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REVISTA DA SEMANA V H Edição semanal illustrada do JORNAL DO BRASIL ¦¦waa~aa~Ma~awaa»aB~a«»aMa~B~aaWM~aaa^a—a—^—________________BBWB—¦Ba«aaaiaaa8Ba»awaawawai~aa^~a^~-~-~—~* AflfiülV-N. 180 DOMINGO, 25 DE OUTUBRO Numeío: 3oo *Wb O CHAPÉO DA MODA ^r-——^'^^SbBBkV^^^^C^__f'__P^^___v_^!Sk7^_vi^!r^oo^_w vN^ívvví^JvmM™» 9' graS^^S s < s v- immgm- ,.»V JV ».< \ ; \ >>v s»V,;j;: v ^^^S^^$C^$^^^^&' O ^x\ n> »s.»> Ss»«. \ \ 5 \ >; S \ \ \V»v\V x^t V ^ ^S»i * V \. ^ \ > . v > , xV •»» X xxW ^ ,s> ^Wx» wv .^WxVX > S < s \ { \ VxxxVx \ ,^ v > í Oi v : SN»>COv>\Ov i 5 U^^v:________ ^úi mm l! &V ! v > ^ N ;:! W V í < . v\ s > 1 V :^ i PI H I ^ !{í^^ . Ullil èmss ¦4 ; x\ i N V S C V N ^ ? s _ Ora Ceja Doce, amigo Elias; con,o a n,oda é __ para qaem ten, o jri» a arder 1.;.' ' oilcy*ii^,> ¦n si ^

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AflfiülV-N. 180 DOMINGO, 25 DE OUTUBRO Numeío: 3oo *Wb

O CHAPÉO DA MODA

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REVISTA DA SEMANA — Edição Sômsáft). illustrada d* JORNAL DO BRASIL

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0is desenhos que reproduzimos nâosão, na realidade, verdadeiras

perfeições no seu gênero; tem, noemtanto, o mérito de poder ser vistosdos dous lados.

Toma-se, por exemplo, a cabeçaque representa um austero juiz inglez

com a suaçabellei-ra frizada e os seusóculos.

O que represen-târá este desenho ásavessas?

I)ir-se-á, natu-ralmente: uma ca-beca!

Effectivamente/assim éi 31as riessed e s eii h ò julga-seque o nariz da pri-meira; figura cor-responde ao da se-

a bocca da primeira aosolljos da segunda! '

Engano completo 1 Experimen-te-se e ver-se-á a graciosa cabeçade ama dama; na qual ao nariz dojuiz corresponde o queixo da damae ao queixo do juiz o nariz delia. Acabelleira representa, no segundodesenho, uma magnífica pelissa que aabriga dos rigores do frio.

guhda,

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Kos outros desenhos encontram-se sempre curiosidades, tendo o ira-balho ae os examinar ao contrario; lIs desenhos duplos deram a um

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pint|r a genial idéa de fazer quadrostambém duplos.pagine-se a surpresa de um ama-dor 4fe quadros,,a quem este pintor

bica; e do logogripho por íettras,,.'Ubiaganga. ;?

Tupan, Carlota Morena, Sylvia,Guiòmar, Nhasinha, Alayde, Gisa,Nato, Quininha, Trangola, Abei Pra-zèr, Carlindà B., Sylvio tüllio, Pan-dorga e Rosa Provins solveram todosos três problemas.

Para hoje apresentamos r. hCHARADA MEPHISTOPHELICA (DodÔ)

3—Bula nas águas do alto mar.

Ç LOGOGRIPHO POR LETTRAS (Nèmt)

O' bella deusa morena,—1, 7, 10A tua voz tão serenaE1 como o alegre trinadoDeste pássaro doirado.—-8, 3,2,1,10,11O teu olhar scintillante,E' como o brilho bemditoDeste crystal offuscante.—9, fí, li, 5, 7,

1,2, 12.E' como a luz do infinitoQue empresta á teu rosto airosò;—

6, 10, 2, 10O tom dum sonho ditosoTu és a minha rainha,—10, 4, 3O' formosa moreninha,Que só me dãs soffrimentp,Na noite da .'solidão | ¦¦¦%Fito o azul d| immensidão, '^- • ,,E o dorso ctfèste instrumento.

charada em ePenthese {Bacharel)Quizera uma vez somenteGomtigo ainda falar,Para verr se aiilda SenteA tu'alnfa algum pezar.2—Por tertrahido, distanteTeu fifkadorador,Quemxn|i> esquece um instantev- y 3—Tua inijgem, ]inda fior.

||| / REVIST£#CHARADÍSTICA

Jf ;Appareceu-nos, datada de 15 do| fgP^lP) á interessante Revista Cha-'.MQisiiàa,, que^está scintillantede verve

è primorosamente confeccionada.SO!ftÍOT#f$ inaugural d'esse bri-lnante itóensarioj fundado pelo sau-

VQsòJVòrttslti, e de propriedade de- Uma;associação de charadistas destaçapitalv muito honra a seus dignosdirectòres. ?;

fia Ia pagina vem o retrato dopranteado fundador da. Revista, exor-nado com.,um bello artigo biofirra-phico. y:-;y'"> \ 8

CORRESPONDÊNCIA

Parm:— Parabéns peio successoua itevisiaCharadistica; agradecemoso exemplar rjuè nos foi enviado.Arehimedès Júnior*

ARMANDO PALÁCIO VALBfiS'(42)

nèfasia que em sua vida exercia. Apri-meirà cousa que lhe occorreu foi queJosé lhe pedisse perdão, e, repetidasvezes lh'o aconselhou com instância:mas, vendo que a tal se recusava termài^nternente, e conhecendo o seucaracter tenaz e resoluto, determinouella mesma humilhar-se.

Uma tarde, á hora da sésta, dei-xando, a casa socegada, sahiu sem servista e encaminhou os passos para avereda escarpadâ qne conduzia á casado sachristão, a qual era próxima daegreja e ambas bastante afastadas dopovoado, sobre uma esplanada a

que prestasse!. Eu.te arranjareiminha prenda, eu te arranjarei' 'ãfM^^^Mm °>» casa

ne- »'cThereza; av cólera \

dasachristà, já era unha e carne onnella. Esta falta de lógica sempre Wcaracterística de Thereza- í n„,uloffuscava inteiramente o escasso iui^que Deus lhe dera. Aparentava áãprezara maldição da sachristà e o morgulho selvagem impellia-a à dèWzer-se em insultos sempre quo $eJ'se fallava; mas, na realidade dlhavia em Rodillero quem mais'acreditasse a pés juntos em tàes bruxarias.

IDYLLIO "HOSEÒ

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ori>»o»UoRi|4t»#(í(m/í

apresentou o retrato dè Júlio Césardesembarcando na Britania,e a seguirpor este não ter agradado» uma scenada vida domestica, dando-se apenasao trabalho de voltar o quadro.

Serão estes os quadros do futuro?

RECREAÇÕESAs decifraçdes dos problemas pu-

kiiead«»s no nosso numero passadotio as seguintes:

Do logogripho por lettras, Horlen-tia, da charada mephistopheíica, Ta-

CUNHA E COSTA

Mas em vão lhe dccendeu mais deuma dúzia de cirios e lhe rezou maisde um milhão de padre-nossos; e dejejuardias inteiros, fechada na suaalcova, não colheu melhor resultado'd Santíssimo Christo, ou tíâo a ouviaou queria experimentar ainda maissua fortaleza. Os seus amores iam demal a peidr; bem ponderado o caso,poderiam considerar-se perdidos: Josécada vez mais perseguido pela des-graça; ella cada vez mdis submissaao pesado jugo de sua mãe, sem ousarmotér-se,sem üm consentimento nemreputar palavra.Em tão triste situação, começou aacalentar a idéia de desaggravar a sa-christâ e deítarte vencer a influencia

•í . • • iií.

~ Masj porcfue tanto desdém; tanta indiflerença?— Você disse que conta com as obras do porto para achar colloèaçaomeia encosta. Como ia preoccupada econfusa, nâo viu a mãe de José, queestava cortando tojo para o forno,não muito longe do caminho. Esta,levantou a cabeia e exclamou surpre-hendida: « E' boa! onde irá Elisa aestas horas?!» Seguiu-a com a vistaprimeiro e, cheia de curiosidade, des-atou a correr alraz delia para n*operder^lhe a pista. Viu que parava áporta da casa do sachrislão, batia eentrava.

— Ah, grandíssima velhaca !— ex-clamou, com voz irritada. Com que,és unha e carne com a sachristà! Láme parecia aue com essa cara de mos-quinha rttorla fito podias ser cousa

Sahiu Eugenia a receber a joven.e auedou-se grandemente surprehen-dida da sua visita; mas; ap inteirar-sedo objecto da mesma, mostrousemuito' satisfeita e triumphante. Elisaexplicou-lh'o, ruborisada e balbu-ciando.

A sachristà, impando de orgulho,negou-se a outhorgar o seii perdão,emquanto a mesma Thereza e Jostnâo viessem pedir-lho. Em vão Elisalho supplicou com as lagrimas nosolhos: em vão se lhe rojou aos pés*1de mãos postas lhe pediu misen-cord ia; nada pôde conseguir. Asa-christâ, comprazendo-se n aquella nu-milhaçío e quasi acreditando no poder

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C ^iHaflrmu

L 7 i /~% I F /"* kEdição semanal illustrada do JORNAL DO BRASIL

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vario IV -N. 180 DOMINGO, 25 DE OUTUBRO Rumcro : 3oo róis

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Exbosicftò internacional de apparelhos a àlçp.<9 choupana, junto a cila vè-se a fonte luminpse Exposição internacional de apparelhos a álcool - Secçfto

1 A Ah rasa exnositora «O Pynlampo»

EXPOSIÇÃO INTERNACIONALDE APPARELHOS A ÁLCOOL

INAUGURO.u-SE, domingo 18 do cor-rente, na rua do Lavradio, no edi

Ócio do antigo Frontào Velocipedicoa magnífica exposição Internacionalde Apparelhos a Álcool.

Luxuosamente montada, esta ex-posição merece a attenção do publiconão só pelas numerosas curiosidadesqueláexistem, como ainda pela magni-íica exposição de llores que ínaugu-rou-se juntamente com a primeira.

Ao'lado do edifício, no antigo the-atro Éden Lavradio, completamentetransformado e modificado, funecionauma escolhida orchestra de conheci-dos professores para diversão dosvisitantes.

0 Jornal do Brasil longamentese tem oecupado desta exposição, des-crevendo minuciosamente todos osproduclos alli existentes.

No próximo numero da Revistada Semana delia nos oecuparemosdetalhadamente, reproduzindo todasas sécções de que se compõe a esplen-dida exposição. Para isso temos játodas as photographias, especialmentetiradas, r,om todos os detalhes preci-sos para que o publico possa julgardo mérito d^ste tentamen. Hoje pu-blicamos algumas photographias.

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posição internacional de apparelhos a alecol' O automóvel movido a álcool e as repre-

sentantes da Associação das Crianças Brasileira;

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— A ala TJT\

QUEM DORME... COME

(Contam viajantes que na Rússia ha

y indivíduos que, durante o inverno,passam quasi todo o tempo a dormir.

No governo de Pskom, onde emregra são más as colheitas, ha laltade alimento na estação fria.

Por isso ha muitos annos, dis-trictos inteiros, compostos de grandenumero de aldeias, costumaram-se,para reduzir ao minimum o alimento,a dormir todo o inverno.

Os dorminhocos acordam uma vezpor dia, comem um bocadito depão duro, bebem água, tornam adeitar-se e adormecem.Sem trabalhar,sem mexer, sem pensar, tendo asfuneções physicas quasi annuladaspelo continuo torpor, chegam a pas-sar assim mezes inteiros, absorvendouma porção insignificante de ali-mento.

Os viajantes, quando atravessamessas aldeias, sentem uma desagra-davel impressão, vendo tantas casascom as portas e janellas fechadas,porque toda a gente está dormindo.

Ha tantas opiniões publicas comoha portas e esquinas de ruas em quese juntem Ires indivíduos.

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„i a» nnnarelhòs a álcool —A alaExposição internacional de appamno:p direita da exposição

fExposiçfto internacional de apparelhos a álcool

esquerda da exposiçfto

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800 \ ISO íil';\'IS'l*A DA S$\íi\M '25 DE Oui i i;J.tO D.lí jMirt

Um reclamo sentimental(Conclusão do n. 179)

mis factos nâo justificaram os re-ceios. Havia apenas mais alguns

barcos de carga desconhecidos, aquie ali uma nova construcçào na mar-gem do rio: o Mississipi corria sempreimpetuoso, de águas baixas e mexidas;as mesmas ressacas traiçoeiras, osinconstantes e falsos bancos de areia,ea marinhagem, como nos antigostempos, furtando-se quanto podia,ao trabalho. O capitão foi observandotodas essas pequenas cousas e conso-lando-se de assistir á repetição dopassado. Quando o Soulherner apitoua St. Geneviève, primeiro ponto deescala, ás dez, reconheceu quo nàofora esquecido. Ali, como cm todos

O Telegramma.Hum!—-resmungou o capitão.

Passe-lhe adiante se puder.Sim, senhor—e Tom deusignal

ao machinista de aiiginèhtar a velo^i-dade.

O Soulherner conseguiu chegarem frente da cidade um pouco antes,e, depois de um aviso com o apito,começou dé navegar com a intençãode Mmarrar autos do Telegramma.A manobra foi habilmente feita. Osdous approximaram-se do cáes. O capitào Job estava admirando a habili-dade do seu piloto e indo leu to menteobservando a espuma quo cabia dotalha-mar do Telegramma. quando,súbito, sente o Soulherner, desohedo-cendo ao leme, vogar subitamentesobre o vapor que se approximnva.Viu logo o que suecedera ; a cadeia

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Bahia — Recepção de Santos Dumont na Câmara Municipal

os pontos da carreira, mal se divul-gava a noticia de que o antigo capilàoJob Benton inaugurara as suas novasviagens,os amigos, os antigos carre-gadores, os passageiros tfoütrdraacorriam ao cáes, desejavam-lhe asboas vindas, entregavam-lhe ericom-mendas, saudavam-o calorosamente.O capitão Job de chapéo na màoagradecia effusivamenlc, commovido,sensível a estas demonstrações deapreço.

Pelas quatro da tarde d o dia se-guinte avistava-se Cairo. O capitãoenxergou do pavimento superior doconvés, com surpresa, umas grandesrodas que se approxirnavam do sul.Eram-lhe desconhecidas.

— Oue barco é aquelle Tom?—perguntou ao piloto.

muito gasta do gualdrope partira-seem qualquer parte.— Para a ré! contra-vapor !—gri-tou IVeneticameute ao piloto. O pilotodo Telegramma manobrou a roda doleme, orçou rápido, ordenou tambémás machinas, porém foi inútil a tenta-tiva. Houve uns segundos de inter-vallo irremediável,

"depois com um

som aterrador de madeira a quebrar-se e a despedaçar-se, a dura proa doTelegramma furou o franzino cascodo Soulherner. Um monento.depois,os barcos embrulhados ainda na abor-dagem forçada foram de encontro aomuro do cães. Os passageiros do Sou-therner atemorisados e a maior partedaequipagem aproveitaram o ensejode descer para terra.

Ao capitão Job pareceu que o

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Bahia—Chegada.de Santos Dumont ao Palácio do Governo

desastre, apezar de ser grave, nào erade fôrma alguma fatal, porque a águano dique/ eslava muito baixa. Mas acatas ti ophe tinha apenas principiado.0 piloto do Telegramma, na ancie-dade de se safar dó Soulherner, comque se achava enrascado, e sem pon-sar nas conseqüências do acto tentourecuar outra vez. O Soulherner recusou desembaraçar se, e, os dous vapo-res ainda presos um ao outro, vega-ram paia fora. 0 capitão Job borro-r.isado de ver o seu barco levado paraa água funda, precipitou sedo castellode proü, protestando furiosamenlecon Ira o , ú I o to < 1 o Telegramma. Ona nd o

quilha estalou, camarotes, câmaraoo piloto, c.imos da machina, envplveram-se e en roscaram-se ífuma cunífusa destruição, desoladora, progres-siva, precipitada. Era como se mAupoderosa e colossal, poupando as ex-tremidades do barco, tivesse pousadoao centro delle, e inexoravelmente oesmagasse, contra o fundo do rio. 0'capitão Job, de pé, sob os restos daproa fora d'agua, contemplava ab-sorto,allucinado,assombrado,a grau-deza do desastre. Os espectadores deterra viram somente a perda de umpaquete já velho o de pequeno valoi-j,niiiS o capilào Job via o desfazer des-

Juiz de Fora - Aspecto dá rua Halfeld, antes da passagem do prèstito de-Santos Dumont, em 22 de setembro de 11)03

Rnhin — (Ti erra d a do preslito á praça Castro Alves

este perturbado viu o erro cpmmettidojá estava a cincoenta pés de distanciada terra. Inverteu a manobra, quelevara comsigo o Soulherner, poréma corrente forte, acluando na popado velho barco, libertou-o dó duroesporão do seu assaltante, ao mesmotempo que lhe expunha á água nocostado uma larga lenda que desciaquasi até a quilha.

Rapidamente o Soulherner ador-nou e começou de se submergir; masa altura dágua nSo era tanta que ocobrisse por inteiro, e o capilào res-pirou mais desafogadamenle, n.1oprevendo ainda o terrível desfechoque ia seguir-se á collisào. O vaporencalhara só na popa e na proa, e aparle central continuava a submer-gir-se; osponlaleles, uns após outros.o cavername, arqueando-se e esta-laudo, descoram cada vez mais e ar-rastaram comsigo as cobertas; tlepois.com um ruido tristemente fúnebre a

apiedado das suas mais caras espe-ranças, dos seus mais sorridentesplanos, ó íimabsolulo da suaearreira.

yieràm tiràUpçlrali muito a tempouns barqueiros, assim como a Tom, opiloto, que sentado indilferente aolado do patrão, segurava em cadamão ainda um raio da roda do leme.Posto ém terra; o capiUo foi cercadode multidão compadecida e plena neconselhos. Um amigo suggeslionava-lhe a possibilidade de levantar o Som-lherner. 0 capitão dirigiu ainda umavez o olhar paia o desastre da >uavida, depois retiròü-s-è; não podiasuppòrtár aquella visão dolorosa, osolhos marejados de lagrimas, o cor;!-cão confrangido numa angustia in-tensa.

Voltou para a herdado o procurouesquecer, queé a suprema consolaçãopara as dores profundas, mas nãohavia meio. Suaoccupaçào constante,o seu lindo vapor—tudo quanto de

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05 dh Outubro de 1 \m REVISTA DA SEMANA 801 .\. 1 .'¦*'

caro Rcero iportmente o rioràvam-°; Iinteressava

MBuia no mundo- çlesappare-Todo ° **,a 'ninava^PSwel cachimbo em frente dá'SSSlMuà ("asa, observando triste-,rl ') Os seus vizinhos procu-

jorém, conio elle nao senelas suas visitas, ein

inLC^mi)0 deixaram de* appa.rc.r.P^SíS^O-isllãT se e distrahirse,DK "<

«eu jardim, a sua l.orln,cul Á Sbaldado o esforço. Por habito,

Cd a soube por um d elles que oslilirosdo governo haviam dyna-

•ShÓ o Soiitlienner, submergindo-o1 aaieato no canal. üopois.d'eslaSnSo mais quiz abrir um jornal.Táhvia os barcos, que passavam emívil de sua casita, no acima ou

Y|1 continuavam a comprimen-

çao, (piasi bupprmiil-a por momentos,a esòutar atlento, mas nada ouviu.Súbito, lembrou se da noticia da dy-muni Usa çà o do vapor e censurou a sipróprio a fraqueza da sua memória.— Lm sonho—-notou com pezar e dei-loii.se no\ameiite. Como se aquellaillusiio tivesse sido consolação denarcótico adormeceu profundamentee só de madrugUda, sol fora já, des-pirlou. Súbito feriu o, como choqueeleetrico, o tangei' d'uma sinela fami-liar—a do Soullierner—chamando parasondagens. D'esta vez estava bemacordado.

Levantou se, abriu rápido a jancllaque dava para o rio, e assombradoreconheceu^ fundeada e ancorada namargem uma bella embarcaç:'"'— todadonairosa, casco pintado de branco,

M^"^-%°fí ^.^'r^U? í?ft

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<^_ :?tó -v;:::--':

dos. Espreitoupara a sala dassenhoras, lu-xuosa e cotiuei-le, para o quar-to de fumar naoutra extremi-dade; porém,neste momento,foi novamentesurprehendidopela appariçãode Tom, seuantigo piloto,agora todo abo-toado tf um uni-forme de bor-do, botões dou-rados e reluzen-tes. O capitão.1 o b encarou-ocom sincero es-panto. Quem éo capitão d-estebarco, Tom? —perguntou-lhe.Por emquanto tem apenas pi-loto, a quem está vendo.

Mas o que veiu aqui fazer?Queira acompanhar-me, • capi-

tào. No seu camorote saberá tudo.O capitão cada vez vez mais in-

trigado seguiu o rapaz até o escri

Estado de Smita Cathariua — Arredores da cidadeTubarão—Ponte da Passagem sobre

o rio Tubarão—Estrada de Ferro D. Thereza Chnstina

de

novo a carta, detendo-se, com umcerto desdém, na parte : «Confiamem que possa arranjar os seus nego-cios de forma a estar preparado paraa sua segunda viagem».

Isto não é sonho, Tom?Não, senhor—respondeu sor-

Dtorio,onde pousada sobre a carteira, rindo o piloto.estava uma carta, cujo sobrescripto Subiram ao convés. O capitão JobtfX impressa a legenda seguinte: reílectia. Não 11^ passara .desperce-

bida a subtileza da" manobra senti-mental dos novosassociadosque assimresolviam o problema daconcurrencia,defendendo os seus interesses, e re-clamando a empreza com a antigafama do barco e do capitão; mas, bemse importava elle com a intenção re-

Juiz de Fora - Aspecto da praça dr. João Penido á chegada de SantosDumont, em 22 de setembro de IVHJd

tal-o, apitando mais alto do que nunca; reluzente ao sol da manha. O capitãoelleé V nào tinha já «smeU> ^J^J'\,Z^ Z'suasde bordo para corresponder agrade-ciclo. Muitas vezes, acordado altanoite por um silvo agudo de maebina,echoando pela quebrada escarpa tiamargem; apressado, como por ins-tineto, ia procurar a corda da sineta,e deixava cahir a mão tristemente,recordando-se de que a sineta grande,de que tanto se orgulhava, eslavaenferrujando se pouco a pouco nosIodos do rio.

Seis mezes se passaram. I manoite loi despertado por um apito,mágico e estranho som, que ó fezsentar na cama. Reconhecera aquellesilvo—nào havia outro egual desde S.Paulo até Nova Orlcans— o apito doSoulhcrncr. Alguém o levantara alinaldo fundo do canal. Offeganle, escutou,

itos na escuridão do quarto, senovo silvo, um ruido de ma-

moderar a respira-

Linha de S. Luiz Memphis. —VaporSoutherner. Capitão .lob Benton.

E depois o endereço :fAo Capitão Job Benton.

Herdade de BentonNervoso, frenético, rasgou o so-

hves^°^:o__0 abaixo assi. servada; que, em verdade, fôrahabile

«nados residentes nal «cidades dos pratica. Voltava á vida, embora aolios entre S. Luiz e Memphis, tendo serviço doutros. No prazer do com-reconhecido a necessidade de substi- mando encontraria compensação bas-tuir promptamente os vapores da tante aos revezes soffndos. Dirigiu ofallida Companhia de S. Luiz, e o seu olhar para a herdade.-Ao portaló do

próprio vapor submergido, decidiram navio estacionava o seu caseiro que,inaugurar uma nova carreira dequetes. N'uma recente reuniãoaccionistas, o serihoi oi

pa-dos

escolhido

olhosouviachina conseguiu

r7 —uslâ t~ ^'j^raü^^s^-i-íé^j^fliF-

'•' V'.^'.¦"•#,-'¦'* ¦' 'v. i ¦,-'• >¦;'.->;!;&. ¦..?&:>, . àrt*Wtx^.&zí£Rí^ymm'í'p' .•*- ,ví:* w:;«';-:-v,"' ¦^^^*t'is^^^y'^jBml^s8vÊ

:&; ¦¦•'"*;*¦ ..St-f &»••&& i'iv <¦¦•*:: •.. x\iv^Wv*tjA^S&lmWml^^immawW. ¦ ^M9WL%&ÊÈm%'%&l&Wk\k%T ' Sr^M^mtmaWÊBamVi^-r ^Z^ÊmW^M^^^^ í«Sv*. . J* •<«^K*ji4»SRí*i*»*%-..: k'mJmBSJ$?^s? ^&J!ly*'"*t5 *¦* -íl o£*As.»il. m ->.^rí. mWtSfWÊÊtwX.^mmmmmWmum^^ÊP1*^.¦* t'- /...v1*- _^JmtAJmWÊM kfaSmtlSSF.^ •-**"•*&* . % C,:4*X^M^'v>- i^^LWM^^tm^f^mmf^^mmr-}' m *Wm^Ê^JkW^MSum^^"~'mmt ¦¦-'mmt ¦¦>-• 'imml&ffiÊ-W^M fWm tdsri.f^^1VWW**' j,iij ^- - 73fcff*^H(tl5WJt ¦¦" ¦ ft^B Mmmmm '*r^4-m\mmm^ ^^^W; 'S^2Z^^^lS^''^M **?**. WI-^hIIBdpSL '^rrlniWTi •• ' ¦ Mmf-'aMWtâr&&¥&êM%^ ¦¦? '"•^.^mmuífilP^ iTwTJÍíiPiWii 'm II 1 \W TÍTir^ '• 1 a- ^ -•¦'míLur"" 53HS I '•-•.JPIíS^í5?^hhKi*p: ' t .^ fyBm& •'¦''¦& ^MufmmmW^^' —^^^•^•rfeffy^t¦:aeSSff&i»^ i "¦ -v'*****! i -«SfSs?;'.'". .**? t^JdWBL^Ui ij 111 i tf i \ ' " < ' : *» — ¦¦• '""^Jg^i^^* •^SfllT TBlfr^TliiBj ' Vi ' " fJM^M fl*' ' i i ' W WTI'»T li | .í*,**1.** . «¦'!¦ta^ug, 4Tar^ESLSaHB&^i-írr. inur i'-^i7iT1i'-y j*.4*#*--;* -'í >**—í***" ¦-.fe3K' , .

'W«^^^ÊÊÊêm*mm- ÉÊm^&iPXr* ^nm\wÊSr^±^L. •*"., ú^»|

!*»»• ItiBlUl "'^llWUT"!! ' »V'.> lirW ^*-*^ ^ >'*",jübKT ' !T*K''if;. ü^i«_- • 'fw!1)» ..»»'*•-¦ , v^*™KSr .... ¦v.»f''-*»fitl»WIIIMil-a?|-.*^,f **y*t*^*pfcMfa .^;#r- ^ ¦ ^.' íSSHff^B

iMLí^^BS-i^^lB^BamiS^Pl'- ¦¦¦. >. s ^SiJ W ¦wfjf * àm\ *<mmí\'iAWmmwtfr i¥tkhl'Í\A'tmi' i ¦ -£- .• * ^ - .-'ni¦?*» •• ofe i»i ifc*^ JÉS|*i85ríS-*^v<l?a *3ks &'--£*^j~ '¦.*. SEi»aBIHIhí-' • • -i*S5**cW*«'*ClSW*fe^35*'*^<jf*i*Ru'.^i * ', ( - r4UIjíifmi rrT*P*Firri*Wr•BH ¦bJÍ? Vi~ '1^BW»-*tI'« ^^F>TPÍ*?fT__^riÍ^MBTTPlÉ?**f **• * . TiWgtf^J- jpfftgiBW^M*¦ EkVú^<^^SSm^mm\^3KSSãEMmwi^^ j£P '•¦•• ¦ >?' ^*t^íi???*^»!**giWt^->a/lB>M>*i 5E«W^a*8i8g*cwS&yat,3cr>> -• , - H hfimJi-* -*•¦"¦*«'

Estado (le Santa Catharina — Arredores da cidade deTubarão— Sentada, á frente do casebre, vê-se _

a nonagenaria Licota, companheira de infância daheroina Annita Garibaldi

companheiro inseparável das suasúnicas distracçòes, e observou atlentoe conhecedor a construcçào do novobarco. Por sobre os canos das forna-lhas llucluava um novello pittqréscode ligeiro fumo escuro, da descargadas machinas sabia nium jacto violento uni penacho algodoento de vá-por. Mas o seu espanto redobrou deintensidade, quando percorrendo como óculo lodo o navio naquelle rápidoexame, viu na proa, junto de rendi-HliU|;i «-arranca de ornató caprichoso,rIH lettras àzues e douradas, pintado,,o nome de Soullierner.

O capitão Job precipitou-se portafora a inquirir curioso, d'onde eraaquelle vapor, para que viera fundearali defronte da sua propriedade, por-que tomara o nome do seu antigopaquete, è d'onde lhe viera a sineta eo apito. Job já não considera sonho

tel-os ouvido denoite e de ma-nhà, nitidamen-te, eguaes aosantigos, absolu-lamente identi-cos.

Abordandoo vapor, trepouas escadas, nàoreparou sequerna sa udaçã oafíectuosa dosmarinheiros,a 1 r a v e s s o u oconvés e entrouno salão. Parouestupefacto. Eraduas vezes mai-or do que o doantigo Soulher-ner,r todo a tape-lado, e decora-do com profu-sào de lampa-das electricas,de espelhos, evidros colori-

tendo-o visto sahir de casa, sem ai-moço, precipitadamente, viera sabero que oceorrera de estranho.

—Vou par-tir. Escrevereiamanhã — gri-tou-lhe o capi-tào. O rapazque por inclina-çào natural vi-via amarrado áterra, ficou sur-preso de tàosu-bita resolução,para elle inex-plicavel, e reti-rou-se a moernas mãos o seulargo chapéo depalha entran-cada. O capitãoperfilou-se numinsta ntaneovolver ao seuantigo cargo, etocando nobraço do piloto:

— Pergun-te ao machinis-

ta se está tudo prompto—disse.Tom tomava o seu logar ao leme,

lvuole'ihe olltrecer a capitania do e em poucos minutos annunciava-mwo Southerner com participação nos Tudo prompto, capitão,ucros da inhá doP sul. Esperam . O capitão Job pegou na corda do

rMlce%SaveÍmente esta^ pro- sino, concentrou-se n'um derradeiroquenunciicoui. ^ ^ .^ ^ r^ exame da sua pesSOa, como quem

duvida da realidade, depois tocou fir-mementea primeira pancada do signalde partida.— Larga, Tom—gritou elle alegre,inteiramente transformado. A machina

oiidesse iulsár-se em casa própria, a silvou; as rodas agitaram com violen-

Fstado de Santa Calliaiina - Arredores da cidade deTubarão— «Morrinhos»

para ser o primeiro capitão na novacompanhia; e por isso tèm a satis-

posta, d"outra fôrma creia que nostemos de empenhar muito para o con-vencer. Como simples attençào bapti-saram o vapor com o nome de Sou-lherner, outrora o Valley Oueen daComnanhia de S. Luiz. E para _que

do Cairo a sineta cio apito do velhoSoullierner. seu antigo barco.

O Southerner tem aviso de partirda cidade no dia...em primeira viagem.Con liam em que possa arranjar osseus negócios de fôrma a estar pre-parado para a sua segunda viagem,na semana seguinte. Etc—F. e F.

Pela segunda vez na sua vidao capitão ficara assombrado. Leu de

vapor em sua elegância donairosaseiíiüu rio abaixo.

*

No fundo de toda a acçâo gene-rosa, o pessimismo encontra sempreum tênue sedimento de interesse e dereclamo, que turva levemente a crys-tallina limpidez da bondade.

(Adaptado do inglez).

li

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802 — N. 180 REVISTA DA SEMANA 25 de Outu BRO DE VMB

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B§ T]j]f;{-iTl$0§

OS MISERÁVEISDrama de GONZALEZ LLANA

Tuaducoâo de ÁLVARO PERES

Extrahido do romance de

VICTOR HUGO

João Val.tkan, o condemnado de

Toulon, o galé innocente, viclimada fatalidade, por ella perseguido,dos homens odiado, malquisto portodos, é o principal papel da peça.

Javert, o inimigo encarniçado deJoão Valjean, secunda, rio drama, otrabalho do primeiro oersonagem.

Como o original de onde é extrahido, os Miseráveis, tem uni enredoentremeiado das mais complicadas pe-

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4êmW JfcS^i^flflfli cPfl^mi^flp*^ im^m"mt- '

Actriz Mar2a Layrot

ripecias, dos mais emocionantes lancestheatraes que é possível fornecer ácuriosidade de um publico como onosso, onde predomina o espirito dacuriosidade é a paixão por todas asscenas violentas.

E' facto, que por maior que fosseo trabalho do autor nunca elle con-seguiria movimentar a immensida.dedos personagens como o fez a menta-lidade pujarite de Victor Hugo noimmortal ròniance.

Não se.-Seg.ue, porém, d'ahi que odrama os Miseráveis, nào seja o tes-temunho e a prova completa de umtrabalho immenso. Longe de todos talpensamento. O enredo da nova peça,que será brevemente exhibida notheatro Recreio, é bastante movimen-tado. Resume-se mais ou menos noseguinte:

João Valjean (Ferreira de Souza)é um antigo gnlé, sentenciado a 19annos de pris,,<>, cumpridos os quaessahe da penitenciaria de Toulon. Sof-frera a longa pena de 19 annos porter em uma tarde, ao anoitecer, en-trado em uma estância e roubado umpedaço de pão para matar a fome aosfilhos que choravam em casa, por nãoterem o que comer

Atéentào fora sempre um homemhonrado, vivendo do trabalho ho-nesto.

Aggravaram-se as suas penas porter tentado fugir da prisão duasvezes.

Ao sahir da cadeia encontra-sena estrada com um pequeno a quemrouba, sendo a isto levado pelo ódiocom que sahia da penitenciaria contratodos os homens, pela injustiça dapunição que solTrera.

Após quatro dias de viagem a pé,durante a qual havia procurado tra-balho em todos os logares, tendo sidosempre expulso como um cão hydro-phobo de todas as casas, encontra-seJoão Valjean tte da habitaçãodo Bispo Myriei (Oiympio Nogueira;

omle entra pelas inlormaçòes da genteda cidade, cm vista da reputação debondade do velho sacerdote. Ahidiri-ge-scaellee pede-lhe bruscamente umpedaço de pão para comer. Condoído.o Bispo pelo aspecto miserável dointruso, íal-o sentar-se e manda pre-parará comida. NYsta oceasião, cs-pautado, o galé conta-lhe sarcástica-mente a sua historia, e relata-lhe quetem sido sempre enxotado de todasas partes e diz-lhe ser um homem pe-rigoso que procura vingança. Não sealtera o Bispo e manda, não obstantea repulsa da irmã, que lhe preparemalém da comida, um leito [tara que oladrão passe a noite confortável-mente. João Valjean fica estupefactoperante tio inesperado procedimento,e pergunta novamente ao Bispo seaquillo nào é um sonho e se elle nãoo teme, nem o expulsa,como os outros,á vista do passaporte que. traz e se oconhece. Brandamente lhe respondeo Bispo; que sabe quemé : é um irmão.Senta-se e devora avidamente o quelhe apresentam para comer.

Em seguida, sendo noite, o Bispodá-lhe ordem para ir deitar-se.

No meio da noite, João Valjeannào pode conter se e levanta-se, vaeá sala de jantar e rouba a prata queencontra, deixando apenas dous casti-çaes de prata. Sahe, e ao transpor aporta é percebido em casa pela irmãdo Bispo.

O velho ministro de Deus não serevolta; apenas faz ver á irmã quenão fora roubado, porquanto disseraao galé qu* tudo que tinha alli lhepertencia. •Momentos depois, entranovamente João Valjean preso pordous policiaes que o vem entregar aoBispo. Myriei mostra-se muito admi-rado e defllfra aos agentes que ti-nham prend?<Jo um innocente, por-quanto elle presenteara o condem-nado com toda aquella prata e paraprova pergunta á João porque nãolevara também os dous castiçaes queeram de prata. E dá-lhe os dous cas-tiçaes. Machinal e bestialmente JoãoValjean pega nos dous castiçaes ecom assombro de todos tenta sahirprecipitadamente. Como não se lheobstasse a passagem, volta ecahe dejoelhos perante o sacerdote que lhefaz promettrr que empregará todaaquella prata para a sua salvação.

E com esta scena finalisa o Io actoque é de um effeito sensacional, prin-cipalmente na scena em queJoüoVal-jean conta ao Bispo, amargamente, otratamento que tem tido de todos oshomens.

Ü 2o e 3o actos passam-se muitosannos depois. O antigo galé faz-sehomem honrado, enriquece, e conse-gue cbegar á posição de Alcaide; maspara isto muda o nome e torna-se co-

jean, a quem a policia procurava acli-vãmente a cerca de 10 annos.

Após algumas scenas violentasJavert declara a João Valjean queo vae denunciar. Fal-o, de facto, masninguém pode tomar a serio se-melhante denuncia em vista da po-pularidade e do procedimento deJoão Valjean. A' vista disto volta aoalcaide o pede-lhe perdão por lei-oinsultado e declara-lhe que o verda-

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Casino \alioiial — A Iroujie Romanos -Ama1moça das arlistas que

tem trabalhado naquellé cãfé-concèrtoC

Onhecido e popular pela sua bondadeextrema e extrema caridade.

Tratam-no pelo sr. Magdalena.Encontra, porém, na sua nova

posição um tal Javert, que houverasido empregado na penitenciaria deToulon e que actualmente era com-missario de policia.

Javert reconhece no sr. Magda-lena o antigo sentenciado João Vai-

Ricardo Salgado, actor da CompanJosé Ricardo

deiro João Valjean está preso e dáo nome de Saint Mathieu. O alcaidefica bastante incommodado com a no-ticia, e resolve ir apresentar-se aotribunal de Arras, onde devia ser jul-gado no dia seguinte o supposto galé.Como neste intervallo, Fátima (Luci-lia Peres) que é protegida per elle,está bastante doente, João Valjeandá as providencias para o seu trata-mento e segue para Arras. Ahi a pre-senta-se ao tribunal e faz-se reco-nhecer pelas testemunhas.

Esta é uma das principaes scenasda peça. E' de um effeito maravilhoso.

Em seguida, numa enfermaria,João Valjean de volta do tribunal,vem preso pelo commissario Javert,que muito o maltrata para visitarFátima a quem tinha promettidotrajes a filha.

Nesta oceasião, entra Javert ebrutalmente quer leval-o. A irmã decaridade, sabedora do oceorrido,salvaJoão Valjean e dá-lhe fuga.

Passam-se alguns annos. Fátimaque morrera, quando Javert contavaa historia de João Valjean, deixarauma filha Coselle (Lucilia Peres) dequem se encarregara o galé.; Ap pareceentão João Valjean, disfarçado, comCosette e sendo' novamente reconhe-ciclo por Javert e Thenardier, estes,estando próxima a revolução de Paris,querem extorquir-lhe dinheiro e paraisto armam-lhe uma armadilha. Aindadesta vez consegue salvar-se, e vaeprocurar Coselle que amava um talMario, conjurado da revolução, e diz-lhe ser preciso partir. Coselle nào re-siste a esta dôr e desmaia ao saberque além da partida, Mario pertenciaá revolução. João Valjean então re-solve salvar Mario a todo o custo,' epara isso vae com os revoltosos paraas barricadas. Nestas é preso Javert aquem João Valjean salva a vida comgrande espanto de todos, e tambémsalva a Mario fugindo, com elle ferido,pelas cloacas de Paris.

Finalmente, no ultimo acto é amorte do João Valjean. ApparecemMario e Coselle casados. Assistem

•s penalisados a morte calma do antigosentenciado que lhes lega os castiçaesdo bispo Myriei, dizendo-lhes seremelles a causa da sua salvação.

E assim termina o drama.Como vêm os leitores, o theatro

Recreio deve ter com esta tentativaarrojada uma recompensa digna doesforço que taz.

a Tosca', cantada pela eximi;! cantoraHariclée Darclée e pelo tenor Schhvazzi foi um verdadeiro suecessó

As gentis leitoras já estão farta,de conhecer os méritos de Dàrclépe por isso seria enfadonho tecer-lhe-iRevista dá Semana os elogios que Iodaa imprensa lhe tem feito em merecidacritica.

Quanto ao tenor Cay. Scüiavazzié sem duvida alguma um bom eaiiloV

Possuo uma voz beiíi timbrádãeforte, tendo lances dràmàtiçípsbons. Falta-lhe, porém, certojogo de scena que somente coma pratica longa do palco poderáobter.

Nota se também certa va-cillaçno no conhecimento da

i partitura, pois n :o tira os olhos| do regente da orchestra. 1?'

\ facto, que o maestro directorjM de orchestra é o ponto conver-g gente de todos os artistas, mas* • ha maneira de guiar-se por elle

sem que o publico note a insis-tencia do actor na marcação doregente. Sào pequeninos senões,que com o tempo certamentedesta 1 os-ha o sr. Schiavazzi.

O seu jogo de scena nào émáo, mas poderia ser menos exa-gerado em certas scenas. Talvez

hia a sensação da estréa fosse arazão principal dessas descahi-das, e por isso nos abslemos de

firmar qualquer juizo a seu res-peito antes de o ouvir novamente. Noconjuneto, porém, o sr. Schiavazzi éum bom tenor, possuidor de umabella voz que com um pouco mais deeducação musical pode chegar a lerrenome universal.

Veremos na sua próxima rentrée.

Uma bella festa está sendo pre-

^¦1 flflfl* ¦ ' j-é^mffâ'£JmmWt

\ . Y ;... . ¦

^^ •

Passemos agora para aconteci-mentos mais alegres.

A representação no Ly rico da opera

A sympathico e intelligcnlc açlriz \^VtBastos, que se despede hoje tio publicc

llumihense, seg.uindo_depois de amanhã para a buropn

parada para a noite de 30 do correnteno Recreio.

Fará alli o seu beneficio nossanoite, a graciosa e intelligenle auMaria Layrot, uma das boas aidos nossos palcos e que, pelas.muiH»sympathias de que gosa, terá o tlieaprocompletamente cheio na noite do seubeneficio.

O programma está cuidadosamenteorganisado: além de^ma,,d.asj?Wde maior suecesso do repertórioJcompanhia do Recreio, havei a wbrilhante intermédio.

E por esta semana açha.mo83JJjá demos bastante que fazer aos beu^olhos das nossas gentis leitoras, 11tanto annunciando apenas o pru. .beneficio do conhecido actor -vm 'no Theatro Recreio,que deve seifesta esplendida, pedimos venia P«respeitosamente nos assignarmua.

Marciolus.

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or, DE Outuüho de 1903i/0 ______

• REVISTA DA SEMANA803,- N. 180

VIDA DE MARINHArl^cchodc uma carta)

ohotnèn

v £.§K me disse hontem,||ha senhora, que, sr fosse

viria para a marinha, eu ornei

VpIo-CIuI» - Aspecto da pista do rua Haddock Lobo,nr ncJísião das corridas de domingo passado, 7° anniversano

por otcasiao fundação do club

pobre voluntário Carlos-; mesmo por-que melhor sei ia ler-lh'a, por nãosaber iinilar aquelle interessante saborde água salgada, com que escrevia oalmirante Celestino Soares:

K 0 gentil e esperançoso volunta-rio Francisco José Carlos, comman-dando o quarto d'álva a bordo da'

cha rr ua Ma ia eCardoso, estavaem cima de umacapoeira, no tom-badilho, para nãomolhar os pés ábaldeaç -o. Como écostume, tinham-se levantado os ca-bos e dependura-do em aduxas nasmalaguetas do cor-rimáo da borda, eo braço grandeficara colhido emcima das capoei-ras, á amurada debarlavento. Veiuuma rajada maisfresca, a volta dobraço não estavabem socada nocunho, a vergaporta pelo cabo,este recorre ou se

coea de tempo'n rtar, que permitMamo vigiar-se o quarto falvq de, c mad.srapoeíras do W^#*$$Mda.nesmamaneiraquesemorreagman'esle tempo de marinha de mg£?>com menos poesia talvez, ™* c»n' *

mesma morte ignorada «oni««»resultado pratico para a mu||5|espera o marido ou noivo, cuia sobiecasaca azul, de botões douraÍM e »em

pregas, a seduziu. Na impossibilidade,felizmente, de nar,ar aqui a morl de

um camarada, posso, cc-mtudo apresentar um caso semelhante, a queas*istL (Continua)

mmmimmmmm^*^

\ Revista Charadislica, \° numero:mensario que se publica nesta Capitalsob a direcção e propriedade de umaassociação de charadistas. Traz emsua lil pagina o retrato do saudoso

se descobriam o vo-_f_

Velo-Club - M.'jor Emílio lluglict ini-ciadcr e benemérito do Velo-Club

sinistro. O commandanle, que maudará arriar o escaler e atravessar

a declaração como um comprimentodelicado, e não faltei mais no caso,• mais importância, se

a maneira crédula e conven-acolheram

nem lhe ligariaiip o toracida com que vy. ex.aquella historia banal de sala, que,foso em seguida, lhes contei:

- Já todos dormiam a bordo,aquella hora da noite; e, a nào ser oionçinquo cantar das cigarras nospântanos da praia, ou o espaçadoalerla! das sen ti n ei Ias, nada mais seouvia em torno de mim. Melhor, porisso, distingui perfeitamente que mechamavam de fora do navio. Para lhesnao tomar tempo demasiado, o odeixar a outros, que lhes contemcasos, talvez mais interessantes, masmenos verídicos, dir-lhes-hoi, em re-sumo, que me achei em presença deduas sereias, esses mixtos de peixe ede mulher, já hoje tào raros no mar,que se me queixaram de que, de tarde,o meu navio lhes fundeara o ferro aporta de casa ; de modo que, ao volta-rem do baile, nào podiam abrir aporta para entrar e se deitarem.

Nào me consentiu o animo cava-lheiresco que eu concorresse para queessas damas passassem a noite torade casa; mandei-as subir á ponto,

pelo pandeiro de cima da capoeira,ondeestava o voluntário, faz-lhe per-deroequilibrioeprecipita-o da bordaabaixo :

luntario, afim defazer navegar o es-caler nessa dire-cçào; mas nào sedescobriu nada, nem

desencapella,puxa pela popa nem pelo.... ,.„..„x„;,.n travez; mandou su-

m-. ^!fnmw^¥7^''r •>'"'",¦¦. '"*!,. 'v, ... * ______• '..¦¦'¦ :.:.*"1

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flp -Wi ÉÈmyM

Veio-t lub-Lui/ Rouanet, aclual thesou-i-eiro, sócio iniciador e benemérito

-//ornem ao mar/gritam os rnan-uheiros que baldeavam o tombadilho.

_ Homem ao mar! grilamos datolda e do convés. ^.^ ^

não havia outroofficial de quartoque mandasse or-

bir aos vãos, ehouve a mesma in-felicidade, tendo en-tão de içar-se oescaler, sem pro-veito do próprio vo-luntario, que talvezesmorecesse, vendo-se longe do navioy)ou foi

"presa de tu-fbarão ou jamanto,ficando os marinhei-ros, que saltaramáquetle, bastante es-calavrados e con-tusos, pela rapidez com que se amoue cahiu no mar. Mas o caso toi que ovoluntário, rapaz bem gentil e demuitas esperanças, poic commandavaquarto a bordo de um grande barco,como era oMaiae Cardoso, bemquistode todos, pela sua conducta e muitaapplicaçno, estando de perfeita saúdee talvez bem alegre de deixar o naviolimpo e bem amantilliado e marcadoa quem o rendesse ás oito horas,pouco antes d*ellas tocarem, cahiu aomar e perdeu a vida na flor dos annos,que ninguém lhe levou em conta, dei-xando saudosas recordações aos ca-maradas, que o estimavam. »

Assim morria, no tempo da mari-(|lll. „„„,«„,,. w. nha de vela, o official de marinha,

çar ou atravessar, victima até das tào propicias condi-o' Maia e Cardoso

Velo-Club-Urano, Gerasime e Hannoyer vencedores do\elo ^""^^ p'remi04 de Julho da 5* turma

variado e interessante texto, collabo-rado por talentosos moços;

— O n. 13, Io fasciculo, correspon-dente ao mez de setembro, da Edu-cação : interessante revista de propa-ganda, publicação paulista ;— O Cor-

ÜPouring-Club do Itio- Convidados nas archibancadasno dia da corrida intima

suspendi immedialamente, nào semprimeiro ter marcado com a agulhaaquelle fundeadouro, e, sob as indi-cações de uma d'ellas, a mais velha,lui fundear fora da povoaçào !

Ora, esta minha facècia de máogosto nào era de molde a dar aosprofanos uma idéa correcta do que ea vida do official de marinha a bordodo navio de guerra porluguez ; mas,na occasião, nAo vinha a

"propósito,nemvv. éx.M teriam paciência para meouvir contar-lhes outra mais ade-^ada, por exemplo, a aventura do

foi seguindo, em-pavesado, 20m arefrega, e o pobreFrancisco JoséCarlos lá ficoupela popa, nadan-do, á espera queo íossem salvar. Ocom mandante Mo-raes, que era acti-vo e estava aler-ta, correu ao jar-dim a ver o queera, e reconheceuo voluntário; correá tolda, diz ao ho-mem do leme queorce, e mandouatravessar a gá-

vea- mas tinham decorrido quatroou cinco minutos, e o voluntário per-der!stltaeani ào escaler de estibordomarinheiros, larga as ^as^des-amarra a palamenta, arria as talhasCO,Tram-s°e: «providencias usuaes,poréDn^ias,peLa.rapalhaçaoeco„.fusào nue reinavam, e era deespeiair;ctqo da baldeacâo onde nenhum

cabo está saio, nem no seu logai, enão tendo havido official que desse"s

ordens opporlunas para acudir ao

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Tourina-r.lub do Rio — Paris, Manoel Car-doso Machado Netto, vencedor do 3" pareô

ToiirliiK-ClHb do Rio—Cláudio \ eigae Manoel Rocha, vencedores do torneio de tiro

ao alvo da 1» turma

reio Mercantil de Pelotas;—Jornal doCommeixio, de Porlo-Alegre; Um con-vite da Sociedade Nacional de Agn-cultura, para assistir a inauguraçãoda bella Exposição de Apparelhos aÁlcool.

Agradecemos.

ÚTEIS INVENÇÕESNo próximo numero publicaremos

duas novas invenções que nos foramtrazidas por seus proprietários.

Uma d ellas, o transmissor Holzé digna do maior estudo da parte dosinteressados.

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80-1- \. 1^0 KEV1STA DA SEMANA % I.K ()i; ruiiiío |)E 19Q3

GRÊMIO DAS ESMERALDAS

Estiveram em lestas sabbado asencantadoras Esmeraldas. O que hade mais* gracioso e chie alli se reuniu,a par de um tratamento fidalgo dis-pensado pela gentil directoria.

As dansas só terminaram pelamadrugada, com um sentimento in-descriptivel das galantes mocinhasque acharam a noite curta para darexpansão ás suas alegrias e agrade-cer á incansável directoria, que semultiplicava em distribuir amabili-dades ás pessoas presentes, que tive-ram a ventura de ser convidadas paraa adorável festa das Esmeraldas.

CARTAS DE UN TABARÉOCompadre e Amigo

Rio, 3a semana de outubro.

QuizERA poder transmittir-te todo

o enthusiasmo de que me achopossuído neste momento, em que vejoo nosso charo Brasil, nossa estreme-cida Pátria erguer-se-me, parece, dosecular marasmo em que jazia.

Estou alegre e contentissimo como que ouço e vejo acerca da rehabili-tação desta terra, que parecia ador-mecida ou revel aos grandes comme-ttimentos da Humanidade.

Hontem era Santos Dumont quedeslumbrava o mundo com o seugenial invento.

Ainda não cessavam as acclama-ções ao conquistador dos ares e já onome do Brasil era invocado no de

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iis" élll.' IIitnsig!ir;

pfo-ilic

Colônia Acadêmica Norte-Rio-Grandense, residente no Recife

A meu ver, sem fazer pouco detudo.quanto te exponho nestas toscaslinhas, o que maior contentamentome causou foi a experiência do carvào.

Como sabes, a grande Albion fezd'esse poderoso elemento de progressoo anzol com que pescou o resto domundo; pode-Se dizer sem paradoxoque o carvão de pedra é a civilisaçãocom todas as suns vnntaomc.

certo de attingir o logar que lhe com-pete e do qual tem estado alíastado pelarede e pelo...somno.

Mas, seu compadre, não ha, nfiohouve e jamais haverá alegria com-pleta.

Na Exposição dos Appârelhos aque acima me referi, acha-se umaoutra de flores e arbustos ; tambémahi so encontram um cannavial e uma

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.... h f. fi'-y tàb aJijr- .^•iy-rtrtPP'^^^w^^ ¦¦[¦ i¦ . .:/:fyM^---y^'^m ^: m-m a

'qiiiã pulvis esl ei in püíóiz ie .-.,„,„

cris.Não se esqueçam os srs. j,,,),,

triaes que ludu di've vir da hivi,,,,..,Aqiíellii casinlui, com ns suns naied'''barreadas de novo; a;çjn5^|ío"6a.n*n:ivíiillrniliraram ínti a nossa eterna .!('¦prezada.

Mas, meu querido compadrr, vemcá, clíegji-te Item para mini, quJ¦ \-mse.u-irilo, conlidcncialmente, semqiíero ilizer umas verdades, dCerl", mas vçrilad' s quo n ||lavrador i<»l i uri i <>. dc.veni sei-sem que tenhas o direito de Icza

Pòiqjio definha a lavoui-a ?A meu ver a sua doca d en ei;

vém exclusivamente da falta dithodo dos agricultores.

Porque lias do comprar desde 0millio com que arráçoas o panenriique te carrega e aos leus peccadosjaté o toucinho com que emporcalha*as feijoadas?

Pois não vôs que por uma bementendida divisro de esforços podiascultivar até a uva para beberes vinhopuro e o trigo para comeres melhorpão? Nfto estamos acostumados ;iessas lavouras, dir me ás tu.

Rompe com a rotina, meuamigo ; porque no dia em que tiveresde comprar apenas as enxadas e oscaldeirões, então sim serás verdadei-ramente rico e feliz.

E- esta a opinião de um lavradoraposentado, que também nunca teveolhos para ver os erros que agoraaponta.

Desculpa alguma acrimonia nestacarta e crô na sinceridade

Do teuBêrmüdcs.

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- ''.v ¦ • — "^irMiiilTiiM ¦" »->s'TBi^^* •• li ^^^^^a YiMMámtMT^^ymt^^mWI hu^ '»•

Portugal — Paços do Conselho (moderno) em Ovai' Portugal — Igreja matriz em Ovar

Oswaldo de Faria, o dom ador da ele-ctricidade.

Em seguida faz-se experiência docarvão de pedra colhido em SantaCatharina e é ella coroada do maisbrilhante êxito.

Hoje, estão abertas a Exposiçãode Appârelhos a Álcool e respectivoCongresso; amanhã, teremos uma ex-posição nossa, para escolhermos osproduetos com que nos apresentare-mos no grande certamen norte-ameri-cano de S. Luiz.

Vês que tenho razão para estarcontente, contentissimo.

Penso que o nosso caboclo, can-çado de dormir, acorda, distende osmembros entorpecidos, olha os hori-zontes e diz:

— E* chegado o momento de tra-balhar; a edade dos sonhos e daschimeras passou.

E é mister, meu bom compadre,trabalhar.

O Brasil precisa se aperceber doselementos de que dispõe; deixar arede e o dolce (ar nienle, encarar defrente o futuro e caminhar.

Pois bem, aproveitemos a monção casinha de páo a pique, com paredese que galemos ventos enfunem as de sopapos, coberta de sapé.velas da nossa tradicional jangada Por analogia recordei-me da in-que no mar encapellado da luta pela scripçãoquecommummente se encon-vida o caboclo prosiga a sua derrota, tra nas necropoles : memento homo

F&i^wF»' ¦¦-;..•,'.¦;/¦¦¦.¦¦,.'. .. . ..¦**¦ ¦ ¦ ¦ .,.,, . '.'¦ y*.." '¦'',.¦ . >.-' ¦.¦*¦' ;.', ¦-¦,'-.'... :¦;*-...,.¦ ',,¦

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Colhiíio Diocesano de S. José

0 COItACAO DURANTE A NOITE4

Quando nos deitamos para dormir,

o fim da natureza é que o corpoe, principalmente, o coração teimamdescanso. Com efleito, este órgão, eu-rante o somno, dá dez pálpitaçõesmenos por minuto que quanJJ.°estamos acordados; isto significa ouumovimentos por hora.

Durante as oito horas que, ordi-nariamente, cada indivíduo consagraao descanso, o coração ecouo;por conseguinte, 5.000 pulsações, ap-

proximadamente. Como cada movi-mento absorve e expelle seis onça-*-(^sangue, resulta que levanta dü.uwonças menos durante o somno <iudurante a vigília.

O calor do corpo depende de forçada circulação, e, como o sangue coritmuito mais lentamente pelas veias

quando se está deitado, dahi nasce anecessidade que temos de nos agáslhar na cama.

Ora vejam lá como as cousas são-

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95 oü Outubro IH. 1903Irà

INVISTA DA SEMANAWi H05 — N. 18O

|)G0 DE CARTAS

B. d0 cartas parece que foi

áefobertó no século XV. Mas a• - ,¦ esse jogo só se espalhou

Pa?|Mç no século XVII, por causae,nl linrria dTtalia, onde se inven-dain o'nrincipaes jogos.

•í^fn-ilmentê o brelan, o piquei e o

ISinèl, 0 lansquenel, era uma es-

^ffl>ul^l^S&!^á--YY'-;:^ :' .-oW

ÊstàdòMo llio —Uma rua de Petròpolis

pecie do trintn o um. No brelan, ga-nhava o parceiro que tinha três cartasda mesma figura ou do mesmo valor.Chamava-se a isso fazer brelan. Talvezo brelan fosse o inicio do conhecidoPaker ou Bliijf-

N'esse tempo também floresceu aBaSeíà, 0 piquei deveu o nome aoseu inventor.

Molicre, nas suas comédias, fazmoitas vezes allusòes a este jogo, eBoiloan falia do jòyen fidalgo que

0 exemplo vinha de cima : umdos mais celebres batoteiros foi ocardeal Mazarino, que Linha o desça-ramenfo de confessar aos seus inti-mos que muitas vezes «corrigia asorte ».

Es;se Mazarino, um italiano, suece-deu no governo da França, ao celebrecardeal Kichelieu, sem possuir nen-huma das grandes qualidades deestadista que distinguiam o seu an-tecessor, e, segundo a chronica es-candalosa, casou secretamente com a

Rainha mãe, a for-mosa e altiva An-na dYVustria.

O século XV11Iloi a edade d*ourode p liar a 6, cujaorigem exacta sedesconhece. .

O abbade Pré-vost diz-nos quenumerosas mesas'do

pharaó, se ha-viam installado nohotel da Transyl-vania. Os batotei-ros nào tinhamdesapparecido,an-tes pelo contra-rio: o cavalheiroDes Grieux (co-rihécem de certo

aquelle de Manon) que escamoteavaas cartas com os longos punhos derenda, não era o único que tinha ha-bi lida de para fazer d esap parecer umacarta, quando isso convinha ao seujogo.As cartas eram, pouco mais oumenos, do tamanho das actuaes. Asfiguras, porém, não eram cortadascomo as que hoje figuram nos bafa-lhos.

Em Portugal e Brasil, que saiba-

que fizeram de seusbons desinfectantesem presença deprofessores da Es-cola de Medicina,chimicos, autoridades sanitárias, re-presentantes da im-prensa e mais con-vidados, onde de-monstraram o va-lor dos mesmos

.desinfectantes, emrelação aos simila-res estrangeiros.

Aos presentesfoi servido esplen-dido lunch, em queforam trocadosamistosos brindes.

A Revista daSemana fez-se re-presentar no acto'inaugural,enviandoo seu photographo,que tirou váriosgrupos de directo-res do estabeleci-mento e convida-dos, e do pessoalda fabrica.

DESTINO D'AKT1STAS

ifV-i-MJ'*""1''

E curioso relan-$ cear o olhar

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pelo passado e re-colher da lendatudo o que ella nosrefere da vida hos-lil e impiedosa dealguns homens degênio. Sào os pre-destinados do in-fortunio: espíritosscintillantes, cheiosde ardente fantasia, e... o estômagocheio de fome.

Homero viveu pedindo esmola, edessa pleiade de famintos que deixa-ram paginas assombrosas, sabe sequeCamões nào teve asangustiosas horasque a tradição lhe imputou.

Tasso, sonhando os seus versos,chegou a nào ter dinheiro para com-prar uma lâmpada com que allumi-asse a sua tosca mesa de trabalho.

Cervantes. o maior gênio dessaHespanha gloriosa d'nrt«\ foi menosde um mendigo: o pubiieo olhava-ocomo ura bohemio inútil.

Ariosto, que andava andrajoso ecoberto de farrapos, a penas conseguiu,

.','^X"^'4,U.:,;Jif5t* '".,'. '¦ .'¦'.' '.' """"C '¦ '•¦" ''.'¦:¦ ÉlBSSMSffiSfí'' '¦ .'¦"'¦'' VTffllBíjHBBR ' 'í MkMyjjgUj™»^,VéÊ&IMÊmÊwi '- WàmmW -8 :' M:*^mWtÊÍÊ^^Ê^mWmr ":: Y';'* "¦'Y-i''-5'Y Jk.->^*?í^ ÍWÊBESíg

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í*E«Fxilfll wJfliE5'í**ÍaflB ¦¦* nl^rfflflWflflkllil fflfll » \ .-'^'£**&&3fflflflJ ¦¦¦ flflPESBfla! ¦bw '--- «liiSS^raffll«íS-islifll» :fll ¦ «^íífl?IflflliL^Kííií- %AmW ¦>fl^flslfll aíBpBiiÍÜ'laiÍiSct9 H 'Imêmwm HÍKIk! fll flfl' ¦ ¦ W-- ^'^w^fBilib. 1 liüfL. WÊt ÉPrBW MT - Trl I Hl' '

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ImmUmmVM W^m UmumuuumZTi BaH fl^^flaVaW %flfll I^HBflflJ HCm^^^ÉHE HflflrSflfla~w*H^^^^r' «i«4p flflj HfliflLjr* "§"*¦ ..** iVi

isnPESlã fl, •' '',a-j^MiatfaHlB^^BHWaaagfljaWtBa^^t?.*. ¦'¦*»--¦ "¦ "w. "'"'¦--v-*"v. .".'"fl^BK*^:?-'1"-t* jjr^y. j -dfl ^BflJHwWJn*^^flflriw4. ^ ,; -jp ,*. *» * ¦

PbMiig-al — Ovar—Capella de S. Lourenço e um trechoj'f da rua da Praça, do norte para o sul

essa legião de incomprehendidos deQenio augmenta assustadoramente senos referirmos a épocas anterioresainda. Hoje, o triumpho pertence aosmedíocres... E" vel-os, arrastando omantéo de gloriosos, sorriso de feli-cidade na bocea, e a vertigem dosscepticos no olhar.

CLUB TALISMAN DIAMANTINOAvisorada pelo apoio de nume-

rosos sócios, vae esta sympathicaaggremiação familiar colhendo victo-rias completas com as suas tentadorasfestas, cada vez mais animadas e bri-lhantissimas.

0 bello sàráo de sabbado ultimo,

Minas-OviajaiiteBento de Carvalho com sua comitiva nasmatlasdoCarating

freqüentaas casas •.

Oscoconuinudame de '.de Luiz }supplant(tímida Libonita <Quandovam^a.muita baPácear ».

"os bailes de noite, e de dia»nde se joga o brelan ».ilezàos deitaram-se ao jogopaixàolouca.N'umanoite ma-ílontespan, a celebre amanteOT, a brilhante dama quehi no coração do Réi-Sol a

i Vallière, perdeu ao jogo auantia de nove milhões,a sorte não vinha auxilia-Em torno do Hei fazia-se

tota : chamava-se a isso «tra-

¦¦-,>,*** >.w,y\ !*v^R : ... ;j:-3'

ir ',Vj^JSafT^*g?**^BBKfljií jflS? g—MB '.'-'

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"S*-Y« «w»««»^| ^m'*"¦—*-* * ^'i**^ >j^* -1 '^^fl Ha*

*-— • imi i ^^^^^^^^^^

Estado do lUo — Slnuú — Chegada do trem dos diários

mos, jogam-se actualmente os seguiu-tes jogos de cartas, jogos lícitos,entenda-se :

«Blu/f, Cassino, lollarele, Solo,Manilha ou Trempe, Wist,Biscd sueca,Pisca lambida, Burro em pé, Burrodeilado, Diabrele, Relógio, Vinte e um,Trinta e um, Douradinha, Ires setes,Boslvi. Bridç/e, Furta montinhos, etc»

FABRICA DE DESINFECTANTESlnaugurou-se sabbado, ás '2 horas

da tarde, este im-porta nte estabele-cimento, da pro-priedade dos srs.pha rm aceuticosd rs. Freire d/Àgui-ar òc Filho.

Está installadoá rua Senador Eu-sobio, n. '240 A, epossue apparelhosmodernos e a per-feiçoados.

A ssistimos áfabricação de ai-guns dos aprecia-dos produetos chi-micos dos d rs.Freire d" A guiar &Filho, á exposição

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flflfllflatataaaau^a^flflaia. .. 'J . ,aflJ Bfla\liLia_i_' " 1t^ *

É^teUalriw^

Goyaz Frente do Asvlo em construcçào—Ordem de S. Francisco de Paula

em toda a vida, ter um gibâo com quecobrisse a sua nudez.

Milton vendeu—sempre a cruel-dade dos editores !-yo Paraíso Perdidopor 10 guineos. >

Cornulle morreuá mingua; Esopofoi um escravo, e despenharamno,por ultimo, como um objecto crimi-noso, em Delphos.

Lulio, a esse, a multidão apedre-jou-o como se fosse um cão hydro-phobo: Murillo percorria as ruas deSevilha. os callejons, descalço, can-tando a sua esperança !

Démostfíenes foi assobiado natribuna: Shakespeare no theatro; e

a que o máo tempo nào conseguiuoppor obstáculos, teve, como os pre-cedentes, ou quiçá, mais que elles,uma fulguraçào que a mais sympa-thica espectativa nào podia prenun-ciar, mercê da corrècçSÒ fidalga desua amável directoria e da concurren-cia numerosíssima d*1 galantes senho-ritas, que, com esbeltos rapazes, seentregaram ao prazer das danças atéos primeiros lampejos m itinaes.

Arrirmam os bons doutores,Todos, que a voz é geral,« Para asihma, caros senhoresTomem apenas BkonchialI»

íl:'| 1

II

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806 - N. 180 REVISTA DA SEMANA25 de Outubro de 1903

BOGARY-CLUBCobriu-se de galas festivas, mais

uma vez, sabbado^a graciosa baiuiuelados mimosos bogarys

Nos salões tudo era flores. Des-de os adornos, que se salientavampela arte com que estavam prepa-rados, até os galantes bogarys queguarneciam era delicados raminhosos formosos canleiros, que eramdisputados pelos seus adoráveis culti-vadores. ...

Como dissemos, tudo era flores;flores odoriferas, que com seus per-fumes inebriavam a mocidade, quese deixava arrebatar pelos ritorncllosdas valsas, delicia de encantadorasjovens, para os quaes a noite passou-se com a rapidez do pensamento.

Só a aurora poz termo aquellamemorável serie de encantos, eracujo final se encontra a saudade,mas a saudade adoçada, suayisada,pela perspectiva de outra noite, emnrazo não distante, quando de novoas notas alegres da musica suggestivavoarem céleres pelas janellas abertas.

Então, voltará o sonho, voltará oprazer, voltarão as horas aprazíveis...Vive-se da espectativa sympathica.

CÃES MUDOS

Bm 1846, uma carta do proíessor

Bell, datada das Mauncias. rela-tava os seguintes factos: « Tocamosem João da Nova, onde tive occasiãode ver, pela primeira vez, uma ilhatoda feita de puro coral. A sua formaé a de uma ferradura, de vinte milhasde comprimento e de meia milha delargura. Em differentes épocas, aban-donaram alli cães de varias espéciesque, graças ás abundantes refeiçõesconstituídas pelos ovos da tartarugae pelas tartarugas pequenas, se multi-plicaram de uma maneira espantosa.Actualmente, são aos milhares. Per-correm a ilha aos bandos e caçam asaves marinhas com uma arte, umaprecisão e uma destreza que só seencontra, ordinariamente, na raposa.

(( A's vezes, para partilhas de sa-que, dão-se, lutas e batalhas sangui-nolentas. Posso affirmar, por obser-vações pessoaes,que esses cães bebemágua do mar e que perderam a tacul-dade de ladrar.

« Alguns, que foram techados ou-rante mezes, não readquiriram nem avoz nem os antigos hábitos.»

VISTAS DE PORTUGAL,A Revisla da Semana publica hoje

algumas vistas da cidade de Ovar,Reino de Portugal, que nos'foramgentilmente enviadas pelo sr. Do-mingos Lourenço Ferreira, que as re-cebeu directamente daquella loca-lidade.

No próximo numero continua-remos a publicar algumas mais, entreas quaes existem as das feiras reali-zadas alli annualmente.

A muita leitura, para cérebrosfracos, é como a muita comida paraestômagos débeis; em vez de servirde nutrição, embucha.

X^IDIÒBZ q>^cw—

m^^ÊÊÊÊÊÊÊÊi^y:

> #È>2 • '

DR THEOPHILO TORRESDR. HENRIQUE COSTA ,

... MedicoEngenheiro civil ¦¦ . .

Premiados no torneio de xadrez do Club dos Diários

o prêmio Revisla da Semana o sr. (|r.João Caldas Vianna que, inegàvetmente realizou a partida mais-firítéjressante do torneio, aliás jogandocom o dr. \Y. Ihnifz, que como titemos referido, è um amador respei-tavel pelo seu jogo forte é principal-mente muito segure...

Opportiinanienfe pubfiçaremos apartida premiada, e então poderão osnossos leitores apreciar a Superiqri-dade com que habitualmente o dr.Caldas Vianna so degladia no çariipodo taboleiro do jogo de xadrez. Tendoofferecido a vantagem do Càüallefrqa todos os concurrent.es, na maioriaamadores de primeira força e lendochegado em 59 logar, obteve um re-sultado que certamente excedeu áespectativa geral.

Por esse facto e pela victoria doprêmio Revisla da Semana apresenta-mos ao campeão brasileiro as nossasfelicitações.

Não encerraremos este noticiáriosem salientarmos como é de justiça, aboa orientação dada ao torneio pelaillustre commissã© directora e aomesmo tempo congratulamo-nos coma digna directoria do Club dos Diários,pelo completo êxito obtido com arealização de tão interessante cèr-tamen.

i

PROBLEMA N. 276-Dr. Th. Torres(Rio) .•(Extr. cia Caíssana Brasileira)

tPretaB (3)I ¦!¦-¦«¦m <& Wm JBbs"• »¦¦¦

¦#I*P Imm wm WL\ MWmr mm ^m wm#H I ^ I IWm BE ^m ^m II

Brancas (4) mate em 3 lanceei

PROBLEMA N. 277 — Dr. Th. Torres(Rio)

(Extr. da Caíssana Brasileira)Pretas (7)

Ml 'm m m

5 4fam wMWa flflfll

111 Hl 1E&IImm SB * HK mm

ÉÜÉ Wm ¦¦ vaSÊm " _WÊm

¦ laBLiBrancas (9) mate em 3 lances

SOLUÇÕES: problema n. 272 - (Reimann)

1 D 2 R (Inicial) 4 variantes.

problema n. 273-(J". vau Dyck)

1 T 5 T R (Inicial) 5 variantes.

Em logar de C, Ioi, por engano,impresso no diagramma deste pro-blema, T a 3 C D. Por não termosfeito em tempo a rectificação, damoscomo resolvido pelos solucionistas don 272, cujos nomes se seguem: Theo,Júlio Barreiros, F. Reis, Arthur Gui-marães (Barbacena), Gil de Souza,Octavio Ceva, Caíssano, Salvio, Dr. WHentz, Jofemo, V. N. e Alipio Cascão

' Torneio de partidasInserindo no alto desta columna

os retratos dos srs. drs. HenriqueCosta e Theophilo Torres, vencedoresdo actual torneio do Club dos Diários,temos o prazer de dedicar a secçáode hoje a esses distinetos amadoresde xadrez, publicando do primeiro,uma das suas interessantes partidase do segundo, dous engenhosos pro-blemas que extrahimos da Caissana,pois o dr. T. Torres é também pro-blemista de primeira ordem.

Reiterando os nossos parabénsaos triumphadores do torneio é justoconsignarmos também os louvoresque merecem os srs.: dr. W. Hentz,pela dupla victoria alcançada nas par-tidas que jogou com os premiados,perdendo o 2o logar apenas por meioponto; Augusto Silva e Quintino Bo-cayuva Júnior pelas boas partidas querealizaram, comquanto alguns revezessoflridos no decurso do torneio lhesprejudicassem sobre o total de pontosa que podiam ter attingido. Alcançou

Partida n. VI —Brancas |

B. AllenP 4 RP 4 DP 5 R ia)B 3 RP 3 CDP X P (b)B X BC3 B R (c)P 1 T I)

10 B 5 C D (e11 BX C12 Roque13 P3 B D14 C 3 T D i15 D2R I16 C 2 B D17 T D 1 D18 P B XP D19 P X P R20 P C X B21 Abandonam.

Defeza francesaPretas

11. CostaP 3 RP 1 DP 4 B DD 3 (;C 3 B DB X PD X BG R 2 1!C 3 G RRoqueP X BB2C :dD 2 RT D 1 DP 1 B DP 3 B R

i P 5 D ! b1 P B X P RI BX C

G5BR!

(a) P XPou C 3 B D, são osjan-ces habitualmente usados.

(b) preferimos ihdiiferentementeP3BDouC3BR. ; . ;

(c) Neste ponto da partida impenha-se a jogada de D 4 C seguida deC 3 B R. ,

(d) Esta jogada de grande alcancecaracterisa o jo-ejo irreprehcnsivel-mente seguro do dr. Gosta. ,

(e) Completamente inútil, pois in-tima a D preta a um lance ae_ant£mão planejado e com a desvantagemde obstruir uma das sabidas do C

y.(f) Lance perfeitamente meditado

que resolve a situação em favor nasPretas. ^^

Toda a correspondência deve.serdirigida para a redacção doJonwjwBrasil, á rua Gonçalves Dias n. ^Secção de Xadrez.

!'

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fui/ de Póra— Cònvescote inaugural do «Grupo dos Roedores» Minas

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¦'¦ 3»; ..'.¦'¦'. ' "• '¦''-:

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—O viajante Victoriò Torres com sua comitiva nas maltas dot

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REVISTA £>A SEMANA— Edição semanal iüustrada do JORNAL DO BRASIL

cobrenalural que os pescadores lheattribuiam, repetia sempre com modos

¦^Não ha perdão possivel, em-nnanlo a própria Thereza não vier

edii'-!*1'0 de joelhos... assim como tuLtás agora.

Elisa retirou-se,desesperada;bemomprehendia çjue era de todo o ponto

impocsivel decidira mãe de seu noivoa dar tal passo, e vendo que a sa-chiutt se recusava a levantara mal-dica o mais ainda nesta acreditava.

Caminhava com passo vacillante,olhos no chão, meditando no infor-tunio que sempre perseguira seusamores: de certo os não approvavaDeus, a avaliar pelos obstáculos que

sobre elles amontoara em pouco tem-po. 0 caminho por onde descia eraíngreme e pedregoso; de espaço a es-paço alguns trechos planos á guisa dedesça nços.

Ao chegar a um delles sahiu-lhede repente ao encontro Thereza. Comoapezar da aversão entre as duasfamílias nunca a mãe de José lhe hou-vesse mostrado antipathia, Elisa sau-dou-a,sorrindo; mas Thereza, appro-ximando-se, respondeu ao compri-mento com uma tremenda bofetada.

Ao ver-se assim maltratada, apobre Elisa ficou suffocada e, em vezde defender-se, levou as mãos aosolhos e desatou a soluçar com grandesentimento.

Thereza, depois do seu acto bru •tal, quedou-se por seu turno suspensae descontente comsigo mesma:.'-a'attitude humilde e resignada de Elisasurprehendeu-a. E para cohonestar asua açção indigna ou, talvez, paraatordoar-se e fugir ao remorso, co-meçou a vociferar, como tinha porcostume, injuriando a sua victima.

— Anda' velhaca, vae juntar-teoutra vez com a sachristã!... Estásaprendendo para bruxa?... Eu te da*rei as bruxarias com o cabo da vas-souraè a palmatória nessas mãos atéte fazer éspirrar o sangue!... Anda,anda, minha mosca morta!... Estássahindo das cascas!... Eu cuidava que

não precisavas deixar a loja paraaprender bruxarias! '

Tamanha impressão produziramna iníeliz moça estes insultos injus-tificados depois das pancadas, quenão podendo resistir á emoção des-maiou. Foi o que acabou de descon-certar a viuva ; e n'um Ímpeto muitonatural ao seu caracter arrebatado,passou de repente da cólera á piedadee correndo a suster Elisa nos braçosentrou de murmurar-lhe ao ouvido:

(Continua).

O Moreira esteve á morteCom asthma, mas afinal,Curou-se, está gordo e fortePorque tomou o Bbonohial.

:« •:

DOR DE DENTE

fç i/Tf. Wr*- ¦¦****+

Sua cura em um minuto peloOdontalgíco Oliveira Júnior (ins-tantaneo). No Bi o de Janeiro: O li-veirâ Júnior & C, Cattete n. 227—Araújo Freitas & C., Ourives n. 114.

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sabilidade da mesma'irmandade, decre-tos municipaes ris. 543, de

7 de maio de 1898 e 952,de 19 de novembrode 1902

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ses rebeldes ou chronicas, rou~quidões, asthma, catarrhos chro-nicos, tisicas do larynge e pul-monar, etc, curam-se infallivel-mente com o «Xarope PeitoralBalsamico, de Rebello Se. Gran-jo»; encontra-se á rua Primeirode Março, pharmacia Graujo, Riode Janeiro.Em S. Paulo, na rua Direita

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Araújo Freitas & C.OURIVES 114

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Àeceitani-se eneommeudas de mnneroscertos para toda.s as loterias.

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O medicamento que mais fama temalcançado no mundo é a Emulsão deScott. Não ha paiz civilizado onde nâose pronuncie seu nome com respeito, eessa reputação bem adquirida não e filhade casualidade, senão conseqüência legi^tima dos bons resultados que tem pro-duzido a medicina nas enfermidades dopeito e da garganta, nos escrofulososedebilitados. A associação do Óleo de Fj-gado do Bacalhau çom os hypophospni-tos de soda e cal, como se encontram na

Emulsão de Scotté uma combinação feliz que proporcionaos materiaes para reparar os tecidos e osangue. A infância é a idade que maisbenefícios obtêm da Emulsão de Scott.Por seu bom sabor é tolerada pelo pala-dar mais delicado. Assim como as arvo-res necessitam para crescer e desenvol-ver-se boa terra, estrume e regadura;assim também as creanças requerem ouso da Emulsão de Scott de óleo de figa-do de bacalhau com hypophosphitos decal e soda, que representa para ellasforça, saúde e alegria.

SCOTT * BOWNE. Chimico», N«v* York.A* VMla nas Drogaria} • PhanuctM.

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