USO DE EMBALAGENS PLÁSTICAS NA CONSERVAÇÃO,...
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UnB – UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA – FAV
USO DE EMBALAGENS PLÁSTICAS NA CONSERVAÇÃO,
PÓS-COLHEITA E QUALIDADE DE GOIABAS “PEDRO
SATO”
PALOMA FERREIRA DE QUEIROS
BRASÍLIA – DF
JUNHO DE 2017.
PALOMA FERREIRA DE QUEIROS
USO DE EMBALAGENS PLÁSTICAS NA CONSERVAÇÃO,
PÓS-COLHEITA E QUALIDADE DE GOIABAS “PEDRO
SATO”
Trabalho de conclusão de curso
apresentado à Banca Examinadora da
Faculdade de Agronomia e Medicina
Veterinária como exigência final para
obtenção do título de Engenheiro
Agrônomo.
Orientador: Profa. Dra. Fabiana Carmanini
Ribeiro
Brasília – DF
2017
FICHA CATALOGRÁFICA
QUEIROS, Paloma Ferreira de
USO DE EMBALAGENS PLÁSTICAS NA CONSERVAÇÃO, PÓS COLHEITA E QUALIDADE DE GOIABAS “PEDRO SATO”.
Orientador: Fabiana Carmanini Ribeiro. Brasília, 2017. 41 p. Trabalho de Conclusão de Curso – Universidade de Brasília, 2017 / Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, 2017.
1. Pós-colheita. 2. Goiaba. 3. Tratamento. 4. Acondicionamento.
I. RIBEIRO, Fabiana Carmanini. Título. Dra.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
QUEIROS, P. F. de USO DE EMBALAGENS PLÁSTICAS NA CONSERVAÇÃO,
PÓS COLHEITA E QUALIDADE DE GOIABAS “PEDRO SATO”. Brasília: Faculdade
de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Brasília, 2017, 41 Páginas.
Trabalho de Conclusão de Curso.
CESSÃO DE DIREITOS
Nome do Autor: PALOMA FERREIRA DE QUEIROS
Título do Trabalho de Conclusão de Curso: USO DE EMBALAGENS PLÁSTICAS
NA CONSERVAÇÃO, PÓS COLHEITA E QUALIDADE DE GOIABAS “PEDRO
SATO”.
Grau: 3º Ano: 2017
É concedida à Universidade de Brasília permissão para reproduzir cópias desta
monografia de graduação e para emprestar ou vender tais cópias somente para
propósitos acadêmicos e científicos. O autor reserva-se a outros direitos de publicação
e nenhuma parte desta monografia de graduação pode ser reproduzida sem
autorização por escrito do autor.
PALOMA FERREIRA DE QUEIROS
e-mail: [email protected]
USO DE EMBALAGENS PLÁSTICAS NA CONSERVAÇÃO, PÓS-COLHEIRA E
QUALIDADE DE GOIABAS “PEDRO SATO”
______________________________________________
PALOMA FERREIRA DE QUEIROS
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO SUBMETIDO À FACULDADE DE
AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA,
COMO REQUISITO PARCIAL PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO
AGRÔNOMO.
APROVADO PELA COMISSÃO EXAMINADORA EM ___/___/_____
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________
FABIANA CARMANINI RIBEIRO, Dra. Universidade de Brasília
Professora e Doutoranda da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária – UnB
(ORIENTADORA) CPF: e-mail: [email protected]
________________________________________________
Márcio de Carvalho Pires, PhD, Universidade de Brasília
Professor da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária – UnB
_________________________________________________
Marcio Antônio Mendonça, Dr. Universidade de Brasília
Técnico laboratorista da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária - UnB
Brasília – DF
2017
Dedicatória
Dedico este trabalho a todos
aqueles que fizeram parte dessa
árdua jornada, de forma especial
aos meus familiares, amigos e
professores.
“O homem se torna muitas vezes o que ele
próprio acredita que é. Se insisto em repetir
para mim mesmo que não posso fazer uma
determinada coisa, é possível que acabe
me tornando realmente incapaz de fazê-la.
Ao contrário, se tenho a convicção de que
posso fazê-la, certamente adquirirei a
capacidade de realizá-la, mesmo que não a
tenha no começo”.
Mahatma Gandhi
Sumário
Dedicatória ................................................................................................................. 6
Lista de Tabelas ...................................................................................................... 10
Lista de Figuras ....................................................................................................... 11
Agradecimentos ...................................................................................................... 12
Resumo .................................................................................................................... 13
Abstract .................................................................................................................... 14
1. Introdução ...................................................................................................... 15
2. Objetivos ........................................................................................................ 16
2.1. Geral: ............................................................................................................... 16
2.2. Específico: ....................................................................................................... 16
3. Revisão bibliográfica .................................................................................... 17
3.1. Aspectos gerais da goiaba .............................................................................. 17
3.2. Pós- colheita da goiaba ................................................................................... 19
3.3. Tecnologia pós colheita ................................................................................... 20
3.3.1. Uso de embalagens e Temperatura ................................................................ 20
3.4. Efeitos do absorvedor de etileno ..................................................................... 22
3.5. Efeitos do absorvedor de umidade .................................................................. 22
4. Material e Métodos ........................................................................................ 23
4.1. Características físicas: .................................................................................... 25
4.1.1. Determinação do Estádio de maturação: ........................................................ 25
4.1.2. Perda de massa .............................................................................................. 26
4.1.3. Preparação das amostras para análises químicas .......................................... 26
4.2. Características químicas ................................................................................. 26
4.2.1. pH .................................................................................................................... 26
4.2.2. Sólidos solúveis totais ..................................................................................... 26
4.2.3. Acidez titulavél total (ATT) ............................................................................... 26
4.3. Delineamento experimental e análise estatística............................................. 27
5. Resultados e Discursões .............................................................................. 28
5.1. Perda de massa .............................................................................................. 28
5.2. Análise visual ................................................................................................... 30
5.3. Características Químicas:................................................................................ 32
5.3.1. PH ................................................................................................................... 32
5.3.2. Sólidos Solúveis totais ..................................................................................... 33
5.3.3. Acidez titulavél total (ATT) ............................................................................... 34
6. Conclusão ...................................................................................................... 36
Referências Bibliográficas ..................................................................................... 37
Lista de Tabelas
Tabela 1: Valores médios de pH (em %) de goiaba ‘Pedro Sato’ em diferentes
acondicionamentos ....................................................................................................33
Tabela 2: Teor de sólido solúveis totais de goiabas ‘Pedro Sato’ submetidas a
diferentes acondicionamentos ...................................................................................34
Tabela 3: Teor de acidez titulável total (em % de ácido cítrico) de goiabas ‘Pedro
Sato’ submetidas a diferentes acondicionamentos....................................................35
Lista de Figuras
Figura 1: A-Tratamento 1 (sem embalagem); B- Tratamento 2(com embalagem
plástica); C- Tratamento 3 (com embalagem de plástica + sachê absorvedor de
umidade); D- Tratamento 4 (com embalagem de plástica+ sachê absorvedor de
etileno) ......................................................................................................................24
Figura 2: Grau de maturação de goiabas ‘Pedro Sato’, classificados, segundo a cor
da casca: em grau 1 (cor da casca verde escura - A); em grau 2 (cor da casca verde
clara – B); em grau 3 (cor da casca verde-amarelo – C), durante o
armazenamento.........................................................................................................25
Figura 3: Estádio 2 - Perda de massa fresca (%) dos frutos de goiaba “Pedro Sato”
com 4 diferentes acondicionamentos, após 11 dias de
armazenamento.........................................................................................................28
Figura 4: Estádio 3 - Perda de massa fresca (%) dos frutos de goiaba “Pedro Sato”
com 4 diferentes acondicionamentos, após 11 dias de
armazenamento.........................................................................................................29
Figura 5: Analise visual dos frutos de goiaba ‘Pedro Sato’, submetidas a diferentes
métodos de acondicionamento no estádio 3 de maturação, no 1º, 3º e 6º dia de
armazenamento. Comparando o 1°, 3° e 5° dia de armazenamento.......................31
Figura 6: Goiaba com sintomas da doença antracnose no acondicionamento com
embalagem plástica + sachês absorvedor de umidade (CEPU) no estádio 3 de
maturação..................................................................................................................32
Agradecimentos
Agradeço, primeiramente, a Deus pelo dom da vida, pois sem Ele, jamais eu
teria chegado aonde cheguei.
Aos meus familiares: pai, mãe, irmão e noivo pelo apoio e paciência que tiveram
comigo durante o decorrer do curso e, principalmente, durante esses últimos
semestres.
Ao meu tio Manoel que sempre acreditou em mim e meu deu forças para eu
ser melhor, sei que que lá do céu ele está muito feliz e orgulhoso.
À professora Fabiana Carmanini Ribeiro, minha orientadora. Agradeço por toda
ajuda e disponibilidade. Obrigada pelos conselhos, conversas e pela paciência e
carinho.
Ao Professor Márcio Antônio Mendonça por ter me ajuda nas análises químicas
do trabalho, pela sua paciência, bom humor e apoio intelectual e emocional.
Ao professor Gervásio Fernando Alves Rios pela ajuda nas análises
estatísticas do trabalho.
Aos professores da Faculdade de Agronomia e medicina veterinária da UNB,
com quem tive a satisfação de ter aula e dividir esse momento de aprendizagem.
Obrigada por todo conhecimento.
Aos meus amigos Luiza, Samara, Joefran, Nega e Silas por todo apoio e
carinho durante toda essa caminhada, por terem aguentado minhas lamurias e
desesperos. Agradeço pelo paciência e amor durante todos esses anos.
Resumo
A goiabeira (Psidium guajava L.) é uma cultura de grande importância econômica,
principalmente para as regiões tropicais e subtropicais do mundo. A goiaba é uma
fruta climatérica que normalmente é colhida em maturação fisiológica completa e
amadurece rapidamente após a colheita e envolve uma série de complexos eventos
bioquímicos que resultam em alterações na textura, na cor, sabor e no aroma;
tornando-os aptos para o consumo, além de ser altamente suscetível a injúrias. O
período de pós-colheita, é caracterizado por grandes perdas da qualidade dos frutos.
Existe hoje vários métodos para aumentar o tempo de prateleira dos frutos e hortaliças
entre eles estão uso de embalagens, controle de temperaturas, alteração da
atmosfera dos gases e outros. Este trabalho teve como avaliação a influência de
diferentes formas de acondicionamento da goiaba, sobre o tempo de amadurecimento
e características de qualidade pós-colheita, durante o armazenamento. As goiabas
foram submetidas a 4 acondicionamentos: Sem embalagem (SE); com embalagem
plástica (CEP), com embalagem plástica + sache absorvedor de umidade (CEPE) e
com embalagem plástica + sachê absorvedor de etileno. O delineamento experimental
adotado foi inteiramente casualizado (DIC), com fatorial 4 x 3. Para comparar as
médias dos tratamentos utilizou-se o teste de Scott- Knott adotando o nível de p< 0,05
de probabilidade. Os frutos foram avaliados a cada dois dias quanto á perda de massa
e diariamente quanto a coloração da casca. As características avaliadas foram: perda
da massa fresca, aspectos visuais, tempo de armazenamento, sólidos solúveis, acidez
titulável e pH. A goiaba 'Pedro Sato' apresentou melhor qualidade para
comercialização e consumo quando armazenada em atmosfera modificada. O uso de
embalagem de polietileno de baixa densidade foi eficiente em retardar o
amadurecimento de goiabas ‘Pedro Sato’ mantidas sobre condições ambientes em
até 5 dias. O uso de absorvedores de umidade e etileno também foram eficazes
quanto a perda de massa, cor, pH, SST e ATT.O uso PEBD não foi eficiente para
controle de doenças.
Palavras – chave: Psidium guajava L.; Acondicionados; Pós- colheita.
Abstract
The guava (Psidium guajava L.) is a crop of great economic importance, mainly for the
tropical and subtropical regions of the world. Guava is a climacteric fruit that is usually
harvested in complete physiological maturation and matures rapidly after harvest and
involves a series of complex biochemical events that result in changes in texture, color,
taste and aroma; Making them fit for consumption, in addition to being highly
susceptible to injury. The post-harvest period is characterized by large losses in fruit
quality. Today there are several methods to increase the shelf life of fruits and
vegetables among them are use of packaging, temperature control, change of gas
atmosphere and others. This work had as evaluation the influence of different forms of
guava packaging, on ripening time and post-harvest quality characteristics, during
storage. The guavas were submitted to 4 wrappings: Without packaging (SE); With
plastic packaging (CEP), with plastic packaging + sacheter moisture absorber (CEPE)
and with plastic packaging + sachet of ethylene. The experimental design was
completely randomized (DIC), with factorial 4 x 3. To compare the means of the
treatments, the Scott-Knott test was used, adopting the level of p <0,05 of probability.
The fruits were evaluated every two days for mass loss and daily for the color of the
peel. The evaluated characteristics were: loss of fresh mass, visual aspects, storage
time, soluble solids, titratable acidity and pH. Guava 'Pedro Sato' presented better
quality for commercialization and consumption when stored in a modified atmosphere.
The use of low density polyethylene packaging was efficient in delaying the maturation
of 'Pedro Sato' guavas maintained under ambient conditions within 5 days. The use of
moisture and ethylene absorbers were also effective in loss of mass, color, pH, SST
and ATT. The use of LDPE was not efficient for disease control.
Keywords: Psidium guajava L .; Conditioned; Post-harvest.
15
1. Introdução
A goiabeira (Psidium guajava L.) é uma cultura de grande importância
econômica, principalmente para as regiões tropicais e subtropicais do mundo. Seu
maior produtor mundial é a Índia, com produção de 3,7 milhões de toneladas em 2014.
Além da Índia, países como o Paquistão, o México e o Brasil também se destacam no
cultivo desse fruto (GILL et al., 2015).
Além da expressividade econômica, a goiaba destaca-se por suas excelentes
qualidades nutricionais sendo um dos frutos mais ricos em vitaminas C e pró-vitamina
A, é também fonte alimentar, bastante energética, contendo calorias e possuindo
teores de açúcares, ferro, cálcio e fósforo (LIMA et al., 2002).
Mas devido à alta perecibilidade do fruto, pelo amadurecimento rápido, perda
de firmeza e aos manejos inadequados de pós colheita, ás perdas são altas do
produto. Existem estudos com várias maneiras de armazenamento dos frutos para
aumentar seu tempo de prateleira, mas não basta aumentar o tempo de prateleira e a
qualidade não ser boa e do agradado dos consumidores (CHITARRA E CHITARRA,
2005).
Segundo Azzolini ,2004 a goiaba é um fruto climatérico por apresentar um
aumento na taxa respiratória e produção elevada de etileno após a colheita (pico
climatérico). Devido à alta perecibilidade do fruto, e pelo amadurecimento rápido,
perda de firmeza e aos manejos inadequados de pós colheita, ás perdas são altas.
Desta forma, vários métodos são empregados para diminuir a taxa respiratória do
vegetal, sendo o controle da temperatura e a alteração da atmosfera dos gases, entre
o vegetal e o meio (que são proporcionados pelos tipos de embalagens), os mais
utilizados na conservação e armazenamento de frutas e hortaliças (CHITARRA E
CHITARRA, 2005).
A atmosfera modificada é aplicada para uma grande quantidade de frutos,
normalmente obtida através do uso de filmes plásticos flexíveis (PVC e polietileno de
baixa densidade).
Portanto o objetivo do presente trabalho é avaliar a influência de diferentes
formas de acondicionamento da goiaba, sobre o tempo de amadurecimento e
características de qualidade pós-colheita, durante o armazenamento.
16
2. Objetivos
2.1. Geral:
O objetivo do presente trabalho é avaliar a influência de diferentes formas de
acondicionamento da goiaba (sem embalagem, com embalagem plástica, com
embalagem plástica e absorvedores de umidade e com embalagem plástica e
absorvedores de etileno) sobre o tempo de maturação e características de qualidade
pós-colheita, durante o armazenamento.
2.2. Específico:
Avaliar a influência das formas de acondicionamento, para cada estádio de
maturação considerado, sobre as características:
Perda de matéria fresca;
Aspecto visual;
Sólidos solúveis totais;
pH;
Acidez titulavél;
Tempo de armazenamento;
17
3. Revisão bibliográfica
3.1. Aspectos gerais da goiaba
A goiabeira (Psidium guajava L.) é uma cultura de grande importância
econômica, principalmente para as regiões tropicais e subtropicais do mundo. Seu
maior produtor mundial é a Índia, com produção de 3,7 milhões de toneladas em 2014.
Além da Índia, países como o Paquistão, o México e o Brasil também se destacam no
cultivo desse fruto (GILL et al., 2015).
Dentre os produtores mundiais de frutas, o Brasil ocupa a 3ª posição, com uma
produção superior a 40 milhões de toneladas ao ano, porém, no comércio global, a
participação brasileira é de apenas 2 % (ANUÁRIO BRASILEIRO DE
FRUTICULTURA, 2014), o que denota um alto consumo interno.
A goiabeira é originária da América tropical, é uma planta perene, semi-arbórea
é propagada por semente, são da família das mirtáceas. Apesar de ser nativa de
regiões tropicais, adapta-se bem as diferentes condições climáticas, sendo cultivada
desde o Rio Grande do Sul até o nordeste brasileiro, admitindo-se temperatura ideal
para o seu desenvolvimento e frutificação entre 23 e 28 ºC. (CERQUEIRA, et al.,
2007).
As plantas diferem entre si em diversos aspectos, como: formato de copa
(eretas ou esparramadas), produtividade, época de produção (precoce, meia estação
e tardia), tamanho e formato de fruto, coloração da polpa e a resistência ás pragas e
doenças. Os frutos podem ser bastante variados: arredondados, piriformes, ovais, de
pescoço lombo, curto, médio, elíptico etc. A polpa pode ser grossa ou fina e quanto à
cor pode ser branca e vermelha. (SAMPAIO, 2011).
As cultivares de polpa branca como a ‘kumagai’ e a ‘Chinesa’ são
recomendadas para exportações por possuírem maior vida útil pós-colheita.
Entretanto, as cultivares de polpa vermelha, geralmente são comercializadas in natura
no mercado nacional ou processadas nas indústrias para serem transformadas e
comercializadas na forma de doces, geleias, sorvetes, coquetéis, compotas, sucos e
bebidas. Dentre as cultivares de polpa vermelha encontram-se a 'Paluma', a 'Pedro
Sato', a 'Ogawa', a 'Sassaoka', entre outras (SAMPAIO, 2011).
18
Entre as cultivares, a ‘Pedro Sato’ é bastante plantada para comercialização de
goiaba de mesa. É muito perecível, da mesma forma que as demais variedades,
carecendo de tecnologias que preservem sua qualidade por mais tempo.
Os frutos podem ser classificados de acordo com seu comportamento
respiratório em climatéricos ou não-climatéricos. Os frutos com padrão respiratório
climatérico apresentam um pico na produção de CO2 e de etileno durante o processo
de amadurecimento (BIALE,1960), enquanto que os frutos não-climatéricos
apresentam um declínio gradual da respiração e baixa produção de etileno,
permanecendo em níveis basais durante toda sua vida pós-colheita (PORAT et al.,
2009).
As informações sobre o padrão respiratório de goiabas (Psidium guajava L.)
são contraditórias. Parece haver distintos comportamentos quanto ao padrão
respiratório, em função da variedade. Alguns autores como Biale e Barcus (1970)
consideram a goiaba como um fruto não climatérico, por não apresentar aumento da
produção de etileno e da atividade respiratória durante o amadurecimento. Já para
Brown e Wills (1983), Azzolini (2004), a goiaba é um fruto climatérico por apresentar
um aumento na taxa respiratória e produção elevada de etileno após a colheita (pico
climatérico). Os frutos climatéricos normalmente são colhidos em maturação
fisiológica completa e amadurecem rapidamente após a colheita e envolvem uma
série de complexos eventos bioquímicos que resultam em alterações na textura, na
cor e no aroma; tornando-os aptos para o consumo, além de ser altamente suscetível
a injúrias. Devido ao seu rápido período de senescência a comercialização em
mercados distantes é inviabilizada, porque depois de colhida completamente madura
apresenta capacidade de conservação de um a dois dias.
Manejos inadequados na colheita e na pós-colheita podem acelerar os
processos de senescência, que afetam a qualidade dos frutos (Carvalho, 1994;
Azzolini et al. 2004). Desta forma, vários métodos são empregados para diminuir a
taxa respiratória do vegetal, sendo o controle da temperatura e a alteração da
atmosfera dos gases, entre o vegetal e o meio (que são proporcionados pelos tipos
de embalagens), os mais utilizados na conservação e armazenamento de frutas e
hortaliças (CHITARRA E CHITARRA, 2005).
19
Além da expressividade econômica, a goiaba destaca-se por suas excelentes
qualidades nutricionais sendo um dos frutos mais ricos em vitaminas C e pró-vitamina
A, é também fonte alimentar, bastante energética, contendo calorias e possuindo
teores de açúcares, ferro, cálcio e fósforo(LIMA et al., 2003).Além de ser um alimento
nutritivo, a goiaba é conhecida por sua atividade antidiarreica, hepatoprotetora,
hipoglicemiante, hipotensora, antibacteriana e antioxidante; possuindo em sua
composição fitoconstituintes, como taninos, triterpenos, flavonoides, óleos voláteis,
dentre outros (KAMATH, 2008).
3.2. Pós- colheita da goiaba
Nos países em desenvolvimento como o Brasil, as perdas pós-colheita de frutas
e hortaliças ainda são uma realidade. O período de pós-colheita, é caracterizado por
grandes perdas da qualidade mercadológica, causadas por deteriorações pós-
colheita. O cuidado com o manuseio da fruta durante a colheita é essencial para que
sua boa qualidade seja mantida.
O ponto de colheita da goiaba com destino á comercialização “in natura” varia
de acordo com o destino do consumo final. Para a comercialização próxima da área
de produção, devem-se colher somente os frutos firmes, de coloração verde passando
para o mate, com a base ligeiramente amarela. Os destinados aos mercados mais
distantes devem ser colhidos ainda verdes, mas fisiologicamente maduros e com
polpa firme (CHITARRA E CHITARRA, 2005).
A determinação da fase de maturação com base apenas na aparência dos
frutos é falha, por ser uma medida subjetiva, sujeita ao erro humano. A utilização de
métodos físicos e químicos tem auxiliado muito para se conseguir determinar o ponto
ideal de colheita. Este pode ser conseguido por diferentes análises, tais como teor de
sólidos solúveis totais (SST) que é um atributo que influencia na comercialização da
goiaba, consiste em substâncias hidrossolúveis como açúcares e contribui para o
sabor adocicado da goiaba (AZZOLINI ,2002).
A firmeza da polpa (textura), que se apresenta como o mais importante atributo
que define o destino do fruto e contribui para a manutenção da vida pós-colheita do
mesmo, oferecendo-o proteção durante o transporte e resistência a ataque de
microrganismos. A perda de firmeza durante o amadurecimento tem sido atribuída às
20
alterações nos componentes da parede celular que levam ao declínio da integridade
do fruto (CARVALHO et al., 2001; CHITARRA; CHITARRA, 2005).
A coloração do fruto também é um fator importante e bastante levado em
consideração quanto à comercialização, por proporcionar uma boa aparência e
influenciar a preferência do consumidor. É um parâmetro geralmente utilizado para
determinação do estádio de maturação do fruto. Entretanto, essa determinação visual
da maturação pode indicar índices falsos, visto que a cor também pode ser
influenciada pela localização do fruto na copa (BLEINROTH et al., 1996; CAVALINI,
2004). Além desses, temos acidez total titulável (ATT), relação SSS/ATT.
3.3. Tecnologia pós colheita
3.3.1. Uso de embalagens e Temperatura
Existe hoje vários métodos para aumentar o tempo de prateleira dos frutos e
hortaliças entre eles estão uso de embalagens, revestimentos comestíveis, controle
de temperaturas, alteração da atmosfera dos gases e outros.
Conservação em atmosfera modificada pode ser definida como
armazenamento realizado sob condições de composição da atmosfera diferente
daquele presente na atmosfera do ar normal.
Na atmosfera normal o O2 está presente na concentração de 21%, enquanto o
CO2 apresenta-se em concentrações de cerca de 0,03%. Na atmosfera modificada, a
presença de uma barreira artificial – como através de embalagem de filme plástico –
à difusão de gases em torno do produto resulta em redução do nível de O2 e aumento
do nível de CO2 (SMITH et al., 1987).
Como o oxigênio (O2) é o componente mais importante para que se realize a
respiração aeróbia, deve estar disponível em quantidade adequada no ar. O
abaixamento do teor de O2 leva a uma redução na taxa respiratória de frutas. A
redução da concentração de oxigênio é uma técnica muito útil para controlar a taxa
de respiração das frutas e é o princípio utilizado no armazenamento em atmosfera
modificada de produtos perecíveis (PANTASTICO, 1975).
O gás carbônico (CO2) em altas concentrações – para uma dada combinação
tempo-temperatura – pode danificar as frutas em poucos dias por reduzir a respiração
e levar à produção de álcool, causar injúrias ao tecido que se manifestam como
21
amadurecimento irregular, aumento da biossíntese de etileno, aceleração da
deterioração e agravamento de outras desordens fisiológicas e até mesmo a produção
de toxinas (KADER, 1979 citado por SIGRIST, 1992).
O etileno (C2H4) é um gás produto do metabolismo dos tecidos vegetais, que é
considerado um regulador de crescimento de amadurecimento dos frutos. Sua
evolução acompanha o processo de maturação e envelhecimento dos frutos (MELO
NETO, 1996). Os efeitos fisiológicos e bioquímicos conhecidos do etileno em produtos
hortícolas na pós-colheita incluem aumento da atividade respiratória, aumento da
atividade de enzimas como poligalacturonase, peroxidase, lipoxidase, alfamilase,
polifenol-oxidase, e fenilalanina amonialiase; aumenta a permeabilidade e perde a
compartimentalização celular; altera o transporte de auxinas ou o metabolismo
(KADER, 1985).
A presença do etileno pode ser desejável ou não para produtos na pós-colheita,
dependendo de onde e quando ocorre, por estimular o amadurecimento e sabe-se
que seu acúmulo durante o armazenamento pode ser prejudicial para a conservação
de frutos.
A atmosfera modificada visa reduzir a respiração e produção dos frutos e
associada a baixa temperaturas constitui-se uma tecnologia mais eficiente para a
conservação de frutos. Pois resfriamento rápido dos produtos é um método
considerado de suma importância na conservação e no prolongamento da vida útil
dos produtos, pois altas temperaturas afetam a qualidade das frutas e hortaliças ao
interferir nos processos vitais, tais como: respiração; maturação e a produção de
etileno e outros voláteis; perda de peso (H2O); desenvolvimento e disseminação de
microrganismos (CENCI, 2006).
Yamashita e Benassi (2000); Jacomino et al. (2001); citaram que o uso de
filmes plásticos de diferentes densidades e permeabilidades a gases conservou e
prolongou a vida útil de goiabas ‘Pedro Sato’ armazenadas em diferentes estádios de
maturação, sob temperatura ambiente e refrigeração.
22
3.4. Efeitos do absorvedor de etileno
Segundo Kader (1989), os absorvedores de etileno podem ajudar a diminuir a
intensidade da taxa respiratória no pico climatério em algumas frutas. Como o
absorvedor de etileno, permanganato de potássio. Kader (1989) explica que o
permanganato de potássio (KMnO4) é um absorvedor não corrosivo que pode ser
impregnado em substratos inertes, como a vermiculita, e oxida o etileno em CO2 e
H2O. O Permanganato de potássio, após a reação com etileno, passa da cor violeta
ao marrom, indicando que os sachês devem ser trocados.
A eliminação do etileno e o aumento da concentração de CO2 ao diminuir a
intensidade da respiração, restringem o processo de maturação e perda de firmeza.
E a elevação do conteúdo de H2O na atmosfera diminui o déficit de pressão de vapor,
baixando a intensidade da transpiração e restringindo as perdas de massa, diminuindo
o amolecimento dos frutos. Em condições de atmosfera modificada, os níveis de
gases presentes no ar não sofrem controle completo. A magnitude das alterações que
ocorrem é dependente da natureza e espessura da barreira, taxa respiratória do
produto, relação entre massa do produto e área superficial da barreira, espaço vazio
dentro da embalagem, pressão parcial do gás na atmosfera externa à embalagem,
pressão hidrostática interna, temperatura e umidade (SMITH et al., 1987).
3.5. Efeitos do absorvedor de umidade
A umidade relativa, que expressa a umidade do ar, é definida como a relação
da pressão de vapor do ar e a pressão de vapor de saturação possível sob a mesma
temperatura, expressa em porcentagem. Quanto maior a diferença entre a pressão de
vapor interna e a externa, maior será a perda d’água pelo produto. Essa diferença de
pressão entre o produto e o ar é conhecida como déficit de pressão de vapor
(CHITARRA e CHITARRA, 2005).
Produtos frescos e alimentos minimamente processados perdem água no
processo de respiração, pela atividade microbiológica e física. A condensação ou
“transpiração” é um problema em muitos tipos de alimentos, principalmente frutas e
legumes frescos. Quando a condensação umedece a superfície do produto, os
nutrientes podem ser solubilizados na água, incentivando o crescimento rápido de
fungos e a perda de nutrientes do alimento (CHITARRA e CHITARRA, 2005).
23
Uma forma efetiva para o controle do excesso de água dentro de embalagens
é a utilização de absorvedores de umidade em embalagens com alta barreira a vapor
de água. Esses absorvedores podem ser sílica gel, peneira molecular, óxido de cálcio,
cloreto de cálcio e amido modificado ou outras substâncias que absorvem a umidade
(CHITARRA e CHITARRA, 2005).
4. Material e Métodos
O experimento foi realizado no Laboratório de Armazenamento e Pré-
Processamento de Produtos Agrícolas da Universidade de Brasília – UNB, em Brasília
(DF) nos meses de fevereiro a abril do ano de 2017.
A matéria prima, frutos de goiaba, da cultivar ‘Pedro Sato’, foram adquiridos no
Ceasa-DF pelo período da manhã e selecionados seguindo um padrão de tamanho,
estádio de maturação (verde-estádio1), ausência de defeitos e doenças visíveis, e
depois transportados em saco plástico para o laboratório.
Posteriormente foram lavados e sanitizados com hipoclorito de sódio (20ml
para cada 100 ml de água), por 10 minutos e novamente lavados em água corrente
para retirada de resíduos e excesso do cloro, escorridos e secos.
Após secarem, os frutos foram pesados, e foram colocados 2 frutos por
embalagem. As embalagens também foram pesadas assim como os sachês e blocos
de permanganato antes da montagem do experimento: As embalagens plásticas
utilizadas são de polietileno de baixa densidade (PEBD) de 10 micra:
Acondicionamento 1 - Sem embalagem (controle) (SE);
Acondicionamento 2 – com embalagem plástica (CEP);
Acondicionamento 3 - com embalagem plástica + sachês absorvedor de
umidade (CEPU);
Acondicionamento 4 - com embalagem plástica + sachês absorvedor de etileno
(CEPE);
24
Os blocos de permanganato foram produzidos em laboratório. Essa produção
consistiu na mistura de gesso e água e moldagem em formas de gelo, deixando-os
secar por algumas horas. Depois de desenformar, mergulha-se na solução de
permanganato. O preparo da solução consistiu na dissolução de 55g do
permanganato de potássio em 500 ml de água destilada. Os blocos ficaram imersos
na solução por alguns segundos até a completa absorção (FERREIRA, 2009).
As características avaliadas foram: perda da massa fresca, aspectos visuais,
tempo de armazenamento, sólidos solúveis, acidez titulável e pH.
Figura 1: A - Acondicionamento 1 (sem embalagem); B - Acondicionamento 2 (com embalagem plástica); C -
Acondicionamento 3 (com embalagem de plástica + sachê absorvedor de umidade); D - Acondicionamento 4 (com
embalagem de plástica+ sachê absorvedor de etileno). (Queiros,2017)
25
4.1. Características físicas:
4.1.1. Determinação do Estádio de maturação:
Os frutos de goiaba foram armazenados na bancada do laboratório sob as
condições ambientais de temperatura de 25°C e umidade relativa de 70%, onde
permaneciam até atingirem a coloração de casca do estádio de maturação desejado,
sendo feitas diariamente a verificação das cores das cascas dos frutos. As avaliações
visuais das goiabas foram realizadas de acordo o estádio de maturação, segundo a
cor da casca (1- verde-escura, 2- verde-clara e 3- verde-amarela), segundo
Azzolini,2004.
Para amostragem, foram considerados os seguintes aspectos: casca, polpa e
sementes. O grau de maturação era definido a partir coloração da casca. Quando
atingida, era feita a amostragem de todo o tratamento, cortando todas as goiabas em
pedaços e selecionando, de forma aleatória, 5 pedaços de cada repetição e colocadas
em saquinhos plásticos, em seguida lacrados. Logo após, esses foram colocados no
freezer e congelados.
Figura 2: Grau de maturação de goiabas ‘Pedro Sato’, classificados, segundo a cor da casca: em estádio 1 (cor
da casca verde escura - A); em estádio 2 (cor da casca verde clara – B); em estádio 3 (cor da casca verde-amarelo
– C), durante o armazenamento. (Queiros,2017)
26
4.1.2. Perda de massa
Foi determinada em balança Shimadzu – modelo BL 3200H calculada em
gramas, considerando-se a diferença entre a massa inicial do fruto e aquela obtida em
cada intervalo da amostragem. Para se obter os valores de perda de massa usou-se
a expressão: [(massa inicial - massa de cada intervalo de tempo) / (massa inicial)x
100].
4.1.3. Preparação das amostras para análises químicas
As amostras de goiaba congeladas foram retiradas do freezer e colocadas para
descongelar em temperatura ambiente, afim de serem homogeneizadas para se iniciar
as análises químicas. Cada amostra foi separada em um recipiente e homogeneizado
com o Mixer vertical, deixando-as com uma aparência de polpa.
4.2. Características químicas
4.2.1. pH
A leitura do pH foi realizada com amostras obtidas diluindo-se e
homogeneizando-se 10g da polpa da goiaba em 100 ml de água destilada. Foram
utilizados para este fim balança de precisão Tecnal _ Precision Standart, e pHmetro
Digimed instrumentação analítica LTDA modelo DM 21.
4.2.2. Sólidos solúveis totais
O conteúdo de sólidos solúveis (SS) foi determinado por leitura em refratômetro
digital (Marca ATAGO, modelo Pocket Palm Perform) com escala variando de 0 até
32%. Os resultados foram expressos em percentagem (ºBrix).
4.2.3. Acidez titulavél total (ATT)
A acidez titulavél total (ATT) foi determinada em duplicata usando-se 10,0g da
amostra da polpa, ao qual adicionou-se 100 mL de água destilada. Em seguida
procedeu-se a titulação com solução de NaOH à 0,1 N, previamente padronizada para
neutralização dos ácidos orgânicos, o que ocorre quando a solução atinge pH 8,10. E
os resultados expressos em porcentagem de ácido cítrico (Metodologia de Carvalho,
1990).
27
4.3. Delineamento experimental e análise estatística
Foi utilizado o delineamento experimental inteiramente casualizado (DIC), em
esquema fatorial 4x3 (quatro condições de acondicionamento dos frutos e três
estádios de maturação) com 3 repetições.
Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias
comparadas pelo teste de Scoot-knott com probabilidade de 5%. A variável perda de
massa foi analisada por curva de regressão. As análises de variância foram realizadas
com o auxílio do programa estatístico SISVAR (FERREIRA, 2001).
28
5. Resultados e Discursões
5.1. Perda de massa
Nas figuras 3 e 4 mostram a perda de massa fresca (PMF) ao longo do período
de armazenamento. Observa-se um aumento linear da perda de massa para as
diferentes formas de acondicionamento, para ambos os estádios de maturação
avaliados.
As goiabas sem embalagem (SE) atingiram o estádio 2 de maturação depois
de três dias, enquanto os acondicionados com embalagem plástica (CEP) e com
embalagem plástica + sachê absorvedor de etileno (CEPE), atingiram depois de seis
dias. Os frutos do acondicionamento com embalagem + sachê absorvedor de umidade
(CEPU), atingiram o estádio 2 de maturação no oitavo dia.
Dessa forma, ao atingirem o estádio 2 de maturação os frutos SE,
apresentaram perda de massa de 6,20% no terceiro dia de armazenamento. Os frutos
CEP perderam 0,30%, CEPE 0,17%, no sexto dia e o CEPU perdeu 0,40% no oitavo
dia.
Figura 3: Estádio 2 - Perda de massa fresca (%) dos frutos de goiaba “Pedro Sato” com 4 diferentes
acondicionamentos, após 11 dias de armazenamento.
29
O estádio 3 de maturação das goiabas com acondicionamento SE foi atingido
no sexto dia de armazenamento, apresentando uma perda de massa de 11,09%.
Enquanto os frutos acondicionados CEP atingiram o estádio 3 no décimo dia,
apresentando perda de massa de 1,38%. As goiabas acondicionadas com CEPU e
CEPE atingiram o estádio 3 no décimo primeiro dia e perda de massa de 1,91% e
1,06%, respectivamente.
Portanto, diante dos resultados concluímos que o uso de embalagens é uma
alternativa para aumentar o tempo de prateleira das goiabas. Pois, o uso da
embalagem plástica promoveu um atraso no grau de maturação dos frutos e
consequentemente menor perda de massa ao longo do armazenamento. O uso de
absorvedores de oxigênio e etileno também foram eficazes quanto a perda de massa.
Verifica-se que a utilização da atmosfera modificada no armazenamento é um
meio de minimizar o déficit de pressão de vapor (DPV) entre os frutos e a atmosfera
que os circunda e, consequentemente, limitar a perda d'água destes por transpiração,
reduzindo a perda de massa. SAMPAIO (1981) relatou que embalagens de polietileno
controlaram bem as perdas de água (0,6%) dos frutos, comparados ao controle (10%),
em mangas ‘Oliveira Neto’ armazenadas a 10°C por 21 dias.
Figura 4: Estádio 3 - Perda de massa fresca (%) dos frutos de goiaba “Pedro Sato” com 4 diferentes
acondicionamentos, após 11 dias de armazenamento.
30
Resultados semelhantes foram descritos por Sá et al. (2008), que em pesquisa
com melão da variedade Cantaloupe acondicionados em embalagens plásticas
associadas com sachês de permanganato de potássio, notaram perda de massa
crescente durante o armazenamento.
5.2. Análise visual
Durante o amadurecimento, a maioria dos frutos apresenta modificações de
cor. Desta forma a cor torna-se um atributo importante na determinação do estádio de
maturação e qualidade comestível do fruto (TUCKER, 1993).
No primeiro dia do experimento todas as goiabas encontravam-se uniformes
com coloração da casca verde-escura o que caracteriza o estádio 1 de maturação do
fruto, independentemente do tipo de acondicionamento. Ao decorrer dos dias de
armazenamento a coloração da casca foi modificando-se, devido ao amadurecimento
dos frutos (Figura 5).
No terceiro dia de armazenamento a coloração da casca das goiabas no
acondicionamento sem embalagem (SE) se encontravam com coloração verde-clara,
caracterizando o estádio 2 de maturação. No sexto dia de armazenamento as goiabas
dos acondicionamentos CEP e CEPE encontravam-se com a coloração da casca
verde –clara, e no oitavo dia o acondicionamento CEPU chegou na coloração verde
clara.
Seguindo com as avaliações da coloração, no sexto dia de armazenamento as
goiabas SE atingiram a cor da casca verde-amarelada caracterizando o estádio 3 de
maturação. No décimo dia os frutos do acondicionamento CEP estavam com cor da
casca verde- amarelada e no decimo primeiro dia os outros dois acondicionamentos
CEPE e CEPU atingiram a coloração verde- amarelada.
Em experimento realizado por Azzolini et al, (2004) os frutos colhidos no estádio
1 apresentaram dois períodos de intensa mudança de coloração. Entre os dias dois e
quatro ocorreu uma mudança de cor e entre os dias oito e dez ocorreu outra variação
de cor da casca. Resultados que vão de encontro aos dias de mudança de cor da
casca das goiabas do nosso experimento.
31
Ao decorrer dos dias de armazenamento, observou-se sintomas de antracnose
nas goiabas acondicionadas com embalagem plástica + sachê absorvedor de
umidade (CEPU). Seguindo com os dias de armazenamento os sintomas de
antracnose também foram observados no acondicionamento CEPE ao décimo
primeiro dia de armazenamento (Figura 6).
O processo de transformação da coloração está intimamente ligado a
biossíntese de etileno. O etileno promove o aumento da atividade das enzimas
clorofilases responsáveis pela degradação da clorofila e também induz a síntese de
novas enzimas responsáveis pela biossíntese de carotenoides (WILLS et al.,1998).
Isso explica o porquê das goiabas com sintomas de antracnose terem atingindo
coloração da casca verde amarelada mais cedo do que os outros frutos, porque a
produção de etileno foi mais acentuada e os processos de degradação de clorofila
acelerados.
Figura 5: Analise visual dos frutos de goiaba ‘Pedro Sato’, submetidas a diferentes métodos de acondicionamento
no estádio 3 de maturação, no 1º, 3º e 6º dia de armazenamento. Comparando o 1°, 3° e 5° dia de armazenamento.
(Queiros,2017)
32
5.3. Características Químicas:
5.3.1. PH
De acordo com a Tabela 1, observa-se que houve interação significativa entre
os acondicionamentos e os estádios de maturação. As médias de pH dos
acondicionamentos dentro dos estádios de maturação permitiram verificar a
ocorrência de diferença significativa somente nos estádios 2 e 3, não sendo observada
diferença estatística para o estádio 1.
No estádio 2, o acondicionamento com embalagem plástica (CEP) e com
embalagem plástica + sachê absorvedor de umidade (CEPU) proporcionaram as
maiores médias de pH, diferenciando dos acondicionamentos com embalagem
plástica+ sache absorvedor etileno (CEPE) e sem embalagem (SE). No estádio 3, o
acondicionamento SE, CEP e CEPU também proporcionaram as maiores médias de
pH se diferenciando do acondicionamento CEPE. Entretanto, com relação as médias
de pH dos estádios de maturação dentro de cada acondicionamento não houve
diferença estatística.
Resultado semelhante foi encontrado por Fakhouri e Grosso (2003), ao relatar
que houve variações mínimas de pH nos tratamentos com coberturas comestíveis e
inclusive para as frutas sem revestimento. Oshiro et al. (2011), não encontrou
influência significativa da condição de armazenamento sobre o pH das goiabas.
Figura 6: Goiaba com sintomas de antracnose no acondicionamento com embalagem plástica + sachês absorvedor
de umidade (CEPU) no estádio 3 de maturação. (Queiros,2017)
33
Tabela 1: Valores médios de pH (em %) de goiaba ‘Pedro Sato’ em diferentes
acondicionamentos1.
1 As médias seguidas pela mesma letra minúscula na linha e maiúscula na coluna não diferem entre si no nível de
p < 0,05 de probabilidade pelo de teste de SCOOT-KNOTT.
5.3.2. Sólidos Solúveis totais
Os resultados demonstram que os teores de sólidos solúveis não apresentaram
diferença significativa em função dos acondicionamentos e do estádio de maturação.
Entretanto avaliando de maneira isolada o acondicionamento sem embalagem nos
estádios 2 e 3 de maturação, observa-se valores de sólidos solúveis totais superiores
aos demais acondicionamentos, atingindo valores de 11,10% e 10,40%
respectivamente.
Resultado semelhante foi encontrado por Azzolini et al (2004), em que o teor
de SST no estádio 3 teve um leve aumento com relação aos demais estádios
avaliados. Pivetta et al. (1992), não verificou mudanças no teor de sólidos solúveis em
função do ponto de colheita em seu experimento, o que entra de acordo com o nosso
experimento.
Segundo Rhodes (1980), os frutos que não contêm açucares de reserva, não
apresentam mudanças significativas nos teores de açucares e consequentemente no
teor de SST, durante o amadurecimento. O que pode explicar o porquê desta variável
não apresentar diferenças significativas entre os estádios de maturação, visto que a
goiaba não apresenta níveis elevados de açucares de reserva, tendo de 1 a 3% de
amido do total de carboidratos não estruturais, não contribuindo de forma significativa
para o aumento do teor de açucares solúveis, durante o amadurecimento.
Esses açucares, os quais representam a maior porcentagem dos SST, são
consumidos durante o amadurecimento no processo respiratório. Mas a degradação
dos açucares de reserva aumentam promovendo o aumento dos açucares solúveis.
PH
Tratamentos Sem
embalagem Com embalagem
plástica
Com embalagem plástica + Sachê de
absorvedor de umidade
Com embalagem plástica + Sachê
absorvedor de etileno
Estádio 1 3,4933 aA 3,5833 aA 3,5833 aA 3,5666 aA
Estádio 2 3,5000 aA 3,6333 bA 3,5666 bA 3,4666 aA
Estádio 3 3,5666 bA 3,6666 bA 3,6000 bA 3,4666 aA
34
Tabela 2: Teor de sólido solúveis totais de goiabas ‘Pedro Sato’ submetidas a
diferentes acondicionamentos1.
1.
1 As médias seguidas pela mesma letra minúscula na linha e maiúscula na coluna não diferem entre si no nível de
p < 0,05 de probabilidade pelo de teste de SCOOT-KNOTT.
Em todo esse processo o etileno tem papel fundamental, pois promove a síntese das
enzimas que atuam na degradação desses açucares de reserva.
Diante disso pode-se explicar o fato dos teores de SST terem sido diferentes
no acondicionamento sem embalagem nos estádios 2 e 3, pois podemos inferir que o
processo respiratório foi maior do que nos outros acondicionamentos com atmosfera
modifica, com baixo teor de O2 e altos teores de CO2, diminuindo a síntese de etileno
e consequentemente a respiração.
5.3.3. Acidez titulavél total (ATT)
A Acidez total titulável (ATT) não teve diferença estatística na interação
acondicionamentos e estádios de maturação (Tabela 3). Os teores de ATT não
seguiram um padrão, nos acondicionamentos SE os teores aumentaram em função
do estádio de maturação, no acondicionamento CEP os teores diminuíram em função
dos estádios de maturação. No acondicionamento CEPU os teores de ATT tiveram
um aumento no estádio 2 com relação ao estádio 1 e depois teve uma queda nos
teores no estádio 3, enquanto que no acondicionamento CEPE os teores de ATT
diminuíram no estádio 2 em comparação ao do estádio 1 e depois diminuíram no
estádio 3.
Pois a acidez de um fruto é dada pela presença dos ácidos orgânicos e servem
de substrato para respiração, sendo fundamentais na síntese de compostos fenólicos,
lipídios e aromas voláteis. O teor de ácidos orgânicos, com poucas exceções, diminui
Sólido solúveis totais (SS)
Tratamentos Sem
embalagem Com embalagem plástica
Com embalagem plástica + Sachê absorvedor de
umidade
Com embalagem plástica + Sachê
absorvedor de etileno
Estádio 1 10.4666 aA 9,4666 aA 9,3333 aA 10,3666 aA
Estádio 2 11.1000 bA 9,2833 aA 9,5666 aA 9,1666 aA
Estádio 3 10,4000 bA 8,6666 aA 9,0600 aA 9,1000 aA
35
Tabela 3: Teor de acidez titulável total (em % de ácido cítrico) de goiabas ‘Pedro Sato’
submetidas a diferentes acondicionamentos1.
1.
1 As médias seguidas pela mesma letra minúscula na linha e maiúscula na coluna não diferem entre si no nível de
p < 0,05 de probabilidade pelo de teste de SCOOT-KNOTT.
com a manutenção das frutas, em decorrência do seu uso como substrato no processo
respiratório ou de sua conversão em açúcares, segundo (Chitarra e Chitarra, 2005).
Jacomino et al. (2003) e Garcia – Velasco (1998), observaram redução da
acidez dos frutos. Costa (2008), em pesquisa com pêssegos cv. Tropic Beauty
utilizando irradiação gama e sachê absorvedor de etileno observou diminuição nos
teores de acidez titulavél durante a vida de prateleira dos frutos.
Segundo Pimentel et al. (2010) a acidez dos frutos pode diminuir ou aumentar,
dependendo da espécie em questão, pois os ácidos orgânicos são utilizados na
respiração para produção de Trifosfato de adenosina (ATP),resultando na diminuição
da acidez dos frutos, como também o próprio processo respiratório produz ácidos
orgânicos que podem acumular-se no fruto, ocasionando leve aumento de sua acidez.
Mendonça et al. (2007) observaram um aumento linear na porcentagem de acidez de
goiabas ‘Cortibel 1’ e ‘Cortibel 2’, durante os 16 dias de armazenamento.
Acidez
Tratamentos Sem
embalagem
PEBD sem saches e sem blocos de gesso de
permanganato
PEBD + 3 sachês absorvedor de
umidade
PEBD + 2 blocos de permanganato de
potássio
Grau 1 0,4952 aA 0,4866 aA 0,4884 aA 0,5271 aA
Grau 2 0,5216 aA 0,466 aA 0,5105 aA 0,4697 aA
Grau 3 0,5396 aA 0,4287 aA 0,455 aA 0,4738 aA
36
6. Conclusão
A goiaba 'Pedro Sato' apresentou melhor qualidade para comercialização e
consumo quando armazenada em atmosfera modificada.
O uso de embalagem de polietileno de baixa densidade foi eficiente em retardar
o amadurecimento de goiabas ‘Pedro Sato’ mantidas sobre condições ambientes por
mais de 5 dias.
O uso de absorvedores de umidade e etileno também foram eficazes quanto a
perda de massa e cor
O uso PEBD não foi eficiente para controle de doenças.
37
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