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3º Simpósio de Geotecnia do Nordeste
Uso de coberturas secas em resíduos
Anderson Borghetti Soares (UFC)
Fortaleza, 22 de novembro de 2013
Coberturas secas→ Compostas por solos de empréstimo, materiais
alternativos (não reativos) e geossintéticos e projetadas para cobrir
resíduos.
Funções → Diversas (depende do tipo de resíduo e do mecanismo de
contaminação) → minimizar a entrada de água, atuar como barreira
reativa, minimizar escape de gás (RSU), minimizar a entrada oxigênio.
Mecanismo de poluição abordado→ Drenagem ácida de minas
(DAM) - Poluição causada pelo contato de rejeitos piritosos com o
oxigênio e a água: Gera efluente ácido (ricos em metais) que polui o
meio-ambiente.
Principal impacto ambiental principal da DAM → poluição hídrica
Soluções que podem ser empregadas → Barreiras hidráulicas
(argila compactada, barreira capilar), barreiras geoquímicas (aplicação
de cal), barreira de transporte ao oxigênio (argila saturada), barreira
evapotranspirativa
Introdução
3° Simpósio de Geotecnia do Nordeste, 21 e 22 de novembro de 2013.
Caso prático apresentado → Dimensionamento de coberturas de
rejeitos de carvão produzidos na região de Santa Catarina. (grande
quantidade de rejeitos gerada - 2/3 do ROM).
Função → Alternativa para minimizar os impactos ambientais
causados pela Drenagem ácida de minas (DAM) em Santa Catarina.
Carvão brasileiro → Elevado teor de cinzas e alto teor de pirita
(FeS2) e associado com metais tais como Mn, Al, Zn and Fe (Borma et
al., 2003).
Impactos ambientais (CETEM, 2001)→ Acidificação das águas
superficiais, aumento da concentração de metais, redução da
produção biológica dos rios.
Estudo de caso
3° Simpósio de Geotecnia do Nordeste, 21 e 22 de novembro de 2013.
Solução estudada → Projeto de cobertura seca baseado nas
características tecnológicas dos materiais de empréstimo e resíduos não
reativos disponíveis (cinzas de fundo) e das condições climáticas da região
(O´Kane et al., 2002)
Projeto de cobertura seca →PROGERA-FINEP (Projeto Ref. O984/02
Convênio no 01.02.0167.00) → Processo de otimização de geração de
energia elétrica do carvão mineral e recuperação de áreas degradadas
pela mineração.
Coberturas finais projetadas → Combinação de barreira hidráulica e
barreira de transporte ao oxigênio.
Desenvolvimento do projeto → Centro de Tecnologia Mineral
(CETEM), com execução de uma unidade experimental em parceria com
Carbonífera Criciúma S/A (CCSA).
Pesquisadores envolvidos → CETEM, UFRJ (Geotecnia) e UERJ.
3° Simpósio de Geotecnia do Nordeste, 21 e 22 de novembro de 2013.
Estudo de caso
Projeto para dimensionamento de
cobertura seca
Etapa 1 : Seleção, amostragem e caracterização tecnológica
dos materiais de cobertura e rejeito.
Etapa 2: Modelagem numérica dos sistemas de cobertura.
Etapa 3: monitoramento em campo do desempenho das
coberturas
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Projeto
Cobertura
seca
Unidade Piloto
Programa caracterização
Soilcover
Clima Ensaios campo
Ensaios Laboratório
Geotécnicos
Químicos Mineralógicos
Seep (Geoslope)
Modelagem numérica
Monitoramento
Desempenho Coberturas
Solução
de
Engenharia
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Local de estudo
Mina do Verdinho Carbonífera Criciúma S/A
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Materiais estudados: areia, cinzas de fundo, argilas, solo vegetal,
rejeitos
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Cobertura depósito de rejeito:
Rmisto+argila+solo vegetal
Rejeito misto de carvão
(Grosso+fino)
Local de estudo
DAM (efluente ácido)
Modelagem: Modelos físicos
projetados
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3° Simpósio de Geotecnia do Nordeste, 21 e 22 de novembro de 2013.
DATALOGGER CR10X
Materiais
Climáticos Precipitação
Sucção
Temperatura
Umidade
Precipitação
Vel. vento
Temperatura
P. orvalho
Umidade ar
Pressão atm.
QUANTIDADE DRENAGEM
Run off
Interna
Externa
pH, Eh, CE, O2
Metais (Fe, Mn..)
Climáticos
QUALIDADE DRENAGEM
ESTAÇÃO METEREOLÓGICA
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Parâmetros monitorados
Resultados Obtidos
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Monitoramento (2008-2012)
Dados meteorológicos
Precipitações mensal (2010) Temperaturas ambientes (2008)
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Resultados Obtidos
Monitoramento (2008-2012)
Ferro total e ferro ferroso: Célula 2
pH x Eh . Célula 1
Ferro total e ferro ferroso: Célula 1
Dados físico-químicos/geoquímicos
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Resultados Obtidos
Saturação nas camadas (2010): célula 4 Armazenamento de água (2010): célula 4
Redução do volume de água nas células
Monitoramento (2008-2012)
Dados geotécnicos (fluxo, saturação)
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Considerações finais
Estação experimental Juliano Peres Barbosa(EEJBP) → gerou um banco
de dados sobre o desempenho de coberturas em rejeitos de mineração
(balanço hídrico, fluxo de água, fisico-químicos, geoquímicos, etc)
Modelos experimentais reproduzidos na EEJPB → Representam a
situação de fluxo de água no topo de um depósito de rejeitos. A coberturas
projetadas apresentaram um bom desempenho
Resultados:
Estão contribuindo no entendimento do complexo mecanismo do fluxo de
água que atua no sistema rejeito-cobertura (análise dos parâmetros hidráulicos)
Indicaram que coberturas devidamente projetadas reduzem os efeitos da
drenagem ácida de minas (diminuição do fluxo de água para dentro do rejeito e
melhora na qualidade do efluente gerado)
Próximo passo → Estudar o fluxo na situação bidimensional (ingresso de
oxigênio e água nas laterais do depósito), dimensionando uma cobertura
vegetal (com medição das taxas de erosão), medição de oxigênio e aplicar
conhecimento para em projetos de cobertura na região.
Obrigado!
Anderson Borghetti Soares (UFC) e-mail: [email protected]
3° Simpósio de Geotecnia do Nordeste, 21 e 22 de novembro de 2013.
Agradecimentos
FINEP/MCTI
CETEM
Tractbel
CCSA
UFC