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Prezado Congressista! É com imenso prazer que o recebemos em Maceió, em um dos nossos resorts mais agradáveis, para participar do V Congresso Multidisciplinar da Santa Casa de Misericórdia de Maceió e o III Congresso Brasileiro de Medicina Hospitalar. Durante os últimos meses não medimos esforços na organização do evento, esperando que o mesmo lhe ofereça atualização científica, discussões frutíferas para a fundamentação do seu conhecimento e o embasamento de sua prática, bem como a oportunidade de construir novas relações profissionais. Estaremos a sua disposição para tornar sua participação o mais efetiva possível e a sua estadia o mais agradável possível! Receba nossas sinceras BOAS VINDAS! Profª. Drª. Maria Alayde Mendonça Romero Rivera Em nome da Comissão Organizadora V Congresso Multidisciplinar da Santa Casa de Misericórdia de Maceió III Congresso Brasileiro de Medicina Hospitalar.

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Prezado Congressista!

É com imenso prazer que o recebemos em Maceió, em um dos nossos resorts mais agradáveis,

para participar do V Congresso Multidisciplinar da Santa Casa de Misericórdia de Maceió e o III

Congresso Brasileiro de Medicina Hospitalar.

Durante os últimos meses não medimos esforços na organização do evento, esperando que o

mesmo lhe ofereça atualização científica, discussões frutíferas para a fundamentação do seu conhecimento

e o embasamento de sua prática, bem como a oportunidade de construir novas relações profissionais.

Estaremos a sua disposição para tornar sua participação o mais efetiva possível e a sua estadia o

mais agradável possível!

Receba nossas sinceras BOAS VINDAS!

Profª. Drª. Maria Alayde Mendonça Romero Rivera Em nome da Comissão Organizadora V Congresso Multidisciplinar da Santa Casa de Misericórdia de Maceió III Congresso Brasileiro de Medicina Hospitalar.

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COMISSÃO ORGANIZADORA

NOMES CARGOS

1 Dra. Maria Alayde M. Romero Rivera Gerente da Divisão de Ensino e Pesquisa da SCMM

2 Dra. Maria Tereza Freitas Tenório Gerente de Riscos e Práticas Assistenciais da SCMM

3 Prof. Dr. Carlos André Silva Carneiro Gerente de Marketing da SCMM

4 Severino José Gomes de Moura Superintendente de Suprimentos da SCMM

5 Enfermeira Nayanne da Silva Luz Coordenadora do Ensino e Pesquisa da SCMM

6 Dr. André Wajner Presidente da SOBRAMH

7 Dr. Marcio Fernando Spagnol Vice-Presidente da SOBRAMH

8 Dr. Paulo Ricardo Mottin Tesoureiro da SOBRAMH

9 Dra. Lana Catari Ferreira Pinto Diretora científica SOBRAMH

10 Dr. Cláudio Manoel Soares Nunes Secretário geral SOBRAMH

COMISSÃO CIENTÍFICA

NOMES CARGOS

1 Dra. Maria Alayde M. Romero Rivera Gerente da Divisão de Ensino e Pesquisa da SCMM

2 Dra. Carolina Zau Serpa de Araújo Gestora Médica da Unidade de Cuidados Paliativos

3 Dra. Aline Apel Luna Machado Gestora Médica do Protocolo de Cirurgia Segura

4 Dr. Davi Costa Buarque Supervisor do Programa de Residência Médica em Geriatria

5 Dr. André Araújo Peixoto Coordenador da Clínica Médica (plantões e Time de Resposta Rápida)

6 Enfermeira Andreza Gomes de Andrade Supervisora de Pesquisa da Divisão de Ensino e Pesquisa da SCMM

7 Dr. André Wajner Presidente da SOBRAMH

8 Dr. Marcio Fernando Spagnol Vice-Presidente da SOBRAMH

9 Dr. Paulo Ricardo Mottin Tesoureiro da SOBRAMH

10 Dra. Lana Catari Ferreira Pinto Diretora científica SOBRAMH

11 Dr. Cláudio Manoel Soares Nunes Secretário geral SOBRAMH

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08:00 Credenciamento

08:30 Boas Vindas

08:45 - 09:45

Palestra: "The Physical Exam from A to Z" Palestrante: James Newman - EUA

08:45 - 09:45

"Mesa Enfermagem Hospitalar" Moderadora: Daniela Broad Rizzo de Omena Tavares - AL

08:45 - 09:00

"Tratamento de úlceras de pressão" Palestrante: Silvia Karla Silva Cavalcante - AL

09:00 - 09:15

"Enfermagem e sua atuação em segurança do paciente"

Palestrante: Gisele Piccoli - RS

09:15-09:30

“Cuidados de enfermagem no paciente com sonda e acesso venoso

central

Palestrante: Tammy Nogueira - AL

09:30 - 09:45

“Como lidar com o paciente ostomizado? “

Palestrante: Renata Cardoso Farias - AL

09:45 - 10:25

Palestra: "Cardio Oncology: development of a new working field"

Palestrante: Joerg Herrmann - EUA

09:50 - 10:25

Palestra: “"Comanejo clínico-cirúrgico melhorando a assistência ao paciente cirúrgico"

Palestrante: Paulo Ricardo Rosa – RS

10:30 Visita aos Pôsteres

11:00 - 12:30

"Mesa Segurança do Paciente" Moderador: Fernando Waldemar - RS

11:00 -12:30

"Mesa Hemocomponentes" Moderadora: Marcio F. Spagnol (RS)

11:00 - 11:30

"Strategies in managing contrast-

induced nephropathy"

Palestrante: Sandra M. Herrmann - EUA

11:00 - 11:30

"Transfusão no ambiente hospitalar” Palestrante: José Bonamigo – SP

11:30 - 12:00

"Hospitalists role in quality

improvement"

Palestrante: Nancy L. Dawson - EUA

11:30 - 12:00

"Transfusão no Perioperatório e reserva de hemocomponentes"

Palestrante: Carolina Pithan - RS

12:00 - 12:30

"Teaching high value care to physicians"

Palestrante: Bryan Hull - EUA

12:00 - 12:30

"Reações adversas aos hemocomponentes"

Palestrante: Leo Sekine – RS

12:30 Intervalo

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14:00 - 15:30

"Mesa Infecções" Moderadora: Paulo Ricardio M. Rosa (RS)

14:00 - 15:30

"Mesa Ultrassom à beira do leito" Moderadora: Sofia kuhn - RS

14:00 - 14:40

"Sepsis recognition and rescue"

Palestrante: Craig Daniels – EUA

14:00 - 14:20

"O uso do ultrassom à beira do leito e a revolução no atendimento ao

paciente"

Palestrante: Marcio F. Spagnól - RS

14:40 - 15:05

"Hospitalar pneumonia "

Palestrante: Sandra Márcia de Omena Bastos - AL

14:20 - 15:00

"Ultrassom Pulmonar e a avaliação do paciente com dispnéia"

Palestrante: Alice Gallo de Moraes – EUA

15:05 - 15:30

"Strategies in the control of infections

of multidrug-resistant germs"

Palestrante: Maria Tereza Freitas Tenório - AL

15:00 - 15:20

"Ultrassonografia à beira do leito – cuidado com excessos"

Palestrante: José Augusto Pellegrini – RS

15:30 Visita aos Pôsteres

16:00 - 16:40

Palestra: "Update in Hospital Medicine" Palestrante: Neil Winawer - EUA

16:00 – 18:15

"Medicina Hospitalar na América do Sul" Moderador: Alexandre Carvalho - MA

16:45 - 17:30

Palestra: "Arrhythmias in the Hospitalized Patient"

Palestrante: Fred Kusumoto – EUA

16:00 -

16:30 "Panorama da Medicina Hospitalar no

Brasil " Palestrante: André Wajner (SOBRAMH)

16:30 – 18:15

"A experiência da Medicina Hospitalar"

Palestrante: Enilson Vieira Moraes - Hospita Primavera (SE)

17:30 - 18:15

Palestra: "Genomic / Personalized Medicine"

Palestrante: Neel Shah – EUA

Palestrante: Vinicius Sabedot Soares - Hospital da Restinga e Extremo Sul (RS)

Palestrante: Sergio Antonio Dias da Silveira - Prevent Senior (SP)

Palestrante: Mariano de La Serna - Hospital Italiano La Plata (Argentina)

Palestrante: Edgard Passos de Souza - Hospital Santa Casa de Misericórdia da Bahia (BA)

18:15 - Intervalo + Coffee Break

18:45

Abertura do Evento: "Panorama e perspectivas da medicina hospitalar no Brasil"

Palestrantes: Dr. André Wajner e Dra Maria Alayde M. Rivera

Conferência Magna: "Past, Present and Future of Hospital Medicine"

Conferencista: James S. Newman – Mayo Clinic (EUA)

"Perspectivas Assistenciais para os Hospitais Brasileiros"

Francisco Figueiredo – SAS/Ministério da Saúde

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08:00 Credenciamento

08:30 - 10:00

"Mesa Comunicação" Moderadora: Eliane Rocha Lopes - AL

08:30 - 10:00

"Mesa Pneumologia" Moderador: Artur Gomes Neto - AL

08:30 - 08:55

"Estratégias de Comunicação Efetiva no

ambiente hospitalar”

Palestrante: Fernando Waldemar - RS

08:30 - 09:00

"Estratificação de risco e manejo inicial da exacerbação DPOC"

Palestrante: Maria de Fátima Alécio Mota - AL

08:55 - 09:20

"Transição de cuidado hospital / casa"

Palestrante: Sati Mahmud - RS

09:00 - 09:30

"Ventilação mecânica não invasiva na enfermaria"

Palestrante: Gustavo Soares Vieira - AL

09:20 - 10:00

"Transição de cuidado hospital - APS"

Palestrante: Thiago Trindade - SBMFC

09:30 - 10:00

"Apnéia obstrutiva do sono na internação"

Palestrante: Livia Goes Gitaí - AL

10:30 Visita aos Pôsteres

11:00 - 12:30

"Mesa Desafios no paciente hospitalizado – revisando casos clínicos"

Moderador: Alexandre Gastaud - RS

11:00 - 12:30

"Mesa Comanejo Clínico-Cirúrgico" Moderadora: Marina de Borba Oliveira - RS

11:00 - 11:30

"Delirium: reconhecimento e

manejo"

Palestrante: David Costa Buarque - AL

11:00 - 11:20

"Casos de sucesso no Brasil"

Palestrante: Paulo Ricardo M. Rosa - Hospital Nossa Senhora da Conceição- RS

11:30 - 12:00

"Manejo do paciente com dispnéia"

Palestrante: Claudia Falcão Toledo de Albuquerque - AL

11:20 - 11:40

Palestrante: Sergio Silveira - Sancta Maggiore/ Prevent Senior – SP

11:40 – 12:00

Palestrante: Priscila Percout - Hospital São Lucas – SE

12:30 Almoço 12:30 Almoço

14:00 - 15:30

"Mesa economia e saúde" Moderador: Severino José Gomes de Moura - AL

14:00 - 14:30

Palestra: "A arte de nutrir o paciente hospitalizado"

PALESTRANTE: Weruska Davi Barrios - SP 14:00 -

14:30 "Eventos adversos versus

custos de internação " Palestrante: Dácio Guimarães - AL

14:30 - 15:00

"Medicina Hospitalar reduzindo custos, riscos e desperdício assistencial"

Palestrante: Cláudio Nunes – RJ

14:30 - 15:00

Palestra: "Telemedicina - revolucionando atendimento"

Palestrante: Carlos Aita – Telessaude / RS

15:00 -15:30

"Papel do Hospitalista na Segurança do Paciente

diante da Fragmentação do Cuidado"

Palestrante: Anna Nunes – RJ

15:00 -15:30

Palestra: "Impacto assistencial do uso de listas de checagem e das

visitas multidisciplinares"

Palestrante: Alexandre Carvalho - MA

15:30 Visita aos Pôsteres

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16:00 - 17:20

"Mesa Terminalidade" Moderadora: Andrea Amorim de Albuquerque

Costa - AL

16:00 - 17:20

"Mesa Intercorrências" Moderador: Hélvio Chagas Ferro - AL

16:00 - 16:25

"Identificação de paciente com indicação de

cuidados paliativos "

Palestrante: Norma Azzam Grunspun – SP

16:00 - 16:30

"Síndrome coronariana aguda no paciente hospitalizado"

Palestrante: Antonio Leilton Luna Machado - AL

16:25 - 16:50

"Falando sobre a morte e comunicação de más

notícias"

Palestrante: Henrique Grunspun – SP

16:30 - 17:00

"O impacto da implantação do MEWS no time de resposta

rápida"

Palestrante: André Araujo Peixoto - AL

16:50 - 17:15

"Bioética no final de vida" Palestrante: Alfredo Aurélio Marinho – AL

16:50 - 18:30

Apresentação Oral dos melhores trabalhos científicos Moderadora: Lana Catani Ferreira Pinto - RS

17:20 - 18:30

"Mesa Educação em Medicina Hospitalar" Moderador: Cláudio Manoel Soares Nunes - RJ

17:00 - 17:20

"A importância da educação no ambiente

hospitalar"

Palestrante: Maria Alayde M. Rivera – AL

17:20 - 17:40

"Como transformar um serviço de Medicina

Interna em referência em Medicina Hospitalar"

Palestrante: Eduardo Oliveira Fernandes – RS

17:40 - 18:00

"Ensinando Medicina Hospitalar: O caso do

Hospital Nossa Senhora da Conceição "

Palestrante: André Wajner – RS

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TRABALHOS – APRESENTAÇÃO ORAL ASSISTÊNCIA E GESTÃO

ASSISTÊNCIA – CÓD. OR 16787 COGNIÇÃO, FUNCIONALIDADE PRÉVIA E ESTADO NUTRICIONAL DE IDOSOS READMITIDOS EM UM SERVIÇO TERCIÁRIO DE GERIATRIA Leander Levi Augusto de Almeida, David Costa Buarque SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ INTRODUÇÃO: A readmissão hospitalar pode refletir o atendimento não efetivo do paciente ou a ocorrência de complicações referentes ao internamento inicial. A partir de sua observação, e consequentemente dos fatores de risco envolvidos em sua ocorrência, é possível identificar a gravidade dos pacientes atendidos em um determinado serviço de saúde. As readmissões podem estar correlacionadas com alta hospitalar precoce, complicações do quadro clínico do paciente, suporte econômico e familiar. Nos EUA, até 20% dos pacientes de alta hospitalar são readmitidos nos primeiros 30 dias, no Brasil achou-se 12,6%. As alterações cognitivas podem levar a perda da autonomia e progressiva dependência com redução na funcionalidade; exigindo uma complexidade terapêutica e custo social e financeiro maior. É necessário conhecer o estado nutricional prévio à admissão hospitalar, pois está correlacionada com mortalidade e complicações. A prevalência de desnutrição nos pacientes internado varia entre 20% e 50%. OBJETIVOS: Analisar a cognição, funcionalidade prévia e estado nutricional de idosos readmitidos em um serviço terciário de geriatria. METODOLOGIA: Estudo transversal retrospectivo, incluindo maiores de 60 anos, internados no serviço de geriatria da Santa Casa de Misericórdia de Maceió, entre março/2015 e fevereiro/2017. Os dados foram coletados em registros de prontuários eletrônicos, utilizando-se questionário estruturado e digitalizados no programa Microsoft Excel 2010. RESULTADOS: Em dois anos tiveram 1311 atendimentos com a geriatria, dos quais 105 (8%) foram relacionados à readmissão, predomínio do sexo feminino 68 (64,8%), a média de idade foi de 84,59 anos. Em 73 (69,5%) atendimentos, havia um declínio cognitivo. Sobre a funcionalidade, 47(44,8%) eram dependentes para as atividades básicas de vida diária (ABVDs), seguidos de parcialmente independente para as ABVDs em 28 (26,7%) dos prontuários Em apenas 5 (4,8%) atendimentos, o paciente apresentava independência para as atividades instrumentais de vida diária. No perfil nutricional, 55 (52,4%) atendimentos constavam de pacientes desnutridos, seguido de eutrofia 41 (39%), obesidade 5 (4,8%) e sobrepeso 4 (3,8%). CONCLUSÃO: Os indivíduos readmitidos em unidade geriátrica apresentavam com maior frequência declínio cognitivo, dependência completa ou parcial para as ABVDs e desnutrição. PALAVRAS CHAVES: Readmissão Hospitalar. Qualidade dos Cuidados de Saúde. Geriatria. Cognição. Estado Nutricional. ASSISTÊNCIA – CÓD. OR 16807 MORTALIDADE EM 30 DIAS APÓS ALTA HOSPITALAR EM UM HOSPITAL PÚBLICO TERCIÁRIO DO SUL DO BRASIL Paulo Ricardo Mottin Rosa; André Luiz Theobald; Marcos Henrique Feital Nunes; Daniel Marques Barreiro; Bianca Boff Sandi; Eduardo de Oliveira Fernandes. HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO INTRODUÇÃO: O período pós-alta envolve uma adequada transição do cuidado e o seu manejo ideal vem sendo estudado nos últimos anos. Para garantir longitudinalidade, é essencial conhecer os fatores de risco para mortalidade pós-alta. O Hospital Nossa Senhora da Conceição é um

hospital público, terciário, clínico-cirúrgico do Sul do Brasil com 850 leitos, 140 deles da Medicina Interna. METODOS: Estudo de Coorte Prospectivo de pacientes internados no serviço de Medicina Interna do Hospital Nossa Senhora da Conceição com alta de julho a novembro de 2014 e junho a outubro de 2016. Após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Grupo Hospitalar Conceição, foram coletados dados clínicos e demográficos e aferida a mortalidade 30 dias após a alta. RESULTADOS: Foram incluídos 1059 pacientes, perda de 24% e exclusão de 29,8%. A análise simples de Poisson mostrou demonstrou como fator de risco para óbito em 30 dias: idade (RR 1,037 ; p <0,01), número de internações nos últimos 12 meses (RR 1,235; p<0,001), escore de Charlson (1,105; p=0,002), sexo masculino (RR 1,736 ; p = 0,023), demência (RR 3,019 ; p<0,001), acidente vascular encefálico (1,643 ; p=0,075), hepatopatia crônica (RR 1,616 ; p=0,159), doença pulmonar obstrutiva crônica (1,647 ; p=0,054), insuficiência cardíaca (RR 0,533 ; p=0,043), neoplasia (RR 2,382 ; p<0,001), paciente acamado (RR 3,911 ; p<0,001), instituição de longa permanência (RR 5,477 ; p<0,001) e reinternação em 30 dias (RR 8,997 ; p<0,001). Consulta médica em 30 dias após alta foi fator protetor (RR 0,189 ; p<0,001). Na análise multivariável de Poisson, foram fatores de risco para morte em 30 dias: sexo masculino (RR 1,744; p=0,020), neoplasia (RR 1,935 ; p=0,014), hepatopatia crônica (RR 2,582 ; p=0,011), paciente acamado (RR 2,184 ; p=0,007), instituição de longa permanência (RR 3,267 ; p<0,001) e reinternação em 30 dias (RR 5,976 ; p<0,001). CONCLUSÃO: Pacientes frágeis com reinternação, demência, institucionalizados e acamados também foram o grupo de maior risco para mortalidade em 30 dias. Medidas de cuidado pós-alta em pacientes com este perfil tendem a oferecer benefício em um hospital público. ASSISTÊNCIA – Cód. OR 16826 DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DAS INTERNAÇÕES HOSPITALARES POR TUBERCULOSE PULMONAR NO NORDESTE BRASILEIRO NO ÂMBITO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) Eryca Thaís Oliveira dos Santos ;Aléxia Alves de Carvalho; Vivyan Raffaelly Ramos de Barros; José Rodrigo da Silva Ferreira; Isabel Araújo da Silva Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas INTRODUÇÃO: A tuberculose ainda permanece como um desafio para as políticas públicas de saúde. É a doença infectocontagiosa mais letal do mundo, atinge todas as faixas etárias e é agravada por condições sociais e econômicas precárias1. Existem 9,27 milhões de casos novos no mundo, e o Brasil ainda é um dos 22 países priorizados pela Organização Mundial de Saúde no combate à doença2. OBJETIVOS: Traçar o perfil das internações hospitalares em 2017 no nordeste brasileiro por tuberculose pulmonar quanto ao sexo, idade e evolução clínica. METODOLOGIA: O presente trabalho, de natureza descritiva, utilizou como fontes de informações base de dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH-SUS) em 2017 e a estimativa populacional para o mesmo ano. A população SUS-dependente foi aquela sem cobertura por plano privado de saúde. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Observa-se um total de 1.954 casos registrados por tuberculose pulmonar no Nordeste entre os meses de janeiro a julho de 2017. Desses 1.386 ocorreram no sexo masculino e 568 no sexo feminino. Houve uma prevalência na faixa etária compreendida entre 30 e 39 anos com 408 casos notificados, correspondendo, aproximadamente, a 21% dos registros. Em segundo lugar está a faixa etária entre 50 e 59 anos, com 381 registros, o que equivale a 19% dos casos. Em terceiro e quarto lugar estão as idades entre 40 e 49 anos e 20 e 29 anos, respectivamente. Das internações notificadas, cerca de 1.190 ocorreram em caráter de urgência nos sistemas de atendimento. O elevado número de casos em indivíduos do sexo masculino está acordo com dados encontrados em estudos similares realizados em diversas

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partes do país. Fatores como maior exposição a risco relativos à ambientes de trabalho, alcoolismo e tabagismo, além de retardo à procura de serviços de saúde são apontados como determinantes da maior prevalência de TB em homens2. CONCLUSÃO: Na epidemiologia da doença no país, observa-se que os casos estão assim distribuídos: 42,5% dos casos na região Sudeste, O Nordeste ocupando o segundo lugar com 30,2%, e em seguida a região Sul com 15,4% dos casos. A região Norte registra 6,3% e a Centro-oeste 5,4%. PALAVRAS-CHAVE: Tuberculose. Nordeste. Saúde GESTÃO – Cód. OR 16840 MÉDICO HOSPITALISTA ESTÁ ASSOCIADO À REDUÇÃO DO TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA EM HOSPITAIS FILANTRÓPICOS NO SUL DO BRASIL Gisele Baldez Piccoli; José Augusto dos Santos Pellegrini; André Wajner; Fernando Starosta Waldemar; Alexandre de Abreu Gastaud INTRODUÇÃO: A implantação de equipes de Medicina Hospitalar (MH) tem sido associada a redução de custos hospitalares e de tempo médio de permanência (TMP) em cenário norte-americano. O impacto desta intervenção no cenário nacional, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) ainda é desconhecido. MÉTODOS: Foram comparados os TMP em quatro unidades de internação clínica em diferentes hospitais, antes e após a implantação de equipes de MH. Todos os dados foram coletados através de planilha específica e padronizada para coleta de indicadores assistenciais, alimentada por profissionais especificamente treinados. Foram avaliados mensalmente os TMP de cada unidade, desde o primeiro mês de intervenção. Para o cálculo do TMP utilizamos a fórmula Número de Pacientes-Dia / Número de Saídas. Utilizamos o censo diário à 0h para todas as unidades de internação avaliadas. RESULTADOS: Todos correspondem a hospitais privados filantrópicos, com mínimo de 60% de atendimentos do Sistema Único de Saúde (SUS), situados no Rio Grande do Sul. A quantidade total de leitos hospitalares variou entre 96 e 150, enquanto a quantidade de leitos específicos para MH variou de 35 a 45 leitos. O período de observação variou entre 12 e 25 meses. A média geral de idade foi de 63,5 anos, sendo 52% do sexo masculino. O TMP foi de 8,1 dias, com mediana de 5 e intervalo interquartil (25 – 75) de 3 e 8 dias. O percentual médio de redução do TMP após a implantação de MH foi de 35 ± 29%, variando desde 8% até 64%. CONCLUSÕES: A implantação de equipes de MH está associada à redução do TMP emunidades de internação clínica brasileiras, em hospitais privados filantrópicos, no âmbito do SUS. ASSISTÊNCIA – Cód. OR 16847 PERFIL CLÍNICO, NUTRICIONAL E COMPLICAÇÕES GASTROINTESTINAIS NO PÓS-OPERATÓRIO DE COLECISTECTOMIA: UMA ANÁLISE À LUZ DO JEJUM PRÉ-OPERATÓRIO Ittamara Leandro Cabral; Lilian Sayanora Soares da Silva; Silvya Albuquerque de Souza; Cynthia Paes Pereira; Thamires Otaviano Marques de Souza. SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ INTRODUÇÃO: A colecistite é uma das enfermidades mais frequentes nas redes hospitalares, ocasionada na maioria dos casos pela colelitíase associada à obstrução do ducto biliar. Ocorre em grande número nas mulheres, obesos e diabéticos; e o tratamento mais empregado é a cirurgia. Nessa perspectiva, a abreviação do jejum pré-operatório tem sido apontada como meio para auxiliar na redução das taxas de complicações pós-operatórias, porém os trabalhos ainda são reduzidos.

OBJETIVOS: Avaliar o perfil clínico e nutricional e verificar a associação entre a ocorrência de complicações pós-operatórias gastrointestinais e o tempo de jejum pré-operatório. MÉTODOS: Estudo prospectivo realizado com indivíduos internos de ambos os sexos e faixa etária ≥20anos, em pré e pós-operatório imediato, de um hospital filantrópico de Maceió – AL/2016. Variáveis coletadas: sexo, idade, escolaridade, renda mensal familiar, peso, estatura, comorbidades, tempo médio de jejum pré e pós-operatório, complicações pós-operatórias gastrointestinais. Para classificação da condição nutricional obteve-se o índice de massa corporal (IMC) por meio do peso e estatura. Para verificar a associação foram feitos testes de normalidade. Adotou-se o valor de 5% para rejeição de hipótese de nulidade. RESULTADOS: 81,1% dos pacientes eram mulheres, a média da idade foi de 45,8 anos (± 14,9 DP) e 70,2% apresentaram excesso de peso. A abreviação do jejum pré-operatório ocorreu com maior frequência nos pacientes de menor escolaridade e menor renda e nos diabéticos (p<0,05). O tempo de jejum superior a 12 horas aumentou em aproximadamente 6,4 vezes o risco de o paciente apresentar complicações pós-operatórias (OR=6,393; p=0,024). CONCLUSÃO: O jejum pré-operatório superior a 12 horas aumentou o risco de complicações pós-operatórias. O que sugere que a abreviação de jejum cirúrgico proporciona maior segurança ao paciente. ASSISTÊNCIA – Cód. OR 16857 MOTIVO DA DESCOMPENSAÇÃO E TAXA DE MORTALIDADE HOSPITALAR DURANTE INTERNAÇÃO DE PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE EM MACEIÓ. Vanessa Reis de Abreu Cavalcanti; João Victor Campos da Silva; Fernanda Pimentel Lopes Pintão; Maria Alayde Mendonça da Silva; Ivan Romero Rivera; José Maria Gonçalves Fernandes SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ FUNDAMENTO: A internação por Insuficiência Cardíaca (IC) descompensada pode significar uma mudança fundamental na história natural da progressão da doença e está relacionada a elevadas taxas de mortalidade intra-hospitalar e no ano seguinte à internação. OBJETIVOS: a) Identificar a causa da descompensação que levou à internação hospitalar em pacientes adultos com IC internados nos hospitais gerais públicos da Cidade de Maceió; b) Estabelecer a taxa de mortalidade durante a internação. MÉTODOS: Estudo descritivo, transversal, realizado em três grandes hospitais públicos. Protocolo: História Clínica (incluindo estratégias não-medicamentosas e medicamentosas), Exame Físico, Exames complementares (bioquímicos, radiológicos e cardiológicos). Variáveis dependentes: causas de descompensação e mortalidade durante internação hospitalar. RESULTADOS: Foram estudados 280 pacientes, idades entre 21 e 83 anos, média de 63±15 anos, 144 homens (51%), 136 mulheres, internados com diagnóstico de IC (Critérios de Boston). Etiologia da IC: 35% Isquêmica; 34% Hipertensiva; 15% Chagásica; 9% Valvar; 7% outras. Causa da descompensação: 37% infecções (103 pacientes); 24% isquemia (68); 19% má-aderência/má evolução (52); 12% arritmias (35); 3% desconhecimento da doença (8); 5% outras causas (14). Ocorreram 55 óbitos durante a internação (19,6%). CONCLUSÕES: Infecções sistêmicas, eventos isquêmicos agudos e arritmias determinam 73% das internações por descompensação da IC em usuários do SUS em Maceió. Má aderência ou má evolução a despeito do tratamento e desconhecimento da doença respondem por 22% dessas internações. No grupo como um todo a taxa de mortalidade intra-hospitalar é de 19,6%.

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ASSISTÊNCIA – Cód. OR 16863 VARIÁVEIS QUE DETERMINAM MAIOR IMPACTO NEGATIVO NA QUALIDADE DE VIDA DOS OBESOS COM INDICAÇÃO DE CIRURGIA BARIÁTRICA. João Victor Campos da Silva; Maria Alayde Mendonça da Silva; Ivan Romero Rivera; Francisco de Assis Costa; Amanda Ferino Teixeira; Caique de Medeiros Souza SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ INTRODUÇÃO: Os portadores de obesidade costumam sofrer atitudes discriminatórias que têm impacto negativo na auto-estima e gera dificuldades nas relações pessoais e no acesso à educação e ao mercado de trabalho. OBJETIVO: Identificar quais as variáveis que têm maior impacto negativo na qualidade de vida do portadores de obesidade, avaliados através de questionário de qualidade de vida (QV). MÉTODOS: Estudo descritivo, seleção consecutiva e prospectiva de obesos com indicação de Cirurgia Bariátrica (CB) avaliados no ambulatório de Cardiologia do HUPAA/UFAL. Protocolo: história clínica; exame físico; Exames complementares; aplicação do questionário Impact of Weight on Quality of Life-Lite (IWQOL-Lite) composto por 31 perguntas que avaliam 5 domínios: função física (FF), auto-estima (AE), vida sexual (VS), constrangimento em público (CP) e trabalho (T). Respostas: escala de cinco pontos, de "nunca verdadeiro" (1) para "sempre verdadeira" (5). A pontuação total do questionário dá origem a um escore de 1 a 5 (sendo 1 a melhor e 5 a QV mais prejudicada). RESULTADOS: Amostra de 301 pacientes, 86% do sexo feminino; idades de 18 a 61 anos (mediana 36 anos); 76% das classes econômicas C, D e E. Medianas: Peso – 122 Kg (86 a 229); IMC – 46,6 Kg/m2 (35 a 89); Cintura – 132 cm (98 a 195). Síndrome Metabólica, HAS, DM, LDL-colesterol elevado, HDL-colesterol baixo e Hipertrigliceridemia estavam presentes no pré-operatório em 55%, 29%, 23%, 81% e da amostra, respectivamente. Variáveis com maior pontuação: Dificuldade para cruzar as pernas; preocupação com a saúde; medo de quebrar as cadeiras quando senta; ficar preso em corredores estreitos ou roletas; dificuldade para amarrar os sapatos (todas relacionadas à FF e ao CP). Nos demais domínios, percepção de baixa auto-estima (AE), de dificuldades no desempenho sexual (VS) e de ser menos produtivo no trabalho do que deveria, são as mais pontuadas. CONCLUSÕES: Na amostra estudada observa-se que a dificuldade em lidar publicamente com o excesso de peso vai além da estética, e associa-se à percepção de não ter saúde, de não ser atrativo nas relações e de ser improdutivo no trabalho.

TRABALHOS – APRESENTAÇÃO POSTER ASSISTÊNCIA

Assistência – Cód. OR #16751 FUNÇÃO PULMONAR NA VELHICE EXTREMA Saulo Maia d’Ávila Melo;Jose Lucas Farias Wanderley;Larissa Alves de Oliveira; Rodrigo dos Anjos Rocha INTRODUÇÃO: A espirometria é um teste que permite o diagnóstico e a quantificação dos distúrbios ventilatório. Acredita-se que o sistema respiratório envelheça mais rapidamente e sabe-se que o declínio da função pulmonar está ligado ao aumento da taxa de mortalidade. Apesar do crescimento populacional dos idosos e da importância da espirometria no cuidado à saúde desta faixa etária, são escassas as pesquisas envolvendo a avaliação espirométrica de idosos na velhice extrema. Este estudo tem como objetivos avaliar o perfil espirométrico de idosos em um laboratório de função pulmonar; determinar a prevalência de exames realizados por idosos acima 90 anos de idade da amostra analisada;

OBJETIVOS: determinar os padrões respiratórios mais prevalentes na amostra de acordo com cada equação e analisar a concordância entre os padrões respiratórios determinados pela equação brasileira de espirometria com as equações internacionais. MÉTODOS: Este trabalho consiste em um estudo do tipo transversal, retrospectivo, com participação de 25 indivíduos acima de 90 anos presentes no banco de dados do laboratório de função pulmonar, no período de janeiro de 2012 a abril de 2017. Este estudo descreveu as variáveis contínuas em média e desvio padrão, teste t Student, e as variáveis categóricas foram sumarizadas por meio de frequências simples e relativas. Na parte inferencial, foi utilizado o teste t Student para amostras independentes nas comparações entre variáveis numéricas. À medida estatística de confiabilidade utilizada foi o Kappa de Cohen. A análise de dados deste estudo foi por meio do software Statistical Package for the Social Sciencess (SPSS). O nível de significância estatística utilizado foi de p ≤ 0,05 e todos os testes estatísticos foram bicaudais. A amostra estudada consistiu em 25 pacientes com média de idade de 92,4 ± 2,22 anos (idade mínima de 90 anos e máxima de 97), sendo 8 (32%) do sexo masculino e 17 (68%) mulheres. RESULTADOS: No período de avaliação, foi verificado que a percentagem de exames realizados por idosos acima de 90 anos foi de 2,86% da amostra total de idosos acima de 60 anos contabilizados no estudo. Ao utilizar a equação de Pereira et al. (2007), constatou-se um maior número de padrão obstrutivo, igualmente a Crapo et al. (1981). A identificação de padrão restritivo foi maior com o uso de Pereira et al. (2007). Em pacientes com padrão ventilatório tido como “normal” houve uma maior classificação pela equação de Quanjer et al. (1993). Realizando a concordância entre os padrões respiratórios classificados conforme Pereira e Quanjer, houve um índice kappa de 0,28 que é considerado uma concordância considerável. A concordância entre os padrões respiratórios por Pereira e Crapo teve um índice kappa 0,591 que aponta uma concordância moderada. CONCLUSÃO: o crescente número de idosos acima 90 anos traduz a necessidade de estudos que determinem equações espirométricas adequadas para a idade. Verificaram-se divergências quanto ao tipo do distúrbio conforme a equação utilizada, reforçando a necessidade de novas equações para esta população. Assistência – Cód. OR #16753 TRATAMENTO DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL COM O USO DE TROMBECTOMIA MECÂNICA TARDIA: RELATO DE CASO gatha Prado de Lima; Claudio José dos Santos Júnior; Jailton Rocha Misael; Vitória Mikaelly da Silva Gomes; Luiz Arthur Calheiros Leite; Ângelo Mario de Sá Bonfim Filho5 INTRODUÇÃO: O acidente vascular encefálico (AVE) é uma das principais causas de incapacidade e mortalidade no mundo, comprometendo cerca de 15 milhões de pessoas por ano, segundo dados da Organização Mundial de Saúde. Essa situação leva a interrupção do fluxo sanguíneo em uma determinada área do encéfalo e é uma emergência clínica. Atrasos em seu tratamento podem ter implicações clínicas negativas e um pior prognóstico para o doente. OBJETIVOS: Relatar um caso atípico com 3 acidentes isquêmicos transitórios consecutivos e tratamento com trombobectomia mecânica tardia. RESULTADOS: Paciente, 63 anos, sexo feminino, hipertenso, apresentando quadro de afasia e hemiparesia direita, a cerca de 6h com recuperação total dos sintomas antes da avaliação clínica, ficando interna por 24h, sendo optado inicialmente por tratamento conservador com anti-agregantes plaquetários e acompanhamento ambulatorial. A tomografia inicial evidenciou trombo cerebral esquerdo sem sinais de isquemia. Posteriormente, houve um o segundo episódio e foi introduzida a terapia com heparina de baixo peso molecular. Uma nova tomografia evidenciou um trombo em artéria cerebral média e pequena

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área de isquemia. Após a intervenção pela trombectomia mecânica, a paciente evoluiu bem, sem o desenvolvimento de novos episódios de isquemia, tendo alta hospitalar após o procedimento. CONCLUSÃO: Este caso mostra que o diagnóstico e a intervenção precoce de acidente vascular podem evitar sequelas associadas à isquemia cerebral. Assistência – Cód. OR #16754 LESÕES ULCEROSAS DE MANIFESTAÇÃO DIFUSA EM PACIENTE IMUNOSUPRIMIDO POR DIABETES: UM CASO DE ESPOROTRICOSE CUTÂNEO-DISSEMINADA Agatha Prado de Lima;Claudio José dos Santos Júnior; Alice dos Santos Mattos; Aline Maria Fatel Da Silva Pires; Davi Fonseca Ferreira Silva; Anna Cristina de Freitas Coelho Barros Lima INTRODUÇÃO: A esporotricose é uma doença causada pelo fungo Sporothrix spp. Esse microorganismo habita a natureza e está presente no solo, palha, vegetais, espinhos e madeira, atingindo principalmente indivíduos com algum grau de imunodepressão. Muito comum em profissionais que se expoem ao solo, contato com plantas e espinhos, essa doença ficou conhecida como “doença do jardineiro”. OBJETIVOS: Descrever um caso de esporotricose cutâneo-disseminada em um paciente portador de diabetes. MÉTODOS: Paciente, 56 anos, sexo masculino, pardo, casado, diabético e hipertenso. Residente no Sertão do Alagoas, cidade de Major Isidoro, onde relatava atuar como agricultor de palma forrageira. Foi encaminhado ao Serviço de Infectologia do Hospital Escola Dr. Hélvio Auto por apresentar histórico de feridas ulceradas há 4 anos na região dos MMII, pés e, em menor quantidade, MMSS, com piora nos últimos 15 dias e expansão para a região perineal. Referia sofrer eventuais traumatismos ocasionados por espinhos da palma forrageira durante suas atividades laborais, negando outros dados que conduzissem a um diagnóstico etiológico. Queixava-se de dor e odor fétido intenso vindo das lesões e relata perda ponderal de 10 Kg no período de 1 mês. À observação, foram verificadas lesões papulares enegrecidas e ulcerações irregulares com fundo necro-hemorrágico, áreas de exsudato seroso-sanguinolento, com bordas infiltradas elevadas, eritematosas e não pruriginosas, assumindo trajeto linear descendente em face extensora e posterior dos MMII, além de lesoes eritematosas puntiformes nas palmas das mãos e planta dos pés. Ao exame físico, apresentava-se com regular estado geral, mucosas hidratadas e hipocoradas (4+/4+), afebril, anictérico e acionótico, com edemas em ambos os MMII, ausência de adenopatias regionais à palpação, sem outras alterações. O exame laboratorial revelou anemia severa, linfocitopenia moderada, albuminemia leve e exame não reativo para HIV. RESULTADOS: No presente caso clínico, o conhecimento geográfico e cultural do profissional médico, além do estabelecimento de relações com os dados coletados durante a entrevista, se mostrou de extrema relevância. A informação de que o doente exercia a atividade de agricultor através do cultivo da palma forrageira e de que o mesmo era diabético descompensado foram fundamentais na elaboração da hipótese diagnóstica, uma vez ser o fungo do gênero Sporothrix êndemico de áreas de plantação da palma forrageira; esse mesmo microrganismo habita ainda a superfície dos espinhos dessa planta. CONCLUSÃO: O estebelecimento de um diagnóstico efetivo é fundamental para adoção de terapêuticas adequadas e que condicionem a melhora do quadro clínico do paciente, diminuindo sequelas e aumentando a sua qualidade de vida. No presente caso, uma ampla e minuciosa coleta de informações epidemiológicas, como também um olhar atento para os determinantes sociais em que o paciente estava inserido, direcionou a conduta terapêutica do profissional médico.

Assistência – Cód. OR #16762 ESTUDO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA FEBRE CHIKUNGUNYA EM ALAGOAS E NO NORDESTE BRASILEIRO Carlos Henrique Silva de Melo; Marion de Almeida Cavalcante Melo; Laís Virgínia de Lima Silva; Cristiane Monteiro da Cruz. INTRODUÇÃO: A Chikungunya é uma doença febril aguda com fases aguda, subaguda e crônica. Apresenta manifestações atípicas graves: neurológicas; cardíacas; renais; dérmicas e oculares, em alguns casos. No Brasil, há relatos de casos importados desde 2010 e os primeiros casos autóctones em 2014 em Oiapoque (AP) e Feira de Santana (BA). É transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, acometendo de forma persistente e com casos clínicos agravados, mulheres, idosos e imunocomprometidos. É um problema de saúde pública e possui elevada incidência na região Nordeste (NE). Desde a descoberta do CHIKV em 1952 na Tanzânia, tem causado importantes epidemias emergentes em diversos países de clima tropical e temperado. OBJETIVOS: O presente estudo tem o fito de analisar os boletins epidemiológicos (BE) a fim de construir um perfil diagnóstico da situação epidemiológica de Alagoas (AL) e do Nordeste (NE). MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal retrospectivo com a análise dos bancos de dados da Secretaria de Vigilância em Saúde, considerando as semanas epidemiológicas (SE) de 47 de 2015 a 7 de 2017. Resgatou-se 73 BE, dos quais 66 foram específicos para Febre Chikungunya (90,41% do total). Baseado no distrator de casos prováveis e incidência para Febre Chikungunya em AL e região NE, foram utilizados 29 (39,72%) e excluídos 37 (50,68%) do total de boletins específicos de Febre Chikungunya. RESULTADOS: Com base nos BE, verificou-se, na SE 47 de 2015, o início das notificações de casos prováveis (160) em AL por, apenas, 2 municípios (Major Isidoro e Maribondo - 1,96% do total de municípios de AL). Em 2016, até a SE 49, houve um aumento nítido do número de casos notificados no NE que atingiu 229.157 dos quais 16.945 (7,39% do total de casos do NE) correspondiam a AL. Em 2017, notou-se um decaimento, até a SE 7, no número de casos notificados no NE (5.703) dos quais 25 (0,44% do total de casos no NE) eram de AL. CONCLUSÃO: O presente trabalho é um instrumento de conhecimento e notificação geral para os profissionais de saúde e a população local sobre os casos de Chikungunya no NE, em especial, no estado de AL cuja carência de locomoção da população interiorana para os centros urbanos e a deficiência no quantitativo de material de diagnóstico contribuem para uma subnotificação das patologias transmitidas pelos arbovírus. Assistência – Cód. OR #16763 MICROCEFALIA: SUBNOTIFICAÇÃO EM ALAGOAS E NO NORDESTE BRASILEIRO Carlos Henrique Silva de Melo; Marion de Almeida Cavalcante Melo; Laís Virgínia de Lima Silva; Cristiane Monteiro da Cruz. INTRODUÇÃO: No ano de 2015, foi observado um aumento expressivo no nascimento de crianças com Microcefalia, inicialmente no estado de Pernambuco (PE) e, posteriormente, em outros estados da região Nordeste (NE), como Alagoas(AL). Estudos desenvolvidos no Brasil detectaram o ZIKV no líquido amniótico de 2 gestantes da Paraíba (PB) cujos fetos foram confirmados com Microcefalia através do ultrassom. Indicando, assim, uma possível associação do aumento da incidência de Microcefalia em recém-nascidos com a chegada do ZIKV, tornando-se um problema de saúde pública. A Microcefalia é uma anomalia congênita caracterizada pelo inadequado desenvolvimento cerebral, que resulta em alterações motoras e cognitivas de acordo com o grau de acometimento.

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OBJETIVOS: O presente trabalho objetiva a análise e a comparação de dados sobre o padrão epidemiológico da Microcefalia em AL e a região NE. MÉTODOS: Através de um estudo transversal retrospectivo a partir de boletins epidemiológicos (BE) fornecidos pela Secretaria de Vigilância em Saúde, no período compreendido entre 2015 e 2017, resgatou-se 73 boletins, dos quais 6 foram específicos para Microcefalia (8,22% do total). Foram utilizados os 6 BE, que possuíam dados de casos suspeitos notificados desta patologia em AL e no NE. As semanas epidemiológicas (SE) de 46 de 2015 a 49 de 2016 foram consideradas para este estudo. RESULTADOS: A partir da análise dos BE, observou-se que AL apresentou um aumento expressivo no número de notificações de casos suspeitos de Microcefalia. O número de casos na SE 46 de 2015 foi 739 (100%) na região NE, dos quais 10 (1,35% no total do NE) correspondiam a AL. Já na SE 49 de 2016 foram 2.608 (100%) casos no NE, dos quais 129 (4,95% no total do NE) correspondiam a AL, que inicialmente ocupava a 6ª colocação geral e passou a ocupar a 7ª colocação em relação aos demais estados do NE. CONCLUSÃO: É uma temática ainda recente, na qual estão sendo realizados estudos com o fito de identificar se os casos de Microcefalia são uma consequência direta da ação do ZIKV durante o período gestacional. Observa-se a carência de notificação revelando a realidade atual do estado de AL. Dessa forma, é fundamental que a suspeita de Microcefalia seja notificada de forma adequada nos casos em que haja relação com o ZIKV e sobretudo necessita-se da criação de subsídios voltados à atenção em saúde, permitindo uma melhor orientação dos profissionais e o conhecimento mais abrangente da doença. Assistência – Cód. OR #16765 Acupuntura no Sistema Único de Saúde: A oferta e produção de atendimento em Maceió-AL Layla Florencio Carvalho; Glícia Florencio Medeiros; Érica de Araújo Melo Santos, Ana Carolina Morais Correia, Pamella Cerqueira Salgado; Wicla Liberato da Silva; Pablo Coutinho Malheiros INTRODUÇÃO: A acupuntura é uma modalidade terapêutica com origem na medicina tradicional chinesa, cuja técnica consiste na inserção de agulhas em pontos específicos da pele com o objetivo de produzir efeitos terapêuticos, através da liberação de opiodes endógenos, como a endorfina, e neurotransmissores, como a serotonina (ALVARENGA, 2014). Devido ao seu mecanismo neurofisiológico abrangente, a acupuntura pode ser utilizada para o tratamento de uma série de patologias como dor lombar, osteoartrose do joelho, dores viscerais, cefaleia, fibromialgia, asma, dismenorreia e síndrome do túnel do carpo (NIH, 1997). Seu uso vem aumentando nos serviços de saúde do Sistema único de Saúde (MIN, 2009). OBJETIVOS: tem como objetivo analisar o número de sessões de acupuntura com inserção de agulhas em Maceió no período de janeiro de 2012 a junho de 2017 e comparar com dados de outras cidades brasileiras (Florianópolis, Recife, São Paulo e Campinas) no mesmo período, de modo a contribuir, através de dados epidemiológicos, a melhora da assistência a pacientes do SUS. MÉTODOS: Nesse trabalho foi realizado um estudo epidemiológico quantitativo que utilizou dados do DATASUS RESULTADOS: Obteve-se como resultado, a diminuição de 47% dos atendimentos entre 2012 e 2015 em Maceió. São Paulo, Campinas e Florianópolis aumentaram durante o período de 2012-2016, 67%, 203% e 99% respectivamente. Recife, nesse mesmo período, teve uma diminuição das sessões de acupuntura próxima a 50%. Com o estudo, conclui-se que a acupuntura como modalidade terapêutica no Brasil, de modo geral, é crescente. CONCLUSÃO: No entanto, em Maceió, a sua produção decresceu nos últimos anos, pois enfrenta desafios como poucos centros de atendimentos, falta de materiais e de notificação.

Assistência – Cód. OR #16766 CAPACITAÇÃO EM SUPORTE BÁSICO DE VIDAS PARA TÉCNICOS DE ENFERMAGEM EM UM HOSPITAL ACREDITADO INTERNACIONALMENTE: uma ação necessária para o êxito no atendimento a Parada Cardio-Respiratória. MARIA ALAYDE MENDONCA DA SILVA, NAYANNE DA SILVA LUZ, ANDREZA GOMES DE ANDRADE, SAVIA NOBRE DE ARAUJO DOREA, MYRIAN LIVIA DE SOUZA SANTOS, ANDRE ARAUJO PEIXOTO, DAVI WALISSON FERREIRA, VALESSA MAYARA ARAUJO DE GOIS SANTANA, PAULA GABRIELLE DE ALMEIDA. SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ INTRODUÇÃO: O reconhecimento e atendimento precoces da parada cárdio-respiratória (PCR) intra-hospitalar, bem como a adoção rápida das estratégias de reanimação contribuem para a prevenção da morte cardíaca súbita (MCS). No ambiente hospitalar, o papel da Enfermagem é determinante deste sucesso. OBJETIVOS: Identificar, na percepção dos Técnicos de Enfermagem que atuam na assistência de um Hospital Acreditado Internacionalmente, se o treinamento em Suporte Básico de Vida (SBV), lhes permite mudar sua atitude diante de um quadro de PCR e os capacita para o atendimento da mesma. MÉTODOS: Realização do Treinamento em SBV para Técnicos de Enfermagem que atuam na assistência, segundo os protocolos internacionalmente utilizados: apresentação teórica do fluxo de atendimento da PCR; demonstração com manequins; simulação de situações para atendimento da PCR pelos técnicos; aplicação e análise de pré e pós-teste de conhecimento; realização de pesquisa de satisfação (conteúdo, recursos pedagógicos, espaço físico, indicação do curso para outros colegas; muito satisfeitos, satisfeitos, indiferentes, insatisfeitos, muito insatisfeitos) e de auto percepção de segurança para iniciar (atitude) o atendimento da PCR (pré e pós-curso). RESULTADOS: Foram treinados 87 Técnicos de Enfermagem, de diferentes áreas assistenciais. Taxa de acertos no pré-teste: 50-67%. Taxa de acertos no pós-teste: 83-100%. Pesquisa de satisfação: 100% muito satisfeito/satisfeito com o conteúdo, recursos pedagógicos, espaço físico; 100% indicaria o curso a outros colegas. Antes do curso apenas 15% percebia-se seguro para iniciar o atendimento da PCR; após o curso, 95% acredita que adquiriu esta atitude competência. CONCLUSÃO: Na amostra estudada observou-se que além da aquisição dos conhecimentos e habilidades necessárias ao atendimento adequado da PCR, observou-se que os profissionais da saúde reconhecem-se capazes de iniciar e executar o protocolo de atendimento. Assistência – Cód. OR #16767 UTILIDAD DE ECO DOPPLER DE VASOS DE CUELLO EN DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO DE ACV ISQUEMICO/AIT Mariano Roberto de la Serna; Alejandro Pincence, Lucia Villalba, Sergio Carlini, Roberto Martinez, Santiago Uranga, Fabian Peralta, Alvaro Ruta HOSPITAL ITALIANO LA PLATA INTRODUÇÃO: La estenosis u oclusión carotídea aterosclerótica causa alrededor del 30% de las isquemias cerebrovasculares. El riesgo anual de ACV en pacientes con estenosis carotídea sintomática, precedida de AIT, es del 12-13% y en aquellos con estenosis carotídea > 70% asintomática es del 2-3%. La angiografía es el método estándar de referencia en el diagnóstico de la oclusión carotídea, pero el Eco Doppler es el método más accesible, económico y no invasivo. La sensibilidad y la especificidad del ultrasonido difieren entre distintos centros siendo entre 82-100% y 52%-100% respectivamente. En Estados Unidos el 80% de los pacientes evaluados por Eco Doppler son operados sin otro estudio de control. OBJETIVOS: Analizar la necesidad de realizar Eco Doppler de vasos de cuello en pacientes con diagnóstico presuntivo de ACV/AIT para diagnóstico etiológico. Correlacionar los resultados de Eco Doppler y

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Arteriografía. Determinar sexo y edad más frecuente de presentación de eventos isquémicos cerebrales. MÉTODOS: Se realizó estudio descriptivo transversal de pacientes ingresados por guardia de Clínica Médica con diagnóstico presuntivo de ACV desde Enero a Diciembre de 2016. Se excluyeron menores de 15 años, pacientes con enfermedades oncohematológicas, OMS B24(+) conocidos y ACV emorrágico. Se analizaron los resultados usando la base de datos Excel. Se compararon variables de: -Sexo; -Edad; -Presentación clínica (ACV/AIT); -Resultado de Eco Doppler y Arteriografía. RESULTADOS: 118 pacientes. Rango: 31-88 años. Se observó que el 76,2% (n=90) de los pacientes presentó evento establecido y en el 23,8% (n=28) la clínica cedió totalmente antes de las primeras 24 hs del comienzo. La Eco Doppler se realizó en el 72,2% (n=84) de los pacientes. El 72% (n=13) de los pacientes con obstrucción arterial moderada y severa presentaron ACV como cuadro clínico. El 78% (n=14) de los pacientes que presentan obstrucción moderada o severa pertenecen al grupo de mayores de 65 años. Los menores de 45 años presentaron resultados normales u obstrucción leve. El 100% de los pacientes que presentaron Eco Doppler “severo”, se constató igual grado de obstrucción en Arteriografía. CONCLUSÃO: El Eco Doppler de vasos de cuello permitió detectar aquellos pacientes con obstrucción moderada/severa del calibre arterial, teniendo una buena correlación con los resultados Arteriográficos. En mayor frecuencia, los resultados de obstrucción severa, se observaron en hombres mayores a 65 años. No hallándose ningún paciente menor a 45 años que presentara este grado de obstrucción. Se debería profundizar el análisis de este grupo de pacientes para obtener un número de casos estadísticamente significativos para ratificar los hallazgos de este trabajo. Assistência – Cód. OR #16768 Síndrome do encarceramento: diagnósticos de enfermagem baseados na visão multiprofissional Mychelle Oliveira Carvalho; Brian Gabriel dos Santos; Aline Carla da Rocha Souza; Laís Tenório Andrade Lima INTRODUÇÃO: A síndrome do encarceramento é uma condição rara desenvolvida a partir de lesões do tronco encefálico de origem isquêmica ou hemorrágica que comprometem nervos cranianos e longas vias. É caracterizada por tetraplegia, anartria e preservação do nível de consciência, além de certa movimentação ocular pela qual o paciente se comunica. A equipe multiprofissional tem papel fundamental na assistência a esses pacientes, e o enfermeiro ao traçar os diagnósticos de enfermagem direciona e qualifica a assistência. OBJETIVOS: Relatar os principais diagnósticos de enfermagem presentes em um caso de acidente vascular encefálico (AVE) de tronco cerebral que evoluiu com síndrome do encarceramento, considerando a visão multiprofissional. MÉTODOS: Estudo descritivo, de caráter investigativo desenvolvido a partir do relato de experiência de residentes multiprofissionais em Terapia Intensiva Adulto (UTI) sobre a evolução clínica de um paciente diagnosticado com síndrome do encarceramento, internado de janeiro a março de 2016, na UTI de um Hospital Filantrópico de Aracaju, campo de prática desses residentes. Durante o curso da internação, os residentes discutiram diariamente sobre a condição clínica do paciente, e com base nas características da patologia apresentada e visão multiprofissional, os residentes de enfermagem traçaram os principais diagnósticos de enfermagem segundo a North American Nursing Diagnosis Association 2015-2017(NANDA). RESULTADOS: Os principais diagnósticos de enfermagem traçados com base nas discussões multiprofissionais sobre a clínica da síndrome do encarceramento foram: 1-Ventilação espontânea prejudicada

relacionada a síndrome do encarceramento evidenciada por necessidade de ventilação mecânica via traqueóstomo; 2- Dor aguda relacionada a cefaléia evidenciado por choro, taquicardia e taquipneia; 3-Mobilidade física prejudicada relacionada a prejuízos neuromusculares evidenciado por tetraplegia; 4-Comunicação verbal prejudicada relacionada a alteração do sistema nervoso central evidenciado por anartria; 5-Processos familiares interrompidos relacionados a mudança no estado de saúde evidenciado por mudanças nos padrões de comunicação e mudanças na intimidade. CONCLUSÃO: Traçar os diagnósticos de enfermagem a partir da visão multiprofissional torna o cuidado mais completo e direciona à assistência holística e de qualidade. Além disso, favorece positivamente o prognóstico do paciente e a atuação dos profissionais envolvidos na assistência. Assistência – Cód. OR #16770 Análise de perdas de sonda como indicador de qualidade em pacientes assistidos pela equipe multidisciplinar de terapia nutricional em unidades de Terapia Intensiva da Santa Casa de Misericórdia de Maceió. Alinne Moísa Barros da Silva Costa;Hilda Maria de Lima Silva, Isabele Rejane de Oliveira Maranhão Pureza, Iasmyn Guimarães Rocha, David Bruno Silva dos Santos SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ INTRODUÇÃO: O conceito de controle de qualidade dos cuidados em instituições hospitalares é um tema cada vez mais discutido. Um dos indicadores acompanhados pela terapia nutricional são as perdas de sondas não planejadas, onde as perdas das mesmas, leva a um evento adverso onde temos que determinar as causas das perdas, realizar plano de ação visando a diminuição desses eventos. OBJETIVOS: Avaliar as principais causas de retirada não planejada da sonda, analisando as perdas por retirada pelo paciente, saída acidental, obstrução e sonda danificada, tendo como base os planos de melhoria realizados no período do estudo. MÉTODOS: Trata-se de um estudo observacional, transversal, retrospectivo, realizado no período de janeiro a Agosto de 2017, o indicador utilizado foi a taxa de retirada não planejada da sonda nasoenteral (SNE). Os dados foram coletados através da visita clínica diária, ficha de análise crítica de perda de sonda e banco de dados da EMTN. Para o cálculo do percentual de perdas de sonda foi utilizado o n° total de perdas de SNE/ n° de pacientes com SNE/dia x 100. RESULTADOS: Fizeram parte do estudo 240 pacientes, com total de 2459 dias de sonda nasoenteral, no período houve 45 perdas de sonda não planejadas, com percentual de perda de sonda nos 8 meses de 1,83% de perda de sonda. As causas de perda de sonda foram: 64,8%(29/240) por retirada pelo próprio paciente, 17,6%(8/240)por saída acidental, 8,8%(4/240) por saída acidental e 8,8%(4/240) de sonda danificada. CONCLUSÃO: Observamos que a maioria das perdas de sonda são por retirada pelo próprio paciente seguida de saída acidental, obstrução e danificada. As medidas preventivas utilizadas foram orientação a equipe de enfermagem, preenchimento de ficha de análise de perda de sonda pelos enfermeiros, utilização de medidas preventivas como restrição das mãos com atadura “luva de Box” e troca de fixação da sonda a cada 48h. Assistência – Cód. OR #16771 Protocolo de mobilização precoce para pacientes críticos de um hospital filantrópico de Sergipe Brian Gabriel Dos Santos; Mychelle Oliveira Carvalho; Juliana Macêdo de Souza; Laís Tenório Andrade Lima; Aline Carla da Rocha Souza

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INTRODUÇÃO: A permanência prolongada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), por vezes, relacionada a necessidade de ventilação mecânica e instabilidade hemodinâmica, estão associadas ao declínio funcional, aumento da morbidade e mortalidade, além de altos custos assistenciais.Protocolos institucionais, direcionam a assistência e favorecem a mobilização precoce ser segura e viável na prevenção desses problemas. OBJETIVOS: Criar e implementar um protocolo de mobilização precoce nas Unidade de Terapia Intensiva de um Hospital Filantrópico de Sergipe. MÉTODOS: Trata-se de uma pesquisa de desenvolvimento que foi realizada nas UTIs de um Hospital Filantrópico de Sergipe. As referidas unidades não possuíam nenhum tipo de protocolo que norteasse seus fisioterapeutas a trabalharem a funcionalidade dos pacientes. O instrumento foi formatado em 04 níveis independentes, porém relacionados entre si a fim de demonstrar uma evolução das atividades propostas, e abrange pacientes com ou sem nível de consciência preservado para participar das atividades. Partindo do nível 01, que engloba pacientes irresponsivos, voltadas a atuação do fisioterapeuta atentando na prevenção e manutenção da integridade articular; os níveis 02 e 03 que são etapas intermediárias, contam com a participação direta dos pacientes, esses consistem de exercícios no leito dependendo da força muscular dos membros; o nível 04 compreende atividades funcionais mais próximas da rotina diária e com isso exige estabilidade hemodinâmica e ventilatória bem como maior participação dos pacientes. RESULTADOS: O protocolo foi instituído no mês de outubro de 2016, com a exposição e apresentação do instrumento aos fisioterapeutas da instituição, elucidando as dúvidas e instruindo-os sobre a utilização; vem sendo aplicado nas UTI desde então. A equipe multiprofissional, em especial os fisioterapeutas têm demonstrado grande satisfação quanto a utilização, e nos ressaltam a importância da linguagem universal proporcionada pelo protocolo, bem como a possibilidade da continuidade do tratamento pelos colegas. CONCLUSÃO: Com base na vivência diária dos residentes em saúde nas UTIs, foi constado satisfação da equipe multiprofissional e gestores dessas unidades quanto a criação e implementação do protocolo proposto. O estudo limita-se pela ausência de dados quantitativos referentes a eficácia da implementação, porém fomenta a elaboração de novas pesquisas para investigar tais variáveis. Assistência – Cód. OR #16772 Assistência multiprofissional de residentes em terapia intensiva adulto Mychelle Oliveira Carvalho;Brian Gabriel dos Santos; Aline Carla da Rocha Souza; Laís Tenório Andrade Lima. INTRODUÇÃO: A Residência Multiprofissional em Saúde é uma modalidade de ensino de pós-graduação lato sensu, com duração mínima de dois anos e carga horária total de 5760 horas. Caracteriza-se pelo ensino e formação em serviço, e tem como objetivo promover a especialização de profissionais da saúde, particularmente, em áreas prioritárias do Sistema Único de Saúde, como a Terapia Intensiva. É crescente o número de residentes da área da saúde, na busca de qualificação e certificação para inserção no mercado de trabalho e melhor posicionamento profissional. OBJETIVOS: Descrever a atuação de residentes de um Programa de Residência Multiprofissional em Terapia Intensiva Adulto. MÉTODOS: Estudo descritivo com base no relato de experiência de residentes multiprofissionais que estão no segundo ano de residência, sobre a atuação diária no campo de prática enquanto residentes do Programa de Residência Multiprofissional em Terapia Intensiva Adulto de um Hospital Filantrópico de Aracaju, Sergipe, de 01 de março de 2016 a 30 de agosto de 2017. RESULTADOS: Durante a atuação prática na Unidade de Terapia Intensiva os residentes prestam assistência direta ao paciente crítico, cada um

dando ênfase a sua especialidade profissional, porém agregando às condutas as Considerações multiprofissionais das demais especialidades: realizam a admissão do paciente em condição de saúde clínica e cirúrgica, em período pré-operatório e pós-operatório, avaliando-o através da anamne, exame físico e interpretação de exames complementares, associando-os a condição clínica. Traçam o planejamento da assistência, intervenções com base no plano de cuidados individual e avaliação contínuada assistência prestada e da resposta do paciente à mesma, a fim readequá-las às necessidades apresentadas. Essas são discutidas durante as visitas multiprofissionais a beira leito a fim de prevenir complicações e identificar riscos de instabilidade hemodinâmica ou morte iminente. Além disso realizam educação em saúde e em serviço. Os residentes atuam em regime de dedicação exclusiva e são supervisionados por preceptores e tutores capacitados. CONCLUSÃO: a formação complementar em formato de residência multiprofissional para o profissional de saúde é enriquecedora. Proporciona o aperfeiçoamento do saber através da prática técnica/teórica intensa e diária, conferindo habilidade e olhar clínico diferenciado, fundamentais ao profissional especialista em terapia intensiva. Assistência – Cód. OR #16773 ADEQUAÇÃO NUTRICIONAL ENERGÉTICA/PROTÉICA EM PACIENTES COM USO DE TERAPIA NUTRICIONAL ORAL EM ÂMBITO HOSPITALAR. Iasmyn Guimarães Rocha; Alinne Moísa Barros da Silva Costa; Hilda Maria Lima Silva; Isabele Rejane de Oliveira Maranhão Pureza; Maria do Socorro Lira Paes Batista. SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ INTRODUÇÃO: Uma ingestão alimentar inadequada contribui para desnutrição no ambiente hospitalar. A redução da ingestão alimentar é frequentemente relatada entre os pacientes hospitalizados, fato esse que pode estar relacionado à doença, a mudanças de hábitos alimentares e à insatisfação com as preparações oferecidas.1 Qualidade em terapia nutricional representa a condição de redução do custo e do tempo de permanência do paciente no ambiente hospitalar, que implica em evolução clínica favorável, melhora de diversos parâmetros de qualidade de vida e na redução da taxa de morbidade e mortalidade.2,3 A colaboração efetiva dos pacientes é essencial para garantir que o volume prescrito dos suplementos nutricionais seja adequadamente ingerido.4 OBJETIVOS: Este trabalho visa avaliar a ingesta alimentar dos pacientes em uso de terapia nutricional oral e correlacionar com a adequação de suas necessidades energéticas/protéica MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal, observacional, analítico realizado com 16 pacientes, no qual foi analisado as estimativas das necessidades calórica/proteica, o recordatório alimentar, aporte nutricional prescrito/ingerido da terapia nutricional oral e a relação das necessidades nutricionais com a ingesta alimentar. Todas as análises foram realizadas com o auxílio do programa Excel® para tabulação de dados e a análise estatística através de média, desvio padrão e percentual. RESULTADOS: Quando analisado as necessidades energéticas observou que os pacientes apresentavam uma média de 1858,52kcal/dia +-67,29kcal/dia e necessidade proteica de 95,28g/dia +-12,05g/dia. Ao computar a ingesta alimentar convencional, ou seja, sem o acréscimo do suplemento oral, foi observado uma adequação energética de 46,54% +-23,78% e adequação proteica de 48,2% +-24,59%, quando acrescentado no cálculo do recordatório alimentar, o aporte nutricional do suplemento oral ingerido, foi observado uma adequação energética de 74,98% +-25,51% e adequação proteica de 76,54% +-36,48%. Diante do que foi encontrado, destaca-se que a suplementação via oral tem uma

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adequação em torno de 28,44% +-5,65% da necessidade energética total dos pacientes e 28,32%+-12,57% da necessidade protéica. CONCLUSÃO: Diante dos dados apresentados, ressalta a importância da terapia nutricional oral para os pacientes com o trato gastrointestinal íntegro e com condições de dieta via oral, com o intuito de suprir a ingestão oral insuficiente e atingir as necessidades nutricionais. Assistência – Cód. OR #16774 Analise do aumento do número de casos de leptospirose em relacao a rede de esgoto no municipio de Maceio João Ancelmo dos Reis Neto; Karolyne Sanny Barros Araújo; Maitê Passos Costa; Marianne de Lima Silva; Lívia Maria Borges Amaral INTRODUÇÃO: O município de Maceió registrou entre os anos de 2010 e 2014 86 casos de leptospirose, doença febril grave transmitida por alimentos ou água contaminada pela urina de animais infectados, em sua maioria ratos, comumente atraídos pelo esgoto, ambiente em que facilmente eles obtêm alimento. OBJETIVOS: Relacionar o número de casos de leptospirose no município de Maceió com a cobertura total da rede esgoto que o município dispõe. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal, exploratório e comparativo, utilizando dados secundários sobre o número de casos de leptospirose ocorridos em Maceió nos anos de 2010 e 2014 e sobre o a cobertura sanitária disponível na mesma cidade e no mesmo período de tempo. Os dados analisados foram retirados da plataforma digital do Departamento de Informática do SUS, o DATASUS. RESULTADOS: As informações disponíveis demonstram que o número de casos notificados de leptospirose em Maceió no ano de 2010 foi de 35 enfermos, enquanto que em 2014 foram registradas 51 notificações, evidenciando um aumento de 45,71% no número de casos confirmados. No mesmo período também houve um crescimento de 11,62% no número de famílias na cidade, no entanto, observou-se que no ano de 2010 havia no município de Maceió 34,37% de cobertura total da rede de escoamento e que até 2014 houve um aumento de apenas 2,81%, atingindo o valor final de 37,18%. CONCLUSÃO: A literatura registra que ocupações irregulares, rede hidrográfica e rede de esgoto deficientes são fatores que favorecem a adaptação de ratos às condições urbanas. Assim, pode-se considerar Maceió como área de risco, por contar com menos de 40% de cobertura no saneamento básico e por ter recebido um aumento significativo de famílias em um curto período de tempo, aglomerando-se em regiões periféricas onde há escassez de saneamento básico e entre outros fatores que contribuem para um ambiente propício para a reprodução destes animais e consequentemente para o aumento do número de doenças que possuem sua transmissão facilitada por eles. Assistência – Cód. OR #16775 Análise epidemiológica da sífilis congênita em Sergipe Maitê Passos Costa; João Ancelmo dos Reis Neto; Karolyne Sanny Barros Araújo; Lívia Maria Borges Amaral; Marianne de Lima Silva INTRODUÇÃO: O estado de Sergipe registrou, entre 2008 e 2012, 964 casos de sífilis congênita (SC), que é a infecção do feto pelo Treponema pallidum, por via placentária, em qualquer momento da gestação ou estágio clínico da doença em gestante não tratada ou inadequadamente tratada. OBJETIVOS: Analisar o perfil epidemiológico da sífilis congênita em Sergipe de 2008 a 2012. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal e exploratório, utilizando dados secundários sobre o número de casos de sífilis congênita em Sergipe nos anos de 2008 a 2012. Os dados analisados foram retirados da

plataforma digital do Departamento de Informática do SUS, o DATASUS, e foram coletados em agosto de 2017. RESULTADOS: Observou-se que o maior número de SC ocorreu em 2012, com 35,06% dos casos, e tende a crescer com o decorrer do tempo. A raça parda foi a mais acometida pela doença, 67,42%, enquanto a indígena foi a menos acometida (0,20%). A maior frequência foi em mães com ensino fundamental incompleto (56,84%) e a menor foi nas que haviam concluído o ensino superior, com 0,62%. Os dados disponíveis também mostram que 66,49% das mães cujos filhos adquiriram SC realizaram o pré-natal. Observou-se que 92,44% dos casos evoluíram com a criança viva e 3,04% evoluíram ao óbito tendo como causa a SC. Constatou-se que 76,24% dos parceiros não realizaram o tratamento, e 2012 foi o ano, no período do estudo, que apresentou a maior quantidade que realizaram o tratamento com 41,66%. CONCLUSÃO: Perante os achados desse estudo, conclui-se que a sífilis congênita encontra-se, ainda, fora de controle no estado de Sergipe. Nos últimos anos, foi relatado um aumento significativo no número de casos, o que motiva a discussão sobre alguns pontos relacionados não somente à assistência prestada durante o pré-natal, mas também em relação à prevenção da sífilis adquirida. Diante disso, é mister que sejam implementadas ações mais significativas para o controle dessa doença. Assistência – Cód. OR #16776 DISTRIBUIÇÃO DAS INTERNAÇÕES POR SEQUELAS DE HANSENÍASE NO BRASIL: EVIDÊNCIAS DA FRAGILIDADE NA LUTA PELA ELIMINAÇÃO DA DOENÇA. Aldenyeslle Rodrigues de Albuquerque; Carlos Dornels Freire De Souza; Gilmar França Nobre Junior; Luiz Carlos Francelino Silva Junior; Michael Ferreira Machado; Saulo Henrique Salgueiro De Aquino UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS (UFAL) INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença crônica de alta infectividade e baixa patogenicidade. O Brasil é o único país do mundo que não conseguiu atingir o patamar de eliminação da doença como problema de saúde pública. Ocupa a primeira posição no mundo em taxa de prevalência e a segunda em número absoluto de casos, ficando atrás apenas da Índia. Concentra mais de 90% dos casos registrados nas Américas. Os estados reacionais são os principais responsáveis. OBJETIVOS: Descrever o perfil das internações por hanseníase e suas sequelas no estado de Alagoas, entre 2010 e 2016. MÉTODOS: Estudo epidemiológico de natureza descritiva. Os dados foram coletados a partir do Sistema de Internações Hospitalares (SIH). Foram consideradas as internações por hanseníase e sequelas de hanseníase ocorridas entre janeiro de 2010 e dezembro de 2016. Variáveis analisadas: município de ocorrência da internação, faixa etária, sexo, estabelecimento e caráter da internação. RESULTADOS: No período estudado ocorreram 920 internações, com maior concentração nos municípios de Maceió (91,7%/n=844), Santana do Ipanema (3,69%/n=34) e Arapiraca (3,36%/n=31). Apenas 9 municípios registraram internações. A faixa etária 20 a 59 anos foi a mais acometida (47,1%). Destacou-se o achado de 8 casos com idade inferior a 1 ano de idade (0,86%). Quanto ao sexo, 60,4%(n=556) eram homens. O campo raça não foi preenchido em 77% dos casos (n=708). Quanto ao estabelecimento, 65,8%(n=605) das internações ocorreram no Hospital do Açúcar, seguido da Santa Casa de Misericórdia de Maceió (11%/n=101). 52,5% (n=483) foram internações em caráter de urgência. CONCLUSÃO: São evidenciadas fragilidades das informações presentes no SIH, observado pelo elevado número de não preenchimento do campo raça e pela presença de internações em menores de 1 ano. Destacou-se a importância do Hospital do Açúcar e da Santa Casa de Misericórdia de Maceió no cenário das internações.

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Assistência – Cód. OR #16777 INTERNAÇÕES POR HANSENÍASE E SEQUELAS DE HANSENÍASE NO ESTADO DE ALAGOAS, ENTRE 2010 E 2016 Aldenyeslle Rodrigues de Albuquerque; Carlos Dornels Freire De Souza; Gilmar França Nobre Junior; Luiz Carlos Francelino Silva Junior; Michael Ferreira Machado; Saulo Henrique Salgueiro De Aquino INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença crônica de alta infectividade e baixa patogenicidade. O Brasil é o único país do mundo que não conseguiu atingir o patamar de eliminação da doença como problema de saúde pública. Ocupa a primeira posição no mundo em taxa de prevalência e a segunda em número absoluto de casos, ficando atrás apenas da Índia. Concentra mais de 90% dos casos registrados nas Américas. Os estados reacionais são os principais responsáveis. OBJETIVOS: Descrever o perfil das internações por hanseníase e suas sequelas no estado de Alagoas, entre 2010 e 2016. MÉTODOS: Estudo epidemiológico de natureza descritiva. Os dados foram coletados a partir do Sistema de Internações Hospitalares (SIH). Foram consideradas as internações por hanseníase e sequelas de hanseníase ocorridas entre janeiro de 2010 e dezembro de 2016. Variáveis analisadas: município de ocorrência da internação, faixa etária, sexo, estabelecimento e caráter da internação. RESULTADOS: No período estudado ocorreram 920 internações, com maior concentração nos municípios de Maceió (91,7%/n=844), Santana do Ipanema (3,69%/n=34) e Arapiraca (3,36%/n=31). Apenas 9 municípios registraram internações. A faixa etária 20 a 59 anos foi a mais acometida (47,1%). Destacou-se o achado de 08 casos com idade inferior a 01 ano de idade (0,86%). Quanto ao sexo, 60,4%(n=556) eram homens. O campo raça não foi preenchido em 77% dos casos (n=708). Quanto ao estabelecimento, 65,8%(n=605) das internações ocorreram no Hospital do Açúcar, seguido da Santa Casa de Misericórdia de Maceió (11%/n=101). 52,5% (n=483) foram internações em caráter de urgência. CONCLUSÃO: São evidenciadas fragilidades das informações presentes no SIH, observado pelo elevado número de não preenchimento do campo raça e pela presença de internações em menores de 1 ano. Destacou-se a importância do Hospital do Açúcar e da Santa Casa de Misericórdia de Maceió no cenário das internações. Assistência – Cód. OR #16779 Sistema de Monitoramento à Equipe da Saúde para Identificar o Decúbito do Paciente Brunna de França Richtrmoc Fernandes; Felipe Rogério de Siqueira Silva; Gustavo Oliveira Cavalcanti INTRODUÇÃO: O presente trabalho descreve o desenvolvimento de um sistema que auxilia a equipe de saúde no monitoramento do paciente restrito ao leito de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), correlacionando o tempo e a posição pela qual o doente situa-se.Para isso, foi desenvolvido um software e uma matriz de sensores com o objetivo de contabilizar e expor o tempo no qual o paciente ficou em um determinado decúbito. O software de interface alerta precocemente sobre a duração e o posicionamento do paciente em análise buscando evitar a formação de lesões por pressão (SOUSA RG, et al., 2016). Os métodos utilizados na prevenção não possuem uma tecnologia eficaz para o alerta, o tempo e o histórico do posicionamento do paciente no leito hospitalar, dificultando o monitoramento do decúbito (TZEN YT, et al, 2010). OBJETIVOS: O objetivo principal para o desenvolvimento deste sistema é o baixo custo, a construção do sensor e o desenvolvimento de um aplicativo de interface amigável à equipe de saúde. MÉTODOS: Os materiais utilizados para confecção e construção dos sensores são resistentes, impermeáveis e agradáveis ao contato para

constarem em uma cama. Além disso, o software é simples e de fácil manipulação pelos profissionais de saúde que utilizarão em hospitais. RESULTADOS: A leitura do decúbito, ora em desenvolvimento, é realizada com oito sensores e as informações são transferidas para um módulo controlador, o arduino (LOUP TO, et al., 2011). A escolha desse hardware foi devido às vantagens e facilidade da programação, custo e efetividade quando comparados com outros existentes no mercado. O software para interface escolhido foi o Visual Studio (LORSCHEITER, et al., 2011), por produzir uma interface em janelas da configuração, que são de fácil utilização. Para interface com a equipe assistencial ao doente, o aplicativo final apresentará as configurações do sistema, a medição atual do tempo e posição e o histórico do paciente analisado. CONCLUSÃO: Espera-se que o sistema, ao ser aplicado, promova suporte à equipe assistencial, reduzindo o número e/o a gravidade das lesões por pressão. Assistência – Cód. OR #16780 Concepção dos profissionais quanto ao Treinamento em Emergências Cardiovasculares Avançado (TECA) e Suporte Avançado de Vida em Cardiologia(ACLS) realizado in company na Santa Casa de Misericórdia de Maceió. MARIA ALAYDE MENDONCA ROMERO, NAYANNE DA SILVA LUZ, ANDREZA GOMES DE ANDRADE, SAVIA NOBRE DE ARAUJO DOREA, MYRIAN LIVIA DE SOUZA SANTOS, DAVI WALISSON FERREIRA, VALESSA MAYARA ARAUJO DE GOIS SANTANA, PAULA GABRIELLE DE ALMEIDA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ INTRODUÇÃO: A chance de sobrevida após uma Parada Cardio-Respiratória varia de 2% a 49% a depender do ritmo cardíaco inicial e do início precoce da reanimação. O Treinamento em Emergências Cardiovasculares Avançado capacita profissionais médicos (MED) e enfermeiros (ENF) para o atendimento de situações de emergência frequentes em hospitais, incluindo a PCR, oferecendo uma padronização para este atendimento. OBJETIVOS: Analisar a percepção dos profissionais que realizaram o TECA e o ACLS in company quanto a dificuldades para realizar o curso, mudanças na prática que podem ser implementadas após o curso e avaliação geral do curso. MÉTODOS: Planejamento e realização do TECA e do ACLS, in company, semestralmente, durante quatro anos. Público-alvo: MED e ENF da Emergência, Time de Resposta Rápida (TRR), Unidade de Dor Torácica (UDT), Unidades de Terapia Intensiva Geral (UTI-G), Neurológica (UTI-N) e Cardíaca (UTI-C); Médicos Residentes (MR) dos Programas de Clínica Médica (CLM), Cardiologia e outros; ENF do Centro Cirúrgico, Hemodinâmica, Geriatria, CLM e Oncologia. Houve inscrição de MED da Nefrologia, Radioterapia, Medicina Hiperbárica. Variáveis: profissão, local de trabalho na instituição, desempenho no curso (Aprovado /Reprovado /Não concluiu), dificuldades pessoais para realização do curso, mudanças na prática após o curso, avaliação geral do curso, incluindo a pergunta: recomendaria para um colega? RESULTADOS: Foram realizados 6 cursos e ofertadas 192 vagas: 88 ENF (40%); 104 MED (60%), sendo 29 MR. Aprovação: 72% (variando de 38-88%). Dificuldades: sem dificuldades 81%; conhecimento prévio sobre ECG 29%. Mudanças previstas na prática: 34% seguimento de um protocolo; 33% maior segurança no atendimento; 27% atualização do conhecimento. Avaliação geral do curso: 86% consideram ótimo; 100% indicaria o curso in company para outros colegas. CONCLUSÃO: O TECA e o ACLS in company foram reconhecidos pelos alunos como importante estratégia para implantação de melhorias institucionais, gerando atualização, maior segurança na prática diária e a implementação de protocolos institucionais, a serem avaliados e aprimorados.

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Assistência – Cód. OR #16782 RELATO DE CASO: SARCOMA DE KAPOSI METASTÁTICO EM PACIENTE COM IMUNODEPRESSÃO SEVERA Rafaela Barbirato Fardin; Luiz Arthur Calheiros Leite; Antônio Luiz Soares Moura Rezende Filho; Gilberto Salustiano Lima; Layanne Lima dos Santos. INTRODUÇÃO: O Sarcoma de Kaposi (SK) é a neoplasia mais frequente em pacientes infectados pelo HIV, sendo uma doença definidora de AIDS, mais comum em jovens do sexo masculino. Sua fisiopatogenia se associa à infecção pelo herpesvírus humano 8 (HHV-8) e a uma condição oportunista favorecida pela imunossupressão causada pelo vírus do HIV. O local mais comum de acometimento inicial da doença é o tecido subcutâneo, manifestando-se através de lesões maculares ou nodulares violáceas e disseminadas, ou em mucosas, sendo as lesões de palato duro as mais comuns. Os nódulos podem ainda desenvolver-se em linfonodos e vísceras, como trato gastrointestinal, fígado e pulmões, o que pode acelerar o curso da doença. O acometimento visceral metastático associado à contagem de CD4 (<150células/mm³) resulta em imunodepressão severa e prognóstico reservado. RESULTADOS: Paciente D.O.F.S., 25 anos, sexo masculino, vendedor, pardo, solteiro, natural de Madureira-RJ, residente em Pilar-AL, foi admitido no Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA/AL), apresentando lesões dolorosas em cavidade oral, há aproximadamente 6 meses, além de tosse seca, febre vespertina e perda de 21kg. Refere ainda o aparecimento de manchas de coloração escura, disseminadas por todo o corpo, não dolorosas e não pruriginosas. Ao exame, evidenciaram-se pápulas, nódulos e placas violáceas em tronco, membros superiores, face e pescoço, além de lesões tumorais violáceas, lobuladas, envolvendo toda a região de palato duro, mucosa jugal e terceiros molares inferiores bilateralmente. Fígado palpável a 3cm do rebordo costal direito, abdome doloroso à palpação em epigástrio e hipocôndrio direito, além de linfadenomegalias em cadeias cervicais, submandibulares e retroauriculares. Foram realizadas as sorologias de rotina: anti-HIV positivo, as demais não reagentes. Os demais exames laboratoriais revelaram uma pancitopenia moderada, além de uma contagem inicial de células TCD4 de 15células/mm³. Entre os exames de imagem realizados, a tomografia computadorizada de tórax evidenciou derrame pleural bilateral, consolidações pulmonares bilaterais, grandes adenopatias mediastinais, além de nodulação irregular em lóbulo superior direito, sugestivo de SK. À endoscopia digestiva alta, foram encontradas lesões elevadas em incisura angular e duodeno, além de áreas rubras em antro (em esôfago, estômago e duodeno). A colonoscopia de íleo terminal evidenciou lesões elevadas de cólon, também compatíveis com SK. Foram ainda reveladas alterações parenquimatosas em fígado e discreta ascite na ultrassonografia de abdome. A biópsia de pele confirmou o diagnóstico histopatológico, evidenciando lesão vascular de comportamento indeterminado, relacionada a SK. Diante do quadro, iniciou-se antibioticoterapia de amplo espectro, tuberculostáticos, profilaxias e terapia antirretroviral, (Tenofovir, Lamivudina e Efavirenz), com posterior substituição para Tenofovir, Lamivudina e Dolutegravir, após ter sido descartada a co-infecção com tuberculose. O paciente foi encaminhado para o serviço de oncologia do HUPAA/AL, onde apresentou dispneia e pancitopenia progressivas, com queda na contagem de TCD4 para 11células/mm³, necessitando internamento hospitalar em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Evoluiu com hemotórax e toracocentese diária, levando-o a óbito por insuficiência respiratória aguda, em menos de três meses após diagnóstico de AIDS. CONCLUSÃO: Este estudo traz à tona a possibilidade do retorno de casos de AIDS agressivos com SK visceral ao diagnóstico, o que nos faz concluir que estes achados são similares aos primeiros casos de AIDS descritos no

início da década de 80, época em que ainda não se tinham recursos adequados e acesso a uma terapia antirretroviral de alta potência (TARV/HARRT). O diagnóstico e tratamento precoces podem evitar a evolução fulminante do SK, tornando o prognóstico mais favorável e assim contribuir para a reabilitação do paciente com redução dos altos índices de mortalidade. Assistência – Cód. OR #16783 Perfil dos Indivíduos Submetidos à Cirurgia de Revascularização do Miocárdio em um Hospital de Referência Cardiológica de Maceió Laís Tenório Andrade Lima; Aline Carla da Rocha Souza; Brian Gabriel dos Santos; Gabriela da Rocha Tenório Cavalcante; Mychelle Oliveira Carvalho. HOSPITAL DO CORAÇÃO DE ALAGOAS. INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares (DCV) constituem um grave problema de saúde pública no Brasil e no Mundo, sendo a doença arterial coronariana (DAC) a principal causa de mortes. Para DAC, alguns fatores, como: tabagismo, dislipidemia, hipertensão arterial sistêmica (HAS), sedentarismo, diabetes mellitus (DM), obesidade, estresse, hereditariedade, sexo e idade avançada, influenciam diretamente no surgimento daquela. O tratamento da DAC decorre de forma clínica ou cirúrgica, sendo a CRVM padrão ouro para adequação da nutrição tecidual local com reversão do quadro, com consequente prolongamento da expectativa e melhoria da qualidade de vida dos indivíduos com DCV. OBJETIVOS: O presente estudo visa identificar o perfil demográfico e clínico dos indivíduos submetidos à CRVM. MÉTODOS: Estudo observacional, descritivo e retrospectivo, de amostragem não-probabilística por conveniência, realizado no período de Janeiro de 2009 a Outubro de 2016, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Tiradentes, sob o parecer 453.963, através da análise de 211 prontuários de indivíduos submetidos à CRVM no Hospital do Coração de Alagoas, com base em questionário com seguintes variáveis: sexo, idade e fatores de risco cardiovascular, como: HAS, DM, dislipidemia, tabagismo, hereditariedade e acidente vascular encefálico prévio, sendo excluídos da coleta apenas aqueles com necessidade de reoperação. Dados tratados e armazenados em planilha eletrônica do Microsoft® Excel® 2010, com análise dos mesmos conduzida com auxílio do pacote estatístico SPSS v20.0 (IBM Inc, Chicago, IL), realizada por meio de estatística descritiva (expressa em percentuais, média e desvio-padrão) e estatística analítica, realizada por meio do teste Exato de Fisher. Valor de alfa adotado igual a 5%. RESULTADOS: Amostra com média de idade de 61,9 ± 10,0 anos, apresentando predominância de indivíduos do sexo masculino submetidos à CRVM. No geral, HAS identificada como maior comorbidade predisponente para realização da CRVM, seguida de hereditariedade, e dentre as outras, menos de 50% dos operados apresentaram alguma relação. CONCLUSÃO: Notou-se, então, prevalência de indivíduos submetidos à CRVM com seguinte perfil: idade avançada, sexo masculino e com HAS, fatores estes de forma independente e que apresentam relação direta com a incidência de submissão para a mesma, corroborando com outros estudos semelhantes. Assistência – Cód. OR #16785 Perfuração gastroduodenal relacionada ao uso de crack - relato de cinco casos Scarlett D´Ávila; Mateus Fonseca de Gouvêa Franco; David Carlos Shigueoka; Milton Scalabrini; Laércio Gomes Lourenço; Ramiro Colleoni.

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INTRODUÇÃO: O uso do crack, forma fumada da cocaína, tornou-se sério problema de saúde pública no nosso meio. A perfuração gastroduodenal em consumidores de crack tem sido relatada nas últimas décadas, porém a fisiopatologia dessas lesões ainda não foi esclarecida, sendo geralmente atribuída à isquemia focal secundária à vasoconstrição intensa. A revisão da literatura mostra que, quando comparados aos demais pacientes com úlcera perfurada, os usuários de crack eram mais jovens, seus sintomas foram mais evidentes, as lesões não tinham relação com a presença de H. pylori e a evolução clínica foi mais favorável. OBJETIVOS: Apresentamos cinco casos de doentes que desenvolveram quadro de abdome agudo perfurativo por úlcera gastroduodenal após uso agudo de crack. RESULTADOS: No período de 01 de janeiro de 2007 a 31 de dezembro de 2016, foram atendidos no Pronto Socorro de Cirurgia do Hospital São Paulo (HSP-UNIFESP) cinco doentes do sexo masculino com idades entre 20 a 50 anos (mediana = 28 anos) que desenvolveram quadro de abdome agudo perfurativo após uso agudo de crack. Todos eram usuários da substância entre cinco e 26 anos, não relataram serem portadores de úlcera péptica e foram atendidos inicialmente por outras especialidades do serviço. A queixa de dor abdominal, referida por todos, estava associada a manifestações do uso do entorpecente. Ao exame físico, no momento da avaliação cirúrgica, todos apresentavam sinais de irritação peritoneal. O pneumoperitônio foi identificado por radiografia abdominal e/ou tomografia. Todos foram tratados com a abstenção da substância durante a internação, antibioticoterapia (metronidazol e ceftriaxona) e foram submetidos à laparotomia exploradora. Em quatro doentes a úlcera estava localizada na parede anterior do bulbo duodenal e em um paciente situava-se no piloro. Todas as lesões mediam entre 10 e 15 mm de diâmetro. A conduta cirúrgica realizada nos cinco casos foi sutura da lesão, omentoplastia, lavagem e drenagem da cavidade. A lesão pilórica foi biopsiada. Os pacientes apresentaram boa evolução e receberam alta hospitalar entre três e cinco dias de pós-operatório, sendo encaminhados para acompanhamento psiquiátrico. CONCLUSÃO: As perfurações gastroduodenais associadas ao uso de crack tem sido registradas com maior frequência e a possibilidade desse diagnóstico nos usuários da droga que apresentam dor abdominal aguda deve ser considerada pelos diferentes especialistas. Assistência – Cód. OR #16786 Reinternação hospitalar em um serviço terciário de geriatria Leander Levi Augusto de Almeida;David Costa Buarque SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ INTRODUÇÃO: A reinternação hospitalar (RH) pode ser utilizada para avaliação dos cuidados de saúde hospitalares e pode refletir o atendimento não efetivo do paciente ou a ocorrência de complicações referentes ao internamento inicial. A partir de sua observação, e consequentemente dos fatores de risco envolvidos em sua ocorrência, é possível identificar a gravidade dos pacientes atendidos em um determinado serviço de saúde. As RH podem estar correlacionadas com alta hospitalar precoce, complicações do quadro clínico do paciente, suporte econômico e familiar. Nos EUA, até 20% dos pacientes de alta hospitalar são readmitidos nos primeiros 30 dias, no Brasil achou-se 12,6%. No Brasil, 25,8% das RH ocorreram em até sete dias, 11,5% entre 8 e 15 dias, 13,8% entre 16 a 30 dias após a alta hospitalar. O diagnóstico da primeira readmissão foi o mesmo que o da admissão anterior em 57% dos pacientes OBJETIVOS: Traçar o perfil de RH em um serviço terciário de geriatria. MÉTODOS: Estudo transversal retrospectivo, incluindo maiores de 60 anos, internados no serviço de geriatria da Santa Casa de Misericórdia de Maceió, entre março/2015 e fevereiro/2017. Os dados foram coletados em registros de prontuários eletrônicos, utilizando-se questionário estruturado e digitalizados no programa Microsoft Excel 2010.

RESULTADOS: Em dois anos tiveram 1311 atendimentos com a geriatria, dos quais 105 (8%) foram relacionados à readmissão, predomínio do sexo feminino 68 (64,8%), a média de idade foi de 84,59 anos. A readmissão em até 7 dias foi mais prevalente (39; 37,1%), seguido do período entre 8 e 15 dias (38; 36,2%) e de 16 a 30 dias (28; 26,7%), com tempo médio de readmissão em 11,58 dias. Em 53 (50,5%) da amostra teve o mesmo diagnóstico do primeiro internamento. Em 16 (15,2%) pacientes, o desfecho final foi o óbito. CONCLUSÃO: O percentual de readmissão foi baixo na população estudada, apesar da faixa etária elevada, maior retorno precoce para reinternação com achado elevados índices de mortalidade. Assistência – Cód. OR #16790 TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL: ADEQUAÇÃO ENTRE VOLUME PRESCRITO E ADMINISTRADO EM PACIENTE ADULTOS DE TERAPIA INTENSIVA DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ Alinne Moísa Barros da Silva Costa;Hilda Maria de Lima Silva;Isabele Rejane de Oliveira Maranhão Pureza;Iasmyn Guimarães Rocha;José Wellington de Menezes SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ INTRODUÇÃO: O monitoramento diário da oferta nutricional real é um instrumento para a identificação das causas responsáveis pela administração abaixo do planejado. Isto permite que sejam estabelecidas estratégias para aumentar a eficiência da terapia nutricional e melhorar a qualidade na assistência. OBJETIVOS: Comparar os registros de volume infundido com o prescrito na terapia nutricional enteral e identificar fatores que prejudicaram a administração da nutrição enteral. MÉTODOS: O estudo teve caráter observacional, retrospectivo, durante 7 meses, no ano de 2017. Foram incluídos 240 pacientes adultos de ambos os sexos recebendo dieta enteral exclusiva por pelo menos 5 dias consecutivos. Os dados coletados incluíram volume de dieta prescrita e infundida e os principais motivos de interrupção da dieta. RESULTADOS: O volume médio de dieta prescrita foi de 977,4 ml e o volume médio infundido foi de 800,4ml, correspondendo a 81,9% da dieta prescrita. Os principais motivos da não administração da dieta prescrita foram diarreia (19,3%), falta de justificativa (16,1%), complicações clínicas (16,2%), distensão abdominal(8%), perda de sonda(8%),jejum para exame tempo aceitável 12h(8%), vômito(6,4%), problema logísticos relacionado a dieta(4,8%), parada para procedimentos diversos(3,2%), procedimento cirúrgico(3,2%), instabilidade hemodinâmica(1,7%), realização de procedimentos diagnósticos(1,7%), volume gástrico elevado(1,7%) e outros motivos(1,7%). CONCLUSÃO: Os valores calóricos atin­gidos com TNE neste serviço estão adequados confor­me dados da literatura (>70% GET). Fatores que interferiram na administração da NE podem ser minimizados se houver planejamento adequado para a interrupção e reintrodução da dieta. Assistência – Cód. OR #16791 MORBIDADE POR TUBERCULOSE PULMONAR EM ALAGOAS DE 2010 A 2016. José Victor de Mendonça Silva; Saulo Henrique Salgueiro de Aquino; Carlos Dornels Freire de Souza; Aldenyeslle Rodrigues de Albuquerque; Luiz Carlos Francelino Silva Junior; Gilmar França Nobre Junior. UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL (CAMPUS/ARAPIRACA) INTRODUÇÃO: Em 2015, a Organização Mundial da Saúde apontou a Tuberculose como a doença infecciosa mais mortal do planeta, superando a AIDS. Um conjunto de esforços tem sido empregado para possibilitar o diagnóstico precoce e tratamento da doença, reduzindo as chances de suas complicações evoluírem a óbito. Analisar as características das internações em decorrência da Tuberculose pode

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desvendar importantes aspectos da transmissão, bem como sinalizar para a necessidade de qualificação dos serviços de saúde. OBJETIVOS: Descrever o perfil das internações por tuberculose pulmonar em Alagoas entre 2010 e 2016. MÉTODOS: Estudo epidemiológico, descritivo e transversal envolvendo todas as internações por tuberculose pulmonar em Alagoas no período de 2010 a 2016. Os dados foram extraídos do Sistema de Informações Hospitalares, do Ministério da Saúde. Variáveis de análise: número de internações por ano, custo total e médio das internações, tempo de permanência, sexo, raça/cor, faixa etária, município da internação, caráter e unidade hospitalar. Após a tabulação, procedeu-se a análise estatística descritiva simples. RESULTADOS: Ocorreram 147 internações por tuberculose em Alagoas com custo total de R$ 293.271,99, sendo uma média de R$ 1.995,00 por AIH aprovada. A permanência média foi 7,5 dias. Quanto à demografia, observou-se uma discreta proporção maior de homens, correspondendo a 52,38% (n=77). A raça parda correspondeu a 59,18% (n=87), todavia em 34,01% (n=50) dos casos esse campo não foi preenchido, demonstrando a fragilidade dessa informação. Quanto àfaixa etária, destacaram-se as faixas entre 20 e 29 anos (17,0%/25 internações) e 40 a 49 anos (19,72%/29 internações). Acerca do município de internação, apenas 10 municípios possuem registro de internações no período analisado, destacando-se Maceió na primeira posição (80,95%/119 internações), seguida de Santana do Ipanema (10,2%/15 internações). Sobre o caráter do atendimento, 74 (50,3%) foram internações eletivas e 73 (49,7%) de urgência. Quanto ao local de internação, a Santa Casa de Misericórdia de Maceió foi responsável por 94 (63,9%) internações. CONCLUSÃO: As internações por tuberculose pulmonar representam um custo elevado e com tempo de permanência alto. Destaca-se a concentração das internações em 10 municípios, com enfoque para Maceió e Santa Casa de Misericórdia de Maceió no cenário das internações em Alagoas. Assistência – Cód. OR #16793 Carcinoma renal de células escamosas (CEC renal): apresentação atípica de uma malignidade rara Amanda Rodrigues da Silva; Mariana Silva Gois de Almeida; Italo Dantas Rodrigues; Juliana Arôxa Pereira Barbosa INTRODUÇÃO: As neoplasias do trato urinário superior são relativamente raras, destas apenas 8% são neoplasias malignas renais. Sendo o carcinoma urotelial responsável por 85% a 90% dos casos, seguido pelo carcinoma de células escamosas representando 10% de todos os tumores pélvicos renais e 0,5% de todas as malignidades renais. Este, é geralmente associado a urolitíases ou infecções renais crônicas e abuso de analgésicos. Apresenta uma incidência maior aos 65 anos com predomínio em homens, na proporção de 3:1 em relação às mulheres. O prognóstico é ruim, sobrevida de 5 anos para 65% a 82% dos tumores localizados, de 25% para os tumores localmente avançados e de 5% para os tumores metastático, no entanto apesar dos esforços cirúrgicos agressivos, a maioria evolui para o óbito em um ano. MÉTODOS: Paciente do sexo masculino 49 anos com massa de tumor renal, apresenta na macroscopia um rim direito, pesando 592 g e medindo 17 X 13 X 8,9 cm, não possuindo delimitação córtico-medular nítida. Microscopia: revela neoplasia de origem epitelial caracterizada pela proliferação de células pleomórficas, com aumento de relação núcleo/citoplasma, nucléolos evidentes, presença de pontes inter-celulares e formação de pérolas córneas. As células formam arranjos sólidos infiltrando o estroma renal em meio a glomérulos permeados por moderado infiltrado inflamatório linfo-plasmocitário com áreas de necrose. O diagnóstico foi compatível com carcinoma epidermóide de provável origem de pelve renal, bem diferenciado, de limites imprecisos

com aproximadamente 10 cm, apresentando infiltração neoplásica até a cápsula renal, além de hilo, seio renal e margem cirúrgica uretral comprometidas. RESULTADOS: Apesar de não se ter mais informações clínicas sobre o paciente, o caso apresenta grande relevância por se tratar de um carcinoma extremamente raro e agressivo, que acomete geralmente pacientes acima de 65 anos. Isso torna o caso ainda mais relevante, pois o paciente em questão possui apenas 49 anos. CONCLUSÃO: O relato visa contribuir para novas pesquisas a respeito do carcinoma epidermóide renal, que além de ser extremamente raro, apresenta um tratamento bastante agressivo e péssimo prognóstico. Podendo acometer inclusive pacientes de menor faixa etária, por isso deve-se ficar atento aos fatores de risco como urolitíases e incluir o CEC no diagnóstico diferencial dos tumores renais. Assistência – Cód. OR #16794 Carcinoma Ductal Invasivo: Um Relato de Caso Amanda Rodrigues da Silva; Mariana Silva Gois de Almeida; Italo Dantas Rodrigues; Juliana Arôxa Pereira Barbosa INTRODUÇÃO: Segundo câncer (CA) mais comum entre as mulheres no mundo. O CA de mama, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), representou cerca de 28% dos novos casos das neoplasias malignas em 2016. Em 2013, o INCA notificou 14.388 óbitos devido a essa patologia, com 181 mortes do sexo masculino e 14.206 do sexo feminino. Devido a esses dados e alta incidência dos carcinomas ductais invasivos, com elevadas chances de metástase, OBJETIVOS: o relato em questão visa esclarecer os danos provocados e a agressividade desse tipo de neoplasia. MÉTODOS: Apresentação do caso: Paciente do sexo feminino, 61 anos, cujo histórico patológico apresentou em Agosto de 2015: BX mama direita negativa para neoplasia, Dezembro de 2015: Core bx: CDI + extensão para pele + linfangite carcinomatosa e em Março de 2016: palpação de nova lesão em mama esquerda. Foi iniciada quimioterapia neoadjuvante, porém paciente evoluiu com dor toráxica, dispinéia e rash cutâneo, sendo suspensa a infusão e submetida à mastectomia radical bilateral. RESULTADOS: No exame macroscópico, o material recebido de mastectomia à direita media 19,5 x 15 x 6 cm e pesava 1.027,5 g. O segmento de pele exibia superfície acastanhada e rugosa, medindo 19 x 19 cm. Aos cortes, nota-se uma lesão esbranquiçada, endurecida e espiculada, que mede 9 x 7 x 3 cm, ditando da margem profunda 1 cm e localizada na união dos quadrantes mediais, superiores e inferiores. A lesão apresentou relação com a pele e infiltração linfática e perineural, comprometimento neoplásico dos 19 linfonodos dissecados, com extravasamento da cápsula linfonodal. No exame macroscópico do material proveniente da mastectomia à esquerda, medindo 2,5 x 20 x 6 cm e pesando 1.745 g. O segmento de pele exibe superfície rugosa e mede 25 x 20 cm. Aos cortes, nota-se uma lesão esbranquiçada, endurecida e espiculada que mede 13 x 10 x 3 cm, localizada na união dos quadrantes superiores, mediais e inferiores. No esvaziamento axilar foram encontradas 19 estruturas nodulares, medindo a maior 5,0 x 1,5 cm, com superfície branco-acastanhada, lisa e opaca. No exame microscópico das mamas foi diagnosticado carcinoma micropapilar invasivo, ausência de invasão vascular óbvia e com infiltração linfática. CONCLUSÃO: Por fim, percebemos a grande capacidade de infiltração e de metástase, principalmente, por meio dos ductos linfáticos dos carcinomas ductais invasivos e para evitar esses quadros é necessário que o diagnóstico seja feito precocemente por meio do autoexame da mama.

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Assistência – Cód. OR #16795 ESTUDO DAS MEDIDAS PROFILÁTICAS DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ASSOCIADA À SONDA VESICAL Thaise Soares Mendes Lima; Alyne Suellen Silva Pedrosa; Isis Holanda Pinheiro Vilela; Danielle Karla Alves Feitosa; Matheus Soares Baracho Ramos INTRODUÇÃO: Nas infecções associadas aos cuidados de saúde, a infecção do trato urinário associada à sonda vesical (ITUAC) corresponde a um significativo número de casos. Dentre os fatores que influenciam no aumento dessa incidência, está o uso da técnica sem indicação adequada e uso em tempo estendido sem devida necessidade. A prevenção de infecções associadas ao trato urinário associado ao cateter está na vanguarda da qualidade dos cuidados de saúde. No entanto, o engajamento da equipe multidisciplinar é uma barreira que deve ser superada a fim de diminuir as taxas de infecção. OBJETIVOS: Tendo como base a importância de prevenir tais complicações, este trabalho teve por objetivo analisar as principais estratégias de prevenção da trato urinário associada à sonda vesical. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão integrativa a partir de estudos publicados na base de dados US Nacional Library of Medicine National Institutes of Health (Pubmed), correspondendo ao período de 2016-2017. Foram utilizados descritores como: ‘prevention’, ‘infection’ e ‘catheter’. RESULTADOS: Foi observado no estudo que a implementação de campanhas de prevenção da CAUTI podem levar a menores taxas de infecção e a mudar a perspectiva dos profissionais de saúde quanto aos cuidados aos pacientes submetidos a esse tipo de procedimento, além de que a adoção de sistemas de lembrete para avaliação da necessidade de cateterismo urinário se mostrou eficaz. Atualmente, uma intervenção que é a fonte de muita discussão é o uso de soluções de bloqueio antimicrobiano (ALS), no entanto, não existe uma recomendação de consenso sobre qual tipo de ALS é o melhor. CONCLUSÃO: Portanto, para reduzir substancialmente a CAUTI, recomenda-se o uso rotineiro das provas de alta qualidade para medidas de prevenção e controle da infecção e na melhoria da segurança da pessoa que procura os serviços de saúde. Assistência – Cód. OR #16796 Importância das visitas multiprofissionais à beira leito em Unidade de Terapia Intensiva Aline Carla da Rocha Souza; Brian Gabriel dos Santos; Laís Tenório Andrade Lima; Mychelle Oliveira Carvalho INTRODUÇÃO: A assistência multiprofissional é uma realidade nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e a integração da equipe é uma necessidade para a integralidade do cuidado, portanto visitas multiprofissionais à beira leito trazem grandes benefícios aos pacientes e possibilitam uma assistência adequada e individualizada aos mesmos uma vez que os quadros clínicos dos pacientes são discutidos e as condutas e decisões são tomadas em conjunto pela equipe. OBJETIVOS: Relatar a atuação multiprofissional de residentes em terapia intensiva durante as visitas diárias à beira leito a pacientes internados em UTI. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo desenvolvidoa partir do relato de experiência de residentes multiprofissionais, nas áreas de fisioterapia e enfermagem, em Terapia Intensiva durante os meses de março a agosto de 2017, nas UTIS de um hospital Filantrópico de Aracaju, campo de prática desses residentes. Durante esses meses de atuação prática os residentes realizaram visitas diárias aos pacientes com discussão sobre o quadro clínico desses e definiram conjuntamente as condutas a serem desempenhadas, com posterior avaliação das mesmas a cada 24 horas para adequação de acordo com a evolução de cada paciente.

RESULTADOS: As diferentes contribuições específicas de cada área acerca da condição clínica diária de cada paciente nas visitas multiprofissionais à beira leito proporcionaram uma condução melhor dos casos, uma vez que todos os profissionais eram cientes da evolução clínica do paciente no que dizia respeito não só a sua área, mas também das áreas afins, beneficiando a continuidade da assistência e o estabelecimento de metas conjuntas para favorecer o prognóstico do paciente, além possibilitar um entrosamento melhor entre os profissionais e entre esses e o paciente. CONCLUSÃO: A integração da equipe multiprofissional e as discussões de cada caso durante as visitas a beira leito possibilitam a aquisição de saberes para os profissionais, a seleção de condutas mais eficazes, a oferta de cuidados integrais e a avaliação contínua da assistência a fim de proporcionar o melhor plano terapêutico possível ao paciente crítico. Assistência – Cód. OR #16798 PANORAMA EPIDEMIOLÓGICO DA MORBIMORTALIDADE E INCIDÊNCIA DA EPILEPSIA NAS CINCO REGIÕES BRASILEIRAS Maykon Wanderley Leite Alves da Silva; Isabel Araújo da Silva; Georgianna Silva Wanderley; Amanda Rodrigues da Silva; Júlia Medeiros dos Santos Rodrigues; Quitéria Maria Wanderley Rocha INTRODUÇÃO: A epilepsia é um transtorno neurológico grave e frequente na população mundial, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) - 50 milhões de pessoas sofrem de epilepsia em todo o mundo. No Brasil, ainda há certo desconhecimento e estigma acerca da epilepsia, e os estudos epidemiológicos são escassos, o que revela uma necessidade de ampliação dos estudos nesse tema. OBJETIVOS: Analisar a epidemiologia da morbimortalidade e incidência da epilepsia nas cinco regiões brasileiras em 5 anos. MÉTODOS: Estudo epidemiológico descritivo do tipo transversal sobre a epilepsia, a partir do Sistema de Informação Hospitalar do SUS (SIH/DATASUS) de 2012 a 2016 acerca da epilepsia e do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) de 2011 a 2015 sobre crises epiléticas não controladas. Nesse sentido, as Variáveis foram: Autorização de Internação Hospitalar (AIH) aprovadas, média de permanência, valores totais gastos, faixa etária, raça/cor e sexo nas cinco regiões brasileiras. Analisaram-se, ainda, artigos em português na base de dados SciELO, PubMed e Lilacs. RESULTADOS: A partir do SIH/DATASUS, houve a ocorrência de 195.093 casos de AIH, sendo a incidência maior no Sudeste com 45% (89.342 casos) – uma média de 17.868 internações por ano. Já a média de permanência hospitalar por ano foi de 5,2 no país (correspondente ao de uma cirurgia de cólon, geralmente entre 3 a 5 dias), com maior e menor média o Sudeste (5,4) e o Centro - oeste (4,5) respectivamente. Assim, no valor total de gastos públicos (R$ 109.889.567,17), houve um aumento progressivo no período observado, com o maior percentual o Sudeste (52,03%), seguido do Nordeste (19,66%). Ademais, a partir do SIM, notou-se que a faixa etária com maior mortalidade corresponde a de 40 - 49 anos com 19,23%, enquanto que os menores de um ano representam pouco mais de 1%. No quesito cor/raça, o Sudeste lidera com 40% do total de casos (10.382), e o maior número foi em brancos (4.633) entre as regiões, com maior prevalência masculina (65,29%), perfil também observado por região. O Sudeste lidera com 40,07% da cota nacional. CONCLUSÃO: Com tudo isso, verifica-se a extrema importância da adoção de medidas de controle por parte dos profissionais da saúde e gestores governamentais nas cinco regiões brasileiras. Destaca-se, assim, a prevalência e a incidência da epilepsia no Sudeste, os altos custos no SUS e uma a morbimortalidade acentuada em pessoas de 40 a 49 anos, do sexo masculino e da cor/raça branca.

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Assistência – Cód. OR #16799 Ecografia como ferramenta diagnóstica: a experiência do Time de Cuidados à Beira do Leito do Hospital Nossa Senhora da Conceição de Porto Alegre Sofia Dalpian Kuhn;Marcio Fernando Spagnól; Lana Catani Ferreira Pinto; Josiane França John. INTRODUÇÃO: Nos últimos anos vem crescendo o uso da ecografia como instrumento diagnóstico nos pacientes internados, sendo por muitos considerada como o “estetoscópio do século 21”. Porém, há uma carência de profissionais capacitados até mesmo de realizar o ensino desta nova tecnologia. Sendo assim, se torna importante o treinamento dos residentes de Medicina Interna no uso da ecografia com esta finalidade. OBJETIVOS: Descrever o funcionamento do Time de Cuidados à Beira do Leito do Hospital Nossa Senhora da Conceição de Porto Alegre (HNSC), assim como o número de ecografias realizadas por este Time entre Abril e Agosto de 2017. MÉTODOS: Os preceptores do Time são previamente capacitados para realizar as ecografias diagnósticas e para treinar os residentes de Medicina Interna, contando com 2 preceptores fixos e 2 ou 3 residentes, que permanecem no Time por 30 dias durante seus anos de formação em Medicina Interna, realizando rodízio com os demais. Esses preceptores e residentes realizam ou auxiliam o residente da equipe assistente a realizar as ecografias diagnósticas. Após a realização das ecografias é preenchido um registro através de uma planilha eletrônica. Utilizamos este banco de dados para analisar os resultados deste estudo. RESULTADOS: Entre Abril e Agosto de 2017 foram realizadas 195 ecografias diagnósticas, sendo que algumas ecografias avaliaram mais de um sistema. Destas, 174 ecografias foram feitas para avaliação pulmonar, 47 para avaliação da veia cava, 43 para avaliação da função sistólica do ventrículo esquerdo, 19 para avaliação do ventrículo direito, 16 para avaliação abdominal, 7 para avaliação de trombose extensa nos membros inferiores e 4 para avaliar outros sistemas. CONCLUSÃO: A ecografia diagnóstica vem sendo cada vez mais inserida na avaliação dos pacientes internados. Desta forma é necessário que os médicos em formação recebam treinamento para uso deste instrumento. Descrevemos neste pôster a experiência do Serviço de Medicina Interna do HNSC de Porto Alegre, que através do Time de Cuidados à Beira do Leito realiza a capacitação de todos os residentes desta área no uso diagnóstico da ecografia, realizando uma média de 39 ecografias diagnósticas por mês. Assistência – Cód. OR #16800 PREVALÊNCIA DA DIARREIA EM PACIENTES EM NUTRIÇÃO ENTERAL EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA Isabele Rejane de Oliveira Maranhão Pureza; Alinne Moísa Barros da Silva Costa, Iasmyn Guimarães Rocha, Hilda Maria de Lima Silva, Maria do Socorro Lira Paes Batista. SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ INTRODUÇÃO: A nutrição é essencial para recuperação e reabilitação no âmbito hospitalar e a terapia nutricional atua como coadjuvante no tratamento. Por se tratar de pacientes em risco nutricional e muitas vezes com presença de comorbidades, as complicações gastrointestinais podem se fazer presentes e frequentemente elevada e como principal problema gastrointestinal observado destaca-se a diarreia, esta interfere diretamente na evolução nutricional e prognóstico do paciente1,2. OBJETIVOS: Sendo assim, este estudo teve por objetivo verificar a prevalência da diarreia em pacientes hospitalizados em uso de Terapia Nutricional Enteral (TNE) nas unidades de terapia intensiva (UTI).

MÉTODOS: Foi realizado um estudo quantitativo, descritivo, realizado nas dependências da instituição Santa Casa de Misericórdia de Maceió, AL no período de 3 meses. A amostra foi de 27 indivíduos, tendo como critérios de inclusão, maiores de 19 anos, internados em unidades de terapia intensiva de perfil cardíaco e neurológico, em uso de terapia nutricional via sonda nasoentérica, gastrostomia ou jejunostomia exclusivamente. As informações foram coletadas através do prontuário, dos bancos de dado do setor e pelas visitas diárias pelos relatos dos pacientes e/ou acompanhantes. RESULTADOS: A média de idade foi de 68 anos, com 76% maiores de 60 anos, sendo 52% do sexo feminino e 48% do sexo masculino. Quanto à classificação do estado nutricional 28% dos pacientes apresentava desnutrição leve ou moderada, 32% sobrepeso ou obesidade e 40% eutrofia, porem estes últimos em risco nutricional. As patologias mais evidenciadas foram de causa neurológica representando 28%, seguido de 24% cardiopatias, 20% pneumonia, 20% insuficiência respiratória e 8% sepse; sendo que 60% faziam uso de antibioticoterapia. O tempo de permanência em NE foi em média 52,64 dias. A prevalência de diarreia nos pacientes estudados foi de 16%, dentre esses 100% estavam em antibioticoterapia. CONCLUSÃO: Os dados demonstram prevalência de diarreia elevada em relação aos parâmetros nacionais para pacientes em uso de TNE, porém foi obervado que estes pacientes estavam em tratamento com antibioticoterapia. Como medidas profiláticas são administrados probióticos e modificada formulação, volume e velocidade de infusão quando ocorrem tais episódios e deve ser realizado conscientização da equipe e implementação de fluxograma para melhor manejo. Assistência – Cód. OR #16801 ACEITAÇÃO DA DIETA HOSPITALAR EM PACIENTES INTERNOS EM UM HOSPITAL FILANTRÓPICO DE MACEIÓ – ALAGOAS, 2017 Ittamara Leandro Cabral; Victória Cirilo de Medeiros; Cynthia Paes Pereira; Silvya Albuquerque de Souza SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ INTRODUÇÃO: A desnutrição na hospitalização tornou-se pauta frequente de discussões e estudos pelo aumento da morbimortalidade, maior tempo e custos terapêuticos na internação. A aceitação da dieta vem sendo considerada fator circunstancial a esta condição. Contudo, os trabalhos ainda são bastante reduzidos. OBJETIVOS: Investigar a aceitabilidade da dieta hospitalar e verificar sua relação com a percepção dos pacientes e dos fatores socioeconômicos a eles associados. MÉTODOS: Estudo de corte transversal, realizado com pacientes internos, de ambos os sexos e com faixa etária ≥ 20anos, em um hospital filantrópico de Maceió – AL, 2017. Variáveis coletadas: sexo, idade, escolaridade, renda familiar, tempo de internação, enfermidade, tipos e aspectos da dieta oferecida de acordo com cinco atributos (aparência, textura, cheiro, sabor e quantidade). Para investigar a aceitação da dieta foi utilizada a escala hedônica facial expressa em percentual e para verificar a sua relação com os fatores socioeconômicos dos pacientes o teste qui-quadrado, em que se adotou o valor de 5% para rejeição de hipótese de nulidade. RESULTADOS: Dos 50 pacientes avaliados, 90% referiram boa aceitação da aparência, 96% textura, 82% cheiro, e 50% sabor e quantidade, destes, 34% se queixaram da dieta por pouco sal. Não foi evidenciada diferença (p<00,5) em relação as características sociais e econômicas; porém a maioria da população estudada era de baixa escolaridade e renda, o que pode estabelecer relação diferenciada com a alimentação.

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CONCLUSÃO: Das variáveis estudadas, pode-se verificar que o “pouco sal” foi determinante para aceitabilidade na questão sabor, o que pode contribuir para um maior risco nutricional em pacientes hospitalizados. Assistência – Cód. OR #16803 MEDIDAS PROFILÁTICAS DE INFECÇÃO PÓS-OPERATÓRIA EM CIRURGIA COLORRETAL Alyne Suellen Silva Pedrosa; Isis Holanda Pinheiro Vilela; Danielle Karla Alves Feitosa; Thaise Soares Mendes Lima; Caio Tosta Ribeiro INTRODUÇÃO: Os pacientes submetidos à cirurgia colorretal são suscetíveis a complicações infecciosas pós-operatórias. A infecção do sítio cirúrgico (ISC) tem sido apontada como a de maior prevalência entre as infecções associadas a cuidados em saúde evitáveis. Isto afeta diretamente os indicadores de qualidade dos hospitais e o prognóstico dos pacientes. Além disso, demanda maiores custos para as instituições e aumenta o tempo de internação hospitalar. Tendo como base a importância de prevenir tais complicações OBJETIVOS: este trabalho teve por objetivo analisar as principais estratégias de prevenção da ISC em Cirurgia Colorretal MÉTODOS: Trata-se de uma revisão integrativa a partir de estudos publicados na base de dados US Nacional Library of Medicine National Institutes of Health (Pubmed), e na base de dados Cochrane Central Register of Controlled Trials (CENTRAL), correspondendo ao período de 2012-2017. RESULTADOS: Foi observado que o uso de Antibióticos cobrindo bactérias aeróbias e anaeróbias administrados por via oral e por via intravenosa antes da cirurgia colorretal reduz o risco de ISC no pós-operatório em pelo menos 75%. Notou-se que existem provas de alta qualidade para medidas de prevenção da ISC. Essas medidas incluíram o uso simultâneo de antibióticos profiláticos de Ertapenem, preparação intestinal com antibióticos orais, manutenção intra-operatória da glicemia e temperatura e, curativos de feridas mantidos no local por 48 horas após a cirurgia. Além disso, sugeriu-se, após um ensaio controlado randomizado, que um dreno de Blake de sucção fechada subcutâneo é benéfico para a prevenção de ISC incisional em pacientes submetidos a cirurgia colorretal. CONCLUSÃO: Portanto, para reduzir substancialmente a ISC, recomenda-se o uso rotineiro das provas de alta qualidade para medidas de prevenção da ISC que, além de diminuir o índice de infecções devido à cirugia colorretal também é uma abordagem efetiva para reduzir os custos de cuidados de saúde. Assistência – Cód. OR #16804 ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO ACERCA DA MORBIMORTALIDADE DA DENGUE CLÁSSICA E HEMORRÁGICA ENTRE AS CINCO REGIÕES BRASILEIRAS Maykon Wanderley Leite Alves da Silva; José Victor de Mendonça Silva; Priscila Mayane Crispim Terto; Georgianna Silva Wanderley; Carlos Henrique Silva de Melo; Quitéria Maria Wanderley Rocha INTRODUÇÃO: Caracterizada pela elevada incidência na região Nordeste, a Dengue é uma das arboviroses mais recorrentes no Brasil. Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, apresenta formas clínicas variadas: a assintomática, a Dengue Clássica, a Febre Hemorrágica da Dengue e a Síndrome do Choque da Dengue. Possui uma alta taxa de morbimortalidade e é considerada um problema de saúde pública. OBJETIVOS: Analisar a epidemiologia da dengue clássica e hemorrágica entre as cinco regiões brasileiras. MÉTODOS: Estudo epidemiológico descritivo do tipo transversal da dengue, a partir do Sistema de Informação Hospitalar do SUS (SIH/DATASUS) de 2012 a 2016 acerca da dengue clássica e hemorrágica, do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) de 2011 a 2015-na categoria CID-10: A90 Dengue–e do Sistema de Informação de Agravos

de Notificação (Sinan) em 2012. As variáveis foram: Autorização de Internação Hospitalar (AIH) aprovadas, média de permanência, valores totais gastos, notificação por complicação e óbitos por ocorrência de faixa etária, de sexo e de cor/raça, nas cinco regiões brasileiras. RESULTADOS: A partir do SIH/DATASUS, foram 281.075 de AIH aprovadas de 2012-2016, com relevância em 2015, pois obteve maior incidência (70.478), 96 % a mais do que o ano anterior. A maior média de permanência hospitalar foi em 2012 com 3,2 (proeminência no Sudeste). O valor total pelo SUS foi R$ 92.940.377,6, notoriedade em 2013, 2015 e 2016, porque ultrapassaram os R$ 20.000.000,0. Além disso, a partir do Sinan, as notificações por complicação chamaram atenção pelo fato de que foram ignoradas, isto é, não preenchidas (n=581.546), sendo 42,61% na Região Sudeste (n=247.811) e 37,67% no Nordeste (n=219.074).Ademais, no SIM, os óbitos por ocorrência da dengue revelaram maior prevalência masculina (52,73%) - exceto no Sul - e a mortalidade cresceu à medida que a idade avançava, e a faixa etária com maior percentual foi a partir dos 80 anos, o que corresponde a 19%. Destacou-se o Sudeste com mais de 48% da cota nacional. No tocante à cor/raça, 47,14% corresponderam à cor branca (n=742) do total de óbitos e 40,72% à cor parda (n=614), relevância no Sudeste e Centro-oeste, respectivamente CONCLUSÃO: Nota - se a importância da erradicação da dengue no Brasil, devido à saúde da população e os altos gastos governamentais. Destaca - se, ainda, a alta incidência no Nordeste, em pessoas de 80 anos, do sexo masculino, da cor branca e a escassez de informações das complicações da dengue. Assistência – Cód. OR #16806 Uso da ecografia para guiar procedimentos: experiência do Time de Procedimentos do Hospital Nossa Senhora da Conceição de Porto Alegre Sofia Dalpian Kuhn; Marcio Fernando Spagnól; Lana Catani Ferreira Pinto; Josiane França John; INTRODUÇÃO: A ecografia vem sendo amplamente utilizada para guiar procedimentos, demonstrando redução no número de complicações e insucessos comparado aos realizados sem ecografia. OBJETIVOS: Descrever o número de procedimentos realizados pelo Time de Procedimentos da Medicina Interna do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC) entre Janeiro e Agosto de 2017, comparando o número de procedimentos realizados com e sem ecografia. MÉTODOS: Os preceptores do Time são capacitados para realizar as ecografias, fazendo previamente capacitação teórica e prática dos residentes. Quando possível o procedimento foi realizado em sala específica, supervisionado, com barreira asséptica e respeitando o Bundle. É realizada avaliação da factibilidade dos procedimentos com ecografia antes da realização dos mesmos. Após a realização é preenchido um registro em uma planilha eletrônica. Utilizamos este banco de dados para analisar os resultados deste estudo. RESULTADOS: Entre Janeiro e Agosto de 2017 foram realizados 340 procedimentos pelo Time, sendo 139 acessos venosos centrais (AVCs), 82 paracenteses, 54 punções lombares (PLs), 43 toracocenteses, 9 acessos venosos periféricos (AVPs), 7 biópsias de pele, 5 artrocenteses e 1 biópsia de gordura abdominal. Dos 139 AVCs, 111 (79,86%) foram guiados. Destes, 98 foram inseridos nas veias jugulares internas (92,45% dos inseridos nestas veias), com 1 insucesso (1,02% de insucesso nos guiados), 9 foram inseridos nas veias femorais (100% guiados), 2 foram inseridos nas veias axilares (100% guiados) e 2 não foram adequadamente descritos. Dos 28 AVCs realizados sem ecografia, 20 foram inseridos nas veias subclávias, com 3 insucessos (15% de insucesso) e 8 nas veias jugulares, com 1 insucesso (12,5% de insucesso). Todas as PLs e biópsias foram feitas sem ecografia. Foram guiadas por ecografia 65 das 82 paracenteses (79,26%), com 1 insucesso (1,53% de

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insucesso nas guiadas); 42 das 43 toracocenteses (97,67%), 8 dos 9 AVPs (88,88%) e 4 das 5 artrocenteses (80%). CONCLUSÃO: O uso de ecografia para guiar procedimentos é associado com menor número de complicações e insucessos. Descrevemos neste pôster a experiência do Time de Procedimentos do HNSC na realização de procedimentos durante 8 meses de 2017, demonstrando a importância de se ter um time treinado para realizar os procedimentos de forma segura. Assistência – Cód. OR #16808 Fatores Demográficos, Complicações Pulmonares e Suas Correlações em Indivíduos Submetidos à Cirurgia de Revascularização do Miocárdio Laís Tenório Andrade Lima; Aline Carla da Rocha Souza; Ana Carolina do Nascimento Calles; Brian Gabriel dos Santos; Jéssyca Lane Fausto Lira; Mychelle Oliveira Carvalho. HOSPITAL DO CORAÇÃO DE ALAGOAS. INTRODUÇÃO: A cirurgia de revascularização do miocárdio (CRVM) é um procedimento realizado para tratamento de isquemia miocárdica com o objetivo de fornecer novo fluxo sanguíneo ao coração. Porém, após este procedimento, fatores como: anestesia geral, incisão cirúrgica, circulação extracorpórea, tempo de isquemia, intensidade da manipulação, número de drenos, tempo de ventilação mecânica e algia, geralmente causam diversas alterações da função pulmonar, da mecânica ventilatória e da tosse, que cursam com desenvolvimento de complicações pulmonares no período pós-operatório. OBJETIVOS: O presente estudo visa identificar a incidência das complicações pulmonares nos indivíduos submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio e correlacioná-las com fatores demográficos MÉTODOS: Estudo observacional, descritivo e retrospectivo, de amostragem não - probabilística por conveniência, realizado no período de Janeiro de 2009 a Outubro de 2016, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Tiradentes, sob parecer 453.963, através da análise de 211 prontuários de indivíduos submetidos à CRVM no Hospital do Coração de Alagoas (HCor-AL), com base em questionário com seguintes variáveis: sexo, idade e complicações pulmonares após a CRVM, como: atelectasia, edema agudo de pulmão, derrame pleural, broncopneumonia, pneumotórax, entre outras, sendo excluídos da coleta apenas aqueles Pacientes com necessidade de reoperação. Dados tratados e armazenados em planilha eletrônica do Microsoft® Excel® 2010, com análise dos mesmos conduzida com auxílio do pacote estatístico SPSS v20.0 (IBM Inc, Chicago, IL), realizada por meio de estatística descritiva (expressa em percentuais, média e desvio-padrão) e estatística analítica, realizada por meio do teste Exato de Fisher. Valor de alfa adotado igual a 5%. RESULTADOS: Amostra com média de idade de 61,9 ± 10,0 Anos e com 72% dos indivíduos do sexo masculino. Com relação às complicações pulmonares, há prevalência em indivíduos acima de 60 anos e do sexo feminino, porém, dentre aqueles 211 prontuários, apenas 36,5% apresentaram alguma daquelas, com destaque para derrame pleural, seguido de atelectasia. CONCLUSÃO: Observou-se, então, predominância de homens e de idosos submetidos à CRVM. Porém, mulheres e indivíduos acima de 60 anos evidenciaram maior taxa de complicações pulmonares, sendo principalmente derrame pleural e, posteriormente, atelectasia após CRVM. Entretanto, aproximadamente dois terços da amostra estudada não apresentaram alterações.

Assistência – Cód. OR #16809 Caracterização das internações em decorrência do HIV-Aids em Maceió Saulo Henrique Salgueiro de Aquino; Aldenyeslle Rodrigues De Albuquerque; Carlos Dornels Freire De Souza; José Victor De Mendonça Silva; Luiz Carlos Francelino Silva Junior; Michael Ferreira Machado; INTRODUÇÃO: O Brasil é reconhecido internacionalmente pela sua resposta a epidemia de HIV/Aids. Na década de 1990, passou a ofertar a testagem para o HIV e distribuir, de forma universal e gratuita, os medicamentos para o tratamento dos portadores do HIV/Aids. Aliado a essa assistência farmacêutica, os serviços de testagem e assistência às pessoas com HIV/Aids pautam-se pela integralidade do cuidado aos pacientes com HIV/Aids, incorporando estratégias abrangentes de enfrentamento da epidemia. Contudo, mesmo com os avanços da terapia antirretroviral e da rede de testagem e assistência, pelo Sistema Único de Saúde, em alguns lugares são significativas as internações hospitalares em decorrência do HIV/Aids. OBJETIVOS: Analisar as internações em decorrência da AIDS no município de Maceió entre os anos de 2010 e 2016. MÉTODOS: Estudo descritivo, transversal e retrospectivo. Foram analisadas todas a internações por AIDS ocorridas no município de Maceió registradas no Sistema de Informações Hospitalares entre 2010 e 2016. Foram variáveis analisas: distribuição dos casos por ano de internação e média anual, evolução temporal dos valores das internações e valor médio por internação, média de permanência, óbitos, caracterização demográfica (sexo, faixa etária e raça/cor) e local da internação. Após a coleta, procedeu-se a análise descritiva simples. RESULTADOS: Foram registradas 2.776 internações por AIDS em Maceió, sendo uma média de 395,5 por ano. O custo total dessas internações foi superior a R$ 4 milhões, ultrapassando R$ 1 milhão no ano de 2016 e um valor médio de R$ 1.601,00 por internamento. A permanência média foi 18,4 dias. Do total de internações, 701 (25,25%) foram a óbito. Quanto ao perfil demográfico: predomínio do sexo masculino (n=1740/62,68%), adulto jovem - entre 20 e 49 anos (n=2267/81,66%). O campo raça/cor não foi preenchido em 2594 (93,4%). Todas as internações ocorreram em dois hospitais, sendo que o Hospital Escola Dr Helvio Auto concentrou 2.635 (94,9%) internações. CONCLUSÃO: Observou-se o elevado custo anual das internações em decorrência da AIDS no município de Maceió. Recomenda-se estudos que possibilitem identificar o que levou esses pacientes ao internamento a fim de desenvolver estratégias capazes de evitar a internação ou reduzir o tempo de permanência e o custo total. Assistência – Cód. OR #16811 Preditores de Mortalidade em Pacientes em Comanejo pelo Serviço de Medicina Interna de um Hospital Público Terciário no Brasil. Paulo Ricardo Mottin Rosa; Bruno Salomão Hirsch; Sander Filipe Milani; Maria Cristina ariani dos Santos; Gustavo Paglioli Dannenhauer; André Wajner. INTRODUÇÃO: O Comanejo Clínico-cirúrgico é o cuidado compartilhado entre cirurgiões e hospitalistas, associando-se com benefícios na qualidade assistencial. O Hospital Nossa Senhora da Conceição é um hospital público, terciário, com 850 leitos, localizado no Sul do Brasil. A equipe de Medicina Interna presta comanejo para os pacientes cirúrgicos mediante sistema de consultorias informatizadas. MÉTODOS: Entre setembro de 2014 e outubro de 2016, foram avaliados retrospectivamente todas as solicitações de comanejo das diversas especialidades cirúrgicas para a Medicina Interna. Foram avaliadas as taxas complicações pós-operatórias, de mortalidade hospitalar e os fatores preditores de mortalidade hospitalar.

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RESULTADOS: Avaliadas 514 solicitações de comanejo, 96 dos quais foram negados. A idade média foi de 64,4 anos (DP 14,5), 54,2% eram do sexo masculino e a mediana do índice de comorbidades de Charlson foi de 4 (IQ 0 – 6). As especialidades com maior número de comanejo foram Cirurgia Geral, 130 pacientes (25,29%), Urologia, 89 (17,32%) e Ginecologia e Obstetrícia, 49 (9,53%). Nos 310 pacientes submetidas à cirurgia, houve 224 complicações (72,25%), das quais 128 (57,1%) eram graves. A mortalidade hospitalar foi de 23,4% (104 pacientes). Na análise multivariada para mortalidade hospitalar, as variáveis preditoras foram idade (RR 1,017; 1,002 – 1,032; p = 0,027), Neoplasia (RR 2,029; 1,302 – 3,162; p = 0,002), tempo de internação (RR 1,002; 1,001 – 1,003; p = 0,004) e tempo entre a internação e a solicitação do comanejo (RR 1,003; 1,002 – 1,005; p <0,001), isto é, para cada 10 dias de atraso na solicitação, houve um aumento de mortalidade em 3%. CONCLUSÃO: Observamos uma coorte de pacientes cirúrgicos complexos e graves com altas taxas de mortalidade e complicações pós-operatórias. Nossa análise sugere que equipes cirúrgicas reconhecem tardiamente a necessidade de comanejo pelos hospitalistas, sendo o tempo entre a internação e a solicitação de comanejo um dos preditores independentes mais importantes de mortalidade. Desta forma, sugerimos outras medidas que possam selecionar potenciais candidatos ao comanejo clínico-cirúrgico que sejam complementares à avaliação do médico assistente. A criação de um sistema informatizado que selecione, utilizando critérios de gravidade, tais pacientes, nos parece uma solução interessante, com potencial para melhorar o desfecho destes indivíduos. Assistência – Cód. OR #16812 INTERNAÇÕES DE PEDESTRES, CICLISTAS E MOTOCICLISTAS EM ALAGOAS, ENTRE 2010 E 2016 Gilmar França Nobre Junior;Carlos Dornels Freire de Souza (Orientador); Aldenyeslle Rodrigues de Albuquerque;Saulo Henrique Salgueiro de Aquino;José Victor de Mendonça Silva;Luiz Carlos Francelino Silva Junior INTRODUÇÃO: Os acidentes de trânsito têm ganhado cada vez mais espaço no rol das causas de morbimortalidade no Brasil. O acesso fácil, a carência de políticas de prevenção de acidentes, as leis pouco aplicáveis, a falta de fiscalização e a baixa qualidade das vias são apontadas como causas que corroboram para o cenário alarmante de acidentes no Brasil. Desvendar as características dos acidentes e as relações estabelecidas com o sistema de saúde configura-se como de relevada importância para a compreensão do fenômeno. OBJETIVOS: Descrever os aspectos epidemiológicos das internações por causas externas envolvendo pedestres, ciclistas e motociclistas em Alagoas, no período entre 2010 e 2016. MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico transversal utilizando dados secundários do Sistema de Informações Hospitalares. Foram incluídas no estudo as internações por grupo de causas: CID-10 V01-V09 (pedestre traumatizados em acidentes de transporte), V10-V19 (ciclista traumatizado em acidente de transporte) e V20-V29(Motociclista traumatizado em acidente de transporte), ocorridas entre janeiro de 2010 e dezembro de 2016. Foram variáveis selecionadas: local da internação, custo, média de permanência, óbitos, grupo de causa, sexo, faixa etária, raça e unidade de internação. Após a coleta, os dados foram analisados estatisticamente e os resultados apresentados em mapas e tabelas. RESULTADOS: No período analisado, foram registradas 9.783, sendo 5.958(60,9%) ocorridas em Arapiraca, a um custo total superior a 8 milhões de reais e uma média de permanência de 5,3 dias. 374(3,8%) resultaram em óbito, sendo 339 (90,6%) deles em Arapiraca. Quando estratificado por grupo de causas, destacaram-se motociclistas traumatizados (6.003 internações/61,3%), seguida de pedestres (3.260 internações/33,3%) e por último, internações de pedestres (520/5,4%). Quanto as características sociodemográficas, destacaram-se: homens (7.799/79,7%), raça parda (4.474/35,5%), faixa etária de 20 - 39 anos

(4.115/42,0%). Quanto as características relacionadas a internação: A Unidade de Emergência Dr Daniel Houly (Arapiraca) concentrou 5.945(60,7%) internações, seguido do Hospital São Vicente de Paulo (1880/19,2%). CONCLUSÃO: Os acidentes envolvendo motociclistas traumatizados destacou-se nesse estudo. Chama atenção o papel da cidade de Arapiraca no cenário dessas internações. Recomenda-se um olhar de talhado para esses achados, a fim de estimular o desenvolvimento de ações preventivas, de qualificar a assistência prestada e de pactuar ações conjuntas envolvendo municípios da região. Assistência – Cód. OR #16813 ASSISTÊNCIA DA ULTRASSONOGRAFIA EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA: ESTUDO SOBRE A EFETIVIDADE NA AVALIAÇÃO PULMONAR Danielle Karla Alves Feitosa;Lucas Novais Bomfim; Lívia Pereira Nunes Bomfim; Alyne Suellen Silva Pedrosa; Isis Holanda Pinheiro Vilela; Thaise Soares Mendes Lima INTRODUÇÃO: A Ultrassonografia (US) do tórax avançou nas últimas décadas e tem assumido um papel de destaque para a avaliação pulmonar em pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). OBJETIVOS: O objetivo deste trabalho foi avaliar a efetividade da utilização da US no auxílio ao diagnóstico e em procedimentos relacionados, em pacientes de UTIs. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão integrativa a partir de estudos publicados na base de dados US Nacional Library of Medicine National Institutes of Health (Pubmed), correspondendo ao período de 2006-2017. RESULTADOS: Observou-se que a radiografia de tórax ainda permanece como escolha de imagem rotineira na avaliação do tórax em várias UTIs, e o uso da US ainda é considerado baixo. Na US, realizada à beira do leito, a diferenciação entre ar e líquido, com distintas características de ecogenicidade, permitiu melhor precisão e segurança no diagnóstico de patologias pulmonares, em especial, as que são “ricas em água”. Há destaque para a efetividade da US para diagnóstico principalmente de derrame pleural simples dos de conteúdo espesso; o primeiro mais anecóico e o segundo com característica heterogênea. Há estudos que apontam o uso do ultrasom Doppler colorido como uma ferramenta poderosa para diferenciar o abscesso periférico de ar-fluido do empiema, com alta especificidade e sem qualquer risco.A US, tem apresentado limitações, como a dificuldade numa abordagem mais posterior dada a difícil mobilização dos pacientes de UTIs. No entanto estudos apontam que a US a beira do leito tem uma capacidade de fornecer diagnóstico rápido, com boa resolutividade e alta visibilidade, representando um exame alternativo. Ao se utilizar a US para quantificação da água pulmonar, observou-se que as linhas B, estariam correlacionadas com o peso e a densidade pulmonar determinados pela Tomografia. Computadorizada. A US também se mostra útil na avaliação da viabilidade e precisão da profundidade de dispositivos, como o tubo endotraqueal. CONCLUSÃO: Concluiu-se, que a US é um exame considerado eficaz, porém apesar de suas limitações, é rápido, de baixo custo, e com a vantagem de ainda poder ser realizado à beira do leito. Assistência – Cód. OR #16814 NEFROPATIA INDUZIDA POR CONSTRASTE IODADO: ESTUDO SOBRE AS ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO Danielle Karla Alves Feitosa; Lucas Novais Bomfim; Lívia Pereira Nunes Bomfim; Alyne Suellen Silva Pedrosa; Isis Holanda Pinheiro Vilela; Amália Gabriela Oliveira Rolim Tavares INTRODUÇÃO: A nefropatia induzida por contraste (NIC) é a insuficiência renal aguda reversível, definida como um aumento da creatinina sérica

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por pelo menos 0,5 mg /dl ou por 25% da linha de base nas primeiras 48 horas após a administração de contraste intravascular iodado, na ausência de outras causas de comprometimento renal. É considerada a terceira causa mais comum de lesão renal aguda adquirida no hospital, contribuindo para internamentos prolongados e aumento dos custos hospitalares.² OBJETIVOS: Diante disto, este trabalho teve como objetivo analisar as principais estratégias de prevenção da NIC. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão integrativa a partir de estudos publicados na base de dados US Nacional Library of Medicine National Institutes of Health (Pubmed) correspondendo ao período de 2007-2017. RESULTADOS: Observou-se que não existe um tratamento específico para a NIC. Sendo assim a prevenção é a melhor medida identificada para lidar com essa situação. Dada que a NIC raramente se desenvolve em pacientes com função renal normal, a primeira estratégia apontada consiste na identificação dos fatores de risco, destacando-se: idade avançada, história familiar de doença arterial coronariana, insuficiência renal crônica, insuficiência cardíaca congestiva, diabetes mellitus, instabilidade hemodinâmica¹, além de volume do meio de contraste e utilização de fármacos nefrotóxicos. A avaliação laboratorial da função renal também tem se mostrado importante. Em relação ao custo benefício, não se encontrou melhor profilaxia em comparação com a hidratação intravenosa na prevenção da NIC, realizada antes e após a administração do meio de contraste. A associação com bicarbonato é citada como apresentando uma taxa significativamente mais baixa de NIC. Abordagens farmacológicas foram sugeridas, como uso da Atovastatina, Trimetazina e Pentoxifilina, para diminuir o risco de NIC, no entanto, nenhum destes fármacos apresentou evidência suficiente que confirmasse um benefício consistente. A N - acetilcisteína é o mais amplamente estudado, porém ainda apresenta dados conflitantes. CONCLUSÃO: Conclui-se, portanto, que apesar dos avanços em relação aos estudos com os fármacos, a melhor profilaxia ainda continua sendo a seleção minuciosa dos pacientes que deverão receber contraste iodado, e a prioridade para uma hidratação adequada e expansão de volume antes e após os procedimentos radiográficos. Assistência – Cód. OR #16816 Estudo das internações hospitalares, por algumas doenças infecciosas e parasitárias (DIP) no Estado de Sergipe Jamylle Souza Rodrigues; Julyana do Carmo Souza; Rafael Norio Makibara; Samuel Lucas Calmon Rodrigues; Camila Batista dos Santos; Marco Aurélio de Oliveira Góes. INTRODUÇÃO: As doenças infecciosas e parasitárias (DIP) consistem nas consequências das lesões causadas por agentes infecciosos e pela resposta do hospedeiro expressada por sinais, sintomas e por alterações fisiológicas, bioquímicas e histopatológicas. OBJETIVOS: O estudo objetiva avaliar a frequências e identificar as principais causas das internações por doenças infecciosas no estado de Sergipe. MÉTODOS: Foi realizado um estudo epidemiológico descritivo, através da análise das internações hospitalares no SUS, do capítulo I do CID-10, referente a “Algumas doenças infecciosas e parasitárias”, em residentes do estado de Sergipe, de 01 de janeiro de 2008 a 31 de dezembro de 2016. RESULTADOS: A doenças infecciosas classificadas no capítulo I do CID-10 foram responsáveis por 49.390 internações em Sergipe, sendo a causa de 6,1% do total de internações ocorridas no período estudado. As maiores porcentagens de internações por DIP estão entre as crianças, principalmente nas faixas etárias de 1 a 4 anos (22,3%) e de 5 a 9 anos (18,5%). Diminuindo em adolescentes e adultos jovens, mas voltando a

aumentar em maiores de 50 anos. Proporcionalmente, as DIP foram causas mais importantes de internações em homens (9,3%) do que em mulheres (4,5%). A letalidade dos quadros infecciosos foi em média de 0,3%, mas significativamente maior entre pessoas entre 70 e 79 anos (1,4%) e com 80 anos ou mais (2,6%). As infecções gastrointestinais foram as causas mais prevalentes de internações por DIP (33,2%), mas destaca-se a dengue e outras arboviroses (9,7%), a septicemia (5,2%), a sífilis congênita (2,5%) e o HIV/aids (2,1%). A média de internação foi de 5,9 dias e o custo total das internações por DIP foi de R$3.319.651,00. CONCLUSÃO: Depreende-se por meio dos dados apresentados, que as DIP configuram-se extremos de idade e exigindo readaptações com o tempo. As atividades de controle destas doenças se tornaram mais complexas do que no passado, sendo necessárias elevadas coberturas e uma rede efetiva de saneamento, vacinação, serviços básicos de saúde e vigilância. Assistência – Cód. OR #16818 PREDITORES DE REINTERNAÇÃO EM TRINTA DIAS EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO GERAL PÚBLICO DO SUL DO BRASIL Marina de Borba Oliveira; Diana Budny Serafim; Deyse Brancher; Bruna da Silva Réus; Camila Jardim de Almeida; Eduardo de Oliveira Fernandes INTRODUÇÃO: A reinternação hospitalar é um importante indicador de qualidade assistencial. Estudos demonstram que 1 a cada 5 pacientes que recebem alta hospitalar reinternam em 30 dias, o que constitui um importante problema de saúde pública e onera o sistema de saúde. É necessário conhecer a população alvo de potenciais intervenções. O Hospital Nossa Senhora da Conceição é um hospital público, terciário, clínico-cirúrgico do Sul do Brasil com 850 leitos, 140 deles da Medicina Interna. MÉTODOS: Estudo de Coorte Prospectivo de pacientes internados no serviço de Medicina Interna do Hospital Nossa Senhora da Conceição com alta entre julho e novembro de 2014 e junho e outubro de 2016. Foram coletadas variáveis clínicas, demográficas e o desfecho reinternação em 30 dias. RESULTADOS: A amostra foi constituída por 1059 pacientes, com 19,91% de exclusão e 24% de perda. A idade média foi 61 anos, 48% do sexo masculino, 75,2% brancos. A taxa de reinternação em 30 dias foi de 18,6%, 60,75% destas pelo mesmo motivo. 61,1% da amostra realizou consulta de revisão precoce. Na regressão simples de Poisson, as variáveis estatisticamente significativas para risco de reinternação em 30 dias foram idade, sexo masculino, tempo de internação, viuvez, neoplasia, pacientes acamados, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), diabetes melito, demência, acidente vascular encefálico, insuficiência cardíaca, institucionalização, número de medicações na alta, internação nos últimos 12 meses e ausência de consulta em 30 dias da alta. Na regressão multivariada de Poisson mantiveram-se estatisticamente significativas as variáveis: neoplasia (RR 1,928 ; p<0,001), DPOC (RR 1,328; p=0,036) e número de internações nos últimos 12 meses (RR 1,123 ; p=0,003). A realização de consulta médica precoce (RR 0,321 ; p<0,001) e cor não-branca (RR 0,571 ; p<0,001) apresentaram-se como fatores protetores. CONCLUSÃO: No cenário de nosso hospital público, os fatores de risco mais importante após ajuste multivariável foram neoplasia, DPOC e número de internações prévias. Futuros projetos de intervenção que visem diminuir a reinternação em 30 dias devem focar-se em pacientes com este perfil.

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Assistência – Cód. OR #16819 HAMARTOMA DAS VIAS BILIARES (COMPLEXO DE VON MEYENBURG): RELATO DE CASO Marianne de Lima Silva; Karolyne Sanny Barros Araújo; João Ancelmo dos Reis Neto; Maitê Passos Costa; Eduarda Cavalcante Santana; Elivia Carneiro Muniz; Any Caroline da Silva Alves; Isabel Palha Bulcão Teixeira Pereira; Dhayse Santos Freitas. INTRODUÇÃO: Os tumores hepáticos constituem importante parte das doenças do fígado, sendo que os tumores benignos e lesões hamartomatosas merecem especial atenção. Isto se deve ao fato de que, se corretamente identificados, a maioria não necessitaria de remoção cirúrgica ou qualquer outra alternativa terapêutica (1,2). OBJETIVOS: O presente trabalho tem como objetivo relatar e discutir um caso de Hamartoma das Vias iliares (Complexo de von Meyenburg), MÉTODOS: A partir de dados coletados por meio dos exames da paciente, após obtenção do termo de consentimento. RESULTADOS: M.L.S., 22 anos, sexo feminino, branca, perda de apetite, sem queixas, procurou atendimento médico de rotina. Foram solicitados exames bioquímicos e ultrassonografia de abdome total. Nenhuma alteração foi identificada na maioria dos órgãos por meio da ultrassonografia, com exceção de um diminuto foco puntiforme hiperecoico em periferia de lobo hepático direito, com reverberação acústica posterior, de aspecto inespecífico. Segundo laudo do ultrassonografista, as características do achado direcionavam a suspeita para um pequeno hamartoma único em vias biliares. A ressonância magnética realizada dias depois, confirmou a presença de uma imagem arredondada na periferia do segmento hepático VIII, sem realce significativo, com volume de 0,01 cm³, ratificando a suspeita diagnóstica. Entre os tumores benignos do epitélio biliar existe o complexo de von Meyenburg (hamartomas dos ductos biliares) e os adenomas biliares. Em 1918, von Meyenburg descreveu a ocorrência de múltiplos nódulos abaixo da cápsula de Glisson, sendo que em alguns casos se associavam a cistos hepáticos. Microscopicamente, eles caracterizam -se por apresentar pequeno aglomerado de ductos biliares maduros, circundados por tecido fibroso. São lesões benignas, sendo, portanto, pequenas anormalidades hepáticas do desenvolvimento (4, 3). CONCLUSÃO: Desse modo, devido à falta de significado clínico e pela benignidade da lesão, na maioria dos casos após diagnóstico firmado, não é necessário nenhum tipo de intervenção ou acompanhamento. Assistência – Cód. OR #16820 CLASSIFICAÇÃO DE RISCO PELO PROTOCOLO DE MANCHESTER: um avanço na estratificação de risco Brysa Lorena Lins Ferreira;Andreza Gomes De Andrade; Robergson Rozendo Ribeiro INTRODUÇÃO: O protocolo de Manchester visa acolher e garantir acesso a um atendimento rápido e efetivo em Emergência de acordo com o potencial de risco, sendo fundamental acolhimento a fim de otimizar o processo de atendimento, priorizando de acordo com os sintomas, de forma a representar a gravidade. OBJETIVOS: O estudo buscou análise da política de educação permanente em saúde em um hospital no interior de Alagoas, levando-se em consideração sua contribuição para novos modos de pensar e fazer educação em saúde. Avaliando a aceitação do curso Manchester e dos recursos pedagógicos utilizados. MÉTODOS: Trata-se de um relato de experiência sobre o curso Manchester realizado com Enfermeiros da Emergência, durante o mês de janeiro de 2016, sendo a atualização ministrado presencialmente. O percurso metodológico foi composto por 5 fases: 1) Identificação das dificuldades e agravos na saúde. 2) Alinhamento com gestor e coordenador. 3) Planejamento e organização das atividades pedagógicas.

4) Início das ações de educação em saúde. 5) Avaliação e posterior discussão das ações realizadas. RESULTADOS: Com relação aos recursos utilizados as aulas foram ministradas de forma dinâmica e interativa, sendo conteúdo acompanhado por meio de material didático fornecido pelo Grupo Brasileiro de Classificação de Risco, buscando aperfeiçoamento, já que permite a identificação da prioridade clínica e a definição do tempo alvo recomendado até a avaliação médica. Ao término do curso foi realizado pesquisa de satisfação, onde foram avaliados conteúdo do curso, recursos pedagógicos, espaço físico e aspectos gerais. Dessa forma, 95% dos participantes se declararam muito satisfeitos com o conteúdo do curso e 5% afirmaram estarem satisfeitos. Com relação aos recursos pedagógicos 84% se declararam muito satisfeitos e 16% satisfeitos. CONCLUSÃO: Para melhoria no atendimento na Emergência é preciso estar preparada técnica e cientificamente a fim de priorizar os serviços de urgência e emergência, visto que é preciso programas de reciclagem, buscando um nível de experiência profissional. Assistência – Cód. OR #16822 MORTALIDADE INTRA-HOSPITALAR DE PACIENTES DIAGNOSTICADOS COM ENDOCARDITE INFECCIOSA EM HOSPITAL DO SUL DO BRASIL ENTRE 2000 E 2016 Marcio Fernando Spagnol; Filippe Barcellos Filippini; Gustavo Paglioli Dannenhauer; Thiago Lombardi; André Wajner INTRODUÇÃO: A endocardite infecciosa (EI), desde a descoberta de sua fisiopatologia, ainda tem em seu diagnóstico e tratamento, um grande desafio. Apesar do refinamento técnico na aquisição de imagens e na intervenção cirúrgica, essa patologia ainda permanece com alto índice de mortalidade ao redor do mundo. OBJETIVOS: Avaliar perfil epidemiológico e mortalidade intra-hospitalar de pacientes diagnosticados com EI em um Hospital público do Sul do Brasil. MÉTODOS: Estudo retrospectivo, observacional, que avaliou entre os anos de 2000 a 2016 um total de 253 pacientes com diagnóstico de Endocardite Infecciosa pelos critérios de Duke modificado. RESULTADOS: amostra com 71,1% sexo masculino, idade média de 52,37 anos, com índice de comorbidades de Charlson médio de 3,53, tendo 53,4% necessitado de internação em Unidade de Terapia Intensiva. A válvula mais acometida foi Aórtica em 41,9%, seguida pela Mitral em 36.4%, sendo o achado ecocardiográfico mais comum a vegetação em 69,2% dos casos. A mortalidade intra-hospitalar foi de 21,3%.A Idade, principalmente acima de 60 anos, o escore de Charlson e a necessidade de hemodiálise foram fatores associados com aumento da mortalidade, tendo valor p<0,05. CONCLUSÃO: Os dados deste estudo corroboram os da literatura mundial e brasileira, evidenciando a alta morbidade e mortalidade desta patologia. Assistência – Cód. OR #16823 CAPACITAÇÃO EM INSERÇÃO DE CATETER VENOSO CENTRAL NO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA EM MEDICINA INTERNA EM UM HOSPITAL PÚBLICO DO SUL DO PAÍS Marina de Borba Oliveira; Marcio Fernando Spagnol; Josiane França John; Lana Catani Ferreira Pinto; Paulo Ricardo Mottin Rosa INTRODUÇÃO: Residentes são médicos "aprendizes" que, durante a sua especialização, são responsáveis por grande parte da atenção diária aos pacientes. O treinamento durante a residência objetiva preparar os residentes para prover elevada qualidade de cuidado¹. A inserção de cateter venoso central (CVC) é um dos principais procedimentos realizados à beira do leito, e apresenta taxa de complicações superior à 15%, incluindo punção arterial, pneumotórax e infecção de corrente sanguínea relacionada à contaminação durante a punção². Neste

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contexto, tem-se o ano inicial da residência como um período de vigilância extra, onde ações em treinamento apresentam maior potencial de melhorar desfechos dos pacientes a partir do cuidado provido pelos residentes³. MÉTODOS: Este é um estudo descritivo baseado na experiência de capacitação de passagem de CVC para os 24 residentes do 1º ano de Medicina Interna de um Hospital Público de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, no mês de agosto de 2017. O treinamento foi dividido em duas partes: a primeira, teórica, de duração de uma hora, e a segunda, prática, com uso de simuladores, de duração também de 1 hora, para qual os residentes foram divididos em grupos de 3 a 4 pessoas. Foram aplicados testes pré e pós- capacitação, cujos dados serão analisados em um segundo momento. A avaliação incluía conhecimentos a cerca das indicações, técnica (incluindo o uso de ultrassonografia), e complicações associadas ao procedimento. RESULTADOS: Desfechos positivos de pacientes assistidos pelos residentes durante seu treinamento mostram que o cuidado ao paciente neste período crítico pode ser feito com segurança, desde que seja oferecido aos residentes supervisão adequada e tempo para aprender¹. Treinamento em simuladores de CVC está associado ao aperfeiçoamento da performance, à melhora nas avaliações de conhecimento e à elevação da confiança auto-reportada pelos residentes4, apresentando entretanto limitações, como a ausência da variabilidade anatômica presente em pacientes reais. CONCLUSÃO: É necessário, portanto, adequada supervisão, seleção de pacientes, exposição operativa, avaliação de competência e tempo operacional adicional para otimizar o treinamento durante a residência e garantir bons desfechos aos pacientes¹. Assistência – Cód. OR #16824 Hospitalistas Reduzem Custos Assistenciais de Pacientes Hospitalizados Fernando Starosta de Waldemar; Natália Jaeger Basso; Gisele Baldez Piccoli; André Wajner; José Augusto Pellegrini. INTRODUÇÃO: Os custos de solicitação de exames complementares durante a internação compõem parcela significativa no orçamento hospitalar. Em uma UTI de Boston, a implementação de guidelines para solicitação de exames laboratoriais reduziu as solicitações em 37%. Outro estudo, da Califórnia, atingiu 12% de redução na quantidade de testes laboratoriais após introdução de recomendações técnicas durante a solicitação. No Brasil as análises e publicações neste assunto são escassas, faltam parâmetros de comparação entre instituições e referências de boas práticas. Em pesquisas conduzidas em UTIs de Santa Catarina e da Bahia, identificou-se uma taxa de solicitação de 11,5 e 13,4 exames laboratoriais para cada paciente-dia, respectivamente. OBJETIVOS: Analisar as taxas de solicitação de exames complementares laboratoriais e seus custos em pacientes do SUS internados em enfermaria de Medicina Hospitalar em dois hospitais do RS. MÉTODOS: Foi realizado o registro sistemático de diversos indicadores de desempenho, incluindo a identificação do solicitante do exame e todos tipos de exames solicitados em dois hospitais com perfis semelhantes. Os resultados foram apresentados e discutidos mensalmente com a equipe médica. RESULTADOS: As comparações de perfil das amostras e de desfechos assistenciais não mostraram diferenças entre os hospitais analisados. No Hospital 1, após 5 meses e 539 internações, identificou-se que os exames laboratoriais mais solicitados foram: Hemograma, Creatinina, Uréia e Potássio. As taxas mensais de solicitação variaram entre 3,6 e 5,6 exames/paciente-dia. Já no Hospital 2, com 12 meses de análise e 1322 internações, os exames laboratoriais mais solicitados foram: Potássio, Hemograma, Creatinina e Uréia. As taxas mensais de solicitação foram

significativamente inferiores, variando entre 0,8 a 1,8 exames/paciente-dia. O custo total, neste hospital, de todos os exames laboratoriais foi de R$101.858,80. Se nesta instituição, cuja média de solicitações foi de 1,3 exames/paciente-dia, a taxa fosse idêntica a do Hospital 1 (4,4), o custo total nesse período teria sido de sido de R$344.752,86, ou seja, um aumento superior a 300%. CONCLUSÃO: O acompanhamento deste indicador e seu feedback continuado favorece o uso racional de recursos e redução de desperdícios. Mesmo comparando-se taxas de solicitações inferiores aos relatados na literatura, que registra mais de 10 solicitações/ paciente-dia, percebe-se o potencial para aperfeiçoamento da prática assistencial com a incorporação de médicos hospitalistas. Assistência – Cód. OR #16825 Aplicação da escala de Boey como preditora de mortalidade em pacientes com úlcera péptica perfurada Scarlett Carvalho Nabuco D'Ávila Cespedes; Mateus Fonseca de Gouvea Franco, Carlos Augusto Arruda, Milton Scalabrini, Laercio Gomes Lourenço, Ramiro Colleoni Neto INTRODUÇÃO: A úlcera péptica perfurada ainda apresenta expressivas morbidade e mortalidade. A perfuração ocorreria em até 5% dos portadores de úlcera, estando relacionada à taxa de mortalidade de até 30% em 90 dias 2. A escala de Boey consiste na análise de três variáveis: presença de choque na admissão, atraso de mais de 24 horas entre o início dos sintomas e a realização de tratamento cirúrgico, e presença de comorbidades severas. Os pacientes são classificados de 0 a 3 segundo essas categorias. MÉTODOS: Avaliar a escala de Boey como preditora de mortalidade em doentes operados por úlcera perfurada. A escala de Boey foi aplicada retrospectivamente em 24 pacientes atendidos no Hospital São Paulo - UNIFESP, no período de 01 agosto de 2012 a 12 de setembro de 2017, dos quais 10 eram do sexo feminino e 14 do sexo masculino com idades entre 26 e 83 anos. RESULTADOS: A topografia da úlcera péptica perfurada nos pacientes analisados apresentou distribuição de 54.2% gástrica e 45.8% duodenal. 16.7% dos pacientes apresentaram choque no momento da admissão e 62.5%, mais de 24 horas entre o início dos sintomas e a cirurgia. 41.7% dos pacientes apresentavam comorbidades severas, dos quais 66.7% representavam causas cardiovasculares, 33.3% falência hepática. Foram encontrados sete pacientes com score 0; nove com score 1; quatro com score 2 e quatro com score 3. A taxa de mortalidade geral foi de 41.7%. Quanto aos pacientes classificados pela escala de Boey, a taxa de mortalidade foi 0 nos pacientes classificados com score 0; 33.3% em pacientes com score 1; 75% em pacientes com score 2 e 100% em pacientes com score 3. CONCLUSÃO: A mortalidade geral foi mais elevada do que o relatado (30%) na revisão sistemática mais recente. Comparativamente com os resultados encontrados em Boey et all1, 1987, foram encontrados resultados idênticos nos extremos (scores 0 e 3), porém observamos um aumento de 3.33 vezes da taxa de mortalidade encontrada no score 1 e de 1.64 vezes no score 2. Nos pacientes que evoluíram a óbito: 40% apresentavam choque, 80% mais de 24 horas entre o início dos sintomas e a cirurgia e 90% comorbidades severas. Nos pacientes que se mantiveram vivos: 0 casos de choque, 50% com mais de 24h e apenas 7.1% com comorbidades severas. Isso sugere que a presença de comorbidades severas é mais preditor de ortalidade nos casos de úlcera péptica perfurada que o atraso do tratamento cirúrgico. A escala de Boey é uma ferramenta útil para classificar pacientes portadores de úlcera péptica perfurada quanto ao risco de morte e pode contribuir para planejar o uso de protocolos e gerenciar recursos em serviços médicos.

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Assistência – Cód. OR #16830 Comanejo Clínico-Cirúrgico: Estratégia assistencial resolutiva em um Hospital Terciário Público do Sul do Brasil. Alexandre de Abreu Gastaud; Paulo Ricardo Mottin Rosa, Jade Dantas, Fernanda Jakimiu, Júlia Kessler, André Wajner INTRODUÇÃO: O Comanejo clínico-cirúrgico é um modelo de cuidado compartilhado entre cirurgiões e hospitalistas com benefícios na qualidade assistencial já bem definidos na literatura. O Hospital Nossa Senhora da Conceição é um hospital público, terciário, com 850 leitos localizado no Sul do Brasil. O serviço de Medicina Interna presta comanejo para os pacientes cirúrgicos mediante sistema de consultorias informatizadas. MÉTODOS: Estudo de coorte retrospectivo no período de setembro de 2014 a outubro de 2016. Foram analisados dados de prontuário eletrônico e avaliou-se o perfil dos pacientes, motivo de solicitação e resolutividade conforme avaliação dos coletadores. RESULTADOS: Foram avaliadas 514 solicitações de comanejo, 96 dos quais foram negados. A idade média foi de 64,4 anos (DP 14,5), 54,2% eram do sexo masculino e a mediana do índice de comorbidades de Charlson foi de 4 (IQ 0 – 6). As especialidades em que mais foram realizados comanejo foram Cirurgia Geral, 130 pacientes (25,29%), Urologia, 89 (17,32%) e Ginecologia e Obstetrícia, 49 (9,53%). Em 41,76% existia mais de um motivo para a realização do comanejo. O motivo das solicitações em número absoluto com suas respectivas taxas de resolutividade foram: infecção hospitalar, 149 pacientes (63,8% de resolutividade); distúrbios hidroeletrolíticos, 132 (70,5%); congestão sistêmica, 77 (66,2%); disfunção ventilatória, 65 (66,1%); alterações glicêmicas, 45 (88,9%); complicação pós-operatória, 43 (60,5%); alterações do nível de consciência, 32 (59,4%); anticoagulação, 32 (84,4%); arritmias, 21 (80,9%) e cardiopatia isquêmica, 15 (86,7%). CONCLUSÃO: Observamos que os pacientes para os quais as equipes cirúrgicas solicitaram comanejo eram graves e complexos. Em geral, condições graves com provável reconhecimento mais tardio pela equipe assistente como sepse, disfunção ventilatória e congestão pulmonar foram associados a piores desfechos. Desta forma, uma equipe com foco em medicina hospitalar com capacidade para manejar intercorrências de diferentes naturezas em amplo espectro de pacientes cirúrgicos mostrou-se efetiva no cenário de um hospital público geral. Assistência – Cód. OR #16831 Reinternação hospitalar em serviço de medicina hospitalar: oportunidade para melhoria da qualidade assistencial Alexandre de Abreu Gastaud; André Wajner, Gisele Baldez Piccoli, Fernando Waldemar, José Augusto Pelegrini, Sander Milani INTRODUÇÃO: A readmissão hospitalar apresenta grande impacto para o paciente, hospital e sistema de saúde em termos de qualidade do cuidado e custos. No sistema de saúde Medicare nos Estados Unidos a taxa de reinternação em 30 dias chega a cerca de 20% com uma estimativa de gastos de cerca de 15-20 bilhões de dólares por ano. OBJETIVOS: Análise da frequência, características e causas de reinternação dos pacientes que internam na unidade de medicina hospitalar de hospital filantrópico secundário no Rio Grande do Sul. MÉTODOS: Estudo de coorte com revisão retrospectiva de prontuário eletrônico de 1340 pacientes e 1685 internações no período entre 01 de Novembro de 2015 à 31 Outubro de 2016. Analisou-se por médico treinado as causas de reinternação, readmissão por mesmo motivo da internação prévia e tempo de reinternação após alta hospitalar. RESULTADOS: No período entre 01 de Novembro de 2015 à 31 Outubro de 2016, 1340 pacientes apresentaram 1685 internações no Hospital Nossa Senhora da Aparecida (Camaquã/RS). Observamos que 15% reinternaram 313 vezes, sendo que destes, 56% em até 30 dias após a alta hospitalar. O tempo médio de reinternação após a alta índice foi de

57 dias (dp 12,7 dias) e a mediana foi de 17 dias (IIQ 25%-75%: 12-72). Analisando os pacientes que reinternaram em até 30 dias, a média de readmissões por paciente foi de 2,4 (dp 1,0). As causas de reinternação mais frequentes foram por Infecção Respiratória - DPOC e Pneumonia - (45%), Infecção do Trato Urinário (7,8%), AVC (7,5%) e ICC (6.9%). Ao analisar o motivo principal de reinternação em até 30 dias após alta, constatamos que Infecção Respiratória (49%), Neoplasia (11%) e ICC (4%) foram as causas mais prevalentes. Ao observamos reinternação pelo mesmo motivo da internação índice em até 30 dias, observamos que para Infecção Respiratória foi de 31% e para Neoplasia 9%. CONCLUSÃO: Percebemos que o DPOC e Infecções Pulmonares são as principais causa de reinternação precoce e tardia. Deve-se priorizar estratégias que possam melhorar a transição do cuidado dessa população, a fim de diminuir o impacto assistencial e econômico para o sistema de saúde. Assistência – Cód. OR #16832 Comparação da incidência das internações causadas por câncer de boca e de faringe com as de cânceres em geral no estado de Sergipe Sylvia Kathariny Farias Andrade; Lindemberg Costa de Albuquerque; Ricardo Gois de Lima; Raphaella Maria Oliveira Pereira Gomes; Marcos Vinícius da Silva UNIVERSIDADE TIRADENTES - SERGIPE INTRODUÇÃO: Segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA), para o ano de 2016 em Sergipe, cerca de 2200 novos casos de câncer es em geral seriam diagnosticados no sexo feminino, enquanto para o sexo masculino a previsão era de 2070 casos. Ainda segundo o INCA, com relação aos cânceres de boca e de faringe, cerca de 90 seriam diagnosticados em homens e 40 em mulheres. Apesar de corresponder somente a 3% dos cânceres em geral, há grande disparidade na incidência entre os sexos. OBJETIVOS: Comparar o número de internações por sexo do câncer bucal e de faringe com a incidência de internação dos cânceres em geral. MÉTODOS: Trata-se de uma pesquisa de cunho descritivo, transversal e retrospectivo, desenvolvida a partir de dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde sobre o estado de Sergipe no período de janeiro de 2013 a junho de 2017. RESULTADOS: Foi observado no período supracitado que o número de internações por cânceres em geral foi 16990 em mulheres e 5543 em homens. Por outro lado, o número de hospitalizações causadas por câncer bucal e de faringe foi de 218 em homens e de 86 em mulheres. CONCLUSÃO: Constatou-se que o índice de internação do sexo feminino é maior nos cânceres em geral, enquanto que no subtipo de câncer mencionado há predominância no sexo oposto. Portanto, é necessária uma maior assistência na educação em saúde de homens par a uma menor taxa de incidência e hospitalização por cânceres bucais e de faringe. Assistência – Cód. OR #16835 CENTRO DE INFUSÃO DE IMUNOBIOLÓGICOS DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ, RECIFE-PE: PIONEIRISMO, IMPORTÂNCIA E REFERÊNCIA Ana Carolina Vieira de Melo Cavalcanti; Filipe Romário Rodrigues de Oliveira; Felipe de Souza Araujo; José Horácio Coutinho dos Santos; Maria Helena Queiroz de Araújo Mariano; Eliézer Rushansky O Centro de Infusão de Imunobiológicos do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (CII-HUOC) INTRODUÇÃO: Uma nova opção terapêutica, a criação dos medicamentos imunobiológicos transformou o rumo do tratamento das doenças reumatológicas nos últimos 10 a 15 anos, visto que, alguns pacientes mesmo com o uso de drogas modificadoras do curso de doença não conseguiam apresentar boa resposta, necessitando de outros

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medicamentos para voltar a ter uma vida produtiva. O Centro de Infusão de Imunobiológicos do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (CII-HUOC) foi inaugurado em 19 de março de 2008 e desde então visa atender pacientes das áreas de reumatologia, gastroenterologia e dermatologia, além de oferecer alternativas para profissionais e estudantes no desenvolvimento de pesquisas clínicas. OBJETIVOS: Tornar possível a compreensão da importância do CII- HUOC na assistência em saúde no estado de Pernambuco MÉTODOS: Análise dos registros eletrônicos do CII-HUOC, onde foram levantados os seguintes dados: número de pacientes cadastrados, principais medicamentos utilizados e doenças mais prevalentes. RESULTADOS: No CII-HUOC são realizados os medicamentos: Adalimumabe subcutâneo (SC), Etanercepte SC, Golimumabe SC, Infliximabe endovenoso (EV), Rituximabe EV e Tocilizumabe EV. O maior número de pacientes faz uso do etanercepte SC e a doença mais prevalente é a Artrite Reumatoide, sendo seguida pelas Espondiloartrites. O centro apresenta 361 pacientes devidamente cadastrados, destes, 17 pacientes fazem uso de imunobiológicos por doenças intestinais e 344 pacientes apresentam doenças reumatológicas. Dos pacientes tratados por doenças reumatológicas, 200 pacientes fazem uso de medicamentos subcutâneos, 104 pacientes fazem uso de medicamentos venosos e 40 pacientes são atendidos e cadastrados no Centro, mas adquirem o medicamento através da Farmácia do Estado de Pernambuco. CONCLUSÃO: Diante da grandeza do número de pacientes atendidos, bem como a importância dessas drogas para a retomada da qualidade de vida de tais pacientes, o CII-HUOC desponta-se como órgão público de extrema necessidade para a assistência em saúde no nosso estado. Assistência – Cód. OR #16836 Perfil dos pacientes portadores de úlcera péptica perfurada atendidos no Hospital São Paulo (HSP/UNIFESP) num período de cinco anos Mateus Fonseca de Gouvea Franco, Scarlett Carvalho Nabuco D’Ávila Cespedes, Carlos Augusto Arruda, Milton Scalabrini, Laercio Gomes Lourenço, Ramiro Colleoni Neto Escola Paulista de Medicina - UNIFESP INTRODUÇÃO: Úlcera péptica perfurada é uma complicação grave, que geralmente cursa com alta morbidade e mortalidade. A taxa de perfuração em pacientes portadores de úlcera péptica é de cerca de 5% e apresenta taxa de mortalidade de até 30% em 90 dias de acordo com a literatura. OBJETIVOS: Descrever o perfil dos pacientes com úlcera péptica perfurada atendidos num hospital universitário no período de 01 agosto de 2012 a 12 de setembro de 2017, dos quais 10 eram do sexo feminino e 14 do sexo masculino com idades entre 26 e 83 anos. RESULTADOS: Entre 2012 e 2017, foram atendidos 24 casos de úlcera perfurada no Hospital São Paulo (HSP-UNIFESP), dos quais 58.3% do sexo masculino. A idade dos pacientes variou de 26 a 83 anos com mediana de 55 anos. O tempo de internação variou entre entre 1 e 129 dias, com mediana de 17 dias. Dez doentes (41.6%) foram transferidos para Unidade de Tratamento Intensivo durante a internação, onde permaneceram de 1 a 38 dias (mediana = 4). Os sintomas mais frequentes na admissão foram, em ordem decrescente: dor abdominal difusa, dor epigástrica, anorexia, distensão abdominal, náusea e/ou vômitos, hematêmese e melena, parada de eliminação de gases e fezes e perda ponderal. Nenhum dos pacientes referia febre. Quatro pacientes (16,6%) apresentavam choque na admissão e 10 (41.6%) apresentavam comorbidades severas. Quanto aos exames de imagem na admissão: 45.8% dos pacientes realizararm raio-X de abdome, 54.2% tomografia computadorizada abdominal e 12.5% a ultrassonografia de abdome.

Vinte e dois pacientes (91.6%) foram operados e dois, em estado crítico, faleceram antes do tratamento cirúrgico. Houve um intervalo maior que 24 hs entre o início dos sintomas e a cirurgia em 15 doentes (62.5%). Em 54.2% dos casos a úlcera localizava-se no estômago e o restante no bulbo duodenal. As cirurgias realizadas nos diferentes pacientes foram: sutura da perfuração com omentoplastia em 19 doentes, gastrectomia parcial com reconstrução à Billroth II em 2 doentes e gastrostomia em um doente. Quatro doentes foram reinternados em menos de 30 dias de e a taxa de mortalidade encontrada ao longo de todo o período foi de 41.7%. CONCLUSÃO: Observamos neste período um atendimento pouco frequente de casos de úlcera perfurada porém geralmente admitidos já com longo tempo de evolução, portadores de doenças associadas e com sinais de disfunção orgânica o que pode explicar a expressiva morbidade e mortalidade observadas. Assistência – Cód. OR #16839 COMPARAÇÃO DO NÚMERO DE INTERNAÇÕES, ÓBITOS E MÉDIA DE DIAS DE INTERNAÇÃO HOSPITALAR POR SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DE ALAGOAS, NOS SEGUNDOS SEMESTRES DOS ANOS DE 2015 E 2016 José Ismair de Oliveira Dos Santos; Michelle Vanessa da Silva Lima; Jessica Erculano da Silva; Agatha Prado de Lima; Fernando Luiz de Andrade Maia INTRODUÇÃO: A Sífilis, causada pela bactéria Treponema pallidum, subdivide-se em estágios: primário, secundário, latente e terciário. A Sífilis também pode ser do tipo congênita (SC). Nesse caso, a transmissão acontece da mãe para o feto por via transplacentária. Sua infecção é grave e pode causar má - formações do feto, aborto ou morte do bebê. É classificada em dois estágios: precoce, diagnosticada até dois anos de vida e tardia, após esse período. Segundo o Ministério da Saúde, em 2015, foi notificado 19.228 casos da doença, uma taxa de incidência de 6,5 por 1.000 nascidos vivos. No ano de 1998 a junho de 2016, foram notificados 142.961 casos em menores de um ano. A SC apresenta, a cada ano, níveis elevados de novos casos. OBJETIVOS: Nesse sentido, este estudo tem por objetivo comparar o número de internações, óbitos e médias de dias de internação por sífilis congênita no estado de Alagoas, nos segundos semestres dos anos 2015 e 2016. MÉTODOS: A pesquisa foi realizada entre os dias 02/09 e 05/09 do ano de 2017, com informações referentes ao segundo semestre de 2015 e ao mesmo período de 2016. As informações foram do DATASUS, as quais são de acesso livre e estão disponíveis online. Posteriormente esses dados foram discutidos utilizando artigos científicos de epidemiologia publicados sobre o tema. RESULTADOS: Nos dois semestres analisados, dos anos de 2015 e 2016, houve 202 e 220 internações por sífilis congênita, respectivamente. No segundo semestre de 2015, a maioria das internações ocorreu no sexo feminino, com 58% do total. No mesmo período de 2016, houve predominância também do sexo feminino, mas com uma discreta redução percentual, atingindo o valor de 54%. Registrou-se, no segundo semestre de 2015, um caso de morte. Já no mesmo período do seguinte ano, não houve mortes registradas por sífilis congênita. No tocante às médias de dias de internação, ambos os períodos apresentaram valores similares, sendo 10,6 dias no segundo semestre de 2015 e 10,5 no mesmo período de 2016. CONCLUSÃO: Esses dados revelam um número expressivo de internações por sífilis congênita nos períodos analisados. Sendo que dentre eles, nota-se uma predominância de casos do sexo feminino, entretanto, apesar do alto número de internações, houve apenas um caso de óbito, também do sexo feminino. Este último dado reflete a importância e a qualidade da assistência hospitalar, a qual deve estar munida de

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profissionais capacitados e de ferramentas capazes de prestar auxílio a essa problemática, a qual configura-se como uma questão de saúde pública. Ademais, demonstram também uma situação favorável, pois com o elevado número de internos em tratamento eficaz, existiu uma redução no tempo de internações caracterizando, consequentemente, diminuição também das despesas e infecções hospitalares. Dessa forma, nota-se a importância no acompanhamento à gestante, visto que evitará futuros danos à mãe e à criança. A assistência hospitalar exerce papel significativo nesse processo, atuando na minimização das possíveis complicações, como a neurossífilis, e na própria cura dos casos congênitos, sobretudo. Assistência – Cód. OR #16841 Caracterização clinicopatológica de adenomas pleomórficos e Carcinomas mucoepiermoides de glândulas salivares em um centro de referência oncológica da Paraíba Daniel de Mélo Carvalho ; Anacácia Pessoa Leite ; Fernanda Alexandre Lima e Silva ; Caroline Ferreira Lopes ; Rodolfo de Abreu Carolino; Manuel Antonio Gordón-núnez INTRODUÇÃO: Dentre as neoplasias de glândulas salivares destacam-se os carcinomas de glândulas salivares que são consideradas lesões raras e o adenoma pleomórfico que é considerado o tumor benigno mais comum em tais glândulas. OBJETIVOS: caracterizar o perfil clínico e histopatológico de uma amostra de adenomas pleomórficos e carcinomas mucoepidermoides de um centro de referência oncológica na Paraíba. MÉTODOS: O trabalho caracteriza por ser do tipo descritivo com delineamento transversal, e segundo os preceitos éticos presente parecer: 1.435.40. A amostra foi intencional, baseada na quantidade de material disponível no bloco e constituída 30 amostras teciduais de APs e 30 CMEs proveniente de glândulas salivares maiores e menores. RESULTADOS: Para os pacientes com APs as idades variaram dos 24 a 101 anos, com média de idade de 55,3 e a glândula mais acometida foi a parótida. No grupo dos CMEs a idade dos pacientes variou de 19 a 83 anos, com média de 46,7 anos atingindo principalmente as glândulas menores. Em relação à classificação de Seifert et al e dicotomização de Miranda Viana et al predominaram os casos classificados no grupo A com 15 casos (60,0%), seguido por 10 (40,0%) casos no grupo B. Em relação a classificação de Brandwein et al para CMEs observou-se o predomínio de tipo histológico de alto grau presente em 44% da amostra. CONCLUSÃO: O presente estudo corrobora a literatura no tocante à maior prevalência dessas neoplasias em pacientes adultos com predileção pelo sexo feminino. Para este último fato, sugere-se uma provável influência de fatores hormonais na etiopatogenia das lesões. Com relação aos achados histopatológicos, para o AP predominou os subtipos clássico e estromal que compreendem o ‘Grupo A’ segundo a dicotomizaçao de Mirana et al. Já o CME a classificação histológica mais prevalente foi o de alto grau de malignidade (44% da amostra), é importante destacar tais dados, pois a maioria dos casos de CMEs de alto grau metastatizam ou levam o paciente a óbito. Assistência – Cód. OR #16842 Perfil Epidemiológico de Mortalidade Hospitalar por Doenças Crônicas do Aparelho Respiratório na cidade de Aracaju Lorena Andrade Freitas; Mayara Caroline Félix; Danielle Simões Cardoso; Marcos Vinicius Da Silva; Grasielly Alves Azevedo; Thaísy das Chagas Tavares INTRODUÇÃO: A tendência à mortalidade hospitalar por doenças do aparelho respiratório no estado de Sergipe é extremamente elevada, refletindo sua alta morbidade. Tal fato pode ser observado principalmente em pacientes cronicamente acometidos, cuja sintomatologia se intensifica com o avançar da idade.

OBJETIVOS: O presente estudo teve como objetivo a análise de dados epidemiológicos retrospectivos dos óbitos hospitalares por doenças do aparelho respiratório na cidade de Aracaju. MÉTODOS: Estudo descritivo feito a partir da coleta de dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde. A população de estudo foi constituída por pacientes hospitalares da cidade de Aracaju-SE, de ambos os sexos, durante o ano de 2016. Os óbitos registrados foram classificados pelo indicador “Doenças crônicas das vias aéreas inferiores“e subcategoria “Doenças do aparelho respiratório”. RESULTADOS: O SIM revela um total de 102 mortes por doenças crônicas das vias aéreas inferiores em Aracaju, durante todo o ano de 2016, com leve prevalência do sexo feminino (52 óbitos) em relação ao masculino (50 óbitos). O mês de ocorrência mais expressivo foi o de Abril, com 16 óbitos registrados. Houve uma queda perceptível em relação ao ano de 2015, que contabilizou um número total de 136. Em comparação à média nacional, a região Nordeste é responsável por apenas 18,23% do total de casos fatais. CONCLUSÃO: Analisando as informações expostas, faz-se necessário um acompanhamento de saúde mais intenso, com abordagem precoce e medidas de prevenção primária e secundária, abrangendo a educação em saúde, tratamento mais intenso e precoce, além da retirada de fatores de risco relacionados aos acometimentos respiratórios, como o tabagismo, poluição ambiental e uso de equipamento de proteção individual (EPI) em profissões de risco. Assistência – Cód. OR #16844 Perfil Epidemiológico de Mortalidade Hospitalar por Infarto Agudo do Miocárdio no Estado de Sergipe Mayara Caroline Félix; Lorena Andrade Freitas; Danielle Simões Cardoso; Marcos Vinicius da Silva; Denise Oliveira dos Santos Miranda; Violeta Santos Silva Leite Neta INTRODUÇÃO: As doenças do aparelho circulatório compõem a terceira causa de morte em nosso país, e o as doenças isquêmicas do coração constituem, de forma importante, a maior parcela desses dados. Tal fato reflete os hábitos de vida da população brasileira, como o tabagismo, a dieta desbalanceada e o sedentarismo. OBJETIVOS: O objetivo do estudo atual foi a análise de dados epidemiológicos retrospectivos dos óbitos hospitalares por infarto agudo do miocárdio (IAM) no estado de Sergipe, no ano de 2016. MÉTODOS: Estudo descritivo feito a partir da coleta de dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e Sistema de Informações Hospitalares (SIH) do Ministério da Saúde. A população de estudo foi constituída por pacientes hospitalares do estado de Sergipe, de ambos os sexos, durante o ano de 2016. Os óbitos registrados foram classificados pelo indicador “Infarto Agudo do Miocárdio“ e subcategoria “Doenças do aparelho circulatório”. RESULTADOS: O SIM revela um total de 782 mortes por infarto agudo do miocárdio no estado de Sergipe, durante todo o ano de 2016, com prevalência do sexo masculino (425 óbitos) em relação ao feminino (356 óbitos), e um paciente sem sexo declarado. O mês de ocorrência mais expressivo foi o de Julho, com 81 óbitos registrados. Os municípios com valores mais elevados foram os de Aracaju, com 168 óbitos, e Estância, com 47. Em relação às internações hospitalares por doenças do aparelho circulatório, especificamente “Infarto Agudo do Miocárdio e Insuficiência Cardíaca”, somou-se um total de 1289, em Sergipe, com percentil de óbitos por IAM de cerca de 61%, de acordo com o SIH. CONCLUSÃO: Dessa forma, a partir dos dados apresentados, percebe-se a necessidade de maiores intervenções públicas, por meio de educação em saúde com abordagem multidisciplinar. Além disso, é de suma importância o controle de fatores de risco (alimentação desbalanceada, fatores emocionais, tabagismo e sedentarismo) afim de reduzir a incidência de internações hospitalares por doenças cardiovasculares, principalmente Infarto Agudo do Miocárdio.

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Assistência – Cód. OR #16845 Ensinando Medicina Hospitalar para Residentes de Clínica Médica José Augusto Vasconcellos Neto; INTRODUÇÃO: Muitos dos especialistas formados em Clínica Médica vão trabalhar em hospitais, às vezes em UTIs ou emergências, mas especialmente em enfermarias. Recebem formação em Medicina Interna, mas raramente têm contato com o hospitalismo ou com os temas da medicina hospitalar. Nesse sentido, podemos considerar que sua formação tem sido incompleta, e talvez inadequada, para a demanda atual do sistema de saúde. Este projeto tenta suprir esta lacuna, e introduzir temas da medicina hospitalar na formação de residentes de clínica médica de um grande centro universitário, aproveitando para isso o estágio de dois meses em hospital geral de médio porte OBJETIVOS: Experimentar metodologias e abordagens para o ensino dos temas de medicina hospitalar a residentes de segundo ano de Clínica Médica. Aumentar a vivência dos residentes no cotidiano e na estrutura de um hospital geral. Reverter, sempre que possível, com melhorias de processo de trabalho na enfermaria. MÉTODOS: Os residentes de CM da Unicamp passam 2 meses em estágio na Enfermaria de CM (clínica geral) do HES, um hospital geral de nível secundário. Aproveitamos esse estágio para introduzir temas que aprofundassem a experiência desses residentes no hospital. No início de cada estágio é oferecido ao grupo de 5 residentes um cardápio com 30 temas de medicina hospitalar. Os residentes podem discutir e escolher 1 tema, que seja do interesse da maioria do grupo. Esse tema é trabalhado ao longo dos 2 meses de estágio, com algumas diretrizes metodológicas gerais: Deve haver uma revisão bibliográfica e os residentes devem participar dessa atividade, reconhecendo os conceitos e palavras-chave relevantes para o tópico; Evitamos fazer aulas teóricas no sentido convencional, ou apresentações do tipo power-point. Seminários, onde os próprios residentes revisam e preparam a discussão podem acontecer; Logo no começo deve se definir um objetivo concreto, que seja uma aplicação do tema escolhido à melhoria de algum aspecto prático ou processo de trabalho do hospital; Profissionais do hospital que tenham a ver com o tema escolhido são convidados a dar depoimento ou entrevista e debater com os residentes; Ao final os residentes devem tentar deixar um legado prático para a enfermaria e para o hospital, referente ao trabalho realizado. RESULTADOS: Entre julho/2016 e agosto/2017 foram desenvolvidos 7 temas, com 7 grupos diferentes, apresentando resultados heterogêneos. Os temas escolhidos até agora foram: Sistemas de resposta rápida e escores de aviso precoce; Passagem de plantão e mapas de plantão; Visita a beira do leito; Úlceras de pressão; Cuidados paliativos; Raciocínio clínico em casos de diagnóstico difícil; Cuidados transicionais. Quase todos os grupos fizeram revisão bibliográfica interessante dos seus temas. Houve alguns seminários e discussões conceituais. Houve discussões e atividades conjuntas com a enfermagem, a informática, com a CCIH, com o grupo de curativos, com a equipe de cuidados paliativos, com a bioética, entre outros. Alguns grupos concluíram com recomendações; um dos grupos conseguiu elaborar o protótipo de uma ferramenta informatizada para mapa de plantão, apresentada a um congresso de qualidade no exterior. O grupo que discutiu raciocínio clínico preparou uma aula que foi apresentada para internos do quinto ano (e que foi muito apreciada por estes). Houve um grupo que não desenvolveu nada, pois no seu período de estágio aconteceu greve e coincidiu com as festas de fim de ano. Os residentes não foram avaliados formalmente. A avaliação dos residentes quanto às atividades do projeto foi sempre positiva, havendo até alguns casos de muito entusiasmo. Descobrir uma bibliografia extensa e até então não suspeitada para temas tão comuns do cotidiano foi um dos ganhos mais apreciados.

CONCLUSÃO: Este projeto tem a ver com a abordagem chamada life-long learning, onde o aluno tem que aprender a aprender, a manter-se atualizado, buscar conhecimento, questionar e raciocinar, trabalhar em equipe, resolver problemas e aplicar o novo conhecimento. Em vez de transmitir de maneira passiva um rol exaustivo de conceitos de hospitalismo, ensinar na prática e dar elementos para que continuem aprendendo durante toda a sua vida profissional. Verificamos que não há uma estratégia didática única que seja adequada para todos os temas práticos da medicina hospitalar. Nossa preocupação de sempre levar o tema teórico para a prática concreta do hospital trouxe dificuldades operacionais mas também foi o grande motivador e diferencial desta atividade. Mesmo com essa ênfase na prática, foi impossível não recorrer em alguns momentos a discussões teóricas ou conceituais. Pretende-se manter e ampliar a atividade, e as seguintes melhorias estão em planejamento: Envolver mais preceptores (hoje há apenas 1 preceptor alocado para esta atividade). Envolver mais ativamente a equipe multi-profissional. Elaborar mecanismos de avaliação da atividade dos residentes. Incorporar de maneira mais efetiva as contribuições dos residentes aos processos de trabalho do hospital. Assistência – Cód. OR #16848 INFLUÊNCIA DO DISTÚRBIO MINERAL E OSSEO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA NO ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES DIALITICOS. Amanda Ferreira da Silva; José Dagmar Vaz; Arnon Farias Campos; Rodrigo Peixoto Campos; Daniella Bezerra Duarte; Cynthia Paes Pereira; SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ INTRODUÇÃO: O número de pacientes com doença renal crônica (DRC) vem crescendo constantemente. Com o declínio da função renal, ocorrem alterações progressivas no metabolismo mineral levando ao Distúrbio Mineral e Ósseo (DMO) da DRC, o qual acomete os níveis séricos de cálcio, fósforo, paratormônio (PTH) e produto cálcio X fósforo. O hiperparatireoidismo secundário (HPT2) é uma complicação comum e precoce em pacientes com DRC. Estudos têm sugerido que os altos níveis de PTH podem exercer efeitos deletérios no estado nutricional de pacientes com DRC. OBJETIVOS: Avaliar a influência do DMO da DRC no estado nutricional dos pacientes em hemodiálise. MÉTODOS: Trata-se de um estudo do tipo transversal descritivo e observacional. Constituído por 132 pacientes adultos e idosos em programa regular de hemodiálise. Foram coletados dados para avaliação nutricional tais como, índice de massa corporal (IMC), circunferência da panturrilha (CP), avaliação subjetiva global (ASG), espessura do músculo abdutor do polegar (EMAP), dados de ingestão alimentar através do recordatório 24hs e dados bioquímicos de cálcio, fósforo, PTH, ureia pré dialise, creatinina e albumina, exames realizados como rotina nos pacientes dialíticos. RESULTADOS: Dos pacientes avaliados, 60,6% (n= 80) eram do sexo masculino e 67,4% (n=89) eram adultos. Pela a ASG 90,1% (n=119) dos pacientes eram bem nutridos. Imc IMC >23kg/m². foi encontrado em 54,5% (n=74). A medida de CP nos idosos mostrou que 52% (n= 25) apresentavam reserva muscular e a adequação nutricional pela EMAP foi vista em 78,7% (n=104) dos pacientes. Através do recordatório 24hs percebemos adequação calórica em 82,5% (n=109) pacientes e adequação proteica em 49,3% (n=65). Na avaliação bioquímica evidenciou-se que 58,3% (n=77) dos pacientes apresentaram valores adequados de fósforo, 47% (n=62) de cálcio e 41,7% (n=51) de PTH. O produto cálcio X fósforo e a ureia pré dialise estavam dentro do valor recomendado em 67,4% (n= 89) e 62,1% (n=82) da população avaliada, respectivamente. A creatinina e a albumina apresentaram valores a baixo do recomendado 63,6% (n= 84) e 52,2% (n= 69), respectivamente.

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Quando comparados os dados bioquímicos que caracterizam a DMO-DRC com parâmetros nutricionais, não houve diferença significativa entre os mesmos. CONCLUSÃO: Diante do exposto conclui-se que neste estudo não houve a influência do distúrbio mineral ósseo no estado nutricional dos pacientes em hemodiálise que foram avaliados na santa Casa de Misericórdia de Maceió. Assistência – Cód. OR #16851 PANORAMA DOS GASTOS PÚBLICOS COM O TRATAMENTO DO PÉ DIABÉTICO NO ESTADO DE ALAGOAS. Eduarda Cavalcante Santana; Any Caroline da Silva Alves; Dhayse Santos Freitas, Elivia Carneiro Muniz,Fernanda Lemos de Souza Ribeiro;Isabel Palha Bulcão Teixeira Pereira; Karolyne Sanny Barros Araújo; Marianne de Lima Silva;Matheus Lisboa Vieira;Melina d INTRODUÇÃO: Pé diabético é um termo utilizado para designar a presença de alterações e complicações neurológicas, ortopédicas, vasculares e ou infecciosas nos pés e membros inferiores de pessoas diabéticas; podendo ser isoladas ou em conjunto acarretando alterações morfológicas e prejuízo funcional ao indivíduo. Úlceras do pé diabético tem sido a complicação de maior incidência entre os diabéticos, tendo como seu principal fator de risco a neuropatia diabética. Embora se lance mão de tratamento clínico rigoroso, a amputação é a medida realizada na maioria desses pacientes, sendo que cerca de 85% das amputações do membro inferior está relacionada com a presença de úlceras. Visto que o diabetes é uma das comorbidades mais prevalentes no Brasil e suas complicações tem se tornado evidentes ao longo do tempo, este trabalho objetiva OBJETIVOS: relacionar os gastos públicos com o tratamento do pé diabético no sistema único de saúde do Estado de Alagoas MÉTODOS: através de busca de dados do DATASUS no período de Janeiro de 2015 a Agosto de 2017 RESULTADOS: No intervalo analisado foi gasto o total de 138.620,88 com procedimentos para o tratamento desses pacientes, tendo sido aplicado o valor de 57.728,11 em 2015, 50.153,83 em 2016 e 30.738,94 até agosto de 2017. CONCLUSÃO: Sendo a condição em questão uma complicação evitável, nota-se que, embora pareça haver uma redução nas despesas com esses procedimentos, estas poderiam ser ainda menores caso a sua prevenção e o tratamento e monitoramento eficaz dos pacientes com a doença de base fosse realizado de maneira tenaz. Assistência – Cód. OR #16852 Fatores de risco para Lesão Renal Aguda em gestantes hospitalizadas Alexia Carneiro de Almeida; Isabela Carneiro Bandeira; Danielle de Oliveira Rocha; Attie Dalboni França; Maria Eliete Pinheiro; Daniella Bezerra Duarte. UNIVERSIDADE TIRADENTES - SERGIPE INTRODUÇÃO: A gestação é um importante evento na vida da mulher e é responsável por inúmeras adaptações fisiológicas em seu corpo. O rim sofre ajustamentos anatômicos e funcionais, os quais podem resultar em patologias e alterar o curso normal da gestação. A lesão renal aguda (LRA), caracterizada pela perda abrupta da função renal, consiste em um importante evento na gravidez, presente em 10% das primíparas, sendo uma causa importante de mortalidade materna e perinatal. OBJETIVOS: Identificar os fatores de risco para LRA em gestantes admitidas no serviço de obstetrícia do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes. MÉTODOS: Trata-se de uma pesquisa epidemiológica, transversal e retrospectiva. Os dados foram coletados através da análise dos prontuários de gestantes admitidas no serviço de Obstetrícia do HUPAA-

UFAL entre janeiro de 2012 a outubro de 2015 que necessitaram de avaliação nefrológica. RESULTADOS: No período do estudo, foram avaliadas pela nefrologia 29 pacientes gestantes. A média de idade foi de 26,2 ± 7,5 anos. O tempo médio de internação hospitalar (DIH) foi de 20,8 ± 9,2 dias e o tempo de acompanhamento pela nefrologia 9,2 ± 7,4 dias. A média de idade gestacional calculada pela DUM foi de 28,0 ± 7,3 semanas e de 27,6 ± 7,4 semanas quando calculada pela USG. De acordo com os critérios de RIFLE, 19 (65,5%) das gestantes avaliadas pela nefrologia apresentaram LRA durante sua permanência hospitalar. As pacientes foram divididas em dois grupos de acordo com a ocorrência ou não de LRA. A procedência das gestantes com LRA foi predominantemente da UTI (73,7%, P=0,02). O tempo de acompanhamento pela nefrologia foi maior nas pacientes com LRA quando comparado às pacientes sem LRA (11,8 ± 7,1 vs 3,6 ± 4,4, P < 0,001). Não houve diferença entre os grupos em relação à idade, DIH, presença de comorbidades, comportamento da PA, uso de drogas vasoativas ou uso de antibióticos. Níveis de creatinina mais elevados na admissão, valores mais baixos de hemoglobina e hematócrito, e valores mais elevados de leucócitos correlacionaram-se com o desenvolvimento de LRA. Das 19 pacientes com LRA, 4 (21,1%) necessitaram de suporte dialítico. Houve dois óbitos, sendo os dois no grupo com LRA. CONCLUSÃO: LRA é complicação comum em gestantes hospitalizadas, principalmente naquelas que necessitam de internamento em UTI. Níveis elevados de creatinina na admissão, aumento do número de leucócitos e níveis reduzidos de hemoglobina e hematócrito parecem influenciar no desenvolvimento desta complicação. Assistência – Cód. OR #16853 SCHISTOSOMA MANSONI COMO ETIOLOGIA DE APENDICITE: RELATO DE CASO Anacácia Pessoa Leite; Daniel de Mélo Carvalho; Fernanda Alexandre Lima e Silva; Manoel Messias Lima Neto; Diego Nunes de Albuquerque Oliveira; Rodolfo Tibério Ferreira Silva INTRODUÇÃO: A apendicite é uma das complicações mais frequentes na prática clínica, respondendo por aproximadamente 4% das dores abdominais atendidas em serviços de pronto-socorro. A etiologia da doença pode ser devida a múltiplas causas, entre elas a participação direta do Schistosoma spp, em cerca de 28,6% dos casos de apendicite em áreas endêmicas OBJETIVOS: Realizar um relato de caso sobre apendicite tendo como etiologia o Schistosoma spp. MÉTODOS: Paciente J.F.N, 13 anos, sexo masculino, deu entrada na emergência em Abril/2012 no Hospital Regional de Palmares/PE com quadro de dor abdominal importante associado a hiporexia, febre e mal estar. Ao ser avaliado pela cirurgia foi indicado laparotomia imediatamente pelo quadro de pneumo-peritônio observado pela rotina de abdome agudo. No decorrer do procedimento, sofreu uma parada cardiorrespiratória, atribuída a acidose metabólica. Encaminhado paciente para UTI, após 12h de evolução pós-operatória, paciente evoluiu para choque séptico refratário e, posteriormente, a óbito. Como resultado póstumo foi constatado que apendicite teve como agente etiológico parasita de Schistossoma mansoni. Tal agente motivou ao levantamento bibliográfico de apendicite cuja etiologia é de natureza parasitária. RESULTADOS: A apendicite, cuja patogênese se correlaciona, primariamente, com a obstrução do lúmen apendicular, levando a estase venosa com conseguinte isquemia que evolui para necrose e perfuração da parede do apêndice, possui uma grande quantidade de agentes etiológicos. Dentre as principais, estão: a hiperplasia linfoide, obstrução por fecalito ou corpo estranho. Dentre as causas incomuns, estão os parasitas intestinais, as neoplasias e infecções virais. As infecções parasitárias intestinais são eventos comuns em nosso meio e ocorrem

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em todas as faixas etárias e níveis socioeconômicos, principalmente em países subdesenvolvidos. Podem se expressar por manifestações clínicas atípicas, simulando quadros de apendicite. CONCLUSÃO: Ressalta-se a necessidade de melhor controle das condições de saúde e saneamento para redução dos índices dessa patologia de origem parasitária, a partir da incrementação de políticas públicas, a fim de interceder sobre o processo de saúde e doença das enfermidades associadas à baixa condição de higiene. Assistência – Cód. OR #16854 Perfil Epidemiológico de Internação Hospitalar por Insuficiência Renal no Estado de Sergipe Danielle Simões Cardoso;Lorena Andrade Freitas; Mayara Caroline Félix; Karen de Albuquerque Mendonça; Isabelle Menezes Maciel; Camila Céspedes Ramos Siqueira. INTRODUÇÃO: As afecções renais, com destaque para a insuficiência, constitui fator de grande preocupação no âmbito nacional, pelo elevado número de casos, que, em sua maioria, advêm de doenças de base crônicas, principalmente diabetes mellitus e hipertensão arterial. Além disso, por ser uma doença silenciosa, a insuficiência renal é, em geral, diagnosticada de forma tardia OBJETIVOS: O presente estudo teve como objetivo a análise de dados epidemiológicos retrospectivos das internações e óbitos hospitalares por insuficiência renal no estado de Sergipe, no ano de 2016. MÉTODOS: Estudo descritivo feito a partir da coleta de dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e Sistema de Informações Hospitalares (SIH) do Ministério da Saúde. A população de estudo foi constituída por pacientes hospitalares do estado de Sergipe, de ambos os sexos, durante o ano de 2016. Os óbitos registrados foram classificados pelo indicador “Insuficiência renal” e subcategoria “Doenças do aparelho genitourinário”. Foi feita a comparação com internações e óbitos da região Nordeste. RESULTADOS: O SIH demonstra um total de 655 internações hospitalares por insuficiência renal em Sergipe no ano de 2016, os quais 124 resultaram em óbito, segundo o SIM, com leve prevalência do sexo masculino (69 óbitos) em relação ao feminino (55 óbitos). A faixa etária mais expressiva de mortes foi a idosa (60 anos ou mais). Esses dados compõem uma pequena parcela dos valores regionais: 22821 internações, com 3289 evoluções para óbitos, no Nordeste. CONCLUSÃO: Com a análise dos dados expostos, percebe-se a necessidade de um acompanhamento de saúde mais intenso na insuficiência renal, principalmente em relação a detecção e controle de doenças de bases como diabetes mellitus e hipertensão, e suas complicações. Sugere-se também um tratamento precoce com base em programas de triagem, além da retirada ou controle de fatores de risco. Para casos já instalados de insuficiência renal, os órgãos de saúde devem aumentar o número de centros de diálise, afim de otimizar o tratamento. Assistência – Cód. OR #16858 Perfil epidemiológico e consequências socioeconômicas da Febre de Origem Obscura (FOO) Nathalia Santos Pereira; Natalia Maria Sampaio Ribeiro Soares Gaia INTRODUÇÃO: a Febre de Origem Obscura (FOO) é um problema clínico relativamente comum. Caracterizado por febre axilar maior do que 37,8°C, aferida em várias ocasiões e com duração de pelo menos três semanas e que permanece sem diagnóstico após sete dias de investigação hospitalar. Recebe quatro classificações: FOO clássica, nosocomial, no neutropênico e no paciente imunodeprimido por HIV. Vale ressaltar que estas se diferenciam de acordo com a duração e a

história clínica do paciente tornando-se indispensável a realização de uma anamnese que vise direcionar o tratamento a fim de fornecer uma maior eficiência, conforto e redução de gastos para o doente. As infecções representam a causa mais comum de FOO, seguida por neoplasias e doenças inflamatórias. OBJETIVOS: descrever o perfil epidemiológico das internações hospitalares decorrentes da FOO. MÉTODOS: estudo do tipo exploratório, descritivo, transversal, quantitativo, executado a partir de dados fornecidos pelo banco de dados do Departamento de Informática do SUS (DATASUS), no período de janeiro de 2012 a julho de 2017. RESULTADOS: no Brasil foram notificados 39.259 mil casos de internação por febre de origem obscura. Destes, 18.689 (47.60%) ocorreram na região sudeste. Durante o período analisado foram constatados 326 óbitos, sendo 199 (61.04%) ocorridos na região sudeste. O sexo masculino foi responsável pelo maior número de internações (54,40%). Em relação as despesas hospitalares relacionados com a FOO o valor total foi de 10.042.878,55, com média de permanência do paciente no ambiente hospitalar de 3 dias e custo de internação de aproximadamente R$ 310,21 por enfermo. CONCLUSÃO: com base no perfil epidemiológico apresentado torna-se visível a importância de medidas que auxiliem na redução dos custos, sendo fundamental que os profissionais saibam da importância da investigação clínica para uma conduta direcionada, evitando hipóteses diagnósticas incorretas e consequentemente pedidos inadequados de exames e outros procedimentos que acarretam gastos desnecessários. Assistência – Cód. OR #16859 Sistematização da Assistência de Enfermagem realizada através de check list: Uma ferramenta inovadora na linha oncológica do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Maceió Eli-Edna Luiza de Moura Gouveia; Carolina Zau Serpa de Araújo; Lilian Ohana Araújo da Silva; Januzia dos Santos Silva; Tatiana Marta Barreto Gomes; Amanda Kissia santos Lins de Carvalho SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ INTRODUÇÃO: A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) foi criada visando estabelecer uma linguagem habitual capaz de favorecer a organização do trabalho da enfermagem de maneira sistemática. A adoção da evolução de enfermagem em forma de checklist nos pacientes oncológicos, deu-se devido a necessidade de registrar as informações especificas do paciente, garantindo uma comunicação efetiva com a equipe multiprosfissional, proporcionando uma assistência de maior segurança e qualidade, além de prevenir os riscos estratificados. OBJETIVOS: compartilhar a vivência da equipe de enfermagem na utilização aplicada através de checklist. MÉTODOS: Trata-se de um relato de experiência sobre a implantação da SAE através de um checklist no Hospital Oncológico Rodrigo Ramalho e Centro de Oncologia, na cidade de Maceió/Alagoas, no período de janeiro de 2016 a junho de 2017. RESULTADOS: Observou-se que a SAE é realizada de forma holística e maneira estruturada, ressaltando as particularidades de cada paciente, facilitando as intervenções de enfermagem. No checklist foi utilizado a NANDA, CIPE, escala ECOG, escala de dor e as toxidades quimioterápicas, visando atender, de forma integral as necessidades do paciente oncológico, durante seu tratamento hospitalar e ambulatorial. CONCLUSÃO: A implementação da SAE através de checklist no serviço de oncologia, mostrou-se bastante eficaz, uma vez que facilitou o preenchimento das informações pela equipe de enfermagem permitindo-lhes a identificação de possíveis riscos, comunicação unidirecional e

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intervenções mais rápidas, mantendo a qualidade da assistência e segurança ao paciente. Assistência – Cód. OR #16861 Caracterização epidemiológica, clínica e laboratorial de pacientes com Fibrilação Atrial crônica acompanhados em hospital terciário Amanda Ferino Teixeira; Vanessa Reis de Abreu Cavalcanti; Fernanda Ribeiro Araujo; Maria Alayde Mendonça da Silva; Ivan Romero Rivera; Carlos Romério Ferro UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL INTRODUÇÃO: A Fibrilação Atrial (FA) é o distúrbio sustentado do ritmo mais frequentemente diagnosticado, sua prevalência aumenta com a idade e, em portadores de doença cardiovascular, a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), a Doença Valvar Mitral (DVMi) e a Insuficiência Cardíaca (IC) se encontram entre as etiologias mais frequentes. OBJETIVOS: Caracterizar, do ponto de vista epidemiológico, clínico e laboratorial, os pacientes com diagnóstico de FA crônica em seguimento ambulatorial em hospital terciário do Sistema Único de Saúde (SUS). MÉTODOS: Estudo transversal, analítico, realizado em ambulatório de Cardiologia de hospital geral terciário. Protocolo: História Clínica, Exame Físico, Exames complementares cardiológicos. RESULTADOS: Foram estudados 61 pacientes, idades entre 41 e 96 anos, mediana 68 anos; 38 homens (62%), 23 mulheres; com FA crônica (duração > 1 ano - 100%). Naturalidade: Maceió 54% (33/61); Procedência: Maceió 80% (49/61). Etiologia: HAS 52% (32/61); Chagas 28% (17/61); DVMi 8% (5/61); Outras (12%). Fração de ejeção (FE) ao ecocardiograma: >50% - 40 (66%). Frequência de anticoagulação: atual – 51% (31/61); inicial – 20% (12/61). Assintomáticos 24/61 (39%), dispneia 21/61 (34%), outros 16/61 (25%). CHADS2 ≥2 – 48/61; CHADS2VASC2 ≥2 – 55/61; HAS-BLED ≥3 – 21/61. CONCLUSÃO: Na presente amostra, pacientes com FA crônica em acompanhamento ambulatorial são, em sua maioria, homens, idosos, sintomáticos, portadores de HAS, com disfunção diastólica ao ecocardiograma, com indicação do uso de anticoagulantes orais e com melhora na taxa de utilização dos mesmos, após a chegada dos Novos Anticoagulantes Orais. Assistência – Cód. OR #16862 Análise do perfil epidemiológico dos casos de sepse no Brasil no período de 2012 a 2017. Natalia Maria Sampaio Ribeiro Soares Gaia; Nathalia Santos Pereira INTRODUÇÃO: A sepse é uma condição grave, que possui elevada mortalidade e morbidade. A mesma é resultante de uma resposta sistêmica a uma doença infecciosa que possui um perfil crescente de casos devido sobretudo ao aumento da resistência bacteriana, associado a uma população com envelhecimento cada vez mais tardio e uma elevação do número de pacientes imunodeprimidos, resultando em um aumento da população mais susceptível a infecções mais graves. Assim, o diagnóstico e tratamento precoces vem se tornando um desafio, visando uma melhor sobrevida. Para isso, diversas atualizações foram realizadas nas últimas décadas visando essa mudança de cenário, como as novas definições de sepse e choque séptico e o avanço em suas respectivas condutas, aliando as mudanças a uma maior propagação dessas informações entre os hospitais e os profissionais de saúde OBJETIVOS: Descrever o perfil epidemiológico relativo aos casos de Sepse no Brasil, buscando os aspectos mais relevantes desse traçado. MÉTODOS: Estudo do tipo exploratório, descritivo, transversal, quantitativo, executado a partir de dados fornecidos pelo banco de dados do Departamento de Informática do SUS (DATASUS), no período de janeiro de 2012 a julho de 2017. RESULTADOS: No Brasil foram notificados 570.829 casos de internação por Septicemia. Destas, 116.547 (20.41%) ocorreram na região nordeste.

Foram gastos durante esse período, um valor de R$ 2.019.198.599,33 com essa condição, sendo o valor médio de internação por pessoa de R$ 3.537,31. Há uma prevalência de 89% dos óbitos a partir dos 40 anos, sendo os homens o sexo mais acometido. CONCLUSÃO: O perfil epidemiológico descrito evidencia uma doença de custos muito altos que ainda assim é associado a uma elevada letalidade. Dessa forma, é necessário um maior incentivo a adesão precoce dos novos conceitos e protocolos de sepse afim de fornecer ao enfermo um tratamento precoce, rápido e eficaz para uma efetiva redução dos gastos gerados e do número de óbitos. Assistência – Cód. OR #16864 A relação das medidas de controle das Infecções Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS) com o aumento das notificações nas Infecções Primárias da Corrente Sanguínea (IPCS) associadas a Cateter Venoso Central (CVC). Natalia Maria Sampaio Ribeiro Soares Gaia; Nathalia Santos Pereira; Iandara Maria Sampaio Ribeiro Soares Gaia INTRODUÇÃO: A infecção Hospitalar (IH) é uma complicação relacionada a assistência à saúde, sendo definida como toda infecção adquirida durante um período de 48 horas após a internação hospitalar ou relacionada a procedimentos realizados no hospital. Atualmente o termo vem sendo substituído por Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS), abrangendo também as infecções por procedimentos provenientes de ambulatórios, cuidados domiciliares e adquiridas por profissionais de saúde. A implantação de medidas de controle dessas infecções teve início em 1976, com o decreto do Ministério da Saúde determinando que nenhum hospital poderia funcionar se não dispusesse de meios de proteção capazes de evitar riscos à saúde dos pacientes e profissionais. Assim, em 1983 foi instituída a Comissão de Controle de Infecções Hospitalares (CCIH) em todos os hospitais. Após 16 anos, um grande marco foi empreendido com a criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) que passou a ser responsável pelo Programa Nacional de Infecção Hospitalar. OBJETIVOS: Traçar a evolução das medidas de controle das IRAS e relacioná-la com o aumento do número de notificações hospitalares nas IPCS por uso de CVC. MÉTODOS: Estudo do tipo exploratório, descritivo e quantitativo, realizado através de análise de dados fornecidos pela ANVISA relativo ao período entre 2011 e 2015. RESULTADOS: Foi observado através de dados fornecidos por 2.036 UTI’s de hospitais brasileiros que em 2015 houve um aumento no número de notificações de casos de IPCS por uso de CVC de 20,3% em relação a 2014 e de 89,6% quando comparado a 2011. Nesse mesmo período, houve aumento de 100% no número de hospitais que notificaram os dozes meses do ano. CONCLUSÃO: O avanço das medidas de controle das IRAS é refletido no aumento no número de notificações pelos hospitais. A maioria das notificações traz entre outros dados, o tipo de agente etiológico envolvido na infecção, sendo fundamental para que futuros planos de controle e novos perfis epidemiológicos sejam traçados. Assistência – Cód. OR #16866 Impacto da Implantação de um Serviço de Medicina Hospitalar em Hospital Particular de Alta Complexidade: A experiência do Hospital São Lucas em Aracaju-SE Priscila Oliveira Percout; Vanessa Cristiane Farias Barros Dias; Camila Wynne Garcez Guimarães; Jerônimo Melo Araújo; Thiago de Carvalho Smith; Rosa Merice Alves Cardoso Hospital São Lucas em Aracaju/SE INTRODUÇÃO: A medicina Hospitalar é um campo consolidado nos EUA com cerca de 50000 profissionais médicos trabalhando neste modelo. No Brasil, ainda são poucos os centros com experiência. O

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compartilhamento de informações pode trazer melhorias e ainda promover o crescimento dessa atividade no país. No Hospital São Lucas, o modelo foi introduzido em 2015 e hoje conta com 15 profissionais responsáveis pelo acompanhamento de cerca de 100 pacientes/dia, pela cobertura de plantões nas Unidades de Internação, por gerenciar equipes multiprofissionais e ainda por realizar epidemiologia e protocolos. OBJETIVOS: Descrever as taxas de sepse, de mortalidade, de infecção hospitalar e de permanência após a introdução do modelo de Medicina Hospitalar no Hospital São Lucas em Aracaju/SE MÉTODOS: Os dados foram coletados do sistema da assessoria de qualidade do hospital no período de janeiro de 2015 a agosto de 2017. RESULTADOS: A taxa de permanência variou entre 3,98 e 4,09 dias. A taxa de mortalidade variou entre 2,72 e 2,96%. A taxa de efetividade do protocolo de sepse variou entre 91,13 e 92,29%. A taxa de infecção hospitalar variou entre 10-25%, sendo que houve uma importante redução após a implantação do serviço de medicina hospitalar. A taxa de reinternação (< 30 dias) de janeiro até agosto de 2017 foi de 6%. CONCLUSÃO: Os resultados desses dois anos demonstram o sucesso da introdução do modelo de medicina hospitalar no Hospital São Lucas com taxas de mortalidade, sepse e permanência baixas. Assistência – Cód. OR #16867 Doença cardiovascular materna e risco fetal: dados de uma unidade de terapia intensiva de maternidade de alto risco do Estado de Alagoas Gustavo Melo Fernandes de Macedo; Amanda Ferino Teixeira; João Victor Campos da Silva; Maria Alayde Mendonça da Silva; Ivan Romero Rivera; Francisco de Assis Costa universidade federal de alagoas INTRODUÇÃO: A doença cardiovascular (DCV) aumenta a morbidade e mortalidade materno-fetal na gestação. OBJETIVOS: Estudar a evolução fetal e de recém-nascidos, filhos de gestantes internadas em Unidade de Terapia Intensiva em hospital de referência para atendimento gestacional. MÉTODOS: Estudo descritivo, retrospectivo, com revisão de dados dos prontuários médicos das gestantes internadas nos anos de 2011 a 2014. RESULTADOS: Foram estudados os dados de 334 pacientes internadas em unidade de Terapia Intensiva de uma maternidade de alto risco do estado de Alagoas. A doença hipertensiva foi o acometimento principal das gestantes. Em 288 (86,2%) pacientes houve alteração dos níveis pressóricos em algum momento na internação. O parto foi cesáreo em 265 gestantes (79,3%), dos quais 224 (84,5) foram em pacientes com doença hipertensiva na gestação. As cardiopatias representaram 17,7% (59 pacientes) do grupo pesquisado e a cardiopatia reumática foi diagnosticada em 39 pacientes (11,7%), 20 delas com antecedente cirúrgico. Em relação ao número de gestações, 158 (47,3%) eram primigestas; 62 (18,6%) GII; 40 (12%) GIII e 47 (14,1%) G ≥ IV. Em 27 pacientes não foi possível identificar estes dados. Foram coletados dados de 269 recém-nascidos (RN). O Apgar no primeiro minuto foi ≤ 7 em 80 deles, com média de 5,1±1,9 e no quinto minuto em 18, com média de 6,5±0,7. Em relação ao peso ao nascer, 128 (47,6%) RN apresentaram baixo peso (<2.500 gr). Do total, 148 (50,2%) nasceram prematuros e 147 (49,8%) à termo (dados adicionais coletados com a mãe). Treze (4,8%) recém-nascidos precisaram internação na UTI com reanimação e intubação orotraqueal. Os diagnósticos maternos deste grupo foram doença hipertensiva em 11; estenose mitral em 1 e miocardiopatia dilatada em 1. Foram observados 26 (9,7%) óbitos, sendo 16 fetais (diagnósticos maternos de doença hipertensiva em 13; estenose mitral em 2 e tetralogia de Fallot em 1) e 10 natimortos ou após o nascimento, todos com diagnóstico materno de doença hipertensiva.

CONCLUSÃO: A doença cardíaca representa um fator de risco importante para aumento da morbimortalidade fetal e neonatal. Assistência – Cód. OR #16871 Causa da Insuficiência Cardíaca em pacientes internados por descompensação no Sistema Único de Saúde (SUS) em Maceió. Fernanda Pimentel Lopes Pintão; Gustavo Melo Fernandes de Macedo; Any Caroline da Silva Alves; Maria Alayde Mendonça da Silva; Ivan Romero Rivera; José Maria Gonçalves Fernandes UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL INTRODUÇÃO: No Brasil, as causas mais frequentes de Insuficiência Cardíaca (IC) são a cardiopatia isquêmica, hipertensiva, valvar e chagásica, variando a prevalência de cada uma delas segundo a região geográfica. O reconhecimento desse perfil tem grande impacto na definição das estratégias de tratamento dessa doença. OBJETIVOS: Identificar a etiologia da IC em pacientes adultos internados nos hospitais gerais públicos da Cidade de Maceió. MÉTODOS: Estudo descritivo, transversal, realizado em três grandes hospitais públicos. Protocolo: História Clínica (incluindo estratégias não-medicamentosas e medicamentosas), Exame Físico, Exames complementares (bioquímicos, radiológicos e cardiológicos). Variável dependente: etiologia da IC. RESULTADOS: Foram estudados 280 pacientes, idades entre 21 e 83 anos, média de 63±15 anos, 144 homens (51%), 136 mulheres, internados com diagnóstico de IC (Critérios de Boston). A etiologia da IC apresentou a seguinte distribuição: 35% Isquêmica (99 pacientes); 34% Hipertensiva (94); 15% Chagásica (43); 9% Valvar (25); 7% outras (idiopática, alcoólica, peripartum, endomiocardiofibrose, obesidade, mixoma, derrame pericárdico, cor pulmonale, anemia crônica; 19 pacientes). Principal sintoma na internação: dispneia 98% (274); dor torácica 1%; edema sistêmico 1%. CONCLUSÃO: A principal causa de internação por IC no SUS em Maceió é a Doença Arterial Coronária (35%), seguida da Hipertensão Arterial Sistêmica (34%), Cardiopatia Chagásica Crônica (15%) e doença valvar (9%). O sintoma que leva o paciente à internação é a dispneia em 98% dos casos. Assistência – Cód. OR #16872 Estratificação do risco para fenômenos tromboembólicos em pacientes com Fibrilação Atrial Crônica em acompanhamento ambulatorial em hospital terciário. Arthur Felype de Abreu Pontes; Any Caroline da Silva Alves; Fernanda Ribeiro Araujo; Maria Alayde Mendonça da Silva; Ivan Romero Rivera; Carlos Romério Ferro. UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL INTRODUÇÃO: Os estudos epidemiológicos demonstraram associação inequívoca entre Fibrilação Atrial (FA) e risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC), isquêmico ou hemorrágico, e mortalidade. Em indivíduos acima de 65 anos a mortalidade é de 10,8% em 30 dias após o diagnóstico e chega a 42% em 3 anos de seguimento OBJETIVOS: Estabelecer o risco para fenômenos trombo-embólicos em pacientes com FA crônica em seguimento ambulatorial, utilizando Escores validados em grandes estudos. MÉTODOS: Estudo transversal, analítico, realizado em ambulatório de Cardiologia de hospital geral terciário. Protocolo: História Clínica, Exame Físico, Exames complementares cardiológicos. RESULTADOS: Foram estudados 61 pacientes, idades entre 41 e 96 anos, mediana 68 anos; 38 homens (62%), 23 mulheres; com FA crônica (duração > 1 ano - 100%). Naturalidade: Maceió 54% (33/61);

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Procedência: Maceió 80% (49/61). Etiologia: HAS 52% (32/61); Chagas 28% (17/61); DVMi 8% (5/61); Outras (12%). Fração de ejeção (FE) ao ecocardiograma: >50% - 40/61 (66%). Escore CHADS2: 0=2; 1=11 2=15; 3=20; 4=11; 5=2 (≥ 2 – 79%). CHA2DS2VASc: 1=6; 2=8; 3=14; 4=17; 5=9; 6=4; 7=2; 8=1 (≥ 2 – 90%). Frequência de anticoagulação oral (ACO): atual – 51%; inicial – 20%. CONCLUSÃO: Na presente amostra de pacientes com FA crônica em acompanhamento ambulatorial: a) ambos os escores identificaram grande número de pacientes com elevado risco de fenômenos trombo-embólicos, candidatos ao uso de ACO (79 a 90%); b) houve elevação na taxa de prescrição de anticoagulantes orais durante o acompanhamento ambulatorial (de 20 a 51%). Assistência – Cód. OR #16873 Utlizando o CHA2DS2VASc e o HAS-BLED concomitantemente para o uso racional de anticoagulantes orais em pacientes com Fibrilação Atrial Crônica em acompanhamento ambulatorial em hospital terciário. Fernanda Ribeiro Araujo;Laura Giovana Gonzaga Coelho; Vanessa Reis de Abreu Cavalcanti; Maria Alayde Mendonça da Silva; Ivan Romero Rivera; Gustavo Anacleto Lourenço Coelho UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL INTRODUÇÃO: A Fibrilação Atrial (FA) é a principal fonte emboligênica de origem cardíaca entretanto o uso crônico de anticoagulantes orais (ACO), que diminui a ocorrência de eventos trombo-embólicos, eleva o risco de hemorragia neste grupo. OBJETIVOS: Identificar a frequência de indicação do uso de ACO em pacientes com FA crônica, utilizando simultaneamente os Escores de Risco de trombo-embolismo (CHA2DS2VASc) e o de sangramento (HAS-BLED). MÉTODOS: Estudo transversal, analítico, realizado em ambulatório de Cardiologia de hospital geral terciário. Protocolo: História Clínica, Exame Físico, Exames complementares cardiológicos. Variáveis: risco de trombo-embolismo(escore CHA2DS2VASc) e de sangramento(Escore HAS-BLED). RESULTADOS: Foram estudados 47 pacientes, idades entre 40 e 94 anos, Mediana 67 anos (10 com idade ≥ 75 anos); 27 homens (57%); com FA crônica (duração > 1 ano - 100%). Etiologia: HAS 64% (30/47); Chagas 11% (5/47); DVMi 11% (5/47). Fração de ejeção (FE) ao ecocardiograma: >50% - 30 (64%). CHADS2:≥ 2 – 81% (38/47)). CHA2DS2VASc:≥ 2 – 91% (43/47). HAS-BLED:≥3 – 43% (17/43). SEM indicação de ACO: a) CHA2DS2VASc: < 2=4; b) CHA2DS2VASc: ≥ 2+HAS-BLED ≥3=17. COM indicação: CHA2DS2VASc: ≥ 2+HAS-BLED < 3=26 (55%). ACO atual da amostra: 19/26 com ACO; 2 suspenderam por sangramentos; 5 sem ACO (HAS sem controle; mora na zona rural; recusa do paciente). CONCLUSÃO: Na presente amostra de portadores de FA crônica a utilização simultânea do CHA2DS2VASc e do HAS-BLED determinou; a) a prescrição de ACO para 71% dos pacientes que se beneficiarão dessa prescrição; b) a prevenção da prescrição inadequada para 45% da amostra (risco > benefício). Assistência – Cód. OR #16874 Complicações clínicas e/ou cirúrgicas tardias e seu impacto na Qualidade de Vida de obesos submetidos à cirurgia bariátrica. Caíque de Medeiros Souza; Gustavo Melo Fernandes de Macedo; Christianni Sabino Coelho Marinho Falcão; Maria Alayde Mendonça da Silva; Ivan Romero Rivera; Francisco de Assis Costa. UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL INTRODUÇÃO: O ganho na percepção de uma boa Qualidade de Vida (QV) ocasionada pela perda de peso decorrente da cirurgia bariátrica (CB) e mantida ao longo do tempo pode ser modificada em razão do aparecimento tardio de complicações decorrentes da cirurgia. OBJETIVOS: Avaliar o impacto das complicações tardias da CB na QV de obesos.

MÉTODOS: Estudo longitudinal, prospectivo e analítico. Coletados (no pré e pós-operatório) dados demográficos, epidemiológicos e antropométricos e aplicado questionário Impact on Weight on Quality of life-Lite (IWQOL-Lite), que investiga 31 itens da QV relacionados com o peso em 5 domínios: Função Física, Auto-estima, Vida Sexual, Constrangimento em público, Trabalho. Teste de Wilcoxon: comparar pacientes com e sem complicações clínicas e/ou cirúrgicas no pós-operatório tardio. RESULTADOS: Amostra: 58 obesos (55 mulheres), idades 25 a 66 anos (média 42,70±9,82. Médias pré e pós CB: a) Índice de Massa Corporal (IMC): 48,35 - 33,01 Kg/m2; b) Peso: 124,40 – 82,85 Kg; c) Circunferência Cintura: 130,80 – 101,34 cm; 81% dos pacientes apresentaram complicações. Cirúrgicas: Hérnia incisional 19/38 (50%); colelitíase 15/38 (39%); outras 4/38 (11%). Clínicas: Vômitos 22/38 (58%); perda de cabelo 12/38 (32%); anemia 3/38 (8%); depressão 1/38 (2%). O IWQOL demonstrou melhora importante na QV em todos os domínios quando comparados pré e pós operatório(*p<0,05). No pós-operatório, houve menor pontuação no domínio função física, no grupo que apresentou complicações clínicas e/ou cirúrgicas (*p<0,05). CONCLUSÃO: No grupo estudado, a perda de peso decorrente da CB determinou melhora da QV em todos os domínios, mas a ocorrência de complicações relacionadas à cirurgia parece comprometer a percepção de saúde adquirida pelo paciente após a cirurgia. Assistência – Cód. OR #16875 Impacto da perda de peso determinada pela Cirurgia Bariátrica na Qualidade de Vida de usuários do Sistema Único de Saúde através do IQWOL-Lite. Christianni Sabino Coelho Marinho Falcão; Any Caroline da Silva Alves; Arthur Felype de Abreu Pontes; Maria Alayde Mendonça da Silva; Ivan Romero Rivera; Francisco de Assis Costa UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL INTRODUÇÃO: A importante perda de peso determinada pela cirurgia bariátrica (CB) costuma elevar a qualidade de vida (QV) dos obesos, com maior impacto em diferentes domínios, segundo a população estudada. OBJETIVOS: Avaliar o impacto da perda de peso determinada pela CB na QV em obesos usuários do Sistema Único de Saúde, utilizando o questionário Impact on Weight on Quality of life-Lite (IWQOL-Lite), específico para indivíduos obesos. MÉTODOS: Estudo observacional, longitudinal, prospectivo e analítico; 58 obesos (55 mulheres), idades de 25 a 66 anos (média 42,70±9,82; mediana 41). Coleta de dados e aplicação do questionário Impact on Weight on Quality of life-Lite (IWQOL-Lite), realizada antes e após dois anos da CB. Teste de Wilcoxon: análise dos domínios e escore total do IWQOL-Lite (*p<0,05). RESULTADOS: A CB determinou uma perda média de 42 Kg (124,40 Kg/m2 pré – 82,85 Kg/m2 pós) e redução importante na prevalência das co-morbidades metabólicas: Diabetes mellitus de 22% para 8%, Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) de 70% para 32%, dislipidemia de 38% para 4%. Observou-se melhora significante (*p < 0,001) em todos os domínios da QV avaliados no IWQOL-Lite e no escore total (função física: 4 – 1,40; autoestima: 3,52 – 1,22; vida sexual: 2,97 – 1,30; constrangimento em público: 4,13 – 1,18; trabalho: 3,43 – 1,05; escore total: 3,61 – 1,23). CONCLUSÃO: No grupo estudado, a perda de peso em longo prazo (média de 40 Kg) determinada pela CB leva à melhora significante das principais comorbidades relacionadas à obesidade e em todos os domínios da QV.

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Assistência – Cód. OR #16876 ANÁLISE COMPARATIVA DAS INTERNAÇÕES HOSPITALARES POR PNEUMONIA EM ALAGOAS E NO BRASIL DOS ANOS DE 2015 A 2017 Maitê Passos Costa; Arthur Tenório de Holanda Lopes; Caíque Rocha Neves; Marcelo Carlos de Sá Carvalho; Mickael Lucas de Moura Félix; Rafael Chaves Souza; Renata Valadão Bittar; Vanderson Reis de Souza Brito INTRODUÇÃO: Pneumonia é uma infecção do trato respiratório inferior, que compromete as vias aéreas e o parênquima pulmonar, com ou sem consolidação dos espaços alveolares. No Brasil, dados do DATASUS evidenciam a pneumonia como a maior causa de mortalidade geral, excluindo-se as causas externas e são responsáveis por metade das hospitalizações. OBJETIVOS: Analisar a quantidade de internações hospitalares por Pneumonia, comparando-se a porcentagem de Alagoas com o restante do Brasil dos anos de 2015 a 2017. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal, exploratório e comparativo, utilizando dados secundários extraídos do DATASUS, relativos aos anos de 2015, 2016 e 2017 sobre as informações hospitalares por Pneumonia em Alagoas em comparação ao resto do país. RESULTADOS: Os dados colhidos demonstraram que no Brasil, neste período, foram relatados 335.619 casos e, em Maceió, 12.195, mostrando que este estado representa apenas 3.63% dos casos registrados no país. CONCLUSÃO: A presente análise comparativa mostra que a pneumonia é uma infecção responsável por um número considerável de internações hospitalares em todo o Brasil, inclusive na cidade de Maceió. Esses números refletem a necessidade da prevenção da pneumonia, como a vacinação, para que assim haja uma redução nas internações hospitalares por essa infecção. Assistência – Cód. OR #16877 Buscando o resgate da autoestima em paciente oncológico: um relato de experiência Valessa Mayara Araújo de Góis Santana; MARIA ALAYDE MENDONCA ROMERO; NAYANNE DA SILVA LUZ; ANDREZA GOMES DE ANDRADE, SAVIA NOBRE DE ARAUJO DOREA; DAVI WALISSON FERREIRA; PAULA GABRIELLE DE ALMEIDA; JOSÉ JÚLIO LIRA CIRINO. SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ INTRODUÇÃO: O câncer é uma doença crônica e progressiva que causa dor física, sofrimento emocional e espiritual intensos e pode cursar com redução do tempo de sobrevida, principalmente quando diagnosticada em fase avançada. Assim, torna-se de fundamental importância oferecer ao paciente oncológico estratégias que minimizem a dor e o sofrimento, melhorando a qualidade de vida e o resgate da auto estima que pode estar comprometida neste momento. OBJETIVOS: Relatar experiência vivenciada na Oncologia durante o Estágio Obrigatório do Curso de Enfermagem, realizado em Hospital Filantrópico Acreditado Internacionalmente. MÉTODOS: Trabaho desenvolvido em uma unidade de internação oncológica para pacientes do SUS, que conta com 11 leitos e uma taxa de ocupação de 85%. Foram realizadas atividades grupais para a promoção da autoestima, com o uso de recursos audiovisuais, cartazes e adereços, propiciando oportunidades de vivenciar alegria, ter visão de futuro e desejo de mudanças, a indivíduos adoecidos fisicamente e psicologicamente que, muitas vezes, se encontravam com prognóstico desfavorável. Foram abordados os seguintes temas: A beleza de se ter o câncer, A felicidade de existir o tratamento, a construção do vínculo e

interação paciente-familia- profissional e a capacidade de valorizar a si próprio. RESULTADOS: No mês em que o trabalho foi realizado, a estudante teve contato com 113 pacientes, de ambos os sexos. Foram evidenciados momentos de descontração, felicidade e acolhimento que contribuiram para humanização da assistência através do estímulo a livre expressão, o diálogo e o respeito. CONCLUSÃO: Em um modelo humanizado de assistência é necessária a oferta de oportunidades que favoreçam a instalação de um processo educativo (sobre a doença) e participativo (no auto-cuidado) do paciente, permitindo a identificação de fatores de risco para o estabelecimento desse cuidado, que deve preservar ao máximo a qualidade de vida e potencializar as relações humanas para conscientização e resgate dos valores culturais, espirituais e sociais. Assistência – Cód. OR #16878 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES POR DIABETES MELLITUS EM MAIORES DE 60 ANOS NO ESTADO DA BAHIA, BRASIL, DE 2012 A 2015 Lucas Pina Dultra;Fernanda Pinheiro Marques; Isadora Peixoto Fernandes Gonçalves; Leane Rodrigues Silva; Loane Viana Marques Neves; Tatiana de Almeida Lima Sá Vieira. INTRODUÇÃO: Diabetes Mellitus (DM) corresponde a um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia crônica decorrente no defeito na secreção da insulina, da sua ação ou ambos. A doença é considerada um dos principais problemas de saúde pública na atualidade, sendo também importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Seu controle representa um grande desafio para os sistemas de saúde de todo mundo. A prevalência da diabetes mellitus está aumentando devido ao crescimento e envelhecimento populacional, maior urbanização, crescente prevalência da obesidade, sedentarismo e maior sobrevida do paciente diabético. OBJETIVOS: Descrever o perfil epidemiológico das internações por Diabetes mellitus em maiores de 60 anos no Estado da Bahia, de 2012 a 2015. MÉTODOS: Estudo descritivo de corte transversal, utilizando dados secundários do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS) e levantamento bibliográfico no SciELO e PubMed. RESULTADOS: Entre os anos de 2012 e 2015, o Estado da Bahia registrou 34.438 casos de internações hospitalares no SUS por diabetes mellitus na faixa etária maior que 60 anos (prevalência de 540,9/100.000 habitantes). A média de casos para o período foi de 8.605,5 ± 308,25, sendo 2014 o ano de maior expoente, com 8.987 (26,1%) casos. Em todos os anos analisados, a faixa etária mais acometida foi entre 60 a 69 anos, com 13.720 (39,8%) casos, sendo a respectiva média 3.430 ± 97,4 casos por ano. Quanto a distribuição por sexo, houve maior frequência do sexo feminino (20.775/60,3%). Observou-se ainda que os atendimentos em caráter de urgência foram os mais responsáveis pelas internações (33.989/ 98,7%). CONCLUSÃO: Verificou-se que a faixa etária mais acometida está entre 60 a 69 anos; sendo que as internações ocorrem mais no sexo feminino e que a maioria dos atendimentos ocorre em caráter de urgência. Esse cenário demonstra a importância da atenção hospitalar na descompensação diabética e a necessidade de acompanhamento ambulatorial regular desses pacientes.

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Assistência – Cód. OR #16879 SITUAÇÃO DAS INTERNACÕES POR NEOPLASIA MALIGNA DE PÂNCREAS NAS REGIÕES BRASILEIRAS, NO PERÍODO ENTRE 2013 E 2015 Lucas Pina Dultra;; Fernanda Pinheiro Marques; Isadora Peixoto Fernandes Gonçalves; Leane Rodrigues Silva; Loane Viana Marques Neves; Tatiana de Almeida Lima Sá Vieira ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA - EBMSP INTRODUÇÃO: A neoplasia maligna de pâncreas é uma condição que cursa com altas taxas de mortalidade devido ao diagnóstico tardio e caráter agressivo da doença. No Brasil, tal condição é responsável por 2% dos cânceres diagnosticados e 4% do total de morte por essa doença. Estudos demonstram que a incidência aumenta com a idade, sendo o sexo masculino o mais acometido. O tabaco constitui-se como principal fator de risco, associado ao consumo excessivo de gorduras, carnes e bebidas alcoólicas. OBJETIVOS: Descrever a situação das internações por neoplasia maligna de pâncreas nas regiões brasileiras, entre os anos de 2013 e 2015. MÉTODOS: Estudo descritivo de corte transversal, utilizando dados secundários do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS) e levantamento bibliográfico no SciELO, LILACSe PubMed. RESULTADOS: No período do estudo foram registrados no SIH/SUS 23.533 casos de internações por neoplasia maligna de pâncreas, com média anual de 7.844,3 ± 327,7 casos. Nos três anos avaliados, a Região Sudeste foi a responsável pelo maior número de interações (11.898/ 50,6%); já a Norte apresentou a menor frequência (538/ 2,3%). No que se refere a distribuição por sexo, houve maior frequência do masculino, com 11.928 (50,7%) casos, enquanto que o feminino obteve 11.605 (49,3%) casos. Observou-se na distribuição geral por raça/cor que a branca é a mais frequente 12.017 (51,1%) casos, seguida pela parda: 6.211 (26,4%) casos. Nesse contexto, nas Regiões Sul e Sudeste a raça/cor branca foi a mais frequente, enquanto que nas Norte, Nordeste e Centro-Oeste a parda obteve maiores expoentes. Todas as cinco regiões brasileiras apresentaram a urgência como caráter de atendimento mais frequente, com 17.057 (72,5%), contra 6.476 (27,5%) casos eletivos. CONCLUSÃO: Verificou-se que a Região Sudeste apresentou o maior número de internações e a Norte o menor. Observou-se também maior acometimento do sexo masculino, da raça/cor branca, além da urgência como critério de atendimento mais frequente. Assistência – Cód. OR #16880 Prevalência e mortalidade hospitalar em pacientes com Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção Preservada (ICFEP) internados no Sistema Único de Saúde em Maceió. Amanda de Azevedo Freires; Gustavo Melo Fernandes de Macedo; Vanessa Garcia Gomes; Maria Alayde Mendonça da Silva; Ivan Romero Rivera; José Maria Gonçalves Fernandes UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL INTRODUÇÃO: A Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção Preservada (ICFEP) tem se tornado cada vez mais presente nos serviços de emergência do Brasil, principalmente em virtude do envelhecimento populacional e das limitações terapêuticas dessa patologia. OBJETIVOS: a) Estabelecer a frequência de ICFEP, de acordo com os resultados da avaliação clínica e do ecocardiograma, em pacientes internados por descompensação de insuficiência cardíaca (IC); b) Identificar a taxa de mortalidade durante a internação dos portadores de ICFEP. MÉTODOS: Estudo descritivo, longitudinal, realizado em três grandes hospitais públicos. Protocolo: História Clínica (incluindo estratégias não-medicamentosas e medicamentosas), Exame Físico, Exames complementares (bioquímicos, radiológicos e cardiológicos). Variáveis

dependentes: ICFEP e mortalidade hospitalar. Grupos: A) Disfunção sistólica: FE ≤40%; B) Limítrofe: FE 41-49%; C) Disfunção diastólica: FE ≥50%. RESULTADOS: Foram estudados 280 pacientes, idades entre 21 e 83 anos, média de 63±15 anos, 144 homens (51%), 136 mulheres, internados com diagnóstico de IC (Critérios de Boston). Etiologia da IC:35% Isquêmica; 34% Hipertensiva; 15% Chagásica; 9% Valvar; 7% outras. Classificação da IC quanto à FE: Grupo A: 167pacientes (60%); Grupo B: 55 (19%); Grupo C: 58 (21%). Mortalidade hospitalar: 19,6% (55 pacientes): Grupo A = 51% (28/55); Grupo B – 22% (12/55); Grupo C -27%(15/55). CONCLUSÃO: No grupo estudado, a ICFEP determinou 21% das internações e esteve presente em 27% dos pacientes que evoluíram para óbito hospitalar. A maior taxa de mortalidade (51%) foi observada nos portadores de disfunção sistólica moderada/importante Assistência – Cód. OR #16881 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES POR NEOPLASIA DE PÂNCREAS EM MAIORES DE 50 ANOS, NO ESTADO DA BAHIA, BRASIL, NO PERÍODO ENTRE 2011 A 2015 Isadora Peixoto Fernandes Gonçalves; Fernanda Pinheiro Marques; Leane Rodrigues Silva; Loane Viana Marques Neves; Lucas Pina Dultra; Tatiana de Almeida Lima Sá Vieira ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA - EBMSP INTRODUÇÃO: A neoplasia maligna do pâncreas é uma patologia agressiva, a qual conduz ao óbito grande parcela dos pacientes acometidos, tendo em vista a ocorrência de sintomas tardios e o significativo potencial metastático. Apesar dos esforços nos últimos 50 anos, as abordagens de tratamento convencionais como cirurgias, radiações, quimioterapia ou a combinação destes tiveram pouco impacto no curso dessa agressiva neoplasia. Os principais fatores de risco para a patologia em estudo são idade e tabagismo, sendo este último, correlacionado acerca de 25% da incidência de câncer de pâncreas. OBJETIVOS: Descrever o perfil epidemiológico das internações por câncer de pâncreas em maiores de 50 anos, no Estado da Bahia, no período de 2011 a 2015. MÉTODOS: Trata-se de um estudo ecológico de caráter temporal, descritivo, com dados secundários, com informações extraídas do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e SIM (Sistema de Informação Sobre Mortalidade). As buscas foram realizadas nas bases de dados eletrônicas PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). RESULTADOS: Entre os anos de 2011 e 2015, o Estado da Bahia registrou 1148 casos de internação por neoplasia de pâncreas, na faixa etária acima de 50 anos. O ano de 2015 apresentou maior incidência com 270 casos (23,52%), enquanto 2011, 172 (14,98%). A macrorregião leste notificou 775 casos (67,5%). O sexo feminino foi o mais acometido com 612 casos (53,31%) e o masculino 536 (46,69%). A faixa etária com maior incidência foi a compreendida entre 60-69 anos, com 390 casos registrados no período, representando 33,97%. O número de óbitos foi equivalente a 330 casos (28,75%) no período e faixas etárias determinadas pelo estudo. CONCLUSÃO: Observou-se que a macrorregião leste foi a mais incidente, sendo o sexo feminino o mais acometido. A faixa etária mais prevalente foi de 60 a 69 anos. Por se tratar de uma patologia com elevado número de internações hospitalares e alta morbimortalidade faz-se necessário o estudo epidemiológico do câncer de pâncreas visando a elaboração de métodos de rastreamento e prevenção na população mais acometida, além de fornecer subsídios para investigação subsequentes sobre propostas de intervenção nesses pacientes.

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Assistência – Cód. OR #16882 CONSTRUÇÃO E IMPLANTAÇÃO DO MÉTODO ALTADIR DE PLANIFICAÇÃO POPULAR EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE CUIABÁ-MT Audrey Moura Mota Gerônimo; Liney Maria Araújo; Marília Duarte Valim; Heloísa Maria Piero Cassiolato; Margarete Zagonel; Giordan Magno da Silva Gerônimo INTRODUÇÃO: As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)são consideradas problema de saúde publicada da alta incidência / prevalência, com complicações graves, sendo facilitadoras da transmissão do vírus HIV. É notória necessidade de implantação de estratégia de acesso à testagem rápida para Sífilis, HIV e Hepatites Virais (B e C) já no primeiro acolhimento. Essa proposta está em consonância com as metas universais pactuadas (90/90/90) para fim da pandemia de AIDS até 2030, a serem alcançadas através de ações baseadas em evidências e parcerias multissetoriais. Tais agravos possuem simplicidade diagnóstica e fácil manejo clínico/terapêutico, na maioria, com grande chance de alta com cura. OBJETIVOS: Esse estudo teve como objetivo identificar causas e consequências relacionadas ao baixo índice de testagem rápida para as referidas IST, propondo plano de ação e intervenções eficazes MÉTODOS: Trata-se de atividade realizada por acadêmica do nono período em Estágio Curricular Supervisionado II, através da utilização do Método Altadir de Planejamento Popular (MAPP), em hospital de ensino de Cuiabá-MT, entre setembro e dezembro/2016. RESULTADOS: Identificou-se como problema a oferta parcial de testagem rápida desses agravos para todas as mulheres que buscavam atendimento nas unidades da instituição, independente da queixa inicial. Identificaram-se como principais causas: falta de conhecimento técnico-científico da equipe multiprofissional relacionado à técnica, ausência de capacitação continuada e falta de insumos materiais. Como principais consequências, destacou-se o aumento expressivo de casos reagentes e retardo da quebra da cadeia de transmissão vertical. Como solução, propôs-se capacitação da equipe multiprofissional. Foram realizadas 05 turmas para educação em saúde, atingindo 52 profissionais no total. A proposta desse MAPP surgiu de lacuna existente na referida instituição, que se agrava por ser unidade de referência para diversos agravos. As turmas se mostraram comprometidas com o plano de ação e motivadas com as informações que foram apresentas, interagindo e contribuindo nos debates. CONCLUSÃO: Ações como essa ação apenas reforçam a necessidade de estabelecer e promover um calendário de atualizações por meio de educação permanente em saúde nas instituições, exigindo monitoramento após sua realização para ações futuras, ficando evidente que o aumento de casos de transmissão vertical é marcador da qualidade da assistência à saúde prestada, especialmente do HIV e da Sífilis. Assistência – Cód. OR #16883 Associação entre variáveis laboratoriais e mortalidade hospitalar de pacientes internados com Insuficiência Cardíaca descompensada em Hospitais Públicos de Maceió. Vanessa Garcia Gomes; João Victor Campos da Silva; Amanda de Azevedo Freires; Maria Alayde Mendonça da Silva; Ivan Romero Rivera; José Maria Gonçalves Fernandes UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL INTRODUÇÃO: Insuficiência renal (IR) ou piora da função renal, anemia, hiponatremia e alterações nos níveis do potássio têm emergido como preditores de mortalidade em pacientes com Insuficiência Cardíaca(IC).

OBJETIVOS: Identificar alterações laboratoriais que influenciam na mortalidade hospitalar de portadores de IC internados por descompensação. MÉTODOS: Estudo descritivo, longitudinal, realizado em três grandes hospitais públicos. Protocolo: História Clínica (incluindo estratégias não-medicamentosas e medicamentosas), Exame Físico, Exames complementares (bioquímicos, radiológicos e cardiológicos). Variáveis dependentes: Hiponatremia (Na<135 mEq/dL); Hiperpotassemia (K>5,5mEq/dL); Hipopotassemia (K<3,5 mEq/dL); Anemia (Hb <11 g/dL); IR (C>1,5 g/dL). RESULTADOS: Foram estudados 280 pacientes, idades entre 21 e 83 anos, média de 63±15 anos, 144 homens (51%), 136 mulheres, internados com diagnóstico de IC (Critérios de Boston). Etiologia da IC:35% Isquêmica; 34% Hipertensiva; 15% Chagásica; 9% Valvar; 7% outras. Hiponatremia: 35% (99pacientes); Anemia 21% (60); IR 16% (46); Hiperpotassemia 7% (20); Hipopotassemia 7% (19). A análise estatística demonstrou associação significante entre mortalidade hospitalar e IR (*p<0,01); não houve associação entre mortalidade e as demais variáveis estudadas (p>0,05). CONCLUSÃO: No grupo estudado, a IR apresentou associação significante com mortalidade intra-hospitalar em pacientes com IC descompensada. Assistência – Cód. OR #16885 ANÁLISE DOS CUSTOS DAS INTERNAÇÕES HOSPITALARES DE 2008 A 2017 EM MACEIÓ Caíque Rocha Neves; Arthur Tenório de Holanda Lopes; Maitê Passos Costa; Mickael Lucas de Moura Félix; Marcelo Carlos de Sá Carvalho; Rafael Chaves Souza; Renata Valadão Bittar; Vanderson Reis de Souza Brito INTRODUÇÃO: Cerca de 70% das internações no país são realizadas pelos hospitais da rede própria, conveniada ou contratada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Essas hospitalizações geram um custo e sobrecarregam o sistema, uma vez que muitas poderiam ser evitadas. Os dados relativos a cada hospitalização nessas instituições são disponibilizados no DATASUS. OBJETIVOS: Analisar as internações hospitalares e os seus custos no município de Maceió, Alagoas, Brasil, no período de 2008 a julho de 2017. MÉTODOS: Estudo do tipo exploratório, descritivo, transversal, quantitativo, realizado com dados secundários de domínio público fornecidos a partir do banco de dados do Departamento de Informática do SUS (DATASUS), no período de janeiro de 2008 a julho de 2017. Além da estimativa total, o Tempo Médio de Permanência (TMP), Gasto Médio (GM) e Gasto Total (GT) foram estimados. RESULTADOS: Aconteceram 605.997 internações hospitalares em Maceió entre janeiro de 2008 e julho de 2017, com consequente GT de R$ 702.152.443,16 em despesas com essas internações. O GM foi de R$ 1.158,67, com um TMP de 6,8 dias por paciente. CONCLUSÃO: Diante dos dados analisados, conclui-se que as internações ocorridas em Maceió são bastante onerosas e geram uma sobrecarga do sistema. Tais efeitos podem ser reduzidos com a adoção de políticas de saúde mais efetivas, com maior investimento em ações de promoção, prevenção e tratamento oportuno e adequado para as causas mais prevalentes de internações hospitalares.

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Assistência – Cód. OR #16886 Relato de Caso: Tuberculose extrapulmonar Davyd Marcondy de Oliveira Alves; Deise Azevedo Pereira; Mirtes Maria de Melo Silva; Fernando Luiz de Andrade Maia; Katia Macario Santos Quintiliano RESUMO: A tuberculose pleural é seguramente a forma mais comum de tuberculose extrapulmonar e corresponde à principal causa de derrame pleural em nosso meio. Apresentamos aqui o caso de uma paciente encaminhado ao Hospital do Açúcar de Maceió com um quadro de quatro meses de evolução, apresentando sintomas de tuberculose pulmonar e exame físico compatível com tuberculose extrapulmonar (ósseo, ganglionar e pleural). O diagnóstico de tuberculose extrapulmonar foi realizado por tomografia computadorizada e ressonância magnética. Concomitantemente, foi iniciado o tratamento com RHZE e o paciente evoluiu com melhora dos sintomas pulmonares, apesar de ter abandonado o ratamento por duas vezes e não ter concluído. Esse caso ilustra que mesmo pacientes com alterações extra-pulmonares importantes devido a tuberculose óssea, ganglionar e pleural, podem apresentar melhora significativa com tratamento conservador ainda que não tenham concluído o tratamento. Assistência – Cód. OR #16889 OS IMPACTOS NA OPERACIONALIZAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM RELACIONADOS AO DIMENSIONAMENTO DE PESSOAL REDUZIDO NA EQUIPE DE ENFERMAGEM Audrey Moura Mota Gerônimo; Bruna Paesano Grellmann; Marilia Duarte Valim; Marivânia Henrique dos Santos Silva ; Margarete Zagonel; Giordan Magno da Silva Gerônimo INTRODUÇÃO: A ciência da Enfermagem tem como fundamento e objeto de trabalho o cuidado por meio do processo de enfermagem. Neste contexto, a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é uma metodologia de organização, planejamento e execução de ações, realizada pelo enfermeiro para prestação de cuidado de qualidade e consequente qualidade da assistência ofertada. A partir dela é possível planejar e operacionalizar o cuidado que o enfermeiro realizará com cada paciente, sendo único e individualizado, dotado de necessidades a serem atendidas. Se o profissional não realizar uma das etapas da sistematização, prejudicará a qualidade da assistência, o que pode acarretar prejuízos aos pacientes, equipe de enfermagem e instituição. OBJETIVOS: evidenciar fatores do dimensionamento de pessoal reduzido na equipe de enfermagem e seus impactos na operacionalização da SAE em um Hospital Universitário. MÉTODOS: Trata-se de estudo teórico-reflexivo, proposto e realizado através de uma entrevista com três enfermeiras, como disparador da identificação do problema a ser discutido, evidenciando que a falta de operacionalização da SAE, também prejudicada pela distribuição reduzida de pessoal na equipe, gera impactos negativos e prejudiciais às funções do profissional. RESULTADOS: Ressalta-se que o dimensionamento adequado da equipe facilitaria a operacionalização da sistematização. A redução do número de profissionais acentuou a percepção da fragilidade da assistência de enfermagem, evidenciando lacunas no planejamento e operacionalização das etapas da SAE, comprometendo a assistência, o processo e organização do trabalho da equipe de enfermagem. Sua realização é imprescindível para que o cuidado ocorra de forma eficiente e eficaz, viabilizando ao enfermeiro identificar os problemas individuais para melhor atender as necessidades afetadas do paciente e famílias CONCLUSÃO: Este estudo reforça a necessidade de maior preparação e dimensionamento adequado da equipe de enfermagem, proporcionando meios para uma assistência integral, respeitando paciente e família,

assegurando-lhes tendimento de qualidade e cuidados eficazes a cada um dos envolvidos no processo. Assistência – Cód. OR #16893 Perfil epidemiológico dos pacientes atendidos pela fonoaudiologia de um Hospital Filantrópico acreditado nível 3. Claudiégina Ferreira Machado1; Maria Tereza Freitas Tenório2; Serjana Cavalcante Jucá Nogueira Falcão3, Jackson Ítalo Tavares da Rocha4, Andreza Almeida de Melo5, Jordana de Lima Silva Santos6 SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ INTRODUÇÃO: A fonoaudiologia no ambiente hospitalar tem como responsabilidade primordial a reabilitação das funções orais e de comunicação1, no entanto um dos principais objetivos está relacionado a avaliação, terapia e gerenciamento das disfagias orofaríngeas, visto que esta alteração na função de deglutição está entre as principais causas de comorbidades do sistema respiratório, como as pneumonias broncoaspirativas2, que prolongam o tempo de internação no ambiente hospitalar podendo elevar os valores de morbimortalidade 3-4. Portanto, conhecer o perfil dos pacientes atendidos no serviço, permite construir políticas de atendimento fonoaudiológico e planos terapêuticos mais efetivos para a realidade vivenciada na unidade hospitalar. OBJETIVOS: Caracterizar a população atendida pela fonoaudiologia em um hospital filantrópico acreditado nível 3. MÉTODOS: Foi realizado estudo retrospectivo, por meio da análise de prontuário, dos pacientes atendidos pela fonoaudiologia no período de agosto de 2016 à agosto de 2017. Foram relacionadas as variáveis correspondente a sexo, idade, fator de risco para broncoaspiração, diagnóstico funcional da deglutição e via de alimentação no momento da avaliação. RESULTADOS: Após análise dos dados da avaliação fonoaudiológica se constatou que foram atendidos no período descrito um total de 1814 pacientes, destes 791 (44%) eram do sexo masculino e 1023 (53%) do sexo feminino, dos quais se distribuem em diversas faixas etárias, sendo 61-80 anos (661 - 36,4%) e acima de 80 anos (716 – 39,5%) as com maior incidência. Dentre os fatores de risco para broncoaspiração avaliados os que apresentaram resultados mais relevantes foram nível de consciência com 435 (23,9%) indivíduos e idade acima de 65 anos com 432 (23,8%) avaliados. Cerca de 674 (37,2%) destes pacientes foram diagnosticados com disfagia orofaríngea grave, sendo que 515 (29,6%) estavam com dieta por via alternativa. CONCLUSÃO: A partir dos dados analisados se verifica que o perfil dos pacientes atendidos nesta unidade hospitalar corresponde ao público geriátrico, observa-se a grande incidência de disfagia grave porém ainda com dieta por via oral. Percebe-se a necessidade do fonoaudiólogo no ambiente hospitalar por ser ele o profissional habilitado para avaliar e reabilitar a Disfagia Orofaríngea, minimizando o risco de broncoaspiração e as possíveis complicações inerentes a sua ocorrência. Assistência – Cód. OR #16903 VALIDAÇÃO PRÉVIA DE PRESCRIÇÕES MÉDICAS POR FARMACÊUTICOS CLÍNICOS EM UM HOSPITAL FILANTRÓPICO DE GRANDE PORTE Michelle Cristina Silva de Almeida; Lizete Gomes Carvalho Vitorino Filha; Maria Tereza Freitas Tenório. SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ INTRODUÇÃO: Os eventos adversos e os erros relacionados a medicamentos são ocorrências comuns, impõem custos importantes ao sistema e são clinicamente relevantes1. Estudos mostram que cerca de uma em cada dez admissões hospitalares leva a um evento adverso, e em torno da metade deles são evitáveis2. A partir da análise detalhada da prescrição, o farmacêutico pode contribuir para segurança do paciente e racionalidade da farmacoterapia, e a padronização dessa validação aumenta a habilidade de interceptar os erros de medicação de

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importância clínica e neste caso, previne a morbidade farmacoterapêutica, associada aos erros de medicação3,4. OBJETIVOS: Este trabalho tem o objetivo de demonstrar os tipos e as frequências de intervenções farmacêuticas realizadas com a implantação do serviço de validação prévia de prescrições médicas, baseando-se em critérios padronizados de análise da prescrição, evidenciado a importância da atuação do farmacêutico clínico como barreira para a ocorrência de eventos adversos evitáveis. MÉTODOS: O trabalho foi conduzido em um hospital filantrópico de grande porte comum total de 351 leitos. A coleta de dados se deu por planilhas de registros de intervenções farmacêuticas na validação de prescrições médicas de julho a dezembro de 2016. RESULTADOS: Um grupo composto por 08 farmacêuticos foi direcionado, entre outras atividades, à validação prévia de prescrições, em tempo integral, em todas as unidades de internação através da ferramenta de análise para bloqueio e liberação de prescrições no sistema informatizado. Para isto, foi padronizado um check-list de itens a serem avaliados, contemplando os principais pontos de possíveis erros. Foram evidenciadas 3129 intervenções farmacêuticas, nas seguintes frequências: dose superior/inferior – 37,1%; duplicidade de medicamentos – 15,3%; tempo de tratamento de antimicrobianos acima do orientado pela Comissão de Controle de Infecções Hospitalares – 14,4%; uso inapropriado de medicamentos via sonda gástrica – 13,5%; via de administração inadequada – 6,5%; interações medicamentosas graves – 5,3%; frequência de administração inadequada – 4,6%; presença de alérgenos – 3,4%. CONCLUSÃO: A revisão detalhada das prescrições médicas é uma ação de suporte e corresponde a uma barreira para evitar os erros de medicação. Não é suficiente o uso de um sistema informatizado, e sim a inserção do farmacêutico clínico no processo de avaliação da prescrição, antecipando-se assim as falhas e interceptando-as antes que causem dano ao paciente. As intervenções farmacêuticas realizadas antes da dispensação e administração de medicamentos são efetivas na prevenção de erros, além de fundamentais para garantir o uso racional e seguro dos medicamentos, podendo reduzir as taxas de mortalidade, custos e tempo de internação. Assistência – Cód. OR #16904 DESENVOLVIMENTO DA FARMÁCIA CLÍNICA E IMPACTO ECONÔMICO EM UM HOSPITAL FILANTRÓPICO DE GRANDE PORTE Lizete Gomes Carvalho Vitorino Filha; Michelle Cristina Silva de Almeida; Maria Tereza Freitas Tenório. SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ INTRODUÇÃO: As funções da farmácia clínica são essenciais para o uso racional e adequado dos medicamentos, bem como para a segurança do paciente, desempenhando atualmente um papel fundamental nas unidades de saúde1. Alguns estudos publicados comprovam a importância da atuação farmacêutica no momento da admissão, sendo frequentemente detectados pacientes com discrepâncias no uso de medicamentos. Foram analisados vários estudos, de vários países e em todos eles a percentagem de pacientes com necessidade de intervenções foi superior a 25%1. Os custos adversos evitáveis nos hospitais assumem dimensões muito elevadas em termos econômicos e de qualidade. Foi utilizado o estudo realizado pelo ENEAS para demonstração do impacto dos Eventos Adversos (EAs) nos custos diretos de um grupo de hospitais e a estimativa de custos com EAs evitáveis de acordo com a sua prevalência2. OBJETIVOS: O seguimento farmacoterapêutico pretende avaliar e monitorar a farmacoterapia em função das necessidades específicas do paciente, identificando aqueles com oportunidades de melhoria e que

requerem uma avaliação sistemática do tratamento e outras medidas de diagnóstico e preventivas, junto à situação clínica2 MÉTODOS: O projeto foi realizado em um hospital de grande porte, com 351 leitos, com uma equipe de cinco farmacêuticos envolvidos nas atividades de farmácia clínica. Foi realizada uma avaliação do modelo de farmácia clínica utilizado nos anos de 2010 a 2013, com detalhamento das atividades já realizadas pela equipe, que aconteciam apenas em 30% dos leitos, evidenciando pontos de melhoria para otimizar e ampliar as atividades na instituição. Para o incremento das atividades foram realizadas análises de acordo com o perfil da instituição, adotando um modelo totalmente centrado no paciente, sendo contemplado o acompanhamento desde a admissão até a alta. Para priorização das áreas clínicas, foram considerados como critérios o perfil dos pacientes, criticidade dos medicamentos e patologias definidas como prioridades para a atuação da assistência farmacêutica. RESULTADOS: Foram contemplados pacientes com cuidados especiais; serviços com pacientes de alto risco e com alto custo; serviços específicos, onde a atuação farmacêutica trouxe resultados significativos na redução do número de reinternações, garantindo maior adesão ao tratamento e redução da média de permanência. O novo modelo trouxe diversos benefícios para a farmácia clínica, como ampliação da equipe de farmacêuticos, sendo contratados mais oito farmacêuticos clínicos, redistribuição das atividades dos farmacêuticos, com a equipe organizada por especialidade, atendimento específico com etapas de avaliação definidas de acordo com a criticidade e planejamento de alta, como também uma projeção de economia de quase dois milhões de Reais em cinco anos. CONCLUSÃO: O desenvolvimento de métodos, protocolos, procedimentos de farmácia clínica foi essencial para o sucesso das atividades. A qualidade dos registros e da informação colhida durante o seguimento farmacoterapêutico personalizado dos pacientes evidencia o valor clínico adicional da atuação do farmacêutico, tanto para os pacientes como para a melhoria dos processos em relação aos parâmetros utilizados. A comprovação das vantagens do impacto econômico ajuda a impulsionar as atividades de farmácia clínica, justificando a contratação de novos profissionais. Assistência – Cód. OR #16907 Impacto da criação de um Núcleo Hospitalar de Vigilância nas notificações das Doenças de notificação Compulsória Sandra Ely Barbosa de Souza;Juarez Pereira Dias e Willames Oliveira INTRODUÇÃO: As Doenças de Notificação Compulsória (DNC) são aquelas cuja gravidade, magnitude e transcendência exigem medidas eficazes para sua prevenção e controle. A partir da criação dos Núcleos Hospitalares de Vigilância Epidemiológica (NHEs), as notificações das DNCs passaram a ser assumidas pelo serviço. O NHE do Hospital Universitário Prof. Edgard Santos (HUPES), foi criado em 2005 e iniciou operacionalização das atividades em 2006. OBJETIVOS: avaliar o impacto no quantitativo das notificações de DNC após a criação do NHE do HUPES MÉTODOS: Trata-se de um estudo comparativo, elaborado a partir da avaliação do montante de notificações de DNCs do período de 2000 a 2017*, com a finalidade de avaliar o impacto no quantitativo das notificações de DNCs após a criação do NHE do HUPES. Serão comparados os dados e a tendência ao longo dos anos. RESULTADOS: Como Resultado temos um aumento da ordem de 457% do numero de notificações de DNCs, o que demonstra a relevância da implantação do NHE. CONCLUSÃO: É indiscutível a melhoria quantitativa das notificações de DNCs após a implantação do NHE, seja por sua especificidade, seja pelo

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trabalho diário de buscas ativas e passivas de agravos de notificação. melhoria da qualidade do preenchimento das fichas pelos profissionais de saúde, o pronto preenchimento das DNCs sem cobranças por parte do NHE, a implementação do Programa de violência na instituição, bem como a melhoria dos registros em prontuários de pacientes. Assistência – Cód. OR #16908 ATUAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NA PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO EM PACIENTES GRAVES DE UM HOSPITAL ACREDITADO DO NORDESTE Mayara Vieira de Omena; Magda Rayssa Bezerra Ataide; Aleíze de Souza; Tâmara Venâncio da Silva; Stephanie Jardim Inácio; Pedro Alan da Silva Gomes INTRODUÇÃO: As lesões por pressão (LPP) são eventos que causam complicações nos pacientes com restrição da mobilidade causando dor e desconforto com consequente risco de infecções secundárias, além do aumento dos custos gerados ao serviço com o tratamento. Nesse sentido, o terapeuta ocupacional tem a sua atuação centrada nos cuidados e orientações voltadas à prevenção dessas lesões, a fim de minimizar o impacto da hospitalização e prevenir agravos decorrentes deste processo. OBJETIVOS: Descrever a importância da atuação do terapeuta ocupacional, quanto integrante da equipe de saúde nos cuidados voltados para a prevenção de lesões por pressão em pacientes hospitalizados. MÉTODOS: Relato de experiência baseado na prática clínica de uma terapeuta ocupacional e de cinco estagiários do curso de Terapia Ocupacional. RESULTADOS: Atualmente a sede possui uma terapeuta ocupacional que atua na Unidade Santa Ana São Joaquim e nos demais setores por prescrição médica. A terapia ocupacional vem atuando em conjunto com o grupo de pele na padronização dos coxins de posicionamento no leito. Já foram realizados treinamentos com equipe de enfermagem e técnicos de enfermagem referente ao posicionamento correto no leito, as trocas posturais do leito para poltrona e as descompressões para os pacientes que não podem ser realizado as trocas de postura. Foi desenvolvido em março de 2017 uma tecnologia assistiva de baixo custo (cano PVC) para facilitar a sedestação dos pacientes graves no leito também com o objetivo de auxiliar na mobilidade e troca de postura dos pacientes. Dispositivo vem sendo usado principalmente na unidade de geriatria onde em 2017 foram avaliados e acompanhados pelo Serviço de Terapia Ocupacional de Janeiro a Setembro 220 (100%) pacientes. Deste total, 200 (90,9%) pacientes apresentavam grau de dependência grave na realização das atividades de vida diária e nas atividades instrumentais de vida diária, e 09 (4,09%) pacientes com classificação de grau moderado de acordo com a avaliação de BOMFAQ. Destes pacientes apenas 06 (2,72%) evoluíram com lesões por pressão na Unidade Santa Ana e São Joaquim. CONCLUSÃO: Considera-se a efetividade da intervenção terapêutica ocupacional, uma vez que esta contribui com a redução dos impactos negativos da hospitalização, diminuindo os riscos relacionados ao aparecimento das LPPs, favorecendo o processo de desospitalização. Assistência – Cód. OR #16909 INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA OCUPACIONAL NA ASSISTÊNCIA AOS PACIENTES DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA Mayara Vieira de Omena; Magda Rayssa Bezerra Ataide; Aleíze de Souza; Tâmara Venâncio da Silva; Stephanie Jardim Inácio; Pedro Alan da Silva Gomes INTRODUÇÃO: Os avanços terapêuticos advindos da alta complexidade tecnológica e das ações imediatas realizadas por profissionais especializados, aumentaram a sobrevida de pacientes admitidos à UTI.

Em decorrência da gravidade do estado geral de saúde, a maioria deles tendem a permanecer por um maior período de tempo, sendo submetidos à imobilidade prolongada, sedação e ventilação mecânica, de modo que essas situações podem ocasionar alterações dos aspectos cognitivos e funcionais, e desta forma causar interferência na realização dos papéis ocupacionais desempenhados previamente à internação. Nesse sentido, o terapeuta ocupacional tem a sua atuação centrada nas potencialidades do paciente, a fim de minimizar o impacto da hospitalização e maximizar o desempenho deste na realização de suas atividades, visando ganhos na qualidade de vida. OBJETIVOS: Descrever a importância da atuação do terapeuta ocupacional, quanto integrante da equipe de saúde na assistência aos pacientes da UTI. MÉTODOS: Relato de experiência baseado na prática clínica de uma terapeuta ocupacional e estagiárias do curso de Terapia Ocupacional. RESULTADOS: Os pacientes atendidos pelo serviço de Terapia Ocupacional na unidade de terapia intensiva, são em sua totalidade adultos e com diversas patologias. O perfil da maioria dos pacientes aponta para contraturas e decorrente diminuição da amplitude de movimento, diminuição do nível de consciência devido à sedação, diminuição da força muscular, instabilidade postural, desorientação temporo-espacial, dentre tantas outras comorbidades. Esses achados corroboram com a prática clínica nesse contexto de intervenção, posto que as condutas visam a manutenção da independência funcional em pacientes que apresentam algum nível de funcionalidade básica; minimizar a ausência de estímulos sensoriais; prevenir fraqueza muscular, principalmente em membros superiores, visto que este tem papel fundamental na realização das atividades de vida diária; manutenção da estimulação cerebral através das funções executivas e cognitivas de base; e adequação postural, a fim de prevenir contraturas, deformidades e consequentes dores articulares. CONCLUSÃO: Considera-se a efetividade da intervenção terapêutica ocupacional, uma vez que esta contribui com a redução dos impactos negativos da hospitalização, atuando como propulsora da qualidade de vida desses pacientes. Assistência – Cód. OR #16912 A Evolução da Atuação do Time de Resposta Rápida Através dos Impactos nos Indicadores de Qualidade Patricia Pacini;Euclydes Domingues Garcia Florentino; Karina do Carmo Santos; Micheli Mikaeli Costa da Ponte Souza; Rosangela Claudia Novembre; Sergio Martins dos Santos. INTRODUÇÃO: O Institute for Healthcare Improvement (IHI) afirma que, nos hospitais, a parada cardíaca geralmente é precedida por sinais perceptíveis de deterioração e recomendou a criação do Time de Resposta Rápida, que é um time de profissionais que levam o expertise em cuidados críticos / intensivos à beira leito do paciente, melhorando a segurança do paciente. O sucesso no atendimento de uma PCR depende de contínuos treinamentos dos profissionais no sistema de score de alerta precoce e no atendimento a reanimação cardiopulmonar. Os indicadores de desempenho devem ser avaliados para garantir a eficiência e a qualidade operacional do processo para se reduzir a mortalidade em pacientes hospitalizados. OBJETIVOS: avaliar a evolução da atuação do Time de Resposta Rápida e seus impactos nos seus pertinentes indicadores de qualidade. MÉTODOS: retrospectivo, revisando os dados e indicadores dos anos de 2015 e 2016 de um Hospital de grande porte, privado, da cidade de São Paulo. RESULTADOS: Em 2015 observa-se 1026 códigos amarelo, com 307 transferências para a UTI (29,92%). 11 pacientes em PCR, com 5 (45,45%) Retornos da Circulação Espontânea seguido de transferência para a UTI. 0,62 PCR / RCP em UI / 1000 altas, 1,17 PCR / RCP em UI / 1000 internações e uma Taxa de Mortalidade Hospitalar de 1,89. Em 2016

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observa-se 947 códigos amarelo, com 355 transferências para a UTI (37,49%). 4 acionamentos por PCR, com 3 (75%) Retornos da Circulação Espontânea seguidos de transferência para a UTI. 0,22 PCR / RCP em UI / 1000 altas, 0,40 PCR / RCP em UI / 1000 internações e uma Taxa de Mortalidade Hospitalar de 1,59. Neste ano também observa-se aumento de treinamento institucional em BLS e uma expansão no campo de treinamentos em SAV para unidades não críticas. CONCLUSÃO: Para contemplar o proposto pelo IHI no que se refere à melhoria continua dos indicadores, é preciso manter a intimidade do Time de Resposta Rápida com o setor de Treinamento e Desenvolvimento, com treinamentos contínuos à equipe assistencial beira leito, e ter uma visão preventiva, sempre que possível, de transferir o paciente para uma Unidade Intensiva quando os sinais de instabilidade / alerta persistirem após condutas multidisciplinares. Assistência – Cód. OR #16913 Extensão do Estudo Breathe - I Registro Brasileiro de Insuficiência Cardíaca Descompensada - Contribuição de Alagoas Amanda Ferino Teixeira;Vanessa Reis de Abreu Cavalcanti; Cesar Henrique Morais Alves; Maria Alayde Mendonça da Silva; Ivan Romero Rivera; José Maria Gonçalves Fernandes; Francisco de Assis Costa; Carlos Romério Ferro. UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL INTRODUÇÃO: A Insuficiência Cardíaca (IC) é uma das principais causas de internação e de mortalidade no Brasil. O Registro BREATHE, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Iniciado em 2011, é o primeiro a incluir uma ampla amostra de pacientes hospitalizados com IC descompensada de diferentes regiões do Brasil. Em sua primeira etapa (publicada em 2015) incluiu 1263 pacientes, de 51 centros e na etapa atual pretende-se incluir 3.000 pacientes. OBJETIVOS: Descrever as características demográficas, clínicas e prognósticas dos pacientes internados com IC no período do estudo. Identificar a causa da insuficiência cardíaca, com base na avaliação clínica e complementar realizada. MÉTODOS: Estudo multicêntrico, observacional transversal (registro) com seguimento longitudinal realizado no Hospital Universitário Professor Alberto Antunes/UFAL, no Hospital Geral do Estado e no Hospital do Açúcar de Alagoas. Pacientes admitidos com quadro clínico de IC. O presente projeto foi aprovado pelo CEP/UFAL em 02/12/2011 e em 26/01/2017. RESULTADOS: Nos meses de março a agosto/2017 foram incluídos 21 pacientes, sendo 12 homens, 9 mulheres, idades de 29-79 anos (média 54 anos; mediana 52 anos), todos internados em Classe Funcional IV de IC. A etiologia da IC foi Valvar em 8 pacientes, HAS em 5, Doença Coronária Crônica em 4, Cardiopatia chagásica em 2 e Dilatada idiopática em 2. A IC foi determinada por disfunção sistólica em 79% e por disfunção diastólica em 13%. As causas mais frequentes de descompensação foram má-aderência à terapêutica, infecção, arritmias e descompensação de outras doenças. Durante a internação, 4 (19%) pacientes evoluíram em óbito. Medicação: IECA/BRA – 10 em casa; 19 na alta; Betabloqueador – 8 em casa; 16 na alta; Espironolatona – 6 em casa; 12 na alta; Furosemida – 9 em casa; 20 na alta; Digoxina – 3 em casa; 6 na alta. CONCLUSÃO: Na amostra estudada de pacientes com IC descompensada observa-se que: a) doença valvar, HAS e DAC são as etiologias mais frequentes; b) há baixa frequência de utilização em casa (e elevada frequência de prescrição na alta) de medicamentos eficazes no controle dos sintomas e na redução da morbi-mortalidade; c) a disfunção sistólica predomina sobre a diastólica; d) há elevada taxa de mortalidade hospitalar.

Assistência – Cód. OR #16914 PROTOCOLO CLINICO DE DESMAME VENTILATÓRIO NA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ Fabricia Jannine Torres Araujo; Maria Tereza Freitas Tenório SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ INTRODUÇÃO: A ventilação mecânica ou suporte ventilatório é um método de substituição de função vital da respiração, além de ser um procedimento invasivo, está associada a complicações que podem comprometer significativamente a evolução clínica em pacientes graves². A transição da ventilação artificial para a espontanea defini-se como desmame. A literatura tem demonstrado que protocolos com identificação sistemática de pacientes em condições de interrupção da ventilação mecânica podem reduzir significativamente a duração do desmame³. OBJETIVOS: Avaliar o sucesso da aplicação de uma padronização do processo de desmame da ventilação mecânica nas unidades de terapia intensiva da santa casa de misericórdia de Maceió. MÉTODOS: Trata-se de um relato de experiência sobre o Protocolo de Desmame Ventilatório padronizado na Santa Casa de Misericórdia de Maceió, sendo implantado desde setembro de 2013, onde os pacien­tes em condições de estabilidade clínicas para liberação da ventilação mecânica nas unidades de terapia intensiva foram acompanhados quanto à evolução do desmame com utilização de um protocolo pré-estabelecido pelo ser­viço. Os dados foram retirados da ficha de acompanhamento individual com avaliação diária da equipe de fisioterapia. RESULTADOS: Foram acompanhados 140 pacientes nas quatro unidades de terapia intensiva da Santa Casa de misericórdia de Maceió no período de janeiro a dezembro de 2016. Nesse período a Taxa de sucesso de desmame consolidado foi de 96,87% com aumento aproximado de 13% em relação ao ano de 2015 onde era 85,52%. Ao final de cada mês as fichas contendo os seguintes dados: quantidade de pacientes em ventilação mecânica, em desmame, sucesso do desmame; foram compiladas por período gerando a taxa de sucesso de desmame para os que foram extubados e mantiveram a respiração espontânea em um período superior a 48horas. A taxa de sucesso do desmame foi 96,87% apresentou um comportamento gráfico na série historia de forma de dente de serra onde os resultados positivos e negativos flutuavam constantemente. Porém, em outubro de 2015 os resultados estabilizaram positivamente. Nos meses de agosto e outubro de 2016 tiverem casos de insucesso onde foi realizado o levantamento das possíveis causa através do diagrama de ishikawa e realizado plano de ação pela equipe assistencial multidisciplinar. CONCLUSÃO: O desmame da ventilação realizado seguindo a padronização trouxe melhora na sua con­dução, mantendo o alto índice de sucesso de desmame e proporcionando segurança do procedimento e consequente segurança do paciente. Assistência – Cód. OR #16919 ATUAÇÃO DE PALHAÇOS DOUTORES NO SETOR DE NEFROLOGIA: VISÃO DO ACADÊMICO DE MEDICINA Isabela Sá Brito Feitosa; Débora Araujo Aguiar; Ana Miele Pereira Melo; Maria Rosa da Silva INTRODUÇÃO: O Projeto de Extensão Universitária Sorriso de Plantão atua aos sábados em 5 hospitais do Estado de Alagoas, visitando áreas relacionadas a pediatria, oncologia, nefrologia e clínica médica. No setor de nefrologia a maioria dos pacientes são idosos e adultos. A doença renal crônica é a perda lenta do funcionamento dos rins, cuja a principal função é filtrar e remover resíduos nocivos para o organismo e o excesso

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de água. Por se tratar de uma doença crônica, o tratamento é difícil e consiste basicamente na hemodiálise, realizada três vezes na semana e por um longo período de tempo. A estabilidade dos pacientes na hemodiálise permite a criação de um vínculo forte com os palhaços doutores, facilitando a interação. Basicamente as atividades nesse setor são: conversa, a escuta e atividade musical, em que os pacientes escolhem a música e interagem com os palhaços doutores, profissionais de saúde e entre si. OBJETIVOS: Relatar a experiência de acadêmicos de medicina quanto palhaços doutores na aplicação da ludoterapia no setor de nefrologia de um hospital do Estado de Alagoas. MÉTODOS: O presente trabalho é um relato de experiência tendo como instrumentos de coleta de dados a observação. RESULTADOS: O vínculo criado entre pacientes e palhaços doutores facilita a atuação lúdica e a adesão ao tratamento que, por sua vez estressante e causa desgaste. Os pacientes relatam que esperam o momento da visita dos palhaços doutores e referem que tal atividade ajuda a esquecer aquele momento de tristeza que o ambiente hospitalar representa. Do ponto de vista do acadêmico de medicina, pode-se mencionar a importância do projeto, da ludoterapia na formação de profissionais de saúde que atuam de forma interdisciplinar contribuindo na formação mais humanizada. CONCLUSÃO: A atuação dos palhaços doutores é vista, então, como forma de intervenção que contribui na adesão ao tratamento e para preservar a saúde mental dos pacientes no setor da nefrologia, proporcionando alegria e distração por meio de músicas, conversas e afeto. A ludoterapia também auxilia na formação profissional mais humanizada dos acadêmicos de medicina. Assistência – Cód. OR #16921 INCIDÊNCIA DE HEMORRAGIA PERI-INTRAVENTRICULAR EM RECÉM-NASCIDO Anne Kelly de Melo Calheiros; Byanca Alves de Lima; Leily Luara Cavalcante Leite; Sandra Adriana Zimpel; Cinthia Maria Xavier Costa; Marianne Feitoza Batalha. INTRODUÇÃO: A hemorragia intracraniana é a principal patologia neurológica do recém-nascido (RN), tendo como manifestação mais comum a Hemorragia Peri-intraventricular (HPIV). Esta afecção ocorre particularmente em recém-nascidos prematuros (RNPT), por possuírem um tecido cerebral imaturo. A gravidade da doença se dá de acordo com a localização da hemorragia e o grau de dilatação ventricular. OBJETIVOS: Identificar a prevalência e as características dos recém-nascidos RNs diagnosticados com HPIV, de acordo com a classificação de gravidade avaliada na ultrassonografia transfontanela. MÉTODOS: Realizou-se um estudo de séries de casos, de caráter transversal, retrospectivo e descritivo, com levantamento de prontuários de RNs admitidos na unidade de terapia intensiva neonatal de uma maternidade escola de alto risco de Alagoas, no período de 2013 a 2016. RESULTADOS: Foi encontrada, no período estudado, uma frequência de 2,99% casos de HPIV, dos quais 50% apresentaram classificação tipo II; 37,5% tipo III; e 12,5% tipo IV. Nenhum deles apresentou classificação tipo I. Observou-se como fatores associados à hemorragia, estatisticamente significativos, prematuridade moderada, extremo baixo peso, sexo masculino, baixo índice de Apgar no primeiro e quinto minuto, risco infeccioso, necessidade de ventilação mecânica e tempo de internação superior a 40 dias. Dos RNs estudados, 75% evoluíram para alta hospitalar ou transferência. Não foi observada relação entre a gravidade da hemorragia e o desfecho. Os procedimentos terapêuticos realizados nos neonatos incluíram fototerapia, administração de surfactante e hemotransfusão. As principais morbidades e complicações neonatais ocorridas nos RNs estudados foram icterícia, infecções, sepse e distúrbios respiratórios.

CONCLUSÃO: A HPIV tipo II foi a mais prevalente. Os principais fatores de risco foram idade gestacional, peso ao nascimento, índice de apgar, uso de ventilação mecânica e tempo de internação. A transferência e a alta foram os desfechos mais significativos. A principal limitação encontrada no estudo foi o reduzido número da amostra. Assistência – Cód. OR #16923 Perfil da Morbimortalidade por Doença Renal Crônica no Brasil Caroline Maltez de Andrade INTRODUÇÃO: A Doença Renal Crônica (DRC) caracteriza-se por alterações estruturais no parênquima renal, com perda de néfrons sadios e hipertensão dos néfrons remanescentes. A DRC está associada com alta morbimortalidade no Brasil e no mundo, e é mais prevalente no sexo masculino, aumentando com a idade do paciente. A modificação da dinâmica glomerular acarreta em acúmulo de toxinas urêmicas a nível sérico, sendo necessária a terapia renal substitutiva. A hemodiálise constitui a terapia de maior prevalência e o transplante renal é limitado pelo número de doadores. OBJETIVOS: Descrever o perfil da morbimortalidade por Doença Renal Crônica no Brasil. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo, com utilização de dados secundários. Foram utilizadas informações sobre internações do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS), sobre os óbitos do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/SUS), sobre procedimento de hemodiálise do Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA/SUS) e dados populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/IBGE para os anos selecionados. Esses dados estão disponíveis na base de dados do Datasus do Ministério da Saúde. Foi selecionada doença renal crônica como causa de internação, no período de 2008 a 2016, e como causa de mortalidade, no período de 2008 a 2014, tendo como variáveis analisadas o número de internações e óbitos por regiões brasileiras, por ano, sexo, faixa etária, sempre por local de residência, além de população residente no período. Os dados foram apresentados em números absolutos e relativos. Utilizou-se ainda o cálculo dos coeficientes para avaliar riscos. Além disso, foi analisado os gastos pelo procedimento de hemodiálise (máximo de 3 sessões/semana) e número de transplante renal, ambos por ano e região. RESULTADOS: O número de internações por DRC no Brasil aumentou 42,03% entre 2008 e 2016 e o de óbitos 35,57% entre 2008 e 2014. A região Sudeste, sempre seguida pelas regiões Nordeste e Sul, se destaca tanto no número de internações quanto no de óbitos e apresenta também os maiores Coeficientes de Mortalidade. A faixa etária acima de 75 anos foi responsável por 40,45% dos óbitos as internações, apresentando maior risco de morrer. O sexo masculino foi responsável pelas maiores proporções dos óbitos e ambos os sexos tiveram um aumento do coeficiente de mortalidade. A região Sudeste também apresenta o maior gasto por hemodiálise e número de transplantes realizados. CONCLUSÃO: A morbimortalidade por DRC no Brasil e o coeficiente de mortalidade apresentaram um aumento, sendo maior nas regiões Sudeste e Nordeste, no sexo masculino e a proporção que a faixa etária aumentava. O número de transplantes renais e os gastos por hemodiálise aumentaram em todas as regiões. Assistência – Cód. OR #16924 Diagnósticos de enfermagem em pacientes com sepse em unidade de terapia intensiva Aline Carla da Rocha Souza; Brian Gabriel Santos; Laís Tenório Andrade Lima; Mychelle Oliveira Carvalho; INTRODUÇÃO: A sepse versão 3.0 é definida como a presença de uma ou mais disfunções orgânicas causadas por uma resposta inflamatória sistêmica a uma infecção. Nesta nova versão os critérios da síndrome da

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resposta inflamatória sistêmica (SIRS) e o conceito de sepse grave foram excluídos. A partir deste novo conceito toda sepse é grave. Também foi proposto nesse novo protocolo a utilização do q SOFA como ferramenta de triagem q SOFA para identificar os pacientes graves e iniciar o tratamento de forma precoce. O enfermeiro tem papel fundamental na identificação destes pacientes acionando a equipe multiprofissional colaborando com o planejamento e execução das intervenções e delineando os diagnósticos de enfermagem para direcionar a assistência prestada. OBJETIVOS: O estudo objetiva relatar os diagnósticos de enfermagem mais prevalentes na sistematização da assistência a pacientes com sepse. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo, desenvolvido a partir do relato de experiência de residentes em Terapia Intensiva Adulto durante a atuação em uma Unidade de Terapia Intensiva Adulto, campo de estágio da referida residência. Os residentes traçaram os principais diagnósticos de enfermagem elencados na assistência ao paciente séptico, segundo a North American Nursing Diagnosis Association 2015-2017 (NANDA), com base na prática clínica vivenciada em um Hospital filantrópico de Aracaju, de outubro de 2016 a agosto de 2017. RESULTADOS: Os principais diagnósticos de enfermagem traçados na sistematização da assistência dos pacientes sépticos foram: 1- Troca de gases prejudicada relacionada ao desequilíbrio na relação ventilação perfusão evidenciado por taquipneia; 2- Débito cardíaco diminuído relacionado a frequência cardíaca e pós-carga alteradas evidenciado por taquipneia e hipotensão; 3- Volume de líquidos excessivo relacionado a mecanismo regulador comprometido evidenciado por edema e oligúria ; 4- Perfusão tissular periférica ineficaz relacionado a mecanismo regulador comprometido evidenciado por pulsos periféricos diminuídos, cianose e edema. CONCLUSÃO: Foi possível descrever e identificar necessidades do paciente com sepse e direcionar os cuidados com base nos diagnósticos de enfermagem traçados. Tal conhecimento permite aos profissionais da área planejar e sistematizar a assistência de enfermagem a fim de proporcionar melhora do prognóstico do paciente, recuperação eficaz e redução do tempo da internação hospitalar. Assistência – Cód. OR #16926 Demarcação do sítio cirúrgico no pré-operatório: Experiência da Santa Casa de Maceió Aline Apel Luna Machado; Maria Tereza Freitas Tenório; Sadja Saraiva de Oliveira; Natalia Luzia Fernandes Vaz; Tatiana de Lima Santos Aguiar. SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ INTRODUÇÃO: Mesmo nos dias atuais, ocorrem procedimentos cirúrgicos realizados em sítio errado nos pacientes. De acordo com a OMS, em países desenvolvidos cerca de metade de todos os eventos adversos em pacientes hospitalizados estão relacionados à assistência cirúrgica e, nos casos onde o processo cirúrgico levou a prejuízos, ao menos metade deles era evitável. Um dos fatores que pode contribuir para isso é a não demarcação do sítio cirúrgico. De acordo com as normas internacionais de segurança do paciente, a Santa Casa dispõe de um protocolo para impedir que uma cirurgia seja realizada no local incorreto a ser abordado ou na pessoa errada. OBJETIVOS: Relatar a experiência da Santa Casa de Maceió no processo de sensibilização do corpo clínico com relação à prevenção do erro, garantindo a segurança do paciente através da demarcação correta do sítio cirúrgico. MÉTODOS: Análise das cirurgias elegíveis para demarcação de lateralidade/sitio demarcados e das que foram demarcadas corretamente, no período de junho de 2016 a agosto de 2017. Foram incluídos todos os procedimentos cirúrgicos realizados na Santa Casa de

Misericórdia de Maceió, incluindo SUS e convênio, que se enquadrem na necessidade de demarcação de sítio cirúrgico. RESULTADOS: A taxa de demarcação não passava de 30% em junho de 2016. Em outubro de 2016, após as medidas tomadas (início do protocolo de Cirurgia Segura, sensibilização dos cirurgiões e residentes, normatização pela Direção Médica e sinalização no mapa cirúrgico das cirurgias elegíveis para demarcação), ocorreu um aumento de 120% na taxa de demarcação, atingindo níveis acima de 80% nos meses seguintes. A maior parte dos incidentes está relacionada à falta de protocolos e a não aderência aos protocolos existentes. A demarcação prévia do sítio cirúrgico, com a participação do paciente, garante que o mesmo seja operado no local correto. Observou-se que o corpo clínico não adere aos protocolos por vários fatores, dentre eles o desconhecimento e o excesso de confiança. Antes de se implantar protocolos dentro do hospital, é preciso saber se é de fácil entendimento e aplicação. O corpo clínico precisa participar da construção, interagindo com a alta direção, entendendo a importância dos protocolos para segurança dos pacientes. O fato das cirurgias que precisam de demarcação serem previamente sinalizadas, já facilitou a aceitação pelos médicos. CONCLUSÃO: Com o apoio da alta direção, corpo clínico sensibilizado para o assunto e pacientes orientados, conseguimos mudar a cultura da instituição, melhorando indicadores que sugerem melhorias na assistência, trabalhando para garantir a segurança dos pacientes, impedindo uma cirurgia em sítio cirúrgico inapropriado. Assistência – Cód. OR #16927 ESTADO NUTRICIONAL E DADOS CLÍNICOS DE IDOSOS HIPERTENSOS E DIABÉTICOS ANTEDIDOS NO PROGRAMA HIPERDIA EM RECIFE-PE Edilene Maria de Oliveira,Karwhory Wallas Lins da Silva;Elizabeth Aléxa Oliveira Silva;Kézia Kewyne Lins da Silva;Daniela Calymby de Souza Gomes INTRODUÇÃO: Nos últimos anos o Brasil vem vivenciando mudanças no perfil populacional em que se observa um aumento da expectativa de vida, estando associada à redução da taxa de fecundidade e mortalidade, contribuindo assim para o envelhecimento da população, fazendo com que haja um aumento da população idosa no país. O envelhecimento trás consigo alterações anatômicas, fisiológicas que estão associadas ao próprio envelhecimento. Além do desenvolvimento doenças crônicas não transmissíveis como a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e o Diabetes Mellitus DM tipo 2. OBJETIVOS: Avaliar o estado nutricional e dados clínicos de idosos hipertensos e diabéticos atendidos no programa hiperdia MÉTODOS: Foi realizado um estudo quantitativo no segundo semestre de 2015 em uma estratégia de saúde da família. Foram coletados dados socio-demográficos, antropométricos (peso, altura) para posteriormente se obter o Índice de Massa Corporal (IMC2), antecedentes familiares e pessoais de doenças, Circunferência da Cintura (CC) e níveis pressóricos. RESULTADOS: A amostra foi composta por 30 indivíduos com idade entre 60 e 80 anos idade média 64,87 ± 6,58. Destes 63,33% (n=19) eram do sexo feminino, 36,67% (n=11) masculino. Quanto a cor 60% (n=18) relataram ser pardos, 40% (n=12) brancos. Quantos aos antecedentes familiares de doenças 36,66 % (n=11) possuíam hipertensão, HAS e DM 23,33% (n=7). Quanto a presença de doenças cardiovasculares 60% (n=18), informaram serem portadores. 73,34 % (n=28) possuíam níveis pressóricos elevados, 20%(n=6) eram tabagistas. Quanto ao estado Nutricional 6,66% (n=2) tinham desnutrição, 93,94% (n=28), foram diagnosticados com excesso de peso. A CC estava elevada em 73,34% (n=28), normal 6,64% (n=2). CONCLUSÃO: A população é composta predominantemente por indivíduos que possuem excesso de peso, circunferência da cintura e

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níveis pressóricos elevados. Além disso, medidas de educação nutricional devem ser tomadas afim de reduzir desfechos clínicos desfavoráveis que comprometam o estado nutricional e clinico dos pacientes. 23,5 ± 1,11 Assistência – Cód. OR #16928 PERFIL BIOQUÍMICO DE PACIENTES COM DISTURBIO MINERAL E ÓSSEO SECUNDÁRIO A DOENÇA RENAL CRÔNICA Edilene Maria de Oliveira, Karwhory Wallas Lins da Silva, Daniela Calumby de Souza Gomes, Elizabeth Aléxa Oliveira Silva INTRODUÇÃO: A Doença Renal Crônica (DRC) é um problema de saúde pública mundial. Caracterizada pela perda da função renal na qual os rins não consegue manter a homeostase do organismo. Levando ao desequilíbrio do Cálcio (Ca), Fósforo (F), paratormônio (PTH), vitamina D, esse desequilíbrio é conhecido como o Distúrbio Mineral e Ósseo (DMO), secundário a DRC. Essa patologia é responsável por várias complicações para os pacientes renais elevam os riscos de calcificação vascular, fraturas, podem levar a imobilidade e morte. OBJETIVOS: Avaliar o perfil bioquímico de pacientes com distúrbio mineral e ósseo secundário a doença renal crônica. MÉTODOS: Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo, realizado através de consultas aos prontuários de pacientes que possuíam diagnostico de DMO, que realizavam hemodiálise e\ou dialise peritoneal. Foram coletados dados demográficos e bioquímicos: cálcio, fósforo, PTH. Posteriormente, foi realizada uma análise descritiva através do Microsoft Office Excel, versão 2013. RESULTADOS: A amostra foi composta por 74 indivíduos de 30 à 61 anos, a idade média foi 49,55± 12 anos. Destes 55,4% (n=41) eram do sexo masculino. Dentre as principais causas que culminaram com a perda da função renal encontra-se a hipertensão arterial 21,6% (n=16), hipertensão e diabetes melittus 21,6% (n=16), outras causas 48,65% (n=32). Quanto à avaliação bioquímica o cálcio estava elevado 24,7% (n=18), normal 57,5% (n=42). Fósforo elevado 60% (n=42), normal 37,1% (n=26). PTH encontrava-se elevada em 77,5% (n=55), normal em 22,5 (n=16). CONCLUSÃO: Através da presente pesquisa conclui-se que a amostra foi composta principalmente por indivíduos do sexo masculino, que possuíam níveis elevados de cálcio, fósforo e PTH. Sugere-se que pacientes com DRC em tratamento dialítico com DMO devem ter acompanhamento nutricional, médico com intuito de controlar, prevenir e tratar essa doença. Assistência – Cód. OR #16929 REDUÇÃO DA TAXA DE INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO EM HOSPITAL TERCIÁRIO DE GRANDE PORTE NA CIDADE DE MACEIÓ. Aline Apel Luna Machado; Maria Tereza Freitas Tenório, Sadja Saraiva de Oliveira; Natalia Luzia Fernandes Vaz; Maria Maryllya Ferreira Francisco; Simone Ferreira de Amorim. SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ INTRODUÇÃO: Infecção de sítio cirúrgico (ISC) está diretamente relacionada à falha na assistência à saúde. No Brasil, a ISC ocupa a terceira posição dentre as infecções encontradas nos serviços de saúde. A ISC é definida epidemiologicamente como aquela que ocorre até 30 dias após o procedimento cirúrgico, ou até 90 dias em casos de implante de prótese. Como qualquer evento adverso, leva a prejuízos tanto para o paciente como para a unidade hospitalar que o assiste. OBJETIVOS: Relatar a experiência da Santa Casa de Maceió na redução significativa da taxa de infecção de infecção de sítio cirúrgico, no período de 2012 a 2016. MÉTODOS: Trabalho realizado na Santa Casa de Maceió. Análise dos dados coletados, levando-se em consideração o número de cirurgias limpas realizadas por mês e o número de infecções de sítio cirúrgico,

através da sinalização de culturas positivas, busca ativa nos setores de internamento, fichas de egresso ambulatorial, preenchidas pelo cirurgião assistente e acompanhamento pós-alta dos pacientes submetidos a cirurgias limpas através do programa “Laços de Atenção”. RESULTADOS: Nossa série história mostra que conseguimos diminuir em 5 vezes a taxa de infecção de sítio cirúrgico em cirurgias limpas na Santa Casa de Maceió entre os anos de 2012 e 2016. Em 2012 a taxa de ISC foi de 2,1%, diminuindo gradativamente até atingir 0,4% em 2016. Essa evolução se deve a diversos fatores, como: Adesão do corpo clínico ao protocolo de antibioticoprofilaxia; consolidação do “Bundle” de Prevenção de Infecção de Sítio Cirúrgico; melhora da estrutura física dos setores (ar condicionado em todas as enfermarias); introdução de coberturas especiais nas feridas cirúrgicas e realização de curativos exclusivamente por enfermeiras (cirurgia cardíaca); normatização do jejum abreviado; campanhas constantes de higienização das mãos; sensibilização de toda equipe multidisciplinar com a Olimpíada das Boas Práticas; discussões dos casos clínicos com toda equipe multidisciplinar para avaliação das possíveis causas do evento, análise crítica e planos de ação para obter melhorias. CONCLUSÃO: O caminho para se obter taxas aceitáveis de infecção é, principalmente, implantar, e de fato obedecer, as boas práticas da assistência à saúde, contando com o apoio de toda equipe multidisciplinar e do corpo clínico, além de uma gestão focada no paciente. Assistência – Cód. OR #16930 Levantamento epidemiológico das internações hospitalares por pneumonia em crianças menores de cinco anos em Alagoas. Ana Miele Pereira Melo; Marcella de Albuquerque Wanderley; Débora Araújo Aguiar, Isabela Sá Brito Feitosa; Juliana Lins Loureiro Soutinho. CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES INTRODUÇÃO: As doenças respiratórias correspondem a aproximadamente 50% dos atendimentos ambulatoriais, 12% destes são por pneumonia. Esta é a principal causa de morte em crianças menores de cinco anos, segundo o Fundo da ONU para a Infância (UNICEF), levando ao óbito aproximadamente uma criança a cada 35 segundos em 2015, o que corresponde acerca de um milhão de crianças. Essa faixa etária é a de maior vulnerabilidade para infecção. No Brasil, a taxa de mortalidade infantil por pneumonia varia por região, sendo mais alta nos Estados do Norte e Nordeste. OBJETIVOS: Conhecer o número de internações hospitalares decorrentes de pneumonia em crianças menores de 5 anos no período de 2010 a 2015 em Alagoas, bem como os principais municípios afetados MÉTODOS: Foi realizado um levantamento de dados do Departamento de informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) do número de internações hospitalares em crianças menores de cinco anos no estado de Alagoas. RESULTADOS: Em Alagoas 8.253 crianças foram internadas devido a pneumonia, no período de 2010 a 2015, verificando-se o maior número de internações em 2010 (1.658), ocorrendo queda nos anos seguintes, chegando a 869 em 2015, ou seja, uma redução de 47,6 % em 5 anos. Entre os municípios, Arapiraca foi o que teve o maior número de internações (1.786), seguido por Maceió (450) e Penedo (339). CONCLUSÃO: Apesar do número de admissões hospitalares decorrentes da pneunomia ter reduzido nos últimos anos, ainda é alto o número de crianças que necessitam de internação, refletindo a gravidade da doença, decorrente da demora em diagnosticar e tratar, aumentando as chances de óbito e a onerosidade para o SUS e instituições de saúde particulares.

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Assistência – Cód. OR #16933 PARECER DO MÉDICO ESPECIALISTA: UM PROBLEMA A MITIGAR Andressa Alves Tavares Nascimento;Alfredo Aurélio Marinho Rosa; Fabrícia Jannine Torres Araújo; George Franco Toledo; Rodrigo Dantas da Cruz; Silvya Albuquerque de Souza SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ INTRODUÇÃO: Na prática médica, ocorre uma extrema necessidade de buscar a excelência em suas atividades, pois um erro ou atraso nas decisões pode acarretar não apenas em prejuízo, mas até perda de vidas. Em virtude da falta de um instrumento específico para avaliação da qualidade de serviço denominado Solicitação de Parecer de Especialista, cujo objetivo é agilizar o atendimento ao paciente internado, sugerimos um modelo de fluxo para acelerar as demandas de pedidos de pareceres de especialidades, numa instituição hospitalar, corroborando com a melhoria na qualidade assistencial e de fidelização dos clientes. OBJETIVOS: Diminuir para 24horas nos dias úteis e 48horas em finais de semana e feriado, o tempo de espera de avaliação do médico especialista solicitada para pacientes internados na Instituição. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal prospectivo, onde foi realizado um levantamento das principais queixas dos pacientes e/ou familiares no Serviço de Ouvidoria da Instituição. Em seguida foi realizado a aplicação de check-list de auditoria visual com os médicos especialistas que prestam serviço no Hospital Santa Casa de Misericórdia de Maceió/Sede, no período de fevereiro a agosto de 2016, cuja finalidade foi identificar as principais causas da demora no parecer médico. Uma vez identificadas às causas, foi aplicado a metodologia de melhoria continua PDCA, utilizando-se ferramentas da qualidade objetivando a mitigação das causas básicas do processo. Foi utilizado o Diagrama de Pareto para classificar a frequência dos problemas relacionados entre si. Em seguida, utilizou-se o Diagrama de Ishikawa para identificação das causas básicas. Para a priorização das causas a serem trabalhadas, foi utilizado a Matriz Esforço x Impacto, seguida da regra dos 5 porquês. Por fim, para a tratativa das causas básicas priorizadas, foi desenvolvida uma Matriz 5W2H. RESULTADOS: Pacientes internados na Santa Casa de Misericórdia de Maceió/sede permanecem em média 78 horas, aguardando avaliação do médico especialista. Foram avaliadas 37 solicitações de especialista/sobreaviso e foi constatado que no total, 43% dos pacientes são atendidos com mais de 24hs, 22% das avaliações não são realizadas e apenas 35% são realizadas dentro do prazo de 24hs. CONCLUSÃO: As ações definidas na fase D do PDCA foram: - elaboração da normalização do parecer do médico especialista e posteriormente divulgação da rotina do preenchimento; - Campanha de divulgação da Normatização onde foi iniciada através do aplicativo WhatsApp e página de rede social da cooperativa de médicos, com aproximadamente 480 cooperados, em setembro de 2016. Na ocasião foram repassadas informações sobre a necessidade do preenchimento do parecer médico especialista no sistema MV; - gerenciamento dos dados onde foi desenvolvido um Dashboard, no portal BI, sendo acompanhadas informações sobre o parecer do médico especialista, tais como: quantitativo de solicitação por especialidade, quantitativo de solicitações não respondidas e quantitativo de resposta com parametrização do tempo de 24h. Para melhoria contínua, deve-se aplicar ações corretivas de modo a estar continuamente aperfeiçoando o estudo. Pontos de melhoria: Levantar o custo, para a instituição, por manter internamento de paciente esperando parecer de médico especialista; Atualização da relação do corpo clínico da instituição; Solicitar definição de escala de responsável pelo parecer médico, por especialidade; Aprimorar os resultados obtidos no sistema BI, a fim de evitar duplicidade de solicitação por paciente. Mudar a nomenclatura do mensageiro de

“Atenção existe mensagem, deseja visualizar?”, para “Solicitação de parecer médico pendente”. Após uma minuciosa apuração do que tenha causado erros anteriores, todo o ciclo PDCA é refeito com novos objetivos e metas. Assistência – Cód. OR #16934 Cobertura da morbimortalidade de Insuficiência Cardíaca no Brasil entre 2015-2017 Isabel Araújo da Silva;Amanda Rodrigues da Silva, Dayane Keli da Silva Farias, Mariana Silva Góis de Almeida, Eryca Thaís Oliveira dos Santos UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS INTRODUÇÃO: A insuficiência cardíaca (IC) é apontada como um importante problema de saúde pública e considerada como uma nova epidemia com elevada mortalidade e morbidade¹. Esta é definida como uma síndrome complexa caracterizada por incapacidade do coração de propiciar suprimento adequado de sangue para atender às necessidades metabólicas dos tecidos². Estima-se que 6,4 milhões de brasileiros sofram de insuficiência cardíaca³, com prevalência entre a população acima de 60 anos². Quanto à distribuição por sexo, a literatura aponta que a IC é mais prevalente e incidente no sexo masculino². Dados nacionais de 2012 demonstraram que de 1.137.572 internações por doenças do aparelho circulatório, 21,5% ocorreram por IC, com mortalidade de 9,5% na internação e 70% dos casos na faixa etária acima dos 60 anos 4. OBJETIVOS: Cobertura da morbimortalidade de Insuficiência Cardíaca no Brasil entre 2015-2017 por óbitos, internamento, sexo. MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo do tipo transversal. Foram coletadas informações sobre os morbimortalidade de Insuficiência Cardíaca no Brasil, por intermédio do Sistema de Informação Hospitalar (SIH/DATASUS). Não foi necessário submeter o projeto ao Comitê de Ética em Pesquisa, uma vez que o DATASUS se trata de um banco de domínio público, isto é, com dados secundários. RESULTADOS: A insuficiência cardíaca é uma das principais causas de hospitalizações em adultos e importante causa de morte no Brasil. Somente nos últimos dois anos morreram mais de 59 mil pessoas, o que corresponde a 10,7% das internações, sendo 50,61% mulheres e 49,39% homens. A região que mais apresentou óbitos foi a Sudeste com 46,65%, seguida da região Nordeste com 22,65%. Sendo a região Norte com o menor número de óbitos e internações. Comparando o número de óbitos da população idosa brasileira em 2015, segundo o IBGE, 21,83% foi por insuficiência cardíaca. A cor branca teve a maior incidência de óbito por Insuficiência Cardíaca de 40,5% em relação ao total de óbitos, a segunda maior é a cor pardo com 27,6%. CONCLUSÃO: Deve-se atentar para a melhoria da qualidade assistencial ao paciente com insuficiência cardíaca. Assim como no manejo tanto da IC propriamente dita quanto das diversas comorbidades que possam existir, independente da causa de internação. Vale ressaltar também a importância do conhecimento sobre a patologia e da adesão ao seu tratamento para evitar descompensações, internações e por fim o óbito. Assistência – Cód. OR #16935 Análise epidemiológica dos casos de Esquistossomose mansônica de 2008 a 2015 em Alagoas Caíque Rocha Neves; Arthur Tenório de Holanda Lopes; Renata Valadão Bittar; Rafael Chaves Souza; Pedro Henrique Tôrres Félix; Maitê Passos Costa; Vanderson Reis de Sousa Brito; Mickael Lucas de Moura Félix; Natália Maria Sampaio Ribeiro Soares Gaia; Marce INTRODUÇÃO: A esquistossomose mansônica (EM) é uma enfermidade parasitária causada pelo helminto Schistosoma mansoni que se

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estabeleceu como uma doença endêmica no estado de Alagoas, a permanecer como um sério problema de saúde pública brasileira.. OBJETIVOS: Elaborar o perfil epidemiológico dos casos notificados de EM em Alagoas. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal, exploratório e comparativo, utilizando dados secundários extraídos do Departamento de Informática do SUS (DATASUS), particularmente do Programa de Controle da esquitossomose (PCE), entre 2008 e 2015. RESULTADOS: Foram notificados 474 casos de esquistossomose no estado, nos quais o sexo masculino foi responsável pelo maior número, 279 (58,86%). Observou-se que a faixa etária entre 20-39 anos obteve maior prevalência, 181 (38,2%). Além disso, a zona urbana de residência alcançou mais da metade das notificações, 296 (62,45%). Por fim, dentre os casos não ignorados, o nível de escolaridade mais acometido foi 1ª a 4ª série incompleta do ensino fundamental (EF), 93 (19,6%). CONCLUSÃO: O presente perfil epidemiológico mostra que a EM é uma infecção ainda vigente no estado de Alagoas. A principal forma de minimizar os impactos dessa doença endêmica é a sua profilaxia, que envolve vários âmbitos da saúde pública. Assistência – Cód. OR #16936 Plano de Alta Segura: projeto multiprofissional para desospitalização no Hospital Geral de Itapevi - São Paulo Maria Helena Luz Machado Pereira; Sabrina Cabeza Amor Campos Dufner; Liliane Moraes; Adriana Montanher HOSPITAL GERAL DE ITAPEVI - SÃO PAULO INTRODUÇÃO: O Plano de Alta Segura (PAS) é um programa do Hospital Geral de Itapevi com foco em Educação em Saúde, que prima pela interdisciplinaridade, onde são discutidas e planejadas pela equipe multiprofissional as ações para que o processo de desospitalização ocorra de maneira a minimizar as reinternações, garantindo a continuidade dos cuidados aos pacientes com múltiplas dependências e/ou de grupos de risco (portadores de comorbidades com potencial risco de complicações) por seus familiares e cuidadores. Os conceitos de cuidados paliativos são repassados aos cuidadores para familiariza-los sobre a terminalidade e qualidade de vida. O projeto atende pacientes da linha do cuidado adulto, pediátrico e neonatal, sem vínculo acadêmico, com média de 25 cuidadores/mês. Os pacientes são eleitos durante as visitas multidisciplinares, através da aplicação de um "check list com critérios de inclusão no PAS" com o cuidador/familiar e o participante é acompanhado durante toda a internação. Entre os pacientes adultos, cerca de 46% são portadores de doenças cerebrovasculares, com importantes sequelas motoras e de linguagem, seguidos de pacientes portadores de doenças cardíacas, pulmonares e neoplásicas. Entre os infantis, 46% são por prematuridade, 7% por asfixia grave e 6% por síndromes gerais. Atualmente, a equipe multiprofissional é composta por médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, nutricionistas, fonoaudiólogos, assistentes sociais, psicólogos e farmacêuticos. As atividades do projeto incluem palestras mensais e treinamento à beira leito com os cuidadores, grupo de estudos com reuniões mensais. O Plano de Alta Segura (PAS) é uma ação intrahospitalar. Abordagens e recursos pós alta são direcionados para equipes interdisciplinares de apoio domiciliar (Programas "Melhor em casa", "Emad", entre outros). O impacto ao paciente atendido pelo PAS reside no fato de que as ações empreendidas agem na prevenção da reinternação, porém naquelas que são inevitáveis, elas ocorrem por períodos mais curtos. Entre 2015 e 2016 houve um redução maior que 30% nas reinternações. CONCLUSÃO: Com a participação do cuidador no PAS, o mesmo se torna mais habilitado, e a alta hospitalar após compensação clínica torna-se mais tranquila, e o retorno do paciente ao convívio familiar é facilitado, contribuindo ainda para a redução dos custos hospitalares.

Assistência – Cód. OR #16937 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE INTOXICAÇÃO EXÓGENA NO ESTADO DE ALAGOAS Debora Araujo Aguiar; Isabela Sá Brito Feitosa; Ana Miele Pereira Melo; Katia Macario INTRODUÇÃO: Intoxicação exógena caracteriza-se como um processo patológico que acarreta desequilíbrio na homeostase do organismo, através de reações bioquímicas. Entre os agentes causadores estão medicamentos, produtos químicos industriais e agrotóxicos. A intoxicação pode ser identificada mediante a clínica do paciente ou alterações nos exames laboratoriais. Representa-se como considerável problema de saúde pública brasileira OBJETIVOS: O presente estudo tem como objetivo demonstrar a prevalência de casos de intoxicação exógena em Alagoas, relacionando com a faixa etária do paciente, agente tóxico, circunstância, critério diagnóstico e evolução. MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico transversal, com pesquisa e coleta das informações em base de dados pública (DATASUS) de Doenças e Agravos de Notificação (SINAN). Estudou-se o número de casos notificados em 2015. RESULTADOS: Constatou-se, no ano de 2015, cerca de 58.500 no Brasil, e no estado de Alagoas foi identificado, aproximadamente, 1660 casos. Levando em consideração a população de cada estado brasileiro, a prevalência em Alagoas é de 1 caso/1996 habitantes, tornando-se o estado com maior número de casos por habitantes no Nordeste e o terceiro no Brasil, superado apenas pelo estado do Espírito Santo e Paraná. Quanto a faixa etária, a mais afetada é entre 20 e 39 anos com 629 casos. A respeito do agente tóxico, o mais frequente são os medicamentos com 679 ocorrências. A tentativa de suicídio constitui o principal motivo da intoxicação constituindo 496 casos. O critério diagnostico mais usado foi a clínica do paciente em 1440 casos. Em relação a evolução do paciente, 1438 casos apresentaram cura sem sequela, 11 casos de cura com sequelas, 33 pacientes evoluíram com a perda do membro e 17 casos de óbito. CONCLUSÃO: Dessa forma, nota-se que o número de casos de intoxicação exógena no estado de Alagoas apresenta-se elevado, contendo alto índice de morbi-mortalidade. Significando uma importante causa de procura ao atendimento hospitalar. Por conseguinte, torna-se indispensável a notificação dos casos existentes, a fim de direcionar ações de promoção, prevenção, vigilância e assistência à saúde aos indivíduos em risco. Assistência – Cód. OR #16938 PREVALÊNCIA DE CASOS DE DIABETES MELLITUS DO TIPO 2 EM MULHERES NO ESTADO DE ALAGOAS Debora Araujo Aguiar; Ana Miele Pereira Melo; Isabela Sá Brito Feitosa; Katia Macário; INTRODUÇÃO: O diabetes mellitus (DM) é um conjunto heterogêneo de disfunções metabólicas tendo em comum a hiperglicemia. Essa patologia envolve quatro classes clínicas: DM tipo 1; DM tipo 2, diabetes gestacional e outros tipos específicos. O número de casos de DM tipo 2, assim como, de complicações tem aumentado, principalmente em mulheres no período pós-menopausa. A relação dessa ascensão está baseada na deficiência do estrógeno, que resulta no crescimento numérico de citocinas inflamatórias, além disso, influencia no menor acúmulo de gordura abdominal e/ou periférico; ambos, fatores de risco para o desenvolvimento do Diabetes Mellitus tipo 2. OBJETIVOS: O presente estudo tem como objetivo demonstrar a ascendente prevalência do DM tipo 2 em mulheres no estado de Alagoas. MÉTODOS: Realizou-se uma pesquisa no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) dos casos de diabéticos tipo 2 notificados ao Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de

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Hipertensos e Diabéticos (HIPERDIA) nos quatro primeiros meses do ano de 2013. RESULTADOS: No decorrer dos quatro meses iniciais, em Alagoas, foram notificados 47 casos confirmados de DM tipo 2. Referente a faixa etária, a maioria dos casos ocorreram entre 55-59 anos, com 10 pacientes; e apenas um caso foi registrado na faixa etária de 30-34. Em relação ao sexo, 28 casos sucederam-se em mulheres. O sobrepeso foi referido em 15 casos notificados. CONCLUSÃO: Por conseguinte, nota-se que o diabetes mellitus tipo 2 tem acometido cada vez mais as mulheres, com destaque para fase da pós-menopausa, expressando a relação entre a redução dos níveis de estrógeno e o risco para o desenvolvimento do Diabetes Mellitus tipo 2. Dessa forma, deve-se conscientizar a população, sobretudo as mulheres, com o objetivo de atenta-las para a prevenção através medidas como alimentação saudável, prática de atividades físicas e acompanhamento médico frequente. Assistência – Cód. OR #16944 Implantação da Boa Prática de Prevenção de Suicídio Tenório, Maria Tereza F.; Alencar, Thaysa Keyla A.; Costa, Kelly Cristine B.C.; Cerqueira, Mirella Sâmara da R SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ INTRODUÇÃO: Suicídio é um problema complexo com razões multifatoriais, que resulta de uma interação de fatores biológicos, genéticos, psicológicos, sociais, culturais e ambientais. Está entre as três maiores causa de morte entre pessoas com idade entre 15-35 anos ou maior de 75 anos. Cada suicídio pode ter um sério impacto em outras 6 pessoas. Este problema agora é assunto de Saúde Pública, necessitando que as equipes de saúde sejam capacitadas para identificar, abordar e conduzir tal questão, tornando um passo importante na prevenção do suicídio. Desta forma, foi desenvolvida e implantada na instituição a boa prática de Identificação de Pacientes com Risco de Suicídio, sob a responsabilidade do Serviço de Psicologia e com o envolvimento de toda equipe multidisciplinar. OBJETIVOS: A Boa Prática busca estabelecer diretrizes de avaliação e monitoração dos pacientes em risco de suicídio na SCMM. MÉTODOS: O maior desafio do projeto era desenvolver e implantar uma ferramenta para avaliação do paciente em risco sem que o deixasse exposto, em um prazo máximo de 06 meses, bem com sensibilizar todos os profissionais da instituição. Para o desenvolvimento da metodologia, estudos e discussão entre a equipe de Psicologia e em seguida com a equipe multidisciplinar, foram definidos critérios para auxiliar esta avaliação. Em seguida, a Psicologia com a equipe da Tecnologia da Informação (TI) desenvolveu recursos de alertas após nomenclaturas especificas da equipe multiprofissional em evolução eletrônica. Gerado os alertas para a Psicologia dos pacientes com o risco, esta avaliará o paciente sinalizado. Confirmado o risco, a equipe multiprofissional deve garantir uma alocação segura com barreiras físicas, medicamentosas e sociais, bem como acompanhar o paciente durante todo o processo de hospitalização, com reavaliações. Na alta hospitalar, encaminhar para a rede de atendimento disponibilizado pelo estado, município ou particular. Desta forma, primamos por um seguimento que vai desde a prevenção ao manejo adequado durante a hospitalização, bem como sugerindo tratamento em seu pós alta. Estabelecida a Boa Prática, no mês de setembro foi realizado a campanha institucional, com a equipe de Psicologia sensibilizando, todos os profissionais da instituição, quanto à importância do assunto e o respeito e cuidado que esses pacientes precisam. RESULTADOS: Foram treinados 883 profissionais da instituição, dentre eles estão Médicos, Residentes, Enfermeiros, Fisioterapeutas,

Fonoaudiólogos, Assistentes Sociais, Nutricionistas, Farmacêuticos, Terapeutas Ocupacionais, Auxiliar Administrativos, Técnicos de Enfermagem, Estagiários de diversas Clínicas, Agente de Portaria, Recepcionista, Segurança Patrimonial, Equipe de Higienização, Hotelaria, Gerentes, Coordenadores, Balconistas de Farmácia, Padioleiros, Equipe da Tecnologia da Informação, Aprendiz Legal, sendo estes agentes multiplicadores. Destacando assim, maior engajamento e entendimento da equipe da importância da Boa Prática, como mais um recurso para garantir a segurança do paciente, tendo como resultado nenhum registro de caso de tentativa de suicídio ou de concretude do ato durante o processo de hospitalização dos pacientes no período de setembro de 2016 a setembro de 2017. CONCLUSÃO: A Boa Prática de Identificação de Pacientes com risco de Suicídio objetiva a segurança do paciente. Melhorias no sistema (novas nomenclaturas foram adicionadas) e no fluxo de trabalho foram necessárias após a implantação. Ações complementares estão sendo avaliadas para melhoria da Boa Prática. A cada estratificação de risco para suicídio, as equipes que acompanham o paciente são sinalizadas, sendo um momento constante de transmissão da Boa Prática. Conclui-se que, de 178 pacientes estratificados com o risco para Suicídio no ano de 2017, não houveram ocorrências de tentativas ou concretude do ato, o que parece ser devido a utilização de medidas preventivas descritas na Boa Pratica.

TRABALHOS – APRESENTAÇÃO POSTER GESTÃO

ASSISTÊNCIA Gestão – Cód. OR #16939 ANÁLISE DOS CUSTOS DAS INTERNAÇÕES HOSPITALARES DE 2008 A 2017 EM MACEIÓ Marcelo Carlos de Sá Carvalho; Isabella de melo linhares; caíque rocha neves; arthur tenorio de holanda lopes; maitê passos costa; rafael chaves souza; vanderson reis de souza bito; Renata valadão bittar; Mickael lucas de moura felix . INTRODUÇÃO: Cerca de 70% das internações no país são realizadas pelos hospitais da rede própria, conveniada ou contratada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Essas hospitalizações geram um custo e sobrecarregam o sistema, uma vez que muitas poderiam ser evitadas. OBJETIVOS: Analisar as internações hospitalares e os seus custos no município de Maceió, Alagoas, Brasil, no período de 2008 a julho de 2017. MÉTODOS: Estudo do tipo exploratório, descritivo, transversal, quantitativo, realizado com dados secundários de domínio público fornecidos a partir do banco de dados do Departamento de Informática do SUS (DATASUS), no período de janeiro de 2008 a julho de 2017. RESULTADOS: Aconteceram 605.997 internações hospitalares em Maceió entre janeiro de 2008 e julho de 2017, com consequente gasto total (GT) de R$ 702.152.443,16 em despesas com essas internações. O gasto médio (GM) foi de R$ 1.158,67, com um tempo médio de permanência (TMP) de 6,8 dias por paciente. CONCLUSÃO: Diante dos dados analisados, conclui-se que as internações ocorridas em Maceió são bastante onerosas e geram uma sobrecarga do sistema. Tais efeitos podem ser reduzidos com a adoção de políticas de saúde mais efetivas, com maior investimento em ações de promoção, prevenção e tratamento oportuno e adequado para as causas mais prevalentes de internações hospitalares.

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Gestão – Cód. OR #16759 Implantação de Sistema de Regulação de Leitos no Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA) Silvia Helena Cavalcante de Sousa; Anilton Bezerra Maia; Joyce Santos Lages; Natalino Salgado Filho INTRODUÇÃO: O Sistema Único de Saúde (SUS) está em constante desenvolvimento com o estabelecimento de políticas públicas e programas que possibilitam organizar as Redes de Atenção à Saúde (RAS) de cada região, entre as quais estão a definição das Políticas Nacionais de Regulação do SUS e de Atenção Hospitalar, cuja regulação de leitos possui papel relevante. Avaliando a representatividade do HU-UFMA para a RAS do Estado, o sistema desenvolvido apresenta-se como importante ferramenta de tecnologia da informação em saúde, apoiando a gestão eficiente do acesso às internações reguladas pela Central de Regulação do Estado, fornecendo acesso rápido a partir do atendimento de protocolos pré-estabelecidos e leitos disponíveis para a assistência à saúde do usuário. OBJETIVOS: Apresentar a ferramenta de regulação de leitos do HU-UFMA e seu painel de indicadores. MÉTODOS: A ferramenta desenvolvida, possibilita regular ofertas de serviço e gerenciar internações hospitalares. O Núcleo Interno de Regulação (NIR) recebe solicitação, realiza o cadastro e utiliza o código de classificação de risco (Emergência, Urgência, Internação Eletiva ou Casos menos graves) e registra a procedência do paciente (Central Interna de Leitos, Demanda Judicial, Ambulatório do Hospital ou Superintendência de Controle, Avaliação e Auditoria da Secretaria Municipal de Saúde) e, caso já possua prontuário no Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários (AGHU), os dados são carregados automaticamente. O médico regulador acessa o painel situacional com todas as informações relevantes do paciente (Laudo clínico, Código da solicitação, Nome do paciente, Tipo da solicitação (Enfermaria ou UTI), Procedência, Principais sinais e sintomas clínicos, tempo de espera de atendimento e situação da solicitação (Cadastrado, Alterado, Negado, Pendente, Avaliado, Cancelado, Indisponível ou Atendido). A equipe de regulação do NIR verifica, por documentação médica enviada, as condições clínicas, exames, diagnóstico médico e tipo de leito solicitado. No caso de se enquadrar nos critérios de internação do HU-UFMA e havendo vaga disponível no sistema, o leito é reservado e disponibilizado ao hospital solicitante, caso contrário o pedido é devolvido por pendência ou negado. Todo o histórico de movimentações é armazenado. O painel de indicadores mostra em tempo real todas as solicitações atendidas, avaliadas, pendentes, canceladas e negadas. RESULTADOS: O sistema otimizou o processo de gestão do NIR, outrora realizada através de fax e do telefone. A incorporação da ferramenta possibilitou novo horizonte e, por conseguinte, formação de complexo regulador interno. Outra melhoria significativa foi o controle, mediante produção de dados estatísticos, da evolução da oferta de leitos para a rede de saúde. No período de 01/01/2017 a 31/08/2017 tivemos 4617 solicitações com 650 atendidas, 40 canceladas e 3887 negadas devido ao paciente não atender o perfil do Hospital. Comparando com período do ano anterior, houve aumento de 33,01% na demanda e queda de 13.07% em relação as solicitações atendidas. CONCLUSÃO: A ferramenta é eficaz na regulação dos leitos do HU-UFMA. O sistema pode ser disponibilizado entre os Hospitais que utilizam o AGHU como modelo de gestão hospitalar. Gestão – Cód. OR #16760 Implantação de Sistema de Gerenciamento e Monitoramento de Leitos, Filas e Salas Cirúrgicas no Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA) Silvia Helena Cavalcante de Sousa; Anilton Bezerra Maia; Joyce Santos Lages; Natalino Salgado Filho

INTRODUÇÃO: O aumento da demanda da assistência especializada, a maior complexidade dos processos e a necessidade de gerir as informações assistenciais, tem demandado nos Hospitais, a organização de uma estrutura que ordene e coordene as atividades que ocorrem em torno da assistência à saúde, com a finalidade de facilitar o acesso da população aos recursos disponíveis, mantendo os princípios básicos de equidade e eficiência na utilização dos mesmos e garantindo a articulação do conjunto da organização junto ao usuário e seu processo assistencial. Avaliando a representatividade do HU-UFMA para a Rede de Atenção à Saúde (RAS) do Estado do Maranhão, na oferta serviços especializados aos usuários, o sistema desenvolvido se apresenta como uma importante ferramenta de tecnologia da informação em saúde, apoiando a gestão eficiente do acesso à assistência especializada, das informações relativas ao processo assistência considerando a demanda de internações e cirurgias. OBJETIVOS: Apresentar a ferramenta de gerenciamento e monitoramento dos leitos, filas e salas cirúrgicas do HU-UFMA. MÉTODOS: Trata-se de uma ferramenta com módulos específicos para apoiar a gestão hospitalar. No módulo de gestão de leitos, é possível monitorar a taxa de ocupação das clínicas, a visualização da planta baixa dos andares de internação contendo informações do paciente, situação do leito (ocupado, desocupado, bloqueado ou limpeza), especialidade, profissional médico, tempo de internação, entre outros. No módulo das salas cirúrgicas estão disponíveis informações para gestão eficiente do serviço, como: situação das salas (ocupada, desocupada, limpeza ou desativada), estatísticas de cirurgias (agendada, cancelada, pré-operatório, realizada e transoperatório), detalhes da cirurgia (equipe médica, tempo de limpeza, natureza (eletiva ou emergência), dados dos materiais previstos para o procedimento, órteses e próteses, equipamentos e no detalhamento das cirurgias realizadas é exibido a nota de consumo do procedimento. No módulo das filas cirúrgicas, a entrada e saída de pacientes com indicação cirúrgica é estabelecido pelo médico especialista. A lista é gerada conforme os dados forem inseridos no sistema Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários (AGHU), a partir de uma solicitação de Autorização de Internação Hospitalar, emitida pelo médico no ambulatório. O sistema segue um protocolo rígido de priorização de pacientes, com três níveis (normal, preferente ou urgente) e permite registrar as ocorrências da programação cirúrgica para geração da lista apta para cirurgia. RESULTADOS: O sistema otimizou o processo de gestão assistencial, fortalecendo o modelo de gestão da oferta, no qual os processos de regulação da internação, gerenciamento da lista de espera e programação cirúrgica estejam centrados no paciente. Houve um aumento significativo da taxa de ocupação do hospital, na produtividade dos serviços e capacidade instalada, pois a ferramenta permitiu gerenciar com efetividade para diminuir as taxas de suspensão de cirurgias, interrupções de tratamentos e maior rotatividade dos leitos hospitalares. CONCLUSÃO: A ferramenta é eficaz no gerenciamento e monitoramento dos leitos, filas e salas cirúrgicas do HU-UFMA. O sistema pode ser disponibilizado entre os Hospitais que utilizam o AGHU como modelo de gestão hospitalar. Gestão – Cód. OR #16769 Características epidemiológicas e causas de óbitos de uma unidade de terapia intensiva adulto Brian Gabriel Dos Santos; Mychelle Oliveira Carvalho; Marcus Aurélio Alves Bezerra; Aline Carla da Rocha Souza; Laís Tenório Andrade Lima INTRODUÇÃO: Na unidade de terapia intensiva, informações referentes as características epidemiológicas e clínicas dos pacientes que evoluem com óbito auxiliam a definir estratégias qualitativas e quantitativas e fomentam a melhoria da assistência aos pacientes, especialmente na prevenção de complicações, atendimento especializado e direcionamento do cuidado.

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OBJETIVOS: Caracterizar o perfil de mortalidade de uma Unidade de terapia intensiva adulto (UTI) MÉTODOS: Estudo descritivo, exploratório com abordagem quantitativa. Desenvolvido a partir dos registros de óbitos dos pacientes internadosna UTI adulto de um Hospital de Sergipe, nos meses de outubro de 2016 a agostode 2017. Foram contabiliza dos os óbitos e características associadas, após a coleta, utilizou-se a categorização de causas de óbito em comum tendo como referência o CID10,divididas da seguinte forma: Doenças infecciosas e parasitárias; Doenças do aparelho circulatório; Neoplasias; Doenças do aparelho respiratório; Doenças do aparelho geniturinário;Doenças do aparelho digestivo; Causas mal definidas e não especificadas de mortalidade. Os dados foram estruturados em forma de tabelas no programa Microsoft® Excel® 2010. A análise foi realizada por meio de estatística descritiva expressas em percentuais, média e desvio padrão. RESULTADOS: A amostra foi composta pelos 172 óbitos, constatados no período estudado. Desses, houve predominância do sexo feminino (53%); a média de idade foi de 69 ± 13 anos; sendo a causa mais frequente as doenças do aparelho circulatório(29%); com tempo de permanência médio na UTI de 8 ± 10 dias; em relação ao turno do óbito 18% ocorreram pela manhã, 21% à tarde, e 61% a noite; dos pacientes analisados 71% eram internos, transferidos de outros setores do hospital, e 29% admitidos provenientes de outras instituições; foram realizadas manobras de RCP em 39% dos casos, com tempo médio de reanimação de 25 ± 11 minutos; e 82% faziam uso de prótese traqueal. CONCLUSÃO: Verifica-se, que o perfil de óbito da UTI em questão é composto predominantemente por uma população idosa do sexo feminino acometidas por doenças do aparelho circulatório, a grande maioria dos óbitos foram de pacientes internos e ocorridos durante a noite, desses, quase dois terços estavam intubados ou traqueostomizados Gestão – Cód. OR #16778 ANÁLISE DE TENDÊNCIA DAS INTERNAÇÕES POR ACIDENTES DE TRÂNSITO E SEUS CUSTOS EM ALAGOAS Luiz Carlos Francelino Silva Junior; ALDENYESLLE RODRIGUES DE ALBUQUERQUE; CARLOS DORNELS FREIRE DE SOUZA; GILMAR FRANÇA NOBRE JUNIOR; JOSÉ VICTOR DE MENDONÇA SILVA; SAULO HENRIQUE SALGUEIRO DE AQUINO; INTRODUÇÃO: Os acidentes de trânsito têm ganhado espaço na transição epidemiológica brasileira. Dados da OMS revelam que o Brasil é o quinto país do mundo em número de mortes no trânsito, atrás da Índia, China, EUA e Rússia. Dentre as principais causas, tem-se a falta de atenção, velocidade incompatível, ingestão de álcool, desobediência a sinalização, ultrapassagem indevida e sono. Compreender o comportamento temporal dos dados é uma ferramenta importante capaz de alertar para a necessidade urgente de intervenção. OBJETIVOS: Analisar o comportamento temporal das internações de pedestres, ciclistas e motociclistas, bem como dos custos anuais, no estado de Alagoas entre os anos de 2010 e 2016. MÉTODOS: Trata-se de um estudo ecológico do tipo séries temporais. Foram considerados para esta análise as internações por acidentes de trânsito em três grupos de causas: CID-10 V01-V09 (pedestre traumatizados em acidentes de transporte), V10-V19 (ciclista traumatizado em acidente de transporte) e V20-V29(Motociclista traumatizado em acidente de transporte), ocorridas entre janeiro de 2010 e dezembro de 2016, no estado de Alagoas. Aplicou-se um modelo de regressão linear ao número de internações de cada grupo de causas e aos custos anuais das internações. As séries temporais foram

classificadas em crescente, decrescente ou estacionária, conforme comportamento no modelo de regressão. Adotou-se p valor ≤0,05. RESULTADOS: Foi encontrada padrão estacionário das internações de pedestres traumatiza dos e de ciclistas traumatizados (p valor >0,05). Por outro lado, as internações de motociclistas mostram tendência crescente (inclinação 0,006122/p valor 0,0002). Quando analisados os custos das internações, observou-se tendência decrescente dos custos das internações de ciclistas (-0,00007/ p=0,008), e tendência crescente dos custos das internações de motociclistas traumatizados (inclinação 0,000006/p=0,001). CONCLUSÃO: As internações de motociclistas traumatizados e os custos dessas internações apresentam tendência de crescimento em Alagoas. Os resultados mostram a urgência em discutir estratégia de prevenção de acidentes envolvendo sobretudo os motociclistas. Gestão – Cód. OR #16781 O Impacto da Falta de Estruturação de Processos da Cadeia de Faturamento de Hospitais – Proposta de Projeto Brunna de França Richtrmoc Fernandes; INTRODUÇÃO: O presente trabalho tem como objetivo apresentar os principais impactos gerados pela falta de processos otimizados na cadeia de faturamento hospitalar de um Hospital privado(1,2) e apresentar propostas de melhoria. OBJETIVOS: O objetivo deste trabalho consiste em gerar uma proposta de um projeto para estruturação de modelo de faturamento de hospitais privados a partir da padronização e otimização de processos e implantação de indicadores visando a melhoria continua dos processos e resultados. MÉTODOS: Realizado uma análise de cinco hospitais privados do Recife e identificado os principais impactos causados nos Hospitais pela falta de estruturação de processos, posteriormente foi elaborada uma proposta de projeto para estruturação dos processos na cadeia de faturamento embasada nos principais processos de gerenciamento de projetos do PMBOK(3). RESULTADOS: Vários são os impactos gerados nos resultados dos hospitais pela falta da estruturação de processos da cadeia de faturamento, entretendo todos são oriundos de um principal que é responsável por gerar vários outros. Assim foram identificados os seguintes pontos a serem elaborados no projeto para otimizar o faturamento, como aumentar o prazo para recebimento do valor faturado, elaborar um tempo de equilíbrio para o fluxo do caixa, ausência de capital para aplicação em investimentos, retrabalho no processo da auditoria, subutilização dos recursos humanos e materiais da empresa, prejuízos financeiros causados por erros operacionais (4). Com o objetivo de padronizar o faturamento foi elaborado um projeto, com o guia PMBOK, que divide a proposta nas seguintes partes: Iniciação, termo de abertura do projeto e partes interessadas, planejamento do projeto, plano de gerenciamento do projeto, declaração de escopo, EAP – estrutura analítica do projeto, dicionário da EAP, execução do projeto e controle do projeto(5). CONCLUSÃO: A proposta mostra que esta nova forma de gestão precisa ser monitorada e acompanhada, observando os desvios e ponto de melhoria para que o processo de melhoria continua faça parte da filosofia dos setores a partir das mudanças implantadas. Assim, o impacto de planejar e executar um projeto no faturamento traria uma qualidade dos processos e uma maior estrutura para análise do negócio.

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Gestão – Cód. OR #16784 Gastos com internações hospitalares por Diabetes Mellitus no estado de Alagoas Elivia Carneiro Muniz; Any Caroline da Silva Alves; Karolyne Sanny Barros de Araújo; Dhayse Santos Freitas; Isabel Palha Bulcão Teixeira Pereira; Marianne de Lima Silva; Eduarda Cavalcante Santana; Isis Holanda Pinheiro Vilela; Danielle Karla Alves Feitosa; Alyne Suellen Silva Pedrosa; INTRODUÇÃO: As doenças crônicas não transmissíveis são um dos principais problemas de saúde pública da atualidade. Dentre elas, o diabetes mellitus (DM) é uma das mais relevantes, pois sua prevalência vem aumentando significativamente nos últimos anos aliada à alta morbidade, mortalidade e repercussões econômicas significativas. O Brasil é o 4º país em número de ocorrência, sendo estimado, em 2015, 14,3 milhões de diabéticos. No país, o diabetes está entre as dez maiores causas de mortalidade e é a quinta causa de hospitalização. OBJETIVOS: Em vista disso, este trabalho teve por objetivo investigar os gastos com serviços hospitalares por DM em Alagoas no período de 2012 a 2016 MÉTODOS: A metodologia utilizada baseou-se na análise de dados fornecidos pelo Departamento de informática do SUS (DATASUS), e utilizou-se as variáveis: sexo, faixa etária, regime e caráter de atendimento. RESULTADOS: No período analisado, foi gasto um valor total de 6.558.860,28 reais com serviços hospitalares, sendo o valor médio por internação R$ 675,13. Deste valor total, R$ 258.214,42 correspondem a atendimento eletivo e R$ 6.300.645,86 à urgência. Sobre os gastos nos regimes público e privado, os montantes foram bem próximos sendo, respectivamente, R$ 2.434.312,24 e R$ 2.598.923,92. O restante do dinheiro R$ 1.525.624,12 teve o regime ignorado. Com relação ao sexo, o gasto maior foi em atendimento de pessoas do sexo feminino R$ 3.649.398,95, já com relação à faixa etária, os valores mais altos se concentram no atendimento de pacientes entre 65-69 anos e 80 anos e mais. CONCLUSÃO: Conclui-se que, sendo uma doença crônica, o diabetes gera gastos importantes com seu tratamento e a pesar do impacto e da importância desta para a sociedade, falhas no controle do DM estão ocorrendo no estado de Alagoas o que pode ser correlacionado, principalmente, aos gastos com atendimento de urgência. Por fim, é notório que Políticas Públicas de prevenção mais eficazes, envolvendo especialmente a Estratégia Saúde da Família, fazem-se necessárias, além de orientações à população que visem evitar o aparecimento de complicações crônicas as quais, além de gerarem altos custos em atendimento hospitalar para o governo e para o próprio paciente e sua família, interferem grandemente na qualidade de vida dos mesmos. Gestão – Cód. OR #16789 Avaliação dos gastos públicos e privados nas internações eletivas e de urgências no município de Maceió-AL Any Caroline Da Silva Alves; Elivia Carneiro Muniz; Dhayse Santos Freitas; Isabel Palha Bulcão Teixeira Pereira; Karolyne Sanny Barros de Araújo; Marianne de Lima Silva; Eduarda Cavalcante Santana; Isis Holanda Pinheiro Vilela; Danielle Karla Alves Feitosa; Alyne Suellen Silva Pedrosa; Melina de Omena Moura Bertoldo de Viveiros; Maria Clara de Araújo Cavalcante; INTRODUÇÃO: As internações nosocomiais ocorrem tanto no regime público como no privado, sendo que podem ser de caráter eletivo ou de urgência. Nesse sentido, a área de urgência/emergência é de grande importância na assistência à saúde. Nos últimos anos, houve uma elevação na demanda por serviços nesta área, por causa do aumento do número de acidentes e da violência urbana. Associado a isso, a deficiente estruturação da rede são fatores que têm contribuído indubitavelmente para a sobrecarga dos atendimentos de Urgência/Emergência

disponibilizados para população. Isso tem tornado esta área uma das mais problemáticas. OBJETIVOS: O objetivo deste estudo foi comparar os valores dos serviços hospitalares decorrente das internações em caráter eletivo e de urgência no Sistema Único de Saúde (SUS) e no sistema privado, nos anos de 2010 A 2016 no município de Maceió-AL MÉTODOS: Os dados epidemiológicos foram obtidos no banco de dados do Departamento de Informática do SUS (DATASUS). RESULTADOS: Este estudo evidenciou que das 593.422 internações, 21 % foram atendimentos em caráter eletivo e as urgências corresponderam a 78%. 38 % foram de pacientes do sexo feminino e 62% do sexo masculino. Os valores dos serviços hospitalares por caráter eletivo no sistema público foram R$ 9.464.303,66 e no privado R$ 84.595.537,30. Por outro lado, na urgência R$ 117.015.183,31 no SUS e R$ 237.151.051,60 no particular. No tocante ao valor médio gasto por internação, no atendimento eletivo foi R$ 1.236,97 e na urgência R$ 1.156,19. A média de permanência foi de 2,2 dias nas internações eletivas e de 8,7 dias nas de urgência. Por fim, conclui-se que as internações de caráter de urgência representam a maior parte dos gastos assistenciais com internações hospitalares do sistema público e privado. CONCLUSÃO: No entanto, o valor médio gasto por internação foi maior no atendimento eletivo que nas internações de urgência. Isso demonstra que são necessários maiores investimentos nas internações de urgência uma vez que essas necessitam de maior utilização de Unidades de Terapias Intensivas (UTI) e os pacientes são, na maioria das vezes, mais graves. Gestão – Cód. OR #16792 ANÁLISE DO PERFIL DE PROCEDIMENTOS HOSPITALARES DO SUS NA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ DE JANEIRO A JULHO DE 2017. José Victor de Mendonça Silva; Maykon Wanderley Leite Alves da Silva; Carlos Dornels Freire de Souza; Franklin Gerônimo Bispo Santos; Luiz Carlos Francelino Silva Junior; Saulo Henrique Salgueiro de Aquino. INTRODUÇÃO: Para atender às demandas do processo assistencial e gerencial, faz-se necessário que se implante um modelo de gestão atual, a fim de aperfeiçoar o gerenciamento hospitalar. Nesse contexto, os sistemas de apuração de custos passaram a ser considerados como o componente do sistema de informação financeira mais importante para a análise gerencial e tomada de decisões estratégicas da instituição. OBJETIVOS: Analisar o perfil dos procedimentos hospitalares do SUS na Santa Casa de Misericórdia de Maceió de janeiro a julho de 2017. MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo e transversal envolvendo os procedimentos hospitalares do SUS na Santa Casa de Misericórdia de Maceió no período de janeiro a julho de 2017. Os dados foram extraídos do Sistema de Informações Hospitalares (SIH), do Ministério da Saúde. Foram variáveis de análise: número de internações, custo total e médio das internações, valor total dos serviços hospitalares, valor profissional, caráter de atendimento, motivo da internação, óbitos e taxa de mortalidade. Após a tabulação, procedeu-se a análise estatística descritiva simples. Por utilizar dados secundários de domínio público, dispensa-se autorização do Comitê de Ética em Pesquisa. RESULTADOS: No período analisado, ocorreram 5.574 internações na Santa Casa de Misericórdia de Maceió a um custo total de R$ 19.883.250,63, sendo uma média de R$ 3.567,14 por AIH aprovada. O custo dos serviços hospitalares foi R$ 16.785.601,58, enquanto o custo profissional foi R$ 3.097.649,05. Quanto ao caráter do atendimento, 58,18% (n=3.243) foram internações de urgência e 41,81% (n=2.331) eletivas. A permanência média foi 5,2 dias. A respeito do motivo das internações, destacam-se 54,68% (n=3.048) para procedimentos cirúrgicos; 42,89% (n=2.391) para procedimentos clínicos e 0,59% (n=33) para transplantes de órgãos, tecidos e células. No tocante ao número de

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óbitos, foram notificados 340 casos, com uma taxa de mortalidade de 6,10. CONCLUSÃO: As internações na Santa Casa de Misericórdia de Maceió representam um custo elevado e com tempo de permanência alto. Destaca-se a importância dos dados analisa dos para apuração e mensuração dos gastos, essencial na gestão. Demonstrou-se, ainda, a importância da Santa Casa de Misericórdia de Maceió no cenário das internações na cidade de Maceió. Gestão – Cód. OR #16805 TRANSIÇÃO DE CUIDADO ENTRE UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO E SERVIÇO DE MEDICINA HOSPITALAR Christiane Sachet Zorzi;Caroline Raquele Jaskowiak;Ana Paula Boscato;Roberta Afonso;Franciele Debortoli. INTRODUÇÃO: A gestão de fluxos do Hospital Tacchini iniciou em janeiro de 2017 para aprimorar e reorganizar o fluxo de pacientes que acessam a instituição, pelas vias de entrada e saída, além do apoio ao fluxo do paciente no complexo hospitalar. Dessa forma, foi implementado a regulação dos pacientes provenientes da unidade de pronto atendimento (UPA) com administração municipal, diretamente para a unidade de internação do Serviço de Medicina Hospitalar do Hospital Tacchini, o qual é uma instituição filantrópica com administração privada. A transição de cuidados surgiu a partir da identificação da necessidade de agilizar o fluxo de internação destes pacientes e o aprimoramento dos fluxos de atendimento, com base na contratualização entre município e hospital. Garantindo a otimização dos recursos hospitalares e definindo o grau de complexidade do atendimento. OBJETIVOS: Explanar sobre o sistema de transição de cuidado de uma unidade de pronto atendimento (UPA) para o Serviço de Medicina Hospitalar. MÉTODOS: Estudo descritivo da transição de cuidados de pacientes provenientes da UPA com indicação de internação clínica, para a unidade de internação do Serviço de Medicina Hospitalar do Hospital Tacchini em Bento Gonçalves/RS. A organização do sistema inicia com a solicitação de leito pela UPA, assim sendo, com a disponibilidade de leito, o médico da UPA passa o caso clínico via telefone para uma enfermeira gestora de fluxo capacitada, a mesma aplica o check list de transferência e discute todos os casos com o médico hospitalista. Confere critérios de estabilidade e fluxos da contratualização para proceder a transferência. Esta triagem visa a identificação de pacientes potencialmente cirúrgicos, instáveis e de alta complexidade, essa última não é contratualizada/referência via Sistema Único de Saúde. Preenchendo os critérios, a transferência é procedida após o contato da transição de cuidados entre médicos. Esse paciente proveniente da UPA é direcionado ao leito em unidade de internação, não transitando pelo Pronto Socorro. RESULTADOS: Os resultados obtidos com implementação da sistemática, no período de fevereiro a julho de 2017, foram: 286 leitos solicitados, 231 pacientes aceitos e transferidos totalizando 81 %, 55 pacientes não foram aceitos com base na aplicação do check list, critérios de estabilidade e contratualização totalizando 19 %. Dos paciente que foram aceitos, 2% foram identificados como equivocados para o Serviço, ocorrido por falha no processo ou falta de informações clínicas. Os principais motivos de recusa de transferência são instabilidade hemodinâmica, paciente com patologias potencialmente cirúrgicos, com necessidade de tratamento em serviços terciários e pacientes com indicação de tratamento com médico especialista . Com base no número absoluto de internações no período supracitado, 31 % são provenientes da UPA neste modelo proposto e 69 % de outros locais da instituição. Isto posto, contribuiu para tornar mais ágil o fluxo assistencial e o paciente é

direcionado para o leito adequado para a condição clínica, dessa forma não transita entre as diversas áreas do hospital. CONCLUSÃO: Enfim, os indicadores mostram que a implantação do processo nesses moldes, apresentou resultados positivos, garantindo segurança na continuidade da metodologia aplicada e maior satisfação médica. Por conseguinte, a avaliação positiva iniciou o processo de introdução institucional de um núcleo interno de regulação de pacientes (NIR). Gestão – Cód. OR #16815 Internações e Custos Hospitalares por Grupo de Causas em Sergipe, 2009 a 2016. Jamylle Souza Rodrigues; Julyana do Carmo Souza;Fernanda de Souza Formentin; Vanessa Oliveira Amorim; Silvio Matheus de Medeiros Siuta; Marco Aurélio de Oliveira Góes INTRODUÇÃO: O gerenciamento de recursos em saúde depende do equilíbrio entre oferecer os serviços com um menor custo possível sem comprometer a qualidade. Para tanto, serão expostos alguns dados de morbidade hospitalar no Estado de Sergipe. OBJETIVOS: Foram obtidos dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) por meio do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), do período de 2009 a 2016, compreendendo 08 anos. MÉTODOS: Identificar as principais causas de internação e custos hospitalares por capítulo do CID-10 no Estado de Sergipe. RESULTADOS: O Estado de Sergipe apresentou 734.977 internações durante o período, com o custo total de R$ 6.771.791,00. O grupo do capítulo CID que motivou o maior número de internações e maior porcentagem de custo total foi “Gravidez e puerpério”, com 250.119 (34,03%) internações, e custo de R$ 129.577.857,30 (19,13%). Os demais grupos não obtiveram participação maior do que 10% do total de internações. Quanto ao custo total, “Doenças do aparelho circulatório” figuraram em segundo lugar com R$ 112.285.123,93 (16,58%), tendo os demais motivos porcentagens inferiores a 11%. Em relação a mortalidade, “Doenças do aparelho circulatório” responderam por 6.405 (23,15%) óbitos, seguida por “Doenças do aparelho respiratório” com 4.854 (17,55%). O custo médio por cada internação foi de R$921,36, sendo o grupo com maior custo por internação o de “Malformações congênitas, deformidades e anomalias” com o custo de R$ 3.726,68 por internação, seguido por “Doenças do ouvido e da apófise mastoide” com R$ 3.679,76, e “Algumas afecções geradas no período perinatal” com R$ 3.395,39. “Gravidez, parto e puerpério”, apesar de ter a maior porcentagem de internação e custo, apresentou o custo médio por internação de R$ 518,06. Outro aspecto a ser ressaltado, é que “Gravidez, parto e puerpério” teve uma quantidade de internações cerca de 5 vezes maior que a de “Doenças do aparelho circulatório”, este com 51.921 (7,06%) internações, e teve um custo semelhante, com R$ 129.577.857,28 e R$ 112.285.123,93 respectivamente. CONCLUSÃO: O que gerou maior consumo dos recursos financeiros consiste em uma causa inerente à continuidade da vida humana, que é a gravidez. Já as doenças do aparelho circulatório, compreendem as enfermidades cardiovasculares, as quais representam parte das Doenças Crônicas Não Transmissíveis, cuja tendência é de elevação conforme o aumento da expectativa de vida. Portanto, cabe aos gestores garantir que os recursos financeiros sejam bem aplicados.

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Gestão – Cód. OR #16817 Profissionais de saúde e acidentes de trabalho com exposição a materiais biológicos em Sergipe Julyana Do Carmo Souza; Jamylle Souza Rodrigues; Luiz Gabriel Ribeiro de Assis; Matheus de Albuquerque Santos; Mayara da Silva Custodio; Marco Aurélio de Oliveira Góes. INTRODUÇÃO: Laborar na área da saúde implica no inerente risco de acidentes de trabalho relacionados com a exposição a materiais biológicos, especialmente aos profissionais que atuam no setores hospitalares. Este tipo de agravo é definido na ficha de notificação do SINAN (Sistema Nacional de Agravos de Notificação) como acidente que envolve sangue ou outros fluidos orgânicos durante o desenvolvimento do trabalho dos profissionais de saúde. OBJETIVOS: Discutir os riscos trabalhistas relacionados com trabalho no setor de saúde e traçar perspectivas futuras. MÉTODOS: Dados obtidos a partir do SINAN por meio da Plataforma Renast (Registro Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador) Online. Foram analisados os casos notificados em Sergipe de 2007 a 2014, compreendendo 08 anos. RESULTADOS: Durante o período de 2007 a 2014 em Sergipe, foram notificados 4.317 agravos relacionados ao trabalho no estado de Sergipe. O total de acidentes com material biológico em Sergipe foi de 2.569 e, diversas categorias profissionais do ramo da saúde tiveram registros deste tipo de acidente, 1514 (58,93%) casos foram com técnicos ou auxiliares de enfermagem, 201 (7,82%) enfermeiros, 151 (5,87%) médicos, 30 (1,16%) odontólogos, 22 (0,85%) fisioterapeutas, dentre outras profissões. Dentre os acidentes, 2.079 (88,93%) eram mulheres e 490 (19,07%) eram homens. Os anos com maiores números de notificações foram 2010, com 483 (11,18%) casos e 2012, com 482 (11,16%). CONCLUSÃO: A Norma Regulamentadora (NR) nº 7 define que deve ser instituído o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional e a NR nº 32 define as precauções que devem ser empregadas antes e após o acidente com exposição a material biológico, bem como ações de formação continuada como forma de prevenção. Além disso, o risco da atividade laboral deve ser discutido na graduação, assim como a adoção dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), práticas de biossegurança e a formação continuada devem ser privilegiadas. Portanto, trata-se de um grave problema inerente ao serviço de saúde, que deve ser efetivamente evitado. Gestão – Cód. OR #16821 Uso de ferramenta informatizada de identificação de pacientes clínicos de longa permanência em hospital público brasileiro André Wajner; Ana Paula Fabbris Andreatta; Angelise Maria Martins; Jociele Gheno; Thaise da Silva Nunes; Fernando Pivatto Júnior Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC) INTRODUÇÃO: O Sistema Kanban foi implantado no HNSC no final de 2015, sendo considerado um mecanismo de comunicação just in time, servindo para restabelecer/produzir exatamente o que está sendo solicitado e com as especificidades, permitindo que os resultados sejam visualizados. Os hospitais que o implantaram plenamente estão conseguindo revelar diversos problemas pontuais e/ou crônicos de sua assistência e, com isso, têm buscado a reorganização de vários de seus processos internos e até mesmo externos de trabalho. OBJETIVOS: Descrever as caraterísticas clínicas, indicadores hospitalares assim como as principais pendências da internação assinaladas no Sistema Kanban no Serviço de Medicina Interna do HNSC durante o ano de 2016 MÉTODOS: Estudo transversal incluindo pacientes de 2 postos de internação do HNSC (59/843 leitos, 7,0%), hospital público de ensino, 100% SUS, pertencente ao maior complexo hospitalar do sul do Brasil

(Grupo Hospitalar Conceição-GHC). O preenchimento do sistema pelo médico assistente no prontuário eletrônico era compulsório após o 12º dia de internação. A análise descritiva foi realizada através frequência absoluta e relativa, média ± desvio-padrão (variáveis com distribuição normal) ou mediana (intervalo interquartil). RESULTADOS: Foram analisados 1.696 pacientes com idade mediana de 65,0 anos (IIQ: 54,0-76,0), sendo 855 (50,4%) femininos, referentes a 1.791 internações (95 reinternações, 5,3%). A mediana do tempo de hospitalização foi de 18 (IIQ: 12-31) dias, sendo o tempo na enfermaria de 9 (IIQ: 4-16) dias. O diagnóstico na hospitalização mais frequente foi “septicemia não especificada” (109; 6,1%). Durante o período de 19.547 pacientes-dia de internação, houve o preenchimento do Kanban com ≥ 1 pendência em 8.618 dias (44,1%), totalizando 10.722 pendências assinaladas. Isoladamente, as pendências mais frequentes foram “finalização de tratamento medicamentoso” (4.653; 43,4%) e “necessidade de parecer de outra especialidade” (1.005; 9,4%). Realização e laudo de exames corresponderam a 1.676 (15,6%) e 1.088 (10,1%) das pendências, respectivamente. CONCLUSÃO: O preenchimento do sistema durante o período estudado foi de 44,1%, sendo possível a identificação de fatores potencialmente modificáveis para redução do tempo de permanência hospitalar, tais como realização e laudo de exames. O uso do Kanban pode ser uma ferramenta útil na detecção das pendências relacionadas à internação. Gestão – Cód. OR #16829 Avaliação da proporcionalidade de custos em relação ao número de internações no estado de Sergipe Sylvia Kathariny Farias Andrade; Lindemberg Costa de Albuquerque; Ricardo Gois de Lima; Raphaella Maria Oliveira Pereira Gomes; Marina Maria Santos Alves; Marcos Vinícius da Silva Universidade Tiradentes - Sergipe INTRODUÇÃO: Baseado nos dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), ocorreu um número significativo de internações em Sergipe nos últimos cinco anos. Por ser do setor de alta complexidade e de difícil administração, A hospitalização está mais propensa a ser negligenciada no envio de verbas por parte dos gestores. OBJETIVOS: Avaliar a proporcionalidade entre os investimentos e o número de Internações nas redes pública e privada no estado de Sergipe. MÉTODOS: Trata-se de uma pesquisa de cunho descritivo, transversal e retrospectivo, desenvolvida a partir de dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde sobre o estado de Sergipe entre janeiro de 2013 e junho de 2017. RESULTADOS: De acordo com as informações obtidas, foi observado que em relação ao período supracitado houve uma queda de 2,66% no número de internações. Apesar disso, os custos nesse mesmo período ele varam-se 11,19%. Por conseguinte, ao avaliar o custo médio da hospitalização por paciente, constatou -se que ocorreu um aumento de 14,23%. Outro ponto observado foi que apenas no período entre 2013 e 2014 houve um decréscimo de 2,10% dos investimentos por paciente, diferentemente dos anos subsequentes, os quais tiveram uma elevação dos gastos CONCLUSÃO: A o contrário do esperado, houve um aumento dos investimentos hospitalares no ínterim mencionado, porém sem proporcionalidade e regularidade. Portanto, faz-se necessário que a gestão dê uma maior visibilidade à assistência hospitalar, tendo em vista que a qualidade do serviço prestado à população sergipana reflete na morbimortalidade dos seus pacientes

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Gestão – Cód. OR #16833 A IMPORTÂNCIA DO OLHAR GESTOR SOBRE O COMPROMETIMENTO DOS PROFISSIONAIS PARA UMA ASSISTÊNCIA HUMANA E DE QUALIDADE DURANTE O PARTO HUMANIZADO Brysa Lorena Lins Ferreira; Andreza Gomes De Andrade; Robergson Rozendo Ribeiro INTRODUÇÃO: Cada vez mais as instituições de saúde buscam estratégias que contribuam para que os resultados organizacionais sejam satisfatórios através da segurança e qualidade dos serviços ofertados, buscando a excelência, tornando-se mais produtivas. Nota-se um crescimento por meio das instituições hospitalares por compreender como seus colaboradores estão comprometidos com suas atribuições. OBJETIVOS: O devido trabalho buscou identificar a percepção do gestor sobre a atuação das enfermeiras obstetras a respeito das ações desenvolvidas no processo de parto humanizado, evidenciando as dificuldades para implementação da assistência para a realização da parturição MÉTODOS: Este estudo trata-se de um relato de experiência sobre o trabalho desenvolvido por enfermeiras obstetras em um hospital filantrópico de referência no interior, pertencente a rede de hospitais “Amigo da Criança”, através de abordagem qualitativa. A devida pesquisa teve como sujeitos 10 enfermeiras obstetras, sendo dados coletados através de entrevista semiestruturadas. RESULTADOS: Após análise do questionário mencionado, foi observado por meio do gestor que o processo do parto humanizado necessita de ajustes e melhorias na assistência a ser ofertada, para que esse momento torne-se mais fisiológico e natural, respeitando a dignidade e autonomia da mulher. Contribuindo para o resgate do papel ativo da mulher nesse processo. Enquanto que as enfermeiras de forma geral relataram que se sentem mais integradas, sendo capazes de transmitir confiança, obtendo uma adequada manutenção do bem estar físico e emocional da mulher. CONCLUSÃO: Assim, os resultados evidenciam a importância do acompanhamento por parte do gestor, a fim de sensibilizar a equipe a buscar qualidade nos serviços ofertados, detectando pontos de fragilidades para intervir por meio de plano de ação almejando melhorias no serviço ofertado. Gestão – Cód. OR #16834 Médicos Hospitalistas efetivamente diminuem pacientes de longa permanência em Hospital Geral no Sul do Brasil Andre Wajner;Natália Jaeger Basso Werle;Gisele Baldez Piccoli;Sander Filipi Milani;Fernando Starosta de Waldemar;José Augusto Pellegrini INTRODUÇÃO: É notório que a permanência de pacientes por longos períodos de internação tem efeitos prejudiciais no que tange ao aumento de efeitos adversos relacionados à internação, risco de infecções hospitalares, aumento dos custos assistências, entre outros. A adoção dos preceitos de medicina hospitalar, como modelo para a assistência em hospitais norte-americanos, foi responsável por reduzir o tempo de permanência de 10 a 15%. OBJETIVOS: Realizar comparação na prevalência de pacientes com longa permanência (definido como pacientes com percentil > 75% do intervalo interquartílico do tempo de internação, ou seja, > 13 dias), após a introdução do modelo de medicina hospitalar na enfermaria de leitos do SUS, em um hospital terciário filantrópico do Rio Grande do Sul. RESULTADOS: O serviço de medicina hospitalar nos doze meses referidos atendeu o total de 1.322 pacientes, apresentado idade média de 63 anos, sendo que 56% da amostra era do sexo masculino e o percentual de óbitos foi de 11%. Em doze meses de observação, verificou-se um decréscimo de 60% dos pacientes internados há mais de 13 dias,

comparando o primeiro semestre com o segundo. Nos primeiros seis meses de análise, o tempo mediano de permanência foi de 13,5 dias, sendo que 30% dessa amostra eram de pacientes internados há mais de 13 dias. Já nos seis meses seguintes à implantação da medicina hospitalar, o tempo mediano de permanência foi de 9,1 dias com 18% dos pacientes sendo classificados como de longa permanência. Ainda, referente ao mesmo período de observação, nas comparações trimestrais, notou-se uma queda absoluta de 6% (de 33% para 27%) nos pacientes de longa permanência do primeiro para o segundo trimestre, seguido de outra queda de 9% (de 27% para 18%) e após uma estabilização nos últimos trimestres comparados. A mediana no tempo de internação em cada um dos trimestres foi de 14,6 dias; 12,5; 9,4 e 8,9 dias, respectivamente. CONCLUSÃO: O modelo de medicina hospitalar efetivamente diminui o tempo de internação dos pacientes a niveis mais significativos que a literatura internacional.Os hospitais devem considerar implementar esses serviços a fim de diminuir os pacientes de longa permanência. Gestão – Cód. OR #16849 Análise comparativa das internações hospitalares entre as microrregiões de Sergipe Julyana Do Carmo Souza; Jamylle Souza Rodrigues; Maria do Carmo Souza; Aécio Lindenberg Figueiredo Nascimento; Manuela Lopes Santos Almeida; Marco Aurélio de Oliveira Góes INTRODUÇÃO: As regiões geográficas possuem particularidades que se refletem nas informações epidemiológicas relacionadas aos serviços de saúde. Analisá-las sob múltiplos enfoques colabora para uma maior efetividade na aplicação dos recursos humanos e financeiros do setor hospitalar. OBJETIVOS: Analisar a morbimortalidade hospitalar nas microrregiões de Sergipe. MÉTODOS: Foram coletados dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) por meio do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), do período de 2009 a 2016, compreendendo 08 anos. Para a população considerada, foram obtidos dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). RESULTADOS: Sergipe possui 12 microrregiões e com o total de 2.068.017 habitantes, segundo Censo 2010. Ocorreram 734.977 internações no período, sendo Aracaju responsável por 65% delas e por 82,24% do custo total. A maior taxa de internação ocorreu na microrregião de Aracaju (0,57%), seguida por Estância (0,52%), Cotinguiba (0,49%) e Agreste de Lagarto (0,42%). A média de permanência foi de 6,2 dias em Aracaju, 4,9 dias em Boquim, 4 dias em Agreste de Lagarto. A taxa de mortalidade por internação foi maior em Boquim (6,76%), Agreste de Lagarto (6,27%), Aracaju (4,44%) e Propriá (4,08%). Entretanto, se os óbitos forem comparados com a população geral da microrregião, a maior taxa é apresentada por Agreste de Lagarto (2,67%), em seguida Aracaju (2,52%) e Estância (1,16%) no período considerado. CONCLUSÃO: Os dados coletados indicam que em Sergipe há uma concentração das internações, óbitos e dos custos na região metropolitana de Aracaju. Além disso, ao se considerar a população de cada microrregião, o Agreste de Lagarto concentrou a maior quantidade de óbitos em relação à sua população total e Boquim a maior taxa de óbitos em relação às internações. Estas informações apontam para a necessidade de melhoria da efetividade e alcance dos serviços de saúde, especialmente os que estão localizados no interior do Estado.

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Gestão – Cód. OR #16850 GESTÃO DA ASSISTÊNCIA: UM OLHAR PARA O CUIDADO MULTIDISCIPLINAR PARA UNIDADE DE INTERNAÇÃO CLINICA E CIRURGICA Micheli Minalli; Paulo machado Rodrigues; Erica Fernanda Mancilia; Andrenizia Duque Amaral;Rosangela Claudia Novembre; Fabio Poianas Giannini Instituição: Hospital Santa Catarina/ SP INTRODUÇÃO: As melhores evidências científicas sugerem que a colaboração interdisciplinar ao longo da execução do cuidado melhora os desfechos1, fortalece as equipe, diminui a ocorrência de eventos adversos, pavimenta os fluxos e torna mais eficaz a utilização dos recursos disponíveis. Quanto mais complexa a unidade maior a necessidade de uma visita multidisciplinar para organizar e executar tarefas do cuidado integrado2. OBJETIVOS: Identificar os pacientes com risco de deterioração clinica e promover a visão integrada e participativa para a equipe multidisciplinar para a assistência ao paciente internado. MÉTODOS: A visita multidisciplinar ocorreu semanalmente nas unidades de internação de Clínica Médica e Cirúrgica, mediada por um instrumento com perguntas baseadas no gerenciamento do risco clínico e cumprimento de protocolos padronizados. Foi desenvolvido em um hospital privado, grande porte da cidade de São Paulo. RESULTADOS: A visita multidisciplinar direcionada pelas necessidades dos pacientes identificou e interviu em 10% na identificação precoce de protocolos de gravidade (Sepse); 35% em protocolos de prevenção de quedas, delirium, broncoaspiração, 5% em interações medicamentosas,1% na identificação de pacientes em cuidado paliativo, 2% de identificação de pacientes e familiares que necessitavam de apoio psico-social e reafirmou o espírito de equipe, entre os profissionais que trabalham juntos, de forma organizada, cooperativa, complementar e possibilitou para a equipe multiprofissional prestar assistência de forma integrada, reduzindo os ruídos de comunicação, ganhos na tomada de decisão para o melhor cuidado a ser prestado ao paciente. CONCLUSÃO: O processo assistencial se mostra mais efetivo à medida em que estas estratégias se somam para facilitar o entendimento entre os profissionais, contribuindo para melhorar o desempenho clinico e promoção do cuidado com qualidade e segurança, como também de forma acolhedora e personalizada. Gestão – Cód. OR #16855 DA INTEGRAÇÃO AO APRIMORAMENTO DAS PRÁTICAS ASSISTENCIAS – UMA EXPERIÊNCIA DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA PARA ENFERMAGEM DA SANTA CASA DE MACEIÓ. SAVIA NOBRE DE ARAUJO DOREA; MARIA ALAYDE MENDONCA ROMERO RIVERA; Nayanne da Silva Luz; ANDREZA GOMES DE ANDRADE; MYRIAN LIVIA DE SOUZA SANTOS. SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ INTRODUÇÃO: Sabe-se que, de maneira geral, atualmente a maioria dos colaboradores admitidos em uma instituição de saúde, chegam sem experiência prática e sem o conhecimento dos protocolos e boas práticas institucionais, sendo necessário que participem de um treinamento prévio ao início de suas atividades. OBJETIVOS: a) Proporcionar capacitação aos colaboradores admitidos mensalmente na Instituição, oferecendo instrução teórico-prática. b) Avaliar, de forma periódica, o desempenho assistencial dos mesmos por um período de 3 meses. MÉTODOS: Capacitação na admissão, durante 4 dias: a) 2 dias para a integração geral e b) 2 dias para o aprimoramento das práticas assistenciais, para integrantes da equipe de Enfermagem. A segunda etapa possui carga horária de 16 horas e tem como facilitadores, profissionais da equipe multiprofissional do hospital e facilitador externo,

seguindo um cronograma previamente estabelecido, sendo abordados os seguintes conteúdos: Boas práticas; Protocolos institucionais; prevenção de infecção ; noções do prontuário eletrônico e de auditoria hospitalar; cuidados com hemocomponentes; MEWS, SBAR, transporte seguro de pacientes e manuseio dos equipamentos. Avaliação: visitas de acompanhamento, observação das práticas e entrevista com o colaborador e sua liderança imediata. Nas visitas, são ouvidos os relatos referentes às dificuldades encontradas pelos colaboradores e o nível de satisfação da liderança, que também estabelece conceitos de avaliação do desempenho do colaborador: A – atende às expectativas; B - precisa de capacitação; C – sugere-se mudança de setor. RESULTADOS: Entre abril a junho de 2017, as avaliações dos colaboradores admitidos demonstraram que o conceito A foi atribuído a 92% em abril, 79% em maio e 90% em junho, demonstrando a importância da existência de um programa de aprimoramento de práticas assistenciais na instituição, para atender aos gaps observados de aprendizado. CONCLUSÃO: aprimoramento das práticas assistenciais pode oferecer aos colaboradores mais segurança na realização de suas atividades diárias e melhor adaptação às rotinas da instituição, o que contribui para a melhoria da qualidade da assistência e para a segurança do paciente. Gestão – Cód. OR #16856 IMPACTO DO REMANEJAMENTO DIÁRIO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NA SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA E QUALIDADE ASSISTENCIAL. SAVIA NOBRE DE ARAUJO DOREA; DANIELA BROAD RIZZO OMENA TAVARES; NAYANNE DA SILVA LUZ; MARIA ALAYDE MENDONÇA ROMERO RIVERA; MARIA TEREZA F TENÓRIO; VALESSA MAYARAARAUJO DE GOIS SANTANA. SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ INTRODUÇÃO: A assistência hospitalar enfrenta atualmente uma realidade que busca por um lado a segurança do paciente e por outro a sustentabilidade financeira, através da utilização racional (e baseada na melhor evidência) de recursos humanos e financeiros. Neste cenário, a necessidade de redimensionamento de colaboradores da Enfermagem tem ocorrido em decorrência da mudança diária do perfil das unidades de internação hospitalar, com base na taxa de ocupação e no perfil dos pacientes internados no que diz respeito aos cuidados de enfermagem requeridos. OBJETIVOS: a) Descrever o processo de remanejamento de técnicos e auxiliares de Enfermagem, nas equipes das diversas áreas institucionais, para suprir faltas, anteriormente preenchidas por colaboradores do mesmo setor, gerando horas extras. b) Apresentar o envolvimento direto do Enfermeiro no gerenciamento de custos (horas extras), mantendo o compromisso de uma assistência segura. MÉTODOS: 1. Verificação diária, por parte das supervisoras plantonistas da Coordenação de Enfermagem: a) da taxa de ocupação de cada unidade de internação através do censo hospitalar gerado por um sistema informatizado; b) do quantitativo da escala diária da equipe de enfermagem de forma presencial e c) realização de transferências de colaboradores, dentro dos limites das competências técnico-científicas, éticas e legais. 2. Análise do benefício financeiro e assistencial dos remanejamentos em 2016 (redução de horas extras; impedimento de dobras de plantão, que acarretam sobrecarga de trabalho, com impacto negativo na qualidade da assistência). 3. Contabilização da quantidade de remanejamentos realizados nos três turnos, manhã, tarde e noite e identificando o valor que seria pago por hora extra, para verificação da economia, caso existisse. RESULTADOS: Em 2016 foram remanejados 384 colaboradores entre os setores assistenciais: 111 no turno da manhã , 115 no turno da tarde (ambos com carga horária de 6 horas) e 158 noturnos (carga horária de 12 horas). Foi estimada em R$ 35.648,26 a economia resultante dos remanejamentos, resultante do não pagamento pela extensão do horário

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de trabalho de colaboradores, para suprir as carências identificadas. Ficou também evidenciado que a produtividade do colaborador que cumpre sua jornada normal de trabalho é superior à daquele que, devido a imprevistos, precisa estender sua jornada. CONCLUSÃO: A preocupação com a sustentabilidade de uma instituição de saúde nos dias de hoje, quando compartilhada com todos os níveis gerenciais, oferece oportunidades de otimização de recursos (humanos e financeiros), sem prejuízo da qualidade assistencial e da segurança do paciente. Gestão – Cód. OR #16869 Gestação e Doença cardiovascular em unidade de terapia intensiva de maternidade de alto risco do Estado de Alagoas. Laura Giovana Gonzaga Coelho Vanessa Reis de Abreu Cavalcanti Amanda Ferino Teixeira Maria Alayde Mendonça da Silva Ivan Romero Rivera Carlos Romério Ferro. UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS INTRODUÇÃO: Sabe-se que 50% da mortalidade materna no Brasil é determinada pela Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), como causa direta, e pelas doenças do aparelho circulatório, como causa indireta, as quais também determinam elevada morbi-mortalidade fetal. OBJETIVOS: : Analisar o perfil epidemiológico das gestantes internadas em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em hospital de referência para atendimento de gestantes de alto risco. MÉTODOS: Estudo descritivo, retrospectivo, com revisão de prontuários médicos das gestantes internadas nos anos de 2011 a 2014. Coleta de dados segundo protocolo pré-especificado. RESULTADOS: Do total de 715 pacientes internadas na UTI, entre 01/01/2011 a 31/12/2014, 371 (52%) internaram com diagnóstico de doença cardiovascular (DCV). Os dados de 334 pacientes (37 retiradas da pesquisa, pela não localização dos prontuários) demonstraram que a doença hipertensiva foi a mais frequentemente diagnosticada (86%). Em 288 (86%) pacientes houve alteração dos níveis pressóricos em algum momento na internação: 8 com elevação da PA sistólica (PAS); 7 da diastólica (PAD); 273 de ambas. Média da PAS= 170±22,9 mm Hg e da PAD= 108,8±15,6 mm Hg. Apenas 83/288 (29% das hipertensas) faziam uso de medicação na internação, sendo metildopa a mais frequente 54/83 (65%). Em 175 pacientes a glicemia foi determinada, sendo acima de 100 mg/dL em 68 (39%) gestantes (143,3±41,5 mg/dL), das quais 5 eram hipertensas. A hemoglobina foi determinada em 375 gestantes, com valores <12 mg/dL (9,5±1,3 mg/dL) em 272 (72,5%). Os dados do parto foram obtidos em 279 gestantes, sendo cesáreo em 266 (95,3%), dos quais 224 (84,2) foram em pacientes com doença hipertensiva na gestação. As cardiopatias representaram 18% (59 pacientes) do grupo pesquisado (concomitante com HAS em alguns casos); cardiopatia reumática foi diagnosticada em 39 pacientes (12%), 20 delas com antecedente cirúrgico de valvuloplastia. CONCLUSÃO: Observa-se que a HAS e as valvopatias ainda representam, no estado de Alagoas, as principais causas de internação em UTI durante a gestação. Os dados apresentados chamam a atenção para uma população de alto risco, que necessita de informações pré-natais adequadas sobre a DCV (especialmente a HAS) e seu impacto negativo na gestação, caso não sejam adequadamente tratadas.

Gestão – Cód. OR #16870 O IMPACTO POSITIVO DO ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO OU EXTRACURRICULAR DE ENFERMAGEM GERENCIAL NA FORMAÇÃO DO NOVO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM. Paula Gabrielle de Almeida; MARIA ALAYDE MENDONCA ROMERO; NAYANNE DA SILVA LUZ; ANDREZA GOMES DE ANDRADE; SAVIA NOBRE DE ARAUJO DOREA; DAVI WALISSON FERREIRA; VALESSA MAYARA ARAUJO DE GOIS SANTANA. JOSÉ JÚLIO LIRA CIRINO. SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ INTRODUÇÃO: A graduação em Enfermagem oferece inúmeras oportunidades de aprendizado teórico e prático na assistência, enquanto no gerenciamento a vivência prática é escassa. Ha poucas chances do estudante colocar-se como gestor, embora sabendo que cabe ao Enfermeiro também realizar este papel. Enquanto estagiário da gestão, compete muitas vezes ao estudante realizar atividades burocráticas, o que lhe dá uma visão distorcida do que é, na realidade, essa função. Assim, estágios não-obrigatórios (ENO), que geram oportunidades de aprendizado que vão além do currículo oficial das universidades ( “currículo paralelo”), podem servir para a “vivência da gestão”. OBJETIVOS: Demonstrar como o ENO oferece experiências de Enfermagem gerencial, diferentes daquelas com as quais o estudante lida na graduação (muito voltada para a assistência), influenciando sua percepção nestas duas áreas de ação do Enfermeiro (e a conexão entre ambas). MÉTODOS: Relato de experiência de estudantes de Enfermagem, acompanhados pela Divisão de Ensino e Pesquisa (DEP) da Santa Casa de Misericórdia de Maceió (SCMM), a partir da aprovação em processo seletivo para ENO, através da participação dos mesmos nos processos gerenciais de Enfermagem da instituição em diversas áreas: Auditoria, Gestão de Qualidade, Gerência de Riscos e Práticas Assistenciais, Coordenação de Enfermagem, Centro Diagnóstico, Comissão de Prontuário. RESULTADOS: Nos anos de 2012 a 2017, foram oferecidas 32 vagas/ano para ENO da Enfermagem, sendo 50% gerencial; 96 graduandos tiveram essa experiência. Durante o período do ENO (que varia de seis a 18 meses), o contato com as ações gerenciais específicas da área (mencionadas acima), permitiu aos estagiários aprender sobre: a) existência de fluxos essenciais para o funcionamento do hospital; b) gestão de custos hospitalares (materiais, medicamentos, equipamentos, recursos humanos); c) gerenciamento da ocorrência de eventos adversos e da importância da prevenção dos mesmos; d) criação, implantação e gerenciamento de protocolos assistenciais (sepse, prevenção de quedas, úlcera por pressão, outros); e) delineamento, implantação e gerenciamento do Programa de Educação Continuada; f) dimensionamento de colaboradores; g) importância do registro de dados em prontuários. Segundo os mesmos, a experiência gerencial “ampliou o universo de aprendizado e assegurou uma atitude de segurança na gestão dos processos que envolvem o Enfermeiro”. CONCLUSÃO: O ENO na área de enfermagem gerencial: 1. Possibilitou aos estudantes um novo aprendizado a partir de experiências concretas, dando-lhes uma visão ampliada da Enfermagem, bem como apontou outra possibilidade na carreira profissional; 2. Ofereceu-lhes a visão da gestão hospitalar com atuação em áreas tão diversas e importantes quanto a assistência e essenciais para a manutenção da qualidade do cuidado prestado

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Gestão – Cód. OR #16892 O IMPACTO DA LEI 11.788 NA VIDA DO ESTAGIÁRIO – A EXPERIÊNCIA DO PROGRAMA DE ESTÁGIOS NÃO-OBRIGATÓRIOS DA SANTA CASA DE MACEIÓ. MARIA ALAYDE MENDONCA DA SILVA, NAYANNE DA SILVA LUZ, ANDREZA GOMES DE ANDRADE, SAVIA NOBRE DE ARAUJO DOREA, MYRIAN LIVIA DE SOUZA SANTOS, DAYANA REGO MUNIZ, MÁRCIA SILVA DE MELO ARUEIRA, ADRIANA VIEIRA SANTOS, DAVI WALISSON FERREIRA, JOSÉ JÚLIO LIRA CIRINO, VALESSA MAYARA ARAUJO DE GOIS SANTANA, PAULA GABRIELLE DE ALMEIDA. SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ INTRODUÇÃO: Em 26 de setembro de 2008 foi publicada a Lei n. 11.788, que entrou em vigor na data de sua publicação e dispõe acerca de alterações na legislação que regulamenta o Estágio Profissional. A mudança de legislação teve como objetivo amparar os estagiários, visto que antes da Lei 11.788 os mesmos assumiam atividades para as quais não tinham conhecimento, habilidade e/ou atitude necessários, muitas vezes colocando-se em situações de risco. OBJETIVOS: Avaliar a percepção do estagiário quanto aos ganhos resultantes da implementação da Lei 11.788 . MÉTODOS: Estudo transversal, através da aplicação de questionário, acerca da percepção dos estagiários sobre o estágio no formato atual (carga horária semanal definida, férias remuneradas, exigência de preceptor para acompanhamento e avaliação do aprendizado, plano de atividades condizente com a formação). RESULTADOS: No período de 2012 a 2017 foram realizados 6 processos seletivos com oferta total de 553 vagas, nas áreas de: administração, arquitetura, biomedicina, enfermagem, engenharia civil, engenharia elétrica, farmácia, física, fisioterapia, medicina, nutrição, psicologia, relações públicas, serviço social, tecnologia da informação, terapia ocupacional, e em áreas técnicas (eletrônica, enfermagem, radiologia, segurança do trabalho). Resposta ao questionário: a) Conhecimento da Lei 11.788 – 62% conhecem; b) Concorda que a Lei assegura os direitos e deveres dos estagiários de forma pertinente - 72% concorda; c) A carga horária semanal é compatível com carga horária e atividades da graduação – 72% acha compatível; d) Houve ganhos para o aprendizado com a Lei 11.888 – 88% crê que houve ganhos. CONCLUSÃO: É necessário oferecer ao estagiário oportunidades para conhecer a Lei 11.788, para que o mesmo reconheça seus direitos e deveres. Os que a conhecem, conseguem identificar melhorias asseguradas pela mesma, neste cenário de aprendizado extra-curricular. Gestão – Cód. OR #16894 IMPACTO DO PROTOCOLO INSTITUCIONAL DE DISFAGIA E PREVENÇÃO DE BRONCOASPIRAÇÃO EM UM HOSPITAL FILANTRÓPICO ACREDITADO NÍVEL 3 Claudiégina Ferreira Machado;; Maria Tereza Freitas Tenório; Serjana Cavalcante Jucá Nogueira Falcão, Jackson Ítalo Tavares da Rocha, Andreza Almeida de Melo, Jordana de Lima Silva Santos SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ INTRODUÇÃO: A disfagia é uma alteração na deglutição que dificulta ou impossibilita a ingesta oral segura.1 Entende-se por broncoaspiração a infecção do trato respiratório inferior causado pela aspiração do conteúdo orofaríngea ou inalação do conteúdo gástrico.2 Dados do Programa Brasileiro de Segurança do paciente (2013)3 traz a broncoaspiração como evento sentinela grau I. O Protocolo de Disfagia e Prevenção de Broncoaspiração, tem como objetivo implementar condutas assistenciais visando a segurança do paciente, diminuição dos riscos de infecções respiratórias, acelerando o processo de desospitalização. Este foi elaborado por um comitê institucional baseado no Protocolo Fonoaudiológico de avaliação do Risco para Disfagia (PARD)4, da Universidade de São Paulo. São utilizados indicadores de

taxas de adesão e efetividade. e disfagia. Entende-se como Taxa de adesão o número de pacientes prescritos pelo corpo clínico para avaliação fonoaudiológica onde esta foi realizada e Taxa de efetividade o número de disfágicos que não evoluíram para broncoaspiração OBJETIVOS: Determinar as taxas de Adesão e Efetividade do protocolo institucional de disfagia e prevenção de broncoaspiração, em um Hospital Filantropico acreditado nivel 3, entre janeiro de 2014 e agosto de 2017. MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal, retrospectivo, analítico, a partir da coleta de dados de fichas elaboradas, organizadas em planilhas, no Microsoft Office Excell 2007, com posterior elaboração de relatórios das informações dos dados obtidos em coleta. RESULTADOS: De janeiro de 2014 á agosto de 2017 foi observado uma crescente taxa de adesão variando de 36,8% á 100%. A capacitação continuada e o alerta de um mensageiro via sistema de informação para sinalização da estratificação auxiliaram no aumento da taxa de adesão. A efetividade variou entre 94% a 100% estando dentro da meta, tendo como base o Programa Sentinela de segurança do paciente que preconiza 87%. A instituição busca a proteção do paciente, com um conjunto de ações envolvendo família e equipe multiprofissional. CONCLUSÃO: No período analisado observou-se uma linha crescente na taxa de adesão, por meio da capacitação continuada e apesar do alto índice de disfagia na população assistida, a taxa de efetividade foi crescente mantendo-se dentro na meta estabelecida. Gestão – Cód. OR #16895 PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MÉDICA NA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ: EVOLUÇÃO E GRAU DE SATISFAÇÃO DOS ESPECIALISTAS FORMADOS MARIA ALAYDE MENDONCA DA SILVA, NAYANNE DA SILVA LUZ, ANDREZA GOMES DE ANDRADE, SAVIA NOBRE DE ARAUJO DOREA, MYRIAN LIVIA DE SOUZA SANTOS, DAYANA REGO MUNIZ, MÁRCIA SILVA DE MELO ARUEIRA, ADRIANA VIEIRA SANTOS, DAVI WALISSON FERREIRA, JOSÉ JÚLIO LIRA CIRINO, VALESSA MAYARA ARAUJO DE GOIS SANTANA, PAULA GABRIELLE DE ALMEIDA. SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ INTRODUÇÃO: O Programa de Residência Médica (PRM) da Santa Casa de Misericórdia de Maceió (SCMM), com reconhecimento pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) teve início em 2002 (Nefrologia), formando seus primeiros especialistas em 2005. Desde então, a abertura de novos programas vem ocorrendo segundo o Planejamento Estratégico institucional, formando profissionais nas mais diversas especialidades. OBJETIVOS: Descrever a evolução do PRM da SCMM em termos de número de programas, número de vagas, número de formados e grau de satisfação do médico residente (MR) formado na instituição. MÉTODOS: Análise dos documentos relacionados à criação dos diversos programas (atas, portarias, legislação), processos seletivos, acompanhamento, avaliação e encerramento das diversas turmas de MR. RESULTADOS: Há hoje 15 programas em funcionamento, com oferta anual de 37 vagas para MR do 1º ano (89 envolvendo todos os anos de formação). Até o momento foram formadas 12 turmas, com um total de 90 MR. A pesquisa de satisfação realizada com os especialistas formados pela SCMM revelou que 80% estão satisfeitos/muito satisfeitos com a formação realizada e que 93% indicarão o PRM da SCMM para os colegas. CONCLUSÃO: A SCMM tem entregado à sociedade médicos especialistas em inúmeras áreas, exercendo assim seu compromisso social (definido no Estatuto) e como Hospital de Ensino (reconhecido pelos Ministérios de Educação e da Saúde), de formar profissionais de excelência, dentro dos preceitos de uma assistência de Qualidade e comprometida com a Segurança do Paciente.

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Gestão – Cód. OR #16905 BOAS PRÁTICAS INSTITUCIONAIS E O PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA – UMA ASSOCIAÇÃO NECESSÁRIA. MARIA ALAYDE MENDONCA ROMERO RIVERA; NAYANNE DA SILVA LUZ; ANDREZA GOMES DE ANDRADE; SAVIA NOBRE DE ARAUJO DOREA; MYRIAN LIVIA DE SOUZA SANTOS; DAYANA REGO MUNIZ; MÁRCIA SILVA DE MELO ARUEIRA; ADRIANA VIEIRA SANTOS; DAVI WALISSON FERREIRA; JOSÉ JÚLIO LIRA CIRINO; VALESSA MAYARA ARAUJO DE GOIS SANTANA; PAULA GABRIELLE DE ALMEIDA. SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ INTRODUÇÃO: Boas Práticas no ambiente hospitalar se constituem em medidas essenciais para reduzir os riscos assistenciais e aumentar a segurança do paciente. Um dos desafios institucionais é a disseminação das mesmas para todos aqueles envolvidos com a assistência do paciente. OBJETIVOS: Analisar o impacto de disseminação das Boas Práticas institucionais através da intranet. MÉTODOS: Definição do conjunto de BP institucionais. Criação de vídeos acerca do conteúdo das BP, individualizando-as Inserção dos vídeos na intranet. Cronograma de disponibilização progressiva dos vídeos na intranet. Convite aos colaboradores para assistir os vídeos e responder aos questionários de avaliação. RESULTADOS: Foram disponibilizados 04 vídeos no período de junho a agosto de 2017. O percentual de colaboradores que assistiu aos vídeos foi de 20%, nesta fase inicial, quando se pretende que 100% os assista. Variáveis analisadas: a) percentual de colaboradores que não assistiu aos vídeos por impedimento relacionado à carga de trabalho (35%), b) desconhecimento sobre a obrigatoriedade de assisti-los (37%) e c) dificuldades de acesso (28%, como as causas mais frequentemente mencionadas pelos colaboradores para não assistir aos vídeos. CONCLUSÃO: A utilização da intranet para o Programa de Educação Continuada institucional parece ser uma estratégia de sucesso, desde que as dificuldades de acesso, a organização de tempo para o colaborador assistir aos vídeos durante a jornada de trabalho e a transparência quanto à necessária obrigatoriedade de assisti-los sejam superadas. Gestão – Cód. OR #16910 GESTÃO DA QUALIDADE NA MELHORIA DE PROCESSOS PARA REDUÇÃO DO TEMPO DE PERMANÊNCIA DO PACIENTE EM UM CENTRO DE QUIMIOTERAPIA. MARIA ALAYDE MENDONÇA R. RIVERA; AISHÁ ARIADNE BARROS ALVES GOIS; ANDRÉA AMORIM DE ALBUQUERQUE COSTA; CAROLINA ZÁU SERPA DE ARAUJO; ELIANA DAVID ROCHA; ANA CLAUDIA AURELIANO LIMA; MARCOS DAVI MELO;ARTUR GOMES NETO. SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ INTRODUÇÃO: O tempo de permanência de um paciente durante um tratamento médico tem impacto direto sobre a percepção do mesmo acerca da qualidade da assistência a ele prestada e sobre todos os processos relacionados a este atendimento. O mapeamento deste cenário pode oferecer ao gestor inúmeras oportunidades de melhoria quanto ao nível de satisfação do paciente e quanto à redução de possíveis desperdícios nas diversas etapas do processo. OBJETIVOS: Identificar oportunidades de melhoria nos processos administrativos e assistenciais para reduzir o tempo de permanência do paciente oncológico de em um centro de quimioterapia (QT), com a finalidade de aumentar o seu índice de satisfação e ampliar a percepção da qualidade do cuidado que lhe é oferecido.

MÉTODOS: Foi utilizada a ferramenta da qualidade PDCA para a análise do fluxo de atendimento do paciente oncológico em QT, para identificação dos diferentes tempos relativos às etapas de atendimento e para proposição de melhorias. Outras ferramentas: Brainstorming, Ishikawa, 5W2H. RESULTADOS: A análise do tempo de atendimento do paciente oncológico em quimioterapia demonstrou que o tempo médio total era de 91 minutos (22 a 195 minutos), distribuído em três diferentes setores, desde a chegada até o início da QT. Em cada setor, foram identificadas e analisadas causas de atraso, propostas e realizadas intervenções para minimizá-las e estabelecidas metas de tempo de atendimento. Meta do tempo total de atendimento – 60 minutos; redução de 30%. Após implementação das intervenções, observou-se que o tempo médio de permanência do paciente em QT foi reduzido para 50 minutos (47 a 54 minutos). CONCLUSÃO: A aplicação de estratégias da qualidade no dimensionamento do tempo de permanência de um paciente em QT permitiu a redução deste tempo, às custas de várias melhorias no serviço, além de propiciar à equipe a experiência na implantação de um ciclo de melhorias. Gestão – Cód. OR #16916 IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE GERENCIAMENTO DAS UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA - EPIMED Andressa Alves Tavares Nascimento; Fabrícia Jannine Torres Araujo; Maria Teresa Freitas Tenório; Severino Moura; Anne Kelly de Melo Calheiros SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ INTRODUÇÃO: A Santa Casa de Maceió, visando à monitoração da qualidade e desempenho de suas UTI’s, adquiriu o Sistema Epimed Monitor para gerenciar informações clínicas e epidemiológicas das Unidades de Terapia Intensiva e através de seus diversos relatórios, possibilitar a análise de indicadores e da qualidade da assistência prestada. Como os dados, gera um painel de informações disponíveis em tempo real com possibilidade de comparação dos resultados e indicadores de sua unidade com as demais unidades que utilizam o Sistema Epimed Monitor em todo o Brasil¹. OBJETIVOS: Relatar a implantação a plataforma Epimed para melhoria da qualidade do gerenciamento de informações clínicas e epidemiológicas das UTI’s Unidades de Terapia Intensiva instituição. MÉTODOS: Relatar a implantação a plataforma Epimed para melhoria da qualidade do gerenciamento de informações clínicas e epidemiológicas das UTI’s Unidades de Terapia Intensiva instituição. RESULTADOS: Foi realizado o seguinte percurso metodológico: 1-Levantamento das necessidades para implantação do sistema. 2- Aquisição do sistema em junho de 2016. 3- Treinamento do corpo clínico e equipe assistencial as ferramentas disponíveis para a gestão de desempenho das UTI’s. 4- Reavaliação do sistema em outubro de 2016. 5- Designação de uma técnica de enfermagem para cada unidade a fim de alimentar os dados diariamente no sistema. 6- Coleta de dados através da identificação dos Gaps de alimentação dos dados, analisar os primeiros resultados com avaliação dos possíveis vieses e solicitar melhorias da integração do sistema com a instituição. O indicador de integralidade dos dados foi utilizado como parâmetros de avaliação da implantação do sistema. CONCLUSÃO: O projeto teve resultado positivo onde todas as unidades dirimiram as dificuldades, atingindo a taxa de integralidade dos dados acima da meta estabelecida pela instituição de 90% com sentido crescente. Esse indicador é importante para avaliação do desempenho e

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performance de cada unidade no próximo projeto de utilização do sistema Epimed. Gestão – Cód. OR #16918 SIMULAÇÕES REALÍSTICAS VISANDO SEGURANÇA PARA O PACIENTE. MARIA ALAYDE MENDONCA ROMERO RIVERE; NAYANNE DA SILVA LUZ; ANDREZA GOMES DE ANDRADE; SAVIA NOBRE DE ARAUJO DOREA; DAVI WALISSON FERREIRA; JOSÉ JÚLIO LIRA CIRINO; VALESSA MAYARA ARAUJO DE GOIS SANTANA; PAULA GABRIELLE DE ALMEIDA. SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ INTRODUÇÃO: Numa perspectiva pedagógica, a quantidade de conhecimento exigido hoje para a prática de cuidados seguros aos doentes exige a adoção de uma pedagogia que vai além do ensino didático tradicional. O ensino baseado em simulação é uma nova vertente na qualificação de profissionais de saúde e está entre as mais eficazes maneiras de melhoria no atendimento assistencial. O uso da simulação na educação dos profissionais de saúde permite aos alunos praticar as habilidades necessárias em um ambiente que permite erros e crescimento profissional, sem arriscar a segurança do paciente. OBJETIVOS: Avaliar o papel das inovações tecnológicas na curva de aprendizagem dos profissionais de saúde de forma segura para os pacientes. MÉTODOS: Através da imersão prática controlada de protocolos internacionalmente utilizados: apresentação teórica do fluxo de atendimento da PCR; demonstração com manequins; simulação de situações para atendimento da PCR pelos técnicos; realização de pesquisa de satisfação (conteúdo, recursos pedagógicos, espaço físico, indicação do curso para outros colegas; muito satisfeitos, satisfeitos, indiferentes, insatisfeitos, muito insatisfeitos) e de auto percepção de segurança para iniciar (atitude) o atendimento da PCR. RESULTADOS: No período de 2014 a 2017 foram treinados 367 Profissionais, de diferentes áreas assistenciais, entre médicos e equipe de enfermagem. Pesquisa de satisfação: 100% muito satisfeito/satisfeito com o conteúdo, recursos pedagógicos, espaço físico; 100% indicaria o curso a outros colegas; após o curso, 48% acredita que adquiriu esta atitude competência. CONCLUSÃO: foram reconhecidos pelos participantes como importante estratégia para implantação de melhorias institucionais, gerando atualização, maior segurança na prática diária e a implementação de protocolos institucionais, a serem avaliados e aprimorado. observou-se ainda que os profissionais da saúde reconhecem-se capazes de iniciar e executar o protocolo de atendimento em PCR, a prática de situações criticas em um ambiente controlado permite o desenvolvimento das habilidades e competencias necessárias para melhoria da assistência. Gestão – Cód. OR #16920 O USO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO COMO SUPORTE A IMPLANTAÇÃO E GERENCIAMENTO DO PROTOCOLO DE TEV Anne Kelly de Melo Calheiros; Fabrícia Jannine Torres Araujo; Maria Teresa Freitas Tenório; Marcus Aurélio Barbosa Costa; Andressa Alves Tavares Nascimento. SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ INTRODUÇÃO: A Santa Casa de Misericórdia de Maceió em busca da melhoria continua, definiu como modelo de gestão da qualidade, Acreditação – ONA/ Qmentum. Dentro da perspectiva da assistência foram definidos diversos gerenciamentos de riscos. Este tem como foco o Protocolo de Prevenção de Tromboembolismo Venoso (TEV). Para suportar tais demandas, se faz necessário o uso de um Sistema de Informação - SI. Segundo O’BRIEN, 2004, SI é um conjunto organizado de pessoas, hardware, software, redes de comunicações e recursos de dados que coleta, transforma e dissemina informações em uma organização. TEV representa um espectro de doenças que inclui

trombose venosa profunda e sua complicação mais grave, o tromboembolismo pulmonar², sendo esta a causa de morte evitável mais comum no paciente hospitalizado³. O projeto está composto de uma estrutura de banco de dados, conjunto de alertas na prescrição médica, e controle dos pacientes estratificados com o risco no Portal B.I. OBJETIVOS: Apresentar os mecanismos de classificação e gerenciamento do risco de TEV com uso de uma aplicação de software. MÉTODOS: Foi criada a análise de requisitos do sistema, construído o documento visão do produto, e codificado a tela com a linguagem C#, padrão MVC, sobre o banco de dados Oracle. Foi desenvolvido dentro do Sistema MV2000i, um documento eletrônico do paciente com o algoritmo adaptado da 8º Diretriz para a Profilaxia do TEV do American College of Chest Physician (8º ACCP) para a estratificação do risco de todos os pacientes admitidos. A equipe de enfermagem classifica o risco usando a prescrição de enfermagem, o sistema dispara a mensagem para o médico. Além disso, foi criado um alerta por e-mail gerado para o comitê gestor de TEV onde são filtrados palavras-chaves referentes a tromboembolismo venoso, tais como, TEV, TEP, TVP, Embolia Pulmonar, Trombose, entre outras relacionadas. Foi desenvolvido um documento de prontuário com orientações quanto ao risco inerente a cada paciente, este é gerado automaticamente, a partir do item de prescrição do risco estratificado. Outro aspecto importante é o gerenciamento do protocolo, este processo ocorre dentro do Portal do BI com a apresentação dos resultados de risco baixo, intermediário e alto dos pacientes estratificados, com as respectivas adesões. RESULTADOS: Foi conseguida com a implantação do algoritmo no documento do prontuário a adesão à estratificação de risco de aproximadamente 98% dos pacientes internos no hospital, contemplando a recomendação das diretrizes brasileiras para risco de TEV. Importante contribuição foi obtida em relação à ferramenta de software (mensageiro) alterando o patamar de adesão da correta tromboprofilaxia de 37,5% para 70,6% resultado dos alertas emitidos pelo mensageiro. CONCLUSÃO: A Tecnologia da Informação, usada dentro do âmbito da assistência na instituição, contribui com o apoio aos processos primários da assistência, neste aspecto, a implantação de protocolos e sua gestão são potencializados com as ferramentas de software. Neste enfoque, a implantação do protocolo de TEV tem contribuído de forma positiva para o processo de melhoria continua. Gestão – Cód. OR #16922 Análise dos gastos do sistema público de saúde (SUS) com pacientes internados por sepse no Brasil nos últimos cinco anos. Isabel Araújo da Silva;Amanda Rodrigues da Silva, Eryca Thaís Oliveira dos Santos UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS INTRODUÇÃO: A sepse é a principal causa de morte nas unidades de terapia intensiva (UTI) e está entre as principais causas de morte nos EUA. Em torno de 2% a 11% das internações hospitalares e nas UTI são por esta doença1. Esta doença tem sido reconhecida como um problema de saúde pública e um desafio para as organizações de saúde por estar entre as principais causas de morte de pacientes hospitalizados2. Os dados nacionais disponíveis apontam para uma elevada letalidade, mormente em hospitais públicos vinculados ao Sistema Único de Saúde. Um estudo de prevalência de um só dia em cerca de 230 UTIs brasileiras, aponta que 30% dos leitos de UTI do Brasil estão ocupados por pacientes com sepse grave. Esse estudo conduzido pelo Instituto Latino-Americano de Sepse (ILAS) ainda não foi publicado, mas seus resultados iniciais são alarmantes, com letalidade próxima dos 50%. Esses dois achados nos fazem perceber o custo elevado da sepse em nosso país, tanto do ponto de vidas perdidas como do ponto de vista econômico3.

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OBJETIVOS: Traçar o perfil dos gastos públicos com internações hospitalares no Brasil por serviços hospitalares serviços profissionais, internamentos e óbitos. MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo do tipo transversal. Foram coletadas informações sobre os gastos do sistema público de saúde com as os pacientes internados por sepse no Brasil, por intermédio do Sistema de Informação Hospitalar (SIH/DATASUS). RESULTADOS: Os custos diretos relacionados ao tratamento do paciente séptico, desde os gastos com serviços hospitalares, até os de serviços profissionais são elevados. Estes representam 2,82% do valor total dos gastos gerais em serviço público de saúde. Apresentando nos últimos quatro anos uma média de 3.597,60 reais por pessoa, no entanto, vale ressaltar que os gastos têm íntima relação com gravidade e tempo de internação. A região que apresentou a maior despesa foi a Sudeste, responsável por mais de 50%, seguida da região Nordeste com aproximadamente 20%. Sendo a região Centro-Oeste com os menores gastos e menores números de internamentos. Apesar dos altos custos, a taxa de mortalidade é bastante alta, com cerca de 45% das internações evoluindo ao óbito. CONCLUSÃO: Diante disso, foi observado um custo elevado para o sistema público no tratamento do paciente com sepse, tendo em vista sua alta letalidade. Em relação ao gerenciamento dos recursos financeiros dos serviços de saúde, esta condição clínica repercute em elevados custos e recursos dispendidos. Gestão – Cód. OR #16931 CENÁRIO DAS INTERNAÇÕES POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO EM ALAGOAS Ana Miele Pereira Melo; Marcella de Albuquerque Wanderley; Débora Araújo Aguiar, Isabela Sá Brito Feitosa; Juliana Lins Loureiro Soutinho. CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES INTRODUÇÃO: As doenças respiratórias correspondem a aproximadamente 50% dos atendimentos ambulatoriais, 12% destes são por pneumonia. Esta é a principal causa de morte em crianças menores de cinco anos, segundo o Fundo da ONU para a Infância (UNICEF), levando ao óbito aproximadamente uma criança a cada 35 segundos em 2015, o que corresponde a cerca de um milhão de crianças. Essa faixa etária é a de maior vulnerabilidade para infecção. No Brasil, a taxa de mortalidade infantil por pneumonia varia por região, sendo mais alta nos Estados do Norte e Nordeste. OBJETIVOS: Conhecer o número de internações hospitalares decorrentes de pneumonia em crianças menores de 5 anos no período de 2010 a 2015 em Alagoas, bem como os principais municípios afetados. MÉTODOS: Foi realizado um levantamento de dados do Departamento de informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) do número de internações hospitalares em crianças menores de cinco anos no estado de Alagoas. RESULTADOS: Em Alagoas 8.253 crianças foram internadas devido a pneumonia, no período de 2010 a 2015, verificando-se o maior número de internações em 2010 (1.658), ocorrendo queda nos anos seguintes, chegando a 869 em 2015, ou seja, uma redução de 47,6 % em 5 anos. Entre os municípios, Arapiraca foi o que teve o maior número de internações (1.786), seguido por Maceió (450) e Penedo (339). CONCLUSÃO: Apesar do número de admissões hospitalares decorrentes da pneunomia ter reduzido nos últimos anos, ainda é alto o número de crianças que necessitam de internação, refletindo a gravidade da doença, decorrente da demora em diagnosticar e tratar, aumentando as chances de óbito e a onerosidade para o SUS e instituições de saúde particulares

Gestão – Cód. OR #16932 PANORAMA DAS INTERNAÇÕES HOSPITALARES POR TRAUMATISMO INTRACRANIANO NO ESTADO DE ALAGOAS Pedro Livino de Alencar ; Camila Farias Mota; Felipe Dias dos Santos INTRODUÇÃO: O traumatismo intracraniano ou crânio-encefálico (TCE) é definido como lesão decorrente de um trauma externo que resulta em comprometimento do parênquima cerebral (BRASIL, 2015). Os traumas podem ser abertos ou fechados; focais ou difusos; leves, moderados ou graves. O TCE é classificado como decorrente de acidentes por causas externas e os acidentes automobilísticos são as principais causas representando 50% dos traumatismos e estão associados a lesões mais graves. Outras causas que merecem destaque ainda incluem quedas e causas violentas (BRASIL, 2015). As quedas são frequentemente resultantes das lesões secundárias como fatores determinantes na interação entre fatores intra e extracerebrais e estão mais presentes em idosos (BRASIL, 2015). Dentre as principais causas de TCE (acidentes automobilísticos e causas violentas) observa-se que estão mais prevalentes entre os jovens. (MASCARENHAS etal, 2010). OBJETIVOS: Delinear o perfil das internações hospitalares por traumatismo intracraniano no Estado de Alagoas. MÉTODOS: Estudo epidemiológico, retrospectivo, quantitativo realizado através da análise de dados do Sistema de Informação Hospitalar do Ministério da Saúde (SIH/MS) por consulta ao DATASUS. Os dados foram tabulados no programa Excel. Foram utilizadas as seguintes variáveis: sexo, faixa etária, número de internações, número de óbitos e tempo médio de internamento obtidos do ano de 2016. RESULTADOS: Das 780 internações, 678 (86,9%) foram homens (valor maior que a média nacional de 76,5%). 44,8% dos homens internados estão na faixa etária entre 20 e 39 anos (valor também maior que o nacional de 35,5%). Em relação à gravidade, dos internados homens, 15,1% evoluíram para óbito e das internadas mulheres o número foi de 6,86%. Ainda em relação à gravidade pôde-se perceber em relação à média de dias internados maiores índices em populações acima de 50 anos e em jovens entre 15 e 39 anos. CONCLUSÃO: Os jovens entre 20 e 39 anos do sexo masculino correspondem às maiores incidências de TCE, superando os valores nacionais para a mesma faixa etária. As maiores taxas de mortalidade estão presentes nas faixas etária acima de 50 anos e entre 20 e 39 anos, essa última por estarem associadas às causas automobilísticas como principais etiologias dessa faixa etária por serem as mais determinantes de lesões mais graves. Portanto, não somente a incidência na população é fator predominante no delineamento do perfil das vítimas mais acometidas (homens jovens), pois a gravidade também traz consequências estatísticas importantes que podem proporcionar substrato para prevenção em saúde. Gestão – Cód. OR #16939 ANÁLISE DOS CUSTOS DAS INTERNAÇÕES HOSPITALARES DE 2008 A 2017 EM MACEIÓ Marcelo Carlos de Sá Carvalho; Isabella de melo linhares; caíque rocha neves; arthur tenorio de holanda lopes; maitê passos costa; rafael chaves souza; vanderson reis de souza bito; Renata valadão bittar; Mickael lucas de moura felix . INTRODUÇÃO: Cerca de 70% das internações no país são realizadas pelos hospitais da rede própria, conveniada ou contratada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Essas hospitalizações geram um custo e sobrecarregam o sistema, uma vez que muitas poderiam ser evitadas.

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OBJETIVOS: Analisar as internações hospitalares e os seus custos no município de Maceió, Alagoas, Brasil, no período de 2008 a julho de 2017. MÉTODOS: Estudo do tipo exploratório, descritivo, transversal, quantitativo, realizado com dados secundários de domínio público fornecidos a partir do banco de dados do Departamento de Informática do SUS (DATASUS), no período de janeiro de 2008 a julho de 2017. RESULTADOS: Aconteceram 605.997 internações hospitalares em Maceió entre janeiro de 2008 e julho de 2017, com consequente gasto total (GT) de R$ 702.152.443,16 em despesas com essas internações. O gasto médio (GM) foi de R$ 1.158,67, com um tempo médio de permanência (TMP) de 6,8 dias por paciente. CONCLUSÃO: Diante dos dados analisados, conclui-se que as internações ocorridas em Maceió são bastante onerosas e geram uma sobrecarga do sistema. Tais efeitos podem ser reduzidos com a adoção de políticas de saúde mais efetivas, com maior investimento em ações de promoção, prevenção e tratamento oportuno e adequado para as causas mais prevalentes de internações hospitalares. Gestão – Cód. OR #16940 INTERNAÇÕES POR CÂNCER DO TRATO DIGESTIVO NOS ÚLTIMOS 5 ANOS: UM ESTUDO SOBRE GASTOS E MORBIMORTALIDADE Felipe Dias dos Santos; Vitória Mikaelly da Silva Gomes; William Barros Saraiva; Giulia Ximenes Verdi; Laura Giovana Gonzaga Coelho INTRODUÇÃO: O câncer expressa-se como relevante problema de saúde pública em diversos países. Segundo relatório da OMS e Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (IARC), seu impacto global dobrou em 30 anos. Entre aqueles que afetam trato gastrointestinal, os mais incidentes são: cólon e reto, estômago, cavidade oral e esôfago, em ambos os sexos. Os principais fatores de risco são a dieta desequilibrada, o alcoolismo e o tabagismo. As alterações morfofisiológicas, provocadas pela doença e tratamento, conduzem a baixo aproveitamento de nutrientes, acarretando a desnutrição e óbito. Diante disso, há necessidade da internação, com prestação de cuidados sistematizada, integral e contínua, para garantir o bem-estar do paciente. OBJETIVOS: Determinar os gastos realizados com as internações por câncer do trato digestivo e sua mortalidade no Brasil entre 2012 e 2017. MÉTODOS: Estudo transversal, descritivo e retrospectivo construído através de dados obtidos na plataforma DATASUS. Foram utilizadas as variáveis: número de internamentos, tempo médio de permanência hospitalar, faixa etária (20-40 anos), taxa de mortalidade, sexo e cor/raça, analisadas em um recorte de 5 anos (2012-2017). RESULTADOS: No período analisado foram registrados 785.592 internamentos decorrentes das principais neoplasias do trato digestivo no Brasil, sendo 39% do sexo feminino e 61% do masculino. Pouco mais de 47% desses casos ocorreram na região Sudeste, seguida do Sul e do Nordeste e 78% deles acometeram indivíduos das raças branca (46%) e parda (32%). A média de internamento hospitalar foi de 6,6 dias no Brasil, e os maiores números estiveram no Pará, com 14,5, Sergipe, com 10,9, e Rio de Janeiro, com 10 dias. Houve 95415 óbitos, correspondendo a uma taxa de 12,15 mortes/1000 habitantes. A região com maior taxa de mortalidade foi o Norte e os estados foram Amapá - 30,25 -, Pará - 23,54, Sergipe - 24,77 - e Rio de Janeiro - 19,77. Foram gastos mais de 1,725 bilhões com esses internamentos, sendo 82% com serviços hospitalares e 18% com serviços profissionais, sendo o valor médio de um internamento igual a 2196,99. CONCLUSÃO: O estudo corrobora com a estatística nacional que aponta maior incidência do câncer do trato digestivo no sexo masculino. A região Sudeste reúne o maior número de casos, o que reflete maiores custos para manutenção dos internamentos. A média do tempo de internamento aparece alta em três estados distintos socioeconomicamente, o que pode ser fonte de estudos mais abrangentes. A região Norte traz os estados com maior número de

óbitos, apesar de ter as menores populações em comparação a outras regiões, fato que sugere maior atenção do poder público para que esses números sejam reduzidos. Gestão – Cód. OR #16941 PANORAMA DA MORTALIDADE PÓS MASTECTOMIA POR NEOPLASIA MALIGNA DA MAMA NO NORDESTE Laura Giovana Gonzaga Coelho; Marcella Albuquerque; Vitória Mikaelly da Silva Gomes; William Barros; Felipe Dias dos Santos;Pâmela Elaine Nogueira Tavares INTRODUÇÃO: O câncer de mama constitui a 2º neoplasia mais incidente e a primeira causa de morte em mulheres de todo o mundo. O tratamento cirúrgico para o câncer de mama compreende operações não conservadoras e conservadoras. A indicação depende do estadiamento clínico e do tipo histológico. A conservadora é a ressecção de um segmento da mama, que engloba a setorectomia, a tumorectomia alargada e a quadrantectomia, com retirada dos gânglios axilares ou linfonodo sentinela. A não-conservadora, mastectomia radical, foi desenvolvida no século XIX por Halsted. Sua técnica cirúrgica consiste na retirada da glândula mamária, pele, tecido adiposo, músculos peitoral maior e peitoral menor e dos linfonodos da axila homolateral. Na mastectomia radical modificada, preserva-se o peitoral maior; às vezes, também, o menor. A mastectomia é um procedimento agressivo e pode trazer várias alterações funcionais, sequelas e complicações. Ensaios mostram que, a longo prazo, a taxa de sobrevivência é idêntica nas duas técnicas cirúrgicas empregadas. OBJETIVOS: Caracterizar o perfil de mortalidade após mastectomia por neoplasia maligna de mama no Nordeste, no período entre 2012 a julho de 2017. MÉTODOS: Estudo transversal, descritivo e retrospectivo construído através de dados obtidos na plataforma DATASUS. Foram utilizadas as variáveis: número de internamentos, tempo médio de permanência hospitalar, faixa etária (20-40 anos), taxa de mortalidade, sexo e cor/raça, analisadas em um recorte de 5 anos (2012-2017) RESULTADOS: Durante janeiro de 2012 e julho de 2017 foram registrados 10.683 internamentos pós-mastectomia simples e radical com linfadenectomia em oncologia no Nordeste (NE), correspondendo a 22% do total do país. A média de permanência hospitalar foi de 2,7 dias, sendo as maiores em Alagoas (3,5), Maranhão (3,4), Paraíba (2,9) e Ceará (2,9). Houve um total de 21 mortes, com uma taxa de mortalidade de 0,21, igual a do Brasil, estando as maiores taxas em Alagoas e Bahia. Foram gastos mais de 27,5 milhões, sendo 65% com serviços hospitalares e 35% com valores profissionais. O valor médio gasto com os dias de internamento por pessoa foi de R$ 2.578,65, sendo 59% em regime privado, 11,5% em regime público e em 28,6% dos registros essa informação não foi fornecida. CONCLUSÃO: Os resultados encontrados foram condizentes com a literatura, sendo a média de permanência hospitalar encontrada aproximadamente 3 dias e o investimento nacional médio encontrado de R$2.700,00. A Mastectomia Radical com a retirada dos linfonodos axilares foi considerada, assim como em estudos nacionais, uma das formas mais seguras para garantir a extinção da doença, sendo, portando, considerada a técnica de abordagem cirúrgica mais adequeada.

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Gestão – Cód. OR #16942 ESTUDO COMPARATIVO SOBRE OS INTERNAMENTOS POR NEOPLASIA MALIGNA DA MAMA NAS REGIÕES BRASILEIRAS Pedro Livino de Alencar ; Felipe Dias dos Santos; Vitoria Mikaelly da Silva Gomes; Brenda Aguiar Melo; Pamela Elaine Nogueira Tavares; Camila Farias Mota INTRODUÇÃO: O câncer de mama é a maior causa de morte por câncer nas mulheres em todo o mundo. Em 2014, no Brasil, foram 13,03 óbitos/100.000 mulheres. Neste ano, os maiores percentuais na mortalidade proporcional por câncer de mama foram os do Sudeste (16,5%) e Centro-Oeste (16,3%), seguidos pelos Sul (15,4%) e Nordeste (14,7%). É o tipo de câncer mais incidente entre as mulheres no Brasil e no mundo, após o de pele não melanoma, respondendo por cerca de 28% dos casos novos a cada ano. Em 2016, no território nacional, foram esperados 57.960 novos casos, representando uma taxa de incidência de 56,2 casos/100.000 mulheres. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, esse tipo de câncer foi o primeiro mais frequente nas mulheres das Regiões Sul (74,30/100 mil), Sudeste (68,08/100 mil), Centro-Oeste (55,87/100 mil) e Nordeste (38,74/100 mil). Na região Norte, é o segundo tumor mais incidente (22,26/100 mil). OBJETIVOS: Delinear e comparar os perfis de internamentos por neoplasia maligna da mama das regiões brasileiras. MÉTODOS: Estudo transversal, descritivo e retrospectivo, elaborado através de dados obtidos na plataforma DATASUS. Os dados foram analisados e tabulados por meio da ferramenta Excel. As seguintes variáveis foram utilizadas: número de internamentos, tempo médio de permanência hospitalar, número de óbitos, taxa de mortalidade, sexo, caráter de atendimento, gastos totais, valor dos serviços hospitalares, valor dos serviços profissionais e valor médio de um internamento, analisadas em um recorte de 5 anos. RESULTADOS: Durante janeiro de 2012 e julho de 2017 foram contabilizados 318.180 internamentos por neoplasia maligna da mama no Brasil, sendo 98,7% do sexo feminino e do 1,3% do masculino. Mais da metade desses números foram registrados na região Sudeste e 21% no Nordeste. Os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia concentraram 60% do número total de casos. A média de permanência hospitalar foi de 3,7 dias, e foram gastos mais de 590 milhões, sendo 69% com serviços hospitalares e 31% com serviços profissionais. O valor médio de um internamento foi de R$1.855,18 e 65% dos atendimentos foram feitos em caráter eletivo. Houve 26.615 óbitos no período analisado, sendo a taxa de mortalidade igual a 8,36 mortes/1000 habitantes, estando os maiores números em Sergipe, Alagoas, Rio de Janeiro, Pará e Amapá. CONCLUSÃO: O presente estudo confirma perfil da doença que é mais incidente no sexo feminino. Guardadas as devidas proporções populacionais, observa-se que a região Sudeste reúne o maior número de casos em relação as outras regiões. De forma análoga, verifica-se que os estados mais populosos do Nordeste, Bahia e Pernambuco, colocam essa região como a segunda em número de casos. O estudo aponta uma média de permanência hospitalar relativamente baixa quando comparada a outros tipos de câncer com maiores complicações. O número de óbitos dessa doença mais elevado em dois estados do Nordeste e em dois estados do Norte merece destaque, quando são considerados os níveis socioeconômicos mais baixos destas regiões

Gestão – Cód. OR #16943 ESTUDO DA MORBIMORTALIDADE POR SEPTICEMIA NO BRASIL NOS ÚLTIMOS 5 ANOS Felipe Dias dos Santos, Vitória Mikaelly da Silva Gomes, Camila Farias Mota, Pedro Livino de Alencar INTRODUÇÃO: Septicemia pode ser definida como a resposta sistêmica desencadeada por doença infecciosa cujas causas são micro-organismos diversos que espoliam humanos. Possui grande relevância em saúde pública uma vez que desafia a equipe de saúde a realizar reconhecimento e tratamento em tempo hábil. O Instituto Latino-Americano de Sepse (ILAS) aponta como a principal causa de morte nas unidades de terapia intensiva não cardiológicas, com letalidade próxima aos 50%. OBJETIVOS: Caracterizar o cenário da morbimortalidade por septicemia no Brasil; e identificar os dados mais relevantes que compõem esse cenário. MÉTODOS: Estudo descritivo, retrospectivo e quantitativo, de corte transversal produzido através da análise de dados dos últimos 5 anos, obtidos na plataforma DATASUS. Os dados foram tabulados e analisados no programa Excel. Foram utilizadas as seguintes variáveis: sexo, raça, número de internações, número de óbitos, taxa de mortalidade, caráter de atendimento, gastos totais, valor dos serviços hospitalares, valor dos serviços profissionais e valor médio de um internamento. RESULTADOS: No período analisado foram registrados 570.829 internamentos decorrentes de Septicemia no Brasil, sendo 52,4% do sexo masculino e 47,6% do feminino. A região Sudeste liderou os números, com 52% do total. As raças branca e parda foram responsáveis por 66,5% do total de internamentos, que foram feitos em 94,5% em caráter de urgência. Foram gastos mais de 2 bilhões com esses internamentos, sendo 88,5% com serviços hospitalares e 11,5% com serviços profissionais. O valor médio de um internamento foi de R$3.537,00 e a média de permanência hospitalar foi de 12,2 dias. Houve um total de 255.176 óbitos, correspondendo a uma taxa de mortalidade de 44,70. As maiores taxas foram encontradas nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe. CONCLUSÃO: O presente estudo indica uma diferença pouco significativa entre os sexos masculino e feminino no que tange a incidência da doença. Verificou-se a região Sudeste com mais da metade dos casos, o que pode estar relacionado ao tamanho populacional. Os custos totais na casa dos bilhões e o custo médio de internações revelam alta oneração do Estado e podem estar relacionadas ao tempo relativamente longo de internação e a complexidade no manejo da doença. O número de internações em caráter de urgência, de óbitos e a taxa de mortalidade são bastante expressivos, o que pode ser justificado pela gravidade dos quadros clínicos. Gestão – Cód. OR #16945 Uso da ferramenta A3 como guia para processo de reestruturação do sistema de acionamento precoce de um Time de Resposta Rápida MORSCH, R. D.;MARTINS, E. G. S. Hospital São Camilo, Unidade Pompéia, São Paulo, SP INTRODUÇÃO: Sabe-se que em aproximadamente 80% dos casos de parada cardiorrespiratória (PCR) intra-hospitalar, os pacientes apresentam sinais de deterioração clínica nas 6 a 8 horas anteriores ao evento. Os sistemas de alerta precoce (Código Amarelo e Times de Resposta Rápida) pretendem normatizar a cadeia de acionamento e atendimento, afim de garantir a avaliação e intervenção médicas em tempo hábil, evitando a evolução da instabilidade clínica para o Código Azul (PCR em unidades não críticas) destes pacientes. OBJETIVOS: Demonstrar a utilização de um método estruturado (ferramenta lean A3) como auxiliar no diagnóstico das causas de

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ocorrência de falhas no reconhecimento precoce dos sinais de deterioração clínica e no acionamento do Time de Resposta Rápida - Código Amarelo nas Unidades de Internação do Hospital São Camilo Pompéia. RESULTADOS: Os dados pré-intervenção (abril/2016 a abril/2017) demostravam um número médio mensal de acionamentos de 57 Códigos Amarelos (relação número de códigos amarelos por mês/número de leitos de 0,19, abaixo do esperado para a base de leitos atendida). Neste mesmo período, a ocorrência de 10 casos de Código Azul motivou a análise das causas-raiz de não adesão ao protocolo de acionamento do Código Amarelo. A análise sistematizada do problema através do A3 evidenciou o cunho multifatorial das causas das falhas de identificação dos sinais de deterioração clínica nas unidades abertas. Após discussão com a equipe multidisciplinar, definiu-se o pacote de contramedidas necessárias, com as ações direcionadas às causas encontradas. Após a implementação das contramedidas propostas, houve aumento imediato de 238% no número de acionamentos do Código Amarelo (relação número de códigos amarelos por mês/número de leitos = 0.58) com diminuição correlata do número de Códigos Azuis e eventos graves (vide A3 anexo). CONCLUSÃO: Concluímos que o Lean Thinking como ferramenta de gestão direciona adequadamente a equipe na identificação das causas-raiz do problema. A conclusão do primeiro ciclo PDCA demonstrou que as contramedidas adotadas tiveram impacto positivo em garantir o acionamento precoce do Time de Resposta Rápida, tendo como consequência imediata a diminuição da ocorrência de eventos graves na Unidade de Internação. Gestão – Cód. OR #16946 Experiência de equipe de Medicina Hospitalar com o uso da ferramenta A3 como método de gestão na abordagem de problemas complexos – melhorando a adesão ao Protocolo Sepse em hospital terciário privado MORSCH, R. D.;MARTINS, E. G. S. Hospital São Camilo, Unidade Pompéia, São Paulo, SP INTRODUÇÃO: A identificação e tratamento da sepse em tempo hábil e oportuno é um desafio, tanto pela necessidade de pronto reconhecimento e tratamento precoce, além de ter impacto na taxa de mortalidade destes pacientes. Nas unidades de internação, esta identificação é um desafio adicional, pois os casos de sepse geralmente são menos evidentes, ocorrendo em pacientes internados por outros motivos ou já em vigência de antimicrobiano, entre outras situações. A menor percepção pela equipe multidisciplinar neste contexto, de causa multifatorial, leva à atrasos de tratamento por falhas na inclusão dos casos elegíveis. A verificação do problema sistêmico de falha de identificação dos casos de sepse nas unidades abertas resultou na análise estruturada através da ferramenta A3. OBJETIVOS: Demonstrar o uso da ferramenta A3 para resolução de problemas sistêmicos complexos como parte do processo de gestão de equipe de Medicina Hospitalar MÉTODOS: o ciclo de melhoria realizado (PDCA), através da utilização de um método estruturado de avaliação de problemas (ferramenta lean A3), como auxiliar na recapacitação da equipe multidisciplinar, incluindo o médico hospitalista, no Protocolo Sepse institucional nas Unidades de Internação do Hospital São Camilo Pompéia. RESULTADOS: Os dados pré-intervenção mostravam uma taxa média de conformidade geral aos itens de processo do protocolo sepse período janeiro-maio 2017 de apenas 10%, o que motivou a análise das causas de não adesão, listadas na situação atual do A3. As contramedidas propostas foram direcionadas para ações de: divulgação e recapacitação das equipes no protocolo sepse; CONCLUSÃO: A compreensão e construção do “lado esquerdo” do A3 pela equipe é um processo transdisciplinar, permite uma mesma ótica de visualização dos problemas, passo crucial para a definição das

contramedidas. Além de direcionar as tarefas necessárias para a implantação do plano de melhoria, o PDCA contínuo também permite o compartilhamento do aprendizado e a melhoria contínua dos processos. Concluímos que a ferramenta de gestão A3 direciona a equipe na identificação correta do problema real, possibilitando a construção e planejamento das contramedidas adequadas.

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