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USO DOS MANTENEDORES DE ESPAÇO NA PERDA PRECOCE DE DENTES DECÍDUOS Ana Paula Capuchim* Bianca Damasceno Justino* Dimítria Rodrigues Figueiredo* Laiz Neves de Barros* Mauricéia de Fátima Gonçalves * Mylene Quintela Lucca** RESUMO A manutenção dos dentes decíduos na cavidade bucal até a sua esfoliação natural é importante para o bom desempenho das funções mastigatórias, da articulação, fonação e oclusão. Quando ocorre a perda precoce dos dentes decíduos, o tratamento ideal consiste na manutenção do espaço. O presente estudo objetiva revisar a literatura sobre uso dos mantenedores de espaço na perda precoce dos dentes decíduos. Concluiu-se que os dispositivos fixos mais utilizados para a manutenção de espaço após a perda precoce de dentes decíduos são a banda-alça, coroa- alça, arco lingual de Nance além das placas removíveis. Apesar de todos esses aparelhos cumprirem com sucessos sua função de manter o espaço perdido os fixos apresentam como desvantagens não restaurar a função mastigatória e não previnem a extrusão do antagonista e os removíveis têm como limitação o fato de dependerem da colaboração da criança para seu uso e sua perda frequente. Palavras-chave: Perda precoce. Aparelhos ortodônticos. Mantenedores de espaço. Dente decíduo. *Acadêmicos do 8º período de Odontologia da Universidade Vale do Rio Doce/UNIVALE. ** Professora adjunta curso de Odontologia/UNIVALE, Especialista em Odontologia para pacientes com necessidades especiais, Mestre em Saúde Coletiva, Doutora em Odontopediatria.

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USO DOS MANTENEDORES DE ESPAÇO NA PERDA

PRECOCE DE DENTES DECÍDUOS

Ana Paula Capuchim*

Bianca Damasceno Justino*

Dimítria Rodrigues Figueiredo*

Laiz Neves de Barros*

Mauricéia de Fátima Gonçalves *

Mylene Quintela Lucca**

RESUMO

A manutenção dos dentes decíduos na cavidade bucal até a sua esfoliação natural é importante

para o bom desempenho das funções mastigatórias, da articulação, fonação e oclusão. Quando

ocorre a perda precoce dos dentes decíduos, o tratamento ideal consiste na manutenção do

espaço. O presente estudo objetiva revisar a literatura sobre uso dos mantenedores de espaço

na perda precoce dos dentes decíduos. Concluiu-se que os dispositivos fixos mais utilizados

para a manutenção de espaço após a perda precoce de dentes decíduos são a banda-alça, coroa-

alça, arco lingual de Nance além das placas removíveis. Apesar de todos esses aparelhos

cumprirem com sucessos sua função de manter o espaço perdido os fixos apresentam como

desvantagens não restaurar a função mastigatória e não previnem a extrusão do antagonista e

os removíveis têm como limitação o fato de dependerem da colaboração da criança para seu

uso e sua perda frequente.

Palavras-chave: Perda precoce. Aparelhos ortodônticos. Mantenedores de espaço. Dente

decíduo.

*Acadêmicos do 8º período de Odontologia da Universidade Vale do Rio Doce/UNIVALE.

** Professora adjunta curso de Odontologia/UNIVALE, Especialista em Odontologia para

pacientes com necessidades especiais, Mestre em Saúde Coletiva, Doutora em

Odontopediatria.

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INTRODUÇÃO

A manutenção dos dentes decíduos na cavidade bucal até a sua esfoliação natural é

importante para o bom desempenho das funções mastigatórias, da articulação, fonação e

oclusão. A dentição decídua é importante para os períodos de crescimento e desenvolvimento

da altura dos arcos dentários, dos maxilares e dos músculos da face, bem como na respiração e

na harmonia da estética da criança (ALENCAR; CAVALCANTI; BEZERRA, 2007).

Os dentes decíduos, mesmo permanecendo por pouco tempo na cavidade bucal, são

tidos como excelentes mantenedores de espaço naturais, podendo evitar problemas como a

diminuição do perímetro do arco, as migrações dentárias, a perda de espaço, entre outros fatores

que contribuem para o desequilíbrio da oclusão (RODRIGUES et al., 2005; CAVALCANTI et

al., 2008).

A perda parcial ou total da estrutura dentária acarreta uma diminuição do espaço

disponível no arco, provocando um desequilíbrio estrutural e funcional. Cada dente deve se

manter harmoniosamente em sua correta posição, alinhado com contatos proximais, em curvas

semi-elípticas para a maxila e, parabólica para a mandíbula, recebendo a ação de forças

musculares externas e internas. Nos casos em que uma destas forças é alterada ou removida,

ocorrerão mudanças como migrações dentárias e perdas de espaço, levando a uma desarmonia

oclusal com consequências deletérias ao sistema estomatognático da criança (PEREIRA;

SOARES; COUTINHO, 2010).

Dentre os dispositivos fixos mais utilizados para a manutenção de espaço após a

perda precoce de dentes decíduos podem-se citar: banda -alça, coroa-alça, arco lingual de Nance

e botão de Nance (PAIXÃO, 2003). Os aparelhos removíveis podem ser indicados

principalmente em caso de perdas anteriores e perdas múltiplas de dentes (BIJOOR; KOHLI,

2005).

O presente estudo objetiva revisar a literatura sobre o uso dos mantenedores de espaço

na perda precoce de dentes decíduos.

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REVISÃO DA LITERATURA

Perda Precoce de Dentes Deciduos

A perda de um dente decíduo é considerada precoce para Santos et al. (2013), quando

ocorre pelo menos um ano antes da sua esfoliação normal, ou após a comprovação radiográfica

de que o sucessor permanente ainda está aquém do estágio seis de Nolla, ou seja, com a

formação coronária completa e a formação radicular já iniciada. Se a perda ocorrer antes desse

estágio, o osso provavelmente será reposto acima do dente permanente, e o tecido fibrótico se

depositará sobre o germe e a erupção sofrerá um atraso, proporcionando um maior período de

tempo para a inclinação dos dentes adjacentes, além de propiciar a extrusão palatina do

antagonista. Caso contrário, a erupção do sucessor pode ser acelerada, diminuindo, assim, o

risco de perda de espaço.

Segundo Moyers, (1991) a perda precoce de qualquer dente decíduo pode facilitar a

erupção precoce de seu sucessor permanente, ou retardá-la de acordo com o estágio de formação

dentária. Se considerarmos a perda precoce dos primeiros molares decíduos, esta não se

constitui de grande importância clínica em relação à diminuição do perímetro do arco, ao

contrário, da perda de um segundo molar decíduo, que favorecerá a mesialização do primeiro

molar permanente, principalmente se este ainda não estiver irrompido quando da perda precoce

de molar decíduo.

O fechamento do espaço ocorre com maior intensidade de acordo com McDonald;

Avery (2001), durante os primeiros seis meses após a perda precoce do dente decíduo. Se um

molar decíduo é perdido ou extraído precocemente, os dentes que se encontram mesial e

distalmente a ele, tendem a migrar ou são forçados para o espaço resultante. Deve-se considerar

a oclusão e a presença de diastemas entre os dentes anteriores; caso eles existam, haverá

pequena probabilidade de migração dos dentes adjacentes. Entretanto, se os dentes anteriores

decíduos estiverem em contato antes da perda, ou se for evidente que o comprimento do arco é

inadequado, será quase certo um colapso do arco após a sua perda precoce de um dos incisivos

decíduos.

Estudos epidemiológicos têm destacado a perda precoce de dentes decíduos como um

fato que pode desencadear duas situações: o espaço correspondente ao dente decíduo perdido é

preservado, ou o espaço já se encontra comprometido com a inclinação mesio-distal de dentes

adjacentes. No primeiro caso utilizam-se os aparelhos mantenedores de espaço e no segundo,

faz-se a reabilitação do arco através do uso de aparelhos recuperadores de espaço (ALENCAR;

CAVALCANTI; BEZERRA, 2007).

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A causa mais comum da perda de dentes anteriores segundo Cardoso (2015) é o

traumatismo acidental. No entanto, existem outras causas como as erupções ectópicas,

anamolias congênitas (número/ forma dos dentes) ou reabsorções idiopáticas. A preservação de

dente decíduo até o período normal de sua esfoliação é a melhor forma de se evitar distúrbios

diretos e indiretos na oclusão, como a perda de espaço, extrusão dos dentes antagonistas,

inclinação de dentes adjacentes e outros problemas como a deglutição atípica.

Quando as lesões cariosas da infância têm como consequência a perda dentária precoce,

podem ocorrer influências negativas nas dimensões das arcadas, alteração da oclusão e do

equilíbrio entre os dentes adjacentes e os antagonistas. Além disto, pode contribuir para desvios

de linhas médias, impactações dentárias, erupções ectópicas e mordidas cruzadas. A perda do

elemento dentário pode ocasionar aquisição de hábitos orais nocivos, como a exploração

contínua do espaço desdentado, sucção das bochechas ou dos lábios, interposição da língua ou

de objetos no espaço também é frequente, favorecendo o desenvolvimento e agravamento da

mordida aberta (CARNEIRO, 2014).

As consequências geradas pela perda precoce de dentes decíduos, resultante de lesões

cariosas ou de traumatismos, podem ser o aumento de potenciais distúrbios de oclusão, entre

os quais se destacam a perda do espaço, extrusão do antagonista, torsiversão dos adjacentes e

desenvolvimento de deglutição atípica (GUEDES-PINTO, 2003).

Quando ocorre a perda precoce dos dentes decíduos, o tratamento ideal consiste na

manutenção do espaço, no entanto, quando essa perda já ocorreu, devido às movimentações dos

dentes adjacentes em direção ao espaço criado, torna-se necessária a recuperação do mesmo.

Os aparelhos ortodônticos devem ser utilizados para este fim, e são de grande utilidade para o

clínico sendo em sua maioria, de fácil confecção e instalação, com os quais se obtém bons

resultados (PALMA, 2001).

Mantenedores de Espaço

De acordo com Borges (2011), o ideal seria que mediante o diagnóstico da perda precoce

do dente decíduo instalar-se um mantenedor de espaço, evitando assim perda de espaço para o

seu sucessor. Entretanto, se quando o paciente procurar o cirurgião-dentista ele já apresentar a

perda de espaço, o profissional também deve atuar imediatamente, instalando um aparelho

recuperador de espaço mais adequado ao caso, possibilitando o padrão normal de

desenvolvimento da oclusão dentária.

Antes de indicar a manutenção do espaço, deve-se avaliar o tempo decorrido da perda

dental, o espaço presente, a quantidade de osso cobrindo o dente permanente, a presença e o

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grau de formação radicular do germe do dente permanente. Se o germe estiver antes do estágio

seis de Nolla, o qual corresponde à época em que os dentes iniciam o movimento eruptivo, deve

ter seu espaço mantido (GATTI; MAAHS; BERTHOLD, 2012).

O uso de mantenedores de espaço pode trazer benefícios estéticos, psicológicos, auxiliar

na mastigação, na fonação, assim como podem evitar a instalação de hábitos deletérios, bem

como resguardar o espaço para o sucessor permanente, permitindo, dessa forma, um

crescimento e desenvolvimento adequados das estruturas do sistema estomatognático

(SANTOS et al.,2013).

Diferentes aparelhos mantenedores de espaço têm sido propostos quando a perda

precoce de dentes decíduos é constatada, para que se possa conservar o espaço presente e

reduzir a severidade ou prevalência das maloclusões. A escolha do mantenedor é realizada

baseada nas necessidades individuais do paciente, nos conhecimentos científicos e biológicos,

na idade e no grau de colaboração da criança (SILVA; STUANI; QUEIROZ, 2007).

Conforme Menegaz et al. (2015), os mantedores de espaço utilizados em

Odontopediatria podem ser fixos ou removíveis, funcionais ou não, e podem reabilitar a região

anterior e/ou posterior. Os mais conhecidos são placas de acrílico com grampos ortodônticos,

que servem tanto para a região anterior quanto posterior, sendo utilizados também para a

recuperação da estética. Banda-alça é geralmente o aparelho de escolha quando ocorre a perda

precoce de molares decíduos unilateral. Com a perda do segundo molar decíduo, o Botão

Palatino de Nance ou a barra transpalatina podem ser utilizados no arco superior. No arco

inferior, opta-se pelo arco lingual de Nance. O mantedor de espaço ideal deve ser simples,

resistente e de fácil higienização; não deve restringir o crescimento normal ou interferir na

oclusão, fala e mastigação.

Mantenedores de Espaço Removíveis e Estéticos Funcionais

Os mantenedores de espaço removíveis são aparelhos ortodônticos preventivos

eficientes no controle de espaço, porém há necessidade direta da colaboração do paciente com

o tratamento. Esses aparelhos são confeccionados em resina acrílica, com a possibilidade de

inclusão de dentes artificiais, estando mais indicados em casos de perdas anteriores, perdas

múltiplas de dentes ou quando existe dificuldade para adaptação de bandas ortodônticas

(ALENCAR; CAVALCANTI; BEZERRA, 2007).

Modesto (2010) afirmou que os mantenedores de espaço removíveis são aparelhos

passivos que se estendem as regiões onde ocorreram perdas precoces de dentes, e podem se

classificar em funcionais e estéticos-funcionais. Os aparelhos funcionais são indicados para

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perdas dentárias bilaterais e múltiplas extrações, de dentes decíduos posteriores e são

confeccionados com dentes pré-fabricados em resina acrílica ou dentes naturais do próprio

paciente. Sempre que se perde um dente decíduo anterior precocemente os aparelhos estéticos

funcionais são indicados pois preservam o espaço, impedem a extrusão dos dentes antagonistas,

são de fácil higienização e construção.

Os mantenedores removíveis apresentam como vantagens a facilidade na higienização,

a estética satisfatória, o baixo custo e, geralmente, mantêm o espaço cérvico-oclusal, além do

mesio-distal. No entanto, apresentam como desvantagem a necessidade de cooperação do

paciente para o uso, além da possibilidade aumentada de perda ou fratura (GATTI; MAAHS;

BERTHOLD, 2012).

Gonçalves et al. (2013) relata que as próteses fixas em cantiléver ou pelo sistema tubo-

barra (Fig.1), surgem como opção estético-funcional em crianças pouco colaboradoras aos

aparatos removíveis. Pois são medidas simples e práticas na odontopediatria, devido ao

desenvolvimento de técnicas de condicionamento ácido associado às resinas e do avanço das

próteses adesivas, surgiu a possibilidade de aplicá-las como mantenedores de espaço.

De acordo com Ota et al. (2014), aparelhos estéticos funcionais são geralmente

utilizados quando há perda precoce de dentes decíduos anteriores. Eles podem ser fixos ou

removíveis. A escolha entre um e outro deve basear-se na idade do paciente, grau de

cooperação, higiene bucal e anseios das crianças e seus responsáveis. Em crianças de pouca

idade, portanto, pouco colaboradoras geralmente opta-se pelos fixos. Para tanto, um aparelho

confeccionado para esta região diminuiria as possibilidades do desenvolvimento destes hábitos,

portanto, manteria o espaço possibilitando guiar a erupção dos permanentes sucessores e

prevenir a extrusão dos antagonistas.

Figura 1– Exemplo de aparelho estético-funcional fixo com tubo barra antes e após cimentação.

Fonte: Ota et al. (2014).

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Mantenedores de Espaço Fixos

Conforme Borges (2011) os mantenedores de espaço fixos são dispositivos passivos

cimentados a um elemento dental por bandas ortodônticas. A principal vantagem dos aparelhos

ortodônticos fixos para manutenção de espaço, está na sua utilização em casos de perda

unilateral, com o objetivo de minimizar o desconforto provocado pelos dispositivos removíveis,

pela extensão e volume.

Os mantenedores de espaço fixos apresentam como vantagem não necessitar da

colaboração do paciente para o uso, a certeza de manutenção do espaço e maior dificuldade

para a perda do aparelho. Porém, como desvantagem, estes não restauram a função mastigatória

e, geralmente, não previnem a extrusão do antagonista (GATTI; MAAHS; BERTHOLD, 2012).

No caso de mantenedores fixos para perdas unitárias podem ser utilizados o aparelho

banda alça ou coroa-alça e nas perdas múltiplas e/ou bilaterais, o arco lingual de Nance, barra

transpalatina e botão de Nance, são os mais utilizados (ALENCAR; CAVALCANTI;

BEZERRA, 2007; BORGES, 2011; GATTI; MAAHS; BERTHOLD, 2012).

Banda-Alça/Coroa-Alça

Banda- alça é um aparelho fixo não funcional mais indicado para a manutenção de

espaço quando ocorrem perdas precoces unitárias, tanto no arco inferior quanto no superior,

preferencialmente, nos segmentos posteriores da arcada dentária. São do tipo cantilever e

consistem numa banda metálica cimentada, geralmente no dente adjacente ao espaço edêntulo,

e uma alça imóvel e unida à face distal do dente anterior ao espaço sem elemento dentário.

Pode ser executado um apoio oclusal anterior ao dispositivo, adaptado ao dente onde a alça

contata de forma a estabilizá-la, pois sob o efeito das cargas mastigatórias a alça corre o risco

de desadaptar-se e deslocar-se em direção gengival originando uma inclinação do dente onde

está afixada. (CARDOSO, 2015).

As vantagens do aparelho banda-alça estão na facilidade de confecção, sessões clínicas

curtas, e o baixo custo do material, entretanto, não devolve a função mastigatória nem previne

a extrusão do antagonista. A alça desse dispositivo deve ser satisfatoriamente larga para permitir

a erupção do dente permanente sem que haja a necessidade da remoção do aparelho, devendo

também estar próxima à mucosa sem pressioná-la. Existe também uma variação deste aparelho

chamado de coroa-alça, onde a alça é soldada em uma coroa de aço cromado que são usadas

em casos de lesões extensas de cárie necessitando de restauração da coroa dental. Quando não

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houver mais necessidade de manutenção do espaço, a alça é removida, permanecendo a coroa

como restauração do dente. (MODESTO, 2010)

Segundo Borges (2011) existe uma variação do aparelho banda alça denominado coroa-

alça indicado em casos de ausência do primeiro molar decíduo, tanto na maxila quanto na

mandíbula, quando a coroa do dente pilar necessita de reconstrução extensa ou o dente

apresenta tratamento pulpar, havendo a indicação de coroa metálica no mesmo. Ele está contra-

indicado nos casos de perda de dimensão vertical, com insuficiente espaço protético e em

pacientes com higiene oral deficiente.

Figura 2 - Vista intrabucal oclusal da arcada inferior de paciente utilizando mantenedor de espaço fixo tipo banda alça.

Fonte: Almeida; Almeida-Pedrim; Almeida (2003).

Figura 3 – Vista intrabucal oclusal da arcada inferior de paciente com mantenedor de espaço fixo tipo coroa alça.

Fonte: Almeida; Almeida-Pedrim; Almeida (2003).

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Arco Lingual de Nance

O arco lingual de Nance é um aparelho mantenedor de espaço fixo, constituído de um

arco que tangencia a face lingual dos incisivos inferiores na altura dos terços cervicais, sendo

soldadas as suas extremidades nas bandas instaladas nos primeiros molares permanentes

inferiores. Indicado em casos de exodontias múltiplas bilaterais de dentes decíduos inferiores

(MODESTO, 2010).

Figura 4– Vista oclusal do modelo inferior mostrando mantenedor de espaço fixo arco lingual de Nance.

Fonte: Almeida; Almeida-Pedrim; Almeida (2003).

De acordo com Silva et al. (2016) o arco lingual de Nance possui as extremidades

soldadas ou encaixadas em dentes decíduos ou permanentes, estando a coroa dentária íntegra

ou restaurada, a um anel ou banda ortodôntica na face lingual dos molares inferiores. Este

dispositivo é geralmente bilateral e usado, na maioria das vezes quando há perda precoce de

mais de um dente, podendo ser cimentado com ionômero de vidro, visto que esse material

possui boa adesão à superfície do dente e do metal, libera fluoreto, é biocompatível e possui

boa resistência ao deslocamento.

Esse aparelho tem função de manter o espaço entre os primeiros molares e incisivos

permanentes inferiores, mantendo o perímetro do arco, o espaço presente para erupção dos

dentes permanentes e a linha média constante. A principal indicação deste arco é quando ocorre

perdas precoces bilaterais de um ou mais molares decíduos e preferencialmente com os

primeiros molares permanentes erupcionados. O arco lingual não é funcional, ou seja, não evita

a extrusão dos antagonistas e, consequentemente, não restabelece a função mastigatória. Porém,

é um aparelho de fácil construção, de baixo custo e independe da colaboração do paciente para

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o uso. Também previne o movimento mesial dos dentes posteriores e o movimento lingual dos

dentes anteriores e consequentemente o apinhamento ântero-inferior (GATTI; MAAHS;

BERTHOLD; SILVA, 2012).

De acordo com Silva et al. (2016), o arco lingual apresenta as seguintes vantagens: fácil

construção; baixo custo; manutenção do espaço; não interfere em funções como deglutição e

fonação; independe da colaboração do paciente para o uso e não há perda do aparelho. Também

previne o movimento mesial dos dentes posteriores e o movimento lingual dos dentes anteriores

e, consequentemente impede o apinhamento dental. Esse aparelho não interfere no crescimento

da maxila e mandíbula e deve ser adaptado de maneira que não comprometa a erupção dos

dentes permanentes sucessores. Porém, tem como desvantagens não evitar a extrusão do dente

antagonista e não restabelecer a função mastigatória.

Botão Palatino de Nance

O aparelho ortodôntico botão palatino de Nance é um dispositivo fixo dento-muco-

suportado, indicado para perdas múltiplas e bilaterais de molares decíduos superiores. Serve

como mecanismo de ancoragem intra-bucal como a estabilização dos molares distalizados por

forças ortodônticas acopladas ou não ao próprio Botão de Nance, ancoragem do arco superior

durante a fase de alinhamento e ancoragem para retratação de pré-molares e caninos.

(MODESTO, 2010).

O Botão palatino de Nance constituiu-se de bandas para os molares permanentes,

conectadas por um arco palatino soldado e um acrílico anterior, que assenta diretamente sobre

as rugas palatinas, para suporte na mucosa. Este aparelho está indicado em caso de perdas

múltiplas e bilaterais de molares decíduos superiores, com a presença do primeiro molar

permanente, que necessita ser mantido no local onde irrompeu, evitando sua migração,

mantendo o espaço de caninos, pré-molares ou para alinhamento de incisivos apinhados

(ALENCAR et al.,2007; BORGES, 2011).

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Figura 5-Aspecto clínico de paciente com mantenedor de espaço “Botão palatino de Nance”. .

Fonte: Acervo Clínica Integrada Infantil UEL

Barra Transpalatina

Conforme Carvalho (2015), as barras transpalatinas são dispositivos que atravessam o

palato entre os primeiros molares permanentes. Tem sido bastante utilizada na ortodontia

devido aos seus resultados satisfatórios, fácil confecção e baixo custo. As barras transpalatinas

podem ter aplicações passivas para estabilização ou ancoragem, de maneira a evitar

movimentos indesejados ou recidivos, e aplicações ativas para conseguir movimentos de

rotação, expansão ou contração e torque. Ela pode ser usada como mantenedor de espaço, sendo

a melhor indicação quando um dos lados da arcada se encontra intacto e no outro, vários dentes

decíduos estão ausentes. Desta forma, ela vai prevenir a rotação do primeiro molar permanente

para o espaço de extração do molar decíduo.

Segundo Modesto (2010), geralmente a barra transpalatina serve como ancoragem

ortodôntica, mantendo os molares na posição de origem para não haver perda de espaço no arco,

ou para não sofrer giroversão. A barra transpalatina pode ser soldada nas bandas dos molares

ou encaixada em tubo soldado na face palatina das bandas permitindo a remoção e ativação

com maior facilidade.

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Figura 6 – Vista intrabucal oclusal mostrando a barra transpalatina instalada

impedindo a mesialização dos primeiros molares permanentes .

.

Fonte: Almeida; Almeida-Pedrim; Almeida (2003)

DISCUSSÃO

A dentição decídua, participa do bom desempenho das funções mastigatórias,

articulação, fonação e oclusão, dessa forma, a literatura converge para a importância de sua

manutenção na cavidade bucal até a esfoliação natural dos dentes (RODRIGUES et al., 2005;

ALENCAR; CAVALCANTI; BEZERRA, 2007; CAVALCANTI et al., 2008;).

A perda de um dente decíduo é considerada precoce para Santos et al. (2013) quando

ocorre um ano antes da sua esfoliação normal ou quando o sucessor permanente ainda está

aquém do estágio seis de Nolla. (MOYERS, 1991; SANTOS et al., 2013).

A perda precoce de dentes decíduos pode ocasionar diversas consequências no

desenvolvimento das dimensões das arcadas, alteração da oclusão e do equilíbrio entre os dentes

adjacentes e antagonistas (CARNEIRO, 2014; CARDOSO, 2015). No entanto, de acordo com

Moyers (1991), apenas a perda precoce do segundo molar decíduo possui relevância na

diminuição do arco, e o fechamento de espaço, é mais evidente, segundo McDonald; Avery

(2001) nos primeiros seis meses após a perda. Quanto aos dentes decíduos anteriores, quando

na presença de diastemas, a probabilidade de fechamento de espaço é pequena, caso contrário,

é quase certo que os dentes adjacentes migrarão para o espaço criado após a perda precoce

(MCDONALD; AVERY, 2001).

Quanto ao tratamento proposto na perda precoce de dentes decíduos, os autores

consultados foram unânimes em propor o uso de mantenedor de espaço (ALENCAR;

CAVALCANTI; BEZERRA, 2007; BORGES, 2011; GATTI; MAAHS; BERTHOLD, 2012;

SANTOS et al., 2013; GATTI; MAAHS; BERTHOLD, 2012; SANTOS et al., 2013;

PAIXÃO). Sobretudo, de acordo com Gatti; Maahs; Berthold (2012), antes de se indicar o uso

do mantenedor deve-se avaliar o tempo decorrido da perda dental, o espaço presente, a

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quantidade de osso cobrindo o dente permanente, a presença e o grau de formação radicular do

germe do dente permanente.

No que se refere aos aparelhos mantenedores de espaço (SILVA; STUANI; QUEIROZ,

2007;SANTOS et al., 2013;) relataram que esses dispositivos podem trazer benefícios estéticos,

psicológicos, auxiliar na mastigação, na fonação e evitar a instalação de hábitos deletérios, bem

como resguardar o espaço para o sucessor permanente conforme Menegaz et al.(2015)

salientaram que, o mantenedor de espaço ideal deve ser simples, resistente, de fácil

higienização, não deve restringir o crescimento normal da arcada dentária ou interferir na

oclusão, fala e mastigação.

Os mantenedores de espaço removíveis são aparelhos passivos e são indicados em

perdas anteriores ou de múltiplos elementos (ALENCAR; CAVALCANTI; BEZERRA, 2007;

MODESTO, 2010). A dificuldade para adaptação de bandas ortodônticas foi citada por Alencar;

Cavalcanti; Bezerra, (2007) como indicação para sua eleição. Esses mantenedores apresentam

como vantagens a facilidade de higienização, a estética satisfatória, o baixo custo, manutenção

de espaço cérvico-oclusal além do mesio-distal visto que impedem a extrusão do antagonista

(MODESTO, 2010; GATTI; MAAHS; BERTHOLD, 2012).

Modesto (2010) indicou o uso de aparelho estético-funcional sempre que se perde um

dente decíduo anterior precocemente, no entanto, o resultado satisfatório esperado com uso

desses mantenedores está diretamente relacionado à cooperação da criança. Desta forma,

Gonçalves et al. (2013) e Ota et al. (2014) sugeriram aparelhos fixos como opção estético-

funcional em crianças pouco colaboradoras. Neste sentido, sugeriram prótese fixas em

cantiléver ou pelo sistema de tubo barra.

Dentre os aparelhos fixos para manutenção de espaço os mais utilizados são: banda-

alça, coroa alça, arco lingual de Nance, botão palatino de Nance (ALENCAR; CAVALCANTI;

BEZERRA, 2007; GATTI; MAAHS; BERTHOLD, 2012).

O dispositivo banda alça/coroa alça é indicado para manutenção de espaço quando

ocorre perda precoce unitária de dentes posteriores (Modesto, 2010; Borges, 2011; Cardoso,

2015). Entretanto, Modesto (2010) destacou que apesar das vantagens na facilidade de

confecção, sessões clínicas curtas, e o baixo custo do material, estes dispositivos não a

devolvem a função mastigatória, nem previnem a extrusão do antagonista.

Nos casos de perdas bilaterais múltiplas de dentes decíduos inferiores, o arco lingual de

Nance é o aparelho mais indicado para Modesto (2010); Gatti; Maahs; Berthold (2012); Silva

(2016). Estes pesquisadores destacaram ainda como principais funções deste dispositivo, a

manutenção do perímetro do arco e da linha média constante, além de prevenir os movimentos

mesial dos dentes posteriores e lingual dos dentes anteriores. Apresentam como vantagens a

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sua fácil construção; baixo custo; não interferir nas funções de deglutição e fonação e independe

da colaboração do paciente. Entretanto, possuem como desvantagens o fato de não evitar a

extrusão dos antagonistas e não restabelecerem a função mastigatória.

O botão palatino de Nance é indicado para perdas múltiplas e bilaterais de molares

decíduos superiores coma finalidade de evitar a migração do primeiro molar permanente,

mantendo preservado o espaço de caninos, pré-molares ou para alinhamento de incisivos

(ALENCAR et al, 2007;MODESTO, 2010; BORGES, 2011). Modesto (2010) salientou que o

botão palatino de Nance permite várias modificações no aparelho original.

As barras transpalatinas são dispositivos ortodônticos que impedem a mudança de

posição dos molares. Podem ter aplicações passivas para estabilização ou ancoragem, ou ativas

para conseguir movimentos de rotação, expansão ou contração e torque. Possuem como

vantagens a facilidade de confecção e baixo custo. (MODESTO, 2010; CARVALHO, 2015).

Carvalho (2015) indica este aparelho principalmente nos casos onde um dos lados da arcada se

encontra intacto e no outro, vários dentes decíduos estão ausentes.

CONCLUSÃO

Após a revisão da literatura, foi possível concluir que:

A perda precoce de dentes decíduos pode provocar a diminuição do perímetro do arco,

migrações dentárias, perda de espaço, extrusão do dente antagonista e desenvolvimento

de deglutição atípica.

Os aparelhos ortodônticos mantenedores de espaço mais utilizados são as placas

removíveis e os aparelhos fixos banda alça/coroa alça, arco lingual de Nance, botão

palatino de Nance e a barra transpalatina.

Os mantenedores de espaço fixos podem ser utilizados em perdas dentárias unitárias ou

múltiplas. Apresentam como vantagens não necessitar da colaboração do paciente, no

entanto, não restaura a função mastigatória e não previnem a extrusão do antagonista.

Os aparelhos removíveis são mais indicados em perdas anteriores e perdas múltiplas

bilaterais posteriores. Suas vantagens são a facilidade de higienização, estética

satisfatória e na manutenção o espaço cérvico-oclusal e mesio-distal. Entretanto,

necessita da cooperação do paciente para o uso e perda frequente.

O cirurgião-dentista deve ter conhecimento sobre a importância de se tratar

corretamente a perda precoce de dentes decíduos, fazer uma anamnese bem detalhada e

um correto diagnostico para realizar a terapia ortodôntica preventiva por meio da

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instalação de um mantenedor de espaço,tornando indispensável uma terapia

interceptiva.

ABSTRAT

USE OF SPACE MAINTENERS USED IN LOSS EARLY OF DECIDED TEETH

The maintenance of deciduous teeth in the oral cavity until its natural exfoliation is important

for the good performance of masticatory functions, articulation, phonation and occlusion. When

early loss of deciduous teeth occurs, the ideal treatment is to maintain the space. The objective

of this study was to perform a review of the literature on space maintainers used in the early

loss of deciduous teeth. It was concluded that the fixed devices most used for the maintenance

of space after the early loss of deciduous teeth are the band-handle, crown-loop, lingual arch of

Nance besides the removable plates. Although all these devices successfully fulfill their

function of keeping the space lost the fixed ones present as disadvantages not to restore the

masticatory function and do not prevent the extrusion of the antagonist and removable have as

limitation fact to depend on the collaboration of the child for its use and the loss frequent.

Key-Words: Early loss. Orthodontic appliances. Space mainteners, Tooth decay.

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Endereço para correspondência:

Laiz Neves de Barros Rua Eni Cabral, n° 419, Bairro Santa Rita Governador Valadares – MG CEP 35040-175 Tel.: (33) 99137-4200/3278-0853 E-mail: [email protected]