URL - Universidade de Coimbra · 2014. 4. 1. · nologia até ao início de 1959. Antes de tratar...
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[Recensão a] Manuel F. Galiano - Diecisiete Tablillas Micénicas
Autor(es): Palmeira, Dias
Publicado por: Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Instituto de EstudosClássicos
URLpersistente: URI:http://hdl.handle.net/10316.2/27199
Accessed : 9-Aug-2021 09:59:40
digitalis.uc.pt
VIII
Em vista, pois, das dificuldades que o problema da geografia da Odisseia ofe
rece e da escassez de elementos de que dispomos para a sua solução, parece não ser
desarrazoada a atitude de Eratóstenes de Cirene, que mencionámos ao princípio.
DIAS PALMEIRA
MANUEL F . GALIANO, Diecisiete Tablillas Micénicas. Consejo Superior
de Investigaciones Científicas, Patronato Menéndez y Pelayo.
Madrid, 1959, tirado a parte de Estúdios Clasicos, pp. 111-228.
A decifração do Linear B por M. Ventris, em 1952, provocara, tanto na Europa
como na América, um recrudescimento das investigações acerca do grego micénico.
Filólogos e helenistas do mundo culto lançaram-se, desde então, com redobrado
ardor ao estudo da gramática, do vocabulário e dos vários problemas filológicos
dessa primitiva língua. Graças a tais esforços, as dificuldades vão-se aplanando,
dia a dia, e esclarecendo pontos obscuros; e, deste modo, torna-se possível, paula
tinamente, 1er os textos descobertos em Cnossos, Pilos e Micenas, de cuja completa
decifração há-de brotar, com certeza, muita luz para o conhecimento não só da civi
lização micémca e dos tempos homéricos, mas também da Grécia clássica. Isto
explica o afã com que se trabalha e o muito que se tem já escrito em livros e revistas
sobre o grego micénico.
A esta numerosa bibliografia vem agora ajuntar-se a obra do Professor da
Universidade de Madrid, Manuel F. Galiano, onde expõe os progressos da Mice-
nologia até ao início de 1959. Antes de tratar das Diecisiete Tablillas Micénicas,
o A. dedica algumas páginas ao estudo do sistema gráfico e das normas de transcri
ção, bem como da fonética, da morfologia e da sintaxe; é um estudo rápido, mas
substancial e muito bem documentado, que fornece valiosos elementos informativos
acerca da natureza e do carácter do grego micénico.
Em seguida, passa à tradução e ao comentário das Tablillas, as quais, como
ele declara, foram escolhidas de entre a colecção publicada por Ventris-Chadwick
em Documents in Mycenaean Greek, em 1956. Sobremaneira interessante é este
comentário. Aqui o A. discute pormenorizadamente as formas, identificação e
significado das palavras, cotejando umas com outras e tomando em consideração
os trabalhos mais recentes sobre o assunto, nos quais se baseia para tirar as conclu
sões, quanto possível, mais razoáveis. Sob este aspecto, o seu comentário parece
K
ainda mais completo e muito mais instrutivo do que o de Ventris-Chadwick, na men
cionada obra.
Por último, é apresentada uma lista de vocábulos de outras Tabuinhas, já regis
tados no vocabulário anexo a Documents in Mycenaean Greek, ilustrados por um
breve comentário e com algumas interpretações novas, bem como uma Nota Final
relativa ao livro de Michel Lejeune intitulado Mémoires de philologie mycénienne.
Première série (Paris, 1958), onde se propõe a leitura dos sinais 34, 35 e 82 e se chega
a novas conclusões acerca de 66, 33, 76 e 78 etc. Além disso, a doutrina sobre as
lábio-velares é aí cuidadosamente examinada, assim como o que diz respeito ao dual
da primeira declinação e a outros problemas micénicos.
Tal é o conteúdo do livro de Manuel F. Galiano. A exposição, concisa e
didáctica, dá uma ideia justa do assunto que versa, a que acresce ainda uma longa
bibliografia sobre temas micénicos; de sorte que o leitor que não seja de todo alheio
a semelhantes estudos pode colher da leitura da obra proveitosos ensinamentos.
Contudo, para melhor se conseguir isto, sobretudo para os que não estão ainda fami
liarizados com a leitura de textos micénicos, não deixaria talvez de ser acertado, se
ao lado das palavras em micénico não se omitisse nunca a cortspondente transcri
ção em grego clássico.
DIAS PALMEIRA
Bacchylídis Carmina cum Fragmeetis post F R . BLASS et G U I L . SUESS
septimum edidit BRUNO SNELL. Lipsiae in aedibus B. G. Teubneri,
1958. 61 + 132 pp.
Pindari Carmina cum Fragmentís edidit BRUNO SNELL. Editio tertia.
Pars prior. Epínicia. Lipsiae in aedibus B. G. Teubneri, 1959.
x + 190 pp.
Pauli Alexandria! Elementa Apotelesmatica edidit A E . BóER. Inter-
pretationes Astronómicas addidit O. NEUGEBAUER. Lipsiae in
aedibus B. G. Teubneri, Î958. xxvi + 181 pp.
Desde que, em 1896, o British Museum adquiriu no Egipto o famoso papiro
A de Baquílides, que o seu Director, Dr. F. G. Kenyon, havia de editar logo no ano
seguinte, um vasto caudal de investigações surgiu para os estudiosos da lírica coral.