URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf ·...

56
XVII SPITNARTO NACTONAL DE GRANDES BARRAGENS RRASILTA AGOSTI) 1987 URIIGUA -I: IJMA BARRAGEM El CONCRETO ROLADO TEMA IV Eng9 Giancarlo Gottardo (*) En 9 Domingo F. Pena (*) ° nrancisco Rodrigues .Andriolo (**) (*) Cons6rcio Construtor (**) Engenheiro Consultor

Transcript of URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf ·...

Page 1: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

XVII SPITNARTO NACTONAL DE GRANDES BARRAGENS

RRASILTA

AGOSTI) 1987

URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM El CONCRETO ROLADO

TEMA IV

Eng9 Giancarlo Gottardo (*)

En 9 Domingo F. Pena (*)

° nrancisco Rodrigues .Andriolo (**)

(*) Cons6rcio Construtor

(**) Engenheiro Consultor

Page 2: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

ii 9 I I

Page 3: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

1, OS PROJETOS DE BARRAGENS EM CONCRETO ROLADO COMO ALTERNATIVA VALIDA

AOS PROJETOS DE APLICAcAO CONHECIDA - APRESENTAcAO E RESUMO.

RAZOES TfCNICAS

Em determinadas condigoes de fundagao, quando no devem apresentar

possibilidade de recalques totais e/ou diferenciais decerta importan

cia, o projeto de uma barragem em concreto rolado, configura uma

alternativa valida de outros projetos, tais como:

- Barragem de materiais soltos com paramento de concreto na face de

montante;

- Barragem de material solto, com nucleo impermeavel;

- Barragem de materiais soltos, filtrante;

- Barragem de gravidade, em concreto massa;

- Barragem de concreto armado de distintos tipos; gravidade, alivia-

do, arco etc.

Como tacnicamente a barragem de concreto rolado engloba certos con

ceitos proprios de uma barragem de gravidade em concreto massa(boas

condigoes de fundagao, estabilidade por gravidade, use de materiais

de reduzido tamanho), considera-se que basicamente configura uma

evolugao da barragem de materiais soltos com paramento de concreto

a montante.

Com efeito:

1.1.1. A estabilidade e dada por uma massa composta por uma mistura de

materiais soltos bem graduada com alta proporgao de finos, baixo

teor de aglomerantes , compactada a maxima densidade possivel, redu-

zida permeabilidade e minimo de juntas, com capacidade de suportar:

-DAs soliticagoes resultantes dos distintos estados de carga possi-

veis inclusive agoes sismicas , se assim estabelecido;

As deformagoes derivadas de possiveis recalques da fundagao e da

propria massa , assim como das variagoes do campo termico no corpo

da barragem , como consequencia das elevagoes de temperatura por

hidratagao , combinadas com os agentes exteriores ( clima, igua re-

presada).

1.1.2. A impermeabilidade e dada por distintas solugoes localizadas no pa-

ramento de montante;

211

Page 4: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

1.1.3. Os metodos construtivos tam as caracteristicas massivas , das cons -

trugoes de estruturas com base nos materiais soltos , que utilizam

tecnicas e equipamentos de terraplenos ou de enrocamentos.

1.1.4. As juntas transversais se reduzem ao minimo compativel com os resul

tados que se obtenham das analises.

1.2. RAZOES ECONOMICAS

A barragem em concreto rolado nio somente a uma alternativa valida

tecnicamente , como tambem economica e financeiramente, pois:

1.2.1. Segundo as limitagoes que imponham as condigoes da localizagao do

projeto , tais como : disponibilidade de materiais adequados (grossos

e finos ), clima umido / seco e outros , a alternativa concreto rolado

resulta mais economica em percentuais variados, podendo chegar a

ser importante ( por exemplo, 25%).

1.2.2. 0 prazo de disponibilidade e use do aproveitamento da qual parte da

barragem pode reduzir -se sensivelmente , o que significa menores cus

tos pelos juros do financiamento (por exemplo, 1 ano a menos) ou

mais rapida disponibilidade rentavel (por exemplo, 1 ano a mais).

1.2.3. Os esforgos tecnicos , humanos e de equipamento no superam os ne-

cessarios para qualquer outra alternativa que se projete.

1.3. CONCLUSOES

f claro e evidente que a alternativa de barragem em concreto rolado

deve ser analisada praticamente em todos os casos em que se estude

a viabilidade de um aproveitamento de aguas superficiais (hidroele-

tricidade , abastecimento , irrigagao etc.).

2. UM EXEMPLO: A BARRAGEM URUGUA-f NA REP[BLICA ARGENTINA

2.1. DADOS TECNICOS

A barragem principal do aproveitamento hidroeletrico do Rio Urugua-i

localizado na Provincia de Misiones , no extremo Nordeste da Republi

ca Argentina , a ser construfda em concreto rolado , a um exemplo de

alternativa valida, confrontada com uma barragem de materiais sol-

tos com paramento de montante em concreto.

0 Rio Urugua-i e o curso interior mais importante da Prov. de Mi-

siones e se encontra no extremo Nordeste nas cercanias das frontei-

212

Page 5: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

ras com Brasil e Paraguay. Sua bacia engloba 2.533 km2 e seu cur-

so meandroso, que tem 246 km de extensao com uma queda total de apro

ximadamente 600m, se desenvolve entre serras baixas ate desembocar

no Rio Parana.

A formagao de rocha basaltica constituida por sucessivos e diversos

derrames de reduzida potencia (basaltos vesiculares, amigdaloides e

microcristalinos) que se encontram saos no estado original de sua

formagao e sem intercalagao de brechas, argilas de espessura impor-

tante.

0 curso esta escavado em zonas de contato labial entre derrames e

as ombreiras apresentam acumulagoes de materiais soltos, ou de_com-

postos ou meteorizados em distintos graus de evolugao. Os solos la-

teriticos e saprolitos predominam na parte superficial com espessu-

ras de ate 10m. aproximadamente.

0 reservat6rio a ser fornado ocupara aproximadamente 9.000 ha com

um volume de 1.200 hm3. A capacidade de regular a de aproximadamen

to 0,75 referida ao derrame medio anual.

A zona subtropical possui mata densa, umida e quente, sem estagao

seca com precipit.agoes irregularmente distribuidas da ordem media

de 2.000 mm/ano.

0 salto bruto aproveitavel a de aproximadamente de 90 m.

A central contara com 2 turbinas FRANCIS com uma potencia de 60 MW

cada uma, podendo gerar em pico uma potencia de 116 MW e uma ever -,

gia anual de 355 GWH.

A barragem principal em concreto rolado que facha o canal princi -

pal, tera as seguintes caracteristicas:

Longitude no coroamento 680 m.

Altura sobre o leito do rio: 77 m. (maxima)

Volume de concreto rolado: 600.000 m3.

Paramento montante: Vertical.

Paramento jusante: 1v.:0,8 h.

. Vertedouro incorporado, cota 197, sem controle: 170 m. de compri-

mento, com perfil CREAGER e salto "ski" 'a cota 159.

. Pavimento superior para Rota 12: llm. de largura.

Se completa com fechamentos laterais em ambas as margens de aproxi-

madamente 4,5 km de comprimento total, formados para barragens de

altura variada de materiais soltos com nucleo impermeavel (altura

maxima de 20m).

213

Page 6: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

Y ' 1 1 ''I1, 0

A central teia um desenvolvimen.to vertical para cobrir o efeito de

remanso da futura barragem CORPUS que produzira o salto aproveitavel.

2.2. LOCALIZAcAO

A localizagao do aproveitamento pode ser vista na FIGURA n9 1.

2.3. FINS SOCIO-ECONOMICOS

As principais finalidades do aproveitamento hidroeletrico de URU-

GUA-I sao:a

0 maximo aproveitamento hidroeletrico em cursos de aguas do inte-

rior da Provincia;

Energia suficiente a preps razoiveis-,

Independencia energetica;

Contribuigao ao Plano Nacional e Provincial de desenvolvimento de

combustiveis liquidos-,

. Incorporar a Engenharia Argentina uma nova tecnologia;

Favorecer o desenvolvimento de industrias em areas marginais,

Aumento do nivel de emprego;

• Melhorar a estrutura socio-economica da Provincia*

Criagao de novos atrativos turisticos.

2.4. A OBRA

0 piano geral da obra, pode ser visto na FIGURA n9 2.

214

Page 7: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

PTO. STROESSNERESTADO DE PARANA

FIGUR:'% I - LOCALTZACAO DO APROVEITA`SENTO HTDROEL,F.TRICO

DE URUGUA-I - ARGENTINA

215

Page 8: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

I I

CIRRE LATERALL' 1 N XRfCHA

CONOUCTOS IfDESY10 Y DSSCIF,GADN D_ FOODO

CAM/;V^ \\\^II \\ ACCES 0

CROQUIS DE UBICACION

F T (,IRA 2 - PLANO GERAL DE ESTRUTURAS

216

Page 9: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

3. PRO,^'r0 DA BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO

3.1. ANTEPROJETO

0 anteprojeto da barragem foi feito em 1983 , tomando como base as

experiencias obtidas na construgao da obra da Barragem Willow Creek

nos Estados Unidos.

A posterior analise das dificuldades observadas na construcao e o

comportamento (com infiltragao) da barragem Willow Creek, assim co-

mo o estudo de obras com concreto rolado nos Estados Unidos (Army

Corps of Engineers , Bureau of Reclamation e entidades privadas), a

metodologia aplicada em distintas obras no Japao e os desenvolvimen

tos obtidos no Brasil, permitiu analisar diversas alternativas tec-

nicas e construtivas possiveis de aplicar para o desenho de uma bar

ragem etr• concreto rolado.

Alem disso , analisaram-se outros estudos especializados , realizados

sobre o tema.

Como resultado importante, concluiu-se que, no estado atual de de-

senvolvimento e consolidagao da tecnica em concreto rolado, o dese

nho otimizado para a barragem URUGUA-f devia ser o resultado de con

siderar devidamente avaliados todos os condicionamentos que para o

caso em particular se apresentavam , tais como : analises estruturais

e tecnicns,metodologia construtiva (muito importante ), local izagao

da obra, materiais disponiveis e clima ( importantes), recursos obti

dos de equipes de construgao e humanos, investigagoes a nivel de

laboratorios especializados , custos / prazos etc.

3.2. PROJETO DEFINITIVO

Ao final de 1986, se alcangou e definiu o desenho que pode ser vis-

to nos seguintes desenhos:

- FIGURA 2 - Implantagao Geral

- FIGURA 3 - Secgao no Vertedouro

- FIGURA 4 - Secgoes fora do Vertedouro

- FIGURA 5 - Vista e Planta, Paramentos e Juntas, Galeria e

Drenagens.

Devem ser destacadas as seguintes caracteristicas:

3.2.1. A impermeabilidade estara dada por uma dupla barreira localizada

a montante e que estara conformada por:

217

Page 10: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

A A

/\?)IPe r.i&n

i1! _^ il4 U^

I_-il 11-1Al.

/'•!AH ♦Nb N. 41000

1.N/Cf .-nv 14 n.C •^'N,.N

ft Ae o/ 91 , Ar U !

,VN7n . ve Arl r^(e.l

A 42W

0I !Ad I F)

f..,, #V a.C Iw •. MI.A

On.. t'GA , l A C4.AY,A

-I-

ti\

{ In vA L,ll _', •.+ "W 4r 4 CA

I ow meIir, ..1 .. . - ill

rrvrl^ vJt^ i fPr lf^ %m

Omer

7AAIAb '0 -161f tv 4,:11 .,l ,(. ,,,y.- /J

Pit-C-501- ro 1'TO VP i/• fh(AVo

t01A

oe305 /(4574

14frptf1.F

m)203 00 I73 , OI 0_40

173,00 l63 no 0.60165.00 1,55/1 e 7u1 56.00 ,4 4 no q 144

14 5,0c) A1r414 I3No n,7,

. r r. v, s n ^• i

Ril[lNd. ^I

1z1:3iy v

Co-r: Avn 101

INJ'QY_YION/

♦ A•.R lael4l

Crir4TGA [1RI.I Cf^_^UN^A NA:11_RwI 4'4

Cf^T '1NA a rKr^lXA r+.! ,- a - .MO L.7gr(Ip

1 4'4y 14(rmlw.

SE CC/ON f..a3 VERTEDCRO

FIGURA 3 - SECAO PELO VERTEDOURO

WV.IIOON (^fNfll t NLLfjA M.l...rN 1A

218

Page 11: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

r L•^+rA ^r^ /& t^ 'in'

.t,Te I vroe/tW, A) 411ri .^X

/!.tlNJ AAI i .fN m t, ," 6 .^

7 s,444 o M4 . M .tQ A'd . l/• f1 [y . JN iol-

licweA A-t t"r m'!rf

Cs/•pcor, .4'/;.Ct tw t''q^lAnn

_I I

•C.

AA?NNrro, OLN,A1 '

•Sf.CC/ON TIP /Q A rljflf^l Dt_L V4,4rEDEk'Q SIN GALf/F',A-

FICURA 4 - SI:COES FO RA DO VERTEDOURO

C', '- ZC. , -c-, (-

21/liq /86

219

Page 12: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

' t.

Ir I .f,.^ I

11 A )

If, l 1 1 1IS, I I I.• •.

220

---L I

11

Page 13: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

3.2.1.1.Paineis de concreto armado pre-fabricados (aprox. 2,20 x 5,20 x

0,10m) sobre cuja face interna se aderira uma lamina de PVC ou si-

milar.equivalente de 1,4 mm,com unioes soldadas. Estes paineis

atuarao como forma perdida para o resto dos trabalhos.

3.2.1.2.Paramento de concreto simples convencional , de espessura,variavel

(0,50 a 0,90m) construido em camadas de 0,40m, conjuntamente com o

concreto rolado, com juntas de contrapo verticais cada 20 m. As

juntas horizontais deverao ser devidamente tratadas (jattamento) pa

ra os efeitos de eliminar solugoes de continuidade entre capas.

Esta dupla barreira estara, ainda, complementada por:

3.2.1.3 Tratamento de todas as juntas entre camadas de concreto rolado com

aprox . 3 a 5 cm de"mistura de berco" rica em cimento e em largura

minima de 7m. Se assegurara assim que a permeabilidade nesta parte

das juntas no seja maior que a da massa de concreto rolado. Ade-

mais, absorverao as possiveis tensoes de tragao que possam apresen-

tar-se na parte superior da barragem•e melhorarao as resistencias

do cisalhamento das secgoes pelas juntas de concreto rolado.

3.2.1.4.Uma rede de drenagens por cima da galeria de inspegao localizada a

7m. do paramento de montante e separados 3m.,,e uma cortina de drena

gem abaixo da galeria, penetrando na rocha de fundagao, evitara que

toda possivel infiltragao penetre no corpo da barragem.

3.2.2. A estabilidade sera obtida por uma massa de concreto rolado de dosa

gem unica (uniforme para toda a barragem, exceto as zonas com con-

centragao de tensoes, por exemplo, nas obras de desvio) e cuja con-

formagao geometrica pode-se ver nas FIGURAS (paramento de jusante

inclinado 1. v. x 0,8 h. e paramento de montante vertical). A mas-

so de concreto rolado que sera construida em forma massiva e conti-

nua em camadas de 0,40 in. de espessura, devera cumprir com determi-

nadas condigoes, entre as quais sao de mencionar entre as mais im-

portantes:

3.2.2.1 As suficientes resistencias a compressao , tragao e corte compativeis

com as resistencias de desenho resultantes do estudo de estabilidade

devidamente majoradas.

3.2.2.2 Uma fluencia,ou rigidez,reduzida, para absorver deformagoes por as-

sentamentos baixos e/ou ago-es resultantes das variagoes do campo

termico por calor de hi.dratagao do cimento e/ou efeitos externos

(clima, agua).

3.2.2.3 Uma permeabilidade na massa do concreto rolado e nas juntas entre

221

Page 14: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

Lu^^..+^,^ 1 Tq r'7 111111, I,, 1

A. ,,1 11.i,' i nk 1

camadas nao maior que a ordem de 1x10-6 cm/seg.

3.2.2.4 Em especial, as juntas entre camadas do concreto rolado, devem asse

gurar as necessarias caracteristicas para cobrir os esforgos de ci-

salhamento que nelas se desenvolverao.

3.2.3. Os ensaios a nivel laboratorio e a nivel de prot6tipo (aterro expe-

rimental) permitem atestar que (ainda se completarao algumas series

de ensaios) as precitadas condigoes se cumprirao com:

3.2.3.1 Uma granulometria bem graduada com elevada proporgao de finos (42%

na peneira n9 4 incluindo 7 a 8% de passante na peneira n9 200) cu-

jo grafico pode ser visto a frente, sendo importante a incorporagao

de finos no plasticos.

3.2.3.2 Um teor minimo de cimento de baixo calor de hidratagao e pega lenta

(60 kg. de cimento tipo II/m3 de concreto rolado).

3.2.3.3 Uma massa especifica maxima)possivel,mediante a aplicagao da sufi -

ciente e necessaria energia de compactagao e a regulagem de agua

ate o teor 6timo (2,5 a 2,6 t/m3).

3.2.3.4 Um equipamento e um processo de construgao projetados com a necessa

ria precisao para assegurar o cumprimento das pautas anteriores na

FIGURA 6 podem se ver as instalagoes projetadas na margem direita

para a produgao do concreto rolado e na margem esquerda para os con

cretos convencionais e a "mistura de bergo".

3.2.3.5 Uma metodologia construtiva rigorosa que determine, passo a passo,

o processo e as etapas de execugao (a disciplina contrutiva e impor

tante).

3.2.3.6 Um esquema de controle de qualidade aplicavel sobre o processo in-

dustrial continuo de elaboragao e execugao do concreto rolado, tal

que permita verificar os parametros instantaneos que asseguram a

qualidade desejada dentro das margens de tolerancias estabelecidas.

3.2.3.7 Especialmente, devera cuidar-se a execugao das juntas entre camadas

de concreto rolado aplicando os tratamentos que se estabelegam em

fungao dos tempos de exposigao a agao climatica da camada anterior.

(Em geral, o tratamento devera ser cuidadoso com exposigoes maiores

que 72 horas).

3.2.3.8 A construgao das juntas transversais (pianos de debilitamento em

secgao completa) que as analises termicas e estruturais aconselhem.

3.2.3.9 As partes a montante no cobertas por obras do vertedouro (crista e

calha) e o salto de ski, ficarao acabadas em forma de escada com o

concreto rolado devidamente compactado (se utilizarao formas em

base a premoldados de concreto simples).

222

Page 15: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

FIGURA 6 - /'14 /V /4 L 7//E/ /4 DE /4 5

//5 T4 L,4 C/O//ES-

Page 16: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

4. TECNOLOGIA DOS MATERIALS:

ESTUDO DOS MATERIAIS E EXPERIENCIAS DE LABORATORIO

4.1. APRESENTACAO

0 presente capitulo trata dos estudos levados a cabo sobre os mate-

riais e sobre os concretos rolado e convencionais que se projetam

empregar na construcao da barragem URUGUA-i. Estes estudos tecnolo

gicos foram conduzidos em varias etapas.

1aetapa Estudo dos mate`riais e de uma primeira serie de misturas com con-

teudo de cimento de 40 a 210 kg/m3 e com diferentes composigoes de

finos provenientes da areia de britagem, dos finos do basalto m6ido.

Esta etapa foi realizada inteiramente no laborat6rio do INTI de Bue

nos Aires.

2aetapa Estudo da otimizacao para a obtencao dos finos em funcao dos ma-

teriais disponiveis no local da obra. Esta etapa foi desenvolvida

diretamente com uma britagem similar a que realmente se

utilizara na obra.

3aetapa Estudo de uma nova serie de misturas em fungao da otimizagao da

utilizacao dos agregadm Esta etapa foi conduzida uma parte no

laborat6rio do INTI, Buenos Aires (Ensaios de compressao, modulo

elastico, tragao por compressao diametral, cisalhamento, tragao di-

reta), outra parte no laborat6rio de ITAIPU BINACIONAL no Brasil

(permeabilidade, elevagao adiabatica de temperatura, coeficiente de

dilatagao termica, calor especifico e capacidade de alogamento) e

uma terceira parte no laborat6rio da Universidade Nacional de La

Plata (fluencia lenta). Alem disso, se realizou uma repetigao de

controle no laborat6rio da obra (compressao, modulo de elastici -

dade e tragao por compressao diametral).

4aetapa Construgao "in situ" da lajotas para avaliar ensaios de cisalhamento

sobre juntas de camadas colocadas'adistintas idades e com distin -

tos tratamentos de juntas.

5aetapa Ajuste no laborat6rio do INTI e de obra: Comtemporaneamente as

misturas dos concretos convencionais que se usarao na propria barra

gem (fundagoes, vertedouro, bergo, paramento de montante e pai-

neis premoldados de PVC).

a6.etapa Construgao "in situ" de um aterro experimental.

Se preve uma 7a etapa de ajustd da mistura primitiva com os mate-

riais que serao produzidos com a britagem montada em obra.

224

Page 17: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

.I U rCC1i1.TABELA 0 -

YRC I1: LI,^;L1 iil:C1111 . . . . . . O l•c qv h 404)

!IULS•I It11 No U(l:. . . . . . . l.ltll. !1" .. 1.63

CI)[RAOOi N C vurs!RLU.. . . . . . . . . . fLClli'1 I;f.Cll'CIUi;:. . . . . .

Cr.''!tCl (I(I l 1 Cll` F I ! c!1';

UCL(' li iu u s /L,luriz 7r 11 . . . . . . . .

SIilii:l'I lclu' ;.:;I%(:(:11 iUil . . ..31.11.

. . CIII`A

Ca0 . . . . . . . . ti

I,;t1C) . . . . . . . .

11x0 . . . . . . .

Al c l 1l lui TWO ;

(ila 0 'I' O,05`; K).2 2

C(.iMI'6 ;Tr.100 POT! 0CJR+l.

3 135. 'v$C

2

Ac 3

IIuuuia d(L Ili:;raol icidad,

OO.,LUVAIC103L`): 1 ' 1;:1(:1) Y (`uTmluu

(I1 ii to (';(I or

7 y 28 d la! -.

I) -•

de Illd - iI ;il'l11:1

I' 11,L;. 1 I;ulu,il•I ((1 /c) . . . . . . 1.''.'

1 111 c i o I_rayl1m Io . . 11. . II

I i lt:i l 11'c.(1uado 1.. . 11

'I'll" inn r. 111.1 n11 .., .. - 0'(0 1 )

(IO

f i:1 `. U 11' tl l.1 ^;,I'^, :I I )^ I', I :uuqguadu

I )511I1(il 1(11 U 1' u l u ll

1) ul' I I ('X i (01

nc: i o 11:01 U I• (!(i ' t 1•

:'(,) )) 1. n, 1i

("i 1 u l)' i l ( I l a io: iii)1:(.'"q11

Iii';, 1^^:,1,•;;^ ^^;,I/1

128

9 ()

0, 2 "I (U, I

11^ I I ,(_ :','3

KnImnsable: v o I

? L , Z' ; I'll 11)

.i:t21 [7/

225

Page 18: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

4.2. 11 ETAPA

4.2.1. MATERIAIS

4.2.1.1 CARACTERIZAcAO DOS AGREGADOS

Apes os ensaios de qualidade na rocha da jazida (imersao em eti-

leno-glicol, durabilidade ao sulfato de sodio, abrasao Los Angeles,

e exame petrografico), os agregados foram identificados, como de-

monstra a TABELA n9 1, em fungao da origem, do tamanho e das pro-

priedades fisicas estudadas pars cads fragao:

ORIGEM EDENOM .

TAMANHO DENSIDADE - ABSOR CUBI-

AGREGADODESCRIQAO NOMINAL

Massa espe-facia t/m3

cAO CIDADE

s.s.s. secs % %

Basalto P8 3"-1 1/4" 2,94 2,92 0,8 0,85Graudo

britado P9 11/4"-1/4" 2,84 2,80 1,4 0,88

54% areiatriturada

P10 - 2,77 2,70 2,8 -46% areia

GR

Miudo Fino P42 - 2,43 2,33 4,1 -

fino debasalto P11 -moido

Na tabela n9 2 se detalham as granulometrias dosagregados.

TABELA I - IDENTIFICAcAO DOS AGREGADOS

226

Page 19: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

---------------------------------------------------------- -

f1MIC:E:i F---- --+ i-- - __+-- - f...^_TI AM ! + +^ ! +'lU ! 111 f'+i ! +'Y

4•-------------------------4--------+- -----+ +

! 7 6 .:' nl lfl ► t 3' 1 ! U ! U ! 0 I U I UI----------------- I- ----- -------+ - ► f {63.5 nlnl• (2 1/:?')! U ! O ! U ! Li•'1 ! U

I - ------------------.f -------i• -------- { --- L..._._ 1 .__...0.8 mm . (2') ! U ! U ! U ! 31.0 1 0

i------------------ { -•------ I------- I-- - _ --- f -- f30.1 UIIL . (1 1/2')! 0 0 ! U ! 7;!•.i 1 U1-----------------I-------i---- L ------- f I f1 2 `i . I 111 a,. (1') ! U

!19.1 m111• (3/ 4') 1 U

! 0 I 0

! 0 ! 0 Y9.3 ! 30 f.;i - ------------------ I -------•- I -- --- -- I -----•---...- I .._.._ .. _ _._. I .._... -. _ f1"2.7 mn1. (1/2 ) ! ^j ! U I U I YS'.3

4_.... -- ---- - I-_ --- } -I fi'•5 111111• ( 3 / 0 ') 0 ! 0 ! ^) ! 'i Y• 3 .'3•^4

{.---------------__._ I - f ._._._.____ .-_ __.-

4.0 a,m. (No.1) ! 0 ! - 6.0 I 0 I 97..3 ! Y;, :,I ------------------- f•------ -_ i._... _. - - --- ! - - - . - _ --• I _ - - - I f

2'. f mm. (No.0 ) ! 0 ! 33.0 ! 0 Y9.:',I•------------------+-------. f _. .• - L_. _. __ _ _ ! --_.f_..._ f

1.2 mm. (P1o .16) 0. 1i• ----------------- t -- -

590 LJ11 1 . (00.3o) 0 . 2i ------------------ i

297 um • No . 5 0 ) ! 1 . 5

1'1U I_im• (No• 100) ! 36.0

74 urn• (No. "200) 1 ?5.2

F '>> 71 'i,i1. ! 24.fI1 -----------------

! 55.5 ! 0 I Y9. 3 ! 5'.1•:'f ------- f _ -----

1 69.6 ! U I YY . 3 90 • l- ------ i

! 75. 6 0 .2 ! 99 .3 9(!

! 90.6 0.5 ! Y?.:3 I 90•

95 •9 ! 3.6 ! '1'. 4 I ',"i .(I

I 4.1 I Y;..4 I U.!. L•0

TABELA '2 - GRADUA;AO DOS AGREGADOS

227

Page 20: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

4.2.1.2 AGLOMERANTE

0 cimento utilizado para os ensaios provem de Olavarria, da f abrica

Loma Negra, identificado como tipo II BARKER.

Se efetuaram os ensaios de laboratorio : mecanicos , fisicos, quimi -

cos e de calor de hidratacao aos 3 , 7, 28 e 90 dias.

De acordo com os resultados obtidos (ver TABELA 0) o cimento se

considera de alta resistancia aos sulfatos ( 1),de moderado calor de

hidratagao e baixo teor de alcalis (2).

4.2.2. COMPOSIcAO DAS MfSTURAS

4.2.2.1 Na TABELA n4 3 se dao os limites da curva granulometrica composta

da mistura.

4.2.2.2 Nas TABELAS n9s 4 e 5 se detalham as composicoes de misturas e os

dados obtidos durante sua moldagem.

4.2.3. RESULTADO DOS ENSAIOS

No GRAFICO n9 1 se representam comparativamente os valores a com-

pressao , em funcao do logaritmo decimal da idade, dos concretos que,

com o mesmo conteudo unitario de cimento , variam em compOsigao gra-

nulometrica.

4.3. 2a ETAPA

AGREGADOS USADOS NO CONCRETO ROLADO,

SUAS CARACTERfSTICAS E TRATAMENTO

A principal recomendagao que se da a pessoa que tem a seu cargo a

inspegao dos agregados utilizados em concretos convencionais, e o

rigido controle da limpeza dos mesmos . Normalmente , exige-se a la-

vagem dos agregados de tamanho inferior a 2 cm , provenientes da bri

tagem. Este conceito ditado pelas normas ASTM, ACI, IRAM etc.,con

siderado indispensavel para o bom resultado dos concretos convencio

nais , no a plenamente verdadeiro para o concreto rolado.

0 concreto rolado a uma simplificagao da metodologia dos concretos,

cuja finalidade e baratear os custos, como tal , os materiais empre-

gados e a busca dos mesmos,devem seguir o principio deste conceito.

Os agregados,portanto , deverao ser conseguidos no lugar mais proximo

da obra e serem tratados da maneira mais simples possivel.

Varios estudos levados a cabo pela Army Corps dos Estados Unidos e,

228

Page 21: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

}------------------------------------I.TAMJCES 1AMANU MAX, 3'

! TRAM---------I- ---L.IMITES ! f' ronr,

+----------------- i _ --- - - --- I ---- ---76.2 mm. (3') ! 0 ! 1

+ ----------------- +------- _}--- -!63,5 nrnr . (2 1/2')! 1 - S 3} ------------ •- ---- } ------ --- I _ ... _ .....__5U.0 n,n,. ('2') ! 4 - 14 ! 9 !

I------------- .--. ----

30 1- -

!. nrnr, (1 1/'2') ! 10 - 2'./ 1 17,E

25.4 mn,. (1') 23 - r7 ! 30F ------------------

! 19.1 nom . (3/4') ! 31 - 44 ! 37.t------------------- F ---- --- .-i -- ---- - I

12.7 «,n,. (1/2") 1 40 - 521 46

9.S it • (3/U') ! 47 - ? ! '^

4.0 n,n,. (No ,4) ! i - i.l ! S:! r

2.4 mm. (N,.,.11) 70

1 .2 mu,. (tlo , lf,) ! 71 - t.>1 r 7G r

X90 11 if, . No . 30) 76 -. 136 r I3 I !F------------------ I -- --2 ...._ .I - - t

97 un, . ( No . 50) ! 112 -• 90 ! 1t6F-----___- --- - F -- _....._ I .

140 un,. Ua.100) r 07 94 '10,5F-------------..-._ - _....^ _ ._... 1 .. _. t

74 unn. No .200 ) 90 - 9f, r S'3

•I•ABGLA 3 - 1.IMTTGS CRANUM01- TR ICUS

229

Page 22: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

+---------------.---•-----------•--•---...- --•------- -----...---_.-.I.

UENUMINAC10N ! CONTENIUt) UN11AVlU ! l1URE(3f1UUS; USAL'US

TIE CEMENT U Lk /m3] ! EN LA MEZCLA

+--------------+--------------------+-------------------

BM1 ! 40+--------------•I -----------------------

1+M2 50+--------------+-------• ------------.f

1,M3 60

}--------------- F------------------

8M4 70+--------------+--------------------SI

BM5 90+ -------------- i ---------------------BM6 130 !

+--------------+--------------------.-- F

f'9 ( 36;: )

I•'lO (20%)

FA 21 (12;:)

HM7 210F--------------+--------------------•--F------------

BMSO 40}--------------+----------------------

BMS9 60 ! !+---------------+------ _ ----•----•--- I I' 10 (36;:) -P4:' (4..) !

BMS10 ! 90+ -------------------------------------- ----------------------

IMF 11 40----------------------------------- I 1 0 ('24;:) f''i (36;: )

! [IMF 12 60 ! P11 (3':)+-------------- 4------------------- -- --I f'10 (3.i;:) .I'4 (4•'

BMF13 ! 90 I !+--------------+-------------------------___ --- --- !

TABELA 4 - GRADUAcAO DAS MISTURAS

230

Page 23: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

+------+-------+---------------------------i----- ---------------- +--------------ICONTEN.I AGF(EGADU8 [ki/n.3] I I IIEZCLA FRESCA 1 TEMPERATURA

!CEMENf0+----+----+-----{-----+-----+ AQUA 4------ i--------+------4-------

!MEZCLA! ! P8 I P9 ! PlO 1 P42 ! P 11 ![1/n.3 ]! AIRE ' PENS. ! AMP. ' MEZCLA

! !CV,7/m371 ! ! ! } ! ! 1,11 IJ 1/n.3]! [C] [C]

+------+-------+----+----+-----+-----+-----+------+------}---------+------f-------

! HM1 ! 10 ! 5821 875! 679 294 1 --- 1o0 I 1.2 ' 2600 ! 21 ! 20

+------+-------+----+----+-----f------f-----+------+------f--------t------+-------•1 BM2 I 50 ! 581! 0721 679 ! 290 ! --- ! 100 ! 2.0 * 1 2490 t1 20 1 19+------+-------+----+----i ------+-----+-----+------+--------------4------I--- --•8M3 1 60 1 579! 8601 675 290 --- I 108 ! 1 .2 I 2550 ! 20 1 17

------+-------+----+----+-----+-----f-----------+-----

0114 ! 70 ! 577! 8661 673 1 2118 I --- ! 109 1 1.2 2560 1 20 19

+------+-------+----+----+-----+-----+-----+------+-------t--------I------I

! 0115 ! 90 ! 5721 050! 660 1 286 ! --- ! 100 ! 1.2 ' 2560 ! 20.5! 20

+------+-------+----+----+-----+-----+-----+------+------+---------+---- --I-....--

0116 ! 130 1 564! 846! 650 1 282 1 --- I 100 ! 1.2 2530 I 20 I 18

+------+-------+----f-- -i-----i-----f-----+------ i ------ + --- ---- t - t - --

0117 ! 210 ! 547! 0201 637 ! 273 1 --- ' 100 1 1.4 ! 2520 ' 21 ' 19

I------+-------+----+----i------I-----+-----+------+ L------- I-- --- -

BMS8 ! 40 1511Y! 003! 003 90 I - 1 100 1 0.11 2600 ' 20.5' 19

i------+-------+----+---- I------ +-----+-----+------f---- 1 ! -- + ------ •

ECMS9 1 60 1585! 077! 877 197. 6! --- I IOU ! 0.0 ' 2600 1 20.5' 19.5

+------+-------+----+----+-----+-----+-----4------+------I---- ---I -----f ---

! UMS101 90 ! 570! 0071 1307 1 99 ---- ! IOU 1 1.1 1 2610 1 21 1 20

+ - - - - - - + - - - - - - - i - - - - - f - - - - + - - - - - I ----- - - - - - I - - - - - - i - - - -- ... _. _._.I- ....I.... .---

! UMF1I! 10 I 509! 803! 810 1 90 ! 73.6! 1011 ! 1.0 ' .'640 19.5

4 ------+-------4 ----+---- 1 ---- - -+----- I----- f ------ I- - - - - - I--... - 1 - t - - - --BMF121 60 ! 5851 U771 004 ! 70 ' 73 1 100 ! 0.11 ' .1640 ! 21 I 19.5

i------+-------f---- I-•---t----•-i-----+- _ I .. .. --- -

011F13! 80 ! 578! 1167! 795 1 96.41 72.41 100 I 0.1; ' 2640 ! 20 I 20

------ +-------+----+----+-----I----- I-----f------+----- . I --- -'--I----..-+--•---

>f El recirier.te del ar•arato War^hir.htor. :jc con.rlet a rot, z;r•iu:cimadan.ei.te 1 cm do

mortcror lo cue rod ria c:;rlicar el no ajar cor.tcr.ido do sire s mcr.or dcr.sidacresi'trodos.

TABELA 5 - COMPOS14A0 DAS MISTURAS

231

Page 24: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

I ^FN I 4 ^a

U

.'1

I>rr.'

_Jc_. Co

Lr! L')

G c.1

(n t: I.-cl

(/l

c'I

232

Page 25: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

(oavln-;n0v)

0OU 313u O1N31D UOd

R0 . 0n 0

0 0 0 .Y1 4

0i 4

(oav1n4tinov )VSVd 3no ovj-71o uod

0

n

2

0 0

00

233

Page 26: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

recentemente , aprofundados por tecnicos que compoem a Equi ipe Argen-

tina de Investigagao da barragem URUGUA-f tem demonstrado que para

assegurar uma densidade 6tima da mistura compactada com rolo vibra-

torio, a indispensavel, a incorporagao de um minimo de 4% ate um

maximo de 10% de material fino passante por peneira n9 200 (74 mi

crons) de baixo indice de plasticidade.

No caso dos agregados obtidos pela trituragao do basalto, experien-

cias levadas a cabo no sistema de britagem tem demonstrado a impor-

tancia de um correto tratamento dos materiais para obter um produ-

to de 6tima utilizagao e baixo custo de produgao. Portanto,tem que

se levar em conta:

-Ofino produzido durante a britagem do basal to a Np (nao plastico).

-A quantidade de fino produzida em um esquema normal de britagem

formada por um britador primario de mandibula, um secundario e um

terciario conicos a de 10 a 12% da quantidade de areia, que por sua

vez, a aproximadamente de 20% do total dos agregados produzidos.Co-

mo se pode apreciar, 10% de 20% e'2% do total dos materiais, por

esta razao o fino produzido e totalmente incorporado a mistura.

-•Devido a utilizagao do fino (segundo acima), no e necessario pro-

ceder a lavagem dos agregados provenientes da britagem, em conse-

quencia ha uma diminuigao de custos.

-As investigagoes anteriormente mencionadas conduzidas no ambito do

projeto tam demonstrado que, a introdugao de uma maquina no esque-

ma de britagem chamada VFC (Very Fine Crusher) de baixo custo,nem

de alto consumo permite: a) duplicar, no esquema de britagem, a

produgao de areia; b) produzir areia de melhor qualidade e com

maior conteudo de passante na peneira n9 200. Portanto, supondo

obter os 36% de areia com 15% de passante na peneira n9 200,

isto darn 5,4% de fino de basalto passante na peneira n° 200,sobre

o total da areia produzida, que por sua vez pode ser incorporada

totalmente a mistura de concreto rolado, sem necessidade de ser la

vada.

Isto permite afirmar com maior convencimento:

- Concentrar no basalto britado a fonte dos agregados, simplifican-

do a metodologia.

- Nao ter desperdicio de material sobrante em alguns dos tamanhos

respeitando a necessidade de outros.

- Diminuigao de custo e otimizagao de resultados, filosofia primaria

e conceito basico do concreto rolado.

234

Page 27: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

4.4. 3a ETAPA

4.4.1. COMPOSIcAO DOS MATERIALS

Apos o estudo dos materiais e de concluida a la. etapa , se ajustarao

duas misturas , tendo em conta a disponibilidade dos materiais e a

economia para obte-1os.

Uma mistura foi identificada com a sigla PM e tem incorporado 4% de

fino natural; a segunda, identificada como PMG aponta a obter a quan

tidade de fino extraido exclusivamente da areia de britagem.

0 GRAFICO n9 2 mostra as curvas granulometricas e a composigac dos

agregados.

4.2.2. RESISTTNCIA DA COMPRESSAO

No momento, nao se dispoe de um panorama completo de valores, pois

somente se conta com os resultados obtidos aos 90 dias. A TABELA n9

6 e os GRAFICOS 3 e 4 dao os valores e as curvas obtidas no INTI

(Buenos Aires).

A TABELA n9 7 e os GRAFICOS 5 e 6 dao as curvas obtidas no labora-

t6rio da obra.

235

Page 28: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

TABELA 6A - 1'f!• 60 ( "!,IUlIII^: iw I I,,!'n •- CI, !" I I! 1 I I WO

! ! !! I I.t:!t: i . ( (iGI Et: (1I1U^; F L 11/ul3 J

i'iF,'.l'!..fl! (:!.t1• ! ! fll^llll! ! Ul !!':11i,Illl.l.<.; Llel:" I Im..!n1Lt:+...._._._}.....

!I 201111f'20? 1.3IOlF'O.!P101! ! 1f1ti•!liO!,.!ti(1t; 1V! !nI Cli(11

! ! I?:17 1 ?1,% j30%, ! ii` ! 117. ! I !Lllfil'!L11tll'!:1'IILL"lil1 1:

FM--60 60 ! 630 1 657 ! 7'j: ! 176 ! J.0.1 ! 90 ! 1 . ) ! 26"JI 0 12 ,1! ( °

•r (l 11 . ! ►. I 11611, 1) S! !!Fa(Ir(! +----•-1- -_- ► ---_.___.1.__..._..f -..--- --1----- - ! .__..__f.._........1

! ! ! 3 ! 7 1 14 ! :'1! ! .)6 ! 90 J 1) 0 ! 36;, !

! ! C;O1!C'F;C"1 l]1; ! ! G • `.; ! ! /. 9 ! ! 9 • : ! ! !

! ! 0.6 ! !(:iir- :I ! ! 0,7 ! ! 0.7

! II1;10It ! ! 0.7 ! ! 1,1 ! ! 1,:'

1 I LI ! 1 0 • J. U•2 ! 1 0•J. ,130(I 1 ..__.._..

! ! IWIItJI L) !I!: ! ! J r 6 ! ! 3 , 6 ! ! / . h I !Ll_ 1S1 1I1a1.1 ! - .... ! .1 i_. ! ! C /.._ 1 ! I !

GI., I I I 0 .' I ! 0,11 ! I 0•:'_ !

C0 11F!CIUI'I 6,3 I ! y,? ! !

F* I J 21

1 :(CL'IUt; ! ! 0.5 ! 0.13 ! ! ! !

! CI'1l'aj ! ! 0, 1. ! ! 0.O ! I1•

I i101.'UL.U DU ! I 1 • 9 ! ! 7 ! ! 7 . / ! !

f_L_f12I 1C:1,)111,L1( ! CGI'a7 I I 0. ! ! 0.6 ! ! 0.13 ! !

Uc•rl_,i0r ; d2 F'rc,III c'dic) .Je c'..lat,1o c'rl•-;mitt

Cc ur'1'C'Si nn '.• tsio(l 11Ui F'1'O medi ( 1 do t,'1 ' Qf, ow-;,1,10c;-

1 1';'C C 16I '1 ;f'C,1' 0GIII),V C::;i01 C1i;III CL1 ' aI: F'1 , oIIII,dJI) ' I LI'f". cII••i"'r("

I i Cn,r- O CIC C'o111, ; C t • i 1 C i U I 1 . 30 L.UitI(IU ; o I I r, 1,(11)1 La . ; 0C 1;)0 .{0(1 It n..

60 4.(`[! 1, 1 r- 11, f-, (t El .•r')I-i;'t.?t; (11` 250 .. ^r l) - r Ihl'i.

236

Page 29: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

1ABELA 6B- 1,11-YO (Sf GIIt!ll(t I. 11'il'it - W. I I;I 1 I I Y())

1 I I

! I Cl:!tlT. ! r i;i t:GnItO!> CI,^t/m3a!i4L7.LLhI CLfi.!

! ! MI-7LLft 1I ;ESL'El !

! r1lil,l(! ! i'I.II .1 (111111 I.'i/rlto? 1 t! I.;i 34-----^ ._.....-+----- t -----1. .---. I l 3 111 Itl_. I -- .. ---- i . ._...-. I ------.-.._

!1 12, U,1O7!(I'll 10!F 1 O6!I'1011! ! Z ! 1AM. !M., ;, IM11^.11!It!ht'_CLA!t 134 7. ! 30% 1 % 4 % ! ! ! l:l1tll'!11I111 I! 1111 lilt! L'

! 11•-')0! )0 ! 1,16! f]:'.C! 740! 1.73! `)^ 1 ^:; ! 3.01:'b'171:';,;,t\! 1:]10 t Ill

1 1

T(,tl. ! CN;i11Y11C:!I^I;t111!

C(lt1('1<I `.i] (ill t .4! ! ! { /-

! f.111' ; J ! ! 0 .3!1',U (------.._--..---1----- {-. ..

1 Rfl!:1:: 01I ! ! t , '! ! ! ! 1/-! ! Cttf';^7 ! ! 0.2

f Ulllif.:; Ltii; . I

I !11.(1 !t ! 1/- !

. I. -...1-. - i - - I

.!, I SO ! 1C0 !

I ! 1,. I ! . ,t !

0,:! ! ! 0, 1 ' t !

ti(]11111.0 L'I- ! ! 3.4 ! !10 .:' ! !}t,,L U4,; 1 1 I : I 11N I t ! - 1 I / - ! - ! .I / ! ! I .'

I IU I' Z? 7 ! ! 0 . 3 1 .:' ! ! 0 . !t

! L(ri11 I : is:10iI! ! /.0 ! ! ic.• 11 11 .'5! ! ! --- ! 1 /- ! - --- I 1 /-! ! 0... I 1.0

!- . - _ ! I ' ! !

2j0 I ....---_.-...-....-•I•--..-.- -- .__•.{ ---- - + -- {---- .._..{ I._---- -! 11•:6 CC10I1 ! ! ! ! 1,6 ! ! ! !

CI+f'::I ! ! ! I 0.1 ! I I !

! 11011111.1.) III ! ! :1..6 ! !10.11 !17.:'!I:Lr.S11(: Iltrllt! ---- ! I'-- 1 - ! I.'- ! -- -- I 1/- :!

1 1. GI`zl] 0.6

Lirr,si. (1 •l: PT-0Urrlrli ( I Ii' C•It71. rn rt.^, r t(Is.. i

Ccru ra,ic.n ,1 rtru:;Lt1C:: I'rvurgr. liis r.1r ' (.tc cr11:Cr7(Ir,.

I1 rriril l r•or (I c)it,r•rrs ir,r, ,.1S,rtur'i.rr11: I^Ir-IIrrlio rlr trr^Ticrrlf'o G•' CCI111r-z,c .uL1.uI. 30 ri f.` if it Idw; v., 11a 11 r•ir:lL 1 , ; (II' l 10 ; 1f1

60 •;t,•I,trI ail I••rr,I,rtis !. it'

237

Page 30: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

TABELA 6C - I'I'!l 2 -l,r1 (;E(i(JND CI AP - I1I ('1NI 111;'it i

I I ! ! I hl1:(:I fl 1 I.I ^. f;rl !! 11 r;l.! (uIt 1 . ! ((. :M1'U1: WWI ! v -

II

! iiL (; A ! C1.:r{. ! ! r1GUl1 ! ! 111:tt ^111rllil.l.,;,'cin,;..I ! !------

! !! ::'0{s!I';''U;'!I';!10!f'106 ! ! !' lf,ti. !ti(':, Iri1l;II,1(I!ril 'I'I X11!24% 133Z 136% ! 7% ! ! CUt•SI' ! l;,,i!I` ! (,.;KA1 1 . l:

I'M-.••6N I 60 ! 5941 017! 091! 113! 73 ! 1. , 0 !:'165 ! ":;};(? ! 1765 ! 10 !

._.,_.^. ----------- } --------.---------•---------------------•-----------..-..---------..-_.._..._ ----- {

EDAD :!i Was]Mill!W!CC11:; ! .1.----- -{•--•----1 ..-------}---:------ I-----+ -.._....- { _._ .. ....... 1....._ ._.._ !

! 3 ! 7 ! 14 28 ! 56 co ! 1100 I 26L----------- .L ...I.__..----.._.{ ._....__..L._.._.__....L_.._.-----.I ----- I......_.... I -

C u t ' l l " R ::", l i i 1 ! ! ; . 7 ! ! 6.3 ! ! M I ! !

' p 016 1 1 3 I 1 1 1 i!1 ;? -- -- -....- - ....{. - - - - _ L _. _ ........ I 1 _.......... _ .. _ . { !

'I'I',,(::C,I. ! ! 0.6 ! I 1 , 1 ! I l .:;r I _._ L^.._ -! I /- ! •- I /•- I

EI.f'' .j ! 0.0 I I 0.0 ! 0. 1 I010 .I ...........__....----•--....L_........._.1.----- ......... - ! ----- .1 _... ! _.. _..._.._.! _._._.._._ !

1') W 1 1.1I..0 1 I F 1.6 71 0 1 I 1,' !

0.2 ! 1.2 ! 0, 1

C!;iiTE:M(112 ! 5.2 ! I 7.3 ! ! 11.1 ! ! !

! ! CIiI' a`I ! ! 012 ! ! 0 .9 ! 0.1;:• J. I

!' ! 1: 1iI'',aa I ! ! ! 0.1 ! ! ! !

! ril)TIULI:J 1![- ! 1.7 ! ! 4.0 ! I :';.7 !! ! EI_.W T!'CTIIAr'! --- ! +1- I ---- I 1 /- I __...- I 1 /- ! !

(: L; f ' . . : : I ! ! 0.4 ! ! 0.6 ! ! 0 . 3 , ! !

iIPriF 1. ( .1d l l'roGii '•ri) C1 ric •C'li.lt rC) ('.I'13a'JL.Fi.

! ( Ili; rC?'. I II 'r ItiOJ. i'.1J (.i; I''I'i:Jr111':1.11.(.) 1:1C' Ups ('lly; 1:o:..

li:>i-r:7.Q11 Pop Cr)ILpIC i t)I diC4nc: l.I'ni: I'r'UI'iC 'd1.5 d( LP(".•• i?I.S'C;!Jtlu.

I Jl-'i r, 'J': ('.C1111I''i3C`ti:3Cl.C)i : 30 fi("1ufICI('IS 1'•iII I i' 1.1}l' ! ss do 150 ., 300

60 l'L1uI1C1C1S F'aS ra i -' rU i1(' L iJ!1 du . ' O .. 400

238

Page 31: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

TABELA 61) - 1 1 1 0 : ! - ' ^) ( ` I t , [ M l I ( 1 F l ( 1 1 ' i 1 I I L : I . I II I 1 I'.'fl )

1 ! CUM . ! fllil;1:.(;(1111}:: l I. i%I.. ; 1 ! t __.. ! 1 l III'.

11}:I-L'I_n ! 11.t1, ! I n[iurl ! I IIL•t!!;l lit !'I:l <I.'(Ji11.{ 1 ! !

! ! ! 1'2011 ! L'0 ;1 ! 131 0 ! I 1 01 ! ! ! 'f it!1 11(1!; 11f1!" 1 V(1 hI('1.i;1 ! ! 24% ! '.3% 31`x% 1 is ! ! ! CU111' ! 1'0111' !';LI'I 10 ! [:

!P162--90' 90 ! 57 5! 790! 06 2! 168! 75 ! 1,0 !21.1712f00! 1797 ! 17,`.; !} ------- {------- } ___- f -- - -{ ---- ! --__ } ----{ - __ ! __. } _ - - - } --- -i _- - }

T All* n Y 0 :'> ! !

I 1 3 1 7 14 ! 'I ll ! ;f, 90 ! 'I UO :K 6 ;"

C11ill 1'I;I- .̀i1(1t1' ! [1, 1 ! ! I .' . f. ! ! I .' , l ! !

! ! Lh}F'^.I ! ! 0 ,:; ! ! 1,9 ! 1 0. I !

7r;('c 1101! ! ! 1,' ! ! 1 ,v ! ! 2.' I ! !

! 300 - _ __ --- t -- (- -- ; --_.._....} - ... _ t --- .. }. .. - -- ► - -- } _I-I(.)IIUL[1 ![ ! ! 5.3 ! !11 .n ! !];;.!' I ! !

! ! [:L'i'f J ! ! 0 .2 ! ! 1,:; ! ! .:' I ! !

- -J-_- ---I __L__- -1-----}-_•---•F-----1----.----}..---...._I------- I

C [;11 I-•f;L J U1;! ! 1U.^1 ! ! l:'. 3 ! ! ]..!.:! ! ! !

}'14f,a_l ! ! 0 1 I CI, `.; ! 1 I, 2 ! !

i I;ACC10N ! ! ! ! ] .:, ! ! ! !

! Ill' a 'I ! ! ! ! U.:' ! ! ! ! !! 500 i _ __ _ _ ---- ; --------- • H.._..---- l ._...- --i ----- I ------ l _.. - }

Mi)11UL() 1: IF ! ! G,^I ! 1 10. ! 12, 1 ! !LI_fl'I I f:JlI(I[I I /... ! I! C(;f':7 ! I 0 . 1 ! ! 1,U ! ! 1.9 ! ! !

1-U(:' I'1 !, 7 (1:;rJ: 1 ' I, Ill ('(A J . o IBC` (' I I')t.T•U (1111 '> 41!In Si,

(;('l14"vw io, ' J nICJC1u ). O: I'1'Ol C'1ii( 6 o t ri_1s C'111: ;!fO^.,

I I. o(.I.).or 11'01 ' C.W1'-I'C'r'J(III Iliv 1•;') I'1,On,C1fi (. III, LPI, I'IrlT'.II

T 1 ( : ' I ! , I ' i l IJ (! (: w . _ t.it C ] OI1 G,I, Illt1I ; I`.1I, I I" I,oh(,t. `(1(' 1 0 3 O(1

(r0 ,(. t'.111I•i)1'^ I'I'UII ( !L 6o -1;50 :-.00

239

Page 32: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

I Oil = I

TABELA 6E - 1! 1 I 1 1.'.. )

! I O !! , ! I"1l^it!:1)r;IIU i I i.:I; }Il;il ! I ._...._ _. I I.l ^;,. I

It;l:'C:1..!II (:I !i. ! !f)(3lJi}! !lll::;:;l;'.1111'1 .^:II

el t.__....._

.6 7!12.V:!.! ! l; l)ii! '!I:l)t;I'!!;IIL!_It ! !

C;G! G!) 1 L;;.',^;

[I'( ► ItI..s L:dia :.I

I n1S. ! L:tInYG:

! 2 ! 7 ! 14 ! :'. 6 YO ! 1 ', ! '; !

2 3.0 4 J. -1 0 5.0 11-0! ! I:I!I'iiJ ! ! ! ! ! I ! } }(1 4.

1'!:I`I`:l:l L!H ! ! ! ! ! ! I

i L . f;? 1 1 (..!. I ( I LI I I D . 4 ! i. , ^) ! 4 • J ! ,^ . ,), ! j 1 , .: ! f) i (^1 I

!• ► il! I ! ! ! ! ! ! !! 1 , 4 ! 2 . j. ! i ..r ! `1 , i} ! 4 . .I ! 'I , :.,' I I

I I I I I I I I1-;'(;L:C 10 11! 0,2 I 0.3 ! 0.4 ! 0.`, ! 0, . ! !^.^ ! )

! ! L tIl';::I ! ! ! ! ! ! ! ! !

ii(!)1L11_(J LIE ! ! ! ! ! ! ! ! !F.I..A^)1 1.LT0 0LI! 0,;.; ! 1..7 1..'I ! :3. % ! :i.6 ! C..:' ! ! !

} ! I: I"aI I I ! I ! I ! ! !

I. :•ri.J.. i; rt);llf--di c:) (1? c113t.rc) rr1; trr,a.

('')Ia:'1Q,:,1(lI-I '_r I.IC1(.11.11O: Lii. (? 1'1 0

i I ' i ..^ 1 ] ( , :-I ;' (:) f (' ( ' ) I I I }'' 1 ' (-! 1 ! i i I t ? 1, I. i7 J ; V I I I i `.' U .,,^ C 1 C! C.' 1J I1 i1 S, r a 1'a: }- r (;.1c, 1. fZ ti r.1o 1 C' :) ^^'.) Ill (il •' C C) Ci.' .; C' 1I, ...^ ;_.,^.I7, fn:' U d'c' S

:.ICI f.;c? LUl.1..It)^; ill'i) .')•(1)1('1 i1 `.5 ).I (' .:' ':) :I I) ) Ibbi

Illllf;; l'f"i (?t„2I,lo IICtr}(J( C0;I T'U(: i; IfiUf1^L; (Il'` i( 1'l)1'lui:' tO111`i .

I

240

Page 33: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

11 j

32

P

<I q

U) C7 C]

.0 m^^ E IU O Q C. C' 7 _ CVN •J w (T C7 C7

-, 0.j P. ti p W

up w T CIU .--,

V

241

p

Page 34: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

,I..,. I..i .I

CO

0

r-1

r O

ON

(.>

n7N

cn O oD m

o O o O (V c•iN 'O 'U o' l9 [)

7: 1: isrn n. n. 1 n.

d

I . I

242

Page 35: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

E.NSAY05 5O5RE R.C.C.

LASORATORIO DE 05RA

MEZCLA FRE5CA

CONT . AGREGA DO S KS/m3 TEMP

MEZCLAMCE

AGUAAC RE

DENSIDAD ) 1Ij3.

K9^m^ ^^ 1)3^/z ^^ o1 /z- 3/4^^^4 -N 4 ARENA AR F^^^ k,9/A % TAM . MAS.

C

MAC. MEZCLA

CTRITUR. LIMOCOMP OMP. SUELTO

PM. 60 60 550,6 500,6 400,5 775,9 275 , 3 85 1,3 2583 2576 1830 28

TAM. E DAD (DIAS)

SPR 08. fN AYOS7 14 28 9o f8o 365

COMPRE5ION

150 K`g /crrr? 64, 4 80,2

TRACC IONX k9/cm2

300 MOD. DE ELAST.

,!9/Cm?. 60! ^i 76905

COM PR E 5 /ON

250 K9/cmz

x TRACC!ONK$/cmz

500MOD. DE ELAST

K9/cmz

TABELA 7A - ErSALOS SOBRE CONCRETO

- I.ABORATOR 1 O l)A O BRA

243

Page 36: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

ENSAYOS SOBRE R.C.C.

LABORATORIO DE 05RA

M L: ZCLA FRE5C.4

I'1 C ZC L A

CONT. AGREGA DO S A; /r lAGUA

AIREDENS- IDAU /uj

T£MP

CEM.

/^^ /rp3 ^^3 - 1 /z ^4 IN ARENA

TRITUR.

AR F i

LIMO

TAM.

COMP

MA5.

COMA.

MAO.

SUELTO

HELCLA

C

P.M.75 75 547.6 4978 398.2 77/.6 2738 85 to 2579 2588 1823 28

TAM. E DAD (DIAS)

PROB . ENSAYOS3 7 f4 28 90 f80 365

COMPRE51ON

150kS /cm,- 78 8 978

TRACC IONX

k,9/cm2

300 EZ AST.MOD. DE73045 89902

n

WC

COMPRE510Ns

GJC^ kC2/Crn2

TRACCIONKc/cmz

500MOD. DE ELAST.

Kq/cm2

TABELA 7B

244

i

Page 37: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

E-NSAY05 SO8RE R.C.C.

LA eOPATGR )O DE 05 RA

MEZCLA FRE5CA

CONT. AGREGADO5 ks/m3 TEMP

M EZC L A AGUAAI RE

s ,DENS/DAD KCEM.

S- ,i2" %2= 4' ^4u N'4 AREtvAAR.FUJ4

^. _qlfy^ak o TAM.

C

MAS.

COMP

M AS.

S T

MEZCLAO

CTRITi1R . LI MO OMP . UEL O

PM. 70 90 544.5 495.0 396.0 767 2 272 .4 85 /. 3 2577 2602 1800 28

TAM. E DAD (DIAS)

'P,QO13 . USAYOSE,3 7 14 28 90 180 365

COMPRE5ION89 1 108 6

150 K.lcrnZ . .

TRACC ION

xk9

/cmz

300 MOD . DE ELAST

'Wcmz 93300 08956

COMPRESION

250 K2/cmZ

TRACCIONKq/cmz

500MOD. DE ELAST.

Kq /cmz

TABFLA 7C

245

Page 38: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

E.NSAYO S 50 5R E R.C.C.

LABORATORIO DE OBRA

MZZCLA Ff?E5CA

CONT. AGREGA DO S TEMP

M E ZC L A AGUAACRE

DENS!DAb ' /rojCEM.

kg /m3 3"- 172" IV- YV 414 4 ARENAAR.Fi ►Jd

+ •9/m3k %

/TAM.

C

MAS.

COMP

MA5.

S ELT

MEZCLAoC

TRITUR. LIMO OMP. U O

P.MG.Go 60 552.0 501.8 376 3' 903 2^ X75. i 85 1,5 2582 259?_ (790 28

TAM. E DAD (DIA S)

PROB. ENSAYOS

5 7 14 28 90 180 365

COMPRE510N

kk ^cmt 66.9 77.9150

TRACC /ONX k^/cmz

300 MOD. DE ELAS7

VC.-mz 74346 87469

COMPRE510N

250 K-9I crn2

x TRACCIONKQ/crn2

500MOD. DE ELAs;r

K

TABELA 7D

246

Page 39: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

1a

r^7

f7

•f,

f ,iW

Cl

w

r^

v7^^7

X11.nO

-=1 04

O I?

\

rn

1 11 •3-<,1 I

^-- 0l> + q O

p

C) ncn.n ON

1 ( 7c) C) C> C_- c 7 r(t i t) .o rn th l7

i 1n O r r7 u,

247

Page 40: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

I

4.4.3. RESISTENCIA AO CORTE DE JUNTAS-DE CONCRETO COMPACTADO COM

ROLO VIBRATORIO-TRATADAS E SEM TRATAR

4.4.3.1. APRESENTAQAO

0 sistema de construgao de concreto compactado com rolo vibrat6rio

aplicado a uma barragem de gravidade faz frequente a aparigao

de juntas de construgao horizontais: isto a consequencia da colo-

cacao em camadas de reduzida espessura (30 a 80 cm), limitado pelo

rendimento das equipes de compactagao usuais no mercado. A apari-

gao de juntas, introduz na estrutura, pianos potenciais de enf ra-

quecimento, cujo comportamento mecanico a necessario avaliar. Para

se estabelecer uma base adequada para estimar as condigoes de rup-

tura das juntas entre camadas de uma barragem, foi necessario re-

produzir o metodo construtivo sobre corpos de provas de laborato-

rio e idealizar um: e3arw a capaz de simular o estado de tensao na

junta em condigoes de ruptura.

4.4.3.2. PLANO DE JUNTAS

Em fungao das condigoes previsiveis de construgao, se tentou re-

produzir na escala de laborat6rio os possiveis tratamentos de jun-

tas entre camadas de concreto. Com esse fim, se confecionaram cor

por de prova cilindricos de 250 mm de diametro por 500 mm de com-

primento , assumindo sua adequada representativade em fun-

gao da informagao pesquisada.

Os corpos de prova foram compactados ate a metade de sua altura em

2 camadas sucessivas; se reproduzia o tempo de espera especificado

mantendo umida a superficie exposta; aplicava-se o tratamento cor-

respondente e logo ao completar seus volumes, eram conservadas em

condigoes normalizadas de cura ate a idade de ensaio, estabelecida

em 90 dias.

4.4.3.3. TRATAMENTOS APLICADOS

- Sem tratamento: se mantinha umida e limpa a superficie.

- Tipo I: Limpava-se com ar e aguasob pressao)a superficie.

- Tipo II: Colocava-se uma "mistura de bergo" sem tratamento pre-

vio sobre a superficie.

- Tipo III: Aplicava-se o tratamento tipo I e logo se colocava uma

"mistura de berco".

4.4.3.4. EQUIPO DE ENSAIO DE CISALHAMENTO COM COMPRESSAO UNIAXIAL (Ver

FIGURA 7):

0 eneaio esta projetadn de tal forma a representar as condigoes de

248

Page 41: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

FIGURA 7 - ESOULMA DLL E.DU! PO DL EKAN J [ LCjRTL CU?J CNJ1 IIJAMI [N 10

p! ACAS D h.LI CCIGli

(;l;TG UL AI'i.!CACIOI'iiJE CrI'.f;A DF "'Oki

RCTUL i - UNIIVL!?SALI

LI :. r'GJl IJ VlJ I ;' APi-1 CAL" iu1,U._ CP'DGA DL

f

CO TEf

DE

UNIAXIAL

I

I

%0I

i':. i A C 11. ! (;:rt l :.A

-- III Bo r 0i1 .:cl.

!,I'Cil'U Di `LIL'.^dIi UL

249

Page 42: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

I 1 1 1 , 1 n .1 JLI W!'"" is 4 1!

trabalho das juntas horizontais, que se produzem durante a cons-

t rugao em camadas, deste tipo de obra. 0 sistema esta apto para

trabalhar com corpos de prova cilindri co s de 250 mm de diimetro por

500 mm de longitude e sua capacidade a de 250 M. Mediante este

dispositivo e um piano de ensaios que contempla distintas alterna-

tivas de tratamentos e condigoes de exposigao de juntas, se pode

obter uma informagao muito pratica para a adogao das decisoes tec-

nicas adequadas durante a etapa construtiva e o controle posterior

do comportamento da represa.

Q equip* para o ensaio tem um desenvolvimento horizontal a nivel

do piso, obtido mediante a combinagao do acionamento de dois maca-

cos hidraulicos dispostos em diregoes ortogonais entre si, com sis

temas de reagao e suporte constituidos por estruturas de ago anco-

radas numa fundagao de 2 m de espessura (FOTOGRAFIA 1).

Os macacos sao acionados por servomecanismos controlados eletroni-

camente desde um painel de comando centralizado . Podem- se contro-

lar 2 variaveis, o deslocamento do pistao e a carga aplicada (FOTO

GRAFIA 2).

A cabega de transmissao da carga axial se construiu de forma a

garantir o deslocamento lateral do corpo de prova, quando a solici

tada pelo esforgo de corte, diminuindo ao maximo o atrito. Ensaia-

ram-se varias alternativas, adotando-se finalmente como elemento

de transmissao uma placa bergo de ago inoxidavel, neoprene e te-

flon, comprovando- se na pratica os bons resultados do dispositivo.

(FOTOGRAFIA 3).

A centragem da carga axial se obteve mediante uma calota esferica

adicionada a placa de reagao.

A carga de cisalhamento se transmite atraves de uma placa adaptada

a forma do corpo de prova , com interposigao de uma haste trefilada,

cuja fungao a uniformizar a mesma, eliminando ou suavizando picos

de tensoes.

0 sistema de fixagao dos corpos de prova consta essencialmente de

um conjunto de placas de ago convenientemente reforgadas e unidas

por uma pega que tem a forma de uma secgao lateral de um cilindro

oco. 0 conjunto pode mover -se ao longo das guias fixadas na placa

base e ajustar-se convenientemente mediante parafusos ou um sis-

tema simetrico fixo no lado oposto ; desta maneira , se obtem uma fi

xagao pratica e seguro dos corpos de prova (FOTOGRAFIA 4).

250

Page 43: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

FOTOGRAFIA 1 - EQUIPAMENTO DE CISALHA_MENTO

251

Page 44: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

252

Page 45: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

253

Page 46: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

FOTOGRAFIA 4 - SITUAQAO DURANTE 0 ENSAIO

254

i

Page 47: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

A operagao do ensaio e muito sensivel, coloca-se o corpo de prova

no sistema de f.ixagao, obtendo um ajuste uniforme atraves de uma

delgada camada de gesso; uma parte do corpo de prova fica livre de

tal forma que coincida a secgao de ensaio com a linha de carga de

corte.

Antes ao ajuste final, se carrega axialmente o corpo de prova a

fim de evitar deslocamentos previos ou deformagoes que possam afe-

tar os resultados. Uma vez que o gesso esteja endurecido, se pro-

cede ao ensaio propriamente dito, carregando lateralmente com um

dos macacos, controlando por meio de servomecanismos adequados a

velocidade de deslocamento do pistao; enquanto o outro macaco apli

ca a compressao axial especificada, mantendo-a constante durante

todo o ensaio, mediante um sistema similar ao anterior. 0 ensaio

prossegue ate um nivel de carga de cisalhamento para o qual se pro

duz uma diminuigao drastica de absorgao de esforgos por parte do

material considerada esta a situagao de ruptura da pega; a carga

maxima de corte fica registrada na mem6ria do painel de controle

Com a serie de valores dos ensaios se podem obter os parametros de

cisalhamento do material, definindo desta maneira seu provavel

comportamento mecanico frente ao estado de solicitagao estudado.

Durante a etapa de ajuste do equipamento, se mediram: o giro do

corpo de prova no engaste e o giro total da estrutura quando se

aplicava a carga maxima de cisalhamento. Constatou-se que estes

giros nao produziam perturbagao apreciavel nos resultados de en-

saio.

A fim de completar a informagao obtida mediante o ensaio de corte

combLnado com compressao axial descrito anteriormente, resolveu-se

efetuar alguns ensaios de tragao direta sobre corpos de prova ci-

lindricos de igual forma e volume que os empregados no citado en-

saio, e em condigoes similares de elaboragao, tratamento e tempo

de exposigao de juntas.

Como consequencia da analise dos resultados obtidos ate o presente,

tendo em conta as operagoes de ajuste, provas preliminares e medi-

goes adicionais efetuadas; podem-se fazer os seguintes comenta-

rios:

- As curvas de resistencia no plano das coordenadas intrinsecas

($j',j,) tem marcada tendencia linear ate os valores positivos dos

eixos, desconhecendo-se sua forma nos pontos pr6ximos aos de

abscissas proximas a zero , nos pontos da zona onde a

abscissa troca de sinal. Para fins praticos , se poderia adotar

255

Page 48: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

para esta zona uma curva de segundo grau tangente a reta de cor-

relacao (Cg) e que passe pelo ponto de abscissa G (resisten-

cia a tragao direta).

- Os valores obtidos de coesao resultarapi ser da ordem de 1,5 ve-

zes a tra^ao direta.

- A relagao entre a tragao direta e a tragao por compressao diame-

tral resultou ser a observada em concreto de baixo conteudo de

cimento,entre 10% e 15%.

- No se observaram diferencas apreciaveis nas resistencias em fun

ciao dos tempos de exposigao de juntas e da limpeza ou nao com

agua e ar sob pressao das superficies expostas.

- A dispersao observada nos resultados obtidos resultou ser muito

baixa, o que indica tamanho conveniente das amostras e controle

adequado sobre as variaveis operacionais.

- Os ensaios de cisalhamento e tragao direta descrito resumidamente

nao proporcionam informacao suficiente para descrever o comporta

mento real das juntas na barragem, mas que devem ter-se em conta

formando parte do conjunto de informacao global proporcionado pe

lo conjunto dos ensaios de laboratorio, das observagoes de obra e

da experiencia em obras similares , a fim de proporcionar uma

base adequada para estimar as condigoes de colapso.

- Acredita-se que a metodologia e equipamentos aqui descritos sao

aptos para um estudo mais profundo do concreto compactado, com

rolo vibratorio , cujas propriedades mecanicas e fisicas nao se

conhecem todavia com um grau suficiente de certeza para diminuir

drasticamente a quota de empirismo no desenvolvimento de sua tec

nologia.

4.4.4. ELEVACAO DE TEMPERATURA ADIABATICA

Este ensaio , como outros ensaios termicos , foram executados no

laboratorio de ITAIPU BINACIONAL. 0 GRAFICO 7 da clara ilustragao

das curvas de elevagao adiabatica da temperatura.

4.4.5. PERMEABTLIDADE

Tambem estes ensaios estao sendo conduzidos no laboratorio de ITAI

PU. Pode-se apreciar com base no teor de cimento, que os resulta-

dos sao positivos em relagao a outras experiencias no mundo (Ver

GRAFICO 8).

4.5. 4a. ETAPA - Durante o mes de Janeiro de 1987, se executaram 3

lajotas, formadas cada uma das quais de duas camadas, deixando as

juntas expostas, respectivamente, 24 h., 48 h., e 72h., parte das

quais se localizaram sob cobertura e o restante na intemperie.

256

f

Page 49: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

.• 1AI ► ' l n ;VIS%10 r'IE LAUO Rnl-ORKO INSTkUHEI;TMenoC CON .W LE INDUSTIflAL DO CONCF ETO

CI.LVA: ;,'J AIHAUAI Ic1 DL 1 ►ItuGUA - I

N n P.N N N

V

-• A n . q n f h N

I^a^ 'n r-o Np I I'(IIP^O 0 N e .t M ID Na. 1 N 0:j I i0. IO a N n rJ OeI1:° " I Y

40I 1

(r.o pw1101.-.^ elo a ryye 0; l-. .N IND 4

(. NI P 1-Inl tJ

I. _I „

n

wl ^„ ;- o I I't _I <JN . ^. N

T^s^F1tt R^ _. ^

i^ila^iJ ^w^nlnJo. ., ^.' t' i l• i

Ql^I [-'0^1^ I

0'

4

ti

-

s

^

i`IfI

^

Wi

Iu

d

N

t-

P,

I I

xT-I . I I l^` - I P.k ^41. I i I ' x^

l

T N I- .n ^^ t N N •-

al V1101 VI1'11113I.

257

Page 50: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

jut II 10 DIIU(1

REIN UNIUU

UPPE STILLWATERESTA )OS U

SHIMAII ,AWAJAPAO

0

JOHKiAP•

WA:"0

DR

GUA-I

ITAIP

//

/O p X11 All iENFINAT

BRASI tp - v -

TUCIIRUI

ORASIL -~Oa00 C*)A

A lAM^-GAWA

)AP O

Cl

COPPL Rf ICLD

\ AUSTI ALIA

HOLD AM WOOD

I( EINU UNIDO

WILLOW :1117EK

ESIADOS NIUOS

-6

-4

-2

0 100 200 300LEGENDA TEOR DE AGLOMERANTE( KU,M3)

(CIMENTO+MATERIAL POZOLANICO)

O-`NSAIOS DC LADORATORIO- TUCURUI

8-ENSAIOS DE LADORATOFIIO - URUGUA-I

•-ENSAIOS SORRE CAUOFES Dr- OURAS NO ORASIL

O-INF0IIMA(;0C-S DE COR : EZIA DE M . R.UUNSTAN

FIGURA 8 - VALORES DE PERMEABILIDADE

258

Page 51: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

A forma de construcao foi similar a que supostamente se adotara na

obra para a construgao da barragem. Aos 90 e 180 dias, se corta -

rao "damas" sobre as que se realizaram as provas, utilizando-se a

tecnica habitual em mecanica de rochas (ver GRAFICO 9).

0 objetivo fundamental destes ensaios e o de confirmar os resulta-

dos que se obtenham nos ensaios analogos que estao sendo feitos

no INTI, focalizando a atengao nas condigoes determinantes, neste

caso , ate 24 h.

4.6. 5a. ETAPA - CONCRETOS CONVENCIONAIS

Para as fundagoes e o paramento de montante, se busca um concreto

com baixo conteudo de cimento e impermeabilidade de pelo menos

10-10 cm/seg .

Para o vertedouro, o concreto deve ter alta resistencia (fck 210

kg/cm2), alto indice de durabilidade e boa trabalhabilidade

0 concreto de "bergo" tambem requer tamanho max. 19 mm , assentamen

to 18 cm, boa homogeneidade de pasta e alta resistencia.

Todos estes concretos estao em avangada fase de estudo.

4.7. 6a. ETAPA - CONSTRUcAO "IN SITU" DE UM ATERRO EXPERIMENTAL.

Nos 61timos dias de Dezembro de 1986, iniciou-se a construgao em

obra, de um aterro experimental, que terminou junto com as lajotas

para ensaios de cisalhamento nos primeiros dias de janeiro de 1987.

As dimensoes e as caracteristicas do aterro experimental aparecem

nos CROQUIS 10 e os objetivos principais foram: verificar naesca-

la de obra,as condigoes de aptidao das misturas propostas e verifi

car os valores obtidos em laborat6rio.

0 concreto rolado foi produzido em uma central de concreto conven-

cional com betoneira basculante de 3 m3, marca CIFA. Buscou-se a

possibilidade de utilizar os meios e metodos que se utilizaram Pa-

ra a construgao da barragem, desde o transporte a colocagao,desde

seu espalhamento a sua compactagao.

Aos 90 dias, se farao extragoes de testemunhos para proceder aos

ensaios comparativos.

Durante a construcao do aterro, se pode observar principalmente:

- A inadaptabilidade do fino natural (limo) para climas de alta

umidade e frequentes precipitagoes como o da Provincia de Misio-

nes.259

Page 52: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

li,CSI 1

^O^ J nl

IT0

^l

, F n'1

L, ^ e•1

I

IQU

I

lV U C

I^n

260

Page 53: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

I

w

I

0

Ul

U

0.OU w 0

0 h

0V

-

Q 0W

z0

N O

NQ O

wF W U0n,W

WU)

^\ \ \ \ \I

\ \

\

\\ I

^\ \ \ \f

i \ \ II

\

\ \ \ \I\ \_ \ I

0

0Niu

261

Page 54: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

- A facilidade de compactagao que reune a mistura PMG, tambem em

condigoes de excesso de umidade. Se medirao densidades "in situ"

com densimetro nuclear e se compararao com o metodo do cone de

areia, chegando a resultados proximos a 98% da densidade te6rica.

5. COMENTARIOS

Os redatores deste relato , que a distintos niveis e em distintas

taref as tem intervido no desenvolvimento do projeto hidroeletrico

URUGUA-f na Prov. de Misiones, Argentina, tentam resumir os princi

pais elementos de analise e conclusoes alcangados na definigao da

barragem principal em concreto rolado.

0 concreto rolado ja aplicado em varias obras no mundo, ainda nao

conta com uma tecnologia consolidada tal que permita sua aplica -

gao sem maiores duvidas ou indefinigoes.

Nao resta outro caminho a seguir que nao seja apoiar-se em geral,

sobre as experiencias e problemas vividos por outros e cumprir pre

viamente - para o caso particular em analise - uma serie detalhada

de pesquisas, provas de laboratorio e de campo, tais que permitam

assegurar o cumprimento dos condicionamentos que se definam ao lon

go do desenvolvimento dos estudos. Uma boa dose de empirismo,sobre

o caso em analise,e necessaria para chegar a resultados aceitaveis.

Seria muito extenso enumerar todos os aspectos estudados e ensaia-

dos ao longo de aproximadamente 2 anos de trabalho e que ainda de-

vem prolongar-se um ano mais.

Os controles sobre a obra executada darao a certeza se os criterios

de projetos adotados sao corretos.

A equipe de trabalho que projeta esta barragem entende estar no

caminho correto e assim atingir o desenvolvimento e avangar nesta

tecnologia.

0 concreto rolado no a tratado por similaridade a um concreto con

vencional. Conjuga e soma todos os elementos intervenientes, se-

jam tecnicos , como metodol6gicos de construgao e de vida da barra-

gem, uma vez posta em operagao.

0 concreto rolado a um material com caracteristicas e comportamento

proprios , ainda pouco conhecidos. As vantagens ate agora demons-

tradas sao importantes.

9 de se esperar que a leitura deste trabalho seja de interesse

aqueles que estao envolvidos num projeto similar.

262

Page 55: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

6. REFERPNCIAS BIBLIOGRAFICAS

(1) ASTM-C-150 - Specifications for Portland Cement.

(2) Mass Concrete for Dams And Other Massive Structures - ACI -

Committee 207. - ACI - Journal - April, 1970.

263

Page 56: URIIGUA-I: IJMA BARRAGEM - Comitê Brasileiro de Barragens ... BARRAGEM EM CONCRETO ROLADO.pdf · 1, os projetos de barragens em concreto rolado como alternativa valida aos projetos

Imo' I I I I,$ , 1I