Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

191
1 UNIVERSO: FÍSICO, QUÍMICO OU DIVINO? FRANCISCO GUERREIRO MARTINHO  NITERÓI - RJ [email protected] www.franciscoguerreiro.com.br

description

Livro filosofico

Transcript of Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 1/191

1

UNIVERSO:

FÍSICO, QUÍMICO OU DIVINO?

FRANCISCO GUERREIRO MARTINHO

 NITERÓI - RJ

[email protected]

www.franciscoguerreiro.com.br

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 2/191

2

SUMÁRIO (APRESENTAÇÃO)

O presente trabalho, na verdade é uma continuação do trabalho anterior, chamado “O

Espaço –  Tempo e a Relatividade”, disponível na página www.franciscoguerreiro.com.br .  No trabalho anterior, o autor apresenta sua visão da inexistência de tempo como gran-

deza e sua criação dentro da própria estrutura do espaço-tempo, assim como apresenta a formade existência desse espaço-tempo, como também discorda do termo “arqueado” aplicado a elee propõe o termo “deformado” para o mesmo. Ao final, propõe um modelo alternativo de iní-cio de universo fotônico, estável e eterno, em contrapartida ao modelo do Big Bang que, sob aótica da termodinâmica viola todas as leis conhecidas.

Já no presente trabalho, o autor começa com o desenvolvimento de um item comenta-

do ligeiramente no anterior, que é em relação ao atraso sideral em que vivemos.Como o homem só vê comprimentos de onda, e assim mesmo dentro de uma estreita

faixa de tamanhos, em números redondos de 400 a 800 nm (4 a 8 x 10-7 m); fora dessa faixa,ele não passa de um cego universal. Além disso, o pouco que ele vê é altamente defasado darealidade, de modo que vivemos em um ponto insignificante nos confins do Universo, prati-camente cegos, ou pelo menos, vendo uma minúscula parte do que existe e, além de tudo, esse

 pouquinho que consegue ver é tão defasado da realidade que se chega a duvidar dele.

Mesmo com tanta pequenez e insignificância, o homem consegue ser arrogante, auto-ritário, prepotente, se dividir em castas, com uns se outorgando o direito de mandar, perseguire até matar seus irmãos, por se considerarem divinos, filhos a perfeição de um Deus único quehabitava exatamente a Terra, nosso pontinho insignificante, e que criou todo o resto do uni-verso, apenas em função de nós, de nossos interesses e nossas vontades. Dessa forma, todo orestante do Universo é apenas uma espécie de brinquedo para nós, divinos, nos divertirmos.

Terminada a avaliação das consequências de nossa defasagem em relação ao resto doUniverso, o que é feito com base na constância da velocidade da luz, quando mostramos adefasagem existente entre os momentos de emissão de um fóton pelo emissor e seu recebi-mento pelo receptor, defasagem na posição que os corpos celestes se encontram na hora da

emissão e as novas posições ocupadas quando da recepção, com tudo isso sendo tambémmostrado graficamente.

Terminado esse capítulo (o terceiro), passamos a fazer no quarto capítulo, um estu-do comparativo das características de nosso Sistema Solar, constituído por nossa estrela deQuinta Grandeza e seus nove planetas, dos quais nossa moradia (e a de Deus também, cla-ro!??) não passa de uma das mais insignificantes. Os resultados do estudo são apresentadosem tabelas de dados como também na forma gráfica, mostrando a forma de variação das di-versas características intrínsecas, como massa, gravidade, atração gravitacional, velocidadesde rotação e translação e outros. E encerra com uma apresentação de todas as características

estudadas no capítulo, mas agora não mais distribuídas em função das distâncias dos diversos planetas em relação ao Sol, mas de forma sequencial crescente, mostrando como se dá a dis-

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 3/191

3

tribuição dos planetas em função das características e não em função do afastamento do Sol.  A partir daí começa a preparação para a futura avaliação química feita pelo autor sobreos conhecimentos de hoje, feita mais a frente.

Inicialmente, no capítulo 5 é feita apenas uma transcrição bem sucinta dos principais

conceitos da teoria ondulatória e pequenos comentários sobre a parte material, até onde “ondaera onda e matéria era matéria”. 

 No capítulo 6 começa o estudo que poderá ser questionado adiante, que diz respeitoao Relativismo e a dualidade onda –  matéria. Inicialmente é feita apenas uma transcrição dosefeitos fotoelétrico e Compton, obtido na literatura, onde a sequência seguida e os relatos eopiniões são bastante parecidos e encerra com a apresentação da proposta de De Broglie.

Antes de qualquer avaliação ou qualquer opinião divergente do autor em relação aosconceitos vigentes, preferimos apresentar no capítulo 7 os conceitos de massa equivalente e

de onda equivalente, apresentando detalhes de sua possível interconversão e a consequênciaque isso traria para as massas dos planetas.

A seguir, capítulo 8 é feita uma avaliação da direção tomada por muitos cientistas a procura de uma equação unificadora do contínuo com o quântico em relação a gravitação. Ésó uma apresentação de forma bem humorada, da curiosidade do autor em relação aos concei-tos de contínuo e quântico e sua identificação!

Após essa visão global, começa a avaliação QUÍMICA feita pelo autor no capítulo 9.Este capítulo é o mais longo, cáustico e de difícil leitura pelos possíveis leitores que não per-

tencem ao ramo das ciências, mas talvez o mais importante do trabalho sob o ponto de vistacientífico. Tem bastante citações de conceitos científicos e é feita uma avaliação minuciosa detodos os conceitos que o autor considera necessários a profunda avaliação, com aceitação ourejeição das explicações oficiais dos efeitos foto elétrico e Compton, as quais o autor discordafrontalmente. Depois de apresentar os conceitos termodinâmicos, segue-se com a avaliaçãoquímica do efeito fotoelétrico, para o que foi necessário buscar conceitos básicos de químicaatômica, com estudo de orbitais moleculares, ligações metálicas, teoria das bandas, etc. De-

 pois de apresentar todo um aparato científico envolvendo o efeito fotoelétrico, o autor fazalguns comentários bastante críticos em relação a explicação formal dele, e termina com a

apresentação de sua visão do evento, ou seja, o autor Propõe nova explicação para o fenôme-no de forma diametralmente oposta a versão oficial de Einstein, em vigor. No tópico seguinte,tudo isso é repetido para o efeito Compton, com novos conceitos científicos, é claro, tambémterminando com críticas a explicação de Compton e Proposta de nova explicação.

Após confrontar os conceitos explicativos dos efeitos fotoelétrico e Compton originaise propor novas explicações, o autor mostra que os novos conceitos levam obrigatoriamente arejeição da hipótese de De Broglie.

 No quinto item desse capítulo, o autor faz uma avaliação também científica e profundasobre o fato de se ver tudo azul no céu (e seu porque), inclusive são avaliados o efeito estufa euma possível era do gelo.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 4/191

4

 No sexto item desse capítulo, o autor avalia os conceitos de partícula e anti partículacom suas colisões e aniquilamentos, dos quais o autor discorda da nomenclatura usada: maté-ria e anti matéria e calcula os valores dos frutos da aniquilação, mostrando que esse eventodeve ser refeito e re estudado.

Já no sétimo item desse capítulo, o autor mostra que a equação da massa relativista deEinstein não passa de um grande equívoco.

 No item 9-8, dividido em 5 sub itens, ainda neste capítulo, o autor se estende em al-gumas avaliações para as PROPOSTAS que irá fazer mais a frente. Começa com algumasconsiderações e um questionamento a escolha de Einstein sobre limite de deslocamento.

 No terceiro sub item, é apresentado de forma explicativa verbal e gráfica, as possíveisformas a serem adotadas no caso de troca de referenciais. No quarto sub item, subdividido ema até i, é tratado do assunto Ondas Eletromagnéticas, onde o autor mostra que a velocidade de

transmissão da luz, é a Velocidade Média da mesma. Propõe a inclusão do parâmetro Ampli-tude no estudo da Teoria Ondulatória e questiona a validade da amplitude com que o ábaco

usado intensamente, desde ondas de rádio até fótons de raios  de altíssimo conteúdo energé-tico.

Finalmente, no quinto sub item, o último desse capítulo, também subdividido de a atéi, o autor apresenta um estudo sobre o átomo e encerra o capítulo propondo o abandono domodelo ondulatório atual, de Schroedinger e indica novo modelo a ser considerado.

 Nesse ponto, o final do capítulo 9, o capítulo da QUÍMICA, o autor considera termi-

nada a parte científica, onde houve necessidade de apresentar conceitos bastante profundos, para montar o alicerce para questionar frontalmente vários conceitos atuais vigentes na ciên-cia.

 No décimo capítulo, o autor traz a tona um assunto que certamente será bastante gos-toso de ler. Trata do Ser Humano e seu Habitat, quando faz uma avaliação bastante crítica doser humano, enquanto ser, dito inteligente, em relação a forma como se comporta em relaçãoa seu habitat, em relação ao seu Deus (!) e como ele cuida da casa que esse Deus lhe cedeu

 para morar. Em última análise, o assunto tratado consta basicamente do que é convencionadochamar de Meio Ambiente, com a atuação do homem sobre ele. Alguns poucos conceitos ci-

entíficos relativamente simples e fáceis de compreensão por quem não é do ramo, tiveram queser usados, mas o autor procurou dar explicações da forma mais simples possível, para tornaro conteúdo accessível a todos. Nesse capítulo o autor disponibiliza toda a sua vivência demeio século como profissional da química e meio ambiente, tentando ajudar no que for possí-vel. Dos 6 itens desse capítulo, dois deles (“A Origem do Homem” e “O Homem e a Morte”)são comentados no final, por terem afetado profundamente o autor.

 No décimo primeiro capítulo, encaminho um RECADO aos religiosos de todos ostipos e matizes, só lembrando quem somos e o nosso comportamento na nossa casa. Não setrata de nenhuma ofensa a ninguém, nem a tentativa de desacreditar quem quer que seja, massomente um desabafo do autor sobre o comportamento incoerente, individualista, prepotente,

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 5/191

5

arrogante, autoritário, muitas vezes realmente maligno, tudo isso simultaneamente a seguidasorações para um possível Criador que ele diz que acredita, que ama e que vive em função de-le. Mas só nas palavras e nunca nos atos. Por isso, critico toda essa hipocrisia e, em quemcouber, que vista a carapuça.

 No curtíssimo décimo segundo capítulo, antes de passar para as Evidências, Suges-tões e Propostas do Autor, com que o trabalho é encerrado, apresento aos leitores um esclare-cimento sobre as razões de ter escrito e apresentado um trabalho desse porte, contestandoconceitos estabelecidos por gênios como Einstein, Compton, De Broglie, Schroedinger, etc.

 No último capítulo, o décimo terceiro, a necessidade de um encerramento formal ti-nha que ser com a apresentação de algumas “conclusões do autor ”, que incialmente explicaaos leitores o porque de preferir chama-las de “evidências” e não de conclusões.

Embora as principais Evidências do trabalho e que confrontam os conhecimentos atu-

ais tenham sido dados ao final de cada assunto respectivo, faço como que “uma sequência derememoração delas”. 

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 6/191

6

ÍNDICE

1 –  INTRODUÇÃO .................................................................................................

2 –  OS MOTIVOS...............................................................................

3 –  O ATRASO SIDERAL...........................................................................................

3 –  1 –  Algumas Comparações...................................................................

3 –  2 –  Avaliação das Comparações.................................................

3 –  3 –  Efeitos do Atraso Sideral..................................................................

4 –  OUTRAS COMPARAÇÕES NO SISTEMA SOLAR.......................................

4 –  1 –  Novos Valores para Avaliações.........................................................

4 –  2 –  Avaliação Gráfica do Sistema Solar...................................................

4 –  3 –  Relações Crescentes Obtidas das Tabelas...........................................4 –  4 –  Observações e Evidências das Avaliações...........................................

5 –  DUALIDADE ONDA –  PARTÍCULA...............................................................

5 –  1 –  A Parte Ondulatória........................................................

5 –  2 –  A Parte Material.........................................................................

6 –  O RELATIVISMO E A MECÂNICA QUÂNTICA...................................

6 –  1 –  Os Efeitos que Geraram o Relat e a Mecânica Quântica.............

6 –  1 –  a - O Efeito Fotoelétrico ........................................................................

6 –  1 –  b - O Efeito Compton.............................................................................

6 –  2 –  A Proposta de De Broglie............................................................

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 7/191

7

7 - APLICAÇÃO NUMÉRICA DA RELATIVIDADE

7 –  1 –  Conceito de Massa Equivalente e Onda Equivalente .................

7 –  2 –  A Interconversão Massa x Onda .................................................

7 –  3 –  Possível Variação de Massa de Planetas pelos Fótons................

7 –  4 –  Avaliação das Tabelas .................................................................

8 - ESTUDO DA GRAVITAÇÃO.....................................................................

9 –   AVALIAÇÃO QUÍMICA DO UNIVERSO ................................................

9 –  1 –  Avaliação Termodinâmica.............................................................

9 –  1 –  a - Os Princípios da Termodinâmica...............................

9 –  1 –  b - Como Avaliar Termodinamicamente um Evento................................

9 –  2 –  Avaliação Química do Efeito Fotoelétrico .....................................

9 –  2 –  a - Considerações ....................................................................................9 –  2 –  b - Os Orbitais Moleculares.......................................................................

9 –  2 –  c - Energia de Ionização............................................................................

9 –  2 –  d - Interstícios da Ligação Metálica e a forma do Átomo........................

9 –  2 –  e - Ligações Metálicas...............................................................................

9 –  2 –  f - Estudo Comparativo das Energias de Ionização...................................

9 –  2 –  g - Comparação: Potenciais de Ionização e de Corte.................................

9 –  2 –  h - Teoria das Bandas.................................................................................

9 –  2 –  i - Semi Condutores e Isolantes..................................................................

9 –  2 –  j - Quadro Completo das Energias Envolvidas .........................................

9 –  2 –  k - Efeito Fotoelétrico Visto pelo Autor....................................................

9 –  3 –  Avaliação Química do Efeito Compton.......................................

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 8/191

8

9 –  3 –  a - Resumo da Descrição do Efeito Compton ...........................................

9 –  3 –  b - Alguns Questionamentos ao Efeito Compton ....................................

9 –  3 –  c - Efeito Compton na Visão do Autor............ .........................................

9 –  4 –  Teoria de De Broglie......................................................................

9 –  5 –  Desvio de Fótons na Atmosfera......................................................

9 –  6 –  Matéria e Anti Matéria...................................................................

9 –  6 –  a - Considerações Gerais...........................................................................

9 –  6 –  b - Considerações da Aniquilação.............................................................

9 –  6 –  c - Quantificação da Colisão......................................................................

9 –  7 –  A Massa Relativista (em Movimento) .............................................

9 –  8 –  Avaliações para futuras Propostas do Autor...................................

9 –  8 –  1 - Algumas Considerações ......................................................................

9 –  8 –  2 - O Porque da Escolha.... ......................................................................

9 –  8 –  3 - Os Referenciais...................................................................................

9 –  8 –  4 - As Ondas Eletromagnéticas...........................................

9 –  8 –  4 - a - Considerações sobre as Ondas Eletromagnéticas...................................

9 –  8 - 4 –  b - Características das Ondas Eletromagnéticas...........................................

9 –  8 –  4 –  c - Fenômenos Causados pelas Ondas Eletromagnéticas............................

9 –  8 - 4 –  d - Velocidade Média e Máxima da Luz.....................................................

9 –  8 - 4 –  e - Proposta de Inclusão da Amplitude nas OE...........................................

9 –  8 - 4 –  f - Determinação Analítica dos Cruzamentos...............................................

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 9/191

9

9 –  8 - 4 –  g - Análise dos valores dos Cruzamentos ....................................................

9 –  8 - 4 –  h - Os Cruzamentos Através do Som............................................................

9 –  8 - 4 –  i - Novas Avaliações dos Cruzamentos Usando o Som.................................

9 –  8 –  5 - Novo Modelo de Átomo ................................................................

9 –  8 - 5 –  a - Considerações Gerais................................................................................

9 –  8 - 5 –  b - O Átomo de Bohr.....................................................................................

9 –  8 - 5 –  c - O Átomo Ondulatório de Schroedinger...................................................

9 –  8 - 5 –  d - Considerações para o Novo Modelo.........................................................

9 –  8 - 5 –  e - PROPOSTA de um Novo Modelo............................................................

9 –  8 - 5 –  f - Avaliação: Novo Modelo e Tabela Periódica............................................

9 –  8 - 5 –  g - Velocidade do Elétron..............................................................................

9 –  8 - 5 –  h - Considerações Finais do Novo Modelo de Átomo...................................

10 - O HOMEM E SEU HABITAT............................................................................10 –  1 – Considerações....................................................................................

10 –  2 –  O Habitat...........................................................................................

10 –  3 –  As Coincidências da Criação ou Evolução........................................

10 –  4 –  A Origem do Homem........................................................................

10 –  5 –  O Homem e a Morte.........................................................................

10 –  6 –  O Trato da Casa e o Meio Ambiente.................................................

11 –  RECADO AOS RELIGIOSOS ..........................................................................

12 –  ESCLARECIMENTOS DO AUTOR .................................................................

13 - EVIDÊNCIAS, SUGESTÕES E PROPOSTAS ................................................

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 10/191

10

UNIVERSO: FÍSICO, QUÍMICO OU DIVINO?

1 - INTRODUÇÃO

A maioria dos estudiosos do Universo e criadores de modelos de seu surgimento e desua evolução, são de formação Física. Muitos são materialistas e buscam modelos que possamser considerados como possíveis, através de formação e desenvolvimento absolutamente natu-ral, sem nenhuma necessidade da existência de um Criador.

A principal oposição (ou questionamento) aos modelos criados pelos Físico-Matemáticos é feita pelas religiões. Como os religiosos têm formação Teológica e/ou Filosó-fica, creditam tudo a um possível Criador, que não tem nenhuma regra nem limite de ação,

cujas atitudes aleatórias só são compreendidas pelos seus “representantes”, que consideramtodos os demais homens como simples estranhos nesse Universo que “pertence a eles” e sóeles e Deus conhecem e entendem bem. E consideram impossível que qualquer homem deciência possa descobrir algo que eles não saibam, pois só eles conhecem e se comunicam comDeus e sabem tudo que ele pensa e quer.

Entretanto, enquanto muitos cientistas levam sua vida inteira pesquisando, procurandoexplicação para todos os fenômenos que envolvem nossa vida neste insignificante planetinhado mísero sistema solar, seus oponentes religiosos criam uma redoma inquebrável em tornodessa “insignificância universal” ser a morada de Deus e de nos ter criado a Sua imagem esemelhança, sendo todo o resto do Universo simples coadjuvantes nossos.

Alguma evidência para isso? Não. Mas, mesmo assim, os religiosos dogmatizam issocomo uma verdade absoluta e criticam todos os que tenham alguma dúvida a respeito. Masnunca apresentam nenhuma evidência que indique que a verdade deles (?) tem alguma chance(mesmo mínima) de ser realmente verdadeira. 

Devo comunicar logo de início que minha formação é química, razão pela qual peçodesculpas a ambos os grupos já que, em princípio, ninguém de fora tem que se meter em bri-gas dos outros. Entretanto, após pensar muito sobre escrever ou não algo sobre o assunto, meconscientizei que sou um constituinte do Universo como qualquer outro ser humano em todosos tempos, logo, o Universo me interessa tanto quanto para qualquer outro.

De outro lado, Deus (se existe) não é propriedade de ninguém. Se ele criou tudo e to-dos, também criou a mim tanto quanto a qualquer outro, religioso ou não. Assim, a existênciaou não dele me interessa tanto quanto a qualquer um.

Aos Físicos, materialistas ou não, devo dizer que minha formação é Química, logo,científica, e a pratiquei ao longo de minha vida, já não tão curta aos setenta e três anos de ida-de. E também que a Física e a Química têm uma longa estrada comum. Nossa formação temmuito mais coisas em comum do que divergências. Além disso, o Universo é constituído de

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 11/191

11

matéria e energia, seja lá o que forem ambos, e a Química estuda exatamente isso. Por essarazão, e como sempre acreditei que em qualquer assunto, uma visão de fora pode ser salutar,

 pois não se está concentrado nos erros sistemáticos que possam estar bloqueando os estudio-sos do assunto, para considerações diferentes do foco que formaram a sua frente, e que o se-guem obstinadamente em busca de seu entendimento. Assim, se o observador externo, nãointrinsecamente envolvido com o evento, tiver boa visão do assunto, pode talvez enxergarcoisas que o pessoal envolvido poderia deixar passar despercebido.

O assunto Universo sempre me fascinou por envolver uma busca interminável que ésua origem, que envolve a possibilidade da existência ou não de um Criador, que eu procurodesde que comecei a pensar e vou morrer procurando. Tenho visto inúmeras sugestões de iní-cio do Universo, com e sem a participação de um Criador. Como tudo em relação ao universo,assim como em relação a existência ou não de um Criador, está sempre acoplado a uma boadose de subjetividade, e como eu respeito a opinião de qualquer ser humano, tanto quanto

respeito a minha própria, tenho que considerar todas elas como possíveis. É claro que algumassão muito mais carregadas de subjetividade do que outras, mas como o subjetivo NÃO équantificável, nunca se sabe se o que estamos considerando subjetivo, se de fato o é ou não.

 Na consideração do Universo como um todo, sob a ótica do macro e do micro, temosque lidar com extremos, de um lado algo como a massa da Terra, da ordem de 6 x 1024 Kg ede outro lado a massa de uma unidade de matéria, que é o elétron, cujo valor é de 9,1 x 10-31

Kg. Isso realmente parece criar uma subjetividade aos nossos neurônios. A primeira vista, aimpressão é de se tratar de dimensões inconciliáveis, e creio que isso realmente possa trazerinsegurança para alguns técnicos e cientistas.

Como expliquei no trabalho “O Espaço- Tempo e a Relatividade”, não sou muito che-gado a colocar logo equações matemáticas em tudo. Prefiro primeiro alcançar uma imagem

 bastante sólida a respeito do assunto pesquisado, para depois então tentar quantificar matema-ticamente o evento, que é uma recomendação de um dos mais respeitados cientistas do mun-do, o Dr Steven Hawking.

Só resolvi escrever algo sobre o assunto, que escrevi no referido trabalho, depois de terme convencido do que era a filosofia do espaço-tempo e sua deformação, da inexistência dotempo e sua criação dentro da própria estrutura do espaço-tempo, da impossibilidade da coe-

xistência só presencial entre os tipos de matéria e radiação eletromagnética, e me detido numaincoerência que me incomodou muito, que é saber que nunca vivemos nem vemos o presente.Depois disso tudo, é que resolvi escreve – lo, apresentando ao final do mesmo, uma propostaalternativa para o início de nosso Universo. Nele são usados apenas cálculos bastante simplese objetivos, para mostrar como a comparação da evolução dos eventos com as distâncias per-corridas rotacionalmente e/ou translacionalmente pela nossa habitação, a TERRA, pode sertransferida para qualquer outro corpo celeste que se queira e se conheça algo dele.

Já no presente trabalho, sabendo que para os assuntos abordados os cálculos teriamque ser mais profundos, como também vão ser usados conceitos de mudança de referenciais,

que são difíceis de aceitação imediata por qualquer ser humano, inclusive por mim, vou seguira sequência mais didática possível, para que nenhum conceito novo chegue abruptamente ao

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 12/191

12

contexto sem sua prévia apresentação, e vou me restringir ao máximo às explicações das filo-sofias dos eventos tratados, procurando usar o mínimo possível de qualquer equação matemá-tica.

Dentro do estudo do que se considera o Universo, dois pontos saltam aos nossos olhos

após o primeiro contato:

- o primeiro deles é que só conseguimos ver ondas de determinada faixa de comprimento deonda; fora disso não passamos de cegos universais. Como todos os fótons que recebemos (al-guns dos quais conseguimos ver), foram emitidos quando estávamos em posição sideral dife-rente daquela que estamos ocupando quando os recebemos, então observa-se que no desenro-lar do universo ocorre um atraso (ou adiantamento???) sideral;

- o segundo está relacionado a eterna dualidade: onda x partícula. É verdade que existe umaequação de Einstein que relaciona os dois parâmetros, mas parece que sua aceitação não éuma unanimidade. De qualquer forma é preciso questionar profundamente a citada equação

 para passarmos a adota-la incondicionalmente ou então rejeita-la.

Dessa forma, no presente trabalho, que faço como complementação ao anterior, quechamei de O Espaço – Tempo e a Relatividade, vamos fazer algumas considerações sobre esses

dois grandes aspectos, um independentemente do outro. No final, poderemos ou não chegar aalguma interligação entre eles.

Paralelamente, como não poderia me omitir, vou apresentar uma análise do compor-tamento dos cientistas e dos religiosos, como também do ser humano como um todo, seusmedos, suas crenças, sua fé e principalmente, seu comportamento.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 13/191

13

2 - OS MOTIVOS

Antes de escrever sobre qualquer coisa, considero importante explicar ao possível lei-

tor, as razões que me levaram a escrever sobre aquele assunto. É claro que o assunto Univer-so, sua criação, sua evolução, seu possível fim, e outros detalhes com maior importância parauns do que para outros, mas sempre importantes para todos, já que somos moradores tempo-rários nele, e até hoje não existe um conhecimento satisfatório de tudo que envolve o desenro-lar de nossas vidas, muito menos quem somos, o que estamos fazendo e para onde vamosquando acabar nossa viagem neste planeta que habitamos e que seremos desembarcados delede uma hora para outra, sem aviso prévio nem razão específica para tal.

Esta curiosidade não é só minha; parece que todos os seres humanos a têm. Acreditoque a maioria das pessoas não se dedique a pensar profundamente sobre o assunto por alguns

motivos, dos quais o principal é o medo. O homem comum, normalmente tem medo de tudoque lhe seja desconhecido. Na vida presente, com todo o mal reinante, guerras, maldades,doenças, mortes violentas, estupros e morte de crianças, etc, ele já tem uma opinião formada ea aceita, talvez por não ter opção alternativa ou então, porque a conhecendo, mesmo com to-dos os seus horrores, acredita que sabe como se portar perante ela. Entretanto, quando se tratade desembarcar de nossa “nave espacial rotativa e translativa”, a grande maioria dos sereshumanos se apavora. Raríssimos homens creem que ao morrermos acaba tudo para nós e osdemais seguem a viagem. A esmagadora maioria dos homens acredita que temos algo nãomaterial que se separa do corpo no ato da morte e esse sim, esse desembarca da viagem e vai

morar num paraíso. Curiosamente quando, por idade ou por doença, sente que está chegandosua hora de desembarcar dessa viagem aparentemente “sem sentido” ou, pelo menos, se temalgum sentido, não se sabe qual, aí o homem se apavora!

Ora, aqui já surge um questionamento ao comportamento do ser humano: se ele temcerteza de que tem uma parte não material que pertence a Deus e que depois de se separar docorpo material vai para o céu morar com Deus, porque ele fica com medo? Estranho, não!

Muitos seres humanos, que podem ser os mais inteligentes, mas também podem ser osmenos inteligentes e/ou mais medrosos, talvez por acharem muito complexo pensar sobre o

assunto, preferem “criar” sem nenhum amparo de nada, muito menos da razão e do bom sen-so, um “motivo divino” para estarmos aqui, criados a imagem e semelhança de um possívelCriador, Oni-tudo, de quem ele é um representante. Com isso, ele se torna um “dono da ver-dade absoluta” e rejeita qualquer alternativa possível ao seu modo de pensar.

Como acho essa forma de pensar uma covardia, passei grande parte de minha vida procurando todas as coisas que considero importantes, tendo eu capacidade de compreende-las ou não.

Durante todo o desenrolar do trabalho, vamos tentar a compreensão de vários detalhesque nos parecem, a primeira vista, sem explicação. Costumo pensar em cada assunto de meuinteresse, o mais profundamente que eu puder. E, se mesmo assim continuar não o compreen-

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 14/191

14

dendo, prefiro abandona-lo por algum tempo e depois tentar retomar a busca, sabendo nessecaso, que posso não ter competência para entende-lo. Mas, me sinto na obrigação de tentar, enão considerar como “incompreensível vontade de alguém que nem se sabe ao certo se existeou não!” 

Essa forma de pensar da maioria das pessoas, as vezes me incomoda um pouco e mefaz refletir muito sobre o porque dela. Algumas vezes me vem a mente alguns possíveis moti-vos para as pessoas pensarem dessa forma e, cada vez que isso ocorre, aumenta minha con-vicção de que o homem realmente não quer pensar no assunto.

Entre perder tempo com bobagens como “procurar” a verdade, tentar descobrir se elaexiste ou não, a maioria prefere delegar a alguns que se dizem representantes do Criador, quefalam com ele e que sabem o que Ele pensa e quer, e receber destes durante uma reunião, ge-ralmente semanal, o perdão pelos pecados cometidos na semana e, obviamente, licença paracometer mais outros tantos até a próxima reunião religiosa, quando comprará o perdão para osnovos pecados.

Isso é uma forma “esperta” de viver; vive seu dia a dia cometendo tudo quanto é tipode erros, e em uma hora de reunião semanal e, geralmente, um pagamento adicional de dez

 por cento, e está tudo zerado novamente. Com isso sobra mais tempo para ele viver sua vidamaterial com plenitude, logo, para que gastar tempo em procurar a verdade, ou Deus, ou lá oque seja. Isso ele paga para que alguém faça por ele, e só precisa gastar uma ou duas horas porsemana para ir a um templo buscar a “verdade” de seu “procurador”, que se comunica comDeus e retransmite Seu recado e Sua vontade.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 15/191

15

3 - O ATRASO SIDERAL

Em virtude da luz caminhar em linha reta enquanto todos os corpos celestes se deslo-

cam translacionalmente ao longo do Universo, ao mesmo tempo em que giram em torno deseu próprio eixo, qualquer fóton no Universo, chegará a determinado corpo receptor quando omesmo estiver em posição diferente daquela que ocupava no momento da emissão desse fóton

 pelo agente emissor.

Como o deslocamento da luz (fóton) se passa sempre no momento em que foi emitido,ou seja, com as características do conjunto de coordenadas possuídas no momento da emis-são, já que na velocidade da luz o tempo não passa, e como todos os corpos celestes, por te-rem suas velocidades de deslocamento quantificadas em função de suas rotações em torno desi mesmas, ou em relação ao quanto já caminharam em seus deslocamentos translacionais ao

longo do Universo, pode-se afirmar que o recebedor do fóton só o fará quando estiver fora desua posição rotacional e translacional do momento em que o emissor emitiu esse fóton. Essaquantidade de rotação ou de translação dos corpos celestes, especialmente da nossa moradia, o

 planeta Terra, executada enquanto o fóton percorre seu caminho desde sua emissão até suarecepção, foi considerada pelo homem como uma unidade fundamental, chamando-a de Tem-

 po. A confusão começa a partir do reconhecimento de que Todos os corpos celestes giram emtorno de seu próprio eixo e em torno de sua estrela central, mas o conceito de Tempo ficouvinculado somente ao movimento da Terra.

Como para cada 300.000 Km percorrido pela luz, a Terra se desloca rotacionalmente

de 464 m e translacionalmente em 30.000 metros, este foi padronizado como unidade deTempo (segundo).

Por exemplo, se o observador está em um ponto da região equatorial da Terra e nessemomento o Sol emite um fóton exatamente na sua direção, quando esse fóton atingir a Terra,o observador estará rotacionalmente a 231,5 Km a frente, ao longo do perímetro da Terra, jáque o fóton leva 500 segundos para nos atingir, depois de sua emissão pelo Sol.

Já em relação ao Sistema Solar, nesse mesmo ponto de recebimento do fóton, o obser-vador, estará distante translacionalmente em torno do Sol, de 14.860,2 Km a frente em rela-

ção a posição que estava quando o fóton foi emitido.

Mais complicada ainda fica a situação quando nos lembramos que os emissores de luztambém se deslocam rotacional e translacionalmente. Assim, os deslocamentos do Sol duranteesse evento foram de 1.000 Km rotacional e 109.780 Km translacionalmente.

Isto significa que no momento da recepção do fóton além do ponto da Terra estar des-locada em relação ao que ocupava no momento da emissão em 231,5 Km Rotacionais e14.860 Km translacionais em relação ao Sol, também ele se deslocou, nas quantidades de1.000 Km rotacionalmente e 109.780 Km translacionalmente.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 16/191

16

Dessa forma, apenas durante a emissão de um fóton de um ponto do Sol até seu rece- bimento em determinado ponto da Terra, a situação do Universo se altera bastante. E, é claro,durante todo o “tempo” que estivermos considerando, o Sol continuará emitindo fótons e,cada um deles vai chegar a seus destinos depois que esse “destino”, ou “corpo receptor”, tiverse deslocado rotacionalmente e translacionalmente em valores diferentes, mas com significa-do que pode ser desprezível para a grandiosidade do Universo como um todo, mas certamenteé algo de imenso significado para nossa humilde insignificância em relação ao todo.

É claro que só as pessoas que têm bom senso e equilíbrio, e que respeitam o direito de pensar de si próprio e dos demais seres humanos, consideram as coisas dessa forma. A grandemaioria das pessoas, enclausurada em sua redoma de vaidade, com a certeza absoluta de queele é uma imagem e semelhança de um ser superior que criou tudo e também a ele próprio, e

 por isso ele pensa de forma correta e quem pensa diferente dele é que está errado. E ele chegaa dizer que tem pena de quem pensa diferente dele, porque Não conhece a Verdade. Verdade

essa que é absoluta, sem nem um ponto ou vírgula a acrescentar, já que ele é divino, uma i-magem e semelhança de quem criou tudo e todos.

Como se sabe, esses seres humanos são os chamados religiosos, e têm certeza que to-dos, fora eles, estão errados em tudo e nunca vão conseguir esclarecer nada em relação aoUniverso, já que tudo foi criado por Deus e só a eles Deus diz como foi que criou e o que es-

 pera que aconteça. Mas eles não esclarecem aos demais seres humanos o que eles sabem (?) para acabar com a expectativa das pessoas e sua “perda de tempo” em procurar o que eles “jásabem”. 

Minha avaliação equidistante dos físicos materialistas e dos religiosos dogmáticos meleva a concluir que nenhum deles sabe absolutamente nada, pois se soubessem de fato algumaverdade e a escondessem a sete chaves dos demais seres humanos, não passariam de “mons-truosos canalhas malignos” em atravancar o desenvolvimento dos demais seres humanos.

Por essa razão, parabenizo os físicos, materialistas ou não, que continuam buscandoconhecimento desse Universo que habitamos, tentando esclarecer tudo aquilo que hoje aindafoge de nossa capacidade de compreensão e divulgando imediatamente tudo que descobrem,

 para conhecimento de todos, a fim de dar mais subsídios aos demais que buscam a verdade, seé que ela existe. Pelo menos, eles tentam.

Critico o papel que o poder religioso tem desempenhado ao longo de tantos milharesde translações da Terra em torno do Sol, perseguindo, criticando, ofendendo, e até mesmo, emtempos “felizmente passados”, condenando-os a serem mortos na fogueira para pagarem seus“pecados” de tentarem descobrir os “mistérios de Deus”. 

Felizmente os tempos nebulosos, de ferocidade irracional de homens contra homens por buscarem evidências da existência de um Pai verdadeiro, em troca de uma mercadoria de“infinita bondade que perdoa tudo e todos” que lhes era oferecido pelos “donos de Deus e daverdade absoluta”, já não têm mais sentido nos dias “menos cinzentos” que estamos vivendo

nesses últimos dois séculos.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 17/191

17

Dessa forma, como hoje se pode perguntar abertamente qualquer questão que nos a-tormente, e esperar que alguém saiba e possa responder a essas questões com esclarecimentose não com fogueiras, vou continuar seguindo meu raciocínio e mostrar os vários aspectos doconhecimento atual que não conseguem se coadunar e formar uma imagem com razoável bomsenso e sensibilidade para explicar isso tudo, ou seja, como começou e onde vai chegar issoque chamamos Universo, e que papel nós representamos aqui.

Aproveitando o conceito de atraso sideral, que já tinha aventado de forma rápida notrabalho “O Espaço-Tempo e a Relatividade”, a seguir vamos fazer uma panorâmica sobre ominúsculo sistema em que vivemos, o sistema solar. Constituído por uma estrela de quintagrandeza, o Sol, e circundado por nove planetas, um dos quais o que habitamos, a Terra, cujosmovimentos foram padronizados pelos seres humanos como referência para o entendimentode tudo o mais que existe no Universo.

3 –  1 - Algumas Comparações

A seguir vamos fazer algumas comparações que nos mostrem o atraso sideral em quevivemos. Serão usadas as tabelas com os valores dos raios orbitais dos planetas do SistemaSolar.

Assim, em todas as tabelas sequenciadas adiante, serão mostrados sempre na mesma sequên-cia as colunas:

- nome dos planetas

- raios orbitais médios (distância ao Sol)

- “tempo considerado” 

- deslocamento rotacional

- deslocamento translacional

 Na coluna “tempo considerado” está sendo colocado o valor do “Tempo Terrestre” emsegundos de forma progressiva para nos mostrar os efeitos dos deslocamentos sucessivos.

Assim, vamos iniciar mostrando ao leitor com 1 segundo e mostrar o que ocorreu nosistema solar (deslocamentos rotacionais e translacionais dos planetas) 1 segundo após a e-missão de um fóton pelo Sol. É evidente que com o tempo de um segundo, os valores dosdeslocamentos são os de suas velocidades rotacional e translacional.

 Nesse estágio, não vamos considerar o deslocamento do SOL, tendo em vista que seumovimento ARRASTA todo o sistema solar no mesmo sentido, de modo que seu movimento

apresenta uma correção ÚNICA em relação ao momento da emissão.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 18/191

18

3 –  1 –  1- Assim, primeiramente vamos considerar que em determinado momento, um pontodo Sol está em determinada posição, assim como cada planeta tem em sua superfície, um ob-servador, e vamos considerar que nesse instante o Sol emita luz em todas as direções. No ci-tado quadro mostrado a seguir, vamos avaliar a posição de cada um desses pontos após cadafóton percorrer 300.000 Km, equivalente a 1 segundo terrestre.

Planeta Distância médiaao Sol (km) 

Tempo Gasto peloFóton no Percurso s

DeslocamentoRotacional Km

DeslocamentoTranslacional Km

Mercúrio  57.910.000 1 0,003025 47,87

Venus 108.200.000 1 0,0009055 35,02

Terra 149.600.000 1 0,464 29,78

Marte 227.940.000 1 0,241 24,08

Júpiter 778.330.000 1 12,56 13,07

Saturno 1.429.400.000 1 10,26 9,64

Urano 2.870.990.000 1 3,65 6,81

 Netuno 4.504.300.000 1 2,68 5,48

Plutão 5.913.520.000 1 0,013 4,67

A figura mostra o deslocamento ROTACIONAL (vermelho) E TRANSLACIONAL(preto) de todos os planetas do Sistema Solar, um segundo após a emissão do fóton pelo Sol.

A escala é log e foi mantido o mesmo intervalo usado no gráfico comum a ser apresen-tado após terem sido mostrados os outros três intervalos, para efeito de comparação mais níti-da.

0,003 0,001 0,464 0,241 12,56 10,26 3,65 2,68 0,013

47,87 35 30 24,1 13,1 9,65 6,81 5,5 4,67

6 11 15 23 78 143 287 450 590

  M V T M J S U N P

ATRASO SIDERAL de ROTAÇÃO e TRANSLAÇÃO APÓS 1 s em Km

0,001

0,01

0,1

1

10

100

1000

10000

100000

1000000

0,001 0,01 0,1 1

Milhares

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 19/191

19

3 –  1 –  2- Agora vamos fazer a mesma avaliação, só que no momento em que um fóton atin-giu a superfície de Mercúrio, o primeiro planeta. Isto ocorre após o fóton percorrer a distânciaque separa o Sol da superfície desse planeta, no valor de 57.910.000 Km.

Planeta Distância média

ao Sol (km) 

Tempo Gasto pelo

Fóton no Percurso s

Deslocamento

Rotacional Km

Deslocamento

Translacional Km

Mercúrio  57.910.000 193,033 0,584 9.240

Venus 108.200.000 193,033 0,1747 6.760

Terra 149.600.000 193,033 89,57 5.748

Marte 227.940.000 193,033 46,5 4.648

Júpiter 778.330.000 193,033 2.424,5 2.523

Saturno 1.429.400.000 193,033 1980,5 1.861

Urano 2.870.990.000 193,033 704,6 1.314

 Netuno 4.504.300.000 193,033 517,0 1.058

Plutão 5.913.520.000 193,033 2,533 901

3 –  1 - 3 - Agora vamos fazer a mesma avaliação, só que no momento em que um fóton atin-

giu a superfície de Terra, o nosso planeta.

Planeta Distância média aoSol (km) 

Tempo Gasto peloFóton no Percurso s

DeslocamentoRotacional Km

DeslocamentoTranslacional Km

Mercúrio  57.910.000 498,67 1,5 23.871

Venus 108.200.000 498,67 0,451 17.464

Terra 149.600.000 498,67 231,4 14.850

Marte 227.940.000 498,67 120,0 12.008

Júpiter 778.330.000 498,67 6.263 6.518

Saturno 1.429.400.000 498,67 5.116 4.807

Urano 2.870.990.000 498,67 1.820 3.396

 Netuno 4.504.300.000 498,67 1.336 2.733

Plutão 5.913.520.000 498,67 6,544 2.329

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 20/191

20

3 –  1 –  4-  Agora vamos observar as posições do sistema solar quando o último fóton che-gou a seu destino: Plutão. É claro que enquanto os fótons estão caminhando ao longo do sis-tema solar, sempre no tempo correspondente ao de sua emissão, todos os corpos estão se mo-vimentando rotacional e translacionalmente.

Planeta Distância médiaao Sol (km) 

Tempo Gasto pelo Fóton noPercurso

DeslocamentoRotacional Km

DeslocamentoTranslacional Km

Mercúrio  57.910.000 19.711,733 59,63 943.601

Venus 108.200.000 19.711,733 17,85 690.305 

Terra 149.600.000 19.711,733 9.146 587.015 

Marte 227.940.000 19.711,733 4.750 474.658 

Júpiter 778.330.000 19.711,733 247.579 257.632 

Saturno 1.429.400.000 19.711,733 202.242 190.021 

Urano 2.870.990.000 19.711,733 71.948 134.237 

 Netuno 4.504.300.000 19.711,733 52.827 108.020 

Plutão 5.913.520.000 19.711,733 258,7 92.054 

3 –  2 - Avaliação das Comparações

Os quadros mostrados anteriormente nos permitem fazer algumas observações em re-lação ao ATRASO SIDERAL em que somos participantes ativos. Neles, só foram colocados

os tempos percorridos de:

- 1 segundo,

- o tempo para atingir o primeiro planeta (Mercúrio),

- o tempo para nos atingir (Terra) usado como padrão Universal pelo homem e

- o tempo para atingir Plutão, o último planeta do sistema solar.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 21/191

21

Em cada um dos tempos considerados, são mostrados os deslocamentos rotacional etranslacional de todos os planetas do sistema, sempre em relação ao Sol, o emissor dos fótons.

O que se pode concluir é que, mesmo considerando o deslocamento da luz (dos fótons)como independente de tempo, é fácil entender o quanto os corpos celestes mudam de posição

em relação às recepções dos fótons enviados por um emissor em determinado momento.

Pode-se observar que quando o fóton emitido pelo Sol percorreu 300.000 Km, quecorresponde ao tempo de 1 segundo terrestre, as posições de todos os planetas já se modificouem relação ao emissor, apesar desse deslocamento ser pequeno. Já ao atingir o primeiro plane-ta do sistema (Mercúrio), os deslocamentos já começam a ser significativos.

Quando o fóton nos atinge, na nossa insignificante moradia que o homem usa comoreferência para quantificar tudo no Universo, já se passaram quase 500 segundos, correspon-dentes a nosso deslocamento de 231 Km de rotação e 15 mil Km de translação, enquanto o

mais lento e mais distante, Plutão, já se deslocou mais de 2 mil Km.

Ao atingir Plutão, o último do sistema solar, este por ser o mais lento, se deslocou 92mil Km, enquanto o primeiro deles, Mercúrio, já se deslocou quase 1 milhão de Km. E nós,

 padrão universal, já rodamos um quarto da nossa rotação completa e nos deslocamos em qua-se 600 mil Km; como o diâmetro da Terra é de 12 mil Km, o mesmo já está 50 vezes adiante.

Só para lembrar, enquanto o fóton chega a Plutão e houve esses deslocamentos incrí-veis em relação ao Sol, não podemos esquecer que o Sol também se deslocou no espaço side-ral e o valor de seu deslocamento translacional foi de “apenas” 4 milhões e trezentos mil Km

(220 Km/s) e 40 mil Km rotacionalmente.

Evidentemente, este valor tem que ser acrescido a todos os planetas de nosso sistema, já que o Sol os arrasta concomitantemente ao seu deslocamento. Isto leva o nosso (Terra) des-locamento, que é de quase 600 mil Km em relação ao sol, ser acrescido desses mais de quatromilhões de Km quando nos referirmos a nosso deslocamento em relação a outro ponto fixo doUniverso, como por exemplo, em relação ao centro de nossa galáxia.

Uma observação que me parece bastante significativa é que a velocidade de desloca-mento translacional dos planetas do sistema solar diminui a medida que o planeta está mais

distante do Sol, enquanto as rotações Não seguem nenhuma regra, tendo distribuição caótica.

Para finalizar o conjunto de comparações, segue um gráfico completo, com todos osatrasos observados (1, 193, 498 e 19.711 s) tanto de TRANSLAÇÃO quanto de ROTA-ÇÃO, tudo junto. A nomenclatura e coloração seguirá o seguinte esquema:

- da primeira a quarta linha corresponde aos atrasos ROTACIONAIS e as linhas serão ponti-lhadas nas cores dos números representativos;

- da quinta a oitava linha correspondem aos atrasos TRANSLACIONAIS, com linhas cheias etambém mantendo as cores dos números correspondentes;

- a nona linha que representa a abcissa, corresponde as distâncias de cada planeta ao sol.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 22/191

22

0,003 0,001 0,464 0,241 12,56 10,26 3,65 2,68 0,013

0,584 0,17 89,6 46,5 2424,5 1980,5 704,6 517 2,551,5 0,451 231,4 120 6263 5116 1820 1336 6,55

59,6 17,9 9146 4750 247580 202242 71948 52827 258,7

47,87 35 30 24,1 13,1 9,65 6,81 5,5 4,67

9240 6760 5748 4648 2523 1861 1314 1058 901

23871 17464 14850 12008 6518 4807 3396 2733 2329

943600 690305 587015 474658 257632 190021 134237 108020 920546 11 15 23 78 143 287 450 590

  M V T M J S U N P

Deslocamento TRANSLACIONAL após chegar a Terra azul escuro linha cheia marcador quadrad

Deslocamento TRANSLACIONAL após chegar a Plutão Verde agua cheia marcador quadrado

APÓS 19.711,733 s - TEMPO DO FÓTON IR DO SOL A PLUTÃO

ATRASO SIDERAL TOTAL DO SISTEMA SOLAR: ROTAÇÃO e TRANSLAÇÃO

Deslocamento ROTACIONAL após chegar a Plutão preto tracejado marcador redondo

Deslocamento TRANSLACIONAL após 1 s vermelho linha cheia marcador quadrado

Deslocamento TRANSLACIONAL após chegar a Mercúrio verde oliva cheia marcador quadrado

Deslocamento ROTACIONAL após chegar a Mercúrio roxo Linha tracejada marcador redondo

Deslocamento ROTACIONAL após 1 s Azul Escuro Linha tracejada marcador redondo

Deslocamento ROTACIONAL após chegar a Terra Laranja Linha tracejada marcador redondo

0,001

0,01

0,1

1

10

100

1000

10000

100000

1000000

0,005 0,05 0,5

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 23/191

23

3 –  3 –   Efeitos do Atraso Sideral

É evidente que esse assunto é de extrema importância para nós que vivemos na Terra,

sabermos que tudo que existe no Universo tem deslocamentos rotacional e translacional, e quemesmo a luz, que se desloca a velocidade de 300.000 Km durante o intervalo em que um pon-to da superfície da Terra se desloca rotacionalmente no valor de 464 metros, convencionado

 pelo homem a ser considerado como unidade de “tempo”.

A grande questão que esse atraso vai implicar, vai ser discutida com mais intensidademais a frente, depois de avaliarmos o que é matéria e o que é onda, e sua possível inter rela-ção.

Uma questão que já fica formulada para ser discutida mais a frente é em relação a nos-

sa existência na Terra. A esmagadora maioria das pessoas, todos religiosos, tem absoluta cer-teza de que após nossa morte material, sobreviverá algo não material, que tem vida eterna.Como nosso corpo material, feito basicamente de matéria orgânica, vai ser decomposto oucremado, sendo assim transformado em uma forma de energia chamada calor, sendo emitido

 para o Universo em forma de entropia, satisfazendo os princípios da termodinâmica. A isto,considero nosso desembarque de nossa forma material dessa viagem (eterna?) do nosso plane-ta ao longo do Universo.

Entretanto, raros homens acreditam que tudo se acaba quando morremos, que são osmaterialistas. Quase todos os demais seres humanos acreditam que temos um componente em

nossa constituição que não é matéria, e que ela é que permite a vida da forma como é, em nós,com nossos corpos materiais. Segundo eles, religiosos de todas as facções religiosas existen-tes, a essa parte não material que nos compõe, chamam de alma, espírito, espectro, ou lá o queseja, de acordo com a facção referida.

Quase todos consideram que essa parte não material nossa, é uma forma de energia,muitos conceituando que nós (não materiais) somos uma forma de energia chamada de luz,considerando-a uma centelha divina. E é essa centelha que, depois que morrermos e “ela seseparar do nosso corpo” vai direto para o chamado céu, ou paraíso, ou ainda, a morada deDeus.

A questão que ora levanto, não tem nada a ver com todos esses conceitos emitidos edefendidos pela maioria dos homens. Na verdade meu questionamento é sobre a viagem quevamos ter que fazer, em forma não material, depois que sairmos do nosso corpo.

Em primeiro lugar, sendo uma forma de energia (luz), seu deslocamento pelo espaçosideral até chegar ao céu, terá que ser limitado a velocidade da luz, que é determinada como300.000 Km por segundo.

Em segundo lugar, onde fica o céu? Não tem nenhum sentido nem lógica racional que

ele seja fora do Universo. Assim, o céu sendo dentro do Universo, nossa alma vai ter que sedeslocar até lá. Mesmo considerando que o céu seja no centro de nossa própria galáxia (a via

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 24/191

24

Láctea), para coloca-lo no local mais próximo e ilógico, mesmo assim, essa viagem do siste-ma solar para lá, que dista aproximadamente 2,5 x 1020 m, que equivale a 26.000 anos-luz (oano-luz é a distância que a luz percorre durante um ano terrestre) levará aproximadamente26.000 anos terrestres até chegarmos lá.

Assim, se formos formados de uma mistura de matéria e luz, ao nos separarmos no atoda morte e sair daqui, levaremos vinte e seis mil anos para chegar ao céu, se o mesmo for nocentro de nossa galáxia, que é uma insignificância perante o Universo como um todo. Porcuriosidade, o tempo que se vai levar para chegar a esse céu tão pertinho, permitirá que a Ter-ra, nossa moradia, execute vinte e seis mil translações em torno do sol e gire em torno de seu

 próprio eixo nove milhões e quatrocentos e noventa mil vezes.

Se nossa parte constituinte não material for feita de luz ou outra forma de radiaçãoeletromagnética, parece que o céu não nos é acessível, mesmo considerando-o no centro de

 NOSSA GALÁXIA, o que é no mínimo, presunção demais. Claro que se ele existe, deve sesituar nas proximidades do CENTRO DO UNIVERSO, posição em que ficaria equidistantede todo o restante do Universo, habitado ou não.

Só como curiosidade, se o centro de nossa galáxia, uma mísera entre milhões ou bi-lhões delas, nos obriga a viajar 26 mil anos até atingi-lo, qualquer cálculo, por mais sub esti-mado que seja, para o caso do Céu ser no centro do Universo, nos obrigaria a viajar durante aexecução de alguns bilhões (ou trilhões) ou mais, de translações terrestres em torno do Sol,até chegarmos até ele. Os números são assustadores e nos faz ficar “deprimidos” pois violamnosso conceito já consolidado de que acabamos de morrer “nosso espírito é recebido no paraí-

so”.Claro que se existe tudo que foi citado, o bom senso diz que deve ter algo errado. En-

tretanto, é bom lembrar aos religiosos que, se considerarem que Deus nos faz viajar muitomais rápido e que se cubra a distância em tempo bastante reduzido (ou mesmo insignificante,mesmo em relação a nós e nossa insignificância), mas temos que lembrar que a Terra, o Sol, etodos os demais corpos que existem no Universo continuam se deslocando nos sentidos rota-cional e translacional eternamente, e nas velocidades determinadas pela ciência.

Assim, mesmo na vida espectral (se existir), considerando-se que nela NÃO existe

tempo, tem que ser levada em conta que a sequência da vida material segue seu curso, emfunção da rotação dos corpos celestes em torno de seus eixos e ao longo de suas órbitas, inde- pendentemente do Céu e de quem esteja em seu caminho para lá.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 25/191

25

4 - OUTRAS COMPARAÇÕES NO SISTEMA SOLAR

Muitas observações podem ser feitas nos quadros (tabelas) do capítulo anterior. A

 principal delas já se analisou com detalhes, que é a visível defasagem nos recebimentos pelos planetas, dos fótons emitidos simultaneamente pelo Sol. Em princípio, isto é absolutamentelógico, pois como a velocidade da luz é constante, fica claro que quanto maior a distância doemissor ao receptor, maior será o “tempo” gasto no percurso do fóton, gerando consequente-mente o atraso no recebimento do mesmo.

Este detalhe foi avaliado com razoável profundidade no capítulo anterior. Entretanto,muitas outras observações podem ser feitas, além de podermos tentar algumas correlaçõesentre os valores envolvidos.

4 - -1 - Novos Valores para Avaliação

Para avaliação de relações, além dos valores constantes das tabelas anteriores, vamosutilizar os valores catalogados na tabela a seguir. Os valores de muitas das colunas, comoDISTÂNCIA DO SOL, DIÂMETRO, MASSA, VELOCIDADE TRANSLACIONAL,GRAVIDADE DOS PLANETAS e outros, são dados colhidos na literatura. Já outras colunasforam calculadas através dos dados disponíveis, sendo:

- Energia de Atração Gravitacional pela equação de Newton: Eg = - G x m1 x m2 / d e

- Energia Cinética de Translação pela equação clássica: Ec = ½ x m1 x v2 onde:

- Eg é a energia de atração gravitacional entre o Sol e o Planeta considerado em J;- Ec é a energia cinética de Translação do Planeta considerado em J;

- G é a Constante Gravitacional, igual a 6,67384 x 10-11 m3/Kg.s2

- m1 é a massa do Sol, igual a 2 x 1030 Kg

- m2 é a massa do planeta considerado, em Kg;

- v é a velocidade translacional do planeta considerado, em m/s;

- d é a distância do Sol ao planeta considerado, em m;

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 26/191

26

Os valores obtidos estão colocados no quadro a seguir, juntamente com valores decaracterísticas já conhecidas e obtidas na literatura.

Planeta Dist ao Solm x 1010 

Diametrom  x 106

MassaKg x 1022 

Veloc translm/s  x 103 

Atr gravJ  x 1030 

En CinéticaJ x 1030 

PeríodoTransls x 106 

Mercúrio  5,791 4,88 33 47,87 76,1 37,8 7,6

Venus 10,82 12,1 486,8 35,02 6.005 2.985 19,4

Terra 14,96 12,8 597,4 29,78 5.326 2.650 31,56

Marte 22,79 6,8 64,2 24,08 376 186 59,35

Júpiter 77,83 143 189.900 13,07 325.329 162.000 374,25

Saturno 142,9 120,5 56.880 9,64 53.060 26.400 917,57

Urano 287,1 51,1 8.681 6,81 4.048 2.013 2.661,04

 Netuno 450,4 49,6 10.240 5,48 3.018 1.540 5.200,00

Plutão 591,4 2,3 1,3 4,67 13,6 6,5 7.828.989,5

A seguir, coloca-se novamente o mesmo quadro com novos parâmetros para avaliação.

Planeta Áream2  x 1012 

PeríodoRots x 104

Veloc Rotm/s

PerímTranslm x 1011 

 Nº Diâmetem 1 Transl

Densidadeg/cm3 

Gravidadem/s2 

Mercúrio  74,8 506,74 3,02 3,64 74.566 5,427 3,7

Venus 460 2.099,7 0,91 6,8 112.344 5,243 8,87

Terra 510 8,64 464 9,4 73.685 5,515 9,78

Marte 144,8 8,85 241 14,3 210.393 3,934 3,69Júpiter 62.180 3,58 12.560 48,9 34.210 1,326 24,8

Saturno 43.800 3,69 10.260 89,6 74.371 0,687 10,44

Urano 8.115 4,4 3.650 181,2 354.507 1,27 8,69

 Netuno 7.650 5,8 2.680 283,0 570.890 1,64 11,0

Plutão 16,5 55,2 13 370,0 16.045.100 2,03 0,658

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 27/191

27

Uma observação importante e que parece óbvia, que já havia sido obtida nos quadrosdo item anterior é que, como a distância dos planetas ao Sol aumenta na ordem sequencialcom que estão listados, forma que se mantém nos quadros atuais, é a de que a quantidade dedeslocamento translacional, ou seja, sua velocidade translacional, diminui a medida que os

 planetas se afastam do Sol.

Em princípio parece bastante natural que se esperasse isso, já que a diminuição davelocidade translacional com a distância ao Sol, é aparentemente fácil de ser explicada, tendoem vista que a atração gravitacional que o Sol exerce sobre o corpo é que equilibra a forçacentrífuga, que tende a solta-lo de sua órbita. Como a força gravitacional é inversamente pro-

 porcional ao quadrado da distância, ela será tanto menor quanto mais distante o corpo estiver,o que torna razoável esperar que a energia cinética de translação também seja menor. Entre-tanto, como ambas as equações (da atração gravitacional e da energia cinética de translação)levam em conta as massas dos corpos, e como a distribuição dos corpos pela massa ao se afas-

tarem do Sol NÃO segue nenhuma regra, sendo absolutamente caótico, também se obtémresultados caóticos para ambos os parâmetros.

 Na complementação da análise do quadro acima, vamos tratar apenas da observaçãoque a Energia Gravitacional calculada pela equação de Newton: E = - G x m1 x m2 /  d apre-senta sempre como resultado, o dobro do valor obtido para a Energia Cinética de Translaçãoobtida pela equação clássica: Ec = ½ x m x v2.

Como o Universo vive em equilíbrio, deve-se esperar que todas as forças atuantes se- jam contrabalançadas, para evitar a degeneração do mesmo. Assim, como a energia de atração

entre o Sol e o Planeta considerado tem determinado valor, claro que a metade deste valor pode ser associada a cada um dos componentes do par envolvido na atração considerada.

Assim sendo, a atração gravitacional entre cada par Sol-Planeta, terá a metade de seuvalor como sendo a energia com que o SOL atrai aquele planeta. E este é exatamente o valorobtido para a energia cinética de cada um dos planetas, indicando um balanceamento equili-

 brado entre a atração exercida pelo Astro sobre o Planeta, e a força “centrífuga”, que tende asolta-lo de sua órbita.

Outra observação a ser feita é quanto ao período de Translação, que cresce na medida

em que o planeta se afasta do Sol. Este resultado é absolutamente coerente e esperado, já quea Velocidade Translacional DIMINUI com o afastamento dos planetas ao mesmo tempo emque a distância desse afastamento AUMENTA. Como o período de translação é a relação en-tre o espaço percorrido (crescente) e a velocidade de deslocamento translacional (decrescen-te), gera um tempo cada vez maior. Já em relação ao Período de Rotação, a situação é o opos-to: a distribuição é absolutamente caótica.

Para uma visão conjunta que permita uma avaliação mais consistente, a seguir vamosapresentar tudo isso em forma gráfica.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 28/191

28

4 –  2 - Avaliação Gráfica do Sistema Solar

O gráfico a seguir mostra as variações de todos os parâmetros discriminados no qua-

dro abaixo. Para facilitar a avaliação serão usadas as mesmas cores nos números na tabela ena sua curva no gráfico, que foi feito na escala abrangendo os valores reais, os quais são indi-cados no quadro, cujos valores seguem os quadros de origem, logo acima.

1 Diâmetro m * 10e7 0,488 1,21 1,28 0,68 14,3 12,1 5,11 4,96 0,23

2 Massa Kg * 10e22 33 487 598 64 189900 56880 8681 10240 60

3 VelocTrans m/s 47870 35020 29780 24100 13100 9600 6800 5500 4700

4 Atra Grav J * 10e30 76,1 6005 5326 376 325329 53060 4048 3018 13,6

5 Em Cin J * 10e30 37,8 2985 2650 186 162000 26400 2013 1540 6,5

6 PeriodoTrans s*10e6 7,6 19,4 31,6 59,4 374,2 917,6 2661 5200 7828990

7 Área m2 * 10e12 74,8 460 510 145 62180 43800 8115 7650 16,5

8 Período Rot s *10e4 506,7 2100 8,6 8,8 3,6 3,7 4,4 5,8 55,2

9 Veloc Rot m/s3,03 0,91 464 241 12560 10260 3650 2680 13,1

10 PerímTransl m*10e11 3,6 6,8 9,4 14,3 48,9 89,6 181,2 283 370

11 Nº D 1 Transl * 10e3 74,6 112,3 73,7 210,4 34,2 74,4 354,5 570,9 16045,1

12 Gravidade m/s2 3,7 8,87 9,78 3,69 24,8 10,44 8,69 11 0,66

13 Desnsidade g/cm3 5,427 5,243 5,515 3,934 1,326 0,687 1,27 1,64 2,03

Dist Sol m*10e10 6 11 15 23 78 143 287 450 590

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 29/191

29

M V T M J S U N P

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 30/191

30

Devido ao acúmulo de curvas e de cores, e devido a ordem no Gráfico Não seguir arelação acima, necessária para fornecer os dados para a confecção do mesmo, a seguir é apre-sentada uma sequência com os parâmetros de Cima para Baixo, com indicação do Parâmetroreferido, a cor e estilo da linha e a cor e tipo do marcador.

Primeira = Nº 4: Atração Gravitacional –  Linha Preta Cheia e Marcador Preto Redondo Chei-o.

Segunda = Nº 5: Energia Cinética Translacional –  Linha Vermelha Pontilhada e MarcadorVermelho Cruz.

Terceira = Nº 2: Massa –  Linha Preta Tracejada e Marcador Preto Triangular.

Quarta = Nº 7: Área –  Linha Verde Cheia e Marcador Verde Redondo.

Quinta = Nº 10: Perímetro de Translação –  Linha Preta Cheia e Marcador Preto Quadrado.

Sexta = Nº 6: Período de Translação –  Linha Preta Tracejada e Marcador Vermelho Redon-do.

Sétima = Nº 1: Diâmetro  –  Linha Cinza Cheia e Marcador Cinza e preto.

Oitava = Nº 8: Período de Rotação –  Linha Azul Cheia e Marcador Azul Cheio Quadrado

 Nona = Nº 11: Número de Diâmetros em 1 Translação –  Linha Roxa Tracejada e MarcadorVermelho com Preto no Enchimento.

Décima = Nº 3: Velocidade de Translação –  Linha Vermelha Cheia e Marcador VermelhoRedondo Cheio.

Décima Primeira = Nº 9: Velocidade de Rotação –  Linha Verde Cheia e Marcador Preto Lo-sango Cheio.

Décima Segunda = Nº 12: Gravidade –  Linha Preta Cheia e Marcador Preto Triângulo Cheio.

Décima Terceira = Nº 13: Densidade  –  Linha Cinza Cheia e Marcador Cinza Quadrada Chei-a.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 31/191

31

4 –  3 - AS Relações Crescentes Obtidas das Tabelas

Como os valores de alguns parâmetros determinados para os diversos planetas estão

distribuídos na sequência de sua ordem de afastamento do Sol de forma absolutamente aleató-ria, vamos agora repetir o quadro, colocando em cada coluna, os nomes dos Planetas na or-dem CRESCENTE de suas características. As características são:

A - Distância ao Sol

1 - Diâmetro

2 - Massa

3 - Velocidade de Translação

4 - Atração Gravitacional pelo Sol

5 - Energia Cinética de Translação

6 - Período de Translação

7 - Área

8 - Período de Rotação

9 - Velocidade de Rotação

10 - Perímetro de Translação

11 - Número de Diâmetros em uma Translação

12 - Densidade Média

13 - Gravidade

Para facilitar a observação e para manuseio posterior, as células de cada coluna, jun-tamente com o valor “crescente” do parâmetro determinado, conterá também o nome do pla-neta que apresenta aquele valor.

Como se trata de um total de 14 colunas, fica impossível transcrever tudo em uma sótabela. Por essa razão, serão colocadas duas tabelas a seguir, cada uma delas com a sequênciados planetas pela distância ao Sol, seguido das características em cada um.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 32/191

32

Distânciaao Solm x1010

Diâmetrom x 106 

MassaKg x1022 

Veloc deTranslaçãom/s x103 

AtraçãoGravitacJ x 1030

EnergiaCinéticaJ x 1030 

Período deTranslaçãos x 106

Densidadeg/cm3

Mercúrio5,791

Plutão2,3

Mercúrio3,3 

Plutão4,67

Plutão13,6

Plutão6,5

Mercúrio7,6

Saturno0,687

Venus10,82

Mercúrio4,88

Plutão60

 Netuno5,48

Mercúrio76,1

Mercúrio37,8

Vênus19,4

Urano1,27

Terra14,96

Marte6,8

Marte64,2

Urano6,81

Marte376

Marte186

Terra31,56

Júpiter1,326

Marte22,79

Vênus12,1

Vênus486,8

Saturno9,64

 Netuno3018

 Netuno1.540

Marte59,35

 Netuno1,64

Júpiter77,83

Terra12,8

Terra597,4

Júpiter13,07

Urano4048

Urano2.013

Júpiter374,25

Plutão2,03

Saturno142,9

 Netuno49,6

Urano8681

Marte24,08

Terra5326

Terra2.650

Saturno917,57

Marte3,934

Urano

287,1

Urano

51,1

 Netuno

10.240

Terra

29,78

Vênus

6005

Vênus

2.985

Urano

2661

Vênus

5,243

 Netuno450,4

Saturno120,5

Saturno56.880

Vênus35,02

Saturno53060

Saturno26.400

 Netuno5200

Mercúrio5,427

Plutão591,4

Júpiter143

Júpiter189.900

Mercúrio47,87

Júpiter325329

Júpiter162.000

Plutão7828990

Terra5,515

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 33/191

33

Distânciaao Solm x1010

Áream2x1012 

Período deRotaçãos x104 

VelocidadeRotaçãom/s 

 Nº Diâme-tros em 1Transl x103 

PerímetroTranslaçãom x 1011 

Gravidadem/s2 

Mercúrio5,791

Plutão16,5

Júpiter3,58

Vênus0,91

Júpiter34,21

Mercúrio3,64

Plutão0,66

Venus10,82

Mercúrio74,8

Saturno3,69

Mercúrio3,02

Terra 73,68 Venus6,8

Marte3,69

Terra14,96

Marte144,8

Urano4,4

Plutão13,1

Saturno74,37

Terra9,4

Mercúrio3,7

Marte22,79

Vênus460

 Netuno5,8

Marte241

Mercúrio74,57

Marte14,3

Urano8,69

Júpiter77,83

Terra510

Terra8,64

Terra464

Vênus112,34

Júpiter48,9

Vênus8,87

Saturno142,9

 Netuno7.650

Marte8,85

 Netuno2680

Marte210,39

Saturno89,6

Terra9,78

Urano

287,1

Urano

8115

Plutão

55,2

Urano

3650

Urano

354,51

Urano

181,2

Saturno

10,44

 Netuno450,4

Saturno43.800

Mercúrio506,7

Saturno10260

 Netuno570,89

 Netuno283,0

 Netuno11,0

Plutão591,4

Júpiter62.180

Vênus2100

Júpiter12560

Plutão16045,1

Plutão370,0

Júpiter24,8

Os quadros acima permitem um sem número de observações interessantes. Não temsentido obter gráficos com os dados em ordem crescente de valores das diversas característi-cas, pois a abcissa não teria nenhuma sequência racional.

Para uma visão global dessas distribuições, vamos numerar os planetas e apresentar assequências seguidas pelos mesmos quanto às diversas características.

Assim, vamos chamar a sequência numérica de 1 a 9 os planetas na ordem de afasta-

mento do Sol:

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 34/191

34

Mercúrio(1), Vênus(2), Terra(3), Marte(4), Júpiter(5), Saturno(6), Urano(7), Netuno(8) e Plu-tão(9).

Com essa numeração, vamos dar uma observada na sequência das demais característi-cas associadas aos mesmos quanto a: 

A)  Afastamento do Sol; 1,2,3,4,5,6,7,8,9

1- Diâmetro 9,1,4,2,3,8,7,6,5

2- Massa; 1,9,4,2,3,7,8,6,5

3- Velocidade de Translação; 9,8,7,6,5,4,3,2,1

4- Energia Gravitacional; 9,1,4,8,7,3,2,6,5

5- Energia Cinética de Translação; 9,1,4,8,7,3,2,6,5

6- Período de Translação; 1,2,3,4,5,6,7,8,9

7- Área; 9,1,4,2,3,8,7,6,5

8- Período de Rotação; 5,6,7,8,3,4,9,1,2

9- Velocidade de Rotação; 2,1,9,4,3,8,7,6,5

10- Perímetro de Translação 1,2,3,4,5,6,7,8,9

11- Nº de Diâmetros em 1 Translação; 5,3,6,1,2,4,7,8,9

12- Densidade; 6,7,5,8,9,4,2,1,3

13- Gravidade 9,4,1,7,2,3,6,8,5

A visualização gráfica do quadro acima não tem nenhum sentido prático. A razão é

que para cada parâmetro diferente, temos que mudar os valores do eixo das abcissas e sempregeraria uma reta igual. Só teríamos referências através da abcissa. Dessa forma, acho maisrazoável, só para uma visão panorâmica, montar um quadro (abaixo) com as séries idênticascom a mesma cor. Assim, só olhando, sabe-se que as séries de mesma cor seguem a mesmasequência.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 35/191

35

VARIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DOS PLANETAS DO SISTEMA SOLAR

Distância do Sol m  1 2 3 4 5 6 7 8 9

Período Translação s  1 2 3 4 5 6 7 8 9

Perímetro de Transl m 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Atração Gravitac J 9 1 4 8 7 3 2 6 5

Energia Cinética J 9 1 4 8 7 3 2 6 5

Veloc Translação m/s  9 8 7 6 5 4 3 2 1

Diâmetro(Área) m e m   9 1 4 2 3 8 7 6 5

Massa Kg 1 9 4 2 3 7 8 6 5

Período de Rotação s 5 6 7 8 3 4 9 1 2

Veloc de Rotação m/s 2 1 9 4 3 8 7 6 5

Nº Diâm em 1 Translação 5 3 6 1 2 4 7 8 9

Gravidade m/s 9 4 1 7 2 3 6 8 5

Densidades 6 7 5 8 9 4 2 1 3

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 36/191

36

4 –  4 - Observações e Evidências das Avaliações

Os valores constantes dos quadros deste capítulo em conjunto com os dos quadros docapítulo anterior, permitem que se chegue a um sem número de observações e de evidências.

Primeiro: Como era óbvio, as sequências de Período de Translação e Perímetro de Transla-ção acompanham a sequência da Distância ao Sol.

Segundo: A sequência Velocidade de Translação é a única a ser Decrescente, que era espera-do pois, como já foi visto, tem que ter valor justo para equilibrar a atração gravitacional.

Terceiro: As Energias de Atração Gravitacional e Energia Cinética de Translação apresentama mesma sequência, o que também era esperado e já foi comentado anteriormente.

Quarto: As características de dimensões, diâmetro (ou área) e de Massa foram colocados

 juntos e com mesma cor, porque SÓ apresentam 2 inversões, mantendo todo o resto na mes-ma sequência. As inversões são de Mercúrio com Plutão e de Urano com Netuno.

Quinto: O Período de Rotação e a Velocidade de Rotação, guardam uma relação sequencialexatamente inversa uma da outra.

Sexto: O número de diâmetros (ou de perímetros) durante uma Translação inteira, segue uma

sequência completamente aleatória, o mesmo acontecendo com as sequências das Densidadese da Gravidade.

Sétimo: Em nenhum parâmetro nosso habitat (Terra) é o menor, e o único onde ele é maior éno parâmetro Densidades (massa por unidade de volume). Em todo o resto ele não passa deum intermediário comum.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 37/191

37

5 - DUALIDADE: ONDA x PARTÍCULA

A dualidade onda x partícula foi sempre uma das questões mais difíceis dos cientistas

abordarem. Isso durou desde os trabalhos experimentais de Hertz em 1887 no estudo da natu-reza eletromagnética da luz, até o início do século XX, quando em 1.905 Albert Einstein, a- poiando-se nas conclusões de Plank em 1900 quando “quantificou” as emissões de energia, apresentou seu trabalho explicando o mecanismo do efeito foto elétrico. A partir desse expe-rimento, Einstein propôs que onda e matéria sejam interconversíveis, atribuindo valor materi-al às ondas eletromagnéticas.

Primeiro vamos apenas citar as relações existentes para relembrar os conceitos de ondae os de matéria para, mais a frente, tratar dos conceitos relativistas.

5 –  1 - A Parte Ondulatória

A teoria ondulatória já é conhecida dos cientistas a alguns séculos. A principal caracte-rística de uma onda é seu comprimento. A cada onda é atrelado um comprimento de onda: écomo se fosse seu código genético. A outra característica de amarração de uma onda eletro-magnética é sua frequência. A frequência é o número de vezes que ela se desloca sucessiva-mente até completar o percurso correspondente a sua velocidade. Daí surge a primeira relação

ondulatória, chamada equação fundamental da teoria ondulatória:

v =  ʋ  x ʎ  onde:

- v é a velocidade da onda, em m/s;

- ʎ  é o comprimento de onda (sonora ou eletromagnética) em m;

- ʋ  é a frequência de vibração da onda, ou seja, o número de vezes que ela se repete até com- pletar o valor de sua velocidade, em Hz ( c/s);

A frequência é o inverso do Período (T), que é o tempo que um ponto qualquer da on-da leva para executar uma oscilação completa (vai e vem). Este tempo é o mesmo que umafonte gasta para gerar uma onda completa.

ʋ = 1/T

A luz é reconhecida como uma onda eletromagnética, que se desloca na velocidade de300.000 Km por segundo terrestre (no vácuo), que equivale ao deslocamento rotacional dasuperfície da Terra em torno de seu próprio eixo em 464 metros, ou ao deslocamento transla-cional do eixo da Terra ao longo de sua órbita em torno do Sol, em 30 Km.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 38/191

38

 No caso da luz, a equação se torna:

c =  ʋ  x ʎ  onde:

c é a velocidade da luz no vácuo, igual a 300.000 Km/s

Cada onda eletromagnética, tem um conteúdo energético intrínseco, sendo seu valordado pela equação:

E = h . ʋ  onde:

- E  é a energia da onda, em J

- h é uma constante universal, a constante de Plank que vale 6,626 x 10-34 m2 x Kg / s 

- ʋ  é a frequência de vibração da onda luminosa, ou seja, o número de repetições de seucomprimento até atingir os 300.000 Km, em Hz ( c/s);

Das duas equações acima, como uma relaciona a energia com a frequência e a outrarelaciona frequência com o comprimento de onda, obtém-se a equação que relaciona direta-mente a Energia com o comprimento de onda:

E = h . c / ʎ : onde:

- E  é a energia da onda, em J

- h é uma constante universal, a constante de Plank que vale 6,626 x 10-34 m2 x Kg / s 

- c é a velocidade da luz no vácuo, que equivale a 300.000 Km por segundo;

- ʎ  é o comprimento de onda em m;

A amplitude da onda depende somente do seu conteúdo energético.

A luz visível pelo homem apresenta comprimento de onda na faixa de:

- 360 nm a 780 nm (um nano = 10-9 m), ou seja, 3,6 x10-7  a 7,8 x 10-7  m

Valores que correspondem a faixa de frequências de:

- 3,8 x 1014  Hz a 8,3 x 1014  Hz. Fora dessa faixa, o homem é um cego Universal.

Os raios IR, micro-ondas, ondas de rádio, etc têm frequências inferiores a 3,8 x 1014 Hz. Osraios UV, RX e raios gama têm frequências superiores a 8,3 x 1014 Hz

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 39/191

39

5 –  2 - A Parte Material

É claro que a parte material de qualquer evento é de extrema importância. Antes de

abordar a interconversão de onda x matéria, pode-se avaliar o que pode ser feito em termos demudança de parâmetros para entender melhor o comportamento do Universo e, principalmen-te, o Atraso Sideral em que vivemos, e que vimos anteriormente.

A tabela a seguir, usa as massas dos componentes do sistema solar, quantificadas pelafísica clássica e também determina o número de elétrons que constituem cada um desses cor-

 pos. Tudo ainda dentro da física clássica, sem a participação da relatividade. Claro que a co-luna obtida, NÚMERO DE ELÉTRONS que constitui o corpo sideral, é apenas a divisão damassa de cada corpo celeste pela massa de um elétron, cujo valor é 9,1 x 10-31 Kg.

CORPO CELESTE MASSA

Kg

NÚMERO DE ELÉTRONS

ne

SOL  2,000x10   2,198x10  

LUA  7,300x10   8,022x10  

MER   3,300x10   3,630x10  

VEN 4,868x10   5,350x10  

TER   5,974x10   6,565x10  

MAR   6,418x10   7,053x10  

JUP  1,899x10   2,087x10  

SAT 5,688x10   6,250x10  

URA 8,681x10   9,540x10  

 NET 1,024x10   1,125x10  

PLU 6,000x10   6,590x10  

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 40/191

40

O que se pode observar dos valores acima, é que o maior planeta do sistema solar,Júpiter, é mil vezes menor que o Sol, que é uma estrela de quinta grandeza. E o menor, que éMercúrio, é 6 x 107 (60.000.000) vezes menor que o Sol, logo, 60.000 vezes menor que Júpi-ter.

A vantagem de expressar o tamanho de todos os corpos em função do número de elé-trons que o compõem, é a adaptação ao manuseio das quantidades micro e macro (excessiva-mente pequenas e excessivamente grandes), o que nos acostuma a lidar com estes disparates,de uma forma mais familiar.

 Nossa moradia, o planeta Terra é apenas um intermediário, bem insignificante. Seutamanho é 3,35 x 105 (335.000) vezes menor que o Sol e é apenas 181 vezes maior que o me-nor deles, que é Mercúrio.

Isto tudo, serve para mostrar o quão NADA somos em relação ao nosso sistema Solar,

e muito menos ainda em relação ao Universo como um todo.

Paralelamente a isso, os seres que habitam essa “insignificância” se consideram divi-nos, filhos criados a imagem e semelhança, logo, perfeição, de um possível Criador que elesmesmos “criaram” para fazer dele um escudo, para se defender de seu próprio pânico, causa-do pelo desconhecimento de tudo em relação a nós mesmos e a nossa moradia. Principalmen-te em relação ao que vai ocorrer depois que morrermos, se acaba tudo ali ou se temos real-mente alguma parte não material acoplada ao nosso corpo e essa parte vai ser desembarcada,sem data marcada nem aviso prévio, de nossa viagem planetária e, no caso, para onde pode-remos ir e fazer o que! Além, é claro, de descobrir quanto “tempo” nosso (terrestre) levaremos

 para chegar lá! Ou se seremos apenas mais um conjunto de fótons a caminhar pelo espaçouniversal infinito, a espera de um corpo receptor para transferir toda nossa “energia inteligen-te” para ele! 

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 41/191

41

6 - O RELATIVISMO E A MECÂNICA QUÂNTICA

A mecânica quântica é o final de um longo processo, como tudo que é feito pelo ser

humano. O relativismo das coisas já era considerado desde a antiguidade, mas evidentementesem o amparo matemático apropriado.

Só em fins do século XlX e início do século XX, é que o descobrimento do efeito fotoelétrico levou Einstein a propor sua teoria da Relatividade. Toda a teoria da relatividade estácalcada na chamada colisão fóton (onda) –  elétron (partícula material).

Depois da explicação do efeito fotoelétrico dado por Einstein baseado em trabalho dePlank, seguiu-se o efeito Compton e, finalmente na década de 1920, De Broglie propôs a dua-lidade onda x partícula, estendendo o caráter ondulatório as partículas materiais.

Inicialmente vamos transcrever um resumo bem simplificado da sequência de eventosque culminaram com a explicação do efeito fotoelétrico, base da teoria da relatividade propos-ta por Albert Einstein em 1905, seguido de uma apresentação do efeito Compton, e finalizan-do com a proposta de De Broglie.

Logo após, vamos conceituar massa e onda oriundas (ou calculadas) pelos conceitosrelativistas. Só após isso, é que iniciaremos uma avaliação química desse efeito e de suas con-sequências.

6 - 1 - Os Efeitos que Geraram o Relativismo e a Mecânica Quântica

6 - 1 –  a- O Efeito Fotoelétrico

Todo o processo que desembocou na definição e quantificação do efeito fotoelétrico éencontrado na literatura do ramo. Todos seguem a mesma sequência e de modo até bem pare-

cido, com poucas omissões ou alterações na sequência dos fatos. Vamos tentar seguir o mais próximo possível a sequência cronológica, com as definições em cada ponto do processo e baseado em que a definição foi amparada. Esta etapa vai ser conduzida em duas partes: a pri-meira com os estudos puramente ondulatórios, e depois com o efeito fotoelétrico propriamen-te dito.

Em 1800, Willian Herschel vendo a luz branca se decompor ao atravessar um prisma,mediu a temperatura de cada cor do espectro e viu que o efeito térmico aumentava a medida

que o termômetro se aproximava do vermelho. E, com espanto, observou que o efeito conti-

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 42/191

42

nuava a aumentar mesmo depois do vermelho, na parte escura do espectro. Essa região é hojeconhecida como “região do infra vermelho” e todos os corpos irradiam nele.

A continuidade do estudo levou ao conceito que, na segunda metade do século XlX passou a ser conhecida como “radiação de corpo negro” que basicamente significa que “qual-

quer corpo, em determinada temperatura emite energia que depende dessa temperatura”, ecomo Herschel havia descoberto, cada temperatura está associada a uma frequência, logo, auma cor.

Todos os corpos irradiam energia, já que as partículas que o constituem estão em per-manente agitação em qualquer temperatura, agitação essa que é tanto maior quanto maior fora temperatura, pois esta não passa de uma medida (indireta) da energia cinética média das

 partículas do corpo. Sendo assim, sempre que as partículas constituintes do corpo (sejam áto-mos ou moléculas) oscilam, vibram, existe emissão de radiação electromagnética. As fre-quências e amplitudes das ondas electromagnéticas emitidas dependem das frequências e am-

 plitudes das vibrações das partículas.

A figura a seguir mostra a distribuição espectral da radiação de um corpo negro aTemperatura de 9.000 ºK, sendo a parte colorida correspondente ao espectro visível. Figuracopiada de trabalho Wikipédia através do Google, na internet, presente na maioria dos traba-lhos consultados.

A parte colorida corresponde ao espectro visível. No final do século XIX, várias tenta-tivas foram feitas para explicar essa curva, sendo todas essas tentativas baseavam-se nas teo-rias clássicas.

Stefan e Boltzman mostraram que a emissão de energia aumenta com o aumento datemperatura, e propuseram que era proporcional a quarta potência da temperatura (T4), e hojeé conhecida como Lei de Stefan e Boltzman.

Logo depois Wien demonstrou que, quando a Temperatura aumenta, o máximo dacurva espectral se desloca para a direita, isto é, no sentido crescente dos valores da frequência(ʋ), logo, dos menores comprimentos de onda (ʎ).

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 43/191

43

Rayleigh-Jeans partiram da premissa que as irradiações provinham da oscilação doscampos elétrico e magnético. A lei estabelecida por eles ajustava a curva na faixa dos altoscomprimentos de onda, mas divergia na faixa de baixos comprimentos. Ela passou a ser co-nhecida como a catástrofe do ultravioleta.

Isto só pôde ser resolvido a partir de 1900 com o trabalho de Plank, baseado em traba-lhos anteriores, que culminaram com o entendimento do efeito fotoelétrico, como segue.

Em 1887 Heinrich Hertz investigando a natureza eletromagnética da luz, quando estu-dava a produção de descargas elétricas entre duas superfícies metálicas, em potenciais dife-rentes, observou que cada faísca produzida por uma superfície, gerava uma faísca secundáriana outra. Para evitar a dificuldade de visualização, ele construiu uma proteção sobre o sistema

 para evitar dispersão de luz; entretanto, essa proteção causou diminuição da faísca secundária.Mais a frente, constatou que esse fenômeno não era de natureza eletrostática por não haverdiferença entre a proteção ser feita com material isolante ou condutor. Finalmente confirmousua suspeita de que a luz pode produzir faíscas e que o fenômeno era apenas devido a luz ul-travioleta.

Em 1888 apoiado no trabalho de Hertz, Wilhelm Hallwachs descobriu que corpos me-tálicos irradiados com luz ultra violeta (UV) adquiriam carga positiva.

Para explicar o fenômeno, Lenard e Wolf sugeriram que a luz UV obrigaria a que par-tículas do metal deixassem a superfície do mesmo.

Em 1889, Thomson postulou que o efeito fotoelétrico consistia na emissão de elétrons

e, para provar determinou experimentalmente que o valor da relação carga/massa (e/m) das partículas emitidas no efeito fotoelétrico era o mesmo dos elétrons associados aos raios cató-dicos.

Então, em 1.900 Max Plank propôs que a Lei de Rayleigh-Jeans não estava ajustandoa curva espectral em toda a faixa de comprimentos de onda, porque eles admitiram que ososciladores emitiam radiação com qualquer quantidade de energia. Plank propôs uma restri-ção, impondo que os osciladores SÓ podiam emitir energia em determinadas quantidades in-teiras de h. ν, onde h é a constante de Plank e ν é a frequência de vibração da onda, logo:E = n x h x ʋ  A partir dessa ideia foi obtida expressão capaz de ajustar totalmente a curva

espectral da radiação de corpo negro.

A equação de Plank deixava claro que quanto maior for a frequência de determinadaluz monocromática, maior será a energia de seus fótons.

Em 1.903 Lenard provou que a energia dos elétrons emitidos não apresentava depen-dência da intensidade da luz.

Já em 1.904 Schweidler comprovou que a energia do elétron era diretamente propor-cional a frequência da luz. Estava sacramentada a equação de Plank.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 44/191

44

As ondas eletromagnéticas como a luz visível, os raios X e os raios infravermelhos, aoincidirem em um meio que não lhes seja completamente transparentes, fornecem a esse meiouma certa quantidade de energia. Assim, quando a luz incide sobre um metal, seus elétronsabsorvem a energia dos fótons de luz. Se a quantidade de energia associada ao fóton forsuficientemente elevada, os elétrons conseguem escapar da atração eletromagnética dos nú-cleos atômicos. No caso de uma fonte de luz monocromática, quanto maior sua frequência e,em consequência, sua energia, maior será a quantidade de energia absorvida pelos elétrons.

Estes resultados são o OPOSTO ao esperado quando da descoberta de Hertz, ou seja:ao aumentarmos a intensidade de uma luz monocromática que consiga remover elétrons dasuperfície de um metal, aumenta o número de elétrons removidos, pois aumenta o número defótons. Por outro lado, quando se aumenta a intensidade de uma luz monocromática que nãotenha energia suficiente para soltar elétrons da placa, ela continua não sendo capaz de remo-ve-los.

Em 1905, Einstein usou a proposta de 1900 de Plank (que se referia a radiação de cor- po negro) e explicou o efeito fotoelétrico. Propôs que a energia do fóton absorvido tem queser igual a soma das energias necessárias para remover o elétron do metal com a energia ciné-tica que o elétron adquire. Assim, ele propôs a relação:

E = h . ʋ  -

onde a parte da energia do fóton usada para remover o elétron do átomo ao qual ele pertence

(energia de ligação) ele chamou de Função Trabalho (W ou ), ficando o restante da energiado fóton na forma de energia cinética do elétron, também chamados de fotoelétrons.

Einstein explicou o efeito fotoelétrico: ao invés de considerar a luz como onda, propôsque ela seja composta de corpúsculos (fótons). E cada fóton ou quantum de luz transportaenergia de h ʋ. A proposta era que um quantum transfere toda sua energia h ʋ a um sóelétron independente da existência de outros quanta de luz. Segundo ele, a equação vale

 para todos os elétrons ejetados e, como os “elétrons são ejetados de diferentes profundidadesdo material”, tem-se uma distribuição de energia. “Einstein sugeriu que se usasse somente oselétrons mais energéticos, ou seja, os que saem da parte mais superficial”. A equação então setornou:

Emax = h . ʋ  –  

Por meio dessa equação pode-se calcular o menor valor de frequência de um fóton para que ele possa remover elétrons de uma superfície metálica, conhecendo apenas a energiade ionização do metal.

Emin = h . ʋ  –  

 Nesse caso, Emin é nulo (Emin = 0), logo: = h . ʋmin  –   = 0 e dai: 

ʋmin  = / h ʋmin = ʋ0 = frequência de corte.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 45/191

45

 Nos metais alcalinos (Na, K, etc) essa frequência de corte é no visível, mas para outrosmetais o valor da frequência de corte está na região UV.

Com o exemplo, tomando-se uma placa de sódio (Na) cuja energia de ionização é de495,8 kJ/mol, a energia mínima necessária para remover um elétron de um átomo de sódio da

 placa é de:

E = 495,8 x 1000 / 6,023 x 1023 = 82,318 x 10-20 J/e 

ʋmin  = 82,318 x 10-20 / 6,626 x 10-34

ʋmin  = 1,242 x 1015 Hz e ʎ = 2,41 x 10-7

Quanto maior for o trabalho para arrancar o elétron de seu átomo, menor será sua

energia cinética. Existem materiais onde a incidência de luz não consegue extrair elétrons,mas os torna livres e, em consequência, diminui a resistência elétrica. É o que ocorre com osresistores LDR (light dependent resistor), em que suas resistências variam conforme aincidência de luz.

O primeiro pesquisador experimental a apresentar resultados importantes para a com- provação da equação de Einstein foi Arthur Hughes que, em 1912 demonstrou que a inclina-ção da função E (ʋ) variava de (4,9 a 5,7) x 10-27 erg.s, dependendo da natureza do materialirradiado.

Em 1916, Millikan publicou um trabalho onde os resultados obtidos por ele, compro-vavam o perfeito ajuste da equação de Einstein aos experimentos.

6 - 1 - b - O Efeitos Compton

O efeito Compton é a variação do comprimento de onda da radiação eletromagnéticadispersada por elétrons livres.

Quando fótons de raios X (de comprimento de onda ʎ) colide com matéria, uma parteda radiação é “espalhada”. Compton observou o espalhamento de raios X monocromáticos

 por um alvo de grafite.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 46/191

46

Em 1923 Compton descobriu que:

- uma parte da radiação possui frequência menor (ʎ’ > ʎ) maior que o RX incidente

- a diferença entre os comprimentos de onda depende do ângulo de espalhamento .

O espalhamento Compton não tem explicação pela teoria eletromagnética clássica, jáque a onda EM possui sempre o mesmo ʎ .

Entretanto, no caso presente tem-se que levar em conta a ocorrência de uma colisão deduas partículas: o fóton incidente com comprimento de onda ʎ e um elétron, considerado emrepouso. 

O fóton inicial é absorvido e parte de sua energia e de seu momento linear são forneci-dos para o elétron, que recua. A parte da energia restante é espalhada em um novo fóton (ʎ)de menor energia, logo, maior ʎ.

Usando o princípio da conservação da energia e do momento, obtém-se a equação doEspalhamento Compton:

ʎ’ - ʎ  = h /  m.c (1 –  cos ) onde:

ʎ  é o comprimento de onda do fóton antes do espalhamento 

ʎ’ é o comprimento de onda do fóton após o espalhamento 

m é a massa do elétron 

h / m.c é chamado de comprimento de onda Compton do elétron 

 é o ângulo de mudança da direção do fóton

h é a constante de Plank

c é a velocidade da luz no vácuo 

A grandeza  h / m.c é chamada de “comprimento de onda Compton do elétron”,

cujo valor é facilmente determinável, a partir dos dados:

h = 6,626 x 10 J.s ou Kg.m2/s

m = 9,11 x 10-31 Kg

c = 3 x 108  m

Daí, se obtém:  ʎ = h/m.c = 2,43 x 10-12  m

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 47/191

47

O cálculo da energia de um fóton de comprimento de onda ʎ = 10-10 m, sabendo que

1 J = 6,24 x 1018 eV, é fácil:

E = h. ʋ = h.c/ʎ  = 1,24 x 104  eV

O valor desta energia é bem superior a energia de ligação dos elétrons de valência nosátomos que constituem a amostra dispersora, que é de apenas alguns elétron volt.

Pode-se afirmar que no experimento com raios X o efeito Compton se restringe a va-riação do comprimento de onda da radiação, dispersada por elétrons livres, e que essa diferen-ça não depende das características da substância que formam a amostra dispersora.

6 - 2 - A Proposta de De Broglie

A teoria ondulatória levou bastante tempo conseguindo explicar todos os fenômenosondulatórios ocorridos, com grande facilidade.

Entretanto, a quantização da luz por Plank, a definição do comportamento da radiaçãocomo partícula com propriedades mecânicas bem definidas (fótons) usado por Einstein paraexplicar o efeito fotoelétrico, e por Compton para explicar o efeito que leva seu nome, deixa-ram a teoria ondulatória em situação difícil por não conseguir explicar esses fenômenos.

Em 1924 De Broglie apresentou sua proposta de que, em determinadas condições, as partículas se comportam como ondas e teriam associado a elas o movimento ondulatório.Como a luz já tinha sido “materializada” por Einstein, com a nova proposta, passou a ser não só a luz, mas também toda a matéria passou a apresentar caráter DUAL.

Ele deduziu uma equação que apresentou como sendo de caráter geral. Partiu das duasrelações:

- a quantidade de movimento linear de uma partícula de massa m e velocidade v é dada por:

p = m . v

- a quantidade de movimento linear de um fóton de frequência ʋ e velocidade c é dada por:

p = h ʋ  / c

Como a equação que relaciona a frequência e o comprimento de uma onda luminosa é:

ʎ  ʋ  = c

de onde obteve a expressão p = h / ʎ 

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 48/191

48

equação que ele propôs como sendo de caráter geral, aplicável tanto a fótons quanto a partícu-las materiais.

Das equações p = mv e p = h / ʎ  obteve a equação ʎ = h / m.vonde m é a massa relativista dada pela equação de Einstein:

m = mo / [1 –  (v/c)2]1/2 onde:

mo é a massa em repouso

v é a velocidade da partícula e

c é a velocidade da luz no vácuo

Este ponto, a partir da proposta de De Broglie associado aos conceitos de Plank,Compton e Einstein, mais os trabalhos de Heisenberg e Schrodinger, é considerado como oinício da Mecânica Quântica.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 49/191

49

7 - APLICAÇÃO NUMÉRICA DA RELATIVIDADE

Pouco se vê sobre aplicações numéricas comparativas envolvendo as equações relati-

vistas de Einstein. A impressão que dá é que “alguns aceitam incondicionalmente como corr e-tas e ponto final” ao mesmo tempo em que outros as “rejeitam formalmente e ponto final”. 

Parece que as pessoas temem uma discussão a respeito do assunto. Segundo uma opi-nião de Steven Hawking em sua bela obra Uma Breve História do Tempo:

“uma teoria aplicada um bilhão de vezes com resultado correto, se na vez um bilhão eum der errado, a teoria tem que ficar sob suspeita”. 

Este motivo tem bastante lógica, além de “ser de quem é”, por isso creio que o pesso-al que aceita as equações da relatividade assim como os que as rejeitam, deveriam se expor

mais, mesmo se sujeitando a ficar como comprovadamente errado. Afinal, ninguém é “donoda verdade”, além de sermos todos iguais (igualmente transportadores ambulantes de cocofedorento e com aproximadamente o mesmo número de neurônios).

Como Químico e sendo como sou (um enorme poço de dúvidas sobre tudo), tendorespeito pelas opiniões alheias, mas respeitando meu próprio direito de ter minha própria opi-nião sobre o assunto que me dispuser a avaliar seriamente, resolvi aceitar meu próprio desafioe encarar o problema de frente.

Até aqui só fiz transcrições sobre o assunto, mas daqui para a frente vou levar esse

questionamento a sério.

7 –  1- Conceito de Massa e Onda Equivalente

Tendo em vista que a equação que relaciona onda com matéria, não tem seu uso gene-ralizado, principalmente porque a equação que permite essa transformação NÃO é de aceita-ção geral e inquestionável, também não vamos considera-la aqui.

A barreira antiga, de que onda é onda e matéria é matéria, sempre foi muito forte, eainda hoje, se não a maioria das pessoas, pelo menos um grande número deles, ainda não a-ceita essa interconversão como assunto vencido. Quem propôs essa quantificação foi AlbertEinstein, baseado nos resultados obtidos na experiência da determinação do limiar fotoelétri-co. E isso já tem um século.

Essa equação dada por E = m . c2 relaciona a energia de um fóton com a sua massa,através de um coeficiente que foi estabelecido como o “quadrado da velocidade da luz”. Tam-

 bém ficou convencionado que toda matéria em movimento tem associado a si um comprimen-

to de onda, sacramentado por De Broglie na década de 1920.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 50/191

50

Entretanto, no presente trabalho, vamos usar a interconversão em ambos os sentidos para tentar buscar respostas para algumas questões que ainda não são muito claras. Porém, emrespeito a ambas as correntes, os que a consideram correta e os contrários, NÃO usaremos ostermos reais para massa obtida a partir do fóton, nem de comprimento de onda e frequênciaos valores obtidos a partir de partículas materiais.

O autor prefere chamar essa equivalência através das equações de Einstein, até que se- jam comprovadas de fato, de forma inquestionável, com o termo equivalente. Assim:

- toda massa obtida a partir de ondas, será chamada de ME (Massa Equivalente);

- toda onda obtida a partir de partícula, seus parâmetros serão chamados de OE e FE (Com- primento de Onda Equivalente e Frequência Equivalente)

7 –  2 –   A Interconversão Massa x Onda

Para a transformação citada, a equação usada é a equação relativista de Einstein:

E = m. c2

Geralmente a qualquer partícula é associado um valor de massa, bem conhecido e

determinável com precisão pelos cientistas. É claro que para aplicarmos a equação acima natransformação de massa em onda, sua aplicação é direta. Já para transformar um fóton, quegeralmente está identificado por valores de comprimento da onda ou de sua frequência,

 precisamos inicialmente transformar o valor conhecido, de comprimento ou de frequência novalor do Conteúdo Energético da onda, para transforma-la em massa equivalente.

Assim, as equações que serão usadas, são:

- primeira: a equação relativista de Einstein E = m . c

2

- segunda: a relação clássica da teoria ondulatória E = h . ʋ 

- terceira: a equação fundamental da relação comprimento de onda x frequência ʎ  x ʋ  = c 

E daí m = h / ʎ.c  ou m = h. ʋ / c2 

- quarta: P = h/ ʎ  onde:

E é a energia do fóton (da radiação eletromagnética) em J

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 51/191

51

c é a velocidade da luz igual a 3 x 108 m/s

h é a constante de Plank igual a 6,626 x 10-34 J.s

ʎ é o comprimento de onda em m

ʋ  é a frequência de vibração da onda Hz (ciclos/s)

m  é a massa do fóton (da radiação eletromagnética) em Kg 

P é a Quantidade de Movimento da onda definida por De Broglie

Pelas equações acima, a partir de uma onda visível, com comprimento de onda emtorno de 500 nm (5 x 10-7 m, já que 1 nano = 10-9 m), cuja frequência (ʋ = c / ʎ ) se situa emtorno de 600 trilhões de ciclos/s (6 x 1014), pela teoria ondulatória calculava-se a energia des-se fóton pela expressão E = h . ʋ, de onde se obtém: E = 6,626x10-34 x 6x1014  J, logo,E= 3,9756 x 10-19 J

É claro que havendo relação direta entre o comprimento de onda e a frequência do fó-ton, também pode-se calcular sua Energia diretamente a partir do comprimento de onda, pois:

E = h . ʋ e, como: ʎ x ʋ  = c obtém-se facilmente: E = h . c / ʎ  e daí vem:

E = 6,626 x 10-34 x 3 x 108 / 5 x 10-7m que dá: E= 3,9756 x 10-19 J

O resultado igual só mostra que os cálculos da teoria ondulatória estão rigorosamentecorretos, mas não é suficiente para calcular a quantidade de massa que isso possa representar,o que só pode ser feito pela equação de Einstein: E = m . c2 e daí vem que:

m = E / c2 logo: m = 3,9756 x 10-19 / (3 x 108)2 m = ME = 4,417 x 10-36 Kg

Para exercício mental, vamos repetir os cálculos para alguns valores de comprimentosde onda, múltiplos de 10 para facilitar. Lembrar que as ondas eletro magnéticas podem variarenormemente, desde valores baixíssimos até valores muito altos, ou seja, teoricamente de zeroa infinito; usaremos nesse caso os limites:

ʎ  = 10-14 m (raios ) e ʎ = 105 m (onda de rádio)

Usaremos as equações acima: na primeira coluna vamos colocar os valores dos com- primentos de onda entre os limites estabelecidos acima. Para o cálculo da ME usaremos arelação m =h/c. ʎ, que pode ser calculado diretamente, mas vamos dividir em duas colunas

 para o leitor observar a forma como ʎ  se transforma em massa. Calculada a ME da onda,apresentamos uma quarta coluna com a relação entre a massa do elétron (9,1 x 10-31 Kg)  e amassa de cada fóton (ME), obtendo-se assim o número de fótons de cada comprimento deonda, que juntos “equivalem” a massa do elétron.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 52/191

52

Comprimento deOnda ʎ 

h/c ME = h/c x ʎ  Relação me/MEf  

10-  2,2087 x 10-

  2,2087 x 10-  4,12 x 10-

10

-

  2,2087 x 10

-

2,2087 x 10

-

4,12 x 10

-

10- 2,2087 x 10- 2,2087 x 10- 4,12 x 10-

10- 2,2087 x 10- 2,2087 x 10- 4,12 x 10

10-   2,2087 x 10-  2,2087 x 10-

  4,12 x 10 

10- 2,2087 x 10-  2,2087 x 10-

  4,12 x 10  

10- 2,2087 x 10-  2,2087 x 10-

  4,12 x 10  

10- 2,2087 x 10-  2,2087 x 10-

  4,12 x 10  

10- 2,2087 x 10-  2,2087 x 10-

  4,12 x 10  

10- 2,2087 x 10-   2,2087 x 10-   4,12 x 10

10-   2,2087 x 10-   2,2087 x 10-   4,12 x 10

10- 2,2087 x 10-   2,2087 x 10-   4,12 x 10

10   2,2087 x 10-   2,2087 x 10-   4,12 x 10

10  2,2087 x 10-   2,2087 x 10-   4,12 x 10

10   2,2087 x 10-   2,2087 x 10-   4,12 x 10

Pelos valores, calcula-se que o fóton que tenha um comprimento de onda tal que tenhaME  a do elétron é: ʎ = 2,4271 x 10-12 m  ou ʎ = 2,4271 x 10-3 nm.

Claro que a segunda coluna, por se tratar da relação entre duas constantes universais,não tem finalidade na sequência dos cálculos. Mas como disse antes, só a coloquei para o lei-tor, olhando as duas primeiras colunas, tenha uma visão instintiva da forma como os diferen-tes comprimentos de onda influem na equivalência da massa do fóton. Da mesma forma pode-se concluir que:

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 53/191

53

- 1 raio γ (gama) de ʎ  = 10-14  m tem ME de 250 elétrons

- 1 raio γ de ʎ = 2,43 x 10-12 m  tem ME de 1 elétron

- 4  raios X de ʎ = 10-11 m  tem ME  de 1 elétron

- 4,12 x 106  raios IR de ʎ  = 10-5 m  tem ME de 1 elétron

- 4,12 x 1012 ondas de rádio de ʎ  = 10 m tem ME de 1 elétron

- 4,12 x 1016 ondas de rádio de ʎ  =  105 m tem ME de 1 elétron

O Quadro acima pode ser representado graficamente como abaixo, com os “compr i-mentos de onda” como eixo das “abcissas” e no eixo das “ordenadas” o valor da relação entrea massa real de 1 elétron e as MEs dos fótons dos vários comprimentos de onda.

O gráfico permite que se determine o número de fótons com determinado valor decomprimento de onda (e, claro, frequência) que precisam participar da mesma colisão paraque a massa equivalente (ME) resultante seja correspondente a massa real de um elétron. Es-tes resultados parecem nos indicar que, se o Universo primordial era realmente um universofotônico, então ele seria constituído por ondas de baixíssimo comprimento, ou seja, altíssimasfrequências.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 54/191

54

Observa-se uma diferença brutal na capacidade dos fótons “ produzirem” elétrons: en-quanto um raio gama de ʎ = 10-14 produz (equivale, ou tem ME) sozinho a 250 elétrons, sãonecessários 4 raios X de ʎ = 10-11 m para “ produzir ” massa equivalente a um elétron.

Já a probabilidade de que existam elétrons produzidos por poli colisões de fótons de

comprimentos de onda de 1 nm para maiores, é mínima ou nula, porque o número de unidades para equivaler a um elétron é muito alto. Entretanto, as colisões de fótons de altíssima fre-quência com fótons de baixíssima frequência seriam bastante prováveis.

Provavelmente, as colisões de fótons de altíssimas frequências com fótons de baixís-sima frequência, poderiam vir a ajudar na explicação dos diferentes conteúdos energéticos dosdiversos níveis quânticos dos átomos constituintes da matéria, assim como a capacidade dealguns núcleos atômicos emitirem “partículas” de altíssimo conteúdo energético. A razãodisso é simples: tendo em vista que o modelo de universo mais aceito atualmente é o do BigBang (que viola toda a Termodinâmica, logo o considero equivocado) e o modelo proposto

 pelo autor é com o início por um Universo Primordial Fotônico Eterno, e ambos começarem a possuir matéria através de colisões de fótons e a partir da criação de matéria, através de coli-sões de fótons primordiais entre si e posteriormente, além de entre si também com a matériacriada, tendo em vista a possibilidade (que se está avaliando no presente trabalho), através doefeito fotoelétrico, que impõe que fótons acima de um valor crítico colidem com elétrons.

Claro que se pudermos comprovar que ao fóton seja associado determinada quantidadede matéria e que na colisão com matéria transfira a sua para o receptor, essa comprovação

 permitiria realmente haver um início de Universo puramente fotônico, com a criação da maté-

ria a partir das colisões de fótons, e depois, deles com a matéria já existente, aumentando-a.Com isso, poderíamos desmembrar todo o conteúdo material do universo em elétrons (

que seriam um tipo de fóton) e com todas as suas características completamente conhecidas.Dessa forma seria fácil amarrar TUDO em relação aos ELÉTRONS, que facilitaria a mudança

 para qualquer outro referencial desejado. Alias, esse conceito seria válido até para o modelodo Big Bang, se o mesmo tivesse sentido, porque nele o início do universo também teria sidode fótons.

Assim, com todas as equações enumeradas acima, e a partir dos valores das massas do

Sol, Lua e dos nove Planetas do nosso sistema, procede-se ao cálculo de sua: energia, e daí,de sua frequência, seu comprimento de onda e o número de elétrons que constitui o respectivocorpo celeste.

Claro que as massas são reais e não “equivalentes”, pois são determinadas experimen-talmente. Assim, o número de elétrons que constitui cada corpo celeste também é o real, jáque é obtido pela relação entre a massa (real) de cada corpo e a massa (real) do elétron.

Já os demais valores, constantes das demais colunas, são todos obtidos a partir da e-quação relativista de Einstein. Portanto, os valores de Energia, Frequência e Comprimento deOnda são todos EQUIVALENTES.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 55/191

55

O quadro acima é apenas ilustrativo e apresenta para comparação, de um lado o con- junto de valores de Massa e Número de Elétrons constituintes do corpo, definidos pela físicatradicional, logo, com seus valores sendo de caráter real, como já apresentado no item 5-2, ede outro lado os valores de Energia, Frequência e Comprimento de Onda obtidos a partir damassa real do planeta pela equação Relativista de Einstein.

Os únicos parâmetros que a primeira vista podem chocar o leitor, é a colocação em ummesmo quadro, a participação de dados REAIS como as massas dos planetas e seus respetivos

números de elétrons constituintes, juntamente com dados puramente relativistas, logo, subje-tivos. A equação relativista de Einstein é usada apenas para o cálculo do valor da ENERGIAde cada corpo celeste em função de suas massas. A partir dos valores das Energias de cadacorpo, sua frequência e seu comprimento de onda são calculados pelas equações da teoriaOndulatória.

Assim, se a quantificação de Energia para determinada massa, calculada pela equaçãode Einstein estiver certa, os demais valores obrigatoriamente também estariam, por seremobtidos por equações conhecidas e sacramentadas da parte ondulatória. Até ulterior compro-

vação da equação relativista, os valores da Energia, da Frequência e do Comprimento de On-da dos corpos são EQUIVALENTES.

CORPO CE-LESTE

MASSA Kg ENERGIAJ

FRQUÊN-CIA ʋ 

 Nº de E-LÉTRONS

Comp ONDAʎ  em m

SOL  2,000x10   1,800x10   2,716x10   2,198x10   1,104x10- 

LUA 7,300x10 6,570x10 9,910x10 8,022x10 3,027x 10-

MER 3,300x10   2,972x10   4,485x10   3,630x10   6,689x10- 

VEN  4,868x10   4,382x10   6,613x10   5,350x10   4,537 x 10- 

TER   5,974x10   5,376x10   8,114x10   6,565x10   3,697x10- 

MAR 6,418x10   5,776x10   8,715x10   7,053x10   3,442x10- 

JUP  1,899x10   1,710x10   2,579x10   2,087x10   1,163 x 10- 

SAT 5,688x10   5,120x10   7,730x10   6,250x10   3,883 x 10- 

URA 8,681x10   7,820x10   1,179x10   9,540x10   2,542 x 10- 

 NET 1,024x10   9,210x10   1,390x10   1,125x10   2,158 x 10- 

PLU  6,000x10   5,400x10   8,148x10   6,590x10   3,681 x 10- 

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 56/191

56

7 –  3 - Avaliação da possível variação da massa dos Planetas pelos fótons 

Após as avaliações mais simples feitas anteriormente sobre as tabelas onde são mos-

trados os valores “Equivalentes” de massa dos fótons e de frequência das partículas materiais,e da avaliação dos conceitos de termodinâmica aplicadas ao Universo, temos que tentar preverocorrências possíveis, no caso das colisões entre onda e partícula realmente transferirem mas-sa para a partícula material, conforme previsto pela equação relativista proposta por Einstein(E = m.c2). Segundo a relatividade a quantificação de massa nos fótons, implicaria no aumen-to de massa do corpo receptor da colisão desse fóton.

Para materializar o fenômeno e poder quantifica-lo, temos que fazer algumas opera-ções matemáticas bastante simples. Para o exemplo, vamos considerar o nosso planeta, a nos-sa moradia, a Terra, da qual mais se conhece dados. E também o nosso Sol, nosso abastecedor

de energia e, no final das contas, de nossas vidas.

Sabe-se que a Terra tem uma área externa de:

- A = 510.000.000 Km2 ou na forma: A = 5,1 x 108  Km2

Pode-se transformar em unidades menores, tais como:

- A= 5,1x108 (1.000)2 m2  ou A = 5,1 x 1014  m2 

- A = 5,1 x 1014  (1.000 mm)2  ou A = 5,1 x 1020  mm2 

- A = 5,1 x 1020  (1.000 m)2  ou A = 5,1 x 1026  m2 

- A = 5,1 x 1026  (1.000 nm)2  ou A = 5,1 x 1032  nm2 

Assim, os valores calculados indicam que a superfície da Terra pode ser expressa emqualquer das unidades indicadas, ou seja, em:

- Km2  (Quilômetro quadrado)

- m2 (metro quadrado)

- mm2 (milímetro quadrado)

- m2 (mícron quadrado)

- nm2  (nano quadrado)

A razão de se obter área expressa em unidades tão pequenas, é para facilitar o raciocí-nio e a manipulação dos valores que vão ser feitos a seguir.

Como os fótons emitidos pelo Sol, pelo menos ao chegar aqui, estão na faixa do visí-vel pelo homem, compreendida entre 400 e 800 nm, ou seja, 4 a 8 x 10-7 m, e como 1 nanomede 10-9 m, perde o sentido fazer avaliação da recepção de fótons em área de 1 nm2, já que o

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 57/191

57

comprimento de onda da luz que nos chega é bem maior que 1 nm. Assim, podemos avaliar o

recebimento de fótons nessa faixa de comprimentos de onda na área de 1 m2 (mícron qua-

drado), pois o m mede 10-3 mm, logo, 10-6 m.

Assim sendo, consideremos a emissão de fótons pelo Sol, todos com o mesmo com-

 primento de onda, e vamos usar o valor médio da faixa visível (550 nm).

Esse fóton com ʎ = 5,5 x 10-7m vai apresentar ʋ  = c / ʎ  daí: ʋ = 3.108 /5,5.10-7 daí: : ʋ = 5,454 x 1014 Hz

E = h x ʋ  logo: E = 6,626 x 10-34 x 5,454 x 1014

E = 3,6  x 10-19J 

Pela Relatividade a “massa” (ME) desse fóton será: m = E / c2 que no caso presente será de:

m = 3,6 x 10-19 / (3 x 108)2

m = ME = 4,0 x 10-36  Kg

Considerando o Sol emitindo fótons na frequência de ʋ = 5,454 x 1014, chegarão a

superfície da Terra o número 5,454 x 1014 fótons por segundo em cada m2. Mesmo conside-rando a metade da área da Terra a receber os fótons, já que a outra metade estará do lado o-

 posto e só receberá os fótons quando a parte que recebeu estiver lá, teremos que:

 Nº de fótons x área = ½ x 5,1 x 1026 x 5,454x1014  = 13,908 x 1040

Se cada fóton colidir e transferir sua massa para a Terra, esta aumentará sua massa em:

m = 13,908 x 1040 x 4,0 x 10-36 = 55,63 x 104 Kg /s

ou seja, a Terra aumentará sua massa em 55,63 x 104 = 556.300 Kg/s, ou seja,

m = 556 toneladas por segundo.

Isto é conseguido com fótons visíveis, com comprimento de onda em torno do valormédio da faixa de comprimentos visíveis. Claro que com fótons de menor comprimento deonda, esse aumento será muito mais significativo.

Evidentemente isso tudo é um absurdo. Entretanto, pela relatividade, baseado no efeitofotoelétrico, deveria acontecer. O não acontecimento de algo que pode ser admitido e previsto

 pela relatividade, abre uma séria questão sobre ela.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 58/191

58

7 –  4 - Avaliação das Tabelas e Valores Obtidos

A análise dos itens anteriores nos permite obter algumas evidências em relação a con-

ceitos de certo interesse, principalmente no tocante a COMPARAÇÕES.Inicialmente, ao reduzir tudo a seus equivalentes em ELÉTRONS, podemos dizer que

são números absolutos, pois não foram obtidos através da equação relativista de Einstein jáque os valores utilizados de Massa dos corpos celestes e a massa do elétron são calculados

 pela física convencional, não utilizando os conceitos relativistas.

Dessa forma, quando se optou por definir as massas dos corpos em seu respectivo NÚMERO DE ELÉTRONS, estamos ainda na física clássica.

Acredito estar, a partir de agora, numa situação de cálculos que podem vir a ser altamente

controvertidos em relação a serem ABSOLUTOS ou RELATIVISTAS. Isso porque estoureduzindo tudo a número de elétrons, que é obtido pela divisão do valor da massa do corpo(que é ABSOLUTO) pelo valor da massa do elétron (que é ABSOLUTA).

Por outro lado, a partir da massa dos corpos, embora sejam ABSOLUTAS, obtém-se atravésda equação relativista o valor da Energia do corpo, o que impõe que esta energia é Equiva-lente, assim como os valores de frequência e comprimento de onda obtidos a partir do valorda Energia, obtida pelo Relativismo.

Entretanto, quando se trabalha com a teoria ondulatória, obtém-se a Energia de uma

onda através de seus valores intrínsecos que são frequência e/ou comprimento de onda, cujosvalores são absolutamente reais.

Portanto, a única interrogação em todo esse mar de cálculos e pensamentos, é somentea definição da validade ou não da equação relativista de Einstein: E = m x c2, que o item an-terior acabou de mostrar que a famosa equação parece ser apenas um equívoco.

Outro ponto a ser considerado é que o último quadro de valores deste capítulo, nãodeve ser avaliado graficamente, não porque mistura dados reais com dados relativistas, massim porque todas as curvas terão o mesmo formato, já que todas as colunas foram obtidas a

 partir da primeira delas sempre com o mesmo fator de transformação.

O não acréscimo de massa nos receptores de fótons emitidos pelo Sol, já deixa a Interconversão onda x matéria bastante enfraquecida. Mas até agora estamos nos mantendo somen-te no campo da Física e prefiro deixar para mostrar todo o conjunto de observações e evidên-cias que puderem ser obtidas, mais para a frente para utilizarmos os conceitos da Física juntocom os da Química.

Após a avaliação Química, a ser feita mais adiante, tentaremos fazer uma análise pro-funda no sentido de validar ou não a equação relativista, comparando os conceitos atuais (Fí-

sicos) com a apresentação de mais alguns questionamentos obtidos através da Química.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 59/191

59

8 - GRAVITAÇÃO: CONTÍNUA OU QUÂNTICA?

Há mais de meio século, os cientistas ligados ao estudo do Universo, sua origem, seu

desenvolvimento e afins, falam na busca de uma equação unificadora.A razão disso é muito simples: através dos séculos e séculos, os homens de ciência

sempre lidaram com eventos de todas as naturezas e formas, sempre com tudo sendo conside-rado CONTÍNUO. Até que em fins do século XlX e início do século XX, começando comHertz e concluído por Einstein, apareceu o inesperado DESCONTÍNUO, fenômeno detalhadono capítulo 6.

O aparecimento do quântico em contraposição ao já sacramentado contínuo, chegouao ponto de levar Einstein a pronunciar sua famosa frase: “Deus não joga dados”. 

O ser humano não gosta desse tipo de convivência aparentemente paradoxal (ou real-mente paradoxal, não sei bem). O próprio Einstein foi o primeiro a tentar se desvencilhar des-sa obrigação, apresentando uma equação que inter relaciona onda e matéria, deixando transpa-recer que o Universo seja UNO, ou seja, tanto matéria quanto ondas acabam sendo a mesmacoisa.

Esse assunto precisa de uma reflexão profunda, detalhada, para não se incorrer no erroda precipitação. A primeira pergunta a ser feita “é: afinal, o que é o contínuo e o que é real-mente quântico?” 

A resposta não parece ser simples como pode se pensar de imediato. O homem lidacom determinadas coisas que considero altamente paradoxais, e todos aceitam sem nenhumquestionamento. Por exemplo, vamos lembrar alguns eventos considerados contínuos:

- um trem se deslocando suavemente sobre os trilhos, em sua velocidade de 70 Km/h, queequivale, em números redondos, a 20 m/s. Evento considerado contínuo por todos.

- um avião se deslocando pelo ar entre dois pontos quaisquer, em sua velocidade cruzeiro de

900 Km/h, que equivale a aproximadamente 250 m/s. Evento também considerado absoluta-mente contínuo por todos.

- a atração gravitacional do Sol sobre cada planeta do nosso sistema, por exemplo, também éconsiderado absolutamente contínuo.

Todos esses exemplos, como quase todos os eventos que ocorrem com matéria e em baixas velocidades são unanimemente considerados como sendo eventos contínuos.

De outro lado, temos vários outros exemplos que contrastam com eles, deixando umanuvem espessa sobre uma possível divisão contínuo versus quântico.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 60/191

60

Assim, a par dos exemplos “contínuos acima” podemos citar inúmeros outros que to-dos consideram inquestionavelmente quânticos, sem nenhuma indagação sobre o intervalo de“tempo” em que ocorrem duas sucessivas ações do mesmo evento. 

O primeiro bom exemplo, conhecido por todos, é o funcionamento de uma lâmpada de

filamento, em que a corrente elétrica é consumida para excitar os elétrons da última camada para um nível energético superior e, como lá ele é instável, cai de volta para seu nível energé-tico estável, emitindo esse quantum de energia em forma de fóton na faixa do visível; esteevento se repete um número de vezes assustadoramente alto durante cada segundo (cada tictac do relógio), da ordem de 400 a 800 trilhões de vezes. Isto quer dizer que de cada fótonemitido, o elétron excitado, retorna a posição original em um tempo correspondente a um tri-lionésimo de segundo (0,0000000000001 s). E isto todos sabem que é DISCRETO (ou des-contínuo).

Emissões de radiações eletromagnéticas de maiores frequências, como raios X e raios

 por exemplo, com frequência da ordem de 1022 Hz (dez sextilhões), ou seja, são emitidosdez sextilhões de unidades por cada segundo nosso (cada tic tac), o que equivale a um lança-mento a cada 0,00000000000000000000001 s. Unanimemente conceituado como um eventoDISCRETO.

Depois dessas avaliações estapafúrdias, me cabe perguntar: o homem realmente temcapacidade de distinguir entre o contínuo e o quântico?

Se tem, gostaria de tomar conhecimento de qual o valor limite de separação entre asduas situações, ou seja, até que valor é quântico e a partir de que valor passa a ser contínuo. 

Dessa forma, não me parece muito consistente procurar desesperadamente uma equa-ção que liga nada a coisa nenhuma. Afinal, o que seria uma “equação quântica da gravidade”?Que intervalo entre as emissões das ondas atrativas, sejam os grávitons ou lá o que seja, terãoque ter um intervalo que, por menor que seja, não o qualificaria como quântico? Sinceramen-te, me parece mais uma discussão acalorada para definir o sexo dos anjos!

 No nível em que ocorrem os intervalos entre as emissões, de até sextilhões de vezes por cada tic tac do relógio, considero preciosismo demais tentar traçar uma linha divisóriaentre ambos. Minha opinião pessoal é que “o que não existe é o contínuo”! O que existe ésempre o quântico, mas com intervalos tão curtos que fogem a capacidade de análise do serhumano. O mesmo raciocínio foi feito por Einstein com sua equação:

m = mo / [(1- (v/c)2]1/2

tentando mostrar que nada pode se deslocar em velocidade superior a da luz, já que nela amassa em movimento atinge valor infinito. (Mais adiante mostro que esta equação parece nãoser correta).

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 61/191

61

Entretanto, podemos fazer um raciocínio prático: o infinito não existe, ele é apenasuma tendência para o qual caminham os valores calculados por determinadas equações mate-máticas, que crescem indefinidamente. Por essa razão talvez se possa considerar que o contí-nuo nada mais é do que o limite para o qual tende o quântico, quando o intervalo entre asemissões tende para zero.

De qualquer forma, essa busca me parece mais um cão correndo atrás de seu própriorabo. Afinal, para quem aceita a equação relativista da interconversão onda-matéria de Einste-in, basta saber que a expressão analítica da lei da gravitação universal é:

F = G x M1 x M2 /d2

e nela, trocar os valores das massas dos dois participantes considerados por seus correspon-dentes valores em função de Energia, Frequência ou Comprimento de Onda, conforme já foivisto no capítulo 6. 

Já para quem não a aceita, utilizará sempre os conceitos separados. Da minha parte,como descrevi neste capítulo, não acredito na existência do contínuo, e sim que tudo é quân-tico, sendo a coexistência fruto apenas da incapacidade de análise do homem, que fosse sufi-ciente para saber o valor aproximado, mas real, do limite para o qual o quântico tenderia nocaso do intervalo entre as sucessivas emissões tender a zero.

Pelos valores apresentados no presente capítulo, o bom senso indica que a curva tendea ser assintótica ao eixo de coordenadas, o que impõe que o realmente contínuo só será al-cançado no infinito, logo, na minha opinião, ele Não existe. O que existe na realidade é ape-nas o quântico com sua curva assintótica ao eixo das abcissas, logo, jamais alcançará o “abso-lutamente contínuo”, pois isso só é possível quando o intervalo entre as ações do evento forexatamente ZERO. Como esse valor só pode ser alcançado no infinito, que é apenas um arti-fício matemático para descrever aquilo que não pode ser atingido, ou seja, não tem existênciareal, então isso invalida a possível existência do contínuo.

É claro que para os relativistas, nada disso interessa, pois consideram possível quanti-ficar “massa em onda” e vice verso. Para estes, basta quantificar as massas envolvidas na e-quação, em suas correspondentes formas de Energia, logo, opcionalmente em frequência oucomprimento de onda, e substituir na referida equação tradicional, que terão sua tão sonhada“equação quântica da gravitação” 

Como Químico isto até chega a me assustar um pouco. Passei minha vida profissional já com cinquenta anos (mais os cinco da Faculdade), trabalhando a maior parte do tempo nomeio rodoviário, sempre em laboratório de controle e projetos, fazendo análises químicas deasfalto etc, ao mesmo tempo que viajava todo o Estado para controlar os traços feitos no labo-

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 62/191

62

ratório, calibrar usinas de asfalto, etc. Então me acostumei desde cedo, recém formado até aidade bem madura, a trabalhar simultaneamente com dois extremos: no laboratório fazia aná-lises químicas com amostras de centigramas ou miligramas, separando-o em frações onde seobtinham frações com bem menos de um miligrama, ou seja, da ordem de micro gramas. Dalí,duas vezes por semana ia dar uma geral nas obras, calibrar usinas, estabelecer quantitativos

 para determinados serviços, quando lidava com quantidades “um pouco diferentes” tais comomil e quinhentas toneladas por dia, aterros de vinte mil metros cúbicos, e por aí afora. No iní-cio do exercício profissional isso até me assustou um pouco, mas como o homem é um animalde adaptação, logo passei a lidar com micro gramas ou milhares de toneladas com perfeitadistinção entre ambos, descobrindo desde cedo que somos seres de uma vida absolutamenteequidistante do grande e do pequeno, ou seja, do macro e do micro.

Por essa razão, fico ainda hoje um tanto perplexo quando vejo tanto cientista genial se preocupar com tais coisas. Sempre percebi uma certa dificuldade das pessoas comuns em lidar

simultaneamente com o micro e o macro. Muitas vezes perguntei para diversas pessoas, dediversas formações (inclusive inclui isso num trabalho que escrevi em 1.991) que era o se-guinte:

- sem fazer contas, claro, só no sentimento, quantos segundos (tic tac) do relógio se passaramdesde que Jesus nasceu até hoje? As respostas variavam de trilhões a quintilhões de segun-dos. Em seguida perguntava:

- uma lâmpada de filamento de tungstênio recebe a corrente que excita o elétron periféricoque é enviado ao nível acima dele; como lá ele é instável, ele retorna ao nível original e, nesse

salto de volta, emite um quantum de luz com esse mesmo valor energético. Essa operação sesucede quantas vezes a cada segundo? Geralmente as respostas iam de milhares a alguns a-ventureiros que chegavam a milhões!

Quando sabiam dos resultados certos, a maioria ia conferir por não acreditar que:

- desde que Jesus nasceu até hoje passaram-se pouco mais de sessenta bilhões de segundos(mais ou menos seis por cento de um trilhão), enquanto,

- a excitação e retorno do elétron do filamento com emissão de fótons, ocorre entre quatrocen-tos e oitocentos trilhões de vezes por cada segundo.

Concluí que o homem costuma manter o cone de visão raciocinativa de seus neurôniosmuito próximos dos limites do seu entendimento das coisas do dia a dia. Daí a dificuldadecom que os seres humanos lidam com coisas tão disparatadas, pois parece que seus neurônios

 perdem a capacidade de lidar com essas monstruosas diferenças, e apresentam lentidão dema-siada quando tem que pensar entre limites muito fora dos seus limites cotidianos.

Foi só por essas razões que coloquei meu questionamento constante do capítulo 8 que,com mil perdões de todos, considero a famosa discussão do sexo dos anjos.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 63/191

63

9 - AVALIAÇÃO QUÍMICA DO UNIVERSO

Até agora o trabalho se referiu muito pouco a parte puramente Química. Creio ser a

química muito importante porque o relativismo é baseado fundamentalmente no efeito fotoe-létrico.

A partir da consideração de que onda tem massa e partícula tem comprimento de onda,foi gerado todo o resto da teoria da relatividade. O efeito fotoelétrico foi mostrado no item 6-1- a, a partir de vários autores buscados na internet. O resultado é bastante lógico e realmenteleva às conclusões que foram tiradas.

Entretanto, acredito que esse evento precisa ter uma avaliação mais profunda sob o ponto de vista puramente químico.

Depois de termos avaliado a defasagem em que vivemos em relação a qualquer pontode referência que queiramos adotar, e de ter passado uma vista panorâmica sobre matéria esobre ondas, quando se buscou algum entendimento da ligação entre eles, proposta por Eins-tein através de seu relativismo, vamos mais a frente entrar em algumas considerações bastantesubjetivas, que incomodam o desenrolar da vida dos seres humanos.

Podemos fazer uma avaliação com alguma segurança ou, pelo menos, podemos tentarquestionar as coisas de um ponto de vista racional, de tal forma que possa abrir caminho paraoutros questionamentos e, quem sabe, mais a frente possa até levar ao esclarecimento de al-guns pontos bastante nebulosos de nossas vidas.

É claro que nossa vida, assim como o Universo como um todo, com toda a complexi-dade que envolve ambos, não podem ser definidos com tanta simplicidade ou através de umaequação simples e mágica.

Entretanto, depois de cinquenta anos de exercício profissional na área da química,tendo trabalhado em setores diferentes, e tendo sido sempre um observador da natureza e umincansável buscador de evidências da existência ou não de um Criador, cheguei aos meus atu-ais 73 anos como um verdadeiro “ poço de dúvidas e questionamentos”. Mas ao mesmo tem-

 po, creio que se algum dia o ser humano conseguir chegar ao esclarecimento de tudo isso quenos envolve, tenho bastante evidências de isso não se dará através de complicadíssimas equa-ções diferenciais ou integrais, inacessíveis a esmagadora maioria dos homens. As soluçõesque já conseguimos encontrar na natureza, são sempre simples e lógicas, passíveis de serementendidas por cientistas e por leigos através da explanação simplória de sua filosofia. Suaquantificação sim, é que poderá ser feita através de cálculos bastante complexos, ficando limi-tados aos poucos (comparados com a população total) que tiveram a sorte ou privilégio deadquirir esse nível de conhecimento, infelizmente inacessível a maioria dos seres humanos.

Como este capítulo é o fundamental do trabalho, para exprimir a opinião do autor, ou

seja, procurar saber se ela está certa ou equivocada, vamos procurar desenvolver o capítulo

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 64/191

64

com a maior cautela possível e da forma mais didática que se conseguir para, no final tentarobter conclusões ou, pelo menos, evidências que tenham amparo científico.

Pelas razões expostas e pela importância da sequência e da didática, este capítulo serásubdividido em itens como mostrado:

- inicialmente (item 9-1)vamos apresentar um pequeno resumo sobre os conceitos de Termo-dinâmica, especialmente Entropia que afinal de contas é o princípio que regula tudo e quedireciona os eventos;

- o segundo, que na verdade inclui terceiro e quarto questionamentos, abrangidos pelos itens9-2; 9-3 e 9-4 é o mais longo e provavelmente o mais cáustico, mais polêmico, e que pode ter

causado bastante complicação no andar das coisas, será a avaliação do ponto de vista “quími-co” sobre os efeitos fotoelétrico e Compton e a Proposta de De Broglie.

- o quinto questionamento é em relação a se ver tudo AZUL quando se olha para o céu e oefeito Estufa.

- o sexto questionamento é sobre a aniquilação através da colisão de matéria com sua antimatéria.

- o sétimo questionamento é sobre a determinação do valor da massa relativista proposta porEinstein.

- o oitavo questionamento é um conjunto de avaliações feitas pelo autor, já com vistas a futu-

ras Propostas a serem feitas mais a frente, e constam de:- considerações sobre as equações relativistas;

- o porque da escolha da velocidade da luz como limite de deslocamento;

- os referenciais, para possível mudança futura;

- estudo das ondas eletromagnéticas com amplitude;

- avaliação do átomo e proposta de novo modelo.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 65/191

65

9 –  1 - O Estudo da termodinâmica

9 –  1 - a - Avaliação Termodinâmica: Os Princípios 

Sabemos que nossa vida e o Universo que habitamos, são governados por inúmerasLeis, e creio que não existe a menor dúvida que dentre as principais se encontram os Princí-

 pios da Termodinâmica.

Deles, o Primeiro Princípio “a Energia do Universo é Constante” é conhecida de qualquerser humano, inclusive com outras definições de outros autores, como por exemplo a lei deLavoisier “na natureza nada se perde e nada se cria, tudo se transforma”. Esta lei não passa deoutra forma de expressar o primeiro princípio da Termodinâmica. 

Quanto ao Terceiro Princípio, embora desconhecido de quem não é do ramo das ciências, éde uma simplicidade enorme, aceito por todos, inclusive pelos leigos após ouvirem sua expli-cação. Ele diz que “no zero absoluto a Entropia é zero”. 

A explicação é simples, mas vamos deixar para o final do item, porque sua explicação é base-ada nos conceitos que vão ser explanados a seguir.

O Princípio da Termodinâmica que causa mais confusão ou polêmica é o Segundo, que dizque “a entropia do Universo tende para um máximo”. 

Sabe-se que quase todas as formas de energia têm algum direcionamento, algum sentido atra-tivo, alguma forma de organização, por isso são sempre negativas. A única exceção é o calor,que é a forma de energia desorganizada, que por isso é positiva. A representação gráfica E-nergia x Entropia é feita como na figura abaixo. 

-10000-9500-9000-8500-8000-7500-7000-6500-6000-5500-5000-4500-4000-3500-3000-2500-2000-1500-1000-500

0500

100015002000250030003500

400045005000550060006500700075008000850090009500

10000

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 200

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 66/191

66

A representação desses dois tipos de energia pode ser feito através das duas curvasmostradas, sendo que a energia organizada, ou de ligação (que é direcionada, atrativa, logosempre negativa) que começa com valor infinitamente negativo (- ∞) e termina assintótica aoeixo das abcissas, enquanto a energia desorganizada, caótica (entrópica) começa na origem(valor zero no ponto de temperatura 0ºK), e apresenta sempre valores positivos, que começaem zero e tende ao infinito. O eixo das abcissas é de temperaturas absolutas (Kelvin), e emcada ponto da abcissa, a soma dos valores é constante, e cada gráfico desses é válido paracada material existente.

Fica claro que o gráfico para representar o comportamento de qualquer substânciadesde 0ºK até o infinito, para estar completo tem que apresentar em ambas as curvas (tanto ade Energia quanto a de Entropia) dois pontos de interrupção (na mesma temperatura) onde osdois parâmetros vão subir de forma reta, ou seja, vão variar sem alterar a temperatura, quecorrespondem às mudanças de estado (fusão e evaporação) onde é utilizado o calor latente de

cada um. Logo após este ser consumido, volta a variar a temperatura.É evidente que a contribuição para o caos, desordem, entropia (que são sinônimos) não

é dada somente pela energia desorganizada (calor), mas também por qualquer tipo de movi-mento. Por essa razão, o abaixamento da temperatura leva até o zero absoluto, onde o grau derigidez das ligações é máximo, de tal forma que tudo a 0ºK é considerado um cristal perfeito.Por não ter nenhuma possibilidade de movimento de qualquer natureza, sua estrutura espacialé invariável, ou seja, só existe aquele arranjo possível, logo, a probabilidade de estado é 1.Como a Entropia é o logaritmo da probabilidade, e este é 1, então como log 1 = 0, a entropia ézero. Nesse ponto, o valor da energia organizada (coesiva) é infinitamente grande, mas com

sinal negativo.

A partir daí, qualquer quantidade de energia desorganizada (calor, movimento, etc)fornecida ao sistema, faz ao mesmo tempo “diminuir a energia coesiva” chamado normalmen-te como “aumento da energia” e, por outro lado, aumentar positivamente a entropia.

O fato de se dizer aos alunos que o fornecimento de calor ao sistema “aumenta a ener-gia” e “aumenta a entropia” sem a devida explicação do fato, me parece que sempre geroumuita confusão entre os alunos. É claro que a afirmação é correta, mas sabendo-se o que sig-nifica cada “aumento” desses, se não, causa muita confusão.

Como a energia organizada é negativa, e varia de - ∞ até zero, seu “aumento” na ver-dade é sua aproximação ao seu valor limite superior que é zero! Assim, como exemplo sim-

 plório para os leigos, quando se fornece calor a um sistema que tenha energia de 20 J/mol,que na verdade seu conteúdo de energia organizada é - 20 J/mol. Assim, fornecendo calor aosistema no valor de 15 J/mol, o aumento real operado na energia organizada, leva esse valor

 para - 5 J/mol, o que faz com que a coesão do sistema diminua, logo, aumenta sua desorgani-zação.

Contrariamente, se o sistema tem entropia de 10 unidades e você fornece 15 unidades, o valor

da entropia passa de 10 para 25 unidades POSITIVAS, ou seja, fica mais desorganizado.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 67/191

67

Muitas vezes é feita uma confusão de conceitos no caso do aumento da entropia atra-vés dos movimentos. De um modo geral os leigos atribuem ao termo “movimento” o deslo-camento da partícula (ou de qualquer sistema) de posição no espaço tridimensional.

Mas é preciso lembrar que no estudo de Termodinâmica torna-se bastante claro que os

movimentos da matéria que contribuem para o aumento da Entropia do Universo são de trêstipos:

Movimento Translacional

Movimento Rotacional

Movimento Vibracional

É claro que a participação de cada um fica amarrado em função dos graus de liberdadeexistentes. A conceituação filosófica da Entropia não é difícil de ser compreendida: ela é li-

gada ao conceito de probabilidade intrínseca do sistema.

Sabe-se que o aumento da temperatura aumenta o conteúdo energético (energia térmi-ca) do sistema, sendo que a partir de determinada temperatura, onde a energia coesiva deixade ser importante, passa a importar a energia entrópica, medida pelo caos de posição das par-tículas do sistema.

Deve ficar claro que quando se fala em mudança aleatória (caos) de posição das partí-culas do sistema, isto não obriga a uma troca na posição que cada partícula ocupa no espaçotridimensional em relação às outras partículas: esta é somente uma das formas de manifesta-

ção do caos de posição, chamado deslocamento translacional. Mas existem também os movi-mentos de rotação e de vibração das partículas: o de rotação faz a partícula girar em torno deum de seus eixos de rotação, o que não envolve mudança de posição no espaço tridimensionale finalmente o movimento vibracional, pelo qual, cada duas unidades de uma mesma partículavibram (movimento de vai e vem) em torno de um ponto médio, sendo que a excitação dessemovimento pode ampliar a frequência dessa vibração ou aumentar sua amplitude. Para oaumento da desordem (caos) do sistema, a quantidade de calor (q) recebida do universo e quegera o aumento do conteúdo térmico do sistema, deve ser distribuído às partículas em formade pacotes de energia (quanta energéticos) distribuídos ao acaso em função dos graus de li-

 berdade existentes (translacional, rotacional e vibracional) e do espaçamento energético decada grau de liberdade. Isto também fica explícito a partir da teoria da capacidade caloríficade Einstein-Debye, segundo a qual: “a entro pia das oscilações é tanto maior quanto menor fora rigidez do enlace”. Isto significa que se o enlace entre duas partículas (dois átomos) é me-nos rígido, o par pode vibrar mais livremente, além de uma das partes poder girar em relaçãoa outra parte. Logo, no mesmo intervalo de tempo considerado, haverá mais variações nas

 posições possíveis para o conjunto, o que confere ao sistema uma maior probabilidade intrín-seca, logo, uma maior entropia. Portanto, o aumento da rigidez do enlace, seja pela multipli-cidade de ligações entre seus constituintes, seja pelo aumento da coesão (gerado pela diminui-ção da temperatura), além de dificultar a oscilação (vibração), impede a rotação de uma parte

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 68/191

68

da partícula (molécula) em relação a outra, diminuindo muito a probabilidade intrínseca dosistema, logo, diminui muito sua entropia.

Como a 0 0K é atingida a maior rigidez possível entre as ligações, já que elas se tor-nam tão rígidas que acabam todos os graus de liberdade, fica óbvio que nesse ponto a entropia

será nula.

Logo, pode-se concluir que a entropia de um sistema é tanto maior quanto maior for a probabilidade de estado desse sistema. E, como se viu, a maior probabilidade intrínseca de umsistema depende da maior probabilidade de alterações nas posições dos elementos constituin-tes do sistema, que por sua vez, é tanto maior quanto maior for a agitação térmica do sistema,logo, maior seu conteúdo térmico.

A influência da temperatura na Entropia pode ser bem compreendida na sequência decomportamentos da desordem de um gás quando o mesmo baixa a temperatura, conforme

encontrado nos livros texto de físico-química, descrito como segue:

- quando um gás é resfriado, sua entropia diminui. Isto porque, com a diminuição da tempe-ratura a energia a ser distribuída em forma translacional (cujo valor é 3/2. kT) é cada vez me-nor, logo, a desordem de movimentos diminui, como também há restrição aos graus de liber-dade rotacional e vibracional. Em todos três graus haverá cada vez menos estados excitadosocupados.

- quando um gás se liquefaz, sua entropia diminui drasticamente. Na temperatura onde o gásse condensa, a translação das partículas é muito mais restrita, diminuindo drasticamente a

desordem de posição; diminuem menos a rotação e a vibração.

- quando um líquido é resfriado, sua entropia diminui. O abaixamento da temperatura restrin-ge mais ainda o movimento molecular do líquido e os estados de energia ocupados é cada vezmenor, diminuindo portanto, a desordem de movimentos.

- quando um líquido se solidifica, sua entropia diminui drasticamente. Na solidificação asmoléculas se distribuem regularmente no retículo cristalino, perdendo mais liberdade de mo-vimento, mantendo tão somente os modos normais de vibração do cristal, mas refletindo arigidez e a regularidade do estado sólido.

- quando um sólido se resfria, sua entropia diminui. Como no estado sólido já não existemmais os graus de liberdade translacional e rotacional, o abaixamento da temperatura vai dimi-nuindo progressivamente o movimento vibracional das moléculas em torno de suas posiçõesde equilíbrio, diminuindo portanto, a desordem de movimento (a desordem de posição já nãoexiste no estado sólido). A 00K todo movimento desordenado deve cessar, já que cada molé-cula adquire posição fixa no retículo cristalino, não havendo nem vibrações caóticas excitadase o sistema fica isento de qualquer tipo de desorganização, logo, só existe um arranjo possí-vel, que corresponde ao cristal perfeito. Como a entropia é o logaritmo da probabilidade, comum só arranjo possível (P=1, logo, lnP=0) a entropia do sistema é zero.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 69/191

69

Esta explicação atende ao início do item, quando do enunciado do Terceiro Princípioda Termodinâmica

Pelo exposto pode-se entender a importância da vibração das partículas constituintesde um corpo na sua contribuição para o aumento da Entropia do Universo. Mesmo sistemas

sem nenhuma possibilidade de movimento rotacional nem de movimento translacional, podeestar contribuindo bastante para a entropia do Universo.

9 –  1 - b - Como Avaliar Termodinamicamente um Evento

Quando se vai estudar um sistema do ponto de vista da Termodinâmica, para muitos parece uma coisa muito difícil e complexa. Mas na verdade, a avaliação termodinâmica de um

evento, embora existam casos de grau de dificuldade bem razoável, mas conduzindo o estudocom consciência e sabendo quais as diretrizes a serem seguidas e que condições o resultadofinal tem que atender obrigatoriamente, a condução do estudo pode ser facilitada.

A primeira grande questão no estudo da Termodinâmica é que as leis a serem respeita-das dizem respeito sempre ao Universo, como um todo. Por essa razão, o estudo é conduzido

 por uma divisão simbólica, que permite a realização do estudo de forma muito mais accessí-vel.

Dessa forma, conduzimos o estudo de uma maneira bastante simples e objetiva: o e-

vento que se quer estudar (avaliar, quantificar, etc) seja ele qual for, ele faz parte do Universo.Então DIVIDIMOS o Universo em duas partes: uma delas é o evento a ser estudado e a outra

 parte é o RESTO DO UNIVERSO. Claro que a soma do evento mais o resto do Universo,forma o Universo que, como um todo, é subordinado às leis da Termodinâmica.

Dessa forma, se queremos estudar uma reação química, ela é uma parte e a outra parteé TUDO do Universo que não ela. Assim:

Evento (reação química) + Resto do Universo = Universo.

Assim, vamos exemplificar com dois tipos de reação química de características opos-tas e avaliar o comportamento de cada parte do Universo.

Primeiro: Examinemos uma reação química qualquer que seja EXOTÉRMICA. Uma reaçãoexotérmica é aquela que depois de realizada fica com seu conteúdo de energia coesiva masforte, ou seja, aumenta a força de ligação entre as partículas constituintes, logo, seu conteúdode energia “organizada” aumenta, o que significa que o sistema passa de um valor inicial paraum valor final maior numericamente mas sem esquecer o sinal negativo. Não nos esqueçamos

que ao aumentar a energia coesiva, diminui a temperatura e o valor da energia passa do valor

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 70/191

70

original para um valor entre ele e o infinito negativo (por ex, sai de - 30 unidades para –  55 unidades.

É claro que isso traz uma consequência séria para o Universo: uma parte sua aumentaa coesão, logo, obrigatoriamente Diminui a Entropia. Mas como vimos antes, quem tem que

obedecer a lei é o Conjunto, o Universo, e pela relação:

Evento (reação química) + Resto do Universo = Universo

 basta procurar descobrir o que aconteceu com o resto do Universo. Como a reação “aumen-tou” negativamente a energia do sistema, significa que essa diferença em forma de calor, ouseja, de energia desorganizada, foi exportada para o ambiente, ou seja, para o “restante doUniverso”, em forma de entropia. 

Assim sendo, o conjunto, ou seja, o Universo como um todo, obtido pela soma de um

sistema que perdeu entropia com o seu restante, que no caso presente recebeu essa entropia,então o conjunto atende ao segundo princípio da Termodinâmica, que obriga a que o conteúdoEntrópico do Universo NÃO pode diminuir, é obrigado a se manter ou aumentar. Nos casosdas reações reversíveis, o valor se mantém, enquanto nos casos de reações irreversíveis o va-lor da Entropia do Universo AUMENTA. As reações são ditas irreversíveis quando há produ-ção de precipitados ou evaporação de produtos da reação, levando-a a consumir todos os par-ticipantes da reação.

Segundo: é o caso das reações ditas ENDOTÉRMICAS. Uma reação Endotérmica é aquelaque aumenta seu conteúdo de energia desorganizada, ou seja, aumenta sua Entropia, como porexemplo, a dissolução de algum precipitado. A energia desorganizada (calor, entropia) neces-sária para permitir a ocorrência da reação SÓ tem um lugar onde ela pode ser captada. Comoo conjunto é formado pela reação mais o resto do Universo, a reação só pode adquirir a quan-tidade de Entropia necessária a sua satisfação, no complemento, ou seja, no resto do Universo.

Claro que o fornecimento de Entropia ao sistema, faz DIMINUIR a Entropia do restodo Universo. Por essa razão, na mesma quantidade ou quantidade maior, o sistema reaçãoendotérmica tem que elevar seu nível Entrópico, para manter ou aumentar a Entropia do Uni-

verso, formado pelo conjunto.

Qualquer sistema pode ser avaliado termodinamicamente. Como curiosidade, a Ter-modinâmica que permite o estudo de tudo que exista, inclusive o próprio Universo, NÃOLEVA EM CONTA O PARÂMETRO TEMPO.

Este fato parece ser um indicativo de que realmente o TEMPO NÃO EXISTE, ele não passa de uma criação da própria estrutura do espaço.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 71/191

71

9 –  2 - Avaliação Química do Efeito Fotoelétrico

9 –  2 –  a Considerações

 Nas conclusões dos estudiosos do efeito fotoelétrico, fica sacramentado que um fótoncolide com um elétron participante da estrutura de um átomo, e o arranca da superfície dalâmina metálica onde ele se encontra. A explicação formal para o efeito fotoelétrico foi dado

 por Einstein, baseado em recentes descobertas de Plank de que a emissão de radiações eletro-magnéticas, incluindo a luz visível, não é contínua, mas se dá em forma descontínua (saltos),com quantidades definidas de energia em cada emissão.

Dai, em virtude da colisão de cada um desses “pacotes de energia” com a matéria da

lâmina metálica, Einstein propôs que esses pacotes de energia colidiam com matéria (elé-trons), então eles também eram portadores de matéria, eram granulares.

 Na explicação do efeito fotoelétrico, Einstein afirma categoricamente que “cada fótoncolide com um único elétron”. Isto parece ser uma afirmação típica de quem considera todosos átomos de um corpo, ligados entre si com sua estrutura completamente íntegra, desde onúcleo até seus elétrons mais periféricos. O estudo do efeito fotoelétrico foi feito com finaslâminas metálicas. Para conseguir um bom entendimento desse efeito, creio ser necessárioantes compreender como funcionam as ligações químicas, primeiro em caráter geral, paradepois mais especificamente as chamadas ligações metálicas, especialmente a teoria das ban-das. Depois desse entendimento, voltaremos para a avaliação novamente, já com os novosconceitos.

9 –  2 - b - Os Orbitais Moleculares

A teoria das ligações químicas evoluiu muito com o tempo. As ligações químicas es-

tanques da teoria clássica, através de simples emparelhamentos de elétrons, ficaram sem ex- plicar inúmeros fenômenos de natureza energética e espectroscópica. Estas explicações só setornaram possíveis com a utilização da teoria quântica, que passou a considerar que na uniãode dois átomos, o compartilhamento eletrônico se dá pela combinação dos orbitais atômicosenvolvidos na união. Cada orbital atômico é representado por uma função de onda de Schroe-

dinger (), adaptado ao átomo da teoria ondulatória de Maxwell. Dessa forma, quando da

interligação entre dois átomos, de funções de onda (a e  b) ocorre a combinação desses or- bitais atômicos com formação de novos orbitais, agora estendidos sobre ambos os átomos, eque são chamados de “orbitais moleculares”, que constitui a base da (TOM) Teoria dos Orbi-tais Moleculares.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 72/191

72

O orbital molecular pode ser descrito pela combinação linear (soma ou diferença) en-tre as funções de onda dos orbitais atômicos dos dois átomos envolvidos na ligação.

Combinação das funções de onda do orbital 1s do hidrogênio

+ = N {1s(A) + 1s(B)} - = N {1s(A)  – 1s(B)} 

A combinação de dois orbitais atômicos  pode ocorrer  em proporções variadas, de mo-do que na soma ou diferença entre as funções de onda dos átomos, cada um entra com seucoeficiente equivalente. Quando os orbitais são equivalentes, os coeficientes são iguais, como

 por exemplo, os dois orbitais atômicos 1s do hidrogênio na formação da molécula de H2.

Quando a diferença de energia entre os orbitais aumenta, os coeficientes diferem cadavez mais, de modo que, quando um dos coeficientes é muito maior que o outro, ele é domi-

nante e o orbital molecular se assemelha muito a ele. Ex: (a e  b) ocorre que se a>>>>b, a

 participação a é dominante de tal forma que o orbital Molecular ab se assemelha muito ao

orbital atômico a. A consequência disso é que nas ligações por emparelhamentos de elétrons,a distribuição da nuvem eletrônica não é equitativa em relação aos dois participantes da liga-ção, podendo ficar estatisticamente muito mais tempo mais próximo a um deles; este fato édiretamente proporcional a afinidade eletrônica (eletronegatividade) entre os elementos. Co-

mo exemplo, na molécula de HCl a nuvem do orbital molecular fica estatisticamente muitomais tempo próximo ao átomo de cloro, o que causa um certo “desnudamento” do átomo dehidrogênio, logo, forma uma molécula com “polaridade”, ou seja, uma parte com maior con-centração de carga negativa e outra parte (a do hidrogênio desnudado) com maior concentra-ção de carga positiva.

A solução da equação de Schroedinger (que só é possível por sucessivas aproxima-ções) conduz sempre a dois valores de energia possíveis (E+ e E-) correspondentes as combi-nações por soma ou por diferença entre as funções dos orbitais atômicos.

A solução E+ tem valor energético muito mais baixo (mais altamente negativo) por seroriunda da soma dos orbitais atômicos, ficando o par eletrônico estatisticamente mais tempono espaço entre os átomos constituintes, formando uma nuvem simétrica em torno do eixointer-núcleos) e por isso é chamado orbital ligante, já que contribui muito para a aproxima-ção dos componentes do par, enquanto a solução E - provém da combinação oriunda da dife-rença entre os orbitais atômicos, quando o par eletrônico fica estatisticamente mais tempo doslados externos a ligação, deixando os núcleos desnudados e sujeitos a repulsão de seu par, e

 por isso é chamado de orbital antiligante.

 Neste ponto creio ser necessário lembrar o conceito de energia e entropia explanadoanteriormente.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 73/191

73

Quando se diz que o orbital tem menor energia significa, como visto, que seu nível deenergia coesiva (atrativa, aproximativa, ligante) está com o valor numérico muito maior, massem nos esquecermos que ela é NEGATIVA, ou seja, quanto mais baixa for a energia, mais

 próxima de - ∞ (infinitamente negativo). Quanto maior for o nível energético, mais próximoele está de Zero, que nesse caso equivale a uma distância infinita do núcleo, pois nesse ponto,termina a ação do campo de atração elétrica exercida pelo núcleo sobre o elétron, o que equi-vale a ionização do átomo, logo, a energia ZERO equivale a distância infinita entre o elétron eo núcleo do átomo.

Dessa forma, a quantidade de energia necessária para liberar um elétron de um orbitalligante ou de orbitais mais internos do átomo, são sempre elevadíssimas. Já a energia paraionizar o átomo pela exclusão de um elétron de um orbital antiligante é muito menor.

A Ordem de Ligação  em todas as ligações formadas pela combinação OM é dada por: OL = ½ (B -A) onde:

• B é o número de elétrons presentes em OM ligantes e

 A é o número de elétrons presentes em OM anti-ligantes

Ordem de Ligação e Estabilidade

• Quanto maior OL, mais estável é a molécula ou o íon e mais curta e mais forte (mais e-nergética negativa) é a ligação química;

• OL= 0 implica que existe um número igual de elétrons nos OM ligantes e anti-ligantes;

• OL > 0 implica que há mais elétrons em orbitais moleculares ligantes.

9 –  2 - c –   Energias de Ionização

A energia de ionização ou potencial de ionização é definida como a quantidade de e-nergia necessária para arrancar um elétron da estrutura do átomo. A explicação do efeito foto-

elétrico se baseia exatamente nisso. As citações são sempre de que o potencial de ionizaçãodos metais é baixo. Entretanto, é preciso deixar claro para os leigos, o motivo dessa assertiva.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 74/191

74

Como a energia é sempre negativa, enquanto a entropia é positiva, a ionização de um átomoconsiste no fornecimento de “energia positiva” ao elétron, o que faz com que ele (que temconteúdo energético com valor negativo), se aproxime energeticamente de zero, ou seja, seafaste do núcleo o suficiente para sair de sua região de atração elétrica. A perda do elétron fazo átomo se transformar em um íon positivo, tendo como uma das consequências, a diminuiçãodo raio, tendo em vista que passou a ter menos carga negativa que positiva, o que aumenta aenergia de atração do núcleo sobre menor número de elétrons.

Quando do átomo já combinado, formando moléculas, vimos que o compartilhamentodos elétrons de cada par formado por um elétron de cada átomo, apresenta DOIS níveis deenergia bem distintos: o orbital ligante, que tende a fortalecer a união, e outro orbital, o antili-gante, que tem nível energético muito superior (bem mais próximo a zero) do que o ligante.Quando a diferença de nível energético entre os dois orbitais não é muito grande, qualquerfornecimento de energia positiva (entrópica) ao sistema, o elétron do orbital ligante ascende

ao orbital antiligante, que fica mais próximo a liberdade (ao nível zero de energia). Assim,tudo nas ligações metálicas depende do espaçamento energético entre as regiões envolvidas.

9 –  2 - d –   Interstícios da Ligação Metálica e a forma dos átomos

Para obter amparo técnico para avaliar corretamente a interpretação dada ao efeito fo-toelétrico, principalmente no tocante a lâminas metálicas, não posso deixar de lembrar um dos

 pontos de maior importância para a elaboração do modelo atômico atual. Trata-se da experi-ência da primeira década do século XX, levada a cabo por Rutherford, Geiger e Marsden.Observaram que partículas alfa (α) equivalentes ao átomo de Hélio ionizado, ou seja, commassa 4 e 2 cargas positivas, emitidas a uma velocidade de 20.000 Km/s (vinte mil quilôme-tros por segundo) sobre uma fina lâmina de ouro, a esmagadora maioria das partículas atra-vessava a lâmina diretamente ou com pequeníssimos desvios. Isso indicava que os átomoseram de constituição majoritariamente vazio, permitindo as partículas α  atravessarem os á-tomos sem encontrar obstáculos materiais significativos. Somente um pequeno número delaseram fortemente desviadas (na proporção de uma para cada vinte mil atiradas) e sempre comos desvios acima de 90º, com vários rechaçados. O experimento foi repetido usando folhas deoutros materiais e observaram que, quanto maior o peso atômico do material, maior número

de partículas eram espalhadas a grandes ângulos. A explicação foi a existência de pontos de pequeníssimas dimensões mas com fortíssimo campo elétrico positivo, nos pontos onde haviadesvio dos raios α. Daí a proposta do modelo de átomo por Rutherford com o diâmetro dosnúcleos de 10-15 a 10-14 m, enquanto o raio do átomo seria da ordem de 10 -10 m. Logo, o áto-mo tem maioria absoluta de espaço vazio.

O aumento da força de ligação é atribuído ao deslocamento de elétrons, que passam aficar sob a influência de vários núcleos vizinhos. Esse deslocamento é possível porque os á-tomos metálicos têm baixa energia de ionização e orbitais de valência vazios ou parcialmente

 preenchidos.Assim, surgiu o modelo de átomo que é a base do modelo atual. Um pequeno núcleo

onde se encontram os prótons e nêutrons, praticamente toda a massa do átomo, circundado

 pelos elétrons, em número suficiente para neutralizar a carga positiva do núcleo. Os elétrons

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 75/191

75

giram em torno do núcleo em diferentes “regiões energéticas”, chamadas orbitais.   Emboracada elétron tenha massa, determinada como: me = 9,1 x 10-31 Kg, sua velocidade é tão gran-de que é impossível localiza-lo, razão pela qual a região onde ele se desloca, funciona comose fosse uma “nuvem eletrônica”, e passa a não ter sentido falar em local onde ele se encontra.Daí, é demarcada no espaço uma região determinada pela função de ondas de Schroedingerque indica a região onde existe maior probabilidade que ele seja encontrado.

A distribuição dos elétrons em torno do núcleo, dividida em “regiões de determinadoconteúdo energético” segue todas as regras usuais e bem definidas, como a regra de Hund, oPrincípio da Exclusão de Pauli, etc.

9 –  2 - e –   Ligação Metálica

É o tipo de ligação que ocorre entre os átomos de metais. Quando se juntam muitos á-tomos do metal formando um cristal metálico, ocorre que os átomos do metal perdem seuselétrons de valência e formam uma rede ordenada de íons positivos, mergulhada num verda-deiro “mar de elétrons” se deslocando livremente ao longo de toda a estrutura, com movimen-tos absolutamente caóticos. Este foi o primeiro modelo de ligação metálica, chamado “modelodo gás eletrônico”. 

Os metais, devido a sua distribuição de elétrons em torno do núcleo, apresentam valo-res de potencial de ionização relativamente baixos. A explicação química para o fato, é bas-tante simples. A estrutura dos metais, especialmente os das duas primeiras famílias da tabela

 periódica, é de tal forma que apresenta um ou dois elétrons (um no caso dos metais da Primei-ra família da Tabela Periódica dos Elementos, e dois no caso dos metais da segunda famíliada referida Tabela) em determinado nível quântico imediatamente acima de um nível quânticoCOMPLETO (que equivale a um gás nobre). Exemplificando:

Primeira Família da tabela Periódica

Li 1s 2s [He] 2s 

 Na 1s 2s 2p 3s1 [Ne] 3s

K 1s 2s 2p 3s 3p 4s1 [Ar] 4s

Rb 1s 2s 2p 3s 3p 3d   4s 4p 5s1 [Kr] 5s

Cs 1s 2s 2p 3s 3p 3d   4s 4p 4d 5s 5p 6s1 [Xe] 6s

Fr 1s 2s 2p 3s 3p 3d   4s 4p 4d   4f    5s 5p 5d 6s 6p 7s1 [Rn] 7s

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 76/191

76

Segunda Família da tabela Periódica

Be 1s 2s [He] 2s

Mg 1s 2s 2p 3s [Ne] 3s

Ca 1s 2s 2p 3s 3p 4s [Ar] 4sSr 1s 2s 2p 3s 3p 3d   4s 4p 5s [Kr] 5s

Ba 1s 2s 2p 3s 3p 3d   4s 4p 4d 5s 5p 6s [Xe] 6s

Ra 1s 2s 2p 3s 3p 3d   4s 4p 4d   4f    5s 5p 5d 6s 6p 7s [Rn] 7s

Os orbitais completos, são altamente eficientes no trabalho de BLINDAGEM do nú-cleo em relação aos elétrons externos. Por essa razão, os gases nobres que têm os orbitaiscompletos e são neutros (sem excesso de carga) são absolutamente NÃO reativos.

Primeiro, tomando por exemplo o Argônio, que tem número atômico 18, tendo a es-trutura: Ar = 1s2  2s2 2p6  3s2 3p6. Com essa estrutura o Ar  tem os três níveis quânticoscompletos. São 18 prótons no núcleo (positivo) e 18 elétrons periféricos distribuídos em 3níveis quânticos. Assim, ele é eletricamente neutro e com o núcleo perfeitamente blindado emrelação a qualquer elétron extra, pois esse não verá NADA no núcleo, pois as 18 cargas posi-tivas do núcleo estão blindadas com perfeição pelos orbitais completos. Sem nenhuma cargaefetiva do núcleo, o elétron extra não tem como se alojar na nuvem eletrônica existente, poisviolaria todas as regras. Por isso, ele não forma íon negativo.

Segundo porque a energia para sua ionização positiva (perder um elétron) é extrema-mente alta, já que todos os elétrons da última camada estão sujeitos a atração por uma carganuclear efetiva muito elevada, tendo em vista que os elétrons de mesmo orbital não blindamos demais elétrons desse mesmo orbital em relação ao núcleo. Assim, pode-se garantir que os2 elétrons do nível quântico 1 blindam perfeitamente dois prótons do núcleo. Os oito elétronsdo nível quântico 2 (completo), blindam perfeitamente mais 8 prótons do núcleo.

A partir daí, a coisa complica: como o nível quântico 3 está completo, ele blinda per-feitamente os restantes 8 prótons do núcleo, razão pela qual, acabamos de ver acima que umelétron extra não vê nada no núcleo, logo, não é atraído.

Entretanto, apesar de as duas camadas (1 e 2) blindarem perfeitamente o núcleo, e aterceira camada também o fazer em relação a elétron extra, mas dentro da mesma camada, oshabitantes desse nível quântico NÃO blindam o núcleo em relação a seus “colegas energéti-cos”. Dentro do nível 3 pode-se admitir que o sub nível 3s que está com a nuvem de seus doiselétrons ligeiramente mais próxima do núcleo e serve de blindagem (embora não tão eficiente)em relação aos elétrons ocupantes do sub nível 3p. Mas os orbitais 3p (3px, 3py e 3pz) formamlóbulos ortogonais entre si. Com os 3 lóbulos completos e justapostos, formam uma “carapa-ça” que fecha o núcleo para quem está de fora, mas não blindam uns em relação aos outros.

Por essa razão, os 6 elétrons 3p estão presos por uma carga efetiva nuclear muito grande, que

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 77/191

77

é o motivo que faz seu potencial de ionização ser elevadíssimo. Por não se tornarem negativosnem positivos, são chamados nobres, pois não reagem.

Depois desse esclarecimento, pode-se observar que todos os elementos dessas duasfamílias, sempre apresentam os elétrons externos nos níveis ns1 ou ns2, e todos eles têm todos

os seus orbitais até (n-1) completos, logo, eficientes na tarefa de blindar o núcleo em relaçãoao elétron periférico.

Por essa razão, pode-se afirmar que TODOS os elementos da primeira família, têm to-dos os orbitais até (n-1) completos mais 1 elétron no nível ns. Ora, como todos os orbitaiscompletos têm blindagem eficiente, anula a visão do elétron externo de todos os prótons donúcleo, menos um. Isto permite afirmar que todos os elétrons periféricos dos elementos metá-licos de valência 1, estão sujeitos a mesma carga atrativa, que é a carga residual do núcleo,equivalente a 1 próton. A única diferença é que cada um deles sofre a mesma carga atrativa,mas em distâncias cada vez maiores, já que saltam para o próximo nível quântico. Assim,atraídos pela mesma carga mas a distâncias cada vez muito maiores, significa que a energiaatrativa vai ser cada vez menor, ou seja, a medida que aumenta o número atômico, a energiade ligação do núcleo com o elétron periférico vai gradativamente caminhando na direção dezero, logo, o elétron vai ficando cada vez mais frouxo em relação ao núcleo, o que significaque necessita cada vez de menor quantidade de energia para solta-lo da atração gravitacionaldo núcleo.

Todo o raciocínio utilizado para os metais monovalentes, serve para os da segundafamília, com uma única diferença: enquanto nos monovalente existe 1 elétron no nível n atra-

ído por 1 próton a distâncias crescentes, no caso dos bivalentes a blindagem é a mesma, sóque no nível n passam a ter 2 elétrons e o nível n-1 blinda esses dois elétrons dos prótons donúcleo menos dois. Assim, a carga nuclear visível pelos elétrons periféricos será de 2, mas

 para atrair 2 elétrons. Como esses dois elétrons estão no mesmo nível quântico, um deles NÃO blinda o outro em relação ao núcleo, logo, cada um deles fica preso ao núcleo por umaforça maior que um próton, já que ambos os elétrons estão “vendo” os dois prótons. Esse“saldo” que cada elétron vê, ou seja, que está subordinado a ele, é chamado “carga nuclearefetiva”. Como a atração do núcleo sobre os elétrons periféricos nos metais bivalentes é muitomaior que nos monovalentes, seu raio é menor que aqueles, enquanto a energia de ionização é

 bem maior.

Estruturalmente os metais se apresentam na forma de cristais, que podem sofrer com- pressão até se tornarem com formato de lâminas. Na laminação dos metais, conjuntos de áto-mos se deslocam em um grande rearranjo para outra posição no cristal. Pancadas fortes capa-zes de amassar o metal, desarranjam o retículo cristalino existente, quando os átomos que oformam rolarem sobre os outros. Entretanto, mesmo assim esse conjunto de átomos continu-am unidos, em posição deslocada em relação a posição anterior.

Todos os elementos metálicos apresentam propriedades físicas características, tais co-mo: elevada condutividade elétrica e térmica, brilho (refletem a luz), capacidade de sofrer

deformação, dentre outras. Essas propriedades se originam da habilidade que os átomos metá-licos têm em compartilhar elétrons com átomos vizinhos, formando ligações químicas deslo-

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 78/191

78

calizadas através da estrutura dos sólidos metálicos. O número de participantes de unidadesnuma ligação metálica é indefinido e as características obtidas são específicas dos elementosmetálicos, e por essa razão é que foram denominadas ligações metálicas.

 Nas ligações metálicas, os elétrons são deslocalizados, e por não estarem presos a um par de átomos em particular, conferem aos metais essas propriedades bem peculiares.

Embora a interação entre dois átomos metálicos resulte em uma ligação fraca, li-gações fortes ocorrem quando um conjunto de átomos forma um sólido metálico.

Formação de bandas num sólido. (a) átomo isolado. (b) sistema de alguns átomos. (c) um mol de átomos.

A visualização de uma ligação metálica mostra uma associação de núcleos positivosem forma de rede, mergulhados num “mar de elétrons”. 

As Figuras abaixo mostram como funciona a ligação metálica de alcalinos e de alcali-no-terrosos. Figura obtida na Wikipédia, via Google.

9 –  2 - f –   Estudo Comparativo das Energias de Ionização

É importante que se tenha uma visão comparativa dos valores dos potenciais de ioni-zação dos metais em função de sua estrutura, tendo em vista o papel que exercem nas proprie-dades dos metais como transporte de calor e condução de corrente elétrica, principalmente porser o principal protagonista do efeito fotoelétrico.

Vimos acima a forma de distribuição dos elétrons nas diversas camadas das famíliasdos metais alcalinos e alcalino-terrosos da tabela periódica. Ficou claro que a camada externa

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 79/191

79

de cada um, está presa ao núcleo pelo mesmo valor de carga positiva, mas cada vez a umadistância muito maior, pois pula para o próximo nível quântico orbital.

Para a necessária visão comparativa vamos colocar os valores das energias de ioniza-ção das famílias. Para não repetir toda a tabela, e tendo em vista que todos eles têm o orbital n

com um ou dois elétrons e n-1 níveis completos, vamos simplificar colocando somente osalgarismos correspondentes aos níveis completos seguido de sua terminação.

Para a avaliação da estrutura do átomo e do íon resultante, para se ver os efeitos daenergia que prende o elétron ao átomo, vamos colocar os 3 primeiros potenciais.

As energias de ionização serão dadas em eV (elétron Volt) para facilitar a comparaçãodos níveis.

Primeira Família da tabela Periódica

Potenciais de Ionização 1º 2º 3º

Li 1 2s1  [He]2s1 5,4 75,6 122,4

Na 1 2 3s [Ne] 3s 5,1 47,3 71,6

K 1 2 3 4s [Ar] 4s 4,3 31,8 46,0

Rb 1 2 3  4 5s1  [Kr] 5s1  4,2 27,4 47,0

Cs 1 2 3 4 5 6s [Xe] 6s 3,9 23,4 35,0

Fr 1 2 3  4 5 6 7s [Rn] 7s 3,9 ? ?

Segunda Família da tabela Periódica

Potenciais de Ionização 1º 2º 3º

Be 1 2s [He] 2s 9,3 18,2 153,8

Mg 1 2 3s2  [Ne] 3s2  7,6 15,0 80,1

Ca 1 2 3 4s2  [Ar] 4s2  6,1 11,9 51,2

Sr 1 2 3 

4 5s [Kr] 5s 5,7 11,0 ?Ba 1 2 3 4 5 6s [Xe] 6s 5,2 10,0 ?

Ra 1 2 3  4 5 6 7s [Rn] 7s 5,3 10,1 ?

Pode-se observar que na primeira família, a retirada do elétron  ns1 é fraca e diminui amedida que aumenta o número quântico, já que o elétron do nível ns  vai ficando cada vezmais distante e subordinado a mesma carga nuclear. Depois da saída do elétron ns, resta estru-tura orbital n-1 completa, mas com uma carga positiva a mais no núcleo, o que aumenta mui-

to a atração deste pela camada externa de elétrons, o que justifica o grande aumento de ener-gia para retirar o segundo elétron em relação ao primeiro. Da mesma forma que na remoção

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 80/191

80

do primeiro elétron, as energias vão diminuindo a medida que aumenta o número quântico, naremoção do segundo e terceiro elétrons, embora com valores evidentemente mais altos.

A avaliação é muito semelhante para os elementos da segunda família, com uma únicagrande diferença: enquanto os alcalinos, ao perderem 1 elétron  ns com valor baixo, já se en-

contram com a estrutura n-1 completa e descompensada eletricamente, nos alcalino terrosos,a segunda família, essa situação só ocorre depois da remoção de dois elétrons, já que sua es-trutura externa é ns2. Como os dois elétrons externos estão a mesma distância do núcleo, e umnão blinda o outro em relação a seu núcleo, a força que o núcleo exerce sobre o segundo elé-tron é evidentemente maior (pois a força de atração é maior) porém muito menos distanteenergèticamente do que na primeira família. Entretanto, depois da retirada dos dois elétronsns  a energia de atração do núcleo pela camada n-1 é bem maior, já que a distância núcleo-elétrons é menor e o desequilíbrio energético é o dobro.

9 –  2 - g –   Comparações de Potenciais: de Ionização e de Corte

Já que começamos a avaliar alguns metais usados no efeito fotoelétrico, quando ob-servei que os valores de “arrancamento” do elétron são muito diferentes dos seus respectivos“potenciais de ionização” que é o valor teórico para remover o elétron da camada de valência,resolvi aprofundar mais a questão. Assim, vamos apresentar uma tabela com alguns dos valo-res encontrados na literatura com seus valores determinados de seu Primeiro Potencial de Io-

nização e de seu Potencial de Corte (Função Trabalho), tudo em eV. 

 Na tabela acima, só são colocados alguns poucos valores de Potencial de Ionização porequivaler aos elementos cujo Potencial de Corte foram encontrados na literatura. Entretanto,creio ser mais que suficiente para a finalidade a que se destina: dar uma primeira visão pano-

râmica ao leitor, da disparidade dos valores entre esses dois potenciais. Mais a frente, depoisde apresentar outro assunto indispensável a comprovação do equívoco que é a explicação atu-

  ELEMENTO POTENCIAL 1º POTENCIALQUÍMICO DE CORTE DE IONIZAÇÃO

Cs 1,90 3,89Na 2,28 5,10Li 2,30 5,39Ba 2,5 0 5,21Al 4,10 5,98Ta 4,20 7,88

Mo 4,22 7,18Zn 4,31 9,40Fe 4,50 7,90W 4,50 7,98Ag 4,73 7,57Ni 4,87 7,64

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 81/191

81

al e a proposta de nova explicação para esse efeito, será apresentada uma tabela mais comple-ta de Potenciais de Ionização, porém, os valores de Potencial de Corte (Função Trabalho) re-almente existem poucos valores disponíveis na literatura.

 Na explicação do efeito fotoelétrico, Einstein afirma categoricamente que “cada fóton

colide com um único elétron”. Isto parece ser uma afirmação típica de quem considera todosos átomos de um corpo, ligados entre si com sua estrutura completamente íntegra.

A avaliação do quadro acima, foi deixada para mais a frente, quando vai-se completa-lo com os valores energéticos limites ocupados pelos elétrons em seus átomos, assunto queainda vai ser apresentado. Por enquanto, a tabela acima, já nos permite uma observação bas-tante complicada de ser explicada pelo efeito fotoelétrico, que é o fato dos potenciais de corteserem sempre em torno da metade do potencial de ionização.

Por enquanto, deixemos em aberto. Einstein explicou o efeito fotoelétrico: ao invés de

considerar a luz como onda, propôs que ela seja composta de corpúsculos (fótons). E cadafóton ou quantum de luz transporta energia de h.ʋ. A proposta era que um quantum transfe-re toda sua energia h.ʋ a um só elétron independente da existência de outros quanta deluz. Segundo ele, a equação vale para todos os elétrons ejetados e, como os “elétrons são

ejetados de diferentes profundidades do material”, tem-se uma distribuição de energia.“Einstein sugeriu que se usasse somente os elétrons mais energéticos, ou seja, os que saem da

 parte mais superficial”. A equação então se tornou: 

Emax = h . ʋ  –  

Por meio dessa equação pode-se calcular o menor valor de frequência de um fóton para que ele possa remover elétrons de uma superfície metálica, conhecendo apenas a energiade ionização do metal.

Emin = h . ʋ  –  

 Nesse caso, Emin é nulo (Emin = 0), logo: = h . ʋmin  –   = 0 e dai: 

ʋmin  = / h ʋmin = ʋ0 = frequência de corte.

 Nos metais alcalinos (Na, K, etc) essa frequência de corte é no visível, mas para outros

metais o valor da frequência de corte está na região UV.

Como exemplo, tomando-se uma placa de sódio (Na) cuja energia de ionização é de495,8 kJ/mol, a energia mínima necessária para remover um elétron de um átomo de sódio da

 placa é de:

E = 495,8 x 1000 / 6,023 x 1023 = 82,318 x 10-20 J/e

ou E = 82,318 x 10-20 J x 6,2415 x 1018 eV/J E = 5,13 eV

ʋmin  = 82,318 x 10-20 / 6,626 x 10-34

ʋmin  = 1,242 x 1015 Hz e ʎ = 2,41 x 10-7 m

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 82/191

82

Quanto maior for o trabalho para arrancar o elétron de seu átomo, menor será suaenergia cinética. Existem materiais onde a incidência de luz não consegue extrair elétrons,mas os torna livres e, em consequência, diminui a resistência elétrica. É o que ocorre com osresistores LDR (light dependent resistor), em que suas resistências variam conforme aincidência de luz.

O primeiro pesquisador experimental a apresentar resultados importantes para a com- provação da equação de Einstein foi Arthur Hughes que, em 1912 demonstrou que a inclina-ção da função E (ʋ) variava de (4,9 a 5,7) x 10-27 erg.s, dependendo da natureza do materialirradiado.

9 –  2 - h –   Teoria das Bandas

A partir da teoria dos orbitais moleculares (TOM), pode-se compreender a estruturadas bandas de energia, utilizando-as para explicar a condutividade elétrica nos materiais.

 Nos sólidos metálicos, a condutividade elétrica resulta do movimento de elétrons, emresposta a forças que atuam sobre eles quando um campo elétrico externo é aplicado.

Em processos dessa natureza, uma corrente elétrica tem origem a partir do escoamentode elétrons, a qual é conhecida por condução eletrônica. A magnitude da condutividade elé-trica depende do número de elétrons disponíveis para participar do processo de condução.

Como exemplo: O Li tem seus orbitais 2s semipreenchidos e quando dois deles se u-nem produzem 2 orbitais moleculares, sendo um ligante e um antiligante. Da mesma forma,

quando 3 se unem, formam-se 3 orbitais: um ligante, um não ligante e um antiligante. Claroque a união de N átomos de Li produz uma banda contínua de N/2 orbitais ligantes e N/2 orbi-tais antiligantes.

São necessários 2 N elétrons para preencher a banda. A banda formada pelos OM li-gantes é chamada banda de valência, enquanto a banda formada por OM antiligantes é cha-mada banda de condução.

 Nos metais, a condução eletrônica ocorre na banda de valência parcialmente preenchi-da, por isso, ela é chamada banda de condução e apenas os elétrons que estão próximos aonível de Fermi ( Ef ) podem ser promovidos e conduzir eletricidade. Nesse processo, eles são

os portadores de corrente e são chamados de elétrons livres  porque podem se movimentarcom relativa liberdade através do sólido.

O nível de Fermi é definido como sendo o nível acima do qual não há nenhum nívelde energia ocupado, quando o sólido encontra-se à temperatura de 0 ºK. Nessa temperaturatodos os elétrons ocupam a banda de valência, e o nível preenchido com o maior conteúdoenergético (HOMO) é chamado Nível de Fermi.

À medida que a Temperatura começa a subir (T > 0ºK), os elétrons próximos ao nívelde Fermi podem adquirir energia suficiente para saltar para o OM imediatamente superior,chamado LUMO, que se torna a banda de condução.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 83/191

83

Representação esquemática dos níveis individuais de energia ocupados por elétrons no zero absoluto,onde EF é o mais alto nível ocupado.

Outra representação mais detalhada, mostrando inclusive a sobreposição de bandas, segue abaixo.

Deve-se registrar que, na ausência de um campo elétrico, os elétrons de um metal semovem em qualquer direção. Entretanto, quando um campo é aplicado sobre eles, todos expe-rimentam uma aceleração em uma direção oposta àquela do campo aplicado, em virtude dassuas cargas negativas, dando origem a uma corrente elétrica.Metais e

 Nos sólidos metálicos, a banda de condução está parcialmente preenchida e o nívelFermi encontra-se próximo ao centro da banda, portanto, basta uma pequena quantidade deenergia para perturbar os elétrons próximos ao nível de Fermi e levá-los a ocupar níveis vazi-os adjacentes aos níveis preenchidos de maior energia.

Geralmente, a energia fornecida por um campo elétrico é suficiente para excitar umgrande número de elétrons próximos ao nível de Fermi para níveis mais elevados.

A diferença de energia entre a banda de valência e a banda de condução é chamada de“band gap” ou zona proibida.

Se a largura das bandas de valência e condução for grande, pode até haver uma sobre- posição entre elas, eliminando o “band gap”. 

Quanto mais elétrons o elemento apresentar na banda de condução, melhor condutorele será. A condutividade de um metal tende a diminuir com o aumento da temperatura.

( m)-1A explicação para a estrutura das bandas de energia é dada usando a teoria doorbital molecular (TOM). Por essa teoria, os sólidos são considerados moléculasconstituídas de um número muito grande, N, de átomos. Como consequência, o espaçamentoentre os níveis de energia dos OM formados diminui consideravelmente, tornando-se tão pró-ximos uns dos outros, que, em lugar de níveis discretos de energia, como ocorre em moléculas

 pequenas, teremos um conjunto de níveis ou estados de energia, com intervalo virtualmentecontínuo. Tais intervalos são chamados de bandas de energia.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 84/191

84

9 –  2 - i –   Semi Condutores e Isolantes

 Nos sólidos iônicos e covalentes, a banda de valência está preenchida e a de condução

vazia e são separadas por um gap  de energia. A largura da banda gap  determina a classifica-ção dos sólidos em isolante e semicondutor, e varia em função da força das ligações que unemos átomos no material. O processo de condução em semicondutores e isolantes pode ser ex-

 plicado pelo fato de que neles, a banda de valência está preenchida e a banda de condução,vazia. Como o processo de condução eletrônica decorre do movimento de elétrons livres atra-vés da banda de condução, é necessário que os elétrons da banda de valência sejam promovi-dos para os níveis de “menor ” energia da banda de condução vazia. Para isso, os elétrons te-rão de ser excitados com energia suficiente para ultrapassar o gap  e alcançar a banda de con-dução. Geralmente, a energia de excitação para esses materiais provém de uma fonte nãoelétrica, como o calor ou a luz. 

Comparação dos hiatos energéticos entre a banda de valência e a banda de condução num metal, num semicondutore num isolador.

Este item só foi colocado para o leitor não acostumado ao assunto, tomar conhecimen-to do “espaçamento energético” que existe entre diversos materiais, segundo sua classificaçãona própria figura, e entender o que tem a ver o nível de Fermi com a condutividade dos mate-riais ou sua capacidade isolante, o que permite o entendimento do efeito fotoelétrico.

9 –  2 - j –   Quadro Completo com as Energias Envolvidas

 Nesse item apenas vamos colocar, para comparação, um quadro com todas as energiasenvolvidas no fenômeno “efeito fotoelétrico”. Foi dito no texto que a energia de Fermi é omais alto nível energético ocupado pelos elétrons no átomo. Portanto, qualquer excitação,

 pode levar os elétrons ocupantes da região energética chamada “nível de Fermi” para a bandasuperior mais próxima, que será a banda de condução.

A diferença de energia entre a banda de valência e a banda de condução é chamada de“band gap” ou zona proibida. Se a largura das bandas de valência e condução for grande,

 pode até haver uma sobreposição entre elas, eliminando o “band gap”. 

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 85/191

85

 Nos metais, a condução eletrônica pode ocorrer na própria banda de valência parcial-mente preenchida, caso em que ela também é chamada banda de condução.

Portanto, a conclusão a que se chega é que nas placas metálicas, especialmente aquelasdos metais que têm banda de valência semi preenchida (cujo local é o nível de Fermi), onde

qualquer fornecimento de energia leva os elétrons para a parte mais energética da própria banda de valência, que passa a ser também a “banda de condução”, ou então, quando a larguradas bandas for grande e houver sobreposição entre elas, elimina a chamada “zona proibida”,ou seja, elimina a zona energética que teria que ser vencida para que os elétrons pulem da

 banda de valência para a banda de condução. Nesses casos, o fornecimento de quantidades até bem pequenas de energia são suficientes para elevar os elétrons ao nível da “banda de condu-ção”.

O quadro colocado mais a seguir, que será utilizado para comparações e esclarecimen-tos, é basicamente o quadro apresentado no item 9 -2 - g, onde avaliamos os valores do Po-tencial de Corte em ralação ao Primeiro Potencial de Ionização do átomo, e concluímos que ovalor do Corte é aproximadamente a metade do valor do Potencial de Ionização. Nele seráacrescida uma coluna, com os valores obtidos na literatura como sendo os valores REAIS do

 Nível de Fermi.

Os valores da Energia de Fermi foram obtidos através da internet, pesquisa Google notrabalho de N.W.Ashcroft e N.D.Mermin. Os valores do Potencial de Ionização foram obti-dos a partir da Tabela Dinâmica  Ptable Wikipédia e os valores do Potencial de Corte, foramobtidos através do “Handbook of Chemistry & Phisics Online” e outros trabalhos consulta-

dos no Google. Os valores conseguidos são:A coluna Potencial de Ionização em KJ não é de interesse, pois só a coloquei por ser a

forma apresentada pelas Tabelas consultadas. Ela só serviu como ponte para a transformaçãode seu valor em eV e evitar que o leitor acostumado com kJ não tenha que ficar fazendo con-tas para conferir.

Também foi acrescentada uma nova coluna com os valores dos raios atômicos, obtidosna Tabela Dinâmica, através do Google. Essa coluna foi incluída para o leitor observar, aolado dos valores de Potenciais (de Fermi, de Ionização e de Corte) para mais a frente ter mais

facilidade de entender porque o autor Propõe mudança na forma de calcular o raio em funçãodo Potencial e/ou vice verso.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 86/191

86

ElementoQuímico

Energia deFermi eV

Potencial deIonização KJ

Pot de Ioni-zação eV

Potencial deCORTE eV

Raio AtômicoPico (10-12)m

Li 4,74 520,2 5,39 2,30167

Na 3,24 495,8 5,14 2,28190

K 2,12 418,8 4,34 243

Rb 1,85 403,0 4,18265

Cs 1,59 375,7 3,89 1,90298

Cu 7,00 745,5 7,73145

Ag 5,49 731,0 7,58 4,73165

Au 5,53 890,1 9,22174

Be 14,3 899,5 9,32112

Mg 7,08 737,7 7,64 145

Ca 4,69 589,8 6,11194

Sr 3,93 549,5 5,69219

Ba 3,64 502,9 5,21 2,50253

Nb 5,32 652,1 6,76198

Fe 11,1 762,5 7,90 4,50156

Mn 10,9 717,3 7,43161

Zn 9,47 906,4 9,39 4,31142

Cd 7,47 867,8 8,99161

Hg 7,13 1007,1 10,44171

Al 11,7 577,5 5,98 4,10118

Ga 10,4 578,8 6,00136

In 8,63 558,3 5,79156

Tl 8,15 589,4 6,11156

Sn 10,2 706,6 7,32145

Pb 9,47 715,6 7,42154

Bi 9,9 703,0 7,29143

Sb 10,9 834,0 8,64133

Ta 761,0 7,89 4,20200

Mo 684,3 7,09 4,22190

W 770,0 7,98 4,50193

Ni 737,1 7,64 4,87149

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 87/191

87

Antes do autor emitir sua opinião sobre o efeito fotoelétrico, no qual discorda do DrEinstein, mas o que precisa ser analisado no quadro acima é, na visão do autor, uma das coi-sas mais importantes do ponto de vista químico, como também da ciência como um todo, poisenvolve conceitos que podem abalar bastante os estudiosos do ramo.

Trata-se do seguinte:

a-  Já foi verificado anteriormente e comentado por alto, mas que vai ser o principal ar-gumento a ser usado contra a explicação formal do efeito fotoelétrico, que é o fato doPotencial de Corte ser sistematicamente em torno da METADE do Potencial de Ioni-zação do átomo que constitui a placa metálica.

 b-  Os valores da Energia de Fermi são considerados “o maior nível energético que oselétrons de um átomo podem ocupar”. Daí pode-se observar algumas incoerências(mais provavelmente erros de determinação) tanto no valor do Nível de Fermi quantono valor do Potencial de Ionização, que se trata do seguinte:

O elétron ao ocupar o nível de Fermi, está o mais afastado possível do núcleo,sendo considerado o elétron de maior conteúdo energético no átomo. Esta afirmação,apesar de ser verdadeira, pode levar a terríveis confusões, porque quando se diz que oelétron externo é o de maior conteúdo energético, significa ENERGIA TOTAL, inclu-indo-se aí, a energia entrópica, pois “quanto mais energético ele for, mais próximo aZERO ele está. Dessa forma, ao estar mais próximo a zero, ele está MENOS preso aonúcleo, logo, ele tem valor bem MENOR da energia de coesão que somada com o va-lor da energia entrópica que ele já tem, lhe fornece o chamado “maior conteúdo ener-gético”, entretanto é preciso saber que os elétrons mais próximos do núcleo, que são

ditos de “menor energia”, na verdade têm menor “energia Total”, mas sua energia coe-siva (que é sempre NEGATIVA) é muito maior. Por exemplo, um elétron com energia

 –  80 unidades, é considerado ter menos energia que outro elétron com –  20 unidades. No conjunto energético Total, isso é verdade, mas quanto mais NEGATIVO for o va-lor da energia do elétron, MAIS PRESO ao núcleo ele está.

c-  Esclarecida essa parte, existe um outro problema que causa bastante confusão de con-ceitos. Trata-se dos valores de Potencial de Ionização e Nível Energético de Fermi.Como o nível de Fermi é o “maior valor energético ocupado por elétrons”, mas essenível ainda é interno, ou seja, esse elétron ainda está preso ao átomo, logo sua energia

é Negativa (atrativa). Por essa razão, me parece que fica bastante claro que o forneci-mento de energia “entrópica” nesse mesmo valor, anula a atração do núcleo pelo elé-tron e leva o conteúdo energético Total ao valor ZERO, o que significa a ionização doátomo. Dessa forma, o valor do Potencial de Ionização TEM que ter o mesmo valor daEnergia de Fermi, só que oposta, ou seja, Não Atrativa e sim Entrópica.

d-  A observação do quadro acima me deixou profundamente confuso, já que os valoresdos Potenciais de Ionização e os da Energia de Fermi estão distribuídos de forma ab-solutamente caótica.

e-  A explicação para os baixos valores da Energia de Fermi para os metais pode ser ex- plicado pela ligação metálica, quando os elétrons periféricos formam um “mar de elé-

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 88/191

88

trons” em bandas que podem ser constituídas por orbitais moleculares ligantes ou antiligantes, de muito maior valor energético total.

f-   Não consigo imaginar porque um elétron no nível de Fermi com, por exemplo, X eV, para se ionizar precise ora de valor maior que esse, ora de valor menor que esse.

g-  O número de valores de Potencial de Corte (Função Trabalho) constante da Tabela a-cima é relativamente reduzido em comparação aos outros parâmetros. Isto ocorre por-que os dados disponíveis na literatura consultada são realmente reduzidos, mas o autorconsidera que isso não tem a menor influência na análise feita, pois o que importa re-almente é observar a Tendência dos resultados, e fica claro que todos os valores con-firmam essa tendência.

9 –  2 - k - Efeito Fotoelétrico visto pelo Autor

Depois de ter apresentado aos leitores tudo sobre o efeito fotoelétrico, com todos osdados que pude obter na literatura, inclusive a explicação formal do Dr Einstein sobre o even-to, que tanto pânico causou depois da descoberta de Hertz, e que só foi explicado a partir denovos trabalhos inéditos, estes feitos por Max Plank, que deram subsídios a Einstein paraformular uma teoria explicativa do fenômeno.

A partir da explicação desse fenômeno, o Dr Einstein elaborou toda sua Teoria da Re-latividade. Antes de mais nada, devo esclarecer que a minha opinião formal sobre o assunto,

que passo a descrever, não questiona absolutamente nada sobre a ocorrência do efeito fotoelé-trico, claro, mas sim sobre a interpretação dada a ele.

Com o perdão do Dr Einstein, discordo frontalmente da sua explicação. Ele afirmacategoricamente que “cada fóton colide com um único elétron” e também que um quantumtransfere toda sua energia h.ʋ a um só elétron independente da existência de outrosquanta de luz.

Segundo ele, isso valia para todos os elétrons ejetados e, como os “elétrons são ejeta-dos de diferentes profundidades do material”, tem-se uma distribuição de energia. E su-

geriu que se usasse somente os elétrons mais energéticos, ou seja, os que saem da partemais superficial”.

 Na visão química do autor, são vários os pontos questionáveis:

- primeiro, que os elétrons (devido a sua alta velocidade) formam em torno do núcleo uma“nuvem”, cujo contorno contém a “região energética com maior probabilidade de que o elé-tron seja encontrado”, de modo que a colisão de cada fóton com um determinado elétron, me

 parece violar o princípio da Incerteza de Heizenberg. 

- segundo, que ele afirma que cada fóton descarrega toda a sua energia hʋ a um só elétron,independentemente da existência de outros quanta de luz. Ora, mesmo com feixe de luz den-

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 89/191

89

tro da faixa visível, digamos 500 nm (5 x 10-7 m) que equivale a uma frequência no valor de6 x 1014 Hz, ou seja, chega em cada ponto da lâmina, um fóton seguido por outro após inter-valo de 1/ 6 x 1014, cujo valor é 1,6666666 x 10-15s que equivale a chegada de um fóton acada 0,00000000000000166 s (menos de dois quadrilionésimos do segundo).

- terceiro, que o feixe de luz monocromático aplicado, embora eu não saiba a área total comque ele atinge a superfície, mas não podemos esquecer que para cada milímetro quadrado deárea de luz aplicada, como 1 mm = 1.000 µm, teremos 106 µm2. Dessa forma, a cada 1,66 x10-15s, ou seja, a cada 0,00000000000000166 s chegam 106  fótons por cada mm2. Daí, afirmarque cada fóton colide com um único elétron e transfere para ele toda sua energia independenteda existência de outros quanta de luz, me parece mais uma tentativa de adivinhação do queciência.

- quarto é a verificação de um possível equívoco tanto de Einstein quanto dos demais envol-vidos nesses fenômenos: é em relação a quantidade de energia transferida pelos fótons ao cor-

 po receptor, seja ele quem for. Todos consideram a chegada de cada fóton ao seu destino coma energia no valor de: E = h.ʋ. Mas isso é um tremendo equívoco. Quando a onda é formada

 por um oscilador, sabe-se que ele gasta um determinado “tempo” para produzir a onda ele-tromagnética, com determinado comprimento de onda; Esse tempo é chamado de PERÍODO(T). A cada final de cada período, o comprimento de onda pronto já se desloca e em seu lugarimediatamente se segue outro período formando nova onda, ou seja, um novo comprimentode onda que segue o anterior, e assim sucessivamente. Assim sendo, quando chega ao recep-tor, cada comprimento de onda é correspondente a uma onda, e sua energia, na verdade NÃOé h. ʋ e sim h.T, isto é, a energia de cada comprimento de onda, onde T é o Período e vale 1/ʋ.

Dessa forma, a quantidade de energia transferida do fóton para o receptor, só tem o valor deh. ʋ  depois de chegarem comprimentos de onda durante ʋ vezes, ou seja, depois de decorrido1 segundo. Por essa razão, os conceitos de Plank utilizados por Einstein para justificar a coli-são com matéria, estão com os valores utilizados de forma equivocada. Ao longo de 1 segun-do, o elétron já se deslocou enormemente, logo NÃO PODE TER RECEBIDO h. ʋ. No má-ximo alguns h.T, mas nunca h. ʋ, pois para isso era necessário que o elétron ficasse “parado”durante esse tempo (1 s), o que é impossível.

- quinto, que, como os elétrons não estão vinculados cada um a um determinado átomo indi-vidual, pois se forma um “mar de elétrons” segundo a teoria das ligações metálicas e a teoria

das bandas, fica difícil aceitar que um fóton acerte um elétron;

- sexto, que é sabido que quanto maior a energia do fóton, maior a energia cinética dos elé-trons deslocados; tendo em vista que o potencial de corte, ou seja, a quantidade de energia

 para soltar cada elétron do “mar” em que ele está inserido e faze-lo participar da corrente elé-trica, é o mesmo para cada elemento da lâmina, fica claro que quanto maior a energia do fótonincidente, maior a energia transferida para o “mar”, logo, os elétrons vão para local de maiorenergia dentro da faixa da “banda de condução” e, portanto, maior a energia cinética dos elé-trons conduzidos;

- sétimo, que o quadro colocado acima é bastante elucidativo em relação aos quantitativosenergéticos envolvidos. Sabe-se que os elétrons de um átomo giram velozmente em torno do

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 90/191

90

núcleo para sua energia cinética contrabalançar a atração elétrica exercida pelo núcleo sobreele. Dessa forma, a energia do elétron em torno do núcleo, qualquer que seja seu nível orbital,é sempre NEGATIVA. Isto porque a ionização do átomo consta em fornecer energia positiva(entrópica) para anular o valor com que o elétron está preso, e leva-lo a um ponto onde essaenergia de atração (negativa) se torne ZERO. A ionização ocorre quando o elétron sai docampo de atração do núcleo a que estava subordinado. Dessa forma, o autor entende que,quimicamente o valor do potencial de corte tinha obrigatoriamente que ser o mesmo valor do

 potencial de ionização, se o elétron estivesse realmente preso a ele. O valor real se situa emtorno da METADE do valor do primeiro potencial de ionização, o que deixa claro que o au-mento de energia do elétron suficiente para se soltar da placa, não é o mesmo necessário parasolta-lo do átomo. Isto comprova que a Teoria da Ligação Metálica está correta e anula aexplicação oficial desse efeito.

- oitavo, que, na visão do autor, a Teoria das Bandas de Valência e de Condução, são bastante

esclarecedoras dos valores completamente defasados. Se o potencial de ionização é a quanti-dade de energia caótica para levar o elétron a uma distância infinita do núcleo, onde sua ener-gia de atração ao núcleo se anula, ou seja, ele sai do campo de atração do núcleo e, como foivisto, esse valor é muito menor (aproximadamente a metade) do conteúdo energético desseelétron no átomo neutro, ou seja, isolado, não participante do “mar de elétrons” formado naslâminas metálicas, nos garante que a ligação metálica apresenta seu “mar de elétrons” em umnível energético bem superior ao nível que cada um dos elétrons participantes desse mar tinhaao ocupar seu orbital energético quando do átomo isolado. Esta razão justifica um Potencialde Corte bem abaixo do Primeiro Potencial de Ionização.

- nono, é em relação ao nível energético máximo ocupado pelos elétrons periféricos, nívelesse quantificado por Fermi. A definição é bastante simples e clara: o nível de Fermi é o mai-or nível energético possível de um átomo, ocupado por elétrons. Deixa claro que, para passardesse nível para um nível superior a ele, vai depender de inúmeros fatores. Por essa razão, ocaos entre seus valores e seus correspondentes valores de potencial de ionização e de corte.

- décimo, é que na visão do autor, a explicação para o evento é muito mais simples: um fótoncarrega energia e transfere esse conteúdo energético para qualquer obstáculo que encontre.Assim, ao chegar ao mar de elétrons existente na superfície da lâmina metálica, a transferên-cia do conteúdo energético dos fótons que chegam, sempre em número extremamente alto, se

espalha pelos elétrons desse “mar” levando-os para o nível composto pela soma do conteúdoenergético existente mais o conteúdo recebido. Se o resultado apresentar valor superior aonível de Fermi, os elétrons se deslocam na corrente. Se essa energia total for inferior ao nívelde Fermi, não acontece nada, já que os elétrons não atingem a Banda de Condução. O menorvalor de energia de fóton capaz de vencer o nível de Fermi e passar para a banda de conduçãoé chamado limiar fotoelétrico. E também é claro que quanto maior for o conteúdo energéticodos fótons que chegam, o novo nível energético atingido pela soma do nível existente mais aquantidade de energia que chegou e se incorporou ao “mar” também será cada vez maior, ouseja, irá ocupar um nível dentro da “banda de condução” cada vez mais alta, logo, “mais ener-

gética total” e como a quantidade de energia para levar o elétron para a banda de condução é amesma, sobra mais energia para se transformar em energia cinética.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 91/191

91

- décimo primeiro e último, é que na visão química, não existe nenhuma razão para concedercaráter corpuscular ao fóton; o fato dele ter seu conteúdo energético, assim como o “calórico”

 proposto por Clausius em 1824, que seria uma unidade de “calor”, logo, de energia, o que nãoimplica na existência de matéria, que na minha opinião, a consideração de matéria nas ondas écompletamente absurda. As ondas transferem consigo um conteúdo energético, constituído

 por calor e movimento (velocidade), ambos fortes contribuintes para o aumento da Entropia, eo Segundo Princípio da Termodinâmica exige que a Entropia do Universo tenda para o máxi-mo possível. Assim, a absorção de conteúdo energético de qualquer natureza, contribui para oaumento da Entropia do receptor desse fóton, o que colabora para o aumento da Entropia doUniverso.

9 –  3 - Avaliação Química do Efeito Compton

9 –  3 - a  –   Resumo da Descrição do Efeito Compton

Efeito Compton é a diminuição de energia (aumento de comprimento de onda) de umfóton de raios X ou de raio gama, quando ele interage com a matéria.

 Na verdade, sob o ponto de vista de um químico, o efeito Compton não difere em qua-se nada do efeito fotoelétrico. A única diferença é que em lugar de uma lâmina metálica atin-gida por raios visíveis ou ultravioleta, Compton bombardeou uma superfície de grafite comraios X e raios gama. 

Compton desenvolveu a teoria do espalhamento de raios X pela matéria, baseando-senas seguintes hipóteses:

  o espalhamento pode ser interpretado como uma colisão entre um fóton de raio X eum elétron do material alvo;

  como a energia de um fóton de raio X é muito maior que as energias cinéticas e poten-ciais de um elétron na matéria, podemos desprezar estas energias e considerar o elé-tron como livre e inicialmente em repouso;

  a energia e o momento linear são conservados na colisão;  o fóton inicial é absorvido e parte de sua energia e de seu momento linear são forneci-

dos para o elétron, que recua. 

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 92/191

92

  como a energia inicial do fóton não é muito menor que a energia de massa do elétron,então é preciso utilizar a cinemática Einsteiniana.

Obteve, a partir dos princípios da conservação da energia e do momento a equação dochamado Espalhamento Compton:

ʎ’ - ʎ  = h / m.c (1 –  cos )

onde o termo h / m.c, chamado “comprimento de onda Compton do elétron”, fácil de de-

terminar a partir dos dados: h = 6,626 x 10-34  J.s ou Kg.m2/s

m = 9,11 x 10-31  Kg c = 3 x 108 m/s

ʎ  = h / m.c = 2,42 x 10-12 m 

A partir dai, calculou a energia de um fóton com ʎ = 10-10 m obtendo:

E = 1,24 x 104  eV

valor que é muito superior a energia de ligação dos elétrons de valência dos átomos, que é deapenas alguns eV.

Tudo isso já foi apresentado no Cap 6 item 1 –  b. A interação radiação x matéria,chamada de difusão, consiste na absorção da radiação pela matéria em que incide e, em segui-

da, emite radiação em todas as direções. A difusão da radiação SEM variação de frequência échamada ELÁSTICA e aquela com variação é chamada Efeito Compton.

A interpretação dada por Compton para esse efeito foi supor que o feixe de raios X se- ja uma corrente de fótons de alta energia e, a partir da avaliação das premissas feitas, interpre-tou que a interação entre o elétron e o fóton incidente, resulta um fóton de menor energia, ou

seja, um fóton difundido, emitido segundo um ângulo  com a direção da incidência. Já o elé-

tron, que ganha energia através do choque, se move fazendo um ângulo , chamado elétron deRECUO.

9 –  3 - b  –   Alguns Questionamentos ao Efeito Compton

Entretanto, a luz dos conhecimentos químicos, devem ser feitas algumas consideraçõesa respeito da interpretação desse efeito.

O processo é bastante similar ao efeito fotoelétrico, com os fótons incidentes constitu-ídos por raios X (ou γ), de conteúdo energético alto, mas conhecido. O alvo da incidência dos

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 93/191

93

fótons é o grafite. Os fótons usados já são bem conhecidos por nós, mas precisamos conhecermelhor o alvo, o GRAFITE.

Além da forma amorfa, são conhecidas mais 4 formas alotrópicas do carbono: grafite,diamante, fulerenos e nanotubos. Já foi anunciada (em 2004) a descoberta de mais uma

forma alotrópica: a NANOESPUMA.

A forma amorfa é essencialmente grafite, por não formar estrutura cristalina macros-cópica. São conhecidas duas formas de grafite: alfa (hexagonal) e beta (romboédrica) queapresentam propriedades físicas idênticas. Podem ser naturais ou sintéticos; os naturais têmmais de 30% da forma beta enquanto os artificiais só contém a forma alfa.

A ligação dos átomos de carbono no grafite é formada através da união de cada átomoa outros três, formando um plano composto de células hexagonais. Para um átomo de carbonose combinar com outros três e não 4, já que o carbono normal é tetraédrico, com o núcleo do

átomo ocupando o centro e os orbitais se dirigindo para as quatro extremidades, logo, for-mando ângulos internos de 109º, que é a forma que o carbono realiza suas ligações simples,onde ele tem 4 orbitais de valência formados pela hibridização tipo sp3 e só efetua ligação

sigma  em número de quatro e dispostas espacialmente na forma de um tetraedro.

A estrutura planar é conseguida com o átomo formando híbrido incompleto, ou seja,um elétron s mais dois p (sp2) sobrando um orbital p não participante do processo dehibridização, ficando assim, o átomo no estado (sp2 + p). Os três lóbulos híbridos sp2 apresentam angulos entre si de 120º, logo, são trigonais planares. Nestes, os três orbitais

híbridos sp2 se unem aos lóbulos semelhantes de outros átomos, através de fortes ligações ,formando uma estrutura plana, em forma de lâminas, que são chamadas de “folhas degrafeno”. É claro que cada carbono tem um lóbulo p, ortogonal ao plano, e que se encontrasemi cheio.

A existência de dois lóbulos p semi cheios e vizinhos, tendo o eixo de seu lóbuloindividual perpendicular ao plano formado pelo conjunto de hexágonos constituintes dalâmina, procedem a sobreposição desses lóbulos p atômicos vizinhos, formando um

ORBITAL MOLECULAR .

Devido ao deslocamento dos elétrons dos orbitais , o grafite é condutor deeletricidade, razão pela qual é usado em processos de eletrólise. É um material frágil e asdiferentes camadas, separadas apenas por átomos intercalados, se mantém unidas por

 justaposição através somente das fracas forças de Van der Waals. Por isso, é fácil que umaslâminas deslizem sobre as outras, principalmente porque a justaposição com ligações feitas

 por forças de Van der Waals que além de já não serem fortes, mesmo sendo de curta distância,

fica muito mais enfraquecida ainda, já que os lóbulos moleculares , que são realizados porsobreposição de lóbulos atômicos p perpendiculares ao plano das lâminas, dificultam muito aaproximação maior das lâminas, devido a forte repulsão elétrica que ocorre quando da

aproximação desses lóbulos .

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 94/191

94

É claro que, assim como na formação de OM  (sigma), tanto entre orbitais atômicos s 

ou p, forma-se sempre o par de orbitais ligante e antiligante, também na formação do OM ,

feito por sobreposição dos lóbulos p livres, também se forma o par OM: ligante   e

antiligante *. 

Aproveitando a informação da formação dos orbitais  ligante e antiligante mostradoacima, onde se vê a distribuição de energia entre eles, é bom, pelo menos como curiosidade,

mostrar a comparação das energias   e , tanto ligantes como antiligantes. 

Por essa razão, ou seja, pelo fato das lâminas estarem fixadas fracamente umas sobreas outras, é que ele é usado para escrever ou desenhar sobre papel, pois as lâminas vão se

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 95/191

95

soltando e deixando sua marca. O grafite é combinado com argila para a produção de lápis dediferentes gráus de dureza.

Estruturas alotrópicas do diamante e grafite. 

Grafite Diamante Fulereno

 Nanotubos Amorfa

Depois de tudo que foi analisado nesse item o autor, que é químico, se considera naobrigação de apresentar alguns pontos de total divergência com o conteúdo oficial.

9 –  3 - c  –   Críticas e Opinião do Autor

Uma coisa que consta da explicação de Compton e adotada até hoje como correta éque o fóton (raios X ou γ) é absorvido pela matéria (ELÉTRON) que recua, e ele definiu quea diferença entre os comprimentos de onda do fóton espalhado e do incidente depende do ân-gulo de espalhamento.

Ora, essa afirmação é complicada pelo ponto de vista químico. Se todos os fóton que

chegam a superfície estudada são iguais e também se pode garantir que todos os elétrons estãono mesmo nível energético, passeando através dos orbitais moleculares , além de terem amesma massa e se deslocarem com a mesma velocidade, e a explicação oficial é exatamente acolisão de um fóton com um elétron, o que, sob o ponto de vista químico, não apresenta ne-nhuma razão lógica para que as quantidades de energia cedidas pelos mesmos fótons aosmesmos elétrons sejam de valores diferentes, a ponto de produzir fótons espalhados que sãodiferentes em comprimento de onda, logo, energia, como também são espalhados sob ângulosde desvio diferentes.

 Na minha visão, como a lâmina externa de grafite, com seu “mar de elétrons” promo-

vidos pelos orbitais , formados  pela sobreposição dos orbitais p semicheios ortogonais ao

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 96/191

96

 plano formado pelos orbitais ligantes híbridos sp2 trigonal planares, ao receber o conteúdoenergético trazido pelo fóton e distribuído ao “mar” de elétrons existentes, permite que os

elétrons dos orbitais  ligantes, ascendam energeticamente aos orbitais  antiligantes, muitomais próximos entre si do que os orbitais ϭ.

Devido ao pequeno comprimento de onda dos raios X ou γ incidentes e ao seu enormeconteúdo energético e, como visto no item anterior o fóton é somente energia e é absorvidoem qualquer obstáculo que encontre, creio ser mais provável que se existir colisão, ela sejacom os núcleos dos átomos de carbono, e dependendo do ângulo de contato gera ângulos dife-rentes de desvio dos raios espalhados.

Outro ponto onde discordo é “considerar o elétron em repouso”. A rapidez com queo elétron se desloca em torno do núcleo, em orbitais atômicos ou moleculares é tão alta que éimpossível localizar um, sendo estabelecido pela mecânica quântica, a região do espaço ondeexiste maior “probabilidade de que ele seja encontrado”. Nestas condições considera-lo em“repouso” me parece uma consideração abusiva. 

Por isso, seguem os questionamentos a seguir:

- primeiro que os elétrons (devido a sua alta velocidade) formam em torno do núcleo uma“nuvem”, cujo contorno contém a “região energética com maior probabilidade de que o elé-tron seja encontrado”, de modo que a colisão de cada fóton com um determinado elétron, me

 parece violar o princípio da Incerteza de Heizenberg. 

- segundo que ele afirma que cada fóton descarrega toda a sua energia hʋ a um só elétron,

independentemente da existência de outros quanta de luz. É evidente que a explicação foi am- plamente amparada pela explicação de Einstein para o efeito fotoelétrico. Ora, conforme jáexplicado com detelhes no efeito fotoelétrico,mesmo com feixe de luz dentro da faixa visível,digamos 500 nm (5 x 10-7 m) que equivale a uma frequência no valor de 6 x 1014Hz, chegaem cada ponto da lâmina, um fóton seguido por outro após intervalo de 1/ 6 x 1014, que e-quivale a chegada de um fóton a cada 0,00000000000000166 s (menos de dois quadrilioné-

simos do segundo). Isto para luz visível, pois para o caso de fótons na faixa de raios X ou γ,sua frequência média para raios X é da ordem de 1018 Hz, o que equivale a uma emissão se-

guida de outra no intervalo de 1 atto (10-18) s. E se se tratar de raios , sua média é de 1 zepto

(10-21) s, ou seja, chegam ao alvo, 1 sextilhão de fótons em cada segundo em cada ponto.

- terceiro que o feixe de luz monocromático aplicado, da mesma forma que no efeito f.e., paracada mm quadrado de área de luz aplicada, ele recebe muito mais quantidade do que de fótonsvisíveis. Para os raios X com ʋ = 1018 Hz, seu ʎ = 10-10 m e, por isso, pode chegar 1 raio Xem cada nm2; como 1 mm = 103 µm = 106 nm, então 1 mm2 = 1012 nm2. Dessa forma, emcada ponto chega 1fóton após o outro, em número de 1018 por segundo, logo, em cada mm2,que tem 1012 nm2, então a cada segundo chegam no receptor o total de 10 30 fótons de raios X

 por cada mm2. Daí, afirmar que cada fóton colide com um único elétron é ainda mais semsentido do que o dito por Einstein no efeito f.e.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 97/191

97

 No caso de raios , piora ainda mais: para ʋ = 1021 Hz, seu ʎ = 10-13 m de modo que

cabe um fóton em cada pico (1 pico = 10-12 m). Assim, 1 mm = 103 µm = 106 nm, = 109 pico

então 1 mm2 = 1018 pico2. Logo, chegam 1039 fótons de raios   por mm2 por segundo.

- quarto que, como os elétrons não estão vinculados cada um a um determinado átomo indi-vidual, pois se forma um “mar de elétrons” segundo a teoria das bandas, fica difícil aceitarque um fóton acerte um elétron;

- quinto, fica claro como não poderia deixar de ser, que a avaliação e as críticas e propostasem relação ao efeito Compton são bastante semelhantes aos do efeito fotoelétrico, já que am-

 bos são extremamente semelhantes, inclusive sob o aspecto que mais colide frontalmente comas explicações desses dois fenômenos, que é no tocante a Energia recebida em cada “compr i-mento de onda” que chega a cada “período” no alvo, pois só chega o valor de h. ʋ após chega-rem ʋ comprimentos de onda ʎ, que demora 1segundo para se completar;

- sexto que uma das poucas diferenças entre Compton e efeito f.e. é que Compton fala em“elétron de recuo”. Ora, aceitar elétron de recuo, é aceitar que o fóton realmente acerte umelétron, o que me parece altamente improvável, conforme justificado no efeito f.e. e no atual.E o fato de faze-lo recuar obrigaria a colisão “entre partículas”, o que me parece forçar demaisuma explicação. O fóton, que é energia, passar pela barreira de elétrons é tranquilo, podendoir até o núcleo, onde transferiria toda sua energia e de onde sairia outro fóton de muito menorenergia, logo, maior comprimento de onda. Entretanto, o recuo do elétron (recuo significarecuar, voltar, andar para traz), o que implica em que ele iria caminhar na direção do núcleo.Como entre ele e o núcleo existe toda a estrutura eletrônica do átomo, obriga a violação das

leis conhecidas, fora a repulsão elétrica que ocorreria. Além disso, o “recuo” obrigaria a que oelétron penetrasse no nível quântico mais próximo a ele em direção ao núcleo, logo, commaior energia de coesão, logo, com menor conteúdo energético total, fato que obrigatoriamen-te levaria a emissão de um quantum com energia dada por: h . ʋ  = E2  –  E1. Dessa forma, aenergia do fóton emitido seria rigorosamente de valor conhecido, o que faria com que, com oconhecimento do fóton incidente e, como os níveis quânticos do grafite são conhecidos, todoo resto seria conhecido a priori, ou seja, mesmo sem precisar fazer experiência nenhuma.

- a última crítica é ao fato de Compton obrigar a utilização da cinemática Einsteniana, mos-trando que parte do princípio de que a inter-relação matéria x onda realmente ocorre e até suaquantificação está correta, pois fala em energia de massa do elétron.

9 –  3 –  d - Visão do Autor

A explicação para o fenômeno, do ponto de vista químico do autor, é que o fóton, seja

X ou , tem seu conteúdo energético absorvido  pelo “mar” aumentando o nível energético

desse mar   ligante, que forma uma banda de valência e eleva o nível energético total ao va-lor do mar  antiligante, que forma uma banda de condução; na quantidade de fótons que che-

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 98/191

98

ga ao mar por unidade de área e de tempo, certamente com frequência ocorrerá excitação deelétrons que, por apresentarem movimento desordenado, poderá caminhar em qualquer dire-ção.

Entretanto, na visão química do autor, o processo de colisão fóton x elétron Não exis-

te, e sim somente a transferência de todo o conteúdo energético do fóton para o receptor, au-mentando o conteúdo energético deste; só quando se tratar da chegada do fóton ao núcleo doátomo, aí sim, haverá espalhamento de fótons com menor energia, ou seja, com energia cor-respondente a diferença entre a energia do fóton original e a quantidade de energia cedida

 pelo fóton ao receptor (que acredito que seja o núcleo).

9 –  4  –   Teoria de De Broglie

Em relação a teoria proposta por De Broglie, não há muitos comentários a fazer, já queela é apenas a utilização da equação da relatividade de Einstein para quantificar os valores decomprimento de onda e frequência para qualquer matéria em movimento, como também paradeterminar valor de massa nos fótons e, em consequência, poder calcular seu MOMENTOLINEAR a partir de seu conteúdo de energia, calculado pela teoria ondulatória.

Uma vez que o autor discorda frontalmente das equações relativistas de Einstein, todaa teoria de De Broglie desmorona.

9 –  5  –   Desvio de Fótons na Terra (A TERRA é AZUL!) e o Efeito ESTUFA

Os assuntos avaliados nos itens 2 e 3 deste capítulo, mostram que se deve ter cautelana interpretação dos eventos, e o atravessar por todos os tipos de questionamentos antes deconsidera-lo certo. Em todos os eventos até aqui citados, a observação é sempre a mesma, de

que  “na colisão de radiações eletromagnéticas (fótons) com matéria, SEMPRE ocorreperda de parte da energia do fóton, que transfere essa energia para a matéria e continuaseu caminho com seu comprimento de onda aumentado, ou seja, sua frequência menor,ou ainda menor conteúdo energético. É isto que ocorre nos efeitos fotoelétrico e Compton.

 Nosso habitat, o planeta Terra, recebe diuturnamente fótons de diversos pontos doUniverso, mas em termos práticos, pode-se afirmar que os fótons que recebemos são emitidosmaciçamente pelo Sol, nosso Astro, centro de nosso sistema.

A chegada aqui dos fótons emitidos pelo Sol, é um evento de uma simplicidade singu-

lar, respeitando as leis já conhecidas pelo homem. O fóton chega em nossa atmosfera superiordepois de ter percorrido o trajeto de cento e cinquenta milhões de quilômetros, distância que

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 99/191

99

nos separa. Ele viaja a trezentos mil quilômetros por segundo no vácuo (ou seja, enquanto aTerra se desloca rotacionalmente em 464 m), valor obtido pela expressão: c = 1 / (ɛ0.µ0)

1/2,onde ɛ0 é a permissividade elétrica e µ0 é a permeabilidade magnética. Esse valor já foi de-terminado experimentalmente e comprovado. As ondas eletromagnéticas não necessitam demeio material para se propagarem, e sua velocidade será tanto menor quanto maiores forem osvalores de ɛ0 e  µ0. Como esses valores praticamente não variam entre os meios vácuo e ar,sua velocidade nesses meios é a mesma.

Assim, depois de emitido pelo Sol, o fóton gasta 500 segundos para nos atingir, ou se- ja, nos atinge em um ponto da superfície da Terra que estava distante rotacionalmente 231 Km atrás do ponto onde ele é recebido e translacionalmente 15 mil quilômetros atrás.

 No vácuo e sem corpos volumosos nos locais de sua propagação, a luz caminha em li-nha reta. Ao passar para outros meios, inclusive o ar, devido a presença de matéria nessesmeios, as ondas eletromagnéticas sofrem reações diferentes, como no caso de sua penetraçãoem nossa atmosfera, onde elas podem ser:

- transmitidas

- refletidas

-refratadas

- difratadas

- absorvidas

- espalhadas

Segue uma resumidíssima explicação de cada evento citado.

- Transmitidas são as ondas que passam pela matéria sem serem absorvidas.

- Refletidas  são as ondas que se propagam em determinado meio e, após incidênciade um feixe dessas ondas sobre a interface de separação deste com outro meio, apresentamretorno total ou parcial.

- Refratadas são as ondas que mudam sua direção de propagação ao mudar de ummeio para outro.

- Difratadas são as ondas que contornam a borda de uma barreira ou passam atravésde uma abertura, fenômeno que em geral provoca aumento de seu comprimento de onda einterferem nas frentes de onda, que criam regiões de maior ou menor intensidade, sendo que a

 barreira pode ser formada por fendas óticas ou átomos de uma rede cristalina.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 100/191

100

- Absorvidas são as ondas que colidem com qualquer obstáculo material e transferem para a matéria todo o seu conteúdo energético em forma de calor.

- Espalhadas são as ondas que incidem em partículas coloidais e sofrem desvio emdiversos ângulos.

A reflexão e a difração mudam a direção de propagação da onda eletromagnética,como também modifica sua Amplitude, porém não altera sua frequência.

Alguns raios incidentes são transmitidos, ou seja, atravessam diretamente as camadassuperiores de nossa atmosfera e chegam a superfície terrestre, geralmente com menor conteú-do energético, ou seja, com maior comprimento de onda. Se o raio incidente for na faixa visí-vel, deverá chegar na forma avermelhada. Entretanto, se se tratar de raios cósmicos, de altís-simo conteúdo energético, pode chegar a superfície e nos atingir ainda com conteúdo energé-tico bem acima da nossa capacidade de suportar, de onde vem o risco de doenças como câncer

de pele, e outras.

Entretanto, o mais importante desse item, e que é o que importa agora, é saber quenossa atmosfera superior é povoada por enorme quantidade de partículas materiais de váriostipos e tamanhos. O tamanho das partículas que nos interessam para o desenvolvimento desseitem está compreendido na faixa de 1 a 100 nm, ou seja, de 10 -9 a 10-7 m, já as partículas detamanho molecular NÃO interferem no caminho da luz. Esta faixa corresponde ao chamado“tamanho coloidal” que tem propriedades específicas. Para não ser repetitivo, não vou trans-crever sua conceituação aqui, pois o mesmo está feito com detalhes no capítulo 10 (no item3), chamado de  ‘(As Coincidências da “Criação” ou “Evolução”)’. 

As partículas com pelo menos uma dimensão nessa faixa, são chamadas partículascoloidais, e têm um comportamento sui generis quando atingidas pela luz. Esse comportamen-to é um questionamento que desejo fazer, pois é exatamente contrário ao primeiro; é que amaioria dos fótons que chegam, colidem com as partículas coloidais que existem nas nossascamadas superiores e após a colisão sofrem desvio em diversos ângulos, formando um “espa-lhamento” da luz, que é intensificado nas tonalidades de azul, logo, nos menores comprimen-tos de onda. Por essa razão é que vemos tudo azul no “infinito”, embora nada seja azul por lá.Entretanto, como os menores comprimentos de onda significam maiores frequências e, em

consequência, maior conteúdo energético, fica-se obrigado a aceitar que o fóton GANHOUENERGIA DURANTE A COLISÃO.

Pelo princípio da conservação de energia, a energia total antes do choque permanece amesma após o choque. Como é evidente que depois da colisão o fóton saiu com maior conte-údo energético do que tinha antes, a conclusão é que aparece um grande questionamento aosefeitos fotoelétrico e Compton, que impõe que a colisão de fóton com matéria transfere o con-teúdo energético deste para a matéria. Entretanto, no caso presente, OCORRE o OPOSTO, ouseja, o fóton incidente “ganha energia” da partícula coloidal , com consequente aumento desua frequência e diminuição de seu comprimento de onda. Como a partícula cede energia para

o fóton, ela fica com menor conteúdo entrópico, logo, diminui seu movimento e/ou sua Tem- peratura, enquanto essa diferença de entropia passa para o fóton, que chega a superfície terres-

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 101/191

101

tre mais entrópica. A energia entrópica do Universo se mantém, já que houve só troca de por-tador, mas o ambiente ocupado pelas partículas coloidais, com certeza ficará menos entrópico,logo, possivelmente mais frio, enquanto esse calor passado para o fóton irá chegar a nossasuperfície com maior conteúdo energético total, logo, aquecerá e aumentará o caos no local deseu recebimento.

O fato dos fótons de luz se espalharem ao colidir com partículas de tamanho coloidal, permite o estudo dessas partículas, tais como determinação de seu tamanho, sua forma etc.

Entretanto, em relação ao recebimento de luz no interior do nosso Planeta, fica umaquestão complexa de resolver, já que podemos ver a luz intensificada no azul por motivosdiferentes:

- o primeiro é o recebimento de fótons de maior conteúdo energético, que seja Transmitido,logo, diminui seu comprimento de onda e, portanto, dependendo do seu conteúdo energético

original, pode ser refratado, perder energia e seguir seu novo trajeto com energia correspon-dente ao azul;

- o segundo é o recebimento de fótons de menor conteúdo energético que seja Espalhado por partículas coloidais e, com isso, tenha seu comprimento de onda diminuído pelo recebimentode energia da partícula coloidal com quem colidiu e, dependendo do ângulo de desvio, podeganhar energia suficiente para se transformar em um fóton com comprimento de onda corres-

 pondente ao azul.

Com certeza existem os dois fenômenos, mas não tenho dados para avaliar qual deles

ocorre com maior intensidade.

O estudo de coloides é bastante evoluído atualmente, com grandes contribuições deEinstein, Smoluchowiski, Debye, e outras “feras”. Estabeleceram equações que permitemquantificar o fóton desviado, o fóton incidente, sua energia e outros parâmetros através dovalor do ângulo de desvio, e muitas outras coisas importantes. Por isso, esse fenômeno é mui-to utilizado em medicina, na avaliação de turbidez e em inúmeros outros setores. 

Outro ponto a ser discutido, exatamente oposto, é a incidência de fótons sobre as partí-culas coloidais pretas, como as que saem das chaminés das grandes indústrias tais como fuli-

gem, carbono coloidal, negro de fumo, e outros.

Sabe-se da química coloidal que os coloides com micelas pretas são absorventes totais,ou seja, NÃO espalham a luz incidente nele; simplesmente absorvem totalmente sua energia ea incorporam na forma de energia TÉRMICA (calor). Dessa forma, a região ocupada por es-sas partículas, fica aquecida.

O estudo de coloides é feito através desse fenômeno, o espalhamento dos raios inci-dentes. Na medicina é usado amplamente no evento chamado nefelometria, que estuda o ma-terial através de determinado ângulo de espalhamento.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 102/191

102

Já o estudo do asfalto é bastante prejudicado pelo fato de não poder ser analisado atra-vés da luz, porque suas “micelas” são pretas, logo, absorvem e não espalham a luz. 

Para a maioria das pessoas, esse efeito é que é o responsável primeiro pelo caminho dedestruição de nosso planeta através do chamado “efeito estufa”. 

Entretanto, como visto acima, sobre colisões de fótons com partículas coloidais, pode-se afirmar que, do feixe incidente nas partículas coloidais NÃO PRETAS, parte é absorvidaem forma de calor, parte é refletida e retorna com o mesmo conteúdo energético e parte é des-viado segundo vários ângulos de espalhamento, sempre com os raios espalhados intensifica-dos nos menores comprimentos de onda.

 Não tenho conhecimento dos quantitativos existentes (e nem sei se eles existem) das partículas coloidais pretas e não pretas  na nossa atmosfera, pois existe um grupo de cientis-tas que afirmam que o planeta está caminhando para uma nova “era do gelo” . Evidentemente

os dois grandes grupos são antagônicos:

- de um lado os que se preocupam com o efeito estufa, que vai nos destruir por excesso decalor (logo, entropia).

- de outro lado os que consideram que caminhamos para uma nova “era do gelo”. 

É evidente que existe motivo de preocupação real em ambos os casos, mas só se podese engajar efetivamente em um dos lados, com pleno conhecimento das expectativas para fu-turo, o que só seria possível com o conhecimento, pelo menos aproximado, dos quantitativosexistentes hoje e sua tendência futura (de aumento ou diminuição) dos quantitativos das partí-culas coloidais pretas e não pretas na nossa atmosfera, para tentar prever o destino final dissotudo.

 Não gosto de emitir opinião sobre assunto que eu não tenha conhecimento profundoou dados confiáveis para me apoiar. Por essa razão não posso defender nem criticar nenhumdos dois grupos. Entretanto, com a volúpia com que o homem caminha no seu desenvolvi-mento sem medida de consequências, com o violento aumento com que as últimas décadasapresentaram do número de indústrias jogando “partículas pretas” de suas chaminés (sem ne-nhum tratamento), o aumento na produção de combustíveis fósseis, e outros fatores que, em-

 bora de menor expressão, se somam aos maiores no total da capacidade de destruição eu, co-mo leigo, optaria pela preocupação maior com o efeito estufa.

Entretanto, por ser químico e conhecer um pouco de Termodinâmica, tenho que me posicio-nar com equidistância, já que:

- o caminho para nova era do gelo, levaria evidentemente a um ambiente de baixíssimas tem- peraturas, logo, amplamente favorável a coesão, atração, organização;

- o caminho para a destruição por degeneração através de excesso de calor, de velocidade, dedesorganização, desorientação, levaria ao CAOS total.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 103/191

103

É evidente que como químico, tenho que ficar equidistante, pois o Segundo Princípioda Termodinâmica afirma que “a entropia do Universo tende para um máximo”. Bem en-tendido: a entropia do UNIVERSO. A Terra é parte do Universo. Pequeníssima parte, é ver-dade, mas é parte do Universo e com isso, a análise tem que levar em conta:

Planeta Terra + Resto do Universo = Universo

o que obrigatoriamente deixa claro que, sendo apenas uma parte do Universo, a Terra tem queser avaliada como um sistema qualquer e tem que respeitar a equação, que diz que quem NÃO

 pode DIMINUIR a entropia é o Universo, não parte dele.

Assim sendo, dentro da ciência as duas possibilidades têm a mesma probabilidade deocorrer, pois se nos aquecermos demais, aumentamos nossa entropia (da Terra), o que podemanter ou aumentar a entropia do Universo. Entretanto, se esfriarmos até um possível conge-lamento, estaremos aumentando quase infinitamente nossa energia coesiva, atrativa, organi-

zada, logo, a diferença entre o estado anterior e o futuro libera uma quantidade incomensurá-vel de energia entrópica para o Universo, o que também contribui para o aumento da entropiado Universo e, portanto, satisfaz plenamente o Segundo Princípio da Termodinâmica.

Uma avaliação não científica, através da observação do comportamento do homem emrelação ao meio ambiente, que vai ser detalhado minuciosamente no capítulo 10, indica maior

 probabilidade de irmos para o caos, devido a sanha ensandecida do homem pela riqueza, comas últimas décadas apresentando um terrível aumento do número de chaminés lançando partí-culas coloidais pretas na atmosfera sem nenhum tratamento nem proteção.

 No capítulo 10 esse assunto será abordado novamente, mas sob outra ótica, a formacomo o homem atua e como ele poderia agir para minimizar os efeitos da destruição que pa-rece já ter dado seu “ponta pé” inicial a bastante tempo. 

9 –  6 –   Matéria e Antimatéria

9 –  6 –   a Considerações Gerais

Durante boa parte do trabalho falamos sobre a teoria da relatividade de Einstein. Paratal, tornou-se necessário transcrever toda a história do efeito fotoelétrico, tendo em vista queeste é o foco central da questão. Isto porque esse efeito só foi considerado ter sido explicadosatisfatoriamente com a intervenção de Einstein, apoiado em recentes descobertas de Plank.

 Na avaliação Química que fiz dos conceitos vigentes, que sempre foram obtidos sob o

 ponto de vista puramente Físico, já começamos a esbarrar em alguns contratempos. Como otrabalho se propôs a avaliar o Universo sob os pontos de vista da Física, da Química e tam-

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 104/191

104

 bém do ponto de vista Religioso, não posso me recusar a levar todos os conceitos conhecidosem consideração, por mais esdrúxulos que sejam e por mais que desagradem ateus ou religio-sos.

Assim sendo, depois de tudo isso, inclusive com as avaliações Químicas, que é a mi-

nha especialidade, sempre procurando manter os conceitos o mais possível afastado de agres-sões ou de provocações, tanto aos religiosos quanto aos não religiosos, procurei sempre colo-car as explicações dos conceitos vigentes da forma mais fiel possível às explanações feitas

 pelos autores que consultei, sempre através do Google, via Internet.

Mesmo quando a explicação de alguns autores não me agradava muito, mas se eramconcordantes, eu as utilizava literalmente para não cair na tentação de “conduzir” para alguma

 posição previamente formada em meu subconsciente, já que nunca bloqueei meus neurônios.Sempre procurei dissecar aquilo que me proponho a pensar sobre, até o âmago da questão, ou

 pelo menos, até o ponto máximo que eu tenha competência para ir. Faço isto quer os resulta-dos que vou encontrando no caminho da busca sejam de meu agrado ou sejam passíveis demeu repúdio. Nunca fui dono da verdade e, como sei que todos os seres humanos que existi-ram, que existem e que venham a existir no futuro, são todos exatamente iguais, todos “trans-

 portadores ambulantes de coco fedorento”, além do que, o número de neurônios, fabulosa-mente alto como é, quase não difere de um ser humano para outro. Assim, considero que to-dos têm que ter suas opiniões respeitadas, pois nunca se sabe se o autor de uma determinadaopinião foi um dos que bloqueou seus neurônios ou não. E também porque o assunto carregaintrinsecamente uma grande dose de subjetividade e este não é quantificável, o que impõe quenunca se sabe se as opiniões alheias são mais ou menos subjetivas que as nossas opiniões.

Dito isso, que achei necessário por considerar que já analisamos conceitos que me parecem muito subjetivos e, o assunto daqui para a frente, ao tratar de Matéria e ANTIMA-TÉRIA, para a maioria das pessoas soa como de alta subjetividade.

Antes de entrar nesse estudo, vamos dar uma panorâmica no assunto, com tópicos ex-traídos das fontes consultadas na internet.

9 –  6 - b Considerações sobre a Aniquilação

Procurando na literatura, este assunto não é dos mais fartos de se encontrar, talvez exa-tamente por ser bastante complexo e altamente subjetivo.

A colisão das partículas com suas respectivas antipartículas, levam à imediata aniqui-lação de ambos, gerando em seu lugar fótons com determinado conteúdo energético. Em prin-cípio todas as partículas existentes possuem suas respectivas antipartículas.

Uma experiência clássica e bastante difundida é a colisão de um elétron com sua an-timatéria, o Pósitron, gerando dois fótons com determinado conteúdo energético.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 105/191

105

Existem autores que propõem que esse tenha sido o motivo do aparecimento de fótonsno Universo primordial.

A consideração feita por muitos autores, é de que toda partícula material tem como suaantipartícula, a antimatéria. O termo antipartícula é mais fácil de aceitar, pois partícula está

atrelada a alguns números, e seu antônimo é possível imaginar. Entretanto, conseguir entendero que seja a antimatéria, que pelo dicionário significa o oposto, fica muito difícil imaginar o“oposto da matéria”.

Sendo P = m.v o momento do elétron, que tem matéria, como calcular o momento do pósitron que, no caso, tem antimatéria? Seria P = 1/m x v?

Creio que o conceito de “antimatéria” seria semelhante a aceitação de “antitempo” oude “antimovimento (entropia negativa)”, coisas que não consigo visualizar, logo, não consigoimaginar sua existência. Por essa razão, só vou me referir a “antipartícula” por não aceitar a

existência de antimatéria.

9 –  6 –  c - A Quantificação da Colisão

Encontramos várias citações a este fenômeno: a colisão entre um elétron e sua antipar-tícula, o pósitron, leva a aniquilação dos dois e geram dois fótons com energia de 0,511MeVcada um.

Dessa forma, podemos esquematizar a situação na forma química:

Elétron (-) + Pósitron (elétron +)   fóton 1 + fóton 2

O valor calculado pela ciência é de que cada fóton tem energia de 0,511 MeV. As-sim, o que se pode garantir é que a reação químico-energética indicada NÃO é reversível, ouseja, é uma reação completamente irreversível onde os reagentes são totalmente consumidosna reação e os produtos adquirem vida própria a partir de sua formação (ou criação).

Assim, pela lei da conservação de energia e de momento, pode-se garantir que:

- o conteúdo energético dos produtos é de 1,022 MeV

- logo, o conteúdo energético dos reagentes também é de 1,022 Mev

- o momento dos reagentes é P = mv (para os dois componentes, na minha opinião, pois nãosei como é considerado pelos que aceitam a existência de ANTIMATÉRIA).

- o momento do produto tem que ser igual ao momento dos reagentes

- obrigatoriamente o produto (os dois fótons) têm que ter entropia igual ou maior que os re-gentes (elétron e pósitron).

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 106/191

106

Como temos o valor da energia dos fótons, vamos calcular suas demais característicasdiretamente a partir do valor conhecido de sua energia, usando somente as equações da teoriaondulatória, já que a interconversão relativista matéria x onda é equivocada.

E = 0,511 x 106 x 1,6022 x 10-19 J E = 0,511 Mev = 8,187 x 10-14 J 

E = h x ν  E = 6,626 x 10-34 x ν 

 ν  =  8,187 x 10-14 / 6,626 x 10-34

 ν = 1,2356 x 1020 Hz

Assim, cada fóton tem:

E = 0,511 Mev = 8,187 x 10-14 J e  ν = 1,2356 x 1020 Hz

A partir daqui, não podemos determinar corretamente o valor do comprimento deonda dos fótons, já que pelo valor da frequência, trata-se de raios gama e a correlação entre afrequência e o comprimento de onda é feito pela velocidade da luz visível no vácuo e a utili-zação de seu valor (c) para todo o intervalo de frequências está, na minha opinião pessoal,

 pelo menos sujeito a investigação mais profunda (sob suspeita).

Só como exercício de divagação (que pode até estar correto, embora eu ainda discor-de dessa amplitude de validade da relação) fazendo a determinação do Comprimento de onda

usando a relação ʎ.ʋ = c, seu valor é:

ʎ = 3 x 108  / 1,2356 x 1020

de onde se obtém: ʎ  = 2,428 x 10-12 m,  que é exatamente o chamado “comprimento de on-

da Compton do elétron”, que por sua vez é igual a h / m.c. 

Entretanto, sem a relatividade, em relação aos reagentes só podemos definir que:

a)  Pela Lei da Conservação da Energia, a Energia Total dos Reagentes (elétron + pó-sitron) é 1,022 MeV. Não podemos sequer considerar com absoluta segurança es-

se valor repartido igualmente entre a partícula e sua antipartícula.

 b)  Pela lei da conservação dos momentos, o momento dos reagentes é o mesmo dos produtos. Entretanto, não sabemos o valor do momento dos fótons, logo, nem dosreagentes.

 No caso dos Reagentes, o momento é dado por: P = m x v. Sabemos o valor da massado elétron (m = 9,1 x 10-31 Kg), mas não sabemos sua velocidade real.

 No caso dos Produtos, os fótons, não temos como calcular diretamente seu momento

sem a utilização da equação de Einstein, o que levaria ao resultado previamente estabelecido.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 107/191

107

Entretanto, como os dois fótons obtidos são iguais, e como o pósitron é a antipartículado elétron, e sua aniquilação mútua gera dois produtos exatamente iguais, pode-se consideraras massas dos dois como iguais, só com cargas opostas.

Assim sendo, tendo em vista as Leis da Conservação da Energia e do Momento, po-

de-se garantir que a energia do elétron (e do pósitron) é igual a de um dos fótons, logo, seuvalor é de: 

E = 0,511 Mev = 8,187 x 10-14 J

Os resultados mostram que cada elétron, assim como sua antipartícula (o pósitron),têm energia correspondente a um raio gama, o que indica claramente que esse evento tem queser revisto, por apresentar resultado aparentemente absurdo.

Embora o evento satisfaça o segundo Princípio da Termodinâmica, já que os dois

raios gama com certeza apresentam maior entropia do que dois elétrons, mas é impossível aexistência de elétron com energia de raio gama. Dessa forma, quimicamente a reação esque-matizada anteriormente NÃO pode estar correta. O balanço de energia até pode satisfazer,mas e o balanço de massa? O evento pressupõe como correta a interconversão matéria x on-da, que já foi mostrada em outros tópicos como equivocada.

Portanto, na minha opinião, este evento deve ser refeito e reanalisado.

9 –  7 –   A Massa Relativista (variação da massa em movimento)

Mesmo sem ter ainda conseguido qualquer pista ou indício que levasse a uma razão plausível para um gênio como Einstein estabelecer um valor finito e mensurável pelo homem,a velocidade da luz visível, como o limite máximo de rapidez de deslocamento de qualquercoisa no Universo, continuo procurando.

O ponto da relatividade que me deu bastante evidências de que ele tinha certeza em

relação a existência de um limite da rapidez de deslocamento, e de que esse limite era a velo-cidade da luz visível, foi a equação proposta por ele para provar esse limite imaginável pelohomem. A equação proposta é:

m = m0 / [1 –  (v/c)2]1/2 

A análise da equação é simplória: a medida que a velocidade do corpo se aproxima davelocidade da luz (c), o denominador tende a zero, o que matematicamente conduz o valor damassa em movimento para o infinito.

Entretanto, resolvi fazer uma maquiagem na equação, como segue:

m = m0 / [1 –  (v/c)2]1/2  [1 –  (v/c)2]1/2 = mo/m

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 108/191

108

[(c2  –  v2)/c2]1/2 = mo/m (c2  –  v2)1/2 = c.mo/m

c2  –  v2 = c2.(mo/m)2  v2 = c2 - c2.(mo/m)2 

v2 = c2 [1 –  (mo/m)2]

A avaliação da equação nesta forma, mostra que quando a massa relativista tendeao infinito, a velocidade v se torna igual a c, ou seja, a equação apresenta resultado finito ereal, mesmo com massa relativista infinita, ou seja, a equação mostra que massa infinita temvelocidade finita.

A simples manipulação da equação leva a esses resultados diametralmente opostos,

razão pela qual, creio que se pode colocar a equação original sob suspeita. Esta equação tam- bém mostra outras curiosidades: se a massa em repouso for nula, que é o caso dos fótons, in-dependentemente do valor finito que possa ser atribuído a massa relativista, também nessecaso, v = c.

Após isso, só me resta considerar as equações da Relatividade como não corretas e, portanto, não devem ser usadas.

9 –  8 –   Avaliações para Futuras PROPOSTAS do Autor 

9 –  8 - 1 –   Algumas Considerações

Desde que comecei a pensar mais seriamente sobre o Universo como um todo, como parte de minha eterna busca pela existência ou não de um Criador, começaram a me aparecer pontos de interrogação.

Como Químico, me incomodava a explicação do efeito fotoelétrico, como também doefeito Compton. E muito mais ainda a generalização proposta por De Broglie, sacramentandoa existência de matéria nas ondas eletromagnéticas e comprimentos de onda associados aqualquer tipo de massa em movimento, além, é claro, da possibilidade da existência de uma

 parte não material na nossa constituição (seria energia ou o que?).

Comecei a pensar profundamente nas razões que levaram Einstein a propor sua expli-cação para o efeito fotoelétrico. As descobertas de Plank, que o antecederam e lhe deram sub-sídios para sua explicação, na verdade não mudaram praticamente nada. O fato das radiaçõeseletromagnéticas não serem emitidas continuamente e sim em saltos, não leva a se pensar queela seja “granular”, ou seja, que seja feita de matéria.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 109/191

109

Em 1824 Clausius já tinha sugerido que o calor não era uma coisa inteira, contínua,mas era constituído por “unidades de calor” que ele chamou de “calórico”. Mas não sugeriuque ele tivesse massa, mas seria uma unidade de energia. Na época não havia a ligação com oconceito de probabilidade de estado, etc. Mas, se pensarmos com imparcialidade e isenção, o“quantum” nada mais é do que o “calórico” explicado com base mais científica, que não exis-tia na época.

Por essa razão, como químico, me causou estranheza que Einstein propusesse que“cada um fóton colide com um único elétron”, quando se sabe que sempre existiu luz e elasempre foi acolhida por anteparos de qualquer natureza ou espécie. A colisão de “raios deluz”, hoje conhecidos como fótons, com matéria, sempre existiu e sempre foi de conhecimen-to do homem. A única diferença que ocorreu em relação a isso em todo esse tempo, foi ima-ginar que a energia não é contínua e sim quântica, em saltos ou pacotes energéticos, come-çando com Clausius e recebendo tratamento científico mais apurado por Plank, muito embora

eu continuo curioso em que alguém consiga estabelecer um valor (uma linha divisória) entre ocontínuo e o quântico, como explicado no capítulo 8, onde objetos andando a alguns metros por segundo são considerados contínuos, enquanto emissões de radiações sendo emitidas (ousendo recebidas) sextilhões de vezes por segundo são rigorosamente descontínuos.

Entretanto, daí a considerar que esse “pedaço de Energia” passe a ter “matéria” é umadistância que me assusta. A Proposta de “energia granular” foi feita por Einstein, que ainda aquantificou ao estabelecer sua famosa equação: E = m x c2. Dessa forma, como cada “pedaçode Energia” teve seu valor energético quantificado por Plank, logo a seguir passou a ter asso-ciado a si também valor de massa.

Creio que essa necessidade que Einstein teve de propor valor material para as ondasera para justificar “colisões” delas com elétrons, já sabidamente possuidores de massa, embo-ra em quantidade tão pequena e desenvolvendo velocidades tão absurdamente altas em espaçodisponível mínimo, que lhe foi atribuído se comportar como “ondas” já que era impossívellocalizar um elétron sozinho, tendo-se que determinar a região do espaço onde existe “maior

 probabilidade de que ele seja encontrado”, que tomou o nome de “orbital”, que significa aregião energética do espaço onde é mais provável encontra-lo.

Daí a quantificar “massa em ondas” e dar caráter ondulatório a massas em movimento,

vai uma distância que não creio que possa ser interligada, razão pela qual, discordo comple-tamente dela.

9 –  8 - 2 –   O Porque da Escolha

Um outro ponto que muito me intrigou ao longo desse estudo, foi tentar descobrir al-guma razão lógica para que um gênio do porte de Einstein escolhesse como limite de veloci-

dade de qualquer coisa, a velocidade da luz “que vemos”. 

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 110/191

110

Para o cidadão comum, especialmente os religiosos, que se consideram uma imagem esemelhança de um possível Criador de tudo, perfeito e divino, oni-tudo, logo ele também o é,até faz sentido. Até aí nada de mais, pois estamos falando de pessoas comuns, mas quando sechega ao nível de um Einstein, Newton, Plank, Bohr e outros tantos, grandes interpretadoresde eventos, com capacidade de elaborar soluções de alta complexidade, acho que devemos tercautela ao avaliar o que eles fizeram, disseram, pensaram ou equacionaram, e nos legaramesse acervo.

Por essa razão, fiquei um tanto chocado ao rever, agora maduro e com a sensatez que aidade nos traz, o problema do efeito fotoelétrico, com a assertiva de Einstein (cada fóton coli-de com um único elétron), deixando transparecer que ele já tinha em sua mente essa necessi-dade para justificar uma possível inter conversão entre onda eletromagnética e partícula mate-rial. Da mesma maneira, passei a buscar algum motivo lógico que ele teria para considerar avelocidade da luz como limite imaginável para rapidez de deslocamento pelo ser humano,

 pois até então, não tinha me questionado ainda sobre essas razões.Esse conceito fica bem claro quando ele propôs uma equação que calculava o valor da

massa em movimento, conhecida como “massa relativista”,  já devidamente analisada no ca- pítulo anterior.

Entretanto, uma coisa me incomoda nisso tudo: Einstein não era ateu; ele era judeu,logo, religioso. Em algumas frases dele, célebres como não poderiam deixar de ser, não fosseele o gênio que era, deixa transparecer que acreditava na existência de Deus, logo, tambémdeveria crer na existência da alma (ou espírito, ou espectro, ou qualquer outro nome que quei-

ram dar). Conhecedor como era, do Universo imenso, com as distância medidas em anos-luz eaté em unidades maiores ainda, como ele poderia considerar a velocidade da luz como o mai-or valor de rapidez de deslocamento possível? Sabendo que, na velocidade da luz, o “tempo”gasto para ir da Terra ao centro de “nossa mísera e minúscula galáxia” era de vinte e seis milanos. Por isso eu me questiono sobre ele: “onde ele acreditava que fosse o céu? 

Por todas essas razões me dispus a fazer algumas propostas, por mais absurdas que oleitor possa achar delas, o que será feito a seguir. Antes, nesse capítulo, vamos fazer um estu-do minucioso de alguns pontos que considero importantes e sobre os quais já vou fazer algu-mas PROPOSTAS que poderão afetar os leitores.

9 –  8 - 3 –   A Questão dos Referenciais

Ao escrever o capítulo 7, Aplicações Numéricas da Relatividade, quando passo a testara equação de Einstein no tocante a interconversão onda x matéria, onde chamei ambos de “va-lores equivalentes” no qual coloquei até um gráfico, basicamente tirado do ábaco encontradoem inúmeros trabalhos disponíveis, onde coloco como abcissas os comprimentos de onda em

grande intervalo de valores e nas ordenadas, coloquei uma relação que calculei pela equaçãorelativista de Einstein, a qual nos diz quantos fótons de determinado comprimento de onda

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 111/191

111

são necessários para equivaler a massa de um elétron. Claro que isso é baseado na equivalên-cia determinada por Einstein na sua equação: E = m x c2. 

Uma coisa que fica claro na avaliação do ábaco, é que em toda a amplitude imaginávelde frequências (ou de comprimentos de onda), essas duas características são intercambiadas a

 partir do mesmo fator de conversão: a velocidade da luz no vácuo (c).

 No estudo de ondas, o produto da frequência pelo comprimento de onda é igual a VE-LOCIDADE da onda. Na faixa de comprimentos de onda visíveis pelo ser humano, que variade 360 a 780 nm (nano = 10 -9m), essa velocidade é determinada como sendo de trezentos milquilômetros por “segundo”, quer dizer, enquanto a Terra caminha 464 m em movimento derotação.

 Não sei definir a amplitude de validade dessa relação, ou seja, se a correspondênciaentre frequência e comprimento de onda da luz na faixa visível, vale para quaisquer outros

comprimentos de onda, desde os muito grandes, como as ondas de rádio até os raios gama dealtíssimo conteúdo energético. 

As ondas sonoras, por exemplo, que têm sua velocidade definida como 344 m por se-gundo, constam do ábaco com a correspondência feita através do mesmo parâmetro que nosdemais casos. Entretanto creio que os cientistas experimentais deveriam procurar avaliar comcautela a amplitude de validade dessa relação, pois pode-se estar cometendo graves equívocosnos cálculos. Fica a sugestão.

A mudança de parâmetros a que me refiro, não chega a ser uma proposta direta, mas

um indicativo de uma futura homogeneização de valores. 

Até hoje a referência de TEMPO é o segundo, que na verdade significa a rotação daTerra no valor de 464 metros, ou seja, enquanto um fóton visível caminha 300.000.000 m,nosso habitat gira 464 m em torno de seu eixo. Esta é uma referência pelo menos esdrúxula,

 já que 464 m não é unidade de nada.Por essa razão, me parece ter algum sentido para atender o SI, que seria a velocidade

da luz em metros, referente a cada metro rodado pela Terra. Assim:300.000.000 m / 464 m = 646.552 m por m de rotação da terra. Isto para os fótons en-

quadrados na faixa do visível pelo homem. Uma alternativa seria usar a translação em lugar

da rotação, mas isso é a mesma coisa.Creio que no sistema solar, apesar de sua insignificância em relação ao todo, o padrão

deveria ser o Sol, que pelo menos é o nosso astro.Para uma visão panorâmica de como poderia ser essa MUDANÇA DE PARÂME-

TROS, a seguir vamos apresentar um quadro com os valores correspondentes a QUANTOSMETROS UM FÓTON DE LUZ CAMINHA ENQUANTO O SOL E OS PLANETAS SEDESLOCAM APENAS 1 METRO ROTACIONAL OU TRANSLACIONALMENTE.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 112/191

112

Planeta Distânciamédia aoSol (km)

X 107 

TempoFóton noPercurso

s

VelocidadeRotação

m/s

VelocidadeTranslação

m/s

Deslocamentoda LUZ (m)

 por metro Ro-tacional

Deslocamentoda LUZ (m) pormetro Transla-

cional

SOL 0 1 2.000 220.000 150.000 1364

Mercúrio  5,8 1 3,025 47.870 99.173 6.267

Venus 10,8 1 0,9055 35.020 331.308.670 8.566

Terra 15,0 1 464 29.780 646.550 10.074

Marte 22,8 1 241 24.080 1.244.813 12.458

Júpiter 77,8 1 12.560 13.070 23.885 22.953

Saturno 142,9 1 10.260 9.640 29.240 31.120

Urano 287,1 1 3.650 6.810 82.192 44.053

 Netuno 450,4 1 2.680 5.480 111.940 54.744

Plutão 591,3 1 13 4.670 23.076.923 64.240

QUANTIDADE DE DESLOCAMENTO DA LUZ PARA CADA UM METRO DE DESLOCAMENTOROTACIONAL E TRANSLACIONAL DE CADA CORPO CELESTE DO SISTEMA SOLAR

150000 99170000 3,31E+08 646550 1244813 23885 29240 82192 111940 2,3E+07

1365 6267 8566 10074 12458 22953 31120 44053 54744 642401 6 11 15 23 78 143 287 450 590

SOL MERC VENUS TERRA MARTE JÚPITER SATUR URANO NETUNO PLUTÃO

SOL M V T M J SS U N P

1000

10000

100000

1000000

10000000

100000000

1E+09

0,001 0,01 0,1 1

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 113/191

113

O gráfico mostra a quantidade de deslocamento da LUZ após o Sol e todos os planetasdo Sistema Solar, terem se deslocado ROTACIONALMENTE (verde) E TRANSLACIO-

 NALMENTE (preto) em exatamente 1 m (um metro).

Durante essa avaliação me ocorreu fazer uma comparação com os gráficos do capítulo3 e encontrei algo pelo menos bastante curioso. Nos gráficos citados o interesse do autor eraquantificar o atraso sideral, ou seja, descobrir o quanto vivemos “a reboque” de nossa própriarotação e translação.

Como no item anterior foi mostrado um gráfico indicando outros parâmetros cujosvalores podem ser tomados como referencial para o Universo, em lugar de determinada quan-tidade de rotação de nossa própria moradia, juntei novamente os gráficos em um só e o apre-sento a seguir para avaliação dos possíveis leitores.

 ATRASO SIDERAL TOTAL DO SISTEMA SOLAR: ROTAÇÃO e TRANSLAÇÃO

220000 47870 35000 30000 24100 13100 9650 6810 5500 4670

2000 3,1 0,9 464 241 12560 10260 3650 2680 13

150000 9,9E+07 3,3E+08 646550 1244813 23885 29240 82192 111940 2,3E+07

1365 6267 8566 10074 12458 22953 31120 44053 54744 642401 6 11 15 23 78 143 287 450 590

SOL M V T M J S U N P

SOL M V T M J S U N P

Desloc TRANSLACIONAL após 1 s  vermelho marcador quadrado vermelhoDesloc ROTACIONAL após 1 s - Verde Oliva  marcador redondo Oliva

Desloc APÓS 1 METRO  ROTACIONAL - Verde marcador Verde LosangoDesloc APÓS 1 METRO TRANSLACIONAL- Preto - marcador preto Triangular

0,5

5

50

500

5000

50000

500000

5000000

50000000

500000000

0,0005 0,005 0,05 0,5Milhares

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 114/191

114

O gráfico mostra como variam as posições dos Planetas do Sistema Solar durante o“tempo” de 1 s (um segundo, que corresponde a 464 metros de rotação e trinta quilômetrostranslacionais da Terra) em comparação a variação das posições dos mesmos planetas duranteo “tempo” que cada um deles se desloca de 1 m (UM METRO) rotacional e translacionalmen-

te. Não sei se existirá algum interesse na troca de referenciais, já que essa troca por algum parâmetro já enraizado nos nossos neurônios, sempre traz certo mal estar inicial. Mas como ohomem é um animal de hábito, certamente se for vantajoso, acabará se acostumando com onovo referencial. De qualquer maneira, na opinião do autor, o referencial mais lógico para osistema solar seria o SOL, que apesar de sua quinta grandeza, é o nosso astro central, em tor-no do qual vivemos girando e dependendo de seu abastecimento de energia.

9 –  8 - 4 –   A Questão das Ondas Eletromagnéticas

9 –  8 - 4 - a - Considerações sobre as Características das Ondas Eletromagnéticas

 Na literatura encontramos assertivas que chegam a nos assustar. Uma delas é a quediz textualmente que: “a amplitude de uma onda NÃO depende da frequência, nem do com-

 primento de onda nem de sua velocidade; SÓ depende da quantidade de Energia transportada pela onda”. 

 Não sei como as várias fontes consultadas podem afirmar uma coisa destas. As mes-mas fontes confirmam que a frequência, o comprimento da onda e sua velocidade DEPEN-DEM da energia. Como algo pode depender de um fator (no caso, a energia) e não dependerde outros fatores que são intimamente dependentes dela? O bom senso indica que deve haver,

 pelo menos, uma interligação entre eles.

Creio que os estudiosos do assunto devem dar mais atenção a este parâmetro que pare-ce ser de fundamental importância já que, “é a amplitude da onda que perturba o caminho

por onde passa”. Como quanto maior for a perturbação maior a contribuição para o caos (en-

tropia) do Universo, concluí que um campo oscilante, que gera as ondas eletromagnéticas, NÃO pode produzir ondas com qualquer valor de amplitude. Eles são obrigados a produzirsempre as ondas com A MAIOR AMPLITUDE POSSÍVEL, pois é a forma de atender aoSegundo Princípio da Termodinâmica.

Dessa forma, vamos fazer um pequeno resumo dos principais conceitos encontradosna literatura do ramo para, em seguida, tentar encontrar alguma relação contendo o parâmetroAmplitude da onda, e avaliar se ela é viável.

A energia eletromagnética é transportada através das chamadas ondas eletromagnéti-

cas. Ela é obtida a partir de cargas elétricas oscilantes e são constituídas por dois campos or-togonais entre si (campo elétrico e campo magnético), já que segundo Maxwell a variação de

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 115/191

115

um campo elétrico gera um campo magnético e vice verso. Esses campos ortogonais evoluemno espaço na direção ortogonal a ambos (regra dos três dedos) transportando energia.

A característica mais importante das ondas eletromagnéticas é que sempre são descri-tas por funções sinusoidais, ou seja, seus padrões se repetem no espaço e no tempo.

9 –  8 - 4 - b - Principais Características das Ondas Eletromagnéticas

A seguir vão ser apresentadas e definidas as principais características das ondas ele-tromagnéticas:

- comprimento de onda é o padrão sinusoidal que se repete no espaço durante a propagação

da onda;

- período é o tempo que a fonte gasta para produzir uma onda completa ou o tempo gasto para que cada comprimento de onda se desloque no valor de seu próprio comprimento;

- frequência, que é o inverso do período, representa o número de ciclos de cada onda no es- paço durante uma unidade de tempo, no nosso caso, de 1 segundo;

- amplitude é a medida da intensidade dos campos elétrico e magnético, sendo que essa in-tensidade não depende somente da amplitude, mas também da frequência da onda, logo, quan-to maior for amplitude maior será a energia da onda, ocorrendo o mesmo com a frequência:quanto maior ela for, maior a energia da onda;

- velocidade da onda é a rapidez com que ela se desloca no espaço na unidade de tempo,sendo que as ondas eletromagnéticas na faixa visível se deslocam no vácuo a 300.000 Km/s(trezentos mil Km por segundo), calculada pela expressão: c = 1/(µ0.ɛ0)

1/2.

- a velocidade de uma onda é obtida pelo produto do seu comprimento de onda pela sua fre-quência (que é o número de vezes que esse comprimento de onda se repete na unidade detempo), logo : v = ʋ.ʎ;

9 - 8 –  4 - c - Os Fenômenos Causados pelas Ondas Eletromagnéticas

Agora vamos apresentar um resumo das principais fenômenos causados pelas ondaseletromagnéticas e suas consequências:

  Absorção  Refração  Reflexão  Transmissão  Espalhamento

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 116/191

116

Estes fenômenos foram analisados com detalhes no item 5 desse capítulo, de modoque não considero necessário repetir aqui suas definições nem suas consequências, mas ape-nas aplica-las onde couber, no desenvolvimento do restante do capítulo.

9 –  8 - 4 - d - As Velocidades Média e Máxima das Ondas Eletromagnéticas

Em todos os estudos sobre as ondas eletromagnéticas consultados, sempre encontreique o valor da velocidade da luz no vácuo é de trezentos mil quilômetros por segundo, ouseja, durante o período em que a Terra gira 464 metros em torno de seu eixo.

Entretanto, o valor atribuído a velocidade da luz, medido e comprovado experimen-talmente, nunca foi questionado sob nenhum ponto de vista. Inclusive esse valor foi adotado

 por Einstein em sua teoria da Relatividade como sendo o limite possível para o deslocamento

de qualquer coisa imaginável pelo homem.Embora no presente trabalho procurei apresentar bastante evidências dos equívocos

que são as equações relativistas, que considero que devem ser abandonadas por não corres- ponderem a realidade, mas existe um fato ainda mais grave, pelo menos na minha opinião.

Como já foi visto, a luz (todas as ondas eletromagnéticas) são obtidas através de umsistema pulsante, ou seja, através de um campo oscilante. Sendo a onda um padrão sinusoidalque se repete no espaço e no tempo durante a sua propagação, apresenta algumas característi-cas próprias, específicas delas. Acima vimos o significado das principais características deuma onda, tais como:

- período; - frequência; - comprimento de onda; - amplitude; - velocidade de deslo-camento.

Dessa forma, como os parâmetros são interligados nas formas apresentadas no capítulo

5 que são:  (v =  ʋ  x ʎ ; ʋ = 1/T; c =  ʋ  x ʎ ; E = h . ʋ;  E = h . c / ʎ  ). 

A energia total de uma onda é dada pela soma de sua energia cinética com sua energia potencial (E = Ec + Ep), sendo que a Energia Potencial da onda pode ser calculada em funçãoda Amplitude, e é dada por:

E = ½ . k. A2  e daí: A = (2.E/k)1/2 

Como foi definido anteriormente, “é a amplitude da onda que perturba o caminho poronde passa”. Por isso, tendo em vista os Princípios da Termodinâmica, o campo oscilante, quegera as ondas eletromagnéticas NÃO pode produzir ondas com qualquer valor de amplitude.Eles são obrigados a produzir sempre as ondas com A MAIOR AMPLITUDE POSSÍVEL,

 pois é a forma de atender ao segundo Princípio da Termodinâmica, ou seja, contribuir o má-ximo possível para o aumento da Entropia do Universo.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 117/191

117

Com os dados mostrados até aqui, pode-se fazer uma proposta bastante razoável, le-vando em conta, é claro, o respeito ao Segundo Princípio da Termodinâmica. Para tal, a ondaeletromagnética tem SEMPRE que ter a maior amplitude possível, para perturbar o máximo

 possível o trajeto por onde passa. Para tal, precisamos estabelecer relações da Energia da ondacom sua frequência, seu comprimento, seu período, mas também com sua Amplitude.

A representação típica de uma onda eletromagnética é dado a seguir, pelo exemplo ob-tido em trabalho na Wikipédia, através do Google, via Internet. O gráfico é:

Representação esquemática da oscilação dos campos elétrico e magnético de uma onda eletromagnética.

A avaliação do gráfico nos permite tirar mais conclusões discordantes do conhecimen-to oficial, inclusive do Dr Einstein. É sabido que a fonte gasta “um período” para produzir um“comprimento de onda” inteiro. Também é sabido que as ondas eletromagnéticas são detransmissão SINUSOIDAL, ou seja, se repetem no espaço e no tempo sincronizadamente, ouseja, repetitivamente até atingir determinado valor.

Dessa forma, cada onda ao se propagar oscilatoriamente , a passagem de um compri-mento de onda entre dois pontos sucessivos, obrigatoriamente passa por um pico, com a Am-

 plitude atingindo seu valor máximo, logo, sua energia potencial (E = 1/2 x k A2) é máxima,mas onde a onda muda sua direção e, em consequência, seu momento e sua energia cinética seanulam, logo, atinge velocidade zero (v = 0). A partir daí acelera e ao cruzar com o eixo detransmissão, onde a cota é zero, atinge sua velocidade máxima, logo, sua energia é toda Ener-gia Cinética, e seu valor é o mesmo da Energia Potencial no pico. Isso se repete duas vezes acada período, ou seja, a cada passagem de um comprimento da onda por determinado ponto.Assim, em cada ciclo (período) da onda, seu comprimento passa por dois picos com energia

 potencial e amplitude máximos e velocidade zero e duas vezes cruza com o eixo da direção da

 propagação, onde a energia potencial se anula e velocidade de transmissão da onda é máxima.

Como cada comprimento de onda se propaga passando, em cada ciclo, por dois pontosde velocidade nula e dois pontos de velocidade máxima, pode-se afirmar que a velocidade de

 propagação da onda é de: v + 0 + v + 0 = Velocidade Real de Transmissão. Como a velocida-de de propagação da luz tem valor medido e confirmado pela ciência como trezentos mil qui-lômetros por segundo, e sabendo-se que essa é a velocidade MÉDIA obtida após cada ciclo,então apesar de não se ter meios de determinar diretamente a energia cinética da onda, devidoa mesma não possuir massa, mas sabe-se seu valor através da energia potencial nos picos,

 pode-se determinar a velocidade da onda nos cruzamentos com o eixo da propagação:

(v+0+v+0) /4 = 300.000 Km/s

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 118/191

118

2 x v = 4 x 300.000 Km/s

v máx  = 600.000 Km/s

Assim, pode-se garantir que a velocidade de transmissão das ondas eletromagnéticas

(pelo menos as visíveis) é de 300.000 Km/s, medida e comprovada pela ciência através dediferentes medidas e autores. Entretanto, por ser sinusoidal e essa velocidade ser a média desua velocidade máxima e zero, o valor atingido pela velocidade da onda nos cruzamentos como eixo de propagação, é de 600.000 Km/s. 

Este resultado contraria mais uma assertiva do Dr Einstein, de que NADA pode sedeslocar mais rápido que a velocidade de propagação da luz (c), cujo valor comprovado é de300.000 Km/s.

9 –  8  –  4 - e - Necessidade da Inclusão da Amplitude nas Ondas Eletromagnéticas

 Nesse ponto acredito ser necessário procurar estabelecer novas relações entre os parâ-metros que amarram uma onda eletromagnética. As expressões existentes e que foram apre-sentadas no capítulo 5, só para relembrar, são as que seguem:

(v =  ʋ  x ʎ ; ʋ = 1/T; c =  ʋ  x ʎ ; E = h . ʋ;  E = h . c / ʎ  ). 

Apesar da clareza e importância do Segundo Princípio da Termodinâmica, usualmentenão há referência a determinação da Amplitude da onda, que afinal é quem garante o cumpri-

mento dele. A energia potencial nos picos, onde a velocidade de transmissão da luz é zero, émáxima, logo, corresponde a Amplitude Máxima da Onda.

E = ½ . k. A2  de onde se obtém: A = (2.E/k)1/2 

A partir dai, pode-se estabelecer novas relações entre os parâmetros, agora incluindo aAmplitude da onda, sem usar as equivocadas relações relativistas.

E = h . ʋ  = ½ . k. A2 A = (2.h.ʋ/k)1/2  ou A = (2.h /k)1/2 x ʋ1/2 

Pode-se perceber que no cálculo lançamos mão do valor TOTAL da Energia, ou seja,

vinculamos ½ . k. A2 não a um Período onde ocorrem dois picos (e dois cruzamentos com oeixo de transmissão) e sim a Energia Total da onda h.ʋ durante 1 segundo. Por essa razão, ovalor que esta equação nos fornece é a soma de todos os picos ocorridos durante os 300.000Km caminhados pela onda, que pode ser chamada de Amplitude Total. Na verdade, esse valornão tem nenhum interesse prático, pois o que queremos é o valor do pico individual, sabendo-se que ele ocorre duas vezes em cada período, logo, 2 vezes ʋ  por segundo.

A = (2.h / k)1/2 x ʋ1/2  e como foi visto, dividindo por  2x ʋ  vamos obter o

valor do Pico Individual da Amplitude da Onda. Assim:

A = (2.h / k)1/2 x ʋ1/2  / 2. ʋ  vem:  A = (2.h / k)1/2 /2. ʋ1/2  m

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 119/191

119

A expressão acima permite calcular o valor da Amplitude da onda diretamente emfunção da Frequência, como também da Energia, assim como do seu comprimento de onda.

E, como h e k são constantes universais, e relação pode ser escrita na forma:A = [( 2 x 6,626 x 10-34 ) / 1,38065 x 10-23 ]1/2 /2  x ʋ1/2 

A = (9,6 x 10-11)1/2  /2 x ʋ1/2  ou A = (96 x 10-12)1/2  /2x ʋ1/2 

A = (9,8 x 10-6 ) /2 x ʋ1/2  ou na forma: 

A = (4,9 x 10-6 ) / ʋ1/2 m

Esta é a forma de se calcular a Amplitude de uma onda, ou seja, seu pico que se repeteduas vezes por período.

Entretanto, pelas relações da teoria ondulatória, também se pode calcular a Amplitudeatravés do comprimento de onda (ʎ ) ou da energia (E= h. ʋ). Pela Energia é só usar a equaçãooriginal:  E = h . ʋ  = ½ . k. A2  como soma de todos os picos de amplitude durante1segundo ou então, E = h . T  = ½ . k. A2   para um comprimento de onda, onde T

é o período gasto pela fonte para produzi-lo, e vale T = 1/ ʋ.

Já para calcular por ʎ, basta substituir ʋ pela relação: c = ʋ  x ʎ 

A = (4,9 x 10-6

 ) / ʋ

1/2

  dai  A = (4,9 x 10-6

 ) / (c/ ʎ )1/2

 A / ʎ1/2 = (4,9 x10-6 ) / (3x108)1/2  A/ʎ1/2 = (4,9 x 10-6 ) / 1,732 x104 

A / ʎ1/2 = 2,83 x 10-10  ou na forma: A = 2,83 x 10-10 x ʎ1/2 m 

Como já foi dito no trabalho, as relações obtidas, o foram com a utilização da relaçãoclássica c = ʋ  x ʎ. Claro que essa relação é indiscutível, pois a repetição de um número ʋ de vezes de um comprimento de onda ʎ durante um segundo atinge a distância total de c Km,esta é sua velocidade.

Entretanto, o questionamento que faço não é em relação a equação em si, mas sim avalidade de sua amplitude. No ábaco encontrado em inúmeros trabalhos do ramo (o mesmo éapresentado um pouco mais a frente), as retas em contra corrente, correspondentes a ʋ e a ʎ,não apresentam limites de validade, seguindo indefinidamente em ambas as direções. No pró-

 prio ábaco, é feita a divisória com os limites de qual o tipo de radiação se encontra em deter-minada faixa, inclusive mostra que ʋ abaixo de certo valor, correspondente ao ʎ  acima decerto valor, correspondem a energia sonora, fazendo a interconversão ʋ x ʎ pelo mesmo valorc. Mas, a velocidade do som não é c e sim 344 m/s, como encontrado em outros trabalhos,como mostrado mais a frente.

A luz visível que se encontra na faixa 360 a 780 nm, tem a citada relação com validadeindiscutível, pois seu valor é determinado experimentalmente pela ciência. Meu questiona-

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 120/191

120

mento, apoiado no fato dos grandes comprimentos de onda (baixas frequências) apresentaremcaracterísticas diferentes e não se subordinarem a dita relação, então me cabe procurar saberse para baixíssimos comprimentos de onda, logo, altíssimas frequências, como raios X e raiosgama, se a relação continua valendo.

A seguir é apresentada uma Tabela com os valores de a ʋ e ʎ  correlacionados pelaclássica relação em função de c, juntamente com suas correspondentes Amplitudes.

COMPRIMENTODE ONDA ʎ  em m

FREQUÊNCIAʋ  em Hz

AMPLITUDEem m

3 x 1010  10-2  4,9x10-5 3 x 109  10-   1,5484 x10-  3 x 108  100  4,9 x10-6 3 x 107  101  1,5484 x 10-6 

3 x 106 102 4,9 x 10-7

3 x 105  103  1,5484 x 10-7 

3 x 10   10   4,9 x 10-  

3 x 103  105  1,5484 x 10

-8 

3 x 102

106  4,9 x 10

-9 

3 x 101

107  1,5484 x 10

-9

3 x 100  10

8  4,9 x 10

-10 

3 x 10-1

  109  1,5484 x 10

-10 

3 x 10-2

1010

  4,9 x 10-11

3 x 10-3

1011

  1,5484 x 10-11

 

3 x 10-4

1012

  4,9 x 10-12

 

3 x 10-5

  1013

  1,5484 x 10-12

 

3 x 10-6

1014

  4,9 x 10-13

 

3 x 10-7

  1015

  1,5484 x 10-13

 

3 x10-8

1016

  4,9 x 10-14

 

3 x 10-9

  1017

  1,5484 x 10-14

 

3 x 10-10

1018

  4,9 x 10-15

 

3 x 10-11

  1019

  1,5484 x 10-15

 

3 x 10-12

1020

  4,9 x 10-16

 

3 x 10-13

1021

  1,5484 x 10-16

 

3 x 10-14

  1022

  4,9 x 10-17

 

3 x 10-15

1023

  1,5484 x 10-17

 

3 x 10-16

1024

  4,9 x 10-18

 

3 x 10-17

  1025

  1,5484 x 10-18

3 x 10-18

  1026

  4,9 x 10-19

 

3 x 10-19

  1027

  1,5484 x 10-19

 

3 x 10-20

1028

  4,9 x 10-20

 

3 x 10-21

1029

  1,5484 x 10-20

 

3 x 10-22

  1030

  4,9 x 10-21

3 x 10-23

  1031

  1,5484 x 10-21

3 x 10-24

  1032

  4,9 x 10-22

 No quadro, usou-se sempre os valores de ʎ tais que, dividindo c por ele, desse valoresde ʋ múltiplos simples de 10 para facilitar o gráfico.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 121/191

121

Esse item mostra uma coisa interessante que é: “quanto menor for o comprimento deonda e, consequentemente maior a frequência, MENOR será a Amplitude”. Entretanto, existeum cruzamento de valores, tanto entre as curvas “comprimento de onda versus frequência”,quanto nas curvas “comprimento de onda versus Amplitude” como mostrado no gráficoabaixo. Também existe um cruzamento, não visível no quadro, que se dá entre Amplitudeversus Frequência.

 No gráfico percebe-se claramente os dois cruzamentos, embora preferi determinar es-ses dois pontos com precisão, e recorri ao método analítico.

9 –  8 - 4 –   f - Determinação Analítica dos Valores dos Cruzamentos

■- o primeiro cruzamento avaliado é o dos valores de Comprimento de Onda e Frequência,que se cruzam onde c =  ʋ  x ʎ  e dai vem que: c =  ʋ2  = ʎ2 ʋ  = ʎ  = c1/2

ʋ  = ʎ = 1,732 x 104 (Hz e m) 

 Nesse ponto o valor da Amplitude é: Amplitude: A = (4,9 x 10-6) /ʋ1/2 A = (4,9 x 10-6) / (1,732 x 104)1/2 A = (4,9 x 10-6) / (1,32 x 102)

A = 3,72 x 10-8m

■- o segundo cruzamento avaliado é o dos valores do Comprimento de Onda com os da Am- plitude, que se cruzam onde:

A / ʎ1/2 = 2,83 x 10-10  e como A = ʎ 

1E-241E-221E-201E-181E-161E-141E-121E-101E-081E-06

0,00010,01

1

1001000000000000001E+101E+121E+141E+161E+181E+201E+221E+241E+261E+281E+301E+32

0,001 1 1000 1000000 1E+09 1E+12 1E+15 1E+18 1E+21 1E+24 1E+27 1E+30 1E+33

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 122/191

122

A2 = (2,83 x 10-10)2 x A

A = 8,01 x 10-20 m e ʎ = 8,01 x 10-20 m

e o valor da frequência é: ʋ = c / ʎ  ʋ = (3 x 108) /(8,01 x10-20)

ʋ = 3,745 x 1027 Hz

■- o terceiro cruzamento nem é visível no gráfico, mas da para perceber que haverá um cru-zamento da Amplitude com a Frequência, que pode ser calculado analiticamente por:

A = (4,9 x 10-6 ) / ʋ1/2 fazendo A = ʋ 

A x ʋ1/2 = (4,9 x 10-6 )  ou A2 x ʋ  = (4,9 x 10-6 )2 

A3  = 24,01 x 10-12  A = 2,885 x 10-4

A = ʋ = 2,885 x 10-4  (m Hz)

 Neste ponto, o valor do comprimento de onda é:

ʎ = c / ʋ  ʎ = (3 x 108) / 2,885 x 10-4 

ʎ = 1,04 x 1012m

Assim, os pontos de cruzamento nas curvas são:

1 - ʎ = 1,732 x 104 m ʋ = 1,732 x 104 Hz A = 3,72 x 10-8m 

2 - ʎ = 8,01 x 10-20 m ʋ = 3,745 x 1027 Hz A = 8,01 x 10-20 m

3 -  ʎ = 1,04 x 1012 m ʋ = 2,885 x 10-4 Hz A = 2,885 x 10-4 m

9 –  8 - 4 –   g - Análise dos Valores dos Cruzamentos

Os valores determinados nos pontos de cruzamento das curvas, apresentados acima,servem para observarmos algumas curiosidades, que podem nos ajudar a entender melhorcomo as relações entre os parâmetros caracterizam e quantificam as ondas.

As curvas e seus cruzamentos são bastante claros. Entretanto, alguns dos valores doscruzamentos são bastante complicados de se aceitar.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 123/191

123

▲  A primeira intercessão avaliada, foi entre Comprimento de Onda e Frequência. O cru-zamento é visível no gráfico, em posição aparentemente tranquila, mas os resultados obtidoscausaram enorme impacto depois de avaliados. Os valores encontrados foram:

1 - ʎ = 1,732 x 104 m ʋ = 1,732 x 104  Hz A = 3,72 x 10-8 m 

Me é difícil aceitar (ou entender) a produção de uma onda de ʎ = 1,732 x 104 m (

17.320 m), e que se repete 17.320 vezes em cada segundo, ou seja, ʋ =1,732 x 104 Hz, e comuma Amplitude de  A = 3,72 x 10-8 m, isto é, 37,2 nm.

Embora tudo esteja matematicamente correto, inclusive com o valor da Amplitude bastante razoável para uma onda eletromagnética, a minha primeira impressão foi tratar-se deum terrível absurdo. Uma onda de 17 Km de comprimento, se repetindo 17 mil vezes em cadasegundo, completando os 300.000 Km, e com uma Amplitude de apenas 3,72 x 10-8m.

▲ A segunda intercessão avaliada foi entre as curvas Comprimento de onda versus Ampli-tude. Esta se apresenta com resultado aparentemente coerente, com seus valores em:

2 - ʎ = 8,01 x 10-20 m ʋ = 3,745 x 1027Hz A = 8,01 x 10-20 m

Entretanto, uma avaliação mais profunda já começa a criar dificuldade em sua coerên-cia ou veracidade, apesar de matematicamente correto. Pelos valores apresentados, fica difícilvisualizar uma onda desse tipo, tendo em vista que são considerados Raios Gama as ondas

eletromagnéticas que apresentem Frequências acima de 1020

 Hz e Comprimentos de Ondaabaixo de 10-12 m.

Esse cruzamento, Comprimento de Onda versus Amplitude, mostra algo curioso e in-teressante. A partir desse ponto, a Amplitude é maior que o comprimento de onda, enquanto

 para valores inferiores, a Amplitude é sempre menor que o comprimento de onda. Isto parecesignificar que realmente os osciladores que geram as ondas, não podem variar comprimentosde Onda ou Amplitudes com a mesma Frequência, ou seja, é tudo amarrado.

▲ A terceira intercessão avaliada, o cruzamento da Frequência com a Amplitude, que nemé visto diretamente no gráfico pois ocorre antes da escala usada, mas foi determinado analiti-camente como os demais: 

3 - ʎ = 1,04 x 1012 m ʋ = 2,885 x 10-4 Hz A = 2,885 x 10-4 m

Da mesma forma que no caso anterior (cruzamento comprimento de onda versus am- plitude), no cruzamento das curvas Amplitude versus Frequência, acontece uma inversãotambém interessante: a partir do cruzamento, o aumento de Frequência gera Amplitudes me-nores. Para valores anteriores ao cruzamento, embora não esteja visível no gráfico, as posi-

ções se invertem: para obter valores maiores de Amplitude é preciso usar Frequências cadavez menores. Como no cruzamento o valor da frequência já é de ʋ = 2,885 x 10-4 ou seja,

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 124/191

124

ʋ= 0,0002885 Hz, isto é, o oscilador tem que gastar 3.466 segundos por período, justifi-cável já que o comprimento de onda é de ʎ = 1,04 x 1012  ou 1.040.000.000.000 m. Istosignifica que o comprimento dessa onda produzida seria 3.466 vezes o percurso da luz(300.000 Km) durante 1 segundo.

Apesar de tudo matematicamente e fisicamente correto, o autor considera os resultadoscomo, se não um absurdo, pelo menos bastante estranhos e inesperados. Por essa razão, o au-tor relembra um ponto que já questionou antes e o responsabiliza por ser a causa de tamanhasincoerências. Na ocasião anterior, por ainda não ter motivos nem conhecimento para propor arejeição de uma relação de amplo uso na ciência, agora penso ter munição para atirar contraela. Trata-se do ábaco que transforma Comprimentos de Onda em Frequência e vice verso, doqual coloco a seguir uma cópia , que consta da maioria dos trabalhos consultados, e que criti-quei a amplitude de sua validade, ou pelo menos, de sua utilização.

O que disse antes, reitero agora, já com base na figura acima e nos conceitos já emiti-dos: As tabelas correlacionam Frequência e Comprimento de Onda, em Todo o intervalo ima-

ginável através da expressão: c =  ʋ  x ʎ 

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 125/191

125

Assim, para qualquer valor imaginável de frequência ou de comprimento de onda, seu produto tem que ser igual a velocidade da luz no vácuo.

9 –  8 - 4 - h - Os Cruzamentos de SOM

Entretanto, agora ao observar os resultados absurdos obtidos, e procurando na biblio-grafia sobre ondas sonoras, encontrei trabalhos que na faixa sonora não usam a relação para ocaso de ondas eletromagnéticas, ao mesmo tempo em que observei que no ábaco citado, essarelação é indefinida, e inclui valores correspondentes aos das ondas sonoras .

O quadro a seguir, mostra claramente o respeito ao valor do produto da frequência pelo comprimento de onda, no valor da VELOCIDADE DO SOM, que é de 344 m/s.

As colunas apresentam os valores da frequência e do comprimento de onda, satisfa-zendo a relação: Vs  =  ʋ  x ʎ  onde Vs é a Velocidade do Som, igual a 344 m/s.

ʋ(Hz) ʎ (m) (vel. do

som = 344 m/s) ʋ(Hz) 

ʎ (m) (vel. do

som = 344 m/s) 

10 34,4 500 0,688

20 17,2 750 0,458

30 11,46 1000 0,344

40 8,6 1500 0,229

50 6,88 2000 0,172

60 5,73 2500 0,137

70 4,91 5000 0,0688

90 3,82 7500 0,0458

100 3,44 10000 0,034

250 1,376 15000 0,0229

500 0,688 20000 0,0172

9 –  8 - 4 - i - Novas Avaliações dos Cruzamentos Usando Som

O quadro mostrado acima, deixa evidente que a interconversão das ondas são feitas

através do valor da velocidade do Som no ar, já que o mesmo não se propaga no vácuo. Nesse

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 126/191

126

caso, também é usada a relação clássica da teoria ondulatória: ʋ  x ʎ  = v. A diferença con-siste apenas no valor da velocidade da onda, que nesse caso é de: v = 344m. 

A partir dai, pode-se tentar avaliar os resultados obtidos com a relação do ábaco clás-sico, fazendo a correção do valor do cruzamento das curvas ʋ  x ʎ.

 Nesse caso, em lugar de ʋ x ʎ =c vamos repetir os cálculos, mas agora fazendo:  ʋ x ʎ =344m

●  No primeiro caso, cruzamento de Frequência e Comprimento de Onda com ʋ = ʎ 

vem: 

ʋ2  = ʎ2 = 344 ʋ  = ʎ  = (344)1/2 

ʋ  = ʎ  = 18,55 (Hz m) 

Como o coeficiente de ʋ ou ʎ  no cálculo do valor da Amplitude é obtido em função de cons-

tantes Universais (h e k), o valor para as ondas sonoras deve ser o mesmo. Assim:

A = (4,9 x 10-6 ) / ʋ1/2 A= (4,9 x 10-6 ) / ʋ1/2  A = 4,9 x 10-6 / 4,31

A = 1,14 x 10-6 m

Para uma avaliação do leitor, vamos colocar os dois resultados juntos:

1 - ʎ = 1,732 x 104  m ʋ = 1,732 x 104  Hz A = 3,72 x 10-8 m 

1 - ʎ = 18,55 m ʋ = 18,55 Hz A = 1,14 x 10-6 m 

●  No segundo caso, cruzamento de Amplitude e Comprimento de Onda com A = ʎ  vem:

A / ʎ1/2 = 2,83 x 10-10  e como A = ʎ  A = 2,83 x 10-10 x A1/2

2 - ʎ = 8,01 x 10-20 m ʋ = 3,745 x 1027Hz A = 8,01 x 10-20 m

 Neste caso, na minha opinião, os resultados não apresentam nenhuma anormalidade, pois são absolutamente coerentes com os raios Gama. Portanto, não tem sentido mudar paravalores em relação ao som. Poderia haver mais precisão no caso da inter relação dos valoresdo ábaco citado não ser mais válida para os números apresentados, mas a correção possível,seria em direção oposta.

●  No terceiro caso, cruzamento de Amplitude e Frequência com A = ʋ  vem:

A = (4,9 x 10-6 ) / ʋ1/2 fazendo A = ʋ 

A x ʋ1/2 = (4,9 x 10-6 )  ou A2 x ʋ  = (4,9 x 10-6 )2 

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 127/191

127

A3  = 24,01 x 10-12  A = 2,885 x 10-4

A = ʋ = 2,885 x 10-4(m Hz)

 Neste ponto, o valor do comprimento de onda é:

ʎ = c / ʋ  ʎ = (344) / 2,885 x 10-4 

ʎ = 119,24 x104m

Para a avaliação do leitor, novamente vamos colocar os dois resultados juntos:

3 - ʎ = 1,04 x 1012  ʋ = 2,885 x 10-4  A = 2,885 x 10-4 

3 - ʎ = 119,24 x 104  ʋ = 2,885 x 10-4  A = 2,885 x 10-4 

Pelos resultados apresentados com a utilização da relação ʋ  x ʎ = c, foi observadoque houve casos de resultados estranhos, principalmente em se tratando de frequências baixase/ou comprimentos de onda muito altos. No tocante a valores de altas frequências e baixíssi-mos comprimentos de onda, os resultados foram mais compatíveis.

Quando os cálculos foram refeitos usando a correlação através da velocidade do Som enão da Luz, os resultados ficaram mais palatáveis.

Por essa razão, encerro este item sugerindo estudos experimentais no sentido de ava-

liar a validade do ábaco apresentado, como também traçar as divisórias correspondentes, es- pecialmente no tocante a Som, além do que, Proponho a inclusão das relações da Amplitudeno conjunto de relações da teoria ondulatória.

9 - 8 - 5 - Novo Modelo de Átomo: Cálculo dos Níveis Quânticos.

9 –  8 –  5 - a –  Considerações Gerais

Depois de tudo que foi visto, das interpretações equivocadas dos efeitos fotoelétrico eCompton, assim como a generalização de De Broglie, concedendo caráter ondulatório à maté-ria em movimento e valor finito de massa a ondas eletromagnéticas, é necessário uma pausa

 para meditação.

Depois de se ver que o potencial de corte é muito mais baixo que a primeira energia deionização do metal, e de ter observado uma significativa diferença entre os valores do nível daEnergia de Fermi para o Potencial de Ionização e de forma alternada, ou seja, ora para mais

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 128/191

128

ora para menos, fica claro que alguma coisa tomou um rumo que tende a ir afastando cada vezmais os valores encontrados dos valores reais.

O átomo proposto por Rutherford era considerado como tendo um núcleo onde se en-contra a massa quase total do átomo, e é circundado por elétrons em número suficiente para

tornar o conjunto eletricamente neutro. O núcleo mede da ordem de 10-15  a 10-14 m (1 a 10fentos) (1 fento = 10-15 m) enquanto o átomo completo mede da ordem de 10-10 m (1 Å ou 100Picos). Este fato foi o que permitiu que Rutherford observasse que o átomo, proporcionalmen-te, tem mais espaço vazio que o universo. Entretanto, o átomo de Rutherford deixava semresposta algumas questões, como por exemplo, que os trabalhos de Maxwell sobre eletromag-netismo previam que partículas carregadas em movimento deveriam emitir continuamenteondas eletromagnéticas, logo, os elétrons circulando em torno do núcleo teria que emitir radi-ação continuamente, logo, iam perdendo energia e cairiam sobre o núcleo. Mas isso não acon-tecia.

9 –  8 –  5 - b –  O Átomo de Bohr

Quem resolveu esse problema foi Bohr, que para satisfazer as questões levantadas, ele propôs três postulados que regeriam o modelo atômico definitivo:

- O Primeiro diz que o elétron em movimento em uma órbita fechada, não absorve nem emiteradiação. Neste postulado Bohr contraria frontalmente a teoria clássica por admitir que o elé-tron pode possuir aceleração sem irradiar energia, desde que permaneça na mesma órbita.

- O Segundo estipula que cada órbita corresponde a um determinado nível energético, porémas órbitas não podem variar continuamente, e só são permitidas as órbitas nas quais o momen-to angular (mvr) seja um múltiplo inteiro de h/2., ou seja, as órbitas têm que satisfazer arelação:

m.v.r = n. h/2. - O Terceiro determina que o elétron pode saltar de um nível energético para outro, mas todavez que passar de um estado Estacionário para outro, o evento tem que ser acompanhado deabsorção ou emissão de energia radiante, cujo valor energético é dado pela diferença de ener-

gia entre os dois estados estacionários envolvidos. A energia é absorvida ou liberada na for-ma de radiação eletromagnética e é calculada pela expressão:

h. ʋ = E2  –  E1 onde

h é a constante de Plankʋ é a frequência da onda eletromagnética (luz) E1 e E2 correspondem, respectivamente, às energias do elétron nos estados de energia inicial efinal.

Analisando o modelo de Bohr para o átomo de hidrogênio, concluímos que o estado de

menor nível de energia corresponde a n = 1, chamado de estado fundamental.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 129/191

129

O tratamento dado por Bohr obriga a que a Força Centrífuga m.v2 /r tem que ser con-trabalançada pela força de Atração entre o Próton (núcleo) e o Elétron, que é dado pela Lei deCoulomb: Z.e2 /r 2 , logo: m.v2  /r = Z.e2 /r 2 

Eliminando v obtemos a relação do raio de Bohr:

   

Pela expressão do raio r n, descobre-se que o raio para a órbita no nível n = 1, chamadode raio de Bohr, é de r1  0,52.10-10 m ou 0,52 Å, e que os raios para as demais órbitas po-dem ser generalizadas pela expressão: rn = n2 . r1.

Quando o próprio Bohr e outros cientistas tentaram aplicar esse modelo a outros áto-mos com mais de um elétron, verificaram que este falhava totalmente. A conclusão é que de-veria haver outros fatores a influenciarem átomos com mais de um elétron. De qualquer for-ma, esse modelo teve grande importância, pois introduziu a ideia de “quantização de energia”no estudo do átomo.

9 –  8 - 5 –  c –  O Átomo Ondulatório 

A solução para esse problema foi encontrada por um físico alemão, Erwin Schroedin-ger, que apoiado na teoria da relatividade, considerou o elétron girando em torno do núcleocomo uma onda e adaptou da equação de Maxwell, uma equação para quantificar o movimen-to ondulatório do elétron.

A distribuição de energia em um átomo, atualmente é estudada através da “função deonda de Schroedinger ”, através do átomo de hidrogênio, ou seja, um único próton no núcleo eum único elétron ocupando sucessivamente os vários níveis energéticos e obtendo-se os valo-res correspondentes a cada nível quântico pela solução das equações.

A equação proposta por Schroedinger, adaptada a partir da equação ondulatória deMaxwell, é uma equação diferencial de segunda ordem incompleta; por isso, é extremamentecomplexa e só é passível de solução através de aproximações sucessivas, o que já indica al-guma imprecisão nas determinações dos valores medidos.

Através dos valores obtidos dessa maneira, é que está montada a tabela periódica comos valores de cada elemento químico. Como vai ser mostrado adiante, esses valores de ener-gias de ionização e de raios, são altamente conflitantes.

9 –  8 –  5 - d –   Considerações para um Novo Modelo

 Nesse ponto, o autor parou para reflexões mais profundas a respeito desse fato, depois

de ter dedicado bastante tempo ao estudo do “GRANDE ÁTOMO” que é o nosso SistemaSolar, com seu Núcleo Sol atraindo os elétrons planetários em seu redor. Como no sistema

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 130/191

130

solar, do qual o átomo é uma miniatura bastante semelhante, quando se consegue calcular aenergia cinética translacional do planeta e a energia gravitacional sol-planeta, onde todosos dados são conhecidos e determinados com precisão pela ciência, de forma absolutamenteindependente, quem contrabalança a Energia de Atração Gravitacional que o SOL exercesobre o respectivo planeta, é a Energia Cinética de Translação. Não se cogita da utilização daEnergia Potencial para traze-lo do infinito à órbita do mesmo. Também se considerou que ovalor obtido para a Energia de Atração Gravitacional é entre o Sol e o referido Planeta. As-sim, a Energia se distribui entre os dois, pois segundo Newton, “dois corpos se atraem......”.Dessa forma, o autor considerou que a Energia com que o Sol puxa o Planeta é a METADEda Energia Gravitacional entre os dois, pois a energia cinética do planeta, calculada indepen-dentemente, apresenta SEMPRE como resultado a METADE do valor calculado para a ener-gia de atração gravitacional.

A energia cinética rotacional não foi incluída por ser desprezível em relação a transla-

cional. Pode-se observar que:- en. translacional = ½.m.v2

- en. Rotacional = m.v2 /r

Em relação a Terra, pode-se ver que:

m é a massa da Terra que é igual nas duas expressões; mas as velocidades não. Enquanto arotacional é de 464 m/s, a translacional é de 30.000 m/s. Além disso, na translacional o deno-minador é 2, enquanto na rotacional o denominador é maior que 12.000.000 m (raio da Terra).

Pelas razões expostas, a consideração da energia rotacional é absolutamente insignificante,logo, não deve ser usada.

 Na minha opinião, este foi o erro de Bohr, ao considerar a igualdade entre duas ex- pressões de valores completamente disparatados.

Depois de muito questionamento comigo mesmo, acabei por considerar errada ou, pelo menos, incorreta, a equação ONDULATÓRIA de Schroedinger, uma vez que como oelétron tem massa real, mensurável (me = 9,1 x 10-31 Kg), não vejo nenhuma razão para que adeterminação da distância de suas órbitas e do conteúdo energético de cada uma, ser determi-

nado por uma EQUAÇÃO DE ONDA, que rege o comportamento ONDULATÓRIO. E ainda por cima, isto é feito com a utilização dos conceitos relativistas na adaptação da equação deMaxwell feita por Schroedinger, conceitos esses que já vimos não serem corretos.

9 –  8 –  5 - e –   Visão do Autor para um novo Modelo de Átomo

O que o autor propõe é simples: usar o mesmo raciocínio de Isaac Newton na formula-

ção da lei da gravidade: a Lua gira em torno da Terra e não se afasta porque está presa atravésde uma “corda invisível” chamada atração gravitacional! E é exatamente isso que ocorre com

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 131/191

131

todos os planetas do nosso sistema: eles são atraídos pela “energia de atração gravitacional” eequilibram essa energia através da “energia cinética translacional” 

Da mesma forma, por coerência, o autor considera que a atração coulombiana se dáentre DUAS cargas opostas, de modo que a Energia com que o núcleo prende o elétron é a

METADE da Energia de Atração entre os dois corpos com cargas opostas, como tambémconsidera que a Energia Total do elétron ser a soma da Energia cinética com a Energia Poten-cial é totalmente equivocada. Esse valor nada mais é do que o Potencial de Ionização daqueleelétron, esteja ele no nível energético que estiver .

De forma semelhante o autor considera que seja válido raciocinar exatamente da mes-ma maneira para o caso dos átomos: os elétrons giram em torno do núcleo e não se afastam

 porque estão presos por uma força invisível chamada “atração elétrica”.  Assim, pode-se afir-mar que o que prende um elétron no átomo é a energia de atração elétrica dada pela equação:

E = k . q1.q2 / d  onde:

E é a energia com que o núcleo positivo “puxa” o elétron; 

k é a constante de Coulomb

q1 e q2 são as cargas do próton e do elétron;

d é a distância que os separa, que na verdade é o “raio do átomo”  ou seja, é o raio do orbitalenergético considerado.

Assim sendo o autor, por similitude, propõe que seja abandonado o modelo Ondulató-rio de Schroedinger e volte a se estudar o átomo de forma semelhante àquela proposta porBohr, só que através de equações simplíssimas. Considerando o núcleo do átomo como me-dindo 10-14  m, existem inúmeras regiões entre o núcleo e a periferia “máxima” do átomo queo elétron pode habitar, fazendo seus velocíssimos giros em torno do núcleo, formando o quese chama “nuvem eletrônica”, cuja região de habitação é chamada “orbital”. 

Assim, a partir dos dados:

k –  constante = 9 x 109  N .m2 / C2 

q1 carga do próton = + 1,6022 x 10-19  C

q2 carga do elétron = - 1,6022 x 10-19  C

d distância do núcleo ao elétron = raio do átomo (do orbital considerado) = r 

O cálculo da equação E = k . q1.q2 / d fornece:

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 132/191

132

E = 9 x 109  N.m2/C2 x (+) 1,6022 x 10-19  C x (-) 1,6022 x 10-19 C / r m 

E = - 2,31 x 10-28  N.m / r

E = - 2,31 x 10-28 J / r  E = -

  J

É preciso observar que a unidade obtida, Joule, que equivale a N.m, já inclui a unidadede r (raio do átomo), que portanto tem que ser usado em metro para a energia obtida ser cor-retamente expressa em J (Joule).

Esta é a Energia de Atração com que os dois corpos de cargas opostas se atraem, logo, por coerência, a Energia com que o núcleo prende seu elétron é a METADE desse valor, logo:

E = - ½ x 2,31 x 10-28 J / r E = -

 

E = -

 

Daí para a frente, os cálculos são primários: basta atribuir valores para os raios e sabero valor energético daquela região. Como Rutherford definiu que o núcleo atômico, onde seconcentram os prótons e nêutrons, logo, praticamente toda a massa do átomo, mede da ordemde 10-15 a 10-14 , vamos considerar o maior valor (10-14 ) como pertencente ao núcleo e estabe-lecer níveis energéticos para os raios posteriores, até 10-10 m, equivalente a 1 angstron, consi-derado o maior tamanho de átomo por ele. Por exemplo:

a)  Para r = 10-13m, a energia do elétron é: E = - 1,155 x 10-15 J = -7.200 eV  b)  Para r = 10-12m E = - 1,155 x 10-16 J = -720 eV c)  Para r = 10-11m E = - 1,155 x 10-17 J = -72 eV d)  Para r = 10-10m E = - 1,155 x 10-18 J = - 7,2 eV e)  Para r = 10-9 m  E = - 1,155 x 10-19 J = - 0,72 eV 

Os resultados deixam claro que a medida que o elétron se afasta do núcleo seu conteú-do de energia coesiva (atrativa) vai diminuindo, o que se retrata a partir do “aumento” do con-

teúdo energético total do mesmo, ou seja, vai gradativamente se aproximando de zero.

De forma idêntica, pode – se saber a que distância média o elétron está do núcleo, sefor conhecido sua energia de ionização.

E = -

  J  daí, vem: r = -

  m 

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 133/191

133

9 –  8 –  5 - f –   Avaliação do novo Modelo de Átomo e da Tabela Periódica

É claro que o estudo mostrado acima é somente para a estimativa do valor energético

de um único elétron situado a determinada distância do núcleo. No estudo real dos átomos, asequações vão complicar um pouco porque vai ser necessário a introdução dos demais prótonsexistentes no núcleo, assim como a interferência dos demais elétrons ocupantes dos níveisinferiores já ocupados.

Dessa forma, já se mostrou acima, os valores MÉDIOS dos conteúdos energéticos doselétrons em alguns números inteiros potências de 10, desde o mais próximo possível do nú-cleo (10-13 m) até o raio mais externo possível do elétron no átomo (10-10 m), como definiuRutherford.

Ao invés de alguns exemplos individuais, vou colocar os valores de RAIO e POTEN-CIAL DE IONIZAÇÃO, obtidos na tabela dinâmica consultada através do Google

A tabela a seguir consta de quatro colunas:

a-  A primeira identifica o elemento b-  A segunda apresenta o Raio obtido na Tabela

c-  A terceira apresenta o valor do potencial de Ionização obtido na Tabelad-  A quarta apresenta os valores dos raios que o autor determinou através da fórmula da

atração Coulombiana.

A razão de ter optado por colocar os raios constantes da Tabela Periódica (em vigor) eos valores obtidos pela determinação através da equação de atração Coulombiana, é por-que creio que os cálculos dos potenciais de ionização devem ser mais precisos que os va-lores dos raios atômicos. Claro que as diferenças encontradas, não são apenas nos valoresdos RAIOS, já que se observa discrepâncias nos valores das ENERGIAS DE IONIZA-

ÇÃO também, mas creio que menores do que os dos raios.

Isto foi feito propositalmente, para melhor avaliarmos as possíveis origens de tama-nhas diferenças de valores.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 134/191

134

TRANSIÇÃO D

Elemento Raio(Pico) Energia KJ RAIO por Elemento Raio(Pico) Energia KJ RAIO por

Químico da Tabela da Tabela Coulomb Químico da Tabela da Tabela Coulomb

Sc 184 633,1 109,9 Ti 176 658,8 105,6

Y 212 600,0 115,9 Zr 206 640,1 108,7

Hf 208 658,5 105,6

Rf 580,0 119,9

Elemento Raio(Pico) Energia KJ RAIO por

Químico da Tabela da Tabela Coulomb

H 53 1312,0 53

Li 167 520,2 134

Na 190 495,8 140

K 243 418,8 166

Rb 265 403,0 173

Cs 298 375,7 185

Fr 380,0 183

Be 112 899,5 77

Mg 145 737,7 94

Ca 194 589,8 118

Sr 219 549,5 127

Ba 253 502,9 138

Ra 509,3 137 Elemento Raio(Pico) Energia KJ RAIO por

Químico da Tabela da Tabela Coulomb

B 87 800,6 87 O 48 1313,9 52,9

Al 118 577,5 120 S 88 999,6 69,6

Ga 136 578,8 120 Se 103 941,0 73,9

In 156 558,3 125 Te 123 869,3 80,0

Tl 156 589,4 118 Po 135 812,1 85,7

C 67 1066,5 65 F 42 1681,0 41,4Si 111 786,5 88 Cl 79 1251,2 55,6

Ge 125 762,0 91 Br 94 1139,9 61,0

Sn 145 708,6 98 I 115 1008,4 69,0

Pb 154 715,6 97 At 127 890,0 78,2

N 56 1402,3 50 He 31 2372,3 29,3

P 98 1011,8 69 Ne 38 2080,7 33,4

As 114 947,0 73 Ar 71 1520,6 45,7

Sb 133 834,0 83 Kr 88 1350,8 51,5

Bi 143 703,0 99 Xe 108 1170,4 59,4Rn 120 1037,0 67,1

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 135/191

135

Elemento Raio(Pico) Energia KJ RAIO por Elemento Raio(Pico) Energia KJ RAIO por

Químico da Tabela da Tabela Coulomb Químico da Tabela da Tabela Coulomb

V 171 650,9 106,9 Cr 166 652,9 106,5

Nb 198 652,1 106,7 Mo 190 684,3 101,7

Ta 200 761,0 91,4 W 193 770,0 90,3

Db Sg

Elemento Raio(Pico) Energia KJ RAIO por Elemento Raio(Pico) Energia KJ RAIO por

Químico da Tabela da Tabela Coulomb Químico da Tabela da Tabela Coulomb

Mn 161 717,3 97,0 Fe 156 762,5 91,2

Tc 183 702,0 99,1 Ru 178 710,2 98,0

Re 188 760,0 91,5 Os 185 840,0 82,8

Bh Hs

Elemento Raio(Pico) Energia KJ RAIO por Elemento Raio(Pico) Energia KJ RAIO por

Químico da Tabela da Tabela Coulomb Químico da Tabela da Tabela Coulomb

Co 152 760,4 91,5 Ni 149 737,1 94,4

Rh 173 719,7 96,7 Pd 169 804,4 86,5

Ir 180 880,0 79,1 Pt 177 870,0 80,0

Mt Ds

Elemento Raio(Pico) Energia KJ RAIO por Elemento Raio(Pico) Energia KJ RAIO por

Químico da Tabela da Tabela Coulomb Químico da Tabela da Tabela Coulomb

Cu 145 745,5 93,3 Zn 142 906,4 76,7

Ag 165 731,0 95,2 Cd 161 867,8 80,2

Au 174 890,1 78,2 Hg 171 1007,1 69,1

Rg Cn

A avaliação dos valores colhidos na Tabela Periódica, nos leva a alguns sérios questi-onamentos. Na tabela acima, mostramos cada elemento com os valores oficiais de raio exter-no (onde se localiza o elétron mais “energético” total), ou seja, mais próximo a zero, seguidodo valor de seu Potencial de Ionização.

 Na coluna extra, a terceira, coloquei os valores dos raios externos calculados pela e-quação coulombiana, mas usando os valores da energia de ionização constantes da própriatabela. Mesmo usando os valores energéticos oficiais, dá para perceber uma série de questio-namentos que serão avaliados.

Antes de apresentar os questionamentos, deve ser lembrado que os valores dos raios naTabela são dados em Pico, que equivale a 10-12 m. A unidade mais usada para tamanhos deátomos é o Angstron (10-10 m). Assim, um Å equivale a 100 Picos. (1 Å = 100 P).

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 136/191

136

◙  O Primeiro é que o cálculo do valor da Energia de Ionização pela equação cou-lombiana para 100 P = 1 Å, ou seja, para o raio de valor 10-10 m, é de:

E = - 1,155 x 10-18 J = - 7,2 eV ou E = 696 kJ/mol,

que podemos afirmar que esse é o valor esperado para a energia de ionização de todos os elé-trons que estejam gravitando em torno do núcleo atômico a uma distância aproximada de 1Å,ou seja, 100 picos (10-10 m).

◙  O Segundo é que o cálculo do valor da Energia de Ionização indicado no item an-terior, de 696 kJ/mol teria obrigatoriamente que aumentar para distâncias (raios) menores (oselétrons estão mais fortemente atraídos) e diminuir para raios maiores. A observação da Tabe-la mostra inúmeros casos do átomo com raio Menor e PI também bem Menor, o que é umevidente erro, assim como átomos com raio Maior e PI também Maior, o que vem a corrobo-rar o erro.

◙  O Terceiro é a observação de que os valores muito baixos de raio, comparados osobtidos da tabela com os calculados por Coulomb, quando são próximos, as energias de ioni-zação também são bastante próximas.

◙  O Quarto é que as diferenças entre os potenciais de ionização em FAMÍLIAS nãome parecem coerentes com os valores energéticos atribuídos aos níveis quânticos. Por exem-

 plo, se pegarmos os elementos da primeira família, os chamados alcalinos, teremos a situaçãomostrada a seguir.

Primeira Família da tabela PeriódicaLi 1s2  2s1  [He] 2s1

 Na 1s2  2s2 2p6  3s1 [Ne] 3s1 

K 1s2  2s2 2p6  3s2 3p6  4s1 [Ar] 4s1 

Rb 1s2  2s2 2p6  3s2 3p6 3d10 4s2 4p6  5s1 [Kr] 5s1 

Cs 1s2  2s2 2p6  3s2 3p6 3d10 4s2 4p6 4d10  5s2 5p6  6s1 [Xe] 6s1 

Fr 1s2  2s2 2p6  3s2 3p6 3d10 4s2 4p6 4d10 4f 14 5s2 5p6 5d10  6s2 6p6  7s1 [Rn] 7s1 

Depois de observer as diferenças previstas na família, podemos usar a tabela domesmo item trocando os segundo e terceiro potenciais de ionização em eV por seu valor em Je pelo raio obtido na tabela.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 137/191

137

Primeira Família da tabela Periódica

1º PI eV PI kJ/mol Raio P

Li 1 2s1  [He]2s1 5,4 520 167

 Na 1 2 3s1  [Ne] 3s1  5,1 496 190

K 1 2 3 4s1  [Ar] 4s1  4,3 418 243

Rb 1 2 3  4 5s1  [Kr] 5s1  4,2 403 265

Cs 1 2 3 4 5 6s1  [Xe] 6s1  3,9 376 298

A avaliação da tabela acima nos mostra algumas complicações (na visão do autor), que

são difíceis de entender.

a-  O Li tem 1 orbital completo e 1 elétron externo, que está afastado do núcleo 1,7 x10-10 m e é removido com 520 kJ

 b-  O Na tem 2 orbitais completos e 1 elétron externo, que está afastado do núcleo 1,9x 10-10 m e é removido com 496 kJ

c-  O K tem 3 orbitais completos e 1 elétron externo, que está afastado do núcleo 2,4x 10-10 m e é removido com 420 kJ

d-  O Rb tem 4 orbitais completos e 1 elétron externo, que está afastado do núcleo 2,6x 10-10 m e é removido com 400 kJ

e-  O Cs tem 5 orbitais completos e 1 elétron externo, que está afastado do núcleo 3,0x 10-10 m e é removido com 376 kJ

Realmente, como químico, me assustei com essas observações. O elétron que só tem

entre si e o núcleo o primeiro orbital com dois elétrons (1 s2

) fica afastado 1,7 Å enquanto oCs, com 5 orbitais completos, blindando perfeitamente o núcleo, seu elétron externo no nívelquântico 6 (6s1) fica distante do núcleo 3,7 Å. O espaço entre 1,7e 3,7 Å comporta 5 orbitaiscompletos?

E os valores das quantidades de energia para soltar esse elétron me incomodou maisainda: enquanto o do Li sai com 5,4 eV, o Na com mais um número quântico inteiro sai com5,1 eV. Será que só 0,3 eV a mais que para o Na consegue tirar o elétron do Li?

Realmente a avaliação dos valores da tabela periódica me assustaram. Os elementos

que iniciam as famílias, apresentam valores de raio e de energia de ionização bastante próxi-mos ao calculado pela equação de Coulomb. A medida que o número quântico aumenta (au-

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 138/191

138

menta o número de camadas completas entre o núcleo e o elétron a ser removido) os valoresvão ficando mais discrepantes.

Claro que como químico sei que a presença de vários outros elétrons interfere nos re-sultados, razão pela qual já deixei bem claro ao propor a substituição da equação de Schroe-

dinger pela de atração coulombiana, que o aumento do número de elétrons traria mais dificul-dade a solução da simplíssima equação proposta.

9 –  8 –  5 - g –   Os Níveis Quânticos Internos do Átomo

Os valores encontrados na Tabela Periódica são os valores do Potencial de Ionização,logo, a quantidade de energia entrópica a ser fornecida ao átomo para que a energia total de

seu elétron MAIS EXTERNO, atinja o valor zero, que significa sair do campo de atração donúcleo. Juntamente com o Potencial de Ionização, é fornecido o valor do “raio” ocupado poresse elétron. Esse raio é a maior distância do núcleo onde existe elétron, e o valor de seu con-teúdo energético é chamado Nível de Fermi.

Entretanto, como previsto por Rutherford, o núcleo mede de 1 a 10 fentos (1fento =10-15 m), ou seja, 10-15 a 10-14 m, enquanto o átomo mede em torno de 1Å (10-10 m). Verifi-cando a Tabela Periódica, observa-se os átomos têm seus raios na faixa 0,5 a 3,0 Å.

Esses valores, previstos por ele, foram obtidos também por Bohr, como também pelo

modelo ondulatório de Schroedinger. Embora tenha utilizado um valor equivocado para ocálculo do raio, Bohr propôs uma relação que quantificava os valores dos demais raios orbi-tais em função do valor do raio mais interno, ou seja, dos elétrons mais próximos do núcleo.Utilizando o mesmo raciocínio dele, que também foi aceito pelo modelo ondulatório, vemque: rn = n2 . r1.

A partir dessa relação pode-se determinar os raios dos demais níveis orbitais do átomo,só tendo o cuidado de lembrar que o raio disponível, medido experimentalmente pela ciênciaé o mais externo. A partir dele, calcula-se os demais.

Exemplo 1 a): Li tem o nível 1s completo e o elétron removível no nível 2s. Dai:

r n = 167 P ou 1,67 Å (da Tabela Periódica)

n= 2

Logo, vem: rn = n2 . r1 r 1 = r n / n2 r 1 = 167 / 4 

r 1 = 41,75 Picos = 0,4175 Å r 1= 4,175 x 10-11 m.

 b): Já se for utilizado o valor obtido pela equação de Coulomb, vem:

r n = 134 P ou 1,34 Å (da Equação de Coulomb)

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 139/191

139

n= 2

Logo, vem: rn = n2 . r1 r 1 = r n / n2 r 1 = 134 / 4 

r 1 = 33,5 Picos = 0,335 Å r 1 = 3,35 x 10-11 m.

Exemplo 2: Cs tem completos os níveis 1, 2, 3, 4 e 5 e o elétron removível no nível6s1. Dai vem:

r n = 298 P ou 2,98 Å (da Tabela Periódica)

n= 6

Logo, existem 5 níveis quânticos internos completos. Seus valores são:

r 1 = r n / n2 r 1 = 298 / 36  r 1 = 8,28 P = 0,0828 Å = 8,28 x 10-12 m

r 1 = 8,28 P

A partir daí, pode-se calcular os demais raios orbitais, só variando n.

r2 = 4 x 8,28 P  r3 = 9 x 8,28 P  r4 = 16x 8,28 P  r5 = 25 x 8,28 P 

A distribuição dos elétrons no átomo de Cs será:

1 r = 8,28 P 

1 2 r = 33,12 P 

1 2 3 r = 74,52 P 

1 2 3 4 r = 132,50 P 

1 2 3 4 5 r = 207,00 P

1 2 3 4 5 6s1  r = 298,00 P

Assim, os raios orbitais foram calculados pelos valores do raio externo obtidos na Ta- bela Periódica. Abaixo, vamos fazer os mesmos cálculos só que com o valor do raio orbitalexterno do átomo calculado pela equação de Coulomb; logo, da mesma forma, calculando osraios a partir da equação coulombiana:

r n = 185 P ou 1,85 Å (da Equação)

n= 6

Logo, existem 5 níveis quânticos internos completos. Seus valores são:

r 1 = r n / n2 r 1 = 185 / 36  r 1 = 5,14 P = 0,0514 Å = 5,14 x 10-12 m

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 140/191

140

r 1 = 5,14 P

A partir daí, pode-se calcular os demais raios orbitais, só variando n.

r2 = 4 x 5,14 P  r3 = 9 x 5,14 P  r4 = 16x 5,14 P  r5 = 25 x 5,14 P 

A distribuição dos elétrons no átomo de Cs será:

1 r = 5,1 P

1 2 r = 20,6 P

1 2 3 r = 46,3 P

1 2 3 4 r = 82,2 P

1 2 3 4 5 r = 128,5 P

1 2 3 4 5 6 r = 185,0 P

9 –  8 –  5 - h –   Velocidade do Elétron

Para calcular a velocidade do elétron, a proposta é utilizar o mesmo raciocínio do sis-tema planetário: nele, depois de conhecida a energia de atração gravitacional entre o Sol e o

 planeta, quando se definiu que a METADE do valor encontrado é referente a atração feita pelo SOL sobre o planeta. Assim, para não ser atraído pelo Sol, o planeta tem que girar em

torno dele com tal velocidade que a força centrífuga, que tenderia a afasta-lo do Sol, medida pela sua energia cinética translacional, iguale a força de atração.

A energia de cada nível quântico sendo conhecida, a determinação da velocidade doelétron fica fácil de calcular, através da expressão:

E = ½. m x v2

Em virtude de cada nível energético (orbitais) ter valor diferente de seu conteúdo deenergia, fica evidenciado que a velocidade do elétron também vai ser diferente em cada nível

quântico.

Como exemplo, para os elétrons do raio 10-13 cuja energia é: E = 1,155 x 10-15 J

a velocidade do elétron será:

E = 2.½ x 9,1 x 10-31 x v2 

v2 = 1,155 x 10-15 / 9,1 x x 10-31 

v2 = 0,1269 x 1016 v = 0,356 x 108

v = 35.600.000 m/s 

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 141/191

141

Enquanto para os elétrons do raio 10-10 m, cuja energia é: E = 2,31 x 10-18 J

a velocidade será:

E = 2,31 x 10-18 J = ½ x 9,1 x 10-31 x v2 

v2 = 2,31 x 10-18 / 9,1 x x 10-31 

v2 = 0,25385 x 1013 v2 = 2,5385 x 1012 v = 1,5933 x 106 

v = 1.593.300 m/s 

Uma vez calculada a velocidade do elétron de determinado orbital, a partir de seu po-tencial de ionização, e do conhecimento de seu raio (distância que o elétron mantém do nú-cleo), pode-se determinar com extrema facilidade o número de voltas que o elétron dá em

torno do núcleo, através de seu perímetro (2x  x r).

9 –  8 –  5 - i –   Considerações finais do novo Modelo de Átomo

É claro que sei que quem se dispôs a ler esse item, deve ter ficado chocado. Afinal omodelo Ondulatório está em vigor já caminhando para um século, e agora aparece um qual-

quer para questiona-lo. Procurei me amparar o mais possível sobre qualquer item que resulteem mudança ou modificação de qualquer coisa em vigor, pois sei que tudo que altera algumacoisa vigente já é previamente vista com maus olhos ou má vontade.

Também sei que o modelo proposto poderá ser aceito ou descartado, mas isso não me preocupa porque coloquei em cada ponto tudo o que sei de química a respeito do assunto,embora sei que posso estar raciocinando de forma equivocada (embora realmente considereisso pouco provável).

Entretanto, continuo convicto na necessidade da mudança. A equação de Schroedinger

é uma EQUAÇÃO ONDULATÓRIA, mas o elétron é massa em movimento, e não uma onda.Além disso, a citada equação é uma equação diferencial de segunda ordem incompleta, o quematematicamente é pelo menos dificílima de resolver, e assim mesmo através de sucessivasaproximações. E foi adaptada a partir das equações de Maxwell, que são puramente ondulató-rias, pois na época nem o relativismo existia (que na opinião do autor não adiantaria nada porestar equivocado).

Percebe-se claramente que os valores dos raios para os elementos mais leves, estão ri-gorosamente em acordo. Mas, a medida que o número de camadas eletrônicas aumenta, osvalores obtidos pela equação de Schroedinger são muito mais altos que aqueles obtidos pela

equação proposta.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 142/191

142

Os valores de PI constantes da Tabela Periódica, não apresentam (na visão do autor)coerência com os valores já consolidados. Por exemplo, para um raio de 10-10 m (100 P) ovalor do conteúdo energético é de - 696 kJ (ou  – 7,2 eV). É claro que a medida que o raioaumenta, esse conteúdo energético diminui e vice verso. Entretanto o que se observa na tabelaé que a maioria dos raios, bem maiores que 1 x 10-10 m também apresentam valores de Pot. deIonização muito maior, o que aparentemente está errado.

Já a comparação com os raios calculados pelo autor, embora tenham sido determina-dos a partir dos Potenciais de Ionização das próprias Tabelas, apresentam valores muito maiscompatíveis.

Pelas razões expostas, creio e Proponho que o modelo de Schroedinger seja realmenteabandonado e passe a se usar o modelo coulombiano, tanto para cálculo dos níveis energéti-cos dos orbitais, quanto para o cálculo de suas distâncias ao núcleo atômico.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 143/191

143

10  - O HOMEM E O SEU HABITAT

10 –  1 - Considerações

É claro que depois de ver tanta coisa sobre ciência, Física e Química, e um pouco so- bre a parte Divina, que será completada no próximo capítulo, creio ser importante avaliar ocomportamento do ser humano, enquanto espécie, qual seu comportamento, principalmentefrente ao seu habitat já que, como mostramos antes, o homem quantifica tudo no Universo emfunção dos movimentos de rotação e translação de sua própria moradia, o planetinha Terra.

O homem sempre considerou que, antes de existir qualquer coisa, só existia evidente-mente Deus e seu habitat que, por acaso, era a Terra, apesar de ser “sem forma e vazia e havia

trevas sobre a face do abismo” (Gênesis, Bíblia). Lá também diz que Deus criou TUDO emfunção de nós, os seres criados a Sua imagem e semelhança, logo, perfeição.

 No livro chamado O Apocalipse (também na Bíblia), o que vemos é um relato de umCéu (ou Paraiso) onde moram Deus e os homens que já passaram pela Terra e agora estãosem matéria, logo, lá com seu Criador a sua imagem e semelhança. Durante o relato, observa-se que os habitantes do Céu não têm nenhuma tarefa, nem obrigações, nem absolutamentenada, a não ser “adorar o Cordeiro” e passar todo o resto do tempo em função da Terra e doshomens. Vigiam diuturnamente cada ato dos homens, cada praga ocorrida, o comportamentodas pessoas, tudo com o maior interesse. A eles nada interessa do que esteja ocorrendo naimensidão das milhões ou bilhões de galáxias de todos os tipos e tamanhos. Afinal, tudo issosó foi criado para nos nortear a noite, e o Sol, apesar de quinta grandeza, é o único astro im-

 portante, por ser o nosso, logo, divino.

Fica óbvio que para Deus e os demais habitantes do Céu, todo esse Universo sem fimem grandiosidade e, talvez, perfeição, não vale absolutamente nada. A única coisa dentro doUniverso que interessa a eles é esse planetinha insignificante e fedorento, mas onde moravaDeus e onde hoje moram os seres criados a Sua imagem e perfeição. Para não tomar conheci-mento de um Universo tão grande, complexo, quase (ou?) divino, para viver a eternidade em

função só de nós, é porque “devemos ser seres perfeitos (sic duplo!)”.

Entretanto, vamos colocar os pés no chão, acordar para a realidade e começar a avaliarcomo é o comportamento desse ser “divino” que é o homem, que habita a morada de Deus, eque mede tudo no Universo a partir da “casa de Deus”, que por acaso, também é a s ua.

Tendo em vista que raros seres humanos são ateus, descrentes de qualquer coisa supe-rior que tenha nos criado etc, esperar-se-ia que a esmagadora maioria dos homens, certos daexistência desse Deus Criador de tudo, inclusive dele próprio (homem) a Sua imagem e seme-lhança, e exatamente no local em que esse Deus morava, cuidasse do seu (e de Deus) habitat

com o mais profundo amor e respeito a TUDO, especialmente às demais Criações de quem ocriou com tanto amor e perfeição. Então, estaríamos realmente no Paraiso, pois além do ho-

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 144/191

144

mem ser uma imagem de Deus, também passou a morar junto com Ele no Seu habitat eterno,o planeta Terra. Isto justifica porque os religiosos adotam como parâmetro medidor e regula-dor, ou seja, quantificador de tudo no Universo, em função de sua moradia, com a defesa deque não o fez pela moradia ser sua, mas sim de Deus. E parece lógico que o local que seja amoradia de Deus, seja realmente o parâmetro identificador e quantificador de tudo que possaexistir.

Assim sendo, temos o homem, com todo esse paraíso chamado Terra, morada eternade Deus e temporariamente sua também, com a incumbência de mantê-la nos moldes em quelhe foi concedido o direito de Utilização dela. Pelo transcorrer dos eventos ligados a criação,

 pode-se deduzir que a Terra continua sendo de Deus, tendo o homem o direito de habita-laenquanto estiver aqui, com direito inalienável ao usufruto de tudo que tenha sido colocado asua disposição.

 Neste capítulo vamos fazer uma análise o mais imparcial possível de como é esse ha- bitat e da forma como ele é cuidado pelos homens criados a “imagem e semelhança de Deus”. 

10  –  2 - O Habitat

 Não se pode negar que a Terra seja um planeta simpático. Sua massa é de 6 x 1024 Kg,

sua densidade média é de 5,515 g/cm3, logo, seu volume é de 1,083 x 1012  Km3. É o terceiro planeta em afastamento do Sol, sua superfície mede aproximadamente 510.072.000 Km2, dosquais três quartos (382.554.000 Km2) é constituída por água, com belas praias, e o restanteum quarto (127.518.000 Km2) é constituído pela parte sólida, com desertos, florestas tropi-cais, e uma parte dessa área total coberta com camada orgânica (húmus), apropriada para

 plantar vegetais que servem de alimento. Sua atmosfera é constituída por uma mistura de doisgases, um inflamável (o oxigênio) e o outro não, sendo inerte (o nitrogênio).

Como nesse capítulo o assunto é o homem, seu habitat, e como ele cuida e mantém suamoradia, logo, trata-se do que se convencionou chamar de “meio ambiente”. Como o homemse comporta em relação a manutenção e proteção da Casa de Deus, que ele como Sua imageme semelhança tem o direito de usufruir dela também.

Claro que este assunto pode ocupar um sem número de páginas, com trechos enalte-cendo Deus e o amor dos homens por Ele, como também outros tantos mostrando tantos errose incoerências observadas no nosso dia a dia, que pode tanto comprometer a Divindade deDeus ou mostrar o lado puramente maligno do ser humano.

 Não quero me estender demais nesse assunto, razão pela qual só estou preparando ocaminho para uma análise mais equilibrada do nosso comportamento em relação ao meio am-

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 145/191

145

 biente de nosso habitat. Por isso, vou apenas fazer pequenas citações para lembrar os leitoresdo que já foi dito anteriormente.

Pertencemos ao sistema solar, cujo astro SOL é uma estrela de QUINTA grandeza.Somos o terceiro planeta em afastamento do nosso astro (Sol), mais distante apenas do que

Mercúrio e Vênus. Somos 335.000 vezes menor que o Sol e somos maiores apenas 181 vezesque Mercúrio, o menor de todos. Nossa massa total é de 6 x 1024 Kg e giramos em torno doSol a uma velocidade translacional de 30 Km/s, logo com uma energia cinética de 2,65 x 1033

J, preso a sua órbita pela atração gravitacional do Sol sobre nós, metade da atração gravitacio-nal Sol-Terra, que é de 5,325 x 1033 J. Também apresentamos movimento de rotação, ouseja, “rodamos” em torno de nosso próprio eixo na velocidade de 464 m/s. 

Curiosamente, apesar de ter sido a moradia exclusiva de Deus e de ter se tornado tam- bém o nosso habitat, já que somos imagem e semelhança Dele, não somos o maior em nadanem o menor em nada, apenas o de maior densidade, ou seja, massa por unidade de volume.Somos um planetinha intermediário em TUDO e participantes de um sistema de uma estrelade apenas QUINTA grandeza. E lembrar que todo o resto desse imenso Universo foi criadosomente em função somente de nós e de nossos interesses (?).

10 –  3 - As Coincidências da “Criação” ou “Evolução” 

O planeta Terra é constituído por três quartos de agua, logo, pode-se dizer com absolu-ta certeza que o planeta é “majoritariamente agua”. Curiosamente, quer seja propositalmenteou não, o Homem é constituído por TRÊS QUARTOS DE AGUA. Assim, o Planeta Agua éhabitado por um ser humano constituído basicamente por Agua.

Só por curiosidade, para quem nunca pensou no assunto, se desidratarmos completa-mente um homem de oitenta quilos, a agua vai para a atmosfera e o que sobra dele não passade vinte quilos, que cabe num pequeno balde de obras. O homem nunca consegue imaginarque cabe dentro de um pequeno balde de obra, muito menos que a mistura dessa matéria in-significante com mais três partes iguais de agua (constituinte básico do Planeta) se transformanessa “maravilhosa imagem e semelhança de Deus”. Muita gente pode até duvidar que esseser robusto, forte, que anda, corre, pensa, e faz tudo que fazemos no nosso dia a dia, possa serna verdade uma solução de 1/4 de matéria sólida em 3/4 de agua.

Entretanto, a explicação Química para o fato é extremamente simples. Pode-se dividirtodas as substâncias existentes em função de suas dimensões. Existem substâncias que medemmenos de um nano (1 nano = 10 -9 m), que pelas suas dimensões têm sempre energia cinética osuficiente para vencer a força de gravidade e se manter em solução. Por outro lado existem

substâncias que medem mais de um micron (1 micron = 10-6

 m), que pelas suas dimensõestêm sempre energia cinética insuficiente para vencer a força de gravidade, de forma que não

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 146/191

146

conseguem se manter em solução, precipitando e separando o sistema em macro fases distin-tas.

O sistema coloidal é de constituição micro heterogênea, sendo que as partículas com pelo me-nos uma de suas dimensões dentro da faixa de tamanhos citada, é chamada de “fase dispersa”

(ou micelas) e a fase contínua que as mantém em solução é o meio de dispersão, ou a fasedispersante.

Entre esses valores, ou seja, de 1 nano a 1 micron encontramos um conjunto de subs-tâncias que são altamente dependentes da Temperatura, isto é, enquanto os solutos (que fazemas soluções verdadeiras) apresentam as mesmas características em longo intervalo de tempera-turas, o mesmo ocorrendo com as suspensões grosseiras, as substâncias que ocupam este in-tervalo coloidal têm propriedades altamente dependentes da temperatura. Pelo tamanho das

 partículas, até determinados valores de temperatura a energia cinética dessas partículas é pe-quena e não consegue vencer a força da gravidade e precipita, fazendo geralmente com estru-turação total abrangendo todo o volume do sistema, formando uma estrutura chamada de coa-gulação. Numa pequena faixa de temperaturas, o sistema sai da condição de aglomerado (coa-gulado) e se se solta, já que as partículas, com leve aumento de temperatura, já adquirem sufi-ciente energia cinética para vencer a força da gravidade e se soltarem, formando um outro tipode coloide, o coloide fluido. Os coloides do tipo fluidos, soltos, são chamados do “tipo SOL”e aqueles aglomerados, coagulados, são chamados do “tipo GEL”. 

É bom deixar o aviso para que não digam que errei nos valores, que o limite superiordo tamanho coloidal tem divergência na ciência. Inicialmente era realmente 1 micron, mas

atualmente a maioria adota para tamanho coloidal a faixa 1 a 100 nanos, ou seja, 10

-9

 a 10

-7

 m. Eu compartilho da maioria que adota esse valor, mas só coloquei o limite de 1 micron paraser mais abrangente e esclarecer a todas as correntes de pensamento.

Outro ponto que deve ser esclarecido é que as estruturações citadas acima, sistemadisperso livre (SOL) e sistema disperso ligado ou coagulado (GEL), não são os únicos tiposde coloide existentes. Na verdade existem inúmeros tipos de coloides, e são muitas as classifi-cações deles, cada uma em função de determinado parâmetro ou finalidade etc. Aqui preferiSÓ colocar esses dois tipos de situação coloidal por uma razão simples: eles são as formas deconstituição do homem, com seu um quarto de matéria sólida e três quartos de agua líquida.

O homem é uma mistura de tipos de estruturação coloidal, pois varia desde sistemasaltamente estruturados como ossos e tendões (os ossos têm o meio de dispersão sólido e a fasedispersa líquida), passando por sistemas geleificados como fígado, indo até sistemas coloidaisfluidos, como liquor, sêmen e sangue.

Assim, como disse certa vez um cientista, o Prof. Zukov: “o homem é um coloide an-dante”, serve para mostrar que somos apenas isso, um conjunto coloidal que anda, corre, fala,

 pensa, se reproduz e tem sentimentos, igual a todos os mamíferos. A única coisa que o ho-mem tem a mais que os demais mamíferos, e que o distingue deles, é a parte do cérebro cha-

mada neo cortical, com seus neurônios vibrando e que dá a quem os possui, a capacidade deavaliar e entender as coisas em que ele pensa. Em suma, dá a seus possuidores a capacidade

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 147/191

147

de discernimento das coisas. Se o homem, mesmo com o neo cortical, não tem a capacidadede saber exatamente o que é certo e o que é errado, pelo menos permite avaliar e distinguir oque o bom senso indica como certo e como errado.

Só o homem tem a parte neo cortical do cérebro, logo é o único animal que tem capa-

cidade de distinguir tudo que o bom senso indica como certo, logo, deveria ser o único a saberque matar ou prejudicar qualquer outro ser vivo é errado, e pior ainda, para quem crê na exis-tência de Deus, além de crime deveria considerar um pecado sem perdão! Se matar outro servivo já é um crime hediondo e um pecado sem perdão, imagine-se matar um semelhante seu,que é tão filho de Deus quanto ele. Ele mata um filho de Deus e depois reza para Deus! Gos-taria de saber o que ele diz para Deus nesse momento. Como seu neo cortical justifica tal ato

 perante Deus?

Infelizmente, na minha opinião, o homem conseguiu bloquear seu neo cortical, pois o assuntomorte ainda apavora o ser humano, embora seja a única coisa certa nessa nossa “vida”. 

 No planeta Agua, não existe somente o ser humano. O planeta é habitado por um semnúmero de espécies animais e vegetais, todos convivendo com o ser humano. São formas devida que se distribuem em tamanhos desde minúsculos seres unicelulares até seres da com-

 plexidade dos animais superiores, com seus ciclos de vida, de reprodução, de respiração, dedigestão, etc. Dentre eles o mais complexo é considerado o ser humano. Apesar do homem terseus ciclos exatamente igual ao de seus pares mamíferos, é o único dos seres vivos que tem a

 parte neo cortical do cérebro, única coisa que o distingue dos demais.

Tirando o homem, tudo no Planeta funciona como um relógio; cada espécie tem seu

 predador natural, justo para manter o equilíbrio delas. Existem espécies que vivem dentro daagua, dentre os quais alguns mamíferos, mas a maioria tem estrutura apropriada para sua con-dição, que permita respirar dentro da agua, escamas, etc. Esses seres são apropriados para avida submarina, logo, são aptos a enfrentar todos os desafios inerentes a vida aquática, neste

 planeta com três quartos de agua.

Fora da agua, existem inúmeras espécies que se deslocam somente na parte sólida do planeta, e alguns que possuem estrutura para voar, com asas apropriadas em função de seu peso, etc.

A evaporação da agua, que existe nessa imensidão, forma acúmulos de agua no ar,chamados nuvens que, de quando em quando, caem de volta a superfície, no fenômeno cha-mado chuva. A chuva é o retorno da agua que evaporou. Isto mantém a relação agua/terraconstante.

Devido a esses fenômenos, todos os habitantes do planeta são sujeitos a ação da água, já que a constituição dos seres vivos, curiosamente segue a mesma proporção, ou seja, todoser vivo que habita o planeta é constituído por mais quantidade de agua do que por partículassólidas. A estruturação desses seres todos, inclusive dos seres humanos, sempre com predo-minância de agua, é uma forma de estruturação um pouco diferente do que certamente a maio-ria das pessoas conhece, chamado coloide, explicado acima.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 148/191

148

Só para esclarecer aos leigos como é possível a estruturação do homem com uma partesólida para três partes de agua líquida, e formar essa estrutura forte, robusta, de conformação

 bem definida, basta lembrar o que todos já sabem, mas não correlacionam, e que é um alimen-to gostoso, que qualquer pessoa no mundo sabe fazer: a GELATINA.

A gelatina é uma molécula de tamanho relativamente grande, com suas dimensões seenquadrando na faixa de tamanho coloidal. Sua forma é alongada e cheia de ramificações tipo“sovacos”, que têm a capacidade de prender moléculas de agua. Seria, por exemplo, comouma lacraia, ou mesmo uma centopeia, com aquela enorme quantidade de sovacos por cabeça.Por isso a molécula tem grande capacidade de reter agua, presa dentro de sua estrutura. Poracaso, a molécula de gelatina é a que mais aumenta seu volume em relação a sua matéria seca(centenas de vezes, em condições especiais, claro).

Em condições ideais, com agua destilada ou deionizada, a gelatina pode adquirir con-sistência com uma parte do pó para noventa e nove partes de agua. Mas na prática usual, issonão funciona perfeitamente. Mas como comparação com os seres vivos, basta considerar cin-co ou dez por cento de pó para noventa ou noventa e cinco por cento de agua. É só dissolver o

 pó da gelatina, comprado em qualquer mercado, em noventa (ou noventa e cinco) vezes seuvolume em agua. Como a molécula é grande, sua energia cinética a frio não é suficiente para adissolução total. Recorre-se então ao pequeno aquecimento, justo para dissolver completa-mente a gelatina na agua. Assim pode-se garantir que a molécula já está estruturada comple-tamente com agua presa em seus sovacos tridimensionais, só que ainda em movimento devidoa energia cinética.

A seguir basta colocar a solução na geladeira para baixar a energia cinética das partí-culas o suficiente para a formar a estruturação das moléculas com participação de todo o vo-lume de meio de dispersão, que no caso é a agua. Forma-se um sistema coloidal “ligado”,logo, do tipo GEL (que é exatamente a origem do nome GEL: da gelatina).

Esse sistema com cinco por cento de matéria sólida e noventa e cinco por cento deagua líquida forma um sistema estável (e gostoso de se comer). Com tanto líquido, claro queele não pode ter uma estrutura rígida (rochosa). É maleável, e sacudido lembra muito (e quelembrança boa) o bumbum das maravilhosas mulatas das escolas de samba. Essa estruturaçãose dá com cinco por cento de matéria sólida. Lembrar que o homem tem da ordem de vinte e

cinco por cento (e as mulatas das escolas de samba também!).

10 –  4 - A Origem do Homem

Antes de entrar no assunto principal que é a relação do homem com o Meio Ambiente,ou seja, como ele se comporta e como cuida da moradia de Deus da qual ele tem direito a usu-fruir enquanto estiver por aqui, preciso fazer uma breve análise sobre uma questão bastante

cáustica e, certamente criadora de arestas, seja com um seja com o outro grupo, dentre os quedefendem cada facção. Trata-se da origem do homem: fruto da Criação ou fruto da Evolução!

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 149/191

149

Vou me ater apenas no presente item, a fazer um resumo de um capítulo chamado OEvolucionismo, que escrevi no Trabalho POR QUE DEUS NÃO REPONDE, disponível paraquem se interessar na página www.franciscoguerreiro.com.br . 

Sempre deixei claro em tudo em minha vida, que sou um poço de dúvidas, já que con-

sidero que a evolução é uma busca e só busca algo quem tem dúvidas. Tenho opinião formadae consolidada de que todo aquele que tem certeza de alguma coisa é digno de profunda pieda-de, porque creio que a certeza é a principal consequência da Vaidade, que dominou inteira-mente o ser humano, tornando-o uma máquina de competição e não de amor e convivência.

Quando o homem é vencido pelo mal, ao passar a ter vaidade, a esquecer que todos osseres humanos são absolutamente iguais, simples transportadores ambulantes de coco fedo-rento, então ele passa a ter certeza de tudo e é levado a cometer qualquer erro ou crime, poisele é divino e tudo que ele faz é a vontade de Deus. Até matar seus irmãos, filhos do mesmoDeus, é a vontade de Deus, porque ele assim o quer que seja.

Espero que um dia o homem, se não conseguir parar sua desesperada corrida a lugarnenhum, pelo menos que consiga diminuir a velocidade e comece a pensar em si mesmo e nosdemais seres vivos, principalmente seus semelhantes humanos. Talvez ele comece a perceberque se for virado do avesso fede igual a uma latrina cheia. Alias, a latrina fede exatamente porcausa dele mesmo. Só que ele não tem inteligência para observar isso, porque bloqueou seuneo cortical, para não ter que pensar no seu fim, pois o homem não entende nem admite seu

 próprio fim.

Se o homem, vaidoso como é, tentar tomar uma lavagem intestinal para se livrar da

sua parte que mais fede, ele vai desidratar e terá que ir a um hospital ficar atrelado a um soro para se re hidratar e começar a comer comida sólida que vai virar coco fedorento dentro dele.Aí, quando ele estiver novamente cheio de coco fedorento por dentro, ele pode levantar e irembora porque voltou a ser um homem normal, ou seja, um transportador ambulante de cocofedorento. Mas nem assim o homem acorda, se julga uma imagem e semelhança de um DeusTodo poderoso, divino e sempre se acha mais querido por Deus do que seus irmãos humanos.O dia que o homem descobrir isso, ele saberá o que é ser feliz e realista, e descobrirá ondeestá e como age o mal, do qual ele deveria estar se defendendo.

Voltando ao assunto desse item, sempre fui cético quanto a aparecer alguma coisa donada. A ciência atualmente aceita como modelo inicial do universo físico (não divino) o mo-delo da grande explosão térmica, conhecido como Big Bang. Não vou comentar aqui a impos-sibilidade de sua existência por já ter trabalho para isso, também disponível na páginawww.franciscoguerreiro.com.br . 

O que me deixa curioso é tanto cientista inteligente achar possível uma compressão defótons até volume zero, violando a termodinâmica e depois gerar uma explosão tão violenta.De qualquer forma, o insumo na explosão era o mesmo, os fótons. Só com fótons explodindo

 pode-se gerar um Universo tão grande, tão complexo, que até hoje sequer o conhecemos to-

talmente? Me é difícil aceitar que do nada (volume zero) ou mesmo de grande quantidade domesmo insumo aparecerem tantas espécies, e tão diferentes entre si, como minerais, vegetais e

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 150/191

150

até animais, inclusive o homem! E qual a explicação para o mesmo insumo gerar produtos tãodiferentes? Houve sequência lógica ou foi tudo ao acaso? A partir da Grande Explosão Tér-mica (???) todos os fótons saíram à mesma velocidade formando esferas cada vez mais am-

 plas, logo, sempre sujeitas às mesmas condições energéticas. Porque não seguiram todas omesmo destino? Porque tanta diversidade no universo a partir do mesmo insumo seguindosempre com as mesmas condições energéticas?

A evolução das espécies vivas, em si, é coisa comum e sem nada passível de dúvida esem nada a se acrescentar. É apenas uma adaptação dos seres vivos às novas condições quevão aparecendo com o tempo. E isso é fruto de um período longo de evolução quando atingiuas características que consideramos como definidas e definitivas para os seres atuais. Masquem garante que a evolução já atingiu sua meta?

Sempre haverá a pergunta: o homem atual já é o definitivo ou vai continuar evoluindo? Por-que o homem evoluiu tanto no sentido de andar de pé e não de quatro, criou musculaturas

 próprias para esse fim, ao invés de evoluir no sentido de criar asas e poder voar, já que desdeos primórdios o homem sempre sonhou em voar, então porque sua evolução foi em outro sen-tido? Ou será que nesse caso não houve evolução e sim involução?

Porque algumas espécies não evoluíram no sentido de adquirir capacidade de correr como osfelinos, deixando de ser presa fácil deles? Porque os felinos evoluíram tanto em termos develocidade, garras para pegar suas vítimas e presas para as dilacerar, e não evoluiu no sentidode se tornar herbívoro? Afinal, a quantidade de verde que existe em nosso planeta seria sufici-ente para abastecer todos os felinos por toda a eternidade, além do que eles não necessitariam

emboscar e matar outros animais para sobreviver. O que fica muito difícil de fazer quando eleenvelhece e talvez isso acelere sua morte. Isto também é evolução?

Entretanto, minha dificuldade maior está em entender o evolucionismo como ele é considera-do pelos seus defensores, todos só se referindo a evolução de seres vivos, mas não para osseres inanimados. Porque um conjunto de fótons conseguiu evoluir a ponto de se tornaremanimais com ciclo vital perfeito etc, e outros não conseguiram passar de inanimados minerais?

Pelo exposto, pode-se perguntar qual o final da evolução? Tudo vai continuar evoluindo atéque ponto? A evolução caminha para um ponto de equilíbrio ou continua até reduzir tudo a

 pó? Nós também? Já chegamos ao ponto de máxima evolução possível ou estamos em umestágio primitivo, passível de todas as mudanças imagináveis (ou inimagináveis) ainda porvir? Nesse caso como seríamos no futuro? Voltaríamos ao bom senso e andaríamos de quatroou continuaríamos de pé? E os demais mamíferos conseguirão adquirir o neo cortical ou selimitarão para sempre com o lumbical? Da mesma forma pode-se inquirir dos evolucionistas

 porque com o mesmo tempo de evolução os répteis e ofídios não adquiriram o lumbical (a parte do cérebro que dá o conceito de sentimento) como os mamíferos? E porque a cobra nãoevoluiu no sentido de criar asas ou pernas para se deslocar com mais facilidade? É claro queisso tudo é assunto com boa dose de subjetividade e é passível de questionamentos acalorados

 para sempre.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 151/191

151

Entretanto tem uma coisa que considero ponto de honra e não aceito parecer contrário de ne-nhum ser, mesmo com pouca inteligência, é que tem que manter a coerência:

“Num processo evolutivo as coisas sempre evoluem. Pode haver ocasionalmente curtos oulongos períodos estacionários (platôs), para depois continuar a evolução, fato que pode se

repetir tantas vezes quanto se queira. Mas, depois de cada platô, OBRIGATORIAMENTE osistema tem que continuar evoluindo”. 

Assim sendo, a evolução, intercalada ou não por platôs, SÓ pode conter períodos estacioná-rios e evolutivos. Jamais meus neurônios aceitarão que a parte INVOLUTIVA possa fazer

 parte do processo EVOLUTIVO. Seria a negação de tudo, da razão, do bom senso, da inteli-gência e de tudo o mais que o homem conseguir coordenar.

E é aí que o Evolucionismo esbarrou nos meus neurônios: “o ser humano”. 

Frente aos demais mamíferos, o homem é visivelmente um estágio acima, sem nenhuma dú-vida. Mas isso é realmente fruto da Evolução?

A evolução (ou desenvolvimento) do homem chegou a beira do inimaginável!

Uma simples molécula, invisível a olho nu, chamada DNA detém o código genético e todas ascaracterísticas que o futuro ser humano vai ter.

Sai de uma simples molécula, consegue evoluir até criar carne, ossos, cabelos etc. Depoisevolui aumentando o volume inicial, enrijecendo os ossos, os tendões, consegue se estruturarem forma coloidal com um volume de água mais de três vezes superior ao de sólidos, e aí

manter a configuração atual de um sistema coloidal íntegro, composto por várias formas deestruturação coloidal deferentes, desde sóis líquidos a géis consistentes e até mesmo sistemacoloidal com o meio de dispersão sólido, como os ossos, aumentar sua resistência às intempé-ries, chegar ao ápice da força, do conhecimento, da capacidade de discernimento, de reprodu-ção, da utilização racional da força, etc. Enfim, o homem sai de uma simples molécula, seencorpa, aumenta, evolui material e espiritualmente, se reproduz, chega ao ápice. Realmenteum processo evolutivo digno de elogio e inveja.

De repente, a partir daí começar a decair, a degenerar, a perder tudo que conseguiu amealhardurante o fabuloso processo evolutivo, e culmina por chegar ao seu fim através da morte. Damolécula (DNA) ao ápice, foi realmente uma evolução.

Mas aí cabe uma pergunta: o período de decaimento, enfraquecimento, degeneração e mortetambém faz parte da evolução? Por que um sistema que sai de uma simples molécula, cria umser vivo, que nasce, evolui até a condição do ser adulto, com vigor, capacidade de locomoção,de pensar, de andar, correr, nadar, etc, e depois que tudo isso é conseguido, começa tudo aandar para trás, começando a desfazer tudo que foi feito antes, culminando com o desapare-cimento de tão bela obra da evolução? Será que do nada (um conjunto de fótons) já seria pos-sível estabelecer um sistema evolutivo tão inteligente que previsse que depois de tanto tempo

necessário para produzir uma obra tão perfeita, que ela, tão logo produzida, iniciaria seu de-clínio e destruição?

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 152/191

152

 Na minha opinião, que me desculpem os evolucionistas, o decurso do ciclo vital está parecen-do muito mais ser atrelado a algum modelo previamente estabelecido para ser cumprido dessaforma (na verdade uma curva de Gauss), do que ser o produto de uma evolução que, de repen-te estaciona, “involui” e acaba mor rendo, com tudo isso fazendo parte de um processo evolu-tivo (??).

É claro que todos esses questionamentos e suas possíveis respostas vão continuar caminhando juntas para sempre e no campo da pura subjetividade. Talvez essa seja a coisa mais importan-te para o ser humano racional: tudo ser sempre no campo subjetivo, pois se houvesse algumaevidência objetiva, as respostas seriam obvias e de consenso e então o homem não teria maissobre o que pensar e procurar. Será que o homem continuaria existindo a partir do momentoem que tudo fosse esclarecido de forma objetiva? O que ele procuraria dali para a frente? Quemotivos ele teria para continuar vivo?

Evidentemente o assunto não se esgota por aqui. Claro que, como me considero racional ehonesto, e como a avaliação do modelo Evolucionista, que é o único contraponto conhecidohoje ao modelo Criacionista, sou obrigado a reconhecer que, se o modelo Evolucionista temmais furos do que queijo suíço, o modelo Criacionista que, apesar de apresentar enorme nú-mero de falhas, o faz menos que o Evolucionista, então sou obrigado a dar mais crédito aomodelo Criacionista.

É evidente que no estágio atual do conhecimento humano, não se pode garantir que o únicocontraponto possível ao modelo Criacionista seja o Evolucionista, razão pela qual, daqui paraa frente, vou continuar buscando a existência de algum outro contraponto mais razoável. Mas,

enquanto não o encontrar, sou obrigado a dar mais crédito ao modelo Criacionista do que aomodelo Evolucionista Darwiniano, pelas evidências apresentadas.

10 –  5 - O Homem e a Morte

Após ter falado tanto sobre a origem do homem, por Criação ou por fruto de Evolução,e depois dos conceitos emitidos anteriormente sobre a Termodinâmica, que na minha opiniãoé o balizador final de tudo que ocorre, tenho que colocar aqui uma análise do assunto quemais incomoda a maioria dos homens: seu fim, ou seja, sua morte.

 No item anterior deixei bem clara a minha opinião pessoal sobre os modelos possíveisde surgimento de tudo, do Universo ao homem. Muito me incomodou o fato de considerarsem sentido nenhum alguma possibilidade de escolha, por mais improvável que seja, poissempre preferi ter como possibilidade a alternativa da opção, para o que é sempre necessárioexistirem soluções alternativas possíveis, mesmo com probabilidades muito diferentes.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 153/191

153

Quanto ao evento morte, ou seja, o fim do homem, que ele não aceita e por isso, com oinerente medo do desconhecido, bloqueia seu neo cortical, que é a parte do cérebro que forne-ce a razão, logo, o possível entendimento para este ou qualquer outro fato de nossas vidas.Pela honestidade de propósitos de meus estudos, no item anterior terminei embasbacado e o

 pior, neste item que vou transcrever como segui o raciocínio de início ao fim e mostrar nofinal, que acabei neste, talvez mais embasbacado ainda. Mas acho que a evolução é assimmesmo; ora achamos uma coisa, e depois a reconhecemos absurda e assim sucessivamente.

Mas vamos ao estudo, sua sequência e as conclusões a que cheguei.

Conforme foi visto detalhadamente no primeiro item do capítulo 9, a avaliação termo-dinâmica de um evento é sempre feita dividindo o Universo em duas partes: a primeira consti-tuída pelo sistema que se quer estudar e o segundo, o resto do Universo, de tal forma que asoma das duas partes recompõe o Universo íntegro.

 No caso presente, o evento que me propus a estudar é o homem, ou seja, o ser huma-no. Dessa forma temos o seguinte conjunto em equilíbrio:

Homem + Resto do Universo = Universo

O princípio e o mecanismo de análise é exatamente o mesmo, já que o homem consti-tui um sistema e somado ao resto do Universo, reconstitui o Universo. Todas as trocas even-tuais tem que seguir as mesmas leis, ou seja, a Entropia do Universo tem que aumentar (emalguns casos, como em reações em equilíbrio, pode se manter). Mas, sob hipótese alguma aEntropia do Universo pode diminuir.

 No caso dos seres vivos, como no caso do homem, aparece um dado novo, que nãoimpede nem atrapalha a avaliação Termodinâmica, mas que vai causar um incômodo maisadiante.

Trata-se do fato do homem ser um “ser vivo”, com auto suficiência de locomoção, pensamento, respiração, reprodução, etc. Por essa razão vou considerar essa situação como:

Homem VIVO + Resto do Universo = Universo

É claro que a introdução da palavra vivo não afeta em nada a continuidade do estudo,

tendo-se sempre em mente que as trocas entre os dois lados participantes têm obrigatoriamen-te que manter ou aumentar a Entropia do conjunto (Universo). É evidente que durante a vidado homem, ele vive trocando Energia e Entropia com seu parceiro (o resto do Universo),sempre respeitando as leis vigentes.

Entretanto, no caso dos seres vivos, principalmente no caso presente por se tratar dohomem, ocorre um evento desconhecido e imprevisível: de repente o homem MORRE.

É claro que no ato da morte mudam muito os parâmetros analisados, de forma que acondição de estudo passa a ser:

Homem MORTO + Resto do Universo = Universo

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 154/191

154

Daí para a frente, é só definir os parâmetros e suas variações e continuar fazendo aanálise termodinâmica. Entretanto, o ponto crucial da questão não é esse, pois se sabe queambas as situações vão atender as leis termodinâmicas. O grande problema, e que me pegoudesprevenido, foi a grande mudança que ocorre nos balanços energético e entrópico feitosantes e depois do evento MORTE, que se pode até chamar de SINGULARIDADE. É como osdois cones representativos do passado absoluto do evento e do futuro absoluto do evento, de-finidos por Einstein.

Para ele, os dois cones eram ligados pelo bico e representava para ele a chamada sin-gularidade, que ele considerou como sendo o evento presente e definiu que as ocorrênciascontidas no cone de eventos passados não poderiam ter nenhuma influência nas ocorrênciasdo cone de eventos futuros. Ou seja, a singularidade era uma ruptura brusca e total entre osacontecimentos passados e os acontecimentos futuros.

Sempre me incomodou muito essa conclusão dele, ou seja, dois cones ligados masdesvinculados pelo bico comum.

Em trabalho anterior já fiz minha crítica a esse conceito, que como é curto, vou des-crever aqui. O exemplo que usei foi de um médico atender a uma criança com febre. Se o mé-dico lhe der um antitérmico, vai baixar a febre por um período, e voltará em seguida. Porque afebre não é um evento auto suficiente; ela é consequência de uma infecção que gera o cone deeventos futuros, chamado febre. Assim, se o médico só lhe der antitérmicos vai acabar matan-do a criança. O que o médico precisa fazer é pesquisar para descobrir o local, a natureza e aintensidade da infecção. Curando a infecção acaba a febre.

Dessa forma pode-se considerar que a infecção é o evento presente ou singularidade ea febre é a constituição do cone de eventos futuros. Assim, em princípio me parece mais lógi-co considerar que o bico tem influência direta no cone de eventos futuros.

Geralmente, depois de certo tempo, a infecção volta. Nesse caso, o procedimento domédico tem que ser ainda mais profundo. Não basta confirmar os dados da infecção e trata-la,

 pois fará com que ela volte mais a frente. Assim, o médico tem que fazer uma pesquisa doseventos passados que desembocaram na infecção. Evitando os eventos que causaram a infec-ção, ele cura o paciente de forma definitiva.

Este foi o exemplo que eu dei; na verdade trata-se do modelo de um acontecimento bastante semelhante ao que utilizaram para a elaboração do modelo do Big Bang. A condiçãoimpositiva de que nada do que ocorreu no cone de eventos passados pode influir nos aconte-cimentos do cone de eventos futuros, passou a me incomodar um pouco, por ser aparentemen-te descabida.

Uma outra avaliação que fiz em torno disso, é que seus promotores, provavelmenteestudando uma possível existência de vida após sairmos daqui, de nossa viagem planetária emforma material, certamente acreditavam que existe realmente uma vida NÃO material quandodesembarcarmos de nossa nave em movimento eterno (Terra), porém não tendo encontradonenhuma forma, por mais subjetiva que seja, de contato, preferiram considerar que o ato da

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 155/191

155

morte, que é um evento singular, seja uma ruptura TOTAL entre o cone de eventos passados(nossa vida material) e o cone de eventos futuros (nossa vida não material, se ela existir, éclaro). Acho válido a busca, como qualquer pesquisa teórica ou experimental que alguém sedisponha a fazer, pois isso é que faz o homem evoluir. A única coisa que critico veemente-mente é a assertiva de que a singularidade acaba com qualquer vínculo possível entre os conesde eventos passado e futuro. É mais um exemplo da arrogância, consciente ou inconscientedo homem, que não encontrando resposta ao que procura, define como “verdade absoluta” aconclusão a que ele chegou. Deve-se sempre respeitar o direito de qualquer outro homemtambém pensar no mesmo assunto e chegar a conclusões totalmente opostas, sem que se possaafirmar que ele esteja errado, pois a verdade é uma busca, e só sabe “a verdade absoluta” os

 pobres de espírito dignos de profunda piedade por parte de quem pensa com seus neurônios. Éisso que realmente eu sinto de todos os que “sabem a verdade”, pois estão no chão da escadado conhecimento da vida. Alias, no chão bastante elameado.

Depois disso, vamos voltar ao evento morte e as duas situações criadas:

- Homem VIVO + Resto do Universo = Universo

- Homem MORTO + Resto do Universo = Universo

A avaliação fria das duas situações, mostra realmente um hiato entre elas. Mesmo comas duas situações independentemente uma da outra estarem atendendo as leis, mas o fato éque não são DOIS sistemas, duas situações independentes. Estes dois cones são ligados entresi pelo evento MORTE, que é a singularidade do evento estudado.

Antes da morte, o homem tinha determinado conteúdo entrópico, já que ele tem todosos tipos de movimento: mexer as pernas, mexer os braços, executar o ciclo respiratório, o ci-clo reprodutivo, o ciclo digestivo, todos os órgãos se movimentando, especialmente o cora-ção, o sangue circulando ao longo de vários metros dentro de artérias e veias, os neurôniosvibrando, mantendo todo esse sistema coloidal complexo a uma temperatura em torno de trin-ta e sete graus, e por aí afora.

 No ato da MORTE, todo o sistema perde seus movimentos, o coração para de bater, osangue fluente deixa de ser um sistema coloidal livre, solto, do tipo SOL e coagula, passandoa ser um sistema coloidal do tipo GEL (coagulado, aglomerado, com retenção de todo o vo-lume de meio que o constitui, o que diminui drasticamente a entropia) e, finalmente, diminuiviolentamente o maior contribuinte para a Entropia: a Temperatura. Claro que a diminuiçãoda entropia no homem morto em relação ao homem vivo, que é devido a coagulação do san-gue, diminuição de temperatura, e outros, onde tudo favorece o aumento da coesão, energiacoesiva ou atrativa. Essa diferença em forma de entropia é enviada ao resto do Universo. Sóque é fácil perceber que a quantidade de entropia contributiva para a entropia do Universo

 promovida pelo Homem Vivo é visivelmente maior do que a promovida pelo Homem morto.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 156/191

156

 Nesse ponto parei para pensar profundamente em quaisquer alternativas possíveis.Depois de tudo que mostrei antes, não posso me negar a aceitar que o evento morte realmentemodificou bastante a condição reinante: vivo x morto. A aceitar que o bico (evento presenteou singularidade) que no caso presente é a morte, seja uma interrupção total entre os dois co-nes de eventos passado e futuro, pode ser até aceito, mas precisa primeiro justificar como essaenorme quantidade de energia e entropia sumiu! Se o sistema VIVO tinha toda aquela quanti-dade de energia entrópica, através dos movimentos e do calor, e de repente vem a MORTE eacaba com tudo isso sem uma compensação do parceiro do sistema, que é o “resto do Univer-so”, então eu seria obrigado a reconhecer que a Termodinâmica está errada: não passa de um

 blefe!

Mas admitir que ela atende TUDO que ocorre no Universo inteiro, e só erra em umúnico caso: a Morte do ser vivo, é difícil de aceitar. Sinceramente, para aceitar isso, eu ficariana obrigação moral de acreditar em Papai Noel, Chapeuzinho Vermelho, etc.

Usando a razão, pelo menos que eu penso ter, a Termodinâmica não pode ser tão per-feita para tudo menos para esse caso específico, que permite que o Universo como um todo,Diminua muito seu conteúdo entrópico. Seria a ÚNICA exceção ao Segundo Princípio daTermodinâmica. Assim, tem que haver alguma explicação que localize essa quantidade deenergia entrópica que “sumiu”. 

De todas as alternativas que me vieram a cabeça, a única que faz algum sentido, é a possibilidade de realmente termos na nossa constituição, uma parte Não Material, cujo conte-údo tenha mais Entropia do que a quantidade diminuída no ato da Morte.

Esta possibilidade satisfaz a Termodinâmica, mas fica faltando identificar o tipo equantifica-la além, é claro, de descobrir sua origem e que papel ela desempenhava dentro doorganismo vivo, e porque sai com a ruptura pela morte. Da identificação e sua compreensão,vai depender a definição de um dos pontos que mais me incomoda, conforme mostrei no itemc do capítulo 3, sobre as consequências do atraso sideral, em relação a rapidez do deslocamen-to dessa forma não material até seu destino final.

10 –  6 - O Trato da Casa e o Meio Ambiente

Depois de tudo que foi avaliado e comentado sobre o Homem, a morada de Deus (e do Ho-mem), nosso sistema em relação ao restante do Universo, nossa vida temporária na casa deDeus, etc, vamos avaliar o comportamento do homem em relação ao seu (e de Deus) lar. Co-mo o homem cuida de si, de seus irmãos, das demais criações de Deus, enfim do meio ambi-ente e da preservação da casa que ele usufrui.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 157/191

157

Inicialmente, como já vimos, sabemos que nosso planeta é constituído por três quartos de a-gua. Coincidência ou não, o homem também o é, e a maioria dos animais e vegetais do plane-ta também são constituídos primordialmente por agua.

Em princípio parece um pouco de covardia, todos os habitantes formados majoritariamente

 por agua e largados num planeta constituído basicamente por agua. Seria um fim rápido etrágico para todos os seres vivos desse planeta. Além disso, outra covardia era colocar nossaatmosfera com oitenta por cento de um gás inerte, sabendo que após o consumo dos vinte porcento respirável pelo homem, transformando-o em outro gás irrespirável pelo homem (gáscarbônico), cuja mistura com nitrogênio levaria todos os seres vivos a dolorosa morte por as-fixia.

Entretanto, nada disso aconteceu nem acontece, e isso por algumas razões que vamos começara analisar, como por exemplo, como as coisas da natureza se equilibram e onde e como o ho-mem entra nesse circuito, como morador temporário deste “lar divino”.

Os assuntos ligados a ecologia e meio ambiente, assim como o comportamento médio do serhumano em relação a eles, são tantos e tão vastos que daria para escrever vários compêndiossobre o assunto. No caso presente, esse assunto é apenas um tópico do que é a finalidade dotrabalho. Por essa razão, vou avaliar alguns assuntos o mais sucintamente possível, e para nãome alongar demais em nenhum deles nem perder a sequência que me propus, vou identificarcada um deles como um sub item.

10 –  6 –  1 -  O primeiro ponto de abordagem é a aparente covardia de seres vivos constituí-dos primordialmente por água terem que sobreviver em um planeta com maioria absoluta deagua.

Como os seres vivos precisam se defender da agua para sobreviver, é só ter um pouco de per-cepção para verificar que todos foram muito bem protegidos, quer seja por Criação quer seja

 por Evolução. Todos os seres vivos são protegidos por uma fina camada de “repelente a agu-a”.

Explicando: só existem dois tipos de substâncias, em uma visão genérica, que são as POLA-

RES e as APOLARES. As Polares são aquelas que apresentam alguma polaridade e são re- presentadas por sua forma mais geral: a água ou hidro. De outro lado existem aquelas quenão têm nenhuma polaridade, ou seja, são absolutamente Apolares, cuja representação maisgeral é o óleo.

Assim temos que a agua (hidro) é POLAR e o óleo é APOLAR. Os dois tipos são absoluta-mente antagônicos, opostos. Quem tiver afinidade por um deles, obrigatoriamente terá aver-são pelo outro.

A afinidade é definida pelo termo FILIA e a aversão é definida pelo termo FOBIA. Assim,

todos os produtos polares, têm afinidade (filia) pela agua (hidro) e por isso são consideradoscomo tendo HIDROFILIA e são classificados como HIDRÓFILOS. Tendo filia pela hidro

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 158/191

158

(polar) obrigatoriamente terá aversão (FOBIA) pelo óleo, logo, são portadores de OLEOFO-BIA e são chamados de OLEÓFOBOS.

O oposto segue o mesmo raciocínio: quem tem FILIA por óleo é chamado OLEÓFILO, logo,obrigatoriamente um HIDRÓFOBO.

Dessa forma, podemos observar que os seres vivos foram muito bem preparados para enfren-tar os desafios da vida no planeta agua. Todos têm uma fina proteção HIDRÓFOBA, o queobriga que seja OLEÓFILA. O homem mergulha o braço na agua, ao tirar basta sacudir um

 pouco ou passar um pano (toalha) e está novo em folha. Entretanto, se ele mergulhar o braçono óleo (petróleo, querosene, gasolina, etc) ou seja, qualquer produto Hidrófobo, logo, oleófi-lo, que portanto tem afinidade pela superfície atingida, a aderência é de tal forma que dá i-menso trabalho para remover e voltar ao normal. Isso, o homem, que tem inteligência e todosos recursos disponíveis para tais ações. Mas, e os demais seres vivos? Estão protegidos pelanatureza porque nela Não existe óleo disponível, que possa lhes causar danos. Alguns tipos deóleo, em pequenas quantidades, como parte de frutos, que depuramos para usarmos comocomestíveis. Nada afeta aos demais seres vivos porque o óleo que existe em abundância, nãotem a menor chance de incomodar ninguém. Está a inúmeros quilômetros de profundidade, amaioria abaixo do fundo do mar. É uma forma de garantir a segurança dos seres vivos quetêm proteção hidrofóbica, logo ficam vulneráveis aos produtos oleosos. O equilíbrio e a segu-rança estão garantidos pela Natureza, pelo meio ambiente, por Deus, ou seja lá pelo que for.Cada um que credite a proteção e segurança àquilo em que ele acredite.

Infelizmente, aí entra a única coisa maligna que existe no planeta: o homem. Consegue furar

um sem número de quilômetros abaixo do fundo de quilômetros de lâmina d’agua, para bus-car óleo em quantidade suficiente para lhe dar conforto e riqueza.

Com grande frequência ocorrem enormes vazamentos de petróleo em diversos pontos do pla-neta. Os seres vivos, por terem proteção contra a agua, que poderia destruí-lo, se tornam alta-mente vulneráveis, porque para se defender da agua, tem que ter um produto que abre suaguarda para o óleo. A fauna e a flora atraem o óleo por terem estrutura de mesma natureza ese tornam vítimas fatais porque o óleo molha bem as superfícies hidrófobas, por terem que seroleófilas. E lhes conduz a um triste fim.

Tristes vítimas do tresloucado maligno ser humano, que sequer diminui seu ritmo de destrui-ção. Mas reza para Deus e considera que Deus está de acordo e ponto final.

Assim, as vítimas deixam de ser problemas seus, passam a ser de Deus.

10 –  6 –  2 -  O segundo aspecto que desejo abordar é sobre a respiração.

O ciclo de respiração do ser humano é a inspiração de oxigênio e a consequente expiração degás carbônico. Assim, o que se deveria esperar é que nossa atmosfera fosse constituída de

oxigênio. Entretanto, o oxigênio é o comburente natural. Se a atmosfera fosse só dele, bastava

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 159/191

159

riscar um fósforo que o planeta explodiria. A natureza é sábia: ele existe na proporção de uma parte dele para quatro partes de um outro gás, este inerte, o nitrogênio, que impede isso.

Mas ao respirarmos, vamos inspirar o nitrogênio junto com o oxigênio. Certo, vamos, mas onitrogênio é inerte, entrará em nossos pulmões e sairá da mesma forma que entrou. Não parti-

cipa de nada nem interfere no serviço do oxigênio. Equilíbrio perfeito.

Entretanto, nosso ciclo de respiração completo consta da inspiração do oxigênio junto com onitrogênio e, após a realização do ciclo, expiramos o nitrogênio intacto (entrou e saiu sem

 participar de nada). Por outro lado, o oxigênio inspirado, após a realização do ciclo, é expira-do na forma de gás carbônico. Dessa forma, gradativamente vamos transformando a misturainicial de nosso equilíbrio e condição de vida, a mistura de oxigênio com nitrogênio, para umanova mistura constituída por nitrogênio e gás carbônico. Com essa mistura, o homem nãosobrevive, é condenado a morte por asfixia.

Mais uma vez a natureza mostra que não precisa de nós, de nossos favores para nada. Ela éauto suficiente em tudo. Inclusive nesse caso, que solução simples, tranquila e objetiva danatureza: os VEGETAIS respiram ao contrário de nós, ou seja, enquanto os animais inspiramoxigênio e expiram gás carbônico, os vegetais inspiram gás carbônico e expiram o oxigênio

 puro, renovado. Animais e vegetais vivendo juntos e compartilhando a mesma atmosfera, ouseja, um dando respaldo às condições de vida do outro. Equilíbrio simples e perfeito.

Os vegetais nos devolvem o oxigênio que destruímos formando gás carbônico, transforman-do-o novamente em oxigênio, puro, independentemente de ter sido utilizado antes por outrosseres com qualquer tipo de doença, contagiosa ou não, não importa: ele sempre volta limpo e

 puro, como se nunca tivesse sido usado antes. Assim, os vegetais nos equilibram, nos ajudama viver com saúde e tranquilidade.

Infelizmente, novamente entra em cena o mal do planeta, o ser humano, que destrói os vege-tais para amealhar o maldito dinheiro, a custa da eliminação de quem nos garante vida e saú-de.

10 –  6 –  3 -  O terceiro aspecto que desejo avaliar é o radicalismo de muitos ambientalistas

(ou ecologistas) no sentido de defender o meio ambiente.

Agem e querem que todos participem desse tipo de ação, como se o meio ambiente fosse umretardado mental que não sabe o que faz e muito menos se defender. É bom que os que desco-nhecem o assunto com certa profundidade, não caiam na esparrela dos desesperados defenso-res de um mongoloide indefeso. A verdade não é bem essa. O meio ambiente não precisa denossa ajuda, por uma razão muito simples e que eu tenho inteligência suficiente para saber ereconhecer com toda humildade: o meio ambiente (ou, a natureza) é muito mais inteligente doque nós todos juntos. Ela sabe se defender, tem todos os mecanismos de defesa, se não, játínhamos ido todos “para o brejo”. 

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 160/191

160

Digo isso conscientemente porque sou um observador da natureza e já trabalhei em controlede poluição, na Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (FEEMA), hoje INEA.

Para ficar mais didático vou subdividir.

10 –  6 –  3 a- O Oceano

O oceano sabe se defender bem; se vocês nunca repararam, tudo que se joga no oceano e quenão presta, ele devolve, jogando nas praias. Os interceptores oceânicos despejam todo o es-goto orgânico bem longe da rebentação. A agua do mar depura toda a massa atirada, retémaquilo que precisa, como os coliformes, por exemplo, que servem de alimentos para microorganismos marinhos. O restante, em forma de bolo fecal mas já seco, inservível para ele, é

 jogado de volta para as praias. Se nós morrermos afogados, em tempo reduzido o oceano de-volve para as praias, ou seja, o oceano se livra de tudo que não presta, inclusive nosso corpo.

É com tristeza que temos que reconhecer que sanha maligna do homem é infinita. Ele não dátempo para o oceano se limpar, tal a velocidade com que ele o agride. Assim, creio que osecologistas deviam parar de se preocupar com o oceano e se preocupar com o mal, que é ohomem.

10 –  6 –  3 - b - Os Rios

Os rios são formados por agua corrente, o que, por si só, já mostra que ele não precisa de aju-da. Quando trabalhei na Feema, eu próprio, com minha equipe, fiz esse teste no Rio Paraibado Sul. Na beira de uma pequena cidade de interior, onde o esgoto era lançado ao vivo no rio,medimos a velocidade da agua e marcamos outro ponto mais distante cerca de duzentos me-tros.

Claro que a quantidade de coco não era como de uma cidade grande. Mas no momento do

lançamento fizemos coleta de material ali, e depois do tempo que garantia que aquela mesmamassa de agua estava passando no ponto posterior, repetimos a coleta.

Resultados do Laboratório:

- agua do local do lançamento: Nº de coliformes: incontáveis

- agua do local 200 metros adiante: Nº de coliformes: zero

A conclusão é que o esgoto orgânico (coliformes) serve de alimento para os micro organismos(cujos nomes são de conhecimento dos biólogos, zootecnistas etc). O que não for consumidono caminho, será lançado ao mar, que devolverá tudo a terra.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 161/191

161

A poluição que realmente acaba com a saúde dos rios e de seus habitantes marinhos, quersejam micro ou macroscópicos é o despejo industrial, contendo metais pesados, letais até paraos humanos, detergentes etc.

 Novamente me entristece o fato de saber que os malditos que cometem esses crimes são os

homens, com o desespero de aumentar cada vez mais o lucro, e contam com a conivência dosservidores públicos venais que, em troca de propinas, permitem esse crime de lançamentodiretamente nos rios, não obrigando às indústrias a remover todos os materiais nocivos nodespejo.

10 –  6 –  3 –  c  - Baia de Guanabara

Só vou relatar este fato porque pode servir de base para alguma investigação que possa vir aajudar aos abnegados que atuam no combate a poluição.

Todas as baías apresentam as mesmas características, visíveis para quem observa de fora dela:durante a enchente, observa-se nitidamente a agua entrando na baía, e durante a maré vazante,é visível a agua saindo da baía em direção ao mar. Esta é a principal característica de uma

 baía e é exatamente o que a distingue de um rio, onde a agua corre sempre para o mar, querseja na enchente quanto na vazante, com pequenas exceções onde a agua do mar adentra norio, mas em pequeníssimas distâncias, para logo retornar seu trajeto natural para o mar.

A Baia de Guanabara tem uma característica que parece ser única no mundo. Talvez devidoao seu formato de um útero, ela apresenta a seguinte característica: na vazante a agua real-mente SAI da baia para o mar. Entretanto, curiosamente, durante a enchente a agua continuasaindo para o mar, embora seja visível o aumento de volume do interior dela.

A explicação parece ser simples: devido a seu formato, durante a vazante a agua sai para omar como qualquer outra baía. Entretanto, durante a enchente, a agua entra em grande volume

 por baixo (correntes inferiores), o que faz com que, devido as correntes de marés, parte daagua continua saindo pela superfície. Desse modo, para um observador externo, a agua estáSEMPRE saindo, logo, parece se tratar de um rio e não de uma baía. Isto já era sabido pelosPortugueses há quinhentos anos. Só depois de adentrar no “rio” é que se vai descobrir que setrata de uma baía.

Mas o que quero apresentar não é isso. Quando lá trabalhei, havia um convênio da Marinha deGuerra (Governo Federal) e a Feema (Governo Estadual), convênio esse no qual fui secretáriodurante algum tempo. Era o Convênio de Controle de Poluição da Baía de Guanabara.

Haviam os “feras” que comandavam o controle, a partir de modelo matemático, com dezenasde pontos de coleta de agua, em três profundidades (superfície, meio e fundo), feitos sistema-ticamente (não me lembro mais se a frequência era mensal ou quinzenal).

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 162/191

162

As amostras eram levadas ao laboratório, ensaiadas e os resultados fornecidos ao grupo encar-regado da execução do modelo. Não sei o resultado final desse estudo porque na mudança deGoverno do Estado saí e fui trabalhar em outro órgão.

Mas o importante é que, enquanto estive lá, responsável e participante das coletas das amos-

tras, e muito amigo de dois excelentes profissionais da área da Química, o Dr Marcos K. Bar-reto, chefe geral da Divisão de Laboratório, e seu assessor científico, o saudoso Dr Hélio Ra-mos da Costa.

Estes dois, com suas excelentes cabeças de cientistas, observadores dos eventos químicos,responsáveis pelo abastecimento de dados aos “modeladores”, claro que tinham a obrigaçãode fazer uma avaliação prévia, para detectar possíveis erros de amostragem, de resultados deensaios ou qualquer indício de equívoco, para não levar problemas sobre assunto de tal serie-dade. Nas avaliações, começaram a perceber que os resultados de cada ponto de coleta, nãomudavam demasiadamente com o tempo. E, o pior, os resultados eram uma verdadeir a “sala-da de frutas”. Começaram a detectar pontos extremamente próximos entre si apresentandovalores altamente divergentes, ao mesmo tempo em encontravam pontos muito distantes umdo outro, com características bem mais próximas.

Claro que, com a capacidade intelectual dos dois, aliado ao profundo conhecimento profissio-nal, começaram a montar planilhas e conduziram uma avaliação paralela a modelatória ofici-al. Depois de longo e penoso estudo, conseguiram unir graficamente os pontos de mesmascaracterísticas, e obtiveram um conjunto de curvas que faziam como que contornos reduzidos

 bastante semelhante ao formato da Baía de Guanabara.

Ao procurarem o esclarecimento dos resultados obtidos, descobriram que o conjunto de cur-vas que obtiveram eram exatamente as curvas da Carta de Marés da Baía de Guanabara forne-cida pela Marinha.

 Não sei qual o resultado final disso tudo, pois saí de lá e fui para outro órgão, logo depois DrHélio faleceu e o Dr Marcos deixou de ser o diretor após a mudança do Governo.

Só citei isso para mostrar ao leitor como as coisas funcionam, pelo menos por aqui. Da mes-ma forma como conversei muito com ambos sobre esse assunto, concluímos que era bastanteóbvio o resultado: você joga o esgoto em determinado ponto, que a corrente marinha se encar-

rega em distribui-lo ao longo do circuito que ela perfaz.

A minha conclusão, que me valeu alguns xingamentos, é de que “contr olar a poluição da baiade Guanabara” é “jogar dinheiro fora”. E por que disse isso? Ora, se em determinado ponto,como por exemplo, no desembocadouro do canal do mangue, fétido, que só tem coco e despe-

 jo industrial, a corrente o distribui por toda a área de circulação dela. Daí, para mim, não pre-cisa nem ser inteligente para saber que, basta jogar agua limpa nesse ponto, que a corrente seencarregará de distribui-la, ou seja, a baia não precisa de nossa ajuda, ela sabe se defendersozinha: basta que parem de jogar esgoto e despejo nela. Claro que a despoluição total, ou sualimpeza completa não é somente isso. Seria simples demais. Acontece que isso serve para

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 163/191

163

mostrar que a limpeza dela poderia custar pequeníssima parte do que é gasto anualmente, ecom a baia sempre com as mesmas fétidas condições.

Claro que sei porque fui xingado por alguns colegas, por toda pecha de ofensas; o controle de poluição, não só da baia, como também todos os outros tipos, se transformaram numa espécie

de “indústria”. Hoje se vê tanta gente ganhando muito dinheiro a custa de controlar a polui-ção, que por seu lado está cada vez maior. Atualmente está como a “indústria da seca do nor-deste brasileiro”, cantada em verso e prosa desde a época do Império, no século XlX. Até hojea seca leva grande parte da riqueza nacional, majoritariamente nas mãos da “coronelidade” daregião. Nenhum projeto sério para solução do problema consegue sair do papel.

10 –  6 –  4 -  O quarto ponto que tenho experiência e posso colaborar falando da mi-nha tentativa frustrada de ajudar, é no tocante a proteção de animais silvestres.

Trabalho há bastante tempo na área de pavimentação. Quando se faz uma estrada, que vaicortar uma área de terreno, o usuário observa que o asfalto fica bem elevado em relação aoterreno natural, normalmente mais de um metro. Isto é feito por detalhes técnicos, que nãocabem aqui comentar. O que importa é que, antes de passar a rodovia, o terreno como umtodo, plano ou não, já era habitado por animais silvestres, que andavam de um lado para outrocom segurança e tranquilidade. Geralmente existem trilhas preferenciais pelas quais eles sedeslocam.

Quando se faz a estrada, o terreno fica “dividido em dois”, os dois lados da estrada e os ani-

mais para irem de um lado para o outro, têm que subir a “rampa” de um lado, atravessar arodovia e descer do outro lado. Isto leva a dois problemas sérios: o primeiro é o risco a queficam os motoristas, principalmente a noite, de perder o controle do carro ao tentar se desviardos animais, pelo menos os que ainda têm algum respeito aos animais dentro de si, pois amaioria se lixa e passa por cima e pronto; o segundo é que, antes da estrada, os animais vivi-am sua vida em seu habitat natural, com paz, tranquilidade e segurança. Nós, homens, porinteresse nosso, é que fomos levar desconforto e insegurança a vida deles.

Por essas razões, sempre considerei que era obrigação moral nossa (infelizmente o homem,com seu desespero pelo maldito dinheiro nem se lembra mais do que seja a tal de “moral”)

tentar minimizar nossa violência contra eles. Antes da construção da estrada, eles caminha-vam livremente, passando de um lado para o outro de onde ela seria construída. Claro que elesusam trilhas preferenciais, então minha sugestão era no sentido de, antes da abertura da estra-da, fazer um levantamento para descobrir os pontos de trilha preferencial dos “moradores”daquela área.

Durante a construção da rodovia, principalmente quando cortava ou tangenciava alguma re-serva, minha sugestão era fazer nesses pontos uma “travessia” para eles. Coisa simples e bar a-ta. Simplesmente nesses pontos, atravessar a estrada, no nível do terreno natural, com um bu-eiro celular, um tubo armco, ou mesmo manilhas armadas. O local deveria ser revestido pelo

 piso e pelos lados, com material e vegetação natural do local. Claro que deveria haver um

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 164/191

164

cuidado inicial dos animais, mas certamente com o tempo, se sentindo seguros, voltariam afazer a travessia sem passar pela rodovia (da morte). Era o mínimo que eu achava que tínha-mos obrigação moral de fazer para minimizar o mal que fizemos a eles.

Claro, para quem conhece o ser humano, isso nunca foi aceito, porque “não tem recurso desti-

nado para isso”. Talvez não influa no custo da obra nem 0,1%. Mas não pode. Também é cla-ro que pode sair valores centenas ou milhares de vezes maior para propinas, para caixas decampanha de partidos políticos, etc. Mas, para preservar a vida de “seres vivos criados porDeus” nem pensar! Mas, os causadores direta ou indiretamente pelas mortes dos animais (eaté de seres humanos em acidentes ocasionais) não se preocupam, porque a culpa não é deles:afinal ele acredita em Deus, segue alguma religião e semanalmente dedica uma ou duas horasde seu precioso tempo para rezar para esse Deus Todo Poderoso, que ele ama, como ama erespeita tudo que esse Deus fez e faz. E continua feliz com sua fé e seu amor a Deus.

10 –  6 –  5 -  O quinto aspecto que precisa ser avaliado é a questão do lixo.

O lixo é um problema crônico em nossas cidades. O chorume produzido contamina o solo e,muitas vezes atinge o lençol freático, causando danos muito mais sérios.

 Não sou especialista em lixo, como não conheço a tecnologia para produzir energia a partirdele. Portanto, por não conhecer os quantitativos envolvidos, não devia dar opinião nem su-gestões a respeito. Entretanto, como me considero um homem preocupado com o meio ambi-ente e com o futuro do planeta, como também trabalhei alguns anos em meio ambiente, e ten-

do trabalhado minha vida quase toda em usina de asfalto, creio que minha opinião pode serum ponto de partida para algum especialista avaliar melhor.

Uma usina de asfalto é composta de um sistema de silos e correias para abastecimento dosadodos materiais frios. Tudo é transportado para dentro de um tambor rotativo, que é um secador,alimentado por um maçarico que eleva a temperatura o suficiente para secar totalmente o ma-terial que tem sua umidade natural ou oriundo de chuva, orvalho, etc, e elevar a temperaturadesse material seco até determinado valor adequado para a mistura com o asfalto, formando amistura que será transportada e aplicada nas estradas de rodagem e em vias urbanas.

O tambor secador de uma usina de asfalto, mede em torno de dez metros, não muito mais, e omaçarico é programado para elevar a temperatura do material até pouco mais de duzentosgraus.

Claro que tecnicamente tanto o tambor como o maçarico podem ser projetados para alcançartemperaturas muito superiores e produção muito maior. É evidente que o aquecimento removea agua do material, assim como queima toda a matéria orgânica presente (contaminando osmateriais frios) formando gás carbônico e ocasionalmente fuligem, partículas de tamanhocoloidal pretas (negro de fumo, etc) O tambor tem acoplado um exaustor que suga isso tudo

 para uma chaminé, que joga tudo para o ar (para o meio ambiente).

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 165/191

165

É uma violência contra o meio ambiente, com certeza. E isso foi assim durante décadas. Atéque começaram a fabricar os chamados “filtros de mangas”. É um equipamento implantado aolado da usina de asfalto, e todo o material (vapor d’agua, gás carbônico, fuligem, negro defumo, e demais impurezas) que contaminavam os materiais, são puxados por um exaustor elançados por dentro de longas mangas feitas com tecido especial, que retém todas as partícu-las, só deixando passar para a atmosfera o vapor d’agua e o gás carbônico. Todo o materialsólido fica aderido as paredes das mangas e intervalados pulsos (sacudidelas) faz todo essematerial sólido ser despejado em um silo (depósito localizado abaixo do filtro). Este material,muito fino, é reutilizado na própria massa asfáltica, como material de enchimento.

Porque citei tudo isso antes de dar alguma sugestão para o caso do lixo? Foi porque a soluçãoapresentada acima, para as usinas de asfalto podem ser ampliadas para uma solução ambientalde grande porte.

Em primeiro lugar vamos falar do lixo. Acredito que seja possível a instalação de equipamen-tos idênticos às usinas de asfalto, com produção e queimadores dimensionados por especialis-tas para atender a demanda de cada caso particular, que poderia ser em cada Município ou emcada conjunto de municípios próximos, desde que estudos mostrassem sua viabilidade eco-nômica. O lixo é constituído basicamente por matéria orgânica, como papel, plásticos, restosde alimentos, tudo junto com latas e vidros. Qual é a ideia principal: esse material todo seriatransportado por correias para dentro do sistema tambor-maçarico dimensionado para tal, eteria seu funcionamento de forma absolutamente idêntica a produção de massa asfáltica.

O resíduo sólido depositado no silo, seria submetido a análise química para saber sua compo-

sição e descobrir se ele tem finalidade nobre para seu uso. Se não tiver finalidade nobre, esse pó seria adicionado ao pó de pedra com que se faz tijolos de cimento, ou mesmo ao barro comque se faz tijolos e telhas. Assim teríamos os produtos que estão começando a destruir o pla-neta passando a nos ajudar a viver melhor, barateando custo de material de construção, quefavoreceria muito os pobres.

Deixei propositalmente para o final o destino a ser dado a fumaça que sai da chaminé dos fil-tros de manga. Essa fumaça é constituída por vapor d’agua e gás carbônico.

10 –  6 –  6 - A Fumaça das Chaminés 

Deixei a avaliação da fumaça das usinas de lixo para o final, porque aqui entra o sexto ponto a ser comentado e avaliado, que é a questão das emissões das chaminés das dezenas oucentenas de milhões de indústrias que jogam diuturnamente sua fumaça para a atmosfera,emitindo as partículas coloidais pretas, absorvente de energia que, se alojando nas camadassuperiores da atmosfera, recebem os fótons de luz que aqui chegam, principalmente do Sol.

 Nas colisões, o coloide preto não espalha a luz, ele é absorvente integral, logo ele recebe a

energia trazida pelo fóton e aumenta seu conteúdo energético, logo, aumenta sua temperatura,causando o famoso “efeito estufa”, para muitos o iniciador do fim da vida no planeta. 

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 166/191

166

Então, qual seria a sugestão do autor? Que todas as chaminés do planeta recebessem o mesmotratamento de uma usina de asfalto, que também foi proposta para a caso do lixo urbano, qualseja, ser acoplada a um filtro de mangas (ou algo mais eficaz), que captasse toda aquela fuma-ça preta que vai para a atmosfera e a filtrasse, produzindo o pó residual no silo abaixo dosfiltros, com destino em função de sua composição química ou na fabricação de tijolos e te-lhas, e terminando da mesma forma que nas usinas de asfalto e de lixo, só jogando pelas cha-minés dos filtros, a mistura de vapor d’agua e gás carbônico. 

Livres do efeito estufa, o planeta já agradeceria, mas para os homens que utilizam seu neocortical, isso ainda é muito pouco. Podemos ajudar mais, é só se dedicar mais um pouco.

O gás carbônico, que muitos dizem ser culpado pelo efeito estufa, não é verdade. Ele não temtamanho de micela coloidal e sim de molécula, e molécula não retém os fótons, logo não au-menta seu conteúdo energético. Isso é específico dos coloides. Além disso, o gás carbônicoexpelido pelas chaminés NÃO nos traria nenhum problema se quem foi colocado pela nature-za para nos proteger, transformando-o novamente em oxigênio puro, NÃO tivesse sido já des-truído em um nível altamente comprometedor da nossa integridade: os VEGETAIS. Infeliz-mente o homem, em sua sanha desesperada de destruição de tudo que puder ser destruído, oque satisfaz sua malignidade íntima, AINDA continua destruindo o que resta de “nossos par-ceiros de vida”. 

Com a violenta diminuição de nossos equilibradores vegetais, o gás carbônico passa a ser no-civo, primeiro porque quanto mais dificuldade de elimina-lo, mais difícil vai ficando a re-composição do oxigênio que nos permite a vida, e segundo porque ele vai saturando toda a

agua do planeta, que com sua dissolução, vai diminuindo a dissolução do oxigênio na agua, para permitir a vida dos seres marinhos.

Este é o triste quadro que o homem criou e continua alastrando cada vez mais e com maisintensidade, parecendo que realmente o que ele quer é a rápida destruição do planeta.

Mas, ainda tem solução? Claro que sim! Infelizmente depende do homem! E o pior é que de- pende do par que tem mais FILIA nesse planeta, e uma filia insana e maldita: o homem e odinheiro. É preciso que haja determinação dos homens para tal, mas também é necessário re-cursos financeiros para tal. E conseguir fazer com que os ricos diminuam sua riqueza para

salvar o planeta é uma utopia impensável.Como exemplo é só lembrar o passado bem recente: em 2001 a OMS apresentou um relatóriomostrando que a quantia de duzentos e vinte bilhões de dólares acabaria com a fome no conti-nente africano. Claro que ninguém, governos, multinacionais, bancos, todos coitadinhos, nomomento estão em sérias dificuldades e não podem fazer nada, mas desejam boa sorte às ví-timas (qualquer semelhança com Pilatos terá sido coincidência?).

 No entanto poucos anos depois anunciou-se uma crise no mundo financeiro do capitalismo, etodos já devem saber o que é uma catástrofe para os ricos, não sabem? É quando eles deixamde ganhar um milhão por dia e passam a ganhar SÓ novecentos mil. Isto é uma desgraça i-nadmissível! Imediatamente o Sistema Reinante deu seu jeito de arranjar quase três trilhões

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 167/191

167

de dólares para recompor o nível anterior de riqueza dos ricos e repor seus lucros ao níveldesejado.

Dessa forma, esperar que dirigentes de grandes corporações, banqueiros, grandes industriais eoutros bilionários se dignem diminuir seu lucro, por mínimo que seja, para “salvar o planeta”

é de uma infantilidade a toda prova. Temos que ter os pés no chão e saber que “quem aceitadinheiro em quantidade que sacrifique a vida de seus semelhantes, não o gasta, só o investe

 para receber mais, logo a frente”. Eles se tornaram muito ricos porque sofreram uma mutação:os olhos de todos eles perderam a retina e foi criado no lugar dela um enorme e maligno ci-frão! Dessa forma, eles tanto compram vidas e consciências como vendem as suas também. Oúnico objetivo da vida deles é aumentar o tamanho do cifrão que ocupa o lugar de sua retina.

Então o que eu proponho é muito simples: compra-los! Como? É muito simples.

A colocação de filtros em todas as chaminés do mundo, vão custar um pouco de cada um, mas

eles preferem morrer a fazer isso. Então os governos dos países podem ajudar ao próprio pla-neta e aos pobres de um modo geral tomando uma atitude extremamente simples.

Todos sabem que o solo disponível para plantio é ácido. O ideal para o plantio é fazer umacorreção dessa acidez. Essa correção é feita com um produto chamado calcário (que é o car-

 bonato de cálcio). E como se obtém o calcário? Pode ser obtido diretamente a partir das cha-minés das usinas de asfalto e de lixo e de TODAS as chaminés do planeta.

Depois de depurado, todas ela emitem o que? Agua e gás carbônico. O gás carbônico mergu-lhado em um tanque de soda cáustica produz o carbonato de sódio. Este, reagindo com cloreto

de cálcio, forma o carbonato de cálcio, o famoso e indispensável CALCÁREO.

É essa a minha proposta: instalar filtros de manga (ou um sistema mais eficiente) que separeas partículas sólidas (inclusive as coloidais) que serão usadas em tijolos e telhas, e deixe sair

 pela chaminé somente agua a gás carbônico. Ao invés dessa mistura ir para a atmosfera, elaseria sugada por um exaustor e mergulhada num tanque de soda cáustica, que com a adição deuma quantidade apropriada de cloreto de cálcio, produz o calcário, que seria ensacado e for-necido aos agricultores, gratuitamente ou a preço de custo.

Os governos comprariam das grandes corporações toda a produção de calcário, por um preço

que desse a eles o reembolso do investimento mais um lucro (sem o qual eles não vivem).

Resultado: o plantio ia melhorar no planeta inteiro, os pequenos agricultores iriam deixar degastar boa parte de sua produção para aquisição desse adubo imprescindível, e planeta teriauma vida bem melhor. E, claro, nós também.

Os dirigentes das grandes corporações iriam passar o resto de suas vidas rindo de ore-lha a orelha, felizes com o aumento do seu “cifrão retínico”. O único inconveniente é que istoobrigaria aos que vêm TV com frequência (que felizmente não é o meu caso) a passar a vertodos os dias matéria paga por eles com pequena parte do lucro auferido, enfiando goela abai-

xo dos espectadores que eles são maravilhosos, que estão “investindo pesado na vida do pla-neta para ajudar aos pobres, etc e etc”. Nunca dizem que estão ganhando com isso. Todo esse

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 168/191

168

 bla, bla, bla, que já estamos saturados de ouvir e, mesmo todos sabendo que é mentira, somosobrigados a engolir as mentiras deles, cantadas e declamadas por artistas muito bem pagos

 para tentar nos convencer que são verdades e que eles realmente são bonzinhos. Ainda bemque já estou próximo do meu fim. Tenho é muita piedade dos que hoje são crianças ou jovense, principalmente, daqueles que ainda estão por chegar.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 169/191

169

11 - UM RECADO AOS RELIGIOSOS

 Nada tenho contra religiosos de um modo geral. Claro que muito me incomoda a exis-

tência de dogmáticos, de qualquer origem e de qualquer natureza.Durante toda a minha vida, busquei a existência ou não de Deus, da existência ou não

de algum lugar diferente do nosso, onde não imperasse a vaidade, o ódio, a destruição, a mor-te pela fome de uns para que outros jogassem fora o que poderia matar a fome deles, onde osseres criados por alguma inteligência superior, divina ou não, não matassem fria e covarde-mente seus próprios irmãos, tão filhos de quem os criou quanto criou a eles próprios, e tantasoutras coisas que me mostraram ao longo de minha vida, já não tão curta, apenas que, se exis-te conhecimento, amor, sabedoria, iluminação, etc, isto não passou nem perto de nós. Nós,habitantes da Terra, na avaliação de nosso conjunto ao longo do que nossa memória permite

captar, sempre fomos os mesmos, anormais executores de nós mesmos e de todas as demaisespécies que convivem conosco. O homem nunca desconfiou que existe o amor, que nós so-mos tão filhos de um Criador (se Ele existe) quanto todos os demais homens. Mas os homensmatam seus irmãos em nome Dele, e depois rezam para Ele e Lhe oferecem o sangue daquelesque eles executaram, com absoluta certeza de que esse Deus, tão insano quanto ele, recebe eagradece a oferenda e ainda o abençoa por tal ato.

Infelizmente não posso deixar de registrar que os religiosos sempre tiveram papel pre- ponderante nessa forma de pensar e de agir, que para mim só mostrou que o homem nunca foi“alguém” e sim “algo” que existe na natureza, nesse Universo que parece não ter limites, nem

começo nem fim, tal sua grandiosidade.

Enfim, somos algo que não significa nem representa absolutamente nada para o todoonde estamos inseridos. Felizmente o poder maligno de destruição do homem não tem capa-cidade de ultrapassar os limites do insignificante e fedorento pontinho universal onde estamosconcentrados. Pontinho esse que, apesar de insignificante e fedorento, é considerado pelosseres humanos como o local da moradia de Deus e de Sua Criação, por acaso, ele próprio,chamado homem.

Claro que as religiões sempre contribuíram muito para que isso se tornasse uma “ver-

dade absoluta” e se perpetuasse para sempre. Os seres humanos do futuro vão continuar sematando, uns acumulando o que não têm condição de usar e de gastar, e isso a custa da faltade muitos outros que continuarão morrendo de fome, de inanição, com os ossos furando a

 pele, cheios de inúmeros tipos de doenças, que não importam absolutamente nada aos queestão do covarde lado dos que têm demais, sempre de forma ilegal, e se lixam para a saúde eaté para a vida dos menos favorecidos.

A única coisa que muito me intriga e me deixa perplexo é que os seres humanos nuncafizeram opção por pensar profundamente sobre seu comportamento, como também pensar seexiste alguma “possibilidade de ele estar certo” pensando em algo superior a nós, de caráterdivino, que nos criou, nos conduz e nos receberá depois de sairmos daqui. Não, o homem

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 170/191

170

nunca se preocupou em pensar de fato, pois no sub consciente ele parece saber que se procu-rar vai achar algum lampejo de iluminação, mas também descobre que essa “revelação” queele pode buscar e encontrar lhe obrigará a atitudes e comportamentos que ele repudia violen-tamente, como abrir mão da vaidade, da sabedoria “absoluta”, do direito de matar seus “ir-mãos”, do direito de ter mais que eles, de mentir, de trair, de jurar falso, de acumular o quenão pode usar, e tantas outras coisas ligadas as “benesses materiais” a que só ele tem direito emuitos de seus irmãos não. Por isso ele prefere bloquear seu neo cortical, que é a parte docérebro onde habitam os neurônios com suas frequências de vibração, que lhe dão condiçãode entender tudo a sua volta. No fundo, parece que a maioria dos homens sente, intuitivamen-te que, se procurar vai encontrar algo superior a ele, ao qual ele deve se subordinar. Mas, elese questiona: para que procurar algo que pode lhe tirar os fabulosos prazeres materiais a quetem direito! Por isso, a maioria bloqueia seu neo cortical e inclui no seu lumbical, a parte docérebro que fornece o “sentimento”, que os mamíferos possuem e os répteis não, uma coletâ-nea de condições imaginadas com o auxílio do mal, e por isso se torna um “espelho de Deus”.

E até mata quem questionar isso.

Por essa razão, o homem vive enclausurado em sua redoma inquebrável e impenetrá-vel para todos, onde ele é o “eixo motriz da lei de Deus” e só ele sabe a verdade e a vontadede Deus, e tem certeza que ao morrer vai para o paraíso morar com Deus. Mas quando ficavelho, ou contrai uma doença fatal e sabe que está em estado terminal, se apavora, fica commedo, mostrando que sua redoma sempre foi de vidro fino, só ele não percebeu.

Mas, para quem pensa com o neo cortical, ou seja, de forma ampla, geral e irrestrita,avaliando a si próprio como qualquer ser vivo, sente profunda piedade dos infelizes (esmaga-

dora maioria dos seres humanos) que agem dessa forma. E, pior ainda, ele tem pavor de ir para um lugar onde só haja “choro e ranger de dentes”, como afirmado por quem de direito,não tendo nem mais capacidade de raciocinar, já que seu neo cortical foi devidamente bloque-ado por ele mesmo, por interesse material, para olhar a sua volta e ver que o lugar para ondeele tem pavor de ir é exatamente o lugar onde ele está! E, o pior, que ele é um dos promotoresdo “choro e ranger de dentes de muitos infelizes”. 

 Nem assim o homem acorda. E creio que nunca vai acordar. As benesses materiaisoferecidas pela “casa” satisfazem plenamente a vaidade da grande maioria dos homens. 

Meu pai me disse certa vez, já pouco tempo antes de sua morte, em 1.981 a frase quenunca esqueci: “meu filho, quando se consegue entender como tudo isso funciona e descobreque não se pode interferir no curso das coisas, chega-se a conclusão que é muito melhor irembora daqui”. 

Durante algum tempo isso só me assustou um pouco, mas hoje entendo perfeitamentee compartilho cem por cento com a opinião dele. O mal está tão enraizado nos seres humanos,que a luta contra ele é impossível de ser ganha sem extermina-los. Como isso não é tarefanossa, é que compreendi bem a assertiva dele e compartilho dela.

O trabalho que acabaram de ler foi provavelmente minha última tentativa de colabora-ção na difícil tarefa de entender nossa estadia aqui, nos confins do Universo, presos por uma

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 171/191

171

grade fortíssima chamada Gravidade e, se realmente existe a tal parte não material constituin-te do ser humano, pode-se afirmar que a parte material nada mais é do que a nossa “cela” comdireito a pequeníssimas locomoções dentro do cativeiro onde estamos.

Mas, mesmo assim, muitos vão continuar pelo tempo afora a se considerar “divinos”,

feitos a imagem e perfeição de um Deus OniTudo. Tenho muita pena dos seres humanos.

Creio que, se existe realmente um Criador desse Universo, tão grande e complexo, nãodeve ter sido sem razão que nos colocou aqui. O bem e o mal são duas faces de uma mesmamoeda sem espessura, o que significa que para ser do bem ou do mal, basta optar. Infelizmen-te nosso lar que poderia ser um paraíso de convivência fraterna e de amor, existindo ou não oCriador, foi transformado pelo próprio homem na famosa “geena”. 

A sanha de destruição do homem é tanta que ele já está começando a realizar a únicaobra que pode realmente salva-lo: “a sua própria destruição”. A erradicação do homem fatal-

mente vai conseguir fazer com que este planetinha insignificante passe a ter algum valor: seráum lugar onde não existirá ódio e sim amor, convivência de diferentes tipos de seres vivosque se mantém em alto padrão de equilíbrio, cada espécie com seu predador natural, sem ne-nhum predador total, capaz de destruir a si próprio e seus semelhantes.

Claro que já não mais estarei por aqui quando isso ocorrer, mas tenho pena dos muitosseres vivos que vão passar por aqui, partilhar de várias rotações da Terra em torno de seu ei-xo, como também participar de, poucas ou muitas, nunca se sabe, translações da terra em tor-no de seu astro Sol. Os que não bloquearem seu neo cortical sofrerão muito, como tantos quenos antecederam e nós, que atualmente deixamos ele funcionar normalmente, e que acabamos

 percebendo que para vivermos no paraíso é só uma questão de opção. Infelizmente vence amaioria e, a maioria sendo vaidosa, dona da verdade, aceita todas as benesses materiais ofere-cidas e nos obriga a compartilhar dessa fedorenta geena onde estamos.

Creio que o motivo fundamental pelo qual o homem bloqueia seu neo cortical é real-mente a Primeira e Grande consequência da VAIDADE. Essa é que estragou tudo, fez o ho-mem se virar contra o próprio homem, cada um querendo ser mais que seus semelhantes, masnão através de atitudes, de amor, de confraternização, mas sim através do TER. A única coisaque interessa ao homem é TER, quanto mais, melhor. O fato de ele acumular aquilo que não

vai conseguir gastar, que sempre causa falta a semelhantes seus, que vão sofrer por isso, pas-sar necessidades, não interessam em nada aos que acumulam muito. Para eles, basta saber queele TEM mais que a maioria de seus semelhantes, que isso já lhes satisfaz plenamente. E o

 pior de tudo é que parece que nunca vão modificar sua forma de pensar e de agir, exatamente pela principal consequência da Vaidade, que é a CERTEZA.

 Na minha humilde opinião o ser humano nunca vai mudar porque, sendo vaidoso eaceitando as benesses materiais oferecidas pelo luxo e riqueza, com a certeza de que está cer-to, ele esquece que seus semelhantes têm as mesmas necessidades que ele, e o pior, que asnecessidades de seus irmãos não são culpa deles. A culpa é de quem eles dizem que creem,

que amam, que idolatram, que vivem em função dele, e todas as demais baboseiras que você já deve estar saturado de ouvir. A culpa pela necessidade que os homens têm de comer, beber,

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 172/191

172

morar, respirar e tantas outras, são impostas pela Criação, e eles que sempre dizem que acre-ditam e aceitam esse Criador como Superior, Divino, Justo e tantas outras Virtudes, mas cadaum se considera “filho único” desse Pai Celestial. Ele dá sua “colaboração” para os “represen-tantes” desse Deus Todo Poderoso e dispensa uma ou duas horas por semana para ir a umsuntuoso templo “rezar para Deus”, mas não quer saber se esse mesmo Deus é o que criou osseus semelhantes. Basta que o tenha criado, já chega. O problema dos outros que não têm na-da, não é dele nem desse seu Deus Único, e sim deles com o Deus deles. E eles todos que sedanem.

Creio firmemente que o homem tem que finalmente DESCOBRIR que ele não passade um “transportador ambulante de coco fedorento”, igual a todos os demais homens do pas-sado, do presente e do futuro. Somos todos absolutamente iguais. E o que mais me espantanessa vida é ver que os homens dizem que acreditam em Deus, rezam para Ele, etc. Achamque Ele é único e criou tudo e todos, logo, no mínimo o que se deveria esperar de um ser ra-

cional, que sabe que tudo foi criado por um Deus Divino, era amar e respeitar tudo que esseDeus Divino criou e, consequentemente, ama. Mas no comportamento o homem na realidadeage exatamente ao contrário: destrói Tudo que foi criado por esse seu “Deus maravilhoso”,sonha em morrer e ir finalmente morar com Ele, mas entra em pânico quando em situação de

 possibilidade de realmente morrer (e seu Deus?), mata outros seres criados por este mesmo“Deus”, mas com certeza de que agiu certo e fez a vontade desse “Deus assassino e covardeque aprova isso”. Mas ele continua com certeza da existência e divindade desse Deus Oni-tudo e que ele, com cem por cento de certeza, irá morar com Ele quando “sair do corpo e for

 para a verdadeira vida”. 

Todo esse comportamento me assusta e me espanta. Ou o homem é um animal pro-fundamente doente física e mentalmente ou, se realmente existe um Criador, o homem certa-mente foi “uma experiência fracassada, quer dizer, que não deu certo”. 

Como já disse, não sou religioso nem ateu absolutista, sou apenas um completo poçode dúvidas. Duvido até da existência de matéria e de luz (e sou químico), quanto mais deDeuses, Paraísos, Céus, vida depois da morte, e tantas outras coisas. Mas tenho respeito portodas as opiniões de meus semelhantes, pois não sou melhor que nenhum deles (nem piortambém), já que tenho tanto coco fedorento dentro de mim quanto qualquer outro ser humano.Só que eu já descobri isso há muito tempo, e a grande maioria das pessoas vai morrer sem

nem desconfiar disso.

 Nesta minha vida, não tão curta pois já passei de setenta e três voltas da Terra em tor-no do Sol, logo participei de quase vinte e sete mil rotações da Terra em torno de seu eixo, aúnica coisa que me assustou, me assusta e vou morrer altamente assustado, é com o SERHUMANO. Que coisa ruim e esquisita é esse tal de ser humano!

Apesar de não ser religioso nem ateu, sempre li muito e, dentre tudo que li, muita coi-sa foi sobre religiões; inclusive já li a Bíblia toda. As conclusões a que cheguei são todas in-dutivas ao questionamento e a dúvida. E como já li tanto, cheguei a ser esse poço de dúvidas

que sou.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 173/191

173

Da mesma forma que tenho opinião própria a respeito de tanta coisa na ciência, tam- bém tenho opiniões sobre a existência e a pregação das religiões. De tudo que li cheguei auma conclusão que, de início, me aterrorizou: “Ninguém acredita de fato em Deus e nas coi-sas pregadas pelas religiões”. O homem imaginou um Deus a sua imagem, e dando-lhe o cará-ter de todo poderoso, oni tudo e perfeito, pois com isso ele também passou a sê-lo. O porquedisso, na minha opinião, é o MEDO. O homem tem medo do desconhecido e, como não existecontato real e verdadeiro com quem já morreu e, se houver vida depois, ele não sabe como elaé e por isso é que se apavora. Então se imagina filho desse Deus oni tudo que o receberá de

 braços abertos quando ele não puder mais se manter aqui na “sua verdadeira casa”.

Se o homem usasse realmente seu neo cortical, poderia pensar em ter mais cuidadocom o Deus que ele compra nos botequins templários encontrados em cada esquina do plane-ta. Um Deus que, sendo Todo Poderoso, moraria na Terra, único local existente fora Ele. UmDeus que tem capacidade de Criar um Universo quase inimaginável pelo ser humano, tal sua

grandiosidade e perfeição de movimentos, sincronização de efeitos e eventos, e tantas outrasmaravilhas, só dentro do espaço que o homem consegue observar, o que dá para imaginar asmaravilhas que podem existir fora do alcance do conhecimento do ser humano, esse ser quaseum cego absoluto, pois só consegue ver comprimentos de onda numa faixa de 360 a 780 na-nos, num Universo com possibilidade de ter comprimentos de onda de tamanhos de zero ainfinito, mas um Deus que não consegue sequer evitar as atrocidades cometidas pelos malig-nos seres humanos contra seus próprios irmãos, um Deus que não impede que uma inocentecriança, pura e imaculada, seja estuprada e morta por anormais travestidos de ser humano, umDeus que não consegue evitar as guerras, todas por interesses comerciais, onde dezenas oucentenas de milhares de inocentes são friamente executados só para alguns poucos malditosganharem mais riqueza. Enfim, um Deus que vivia na Terra e cria todo esse monstruoso apa-rato de perfeição que é o Universo, mas quando cria algo semelhante a si próprio, sai a “mer-da” que saiu! Procurem pensar. 

Vou deixar meu último recado a todos que quiserem pensar sobre ele: nada do que ésubjetivo é passível de comprovação, logo, não existe nenhum ser humano do passado ou do

 presente e, provavelmente também do futuro, que possa provar que Deus existe nem que Deusnão existe. Por isso, você tem que começar a fazer uma coisa que é profundamente dolorosa,mas é necessário: você precisa começar a PENSAR!

Quando começar a pensar, que significa caminhar para dentro de si próprio, você vaise deparar com coisas apavorantes e monstruosas, muitas que vão dar gosto de sangue amargona boca. Mas é preciso, portanto, mãos a obra. Você vai descobrir tanta coisa que nunca pen-sou que pudesse existir, que vai se sentir mal. Mas lembre-se, não adianta passar a noite todaolhando para o céu e de manhã dizer que o céu é lindo e tem muitas estrelas, mas que o chãoonde você pisa não tem poças d’agua. Você pode estar com os dois pés dentro de uma e con-tinuar com convicção de que elas não existem. Por isso, não olhe para o local onde você jásabe o que vai ver. Olhe em todas as direções e sentidos, e poderá ver coisas terríveis, masREAIS, então você precisa saber da existência delas. Lembre-se de que a dúvida mostra que

você se interessa pelas coisas, mostra que você pensa, busca, quer esclarecimentos sobre oque a grande maioria das pessoas nem se preocupa, pois simplesmente tem CERTEZA de que

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 174/191

174

está certo, que Deus o ama e que, quando morrer vai morar no paraíso com Ele! Estes talveztenham tanta decepção!

Quando você ver nascer uma criança linda e saudável e ouvir todos dizerem que aquilosó foi possível pela intervenção de Deus, oni tudo, de infinita bondade , etc, pergunte a todos

onde se encontrava esse mesmo Deus quando nasceu um outro ser puro e imaculado com umgrave defeito que o fará se arrastar pela vida afora. O Deus é o mesmo ou existem outros?

Talvez você comece a sentir o chão se abrir debaixo de seus pés, ter angústia, etc. Massó assim você poderá evoluir. Você que tem certeza que ao morrer vai ser recebido de braçosabertos por esse Deus oni tudo e ir para o paraíso, releia o cap 3 e lembre-se que se você tiverrealmente uma parte não material que seja constituída por luz, levará vinte e seis mil anos atéchegar ao centro de nossa galáxia. E se o Céu não for lá e você tiver de continuar viajandomais bilhões de anos até chegar ao tão aguardado Céu?

Pense nisso tudo, pois mesmo passando mal agora, é possível que lhe ajude a não sesurpreender com o que pode encontrar pela frente depois.

Pense na grandiosidade do Universo, tão complexo que seu começo e seu fim são ini-magináveis pela sabedoria humana, e procure avaliar se um Deus a imagem e semelhança dohomem pode ter competência para sequer imaginar isso, quanto mais, cria-lo. O Deus quevocê adquire em qualquer esquina do planeta é SÓ um escudo contra o medo do desconheci-do, por isso o homem, enquanto não está com medo, o achincalha todos os dias. Só quando omedo chega é que se agarra a ele. Tente avaliar se é a Este Deus que você tem que procurar eamar!

Para encerrar, desejo fazer um pedido ao leitor: se você tem uma opinião realmentesua, pensada e repensada, e tem convicção dela, então me diga o que acha do Universo: ele éFísico, Químico ou Divino?

Se você tem opinião formada e sacramentada sobre isso, por favor, mande sua opinião para o email: [email protected]. Eu agradeço desde já. Isso pode me ajudar a clarearmais o meu caminho, que vou continuar trilhando. Pretendo chegar a meu fim (morrer) bus-cando a verdade, mesmo sabendo que ela não existe, pois creio que a evolução é a dúvida e a

 busca! E vou até o túmulo seguindo meu caminho opcional, com absoluta consciência de que,

se existe um Criador, Seu caminho é esse!

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 175/191

175

12  –   ESCLARECIMENTOS DO AUTOR  

 Nesse ponto do trabalho, que apresentou conceitos científicos bastante profundos, on-

de o autor se expõe abertamente ao propor mudanças em tópicos definidos por “monstros sa-grados” da ciência, o que pode ser considerado por muitos como uma “petulância” de umsimples desconhecido do terceiro mundo questionar publicamente conceitos propostos porgênios como Einstein, De Broglie, Compton e outros.

Tentei fazer o trabalho o mais auto explicativo possível. Minha explicação (ou defe-sa?) para a apresentação dessa obra é que ela não diminui em nada o profundo amor e respeitoque tenho por todos os cientistas aqui citados, além de outros tantos não citados aqui.

O motivo principal pelo qual me atrevi a tomar essa decisão foi minha formação quí-

mica, que me permite uma visão dos eventos citados  sob um ângulo de visão nem semprecoincidente com os desses gênios, além do que, E PRINCIPALMENTE, porque já se passouUM SÉCULO da elaboração dessas teorias, feitas pela genialidade de seus autores, mas comos conhecimentos sacramentados à época.

Assim, as questões que citei ao longo do trabalho, a medida que foram sendo encon-tradas ao me aprofundar quimicamente nos eventos, principalmente nos efeitos fotoelétrico eCompton, me levava a dar uma parada (pausa) para refletir mais ainda sobre os conceitos ofi-ciais.

À medida que os ia encontrando, fui me convencendo cada vez mais que, de certaforma, a ciência tem caminhado um pouco como a religião. As grandes figuras religiosas têmsempre razão e ninguém se atreve a questiona-los por temer represálias. E realmente é o quetem acontecido a todos os questionadores de pontos considerados indiscutíveis pelos chefesreligiosos. Entretanto, por tudo que li e que aprendi ao longo de minha vida, a ciência nunca“queimou” ninguém por discordar de seus princípios básicos. Sempre foi mais liberal e maisracional, se curvando quando o crítico às verdades de então, consegue comprovações do queestá propondo. É claro que em todas as ciências, existem grupos que se consideram “divinos einquestionáveis” naquele ramo, e sempre que são contrariados ou ameaçados, os “vaidosos”do grupo tentam desacreditar, desmoralizar, e até humilhar publicamente o questionador. Mas

nunca os questionadores foram mandados para a masmorra nem para a fogueira.

Se o que é proposto por algum questionador não passa de uma bobagem, simplesmenteo autor é achincalhado publicamente durante algum tempo e depois vai para o ostracismo.

 No entanto, creio piamente que quem tem algum conhecimento de determinado assun-to e discorda da forma oficial de seu entendimento, tem obrigação moral de expor publica-mente suas ideias e opiniões, pois é isso que sempre levou a ciência para a frente. Na ciência,

 jamais alguém será mais que um degrau da escada do conhecimento. Mas só será esse degrause souberem da existência dele. Por isso, estou me expondo desse jeito.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 176/191

176

13 - EVIDÊNCIAS, PROPOSTAS E SUGESTÕES DO AUTOR

Creio que deu para os possíveis leitores perceberem, em alguns pontos do trabalho,

que confessei abertamente minha dificuldade de tirar “conclusões”. Só consigo aceitar alguma evidência, por mais clara que ela seja, como possível con-

clusão, depois de atravessá-la por todo tipo de questionamentos e, se ela conseguir satisfazer atodos os questionamentos, aí sim, aí considero essa evidência “com grande possibilidade deser verdadeira”.

É claro que para atravessar uma evidência forte por todos os tipos de questionamentos,é uma tarefa difícil para quem acabou de elaborar o trabalho, logo, está com seus neurônioscom certo direcionamento positivo nas evidências a que chegou. Por isso, creio que uma ava-

liação profunda requer algum tempo e necessita que alguns abnegados se disponham a ler ecriticar a obra.

Entretanto, uma obra desse porte, com a variedade de assuntos abordados, chegandoao final parece ter sido um trabalho bastante dispersivo, o que não me parece correto. Por essarazão, me sinto na obrigação de enumerar as principais observações significativas e evidên-cias plausíveis para funcionar como uma espécie de resumo das observações feitas, ao invésda pomposa “conclusões” como faz qualquer “dono da verdade” e me soa um tanto fascista.

Devido ao fato do trabalho ser muito “pesado” para muitos leitores que não são doramo, vou procurar colocar essas observações e evidências na ordem mais cronológica possí-vel, para evitar mistura de assuntos. Claro que nem sempre isso é possível, porém tentarei omais que puder.

Ao longo desse encerramento, vou entremear Evidências com Sugestões, e destacar,quando houver, algumas PROPOSTAS feitas pelo Autor.

PRIMEIRA:

A primeira parte do trabalho, os cap. 3 e 4, trata primordialmente do assunto referenteao nosso sistema solar em relação ao Universo como um todo.

Fica Evidente neste estudo, o quanto somos insignificantes em relação ao Universocomo um todo, além de sermos quase cegos universais e vivermos uma irrealidade, ou seja,vivemos com grande defasagem em relação ao restante do Universo.

Fica como PROPOSTA aos religiosos fazerem avaliações sinceras e profundas dosseus conceitos em relação ao Universo como um todo e ao Deus que morava na Terra semforma e vazia (?).

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 177/191

177

SEGUNDA:

Terminado o estudo em relação ao nosso atraso sideral, começamos a entrar no camporeal do trabalho. No cap. 5 é feita uma breve apresentação aos leitores que não são do ramo,quais são os principais conceitos e relações de Onda e de Matéria. Em seguida, no cap 6, é

feita uma apresentação de forma didática e a mais cronológica possível, dos desenvolvimen-tos que desembocaram nos efeitos fotoelétrico, Compton e na Proposta de De Broglie, queconsolidou a dualidade onda-partícula. Estes dois capítulos foram só de “apresentação dosassuntos aos leitores” e não cabia nenhuma recomendação nem evidência plausível. 

TERCEIRA:

 No cap. 7 que chamei de Aplicações Numéricas da Relatividade, apesar de tedioso,

com um sem número de contas e resultados, mas achei necessário para mostrar ao leitor comofunciona numericamente a aplicação de alguns conceitos relativistas. Apesar de tedioso, foiimportante por apresentar inúmeros cálculos e resultados da interconversão onda-matéria, quemuito ajudaram ao autor a mostrar ao leitor o quão equivocada ela é.

O item deixa Evidente que a interconversão NÃO existe e muito menos, fóton temmassa agregada, se não a massa dos planetas cresceria indefinidamente.

Minha PROPOSTA é que a equação da interconversão onda x matéria: E = m.c2 sejaabolida por estar errada.

QUARTO:

Antes de entrar na parte QUÍMICA das avaliações, que é a especialidade do autor,optei por colocar um capítulo, o 8º, como uma forma de chamar bastante a atenção dos cien-tistas envolvidos no estudo da Gravitação Universal. Já li e ouvi inúmeras vezes sobre a in-cessante procura dos cientistas por uma equação unificadora, que correlacione o CONTÍNUOcom o QUÂNTICO, que seria através da elaboração de uma Equação Quântica da Gravidade.

Fica Evidente a falta de coerência e faço uma Sugestão aos cientistas que repensem oassunto.

QUINTO:

 No cap 9 o autor entra forte na sua área que é a parte Química. Procurei apresentar osassuntos numa sequência a mais didática que pude. Durante a explanação, iam ficando clarasas discordâncias que iam se delineando; por isso, no final de cada item, já fui colocando cla-ramente minha opinião a respeito do evento, mesmo discordando frontalmente da versão ofi-

cial de cada um. A sequência é longa, pois todos os assuntos foram abordados do ponto devista químico, e são elencados a seguir:

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 178/191

178

◙  no primeiro item, apenas coloco didaticamente os conceitos de Termodinâmica, espe-cialmente o Segundo Princípio, como também a Forma como se Avalia Termodinamicamenteum evento, do qual sempre lancei mão, tanto na avaliação dos efeitos citados, quanto em tópi-cos mais adiante e que me abalaram bastante. A única evidência desse item é que a Termodi-nâmica tem que ser considerada em todos os setores e aspectos do Universo.

◙  no segundo item, a questão do efeito fotoelétrico, depois de explanar todos os concei-tos químicos que de alguma forma serviam para demonstrar que a colisão fóton x elétron não

 passa de um equívoco, o autor mostra a forma como o fóton é absorvido, como funcionam omar de elétrons, o nível de Fermi, os potenciais de Ionização e de Corte (função Trabalho) eas bandas de valência e de condução e, a partir disso tudo, mostrar como a explicação dada

 por Einstein sobre o referido efeito está completamente equivocada quimicamente. Creio terficado bastante Evidente que não existe colisão fóton x matéria, simplesmente porque ondanão tem matéria nem matéria tem frequência nem comprimento de onda.

Dessa forma, como a quantificação de matéria nos fótons foi criada para conseguirexplicar a única coisa que a teoria ondulatória clássica não explicava, que era como haver“colisão onda x matéria”, então Einstein criou a interconversão para justificar o comporta-mento “material (granular) da onda” que explicaria a “colisão” do fóton com o elétron. Comas novas explicações, baseadas nos conhecimentos advindos da enorme evolução dos concei-tos químicos descobertos “depois da explicação de Einstein”, pode-se dizer que as evidências mudaram de direção, de tal modo que a explicação atual é somente químico-energética, para a

qual não há nenhuma necessidade de considerar existência de matéria em onda e vice verso.Assim, as Evidências que tenho e que submeto aos leitores é de que não existe interconversãoonda x matéria.

Minha PROPOSTA é abandonar esse conceito e voltar a considerar ondas regidasapenas pela teoria ondulatória.

◙  no terceiro item, em relação ao efeito Compton, depois de reapresentar um pequenoresumo, passo a apresentar os conceitos químicos que conduzem às fortíssimas evidências de

que ele não passa de mais um equívoco. Aliás, já era esperado, pois a explicação do efeitoCompton foi dada através de conceitos amplamente apoiados nos conceitos de interconversãoonda x matéria, além do que, o fenômeno em si guarda enorme semelhança com o efeito foto-elétrico e, em consequência, a explicação também se tornou bastante semelhante.

Dessa forma, como seria esperado, os conceitos e justificativas de seu equívoco, não poderiam deixar de ser bastante semelhantes ao anterior. E realmente, durante os questiona-mentos a explicação de Compton, ficou patente que são semelhantes. Mudam alguns detalhes,como o tipo de onda eletromagnética usada e o receptor, que deixa de ser metálico e passa aser orgânico (grafite), mas é usado na forma de lâminas deslizantes composta de unidades

hexagonais, com bastante ligações  (sobreposição de lóbulos p ortogonais ao plano das lâ-

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 179/191

179

minas deslizantes), que facilitam esse deslizamento por repulsão elétrica se contrapondo as já

fracas ligações de Van der Waals que unem as lâminas. As nuvens formadas pelos orbitais ,tanto ligante quanto antiligante, funcionam de forma não tão diferente do “mar de elétrons”das lâminas metálicas. Também deve ser lembrado que a “distância energética” entre os orbi-

tais  ligante e anti ligante são muito menores que aquela entre os orbitais ϭ (sigma) ligante eantiligante. No final do item correspondente, o autor já deixou lá sua opinião a respeito doefeito, mostrando as fortes Evidências de que se trata de um grande equívoco.

Minha PROPOSTA é que a explicação original do efeito Compton seja abandonada eseja adotada a explicação químico-energética apresentada no trabalho.

◙  no quarto item, que tratava da Proposta de De Broglie, não há muito o que acrescentarnem comentar. A proposta dele consta tão somente de generalizar os efeitos da interrelação

onda x matéria, dando caráter material às ondas e estender isso a matéria, ou seja, dar fre-quência e comprimento de onda a partículas materiais em movimento. Com as Evidências apresentadas nos efeitos fotoelétrico e Compton, de que essa interconversão não passou de umgrande equívoco, a Proposta de De Broglie se desmorona sozinha.

PROPONHO, pois, que ela seja abandonada.

◙  no quinto item foi avaliado o comportamento das ondas que chegam no planeta Terra,

 principalmente o porque de vermos tudo azul quando olhamos para o céu. É feita uma avalia-ção do efeito causado nos fótons que chegam em nossa atmosfera superior, utilizando somen-te os conceitos da Teoria Ondulatória. Também é avaliada a possibilidade de estarmos já em

 processo de destruição através caminharmos para o efeito estufa completo ou caminharmos para uma nova era do gelo.

◙  no sexto item o autor enfrenta um problema cáustico, se não tão grande pelo seu teor, pelo menos em relação a Nomenclatura. Trata-se da tão badalada “colisão da matéria com sua

anti matéria”. O vocábulo “anti” significa o oposto, o contrário. Alguns autores se referem a“anti partícula”, que eu nada tenho a opor e aceito completamente. Toda partícula tem sua anti partícula, como o elétron que tem carga negativa) e existe o seu oposto, o pósitron, tudo igualao elétron, só que com carga positiva. Até aí, tudo bem. Uma partícula é amarrada por alguns

 parâmetros (números, caracteres, ou lá o que seja), de modo que a inversão de algum ou al-guns deles torne a nova partícula o oposto dela.

Entretanto, aceitar isso como “anti matéria” me chocou profundamente. Cansei de me perguntar: o que é anti matéria? Só conhecemos matéria (massa) e energia (ondas), então deque seria feita a anti matéria?

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 180/191

180

O exemplo mais encontrado na literatura, até quantificado, é o da colisão do elétroncom sua “anti  partícula (tudo bem)”. Sabe-se que a colisão do elétron com o pósitron, leva aaniquilação dos dois, com o aparecimento de dois fótons com energia de 0,511 MeV cada um.

Como os cálculos mostraram, a energia do fóton de 0,511 Mega eV corresponde a uma onda

com frequência ʋ = 1,2365 x 1020  Hz e comprimento de onda  ʎ = 2,428 x 10-12 m. O valor  de ʎ obtido, é o mesmo obtido por Compton, e que foi chamado de “comprimento de ondaCompton do elétron”, obtido através da relação h/m.c. Como a equação: elétron + pósitron =fóton 1 + fóton 2, e como os fótons são iguais, seríamos obrigados a aceitar que elétron e pó-

sitron são iguais (evidentemente de sinais contrários) e com a energia de raios .

Essas razões são Evidências indicativas de que esse evento deve ser refeito e analisa-do com mais detalhes, pois o resultado aparenta ser um absurdo. Lembrando que, isto tudo é

 para a colisão partícula com sua anti partícula, que é fácil de aceitar, mas se tiver que falar emanti matéria, logo perguntarei: Se o momento da matéria é P = m.v, obrigatoriamente o mo-mento da anti matéria teria que ser: P = (1/m) . v. Isto existe?

Minha PROPOSTA é abandonar o termo anti matéria e usar somente o termo anti partícula, além de reavaliar o tipo e os valores da energia obtida.

◙  no sétimo item para fechar o assunto sobre a tão controversa inter relação onda x ma-téria, o autor avalia o segundo conceito básico da interconversão onda x matéria proposta porEinstein: m = mo / [(1 – (v/c)2]1/2, que é a equação da massa em movimento (massa relativis-

ta), já que a equação primeira E= m.c2 já está abarrotada de Evidências de sua não validade. Na forma apresentada sempre igual em todos os trabalhos, a aproximação da velocidade realcom a velocidade da luz, faz a massa tender ao infinito. Entretanto, após fazer uma “maquia-gem” na equação e explicitar a Velocidade em função das massas em re pouso e relativista, oque se obtém é o oposto: quando a massa em movimento atinge valor INFINITO, sua veloci-dade tende a “c”, ou seja, a equação apresenta resultado real, finito e mensurável para valorinfinito de massa.

A Evidência é que se trata de mais um grande equívoco e minha PROPOSTA é que aequação seja abandonada por ser errada.

◙  no oitavo item, o autor sub dividiu em sub itens para melhor poder esclarecer os im- pactantes assuntos tratados, e embora ao final de cada tópico já foi colocada a opinião do au-tor, mas vamos resumir a seguir:

◙ ◙ no primeiro sub item do oitavo item, o autor apenas faz algumas considerações de carátermais geral ao fato de Einstein ter definido que “cada fóton colide com um elétron” dando ca-

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 181/191

181

ráter material ao fóton e ainda o quantificando pela equação E = m.c2, já comprovadamenteequivocada e com PROPOSTA para ser abandonada.

◙ ◙  no segundo sub item do oitavo item, o autor faz algumas considerações e fortes críticasao fato do Dr Einstein ter escolhido a velocidade de propagação da luz visível pelo homemcomo limite de rapidez de deslocamento para qualquer coisa (“nada pode se deslocar maisrápido que a luz”), baseado na sua equação de massa relativista, que já vimos estar errada eapresentou-se PROPOSTA para que seja abandonada.

◙ ◙  no terceiro sub item do oitavo item, o autor apresenta em forma de tabela e também emforma gráfica, os dados para uma possível futura Mudança de Referenciais, já que NÃO exis-

te Tempo e nossa unidade de referência, batizada pelo homem com o termo “segundo”, naverdade não passa de uma simples equivalência a ROTAÇÃO DA TERRA em torno de seu próprio eixo em um total de 464 metros (ou também, equivalente a seu deslocamento transla-cional em torno do Sol em 30 Km). Como 464 m não é unidade de nada, apenas um númeroesdrúxulo, o autor correlaciona a velocidade da luz com o valor de 1 metro de rotação e detranslação do Sol e dos seus nove planetas. A PROPOSTA do autor é correlacionar a veloci-dade da luz com a rotação do Sol que, apesar de quinta grandeza, é o nosso Astro.

◙ ◙  no quarto sub item do oitavo item, o autor apresenta um detalhado estudo sobre OndasEletromagnéticas, onde chega a algumas Evidências que, com toda certeza, vão causar muitoespanto quando os possíveis leitores chegarem àquele tópico. Dentre os assuntos confrontan-tes com os conhecimentos atuais, pode-se enumerar:

a)  O autor mostra que a velocidade de 300.000 Km/s é a Velocidade Média de Transmissãoda luz, mas não sua velocidade máxima; como em um comprimento de onda existemdois picos onde a velocidade é nula (e a amplitude é máxima) e dois cortes no eixo detransmissão onde a amplitude é nula e a velocidade é máxima, e tendo em vista que a re-sultante, média entre zero e v máx é de 300.000 Km/s, logo, a velocidade máxima é de600.000 Km/s. Isso já anula a assertiva de Einstein de que nada se desloca com veloci-dade superior a 300.000 Km/s.

 b)  O autor PROPÕE a inclusão das relações da Amplitude Máxima da Onda no conjunto derelações que avaliam e caracterizam uma onda eletromagnética, para atender a termodi-nâmica, já que “é a amplitude da onda que perturba o espaço por onde ela passa”. 

c)  O autor discute amplamente, durante todo o desenrolar do item, um ponto que consideraum tremendo equívoco, causa de muitos erros cometidos nos cálculos ondulatórios: é aamplitude da validade do ábaco que correlaciona frequência (ʋ) com comprimento de

onda (ʎ) através da velocidade de transmissão da luz no vácuo. No citado ábaco, os doissentidos são ilimitados, de modo que se transforma ondas com valores de ʎ desde cente-

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 182/191

182

nas ou milhares de metros até ondas com valores de ʎ da ordem fento (10-15 m) ou mes-

mo zepto (10-21 m), já tipicamente correspondentes a raios  de altíssimo conteúdo ener-gético, através do mesmo parâmetro, que é a velocidade da luz no vácuo. Procurando naliteratura, encontrei autores no estudo de som, que inter relacionam frequência e com-

 primento de onda não pela velocidade da luz, mas sim pela velocidade do som, que é de344 m/s.d)  Finalmente, o autor levanta uma questão de profunda seriedade: quando um oscilador

cria ondas eletromagnéticas, ele as cria apenas através de um PERÍODO (T), durante oqual ele cria um “comprimento de onda”. Após sua criação, esse comprimento de ondasegue correndo a 300.000 Km/s em média, alternando velocidades zero e máxima aolongo de cada comprimento de onda percorrido, ao mesmo tempo em que o osciladorcria outro comprimento de onda, e mais outro, e mais outro, e assim por diante, produ-zindo ondas em número de unidades muito alto, sendo na faixa visível pelo homem, da

ordem de 400 a 800 trilhões de unidades por cada segundo. Se se tratar de raios   as

quantidades produzidas chegam a sextilhões de unidades por segundo. Quando Plank de-terminou a Energia de cada fóton, estabelecendo que E = h.ʋ, que foi usado por Einsteine todos os demais, mas sempre como “colidiu, transferiu h.ʋ  para o receptor ”, o que

 NÃO corresponde a realidade, pois o valor total h.ʋ só é transferido para o corpo recep-tor após 1 s de contato, quando chegam as trilhões ou quadrilhões (ou até mesmo, sexti-lhões) de unidades emitidas durante esse 1 s. Dessa forma, o autor mostra as fortes Evi-dências de que as transferências de energia das ondas para os receptores estão sendo malinterpretados. Motivo pelo qual PROPONHO que os quantitativos de energia transferi-dos, passem a ser computados pela unidade h.T vezes o tempo do contato, e não mais di-

retamente o valor h.ʋ, pois esse corresponde a um tempo muito longo quando se fala emfótons ou em elétrons.

◙ ◙  no quinto sub item do oitavo item, o autor apresenta um novo modelo de átomo, para seravaliado pela comunidade. O autor faz uma avaliação do que considera ter sido o equívoco deBohr na elaboração de seu modelo. Também faz severas críticas a aceitação do modelo ondu-latório de Schroedinger, já que se apresentou bastante Evidências do equívoco que é a inter-relação onda x matéria, e sendo o elétron matéria, não pode ser regido por equação ondulató-

ria. Dessa forma, o autor PROPÕE um novo modelo, basicamente a partir do modelo de Bo-hr, mas eliminando o equívoco deste e mostra todas as incoerências observadas nos valoresobtidos na Tabela Periódica dos elementos, calculados a partir da errônea equação de Schroe-dinger, tanto dos valores de Potencial de Ionização, quanto dos valores dos raios atômicosapresentados na citada Tabela. O autor também Sugere que os valores dos níveis energéticosde cada orbital e seus respectivos raios sejam recalculados, mas através da equação coulombi-ana proposta no trabalho.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 183/191

183

SEXTO:

 No capítulo 10 é feita uma avaliação completa do Homem e de seu Habitat, especial-mente sendo seu habitat o local onde morava (?) Deus, o Criador de tudo, inclusive dele àSua imagem e semelhança. A avaliação começa com algumas Considerações de caráter geral

(item 1) seguido de uma transcrição desse habitat (item 2) com os dados já conhecidos noscapítulos 3 e 4.

 No item 3 apresento uma série de fatos, que chamei de “coincidências da Criação ouEvolução”. Não sei realmente se são coincidências ou não. Trata-se de nosso habitat, o Plane-ta Terra, ser constituído por três quartos de água e, curiosamente, os seres vivos também se-rem constituídos por três quartos de água. Explico como se dá quimicamente essa associaçãoem forma coloidal, de forma simples e objetiva, inclusive com alguns dados hilariantes. Emostro como nossa estrutura é apropriada para sobreviver nessas condições desfavoráveis.

Já no item 4, A Origem do Homem, começa minha própria cruz. Antes, eu já tinha levadoum baque que me deixou um tempo sem ler nem escrever nada. Foi quando escrevi o trabalho“Porque Deus não Responde” (disponível na pagina www.franciscoguerreiro.com.br), quandominha avaliação imparcial do duelo Criacionismo versus Evolucionismo, não conseguimanter a equidistância que sempre tive em relação a tudo. Na ocasião, apesar da minha posi-ção prévia e já longamente consolidada avessa a possibilidade de uma Criação, que continuovendo inúmeras falhas primárias nela, mas a avaliação mais profunda do Evolucionismo,mesmo eu que li a obra de Darwin, além de inúmeros outros autores maravilhosos, defensoresdo Evolucionismo como Desmond Morris, Richard Dawkin e outros, fiquei chocado ao

chegar a algumas conclusões a que cheguei e mostrei nesse item. Meu apoio era o Darwinis-mo, já que o modelo Criacionista em certos pontos chega a parecer historinha para fazer cri-ança dormir e não aparenta ser coisa séria.

Entretanto, depois de ler tanto opositores, logo, defensores do Evolucionismo, parei para meditar profundamente sobre ambos, dando chance a ambos, considerando os dois comocoisas sérias e dignas de se perder bastante tempo para tentar entende-las. Depois de algunsmeses de concentração e meditação, considerei minha tarefa “por enquanto” concluída. Masminha situação interna se tornou bem pior e mais aflitiva que antes.

Em relação ao modelo Criacionista, como sempre está na pauta de assuntos do dia adia de inúmeros locais, familiares, de trabalho, em reuniões sociais, etc, devo dizer que NA-DA mudou em relação ao que eu pensava. Principalmente depois que estudei mais um poucode Universo, ver esse infinito onde estamos inseridos nos confins dele, me levou a concluirque uma possível Criação não tem NADA A VER com esse Deus “que morava na Terra semforma e vazia, vive no Céu em função de nós (sic), sequer conhece a imensidão do Universo”e tantas outras baboseiras que não se coadunam com um ser humano inteligente e muito me-nos com um Deus verdadeiro. Minha opinião não mudou. Infelizmente sou obrigado a confes-sar que minha enorme decepção foi com o Darwinismo, o Evolucionismo. Como explanei notrabalho acima citado, do qual apresento um resumo nesse item que estou avaliando agora, fui

descobrir que o modelo Evolucionista tem “mais furos que queijo suíço”. O ponto crítico é terque aceitar que a Involução seja parte da Evolução.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 184/191

184

Enquanto viver, vou continuar buscando. Até porque como racional, tenho obrigaçãode fazer isso, já que minhas avaliações foram sobre Criacionismo versus Evolucionismo, sen-do este, o ÚNICO contraponto ao Criacionismo conhecido pelo homem. Mas como o homemé um animal primitivo, com sua mente nas trevas, refugiado nas cavernas do medo, tenho queesperar que de repente algum iluminado apresente um contraponto ao Criacionismo com maisalicerce do que o Evolucionismo Darwiniano.

Depois disso tudo, fiz no item 5 “O Homem e a Morte” uma avaliação Termodinâmi-ca da morte. Sem medo, sem pre concepções, sem acusar nem defender previamente nenhumconceito, só indo em frente, seguindo o fluxo, quer os resultados a que ia chegando me agra-dassem ou eu os repudiasse, continuava seguindo a trilha. Enquanto fazia a avaliação Termo-dinâmica é que fui dar conta de que nunca tinha pensado séria e tão profundamente antes sobessa ótica. Realmente, como detalhado no item, o homem vivo está sempre em equilíbriotermodinâmico com o Universo. Mas, o homem morto também está em equilíbrio com o Uni-

verso. Só que, avaliando com pureza e imparcialidade, descobri que realmente ambas as afir-mativas são verdadeiras, ou seja, o H vivo está em equilíbrio com o Universo e, por outrolado, o H morto está em equilíbrio com o Universo. Só que, analisando as condições de equi-líbrio com o Universo em ambas as situações, pude concluir termodinamicamente que essasduas situações NÃO são iguais entre si. A quantidade de Entropia trocada pelo homem vivocom o resto do Universo é bem superior a quantidade de Entropia trocada pelo homem mortocom o resto do Universo. Então me dei conta de que entre as duas situações houve um eventochamado MORTE, uma singularidade, com seus dois cones de eventos: o de eventos passadosé a vida e o de eventos futuros, que seria o envio de entropia para o Universo oriundo da coa-gulação do sangue, perda de movimentos e abaixamento da temperatura, que faz com que aenergia coesiva fique muito mais negativa, tudo isso gera um conteúdo entrópico enviado aoUniverso, acrescentando-se a isso, mais os efeitos da cremação ou deterioração biológica docadáver até desfaze-lo totalmente. Claro que o valor entrópico contribuído pelo homem morto

 para a entropia total do Universo, é algo significativo. Entretanto, a contribuição do homemvivo é visivelmente muito maior, por todos os seus movimentos, circulação do sangue, movi-mento dos órgãos, ciclos de respiração, de digestão e tantas outras coisas inerentes a essecomplexo ser chamado homem. Parece bem claro que o conteúdo entrópico do par homemvivo + resto do Universo é bem maior que o par homem morto + resto do Universo.

 Nesse ponto, me senti como se o chão se abrisse debaixo de meus pés. Entre essasduas situações só houve um evento: a Morte. Se o homem vivo passa para a condição de ho-mem morto através de uma singularidade, que é o ato da morte, onde está a diferença de con-teúdo entrópico entre as duas situações? Concluí que o ato da morte envolve uma quantidadesignificativa de energia entrópica, equivalente a diferença entre as entropias do homem vivo edo homem morto. Mas que energia é essa? Onde ela estava e para onde foi?

Essa situação me obrigou, pela primeira vez a aventar a possibilidade de existência deuma parte NÃO material na nossa constituição.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 185/191

185

 No intervalo entre o término do item acima, e antes de entrar no assunto Meio Ambi-ente propriamente dito, tive que fazer uma pausa para pensar sobre o que pude entender dositens “A Origem do Homem” e “O Homem e a Morte”. Sei que isso me afetou profundamen-te, e o assunto se encaminha para a parte não científica, nem física nem química. Entretanto,quando me propus a escrever o trabalho, considerando a solidez de meus conhecimentos dequímica e minhas convicções a respeito das religiões, de Deus, etc, resolvi fazer a análisecompleta do que eu pensava, daí o título dado: Universo: Físico, Químico ou Divino?

Como sempre disse, e nunca escondi isso de ninguém, jamais fui ateu convicto, comotambém jamais tive qualquer indicativo que fosse da existência ou da não existência de umCriador. Sempre fui cético em relação a tudo, e uma das coisas que mais me irrita nessa vida éouvir a palavra “provar” sobre qualquer situação religiosa, divina ou não. Tudo que está forado nosso mundo material, seja lá o que for a matéria (se ela e a luz existem, pois tenho sériasdúvidas disso) é puramente SUBJETIVO. E o subjetivo não é quantificável nem passível de

comprovação. Por isso já afirmei e assino com meu sangue como estou certo, de que jamaisum homem comprovará a existência de Deus, assim como também jamais comprovará a Nãoexistência dele. Por isso fico altamente irritado quando ouço alguém dizer que Deus ou algu-ma outra coisa subjetiva, como “milagres” por exemplo, foi “comprovada”. Considero issouma tremenda falta de respeito para com seus semelhantes, coisa que não admito. Quem temcerteza de alguma coisa, não é mais inteligente ou mais iluminado do que seus semelhantes, esim mais medíocre e digno de piedade. Talvez tão idiota que nem saiba que é um transporta-dor ambulante de coco fedorento.

Se esse desabafo ofender alguém, me desculpe, pois a intenção do trabalho é só expor

e confrontar ideias, avalia-las e fazer opção entre elas, embora sei que com a maioria dos reli-giosos Não é assim que a coisa funciona: eles estão certos, com absoluta certeza disso e quemfor contra deve morrer! Para mim, morrer é o de menos, pois com a idade que estou e com a

 pouca saúde que tenho, se me matarem estão antecipando por tão pouco tempo o que vai o-correr naturalmente. Além disso, a morte é um evento que só me assustou um pouco na juven-tude, quando era imaturo e não tinha quase nenhum conhecimento que tenho agora. Mas ago-ra, na idade que estou e, como falei no capítulo 13, a frase dita por meu pai em 1981, achoque morrer é realmente muito mais um alívio do que sofrimento.

Depois disso tudo é que entrei no item 6 do cap 10, ou seja, finalmente entrei propri-

amente no assunto Meio Ambiente. Nele coloquei a disposição do leitor, uma vida dedicada a pensar e tentar ajudar aos demais seres humanos, como aos demais seres vivos, principalmen-te animais domésticos e silvestres, tudo que aprendi em relação ao chamado Meio Ambiente,a atuação do homem sobre ele e sobre os demais seres vivos.

Esse item, sub dividido em seis tópicos, mostra vários ângulos do comportamento dohomem, como ele pensa que “ilude” Deus que ele imaginou a sua própria imagem, e faz Eleter um comportamento absolutamente humano, O achincalha a todo momento no seu dia adia, e só recorre a ele nos momentos de desespero, quando ele sente que vai morrer e ir “mo-

rar junto com esse Deus Maravilhoso”, coisa que ele diz que passa sua vida sonhando, masquando o evento se aproxima, curiosamente ele se agarra é com esse mesmo Deus que ele

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 186/191

186

imaginou para tentar “evitar” que ocorra o que ele “sonhou a vida toda e aguardou ansiosa-mente esse bendito dia” de sair da matéria e ir morar com ele. Com tanto show de incoerência,incompetência, cinismo, hipocrisia, falta de caráter, falta de honestidade e tantas outras faltas,que daria para encher um livro inteiro, o homem segue sua trilha auto definida como o eixomotriz da lei desse mesmo Deus que ele imaginou, mas que se desespera quando sente queestá próximo a ir morar com Ele. A grande Evidência que isso conduz o autor é que realmentea grande maioria dos homens realmente BLOQUEIA seu neo cortical e só usa o seu Lumbi-cal, devidamente recheado de alguns conceitos acoplados a imensos prazeres materiais, quelhe tomam tanto tempo que ele não tem mais tempo sequer de usar seu neo cortical. Esse é oinfeliz morador do insignificante e fedorento pontinho do Universo, chamado homem e que édivino e mora na casa de Deus.

Claro que com tudo isso, pode-se garantir que a “máquina de mandar e de destruir ematar” em que o homem se tornou, está em condição absolutamente irreversível. Assim, não

há necessidade de PROPOR nada, pois o homem e seu Deus Todo Poderoso Oni Tudo que elecriou à sua própria imagem e semelhança e está com ele e o obedece cegamente, são divinos esó têm satisfação a dar a si próprios. É muito triste ver que o homem conseguiu chegar a esse

 ponto de deterioração, baixeza e imundície, mas infelizmente foi o que ocorreu.

Entretanto, como sou teimoso e ainda acredito que existam pessoas que se contrapõema essa forma maligna de agir como o homem médio alcançou, vou continuar lutando ao ladodeles, como por exemplo, os grandes abnegados do Greenpesce, e outros semelhantes. Claroque somos minoria, mas David venceu Golias, o que já é um alento.

Foi por essa razão que fiz o citado item onde mostro como o meio ambiente funciona,os mecanismos que se tem para tentar desviar o comportamento dos “ricos e poderosos” nosentido de faze-los agir em defesa do planeta e do meio ambiente, mesmo tendo que “compra-los”, dando-lhes mais e mais riquezas, com as quais vão ter sucessivos “orgasmos anormais”até saírem daqui, e usarão sua riqueza para tentar se limpar do sangue dos que sofreram emorreram por sua causa. E isto, junto com esse Deus que imaginaram a sua imagem e seme-lhança, que custa somente dez por cento do que ganham, mesmo que seja a custa do sangue eda vida de seus “irmãos”. 

De qualquer forma, ao longo do item, ficam explícitas as PROPOSTAS que o autor

vai fazendo, em relação aos animais, ao lixo, aos rios, ao oceano e as possibilidades de se re-verter o problema do efeito estufa.

SÉTIMO:

 No cap 11, que chamei de “Um Recado aos Religiosos”, quero reiterar aqui que nãoteve por finalidade o sentido de briga ou de ofensas. Nada disso. O que procurei passar comorecado para eles é exatamente aquilo que me assusta no comportamento do ser humano.

Realmente, depois de todas as avaliações feitas com o comportamento do homem,tenho medo de ter chegado a uma evidência que para mim está tão forte, que talvez possa vir a

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 187/191

187

ser uma possível conclusão. Minhas evidências indicam que o ser humano NÃO crê em Deus,coisa nenhuma, o que ele tem é medo, medo do desconhecido, medo de morrer sem saber oque vai acontecer. Por isso ele criou um Deus a sua própria imagem e semelhança para fazerdele um escudo contra esse medo.

É apavorante tomar conhecimento do comportamento do ser humano no dia a dia.Verbaliza maravilhas de um Deus OniTudo, que o criou a Sua imagem e semelhança, que éPerfeito, é só Amor, Perdoa tudo dele e de seus irmãos, reza para Ele, prega Seu nome e ou-tras tantas Maravilhas a Seu respeito e a tudo que Ele criou. Isso tudo ao mesmo tempo emque é vaidoso, prepotente, acumula riqueza deixando outros filhos desse Deus maravilhosomorrerem de fome, desnutridos, com os ossos furando a pele, mente, trai, jura falso e até mataseu semelhante, mas sem nunca deixar de rezar para Ele. A certeza de que esse Deus que eleimaginou é real e pensa exatamente como ele, é que realmente acabou com o pouco que se

 poderia esperar de “amor e fraternidade” do ser humano. O ser humano é medroso, tem medo

de tudo, até de morrer sem saber o que vai encontrar, por isso creio que se as religiões quises-sem realmente conduzir o homem para o bem, bastava dar bastante força a esse mesmo Deuse criminalizar todos os seus seguidores que fizessem mal a algum ser vivo, e o excomungasse.Com o medo que o homem tem, ele certamente começaria a pensar em seus atos e pararia deser o grande predador de tudo, até dele mesmo. Se as religiões excomungassem quem partici-

 passe de uma guerra, fosse qual fosse o motivo de sua participação, ele relutaria em ir para aguerra com medo das consequências futuras.

Infelizmente, ao longo das rotações e translações da Terra, o que a história conta éexatamente o oposto. Existe um número incontável de facções religiosas, todas dizendo que

amam e cultuam o “mesmo Deus único”, criador de tudo e de todos os homens a Sua imageme semelhança, mas nunca conseguiram sequer se entender entre si e vivem brigando e se ma-tando, exatamente em nome Dele. Ao invés de excomungarem quem vai para um campo de

 batalha matar seus próprios irmãos, as religiões “benzem as armas dos soldados do seu lado”,desejando que eles “matem todos aqueles infiéis do outro lado”. E no seu retorno agradecem aDeus por eles estarem de volta e vivos, ou seja, agradecem a Deus por eles terem matado tan-tos dos seus outros filhos que estavam do outro lado!

Perdão, mas isso tudo me assusta e me dá calafrios de saber que quem faz isso sãosemelhantes meus. Que dizem que acreditam em Deus, sua divindade, etc etc. Realmente a

única opção que meus neurônios encontraram para esse comportamento dos “filhos de Deus”é que de fato eles BLOQUEARAM seu neo cortical e ainda digo mais, creio que comprimi-ram bastante seu lumbical e só deixaram aflorado, comandando tudo´, o seu “repteliano”, queé a parte do cérebro que move os repteis (só têm ele), e só tem o conceito de sobrevivência aqualquer custo. Para isso, quando sentem perigo, comem seus próprios filhotes, seus ovos, seu

 próprio rabo (que se recompõe com o tempo). Pelo menos eles não têm discernimento, alias,não têm sequer sentimento, pois não têm o lumbical. Mas o homem tem o lumbical, tem o neocortical e age exatamente como eles, ou melhor “como eles, não”, agem de forma muito pior,mais cruel, mais insana e depois rezam para o seu Deus de infinita bondade, que ama a todos

e perdoa a todos. E se mantém alerta e preparado para fazer tudo outra vez, no momento que

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 188/191

188

algum ensandecido achar necessário, mas com convicção de que está agindo conforme a von-tade desse seu “maravilhoso Deus de infinita bondade e perfeição que perdoa tudo”! 

OITAVO:

 No cap 12 dedico algumas palavras aos que devem me chamar de idiota, sem descon-fiômetro e coisas que tais, por apresentar publicamente um trabalho científico discordando demonstros sagrados da área, onde explico o porque de ter tomado tal atitude. Em primeiro lu-gar os conhecimentos de hoje são bastante diferentes de tudo que se conhecia de um certotempo para trás, exatamente porque sempre que algum conceito novo é considerado acertado,é porque o autor do conceito anterior estava errado. Não considero isso demérito para nin-

guém. Muitas vezes, talvez a esmagadora maioria delas, o autor de um conceito só conseguiuelabora-lo por ter tido conhecimento do conceito anterior, tê-lo estudado e, com nova visão, pode propor as modificações que tornariam esse conceito mais adequado. Talvez não conse-guisse fazer isso se o autor do conceito anterior fosse covarde, tivesse medo de ser achinca-lhado e não tivesse publicado sua visão do assunto. Como me considero consciente do conhe-cimento que tenho e do bom senso que acredito ter pelo menos um pouco, achei que não meexpor a um possível achincalhe temporário, seria me comportar como um Pilatos, lavar asmãos e deixar, se eu estiver certo, que todos continuem agindo errado. Seria uma covardia efalta de caráter. Tenho conhecimento e decência suficiente para apresentar meus conhecimen-tos publicamente e estou pronto a defender todos os meus pontos de vista em qualquer lugar e

situação. Claro que a comprovação de que meu conceito está errado, imediatamente o refaço, pois sou tão transportador ambulante de coco fedorento como qualquer outro ser humano, enada desmerece alguém Propor o que quer que seja com honestidade, com convicção de queaquilo está certo. Não fazer isso é que é covardia e mediocridade. Lembrem-se sempre que a aciência e o conhecimento tem forma de degraus, e ninguém passa de um degrau dessa escada,inclusive muitos conceitos equivocados permitiram que dele, outros avaliassem melhor e con-cluíssem corretamente, logo, mesmo errado, também passou a ser um degrau da escada doconhecimento e da sabedoria.

 NONO:

Tenho que confessar que o trabalho me deixou sequelas. Uma delas é que nunca acei-tei a existência de alma, espírito, ou lá que nome tenha. Para aceitar tal coisa, fica implícitoque precisa antes, acreditar na existência de um Deus Criador de tudo. Como já disse, desdeque comecei a pensar, busco alguma evidência forte da existência ou da não existência desseCriador, que me abriria o resto do caminho a frente.

Infelizmente, sou obrigado a confessar que NUNCA encontrei nenhuma Evidência

séria, digna de ser levada em conta, nem da existência nem da não existência desse Criador. É

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 189/191

189

claro que sei que somos materiais e esse assunto é fundamentalmente subjetivo. Mas de umacoisa minha vida de pensamentos e pesquisas me deixou de EVIDÊNCIAS:

- Realmente é difícil imaginar um Universo tão grande e tão diversificado, saindo do nada (sóum conjunto de fótons, quentes ou frios), e evoluíssem dessa forma, criando coisas tão dispa-

ratadas, desde minerais, vegetais e até seres vivos, do nível de complexidade dos mamíferos,especialmente o homem;

- O Universo NÃO é UNO: ele é DUO, ou seja, não existe interconversão onda x matéria (se- ja lá o que forem ambos, quer existam ou não); a matéria, através de diversos processos quí-micos e físico-químicos, se transforma em energia, geralmente na forma de calor (a energiadesorganizada) para atender os Princípios da Termodinâmica.

- A existência de um hiato entre a vida e a morte, com o sumiço de enorme quantidade deenergia entrópica, me deixou com uma enorme interrogação: de onde essa energia veio, qual

seu quantitativo, como ela funcionava, para onde ela vai, e como vai ser seu comportamento?

DÉCIMO:

Chegou o momento de pedir desculpas aos leitores que se dignaram ler o meu último

trabalho, chamado “O Espaço Tempo e a Relatividade” que está disponibilizado na páginawww.franciscoguerreiro.com.br .  Nesse trabalho o autor apresenta sua visão do espaço-tempoe da inexistência do tempo como parâmetro, como também coloca no anexo, um resumo deum trabalho anterior onde mostra a impossibilidade do modelo conhecido como Big Bang e,como consequência, apresenta um modelo de início de Universo como alternativa ao anterior.

Como é meu feitio, minha forma de agir, não gosto de situações onde não exista a pos-sibilidade de opção, ou seja, situações onde não existam alternativas a disposição para seremanalisadas e uma delas escolhida. Por isso, o modelo que propus, de Universo Primordial Fo-tônico e Eterno, com existência integral só de fótons frios, e que em determinado momento, a

múltipla colisão de fótons, produziu matéria (elétron) que começou a girar e em consequência, passou a ser referência para os fótons em relação a posição da matéria em função de sua rota-ção (e translação, claro). A partir daí, as futuras colisões de novos fótons com a matéria exis-tente, iam aumentando essa matéria, e assim sucessivamente. Acontece que na ocasião dotrabalho, eu aceitava a existência de matéria nos fótons e na colisão fóton matéria com trans-missão da matéria do fóton para a matéria, aumentando seu valor.

Desse modo, o autor estava em paz por seu modelo, tendo em vista que, a partir de umUniverso Primordial Eterno e somente Fotônico, já que na velocidade do fóton o tempo não

 passa, o aparecimento da massa e o consequente aparecimento de matéria rotativa para fun-cionar como referência, que posteriormente foi batizada pelo homem com o nome de “tem-

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 190/191

190

 po”, na visão do autor era uma forma ideal, tendo em vista que o aparecimento da massa a partir só de fótons, tanto poderia ser um evento natural, a partir da colisão ao acaso de váriosfótons, como também poderia ter sido a partir da intervenção de um Criador, que criou maté-ria ao seu critério.

Entretanto, depois de bastante busca e profundas divagações para a elaboração do pre-sente trabalho, o autor chegou às conclusões já relatadas de que NÃO EXISTE COLISÃO DEFÓTONS COM MATÉRIA, MUITO MENOS DE FÓTON COM FÓTON SE TRANS-FORMANDO EM MATÉRIA.

Dessa forma, o autor deixou seu próprio Modelo SEM alternativa, ou seja, sem possi- bilidade de escolha pelo leitor. Tendo em vista que onda não tem matéria, a partir de um Uni-verso Primordial Eterno Fotônico fica impossível o aparecimento da matéria através puramen-te de colisões fotônicas, de forma que, a partir do presente trabalho, onde uso os conceitosquímicos para comprovar a impossibilidade de tal ocorrência, o modelo passa obrigatoriamen-te a ter tido início material a partir da intervenção de um Criador. Claro que os religiosos, quesão a maioria dos homens, vão considerar que “agora é que o modelo faz sentido e pode seraceito”. Respeito a opinião deles, mas também tenho obrigação de respeitar a opinião dos quenão creem na existência de um Criador.

O pior foi que quem tornou meu modelo proposto como “sem opção” fui eu mesmo,mas não me recrimino pois acho que é exatamente isso que se considera evolução. Mais graveainda fica a situação quando penso que me recrimino por bloquear o direito de opção dos quenão creem, no mesmo trabalho onde confesso os duros golpes que levei ao me decepcionar

com modelo Evolucionista de Darwin, e pior ainda, após fazer uma análise termodinâmica doevento Morte, onde descobri que na passagem da condição de Homem Vivo para HomemMorto, através de uma Singularidade chamada Morte, desaparece uma enorme quantidadede entropia do Universo, que por ser termodinamicamente impossível, me conduz a um ca-minho que não aceitava antes, que é a possibilidade de termos uma parte na nossa constituiçãoque seja não material, somente energia pura e que se liberta depois do ato da morte.

Claro que nem desconfio que tipo de material essa energia pode ser, a não ser que eladeve ter conteúdo entrópico e com quantitativo igual ou superior a diferença entre as energiasdas condições entre homem vivo e homem morto. Nem o valor mesmo aproximado desse

quantitativo, faço a mínima ideia. Em sua busca, que vou continuar perseguindo, a única dire-triz que tenho é que se essa energia for algo relacionado com o que os homens consideramalma, espírito, ou lá que nome tenha, com certeza NÃO é luz ou algo semelhante a uma ondaeletromagnética, pois se fosse, seu deslocamento seria limitado a velocidade da luz, logo, seexiste o Céu, ele não chegaria lá antes de dezenas ou centenas de milhares ou milhões de a-nos, o que se tornaria uma coisa inviável. Se existir realmente o espectro (alma, espírito, etc)deve haver alguma forma em outras dimensões que os desvincule da amarração aos movimen-tos de rotação ou translação dos corpos celestes.

Mas até o presente momento, nem desconfio do tipo de “coisa” que possa ser.

7/17/2019 Universo, Fisico, Quimico Ou Divino

http://slidepdf.com/reader/full/universo-fisico-quimico-ou-divino 191/191

25 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

1 - SCHUKIN, E.D., PERTSOV, A.V. e AMELINA, E.A., “Química Coloidal”, Editorial

Mir, Moscou, l988.2 - SHAW, D.J., “Introdução à Química dos Colóides e de Superfícies”, Edgard Blücher,1975.3 - OHLWEILER, O.A., “Introdução à Química Geral”, Editora Globo, Porto Alegre, 1971. 4 - ANDREWS, D.H. e KOKES, R.J., “Química Geral”, Ao Livro Técnico/Editora da Uni-ver sidade de São Paulo, São Paulo, l968.6 - PIMENTEL, G.C. e SPRATLEY, R.D., “Química, um Tratamento Moderno”, EdgardBüchler, São Paulo, l974.7 - WEBB, F.C., “Ingenieria Bioquímica”, University College, Londres, 1983. 8 - MORRISON, R.T. e BOYD, R.N., “Química Orgânica”, Fundação Calouste Gulbenkian,Lisboa, 1981.

9 - PERRY, J.H., Chemical Engineers’ Handbook, McGrow-Hill Book Co. Inc., 1970.10 - PARANHOS, C.A.S., “Separação Química dos Componentes dos Asfaltos”, 1o  Congre-so Latino Americano de Asfalto, Rio de Janeiro, 1981.11 - PARANHOS, C.A.S., “Tecnologia dos Ligantes Betuminosos”, 7o Encontro de Asfalto,