Utilização de produtos alternativos aos antibióticos...

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Universidade Federal de Goiás Escola de Veterinária e Zootecnia Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal Disciplina: SEMINÁRIOS APLICADOS Utilização de produtos alternativos aos antibióticos moduladores de crescimento na produção de frango de corte Gisele Mendanha Nascimento Orientadora: Profª Drª Maria Auxiliadora Andrade GOIÂNIA 2013

Transcript of Utilização de produtos alternativos aos antibióticos...

Universidade Federal de Goiás Escola de Veterinária e Zootecnia

Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal

Disciplina: SEMINÁRIOS APLICADOS

Utilização de produtos alternativos aos antibióticos

moduladores de crescimento na produção de frango de corte

Gisele Mendanha Nascimento

Orientadora: Profª Drª Maria Auxiliadora Andrade

GOIÂNIA 2013

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GISELE MENDANHA NASCIMENTO

Utilização de produtos alternativos aos antibióticos moduladores de crescimento na produção de frango de

corte

Seminário apresentado junto à disciplina

Seminários Aplicados do programa de Pós-

Graduação em Ciência Animal da Escola de

Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal

de Goiás

Nível: Doutorado

Área de Concentração: Produção animal

Linha de Pesquisa: Metabolismo nutricional, alimentação e forragicultura na

produção animal

Orientadora:

Profª. Drª. Maria Auxiliadora Andrade - UFG

Comitê de orientação Profa. Dra. Nadja Susana Mogyca Leandro - UFG

Prof. Dr. José Henrique Stringhini - UFG

GOIÂNIA 2013

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 01

2. REVISÃO DE LITERATURA 03

2.1. Estrutura e microbiota do trato gastrintestinal 03

2.2. Antimicrobianos promotores de crescimento 06

2.3. Probióticos 09

2.4. Prebióticos 11

2.5. Simbióticos 13

2.6. Ácidos orgânicos 15

2.7. Fitogênicos 16

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 22

REFERÊNCIAS 23

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1. INTRODUÇÃO

A avicultura industrial brasileira é uma das mais desenvolvidas no

mundo e de acordo com o UBABEF (2013), o Brasil manteve a posição de maior

exportador mundial e de terceiro maior produtor de carne de frango, atrás dos

Estados Unidos e da China. A produção de carne de frango atingiu cifras de 12,

645 milhões de toneladas em 2012, e 69% desta produção foi destinado ao

consumo interno, e 31% para exportações.

Para obter estes índices, na produção de carne de frango, os

antimicrobianos moduladores de crescimento são aditivos utilizados na ração de

aves para obtenção de melhores índices zootécnicos os quais permitem o

aumento do ganho de peso e melhora na conversão alimentar. Eles também

auxiliam o controle de agentes patogênicos nos processos digestivos além de

reduzir a mortalidade. Entretanto, para alguns mercados consumidores,

principalmente os da União Européia o uso de antimicrobianos foi restringido e

muitos foram banidos, sendo permitida somente a sua utilização com finalidades

terapêuticas.

Com a possibilidade do desenvolvimento de resistência bacteriana aos

antibióticos, a Comissão Européia, pelo principio da precaução, decidiu proibir a

inclusão dos antibióticos promotores de crescimento na ração dos animais em

acordo com o regulamento CE N°. 1831/2003 (HUYGHEBAERT, 2011).

Além do principio da precaução estabelecido pela União Européia e a

crescente preocupação da população em consumir alimentos produzidos sem

produtos químicos (antibióticos), um dos maiores desafios da avicultura industrial

é encontrar produtos alternativos capazes de substituir os antimicrobianos.

Por outro lado, LANGHOUT (2005) relatou que a retirada de

antibióticos modulares de crescimento da dieta das aves resultaria em menor

lucratividade para o setor, em função de diminuição no desempenho, em impacto

negativo sobre a saúde dos animais e no aumento dos índices de mortalidade.

Com a proibição destas drogas, as empresas de produção de carnes

de frango tiveram que se adaptar, melhorando práticas de gestão e

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biossegurança, seleção genética, controle ambiental das instalações e mudanças

na composição da dieta e no programa alimentar das aves (COSTA et al., 2011).

Diante deste cenário, a utilização de antibióticos como promotores de

crescimento tem levado os pesquisadores e os empresários a uma busca de

aditivos alternativos (LORENÇON et al., 2007), com a finalidade de reduzir as

perdas na produtividade de frangos de corte (ARAÚJO et al., 2007). Dentre os

aditivos alternativos que têm sido utilizados para substituírem os antibióticos

promotores de crescimento situam-se os prebióticos, probióticos, simbióticos

ácidos orgânicos e compostos fitogênicos.

Diante do exposto, objetivou-se com este trabalho realizar uma revisão

sobre a utilização de produtos alternativos aos antibióticos moduladores de

crescimento na produção de frango de corte.

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2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Estrutura e microbiota do trato gastrintestinal

A manutenção da saúde e integridade da mucosa é um dos fatores que

aperfeiçoam a expressão genética das aves e, interfere de forma direta nos

índices zootécnicos de desempenho, pois possibilita adequada obtenção de

energia e nutrientes pelo organismo das aves. O trato gastrintestinal tem como

principal função a absorção de nutrientes necessários para a manutenção,

crescimento e reprodução do individuo (BARRETO, 2007; SANTOS JÚNIOR &

FERKET, 2007).

Os processos de absorção são totalmente dependentes dos

mecanismos que ocorrem na mucosa intestinal e também da integridade das

estruturas celulares (SANTOS, 2010).

O sistema digestório das aves é composto pelas seguintes estruturas:

cavidade oral, esôfago, papo ou inglúvio, proventrículo, moela, intestino delgado,

cecos, cólon e cloaca que também constitui o sistema urogenital. Ao trato

gastrointestinal (TGI) estão conectados o fígado, a vesícula biliar e o pâncreas

(DYCE et al., 1997).

As características estruturais da cavidade oral têm uma relação estreita

com o processo de apreensão, escolha e ingestão do alimento pela ave. O

esôfago é um tubo relativamente longo, e tem por função conduzir o bolo

alimentar da orofaringe para o estômago glandular (DYCE, 1997). O papo é um

órgão primariamente de armazenagem temporária de alimento e serve como

órgão de estocagem que regula parcialmente a entrada do alimento ingerido na

moela. Ele permite que a ave consuma uma grande quantidade de ração em um

curto período e faça a digestão posteriormente (DYCE, 1997).

Em aves o processo de digestão tem início no estômago, o qual é

dividido em duas partes funcionalmente distintas: o proventrículo (ou estômago

glandular) e a moela (ou estômago muscular ou ventrículo) (MACARI et al., 1994).

Do proventrículo, o alimento passa para o ventrículo (ou moela), um órgão

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muscular que tritura e mistura o alimento ao suco gástrico. Na moela, continua a

digestão, como resultado das secreções do proventrículo (BOARO, 2009).

O intestino das aves é a porção mais longa do sistema digestório. Este

órgão ocupa a região caudal da cavidade abdominal, sendo constituído por duas

regiões distintas: o intestino delgado e o intestino grosso. O intestino delgado

mede aproximadamente 1,5 metro de comprimento em frangos na fase adulta e é

composto por três regiões: o duodeno, o jejuno e o íleo. O duodeno inicia-se após

o proventrículo, apresenta uma porção proximal descendente e uma distal

ascendente entre as quais se localiza o pâncreas. O jejuno é a região mais longa

do intestino delgado, apresenta a porção proximal e distal dividida pelo divertículo

de Meckel, que constitui da antiga ligação com o saco vitelino. Já na porção final

do intestino delgado, o íleo continua após o jejuno e é delimitado posteriormente

pelo ponto de ligação cecos-cólico ao intestino (BOLELI et al., 2002; ITO et al.,

2004).

Já o intestino grosso compreende os cecos, cólon e cloaca. Os cecos

são estruturas pares, embora em algumas espécies sejam ímpares, originando-se

na junção íleocólica e seguindo ao íleo fixados por pregas ileocecais. Os cecos

são responsáveis pela absorção de aminoácidos e degradação de proteínas pela

população microbiana presente nos mesmos (BOLELI et al., 2002).

A mucosa intestinal das aves é formada por vilos ou vilosidades que

proporcionam um aumento na superfície interna do órgão levando a uma maior

área de digestão e absorção intestinal. A altura e a morfologia dos vilos se

diferenciam ao longo do trato intestinal. O duodeno apresenta vilos mais longos e

com aspecto digitiformes, já o jejuno e íleo os apresentam com aspecto

lameliformes ou folháceos (BOARO, 2009).

Um processo de contínua renovação celular ocorre na mucosa

intestinal, proliferando nas criptas dos enterócitos e migrando para o vilos. Logo

depois, ocorre o processo de extrusão no seu ápice. Na incubação, todos os

enterócitos do intestino delgado estão se proliferando, com o tempo a proporção

de células em proliferação cai rapidamente, atingindo aproximadamente 50% das

criptas do segundo ao terceiro dia pós eclosão (UNI, 2006).

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Os vilos são constituídos por três tipos de células epiteliais distintas: os

enterócitos, as células caliciformes e as células enteroendócrinas. Os enterócitos

realizam o transporte transepitelial dos nutrientes a partir do lúmen e para o lúmen

intestinal, sendo responsáveis pela digestão e absorção dos nutrientes. Sua

superfície apical apresenta vários microvilos que aumentam a superfície de

contato com o alimento, aumentando assim a digestão e absorção dos nutrientes

(BOLELI et al., 2002).

Os sistemas intensivos de criação de frangos de corte impõem aos

animais permanentes desafios, uma vez que variações na composição e

qualidade da ração, além do estresse imposto às aves, a idade dos animais e

algumas doenças, causam alterações no pH e a presença de microrganismos no

intestino, podem alterar os índices morfométricos, interferindo na digestão e

absorção de nutrientes (LOPES, 2008).

A população microbiana intestinal das aves é composta por diversas

espécies bacterianas que podem impedir a colonização por bactérias patogênicas

pelo processo de exclusão competitiva entre elas. A formação da microbiota inicia

imediatamente após o nascimento e pode variar ao longo da vida da ave por

diversos fatores como densidade de alojamento, composição da dieta, condições

das instalações, idade da ave e presença de patógenos (PEDROSO et al., 2006;

FURLAN, 2010).

O equilíbrio populacional da microbiota é fundamental para assegurar a

saúde intestinal. Existem vários microrganismos que causam danos à mucosa

intestinal das aves, tais como Escherichia coli, Salmonella, Clostridium perfrigens,

Lysteria monocytogenes, Eimeria entre outros (KAWAZOE, 2000).

Os microrganismos do trato gastrointestinal encontram-se associados

intimamente com o epitélio ou livres na luz intestinal e se multiplicam rapidamente

para compensar a eliminação pelo peristaltismo intestinal ou ainda agregar-se às

demais bactérias que encontram-se aderidas na mucosa (MAIORKA, 2004).

A formação da microbiota residente ocorre imediatamente após o

nascimento e pode variar ao longo da vida da ave por diversos fatores como

densidade de alojamento, composição da dieta, condições das instalações, idade

da ave e presença de patógenos (FURLAN, 2010).

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A microbiota tem várias funções no desenvolvimento do aparelho

digestivo e do tecido imune no animal hospedeiro, podendo neutralizar algumas

toxinas alimentares e promover um ambiente saudável no lúmen intestinal,

minimizando a ação de fatores antinutricionais e das toxinas (LEARY, 2008)

2.2. Antimicrobianos promotores de crescimento

Os antimicrobianos promotores de crescimento são substâncias

administradas aos animais por via oral (ração ou água) ou parenteral (injetadas ou

implantadas), com o objetivo de aumentar a produtividade (PALERMO NETO,

2006). Esses agentes também são chamados de aditivos zootécnicos ou de

produção, e seu efeito na produtividade traduz-se em: aumento de ganho de

peso; diminuição do tempo necessário para que se atinja o peso ideal para o

abate; aumento da eficiência alimentar, redução da quantidade de alimento

consumido pelo animal, além da prevenção de patologias infecciosas e redução

da mortalidade (PALERMO NETO, 2006).

A legislação brasileira estabelece critérios que recomenda a

fiscalização de todo produto e estabelecimento destinado à alimentação animal

através da Lei 6198 de 26/12/1974, regulamentada pelo Decreto 6296 de

11/12/2007, que “dispõe sobre a inspeção e a Fiscalização Obrigatória dos

Produtos à Alimentação Animal, e dá outras providencias” (BRASIL,1974;

BRASIL, 2007).

A Portaria SARC (Secretário de Apoio Rural e Cooperativismo) no 013

de 30/11/2004 tem por objetivo estabelecer os procedimentos básicos que devem

ser adotados para avaliação de segurança de uso, registro e comercialização dos

aditivos utilizados nos produtos destinados à alimentação animal. Nesta portaria

define-se aditivo como: “substância, micro-organismo ou produto formulado,

adicionado intencionalmente aos produtos, que não é utilizada normalmente como

ingrediente, tenha ou não valor nutritivo e que melhore as características dos

produtos destinados à alimentação animal ou dos produtos animais, melhore o

desempenho dos animais sadios e atenda às necessidades nutricionais”...

(BRASIL, 2004).

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Segundo a mesma portaria, para ser considerado aditivo, o produto

tem que ser indispensável como componente da ração, influir positivamente nas

características dos produtos de origem animal, “ser utilizado em quantidade

estritamente necessária à obtenção do efeito desejado” e ser autorizado e

registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

A referida portaria classifica os aditivos em quatro categorias:

a) “aditivos tecnológicos: qualquer substância adicionada ao produto

destinado à alimentação animal com fins tecnológicos. Nesta categoria de aditivos

podem ser citados os seguintes grupos funcionais: adsorventes, aglomerantes,

antiaglomerantes, antioxidantes, antiumectantes, conservantes, emulsificantes,

estabilizantes, espessantes, gelificantes, reguladores da acidez, umectantes:

b) aditivos sensoriais: qualquer substância adicionada ao produto para

melhorar ou modificar as propriedades organolépticas destes ou as características

visuais dos produtos. Nesta categoria de aditivos podem ser citados os seguintes

grupos funcionais: corantes e pigmentantes, aromatizantes, palatabilizantes.

c) aditivos nutricionais: toda substância utilizada para manter ou

melhorar as propriedades nutricionais do produto. Nesta categoria de aditivos

podem ser citados os seguintes grupos funcionais: vitaminas, oligoelementos ou

seus compostos (microminerais orgânicos), aminoácidos, seus derivados e

análogos, ureia e seus derivados.

d) aditivos zootécnicos: toda substância utilizada para influir

positivamente na melhoria do desempenho dos animais. Nesta categoria de

aditivos podem ser citados os seguintes grupos funcionais: digestivos (enzimas),

equilibradores da flora intestinal (probióticos, prebióticos e acidificantes),

melhoradores de desempenho.

e) anticoccidianos: substância destinada a eliminar ou inibir

protozoário. Nesta categoria de aditivos pode ser citado o seguinte grupo

funcional: anticoccidianos

NETO & ALMEIDA (2006) relataram que os antimicrobianos são

substancias capazes de inibir o crescimento de microrganismos sem

comprometer a saúde do individuo medicado, são empregados como

medicamentos de grande importância no tratamento e prevenção de doenças

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infecciosas, e ainda, como aditivos em rações, visando diminuir a mortalidade e

melhorar o desempenho de animais de produção.

No Quadro 1, de acordo BRASIL (2012) são destacadas as situações

das principais substâncias antimicrobianas utilizadas em avicultura.

QUADRO 1. Resumo da situação junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento – MAPA - de antimicrobianos usados como aditivos na

alimentação animal junto ao MAPA até janeiro de 2012.

Situação Produtos

Substâncias antimicrobianas sem

impeditivo técnico-científico para uso

como aditivo

Avilamicina, bacitracina de zinco,

bacitracina metileno disalicilato,

enramicina, flavomicina,

lasalocida,monensina, salinomicina,

tilosina e virginamicina.

Substâncias antimicrobianas com

recomendação pelo Grupo de Trabalho

de descontinuidade do uso como

aditivo: preocupação com resistência

Espiramicina, eritromicina, tiamulina,

lincomicina e colistina.

Substâncias antimicrobianas com

recomendação pelo Grupo de Trabalho

de descontinuidade do uso como

aditivo: preocupação toxicológica

Clorexidina e halquinol.

Durante décadas os antibióticos foram amplamente utilizados na

produção animal (HUYGHEBAERT et al., 2011). Embora a história da utilização

dos antibióticos em alimentação animal tenha ocorrido juntamente com o

isolamento da vitamina B12. Na década de 1940, houve uma grande expansão da

produção avícola nos Estados Unidos. Nesta época, ocorreu escassez de

proteína animal para fabricação de ração, e ao mesmo tempo ocorreu uma

grande oferta de proteína de origem vegetal. Este fato fez que a proteína vegetal

substituísse a animal. No entanto, as proteínas de origem animal utilizadas

9

continham um fator desconhecido que era necessário para o crescimento dos

frangos. Foi então que alguns pesquisadores isolaram a vitamina B12

pressupondo ser este o fator promotor, e só mais tarde perceberam que esse

efeito não era da vitamina e sim de um antibiótico por certos fungos presentes na

ração (JONES & RICKET, 2003; DIBNER & RICHARDS, 2005).

Os antibióticos promotores de crescimento agem principalmente no

intestino melhorando a eficiência alimentar (DIBNER & RICHARDS, 2005). De

acordo HUYGHEBAERT et al., (2011) as estratégias de usar produtos alternativos

aos antibióticos, na alimentação das aves, deverão apresentar efeitos

semelhantes aos antibióticos melhoradores de desempenho. Segundo PESSÔA

et al. (2012), com a proibição dos antibióticos promotores de crescimento na

ração de frangos de corte, varias pesquisas vem sendo desenvolvida com o

objetivo de obter alternativas eficientes, de modo a enfatizar em especial o uso de

probióticos, prebióticos e outras formas de reduzir os microrganismos patógenos

das aves.

2.3. Probióticos

Os probióticos vêm despontando como produtos inovadores, não

tóxicos e que não induzem resistência bacteriana em produção de aves (RAMOS

et al., 2011). Constituem suplemento aditivo de ração, composto por agentes

microbianos vivos, não patogênicos, que atuam beneficamente no hospedeiro

melhorando o equilíbrio microbiano do intestino (LODDI et al., 2000).

FULLER (1989) define probiótico como “um suplemento alimentar

constituído de microrganismos vivos capazes de beneficiar o hospedeiro pelo

estabelecimento do equilíbrio da microbiota intestinal”. As principais bactérias

utilizadas como probióticos são as do gênero Enterococcus, Lactobacillus e

Bifidobacterium e quanto maior o número de espécies bacterianas utilizadas

melhor é a eficiência do probiótico (ANDREATTI FILHO & SILVA, 2005).

Conforme PESSÔA et al. (2012), a base do conceito da utilização dos

probióticos é a manipulação da microbiota intestinal que influência de forma

benéfica a saúde do animal. Os autores ainda citam como principais

10

microrganismos Streptococcus, Bacillus e leveduras além dos Enterococcus,

Lactobacillus e Bifidobacterium que já foram mencionados.

As bactérias constituintes dos probióticos ocupam os sítios de ligação

na mucosa intestinal, formando uma barreira física fazendo com que as bactérias

patogênicas sejam excluídas por competição de espaço (FURLAN et al., 2004). A

aderência à mucosa intestinal parece, portanto, o mecanismo chave da

colonização das bactérias patogênicas e seus efeitos nocivos sobre a saúde do

hospedeiro (PETRI, 2000). Outro mecanismo de ação dos próbióticos é a

produção de substâncias antibacterianas e enzimas. Os microrganismos

probióticos alteram o ambiente intestinal, pela produção de substâncias

antimicrobianas, como bacteriocinas, ácidos orgânicos (acético e lático), peróxido

de hidrogênio e dióxido de carbono impedindo a colonização de patógenos na

mucosa do intestino (PELÍCIA, 2004).

Em sua revisão, PETRI (2000) citou os cinco principais mecanismos de

ação destes produtos: 1) efeito físico (barreira): as bactérias fixam-se à mucosa

intestinal, formando uma barreira protetora que evita a adesão de bactérias

nocivas; 2) efeito biológico: as bactérias anaeróbias constituintes dos probióticos

promovem um ambiente de baixa tensão de oxigênio, inibindo o crescimento de

enteropatógenos; 3) efeito químico: a produção de ácidos orgânicos por bactérias

causam redução do pH intestinal, desfavorecendo a colonização por

microrganismos causadores de doenças; 4) efeito bioquímico: produção de

bacteriocinas; 5) efeito nutricional: as bactérias do probiótico competem com os

enteropatógenos por nutrientes, diminuindo sua colonização no intestino.

Outra forma de agir desses compostos é a competição por nutrientes

específicos entre as bactérias intestinais. A escassez desses nutrientes

disponíveis na luz intestinal para metabolismo pelas bactérias patogênicas é um

fator limitante de manutenção delas nesse ambiente (MACARI & FURLAN, 2005).

LORA GRAÑA (2006) em estudo onde se avaliou o desempenho de

frangos de corte, machos, de um a 42 dias de idade alimentados com rações

suplementadas com probiótico compostos por Bacillus subtilis e com antibiótico

como promotor de crescimento, e criadas em ambiente considerado inadequado

(sujo) como forma de desafio, o autor não observou diferenças no ganho de peso

11

entre as aves que receberam os compostos de probiótico e antibióticos, nestes

mesmos grupos apresentaram maior valor de viabilidade.

FLEMMING (2005), ao avaliar a utilização de mananoligossacarídeos

(MOS), probióticos (Bacillus licheniformis e Bacillus subtilis) e antibiótico

(avilamicina) na alimentação de frangos de corte observou que quando se utilizou

o probiótico de 1 a 42 dias de idade houve melhor ganho de peso.

SANTOS et al., (2013) quando avaliaram o efeito de diferentes tipos de

probióticos observaram que a altura das vilosidades no duodeno apresentam

maiores valores quando receberam microbiota indefinida e um simbiótico.

2.4. Prebióticos

Os prebióticos são ingredientes alimentares, normalmente

carboidratos, que beneficiam a saúde do hospedeiro por estimular seletivamente

o crescimento e a atividade de bactérias intestinais. Os carboidratos que atuam

como prebióticos são os oligossacarídeos e os mais utilizados na nutrição das

aves são os frutoligossacarídeos (FOS) e os mananoligossacarídeos (MOS). Os

FOS estimulam o crescimento de bactérias intestinais benéficas como algumas

espécies de Lactobacillus e Bifidobacterium. Já os MOS, obtidos através da

extração da parede celular de leveduras (Saccharomyces cerevisiae), se ligam à

microrganismos patogênicos como a Salmonella sp. e impedindo a sua adesão ao

epitélio intestinal (ANDREATTI FILHO & SILVA, 2005; MACARI & FURLAN,

2005).

Também os oligossacarídeos, não hidrolisados por enzimas

digestivas, são extraídos da parede celular de vegetais como chicória, cebola,

alho, alcachofra, aspargo. Estes compostos podem ser extraídos por meio da

ação de enzimas microbianas em processos fermentativos, utilizando sacarose e

amido como substratos (FLEMMING, 2005).

Os prebióticos quando utilizados na alimentação animal podem

funcionar como uma possível alternativa ao uso dos antibióticos promotores de

crescimento, e têm sido utilizados como modulador intestinal microbiano. Estes

compostos contribuem para o desenvolvimento de bactérias como bifidobactérias

12

e lactobacilos, que possivelmente exercem efeitos benéficos sobre o hospedeiro,

em detrimento de espécies prejudiciais (GAGGÌA et al., 2010).

Conforme PESSÔA et al. (2012), os prebióticos são ingredientes que

não sofrem ação de enzimas digestivas na porção proximal do trato gastrintestinal

de monogástricos, mas que estimulam seletivamente o crescimento ou a atividade

de bactérias benéficas no intestino.

Os prebióticos, por não serem digeridos na porção superior do trato

intestinal, são fermentados no cólon. Ao serem fermentados, exercem efeito de

aumento de volume, como resultado da estimulação do crescimento microbiano,

além de promoverem aumento no número de evacuações. Portanto, são

classificados como fibras dietéticas (ROBERFROID, 2002). Algumas funções dos

prebióticos estão demonstradas no Quadro 2.

QUADRO 2 – Funções intestinais atribuídas aos prebióticos

Fibras alimentares e funções gastrintestinais

Efeitos sobre o

trato

gastrintestinal

superior

Resistência à digestão

Esvaziamento gástrico retardado

Aumento do tempo do trânsito oro-cecal

Reduzida absorção de glicose e baixo índice glicêmico

Hiperplasia do epitélio do intestino delgado

Estimulação da secreção de peptídeos intestinais hormonais

Efeitos sobre o

trato

gastrintestinal

inferior

Atuação como alimento para a microbiota do colón

Atuação como substrato para fermentação

Produtos finais da fermentação [principalmente AGCC

(ácidos graxos de cadeia curta)]

Estimulação da fermentação sacarolítica

Acidificação do conteúdo do colón

Hiperplasia do epitélio do colón

Estimulação da secreção de peptídeos hormonais do colón

Efeito no volume da produção de fezes

Regularização na produção de fezes (frequência e

consistência)

Aceleração do trânsito ceco-anal Fonte: Adaptado de GAGGIA et al., (2010)

13

ALBINO et al. (2006) em estudo avaliando a adição de antibióticos e de

prebióticos a base de MOS, realizado com pintos de 01 a 21 dias de idade,

criados em cama reutilizada, verificaram que não houve diferença sobre o ganho

de peso entre os tratamentos compostos por MOS e os demais tratamentos,

embora as aves que receberam a avilamicina apresentaram melhor ganho de

peso.

Estudo realizado por OLIVEIRA et al. (2008) comparando o uso de

MOS e de complexo enzimático em rações de frangos, notaram aumento de

espessura da camada muscular longitudinal do intestino delgado aos 21 e 42 dias

de idade, refletindo em maior superfície de absorção no intestino.

SILVA et al. (2008) em um estudo relata que os efeitos dos prebióticos

melhoraram a integridade intestinal, e que os MOS são produtos apropriados no

caso da substituição dos antibióticos promotores de crescimento na formulação

de rações em dietas de frangos de corte. No entanto, RAMOS et al. (2011)

relataram que o uso dos prebióticos diminuiu a altura das vilosidades no duodeno

das aves.

De acordo com MURATE et al., (2013), em estudo avaliando os efeitos

de probióticos, prebióticos e simbióticos sobre a morfometria intestinal de frangos

desafiados com Salmonella Enteritidis observaram que os frangos tratados com

prebióticos apresentaram aumento significativo do escore morfológico aos 5 e 7

dias pós-infecção.

Alguns resultados encontrados na literatura são controversos em

relação a efetividade dos prebióticos e probióticos utilizados na nutrição de aves,

apesar disso, é importante salientar a necessidade de determinar a dosagem

correta de cada tipo de aditivo e de considerar o desafio sanitário para a possível

comprovação dos mesmos (PESSÔA et al., 2012).

2.5. Simbióticos

O termo simbiótico pode ser definido como uma mistura ou combinação

de prebiótico e probiótico em um só produto, fornecendo componentes da

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microbiota intestinal e substâncias que estimulam o desenvolvimento e a atividade

dessa microbiota (ANDREATTI FILHO & SILVA, 2005; GAGGÌA et al., 2010). Esta

combinação pode melhorar a viabilidade dos microrganismos probióticos, uma

vez que eles utilizam os prebióticos como substrato para a fermentação (FALAKI

et al., 2010).

Essa combinação de prebióticos e probióticos é considerada benéfica

para o organismo consumidor, pelo fato de as bactérias não patogênicas se

estabelecerem no trato digestório pela estimulação seletiva de seu crescimento e

pela ativação do metabolismo dessas bactérias benéficas à saúde, tudo em

virtude de um melhor ambiente intestinal propiciado pelos prebióticos do alimento

(LIMA, 2006).

A interação entre probióticos e prebióticos quando realizada in vivo

pode ser favorecida por uma adaptação do probióticos ao substrato prebióticos, o

que pode em alguns casos resultar em vantagem competitiva para o probióticos,

se ele for consumido juntamente com o prebióticos (ARAÚJO et al., 2007)

Os benefícios do uso dos simbióticos incluem: 1) reforço da resposta

imune; 2) aumento da permeabilidade intestinal; 3) equilíbrio da microbiota

intestinal; 4) melhora da função imunológica da barreira intestinal, e 5) regulação

de citocinas pró-inflamatórias. Os efeitos benéficos dos simbióticos no controle de

complicações pós-cirúrgicas em pacientes com doença hepática também foram

observados (USAMI et al., 2011).

SARTORI et al., (2007) e FALAKI et al., (2010) relataram que a adição

de simbióticos na dieta de frangos de corte melhora o desempenho produtivo das

aves, mostrando-se eficaz na substituição aos antimicrobianos promotores de

crescimento.

Testando a inclusão de simbióticos na ração de frangos de corte

criados em sistema convencional e alternativo, SARTORI et al. (2007) concluíram

que o uso dos simbióticos melhorou o desempenho das aves aos 42 dias de

idade nos dois tipos de sistema de criação, porém o acréscimo deste aditivo na

ração aumentou os custos de produção.

De acordo com MURATE et al., (2013), em estudo avaliando o efeito

de probióticos, prébióticos e simbióticos na morfometria intestinal de frangos

15

desafiados com Salmonella Enteritidis, os autores observaram que o tratamento

simbiótico apresentou aumento significativo das vilosidades na região do jejuno.

2.6. Ácidos orgânicos

De acordo com COLONI (2012), os ácidos orgânicos são comumente

encontrados na natureza como componentes normais de tecidos vegetais e

animais. Além disso, são formados pela fermentação microbiana no trato intestinal

constituindo parte importante do suprimento energético dos animais hospedeiros.

A utilização de ácidos orgânicos constituídos de ácidos graxos de

cadeia curta na dieta das aves são fontes de energia para o desenvolvimento de

colonócitos que promovem a saúde intestinal (MAIORKA, et al. 2002). De acordo

com VAN IMMERSEEL et al. (2006), os ácidos orgânicos promovem ainda,

ativação das enzimas proteolíticas, alterações no pH intestinal e melhora na

produção de sais biliares, além de modificarem a microbiota gastrintestinal,

melhorando o funcionamento do aparelho digestório resultando de maior

absorção de nutrientes.

Os principais ácidos orgânicos utilizados são: fórmico, acético,

propiônico, lático, fumárico e cítrico (COLONI, 2012). Sendo os principais ácidos

orgânicos utilizados nas dietas das aves o ácido acético, butírico e propiônico

(SANTOS JÚNIOR & FERKET, 2007). O ácido propiônico é um ácido graxo volátil

que tem sido utilizado como um aditivo em dietas de frangos de corte como um

produto de controle da fermentação fúngica e bacteriana no papo e ceco

(MAIORKA et al., 2002).

LEESON et al. (2005) em uma estudo avaliando o efeito do ácido

butírico no desempenho e rendimento de carcaça de frangos de corte,

observaram que as aves alimentadas com 2% de butirato apresentaram melhor

profundidade de cripta no duodeno quando comparadas as aves do controle,

auxiliando no desenvolvimeto da mucosa intestinal, o mesmo ocorreu para ganho

de peso. Outros autores quando compararam seis fontes de aditivos (antibiótico,

MOS, FOS, ácido fumárico, cogumelo desidratado e probiótico) encontraram

melhores resultados de rendimento de carcaça e redução no número de bactérias

16

totais do intestino delgado e do ceco das aves que receberam o ácido fumárico na

dieta (SANTOS et al., 2005).

VIOLA & VIEIRA (2007) avaliando a suplementação de acidificantes

orgânicos e inorgânicos em dietas para frangos de corte observaram aumento do

epitélio do duodeno e do jejuno aos sete dias e somente no duodeno aos 21 dias

de idade em resposta ao uso dos ácidos orgânicos. HERNANDEZ et al. (2006)

avaliando o efeito do ácido fórmico na ração, constataram que existe um efeito

positivo do ácido fórmico sobre a digestibilidade ileal dos nutrientes em frangos de

corte.

ROCHA et al. (2010) avaliaram a ação de probióticos, prebióticos e de

ácidos orgânicos sobre o desempenho de frangos de corte na fase inicial (8-21

dias) e na fase de crescimento (22 a 43 dias), concluíram que os prebióticos à

base de mananoligossacarídeos, combinados ou não com ácidos orgânicos

fumárico e propiônico, e os probióticos podem substituir os antibióticos avilamicina

e colistina nas rações de frangos de corte. Verificando ainda, que o uso da

mistura comercial de probióticos melhorou o rendimento de partes das aves ao

abate.

2.7. Fitogênicos

Os aditivos fitogênicos são compostos derivados de plantas que são

adicionados à dieta dos animais, visando melhorar a produtividade e a qualidade

dos produtos (WINDISCH et al., 2008). As propriedades das plantas medicinais

tem sido observadas desde a antiguidade (COSTA et al., 2007) e a primeira

avaliação da utilização de extratos de plantas com atividade antibacteriana data

de 1881 (RIZZO et al., 2008).

Fitoterápicos compreendem os medicamentos que utilizam

exclusivamente matérias–primas vegetais ativas e, que assim como todo

medicamento, deve existir a caracterização da sua eficácia e risco de seu uso por

meio de estudos etnofarmacológicos, além de permitir a reprodutibilidade e

controle de qualidade (BRASIL, 2004). Enquanto que, fitogênicos são produtos

compostos de óleos essenciais e/ou extratos vegetais utilizados nas rações

17

animais, com objetivo de melhorar o desempenho animal, sem efeito

medicamentoso, querem seja pelo princípio ativo ou dose utilizada (FASCINA,

2011).

A utilização de extratos herbais é considerada como uma abordagem

complementar ou alternativa a medicina convencional (CRAVOTTO et al., 2010) e

embora, praticamente pouco explorada, tem recebido maior atenção como

potenciadores de desempenho na última década devido ao crescimento constante

dos produtos fitofarmacêticos (HASHEMI & DAVOODI, 2011).

O fator mais importante que contribuiu para o surgimento desse

interesse no uso de plantas na produção animal é o rigor das legislações em torno

dos aditivos convencionais, como os antibióticos, anticoccidianos, anti-helmínticos

(GREATHEAD, 2003). O mercado para possíveis melhoradores de desempenho à

base de plantas tem aumentado desde a década de 1990, com vendas de óleos

essenciais para a União Européia que chegou a 90 toneladas em 1996 enquanto

dez anos mais tarde foi de 600 toneladas (GREATHEAD, 2003).

Como resultado, novos aditivos comerciais derivados de plantas,

incluindo extratos de plantas, óleos essenciais e seus componentes purificados

estão sendo avaliados como parte das estratégias de alimentação alternativa para

o futuro. Tais produtos têm várias vantagens sobre antibióticos comerciais

comumente utilizados, uma vez que são livres de resíduos e reconhecidos pelos

consumidores como seguros e comumente usados na indústria de alimentos

(BRENES & ROURA, 2010).

De acordo com SARTORI et al. (2009), pode-se classificar a utilização

de extratos vegetais e óleos essenciais na alimentação animal como aditivos

fitogênicos os quais apresentam como principal diferença o método de extração

utilizado entre os extratos de plantas (EVs) e os óleos essenciais (OEs)

(LANGHOUT, 2005).

Os óleos essenciais são líquidos provenientes de diferentes partes das

plantas, obtidos por fermentação ou destilação por arraste com vapor d’água, por

atividade enzimática seguida de destilação a vapor d’água ou por extração com

dióxido de carbono líquido sob baixa temperatura e alta pressão (BURT, 2004;

LANGHOUT, 2005). Já os extratos vegetais são preparados por percolação,

18

maceração ou outro método validado, utilizando como solvente água ou etanol

que posteriormente podem ser eliminados ou não (BRASIL, 2004).

Alguns termos são empregados para classificar a grande variedade de

compostos fitogênicos, principalmente referindo-se a origem ou processamento,

tais como ervas (produto de floração), especiarias (ervas com cheiro e sabor

intensos, comumente usados na culinária), óleos essenciais (compostos voláteis

lipofílicos) e oleorresinas (extratos obtidos por solventes não aquosos). E os

compostos químicos estão diretamente relacionados com suas propriedades

biológicas (HASHEMI & DAVOODI, 2011) (Quadro 3).

QUADRO 3: Principais componentes de plantas e suas propriedades medicinais

Nome popular

Gênero e/ou Espécie

Princípio Ativo (principal)

Propriedade medicinal

Canela Cinnamomum spp Cinaladeído; Eugenol; Linalol

Antibacteriano; estimulante da digestão;

antioxidante

Orégano Origanum spp Carvacrol ; timol; carvone; γ-terpine

Antibacteriano; antifúngica

Cravo Syzygium spp Eugenol Antibacteriano; antifúngica

Tomilho Thymus spp Timol; carvacrol; p-cimene; geraniol

Antibacteriano; antioxidante; antifúngica

Açafrão da Índia

Curcuma zedoaria longa

curcumina Antioxidante; antiinflamatório; redução de colesterol; aumento

secreção biliar; indutor de apoptose de células

defeituosas

Uva (semente)

Vitis vinifera Antocianinas; flavanas; catequina;

epicatequina; procianidinas; antocianinas;

resveratrol

Antioxidante; aumenta HDL; antibacteriano;

antiviral; intiinflamatória

Alho Allium sativum Alicina Anti-séptico; estimulante da digestão,

antibacteriano

Hortelã-Pimenta

Mentha piperita Mentol Estimula o apetite e a digestão, antiséptico

Alecrim Rosmarinus Officinalis

Cineol; rosmarinol; rosmaricina,timol

Estimulante da digestão; antibacteriano;

antioxidante Fonte: Adaptado de KAMEL (2001); BURT (2004) e FASCINA (2011)

19

Dentro do grupo dos aditivos fitogênicos, o teor de substâncias ativas

pode variar amplamente, dependendo da parte da planta utilizada (semente,

folha, raiz, casca), estação do ano (incidência de raios ultra violeta), tipo de solo,

ciclo vegetativo, época de colheita, origem geográfica e técnica de extração

(FALEIRO et al., 2003; WINDISCH et al., 2008).

A aplicação prática e inclusão destes extratos e óleos na alimentação

animal dependem de diversos fatores como a espécie animal, a idade e o

propósito da produção (LANGHOUT, 2005). E o principal benefício para a

utilização destes aditivos fitogênicos na alimentação animal envolve os impactos

positivos que podem causar na saúde animal, agindo na microflora intestinal

controlando o crescimento de microrganismos patogênicos, diminuindo a

produção de amônia, proporcionando maior produção de muco no intestino e

melhorando a capacidade digestiva do animal (WINDISCH et al., 2008; HASHEMI

& DAVOODI, 2011).

As propriedades antimicrobianas dos fitogênicos são determinadas por

suas características físico-químicas, como pH, solubilidade, pKa e polaridade

(NEGI et al., 2012). Devido à grande variedade de compostos químicos, a

capacidade antimicrobiana dos óleos essenciais não é atribuída somente a um

mecanismo específico, mas a vários alvos dentro da célula (BURT, 2004).

Uma possível contribuição dos produtos fitogênicos no controle de

patógenos é a estimulação na produção de muco intestinal, que diminui a

aderência destas bactérias à mucosa do intestino (WINDISCH et al., 2007).

No estudo conduzido por WIEST et al. (2009) foi verificada a

intensidade da atividade de inibição bacteriana e a intensidade de atividade de

inativação bacteriana in vitro frente à Salmonella sp. de 86 plantas de uso

medicinal ou condimentar encontradas na região de Porto Alegre – RS. Das

plantas testadas, 50 apresentaram alguma atividade seletiva contra a bactéria.

Destacaram-se pela capacidade antimicrobiana o alho-poró, alho-nirá, macela,

pimenta-malagueta, erva-mate, orégano, sálvia e o chinchilho.

Embora existam muitos resultados realizados in vitro, resultados

avaliados in vivo são limitados (WINDISCH et al., 2008). Para garantir a utilização

adequada, deve ser consenso entre a comunidade científica a preocupação com

20

a qualidade, padronização, realização de ensaios clínicos e verificação da eficácia

(HASHEMI & DAVOODI, 2011).

Do mesmo modo, AGOSTINI et al. (2012) verificaram os efeitos sobre

a microbiota intestinal de diferentes níveis de óleos essenciais de cravo na ração

de frangos de corte. Os autores notaram que a inclusão do fitogênico não afetou

as bactérias da família Enterobacteriaceae, porém a população de Lactobacillus

aumentou em relação ao tratamento controle. Já KIRKPINAR et al. (2011),

empregando óleos essenciais de orégano e alho na ração, observaram que as

contagens de Lactobacillus spp. e Streptococcus não sofreram alterações, porém

o número de clostrídios foram reduzidos nas aves que receberam o orégano

isolado e orégano associado ao alho.

Em seu estudo, RIZZO et al. (2010) avaliaram os efeitos da inclusão de

óleos essenciais, quando comparados com um antibiótico (avilamicina), sobre o

desempenho de frangos de corte. Foram utilizados os óleos essenciais de canela,

cravo, tomilho, pimenta, orégano, eucalipto, canela-da-china, boldo-do-chile e

feno grego em diferentes associações e concentrações. Os autores concluíram

que a adição destes fitogênicos não teve efeito significativo sobre o desempenho,

quando comparados à dieta sem aditivo e à dieta com antibiótico. Concluíram

também, que a ausência de desafio microbiológico e a alta qualidade da dieta não

permitiram que os efeitos da adição dos OEs fossem notados.

Avaliando os efeitos da inclusão do óleo de aroeira-vermelha em

rações de frangos de corte, SILVA et al. (2011) verificaram que os animais

tratados com o fitogênico apresentaram maior relação vilo:cripta, em relação ao

tratamento que não recebeu nenhum aditivo. KIRKPINAR et al. (2011) não

observaram diferenças significativas na biometria dos órgãos das aves ao

utilizarem orégano e alho isolados ou em associação na dieta.

No estudo realizado por AGOSTINI et al. (2012) foram incluídos

diferentes níveis de cravo na dieta de frangos de corte. Os resultados apontaram

que a inclusão do cravo aumentou o número de linfócitos e a densidade celular da

lâmina própria do intestino das aves. Por outro lado, CARDOSO et al. (2012)

observaram diminuição significativa dos monócitos quando adicionaram pimenta-

do-reino à alimentação das aves.

21

NOLETO et al., (2013) avaliando o desempenho de frangos de corte

alimentados com rações contendo óleo bruto de copaíba e sucupira branca como

antimicrobianos, observaram que o peso final, ganho de peso, conversão

alimentar e viabilidade no período de 1 a 7 dias de idade não foram influenciados

pelos tratamentos (P>0,05), no entanto, houve diferença (P<0,05) para consumo

de ração, em que as aves suplementadas com óleo bruto de sucupira

apresentaram menor consumo. Os autores relacionaram esse efeito à menor

palatabilidade da dieta que continha óleo de sucupira.

A variação nos resultados de eficiência dos óleos essenciais na

produção animal deve-se principalmente aos seguintes fatores: composição da

ração (ingredientes menos digeríveis), nível de ingestão da dieta, padrão de

higiene e condições ambientais. Entre outros fatores que poderiam influenciar os

resultados de experimentos realizados in vivo são citados: época e método de

colheita, estado de maturação da planta, método de conservação, duração do

armazenamento e possível efeito sinérgico ou antagônico dos compostos

bioativos (BRENE & ROURA, 2011).

LOGUERCIO (2005) avaliou o efeito das folhas de jambolão (Syzygium

cumini (L.) Skeels), que são ricas em taninos e saponinas, em bactérias Gram-

negativas e Gram-positivas, e constatou que o extrato apresentou resultados

superiores em comparação com os antimicrobianos para Staphylococcus spp.,

E.coli, Salmonella Chorelasuis e Proteus spp..

TOGHYANI et al. (2010) avaliaram o desempenho de frangos de corte

alimentados com pimenta preta e hortelã e observaram aumento no ganho de

peso aos 28 dias de idade quando os frangos foram suplementados com 4g/kg de

hortelã. Estes autores também encontraram um aumento na conversão alimentar

de frangos alimentados com pimenta preta.

22

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A avicultura brasileira vem se mostrando cada vez mais competente

tanto na produção animal como na conquista de novos mercados, buscando

sempre alta produtividade associada a baixos custos. Além disso, o consumo de

carne de frango vem crescendo no mercado interno, refletindo um novo hábito

alimentar do consumidor brasileiro.

Os antibióticos e quimioterápicos muito contribuíram para este cenário

econômico. No entanto, com o banimento do uso destas drogas na produção

animal, a competitividade deste setor se vê ameaçada. Encontrar substitutos para

os antibióticos se tornou de importância fundamental para a manutenção da

produtividade. Uma vez que a saúde intestinal tem grande influência no

desempenho dos frangos de corte, pois afeta os processos de digestão e

absorção dos nutrientes.

Dentro deste contexto, os aditivos alimentares alternativos ganharam

destaque. Os diversos tipos de prebióticos, probióticos, simbióticos, ácidos

orgânicos e fitogênicos vem sendo estudados com a finalidade de se descobrir o

melhor aditivo e/ou associações de aditivos que possam ser empregados como

promotores de crescimento.

A utilização de aditivos fitogênicos na produção animal é uma

ferramenta importante para auxiliar nos avanços para a substituição dos

antimicrobianos melhoradores de desempenho. Muitos estudos indicam que

existem possibilidades de desenvolver produtos alternativos em detrimento dos

antimicrobianos.

Assim se faz necessário a realização de pesquisas para que se

determinem aspectos importantes como: melhor dose-resposta, efeitos da

combinação de aditivos, toxicidade, eficácia no desempenho dos animais, custo-

benefício e possíveis implicações sobre o meio ambiente.

O resultado dos estudos em desenvolvimento melhorará

substancialmente a aplicação e utilização de fitogênicos na alimentação de aves

de produção. Além disso, estes conceitos devem estar em harmonia com as

exigências dos mercados consumidores e o equilíbrio para a manutenção da

produtividade nos sistemas de criação.

23

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