Uso da Teoria dos Grafos na Educação Básica

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  • 7/25/2019 Uso da Teoria dos Grafos na Educao Bsica

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    Fabio dos Santos GonalvesRoberto Reis de Oliveira Rossi

    Introduo ao Ensino de Grafos na Educao Bsica

    Barra Mansa - RJ, Brasil

    07 de dezembro de 2007

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    Fabio dos Santos GonalvesRoberto Reis de Oliveira Rossi

    Introduo ao Ensino de Grafos na Educao Bsica

    Monografia apresentada para obteno do Graude Licenciatura em Matemtica pelo CentroUniversitrio de Barra Mansa, UBM, do Rio deJaneiro.

    Orientador:Professor Dr. Ladrio da Silva

    CURSO DEMATEMTICAUBM

    CENTROUNIVERSITRIO DEBARRAMANSA

    Barra Mansa - RJ, Brasil

    07 de dezembro de 2007

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    Monografia do Curso de Matemtica sob o ttulo Introduo ao Ensino de Grafos na Edu-

    cao Bsica, defendida por Fabio dos Santos Gonalves e Roberto Reis de Oliveira Rossi,

    aprovada em 07 de dezembro de 2007, em Barra Mansa, Estado do Rio de Janeiro, pela banca

    examinadora constituda pelos professores:

    Prof. Dr. Ladrio da SilvaOrientador

    Prof. Msc. Mauro Csar de Melo BaptistaCentro Universitrio de Barra Mansa

    Prof. Msc. Laurentino Duodcimo RosadoFernandes

    Centro Universitrio de Barra Mansa

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    Dedicamos esse trabalho aos professores, pais e familia-

    res, pela credibilidade, pacincia, confiana e, acima de

    tudo, o carinho que nos demonstraram ao longo dessa

    rdua caminhada.

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    Agradecimentos

    Agradecemos a todos aqueles que estiveram ao nosso lado ao longo dessa caminhada.

    A coordenadora do nosso curso, Jaqueline, por todos seus esforos para elevar o nvel do

    curso de Matemtica.

    Ao professor Ladrio, pela grande amizade e por todo incentivo que nos deu ao logo do

    curso.

    Aos professores Carlos, Clayton, Luis Antnio, Lda, Lcia e Andr, por todos ensinamento

    que nos transmitiram.

    Aos professores Ansio e Gernimo, e as professoras Beatriz, Evane, Florncia, Danielle e

    Flordlia, por sua significante passagem em nossas vidas.

    Aos professores Mauro e Du pelo interesse e participao em nossa banca de avaliao.

    A professora Lurdinha, por toda a experincia de vida que nos passou, nos mostrando o

    verdadeiro sentido da vida de um educador.

    E, acima de tudo, a Deus que nos levantou em todos os momentos que camos.

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    A preocupao com o prprio homem e seu destino deve

    constituir sempre o interesse principal de todos os esfor-

    os tcnicos... Nunca se esqueam disso em seus diagra-

    mas e equaes.

    Albert Einstein

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    Resumo

    GONALVES, Fabio dos Santos; ROSSI, Roberto Reis de Oliveira. Introduo ao Ensinode Grafos na Educao Bsica. 2007, 117 pginas. Monografia (Licenciatura em Matemtica):Centro Universitrio de Barra Mansa - UBM, Barra Mansa, 2007.

    A Teoria dos Grafos vem se mostrando, ao longo dos anos, como uma importante ferramentana resoluo de problemas, em diversas reas do conhecimento como por exemplo Matemtica,Fsica, Biologia, Logstica, Relaes Humanas e Computao.Desde o Problema das Sete Pontes, muitas descobertas foram realizadas no mbito da Teoria dosGrafos e, conseqentemente, a cada dia surgem mais aplicaes e problemas onde essa teoriapode ser utilizada. Apesar de no ser uma idia nova, relativamente novo o crescente interessepela utilizao da Teoria dos Grafos dentro da educao.Esse trabalho tem o objetivo de sugerir o uso da Teoria dos Grafos na Educao Bsica, abran-gendo o Ensino Fundamental e Ensino Mdio, como ferramenta de auxlio para o ensino daMatemtica. Com esse intuito aplicamos oficinas no Ensino Fundamental e Ensino Mdio e ve-

    rificamos alguns benefcios citados por outros autores, os quais mostram que a Teoria dos Grafostraz enormes vantagens para o ensino de matemtica. A utilizao da Teoria dos Grafos destacaa transversalidade e a valorizao do cotidiano do aluno no ensino, requisitos bsicos do PCN.

    PALAVRAS CHAVE:Teoria dos Grafos. Matemtica. Educao Bsica.

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    Abstract

    GONALVES, Fabio dos Santos; ROSSI, Roberto Reis de Oliveira. Introduction at Te-aching of Graph in Basic Education. 2007, 117 pages. Monograph (Mathematic Licentiate):Center University of Barra Mansa - UBM, Barra Mansa, 2007.

    The Graph Theory has been showing, along the years, as an important tool in problems reso-lution, in several areas of acknowledge as Mathematics, Physics, Biology, Logistics, HumanResources and Computer Science.Since the Seven Bridges Problem, many discoveries were achieved in the scope of the GraphTheory and, consequently, each day arise more applications and problems where this theory hasbeen used. Despite of not being a new idea, it is relatively new the crescent interest by the utili-zation of the Graph Theory inside education.This work has the subject to suggest the use of the Graph Theory inside Basic Education, sincethe Fundamental School and High School, as an auxiliary tool for the teaching of Mathematicslearning. With this intention we apply workshops in Basic Education and High School and verify

    some benefits cited for other authors, which they show that the Graph Theory brings enormousadvantages for education of mathematics. The use of the Graph Theory detaches the transversa-lity and the valuation of the daily one of the pupil in education, basics requirements of the PCN.

    KEYWORDS:Graph Teory. Mathematic. Basic Education.

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    Sumrio

    Lista de Figuras

    1 Introduo 17

    1.1 Objetivo deste trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

    1.2 Estrutura da monografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

    2 A Histria da Teoria dos Grafos 20

    3 Grafos - Conceitos e Definies 24

    3.1 O que um grafo? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

    3.2 Grafo simples, no orientado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

    3.2.1 Terminologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

    3.3 Grafo Orientado ou Digrafo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

    3.4 Definies . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

    3.5 Grafo Valorado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30

    3.6 Algumas Propriedades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

    3.6.1 Grau dos Vrtices . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

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    3.6.2 Grafos Completo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

    3.6.3 Circuitos e Ciclos em um Grafo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

    4 Representao de Grafos 33

    4.1 Representao Matricial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

    4.1.1 Matriz de Adjacncia de um grafo simples . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

    4.1.2 Matriz de Adjacncia de um grafo direcionado . . . . . . . . . . . . . . 35

    4.1.3 Matriz de Incidncia de um grafo simples . . . . . . . . . . . . . . . . . 36

    4.1.4 Matriz de Incidncia de um grafo direcionado . . . . . . . . . . . . . . . 37

    4.2 Representao atravs de listas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38

    4.2.1 Lista de Adjacncia para grafos simples . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38

    4.2.2 Lista de Adjacncia para grafos orientados . . . . . . . . . . . . . . . . 39

    5 Grafos na Educao 41

    5.1 O que diz Piaget? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42

    5.1.1 Operacional-Concreto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43

    5.1.2 Operacional-Abstrato . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44

    5.2 O que diz a Lei? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46

    5.2.1 O PCN, a LDB e as Orientaes Curriculares . . . . . . . . . . . . . . . 46

    6 Relato da pesquisa 50

    6.1 Oficina no Ensino Mdio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50

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    6.2 Oficina no Ensino Fundamental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57

    7 Concluso e Trabalhos Futuros 66

    Referncias Bibliogrficas 68

    Apndice A -- Atividades para o ensino fundamental 70

    A.1 Os trs servios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71

    A.2 As sete pontes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73

    A.3 Passando o lpis apenas uma vez . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75

    A.4 Viajando pelo mundo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76

    Apndice B -- Atividades para o ensino mdio 77

    B.1 Caminho de custo mnimo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78

    B.2 Representao matricial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80

    Apndice C -- Oficinas 81

    Apndice D -- Testes Aplicados 98

    Anexo A -- Questionrios e Depoimentos 104

    Anexo B -- Fotos das Oficinas 116

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    Lista de Figuras

    2.1 Representao da cidade de Konigsberg e as pontes. . . . . . . . . . . . . . . . . 21

    3.1 Grafo representando o problema das sete pontes. . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

    3.2 Uma representao do grafo G da definio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

    3.3 Exemplo do grafo no orientado da definio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

    3.4 Exemplo do grafo orientado da definio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

    3.5 Representao do multigrafo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

    3.6 Exemplo de um grafo 2 regular: todos os vrtices possuem grau 2. . . . . . . . 30

    3.7 Exemplo de um grafo nulo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30

    3.8 Exemplo de um grafo completo de grau 4,K4. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30

    3.9 Exemplo de um grafo simples valorado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

    4.1 Grafo para representao matricial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34

    4.2 Grafo orientado para representao matricial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

    4.3 Grafo simples para representao da Matriz de Incidncia. . . . . . . . . . . . . 36

    4.4 Grafo orientado para representao da Matriz de Incidncia. . . . . . . . . . . . 37

    4.5 Grafo simples para representao da Lista de Adjacncia. . . . . . . . . . . . . . 39

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    4.6 Grafo orientado para representao da Lista de Adjacncia . . . . . . . . . . . . 39

    6.1 Mapa utilizado na atividade: Buscando o Caminho de Custo Mnimo . . . . . . . 51

    6.2 Grfico da 1a questo pr-teste: J estudou matriz em Matemtica ou em outra

    disciplina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52

    6.3 Grfico da 2a questo pr-teste: J ouviu falar sobre a Teoria dos Grafos . . . . . 52

    6.4 Grfico da 3a questo pr-teste: Conhece alguma funo para matrizes . . . . . . 53

    6.5 Grfico da 4a questo pr-teste: J ouviu falar sobre algum dos assuntos . . . . . 53

    6.6 Grfico da 5a questo pr-teste: Quais dos assuntos esto relacionados com a

    Matemtica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54

    6.7 Grfico da 1a questo ps-teste: Conhece pelo menos uma aplicao para a Teo-

    ria dos Grafos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55

    6.8 Grfico da 3a

    questo ps-teste: A Teoria dos Grafos tem alguma relevncia nocotidiano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56

    6.9 Grfico da 4a questo ps-teste: Gostou da oficina . . . . . . . . . . . . . . . . . 56

    6.10 Grfico da 5a questo ps-teste: Problema mais interessante . . . . . . . . . . . 57

    6.11 Oficina OEF001 - 6a srie do Ensino Fundamental . . . . . . . . . . . . . . . . 58

    6.12 Oficinas OEF001 e OEF002 - aplicadas num evento livre . . . . . . . . . . . . . 59

    6.13 Grfico da 1a questo oficna em sala: Gostou da oficina . . . . . . . . . . . . . . 60

    6.14 Grfico da 2a questo oficna em sala: Fez atividades semelhantes a essa oficina . 60

    6.15 Grfico da 3a questo oficna em sala: Atividade que mais gostou . . . . . . . . . 61

    6.16 Grfico da 4a questo oficna em sala: Gosta das aulas tradicionais de Matemtica 61

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    6.17 Grfico da 5a questo oficna em sala: Mais oficinas como essa no ensino da

    Matemtica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62

    6.18 Grfico da 1a questo evento livre: Gostou da oficina . . . . . . . . . . . . . . . 62

    6.19 Grfico da 2a questo evento livre: Fez atividades semelhantes a essa oficina . . . 63

    6.20 Grfico da 3a questo evento livre: Atividade que mais gostou . . . . . . . . . . 63

    6.21 Grfico da 4a questo evento livre: Gosta das aulas tradicionais de Matemtica . 64

    6.22 Grfico da 5a questo evento livre: Consegue ver relao do contedo no cotidiano 64

    C.1 OEF001 - Pg. 01 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83

    C.2 OEF001 - Pg. 02 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84

    C.3 OEF001 - Pg. 03 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85

    C.4 OEF001 - Pg. 04 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86

    C.5 OEF002 - Pg. 01 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87

    C.6 OEF002 - Pg. 02 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88

    C.7 OEM001 - Pg. 01 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89

    C.8 OEM001 - Pg. 02 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90

    C.9 OEM001 - Pg. 03 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91

    C.10 OEM001 - Pg. 04 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92

    C.11 OEM001 - Pg. 05 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93

    C.12 OEM001 - Anexo - Pg. 01 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94

    C.13 OEM001 - Anexo - Pg. 02 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95

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    C.14 OEM001 - Anexo - Pg. 03 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96

    C.15 OEM001 - Anexo - Pg. 04 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97

    D.1 OEF001 - Questionrio - Pg. 01 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99

    D.2 OEF002 - Questionrio - Pg. 01 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100

    D.3 OEF001 e OEF002 - Questionrio - Pg. 01 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101

    D.4 OEM001 - Pr-teste - Pg. 01 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102

    D.5 OEM001 - Ps-teste - Pg. 01 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103

    A.1 Oficina: OEM001 - Ps-Teste respondido - 01 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105

    A.2 Oficina: OEM001 - Ps-Teste respondido - 02 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106

    A.3 Oficina: OEM001 - Ps-Teste respondido - 03 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107

    A.4 Oficina: OEM001 - Ps-Teste respondido - 04 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108

    A.5 Oficina: OEF001 - Questionrio: Jaqueline, 12 anos, 6a srie . . . . . . . . . . . 109

    A.6 Oficina: OEF001 - Questionrio: Vanderson Alves, 13 anos, 6a srie . . . . . . . 110

    A.7 Oficina: OEF001 e OEF002 - Questionrio: Ana Carolina, 14 anos, 8a srie . . . 111

    A.8 Oficina: OEF001 e OEF002 - Questionrio: Alissani Amaral, 14 anos, 8a srie . 112

    A.9 Oficina: OEF001 e OEF002 - Questionrio: Thassiana Pereira, 14 anos, 8a

    srie . 113

    A.10 Oficina: OEM001 - Depoimento: Aluno do curso de 3o ano - Processamento de

    Dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114

    A.11 Oficina: OEM001 - Depoimento: Aluno do curso de 3o ano - Processamento de

    Dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114

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    A.12 Oficina: OEM001 - Depoimento: Aluno do curso de 3o ano - Processamento de

    Dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114

    A.13 Oficina: OEM001 - Depoimento: Aluno do curso de 3o ano - Processamento de

    Dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114

    A.14 Oficina: OEM001 - Depoimento: Aluno do curso de 3o ano - Processamento de

    Dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115

    A.15 Oficina: OEM001 - Depoimento: Aluno do curso de 3o ano - Processamento de

    Dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115

    A.16 Oficina: OEM001 - Depoimento: Aluno do curso de 3o ano - Processamento de

    Dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115

    A.17 Oficina: OEM001 - Depoimento: Aluno do curso de 3o ano - Processamento de

    Dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115

    A.18 Oficina: OEM001 - Depoimento: Aluno do curso de 3o ano - Processamento de

    Dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115

    B.1 Entrada do Colgio Delci Horta, onde foram aplicadas duas oficinas . . . . . . . 116

    B.2 Aplicao da oficina OEM001, para alunos da 6a srie . . . . . . . . . . . . . . 116

    B.3 Alunos da 6a srie realizando a oficina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117

    B.4 Aplicao da oficina OEM001 e OEM002 para alunos do ensino fundamental . . 117

    B.5 Acadmicos aplicando as oficinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117

    B.6 Alunos do ensino fundamental participando das oficinas . . . . . . . . . . . . . . 118

    B.7 Demonstrao dos mapas utilizados na atividade de Busca do Caminho Mnimo . 118

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    B.8 Professores do UBM e alunos da oitava srie do colgio Delci Horta . . . . . . . 118

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    1 Introduo

    A sociedade humana evolui constantemente, da produo de alimentos at as viagens es-

    paciais. O surgimento de novas formas de tecnologia como os computadores e a Internet tem

    provocado uma profunda mudana no nosso meio de vida. Novos valores e conceitos surgem

    todos os dias, enquanto outros so esquecidos e caem em desuso. Praticamente todas as reas da

    sociedade evoluem, ao mesmo tempo, para se adaptar as rpidas mudanas. Porm, dentre essas

    diversas reas, existe uma que parece ser a mais resistente a essas mudanas. E essa rea deve-

    ria, ao contrrio, ser aquela que mais facilmente se adaptaria s constantes mudanas, pois ela

    exatamente a rea responsvel pela maior parte da formao da sociedade e de seus indivduos.

    Essa rea a da Educao.

    Justamente por ser uma rea que prepara o indivduo para sua vida no meio social, a educao

    precisa constantemente se ajustar s novas tecnologias, s inovaes da sociedade. Exatamente

    pensando nessas necessidades que esse trabalho vem propor a introduo de um novo saber no

    contedo da educao bsica, a Teoria dos Grafos.

    A Teoria dos Grafos surgiu por volta de 1700 e, desde ento, vem passando por profundas

    mudanas. Cada vez mais problemas so explorados do ponto de vista da Teoria dos Grafos.

    Desde o problema que originou tal teoria, o Problema das Sete Pontes, muito tem se discutido

    sobre a Teoria dos Grafos e suas aplicaes. Hoje em dia ela est presente em vrias reas do

    conhecimento humano. Da biologia logstica, da fsica computao, das relaes humanas

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    1.1 Objetivo deste trabalho 18

    navegao, cada vez mais a Teoria dos Grafos aparece como ferramenta de auxlio para a

    resoluo de vrios problemas existentes nessas reas.

    Na educao, pelo menos no Brasil, isso no acontece com tanta freqncia. Pouco tem se

    falado sobre a utilizao dos seus conceitos nas diversas fases da vida escolar dos estudantes.

    Mesmo se mostrando extremamente til, comum ver professores que desconhecem parte ou

    totalmente a Teoria dos Grafos, chegando ao ponto extremo de confundir a palavra grafo com

    grfico. Apesar de no existirem muitos esforos direcionados para a aplicao da Teoria dos

    Grafos na educao, parece que os poucos esforos tm, agora, comeado a dar resultado. Umaprova disso um recente documento, publicado pelo MEC (Ministrio da Educao e Cultura),

    que sugere, pela primeira vez, a utilizao de grafos na educao (EDUCAO, 2006).

    1.1 Objetivo deste trabalho

    O objetivo do trabalho exatamente propor a utilizao da Teoria dos Grafos no ensino

    mdio e fundamental, ora ligando-a outros contedos como ferramenta de auxlio, ora apenas

    incentivando a investigao dos vrios problemas tratados por essa teoria para os alunos. Espe-

    ramos, com isso, contribuir com uma parcela mnima para uma melhor formao do cidado,

    dando a esse mais opes e facilitando sua prtica da cidadania.

    1.2 Estrutura da monografia

    No captulo 2 apresentada uma pequena parte histrica da Teoria dos Grafos, citando alguns

    de seus famosos problemas.

    No captulo 3 sero apresentados os elementos mais comuns dos grafos assim como os prin-

    cipais conceitos dessa teoria.

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    1.2 Estrutura da monografia 19

    No captulo 4 sero mostradas algumas formas de representao dos grafos.

    No captulo 5 apresetado os aspectos que ligam a Teoria dos Grafos educao, mensio-nando as idias de Piaget e a fundamentao da lei para essa prtica.

    No captulo 6 sero relatadas as as pesquisas de campo realizadas, levantando os aspectos

    positivos e negativos de cada experincia, alm dos resultados obtidos.

    Por fim, no captulo 7 ser apresentado um balano geral do trabalho, exibindo os aspectos

    positivos e negativos das prticas sugeridas e o planejamento para os trabalhos futuros dentro

    desse tema.

    Nos apndices, sero descritas as oficinas e atividades sugeridas para a prtica da Teoria dos

    Grafos no ensino fundamental e mdio, que podero servir de modelo para outras pesquisas.

    Os anexos iro conter fotos, testes e depoimentos dos alunos referentes as atividades reali-

    zadas.

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    2 A Histria da Teoria dos Grafos

    Considera-se que a Teoria dos Grafos surgiu no sculo XVIII (PENHA, 1983, pp. XX),

    quando Leonhard Euler interpretou e deu uma soluo para o problema das sete pontes de K-

    nigsberg (atual Kaliningrado na Russia). Nessa cidade, que era cortada pelo rio Pregel, existiam

    duas ilhas que eram interligadas entre si por uma ponte e com as margens por seis outras pontes

    (quatro em uma ilha e duas na outra). No demorou muito para que os habitantes mais ob-

    servadores da cidade, e acostumados a passear por toda a cidade atravessando suas pontes, se

    perguntassem: "existe um percurso no qual se possa percorrer toda a cidade, atravessando todas

    as suas pontes, mas sem repetir nenhuma dessas pontes?". Ou seja, partindo de um ponto da

    cidade, possvel passar por todas as pontes uma nica vez e voltar ao ponto de origem? Euler

    provou que tal fato s seria possvel se cada uma destas reas possusse um nmero par de pontes

    partindo dela. Segue uma representao da cidade destacando as pontes:

    Euler enunciou seu teorema em trs regras:

    Se h mais de duas reas s quais leva um nmero mpar de pontes, ento taljornada impossvel. Se entretanto, o nmero de pontes mpar para exatamenteduas reas, ento esta jornada possvel se comear em qualquer dessas reas.Se, finalmente, no existem reas s quais levam um nmero mpar de pontes,ento a jornada requerida pode ser realizada iniciando-a a partir de qualquerrea.(PENHA, 1983)

    Nos dias atuais, chama-se de circuito de Euler ou Caminho Euleriano todos os grafos que

    possuem tal caracterstica. O problema das sete pontes de Koningsberg formulado por Euler,

    considerado tambm um dos primeiros resultados topolgicos na geometria, pois no depende

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    2 A Histria da Teoria dos Grafos 21

    Figura 2.1: Representao da cidade de Konigsberg e as pontes.

    de qualquer medida. Com isso, ilustra-se a profunda conexo entre a Teoria dos Grafos e a

    Topologia1 (PENHA, 1983).

    Outro matemtico que se destacou na Teoria dos Grafos foi Willian Rowan Hamilton que

    em 1859 props um jogo que mas tarde ficaria famoso. Consistia em um dodecaedro planificado

    e tinha como objetivo, passar uma nica vez por cada vrtice da figura. Esta caracterstica, que

    algumas representaes de grafos possuam, ficou conhecida como ciclo Hamiltoniano. Todo

    grafo que possui tal caracterstica chamado de grafo hamiltoniano (SANTOS et al., 1998).

    Pode-se destacar ainda, Kirchhoff que, em 1847, utilizou grafos para estudo de circuitos eltricos

    e Arthur Cayley matemtico ingls que, em 1857, fazia pesquisas na rea de qumica orgnica.

    Ambos foram os precursores do conceito de rvore em grafos, que consiste em um grafo com um

    nico caminho entre suas extremidades (FREITAS, 2007). Ao longo da histria da matemtica,

    1Do gregotopos, forma, elogos, estudo - "estudo das formas", uma parte da matemtica que estuda as proprie-dades geomtricas que no variam mediante uma deformao, A definio da topologia explicita os relacionamentosespaciais entre os objetos atravs de um processo matemtico (INPE, 2007)

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    2 A Histria da Teoria dos Grafos 22

    surgiram vrios outros problemas clssicos relacionados a teoria dos grafos, segue-se a definio

    de dois deles:

    Problema da Colorao de Mapas ou Problema das Quatro Cores- Surgiu em 1852

    quando Francis Guthrie, um estudante Ingls de direito, perguntou a seu irmo Frederick,

    estudante de Matemtica, quantas cores eram necessrias para colorir um mapa sem que

    pases com fronteiras em comum tivessem cores iguais. Francis j havia realizado alguns

    testes e achava que quatro cores seriam suficientes. Frederick levou ento o problema ao

    conhecido matemtico Augustus De Morgan, que foi que enunciou matematicamente o

    problema, chamando-o de Conjectura de Gunthrie. Apesar disso, De Morgam no con-

    seguiu resolver o problema e o enviou a Hamilton, que tambm no conseguiu encontrar

    a soluo. A partir desse fato, o problema se tornou um dos mais famosos da histria da

    Matemtica. Vrios matemticos, ao longo desses anos, tentaram resolver sem sucesso

    o problema das quatro cores, dentre eles pode-se destacar: Herman Minkowski, que foi

    professor de Eistein, Alfred Kempe, que tambm era um advogado apaixonado por Ma-

    temtica e que, em 1879, publicou um teorema chamado Mtodo das Correntes, que

    chegou a ser comemorado como a soluo para a Conjectura de Gunthrie, porm, alguns

    anos mais tarde, foram encontrados erros no teorema, erros estes que Kempe no con-

    seguiu resolver. Mas foram os matemticos Kenneth Appel e Wolfgang Haken que, 124

    anos depois da enunciao do problema, resolveram a Conjectura de Gunthrie com o uso

    intenso de computao, mtodo esse que no muito bem aceito pelos matemticos mais

    puristas (Seara da cincia, 2007).

    Problema do Carteiro Chins- que partiu de uma questo levantada pelo matemtico

    chins Mei-Ko Kwan, baseada no Problema das Sete Pontes de Euler, que dizia: Dado

    que impossvel atravessar cada ponte exatamente uma vez e retornar para o ponto de

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    2 A Histria da Teoria dos Grafos 23

    partida, qual o nmero mnimo de travessias redundantes que preciso fazer?. Kwan

    desenvolveu um teorema em que os arcos do grafo representavam trechos de ruas que um

    carteiro deveria percorrer para entregar as cartas e o carteiro deveria percorrer estas ruas

    (arcos) com o menor esforo possvel, ou seja, que a distncia percorrida para entregar tais

    cartas seja a mnima possvel.

    Existem outras variaes deste problema como o Problema do Caixeiro Viajante e o Pro-

    blema do Caminho de Custo Mnimo (FREITAS, 2007).

    A Teoria dos Grafos foi considerada por muito tempo uma rea morta da Matemtica. Pode-

    se citar com exemplo, o fato de o primeiro livro sobre o assunto s ter sido publicado em 1936,

    e s tomou fora realmente nos anos 50, com o surgimento da Computao, uma rea que uti-

    liza intensamente a Teoria dos Grafos, desde o funcionamento bsico de um computador at o

    desenvolvimento de complexos algoritimos, como desenvolvimento de jogos. Em contrapartida,

    a computao tambm ajudou muito a Teoria dos Grafos, processando clculos para a resoluo

    de alguns complexos problemas, como por exemplo o da colorao de mapas. O ano de 1969,

    foi um marco importante para a teoria dos grafos, quando foram publicados cerca de 500 artigos

    sobre o tema, que totalizaram cerca de 2000 referncias e que fizeram surgir vrias publicaes

    sobre o assunto, como o livro "Reviews of graph theory (Reviso sobre teoria dos grafos), publi-

    cado no inicio dos anos 90 contendo um resumo de trabalhos publicados at o final da dcada de

    80 (NASCIMENTO; SILVA, 2007).

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    3 Grafos - Conceitos e Definies

    3.1 O que um grafo?

    Quando busca-se uma definio formal para um grafo, encontra-se em um grande problema:

    no existe um padro para a nomeclatura da maioria dos elementos de um grafo. Por exemplo,

    muito comum ver autores que utilizam a letraEpara definir as arestas (do inglsEdge). J

    outros autores utilizam a letraA, para essa definio.

    Um outro exemplo de confuso, quanto ao padro, a definio dos termosCaminho,Ciclo,

    Circuitoe Trilha. Pode-se parecer uma coisa simples, mas essa situao gera grandes transtor-

    nos quando se busca uma definio formal para um grafo, principalmente no entendimento de

    conceitos mais profundos da teoria.

    Devido a essa falta de padro, optou-se neste trabalho por utilizar a definies utilizadas

    pela maioria das fontes pesquisadas.

    A definio para um grafo, geralmente, costuma ser de difcil compreenso. Segundo Schei-nerman (SCHEINERMAN, 2004), a visualizao de uma situao problema onde a Teoria dos

    Grafos pode ser utilizada, costuma ser de grande ajuda para facilitar o entendimento de uma

    definio. Vejamos um exemplo disso. Imagine o problema que originou a Teoria dos Grafos,

    "O Problema das Sete Pontes", que consiste, basicamente, em atravessar toda a cidade, passando

    por todas as pontes, porm sem repetir nenhuma delas. A Figura abaixo, a representao na

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    3.1 O que um grafo? 25

    forma de grafo mais clssica para este problema:

    Figura 3.1: Grafo representando o problema das sete pontes.

    Uma proposta de atividade para um exerccio como esse poderia ser, por exemplo, o de se

    tentar contornar toda a figura sem tirar o lpis do papel, e sem repetir nenhum dos caminhos.

    Isso no parece sem importncia? Agora imagine uma situao mais complexa, onde voc o

    responsvel pelo recolhimento de lixo de uma pequena cidade. Essa cidade conta com apenas um

    caminho de lixo, e possui vrias ruas para realizar o recolhimento. Definir uma melhor rota paraessa tarefa, a mais rpida, ou mais econmica, pode ser uma estratgia decisiva para a economia

    e infra-estrutura dessa pequena cidade. Agora voc pode perceber melhor a importncia desse

    "frvolo"problema? Segundo Scheinerman, uma definio formal para um grafo seria:um grafo

    um par G = (V,E), ondeV um conjunto finito e E um conjunto de subconjuntos de

    dois elementos deV.

    Analise agora agora o exemplo abaixo, para compreender melhor essa definio:

    G= ({1,2,3,4,5,6,7},{{1,2},{1,3},{2,3},{3,4},{5,6}})

    Aqui,V um conjunto finito {1,2,3,4,5,6,7}e E um conjunto que contm cinco sub-

    conjuntos de dois elementos de V:{1,2},{1,3},{2,3},{3,4},{5,6}. Portanto,G= (V,E) um

    grafo.

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    3.2 Grafo simples, no orientado 26

    Veja agora, uma representao para o grafo G:

    Figura 3.2: Uma representao do grafo G da definio.

    No sero poucas as definies para grafo encontradas na literatura, alm disso, diferentes

    tipos de Grafos recebem definies diferentes. Como a definio citada acima bem genrica,

    vamos mostrar algumas definies mais especficas, para tipos de grafos diferentes. Neste traba-

    lho, resolveu-se adotar as definies utilizadas pela professora PhD Fabola Gonalves Pereira

    Greve, do Departamento de Cincia da Computao da Universidade Federal da Bahia.

    3.2 Grafo simples, no orientado

    Conforme Greve (GREVE, 2007), um grafo G(V,E) um conjunto finito no vazio Ve um

    conjuntoEde pares no-orientados de elementos distintos deV, onde:

    V um conjunto de vrtices;

    E um conjunto de arestas;

    Vejamos um exemplo de grafo para essa definio:

    Notao:

    1. Chamamos de|V|o nmero de vrtices representado por n, se n=|V|. E|E| o nmero

    de arestas representado porm, isto m=|E|;

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    3.3 Grafo Orientado ou Digrafo 27

    Figura 3.3: Exemplo do grafo no orientado da definio

    2. Cada aresta e pertencente ao conjunto Eser denotada pelo par de vrtices (x,y) que a

    forma. Dizemos que os vrticesxeyso extremos (ou extremidades) da aresta e.

    3.2.1 Terminologia

    interessante notar as seguintes terminologias:

    Vrtices adjacentes - dois vrtices xe yso ditos adjacentes se existe uma aresta eos

    unindo;

    Vrtices incidentes- os vrticesuevso ditos incidentes na aresta e, se eles so extremos

    dee;

    Arestas adjacentes - duas arestas so adjacentes se elas tm ao menos um vrtice em

    comum;

    Arestas incidentes- a arestae= (x,y) incidente a ambos os vrticesxey;

    3.3 Grafo Orientado ou Digrafo

    Um digrafoD(V,A) um conjunto finito no vazioVe um conjuntoAde pares ordenados

    de elementos deV. Ao conjuntoA, d-se o nome de arcos. (GREVE, 2007)

    Chama-se arco de xpara yquando o primeiro elemento do par x e o segundo y. Um

    exemplo para esta definio seria:

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    3.4 Definies 28

    V={1,2,3,4}

    A={(1,3),(1,4),(3,1)(3,2),(4,2)}.

    Pode-se ver esse grafo na Figura 3.4.

    Figura 3.4: Exemplo do grafo orientado da definio.

    ATENO: importante notar aqui, que os segmentos que unem os vrtices nos grafos

    no orientados recebem o nome dearestas(E), e os segmentos que unem os vrtices nos grafos

    orientados recebem o nome dearcos(A).

    3.4 Definies

    Vamos ver algumas definies:

    Lao- uma aresta formada por um par de vrtices idnticos;

    OBS.: Para permitir uma aresta deste tipo (e= (x,x)) basta relaxar a definio de grafo(anterior) retirando a condio de serem elementos distintos.

    Arestas mltiplas ou paralelas- quando existe mais de uma aresta entre o mesmo par de

    vrtices.

    OBS.:Para permitir uma aresta deste tipo basta substituir na definio anterior, o conjunto

    de arestas por multiconjunto de arestas.

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    3.4 Definies 29

    Multigrafo- um grafo que permite a existncia de arestas mltiplas.

    Exemplo:G: V= {1,2,3,4};E= {(1,1),(1,2), (1,3),(2,1),(2,3),(3,1),(3,2),(3,3)(3,4)}

    Figura 3.5: Representao do multigrafo.

    Grau de um vrtice- o grau de um vrtice v pertencente aV, denotado por grau(v) o

    nmero de arestas que incidem emv, ou o nmero de vrtices adjacentes av;

    OBS.:Um lao conta duas vezes para o grau de um vrtice. No grafo da Figura 3.5: Grau

    V(1) =6.

    Grau mximo e mnimo- o maior e o menor grau encontrado entre os vrtices de umgrafo. O grau mximo de um vrtice emGse denota por(G), e o grau mnimo de um

    vrtice emG denotado por (G), (SCHEINERMAN, 2004, p.1);

    Exemplo:No grafo da Figura 3.5: (G) =7 e (G) =1.

    Vrtice isolado- qualquer vrtice de grau zero;

    Vrtice terminal- qualquer vrtice de grau 1;

    Exemplo:No grafo da Figura 3.5: V(4).

    Grafo k-regular- segundo Abreu (ABREU, 2007), G chamadografo regular de grau

    kouk-regularquando todos os vrtices deGtem o mesmo grau k;

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    3.5 Grafo Valorado 30

    Figura 3.6: Exemplo de um grafo 2 regular: todos os vrtices possuem grau 2.

    Grafo Nulo ou Vazio- De acordo com Abreu, um grafo nulo aquele onde o nmero de

    arestas zero. Definimos esse grafo comoN4;

    Exemplo: N4: V={A,B,C,D};E={}

    Figura 3.7: Exemplo de um grafo nulo.

    Grafo Completo- Ainda conforme Abreu, um grafo dito completo se quaisquer dois de

    seus vrtices, distintos, so adjacentes. Para cadan >= 1, o grafo completo comnvrtices

    denotado porKn.

    Figura 3.8: Exemplo de um grafo completo de grau 4, K4.

    3.5 Grafo Valorado

    Tantos os grafos simples como os grafos direcionados podem ser, ou no, valorados. Se-

    gundo Boaventura, (BOAVENTURA, 2006, pp. 11): "um grafo valoradosobre os vrtices,

    quando existem uma ou mais funes relacionandoV(E)a conjuntos de nmeros."

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    3.6 Algumas Propriedades 31

    Figura 3.9: Exemplo de um grafo simples valorado.

    3.6 Algumas Propriedades

    Analisando as informaes que existentes at agora, possvel perceber algumas proprieda-

    des dos grafos

    3.6.1 Grau dos Vrtices

    A soma dos graus de todos os vrtices de um grafo sempre par. Veja um exemplo. dado

    um grafoG= (V,E), Quando o grafo regular de grau k, temos:

    vVG(V) =2|E|

    vVG(V) =k|v| 2|E|=k|v| |E|= k|v|

    2

    3.6.2 Grafos Completo

    Os grafos completos tambm possuem uma interessante caracterstica, segundo (GREVE,

    2007): o nmero de arestas igual ao nmero de combinaes de nvrtices dois a dois.

    Vejamos:

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    3.6 Algumas Propriedades 32

    |E|= (kX|v|)

    2

    k o grau;

    v o nmero de vrtices;

    Assim:|E|= ((n1)n)

    2

    O que nos prova, que a afirmao acima verdadeira.

    3.6.3 Circuitos e Ciclos em um Grafo

    Um outro ponto que geralmente causa muita confuso, a definio para Ciclo e para Cir-

    cuito. Isso acontece, porque tambm no existe uma padronizao desses termos. Dessa forma,

    foi necessrio decidir qual definio seguir para a confeco das atividades sugeridas. Assim,

    optou-se por utilizar as seguintes definies:

    O trajeto percorrido em um Grafo pode recebe o nome de Ciclo(Caminho) ou Circuito(trilha).

    OsCiclosno permitem repetio de vrtices, j os Circuitospermitem essa repetio. Em

    nenhum dos casos pode existir uma repetio de arestas ou de arcos.

    Os ciclos e circuitos so utilizados na maioria das atividades desenvolvidas ao longo deste

    trabalho.

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    4 Representao de Grafos

    Devido a evoluo da informtica e dos computadores, cada vez mais a Teoria dos Gra-

    fos tem sido tratada em cursos como Cincia da Computao e Sistemas de Informao. Alm

    disso, devido a grade complexidade dos problemas que podem ser modelados na forma de gra-

    fos, cada vez mais importante sua abordagem em cursos como os de Logstica e Engenharia.

    Sendo assim, o desenvolvimento de aplicaes computacionais envolvendo a Teoria dos Grafos

    tem se tornado muito comum. Mas afinal, como tratar um grafo atravs de uma aplicao com-

    putacional. Existem vrias maneiras de se fazer isso, atravs de listas, matrizes, entre outras

    formas.

    4.1 Representao Matricial

    Diversos so os tipos de matrizes que podem ser utilizadas para a modelagem de um grafo,

    matriz de incidncia, matriz laplaciana, matriz de adjacncia, entre outras, porm iremos abordar

    nesse trabalho apenas aMatriz de Adjacnciae aMatriz de Incidncia.

    4.1.1 Matriz de Adjacncia de um grafo simples

    Segundo (ABREU, 2007), a Matriz de Adjacncia a matriz de zeros e uns que se constri

    naturalmente a partir das relaes de adjacncia entre os vrtices do grafo.

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    4.1 Representao Matricial 34

    Seja o grafoG(V,E)da prxima figura:

    Figura 4.1: Grafo para representao matricial.

    A representao dessa matriz de adjacncia seria:

    M=

    0 1 1 1 0 0 0

    1 0 1 1 1 0 0

    1 0 0 0 1 0 0

    1 1 0 0 0 0 0

    0 1 1 0 0 0 0

    0 0 0 0 0 0 0

    0 0 0 0 0 0 1

    A matriz adjacncia M(G) = [ai j] ser uma matriz de |v| x |v| onde ai j o nmero de

    arestas unindoviav j. Sendo assim, na matrizM, cada linha representa um vrtice e cada coluna

    representa se existe ou no uma ligao, atravs de uma aresta, com outro vrtice, onde o valor

    0 indica que no existe ligao e o valor 1 indica a existncia de uma ligao. Caso exista um

    valor maior que 1, isso indicar o nmero de arestas existentes entre os vrtices em questo.

    Vamos analisar algumas caractersticas dessa matriz:

    1. Somatrio da coluna igual ao grau do vrtice (lao conta duas vezes);

    2. Somatrio da linha igual ao grau do vrtice (lao conta duas vezes);

    3. Se existirem apenas zero na diagonal principal, ento o grafo no possui lao;

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    4.1 Representao Matricial 35

    4. Seai j >1, ento existem arestas mltiplas;

    5. Se a linha e coluna do vrtice so nulos, ento o vrtice isolado;

    6. A matriz simtricaai j=a ji, no caso do grafo ser simples;

    7. A complexidade de espao |v|2;

    4.1.2 Matriz de Adjacncia de um grafo direcionado

    A representao de um grafo direcionado, tambm pode ser feita atravs de uma matriz de

    adjacncia, porm a representao um pouco diferente. Vejamos no caso do seguinte grafo

    direcionado.

    Figura 4.2: Grafo orientado para representao matricial.

    Agora vamos analisar sua matriz de adjacncia:

    M=

    0 1 1 0 0

    0 0 0 1 0

    0 1 0 0 10 0 0 0 1

    0 0 0 0 0

    Repare que na matriz de adjacncia do grafo direcionado acima, cada linha indica o vrtice,

    e cada coluna representa o vrtice que recebe um arco, do vrtice relacionado. Uma maneira

    simples para compreender isso seria imaginar que cada linha representa o vrtice de onde o arco

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    4.1 Representao Matricial 36

    est partindo, e cada coluna representa o vrtice para o qual o arco aponta. Diferentemente da

    matriz de adjacncia do grafo no orientado, a matriz de adjacncia do direcionado no ser

    sempre simtrica.

    4.1.3 Matriz de Incidncia de um grafo simples

    Conforme podemos ver em (BOAVENTURA, 2006, pp. 14), a Matriz de Incidncia uma

    matrizMde dimensesmxn, onde casa linha representa um vrtice e cada coluna representa uma

    aresta ou arco.

    Analisando o prximo grafo e sua Matriz de Incidncia, pode-se perceber a diferena com a

    Matriz de Adjacncia:

    Figura 4.3: Grafo simples para representao da Matriz de Incidncia.

    M=

    1 1 0 0 0 0

    1 0 1 0 0 0

    0 1 0 1 1 0

    0 0 1 1 0 0

    0 0 0 0 1 2

    0 0 0 0 0 0

    Assim como a Matriz de Adjacncia, a Matriz de Incidncia tambm apresenta algumas

    caractersticas particulares

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    4.1 Representao Matricial 37

    1. Somatrio da coluna igual a 2 (lao conta duas vezes);

    2. Somatrio da linha igual ao grau do vrtice (lao conta duas vezes);

    3. Se existirem duas colunas iguais, elas indicam arestas mltiplas;

    4. Uma linha nula indica um vrtice isolado;

    5. Mi j=2, indica um lao;

    6. A complexidade de espao |v| x |e|, ou seja, ocupa mais espao do que a Matriz de

    Adjacncia;

    4.1.4 Matriz de Incidncia de um grafo direcionado

    Assim como na representao pela Matriz de Adjacncia, a representao de um grafo dire-

    cionado possui algumas caractersticas diferentes do grafo simples.

    Figura 4.4: Grafo orientado para representao da Matriz de Incidncia.

    Basicamente, a diferena da Matriz de Incidncia de um grafo direcionado para um no

    direcionado que na representao da direo da seta, usa-se o valor +1 para indicar para onde

    vai o arco, e o valor -1 para indicar de onde o arco vem. Veja a Matriz de Incidncia do grafo

    acima:

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    4.2 Representao atravs de listas 38

    M=

    +1 +1 0 0 0

    1 0 +1 0 0

    0 1 0 +1 +1

    0 0 1 1 0

    0 0 0 0 1

    As outras caractersticas permanecem as mesmas.

    4.2 Representao atravs de listas

    Conforme mensionado anteriormente, as matrizes no so as formas de representao de

    um grafo. Vejamos agora como realizar a representao de um grafo atravs de uma Lista de

    Adjacncia.

    4.2.1 Lista de Adjacncia para grafos simples

    Uma Lista de Adjacncia, ou Dicionrio, a mais conveniente, segundo Boaventura, devido

    a simplicidade e sua economia de apresentao. Mesclando a definio de (GREVE, 2007) com

    a de (BOAVENTURA, 2006), pode-se definir a Lista de Adjacncias LA(G)como sendo um

    conjunto denlistasA(V), onde cada uma dessas listas formada por um vrtice e pelo conjunto

    de vrtices que recebem dele um arco ou que partilham com ele uma aresta.

    Veja um exemplo:

    E aqui sua representao atravs da Lista de Adjacncia:

    A(A)B Cnull

    A(B)A Cnull

    A(C)ABE null

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    4.2 Representao atravs de listas 39

    Figura 4.5: Grafo simples para representao da Lista de Adjacncia.

    A(D)null

    A(E) CE null

    Eis as caractersticas de uma Lista de Adjacncia:

    1. O grau do vrtice ser o mesmo do nmero de elementos na lista A(V), exceto no caso de

    lao, que ser contado como 2;

    2. Se na lista de um vrtice existir o prprio vrtice, isso indica um lao;

    3. Se na lista de um vrtice existirem elementos repetidos, isso indica arestas mltiplas;

    4. Se na lista de um vrtice no existirem elementos, isso indica um vrtice isolado;

    5. A complexidade de espao n + 2m, sendon=|v|em=|e|;

    4.2.2 Lista de Adjacncia para grafos orientados

    Como nas formas de representao anteriores, os digrafos tambm possuem uma diferena

    quanto a sua representao, comparados com os grafos simples.

    Figura 4.6: Grafo orientado para representao da Lista de Adjacncia

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    4.2 Representao atravs de listas 40

    No caso dos digrafos, a lista ser composta pelos vrtices destinos do vrtice em questo.

    AB Cnull

    B Cnull

    CDE null

    Dnull

    E null

    Para os digrafos, a Lista de Adjacncia tambm poderia ser representada atravs de uma

    tabela contendo os vrtices origem/destino, ou de destino/origem, porm no existe uma neces-sidade real de ilustrar aqui essa outra forma de representao.

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    41

    5 Grafos na Educao

    Quando falamos de grafos aplicados educao, o assunto j no to vasto quanto sua

    aplicao em outras reas do conhecimento, como computao e logstica. Muito pelo contrrio,

    a literatura a respeito do assunto bem escassa. Poucos so os livros dedicados unicamente ao

    tema, tanto em portugus quanto em outros idiomas.

    Ao se propor a introduo da Teoria dos Grafos, como uma ferramenta dentro da educao

    bsica, importante lembrar da importncia da mesma no ensino da Matemtica. Segundo o

    professor Jorge Bria:

    O ENSINO DA MATEMTICA deve ser concebido e ministrado de modo ATRAENTE

    E PRODUTIVO PARA TODOS OS ESTUDANTES, independentemente de suas aptides natu-

    rais, maiores afinidades ou vocaes profissionais (BRIA, 1999, pp. 32).

    Bria tambm afirma que vrias situaes problemas do nosso cotidiano podem ser tratadas de

    maneira simples pelos estudantes, o que seria uma justificativa a mais para a abordagem do tema,

    tanto no ensino fundamental como no ensino mdio. Esses fatores poderiam explicar porque

    vrios pases no mundo esto explorando a Teoria dos Grafos na educao bsica. Segundo Bria:

    "...estejam os grafos j sendo explorados concretamente, ou em fase de pesquisaspara tal possvel explorao, no processo de formao bsica do cidado em al-gum nvel de ensino, em alguns pases como, por exemplo, Argentina, Portugal,Espanha, Alemanha e Estados Unidos."(BRIA, 1999, pp. 34)

    Infelizmente o Brasil tem limitado o ensino da Teoria dos Grafos apenas ao ensino superior.

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    5.1 O que diz Piaget? 42

    Isto tem ocasionado diversas dificuldades com relao a introduo desse contedo na formao

    bsica do indivduo, pois a maioria dos professores da educao bsica desconhece o contedo.

    Aqueles poucos que conhecem, geralmente, s conhecem superficialmente. Talvez por isso seja

    to comum as pessoas confudirem a palavra grafo com grfico.

    5.1 O que diz Piaget?

    Para fundamentar em qual fase do processo ensino/aprendizagem a Teoria dos Grafos poderia

    ser aplicada, buscou-se amparo em Piaget e suas brilhantes observaes sobre os aspectos que

    tangem a educao. Lembrando as palavras de Bria: Piaget inesgotvel!!! E isto evidencia-se

    de forma realmente impressionante (BRIA, 1999)

    Piaget viveu de 1896 a 1980, tornou-se doutor aos 22 anos. Mais tarde seria tido como

    epistemlogo, psiclogo, filsofo, educador e pedagogo, alm de outras titulaes. Foge do ob-

    jetivo deste trabalho aprofundar nos conhecimentos de Piaget, porm algumas de suas idias

    so extremamente importantes quando se fala na introduo de novos saberes na educao.

    extremamente importante saber como e quando determinado contedo deve, e pode, ser intro-

    duzido na educao, principalmente no que tange o nvel assimilao do conhecimento de cada

    indivduo, pois assim pode-se ter a certeza de que a idia proposta ter maiores chances de ser

    aproveitada por aqueles que a iro receber.

    Piaget determina quatro estgios no desenvolvimento lgico do indivduo, conforme abor-dado por (GOULART, 1983):

    Estgio sensrio-motor- de 0 a 18 ou 24 meses, aproximadamente;

    Estgio objetivo-simblico- de 2 a 6 ou 7 anos, aproximadamente;

    Estgio operacional-concreto- por volta dos 7 at 11 ou 12 anos, aproximadamente;

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    5.1 O que diz Piaget? 43

    Estgio operacional-abstrato- a partir dos 11 ou 12 anos, aproximadamente;

    Como a proposta do ensino de grafos na educao bsica um assunto no muito discu-

    tido, muito importante compreender cada um desses estgios, para no cair no erro de propor

    uma atividade que no seja coerente com o perodo adequado. Devido a natureza deste traba-

    lho, as atividades propostas aqui sero pertinentes apenas aos dois ltimos estgios, o "Estgio

    operacional-concreto"e o "Estgio operacional-abstrato". Assim sendo, iremos detalhar melhor

    esses nveis destacando suas principais consideraes.

    5.1.1 Operacional-Concreto

    Para Goulart, essa uma fase de transio entre a ao e as estruturas lgicas mais gerais,

    que implicam uma combinatria e uma estrutura de "grupo" (GOULART, 1983). Conforme

    as observaes do prprio Piaget, so duas as ordens de operaes encontradas nesse estgio,

    as lgico-matemticas e as infralgicas. Basicamente, nas operaes lgico-matemticas, se

    relacionam com "semelhanas", classes e relaes simtricas, "diferenas", relaes assimtricas

    ou ambas ao mesmo tempo, nmeros. As operaes infralgicas, compreendem as conservaes

    fsicas dos objetos, como noes de quantidade, peso e volume, e constituio do espao, como

    noes de comprimento, superfcie, permetro, horizontais, verticais, etc.

    Nesse estgio, surge a idia de transformao dos objetos, ou seja, o indivduo comea a

    perceber que os objetos podem ter sua forma alterada, porm manter algumas de suas caracte-rsticas, como volume, massa, etc. Percebe-se claramente a existncia de uma invariante, que

    piaget denominou denooouesquema de conservao. Vrios esquemas de conservao sur-

    gem nesse estgio, e esses esquemas esto diretamente ligados a elaboraes lgico-matemticas

    de classes, relaes e nmeros, conforme afima Goulart (GOULART, 1983). Como no do in-

    teresse deste trabalho um aprofundamentos nos contedos piagetianos, vamos apenas listar os

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    5.1 O que diz Piaget? 44

    esquemas de conservao definidos por Piaget:

    1. Conservaes Fsicas

    (a) Conservao da Substncia

    (b) Conservao do Peso

    (c) Conservao do Volume

    2. Conservaes Espaciais

    (a) Conservao do Comprimento

    (b) Conservao de Superfcies

    (c) Conservao de Volume Espacial

    3. Conservao Numrica

    Observando essas caractersticas, possvel propor atividades com grafos que possam auxi-

    liar na explorao desses pontos, videAnexo A.

    5.1.2 Operacional-Abstrato

    Tambm conhecido como"Estgio das Operaes Formais", ocorrendo dos 11-12 anos at

    os 14-15 anos, aproximadamente. Nessa etapa j existe uma distino entre o que possvel, e oque real, ou seja, o adolescente j comea realizar experimentaes para saber o quanto essas

    relaes possveis so reais. Como diz Goulart, Em lugar de limitar-se a organizar o que lhe

    chega atravs dos sentidos, o adolescente tem a capacidade potencial de imaginar o que poderia

    estar ali".

    Algumas das caractersticas observadas nessa etapa so, segundo Goulart:

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    5.1 O que diz Piaget? 45

    1. Estratgia cognitiva com carterhipottico-dedutivo.

    2. Manipulao de dadosenunciados ou preposies, ao invs de dados concretos.

    3. Tratamento de problemas atravs de uma anlise combinacional, realizando um inventrio

    completo do possvel.

    importante observar tambm, que nessa etapa surge um conceito importantssimo no de-

    senvolvimento do indivduo, a "COMBINATRIA", que consiste, basicamente, em um prolon-

    gamento e generelizao das operaes concretas, e constitui uma classificao das classifica-

    es.

    Esse fato importante, pois demonstra que essa etapa pode ser a mais proveitosa para o

    ensino da Teoria dos Grafos, pois muitos dos problemas que podem ser tratatos com a ajuda dos

    grafos, so de origem combinatria. Veja, por exemplo, o Problema do Carteiro Chins, que

    consiste em definir um percurso pelo qual o carteiro possa entregar todas as cartas sem repetir,

    ou pelo menos repetindo o mnimo, uma rua j utilizada. O tratamento desse problema uma

    questo combinatria, pois pode-se tentar determinar esse caminho atravs de uma anlise de

    todos os caminhos possveis. NoAnexo Bpoder se observar algumas atividades prprias para

    essa fase.

    Pode-se perceber claramente a importncia em se aplicar os conhecimentos de Piaget nessa

    pesquisa. Porm, sabe-se que o Brasil possui leis bem fundamentadas a respeito dos saberes

    a serem tratados na educao. Por isso, importante tambm saber o que as leis brasileiras,

    relacionadas ao ensino, dizem sobre esse tema.

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    5.2 O que diz a Lei? 46

    5.2 O que diz a Lei?

    Para sugerir a utilizao da Teoria dos Grafos na Educao Bsica necessrio, antes de

    mais nada, buscar as bases legais que apoiem essa prtica. O melhor lugar para se buscar esse

    amparo consultar exatamente os documentos que determinam como dever ser a educao em

    nosso pas, a Lei de Diretrizes e Bases, LDB, e os Parmetros Curriculares Nacionais, PCN.

    Alm disso, interessante saber o que as Orientaes Curriculares dizem sobre esse contedo.

    5.2.1 O PCN, a LDB e as Orientaes Curriculares

    O PCN no faz nenhuma referncia especfica utilizao da Teoria dos Grafos no ensino da

    Matemtica, tanto para o ensino fundamental como para o ensino mdio. Porm, o PCN contm

    algumas recomendaes que podem ser utilizadas para apoiar a prtica. Por exemplo:

    "... papel da escola desenvolver uma educao que no dissocie escola e socie-dade, conhecimento e trabalho e que coloque o aluno ante desafios que lhe permi-tam desenvolver atitudes de responsabilidade, compromisso, crtica, satisfao ereconhecimento de seus direitos e deveres."(BRASIL1, 2002, pp. 27)

    Essa recomendao, por s s, j seria o argumento suficiente para justificar o ensino da

    Teoria dos Grafos, assim como qualquer outro contedo que estimulassem essas atitudes. Alm

    disso, podemos tambm buscar o apoio na seguinte recomendao:

    "Para que ocorram as inseres dos cidados no mundo do trabalho, no mudo dasrelaes sociais, importante que a Matemtica desempenhe, no currculo, equi-librada e indissocialvelmente, seu papel na formao de capacidades intelectuais,

    na estruturao do pensamento, na agilizao do raciocnio do aluno, na sua apli-cao a problemas, situaes da vida cotidiana e atividade do mundo de trabalhoe no apoio a construo de conhecimento em outras." (BRASIL1, 2002, pp. 28)

    No se pode deixar de destacar a importncia do entendimento matemtico para a compren-

    so de outras reas do conhecimento, e a Teoria dos Grafos se faz presente em vrias delas, con-

    forme citado anteriormente. Sendo esse contedo matemtico to importante para reas como

    Biologia, Poltica, entre outras, nada mais justo do que sua abordagem dentro do ensino mdio,

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    5.2 O que diz a Lei? 47

    afinal, nessa fase final da educao bsica, busca-se a formao de um cidado lcido e crtico,

    com capacidade para interagir plenamente com o meio social no qual ele est inserido. Podemos

    ver isso na seguinte recomendao do PCN:

    "No ensino mdio, etapa final da escolaridade bsica, a Matemtica deve ser com-preendida como uma parcela do conhecimento humano essencial para a formaode todos os jovens, que contribui para a construo de uma viso de mundo, paraler e interpretar a realidade e para desenvolver capacidades que deles sero exigi-das ao longo da vida social e profissional."(BRASIL2, 2002, pp. 108)

    importante destacar que a Teoria dos grafos pode ser utilizada como uma alternativa para o

    ensino de vrios assuntos dentro da rea de Matemtica. Um exemplo j ilustrado, o ensino de

    matrizes, contedo esse que , constantemente, questionado quanto a sua funo pelos alunos.

    Sendo assim, a Teoria dos Grafos passa a ser uma poderosa ferramenta de auxlio no processo

    Ensino/Aprendizagem de outros contedos matemticos.

    Ao se analisar com ateno os diversos artigos contidos na LDB pode-se perceber que v-

    rios deles servem como amparo a introduo da Teoria dos Grafos no ensino fundamental e,

    principalmente, no que diz respeito ao ensino mdio. A prpria interdisciplinaridade entre a

    Matemtica, especificamente a Teoria dos Grafos, com outras reas do conhecimento, pode ser

    justificada atravs do seguinte artigo da LDB:

    a compreenso dos fundamentos cientfico-tecnolgicos dos processos produtivos, relacio-

    nando a teoria com a prtica, no ensino de cada disciplina (REPBLICA, 1996, Art. 35, Inc.

    IV).

    Qualquer contedo matemtico que possa auxiliar o educando para na assimilao de outros

    saberes, matemticos ou no, devem ser utilizados como instrumento de facilitao da aprendi-

    zagem. Nesse ponto, a Teoria dos Grafos atende em vrios aspectos, pois os problemas lgicos,

    computacionais, cientficos podem e so, em muitos casos, tratados atravs do estudo de grafos.

    Outra fonte ser consultada, so as Orientaes Curriculares para o Ensino Mdio, que

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    5.2 O que diz a Lei? 48

    trazem no seu contedo informaes muito importantes, que podem ser decisivas para a amparar

    a utilizao da Teoria dos Grafos no Ensino Mdio.

    importante frisar que com o advento da popularizao dos computadores e da Internet, o

    ensino da Matemtica precisa se adaptar a uma nova realidade. Como pode-se ver:

    A maior parte dos contedos de Matemtica do ensino mdio est vinculada amodelos matemticos de natureza contnua: os nmeros reais e os espaos geom-tricos (reta, plano e espao tridimensional). O estudo da geometria e das funesde varivel real inserem-se nesse contexto, refletindo o papel fundamental do Cl-culo (esse assunto objeto de estudo na universidade) no desenvolvimento dasaplicaes da Matemtica nas Cincias. No entanto, no decorrer do sculo XX,

    novas necessidades tecnolgicas advindas da introduo dos computadores - quetm uma Matemtica Discreta no seu funcionamento - provocaram um grandedesenvolvimento dos modelos matemticos discretos(EDUCAO, 2006, pp. 94).

    Isso deixa claro a necessidade da insero de novos saberes no ensino da Matemtica, prin-

    cipalmente no que diz respeito ao ensino mdio.

    Ainda sobre as Orientaes Curriculares para o Ensino Mdio, podemos ver:

    No ensino mdio, o termo "combinatria"est usualmente restrito ao estudo deproblemas de contagem, mas esse apenas um de seus aspectos. Outros tipos deproblemas poderiam ser trabalhados na escola - so aqueles relativos a conjuntosfinitos e com enunciados de simples entendimento relativo, mas no necessaria-mente fceis de resolver. Um exemplo clssico o problema das pontes de Knis-berg, tratado por Euler: dado um conjunto de sete ilhas interligadas por pontes,a pergunta que se coloca : "Partindo se de uma das ilhas, possvel passar pelasdemais ilhas e voltar ao ponto de partida, nisso cruzando-se cada uma das pontesuma nica vez? Problemas dessa natureza podem ser utilizados para desenvol-ver uma srie de habilidades importantes: modelar o problema, via estrutura degrafo...

    Isso mostra que a Teoria dos Grafos j vista, hoje, como um ferramenta para a Educao.

    Devido a sua grande diversidade, e possvel se aplicar inmeras situaes-problema onde sua

    utilizao seria justificada. Ainda conforme as Orientaes Curriculares: Muitos outros exem-

    plos de problemas combinatrios podem ser tratados de modo semelhante, tais como determinar

    a rota mais curta em uma rede de transportes ou determinar um eficiente trajeto para coleta de

    lixo em uma cidade.

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    5.2 O que diz a Lei? 49

    Essas informaes do uma certeza a mais da importncia da Teoria dos Grafos na Educao

    Bsica.

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    6 Relato da pesquisa

    Neste captulo sero descritas as experincias realizadas no ensino fundamental e mdio,

    com o intuito de propor a aplicao dos conceitos da Teoria dos Grafos na educao. Sendo

    assim, as oficinas foram elaboradas conforme a srie que seriam aplicadas.

    Foram aplicadas 3 oficinas, uma no Ensino Mdio, outra no Ensino Fundamental e uma

    mesclada com as duas categorias.

    6.1 Oficina no Ensino Mdio

    A oficina aplicada no Ensino Mdio foi a de cdigo OEM001, vide Apndice, e foi realizada

    em uma turma do terceiro ano do curso de Processamento de Dados, do Colgio de Aplicao

    do UBM, no dia 15/09/2007. Nessa oficina, foram explorados principalmente o conceito de

    caminhos e ciclos, e a representao matricial de um grafo. Por se tratar de uma turma que

    possua o pr-requisito de matrizes, e por ser uma turma com o foco voltado para informtica,

    foi mais fcil a abordagem do tema, principalmente a ultima atividade da oficina, Caminho de

    Custo Mnimo. A teoria dos Grafos, como mensionado anteriormente, tem profunda ligao com

    a Computao e exatamente por isso uma abordagem mais rica em detalhes se tornou possvel.

    Nessa oficina, ao contrrio das outras, pelo menos 2 alunos j tinham ouvido alguma coisa

    sobre grafos, o que tambm foi mais um fator que comprova a relao entre os grafos e a com-

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    6.1 Oficina no Ensino Mdio 51

    putao.

    Foi aplicado, antes da oficina um pr-teste, bem simples, que objetivava saber se os alunostinham algum conhecimento sobre grafos. Alm disso, como o foco da oficina era a aplicao

    da atividade de Caminho de Custo Mnimo, AEM001, procurou-se saber qual a relao que eles

    viam entre a Matemtica e o Transporte.

    Aps o pr-teste, aplicou-se a oficina onde os alunos receberam a parte terica e conceitual,

    e tambm a parte prtica da oficina, em folhas separadas. A medida que eram discutidos os

    assuntos, as atividades eram realizadas e comentadas. Ao final, a turma foi dividida em grupos,

    onde cada um dos grupos recebeu um mapa, feito em lona, do grafo utilizado para a Busca do

    Caminho de Custo Mnimo.

    Figura 6.1: Mapa utilizado na atividade: Buscando o Caminho de Custo Mnimo

    Para fins de uma anlise mais objetiva dos resultados nas oficinas, foram elaborados alguns

    grficos comparativos relacionados algumas questes do pr-teste e do ps-teste.

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    6.1 Oficina no Ensino Mdio 52

    Figura 6.2: Grfico da 1a questo pr-teste: J estudou matriz em Matemtica ou em outradisciplina

    Figura 6.3: Grfico da 2a questo pr-teste: J ouviu falar sobre a Teoria dos Grafos

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    6.1 Oficina no Ensino Mdio 53

    Figura 6.4: Grfico da 3a questo pr-teste: Conhece alguma funo para matrizes

    Figura 6.5: Grfico da 4a questo pr-teste: J ouviu falar sobre algum dos assuntos

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    6.1 Oficina no Ensino Mdio 54

    interessante destacar alguns aspectos interessantes levantados nessa oficina, mediante as

    questes apresentadas aos alunos:

    Figura 6.6: Grfico da 5a questo pr-teste: Quais dos assuntos esto relacionados com a Mate-mtica

    Ligao da Matemtica com os transportes: na ltima pergunta do pr-teste, Apndice

    D p. 77, os alunos foram indagados sobre a ligao da Matemtica com diversas outras

    reas do conhecimento, como Economia, Contabilidade, Computao e Transporte. Todos

    os alunos afirmaram que existe ligao com as trs primeiras reas, mas apenas 2 deles

    via uma relao da Matemtica com o Transporte. Isso j era esperado, por isso a ltima

    atividade da oficina foi exatamente a Busca pelo caminho de custo mnimo. Assim eles

    puderam ver uma relao direta da duas reas do conhecimento.

    Aplicao para matrizes: apesar de ser uma parte obrigatria do curso, pela qual os

    alunos j passaram, ou deveriam ter passado, alguns alunos afirmam que nunca estudaram

    matrizes. Isso reflete o porqu da maioria no ver uma aplicao direta para sua utilizao

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    6.1 Oficina no Ensino Mdio 55

    Realizando a anlise dos resultados do ps-teste, pode-se destar os seguintes aspectos:

    Figura 6.7: Grfico da 1a questo ps-teste: Conhece pelo menos uma aplicao para a Teoriados Grafos

    Conhecimento de aplicaes para a Teoria dos Grafos: a maioria dos alunos tournou-

    se capaz de apresentar pelo menos uma situao onde o conceito de grafos pudesse ser

    utilizado. Isso uma informao relavante, levando em considerao que a maioria dos

    alunos nunca havia ouvido falar sobre o assunto.

    O conceito de grafo: possvel notar pelos ps-testes, que apesar de algumas idias sobre

    grafos e sua utilidade terem mudado, o conceito de grafos ainda no ficou claro para os

    alunos. Isso tambm pode ser notado no Anexo A, p. 89 e 90. O que demonstra que essas

    idias bsicas devem ser melhor trabalhadas futuramente.

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    6.1 Oficina no Ensino Mdio 56

    Figura 6.8: Grfico da 3a questo ps-teste: A Teoria dos Grafos tem alguma relevncia nocotidiano

    Figura 6.9: Grfico da 4a questo ps-teste: Gostou da oficina

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    6.2 Oficina no Ensino Fundamental 57

    A atividade preferida:fica claro na anlise do grfico da 4a questo, que a atividade mais

    elogiada pelos participantes foi a Busca Pelo Caminho de custo Mnimo. Acreditamos que

    isso se deva ao fato de ser essa atividade a mais interativa das atividades aplicadas na ofi-

    cina. Alm disso, a parte ldica se faz muito mais presente nessa atividade, no s devido

    ao material no qual foi confeccionada, como tambm pela praticidade da mesma.

    Figura 6.10: Grfico da 5a questo ps-teste: Problema mais interessante

    6.2 Oficina no Ensino Fundamental

    No Ensino Fundamental, foram aplicadas as oficinas OEF001 e OEF002. A primeira oficina

    explora os conceitos de caminho e ciclos, e a segunda trata dos conceitos de regioes e colorao.

    Essas oficinas foram aplicadas em dois dias, em situaes bem diferentes.

    No dia 25/10/2007, em uma turma da 6a srie do Ensino Fundamental, da Escola Municipal

    Prof. Delci Horta, no municpio de Volta Redonda, onde foi trabalhada apenas a primeira oficina.

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    6.2 Oficina no Ensino Fundamental 58

    Figura 6.11: Oficina OEF001 - 6a srie do Ensino Fundamental

    No dia 01/11/2007, num evento aberto, tambm da mesma escola, juntamente com outras

    atividades matemticas, para vrias sries do Ensino Fundamental, onde as duas oficinas foram

    aplicadas em conjunto.

    Na primeira oficina do Ensino Fundamental, a aplicao foi bem semelhante aplicada no

    Ensino Mdio, pois se realizou dentro da sala de aula, e permitiu uma abordagem mais metdica,

    pois havia o momento dos comentrios e o momento da realizao das atividades.

    Na segunda oficina, apesar de algumas atividades serem as mesmas, a aplicaes da oficinas

    se desenvolveu de forma mais solta, pois no havia explanaes gerais para todos os participan-

    tes. Como era um evento livre, cada aluno participante poderia estar realizando uma atividade

    diferente por ter comeado num momento diferente. Assim uma ateno pessoal tinha que ser

    dada no caso das dvidas, uma vz que no era possvel o exclarecimento das dvidas de uma

    forma geral, num quadro por exemplo, como seria feito em sala de aula.

    Apesar de aplicadas em circunstncias diferentes, para alunos de sries diferentes, essas

    oficinas tambm mostraram aspectos interessantes.

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    6.2 Oficina no Ensino Fundamental 59

    Figura 6.12: Oficinas OEF001 e OEF002 - aplicadas num evento livre

    Na primeira oficina, foi interessante perceber como os alunos tiravam suas prprias conclu-

    ses sobre as atividades. Por exemplo quando estavam estudando o problema das pontes, alguns

    chegaram a concluso, num determinado momento, que se o nmero de pontes em cada ilha

    fosse par, eles poderiam realizar o trajeto das cidades sem repetir nenhuma das pontes. Depois

    eles acabam percebendo, que existem alguns casos onde possvel percorrer um caminho sem

    repetir as pontes, mesmo que no existissem apenas ilhas com um nmero par de pontes. Porm

    nenhum deles percebeu que essa situao s aconteceria se existissem apenas duas ilhas com um

    nmero mpar de pontes.

    Na segunda oficina, as concluses no foram muito diferentes da primeira oficina, mesmo setratando de sries diferentes. Porm uma outra observao interessante foi em uma das atividas,

    que no foi aplicada na primeira oficina, a Colorao de Mapas. Todos os participantes chegaram

    a concluso que poderiam colorir o mapa com apenas quatro cores. Os resultados do questionrio

    aplicado podem ser verificados nos grficos abaixo.

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    6.2 Oficina no Ensino Fundamental 60

    Figura 6.13: Grfico da 1a questo oficna em sala: Gostou da oficina

    Figura 6.14: Grfico da 2a questo oficna em sala: Fez atividades semelhantes a essa oficina

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    6.2 Oficina no Ensino Fundamental 61

    Figura 6.15: Grfico da 3a questo oficna em sala: Atividade que mais gostou

    Figura 6.16: Grfico da 4a questo oficna em sala: Gosta das aulas tradicionais de Matemtica

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    6.2 Oficina no Ensino Fundamental 62

    Figura 6.17: Grfico da 5a questo oficna em sala: Mais oficinas como essa no ensino da Mate-mtica

    Figura 6.18: Grfico da 1a questo evento livre: Gostou da oficina

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    6.2 Oficina no Ensino Fundamental 63

    Figura 6.19: Grfico da 2a questo evento livre: Fez atividades semelhantes a essa oficina

    Figura 6.20: Grfico da 3a questo evento livre: Atividade que mais gostou

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    6.2 Oficina no Ensino Fundamental 64

    Figura 6.21: Grfico da 4a questo evento livre: Gosta das aulas tradicionais de Matemtica

    Figura 6.22: Grfico da 5a questo evento livre: Consegue ver relao do contedo no cotidiano

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    6.2 Oficina no Ensino Fundamental 65

    Em ambas as oficinas, pode-se perceber que todos os alunos gostaram das atividades e,

    tambm nas duas oficinas, a atividade Passando o Lpis Apenas Uma Vz foi a preferida pelos

    participantes.

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    7 Concluso e Trabalhos Futuros

    A aplicao de atividades relacionadas a Teoria dos Grafos na Educao Bsica se mostrou,

    ao nosso entender, muito proveitosa. E esse sentimento o mesmo tanto para o Ensino Funda-

    mental quanto para o Ensino Mdio.

    No Ensino Fundamental, apesar de no abordar definies mais formais da Teoria dos gra-

    fos, a experincia com os alunos demonstrou existir um interesse pela investigao dos proble-

    mas apresentados, geralmente relacionados com anlise combinatria. interessante notar que

    os alunos, enquanto no sabem da impossibilidade de soluo de alguns dos problemas apresen-

    tados, como o Problema das Sete Pontes, procuram avidamente por sua soluo. Durante essa

    busca pela soluo, no foi incomum ver os alunos proporem alternativas, como por exemplo, a

    construo de uma nova ponte, ou ento, a retirada de uma existente, ou ainda, atravessar o rio

    nadando.

    Apesar de muitas das solues irem contra as regras definidas para o problema, curioso

    ver como essas seriam, em muitos casos, a soluo para o problema real. Isso demonstra que osalunos conseguiram, pelo menos em parte, se verem naquela situao-problema, e devido a isso,

    conseguiram propor uma gama bem diversificada de alternativas para a soluo do problema.

    Outra observao interessante, que os alunos de sries diferentes do Ensino Fundamental

    apresentaram, em sua maioria, as mesmas dificuldades, o que indica que a proposta de atividades

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    7 Concluso e Trabalhos Futuros 67

    relacionadas a Teoria dos Grafos no precisa ser to diversificada dentro dessa fase do ensino.

    No Ensino Mdio, apesar do desconhecimento da maioria dos alunos sobre as aplicaes comgrafos, muitos j haviam ouvido falar de problemas onde existe a aplicao deste tema, como por

    exemplo o Problema do Carteiro Chins e o Problema do Caixeiro Viajante. Isso at esperado,

    haja visto que a oficina foi aplicada numa turma de curso Tcnico de Processamento de Dados,

    assim a familiarizao com temas como esses no incomum. Apesar disso, a maioria dos

    alunos tiveram dificuldades no momento de definirem a palavra grafo. Isso demonstra que apesar

    de alguns conhecimentos terem sido absorvidos, importante um trabalho mais metdico comalunos com essa caracterstica. Um fator que merece destaque foi o fato de alguns alunos, apesar

    de estarem num curso de Computao, no conseguirem ver uma aplicao para a utilizao de

    matrizes. Esse foi um resultado inexperado, pois se tratando da rea de estudo dos alunos, eles

    deveriam ter exemplos bem claros para essas aplicaes.

    Apesar das dificuldades encontradas para relacionar o tema com a educao, a falta de refe-

    rncias sobre o tema e o tempo para uma pesquisa mais aprofundada, o tema se mostrou vivel.

    No apenas pelos aspectos matemticos, mas tambm pelo efeito causado nos alunos.

    A existncia de um documento sugerindo a utilizao da Teoria dos Grafos um importante

    passo para a adeso desse tema dentro da educao.

    importante deixar claro, que o tema muito abrangente, muitos aspectos podem ser tra-

    tados, muitas atividades podem ser elaboradas mediante a explorao desses diferentes aspectos

    da Teoria dos Grafos, como por exemplo planalidade de grafos. Isso deixa claro a importncia

    da continuidade da pesquisa, para que uma fundamentao mais slida possa ser dada e, quem

    sabe assim, futuramente, possamos publicar outras pesquisas relacionadas ao tema.

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    Referncias Bibliogrficas

    ABREU, N. M. M. d. Introduo Teoria Espectral de Grafos com Aplicaes.So Carlos, SP:SBMAC, 2007.

    BOAVENTURA, P. O. N.Grafos - Teoria, Modelos, Algoritmos. Rio de Janeiro, RJ: Blucher,

    2006.BRASIL1, M. d. E. e. C. S. d. E. F. Parmetros curriculares nacionais. Matemtica: Ensino dequinta oitava srie. Braslia: MEC/SEF, 2002.

    BRASIL2, M. d. E. e. C. S. d. E. F. Parmetros curriculares nacionais. Matemtica: EnsinoMdio. Braslia: MEC/SEF, 2002.

    BRIA, J. Grafos no Ensino Mdio e Fundamental:Matemtica, Interdisciplinaridade eRealidade. Dissertao (Mestrado) DEP/UFRJ, 1999.

    EDUCAO, S. d. B. Orientaes Curriculares para o Ensino Mdio. Cincias da Natureza,

    Matemtica e suas Tecnologias.Braslia: MEC, 2006.

    FREITAS, A. E. S. Teoria dos Grafos - O problema do carteiro Chins. 2007. URL:http://www.allanedgard.eti.br/grafos/. Acessado em: 28 set. 2007.

    GOULART, I. B. Piaget: experincias bsicas para utilizao pelo professor. 3a edio. ed.Petrpolis, RJ: Editora Vozes, 1983.

    GREVE, F. G. P. Teoria dos Grafos e Algoritmos. 2007. URL:http://twiki.im.ufba.br/bin/view/MAT156/WebHome. Acessado em: 19 set. 2007.

    INPE, S. d. p. d. i. g. Tutorial de Geoprocessamento. 2007. URL:http://www.dpi.inpe.br/spring/portugues/tutorial/estrutura.html. Acessado em: 13 out.2007.

    LIMA, E. L.Revista do professor de matemtica: Alguns problemas clssicos sobre grafos. 12aedio. ed. So Paulo, SP: Sociedade Brasileira de Matemtica, 1988.

    NASCIMENTO, R. A. d.; SILVA, M. L. d. Mini-curso atividades com grafos para a educaobsica. IX ENEM - Encontro Nacional de Educao Matemtica, 2007.

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    Referncias Bibliogrficas 69

    PENHA, G. M. d. L. Revista do professor de matemtica: Euler e a Topologia. 1a edio. ed.So Paulo, SP: Sociedade Brasileira de Matemtica, 1983.

    REPBLICA, P. d. S. d. E. F. LDB - Lei das Diretrizes e Bases da Educao. Braslia:Congresso Nacional, 1996.

    SANTOS, J. P. de O.; MELLO, M. P.; MURARI", I. T. C. Introduo a anlise combinatria.2a edio. ed. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 1998.

    SCHEINERMAN, E. R.Matemtica Discreta : uma introduo. 1a edio. ed. So Paulo, SP:Thomson Learning Edies, 2004.

    Seara da cincia. O mapa das quatro cores. 2007. URL:http://www.seara.ufc.br/especiais/matematica/problemasfamosos/matematica4.htm. Acessado

    em: 28 set. 2007.

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    APNDICE A -- Atividades para o ensino

    fundamental

    Cada atividade possui alguns dados para facilitar seu entendimento e aplicao, como a srie

    aplicada, o objetivo, material utilizado, entre outras informaes. Devido a serem atividades

    voltadas para o ensino fundamental, no existe a inteno de conceituar os grafos ou qualquer

    elemento de sua teoria. A idia central despertar o interesse e familiarizar os alunos com os

    problemas existentes no estudo da Teoria dos Grafos. Outro dado que importante destacar

    que muitas outras atividades foram sugeridas, porm s ser tratado nessa pesquisa as atividades

    que foram aplicadas.

    Para facilitar a organizao, optou-se por utilizar uma nomeclatura prpria para cada ativi-

    dade, veja um exemplo:

    AEF001

    Onde:

    A indica que uma Atividade;

    EF indica que essa atividade para o Ensino Fundamental, podendo ser tambm EM para o

    Ensino Mdio;

    001 nmero seqncial que diferencia uma atividade de outra dentro de cada tipo de ensino;

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    A.1 Os trs servios 71

    Vejamos algumas dessas atividades:

    A.1 Os trs servios

    Cdigo:AEF001;

    Srie aplicada:De 5a a 8a sries do ensino fundamental;

    Objetivo:abordar o problema Agua Luz e Telefone (LIMA, 1988, pp. 42) de uma forma

    concreta, despertando nos alunos o interesse pela investigao e pela resoluo de problemas;

    Descrio: os alunos, reunidos em grupo, recebero um kit de materiais contendo a re-

    presentao das trs casas, das trs companhias, e os fios de l, de cores diferentes, que sero

    utilizados para levar os servios das companhias para as casas, de forma que os fios no se cru-

    zem;

    Material:Trs casas e trs companhias (que podem ser representadas por caixas de papelo,

    madeira, montadas em cartolina, etc), trs fios de l de cores diferentes e folhas de papel para o

    desenho das solues obtidas;

    OBS:esse material pode ser substituido pelo desenho das casas e das companhias no papel, e

    utilizando um lpis para realizar as ligaes. Alm disso, o problema pode ser adaptado para

    outos elementos como, por exemplo, os trs carros e os trs tipos de combustvel.

    Como aplicar:

    1.Distribua os kits para os alunos juntamente com as folhas para anotao;

    2.Defina os objetivos: levar os trs servios para as trs casas sem deixar os fios se cruzarem;

    3.Pedir para os alunos anotarem suas solues;

    4.Comente o resultado;

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    A.1 Os trs servios 72

    No de participantes:no definido;

    Pr requisitos:Nenhum

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    A.2 As sete pontes 73

    A.2 As sete pontes

    Cdigo:AEF002;

    Srie aplicada:De 5a a 8a sries do ensino fundamental;

    Objetivo: apresentar o problema das Sete Pontes para demonstar os conceitos iniciais da

    Teoria dos Grafos;

    Descrio:os alunos, reunidos em grupo, recebero uma folha com a configurao original

    da cidade de Konigsberg, e com outras configuraes, para que os alunos possam abordar os

    conceitos envolvendo o problema e chegando a conclusao prpria do porqu da falta de resoluo

    do mesmo;

    Material:folha contendo vrias configuraes da cidade de Konigsberg, lpis para traar os

    caminhos encontrados e para anotar as observaes necessrias;

    Como aplicar:

    1.Distribua o material para os grupos;

    2.Defina os objetivos: encontrar um caminho passando por todas as pontes, sem repetio

    das mesmas;

    3.Realize intervenes regulares, aps cada etapa, aproveitando para definir algumas carac-

    tersticas dos grafos;

    4.Pedir para os alunos mostrarem suas solues e concluses;

    5.Comente os resultados;

    No de participantes:no definido;

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    A.2 As sete pontes 74

    Pr req