segundo a O.M.S., urn em quatro habitantes da Terra faz uso de drogas.

Segundo estatisticas, realizadas pela Secretaria de Estado e Justi~a e da

Cidadania na Gaverna Jaime Lerner, entre as alunas da ensina fundamental e

ensina media, 80,3% js experimentaram bebidas alco61icas, 24,4% cigarro,

solventes; 9,5% medicamentos (sem receita medica); 3,4% maconha; 0,7% coca ina,

Page 34: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

31

com progressao ana a ana do numero de usuarios. Ressalta~se tambem nesse

estudo a idade dos usuarios vem diminuindo rapidamente.

4.1.5.1 Quais?

GRAFICO 10

Tipos de drogas mais consumidas

;:- ::" ;;, --. -

5

L-_-=D=M=ac=o=n=h=a=D=T=a=b=a_~_D_-~A_-ICO_-~O_-I_~~=L-=a-n~9~a~-=pe=rf=u=m=e=:-c_o_la_o_T""1_IFonte: Pesquisa de Campo

Maconha 05 22%

Tabaco 05 22',"

Alcool 06 26%

Lan9"-perfume 01 04%

Cola 01 04%

Tinner 01 04%

No grafico 10 percebemos que as drogas experimentadas ou MusadasM pelas

jovens mais citadas foram: macanha, tabaco e alcoal.

Campe6es invictos nos levantamentos epidemiol6gicos sobre 0 consumo de

drogas psicotropicas, 0 usa e a abuso do alcool sao muito antigos. 0 alcool e um

Page 35: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

depressor que, contraditoriamente, pode ser visto como estimulante. Como ele inibe

inicialmente as regi6es responsaveis pela autocritica, pessoas sob efeito de

pequena quantidade de alcool sentem-se mais liberadas, mais audazes, mais a

vontade e sem os freios dessa autocrltica.

o habito de fumar, de modo geral, atende as press6es sociais, bem como as

necessidades psicol6gicas. Os jovens, muitas vezes, comeQam a fumar por imitac;ao,

para ser atraentes, adquirir seguran<;:a, expressar sua independencia ou rebeldia

(reflexo das propagandas que exploram uma liga980 tipo: cigarro, maturidade,

independencia e estilo de vida).

Dentre as motivar;6es para 0 uso do cigarro, incluem-se:

- 0 prazer de furnar, de executar todo 0 ritual ate soltar a fumar;a e observar

as desenhos no ar, descontraidamente;

- A necessidade de fumar para aliviar tens6es, enfrentar situar;oes adversas,

dorninar sentimentos de meda, nervosismo, acanhamento, vergonha, etc.

A maconha distorce as imagens, os sons e a nor;ao de tempo e provoca

relaxamento muscular e perda de reflexos entre duas e quatro haras. Hoje, e a droga

rnais usada entre jovens e adolescentes que afirmam que a maconha nao vicia e

que faz menos mal do que 0 cigarro. Essa afirmac;ao vern do proprio canabista

(pessoa que fuma a cannabis) e a medicina ja comprovou que a afirmayao e falsa

pais a maconha produz uma dependencia psicol6gica.

Nao podemos deixar de mencionar que ha pessoas que misturarn drogas

para aumentar seus efeitos (drogas cruzadas). E 0 caso dos que costumam beber e

furnar, porque "um molha 0 que 0 outro seca~ (a boca). Qutros ainda misturam

tranquilizantes com alcool para potencializar os efeitos dos primeiros. Atualmente.

muitos jovens misturam alcool e maconha. Para muitos, essa mistura e prejudicial,

pais pode tirar a consciemcia da pessoa, sem que ela desmaie.

Page 36: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

4.1.6 COMO VOCE PROCEDERIA AO DEPARAR-SE COM UM DEPENDENTE

QUIMICO? (COMO AJUDA-LO)?

QUADRO 02

NAo ina fazer nada, porque eu uso e nao ia me meter Ila. vida dos Qutros

Faliaria para parar porque Ilao da futuro

Falaria Que nao ville a pena cia e,strau8r,-'a"S"'u.,..-'v.,.id"a . +__-'Iao fataria nad;] porg"'ue"'''''a.,.o-''a'''di.,.a'''nt,,.a -+__ --'Ientaria convencl!-Ia a saiT dessa vida

Falalia Que eta esta IllJlTI caminho sern volta e que se n~o parar ira maner

N~o desprezaria as peSSOflS Que us.am e converS<3ria pi Que procurnssern urn profissiona

onversaria e dana aooio

NAo faria nad~.E:Q!9lJe petos meus cillculos. mllitos nao Querem a'ud~

r-alaria sabre os problemas Que ete teria mais tarde e 0 levar'ia P*lr8 a minhiil lere"a

Ollv~lSiIrie e tentarill Je.va-Io PI Dulro caminllo

No maximo 0 Que au faria e dar CDnselhos

'uda-Io e aconselha-lo a parnr

Mostrando a ele que a drag;) !laO leva ii luger alQllm e d~g.s cau58dos par e/a

a/aria aue as drooas 56 lev am ao buraco e aue nao vale ~ pcna ex~rimentar

rataria ele como lima pes.soa normal

Fonte: Pesquisi'I de Campo.

Para ajudar 0 dependente qufmico e sua familia, que tambem sofre com sua

doenc;a, e preciso procurar cada vez mais informa90es sobre dependencia quimica,

ja que 0 problema se encontra nas escolas, em pres as e em nosso cotidiano.

Segundo a O.M.S. a melhor maneira de ajudar ou impedir 0 progresso do

uso de drogas e buscar ajuda de pessoas especial mente preparadas, como

psic6logos, psiquiatras, assistentes sociais, educadores, integrantes ativos de

grupos an6nimos de mutua ajuda.

E muito comum na adolescencia a inversao de valores dos drogados. Isto e,julgam-se rnais sabidos, mais espertos, superiores, jUlgam saber aproveitar melher a

vida que os nao-usuarios, que para eles sao uns ~caretas" Essa inversao ocorre

quando as usuarios ja passaram da fase da experimenta9ao para a fase do uso.

Como nao querem assumir sua fraqueza em relac;ao as drogas, dizem-se superiores

Page 37: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

e, enquanto nao sentem os prejuizos da droga, maltratarn, of end em, agridem e

desprezam os nao-usuarios.

A dependemcia quimica e a doenya da negac;ao. Apesar de estar cheio de

problemas nas principais areas de sua vida, 0 dependente nega que tenha problema

e naG aceita ajuda.

4.1.7 PARA VOCE QUAIS OS PROBLEMAS GERADOS PELOS USUARIOS DE

DROGAS?

QUADRO 03

Nenhum

Problemas familiar'eSPeRle bast ante amizades

Problemils de 5i11ude

iea 0 tempo todo touco nao fl!!.londoeo;sn com eeisaVio16nciassas.5inatos

~ndali~rno

cidentes

Falla de respeilo~ortes

ncnminllarn oulros pi 0 mesmo caminho

Problemas Dsicol6aico5ri,fioo

erde aS neurOniosira touco

ao variasVende as ooisas de casaCada tipo de droga gera urn problema dife.o,rente

Fonte: Pesqui5.<l de Campo.

Segundo a O.M.S. os problemas gerados pelos usuarios de drogas seguem

as fases:

- Inicial - Alta Tolerancia: NaG e)(istem maiores prejuizos au danos nas

areas fisica e emocional do individuG. 0 relacionamento com a familia nao apresenta

maiores problemas, seu desempenho profissional, escolar nao estao efetados. 0

uso de pouca quantidade ja leva 0 individuo a sensaC;2o de prazer.

Page 38: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

35

- Intermediaria: Carneya a aumentar a quantidade de alcool ou Qulras drogas

para obler a efeila desejado. Se 0 indivfduo interrompe abruptamente a usa de

alcoal au Qulras drogas ele tern sofrimento fisico e emociona1. E 0 que chama mas

~Sfndrome da Abstin{mcia~

Nesta fase a doenya ja esla caracterizada como tal e, mesmo que 0

individuo queira controlar a usa OU para de usar, 0 sofrimento fisico, causado pela

abstinencia, faz com que esse compromisso seja quase impassive I de ser mantido.

Ele precisa de ajuda.

- Final: e a fase do isolamento. 0 indivfduo isola-58 da familia e dos ami gas

para poder beber au usar a draga. Abandona as estudos, deixa de progredir no

trabalho, au ate perde 0 emprego. Suas perdas e prejuizQs s:!lo bern significativQs.

Sente-se irritado, tem atitudes agressivas, nao sente rna is prazer nem alegria. Esta

sempre depressiv~ e so tem sofrimento. Se a doenc;:a n~o for detida ele morrera

precocemente.

Pouco mais de 35 milhOes de adolescentes compOem atualmente a

populat;:Ela brasileira, a que, sem duvida, marca importantes caracterfsticas nos

perfis socio-demograficos e epidemiologicos em toda 0 pais. Estudas acerca das

causas de mortalidade e morbidade na adolesclmcia rnostram que a principal causa

de mortalidade nesta faixa etaria tern origem em situa9!3es violentas descritas,

segundo 0 C6digo Internacional de Doenl'as (CID 10), no grupo de Causas

Externas. Dentre estas, a maior expressao e a de causas relacionadas a acidentes

de transito e homicfdio que em sua maiaria estavam sob 0 uso de drogas.

Page 39: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

36

4.24' FASE OFICINA DE SENSIBILIZACAO

A Oficina de Sensibiliz8<;;BO constitui na elaborayBo de urn projeto e na

intervenyBo contextualizada do Colegio Estadual Avelino Antonio Vieira pel a aluna.

Interven,ao esta, solicitada pela dire,ao da Institui,ao, que se mostrou preocupada

no combate as drogas, proporcionando urn espa<;(o para a desenvolvimento das

atividades educacionais e visando uma educa~o para a sauda.

A interven9~o foi realizada com as alunos da sa serie H - turno noturno, das

19:00 as 21 :OOh, nos dias 23 e 30 de setembro de 2004.

o primeiro cantata contou com a participa980 de 23 alunos e deu-se atraves

de dinamicas e utilizando a temica tempestade. A tecnica tempestade de idaias e

desenvolvida seguindo as passos abaixo relacionados:

- Divide-se 0 grupo em 03 subgrupos;

- Cada subgrupo recebe uma cartolina em branco e pinceis at6micos;

- Cada subgrupo e orientado para que anotem nas cartolinas as palavras

ditas de seus membros sobre 0 tema dado.

- 0 subgrupo escolhe um componente da equipe para mostrar 0 cartaz e ler

as respostas dad as pelo grupo.

- 0 relator de cada subgrupo cola 0 seu cartaz no quadro-negro. Apes a

exposi~o de cada sub-grupo, e prornovido urn debate de ideias para estudo e

discussao sobre 0 tema.

Atraves da tecnica tempestade de ideias abordou-se: as drogas conhecidas,

motivos que levam urn jovem a procura de drogas e as consequencias no uso e

abuso das drogas faladas pelo grupo. Apes, foi apresentado ao gnupo um quadro

(anexo 2) contendo alguns tipos de drogas, como agem, efeitos e riscos a saude e a

vida. Diante deste quadro, conversou~se sobre as drogas mais consumidas pelos

jovens e dados da Organizayao Mundial de Saude em relat;Ao a dependencia

quimica

No segundo encontro, contou~se com a participac:;:ao de 30 alunos e atraves

de dinamicas e utilizando a te01ica de tempestades de ideias. Abordou-se a

apresentac:;:ao de casos reais relatados por dependentes quimicos, discuss6es com 0

grupo sabre as mesmos e apresentac:;:ao, em conjunto com ° grupo, de alternativas e

recursos para viver-se sem as drogas e para tratamento da depend~ncia qufmica.

Page 40: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

37

Ap6s a discussao com 0 grupo, reapresentou-se 0 quadro de drogas e entregou-se

aos mesmas urn texto - Quere tirar sua paz e sua vida (anexo 3), bern como locais e

profissionais para atendimento e orienta<;8o sabre a doen<;:a.

A elabora~aoe execu~o da Oficina de Sensibiliza~o proporcionaramaos

envolvidos, vivencias diferenciadas das ocorridas nos anos anteriores, par este

trabalho ser urn tema polemico e cercado de tabus e preconceitos nas escolas e da

realidadesocial.

Page 41: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

38

5 ANALISE CONCLUSIVA

Esta analise esta atrelada aos dados obtidos do questionario e 0 processo

vivenciado da pesquisa-a9ao.

o tema surgiu ao estabelecer-se contato com 0 Colegio Estadual Avelino

Antonio Vieira, para lela mente com a dire~o e supervisao do colegio para

oportunizar a pratica de esta.gio em uma intervenc;ao educativa no que diz respeito

as drogas.

A escola e um espa90 para desenvolver atividades educativas, visando aqualidade de vida e a educa9ao para a saude. A educa9ao nao engloba apenas a

transmissao de conhecimentos. E muito mais que informar: educar e formar, e estar

atenta a parte afetiva e social da crian9a e do jovem.

Um programa de preven~o deve come<;ar com a identifica~o precisa da

popula~o-alvo, isto e, quais as suas necessidades, os seus valores, ideologias,

quest6es politi cas, economicas, qual a incid~ncia e qual a prevalencia do uso

indevido de drogas, entre outros dad os.

Esta preven~o ao deparar-se com 0 trabalho de pequenos grupos deve

usar metodos ativos para desenvolver a consci~ncia critica, reduzir preconceitos,

discutir os valores e as motivac;6es individuais e alertar sobre os riscos da

dependencia e os aspectos da toler~ncia e da automedica980.

A escola deve ter como preocupat.;ao nao somente 0 ensinar, mas a

forma98o de agentes transformadores dotados de uma autonomia critica diante

dessa realidade de uso e abuso de drogas que vern acometendo as jovens.

Na pesquisa realizada com os alunos pode-se observar que as drogas estao

presentes na vida deles, seja diretamente ou indiretamente, par uso pr6prio, de

familiares ou amigos.

Outro dado relevante observado na pesquisa e que os alunos de uma certa

forma, nao conhecem au reconhecem a dependencia as drogas como uma doent;a.

Fazem usc e abuso das drogas legais e ilegais em shows e festinhas, mas nao se

consideram dependentes delas, desconsiderando que para haver a instalayao da

doen<;a (dependencia quimica) e necessario que haja a experimenta~o.

Procurar desenvolver 0 sen so crftico e motivar os alunos para que tomem

decisOes e sejam responsaveis e tarefa da escola. A esccla que se propuser a

Page 42: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

39

prevenir drogas deve faze-Io dentro de urn contexte mais amplo da sociedade, vida

competitiva, saude, allmentac;ao, medicina preventiva e Qutros,

Todos os profissionais da escola devem estar voltados para a busca de urn

individuo e de uma sociedade com saude. Nada adianta falar do produto, sem taear

na questao fundamental da motivayao, das atitudes e dos habitos dos individuos.

TI SA enfatiza a necessidade de os professores S8 prepararem para a

convivencia diaria e realizarem preven980 primaria, transmitindo uma postura de

vida, evitando palestras gigantescas com grande publico. 0 professor tern mais

condi¢es de detectar as aitera90esdo comportamentodo aluno e agir com

coerencia e born sense do que pessoas estranhas aos jovens.

Enfim, 0 assunto drogas continua sendo um tabu por parte dos professores

que temem realizar a prevenyao par preconceitos, medos e desconhecimentos do

tema como parte da realidade social. lnfelizmente, a prevenc;:ao feila por urn

professor de confianc;a e popularidade de maneira continua pe algo bastante raro.

Page 43: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

40

REFERENCIAS

BERGERET, J.; LEBLANSC, J. Toxicomanias' uma visao multidisciplinar. Porto

Alegre Artes Medicas, 1991.

CARLINI-COTRIM, B., ROSEMBERG, F. Drogas: Prevenc;ao no cotidiano escolar.

Cadernos de Pesquisas, n. 74, Sao Paulo, Agosto, 1990, p. 40-46.

MACCARI, N. Vivendo e Convivendo . dinamicas de grupo. Sao Paulo Paulinas,

1997

MARTINELLI, M.L. (org.) Pesquisa qualitativa: um instigante desafio. Sao Paulo:

Veras, 1999.

SANTOS, R. Preven,ao de Droga na Escola uma abordagem pSicodramatica.

Campinas Sao Paulo, 1997.

__ Preven,ao de Droga na Escola uma abordagem pSicodramatica. In:

ARATANGY. Campinas: Papirus: Sao Paulo, 1997.p.79

__ Preven9BO de Droga na Escola uma abordagem psicodramatica. In:

MORENO. Campinas: Papirus Sao Paulo, 1997.p.16.

THIOLLENT, M. Pesquisa-a,8o nas Organiza,lIes. sao Paulo. Atlas, (s.d.)

TIBA, I. Ensinar Aprendendo. Sao Paulo Gente, 1998.

TIBA, I. 123 Respostas sobre drogas. Sao Paulo Scipione, 1997.

TRIVINOS, A. N. S. Introdu,ao a Pesquisa em Ciencias Sociais a pesquisa

qualitativa em educac;ao. Sao Paulo: Atlas, (s.d.)

WUSTHOF, R. 0 que e preven,ao de drogas. Sao Paulo Primeiros Passos, 1991.

Page 44: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

41

ANEXO 1 - QUESTIONARIO

1 - Para voce a dependencia quimica e uma doenc;a? Par que?( ) Sim ( ) Nao ( ) Nao sei

2 - Assinale as dragas que voce conhece ou ja auviu falar:( ) Maconha ( ) Inalantes ( ) Merla ( ) LSD( ) Alcool ( ) Crack ( ) ~xtase ( ) Tabaco( ) Coca ina ( ) Anfetaminas ( ) Outras.Quais? _

3 - Conhece alguem que faz uso de drogas? Quem?() Sim () Nao

() Primos( )Irmao

( ) Pais ( ) Tios( ) Outros. Quem? _

( ) Amigos

4 - Quais as motivDs que voce acha que leva uma pessoa ao uso de drogas?( ) Curiosidade ( ) Falta de religiao ( ) Influ~ncia dos amigos( ) Baixa estima ( ) Problemas familiares () Outros. Quais? _

5 - Voce ja fez usa de drogas? Quais?() Sim () NaoQuais?

6 - Como voce procederia aD preparar-se com um de pendente quimico? (Comoajuda-Io)?

7 - Para voce quais as problemas gerados pelos usuarios de drogas?

Page 45: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

ANEXO 2 - QUADRO DE DROGAS42

oIf)...J

Q)If).l9)(

·W

Page 46: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

Historias tristes e recheadas de autoviol~ncia s~o as pe~s-chaves das

personagens de um filme assustador. Dependente do alcool durante oito anos de

sua vida, a participante da lrmandade dos Alcoolicos An6nimos (AA) que nao quis se

identificar, disse que chegou ao "fundo do pOC;ONe, em momentos dificeis da

dependencia chegou ao eumulo de ingerir aleoal puro na ansia de satisfazer 0 vieio.

"Meu primeiro contato com a bebida foi aos 15 anos. Numa Festa de

aniversario apostei com meu irmao quem bebia mais copos de vinho. Ao final, fui

carregada totalmente embriagada para 0 banheiro, contou. Mas a vicia da ex-

de pendente so se manifestou com todo vapor aos 18 anos, com a morte de sua

avo·~. Casei-me, mas de nada adiantou. Embriagava-me em casa e tomava diverses

tipos de bebidas, principalmente Campari, disse.

Para ela, acrescentou, tudo era motive para beber. Nao se importava mais

com nada, 0 que desembocou em separac;ao no casamento. Depois de muitos

sofrimentos causados a si e a sua familia, a nossa persona gem criou coragem e

resolveu sair des sa vida. HOje, ela participa a 13 anos do AA e se sente vitoriosa em

todos os campos, desde afetivamente ate profissionalmente. Com 29 anos atuando

no Amazonas, 0 AA ja possui 56 grupos espalhados pelo Estado.

Tambem em depoimento a plateia, 0 fotografo J.L., 47, contou toda a sua

trajetoria em 19 anos mergulhados nas drogas. "Meu organismo pedia droga. Era

totalmente de pendente. Num peri ado mais cruel ficava 24 horas ligado",

testemunhou 0 ex-dependente. Sua historia e comum a de inumeras pessoas que

colocaram 0 primeiro gale de cerveja na boca ou, par curiosidade, resolveram

enveredar no mundo das drogas, a fim de conhecer que fascinios ela proporcionava

aos seus usuarios.

Aos 10 anos, exatamente no dia de seu aniversario, J. tomou tres porres

seguidos. Natural para a familia, que bebendo em conjunto com parentes e amigos

sem querer incentivam a crian~ a beber urn gole aqui, outro ali. Dai para as outras

drogas foi so um pezinho. -No final daquele ana, par curiosidade, fumei meu primeiro

cigarro de maconha. Morava no Centro da cidade e costumava ver de perto pessoas

que eram usuarias de drogas", disse 0 fotografo.

A partir dai, sua historia passou por uma sucessao de acontecimentos ate

ver urn amigo ser morto na sua frente e ter sua vida ameac;ada por policiais. KResolvi

ter far~ de vontade e me internar numa clinica de recuperac;ao. Grac;as tambem a

ajuda de um amigo que me deu muita for<;8", informou J.

Page 47: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC On-linetcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/DROGADICAO... · o colegio eproximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da Saudade

ANEXO 4 - DEPENDENCIA QUiMICA

Hi~f6rias tristes e recheadas de autoviol neia sao as pe<;as-chaves des

ersonagens de um fllme assustador. Dependente do aleDol durante alto anos de

sua vida, a participante da Irrnandade dos Alco61icDS An6nirnas (AA) que nao quis se

identificar, disse que chegou ao "fundo do poc;o~ e, em momentos diffceis da

dependi!!l1cia chegou ao curnulo de ingerir aleool puro na ansia de satisfazer 0 viejo.

"Meu primeiro cantato corn a bebida foi aos 15 anos. Numa Festa de

aniversario apostei com meu irmao quem bebia mais copos de vinho. Ao final, fui

carregada totalmante ernbriagada para 0 banheiro. contou. Mas 0 vieio da ex-

dependente 56 se manifestou com todo vapor aos 18 anos, c:om a morte de sua

8VC>"'. Casei-me, mas de nada adiantou. Embriagava-me em casa e tomava diversos

tipos de bebidas, principal mente Campari, disse.

Para ela, acrescentoLJ, tudo era motivo para beber. Nao se importava mais

corn nada, 0 que desembocou em separac;ao no casamento. Depois de muitos

sofrimento5 causados a 5i e a sua familia, a nos sa personagem criou coragem e

resolveu sair dessa vida. Hoje, e/a participa a 13 anos do AA e 58 sente vitoriosa em

tad as as campos, desde afetivamente ate profissionalmente. Com 29 an as atuando

no Amazonas, 0 AA jii possui 56 grupos espalhados pelo Estado.

TamMm em depoimento a plat"ia, 0 fot6grafo J.L., 47, contou toda a sua

trajetoria em 19 anos mergulhados nas drogas. ~Meu organismo pedia droga. Era

tatalmente dependente. Num peri ado mais cruel fieava 24 haras ligado",

testemunhou 0 ex-de pendente. Sua hist6ria e comum a de inumeras pessoas que

colocaram a primeiro gale de cerveja na boca au, por curiosidade, resolveram

enveredar no mundo das drogas, a fim de conhecer que fascinios ela proporcionava

aos seus usuarios.

Aos 10 anos, exatarnente no dia de seu aniversario, J. tomou tres porres

seguidos. Natural para a familia, que bebendo em conjunto com parentes e amigos

sem querer incentivam a crianya a beber urn gole aqui, outro ali. Oaf para as outras

drogas foi 56 um pezinho. ~No final daquele ano, por curiosidade, fumei meu primeiro

cigarro de maconha. Morava no Centro da cidade e costumava ver de perto pessoas

que eram usuarias de drogas", disse 0 fot6grafo.

A partir dar, sua historia passou por uma sucessao de acontecimentos ate

ver urn amigo ser morto na sua frente e ter sua vida ameayada por policiais. dResolvi

ter for,a de vontade e me internar numa clinica de recupera,ao. Gra<;:astambem a

aJudade um amigo que me deu muita for",", informou J.