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TREINAMENTO E CULTURA 141 urbano, alfabetização, evangelismo e outros tópicos especia- lizados, conforme a necessidade. A desvantagem de um currículo “lotado” é que ele tende a sublinhar a natureza intelectual do curso de estudos. Os alu- nos não têm tempo para digerir o que aprenderam antes de pegar os livros e correr para a próxima palestra ou seminário. O valor do sistema modular é que os estudantes podem focali- zar a atenção no assunto único que está sendo estudado. Eles têm tempo para refletir sobre as implicações do que estão aprendendo e discutir suas reações com outros. A abordagem modular, que combina palestras, atividades interativas na sala de aula, estudo pessoal e visitas fora do campus, seguidos de discussão e interrogatório cuidadoso, pode produzir uma experiência de aprendizado mais satisfatória do que um curso similar que se prolongue por vários meses como parte de um currículo mais amplo. Por outro lado, desvantagens no sistema modular. Se o número de livros disponíveis for pequeno, os alunos terão difi- culdade de fazer leituras particulares entre os seminários. Al- guns assuntos, tais como aconselhamento pastoral, são melhor ensinados num período mais longo, de modo que os alunos tenham tempo para refletir e pensar sobre a aplicação pessoal. Os estudantes podem preferir variedade em seus estudos e se cansar de estudar o mesmo tópico de manhã, à tarde noite. Em último caso, a disponibilidade da equipe pode ditar a forma do programa. Quase todos os centros de treinamento fazem uso de preletores visitantes. Alguns têm possibilidade de comparecer uma vez por semana durante um trimestre. Outros podem ensinar um módulo de uma ou duas sema- nas. Na prática, vários centros de treinamento irão descobrir que as circunstâncias irão forçá-los a adotar uma combinação de abordagens. Aprendizado e Cultura Earle e Dorothy Bowen serviram muitos anos na faculdade da

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urbano, alfabetização, evangelismo e outros tópicos especia-lizados, conforme a necessidade.

A desvantagem de um currículo “lotado” éque eletende asublinhar a natureza intelectual do curso de estudos. Os alu-nos não têm tempo para digerir o que aprenderam antes de

pegar os livros e correr para a próxima palestra ou seminário.

O valor do sistema modular é que osestudantes podem focali-zar aatenção no assunto único que está sendo estudado. Elestêm tempo para refletir sobre as implicações do que estão

aprendendo ediscutir suas reações comoutros. Aabordagemmodular, que combina palestras, atividades interativas nasala de aula, estudo pessoal e visitas fora do campus, seguidos

de discussão e interrogatório cuidadoso, pode produzir umaexperiência de aprendizado maissatisfatória do que um cursosimilar que se prolongue por vários meses como parte de um

currículo mais amplo.Por outro lado, há desvantagens no sistema modular. Se o

número de livros disponíveis for pequeno, osalunos terão difi-

culdade de fazer leituras particulares entre os seminários. Al-

guns assuntos, tais como aconselhamento pastoral, são melhorensinados num período mais longo, de modo que os alunostenham tempo para refletir epensar sobre aaplicação pessoal.Os estudantes podem preferir variedade em seus estudos e secansar de estudar o mesmo tópico de manhã, à tardeeà noite.

Em último caso, a disponibilidade da equipe pode ditar a

forma do programa. Quase todos os centros de treinamentofazem uso de preletores visitantes. Alguns têm possibilidadede comparecer uma vez por semana durante um trimestre.Outros só podem ensinar um módulo de uma ou duas sema-nas. Na prática, vários centros de treinamento irão descobrir

queas circunstâncias irão forçá-los a adotar uma combinaçãode abordagens.

Aprendizado e CulturaEarle e Dorothy Bowen serviram muitos anos na faculdade da

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Nairobi Evangelical Graduate School of Theology no Quênia. Combase em sua pesquisa sobre a relação entrea cultura e os esti-los de aprendizado, eles observam queos métodos de aprendi-zado variam consideravelmente de cultura para cultura. Ar-gumentam também que a maneira como os ocidentais pen-sam, aprendem e ensinam não ésempre aquela como os não-ocidentais pensam, aprendem e ensinam.8

Os autores ressaltam queno Ocidente a maioria dos alunosparece ser de aprendizes que independem do campo. Preferemestudar na sala de aula e aprender dos livros. Gostam da pes-quisa individual e tendem a mostrar-se analíticos em sua abor-dagem da solução de problemas.

Em contraste, argumentam os Bowens, a maioria dos estu-dantes africanos parece ser de aprendizes dependentes docampo. Eles estudam no contexto eaprendem pela experiên-cia.Gostam de trabalhar as coisas em grupo e abordam os pro-blemas de maneira holística em vez de analítica.9 Os Bowenscitam exemplos de missionários que ficaram frustrados portentarem impor padrões ocidentais de aprendizado, indepen-dentes do campo, sobre pessoas cujas culturassão sensíveis aocampo. Eles argumentam que éimperativo para osmissionári-ose educadores teológicos adaptarem sua metodologia de en-sino ao estilo de aprendizado do povo com quem estão traba-lhando.

Henry Griffith, um missionário experiente do Zaire,contes-ta que embora a educação formal seja um fenômeno relativa-mente novo na região Sub-Saara da África, a educação infor-mal vem sendo feita há séculos, à medida que uma geraçãopassou sua cultura à seguinte. Eledescreve várias coisasquecaracterizam esses padrões de educação informal.

A educação tradicional na África era holística e útil, emcontraste com a educação ocidental, que é quase semprecompartimentada eteórica... Era intensamente prática... Eraorientada no sentido da vocação.10

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A educação nativa na África se dirigia à lavoura, pesca,tecelagem, uso de tambores, medicina, leis, história, geografia,tipos de saudação e comportamento cultural apropriado. Elaincutia respeito pelos valores tradicionais etinha como objeti-vo edificar o caráter dos jovens.

Griffith também afirma queo aprendizado nas sociedadesafricanas tradicionais era, e ainda é, essencialmente orientadoparaa experiência e ocorre em situações da vida real. As liçõesnão são aprendidas na sala de aula ou num livro, mas no lar ena rua da aldeia, onde a criança observa os pais e ouve as con-versas dos que a rodeiam. A memória desempenha um papelimportante na sociedade tradicional. Muitos africanos de-monstram surpreendente capacidade para decorar coisas.

Provérbios, folclore, rituais e cerimônias têm parte impor-tante na educação nativa na África, assim como jogos, músicaedança. Há várias maneiras de ensinar e preparar uma novageração para o seu futuro papel na sociedade e elas variam deregião para região. Griffith encoraja os educadores cristãos afazerem um estudo em profundidade dos padrões locais deeducação, a fim de poderem preparar veículos culturalmenteapropriados para transmitir a verdade bíblica.

Embora Griffith afirme que a Bíblia, e não a cultura local,deve sero guia supremo tanto do conteúdo quanto do instru-mento de instrução cristã, ele insiste em que os professores cris-tãos façam maior uso das metodologias educacionais costu-meiras.

Se quisermos comunicar com clareza e poder, a herançacultural da África deve desempenhar uma parte mais signifi-cativa do que a atual. Os professores devem relacionar seuensino coma cosmovisãode seus alunos. Na medida do possí-vel, eles devem fazeruso de charadas, provérbios, mitos e ou-tros costumes populares africanos... Os professores devempassar menos tempo fazendo preleções ao estilo ocidental emais tempo em diálogos ao estilo africano com a classe... Elesdevem também, na medida do possível, ensinar por meio de

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situações. Isto pode ser feito melhor fora da sala de aula... Osprofessores devem levar seus alunos em visitas freqüentes àsaldeias, a fim de praticarem o que estão aprendendo na clas-se.1’

Uma observação similar é feita por R. J. Downey em sua te-se de doutorado sobre o treinamento ministerial na África.12Ele está igualmente convicto de que os modelos tradicionais(ocidentais) da educação teológica são muito deficientes eina-dequados para oferecer treinamento apropriado aos obreiroscristãos na igreja africana em rápida expansão.

Importado do Ocidente, ele não é bem adaptado à culturaafricana. Dá lugar ao profissionalismo eelitismo, tirando o mi-nistério das mãos dos crentes comuns. É dirigido aos líderesnão-experientes, em potencial, em vez de à verdadeira lide-rança da igreja... Afasta os alunos da vida regular da igreja.’3

Downey acredita que a Kimbanguist Church, uma igrejaafricana independente, tern tido muito mais sucesso no treina-mento dos seus pastores do que as igrejas tradicionais no Zaire,por fazer uso de métodos mais apropriados ao contexto africa-no para treinar o seu clero. Downwey conclui seu estudo, in-dicando várias implicações para o treinamento ministerial naÁfrica. Primeiro, aprática real das necessidades do ministériodeve ser reconhecida como um contexto apropriado e um re-curso valioso para o aprendizado. Segundo, os professoresdevem estar também ativamente envolvidos no ministério.Terceiro, na medida do possível, osobreiros cristãos devem sertreinados no contextosocial em que irão ministrar. Quarto, osprogramas de treinamento na África devem utilizar asmetodologias de ensino tomadas de empréstimo da educaçãoafricana tradicional.

Edificar Sobre Bases Culturais PositivasGriffith e Downey defendem aadaptação de métodos tradici-onais de aprendizado ao treinamento de obreiros cristãos.Duas palavras de cautela são necessárias. Em primeiro lugar,

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não pode ser sempre suposto que todos numa determinadacultura prefiram aprender da mesma forma.

JamesPlueddemann acredita que os estilos de aprendizadopodem depender mais do contexto imediato dos aprendizesdo que da cultura. Ele assegura quediferenças de pensamentopodem depender do grau de escolaridade formal que as pesso-as receberam ese elas cresceram num ambiente urbano ourural.14 Os que vivem em comunidades rurais eque tiverampouca educação formal irão responder aos métodos de apren-dizado tradicionais (dependentes do campo). Os quemoramnas cidades ereceberam educação secundária ou superior irãoapreciar o aprendizado independente do campo.

Segundo, o método de aprendizado preferido numa dadacultura ou comunidade pode ter fraquezas intrínsecas, assimcomo forças positivas naturais. O treinador de missionáriostem como dever desafiar essas deficiências eedificar sobreospontos fortes.

Barbara Burns, que ensina no Seminário Batista em SãoPaulo, Brasil, notou algumas das características da culturabrasileiraque afetam o seu aprendizado. Inclusos estão: o fata-lismo, o jeitinho, o individualismo, a falta de compromisso, opaternalismo, o racismo, a retórica e a espontaneidade. Elaobservou também que ospadrões tradicionais de educação nacultura latino-americana têm sido ultrapassados por outrospadrões educacionais de procedência estrangeira.

Burns passa a sugerir um modelo de educação missiológicabaseado no exemplo de Jesus ena teologia de Efésios. Ela afir-ma que o treinamento completamente bíblico na forma e noconteúdo será um antídoto poderoso para a tendência culturalao aprendizado passivo, memorização decorada sem reflexãoou aplicação e professores inacessíveis, que não podem serquestionados.

O passivismo fatalista e a dependência autoconfiante no“jeitinho” podem serreduzidos se os estudantes aprenderema apoiar suas ações no compromisso com a Bíblia, aplicado

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relevantemente no contexto. O aprendizado combase na Bí-blia pode mudar os padrões de vidae ensino, de modo que osdiscípulos dos missionários brasileiros em todo o mundo ve-nham a refletir estudantes ativos e envolvidos... O papel dosmissionários será baseado no serviço e não em hierarquias aoestilo colonial. O benefícioda experiência do missionário bra-sileiro, sua atividade vibrante, adaptabilidade e poder espiri-tual irão ser encorajados eacentuados.’5

Muitas culturas encorajam um forte senso de orgulho naci-onal e étnico. Isto pode apresentar também um desafio para otreinamento de missionários. T.K. Park, em sua tese de douto-rado ofereceu uma avaliação do movimento missionário daigreja presbiteriana na Coréia.16 Ele enfoca os pontos fortesque caracterizam a igreja coreana, mas enumera algumas dasdificuldades que os cristãos coreanos enfrentam na missãotranscultural. Em particular, ele escreve sobre a perspectivamonocultura! que impede a sua eficácia no ministério.

David Tai-Woong Lee também comentou sobre a educaçãotradicional na Coréia. Ele explica que os coreanos dão grandeênfase à educação e fazem todo o possível para incentivarseus filhos a passarem no examevestibular para auniversida-de e obterem boas notas. Seu padrão tradicional de educaçãodá grande importância ao professor e à necessidade de apren-der ememorizar decorando.

Estes fatores têm influência direta sobre os métodos educa-cionais usados no treinamento dos missionários coreanos. Éapropriado que os programas de treinamento reflitam o seucontextocultural, mas existe um perigo inerente num sistemaeducacional queé formal eque acentua o papel do professor.

Os missionários querecebem treinamento sob este método(educação centrada no professor) podem serdeficientes na so-lução de problemas. Além disto, este éum meio inadequado deintroduzir mudanças significativas no caráter individual, as-sim como no desenvolvimento de habilidades de equipe.17

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Cultura e ConteúdoAbraham Pothen, um cristão sírio de Kerala, sul da Índia, es-creveu uma tese de doutorado sobre as missões transculturaisindígenas na Índia. Com base na sua pesquisa, ele faz váriasrecomendações sobre a estratégia evangelística eo treinamen-to de missionários nacionais. Pothen argumenta que o treina-mento culturalmente adequado é partevital do crescimento esucesso do empreendimento missionário, especialmente quan-do o missionário moderno trabalha numa sociedade pluralistae complexa. Os líderes cristãos devem estar preparados paraassociar o ensino bíblico auma cultura particular, embora evi-tando “compromissos perigosos com religiões não-cristãs e asedução dos acordos sincretistas quanto à fé e prática”.18

Pothen requer uma teologia indiana relevante às necessida-des do povo da Índia, embora permanecendo totalmente con-sistente com o ensino bíblico. Ele acreditaque o evangelho temsido geralmente apresentado em termos filosóficos, enquantoo sistema religioso indiano tradicional se baseia na experiênciae não no dogma. Argumenta, outrossim, que a experiênciapessoal de Deus se encontra no coração da mensagem cristã eque isto deveria receber maior ênfase no evangelismo no con-texto indiano. Ele adverte contra o sincretismo ou o compro-metimento de qualquer ensino cristão fundamental, masenfatiza a necessidade urgente de mostrar arelevância da ver-dade cristã para a mente indiana.

Quando foi perguntado a diferentes centros de treinamentoquais eram os três temas teológicos que consideravam maisimportantes para os alunos estudarem em seu contexto cultu-ral, eles deram respostas variadas e distintas. O OTI, estabele-cido num contexto hindu, considerou o relacionamento deDeus com a criação e seu envolvimento na história humanacomo de vital importância. O GMTC, que treina missionáriosna Coréia, viu a doutrina da salvação, particularmente em

relação às outras religiões mundiais, como um tema essencial.O ACTI, preparando estudantes em toda a Ásia, considerou a

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contextualização bíblica apropriada como um objetivo centrale citou como exemplo o problema da definiçaõ do pecado demaneira compreensível para oshindus e budistas. Três centros(AMTC, NEMI eAICMC) listaram a guerra espiritual eumaidéia correta do mundo dos espíritos como sendo de particularimportância. O NEMI afirmouque esta questão devia ser rela-cionada às práticas e crenças tradicionais do islamismo popu-lar. Questões tribais e o relacionamento do indivíduo com acomunidade foram também citados pelo NEMI. O AMTCmencionou igualmente “sinaise prodígios” e o destino eternodos que nunca ouviram o evangelho. (As respostas dadas peloscentros se encontram no Apêndice 4.)

ConclusãoOs treinadores de missionários devem rever sua metodologiaeducacional de acordo com amaturidade e ambiente culturaldos estudantes. Estão usando os melhores métodos? Estão in-centivando a reflexão, aplicação e solução de problemas? Es-tão abordando as questões corretas no contexto cultural? Es-tão produzindo missionários que irão comunicar a verdadebíblica eficazmente em outro contexto?

Notas1. M.S. Knowles, The Modern Practice ofAdult Education (New

York, NY.: Association Press, 1970) e The Adult Learner: ANeglected Species (Houston,TX: Gulf Publishing Company,1978).

2. Por exemplo, E. Farley, The Fragility of Knowledge(Philadelphia, PA: Fortress Press, 1988); R.W. Ferris,Renewal in Theological Education: Strategies for Change(Wheaton, IL: Billy Graham Center, 1990); William D.Taylor, ed., Internationalising Missionary Training: A GlobalPerspective (Exeter, UK: Paternoster Press, 1991); R.L.Youngblood, ed., Excellence and Renewal: Goals for

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Accreditation of Theological Education (Exeter, UK:Paternoster Press, 1989).

3. D. Kornfield, “Seminary Education Towards AdultLearning Alternatives”, em Missions and TheologicalEducation in World Perspective, ed. H.M. Conn e S.F.Rowen (Farmington, MI: Associates of Urbanus, 1984),180.

4. Raymond Windsor, World Directory of Missionary TrainingCentres, seg. ed. (Pasadena, CA: William Carey Library,1995).

5. David Tai-Woong Lee, “Towards a Korean Model”, emInternationalising Missionary Training: A Global Perspective,ed. William D. Taylor (Exeter, UK: Paternoster Press,1991), 78.

6. J. Hildebrandt, “Africa Inland Church MissionaryCollege”, em Internationalising Missionary Training: A Glo-bal Perspective, ed. William D. Taylor (Exeter, UK:Paternoster Press, 1991), 101.

7. Ibid.

8. D.N. Bowen eE.A. Bowen, “What Does It Mean to Think,Learn, Teach?” em Internationalising Missionary Training:A Global Perspective, ed. William D. Taylor (Exeter, UK:Paternoster Press, 1991), 203.

9. D.N. Bowen e E.A. Bowen, “Contextualising TeachingMethods in Africa”, Evangelical Missions Quarterly 25(1989): 270- 275.

10. H. Griffith, “We Can Teach Better Using AfricanMethods”, Evangelical Missions Quarterly 21:248-249.

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11. Ibid., 251-252.

12. R. J. Downey, MinisterialFormation in Africa: Implications ofthe Experiential Component for Training Zairian AllianceChurch Leadership (Pasadena, CA: Fuller TheologicalSeminary, School of World Mission, 1985).

13. Ibid., 2.

14. James E. Plueddemann, “Culture, Learning and Missio-nary Training”, em Internationalising Missionary Training:A Global Perspective, ed. William D. Taylor (Exeter, UK:Paternoster Press, 1991), 221.

15. Barbara H. Burns, Teaching Cross-Cultural Missions Basedon Biblical Theology: Implications of Ephesians for theBrazilian Church (Wheaton, IL: Trinity Evangelical DivinitySchool, 1987), 115.

16. T.K. Park, A Two-Thirds World Mission on the Move: TheMissionary Movement in the Presbyterian Church inKorea (Pasadena, CA: Fuller Theological Seminary,School of World Mission, 1991).

17. David Tai-Woong Lee, “A Missionary TrainingProgramme for University Students in Korea” (D. Miss.Dis., Trinity Evangelical Divinity School, 1983), 73.

18. A.T. Pothen, Indigenous Cross-Cultural Missions in Indiaand Their Contribution to Church Growth: With SpecialEmphasis on Pentecostal-Charismatic Missions (Pasadena,CA: Fuller Theological Seminary, School of WorldMissions, 1990), 122.

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10TREINAMENTO E QUESTÕES PASTORAIS

Uma das tarefas dos treinadores e incentivar o crescimentoespiritual e o desenvolvimento pessoal dos estudantes. Algunscentros indicam um membro da liderança para cumprir o pa-pel de conselheiro epastor. Outros centros dividem arespon-sabilidade entre a equipe de treinadores, dando a cada umdeles um grupo de alunos por quem se tornam pastoralmenteresponsáveis.

O Sistema TutelarAANCC usa um sistema tutelar em que cada membro do cor-po docente fica responsável por 12 estudantes. Estes formamum grupo representativo do corpo estudantil: homens e mu-lheres solteiros ecasais; alguns de origem britânica eoutros defora do Reino Unido. Se os tutorespossuírem umaespecialida-de, tal como conhecimento do islamismo ou hinduísmo, osalu-nos queesperam trabalhar no Oriente Médio ou na India po-demser colocados no seu grupo. Se os tutores trabalharam naÁfrica,Ásia ou América Latina, eles podem receber estudan-tes dessas áreas ou que pretendam ir para lá.

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Antes do início do curso, os tutores lêem os documentos dosalunos para se familiarizarem com o ambiente e experiênciados mesmos. Isto os capacita a compreender os alunos em seugrupo e ter mais condições de orientar o tempo de estudo epreparação deles.

Os professores fazem reuniões individuais regulares comosalunos, uma vez por semana ou uma vez a cada duas ou trêssemanas. O propósito dessas entrevistas édiscutir o trabalhoacadêmico dos estudantes, seu ministério prático numa igrejalocal, seu progresso espiritual e quaisquer questões pessoaisouproblemas que eles desejem discutir.

No decurso de um ano os professores dedicam muito tempoao seu grupo de 12 alunos. Três vezes por semana eles compa-recem juntos ao culto de adoração. O grupo se encontrafreqüentemente para tomar café no quarto dos estudantes. Osprofessores também convidam os alunos para irem às suascasas. Pelo menos uma vez no trimestre eles têm uma reuniãosocial em conjunto, relaxando numa refeição especial ou dan-do um passeio em grupo.

Os professores são encorajados a exercer cuidados pasto-rais e fazer do discipulado dos alunos uma prioridade. Daperspectiva da faculdade é mais importante para a equipepassar tempo com os alunos do que escrever artigos eruditossobre missiologia. Seaequipe puder fazerambas as coisas, tan-tomelhor, masa preparação de artigos jamaisdeve ser feita àscustas do tempo que deveser dedicado aos estudantes.

Osistema de valores do método tutelar éde amizade econ-fiança mútuas. Embora ostutores ou professores sejamrespei-tados pela sua experiência e maturidade, eles se consideramtambém discípulos do Senhor Jesus Cristo que podem apren-der de seus alunos. Os professores tentam não interferir navida dos estudantes, fazendoperguntas indelicadas, mas bus-cam conquistar a confiança dos alunos. Quando um alunoconta alguma coisa confidencial, os professores mantêm a

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mesma em sigilo. Elesnão contam o que o aluno disse a outrosmembros da equipe sem obter primeiro a permissão dele.

Algumas vezes os alunos queremcompartilhar algo de na-tureza maispessoal com um membro diferente da equipe. Umaestudante que tenha um professor do sexo oposto talvez quei-ra discutir alguma coisa com uma das professoras. O sistematutelar permite alguma flexibilidade e osalunos têm liberdadepara se abrir com outro tutor numa questão particular. No se-gundo ano de estudo, o aluno tem um tutor diferente.

Os tutores precisam de grande sabedoria ao buscarem ofe-recer ajuda e apoio pastoral. Eles podem estar incertos quantoàmelhor maneira de ajudar seus alunos e passam então muitotempo orando por eles. Algumas vezes os alunos comparti-lham experiências traumáticas. Outras vezes confessam coisasque fizeram e pelas quais se sentem ainda envergonhados ecarregam um grandepeso de culpa. Os tutores têm o privilégiode lembrá-los do perdão de Deus e seu poder de cura.

Sessões de treinamento foram arranjadas para ajudar ostutores amelhorar suas habilidades de ouvir e aconselhar. Elesaprendem a reconhecer a diferença entre os problemas pasto-rais que estão dentro da sua faixa de competência eaquelesque precisam da ajuda de um profissional especializado.

Outros centros de treinamento usam sistemas similares aoda ANCC, alguns procuram ter grupos menores de estudantespara cada tutor.

Problemas PastoraisOs treinadores em diferentes faculdades e centros de treina-mento geralmente descobrem uma grande variedade de pro-blemas pastorais entre seusalunos. Alguns desses problemassão universais, outros são mais comuns nas instituições oci-dentais e outros ainda mais comuns no Terceiro Mundo. Osproblemas podem começar no primeiro dia de um novo curso,pois é possível que haja um choque considerável quando osalunos começam o seu treinamento missionário. Isto é particu-

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larmente grave quando eles ocupavam cargosbem pagos, go-zando de considerável status e respeito. Eles descobrem quenão são mais o médico, o gerente, o preletor ou o professor.Não passam agora de outro aluno. Outros estudantes menosqualificadosenfrentam um choque diferente ao se verem estu-dando ao lado de pessoas a quem normalmente olhariam comreverência. Depois de algum tempo a maioria deles se ajusta àssuas novas circunstâncias, mas a princípio o trauma pode sergrande, algumas vezes resultando em depressão ou comporta-mento singularmente agressivo.1 Os treinadores podem mos-trar simpatia e compreensão nesses casos.

Quando alunos de ambientes culturais diferentes se encon-tram, é fácil que haja mal-entendidos ou ofensas surjam entreeles. NaAll Nations osalunos ficam às vezes hesitantes quantoà maneira de cumprimentar oscolegas. Os brasileiros queremabraçar todo mundo. Os franceses gostariam de beijar todosdos dois lados do rosto. Os ingleses e alemães apertam asmãos, enquanto muitosasiáticos preferem curvar-se em vez deter qualquer contato físico. O resultado pode ser queosbrasilei-ros achemos asiáticos pouco amigáveis, enquanto estes consi-deram os brasileiros imorais!

O humor pode ser também causa de atrito. Titus Loongconsidera as piadas um dos aspectos mais difíceis de qualquercultura aser compreendido e mostra como elas podem facil-mente causar mal-entendidos. Loong cita o seguinte exemplo:“Uma missionária asiática ficou magoada quando tentou vá-riasvezes contar algo divertido para um grupo ocidental, masninguém riu”.2

Num grupo internacional de alunos, os provenientes deuma cultura minoritária podem sentir-se ameaçados pela cul-tura majoritária. É bem possível queo grupo se isole e não semisture comos outros estudantes. Podem até comer apenas acomida de seu país epassar amaior parte do tempo em seusquartos. Marjory Foyle ressalta que para algumas pessoas estaé uma reação natural a uma situação nova e estressante. Os

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mesmos estudantes podem sofrer exaustão e até adoeceremfisicamente.3

É preciso ajudar esses alunos a entenderem queestão pas-sando por experiências novas edesconhecidas. Segundo TedWard, eles devem ser encorajados a envolver-se ativamenteno novo contexto em lugar de afastar-se dele.4 Com o tempoirão provavelniente superar sua reação inicial e integrar-seplenamente na comunidade. Todavia, se os estudantes nãoderrubarem esta barreira e não se sentirem à vontade em ou-tra cultura, isto dá lugar a dúvidas quanto à conveniência de setornarem missionários transculturais.

Muitos alunos nunca tiveram oportunidade de estudar aBíblia a fundo. Jamais precisaram considerar algumas dasquestões literárias, históricas eteológicas que a teologia ociden-tal considera importantes. Inúmeros ocidentais que estudamteologia na universidade descobrem quea sua fé é desafiadapelas opiniões expressas por alguns preletores. Mesmo numambiente evangélico em quea Bíbliaé aceita como autoridade,novas perguntas são feitas, especialmente se os alunos estive-rem estudando para exames externos.

Operíodo de treinamento missionário pode seruma épocade dúvidas e provas. Os treinadores não devem ficar muitosurpresos comisto, mas incentivar seusalunos adiscutirem assuas dúvidas. Alguns alunos procuram impor suas idéias dou-trinárias sobre outros. Alguns podem serdefensores convictosdo batismode adultos, do pré ou pós-milenarismo, de concei-tos pentecostais ou carismáticos. Alguns podem ser calvinistas,decididos a mostrar aos arminianos o seu erro. Todos osestu-dantes devem serestimulados a manter as suas próprias con-vicções, mas também desestimulados a tentar persuadir outrosde que estão errados. Uma troca livre de idéias é preferível àagressão e intolerância.

Alguns estudantes podem recusar-se a aceitar os regula-mentos ea disciplina imposta a eles durante sua permanênciano centro de treinamento. Estas instituições entendem que

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nãoéfácil parahomens e mulheres maduros voltarem à “esco-la”,mas compreendem também que os alunos que não podemaceitar a disciplina durante o treinamento não irão provavel-menteaceitar adisciplina de sua futura equipe missionária esetornarão um foco de descontentamento em potencial. P.S.Thomas, ex-diretor do OTI, disse que os professores devemcomentar com os estudantes sobre a sua conduta ou atitude.Os alunos no geral estão dispostos a aceitar conselhos; mas,caso contrário, isso põe em dúvida a conveniência de presta-rem serviço missionário. Ele acrescentou: “Este éum aspectodifícil. Não temos respostas acurto prazo. Continuamos lutan-do com ele”.5 Esses problemas, para todos oscentros, são difí-ceis de resolver, são penosos econsomem tempo.

Os alunos experimentam às vezes relacionamentos difíceiscomfiguras de autoridade do passado. Eles podem ter tido umrelacionamento problemático com um dos pais ou comambos.É possível que, subconscientemente, transfiram então os senti-mentos negativos dessas associações do passado aos que man-têm autoridade sobre eles no centro. Uma vez que consigamreconhecer o que está havendo, terão maior probabilidade dedesenvolver uma relação mais normal esadia no presente.6

Um grupo de estudantes pode vir a demonstrar espírito crí-tico. Como os filhos de Israel no deserto, eles talvez critiquemtudo: a comida, as acomodações, o ensino, aequipe. Nenhumainstituição está isenta de críticas, mas quando os alunos criti-cam tudo, ou o centro deve mudar ou há algo de errado com osalunos! Certos estudantes podem incentivar outros a se senti-rem insatisfeitos e um grupo ou panelinha pode formar-se ra-pidamente eestragar a harmonia da comunidade inteira.

Alguns estudantes sofrem de baixa auto-estima. Elesacham que não têm dons ou qualificações suficientes. Carre-gam um sentimento esmagador de inaptidão. WilliamKirwan, psicólogo ordenado, que serviu no corpo docente daTrinity Evangelical Divinity School, dá o exemplo de uma se-nhora cristã:

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TREINAMENTO E QUESTOES PASTORAIS 157

Ela se queixava de depressão, isolamento social eobesidade.Embreve tornou-se evidente que esses problemas resultavam dasua falta de umaauto-imagem positiva. Sua mãe continuava asufocá-la comcomentáriosnegativos sobreasua personalidadeedesempenho. Incapaz de separar-se suficientemente da mãeparaestabelecer limites pessoais eadequados parao seu ego, afilha desenvolveuatitudes negativasem relaçãoa si mesma.7

Os treinadores do AMTC (Brasil) dizem que alguns de seusalunos sofrem por causa das grandes expectativas associadasaos pastores e missionários. Segundo essas expectativas, é ne-cessário que tenham êxito em seu ministério, levando muitosaCristo. Se não tiverem sucesso, as pessoas vão criticá-los econsiderá-los fracassados. Muitos estudantes não têm condi-ções emocionais para enfrentar esse nível de expectativa.

A equipe de treinadores do NEMI declara também que al-guns de seus alunos sentem que são inadequados, mas nemsempre é fácil conseguir aconselhamento apropriado paraeles. Os missionários ocidentais talvez nem sequer detectem oproblema, mas mesmo que o façam não irão provavelmenteservir como conselheiros. Atéa equipe nigeriana que pertençaa uma outra tribo pode não ser bem aceita para aconselha-mento. Oúnico conselheiro em quem os alunos irão confiarserá alguém que pertença ao mesmo grupo tribal. Isto não édifícil de compreender; todavia, é importante que osque vãoestar envolvidos no ministério transcultural aprendam a dar ereceber ajuda através das barreiras culturais. Esses obstáculosemocionais e espirituais devem ser vencidos caso o estudantedeseje serum missionário eficaz.

Os quesofrem de baixa auto-estima serão encorajados secompreenderem que énormal ficar preocupado com o traba-lho futuro. Eles podem ser incentivados aestudar os grandespersonagens da Bíblia que tiveram o mesmo sentimento!

Para alguns estudantes, o período de treinamento é domi-nado pela ansiedade. Uma das causas mais comuns desta an-

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siedade é a falta de apoio financeiro suficiente. O centro detreina mento talvez queira discutir isto com a igreja local doaluno. Alguém da liderança pode passar um fim de semanamissionário na igreja, a fim de aumentar seu interesse pelasmissões e estimular os membros asustentarem o estudante.

Os candidatos asiáticos a missionário ficam muitas vezesansiosos por causa da sua responsabilidade pelos pais e pelafamília.8 Devem ser missionários ou devem permanecer emseus empregos bem pagos, afim de sustentar os paise irmãoseirmãs menores?

Alguns alunos se preocupam em encontrar alguém ade-quado para casar-se. Em certas culturas éaceitável que ospas-tores ou líderes da missão encontrem um parceiro para eles.Outros se preocupam com a orientação. Eles não têm idéia deonde ir depois do treinamento. Não sabem sequer qual a insti-tuição missionária à qual filiar-se. Os professores (tutores) queconhecem bem os alunos podem ter condições de aconselhá-los. Outros membros da equipe de treinamento ecolegas po-dem se dispor também a discutir com eles essas questões e orarpor eles enquanto buscam a orientação de Deus.

Viver em comunidade produz certas pressões e cristãos fi-cam surpresos às vezes e algumas vezes desapontados ao des-cobrir que viver em meio a um grupo de cristãos nãoé tão ma-ravilhoso quanto se esperava.

Viver comossantos, láem cimaMeu Deus, seráaglória!Masviver comossantos queconhecemosEsta éoutra diferente história! (Anônimo)

Mesmo em programas de treinamentos missionários fica àsvezes difícil a convivência entre os cristãos. As tensões sãomuitas vezes exacerbadas quando pessoas de diferentes tem-peramentos e ambientes culturais são forçadas a permanecerjuntas numa pequena comunidade. Um dos centros declarou:

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TREINAMENTO E QUESTÕES PASTORAIS 159

“A vida nos dormitórios provoca atritos”. No NEMI algumastensões surgem porque os alunos são de tribos diferentes. Osalunos do NEMI edo OTI brigam sobre como fazer o jantar!No ACTI os asiáticos acham difícil viver com outros asiáticosem vista dos seus costumes serem tão diversos e eles desco-brem queviver juntos é quase tão complicado como a convi-vência comos ocidentais!

Algumas das tensões que surgem na comunidade sãoprovocadas pelo comportamento das pessoas. Alguns estu-dantes não se preocupam em arrumar o quarto ou cumprir astarefas que lhes cabem. Elesdeixam o trabalho para os outros.Talvez cheguem tarde a uma palestra e empurrem os outrosaté alcançar sua cadeira. Certos estudantes são descuidadosquantoà propriedade alheia. Eles deixam de devolver as coisasque tomaram emprestado ou se recusam a reparar qualquerdano quepossam ter causado.

Há estudantes desonestos, que furtam os outros. Elesacham que tudo na comunidade cristã deve ser compartilhadoe sentem-se então livres para tirar o que é dos outros. AANCC teve alguns alunos suspeitos de furtar a livraria ou, emoutra ocasião, o quarto de colegas. Taisexperiências são peno-sas na vida de um centro de treinamento, especialmente quan-do éimpossível apontar o culpado.

Todos esses são defeitosgraves no caráter do cristão edes-troem a harmonia da comunidade. Os alunos com comporta-mento anti-social precisam ser admoestados. A disposição demudar suas atitudes pode serum passo importante para o seudesenvolvimento pessoal. A recusa de mudar significa que ostreinadores nãoterão condições de recomendá-los para umamissão.

Algunscandidatos amissionário passaram porexperiênciastraumáticas e dolorosas. Eles levam consigo uma bagagem emo-

cional que prejudica seriamenteseu relacionamentocomoutrose sua eficácia no ministério.

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160 MISSOES: PREPARANDO AQUELE QUE VAI

Os estudantes quevieram de ambientes hindus e budistaspodem continuar tendo medo dos espíritos. Os estudantes oci-dentais podem ter estado também envolvidos em práticas deocultismo esofrendo de opressão. Em tais casos,os treinadoresprecisam reservar tempo para ministrar a esses alunos e orarpela sua libertação. Se a igreja local dos alunos ficar nas proxi-midades do centro, é recomendável pedir aos pastores oupresbíteros que orem com o estudante.

Prover Apoio PastoralOs estudantes podem ser os primeiros a perceber queum deseus colegas está atravessando uma fase difícil. Eles prestamajuda ouvindo, encorajando, aconselhando e orando. Podemtambém tomar medidas práticas para aliviar a situação. Seum aluno brigar com outro, os colegas devem fazercom que seencontrem para reconciliá-los. Se um aluno estiver excessiva-mente cansado, outros alunos podem encarregar-se das suastarefas. Se houver líderes estudantis na comunidade, estespodem tomar as providências necessárias para ajudar o colegaaresolver acrise. Muitos candidatos a missionário são cristãosamadurecidos eexperimente, perfeitamente capazes de ofere-cer cuidados pastorais uns aos outros.

No geral, porém, é responsabilidade dos professores resol-verem um problema pastoral. Os treinadores podem ouvir osalunos, encorajando-os a expressarem seus sentimentos e con-versar sobre as suas dificuldades. Os alunos que estiverem so-frendo por causa da perda de identidade, talvez achem a ex-periência um tanto desconcertante e humilhante, mas trata-setambém de uma experiência de aprendizado. Os professorespodem lembrar aos alunos de que o seu valor como pessoa nãodepende da sua posição na sociedade ou na igreja, nem dasrealizações em sua carreira, mas da sua relação e posição comDeus.

Mediante um curso de estudos pastorais, os alunos podemaprender a enfrentar o estresse e a mudança que irão inevi-

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TREINAMENTO E QUESTÕES PASTORAIS 161

tavelmente surgir em sua carreira missionária. Eles irão obser-var as diferentes maneiras como as pessoas reagem à discórdiae confronto. Vão compreender que o conflito não precisa seruma experiência negativa, mas pode ser atéum meio de cres-

cimento ebênção. Os professores devem estimular os alunos aaplicarem essas lições às suas próprias vidas na comunidade.Podem pedir-lhes que preparem um estudo pastoral, que os

ajudará aconsolidar a sua compreensão e aplicar o que apren-derem às suas circunstâncias particulares.

Se houver defeitos graves no caráter do aluno, o treinadordeve conversar francamente com ele como um irmão ou irmã

em Cristo. Os alunos talvez até se surpreendam, por não te-rem pensado em como as outras pessoas os veriam. Eles po-dem agradecer pelo fato de sua falta ter sido apontada. É pos-sível que alguns queiram afastar-se para refletir sobre o quelhes foi dito. Outros talvez reajam zangados e procurem justi-

ficar-se.Os treinadores não são 100% competentes. Quando surge

algum problema pastoral, é possível que não se consideremaptos para ajudar. Devem estar então dispostos a pedir a ummembro mais experiente da equipe queconverse com um de-terminado aluno. Durante o treinamento, os alunos podempassar ocasionalmente por uma crisemental ou emocional,começando a comportar-se de modo estranho ou até bizarro.Em tais casos, pode sernecessário enviar o aluno a um psiqui-atra ou conselheiro cristão fora do centro de treinamento,quando houver algum disponível.

ConclusãoA principal responsabilidade dos treinadores éorar pelos seusalunos. Eles podem ouvir, encorajar, aconselhar ou censuraros estudantes, mas só o Espírito Santo pode efetuar uma mu-dança permanente na vida deles.

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162 MISSÕES: PREPARANDO AQUELE QUE VAI

Notas1. Gary R. Collins, Christian Counselling:A Comprehensive

Guide (Waco, TX: Word Books, 1980), 100-107.

2. Titus Loong, “Training Missionaries in Asia”, emInternationalising Missionary Training: A Global Perspective,ed. William D. Taylor (Exeter, UK: Paternoster Press,1991), 49.

3. Marjory F. Foyle, Honourably Wounded: Stress AmongChristian Workers (London, UK: MARC Europe, 1987) 20-23.

4. Ted Ward, Living Overseas: A Book of Preparations (NewYork, NY: Free Press, 1984), 102.

5. “Outreach Training Institute” (instrumento de pesquisa,1992), 6.

6. William T. Kirwan, Biblical Concepts for ChristianCounselling (Grand Rapids, MI: Baker Book House, 1984),156-157.

7. Ibid.,75.

8. Lois McKinney, “New Directions in MissionaryEducation”, em Internationalising Missionary Training: AGlobal Perspective, ed. William D. Taylor (Exeter, UK:Paternoster Press, 1991), 242.

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11AVALIAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO

Sentado no fundo da classe, Amós encheu-se de frustraçãoenquanto assistia àaula. Oprofessor falava tão depressa queele não conseguia entender. Não sabia o significado de algu-mas palavras usadas pelo preletor, nem como escrevê-las, edesistiu então de tomar notas. Em vez disso, ficou fazendopequenos círculos em seu bloco. No final, deixou completa-mente de prestar atenção eficou imaginando como seria a suavida de missionário.

No término do curso de palestras, cada aluno recebia umformulário para fazercomentários sobre o método de apresen-tação do assunto. Amós relutou em preencher o formulário.Ele não queria dizer nada negativo sobre o professor. Mas,depois disse comseusbotões: “Se eu nãoescrever o que sinto, ocurso será exatamente igualzinho no ano que vem e outrosestudantes terão de passar pelas mesmas dificuldades quepassei”.

Começou então a escrever, armando-se de coragem. Ex-pressou sua apreciação do professor econfirmou a importân-

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164 MISSOES: PREPARANDO AQUELE QUE VAI

cia do assunto. A seguir, acrescentou ter considerado o cursodifícil porque nãoconseguiu entender muitodo quefoi ensina-do e, quando entendia, nem sempre enxergava a relevânciapara asua própria situação.

Conforme verificou-se afinal, Amós não tinha sido o único.Vários outros na classe experimentaram a mesma dificuldade.O professor ficou inicialmente surpreso e desapontado ao leros comentários dos alunos, mas em breve percebeu que erambem-intencionados eimportantes. Decidido amelhorar o cur-so, ele conversou com Amós e os outros, pedindo sugestões so-bre as mudanças que poderia fazer. Resolveu cortar algunstermos técnicos eexplicar as palavras novas para os alunos.Passou algum tempo pensando em exemplos mais relevantesà cultura dos estudantes do que à sua. Seus esforços foram re-compensados. No ano seguinte o curso foi o mais popular detodo o programa.

Avaliação da MatériaOs que treinam missionários devem perguntar-se regularmen-te se estão fazendo um bom trabalho. Os alunos compreen-dem o que está sendo ensinado? O treinamento é relevante aofuturo trabalho deles? O método de ensinopode seraperfeiço-ado?

A melhor maneira de responder aessas perguntas épedir aopinião dos alunos, mediante uma ficha de avaliação. No finaldo curso, deve ser solicitado aos alunos que avaliem amaneiracomo a matéria foi ensinada. O professor teve boa comunica-ção? O material era relevante às suas necessidades? Ele foiapresentado no nível acadêmico adequado? O professor apre-sentou a matéria com excessiva rapidez ou lentidão? Foi feitouso apropriado de recursos visuais? Foi encorajado o debate?Os alunos receberam apostilas? As tarefas ou lição de casa fo-ram relevantes eproveitosas? O professorverificou cuidadosa-mente o trabalho dos alunos e fez comentários úteis? O cursofoi curto demais, longo demais ou teve a duração certa?

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AVALIAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO 165

Cada centro terá de preparar uma ficha de avaliação parasatisfazer as suas próprias necessidades e decidir com quefre-qüência o cursodeve seravaliado. Não énecessário fazer umaavaliação a cada vez que o curso for dado. Até o professormais experimentado deve achar isto intimidante! É, porém,degrande importância avaliar cada curso a intervalos regulares,talvez acada duas ou três vezes em queele é dado.

A oportunidade do exercício de avaliação équase tão im-portante quanto o conteúdo da ficha de avaliação. Questioná-rios podem ser distribuídos no final do curso e solicitado aosalunos queos devolvam por ocasião da última palestra. Umaalternativa é reservar 10 a 15 minutos na última aula para osestudantes darem suas respostas. Isto garantirá uma alta por-centagem de respostas, especialmente se não forpermitidoque os alunos saiam da classe atéentregarem o formulário!

Por outro lado, se as fichas de avaliação forem entregues nofinal do último período e pedido queos alunos as devolvam aopreletor ou ao escritório, é provável que só uma minoria deestudantes faça isso. Aficha de avaliação pode ser preenchidaanonimamente se for essa a preferência.

Alguns podem achar inadequado que os alunos façamco-mentários sobre os professores. Se for este o caso, eles terãodedesenvolver meios cul tural mente aceitáveis de determinar aeficácia de um dado curso. O curso quenão tiver um retornopor partedos alunos corre o risco de tornar-se incompreensívelou irrelevante. (Para um exemplo de ficha de avaliação damatéria, veja o Apêndice 6.)

É importante que os professores estudem os comentárioscom cuidado. Eles irão ocasionalmente encontrar um ou doisalunos que se excedem em seus elogios ou suas críticas. Se foreste o caso, os professores não devem nem orgulhar-se nemdesanimar. A opinião de um ou dois não é necessariamente ade todos. Se um número significativo de alunos fizer o mesmocomentário, os professores devem ficar atentos e adaptar seuscursos conforme necessário. O diretor do programa deve tam-

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166 MISSÕES: PREPARANDO AQUELE QUE VAI

bém ler as fichas de avaliação, a fim de avaliar o trabalho deum determinado treinador.

Avaliação do ProgramaAo terminar o treinamento dos alunos, ébom pedir que avali-em o programa inteiro. Um questionário apropriado pode serpreparado, incluindo perguntas sobreos estudos acadêmicos,cursos práticos, locais de ministério, disponibilidade de recur-sos, facilidades recreativas e acomodações.

Esta pesquisa demonstrará o nível de satisfação dos alunos.Ela irá estabelecer quepartes do treinamento eles apreciarammais equais as que julgam menosúteis. Indicará também se osalunos têm probabilidade de recomendar o programa a ou-tros.

Na minha experiência, a maioria dos estudantes usa taispesquisas como uma oportunidade para expressar sua apreci-ação pelo centro e pelo trabalho da equipe. Quando fazem su-gestões para o aperfeiçoamento do programa, geralmente de-monstram sua gratidão por tudo o quereceberam e há neles odesejo sincero de queo treinamento seja o melhor possível.

Na ANCC costumávamos ser responsáveis pelo funciona-mento de um curso de reciclagem missionária. No último dia,pedíamos aos participantes que fizessem uma avaliação. Oscomentários variavam muito de ano para ano, dependendodas necessidades e interesses específicos. Num dado ano amaioria disse que gostaria de ter tido maisdevocionais. No anoseguinte um grande número declarou que queria menosdevocionais e mais tempo para discussões sobre assuntosmissiológicos importantes. Tentamos nãonos deixar influenci-ar pelos comentáriosde qualquer grupo, mas montar um cursoequilibrado durante vários anos.

O propósito do programa de avaliação não éincentivar acrítica dos alunos sobre o centro de treinamento, masdar-lhesa oportunidade de rever e esclarecer o que eles aprenderam eusar sua experiência para melhorar o programa para futuras

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AVALIAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO 167

gerações de estudantes. Tendo completado o questionário, osestudantes poderiam discutir o queescreveram com a pessoaencarregada da responsabilidade pastoral sobre eles.

É importante também perguntar aos alunos formados asuaopinião sobre o programa de treinamento. Quando tiverempassado anos no trabalho transcultural, eles podem ter dife-rentes perspectivas sobre o valor do seu treinamento. É bempossível descobrirem que algumas das coisas que aprenderamsejam muito maisvaliosas do que pensaram na ocasião. Po-dem ter também tomado conhecimento do que estava faltandoem seu treinamento e sugerirem a sua inclusão.

Alguns centros de treinamento perguntam a opinião dasmissões e das igrejas que receberam alunos depois de treina-dos. Outros consultam assessores externos, especializados naárea de educação de adultos ou treinamento de missionários.Os treinadores podem também verificar aopinião dos mem-brosdo conselho epedir aos preletores visitantes que façamuma crítica do programa. Mediante a ajuda dos alunos, ex-alunos, igrejas, missões, membros do conselho epreletores vi-sitantes, combinada com sua própria experiência e observa-ções, os treinadores podem rever o programa emelhorá-lo.

Avaliação do AlunoPerto do fim do curso de treinamento, deve ser solicitado aosalunos que completem uma auto-avaliação. Eles acham quecresceram espiritualmente? Quais, na sua opinião, são os seuspontos fortes e fracos? Eles se consideram extrovertidos ouintrovertidos, líderes ou seguidores? Ficam facilmente cansa-dos ou têm muita energia? Quais os dons que acreditam queDeus lhes concedeu? Como aperfeiçoaram esses dons? Quelições Deus tem ensinado aeles? A convivência comos outrosalunos tem sido positiva? Que aspectos do programa de treina-mento acharam difícil? Com que facilidade se adaptaram àvida comunitária, a uma nova cultura? Até que ponto são ca-pazes de entender e aceitar a si mesmos?

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168 MISSÕES: PREPARANDO AQUELE QUE VAI

Depois de os estudantes terem tido tempo suficiente pararefletir sobre essas perguntas, eles podem ser estimulados acompartilhar suas respostas com o responsável. Isto dará aosalunos uma oportunidade de falar sobreo queacharam difícile os responsáveis terão uma oportunidade para discutir asmaneiras em queos estudantes poderão melhorar a sua viäapessoal ou espiritual.

Ao completarem o período de treinamento, o centro dese-jará avaliar o que eles aprenderam eo seu potencial como fu-turos missionários. Em muitos casos, os treinadores terão deescrever recomendações para amissão coma qual os estudan-tes esperam servir. A avaliação dos alunos deve incluir suasrealizações acadêmicas e capacidade, seu caráter, seu desen-volvimento espiritual esua eficácia no ministério.

É necessário que os treinadores determinem se os alunosmelhoraram o seu conhecimento da verdade bíblica eprincípi-os missiológicos. Eles aprenderam a pensar por si mesmos?Terão capacidade para aplicar o queaprenderam às situaçõesquevão enfrentar no futuro? Os treinadores não devem com-parar a capacidade de um aluno com a de outro; mas, sim,avaliar se um determinado estudante cresceu no conhecimen-to e compreensão durante o curso. Eles desejarão também ava-liar aquantidade e qualidade do trabalho escrito dos alunos deacordo com os progressos acadêmicos anteriores.

Os treinadores devem igualmente avaliar o caráter eo de-senvolvimento pessoal dos alunos. Durante o período de trei-namento, eles irão observarcomo os estudantes se comportam,como se relacionam com oscolegas e líderes, como lidam comos conflitos e dificuldades ecomo completam as tarefas quelhes são designadas. Desejarão, outrossim, verificar se os estu-dantes estão dispostos a aprender, são humildes, perseveran-tes e adaptáveis.

Irão mostrar interesse no progresso espiritual dos alunos.Será que cresceram em seu conhecimento de Cristoe seu com-promisso com ele? Já possuem um plano de oração e estudo

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bíblico regular? Já entendem melhor quais são os seus pontosfortes efracos?

Um outro aspecto quedevem examinar é quão eficazes osalunossão em seu ministério semanal regular. As igrejas que osconvidam podem ser solicitadas a informar sobre o trabalhodos estudantes, a equipe da faculdade pode visitar as igrejas eobservá-los “atuando”; épossível solicitar também aos alunosque avaliem o seu ministério.

A designação para o ministério oferece uma grande opor-tunidade para descobrir o potencial do aluno no serviço. Ummembro da equipe deve acompanhar cada aluno durantepelo menos uma partedo seu ministério. Se istonão forpossí-vel, um membro da equipe deve visitar o aluno pelo menosuma vez para avaliar como ele está se saindo. O missionárioou pastor que supervisiona o trabalho pode também apresen-tar um relatório abrangente. Os estudantes podem prepararumacrítica sobre o seu trabalho edescrever o que aprenderamsobre o ministério transcultural.

A avaliação dos alunos deveser um processo contínuo du-rante todo o seu período de treinamento. No OTI a equipe sereúne todas as semanas paraavaliar o progresso dos estudan-tes,orar pelas suas necessidades ediscutir osproblemas pasto-raisque tenham surgido:

A avaliação do aluno écontínua. As áreas de avaliação sãoo progresso espiritual, mental efísico do estudante, suas habi-lidades acadêmicas e práticas, assim como atividades na salade aula e fora dela)

A avaliação final do aluno não deve ser deixada para umaúnica pessoa. Se possível, ela deve ser discutida por todo aequipe do programa de treinamento. Um membro da equipepode facilmente julgar mal um aluno eescrever uma referên-cia injusta. Um grupo de treinadores, inclusive o pessoal ad-ministrativo eos professores, terá uma perspectiva mais am-pia dos pontos fortes e fracos do aluno eirá apresentar umaavaliação mais equilibrada.

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Progresso e OficializaçãoAmaioria dos centros de treinamento progride gradualmente.Um diretor escreveu, “Não creio em mudanças súbitas e dra-máticas”. Alguns aumentam aduração do curso, outros intro-duzem novas matérias. Todos reconhecem anecessidade deadaptar eatualizar o seu programa, a fim de satisfazer as exi-gências do desafio missionário em rápida transformação.

Inúmeros centros foram incentivados pelo InternationalMissionary Training Fellowship. “Ele confirmou que estamosindo na direção certa no treinamento de missionários”.2 Ou-tros apreciaram as publicações queo IMTF produziu3 ea per-muta de professores patrocinada por ele. Os centros valorizamtambém a ajuda que receberam de associações missionáriasnacionais ou internacionais, tais como a Brazilian MissionsAssociation ou a Evangelism and Missions Commission daAssociation of Evangelicals of Africa.

À medida queplanejam para o futuro, os centros de treina-mento procuram treinadores mais qualificados e melhoria dasua biblioteca e dos recursos parapesquisa. Quase todos estãoprocurando atualizar seu sistema de avaliação, a fim de quepossam dirigir seu programa para as várias necessidades docampo missionário. Diversas escolas estão se preparando parao crescimento. O OTI acabou de construir um campus para 60estudantes. A YCLT tem hojemais de 90 candidatos a missio-nários em treinamento.

Grande partedos centros não está buscando aprovação nosentido de um grau ou diploma acadêmico oficial.4 O treina-mento oferecido por eles é vocacional eintensamente prático.Há interesse, porém, em obter aprovação para programas detreinamento práticos, integrais e transculturais.

Robert Ferris, deão assistente de Estudos Doutorais daColumbia International University, indicaos perigos e o valorda oficialização. Os que querem aprovação, podem fazê-losimplesmente por serem atraIdos pelo desejo de impressionar,de fazer parte da elite, de acrescentar à reputação da institui-

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AVALIAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO 171

ção. Eles podem atédesistir do seu compromisso com o treina-mento vocacional integral, a fim de satisfazer as exigências daagência queconfere o certificado de aprovação oficial. Ferriscontinua:

Apesar desses riscos, a oficialização tem efeitos benéficos. Osestudantes, igrejas componentes,missõesedoadores financeirostêm direito àsegurança de queo programa oferecido pela escolade treinamento émerecedor do seuapoio eparticipação.Aclassi-ficaçãodoprograma de treinamento também facilita acomunica-ção e acolaboração comoutros programas similares epreparaainstituição paraatrair alunosqueserão bemservidos.5

Ferris argumenta em seguida que as instituições de treina-mento devem esclarecer quais os compromissos bíblicose edu-cacionais em que o seu programa é baseado. Elas devem bus-car autorização correspondente a esses compromissos. A au-torização tradicional se concentra nas realizações acadêmicasdos alunos. Os programas de treinamento missionário estãoprincipalmente preocupados como progresso espiritual e pes-soal dos alunos, sua eficiência no ministério e sua aptidão paraa vida e trabalho transculturais. Esses valoresé que devem for-mar a base sobre a qual o centro busca reconhecimento apro-priado.

O programa de treinamento missionário pode ser tambémautorizado por uma agência já existente, sem sacrificar seuscompromissos de treinamento específicos. Por outro lado, sehouver diferenças fundamentais entre afilosofia educacionaldo centro de treinamento e a agência que fornecea autoriza-ção, “Eles podem decidir que uma nova agência que reflita osseus compromissos énecessária para aautorização”.6

Notas1. “Global Ministry Training Centre” (instrumento de pes-

quisa, 1992).

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172 MISSÕES: PREPARANDO AQUELE QUE VAI

2. Por exemplo, William D. Taylor, ed. InternationalisingMissionary Training: A Global Perspective (Exeter, UK;Paternoster Press, 1991); Jonathan Lewis, ed., WorkingYour Way to the Nations: A Guide to Effective Tentmaking(Pasadena, CA: William Carey Library, 1993): William D.Taylor, ed., Kingdom Partnerships for Synergy in Missions(Pasadena, CA: William Carey Library, 1994); RaymondWindsor, ed., World Directory of Missionary TrainingCentres, 2nd ed. (Pasadena, CA: William Carey Library,1995).

3. “Training for Cross-Cultural Ministries” (boletim doInternational Missionary Training Fellowship).

4. Uma exceção é um grupo de instituições na Índia que lan-çou recentemente um B. Miss.

5. Robert W. Ferris, “Appropriateness and Accreditation inMissionary Training” em Internationalising MissionaryTraining: A Global Perspective, ed. William D. Taylor(Exeter, UK: Paternoster Press, 1991), 235.

6. Ibid.,236.

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CONCLUSÃO

A segunda metade do século 20 testemunhou o dramáticocrescimento da igreja em muitas partes do mundo não-ociden-tal e um aumento correspondente no número de missionáriosdo Terceiro Mundo. Estes novos missionários estão desempe-nhando um papel cada vez mais estratégico na evangelizaçãodo mundo; mas, como os seus irmãos e irmãs originários depaíses ocidentais, que enviam tradicionalmente missionários,eles devem preparar-se muito bem para a tarefa.

Met Castillo descreve as graves conseqüências quando mis-sionários, quer do Ocidente ou do Terceiro Mundo, são envia-dos com um preparo inadequado ou sem qualquer preparo:

Missionários nãotreinados: (1) terãoumavida de frustraçãocontínuapornãopossuírem osrecursos exigidos paralidar comas realidades da vida missionária, (2) sua eficiência serárestringida pornãopoderem dar maisdo quepossuem. Sua inca-pacidade de distinguir entre a realidade cultural e os manda-mentosbíblicospode levá-losa impor suacultura sobreo povo-

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174 MISSOES: PREPARANDO AQUELE QUE VAI

alvo ou ase tornarem sincretistas, caindo vítima de práticas pe-caminosasna cultura.’

Os centros de treinamento mencionados neste livroestão navanguarda da nova onda de treinamento missionário no Ter-ceiro Mundo. Nas duas últimas décadas, eles se esforçarampara preparar programas de treinamento missionário apropri-ados aos seus contextos culturais. Esses centros não afirmamter todas as respostas, mas descobriram princípios que permi-tem a preparação eficaz de missionários transculturais.

No final do meu estudo desses centrosde treinamento, per-guntei como eles aconselhariam osque estão prestes a inaugu-rar um novo centro de treinamento missionário. Listei abaixoas 10 recomendações queofereceram:2

1. Antes de começar, estude quaisquer centros de treina-mento missionário já estabelecidos na sua área. Faça usoda Associação Internacional de Treinamento de Missioná-rio e da Diretoria Mundial de Centros de Treinamento Mis-sionário.

2. Se possível,estabeleça um programa em colaboração comoutras organizações, mas considere cuidadosamente asdificuldades de tal empreendimento.

3. Comece devagar, comalguns alunos e um cursomoderno.Continue a crescer por meio do enriquecimento gradual esistemático do seu programa. Isto épreferível aestabelecerum programa elaborado que pode ser menos eficaz etam-bém mais difícil de controlar.

4. Tente encontrar professores e administradores dedicados.Elescriam o sistema de valoresdo programa eestabelecemasincronia espiritual.

5. Escolha cuidadosamente o local para o programa. Nãoaceite o primeiro lugar disponível. Considere o custo, faci-lidade de acesso, recursos e o futuro ministério dos alunos.Localize o centro onde a equipe de treinadores possa esta-

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CONCLUSÃO 175

belecer um ministério contínuo de evangelismo eserviço.6. Se as circunstâncias permitirem, faça um programa

residencial em vez de não-residencial. Insista desde o iní-cio que aequipe de treinadores eos alunos vivam juntos eenfatize as vantagens de viver numa comunidadetranscultural.

7. Se o seu programa for não-residencial, mantenha o com-promisso com o treinamento integral. Incorpore no pro-grama elementos que incentivem o progresso pessoal e es-piritual dos alunos e facilitem aaquisição de habilidadespráticas.

8. Prepare famílias inteiras para o serviçomissionário. Insis-ta em que maridos e mulheres treinem juntos e providen-cie uma creche.

9. Enfatize paraos estudantes queeles vão serenviados comoservos de outros eque o Senhor Jesus Cristo deveser o seumodelo.

10. Prepare o seu programa de treinamento sobre uma basede oração. Arranje um grupo de apoio que ore pelo menosduas vezes por mês peloseu programa.

As conclusões erecomendações deste livro são extraídas daexperiência dos treinadores de missionários em todo o mundo.Confio em queos já envolvidos no treinamento missionário,quer no Ocidente ou em outras partes do mundo, venham abeneficiar-se das descobertas feitas por esses centros edasper-cepções que obtiveram. Ore por aqueles que estão prestes ainiciar um programa de treinamento, para que sintam cora-gempara começar e tenham uma idéia mais clara dos princípi-os eda prática do treinamento missionário transcultural efi-caz.

Notas1. Met Castillo, “Let’s Think Clearly about Missionary

Training”, Bridging Peoples 8, no. 1.

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176 MISSÕES: PREPARANDO AQUELE QUE VAI

2. C. DavidHarley, “A Comparative Study of IMTF-RelatedMissionary Training Centres in the Two-Thirds World”(D.Min. diss., Columbia International University, 1992).

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APÊNDICE 1

Questionário para centros de treinamentomissionários associados ao IMTF

A. Cenário histórico e informações gerais1. Quando asua instituição foi fundada?2. Qual o propósito declarado para o qual a sua instituição

foi estabelecida?3. Qual o grupo dirigente da sua instituição?4. 0 seu programa de treinamento destina-se apreparar

a. Missionários para serviços de carreira?b. Missionários para fabricar tendas?c. Obreiros missionários a curto prazo?

(Favor indicar todos os itens que se aplicam.)5. Os seus alunos estão se preparando para o ministério

transculturala. Em seu próprio país?b. Em outro país?

c. Em outro continente?(Favor indicar os itens que se aplicam.)

6. Os seus alunos são provenientes dea. Ambientes culturais idênticos?b. Ambientes culturais similares?c. Ambientes culturais muito diferentes?

(Favor indicar os itens que se aplicam.)7. Os seus alunos estão se preparando para

a. Evangelismo eimplantação de igrejas?b. Ministério em uma igreja já estabelecida?c. Ministérios de desenvolvimento ou de cuidados?d. Outros? (Favor especificar.)

(Favor indicar os itens quese aplicam.)

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178 MISSÕES: PREPARANDO AQUELE QUE VAI

B. Seleção da equipe de treinadores eexpectativas

8. Que qualidades pessoaise espirituais sãoexigidasdos pro-fessores?

9. Que qualificações acadêmicas são exigidas daqueles queensinam em seu programa?

10. Que grau de experiência em missões transculturais é espe-rado deles?

11. Que outros critérios são usados na seleção da equipe detreinamento?

12. Qual o nível de interação da equipe com osalunos forada

classe?a. Nenhum contatob. Contato ocasionalc. Contato regulard. Contato quase constante

13. Até que ponto a equipe se envolve no evangelismo e noministério junto comos estudantes?

C. Seleção dos alunos

14. Que qualificações são exigidas dos seusalunos antes delesentrarem no programa?

15. Favor indicar o grau de importância dado ao seguinte (1 =

sem importância, 5 = muito importante):a. Evidência de maturidade cristã 1 2 3 4 5b. Candidato a missionário aceito 1 23 45c. Apoio da igreja local 1 23 45d. Eficiência provada no ministério 1 2 3 45e. Experiência transcultural 1 2 3 4 5

16. Que partea igreja local desempenha no funcionamentodoseu programa e no treinamento eseleção dos alunos?

17. Que orientação é dada aos alunos sobrea relação entre asmissões e a igreja local?

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APÊNDICE 1 179

D. Teoria educacional

18. Até que ponto teorias educacionais específicas foramaplicadas na preparação do seu programa e na escolha dométodo de ensino?

19. Os candidatos a missionário são provenientes de váriosambientes culturais, sociais, profissionais e acadêmicos.Alguns já tiveram considerável experiência no ministériocristão eno serviço transcultural. De que forma o seu pro-grama utiliza esta experiência e edifica sobre ela?

20. Quais das seguintes atividades de aprendizado interativassão empregadas?a. Debates g. Idéias novasb. Estudos de caso h. Tutoriaisc. Interpretação de papéis i. Dramad. Jogos simulados j. Seminários orientados

por alunose. Pesquisa independente k. Exercícios de linguagemf. Leitura dirigida 1. Demonstrações

21. Que porcentagem do seu programa é gasta nas atividadesde aprendizado interativas indicadas acima?a. Menos de 25%b. 25-50%c. Mais de 50%d. Difícil de quantificar

22. Que oportunidades os seus alunos têm de aprender oudesenvolver habilidades de ministério em situações reaisde ministério?

E. Treinamento integral

23. Quais vocêconsidera os elementos mais importantes doseu programa de treinamento? Favor indicar sua impor-tância com números de 1 (menos importante) a 5 (maisimportante).

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180 MISSÕES: PREPARANDO AQUELE QUE VAI

a. Desenvolvimento do caráter espiritualb. Aprender aviver com outros na comunidadec. Desenvolver umaperspectiva pessoal sobre missõesd. Aprender a evangelizar transculturalmentee. Desenvolver eficiência no ministériof. Outros

24. Que cursos práticos foram ensinados no ano passado?a. Cuidar de animais i. Aprender a dirigirb. Cuidados básicos de j. Lingüística

saúdec. Conhecimentos k. Instrumentos musicais

básicos de eletrônicad. Serviços de pedreiro 1. Fotografiae. Carpintariâ m. Costuraf. Odontologia n. Datilografiag. Produção de alimentos o. Manutenção de veículosh. Cabeleireiro p. Processamento de dados

25. Qual meio consideram mais eficaz para promover o pro-gresso espiritual de seus alunos?

26. A maioria dos candidatos a missionário terá passado porsofrimentos psicológicos em sua vida. Alguns podem terdesenvolvido problemas de comportamento que talvezvenham a prejudicar seu futuro ministério. Como sua ins-tituição facilita o amadurecimento pessoal de seus alu-nos?

27. Os candidatos a missionário podem ter sido psicologica-mente prejudicados ou demoniacamente influenciados nopassado. Que provisãoé feitapara lidar com esses proble-mas pastorais mais graves?

28. Que dificuldades ocorrem regularmente entreos seus alu-nos ecomo são resolvidas?

29. Os cônjuges acompanham os alunos durante o treina-mento? Caso positivo, que provisão é feita para que elestambém aprendam? Existe creche para as crianças?

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APENDICE 1 181

F. Contextualização

30. Como o seu programa de treinamento foi adaptado aocontexto cultural em queele se encontra em termos de:a. Conteúdo do curso?b. Metodologia de ensino?

31. Os estudantes são preparados para viver num ambientetranscultural?

32. Comoos alunos aprendem a apresentar o evangelho numnovo contexto cultural?

33. De acordo com a sua instituição, quais são os três pontosteológicos mais importantes que devem serenfocados pe-los alunos no seu contextocultural?

G. Avaliação

34. Como éavaliada aeficiência do ministério dos seus alu-nos?

35. Como é avaliada aaptidão deles para o serviço missioná-rio?

36. Como é avaliada a eficácia do programa de treinamento?

H. Desenvolvimento do programa

37. Foram feitas mudanças significativas no conteúdo, estru-tura ou duração do seu programa de treinamento desde oseu início? Qual a razão dessas modificações?

38. Até que ponto a associação com o International MissionaryTraining Fellowshipe outras instituições de treinamentomissionário estimularam o seu desenvolvimento?

39. Que planos existem para o futuro aperfeiçoamento do seuprograma?

40. Sua instituição vai tentar oficializar o seu programa? Casopositivo, por meio de quem epor quê?

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182 MISSOES: PREPARANDO AQUELE QUE VAI

41. Que aspectos do seu treinamento considerados importan-tes não foram incluídos nestas perguntas?

42. Que conselho dariam aos queestão estabelecendo um pro-grama similar em outra parte do mundo?

43. Háqualquer outra coisa que gostariam de comentar sobreo seu programa de treinamento missionário ou o seu cen-tro?

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APÊNDICE 2

Treinamento integralPergunta 23 do questiontfrio: Na sua opinião, quais os elementosmais importantes do seu programa de treinamento? É favorindicar a importância com números de 1 (menos importante)a5 (mais importante).

a. Desenvolvendoo caráterespiritual

AMTC GMTC NEMI OTI AICMC ACTI Totais

5 3 5 4.5 2 3.5 23

b. Aprendendo aviver com outrosemcomunidade

4 4 1 4.5 4 3.5 21

c. Desenvolvendo aperspectiva pessoalsobre a missão

2.5 5 3 2.5 1 3.5 17.5

d. Aprendendo aevangelizartransculturalmente

2.5 1 4 2.5 5 3.5 18.5

e. Desenvolvendo aeficiênciano 1 2 2ministério

1 3 1 10

Notas:

• GMTC,NEMI eAICMC deram aoselementos uma simples lista de pri-oridades dei aS.

• AMTC colocou (c) e(d) juntos no terceiro lugar.

• OTIdeua(a) e(b) máxima prioridade, a(c)e (d) a prioridadeseguinteecolocou (e) como menos importante.

• ACTIconsiderou os quatro primeiros comotendo amesma importân-cia.

• Embora os centrosnão respondessem aesta pergunta da mesma for-ma, todasas respostas indicamclaramente o queconsideram comopri-oridades.

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APÊNDICE 3

Cursos práticosPergunta 24 do questiondrio: Que cursos práticosforam ensina-

dos durante o ano passado?

AMTC GMTC NEMI OTI AICMC ACTI

a. Cuidados com os animais X

b. Cuidados básicos com asaúde X X X X X X

c. Eletrônicabásica . X

d. Serviçosde pedreiro X X X X

e. Carpintaria X X X X

f. Odontologia

g. Produçãode alimentos X X X X X

h. Cabeleireiro X

i. Motorista X X

j. Linguística

k. Instrumentomusical

x X X X X X

X X

l. Fotografia X X

m.Costura

n. Datilografia

o. Manutenção de veículos

p. Processamento de dados

X X X X

X X X X (X)

X X

Nota:(X) = O curso era oferecido anteriormente, mas foiagora suspenso.

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APÊNDICE 4

Principais temas doutrináriosNa sua opinião, quais ostrês temas teológicos mais importan-tes queprecisam ser tratados pelos estudantes no seu contextocultural?

AMTC (Brasil)• Guerra espiritual• Sinaise prodígios• Os que nunca ouviram

OTI (Índia)• Contextualização• Deus e a criação• Deus e ahistória

GMTC (Coréia)• Batismo no EspíritoSanto• A igreja e sua missão• A salvação eoutras religiões

AICMC (Quênia)• Demonologia• Pecado• Salvação

NEMI (Nigéria)• Guerra Espiritual• Tribalismo

ACTI (Cingapura)• Contextualização• Evangelismo vs.

preocupação social• Pecado• O indíviduo ea comunidade

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APÊNDICE 5

BibliotecaPara Um Candidato a MissionárioOs títulos abaixo são dados a todos os que treinam na AICMissionary College em Eldoret, Quênia:1. Ralph D. Winter e StevenC. Hawthorne, eds. Perspectives

on the World Christian Movement: A Reader (PerspectivasSobre o Movimento Cristão no Mundo: Uma Releitura).Pasadena, CA: William Carey Library, 1981.

2. Donald C. McGavran. Understanding Church Growth (En-tendendo o Crescimento da Igreja), 3rd ed. Ed. C. PeterWagner. Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1990.

3. Gottfried Osei-Mensah. Wanted: Servant Leaders (Procu-ram-se Líderes Servos). Ghana: Africa Christian Press,1990.

4. David J. Hesseigrave. Communicating Christ Cross-Culturally (Comunicando Cristo Transcultural mente).Grand Rapids, MI: Zondervan, 1978.

5. Don Richardson. Peace Child. Ventura, CA: Regal Books,1974.

6. RichardJ. Gehman. African Traditional Religion in BiblicalPerspective (Perspectiva Bíblicana Religião Tradicional A-fricana). Kijabe, Kenya: Kesho Publications, 1989.

7. Richard J. Gehman. Theologia Katika Mazigara ya Africa(uma teologia ambiental).

8. David Werner. Where There Is No Doctor (Onde Não háMédico). Palo Alto, CA: Hesperion, 1977.

9. “Agriculture in East Africa.”

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APÊNDICE 6

Avaliação dos Cursos de Palestras e Trabalhos *

Título do Curso _____________ ___________

Preletor ________ _________ ________

Período ____ Ano

Nome do aluno (opcional)

Faça um círculo no número ou frase que indique melhorcomo você descreveria o curso. Os números variam de 5 =

muito bom a I = inadequado. Tente incluir seus comentáriosadicionais — eles são muito úteis.

A. Curso de Palestras1. Até queponto o curso alcançou os seus objetivos, como

declarado no programa de estudos? 5 43 2 1Especifique os objetivos que, na sua opinião, não foramalcançados.

2. Quais as três coisas mais importantes quevocê aprendeudurante o curso?

3. Que efeito o curso teve sobre você? Por exemplo, quereso-lução prática eleo desafiou a tomar comrelação àsua vidae ministério futuros?

4. Como você descreveria o estilo de apresentação do materi-al pelo preletor?a. Organização/estrutura/fluxo 5 4 3 2 1

Comentário:

* Usado naAll Nations Christian College. Reprodução autorizada.

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192 MISSÕES: PREPARANDO AQUELE QUE VAI

b. Uso de informativos 5 4 3 2 1Comentário:

c. Linguagem/vocabulário 5 43 2 1Comentário:

d. Velocidade verbal 5 43 2 1Comentário:

e. Nível de estímulo 5 43 2 1Comentário:

5. Como vocêdesèreveria o uso de recursos visuais/proje-tor/quadro-negro pelo preletor?a. Excessivoh. Normalc. Pouco usadod. Não usoue. Desnecessário para este curso

6. 0 tempo concedido ao curso foi:a. Excessivob. Adequadoc. Escasso

7. 0 preletor abordou bem os tópicos principais?54321

Que outras áreas deveriam ter sido cobertas?8. Este curso é uma repetição de outros?

Sim NãoCaso positivo: Que cursos? ou: Que tópicos?

9. Até que ponto você considera este curso essencial no cur-rículo? 54321

B. Leitura10. Você fez as leituras recomendadas?

a. Todas.b. A maioria.c. Parte.d. Nenhuma.Comentário:

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APÊNDICE 6 193

11. Se foi exigida leitura semanal, a quantidade especificadafoia. Excessiva?b. Suficiente.c. Fácil e poderia ter lido mais?

12. Que livro ou artigo em especial você achou mais útil?13. Na biblioteca, os títulos recomendados para o curso eram

a. Fáceis de obter?b. Muito solicitados e difíceis de obter?c. Se (b), que títulos em particular?

C. Trabalho14. Você fez o trabalho para este curso?

Sim NãoSe fez, favor responder às perguntas 15-18.

15. Até queponto o trabalho ajudou na compreensão do as-sunto? 54321Comentário:

16. Até queponto a bibliografia do trabalho foi útil?54321

17. Você pode sugerir outros livros ou artigos de seu próprioestudo?

18. Você pode sugerir qualquer outro título ou tópico útilpara o trabalho?

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APÊNDICE 7

Associação de Missões

e Comissionamento do Mundo EvangélicoA World EvangelicalFellowship (WEF)e suas organizações associadasexistem para estabelecer e ajudar asalianças evangélicas regionais enacionais a capacitarem emobilizarem as igrejas locais e organizaçõescristãs a discipularas nações para Cristo.

A WEF Missions Commission é uma rede global de líderesmissionários nacionais, onde muitos dos membros ocupamcargos internacionais e mantêm seus próprios ministérios.

Nosso propósito abrangente é preparar aigreja e, em particu-lar, as alianças missionárias regionais enacionais para cum-prirem a Grande Comissão.

Nossa visao éservir como uma equipe de parceria internaci-onal eem redeque compartilha idéias, informação e recursospara capacitar o movimento missionário global a treinar efici-entemente os missionários e enviá-los em missões. Fazemosisto, afirmando efacilitando a visão dos líderes de missões re-gionais e nacionais.

Um Pouco de HistóriaUm fervor global motivou a liderança da WEF desde o seu iní-cio. A emergência de movimentos nativos eativos na Asia,África, América Latina, Pacífico Sul, Caribe eOriente Médiofoi o principal catalisador que deuorigem àinauguração ofici-al da Missions Commission (MC) em 1977. A intenção primor-dial da MC foi tratar de assuntos missionários globais de inte-

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196 MISSOES: PREPARANDO AQUELE QUE VAI

resse comum dos seus associados, com especial atenção paraos movimentos missionários não-ocidentais emergentes e queestão agora amadurecendo. A MC serve também como a prin-cipal aliança missionária evangélica global, unindo os conti-nentes num espírito de parceria interdependente.

Objetivos1. Promover colaboração dinâmica entre as associações

missionárias nacionais e regionais, existentes e emergen-tes, fornecendo uma plataforma para:• Expressar a interligação relaciona! e informacional• Estabelecer comissões missionárias nacionais• Forjaralianças e parcerias estratégicas

2. Fortalecer e ajudar no desenvolvimento de igrejas de en-vio, programas de treinamento e estruturas de apoio/pastoreio, através de:• Facilitação do uso de recursos de consultoria experimen-

tados• Publicação e distribuição de informação vital emateri-

ais didáticos• Viabilização do treinamento de líderes-chave de mis-

sões no Terceiro Mundo3. Tratar de assuntos essenciais às estruturas missionárias

evangélicas e suas associações nacionais eregionais paraalcançar fins definidos:• Realizando conferências econsultas internacionais es-

tratégicas• Criando forças-tarefa investigativas para tratar das ne-

cessidades críticas nas missões globais• Administrando projetos eprogramas

UNIDADES OPERACIONAISA Comissão de Missões realiza os seus objetivos através dascinco unidades operacionais abaixo:

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APÊNDICE 7 197

1. Rede de MembresiaAmembresia da MC inclui atualmente duas categorias princi-pais: membros gerais e consultores. Este órgão participante émantido informado das atividades da MC e a representa pe-rante o eleitorado em inúmeros lugares do mundo. Os mem-bros e consultores são nomeados pelo Comitê Executivo daWEF eaprovados pelo Conselho Internacional da WEF.

A Comissão de Missões reitera um de seus valores originaispara ajudar a estabelecer associações missionárias nacionaisonde elas não existam, e para fortalecer as quepedem ajuda.Agindo assim, ajudamos também a cumprir a declaração demissão abrangente da WEF.

Membresia Geral: A MC obtém seus membros principalmen-tedas associações-membro da WEF. Os executivos das associ-ações regionais de missõessão automaticamente convidados afazerparte da MC. Outros líderes de agências ou associaçõesmissionárias são convidados aservir, combase nos seus donse contribuições específicosao trabalho da MC. O período nor-mal de serviço nas comissões WEF éde quatro anos, sujeito arevisãoa cada dois anos. Alista completa de nossa membresiapode ser obtida mediante solicitação.

Consultores: Além da membresia geral, o Comitê Executivoda MC pode convidar para o seu quadro de membros indiví-duos especializados em missões, combase na sua experiênciae treinamento, os quais não se qualificariam para a membresiaregular por não estarem diretamente ligados a uma associa-ção-membro. Otermo normal de serviço é de dois anos.

A MC é dirigida pelo Comitê Executivo, compostopor umrepresentante convidado de cada uma das associações de mis-sõescontinentais, cuja nomeação deve seraprovada pelo WEFInternational Council (IC). O Comitê coma aprovação da WEF/IC nomeia um Diretor da Comissão. O Comitê também super-visiona o seu trabalho, aprova as nomeaçõesde pessoal, exami-na e aprova os alvos anuais de ministério e orçamento, e seempenha no bem-estar geral da MC. Outros membros do Co-

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198 MISSÕES: PREPARANDO AQUELE QUE VAI

mitê são o Diretor emembros do pessoal convidados. Aequipeatual da MC inclui o Dr. William Taylor (EUA) e o Dr.Jonathan Lewis (Argentina) em tempo integral. O Dr.Raymond Windsor (Nova Zelândia) e o Arq. Rudy Girón(Guatemala) trabalham em regime de meio período.

2. International Missionary Training Program (IMTP)(Programa de Treinamento Missionário InternacionalO treinamento missionário representa o principal recurso docompromisso da MC desde 1988. À medida queos programasde treinamento surgiram e amadureceram, aMC modificou osseus programas de acordo comas novas oportunidades evari-ações das necessidades.

Este projeto a longo prazo iniciou-se em 1989, durante aConferência sobre Treinamento Missionário em Manila, onde60 líderes de todo o mundo discutiram pontos-chave no treina-mento missionário. Os documentos apresentados nesta confe-rência estratégica foram publicados mais tarde sob o títuloInternationalisingMissionary Training: A Global Perspective (In-ternacionalizando o Treinamento Missionário: Uma Perspec-tiva Global), ed. William D. Taylor (Baker ePaternoster, 1991).

Esta consulta levou ao estabelecimento de programas doIMTP, da International Missionary Training Fellowship (IMTF),do International Missionary Trainers Scholarship Program(IMTS), e, eventualmente, da International Missionary TrainingAssociates (IMTA). O IMTP tornou-se um programa perma-nente da WEF/MC em 1993.

International Missionary Training Fellowship(Associação de Treinamento Missionário Internacional)(IMTF)Mediante pesquisa contínua, este programa busca identificarprogramas de treinamento de missionários em todo o mundoe reúne todos em uma lista publicada de três em três anos edistribuída a cada membro. O Dr. Windsor foi o primeiro edi-

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APÊNDICE 7 199

tor do Training forCross-Cultural Ministries (Treinamento paraos Ministérios Transculturais), posto ocupado agora peloDr.Lewis. Esta publicação ímpar se concentra em questõesde trei-namento edá notícias e informações adequadas à liderançamissionária global, assim como àcomunidade de treinamento.Ela é enviada a mais de mil líderes e mais de 500 centros detreinamento no mundo inteiro.

International Missionary Training Associates(Treinamento Internacional de Missionários Associados)(IMTA)Uma equipe de pessoas encarregadas do treinamento de mis-sionários está sendorecrutada em caráter permanente emobi-lizada para ajudar a atingir os objetivos da MC. No momento,12 líderes adicionais formam a equipe da IMTA e servem ati-vamente como consultores. Os membros do staff da MC sãotodos considerados IMTAs (Associados Internacionais de Trei-namento de Missionários).

International Missionary Trainers Scholarship Program(Programa de Bolsas de Estudos e Treinadores deMissionários Internacionais) (IMTS)Este programa é destinado a capacitar, mediante estudosmissiológicos avançados, homens emulheres-chave com umclaro potencial de contribuição para missões e treinamentomissionário em seu próprio contexto nacional. Esses indivídu-os são incentivados a solicitar bolsas de estudos da MC.

3. Programa de Publicações da WEF/MCCom base nas necessidades estabelecidas, aWEF/MC contra-ta a produção dos principais livros etextos eajuda a publicaredistribuir esses eoutros títulos quesupram as principais ne-cessidades das missões em diferentes partes do mundo. Quan-do necessário, são feitas traduções eadaptações adequadas. ODr. Lewis serve como coordenador das publicações.

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200 MISSÕES: PREPARANDO AQUELE QUE VAI

4. International Missionary Research Project (Projeto dePesquisa Missionário Internacional) (IMRP)Esta força-tarefa representa uma grande diferença em relaçãoaos projetos e programas em seu foco, alcance e amplitude.Caso os povos e cidades não-evangelizados e sub-evangeli-zados do planeta devam ser efetivamente “alcançados” e igre-jas fortes estabelecidas, os cristãos de todo o mundo devemenviar e manter no campo uma força missionária bem equipa-da, a longo prazo, transcultural.

Tanto o movimento missionário ocidental como o não-oci-dental enfrentam uma porcentagem de atrito preocupante emrelaçãoà carreira missionária. O problema se aproxima de umponto crítico em algumas missões não-ocidentais, e nenhumestudo foi até agora feito para tentar identificar e tratar dessassituações de atrito.

Oalvo maisamplo do estudo é aumentar, de modo geral, aeficiência e eficácia da força missionária global para pôr emprática aGrande Comissão, reduzindo aindesejável porcenta-gem de atrito entre os missionários de carreira.

O objetivo específicoda pesquisa é identificar e verificar ascausasdo atrito indesejável entre os missionários ocidentais enão-ocidentais, e sugerir métodos e meios de resolvê-los cons-trutivamente.

Com estes pontos como alvo, temos três dimensõescontextuais estratégicas no que se refere aos itens pesquisados:

• Contexto do pré-candidato• Contexto de treinamento• Contexto do campo

5. Força-Tarefa para a Fabricação de TendasEsta força-tarefa está ligada a outros segmentos mundiaisevangélicos na discussão e promoção de missionáriosfazedores de tendas. A WEF/MC tem colaborado com aLausanne Tentmakers International Exchange (TIE), partici-pando das interligações globais efetivas.A MC revitalizou sua

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Força-Tarefa de Fabricação de Tendas (Tentmaking TaskForce)em julho de 1994, durante uma reunião em Cingapura. Coor-denada por Loh Hoe Peng de Cingapura, a Força-Tarefa arti-culou seus objetivos de acordo coma declaração de missão daWEF.

1. Incentivar a igreja a desenvolver o seupotencial para pro-duzir fazedores de tendas.

2. Ajudar os fazedores de tendas em todo o mundo.3. Prover um elo capacitador entre as agências e a igreja no

que se refere à fabricação de tendas.4. Prover recursos adicionais de instrução.5. Preparar uma lista global de redes de fabricantes de ten-

das.

A força-tarefa, sob a direção do Dr. Jonathan Lewis, prepa-rou um curso estratégicode 12 capítulos em forma de manual.Working Your Way to the Nations: A Guide to Effective Tentma-king (Abrindo Caminho para as Nações: Um Guia para a Fa-bricação Eficiente de Tendas). Este manual se utilizou de 12autores de dez países diferentes, para a adaptação e publica-cão em seis idiomas.

Se aComissão de Missões da WEF puder ser-lhe útil, nãohesite em fazer contato conosco em um de nossos escritóriosinternacionais.William D. Taylor, DirectorWEF Missions Commission4807 Palisade Drive

Austin, TX 78731 - USATel: 512 467 8431

Fax: 512 467 2849

World EvangelicalFellowshipInternational Headquarters141 Middle Road,#05-05

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202 MISSÕES: PREPARANDO AQUELE QUE VAI

GSM BuildingSINGAPORE 0718Tel: 65 339 7900Fax: 65 338 3756

World Evangelical FellowshipNorth American OfficesP.O. Box WEFWheaton, IL 60189USATel: 708 668 0440Fax: 708 669 0498

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