vai-se só o vazio perda do que se não tinha o vazio se esvaiu e se vai nele o que havia.

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vai-se só o vazio

perda do que se não tinhao vazio se esvaiue se vai nele o que havia

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não são só palavras à pá lavrada a terra não é apenas palavra todo o corpo sãoe as lavras da mente palavras seminais levadasinsanas umas, outras nadaestéreis em fértil terra a dordaninha a palavra desamor mais da primavera é a flor

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fios um fio te liga ao mundonenhum fio liga um mundoa vida por um fio ligadadesligado levo a vidahavida ela de fiosa teia, o rio, os raios do sol, fios de rede ao luarenfiados em vidassopro vivificado a fioenleadas todas em desafios

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Saudade e lamento Para mim, amada, tem sido só assimToda manhã, primeiro penso em tiNo espelho, ao barbear, te vejo aliHavia ido deitar contigo em pensamentoNão é dor, não é tormento, é só lamento.

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Vai se indo se esvaindo É-se esse sinuoso presenteOntem passadoJamais amanhãUm sempre antepassadoMesmo intensamente aqui jazendoSendo presente já ultrapassadoÉ-se esse apenas ter sidoOu se já se é um benvirá?Sendo por assim amarAme-se sempre assimTerá sido ou será, enfim

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AjoujadaUm dragão por diaUm leão antes rugiaMatem-se as ferasDa emoção sofreadaAgora já degradadaNo sanatório ao ladoAjoujada inda espera

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epifania de versos inverso arremedo tosco do mero alvoroçovomição sem almoçonáusea indesejadadanada companhiapalavras pós palavrasocas, vazias, fantasiadaslavradio ressecado vadiodesarrazoado emudecidomoribundo amor tecidoamar teria queridofundo calou, não voltounem tão embevecidonem havia bebido afogueadoafogado, mutilado, descoroçoadoo coração no peito apertadoou na mão ensanguentadachutando latas ou nãocão danado sem perdão

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Caminho só Tua felicidade muito queroPor ela volto em tudo atrásAmo, mas não a quero maisSofro, mas não direi um aiTua paz não vou mais ferirSem dor, ou lamento, amorSigo fora já do teu caminhoSei que estrada devo seguir

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Poema pra mais ninguém palavras são só a minha almasou apenas e tão só o que soutambém tenho minhas dores.o tempo nos dirá dos amores

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Amando, sem perdão Exangue em sangue a rosa no chãoTravo amargo um cravo no coraçãoNoite igual à outra sem o teu amorFlores suavizam sem curarem a dor Parecem que ares de novidade dãoSigo amando, entanto, sem perdão

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sempre nem jamais advinda existência outravinda desde aqui e agoraassoleada é sempidouradaprateada então enluaradanem sempre, mesmo jamaisna desventura porventura des_animada, sem voz jaz

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Destino indesejado do amor A ardor debelado em desatinoO idílio no rompante sufocado A alegria retorcida a silêncio Ao sol do improvável cais a dor A primavera ao frio já inanimadoA morte indesejável no desamor

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equilíbrio imperfeito devaneio desequilibradoverso emocionado de amor retorno a impossível passadoo mundo em demudada açãoa vida acelerada por vívida dor realizada ao reverso da tensão

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Que fazer? Não mais tem amor Por mim quem amoNão mal me quer Apenas mais não querParece simples, assimEntanto, não éNão carece desenharNem também desdenharSerá mais algo acontece?Que fazer desse amorNem precisa insinuarEnfim, tísico, definharáDe desamor feneceráAprendi a sentir assimÉ tão ruim, inda piorSentir alguma dorNem saudade ter de mimNovo dia, segue a vidaAh, um desses belos dias...

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lua alagada intrigado ficarabombardeado, um lado da luaalagado restara

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Paixão é mar Ah! Sim, há em mimum rio pequeno,um rio de água poucanem bravo, nem amenoum curso já sereno.Ao vendaval já no maruns muitos rios vãoe por tão pequeno sersendo água e turbilhãosou agora tanto quãoassim, amar e o mar são

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a essência tua ao cair da tarde pensei seria a hora aquela certa, exata, corretainda sendo errada assima amor algum equiparada a dor sem teu perfume, flor, tua essência jaz em mim

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de volta, sem norte Um dragão por diaUm leão rugiaO coração sofriaJazem enjaulados No hospício ao ladoNão são amestrados

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ama, vai-se, esvai-se é-se esse sinuoso presenteontem passadojamais amanhãum sempre antepassadomesmo aqui jazendo intensosendo presente já ultrapassadoé-se apenas o ter sidose se pode já ser o benvirásendo que se ame assimterá sido, é e será

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troçotroco torço treco traço terço taco toco toco telecotecoticotecotônicotonico trisco triste tópico trupico trópico tri trocado.

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#1Não duvido das tuas palavras. Sei demais de dissabores.Sofro que te alegrem tantoversos meus de nossas dores.

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queria muito te amar Dizes que não malmequeresMas não mais dizes se amasA mim que o perguntei a tiEm uma noite de tantas doresEm várias das vezes outrasEm que teu perdão pedi, liQue perdoar não me podiasMuita dor eu já te causara Que as tolerâncias fartaraEu não sei amar, e te amoE não tenho teu perdãoMas não deixo de querer-te Estes versos assim impactamNo contexto têm eles razõesNão te quero mais infelicitarFazer deles novo evocarSe só penso em te amarSão palavras de um tempoDe momentos a relevarSabes, amada, mal reagiEscrevo e ajo como pensoE mesmo, vi, sem pensar, Se me arrependo, confessoQue te amo sou sinceroTua felicidade almejoE teu amor mais quero

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Diz que malmequeres Jamais almejara tê-laEntão te amei e te amoE nada foi tão súbitoNem inadequado desejoInda que fui estúpidoDepois de te amar, eu seiSe não te cativei, não te desonreiNinguém, nem tu, pode duvidar Desacreditar do quanto te ameiA minha dor só teu amor atenuaNão é letal a ausência tuaTerei sempre onde ir, entantoA qualquer lugar sem ti, um cantoÉ isso mais vulgar, um tantoQue meus versos de acalantoSe não os queres, já o dissesteNão são feitos só de amor por tiCrê, então, os faço para sofrerPorque apraz condoer-mePorque sou mesmo egoístaÉ a queda do exibicionistaDiz-me, amada, se malmequeres

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O amor em queda livre No ciclo da gangorraO que se põe altoAbaixo sempre vemUm cântico na masmorraA prisão dos sentimentosA palavra vã já solta Insensata aos ventosNavega a onda revoltaAh! são só palavras sem preço emudeço estarrecidosem perdão, sem apreçona insensatez consumidosSe amor mereça talvez Na chegada ou na partidaquem vá querer entenderQue compreenda, amorEncerra essa estranhada dor

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#2Apaga, amada, toda lembrança minhaPerderás assim o medo de me amarNão me humilha não ter teu perdãoApenas sei que não me amas entãoDesejo sejas tanto feliz como queiras.Prometo não mais te importunarRancores e frustração fazem mal Ao coração e não há razão pra tal

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saber te amar Sonho que te abraço e beijo até que me falta o arpuxo teu cabelo, te acarinho o rosto... Acordo querendo mais te querer, saber te amar

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a entrega é doação que acalma A entrega é doaçãoNão é a submissão.Apenas é emoçãoTão só a não-razãoSó coração e alma.A entrega acalmaDoa de si para siTambém e à amada

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Falta tua graça, amada Amada, por certo estás lembradaTua graça foi por mim solicitadaNenhum meio me diz ter sido dada Por amor, é ela tanto aguardada.

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amo porque sim não há beleza em tanta cruezaresta que é pura, com certeza

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é o que foi... Então, combinado estáAmanhã outro dia seráHoje, o inexistente éOntem expressão de fé

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é bem assim o amor é de quem ama,porque amaporque quer amar.resta ter amado,se o ser amado já não está.resta ser e estar.talvez até uma seresta.

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um preito em vãonão tem preçotanto é o prantopouco é o apreço

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existo porque amo Não há fosso, oco ou vazioÉ silêncio pesado, conflitoO constante eco de um gritoO amor em refrão contritoA renitente recusa da graça Triste círculo de giz e dorInteligência sem querênciaO coração sem indulgênciaSegue a vida em penitência.

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não ama quem não perdoa Há em tudo o que desabacomo as tormentas d’águaCerto tom de elevaçãoHouve tempo, era rasaHá momento de paixãoSó não convém a qualquerQue intentem encontrarNa finitude alguma razãoPois não as há no coração

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do amor por ti nada no mundo é só meunem mais sou que ninguémresto já o pó a que retornareisem tua licença te amei, sem teu perdão, te amo por muito ainda te amarei

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sou já um outro Por certo não sou mais eu depois daqui.Assim, também já sou o que veio depois de mim.