UP: SÓ sem emprego · ram mais do que um em-prego. De facto, 52% dos inquiridos nunca estiveram...
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UP: SÓ 6%sem empregoo Taxa de emprego dos diplomadosda Universidade do Porto é de 84%° 52% nunca esteve desempregado
A taxa de desemprego en-tre os diplomados da Uni-versidade do Porto (UP) queterminaram o seu curso hámais de cinco anos é de 6%,cerca de metade da médianacional. Esta é a principalconclusão do estudo de em-pregabilidade aos licencia-dos em 2004/2005.
Mais de 84% dos diplo-mados da UP estão atual-mente empregados, sendo
que 62% deles nunca tiveram mais do que um em-prego. De facto, 52% dos
inquiridos nunca estiveramdesempregados desde que
concluíram os estudos. En-tre estes, o tempo médio de
espera até obter o primeiroemprego foi de 4,1 meses,ainda que 49% dos inquiri-dos o tenha obtido nos pri-meiros três meses apóso fim da licenciatura. R.M.
Ciências
Maioria dos diplomadosinsere-se no grupo profis-sional dos Especialistasdas Atividades Intelec-tuais e Científicas (83,6%)e é assalariada (77,4%).
GRANDE PORTO PAGINA 02
Apenas 6% doslicenciados daUP sem emprego
empregabilidade Estudo do Observatório do Emprego sobre diplomados da Universidade do Porto
Quatro meses para arranjar empregoSomente 6% dos
antigos alunos estão
desempregados.Mais de 7% decidiu
prosseguir os estudos.
RAQUEL MADUREI RA
®A taxa de desempregoentre os diplomados da
Universidade do Porto (UP)que concluíram o seu cursohá mais de cinco anos é de 6%,cerca de metade da médianacional. A conclusão é de umestudo de empregabilidadeaos licenciados em 2004/2005na instituição, o primeiro emPortugal sobre estudantescom mais de cinco anos de tra-jecto profissional.
• •••Maioria (83,6%)trabalha na categoriadas Actividades Inte-lectuais e Científicas
• •••Dados revelam que62% dos diplomados
nunca teve mais
do que um emprego
Segundo o estudo, mais de84% dos diplomados da UPencontram-se actualmenteempregados. De facto, 52%dos inquiridos nunca esteveem situação de desempregodesde que terminou os seus
estudos. Entre estes, o tempomédio de espera para ob-tenção do primeiro emprego
foi de 4,1 meses, ainda que 49%dos inquiridos o tenha obtidonos primeiros três meses apósa conclusão da licenciatura.
A maioria dos ex-alunosformados na UP que têm em-prego é assalariada (77,4%),trabalha numa empresa(63,4%) e no sector terciário(93,6%). Além disso, revelamos dados avançados ao Des-tak, 44,3% tem contrato semtermo ou de termo incerto.
Este estudo do Observató-
rio do Emprego daUP foi rea-lizado simultaneamente como inquérito anual aos estudan-tes que concluíram o seu cur-so há dois anos (2008/2009).Entre estes diplomados, a ta-xa de desemprego é superiorà registada entre os diploma-dos de 2004/2005: 10,6% paraos estudantes de Mestradoe Mestrado Integrado e 14,5%entre os estudantes de licen-ciatura.
Cavaco inauguranovas faculdadesde Medicina,Farmácia e ICBAS
• A Universidade do Porto anunciouontem que vai inaugurar no dia 20 as
novas instalações das faculdades deMedicina, de Farmácia e do Institutode Ciências Biomédicas Abel Salazar,
que totalizam um investimento de61,5 milhões de euros.
A inauguração, que será presididapelo Presidente da República, Cavaco
Silva, deve começar às lOh com a vi-sita ao novo edifício da Faculdade deMedicina, no pólo da Asprela, e termi-nar ao final da manhã com uma ses-são solene no salão nobre das novas
instalações que o Instituto de CiênciasBiomédicas Abel Salazar e a Faculda-de de Farmácia irão partilhar no pólo1 da Universidade do Porto.
A nova Faculdade de Medicina(FMUP), da autoria do arquitecto Ma-nuel Gonçalves, integra três edifícios
ligados entre si e ao edifício principalda FMUP e do Hospital de São João(HSJ) por via subterrânea. As novasinstalações estão situadas na zona su-deste da propriedade da FMUP/HSJe vão integrar as salas de aulas, labo-ratórios, anfiteatros pequenos, umauditório para 305 pessoas, uma nova
biblioteca e parque de estacionamen-to com 230 lugares, numa área totalde mais de 20 mil metros quadrados.O custo total desta empreitada rondaos 25,5 milhões de euros.
Hoje situadas em edifícios centená-rios na Rua Aníbal Cunha e no LargoAbel Salazar, respectivamente, a Facul-dade de Farmácia (FFUP) e o Institutode Ciências Biomédicas Abel Salazar(ICBAS) vão partilhar um novo com-plexo edificado nas traseiras do antigoquartel CICAP da Rua D. Manuel 11,
próximo do Hospital de Santo António.
Projectado pelo arquitecto José Ma-nuel Soares e orçado em 36 milhõesde euros, o complexo é integrado portrês edifícios construídos de raiz e pe-la requalificação do antigo edifício queserviu de sede da reitoria da UP até
2008, numa área bruta total de 35 milmetros quadrados. Mantendo a auto-nomia das duas faculdades, o projectoassenta, no entanto, numa lógica de
partilha de meios e recursos comuns.Assim, ao ICBAS está destinado cercade 20 mil metros quadrados e à FFUPos restantes 15 mil metros quadrados,sendo que espaços como a biblioteca,auditórios, cantinas e alguns labora-tórios serão partilhados pelas duasfaculdades.
Novo sensorpromete vigiaraneurismas"Tecnologia de baixo custo"apoia intervenções de reparaçãoendovascular de aneurismas
Um novo sensor está a ser desenvolvido na Univer-
sidade do Minho com o objectivo de apoiar inter-
venções de reparação endovascular de aneurismas
(EVAR).A instituição portuguesa - em parceria com o MIT
Portugal, a Faculdade de Engenharia da Universi-
dade do Porto (FEUP) e o Instituto Superior Técni-
co - propõe-se incorporar a inovação num stent graftde correcção de aneurismas.
Esta nova tecnologia deverá ser capaz de fazer
por telemetria a monitorização dos doentes no pós-
-operatório, sem custos relevantes. "As vantagensdo projecto em que estamos a trabalhar estão no
facto de se tratar de uma tecnologia de baixo cus-
to, para além de fazer uma aposta num sensor mui-
to fino e flexível", afirma o coordenador e docente
Luís Alexandre Rocha, do Departamento de Elec-
trónica Industrial da Universidade do Minho. Sen-
do assim, o sensor é colocado na mesma cirurgia,
juntamente com o stent graft de correcção da arté-
ria, sem cirurgias complementares e invasões com
cateteres à parte.A Fundação para a Ciência e Tecnologia já deci-
diu financiar o mais recente projecto da Univer-sidade do Minho. Como tal, o sensor irá ter ago-
ra uma evolução ao nível da electrónica indus-
trial com uma nova instrumentalização dos
circuitos em si, nomeadamente no desenvolvi-
mento dos polímeros, saindo dos materiais tra-dicionais, como os silícios, para trabalhar com
nanocompósitos. Márcia Oliveira
POR AGOSTINHO SANTOS
PINTURA E OBJECTOSMANTÊM-SE NPPERCURSO ARTÍSTICO
AUGUSTO CANEDOIDADE 53 anosPintor
NATURAL DO PORTOVIVE NO PORTOE VILA NOVA DE CERVEIRA
"Pintar não é um vício,é um compromisso"Três espaços, dois no Porto e um em Cerveira, são os locais de concentração
Dispõe
de três ateliês,dois no Porto e umem Vila Nova de Cer-veira, terra onde de-sempenha as funções
de comissário da Bienal Inter-nacional de Arte de Vila Novade Cerveira.
Define os espaços como lo-cais de recolhimento, de diver-timento e, sobretudo, "onde ascoisas acontecem". É tambémneles que ou é surpreendido oué, às vezes, desiludido, princi-palmente "quando as coisas não
surgem como se quer".No Porto, trabalha em dois
espaços não tão amplos como oda nova casa de Cerveira, mas,mesmo assim, vai dando paraconcretizar as ideias. Um delessitua-se numa das salas interio-res da galeria de que é proprie-tário, Por amor à Arte, na Ruade Miguel Bombarda (na foto).
Aqui ou nos outros espaços,passa todo o tempo disponível,
porque gosta de trabalhar. Garan-te, no entanto, que não tem neces-sidade absoluta de criar, ou, me-lhor, sublinha, "é uma necessida-de condicionada. Só faço as coisas
porque me apetece; para mim,pintar não é um vício. É um com-promisso comigo próprio que ten-to que não me condicione".
Luz fria minhota
Não tem período nem horas cer-tas para pintar. Depende do queestá a conceber no momento.Quando trabalha na série dos
"Umbigos", opta, normalmente,pela luz natural, a que designa por"luz fria", que o obriga a estar noateliê por volta das 6 horas e essesó poderá ser o de Vila Nova de
Cerveira, que é amplo e tem luz di-recta. Mas quando regressa à"eterna" fase da "Santaria", aí, jápoderá ser a qualquer hora do dia
e, neste caso, muitas vezes vai noi-te adentro e quase sempre é numdos espaços da Invicta.
Confessa que não o incomodacriar com gente por perto, mes-mo ao lado, porque se habituou,como aluno da Faculdade de Be-las Artes do Porto, a trabalhar nomeio de muitas pessoas, entre co-legas e professores. Desde essa al-tura, já teve vários ateliês, algunsmuito acanhados, que tambémserviam de quarto de dormir,mas, hoje, considera que os ate-liês de que dispõe têm as condi-ções suficientes para uma total li-berdade de movimentação. Pre-fere, apesar de tudo, criar sozinho,até porque as circunstâncias o
permitem, mas acrescenta: "Se ti-vesse de ser, trabalhava em qual-quer lado".
Opta igualmente por preservaro ateliê e mantê-lo como uma es-
pécie de "espaço de intimidade".Talvez por isso é que é pouco re-ceptivo a que venham visitá-loquando se encontra em pleno actode criação, fundamentalmente se
os projectos vão a meio. ¦
Regresso > Manuel Campos assegurou, em Londres, um lugar nos Jogos à ginástica artística lusa
APURAMENTO OLÍMPICO Aos 30 anos eàterceira tentativa, o boavisteiro vai ser olímpicoe concretizar o sonho de uma longa carreira
Manuel Camposestá em Londres'l
2
M Augusto Ferro
anuel Campos assegu-rou a presença da ginástica ar-tística masculina portuguesanos Jogos Olímpicos de Londres,ao obter o 39 a lugar, com 83,999pontos no "Test event", provaque proporcionava os últimosapuramentos.
O atleta do Boavista, a compe-
tir no primeiro dos três grupos -em Londres estavam distribuí-dos quase uma centena de gi-nastas, no Pavilhão 02, que aco-lherá os Jogos -, teve um desem-
penho que lhe permitiu ter logoassegurado o último sonho dasua longa carreira, uma presen-ça olímpica.
Recorde-se que Manuel Cam-
pos, com 30 anos, falhou a pre-sença nos Jogos de Atenas porlesão e também não foi feliz no
ciclo que concluiu em Pequim,devido às penalizações (de duas
quedas) que recebeu no Mundial
que antecede esse torneio e queserviu de apuramento.
Manuel Campos, licenciadoem Desporto pela FADEUP, seráo terceiro atleta do clube axa-drezado a participar nos Jogos,após a fundista Albertina Dias,em 1988, e a também ginastaDiana Teixeira, em 1996.
Esta qualificação representa a
entrada de um ginasta nacionalnuma prova em que Portugal es-teve presente pela última vez em2004, com Filipe Bezugo. Antesdisso, Hélder Pinheiro competiuem 1988, José Filipe Abreu em1968, Hermenegildo Candeiasem 1964 e uma equipa de seiselementos em 1956. ¦
11 S
Manuel Campos será oII 9 português a competirna ginástica artística mas-culina dos Jogos Olímpicos.0 último foi Filipe Bezugo,em Atenas'2oo4
OUTROS PORTUGUESES
Gustavo Simões ficou em 56 Q
e Zoi Lima compete hojePara além de Manuel Campos, Portugal esteve representadono "Test Event" masculino por Gustavo Simões. O ginasta doLisboa Ginásio Clube concluiu a sua presença com um 56 9
lugar e 81,731 pontos. Portugal joga hoje a sua última cartadana ginástica artística, com Zoi Lima. A atleta do Sport Clube doPorto terá de estar ao seu melhor nível para alcançar um apu-ramento que ficou perto de ser obtido em 2008. Com 20 anos,Zoi tem-se ressentido de uma lesão, o que levou Portugal aapresentar uma ginasta de reserva (Alexandra Choon).
DISCURSO DIRECTO
Dir. Fac. Medicina do Porto
"Maioria
recupera"
Correio da Manhã - Qual a gra-vidade de uma pneumoniabilateral?
Agostinho Martins - A infec-
ção provocada por uma bacté-ria ao atingir os dois pulmõessignifica que tem uma maior
gravidade. É um mau sinal.- O tratamento produz resulta-dos na maior parte dos casos?- A maioria dos doentes recu-
pera com o recurso a antibióti-cos. Mas é uma doença conta-
giosa frequente. Por dia mor-rem dez a doze pessoas.- Como surge a doença?- Pela bactéria pneumococo,presente mesmo em indivíduos
saudáveis, pelo vírus da gripeou pela bactéria legionella,existente nas canalizações.- Quais os sintomas?- Febre alta, dores no peito. A
pessoa sente-se abatida e com
gripe e respira com dificuldade.