Uso Do Material Dourado - Questões Teóricas (1) (1)

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As contribuições de Jean Piaget e Maria Montessori WORKSHOP: USO DOMATERIAL DOURADO Edinei Messias Mestrado em Educação Edinei Messias - Ass. Acadêmico

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USO DO MATERIAL DOURADO DA CAIXA DOURADA

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As contribuições de Jean Piaget e Maria Montessori

WORKSHOP: USO DOMATERIAL DOURADO

Edinei Messias Mestrado em Educação

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Como as crianças aprendem?

Todas ao mesmo tempo? Todas da mesma maneira?

Por que aprenderam algumas coisas melhor que outras?

Como ensinar para obter um melhor aprendizado?

PARA INÍCIO DE CONVERSA:

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Como se pensava antes?

Antigamente, acreditava-se que as crianças aprendiam:

1. Recebendo informações;

2. Pela explicação do professor;

3.. Ouvindo regras, copiando, decorando e devia aprender;

4. Quando não aprendia, culpava-se a criança (desatenta, irresponsável) ou

falta de "jeito" do professor.

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Como pensam teóricos atuais?

Apresentam-se a teoria da Psicologia Cognitivista

(PSICOLOGIA é a ciência que estuda o pensamento e as emoções;

a palavra COGNITIVA refere-se ao conhecimento).

JEAN PIAGET

O Pensamento cognitivista

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Como se constrói o conhecimento, segundo Piaget?

ESQUEMA: a nossa cabeça é como um arquivo de dados

(cada nova informação recebida do meio, são

organizadas como fichas nesse arquivo – formando as

estruturas mentais)

ASSIMILAÇÃO: É a incorporação de elementos

do meio externo (objeto, acontecimento, ...) a um esquema ou estrutura do

sujeito.

Na assimilação o indivíduo usa as estruturas que já

possui.

ACOMODAÇÃO: o sujeito cria um novo esquema ou modifica

seus esquemas mentais a partir do que recebeu do meio

externo

ADAPTAÇÃO: O balanço entre assimilação e acomodação é

chamado de adaptação.

EQUILIBRAÇÃO: É o processo da passagem de uma situação de menor equilíbrio para uma de maior equilíbrio. Uma fonte

de desequilíbrio ocorre quando se espera que uma

situação ocorra de determinada maneira, e esta

não acontece.

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Os Estágios Cognitivos Segundo Piaget – o desenvolvimento da criança

SENSÓRIO MOTOR ( 0 – 2 anos)

o bebê começa a construir esquemas de ação para assimilar mentalmente o meio

(LOPES, 1996).

Segundo LOPES, as noções de espaço e

tempo são construídas pela ação, configurando assim,

uma inteligência essencialmente

prática.

a criança busca adquirir controle motor e aprender sobre os objetos que a rodeiam

O bebê pega o que está em sua mão; "mama" o que é

posto em sua boca; "vê" o que está

diante de si. Aprimorando esses esquemas, é capaz de ver um objeto, pegá-lo e levá-lo a

boca.

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O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

PRÉ-OPERATÓRIO ( 2 – 7 ANOS);

• É egocêntrica, centrada em si mesma, e não consegue se colocar, abstratamente, no lugar do outro.

• Não aceita a idéia do acaso e tudo deve ter uma explicação (é fase dos "por quês").

• Deixa se levar pela aparência sem relacionar fatos.

• Possui percepção global sem discriminar detalhes.

• EXEMPLO: Mostram-se para a criança, duas bolinhas de massa iguais e dá-se a uma delas a forma de salsicha. A criança nega que a quantidade de massa continue igual, pois as formas são diferentes. Não relaciona as situações.

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OPERATÓRIO-CONCRETO ( 7 – 11 ANOS);

Conforme Nitzke et alli (1997b), neste estágio a criança

desenvolve noções de tempo, espaço, velocidade, ordem,

casualidade Um importante conceito desta fase é o

desenvolvimento da reversibilidade, ou seja, a

capacidade da representação de uma

ação no sentido inverso de uma anterior,

anulando a transformação

observada.

Exemplos:

Despeja-se a água de dois copos em outros, de formatos diferentes, para que a criança diga se as

quantidades continuam iguais. A resposta é afirmativa uma vez que a criança já diferencia

aspectos e é capaz de "refazer" a ação.

É capaz de relacionar diferentes aspectos e

abstrair dados da realidade.

O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

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O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

Operatório-formal – a partir dos 12 anos

• Segundo WADSWORTH (1996) é neste momento que as estruturas cognitivas da criança alcançam seu nível mais elevado de desenvolvimento.

• Agora a criança é capaz de pensar logicamente, formular hipóteses e buscar soluções, sem depender mais só da observação da realidade.

• Exemplo:

• Se lhe pedem para analisar um provérbio como "de grão em grão, a galinha enche o papo", a criança trabalha com a lógica da idéia (metáfora) e não com a imagem de uma galinha comendo grãos.

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Como pensam teóricos atuais?

Para ela a educação deve ser efetivada em etapas gradativas, respeitando a fase de desenvolvimento da criança,.

Na sua visão a criança traz consigo forças inatas interiores, pré-disponibilizada para aprender mesmo sem a ajuda do alheio, partiu de um princípio básico: A CRIANÇA É CAPAZ DE APRENDER NATURALMENTE.

Maria Montessori defendia que o caminho do intelecto passa pelas mãos, porque é por meio do movimento e do toque que os pequenos exploram e decodificam o muno ao seu redor.

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O método Montessori

Baseia-se na observação de que meninos e meninas aprendem melhor pela experiência direta de procura e descoberta.

parte do concreto rumo ao abstrato

Escalas cuisenaire Blocos lógicos Ábaco

Que é nosso objeto de estudo Edinei Messias - Ass. Acadêmico

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USO DO MATERIAL DOURADO

Inicialmente, o Material Dourado era conhecido como "Material das

Contas Douradas"

Embora especialmente elaborado para o trabalho com aritmética, a

idealização deste material seguiu os mesmos princípios montessorianos

para a criação de qualquer um dos seus materiais, a EDUCAÇÃO

SENSORIAL:

• desenvolver na criança a independência, confiança em si mesma, a

concentração, a coordenação e a ordem;

• gerar e desenvolver experiências concretas estruturadas para

conduzir, gradualmente, a abstrações cada vez maiores;

• fazer a criança, por ela mesma, perceber os possíveis erros que

comete ao realizar uma determinada ação com o material;

• trabalhar com os sentidos da criança.

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Lubienska de Lenval, seguidor de

Montessori, fez uma modificação no material

inicial e o construiu em madeira na forma que

encontramos atualmente.

USO DO MATERIAL DOURADO A imprecisão das

medidas dos quadrados e cubos se constituía num problema ao serem realizadas atividades

É constituído por cubinhos, barras,

placas e um cubo

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O MATERIAL DOURADO

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DECOMPONDO O MATERIAL DOURADO

•O cubo é formado por 10 placas, a placa é formada por 10

barras e a barra é formada por 10 cubinhos.

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FINALIDADES DO MATERIAL DOURADO

I. O MATERIAL DOURADO MONTESSORI destina-se a

atividades que auxiliam o ensino e a aprendizagem do

sistema de numeração decimal-posicional e dos métodos

para efetuar as operações fundamentais (ou seja, os

algoritmos).

I. - O Material Dourado possibilita ter uma “imagem”

concreta das relações numéricas.

I. - Obtém-se, além da compreensão dos algoritmos, um

notável desenvolvimento do raciocínio e um aprendizado

bem mais agradável.

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EXPLORANDO O MATERIAL DOURADO O PRIMEIRO CONTATO DO ALUNO COM O MATERIAL DOURADO

deve ocorrer de forma lúdica para que ele possa explorá-lo

livremente.

a criança percebe a forma, a constituição e os tipos de

peça do material.

pedir às crianças que elas mesmas atribuam nomes

aos diferentes tipos de peças do material

criem uma forma própria de registrar o que vão fazendo.

Seria conveniente que o professor trabalhasse durante algum tempo com a linguagem das crianças para depois adotar os nomes convencionais: cubinho, barra, placa e bloco. Edinei Messias - Ass. Acadêmico

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INDO PARA A PRÁTICA Contextualizando a teoria

TRABALHO EM GRUPO EXPLORANDO A APOSTILA:

Atividades para relação teoria x prática sobre uso do Material Dourado em sala de aula

Os graduandos em seus grupos, de posse de uma Atividade

prática sobre o uso do Material Dourado em Sala de aula, deverão:

1. fazer a leitura cuidadosa da atividade; 2. discutir o sentido pedagógico da atividade;

3. Relacionar a teoria discutida com a prática da atividade; 4. Apresentar ao grupão a atividade;

5. Descrever quais objetivos a atividade pretende desenvolver.

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