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Página I - Supl. Tauromaquia 1ª Grande Corrida do Jornal de Coruche, uma noite que fica para a história. Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores. Destaques Página 17 Azervadinha vence Taça do Con- celho de Coruche. Joaquina Mendanha, mostra-nos os seus fatos tradicionais e borda- dos. Página 31 Fundador: Abel Matos Santos • Director: José António Martins • Ano 3 - Número 30 Outubro de 2008 • Mensal • Preço: 1 Registo ERC 124937 • ISSN 1646-4222 CORUCHE O Seu Supermercado e Posto de Abastecimento de Combustíveis LAVAGENS AUTO * SELF-SERVICE SUPERCORUCHE – Supermercados SA. Telef. 243 617 810 Fax 243 617 712 Rua Açude da Agolada 2100-027 CORUCHE PREÇOS BAIXOS * QUALIDADE * ACOLHIMENTO V V ALE 15% ALE 15% DESCONTO DESCONTO numa refeição Recorte e apresente na altura de pagar Grande reportagem Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. Com o regresso às aulas, Laura Macedo, foi saber o que mudou num espaço de quinze anos Tesouros escondidos página 11 páginas 30 e 32 G G RANDE RANDE E E NTREVIS NTREVIS T T A A com com Ricardo Santos Ricardo Santos actual Presidente da actual Presidente da Associação dos Amigos Associação dos Amigos do Grupo Desportivo do Grupo Desportivo O Coruchense, fala-nos O Coruchense, fala-nos do porquê da criação do porquê da criação desta associação, da desta associação, da sociedade coruchense, sociedade coruchense, de política e, de política e, emocionado, desabafa emocionado, desabafa sobre quem ainda não sobre quem ainda não teve a coragem de abrir teve a coragem de abrir a porta para a porta para ajudar o clube. ajudar o clube. páginas 3 e 4 António Sacramento fala-nos da sua arte e da sua paixão de Correeiro

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Página I - Supl. Tauromaquia

1ª Grande Corrida do Jornal deCoruche, uma noite que fica paraa história.

Os artigos assinados são da inteiraresponsabilidade dos seus autores.

Destaques

Página 17

Azervadinha vence Taça do Con-celho de Coruche.

Joaquina Mendanha, mostra-nosos seus fatos tradicionais e borda-dos.

Página 31

Fundador: Abel Matos Santos • Director: José António Martins • Ano 3 - Número 30 • Outubro de 2008 • Mensal • Preço: €1 • Registo ERC 124937 • ISSN 1646-4222

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Recorte e apresente na altura de pagar

Grande reportagemMudam-se os tempos,mudam-se as vontades.

Com o regressoàs aulas,Laura Macedo,foi sabero que mudounum espaçode quinze anos

Tesouros escondidos

página 11páginas 30 e 32

GG R A N D ER A N D E

EE N T R E V I SN T R E V I S TT AA

comcom Ricardo SantosRicardo Santosactual Presidente daactual Presidente daAssociação dos AmigosAssociação dos Amigosdo Grupo Desportivodo Grupo DesportivoO Coruchense, fala-nosO Coruchense, fala-nosdo porquê da criaçãodo porquê da criaçãodesta associação, dadesta associação, dasociedade coruchense,sociedade coruchense,de política e, de política e, emocionado, desabafaemocionado, desabafasobre quem ainda nãosobre quem ainda nãoteve a coragem de abrirteve a coragem de abrira porta paraa porta paraajudar o clube.ajudar o clube.

páginas 3 e 4

António Sacramento fala-nos da suaarte e da sua paixão de Correeiro

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Océu desabou nos Esta-dos Unidos. Uma crisefinanceira que já se

adivinhava, finalmente apare-ceu e começou a ter as suas con-sequências pelo mundo fora. Deeconomista não tenho nada, masnão é preciso sê-lo, nem ser su-ficientemente esperto para con-cluir que os efeitos da irrespon-sabilidade com que George W.Bush governou nestes últimosoito anos fossem estes.

E quando os EUA tremem oresto do mundo abana. Os mer-cados asiáticos da China e Ma-cau negoceiam em perda. O Ja-pão e outros países europeusinjectam capitais nos seus ban-cos.

O Governador do Banco deFrança afirma que: “O sistemafrancês é um dos mais segurosdo mundo”, mas como não hábela sem senão, de imediato sal-vaguardou: “se houver algumadificuldade os Estados, os Go-vernos devem ser absoluta-mente determinados para que o

sistema financeiro se aguente”,e se não forem? Pergunto eu. Senão forem mostra que o sistemafrancês é tão vulnerável comoos outros!

Não menos confiante que oGovernador do Banco de Françaestá o nosso Primeiro-Ministro,José Sócrates, que afirma que asfamílias portuguesas com pou-panças (?) podem ficar tranqui-las, pois as instituições finan-ceiras nacionais têm uma gran-de capacidade de resistência àcrise.

Concordo plenamente, poiscomo o nosso país está, devemser bem poucos os portuguesesque conseguem poupar algumacoisa. Daí o senhor Sócrates es-tar com a moral em alta!

Soube recentemente que vaiser realizado o filme dos “Mar-retas”, quem não se lembra des-ses míticos personagens, quemuito nos fizeram rir na décadade 80? E continuam, fazem-nosrir, chorar, revoltar, criticar, te-mos várias reacções ao vê-lostodos os dias na Assembleia da

República. Li recentemente queo PS vai apresentar um projectode lei que após as eleições de2009 permita o casamento entrehomossexuais. Os Verdes, oPCP e o Bloco de Esquerda jáhá muito que defendem estaideia. Em minha opinião tal nãodeve acontecer! Por muito lib-erais que sejamos, em certas edeterminadas ocasiões temos depuxar dos galões e deixar deimitar os outros, temos de mar-car a nossa posição e fazer comque não percamos os nossos va-lores e dignidade enquanto por-tugueses que somos. Não defen-do a ideia de macho latino mastambém não concordo com ocasamento homossexual. Estesprojectos de lei são ridículos,agora discute-se o casamentoentre homossexuais e depois oque vem a seguir, o acasalamen-to entre os mesmos?

E para quando as discussõesem Plenário daquilo que real-mente interessa aos portugue-ses? A Saúde, a criação de pos-tos de trabalho, os impostos, a

segurança que cada vez é me-nos. Para estes assuntos é que setem de arranjar soluções e nãopara coisas insignificantes quenão fazem sentido nenhum ecomo dizia o meu avô: “nem aomenino Jesus interessam”!

Enfim, o Jornal de Coru-che já está nas bancas.

O mês passado tivemos anossa 1.ª Corrida de Toiros,desde já agradeço à empresaToiroLindo o facto de nos terproporcionado esse memorávelacontecimento.

E agradeço também a pre-sença de todos os assinantes esimpatizantes do JC que marca-ram presença na Monumentalde Coruche.

No Jornal de Coruche des-te mês temos uma GrandeReportagem onde a nossa maisrecente “aquisição”, a jornalistaLaura Macedo, foi à escola Se-cundária de Coruche, e fez umcomparativo de gerações, o quemudou em quinze anos, os no-vos hábitos alimentares, como

são hoje as amizades. Ouviu aopinião dos contínuos que vi-ram crescer muitos homens emulheres da nossa terra e faloutambém com antigos alunos damesma escola.

Estreamos também a ru-brica “Receitas do Chef” com oChef de cozinha Pedro Aguiar.

Encontramos mais um te-souro escondido, a Correariado senhor António Sacramento.

Temos a Grande Entrevis-ta com o Presidente da Direcçãoda Associação dos Amigos doGrupo Desportivo o Coruchen-se, o Eng.º Ricardo Santos.

O Dr. Domingos Xavier e oJoaquim Mesquita colocam-nosa par da tauromaquia nacional elocal.

O desporto também tem oseu espaço. Por isso caro leitor,o que tem de fazer é desfrutar doseu jornal de Coruche.

Boa leitura e até para o mêsque vem!

____José António Martins

Director do Jornal de Coruche

2 O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 30 • Outubro de 2008

Crise Económicae de Valores

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Conforme já foi oportunamente noticiado, a UniversidadeAberta vai abrir uma delegação nas terras do Sorraia, as insta-lações vão funcionar na antiga casa dos magistrados, bem juntoao Rio, e perto da manga do Sorraia

Para além desta delegação, está também em fase de conclu-são a construção de uma residência para estudantes, com capa-cidade para 16 camas, que pretende dar resposta aos estudantesdo ensino secundário e profissional que fazem o seu percurso deensino em Coruche, mas que são originários de outros concelhos.

Universidade Aberta em Coruche

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Jornal de Coruche (JC) – O que olevou a candidatar-se a presidente doGDC?

Ricardo Santos (RS) – Pelo simplesfacto de existirem várias versões sobre asituação do Grupo Desportivo o Coru-chense (GDC). E ao estar mal esclareci-do sobre essas situações, entendi quedevia aprofundar e saber efectivamente oque se passou. E durante o período decinquenta dias em que estive à frente dosdestinos do GDC que havia coisas quepara mim seriam impensáveis existir.

JC – Antes de se criar a associaçãodos amigos do GDC, o senhor era pres-idente do clube, numa direcção quelogo na assembleia-geral em que a listaque apresentou saiu vencedora e quecomeçou logo com problemas no seiodessa direcção, quer comentar?

RS – É uma situação que para mimnão tem grande importância, porque hápessoas que não têm a mesma disposiçãoe princípios para lutar por causas e porvezes têm desvios sobre esses objectivos.

JC – Quando tomou posse comopresidente, qual a situação financeirado clube?

RS – É uma situação difícil de expli-car porque diariamente os juros da dividaestão a aumentar. Mas os valores da divi-da às finanças rondam os sessenta milcontos.

JC – Sabendo que o clube atraves-sa um momento financeiro muito deli-cado, quem foram os grandes respon-sáveis por esta situação?

RS – Em minha opinião eu penso queem parte os grandes responsáveis foramos coruchenses, pois quando existemproblemas no nosso concelho as pessoasafastam-se, não há um verdadeiro espíri-to de cidadania. Mas quando se diz queas anteriores direcções foram as grandesculpados, não concordo, pois as pessoasque por lá passaram estiveram todas deboa fé. O que houve foi algum facilitis-mo em alguns procedimentos, não pode-mos responsabilizar só as direcções, poisexistem outros intervenientes no proces-so que poderiam e tinham responsabili-

dades para alertar para um maior rigor nagestão dos dinheiros públicos, isso foium pouco, digamos o deixa andar, masnão me compete a mim apontar o dedo aA, B ou C, acho que as atitudes ficam pa-ra quem as pratica. E quem anteriormen-te passou pelos corpos sociais da direc-ção do GDC e por instituições publicas,deve fazer um exame de consciência ever o que fez de bem e de mal.

JC – Num Clube que tem as finan-ças “à perna” o que o levou a ser o ti-moneiro deste barco quase afundado?

RS – Não estou isolado neste proces-so, tenho um grupo de amigos e os ami-gos servem para as ocasiões e num clubecom sessenta anos, eu sou apenas um dostimoneiros, somos um grupo de pessoasrelativamente restrito, mas um grupo depessoas assente em princípios e que te-

mos por objectivo defender as cores e oemblema do Coruchense.

JC – Qual a razão que levou à cria-ção desta Associação dos Amigos do Gru-po Desportivo O Coruchense (AAGDC)?

RS – A razão fundamental, foi criar-mos sob o ponto de vista legal, uma novasituação em termos fiscais, financeiros edesportivos.

JC – Quais os objectivos destaAssociação?

RS – Os objectivos da Associação sãoa prática do futebol e cativar os jovensnesse sentido. E acima de tudo para man-ter o nome e as cores do Coruchense.Com esta associação poderemos candi-datar-nos a subsídios vindos da parte daCâmara Municipal de Coruche

JC – O GDC está a funcionar emtodos os escalões?

RS – Sim de facto temos todos osescalões a funcionar desde as escolas àequipa sénior que conta com 23 jogado-res que irão disputar a 2ª divisão do Cam-peonato Distrital.

JC – Quais são os objectivos e pre-tensões da equipa sénior?

RS – um dos objectivos é sem duvidaa pratica do futebol, depois passo a passovamos vendo, não podemos dar o passomaior que a perna. Temos uma equipacomposta por jovens jogadores da nossaterra e vamos aguardar para ver até ondeconsegue esta jovem equipa ir.

JC – Com tantas dificuldades, res-ta-me perguntar se os jogadores rece-bem ordenado?

RS – Nenhum jogador da equipa sé-nior recebe ordenado, estão no clube poramor à camisola. A única coisa que re-cebem é quando há jogos em casa, nósoferecemos-lhes umas sandes e umas be-bidas.

JC – Qual a relação que a associ-ação mantém com a CMC?

RS – Temos uma boa relação. A últi-ma reunião que tivemos com o senhorPresidente e com o vereador Nelson Gal-vão, foi uma reunião de trabalho que teveresultados muito positivos.

JC – Os Coruchenses reconhecemem si uma grande paixão pela políticae em particular pelo PSD, não achaque isso pode prejudicar o desempe-nho enquanto Presidente do GDC.

RS – Eu acho que não, mas para algu-mas mentes isso deve ser complicadopois não sabem separar as águas.

No dia 26 de Março abandonei a pre-sidência da concelhia do PSD, precisa-mente para que ninguém me possa apon-tar isso. É de salientar que na AAGDCestão representados o PCD, o PS e o PSDe damo-nos lindamente. Isto é uma provade maturidade que só mostra que inde-pendentemente da cor politica os objec-tivos são os mesmos.

JC – Porque regressou a Coruche,depois de tanto tempo ligado a Almei-rim.

RS – Regressei acima de tudo às mi-nhas origens, foi aqui que eu nasci. Masquando terminei a escola e quando re-gressei do Ultramar. Vi que o meu lugarnão era em Coruche.

Coruche tem um problema, não olhapara as pessoas pelo seu valor humano,no meu tempo dava-se muita importân-cia e havia muita distinção entre quemera da vila e quem era do campo. E entãofui trabalhar para Almeirim aí vivi, tra-balhei e criei os meus filhos.

Quando me reformei em 2006 regres-sei a Coruche, pois os meus valores sãoas minhas raízes.

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 30 • Outubro de 2008 3

Ricardo SSantosRicardo Santos é coruchense de corpo e alma, Engenheiro Agrónomo aposentado desde 2006.

Nasceu em Coruche mas foi por Almeirim, Santarém e Vila Franca que fez o seu percurso profissional.Voltou à terra que o viu nascer, foi Presidente da Comissão Politica Concelhia do PSD,actualmente Presidente da Associação dos Amigos do Grupo Desportivo o Coruchense,

associação formada para garantir a continuidade do clube que muitas alegrias deu a todos nós, coruchenses.

G R A N D E E N T R E V I S T A

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 30 • Outubro de 20084

JC – Muitos Coruchenses afirmamque o senhor tem que ser presidente dealguma coisa, primeiro do PSD e ago-ra do GDC. Quer comentar?

RS – Eu gosto de estar nas coisas.Apesar de neste momento não ter preten-sões de ser presidente de mais nada, nãoescondo que gostaria de ser presidente deuma associação de amigos dos idosos deCoruche e penso que sociedade deveriaabrir os olhos para a chaga social queexiste no Concelho de Coruche.

JC – Pode o PSD de Coruche algumdia conquistar a Câmara Municipal.

RS – Pode sim senhor e tem condi-ções para isso, Este período é um perío-do favorável a isso, mas têm de ser osjovens e as pessoas que estão em Coru-che no dia a dia. Pois se o PSD tiver can-didatos que só cá vêm de quinze em quin-ze dias assim não consegue lá chegar.

JC – Pelo que sei e constatei o senhorveio dar uma lufada de ar fresco ao PSDlocal, mas o que é certo é que saiu e os“velhos dinossauros” voltaram a ficar àfrente do partido. Quer comentar?

RS – Eu acho que isso também é umpouco culpa da juventude do PSD deCoruche, no período em que fui presi-dente do partido a JSD deu provas maisdo que suficientes que é a organizaçãopolítica de jovens mais saudável do nos-so concelho. Logo têm a responsabilida-de de serem eles a assumir o partido, mascomo isso não aconteceu, os mais antigosno PSD assumiram a liderança e assumi-ram muito bem.

JC – Que leitura faz da realidadesocioeconómica do nosso Concelho.

RS – Somos um dos concelhos maisricos do país, economicamente existemgrandes empresas, mas a grande lacuna éna falha social, não há devida preo-cupação com os idosos.

JC – Que análise faz da prestaçãodo Actual Presidente da Câmara?

RS – Está a fazer uma prestação aoseu estilo, é uma pessoa que fez umaopção de vida pela política, é uma pessoaque se movimenta muito bem no espaçopolítico. Tem um trajecto que tem vindoa cimentar ao longo dos anos e desempe-

nha bem a sua função como bom políticoque é.

JC – Pretende voltar à política?RS – Quando pedi a minha demissão

da presidência da Comissão política doPSD, utilizei a expressão, vou andar poraí, neste momento estou mais dedicado aoutras causas que é a da solidariedadesocial, mas não direi que não voltarei àpolítica.

JC – Até onde pode Coruche Cres-cer?

RS – Até onde os coruchenses quis-erem. Como já disse Coruche é um dosconcelhos mais ricos do nosso país e noque respeita ao crescimento só Deus sa-berá. E o futuro a Deus pertence!

____Entrevista de

José António Martins

G R A N D E E N T R E V I S T A>>

RRiiccaarrddoo SSaannttooss

Desabafos de Ricardo SantosSegundo Ricardo Santos é lamentável o facto de algumas

das grandes empresas, não estarem dispostas a receber o pre-sidente da Associação dos Amigos do Grupo o Coruchense.“Só pretendo apresentar o projecto da associação, não voupedir nada do outro mundo, o que para eles seria uma miga-lha para o clube faria sem duvida muita falta” – desabafaRicardo Santos.

“É uma vergonha o administrador da MundiArroz ser deCoruche e há um mês que tento ser recebido por ele e nãoconsigo.”

“Fui ao Grupo Amorim pedir emprego para dois joga-dores do Coruchense e fecharam-me a porta.”

“Já me desloquei algumas vezes à empresa DAI e o admi-nistrador manda recados pela secretária e não me recebe.”

“As únicas entidades que tiveram alguma abertura paracom os Amigos do Coruchense, foram a Caixa Agrícola, aTegael e o Arroz da Avó.”

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 30 • Outubro de 2008 5

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Grandes Salõesde Exposição

MÓVEIS SORRAIA

Os acontecimentos recentesno sector financeiro são maisum sinal da sua fragilidade eevidenciam claramente o papelque cada um de nós, comumcidadão, ocupa neste tabuleirode xadrez que é a economia glo-bal. Simples peões que se mo-vem de acordo com os acontec-imentos percebidos ou por meraantecipação casuística.

Na verdade, poucos somosos que temos capacidade paracontrolar ou minimizar os ris-cos a que estamos expostos.

A falência do banco LehmanBrothers, a situação de crisevivida pela maior seguradora domundo a AIG, entre outras insti-tuições que atravessam a maiorcrise desde a sua constituiçãofez com que todos os especialis-tas acordassem para a realidadeque ajudaram a criar. Muitosdos que agora apontam a origemdo problema ajudaram a criá-lo.Por um lado, porque muitos dosprodutos financeiros de elevadorendimento, logo com elevadorisco associado, não foram devi-damente monitorizados e acau-telado o risco sistémico das ins-tituições que os ofereciam. Poroutro lado, enquanto investido-res/especuladores, foram alimen-tando mais uma bolha que todossabiam que iria estoirar, nãosabendo apenas quando.

Uma gestão do risco que nãofoi devidamente acautelada e a

ambição por resultados cada vezmaiores catapultou as entidadesfinanceiras e os bancos parauma situação pouco confortável.Mas, dizia-se um destes dias emconversa de café: “Com o pro-blema dos bancos estou eubem”. Na verdade, aquilo quecom maior certeza posso dizeré: depende.

Estamos a assistir a um feitoinédito. Os maiores Bancos Cen-trais estão a injectar liquidez nosmercados financeiros. O BancoCentral Europeu, a Reserva Fe-deral Americana, e os Bancos daInglaterra, Suíça, Canadá e Ja-pão, no conjunto, têm vindo acolocar no mercado financeiromilhões de euros por forma a

atenuar as pressões sobre o sis-tema financeiro. É um feito iné-dito especialmente por duasrazões: pela sua magnitude epelo fim a que se destina.

O controlo da massa mon-etária (colocar ou retirar moedade circulação) é um instrumentode política monetária dos ban-cos centrais. Nestas operaçõesde mercado aberto os BancosCentrais podem comprar títulosem troca de moeda, aumentandodessa forma a quantidade demoeda em circulação. Por outrolado, se o objectivo é “secar”um pouco a liquidez, os BancosCentrais vão vender títulos paraque dessa forma consigam reti-rar moeda de circulação. Estas

operações de mer-cado aberto (openmarket) têm umpropósito. Numa si-tuação normal, sim-plificadamente,estas operações sãoutilizadas para au-mentar o nível doproduto e reduziras taxas de juro.

Taxas de juromais baixas sãoum estímulo tantopara o investimen-to privado comopara o consumodas famílias.

Quando atrásreferi que o feito é

inédito fi-lo porque apesar dosBancos Centrais estarem a injec-tar milhões de euros no mercadofinanceiro, as taxas de juro con-tinuam a aumentar. Esta situ-ação tem algo de semelhantecom a Armadilha da Liquidez,do grande economista inglêsJohn Maynard Keynes, mas nãoé de todo o mesmo processo.

A Armadilha da Liquidez éuma situação em que o mercadoestá disposto, a uma determina-da taxa de juro, deter qualquerquantidade de moeda que sejafornecida pelos Bancos Cen-trais. Isto implica que as varia-ções da massa monetária nãovão ter qualquer impacto sobreas taxas de juro nem sobre o

nível do produto. Por outras pa-lavras, na Armadilha da Liqui-dez, a política monetária éimpotente para afectar as taxasde juro. O exemplo mais evi-dente desta situação aconteceuno Japão, que chegou a ter umataxa de juro de 0% em 1998.

Nas situações que estamos aviver, a injecção de moeda nosistema financeiro é uma medi-da de auxílio aos bancos e enti-dades financeiras, e também,uma tentativa de incutir algumasegurança nos mercados e ga-rantir a serenidade da populaçãoevitando uma corrida aos ban-cos para levantar os seus depósi-tos. A taxa de juro continua asubir, contrariamente ao queseria de esperar com as medidasadoptadas, devido às precauçõesque o mercado está agora tomar.As taxas de juro Euribor, nãosão exclusivamente fixadas peloBanco Central Europeu, masreflectem o sentimento do mer-cado financeiro. Estas taxasalém de servirem de indexantesdos créditos são também taxasinterbancárias, i.e., é também aelas que estão indexados os em-préstimos que os bancos fazementre si.

As notícias não são anima-doras, designadamente, no quediz respeito ao crédito para ha-bitação e muito provavelmentevamos assistir a uma escaladado crédito mal parado.

Dr. Osvaldo Santos Ferreira

ECONOMIA

Economista e Mestre emGestão de Empresas

A Crise Financeira, a Liquideze a Taxa de Juro

“Muitos dos que agora apontam a origem do problema ajudaram a criá-lo.”

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 30 • Outubro de 20086

O Outono das palavras tam-bém é feito de novidades lite-rárias que vão caindo das mãosdos escritores e dos editores queos lançam. Os Livros chegam naestação certa da leitura, destafeita vamos ter a XXIV ediçãoda Feira do Livro que se rea-lizará entre os dias 3 e 9 de Ou-tubro, no pátio do Museu Muni-cipal. Coruche volta a receber,pela mão da Divulgação/Cami-nho e da Leya, as editoras quemais livros publicam em Por-tugal.

O programa da Feira é todoele virado para a promoção,desenvolvimento da competên-cia da leitura, fazer novos lei-tores com as nossas crianças dasescolas do Concelho irá sersempre uma meta a atingir, uti-lizem-se as técnicas de moti-vação mais criativas para com-bater o défice de leitura no nos-so país. Os níveis de literacia dopovo português é muito baixo e,para combater muitos destesproblema, o Plano Nacional deLeitura assume-se com finali-dades e actividades muito espe-cíficas no domínio da promoçãoda leitura e do livro. A feira doLivro reforça esta competênciae ajuda a descobrir novos leito-res e quiçá, escritores de estreia.

Ao longo destes sete dias vaiestar a par das grandes comem-orações exposições, a primeiravisa comemorar os 120 anos donascimento do Poeta Fernan-do Pessoa e inclui uma fotobi-ografia especial cedida pelaCasa Fernando Pessoa, a segun-

da, é tão só, uma homenagem aogrande Orador e Missionárioque foi o Padre António Viei-ra, oferta da Comissão das Co-memorações do IV Centenáriodo Padre António Vieira. Numano onde se comemora os 400anos do seu nascimento, a Câ-mara Municipal e a Escola Se-cundária, não se esqueceram dese associar ao Ano Vieirino,entre tantas Instituições, o Mu-nicípio de Coruche viu a suarepresentação assegurada pelasinúmeras actividades que sepropõe realizar durante a Feirado Livro. Patente ao Público, noPátio do Museu, estará a vida ea obra do que foi, para muitos, oembaixador da Língua Portu-guesa, como disse FernandoPessoa, e num périplo significa-tivo ela irá até às Escolas que asolicitarem.

Vasto, mas nem por issomenos orientado, é o programadestes dias de Outono, onde sepoderá encontrar um soneto dePessoa à Mesa, Um Jardim En-cantado, O sétimo Selo Um De-sejo e a Eternidade ou um Ra-paz de Bronze, daqueles que ascrianças sabem que existe pelacriação imagética dos escritorese poetas. De facto são elas quemarcam o horário das actuaçõese as páginas dos livros, em cadadia os livros irão desvelar novosmundos, no dia 4 de Outubro,mais um lançamento que nosfala da realidade da “Históriada Fundição Sineira em Por-tugal. Do Sino Medieval daIgreja de S. Pedro de Coruche

à actualidade” do investigadorLuís Sebastian.

Faltar a um Domingo dedi-cado à família, à leitura e aosLeitores de Palmo e Meio, seriadesperdiçar a oportunidade parater descontos nos livros infantis.A Família vem à Feira fazeramigos com os livros! Os maispequenos sabem qual o projectoque estou a falar! São os livrosda Biblioteca Municipal queganham pernas e andam peloConcelho a dentro, uns vão emBaús, aparecem nas escolas emrajadas de Ventos de imagina-ção, outros recolhem os meni-nos do recreio pelas mãos dasFada Oriana da Sophia. e aca-bam sempre por Barbatanar, nasala de aula, com as cores do Ar-co Íris. Estes e tantos outros sãoos livros que no Plano Nacio-nal de Leitura vão estar naFeira do Livro 2008. A tarde épara fazer festa com os livros elevá-los à cabeça tal como oschapéus que, na peça de teatroChapéus Há Muitos vai estarno auditório do Museu Muni-cipal. O objectivo é mesmo este,que a criança sinta que podeaprender a conhecer históriasdaquelas que a cabeça inventa, equestionar o porquê de tantoslivros, de tantos conceitos eimagens que vamos guardando,é abrir a porta ao pensamentocomo sendo ele uma casa comjanelas sobre o mundo. É natur-al que tenha um encontro com oBocage na rua de Santarém oumais para lezíria, pode mesmoencontrar, a escrever poemas às

Ninfas, não do Tejo, mas doSorraia, o sempre Camões. Sen-tar-se a beber um café comPessoa no mais vulgar café davila, não tão conhecido como aBrasileira, deixará de ser umamera probabilidade para passara ser um facto de incontornávelrealidade, verdadeira manchetede Jornais!

Na segunda-feira, no dia 6,O dia dos Sons dos Livros épreenchido com dois concertospedagógicos em que se dançacom Mozart. No Dia da LínguaPortuguesa, logo a seguir, va-mos ter entre os alunos do Agru-pamento Educor, a presença doescritor, José Jorge Letria quevirá apadrinhar o Concurso Li-terário que terá precisamente oseu nome e que circulará portodos os alunos deste Agrupa-mento de Escolas. Um dia emque vale a pena ser escritor,como ele próprio o disse, as cri-anças que lêem as suas históriasvão apresentar um espectáculoque registarão no álbum da tur-ma e da sua escola.

Um dia de festa para a Lín-gua que, salpicada pelo mar dascaravelas viu atravessar a Espe-rança dos Heróis. Numa tarde àmoda dos Autos do Gil Vicente,virão os alunos da Escola doCouço, da Escola Secundária eda Escola Dr. Armando Lizardover como no tempo do MestreGil o percurso das Barcas erabem diferente, com elas se trans-portavam os bons e os maus, unscom destino feito nas brasas doinferno, porém, outros houve,

mas muito poucos, que se liber-taram das perguntas viperinasdo diabo. A história diz algumacoisa, certamente aos que no 9ºano se iniciam pelos caminhosdo teatro vicentino!

No dia do Padre AntónioVieira, na tarde que será Viei-rina, realizar-se-á um colóquiocujo tema: “O pensador, o Pro-feta e o Missionário: PadreAntónio Vieira” irá ser debati-do por nomes de referência danossa cultura e da cultura brasi-leira. Aberto ao público estaráentre nós o Professor Doutor Pau-lo Borges da Faculdade de Le-tras de Lisboa, A Professora Ane-te Costa Ferreira da Universidadeda Amazónia-Brasil e o PadreMiguel Gonçalves Ferreira.

Mais para o fim desta Feira,lá para o dia 9, Dia de Fernan-do Pessoa, o Poeta é lembradonum espectáculo todo ele ditoem heterónimos orientado paraos alunos do 12º ano, falo-vosdo teatro “A minha Língua é aminha Pátria”.

A alma deste encontro sobreas incursões literárias que aquivos deixo, sente-se quando nosimples folhear, entre a páginaocasional e o intencional mar-cador, se dá a inquietação queno olhar se toma e no ler sesente. Se o mundo do leitor serevê na unidade linguística, nosegmento do pensamento ou naestética do livro, então realizouuma primeira história, criaçãode uma hermenêutica de identi-dade indizível aos falantes.

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O Outono das Palavras ou aXXIV FFEIRA DDO LLIVRO DDE CCORUCHE

Isabel ChaparroLic. Filosofia

Pátio do Museu Municipal

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Dia 3 de OutubroO Passeio dos Poetas – Pelas ruas e Escolas do Concelho vãoandar os Poetas e os Escritores da Nossa História… Trocar algumaspalavras com Camões, Fernando Pessoa, Bocage e Padre AntónioVieira pode ser uma questão de encontro!18.00h – Inauguração oficial da Feira do Livro • Exposição Padre António Vieira.

Município Associado às Comemorações do IV Centenário doNascimento do Padre António Vieira- Ano Vierino

• Exposição Fotobiográfica de Fernando Pessoa na comemo-ração dos 120 do nascimento de Fernando PessoaApoio Casa Fernando Pessoa

Dia 4 de Outubro17.00h – Lançamento do Livro “História da Fundição Sineira

em Portugal – Do Sino Medieval da Igreja de S. Pedro deCoruche à Actualidade” de Luís Sebastian

Organização: Museu Municipal Local: Auditório do MuseuMunicipal

Dia 5 de Outubro – Dia do Livro Infantil “Um Livro…Um Amigo”Um Domingo para leitores de Palmo e meio! A família vem àfeira fazer amigos com os livros…Desconto automático na apresentação do vale “Um Livro…Um

Amigo”.

16.00h – Espectáculo de Teatro: Chapéus há Muitos Organização: CMC/Pin Teatro- Évora Local: Auditório doMuseu MunicipalUm espectáculo Lúdico e divertido que aborda as questõespessoais e sociais, na descoberta do Eu…Afinal para que servea cabeça?...Uma descoberta importante estava Feita, podeservir para ter algo em cima, regadores, sinais de trânsito, ces-tos de fruta…O que levamos na cabeça diz quem somos e opoder que temos, sobre os outros ou o poder que os outros têmsobre nós.

Dia 6 de Outubro – Dia “Os sons dos Livros”10.00h – Concerto Pedagógico "Danças com Mozart"14.30h – Concerto Pedagógico "Danças com Mozart"Organização: CMC / Artonus Actuações dirigidas aos alunos do 1.º Ciclo do E.B e aos alunosque frequentam o Ensino da Música como Actividade deEnriquecimento Curricula. Oferta de Livros com Música aosalunos participantes.

Dia 7 de Outubro – Dia da Língua Portuguesa10.30h – Divulgação do Concurso Literário José Jorge Letria Encontro com o Escritor José Jorge Letria na Escola Dr.

Armando LizardoOrganização Agrupamento Educor / Biblioteca Escolar da

Escola 2º/3º Ciclo do EB Dr. Armando Lizardo /Biblioteca da EB nº1de Coruche

14.30h – Teatro: Mestre Gil … Actuação dirigida para os alunos do EB/JI do Couço e Escola

Secundária com 3º Ciclo do EB de CorucheOrganização: CMC/hácultura21.30h – Recital “Os Sermões do Padre António Vieira”

Local: Igreja da Misericórdia Organização: CMC/VoxAngelisApoio: Misericórdia de Coruche

Dia 8 de Outubro Dia Padre António Vieira10.30h – Teatro: Mestre Gil…Actuação dirigida para a Escola EB com 2º/3º Ciclo Dr.

Armando LizardoLocal: Auditório do Museu Municipal

14.30H – Tarde Vierina – Colóquio “O Pensador, o Profeta e oMissionário: Padre António Vieira”

Local: Museu Municipal Organização: Comissão dasComemorações do IV Centenário do Nascimento doPadre António Vieira (1608-2008) do Ano Vierino /CUPAV / CMC / Escola Secundária de Coruche

Dia 9 de Outubro Dia do Poeta Fernando Pessoa10.30h – “A Minha Pátria é a Língua Portugues” dito por Nuno

Miguel HenriquesEspectáculo dirigido para a Escola Secundária com 3.º Ciclo do

EB de CorucheLocal: Auditório do Museu Municipal14.30h – “A Minha Pátria é a Língua Portuguesa” dito por Nuno

Miguel HenriquesEspectáculo dirigido para a Escola Profissional de CorucheLocal: Auditório do Museu MunicipalOrganização CMC/ Museu da Poesia

P R O G R A M A Ç Ã OXXIV FEIRA DO LIVRO DE CORUCHE

A cerimónia, que se realizouno passado dia 12 de Setembro,visou assinalar o Dia do Diplo-ma na EPC e contou com a pre-sença do presidente da CâmaraMunicipal de Coruche, DionísioMendes.

Fausto Cunha, do Curso deContabilidade, foi o aluno queconseguiu uma melhor médiana Escola Profissional de Salva-terra de Magos (EPSM), no trié-nio 2005-2008, por isso, foi tam-bém contemplado com um pré-mio de mérito.

Na cerimónia de entrega dadistinção esteve Ana CristinaRibeiro, presidente da CâmaraMunicipal de Salvaterra de Ma-gos. Em Santarém, na EscolaProfissional do Vale do Tejo(EPVT), este prémio foi atribuí-do ao aluno Nuno Casimiro, queconcluiu o Curso de Electrónicano passado ano lectivo. Coube a

Lígia Batalha, vereadora da edu-cação da Câmara Municipal deSantarém, a entrega do prémio.

Presentes nestas três cerimó-nias oficiais estiveram SaloméRafael, presidente da direcçãodestes três estabelecimentos deensino, e vários empresários daregião, responsáveis por muitos

estágios profissionais atribuídosaos alunos destas escolas.

Segundo o Ministério da Edu-cação, através do Dia do Diplo-ma, pretende-se valorizar a im-portância da conclusão do ensi-no secundário, nível que o Go-verno estabeleceu como refe-rência.

Alunos receberam Prémio de Mérito

Susana Santos concluiu ocurso científico-humanístico doensino secundário com uma mé-dia de 19,4 valores, valendo-lhe,para além da distinção, um pré-mio monetário no valor de 500euros. A aluna considerou “gra-tificante” o facto do “trabalhode três anos ter sido reconhecidoe recompensado”.

Quando questionada acercado tempo despendido nos estu-dos, Susana afirma que se “apli-ca o suficiente para obter as no-tas que quer”, mas garante que oestudo e o divertimento podemser conciliados.

No mesmo dia foram aindaintegrados 23 alunos do ensinobásico e secundário no Quadrode Excelência da Escola. No ca-so do ensino básico, entram parao Quadro de Excelência os alu-nos que não tenham nenhumanota inferior a 3 no final de cadaperíodo e que obtenham umamédia final igual ou superior a4,7 valores.

No ensino secundário, rece-bem essa mesma distinção, os

alunos que obtenham médiaigual ou superior a 18 valores enão tenham nenhuma classifi-cação inferior a 10. De acordocom o representante da Assem-bleia da Escola, (padre EliasSerrano Martins) “pretende-se

reconhecer os excelentes resul-tados por eles [alunos] obtidos evalorizar o mérito, a dedicação eesforço no trabalho e desempe-nho escolares” assim como “in-centivar todos os outros alunos amelhorar o seu desempenho”.

A Escola Profissional de Coruche (EPC) atribuiu à aluna Sara Lascas,que concluiu o Curso de Animador Social / Psicossocial

no ano lectivo 2007-2008, o Prémio de Mérito.

No dia 12 de Setembro, Susana Santos, aluna da Escola Secundária de Coruche,recebeu o “Prémio de Mérito Ministério da Educação”,

instituído pela Srª Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues,que distingue anualmente o melhor aluno de cada escola.

Susana SSantos ddistinguida ccom ““Prémio ddeMérito MMinistério dda EEducação”

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Na verdade, a linhagem docavalo tem a sua origem numpassado remoto e em animaisque dificilmente consideraría-mos aparentados quando olhan-do para a sua aparência com aque-le que podemos apreciar nos nos-sos campos e arenas, e que foiuma peça fundamental na con-strução do país em que vivemos.

O cavalo pertence ao grupodenominado de ungulados, umgrupo de animais que é caracte-rizado por caminhar sobre a pon-ta dos dedos, que se encontramadaptados, apresentando umcasco na sua extremidade. Osungulados que incluem muitosoutros animais, incluindo ani-mais aparentemente tão diferen-tes como o cavalo, a zebra, o boiou o lama e o camelo, englobampraticamente todos os grandesanimais com importância eco-nómica directa para o Homem.

Este grupo, extremamentebem sucedido evoluiu de formaa poder garantir uma fuga rápi-da dos predadores, através demembros fortes e patas adapta-das como já indicado. No casodos cavalos, que dentro dos un-gulados se diz terem desenvol-vido um plano mesaxónico emque é o terceiro dedo a assentarno chão, a evolução até a formaactual foi longa e decorreu aolongo de milhões de anos, cominicio pouco tempo depois daextinção dos dinossauros não--avianos (todos os dinossaurosexcepto as aves, também elasrelacionadas directamente comos dinossauros e por alguns in-cluídas no mesmo grupo), numperíodo conhecido como Eocé-nico.

O exemplar mais antigo de

que temos conhecimento da lin-hagem dos equídeos chama-seHyracotherium (embora por ve-zes seja apelidado de Eohippus,ou 'cavalo da alvorada ou doEocénico'). Este animal, de queconhecemos apenas fósseis, ti-nha as dimensões de um peque-no cão e a sua fisionomia erasignificativamente diferente daque encontramos nos cavalosactuais. O Hyracotherium apre-sentava 4 dedos na pata anteriore três nas patas posteriores, e éconsiderado o antepassado nãosó do cavalo mas como de outrosanimais da chamada Ordem dosPerissodáctilos, que mais não sãodo que mamíferos com cascos eum número impar de dedos).

Este pequeno animal possuía

ainda outras características dis-tintivas, incluindo ao nível dosdentes e do focinho, curto e comos olhos colocados frontalmentesendo que em termos de denta-dura esta estava adaptada parauma dieta variada provavel-mente menos específica quandocomparada com a do cavalo ac-tual. O Hyracotherium distri-buía-se por várias partes domundo, ocorrendo em diferen-tes espécies semelhantes tantona América como na Europa ouÁsia. A partir dele, teve iniciouma jornada que durou cerca de50 milhões de anos que trans-formaram radicalmente este ani-mal e conferindo aos seus des-cendentes um aspecto e fisiono-mia progressivamente mais se-

melhante ao do cavalo actual.Este processo, motivado poralterações no clima, na vegeta-ção e no comportamento dasvárias espécies que se foram su-cedendo, foram geradas por pe-quenas alterações que se foramacumulando e, não aperfeiçoan-do deliberadamente, mas permi-tindo a sobrevivência dos ani-mais e a aquisição de caracterís-ticas para nós hoje tão úteis.

Assim, resumidamente, aevolução dos cavalos desde essepequeno antepassado passoupela redução do número de de-dos (ver figura) incluindo umaalteração da própria estrutura earranjo dos ossos das patas euma modificação ao nível dadentição que permitiu a passa-gem de uma alimentação basea-da nas folhas das plantas e fru-tos para a pastagem de vegeta-ção rasteira. Esta transição gra-dual terá culminado com umanimal denominado Merychip-pus que apresentava ainda algu-mas características arcaicas,incluindo a pata com 3 dedos,mas simultaneamente anuncia-va já uma fisionomia mais fa-miliar com a do nosso cavalo,nomeadamente o focinho maislongo e a capacidade de correr avelocidades elevadas e migrarpara obter alimento. Este animalque viveu há 17 milhões de anosno que são hoje os Estados Uni-dos da América, marcou assimuma viragem que no entantonão representou o fim da evo-lução mas sim mais um passoaté ao momento em que, porfim, surge o género Equus, queengloba todos os membros dafamília dos cavalos, incluindonão só o próprio cavalo como a

zebra e o burro. Desde que o ho-mem domesticou o cavalo, noSudeste da Europa, a evoluçãodeste animal alterou-se, como sealteram todas as espécies emque intervimos com o objectivode apurar as características quenos são úteis ou que considera-mos esteticamente apelativas.Assim, a relação do homem e docavalo, tantas vezes de grandecompanheirismo e mesmo cum-plicidade, é quase tão antigaquanto a civilização com níveisde organização mais elevadostendo ele motivado alteraçõesradicais nas comunicações, naguerra e na economia.

Testes genéticos realizadosrecentemente apontam para ahipótese de terem os cavalos do-mésticos actuais (Equus cabal-lus) tido origem em diferentespopulações, ou seja, a domesti-cação foi efectuada em diversoslocais e utilizando um conjuntoalargado de animais selvagensao longo de um período longo,não tendo sido a domesticaçãoiniciada num ponto e a partir daídisseminada como já se haviaconsiderado.

O cavalo com que hoje con-vivemos é assim o produto demilhões de anos de evolução eum exemplo da dinâmica da na-tureza e das forças que motivama evolução das espécies.

Num momento em que porvezes fundamentalismos ques-tionam, como há mais de 100anos, a veracidade das teoriasevolucionistas, vale a pena olharpara o cavalo e perceber comotão magnifico animal chegou aténós, numa longa história deexperiências de sucesso variá-vel, inovações e extinções.

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A história do cavalo começou muito antes da domesticação do nobre animal pelo homem,há cerca de 6000 anos. Biólogo

O cavalo “Gabarito” na exposição de António Ribeiro Telles (Museu Municipal de Coru-che), exemplo da ligação profunda entre homem e cavalo. À direita a pata dianteira doHyracotherium (1) e do cavalo actual (2) com o terceiro dedo em destaque (cinza).

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 30 • Outubro de 2008 9

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Hoje em dia com tanta (des)informação que existe sobre oexercício para o treino da con-dição física ou com objectivosde saúde, torna-se fundamentalaprender a seleccionar a boa damá informação, ou o que é acei-te ou não pela ciência.

Baseado, não só na experiên-cia que tenho do mercado de fit-ness e de saúde, mas também dealguma bibliografia que recolhi,passo a descrever alguns dos mi-tos mais comuns a estas áreas.

1. Já treino há muito tem-po, não preciso que ninguémme oriente porque já tenhoconhecimento suficiente detreino.

Mito do conhecimento (oufalta dele). Posso dizer-vos queisto acontece recorrentementecom algumas pessoas (princi-palmente do sexo masculino,porque será?) num dos meus lo-cais de trabalho.

A primeira coisa que vem àmente é a seguinte máxima “aignorância é realmente umabênção”.

Como sabem nem sempre omelhor conhecimento provémda experiência visto que existeboa e má (como tudo na vida). Equem treina há muito tempo,seja qual for a modalidade detreino de fitness, não está habili-tado a perceber do assunto. Vou-vos dar o meu exemplo, se eunão sei algo (qualquer que seja atemática) procuro quem saiba(por exemplo, percebo muitopouco de economia, então pro-

curo alguém dessa área para meinformar melhor). Porque é quenesta área será diferente? Paraque fique claro, com ou semexperiência, todas as pessoasprecisam de orientação no seutreino, seja qual for o seu objec-tivo.

A área do fitness e exercícioe saúde, tem tido um avançocientífico tão grande como qual-quer outra ciência, pelo que, éfundamental que as pessoastomem consciência disso eseleccionem os profissionaismais qualificados. Depois dealgum tempo de reflexão, aper-cebi-me que este mito tem umarelação muito forte com os doisseguintes.

2. Conheço o meu corpomelhor do que ninguém porisso só eu sei como o treinar.

Mito do corpo – quem não otem!? Todos temos de uma for-ma ou de outra. Considero mui-to importante que as pessoas te-

nham algum conhecimento dosseus corpos e a forma como es-tes reagem ao exercício.

Mas o que acontece na maio-ria dos casos é que as pessoasnão têm conhecimento nenhumou muito pouco, e não sabem oque as espera. Acreditem quemuitas ficam extremamente sur-preendidas com os resultadosdas avaliações funcionais. Outrasacham-se donas do conhecimentoe acham que o seu “super” mé-todo de treino é o melhor detodos. O que nos leva ao próximomito.

3. Eu só utilizo estes exercí-cios porque o fulano X, que foiculturista e já tem muito maisexperiência e anos de treinodo que tu, disse que são os me-lhores.

Mito da crença. Existemtantos exemplos que vos possodar de crenças que as pessoastêm, seja porque ouviram falar,leram em revistas sobre fitness(e existem tantas de qualidadetão baixa no nosso mercado), ou

porque algum “guru” lhes disse.Ainda há pouco tempo tive umadiscussão com um “Super Per-sonal Trainer” (sem formaçãonenhuma nesta área, embora eleachasse que sim), muito con-ceituado, porque trabalha parauma das maiores cadeias deHealth Clubs de Portugal (bolas,não posso revelar o nome) queme disse o seguinte “aprende-semais pela necessidade, do quena Universidade”. O que ele nun-ca vai perceber é que se aprendedas duas formas, mas não voualimentar mais a discussão.

A verdade é que cada um denós é uma individualidade, é umorganismo com uma genéticadiferente do outro. E sim, a ge-nética, entre tantos outros fac-tores (que não interessam abor-dar), determina em muito oresultado do nosso treino.

Existe uma infinidade demétodos, meios e estratégias pa-ra se conseguirem os resultadosque se pretendem atingir, que setorna completamente absurdodizer que este ou aquele são osmelhores métodos ou os infalí-veis. Por isso, um determinado

método de treino que resultapara um, pode não resultar paraoutro.

Para terminar, gostava devos deixar a seguinte mensa-gem: nunca acreditem em méto-dos fáceis, rápidos e infalíveis.A agressividade no marketing epublicidade com que nos depa-ramos hoje em dia apela a méto-dos milagrosos, sejam de insti-tuições ou de alguns indivíduosque trabalham nesta área, paranumerosas finalidades (esperobrevemente desmistificar algunsdestes métodos milagrosos nosmeus futuros escritos), que po-dem levar muitos de nós acometerem graves erros comconsequências nefastas para asaúde.

Se tiverem algumas dúvidassobre estas temáticas que tenhoabordado nos meus artigos,podem colocar-mas através doe-mail do Jornal de Coruche.

Até breve.

Lic. em Ciências do Desporto

Pedro Asseiceira

SAÚDE E DESPORTO

Os mitos mais comuns do Fitnessparte 1

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 30 • Outubro de 200810

Coruche homenageia CoruchenseCoruche homenageia Coruchense

A lápide foi descerrada pelo filho do homenageado, depois dos dis-cursos do Dr. Abel Matos Santos e do Dr. Diamantino Diogo, impul-sionadores da iniciativa, que foi apadrinhada pelo “O Jornal de Coru-che”, Crédito Agrícola de Coruche, Irmandade de Nossa Senhora doCastelo, Lar de São José, Santa Casa da Misericórdia de Coruche eEmpresa Toirolindo.

> leia os discursos na pág. 12

O grande lavrador e ganadeiro coruchense, António José da Veiga Teixeirafoi homenageado com o descerramento de uma lápide na praça de Toiros de Coruche

durante a 1.ª Corrida do Jornal de Coruche

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Quase no fim da vila de Coruche,encontramos mais um tesouro escondi-do, a Correaria do Senhor António Sa-cramento, um apaixonado por aquiloque ainda faz, é correeiro há cinquenta equatro anos.

Iniciou-se no ofício quando tinha dezas-seis anos, a par da profissão de correeirotinha outra paixão, os toiros, ao qual estevesempre ligado, “mas isso são outras hist-órias, o tema hoje é a correaria” – sublinhaAntónio Sacramento.

Quando lhe perguntei se a profissão deCorreeiro estava em vias de extinção, con-cordou plenamente: “Tenho muita pena emnão ter ninguém a quem deixar este ofí-cio”.

Na correaria do senhor Sacramento éainda tudo, “feito à mão” selas à portugue-sa, arreios para cavalos e charretes, etc. Aquias máquinas industriais, não têm ordem deentrar. Em certos sítios as selas são quasefeitas na hora, “aqui não, eu tenho as peçascortadas, não utilizo esponjas, pois aindavou conseguindo arranjar cabelo de burro,que antigamente era o senhor José“Varela” que era ferrador e tosquiador deburros e cavalos que me arranjava o cabe-lo que depois era batido e a minha mulherenchia os canudos.”

António Sacramento tem uma mágoa,existem pessoas que são consideradasartesãos, mas que de artesanato nadafazem. É com orgulho que nos mostra assuas peças, dizendo: “isto é artesanato” e

continua: “Tenho pena de não ter capaci-dade financeira para alugar um espaço emcertas e determinadas ocasiões para as pes-soas me verem trabalhar pois ser correeiro

é uma profissão muito bonita. Existem mui-tas pessoas que só me conhecem comotoureiro e que pensam que me reformei,que estou rico e que não faço mais nada.

Muitas pessoas desconhecem a minhapaixão de 54 anos, a arte de correeiro!”

“Cada homem velho que morre sem tera quem ensinar parte da sua sabedoria, éum livro que se queima!” – diz com artriste, por não ter ninguém a quem ensinare deixar o ofício.

As conversas são como as cerejas econversar com António Sacramento écomo que se nos sentássemos a ouvir umcontador de historias bonitas, que as contacom emoção e nostalgia.

José António Martins

Tesouros escondidosAntónio SSacramentoCorreeiro dde pprofissãoe ppor ppaixão

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DELEGAÇÃO NO BISCAÍNHO

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 30 • Outubro de 2008 11

Fotos: Abel Matos Santos

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 30 • Outubro de 200812

Ex.mos

Familiares e amigos do Sr. António José da Veiga TeixeiraCoruchenses e demais concidadãosSenhoras e Senhores

A lápide que aqui hoje vai ser descerrada, possível graças ao Jornal de Coruche,à empresa Toirolindo, à Irmandade de NSC, ao Lar de São José, à Santa Casa deMisericórdia de Coruche e ao Crédito Agrícola de Coruche, é um acto de profundajustiça e de sincera homenagem a um grande Homem que marcou uma época, a umHomem que lutou pelo desenvolvimento da sua terra, a um Homem que muito tra-balhou, a um Homem que soube amar e cuidar dos seus familiares, dos seus amigose das suas gentes, a um Homem que sofreu a pior das dores…, a de ver ser assassi-nado à sua frente o seu filho, em sua defesa, pelas hordas revolucionárias de 75.

Apesar de tudo isto, continuou a dar de si à sua terra e às suas gentes, a trabalhar,a amar e a vencer!

Hoje estamos aqui todos para o recordar e o homenagear!Seguidamente o Dr. Diamantino Diogo fará uma breve alocução sobre esta gran-

de personalidade coruchense e nacional.Peço-vos para que no final destas palavras proporcionem ao Sr. António José da

Veiga Teixeira uma grande ovação, como aquelas que o povo lhe deu quando os seustoiros se apresentavam em praça, para que seja ouvida no céu, onde certamente estájunto de Deus.

Muito obrigado e paz à sua alma!Abel Matos Santos

Familiares e amigos do Senhor António José TeixeiraMinhas Senhoras e meus SenhoresPresta-se hoje uma singela homenagem a um Homem a quem Coruche, muito

deve, pelo que fez pela sua terra e pela festa dos Toiros.Era um verdadeiro Coruchense e profundo conhecedor da sua identidade. Era um

SENHOR, na verdadeira acepção da palavra. Amou a sua terra, como poucos, crioupostos de trabalho, como poucos ou nenhuns o fizeram e foi fundador, colaboradorou dinamizador da criação da maioria das grandes Instituições de Coruche, das quaisme permito destacar:

- Esta Praça de Toiros, onde hoje lhe é prestada esta justa homenagem;- Lar de S. José (Creche);- Irmandade de Nossa Senhora do Castelo;- Santa Casa da Misericórdia de Coruche;- Cooperativa Transformadora dos Produtos Agrícolas do Vale do Sorraia;- Associação de Regantes e Beneficiários do Vale do Sorraia entre outros.Homem de fino trato, lavrador, profundo conhecedor da agricultura, tinha para

todos os que com ele privaram, uma palavra de conforto ou um conselho a dar.Preocupava-se com tudo o que dizia respeito a Coruche e aos Coruchenses, que

conhecia como poucos e a quem tratava pelo seu nome.Merece ser recordado por todos os Coruchenses e por todos os que com ele con-

viveram e merece o profundo reconhecimento de todos os Coruchenses pelo que fezpela sua terra, que tanto lhe ficou a dever.

Em nome das Instituições proprietárias desta Praça de Toiros, queremos associar-nos a esta justa homenagem e recordar o nome do grande Coruchense, LA VRA-DOR, GANADEIRO E AFICIONADO, e um dos promotores da construção destaPraça de Toiros e terminar dizendo:

MUITO OBRIGADO, Senhor António José TeixeiraCoruche, 06 de Setembro de 2008Diamantino Diogo

Discursos de descerramento da lápidede Homenagem a António José da Veiga Teieira

ConvocatóriaAmorim Ribeiro Lopes, Cabo do Grupo de Forcados Ama-dores de Coruche, vem por este meio convocar todos osAssociados para Assembleia Geral Extraordinária a realizarno dia 18/10/2008 pelas 17:00h no Auditório do MuseuMunicipal de Coruche.

Ordem de trabalhos da referida Assembleia será a seguinte:

1 - Apreciação, aprovação de novos sócios;2 - Apreciação, discussão do relatório do Conselho Fiscal;3 - Apreciação, aprovação do relatório de contas referentes

ao Triénio 2005 a 2007;4 - Outros assuntos de interesse para Associação;

À hora marcada se não houver quórum necessário para o iní-cio dos trabalhos, aguarda-se 30 minutos, após o qual oPresidente Assembleia Geral dará inicio com o quórum exis-tente.

Coruche, 1 de Outubro de 2008

Cabo

Amorim Ribeiro Lopes

ASSOCIAÇÃO

O Espaço Clean comemorou 4 anos de vida! Centenas de convidados dançaram ao som da conceituada DJ Lady M,

numa festa memorável.Foi a 1 de Outubro de 2004 que o Espaço Clean abriu portas, colma-

tando uma lacuna existente em Coruche, desde o encerramento da DiscotecaPink Panther.

Os proprietários fazem um balanço positivo destes quatro anos de noite,“é desgastante, mas simultaneamente muito gratificante, é óptimo poder-mos contribuir para o lazer e divertimento dos coruchenses… penso quehoje já não conseguimos imaginar a noite de Coruche sem o Clean”, dizPedro Orvalho.

O sócio Carlos Neves lembra que finalmente as questões mais difíceisestão ultrapassadas “desde há dois anos para cá que estamos a funcionarmuito bem, o problema que havia foi resolvido, agora é uma satisfaçãoviver a noite com os amigos em segurança, temos tido sempre casa cheia epenso que assim vamos continuar”.

Até ao fim do ano muitas festas vão acontecer: noite dos anos 80 (sába-do, 4 de Outubro), DJ M.Dusa (sábado, 11 de Outubro) e música ao vivo emalgumas sextas-feiras, para dar oportunidade a bandas da terra de se mos-trarem.

4 anos a fazer a Noite em Coruche!

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 30 • Outubro de 2008 13

“COISAS” Político-militaresque se passam, aqui ao lado João José Brandão Ferreira

Não nos temos cansado de dizer –com o êxito a que já estamos habituados–, que tudo o que de importante se passana nossa vizinha Espanha devia serobjecto do melhor estudo e atenção.

Mas como para a opinião pública seclama que entre nós e a Espanha já só hábom vento e melhor casamento – embo-ra ali para o lado de lá de Jurumenha,haja quem não seja da mesma opinião …–, para quê perder tempo com preocu-pações que só têm cabimento em mentesobtusas que insistem em andar com opasso trocado com a História? Bom bom,é a gente derramar a vista numa lânguidapraia mediterrânica bebendo uma caña epetiscando uma tapita.

A espanholada também vai nisto, masentre eles há quem se preocupe em, porexemplo, ir reforçando o seu Poder Mi-

litar. Vamos tentar ilustrar com algunsexemplos. Comecemos pela Marinha:por alturas de Abril foi lançado à águaem, Ferrol (Galiza), um novo Porta-aviões e plataforma marítima, o JuanCarlos I, que só tem paralelo nos Marinesamericanos. Vai juntar-se ao “Príncipedas Astúrias”… Construíram ainda nosmesmos estaleiros cinco fragatas daclasse Álvaro de Bazan que incorporam amais moderna tecnologia, incluindo a dedefesa aérea “aegis”. Construíram aindadois modernos navios polivalentes logís-ticos, capazes de exercerem comando econtrole, transportar tropas, navio hospi-tal e reparação em alto mar.

Estão em vias de comprarem ainda 20mísseis de cruzeiro “Tomawak” aos EUA,para o que é necessário obter autorizaçãodo Congresso. Quanto à Força Aérea pro-

cederam à modernização (MLU – MidleLife Update), das três esquadras de F18(Torrejon, Saragoça e Las Palmas); dosMirage F1 que têm em Albacete e já estáoperacional a primeira esquadra de Euro-fighter (caça de última geração) em Mo-ron, cuja construção partilham com aInglaterra, a Itália e a Alemanha.

Num outro projecto em que partici-pam, o avião de transporte estratégicoAirbus 400M, verão a sua 1.ª aeronaveser entregue em Junho, de um total de…17! O mesmo MLU foi também feitoaos vários P3M (antisubmarina) que pos-suem. Em Madrid existem dois centrosde satélites a funcionar, um a ser operadopelos países da UE, que integram o pro-grama e outro só por eles… O Exércitoestá a ser equipado com a última versãodo carro de combate “Leopard”, que já éfabricado às dezenas em Sevilha. E jáoperam 30 UAVs – veículos armados nãotripulados – de alta tecnologia fabricadostambém em Espanha e até produziramdoutrina sobre o seu emprego.

Estamos a falar de exemplos…Significativo é o facto de se registar umdesenvolvimento exponencial das Indús-trias de Defesa, que incorporam muitatecnologia de outras indústrias civis eque está apostada na exportação, como éo caso das fragatas. O governo espanholtenta participar em tudo o que é projectoNATO e não só. Vai receber, em termospermanentes o TLP, Tactical LeadershipProgram, um importante centro de desen-volvimento de tácticas aéreas, que transi-tarão de Bélgica para a base de Albacete,já no próximo ano.

E tendo os EUA denunciado o acordode Defesa com a Islândia, afirmando quecabe aos europeus garantir esse defesa,de imediato os espanhóis se oferecerampara tomarem conta da respectiva DefesaAérea (a rodar entre outros países quetambém a querem fazer). No final desteesforço e neste momento possivelmentenão haverá na Europa, país que se lhe

possa igualar em capacidade militar clás-sica. E isto note-se, sendo público e no-tório a pouca simpatia que o PSOE esobretudo o seu líder e Primeiro-minis-tro, José Luís Zapatero, nutrem pelasFAs; pelos graves problemas de recruta-mento, da campanha anti militar exis-tentes em muitos meios e ainda por emalguns pedaços da Espanha (sobretudo oPaís Basco e a Catalunha) serem franca-mente hostis à presença de unidadesmilitares.

E no meio disto tudo não deixa de sercurioso verificar o contencioso políticocom os EUA desde que o PSOE é gover-no o que levou Zapatero a nunca visitaraquele país e à descortesia de ter proibidoo desfile de uma Companhia de Marines,no dia da Hispanidad (12/10) logo aseguir à sua primeira tomada de possecondescendendo apenas à presença doembaixador. E terem sofrido, mais tarde,o amargo de boca de verem os EUAoporem-se a uma candidatura do seu rep-resentante no Comité Militar da NATO,ao cargo do respectivo “chairman” (con-correu ainda o polaco e o italiano, ga-nhando este).

O Estado Espanhol diz abertamenteque quer afirmar a Espanha como umagrande potência na Europa e no Mundo eas FAs fazem parte desta estratégia deafirmação. O que está certo. O que já pa-rece menos certo é que as capacidadesmilitares que se estão a construir, se desti-nam às missões de Paz e Humanitáriasem que estão muito empenhados, comotambém afirmam. É que tal ultrapassaem muito tal desiderato. Convinha fazeralgum estudo geo estratégico sobre todosestes assuntos, quanto mais não fossepara exercitarmos o intelecto… Por sortenossa ou inspiração divina, o actualprimeiro-ministro português, elegeu oseu homólogo espanhol como o seu mel-hor amigo.

Ficamos, assim, sossegados. E por-reiros, pá.

OPINIÃO

TCor Pilav (Ref)

NOTÁRIACLARA MARIA PEREIRA DOS SANTOS RODRIGUES

CARTÓRIO NOTARIAL EM SALVATERRA DE MAGOS

CERTIFICO para fins de publicação, que foi lavrada neste cartório hoje, a folhasnoventa e seis e seguintes, do livro de notas para escrituras diversas número quarenta eum-A, uma escritura de justificação na qual, Zélia Zeferino Vieira Mesquita, e maridoJosé António Mesquita, naturais da freguesia e concelho de Coruche, casados sob o regi-me da comunhão de adquiridos residentes na Rua Lagoa do Marco Frazão, Erra, Coruche,declararam que, são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do seguinte:

Prédio rústico, sito em Foros do Frazão, freguesia da Erra, concelho de Coruche, coma área de catorze mil e setecentos metros quadrados, confrontando do norte com Teo-doro Serrão; nascente com Rua Principal; sul com Herdeiros de António João Coelho e dopoente Virgílio António Borda D'Água e outros, composto por terreno de cultura arvensede sequeiro, figueiras, oliveiras, vinha, pomar de citrinos, hortejo, e larangeiras, a desa-nexar do prédio descrito na Conservatória do Registo Predial de Coruche sob o númeromil quinhentos e trinta e sete, da freguesia da Erra, e ali inscrita a aquisição na proporçãode metade indivisa a favor de Carmina Maria Zeferino e marido Manuel Vieira Coelho, ea restante metade indivisa a favor de Joaquina Zulmira Domingos e marido António JoãoCoelho, nos termos da inscrição, G-um, inscrito na matriz predial rústica da freguesia daErra sob parte do artigo 47 da secção B.

Que possuem o identificado prédio há mais de vinte e oito anos, tendo o mesmo vindoà posse deles, justificantes, por volta do ano de mil novecentos e oitenta por doação ver-bal, nunca reduzida a escritura pública, feita pelos pais da justificante mulher ManuelVieira Coelho, já falecido e Carmina Maria Zeferino, que por sua vez o haviam adquiridotambém por doação verbal, feita alguns anos antes, por volta do ano de mil novecentos esetenta, pelos seus pais e sogros, António Matias Coelho e Anastácia Maria Vieira, tam-bém já falecidos.

Que desde a referida “doação”, efectuada em mil novecentos e oitenta, eles justifi-cantes, entraram na posse e fruição do prédio em nome próprio, posse essa que vêmexercendo, sem oposição de quem quer que seja, desde o seu início, sem interrupção eostensivamente, com o conhecimento e acatamento de toda a gente, traduzida na fruição econservação do prédio, bem como no exercício de todos os direitos de verdadeiros propri-etários e na prática de todos os actos inerentes a essa qualidade, designadamente, reali-zando culturas e trabalhos agrícolas, e colhendo os respectivos frutos, pagando as respec-tivas contribuições, respeitando rigorosamente as suas estremas e divisórias, sendo por-tanto uma posse pública, pacífica, contínua e de boa fé, pelo que adquiriram o referido pré-dio por USUCAPIÃO, invocando, por isso, esta forma originária de aquisição, para todosos efeitos legais.

Que suprem, desta forma, a inexistência de título para efeitos de registo, obtendo assimtítulo adequado para proceder ao registo do prédio na Conservatória do Registo Predial deCoruche, após o cumprimento das demais formalidades legais.

Está conforme o original, na parte a que me reporto.Salvaterra de Magos, Cartório Notarial, 21 de Agosto de 2008.

A Notária,(Clara Maria Pereira dos Santos Rodrigues)

NOTARIADO PORTUGUÊS

“O Jornal de Coruche, n.º 30 de 1 de Outubro de 2008”

AAssembleia Municipal de Coruche, reunida em reunião ordinária, no dia26 de Setembro, fixou as taxas de IMI em 0,7 por cento para os prédiosurbanos (imóveis que não foram sujeitos a reavaliação desde 2003) e em 0,4por cento para os prédios urbanos avaliados nos termos do CIMI, com osvotos a favor da bancada do PS, mas com os votos contra do PSD e de parteda bancada do CDU, que pretendiam valores de taxas 0,6 por cento e 0,3 porcento respectivamente, argumentando que numa situação de grave crisefinanceira se devia aliviar a carga fiscal familiar. As taxas de IMI têm-semantido inalteradas desde de 2007.

Ficou ainda definida isenção, por um período de dois anos, do pagamen-to do IMI para a nova unidade industrial da Nestlé Waters que se vai fixar emOvelhas, Lamarosa.

Com um investimento previsto de sete milhões de euros e a criação decinquenta postos de trabalho, esta unidade deverá iniciar a laboração emMaio de 2009. Esta deliberação ficou marcada pelos votos contra da banca-da da CDU.

Assembleia Municipal de Corucheaprova taxas de IMI para 2009

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“(…) desprotege o cônjuge que seencontra em situação mais fraca – geral-mente a mulher – bem como os filhosmenores” (…)

“No mínimo é singular que um côn-juge que viole sistemáticamente deveresconjugais previstos na lei, por exemplouma situação de violência doméstica,possa, de forma unilateral e sem mais,obter o divórcio e, sobretudo, possa daíretirar vantagens aos mais diversosníveis, incluindo o patrimonial” (…)

“Existe ainda o paradoxo queemerge do novo modelo de divórcio aque corresponde uma concepção decasamento como espaço de afecto, quan-do a seu lado se pretende que conviva,através da criação do crédito de com-pensação, uma visão contabilística domatrimónio, uma conta-corrente dassuas contribuições para os encargos davida conjugal e familiar.” (…)

Serão retrógrados os valores defendi-dos pelo Presidente da República, comoé sugerido pelo Partido Socialista e Pas-sos Coelho, ou pelo esquerdista Francis-co Louçã e seus muchachos?

Não. O que está em causa é a des-truição da família, até agora conside-rada a base nuclear da sociedade.

E depois queixam-se da insegurançanas ruas, e de haver cada vez mais pes-soas a necessitar de tratamento psi-quiátrico. Já não bastava ser o desem-prego a grande doença do novo milénio,provocado essencialmente pelo avançodemolidor da máquina sobre o homem.Tal já evocado pelo distinto historiadorProf. Braga de Macedo há cerca de duasdécadas…

A propósito, lembram-se como era hácerca de vinte anos? Quantos empregosse foram apenas pela utilização de umsimples computador ou de câmaras devigilância nas empresas.

A análise lúcida de um psiquiatra

Continuando a falar de psiquiatras,quero salientar o artigo de opinião de umdestes profissionais, Pedro Afonso, quecoloca o problema do conteúdo da pro-posta de lei governamental sobre o divór-cio, na sua verdadeira dimensão (“Públi-co” de 26-8-2008). Veja-se o que afirmae qual a sua esclarecedora argumentação,que apoio incondicionalmente. Assimsendo, faço a sua transcrição quase naíntegra:

“(…) Uma das questões ideológicasé perguntarmos qual é a legitimidade doEstado em passar sinal claro à sociedadede que a felicidade, na vivência matrimo-nial, deve ser alcançada de forma emtudo idêntica à política comercial pratica-da por algumas empresas: “satisfação oureembolso”? Neste caso, para dissolverum casamento deixa de ser necessárioevocar qualquer razão especial, bastandosomente evocar “insatisfação”. Parece--me, portanto, – e neste ponto, pode per-feitamente aplicar-se o epíteto de “pensa-mento retrógrado” –, que esta lei acabapor expressar um menosprezo completopela família, equiparando-a, na prática, aum bem consumível.

“Se é verdade que o casamento não éuma criação do Estado, também é verda-de que não compete ao Estado orientarideologicamente a sociedade, criandomecanismos legislativos facilitadores epromotores da dissolução desta impor-tante instituição. Na prática, o legislador(para mim é o Partido Socialista e o seulíder) assume-se como um promotor dodivórcio, uma vez que, ao torná-lo libe-ral, célere e fácil, não reconhece o casa-mento e a família como um elementoestruturante da sociedade. Significa, por-tanto, que a estabilidade na relação entrehomem e mulher deixa de ser vista comoum bem, passando a considerar-se o ca-samento como como uma relação instá-vel, efémera e que o Estado se escusa aproteger.

“Numa altura em que têm sido real-izadas uma série de campanhas em defe-sa das mulheres vítimas de maus tratos, oEstado promove uma lei que vai em sen-tido contrário, visto que, ao desaparecer afigura jurídica de divórcio culposo, pos-sibilita que se prejudique a vítima e se fa-voreça o cônjuge agressor. Deste modo,as vítimas ficam fragilizadas e à mercêda chantagem do agressor, criando-seconsequentemente uma maior desprotec-ção para aos filhos menores.

“Este novo modelo de casamentoacaba ainda por desvalorizar os deveresconjugais e o “respeito pelo outro”. Julgoque até mesmo para Freud seria difícil deaceitar esta autêntica “ditadura da libi-do”, que se transforma, em si mesmo,num elemento escravizante para o indiví-duo. Por outras palavras, os cidadãos, nasrelações conjugais, passam a ser coman-dados pelas emoções e pelo temor (pa-ranóide) de que o aborrecimento possatomar conta da relação, conduzindo auma inevitável “neurose do casamento”.O fantasma do divórcio passará a seruma constante, uma vez que o espírito dalei, ao invés de apelar à unidade e comu-nhão dos cônjuges, fragiliza o casamentoe favorece o individualismo.

“Não é compreensível defender que oEstado seja ao mesmo tempo o promotordo bem comum e, simultaneamente o im-pulsionador de relações humanas inteira-

mente frágeis, sujeitas a actos impulsivosou estados de alma. Seguramente quenão é neste ambiente jurídico que se or-ganiza uma sociedade madura e estável,nem tão pouco se promove a harmoniasocial e a segurança mínima para que ascrianças possam crescer sem que os seusdireitos estejam condicionados ao livrearbítrio dos seus progenitores.

“Instala-se, assim, na sociedade a ideiade que nada é definitivo. As relaçõesentre homem e mulher devem ser, porprincípio, descartáveis e o bem-estar re-side na fugacidade e na subjectividade doamor individual. Estamos perante a cul-tura da frivolidade, cujo lema é exigirdemasiado e o progresso encontra-se natolerância absoluta.

“Por último, importa referir que, ape-

sar de alguns entenderem a defesa da fa-mília como uma posição ideológicaretrógrada e ultrapassada, a família aindaé o melhor ambiente para qualquer serhumano nascer, crescer, ser amado e serfeliz.”

Repararam que este especialista e téc-nico de saúde, ao longo de todo o artigo,não apresentou uma única vez qualquerargumento de natureza religiosa ou teo-lógica?

Senão, lá teríamos que aturar o es-querdista e bloquista historiador Rosas(julgo que filho ou familiar de um ex-mi-nistro das Finanças do regime salazaris-ta-caetanista) a perorar sobre a “misturada religião com a política”…

Termino fazendo de novo a pergunta:E as crianças, meu Deus?

OPINIÃO

Casamento como bem consumível.E as crianças, meu Deus? Cor. Manuel Amaro Bernardo

Coronel (Ref) do Exército

NOTÁRIACLARA MARIA PEREIRA DOS SANTOS RODRIGUES

CARTÓRIO NOTARIAL EM SALVATERRA DE MAGOS

CERTIFICO para fins de publicação, que foi lavrada neste cartório hoje, a folhas ceme seguintes, do livro de notas para escrituras diversas número quarenta e um-A, uma escri-tura de justificação na qual, Vítor Domingos Coelho, e mulher Maria Eugénia FelisminoCarvalho, naturais da freguesia e concelho de Coruche, casados sob o regime da comu-nhão de adquiridos, residentes na Rua Principal, Frazão, Erra, Coruche, declararam que,são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do seguinte:

Prédio rústico, sito em Foros do Frazão, freguesia da Erra, concelho de Coruche, oqual após alterações supervenientes, tem a área de treze mil e cinquenta metros quadra-dos, confrontando do norte com Herdeiros de Manuel Vieira Coelho; do sul com GermanoDuarte e outros; do nascente com Rua Principal e do poente João António Poleiro e outros,composto por terreno de cultura arvense, figueiras, oliveiras, vinha, pomar de citrinos, hor-tejo com larangeiras, cultura arvense de sequeiro, figueiras e oliveiras, descrito na Conser-vatória do Registo Predial de Coruche sob o número mil quinhentos e trinta e sete, dafreguesia da Erra, e ali inscrita a aquisição na proporção de metade indivisa a favor de Joa-quina Zulmira Domingos e marido António João Coelho, e a restante metade indivisa afavor de Carmina Maria Zeferino e marido Manuel Vieira Coelho, nos termos da inscrição,G-um, inscrito na matriz predial rústica da freguesia da Erra sob parte do artigo 47 dasecção B.

Que possuem o identificado prédio há mais de vinte e oito anos, tendo o mesmo vindoà posse deles, justificantes, por volta do ano de mil novecentos e oitenta por doação ver-bal, nunca reduzida a escritura pública, feita pelos pais do justificante marido António JoãoCoelho, já falecido e Joaquina Zulmira Domingos Coelho, que por sua vez o haviamadquirido também por doação verbal, feita alguns anos antes, por volta do ano de milnovecentos e setenta, pelos seus pais e sogros, António Matias Coelho e Anastácia MariaVieira, também já falecidos.

Que desde a referida “doação”, efectuada em mil novecentos e oitenta, eles justifi-cantes, entraram na posse e fruição do prédio em nome próprio, posse essa que vêmexercendo, sem oposição de quem quer que seja, desde o seu início, sem interrupção eostensivamente, com o conhecimento e acatamento de toda a gente, traduzida na fruição econservação do prédio, bem como no exercício de todos os direitos de verdadeiros propri-etários e na prática de todos os actos inerentes a essa qualidade, designadamente, reali-zando culturas e trabalhos agrícolas, e colhendo os respectivos frutos, pagando as respec-tivas contribuições, respeitando rigorosamente as suas estremas e divisórias, sendo portan-to uma posse pública, pacífica, contínua e de boa fé, pelo que adquiriram o referido pré-dio por USUCAPIÃO, invocando, por isso, esta forma originária de aquisição, para todosos efeitos legais.

Que suprem, desta forma, a inexistência de título para efeitos de registo, obtendo assimtítulo adequado para proceder ao registo do prédio na Conservatória do Registo Predial deCoruche, após o cumprimento das demais formalidades legais.

Está conforme o original, na parte a que me reporto. Salvaterra de Magos, Cartório Notarial, 21 de Agosto de 2008.

A Notária,(Clara Maria Pereira dos Santos Rodrigues)

NOTARIADO PORTUGUÊS

“O Jornal de Coruche, n.º 30 de 1 de Outubro de 2008”

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 30 • Outubro de 200814

A propósito da nova lei sobreos divórcios, proposta peloPartido Socialista e seusacompanhantes de esquerda,Cavaco Silva não terá razãoquando afirma?

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 30 • Outubro de 2008 15

A iniciativa de divulgação, comercializa-ção e confecção da carne brava levada a cabopelo Jornal de Coruche e pelo Talho doManel, tem sido um sucesso, existe grandeprocura, quer no talho, quer nos restaurantes,nomeadamente, por parte de forasteiros.

Assim sendo o Talho do Manel conti-nuará a ter carne brava nos primeiros fins-desemana de cada mês.continua assim a apostacomercialização e na confecção da mais bemacabada e ecológica das carnes, como diz onosso escriba tauromáquico e gastrónomoDr. Domingos da Costa Xavier.

Também durante os dias das festas, oTalho do Manel terá à venda Carne Brava,aproveite assim o vale de desconto que seencontra no seu Jornal de Coruche.

Carne Brava de volta ao talhoe aos restaurantes no

1.º fim-de-semana de Outubro

Restaurante A Tasca - Coruche- Aba de hortelã com repolho- Bifinhos Bravos com cogumelos- Bifinhos Bravos de Cebolada- Grelhados Bravos

Restaurante o Choupo - Montinhos dos Pegos- Miminhos de Toiro- Capote de Toiro

Restaurante Ponte da Coroa - Coruche- Chã de fora de Novilha Brava estufada no tacho

Café Restaurante Amorim - Salgueirinha- Cozido de Carnes Bravas, sexta-feira

(Sábado e Domingo por encomenda)

Restaurante O Rossio - Coruche- Costeletas e espetadas de Novilha Brava no carvão- Lagarto Bravo com cogumelos e pimentos

Restaurante O Farnel - Coruche- Rolinhos Bravos com rosmaninho- Bife à Victor Mendes- Bravo e Mar- Grelhada Mista Brava na telha

Restaurante Os Maias - Couço- Mão de Vaca Brava com grão

sexta-feira e sábado ao almoço- Rabo e Chambão de Novilha Brava estufado

sexta-feira e sábado ao almoço

Restaurante o Campino - Coruche- Bife à Corugália de Novilha Brava

Café Restaurante o Cantinho- Massada de vaca brava

sexta-feira ao almoço

A Quintinha- Carne Brava estufada com arroz de amêndoas

e pinhão

Restaurante Gran'Gula- Medalhão Bravo e cogumelos silvestres,

com espetadas de batata e puré de maçã

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 30 • Outubro de 200816

Quando há meia dezena de meses,escrevi neste espaço que o Mundo estavaao contrário, estava longe de imaginarque os acontecimentos me iriam dar ra-zão tão depressa. Não só está ao contrá-rio, como há provas irrefutáveis de queestá mesmo de pernas ao ar. Senão ve-jamos, na América, Alma mater do capi-talismo, Nacionaliza-se. Nacionaliza-se abanca, não um sector qualquer. Nacio-naliza-se a banca de investimento, nãouma banca qualquer.

Acontece esta crise, porque o Estadonão fez bem o seu papel. Não regulou,regulamentou, ou se o fez, não o fiscali-zou cabalmente. São esses, regulamen-tação, regulação e fiscalização, conjunta-mente com a redistribuição da riqueza, asfunções que basicamente em meu enten-der o Estado deve exercer. Quando fa-lham, cá está o contribuinte, que não ocidadão, para pagar a factura.

Não, não creio que seja o fim capita-lismo, como a esquerda folclórica pareceestupidamente festejar, porque em últimaanálise são os sectores que funcionambem na economia capitalista, que vão pa-gar os erros dos que funcionaram mal, ouseja, são os impostos cobrados pelo esta-do, que vão recuperar o enfermo merca-do financeiro.

Na Câmara dos representantes, aindase discute, ainda se chumba, o plano derecuperação proposto pela administraçãoBush, mas fatalmente vão ter de chegar aum acordo, irremediavelmente não temoutra solução.

Desta vez é a sério, a crise pela qualvamos passar é mesmo C-R-I-S-E, nãoque tenha conhecimentos suficientes parao afirmar (embora formado em Econo-

mia, não exerço e tenho uma vaga ideiacomo funcionam os mercados finan-ceiros), mas pelo simples facto de ser umleitor atento, e se os Economistas, habi-tualmente parcos em palavras, andam poraí de olhos esbugalhados, com os braçosno ar, a correr de um lado para o outrocomo uns maluquinhos, então é, porquedesta vez é a sério. Se até Alan Greens-pan, Presidente da Reserva Federal Nor-te-Americana, durante quase vinte anos,mostra o branco do olho, desta vez esta-mos mesmo tramados.

Se o Mundo está ao contrário, tem dehaver um contraponto a este súbito co-munismo (refiro-me às Nacionalizações)dos Estados Unidos da América. E há.Sabem qual é a cidade do Mundo onde hámais bilionários? Acertaram. É mesmoMoscovo! Bilionários, são aqueles se-nhores que têm mais de mil milhões dedólares. Em Moscovo, há 74! 74!? E secada um tiver “só” um milhar de milhões,todos juntos, tem quase um terço donosso PIB, ou seja, em Moscovo numafestinha de baptizado pode haver mais

dinheiro, do que a riqueza que todos osPortugueses conseguem produzir duranteum ano inteiro dividido por três. Con-fuso? É só fazer as contas.

Mas isto não pára por aqui. Sabemqual é o País que se perfila para financiara dívida pública que os Americanos vãoter de emitir? Acertaram outra vez. AChina! O Mundo não para de nos sur-preender. A China, um País Comunista,onde morrem bebés com “leite” contami-nado, porque as empresas estão sedentaspelo lucro. Agora, já não é a América quetem capital, são alguns Russos e a China.

Sem grande risco, posso afiançar quedaqui a seis meses, um ano e depois nospróximos dezoito, vão ser bons tempospara ganhar dinheiro, muito dinheiro. Osabutres ainda não levantaram do chão,mas muito em breve irão começar a voare aos círculos, prontos a atacar o mori-bundo capitalismo Americano.

Vamos agora supor que Oswald LeWinter, tinha razão. (Para quem não serecorda, este senhor escreveu um livro,aquando dos ataques de 11 de Setembro,

onde teorizava que os responsáveis peloatentado, tinham sido os próprios gover-nantes Americanos) Passo a explicar.

Se o abominável acto terrorista perpe-trado nas torres gémeas, teve repercus-sões muito graves na economia Mundial.Se a actual crise financeira, vai ter reper-cussões no sistema capitalista, tão gravesque não se viam desde a crise de 1929. Seo responsável é o Estado Norte-Ameri-cano, porque foi lacista. Se o Chefe deEstado, é o líder. Então, o grande terro-rista é George

W. Bush. Ou então, os terroristas, pen-saram que o capitalismo se destruía maisfacilmente por dentro. Resolveram im-plodir o Sistema. Fizeram especulaçõescom o preço do petróleo, dos cereais, deoutras matérias-primas. Utilizaram oschorudos lucros para armadilhar o siste-ma financeiro.

O principal culpado da Crise Mun-dial, não é o desregulado mercado finan-ceiro. Não é a ganância desenfreada dosgrandes Bancos. Não é o Estado Ameri-cano. É Bin Laden.

* Lic. em Economia

Pedro Boíça *

OPINIÃO

A CRISE– Preconceito(s) pouco habituado(s)

NOTÁRIACLARA MARIA PEREIRA DOS SANTOS RODRIGUES

CARTÓRIO NOTARIAL EM SALVATERRA DE MAGOSCERTIFICO para fins de publicação, que foi lavrada neste cartório hoje, a folhas

cento e trinta e oito e seguintes, do livro de notas para escrituras diversas número trinta equatro-A, uma escritura de justificação na qual, António João Duarte, e mulher Henri-queta Joaquina, naturais da freguesia e concelho de Coruche, casados no regime dacomunhão geral, residentes na Estrada da Lamarosa, Vale Verde, Coruche, declararam que,são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do seguinte:

Prédio misto, sito em Vale Mansos, freguesia e concelho de Coruche, composto porterreno de cultura arvense de regadio e de sequeiro, figueiras, oliveiras, e laranjeiras, coma área de quatro mil cento e noventa metros quadrados, em parte do qual se encontra edi-ficada uma casa de rés-do-chão destinada a habitação, com a área coberta de sessenta eoito metros quadrados, confrontando do norte com herdeiros de Joaquim Luis; do sul enascente com Joaquim Gualdino Duarte; e do poente com estrada, prédio este ainda nãodescrito na competente Conservatória do Registo Predial, inscrito na matriz predial, aparte rústica sob parte do artigo 44 da Secção R, da freguesia de Coruche, e a parte urba-na sob o artigo 839 da referida freguesia.

Que possuem o identificado prédio há mais de trinta anos, tendo o mesmo vindo àposse deles, justificantes, por volta do ano de mil novecentos e setenta por doação verbalde Gualdino Duarte e Joaquina Perpétua, pais do justificaste marido, ambos já falecidos,tendo, eles justificantes, desde logo, entrado na posse e fruição do prédio em nomepróprio, posse essa que vem exercendo, sem oposição de quem quer que seja, desde o seuinício, sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento e acatamento de toda agente, traduzida na fruição e conservação do prédio, bem como no exercício de todos osdireitos de verdadeiros proprietários e na prática de todos os actos inerentes a essa qualida-de, designadamente, quanto à parte rústica, realizando culturas e trabalhos agrícolas, e co-lhendo os respectivos frutos, quanto à parte urbana, utilizando-a como arrecadação de alfa-ias agrícolas e arrumos e, quanto o ambas, pagando as respectivas contribuições, respei-tando rigorosamente as suas estremas e divisórias, sendo portanto uma posse pública, pací-fica, contínua e de boa fé, pelo que adquiriram o referido prédio por USUCAPIÃO, invo-cando, por isso, esta forma originária de aquisição, para todos os efeitos legais.

Que suprem, desta forma, a inexistência de título para efeitos de registo, obtendo assimtítulo adequado para proceder ao registo do prédio na Conservatória do Registo Predial deCoruche, após o cumprimento das demais formalidades legais.

Está conforme o original, na parte a que me reporto. Salvaterra de Magos, Cartório Notarial, 23 de Maio de 2008.

A Notária,(Clara Maria Pereira dos Santos Rodrigues)

NOTARIADO PORTUGUÊS

“O Jornal de Coruche, n.º 30 de 1 de Outubro de 2008”

Com um investimento de cerca de 6,5 milhões de euros, por parte da empre-sa intermunicipal Águas do Ribatejo, foi possível a entrada em funcionamento daETAR da Vila de Coruche. Esta infra-estrutura vai permitir que os esgotos queactualmente eram despejados directamente no Rio Sorraia, passem a ter trata-mento, está ainda previsto que se consiga reaproveitar toda a água utilizada noprocesso de tratamento, para que possa ser reutilizada na Agricultura nos camposdo Vale do Sorraia.

ETAR da Vila de Corucheentrou em funcionamento

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NOTÁRIACLARA MARIA PEREIRA DOS SANTOS RODRIGUES

CARTÓRIO NOTARIAL EM SALVATERRA DE MAGOS

CERTIFICO para fins de publicação, que foi lavrada neste cartório hoje, a folhascento e trinta e cinco e seguintes, do livro de notas para escrituras diversas número trintae quatro-A, uma escritura de justificação na qual, Joaquim Gualdino Duarte, e mulherLucinda Santos Barbas, naturais da freguesia e concelho de Coruche, casados no regimeda comunhão geral, residentes na Rua da Vitória, Foros de Vale Mansos, Coruche,declararam que, são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do seguinte:

Prédio rústico, sito em Vale Mansos, freguesia e concelho de Coruche, composto porterreno de cultura arvense de regadio e de sequeiro, figueiras, oliveiras e laranjeiras, coma área de quatro mil quinhentos e sessenta metros quadrados, confrontando do norte comAntónio João Duarte; do sul António de Oliveira, do nascente com Ponta Aguda, herdeirosde Joaquim Luís e Henriqueta Joaquina; e do poente com estrada, prédio este ainda nãodescrito na competente Conservatória do Registo Predial, inscrito na matriz predial rústi-ca sob parte do artigo 44 da Secção R, da freguesia de Coruche. Que possuem o identi-ficado prédio há mais de trinta anos, tendo o mesmo vindo à posse deles, justificantes, porvolta do ano de mil novecentos e setenta por doação verbal de Gualdino Duarte e JoaquinaPerpétua, pais do justificante marido, ambos já falecidos, tendo, eles justificantes, desdelogo, entrado na posse e fruição do prédio em nome próprio, posse essa que vêmexercendo, sem oposição de quem quer que seja, desde o seu início, sem interrupção eostensivamente, com o conhecimento e acatamento de toda a gente, traduzida na fruição econservação do prédio, bem como no exercício de todos os direitos de verdadeiros propri-etários e na prática de todos os actos inerentes a essa qualidade, designadamente, reali-zando culturas e trabalhos agrícolas, e colhendo os respectivos frutos, pagando as respec-tivas contribuições, respeitando rigorosamente as suas estremas e divisórias, sendo por-tanto uma posse pública, pacífica, contínua e de boa fé, pelo que adquiriram o referido pré-dio por USUCAPIÃO, invocando, por isso, esta forma originária de aquisição, para todosos efeitos legais.

Que suprem, desta forma, a inexistência de título para efeitos de registo, obtendo assimtítulo adequado para proceder ao registo do prédio na Conservatória do Registo Predial deCoruche, após o cumprimento das demais formalidades legais.

Está conforme o original, na parte a que me reporto.

Salvaterra de Magos, Cartório Notarial, 23 de Maio de 2008.

A Notária,(Clara Maria Pereira dos Santos Rodrigues)

NOTARIADO PORTUGUÊS

“O Jornal de Coruche, n.º 30 de 1 de Outubro de 2008”

Cartório Notarial - CorucheANA CLARO DE ALMEIDA

CERTIFICO, narrativamente, para efeitos de publicação, que no Cartório Notarial deCoruche, sito na Rua dos Guerreiros, nº 15, no livro de notas para escrituras diversasnúmero Dois - A, a folhas Trinta e Oito, foi lavrada uma escritura de justificação notarial,pela qual JOAQUINA LOURENÇA DE OLIVEIRA CARDOSO DA COSTA e mari-do ANTÓNIO MARIA DA COSTA, casados sob regime da comunhão geral, naturais elada freguesia e concelho de Coruche, e ele da freguesia e concelho de Salvaterra de Magos,residentes na Rua Felicidade Páscoa, da freguesia de Fajarda, concelho de Coruche,declararam que são donos e legítimos possuidores com exclusão de outrem, do prédio aseguir identificado, da freguesia de Fajarda, concelho de Coruche:

URBANO, sito na Rua Felicidade Páscoa, composto de casa de habitação, de um piso,com logradouro, com a superfície coberta de oitenta vírgula setenta e cinco metros quadra-dos e superfície descoberta de três mil trezentos e sessenta e sete vírgula vinte e cinco me-tros quadrados, a confinar do norte com Fernando Lourenço de Oliveira Cardoso, de sulcom Manuel Novais, de nascente com Ernesto João e de poente com Rua Felicidade Pás-coa, inscrito na matriz sob o artigo 809, com o valor patrimonial tributável de 32.250,00€,ao qual atribuem igual valor. Que o prédio não se encontra descrito na Conservatóriado Registo Predial de Coruche e está inscrito na matriz em nome da justificante mulherJoaquina Lourença de Oliveira Cardoso da Costa.

Que não dispõe de titulo formal para proceder ao registo a seu favor, o qual veio à suaposse por ter sido adjudicado à justificante mulher, por partilhas feitas pela forma mera-mente verbal, por óbito de sua avó Maria Lourenço, ao tempo viúva, e por óbito de seuspais Jaime de Oliveira Cardoso e Custódia Lourença, e ao tempo residentes no lugar efreguesia dita de Fajarda, por volta do ano de mil novecentos e setenta e sete, ainda comoprédio rústico, no qual implantaram a construção, havendo sido concluída a construção noano de mil novecentos e setenta e oito, ano da respectiva inscrição do prédio na matriz, edesde então têm exercido neles todos os actos de posse conducentes à usucapião que a seufavor invocam.

ESTÁ CONFORME O ORIGINAL

Cartório Notarial de Coruche, aos 15 de Setembro de 2008.

A Notária,(Ana Fernanda Claro de Almeida)

NOTARIADO PORTUGUÊS

“O Jornal de Coruche, n.º 30 de 1 de Outubro de 2008”

Sábado, 27 de Setembro, dia de Feirade S. Miguel em Coruche e noite de Derbyna Capital da Nação, na do Sorraia dis-putava-se a final da Taça do Concelho deCoruche, disputada por 15 equipas. Cu-riosamente ambas as equipas que discuti-am a final têm no seu nome, o do Rio,que saboreia todo o Concelho, Sorraia.Coincidências.

Antes da final, com trinta minutos deatraso, disputou-se o apuramento do 3ºlugar, coisa que numa Taça parece estra-nho, mas sempre preenchia mais a tarde,Carapuções – Montinhos dos Pegos.Ganharam os primeiros por 1-0. Um jogoequilibrado, onde quem mais quis brilharfoi o árbitro, com passes de bailarina,com voz grossa como os homens. Sim,porque os jogadores têm de mostrar res-peitinho pelo Juiz. Nenhuma das equipasse pode queixar, porque apitou mal paraambos os lados, mas deu com certeza omelhor de si.

O público, pena que não em grandenúmero, lá ia aguardando pela final. San-ta Justa – Azervadinha. Santa Justa quetinha ganho o ano passado, apresentava-se favorita. Surpreendente, ou talvez não,o jogo no seu início teve futebol bem

agradável, com passes bem definidos equase sempre para os jogadores da pró-pria equipa. Treinassem estes rapazes etalvez José Mourinho deixasse o Inter só

pelo prazer do futebol. Não é ironia, éque muito provavelmente, são os últimosque jogam pelo amor ao jogo, pelo apegoà amizade, falo claro, de quase todas as

equipas que militam no campeonato doINATEL. Golos? Marcou primeiro SantaJusta, ainda na primeira parte. Foi con-trolando o jogo, já que com decorrer doencontro, os jogadores ficavam cada vezmais cansados e os sectores cada vezmais partidos. Escurecia, acendiam-se ailuminação no Estádio Professor JoséPeseiro, os espectadores já olhavam parao relógio, para irem assistir à vitória doBenfica sobre o Sporting. Mas, eis se nãoquando, já perto do final, a equipa damargem sul, mostrou mais crer, mais per-sistência (muito por impulso do seutreinador) e nos minutos finais chegou aoempate. Grandes penalidades.

Emoção à la Champions League.Grande Final de Taça. A meia dúzia deespectadores, já nem se lembrava doderby da Capital. Penalties! Esgotaram-se os cinco, com um empate a quatro.Qualquer equipa podia ganhar, quem fal-hasse perdia.

Respirava-se tensão. Apesar de ser“só” a Taça do Concelho, a angústia defalhar era tremenda. Falhou Santa Jus-ta… e no fim ganharam…os Unidos doSorraia de Azervadinha.

Pedro Boiça

Taça do Concelho de Coruche – Futebol 11E no fim ganharam….os Unidos do Sorraia de Azervadinha

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 30 • Outubro de 2008 17

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Quarta-feira 28 Agosto, seishoras da manhã. A mochila é omeu poiso. Eles olham e riemcomo quem divide um espectroe outra cor vê que não a sua. Eurio de volta. A natureza aperta.Casa-de-banho. Não há papel.Menos um par de meias. Umexército de pares de olhos cir-cunda-me. Estação de Joanes-burgo, África do Sul. Amester-dão, Oslo e Londres são já es-cassa memória neste enredo queainda nem aqueceu e já ferve.“Brancos há muitos”, ouvira eusobre tal sítio. Pois há e eu vi-os.Quer dizer, vi-os durante omeio-dia e a meia-noite alarga-da entre um copo e outro e unsquantos papos-furados sobrepolítica, raça e suas derivadassaloias.

Moçambique é o destino. Ma-puto. Oito horas África acima.Obstipação é palavra contráriade diarreia mais conhecida porcaganeira. Apanhou-me preve-

nido, seja lá o que isso for. Cha-maram-lhe Lourenço Marques.Os brancos. Chamam-lhe capi-tal. Os pretos. Só de olhar cheiraa Lisboa mas é cheiro longínquocomo o cimento que mantemaqueles edifícios em pé. Cami-nho e páro. O antigo Teatro Sca-la. “É de um indiano que nãoquer vender”, dizem-me os lo-cais. Funciona às vezes ao queconsta. Vê-se em degredo. OMercado. Olha o mercado. Áfri-ca compressa num amontoadode ruas apertadinhas onde prior-idade rima com dinheiro, sendoa regra de trânsito local. Vende-se de tudo, do que há e do quenão há. Galinhas jazem alinha-das pela papaia, mangas avizi-nham-se com telefones, comidae bebida, bebida e comida, fomee risos, lágrimas e bandulhoscheios. Música maestro! Osjovens metem conversa. Beijamtodos a mesma mulata. Lauren-tina. E se ela é bonita! Oh! Lau-rentina! E sabe bem, confesso.Provei a Laurentina. Laurentina,a cerveja. “D'onde és?”, soltam.Portugal, respondo ligeiro. Di-zem-se bailarinos. Desconfio.Falam da sua visita ao Porto.Desconfio. Até que um videoem que abraçam Pinto da Costae Vitor Baía os torna verdadei-

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 30 • Outubro de 200818

CRÓNICAS DE VIAGENSÁfrica do Sul, Moçambique Agosto 2008.

Ecos de um macaco

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 30 • Outubro de 2008 19

ros. Acabarei esta noite no Cine--África a assistir ao espectáculoda Companhia de Canto e Dan-ça de Moçambique com direitoa convite ou não tivéssemospassado a tarde a beijar Lauren-tina, a mulata gostosa.

Sigo na beira até à Beira.Dezasseis horas a pão e águatransmutado em camarão à horade chegada. Camarão para tesosao preço do amendoim mas semo sabor do gelo. Perco-me nasvielas, encavalito-me nos “cha-pas” essa espécie de taxi rupes-tre embora mais educado que ocontemporâneo. Acabo a noite acomprar pão para o dia seguinteque me sustentará até Quelima-ne. Treze horas de contorcionis-mo aplicado e puro. A humani-dade enfiada num aglomeradode bancos designado mini-car-ro. É tudo mini, até o ar que seme falta. Resta o pão. O menurecompor-se-á. Quelimane euma qualquer vila de Portugal.A diferença está no nome e sónão está no número de chinesesporque estão ambas apinhadas.Quelimane e as vilas de Portu-gal. Um português mete conver-sa. Diz-se magnata da zona, ouhumilde comerciante dependeda cor de quem o estiver a ouvir.Se és magnata, pagas o jantar,sussurro-me às escondidas delee de mim. Venham uns chocosda zona, tenho a certeza que elepaga. Áquela hora do dia se-guinte estarei já em Nampula,depois de atravessado o Zambe-ze num batelão insensato masseguro. Testemunho a nova pon-te enquanto troco dois dedos deconversa com a cabra do lado.Bonita cabra. Coitada. Partilhao cesto da bicicleta com doisgalos. Quantos estômagos pre-encherão? Já esquecia. Claroque o magnata pagou os chocos.

Nampula. Dois policias des-

confiam. Arrelio-me. Pedem--me dinheiro e eu peço para meprenderem. Dinheiro não é su-borno embora o contrário sejaverdade. Não pago vou preso.Há lá pão?, pergunto. E magna-tas daqueles que pagam? Acal-mam-se e mandam-me embora.Acalmo-me e vou-me embora.O mato e a vida que o sustentaesperam-me. A minha casa nos180 dias que se seguem. O nadae o verde. Juntos se tornam hori-zonte

Oito dias depois. Esvazio amochila, o meu poiso, enquantoa noite se aproxima a passos lar-gos. O meu tecto é capim. Naminha casa não há luz. Há velas.Há romance. Entre insectos cer-tamente. Olha lá vai a víbora derato na boca, um dia destes va-mos a caça juntos. Os meus vi-zinhos sao lagartos, formigas,mosquitos e coisas com mil-per-nas. Tudo gente de poucas falasou nenhumas. Embora cantem.E o silêncio, esse observador, équebrado por batidas tribais queecoam sem fim, gritos incom-preensiveis fora do filtro da gar-rafa, bêbados filhos de índios,índios filhos de bêbados. Mu-çulmanos de aldeia, cristãos depassatempo, que pode Deusquando é a natureza que ora dáora rouba o pão? Razão aqui éritual não é complexo. A fé é umjogo do qual todos se riem. Des-carados com cara. Gente feliz.Miserável ao olho civilizado masnatural ao espelho se os hou-vesse. Aqui nasce-se, come-se,bebe-se, caga-se, e dorme-se.Suspeito que não se morra em-bora se fale de ausência. Sento-me no quintal. O meu quintal éo mundo. Nada vejo senão es-trelas e seus desenhos imagi-nários. Não há luz. Só há ro-mance, e finalmente…sono…Osono e África.

Lic. em Filosofia

Luis António MartinsUrbano

A NERSANT está a pre-parar a criação de um Pólode Competitividade e Tecno-logia no sector da Agro-In-dústria na Região de Santa-rém.

A candidatura para o recon-hecimento formal deste Pólo deCompetitividade irá ser apre-sentada ao QREN até ao próxi-mo dia 15 de Outubro.

Neste momento encontra-mo-nos numa fase de mobiliza-ção dos agentes da Região (enão só) ligados ao sector e queestejam interessados em parti-lhar a estratégia e os objectivosdeste Pólo de Competitividade.

Pretende-se explorar o ele-vado potencial deste sector naRegião, já que o Vale do Tejoconstitui uma das mais impor-tantes regiões do País do pontode vista agrícola, detentora desolos de elevada aptidão que

possibilitam uma predominân-cia de usos agrícolas do solo,mas também a existência de umsector agrícola e agro-industrialjá bastante desenvolvido.

O principal objectivo desteprocesso é criar uma rede de ino-vação do sector da Agro-Indús-tria na Região de Santarém,constituindo uma parceria inte-grada por empresas, pela Asso-ciação, por instituições de I&DT,de ensino superior e de forma-ção profissional, que partilhemuma visão estratégica baseadaem actividades inovadoras, ori-entada para o desenvolvimentode projectos de elevada intensi-dade tecnológica e com forteorientação e visibilidade interna-cional.

Outras oportunidades que seprocurarão potenciar, passampela existência de actividadesprodutivas das fileiras agro-in-dustriais com grande nível de

especialização e que poderãopotenciar um conjunto de novasactividades de elevado nível tec-nológico (como a ligação daagro-indústria à I&D no domí-nio da Alimentação-Saúde e àbiotecnologia alimentar).

Uma das orientações destePólo de Competitividade será odesenvolvimento de tecnologiascom forte potencial de cresci-mento, e o lançamento de novosprodutos, no quadro de uma es-treita colaboração entre empre-sas e Instituições de Ensino e deI&D que facilite a transferênciade tecnologia e de conhecimen-to entre estas entidades.

Um outro vector da estraté-gia deste pólo de competitivi-dade será o desenvolvimento e oreforço de marcas potenciadorasda afirmação internacional detecnologias e produtos nacionais,funcionando, assim, como ele-mentos de marketing territorial.

No âmbito do desenvolvi-mento de acções de promoçãoda internacionalização das em-presas da região de Santarém, aNersant está a organizar umaMissão Empresarial à Tunísia.Esta Missão que decorrerá entre29 de Outubro e 2 de Novembrosurge no seguimento da reuniãocom o Embaixador da Tunísiaem Portugal, realizada no passa-do dia 5 de Junho e após a aná-lise do mercado da Tunísia.

A Tunísia é um mercado deproximidade, com infra-estrutu-ras de qualidade e em constantedesenvolvimento, com mão-de-

obra qualificada e custos de pro-dução competitivos, entre outrasvantagens.

Esta é uma Missão Empre-sarial não sectorial e prevê arealização de reuniões institu-cionais, visitas técnicas e reu-niões com empresas tunisinas,estando até ao momento inscri-tas 12 empresas.

Esta iniciativa é parte inte-grante de um Projecto de Inter-nacionalização que a Nersant estáa preparar no âmbito do Sistemade Incentivos à Qualificação dePME (QREN), enquanto pro-jecto conjunto.

Desta forma, as PME da Re-gião de Santarém que participa-rem na Missão Empresarial àTunísia poderão beneficiar dumapoio a fundo perdido (45% nocaso de pequenas empresas e35% no caso de médias empre-sas).

As empresas interessadasem participar deverão fazer asua inscrição, podendo para issocontactar o Departamento deApoio Técnico e Desenvolvi-mento Regional da Nersant pelotelefone 249 839 500 ou atravésdo e-mail [email protected].

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NOTÍCIAS DO DISTRITO

desenvolve PPólo ddeCompetitividadeAgro-IIndustrialna RRegião

Nersant ppreparaMissão EEmpresarial àà TTunísia

Candidatura para reconhecimento formal está em preparação

SANTARÉM

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Quis a gentileza da empresa“Toirolindo” que os InáciosRamos (pai e filho) governam,denominar a 1.ª Corrida de “OJornal de Coruche” a acontecidana nossa terra no passado dia 6de Setembro, corrida em quecom toda a justiça se homena-geou a insigne memória deAntónio José da Veiga Teixeira.

Ao intervalo foi descerradauma placa no átrio do sector 2que perpetua o acto e foram sen-tidas as palavras que Abel Ma-tos Santos e Diamantino Diogosobre o homenageado proferi-ram em presença de seus filhose viúva.

Os toiros, com ferro da CasaTeixeira, serviram amplamente,exibindo qualidade, o que muitocontribuiu para o sucesso do es-pectáculo.

Lidaram a corrida Luís Rou-xinol, Rui Fernandes e o recémprofissional João Ribeiro TellesJr. Rouxinol, continua na suasenda de afirmação e triunfo,mantendo rara capacidade dedar a volta ao que lhe sai pordiante. Face a um exemplar comqualidade, mexendo bem e ex-planando a ementa completa doseu reportório; ao lidar o quartoda ordem, um toiro que cumpriue só, o de Pegões voltou a estardiligente e agradou.

Rui Fernandes enfrentou osegundo da ordem, a que pode-mos chamar um toiro extraor-dinário, e como um dia disse o

senhor João Núncio, “mal vaiquando um toureiro tem quelidar um toiro bravo”, temos que

convir que a qualidade do exem-plar de Teixeira ensombrou oestar do cavaleiro, que contudoesteve bem; face ao outro quelidou o Rui com dignidade eassim cumpriu a ferragem.

João Ribeiro Telles Jr. Apre-sentava-se em Coruche na suaprimeira corrida após a alterna-tiva e justificou amplamente a

subida de escalão. O seu pri-meiro, que teve a gentileza debrindar ao “Jornal de Coruche”,após um comprido de colocaçãotraseirota, foi ocasião para que omais novo dos calções da Tor-rinha brilhasse a grande altura,com curtos exemplares de rigore com a alegria de um violino eferros de palmo que chegaram a

um público entusiasmado quemuito o ovacionou. A fechar pra-ça, voltou a estar muito bem,deixando provado que bem maisque uma promessa é uma cer-teza.

Que vos fale ainda dos forca-dos, de Santarém e da terra. PorSantarém os solistas foram JoãoTorres, Manuel Roque Lopes eManuel Murteira, e por CorucheNuno Feijoca, Ricardo Dias(com um pegão) e Rui Godinho(que brindou ao jornal e a JoséPeseiro e se portou com cons-tância que lhe é habitual) foramos forcados de caras e souberamdignamente honrar as jaquetasque envergam e que por essepaís taurino elevam bem alto onome da vila.

Foi uma jornada bonita e sófoi pena que nas bilheteiras senão tenha afixado “Não há bi-lhetes”, que corridas como estabem merecem.

____* Médico veterinário

e escriba taurino

CORUCHECORUCHELISBOALISBOA

Especialidade Carne na BrasaEspecialidade Carne na Brasa

Cruzamento de CorucheTel. 243 618 319

Encerra à Segunda-feira

R. das Necessidades, 18-20Tel. 213 958 304/5Fax 213 958 306Tlm. 917 505 313

Encerra ao Domingo

EDITORIALA nossa Corrida Dr. Domingos da Costa Xavier *

SS OBREOBRE TTOIROIR OSOS

Tauromaquiasuplemento

Coordenação de Domingos da Costa Xavier

Não pode ser vendido separadamente.

Fundador: Abel Matos Santos • Director: José António Martins Este suplemento é parte de O Jornal de Coruche nº 30 de Outubro de 2008

João num violino, sorte que o destingue e agita as bancadas

Rui Fernandes num dos seus bons momentos

Rui Godinho (Peitaça) do grupo de coruche Manuel Roque Lopes (amadores de Santarém)

O brinde ao Jornal de Coruche do nosso conterrâneo Joao R. Telles Jr.na corrida que marcou tambem a sua apresentação na sua terra comprofissional

Fotos: Joaquim Mesquita

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Foi assim logo no dia dareinauguração da Praça deToiros, com António a averbarum triunfo espectacular, quepela correcção e perfeito estar,do meu modesto ponto de vistabem que pode ser modelo paratodos os seus pares, continuoucom a noite da alternativa doManel e repetiu-se agora nanoite da alternativa do João-zinho, com a praça esgotada.

Não gostaria de me repetirem relação ao que escrevi noano transacto, mas é inevitávelque vos diga que o MestreDavid voltou a suscitar na praçaa maior ovação da temporada,mesmo sem por um ferrinho,(que estrondo não seria se otivesse posto), dado que contin-ua sendo um privilégio ver evo-luir a cavalo o catedrático emé-rito da universidade que fundou.Pese a rusticidade que delibe-radamente cultiva, tudo nele édelicadeza, senhorio e classe. Pordelicadeza (e amor…) cedeu aseu filho João a outorga efectivada alternativa, lembrando-sequiçá que também ele, David ahavia concedido a seu filho.E…, que se salientem as pala-vras dirigidas por João ao João –“respeita o público que veras quevale a pena!” João Jr. enfrentou“trágico” animal que acusou nabalança 570 quilos, que exibia o4 na espádua e como os demais

era de ferro Passanha. Estevesobejamente à altura da circun-stância, como é seu timbre con-jugou a ortodoxia caseira com oseu inato poder de improviso,entendeu o toiro e mexeu bemnele, cravou com verdade echegou ao público com o caris-ma que se lhe reconhece. É umcaso, não me canso de o referir.

João Ribeiro Telles, peseembora o andar arredado das are-nas, impôs o seu querer, comosempre mostrou que é dos maisrefinados artistas que neste paístoureiam a cavalo e, deixou-nosum profundo amargo de boca

por se não dispor a actuar maisvezes. António executou estanoite os melhores ferros compri-dos que se viram no Campo Pe-queno nos últimos vinte anos.Tanta verdade. Tanta arte. Comtoda a justiça o Director de cor-rida Ricardo Pereira (que seencontrava assessorado pelomédico veterinário Patacho deMatos) logo fez soar a música,e, foi em plano de triunfal eufo-ria que mais uma vez em Lisboase exibiu. Que contente se deveter sentido o Mestre.

Manuel Ribeiro Telles Bas-tos é um dos melhores calções

da nova geração e só desfrutardo seu estar a cavalo já é todoum prazer, imaginem um con-sagrado das altas academias daarte equestre com um toiro pordiante ao ver o Manel. Sabidoque é cavaleiro que tem dias,neste esteve enorme, acertado etoureiro, creio que na mais com-pleta das actuações que já vi.Por assim ser, acredito que bemvale a pena esperar por ele emcada tarde… O Toiro que serialidado a duo por pai e filho,acabou sendo ocasião para queJoão Jr. Reafirmasse o posto queestá para novos desafios, visto

que o pai lhe cedeu todo o pro-tagonismo ao retirar-se para quede novo brilhasse. Que grandezade alma!

Depois tio e sobrinho deramrecital a duo, que nesta matéria acasa Telles não admite concor-rência, e em fim de festa, comos quatro cavaleiros na arena,sem o menor dos atropelos, emapoteose a lide acabou.

Os Grupos de Santarém e deCoruche estiveram à altura doseu prestigio e com Diogo Se-púlveda, Gonçalo Veloso e DavidRomão e o primo (numa cerne-lha com valor) por Santarém, e,António Macedo, Pedro Cris-pim e Alberto Simões (a dobraro cabo Amorim Ribeiro Lopes,que infelizmente se lesionou e aquem desejamos rápido restab-elecimento) por Coruche, muitocontribuíram para o ambiente detriunfo da noite. Foi em ombrosde toureiros que os toureiros saí-ram da praça pela porta dequadrilhas, com a praça em péeufórica e agradecida pelo queviu; não viu foi a que seria ajustíssima porta grande abertacom presteza, mas isso são con-tos que não quero contar, e, queem nada alteram a glória dafamília Ribeiro Telles, que emtudo, com dignidade, sabe serdiferente!!! Que luxo…

____Domingos da Costa XavierFotos: Joaquim Mesquita

Que noitQue noite de ge de glórlór ia!!!ia!!!IITauromaquia

suplemento Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 30 • Outubro de 2008

As cortesias com a presença de Mestre David

Momento ímparMomento ímpar e carre carregado de emoção que é o da Cerimónia da egado de emoção que é o da Cerimónia da AlternativaAlternativa

Sempre que “A Torrinha” se desloca a Lisboa as coisas acontecem.

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Em ano em que AntónioTereno levou a edilidade afazer aprovar o dialecto Bar-ranquenho na assembleiacomo património de interessemunicipal, importa que reto-me hábito velho e titule estapeça com puro sabor local.

Passada a “Fera”, assente apoeira, retomada a rotina doviver do dia-a-dia, que aqui vosevoque os tempos bem passados(apesar de um acidente incluí-do…) nas festas deste ano.

Agrada-me dizer que volvi-dos os anos loucos em que unsquantos ignorantes se permitiamcontestar a ascentralidade deuma tradição secular, temos queconvir que tudo está felizmentemuito mais calmo, e, a terra já seviu livre de quem a demandavacom mórbida curiosidade, poiscom a morte dos toiros devida-mente legalizada, deixou dehaver pretexto para manifesta-ções espúrias, e, como diria osaudoso Padre Agostinho, “oque importa é que tudo decorrana paz do senhor”.

É por demais sabido quedecorrido o dia 28 de Agosto emque a procissão em Honra dapadroeira, Nossa Senhora daConceição é o evento maior, nosdias seguintes tudo gira emvoltados toiros.

O dia começa com o “Enci-erro”, isto é com o enjaulamen-to dos toiros a lidar pela tarde,tarefa de que se encarrega o“Rubinho” com saberes ascen-trais herdados de seu pai, e mui-to nos alegra verificar que já osestá transmitindo a seu filho.

A propósito do “Encierro”não me canso de protestar o quese está passando; há madurosque confundem o acto com alargada e avisam os toiros de mámaneira, esquecendo-se quepela tarde um matador de toirosterá que os estoquear.

Este ano até andou por lá umfrustrado aluno da escola de tau-romaquia que funcionou emSantarém armado em “recorta-dor” exibindo uma camiseta emque arvora a si mesmo praticar“arte sem capote”. Que o façaonde lhe aprouver sem prejuízopara outros, mas que deixe ostoiros que se lidam em Barran-cos em paz, e já agora se sentecom tanto valor, que faça comoos toureiros e de capote e mule-ta em mãos, justifique-o lidandode forma ortodoxa, mas sabe-mos (e ele sabe-o…) que aí aconversa é outra.

Este ano a comissão de fes-tas diligenciou Ganadaria paraas corridas de toiros com ferrograve, que não lidava lá vai paravinte e oito anos, segundo meinformou o ganadero.

Tratando-se como se trata deuma das mais prestigiadas ga-nadarias nacionais, é bom que acircunstância se registe, e só foipena que o gado lidado tivessevolume a mais para a dimensãodo espaço em que se lida, dadoque já se consideram heróis osque têm que em tais condiçõesse vestir de toureiros, quantomais quando se enfrentam atoiros com volume para Madrid.

Coube-os tourear a Nuno“Velásquez”, Miguelin Murillo,Javier Sólis, Ambel Posada eJoão Augusto Moura, ao longodos três dias em que as corridasdecorreram. Os animais exibi-ram comportamento muito di-

verso ocasionando assim tam-bém sucessos diferentes. “Vela-rez” deixou mais uma vez pro-vado e á evidência que é umapena que não funcione mais,dotado de toureria e talento queé, sendo uma pena que estejapassando ao lado de uma car-reira importante, apesar de serdo melhor que a “cantera” tauri-na nacional tem dado nos últi-mos anos. Murillo limitou-se aestar asseado. Sólis perante umtoirão sem um passe, sequerconsegiui estar em toureiro.

Posada, aproveitou a potabi-lidade do lado direito do toiroque enfrentou e creditou-se coma melhor faena da “fera”, desen-hando muletazos amplos e sen-tidos e, que vos fale ainda deJoão Augusto Moura, que emBarrancos não deixou esvairseus créditos, tapando até a máqualidade do exemplar que en-

frentou, animal que parecendofranco no primeiro caminho decada serei, logo ao repetir pare-cia ter ganas de lhe comer assapatilhas.

É evidente que ninguémespera ir ver a Barrancos triun-fos redondos equivalentes aosda Feira Sevilhana de Abril ou àIsidrada Madrilena, mas temosque convir que taurinamente oambiente está saudável, o quecom agrado se regista, Aliás, ébom que se diga que por barran-cos já passaram com honra figu-ras do toureio com NicanorVilalta, António Bienvenida,Juan Silveti, Amadeu dos Anjos,José Falcão e até Morante de laPuebla em tempos de novil-heiro, entre muitos outros quede oiro ou de prata acabarampor se justificar amplamente nashostes da festa de toiros.

Importa também que voslembre, que apesar de tudo cor-rer à volta do toiro, o reencontroentre naturais, diáspora e ami-gos, não é de somenos.

A convivialidade muito ami-ga que o povo sabe oferecer aquem o demanda é todo um lu-xo relevante, e quer os “anima-dores” na praça, quer o baile noquintalão, são ocasiões de ex-cepção para que nos sintamosbem e com vontade de contar osdias que faltam para as festas doano que vem.

É verdade, logo de inicio re-feri um acidente que se sucedeu,que por desgraça nada tem de

glória. Ao preparar-me para umbom banho matinal antes dosegundo “Encierro”, escapa-ram-me os dois pés em simultâ-neo no tapete de fundo e comviolência inaudita assentei deventas na banheira com a conse-quente e fracção de tecidos esangueira de meter medo a umpenitente.

Trago o assunto à despesa daconversa para vos dizer que tivea sorte de por lá se encontrar emmissão de serviço o especialistaem urgências (INEM incluí-do…) Doutor Luís Raimundo,que se saturou com tanta eficá-cia que passados poucos diassequer exibo cicatriz que se ve-ja, o que me apraz referir para osossego dos muitos interve-nientes da festa a quem serve de“Anjo da Guarda”, dado ser pre-sença assídua nas equipas médi-cas das praças de toiros.

Publicamente que aqui lhedeixe o meu humilde obrigado.

Mas não foi o descrito razãopara que eu não vivesse à ma-neira enquanto por lá andei.

É assim em Barrancos, terraem que de há muito verifiqueique até os figos de pita (de“chumbo” por lá lhe chamam)são bons, e, têm picos!

____Domingos da Costa Xavier

Fotos: Cortesia Revista“Equitação”

Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 30 • Outubro de 2008III Tauromaquiasuplemento

Rêcurdá Barrancu

Encierrofoto Rui Mendes

Corridafoto Rui Cunha

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IVTauromaquiasuplemento Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 30 • Outubro de 2008

ddee AAnnttóónniioo VViiccttóórriiaa MMaarrttiinnss

Agente 1600189 • Totobola, Totoloto e Euromilhões

Tel 243 617 350

Bifanas * Marisco * PetiscosÓptimo Serviço de Bar

Rua 5 de Outubro, 25 • 2100-127 Coruche

Tel. 243 618 875 • Tlm. 917 785 703Est. Nacional 251 • Montinhos dos Pegos

2100-045 CORUCHE

A corrida de domingo, 14 deSetembro no Sobral ficou mar-cada pela grave colhida da cava-leira Ana Baptista junto ao sec-tor do sol.

Colhida e queda aparato-sa, muita emoção, resultando afractura do rádio do braço di-reito.

Os toiros de Luís Sousa Ca-bral impuseram-se pela sua raçae fortes acometidas, voluntar-iosos e duros para a forcadagemque suplantou com distinção.

Por Lisboa, João Galamba eManuel Guerreiro ambos á pri-meira, Pedro Miranda á terceira.Pelos Amadores de Coruche,Miguel Raposo, José Tomas(Faísca) e Alberto Simões foramos grandes triunfadores da tardecom três enormes pegas á pri-meira assim como AntónioRibeiro Telles e Luís Rouxinol,autores de grandes actuações,quase que foram protagonistasde um interessante mano a ma-no devido á colhida de Ana Bap-tista que apenas havia cravado

SS OBREOBRE TTOIROIR OSOS

Joaquim Mesquita

crítico taurino

continua na página seguinte >

Sobral Êxitos ee CColhida,duas ttardes dde EEmoções!

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A Feira da Moita, que seanuncia como a maior e me-lhor Feira Taurina de Portu-gal, este ano foi de facto amaior.

Tive ocasião de me deslocara três eventos e meio e de commagoa falhar o “Procuna” emsolitário, razão porque da corri-da por motivos profissionais sóvi metade e da que por razões desaúde não vi, vos dará conta oconterrâneo Joaquim Mesquita.

Vi a denominada “grandiosacorrida da mulher”, que degrandiosa pouco teve. Um estú-pido acidente afastou Ana Bap-tista do cartel (daqui lhe reite-ramos votos de rápida recupera-ção), o que desequilibrou decerta forma a corrida.

Sónia Matias frente a umnovilho de Lupi esteve bem semalardes de maior e frente a umtoiro do mesmo ferro muitoabaixo do seu nível habitual; ocavalo que utilizou para os cur-tos não exibiu um grama deflexibilidade, o que a cavaleiraterá que corrigir. A regressadaAna Rita, esteve vulgar no pri-meiro, com sucessivos toquesnas reuniões e alegre ao lidar oquinto da ordem, com ferros deviolino, mas sem esconder asprofundas insuficiências que lheadvêm de se encontrar muitomal montada, com os cavalosataviados com gamarras de pal-mo, aliás como os das alternan-tes, o que se censura.

Joana Andrade, no seu pri-meiro, após ter estado desastra-da com os compridos, dado queo cavalo deu negas a torto e adireito, encontrou-se com a no-va montada acabou por resolvera papeleta. A fechar praça esteveasseada e até valente sobretudoao colocar um soberbo ferro depalmo.

Actuaram os Forcados doaposento de Alcochete, de SãoManços e de Cuba, que apesarda melhor ou pior sorte nãodesmereceram os méritos dosseus grupos.

Ainda na Moita presenciei adenominada corrida da arte,com Pedrito de Portugal, Javier

Conde e Uceda Leal para lida-rem exemplares com ferro Con-de Cabral.

Arte mesmo constatei-a numSoberbo quite à verónica deUceda Leal e depois, de facto, foiuma arte que ocorressem tantoscasos em tão pouco tempo.Toiros com tão pouco som e que

pouco transmitiam e toureiosque os não quiseram ver. Pedritosaiu da Moita convencido quetriunfou, mas não se dignoubaixar a mão e lidar mesmo deverdade nenhum dos seus toiros.Conde de uma vulgaridadeabsoluta nos três que lidou, umde gorjeta, por lhe terem de-

volvido irregularmente o daordem depois de bandarilhado(é facto que exibia uma cornadana mão direita e vinha apalpa-dote dos posteriores, mas Antó-nio Dos Santos e Patacho deMatos erraram ao não o teremdevolvido de saída. Quando ofizeram estiveram mal…).

Uceda para além do tal quiteà verónica, limitou-se a estartoureiro no primeiro e incapazface ao segundo. Muito fraco oresultado, e apesar disso, anda-ram para lá dois fulanos com oPedrito às costas, mesmo quan-do a STM já havia feito saber nãohaver motivo para que abrissem aporta de Nossa Senhora da BoaViagem. Foi triste.

Que vos fale ainda da corri-da de 5.ª feira, a dos cavaleiros.Merecem destaque os exempla-res de vinhas (excepto o pri-meiro por pequenote) que se re-velaram potáveis. Depois, Mou-ra igual a si próprio e enorme noseu segundo; ventura abaixo doque dele se diz em Espanha,apesar de ter estado em bem es-tilo que pratica, até com o por-menor horroroso do tal cavaloque ensinou a morder os toiros,e, Lupi asseado no primeiro emuito bem no segundo, comodele se esperava face às actua-ções que vem averbando. OsForcados do Aposento da Moitainscreveram um a noite dignano seu historial.

Não queria deixar de vosdizer também, que na tal corridade que só vi metade, João Mou-ra Jr. se creditou com a sua me-lhor actuação, entre todas a queeu presenciei.

Quanto à Moita, para oano há mais.

Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 30 • Outubro de 2008V Tauromaquiasuplemento

os compridos no seu primeiro, eo seu segundo foi lidado a duo,no final sacados em ombros.Praça cheia e boa direcção dadupla Francisco Farinha Dr.José Manuel Lourenço.

Na segunda-feira o curro detoiros da ganadaria coruchensede Hrds. Lopes Branco saírambem apresentados apenas peca-ram por um pouco de falta de ra-ça. Rui Salvador andou em bomplano, Vítor Ribeiro arrecadoumais um triunfo e António Ma-ria Brito Paes também rubricouuma tarde agradável.

Os Amadores de Montemore das Caldas da Rainha sentiramserias dificuldades para levar devencidos os de Lopes Branco.

Meia casa e boa direcção deAgostinho Borges.

____Fotos: Joaquim Mesquita

As minhas idas à Moita

António Ribeiro Telles numa sorte ao estribo

Miguel Raposo (amadores de Coruche)

Alberto Simões (amadores de Coruche)encerrou uma corrida de êxito total

> continuação da página anterior Sobral – ÊÊxxiittooss ee CCoollhhiiddaa,, dduuaass ttaarrddeess ddee EEmmooççõõeess!!

_____Domingos da Costa Xavier

Fotos: Joaquim Mesquita

MaestrMaestro João Moura montou catedra nos dois dias que actuou na Moitao João Moura montou catedra nos dois dias que actuou na Moita

Pedrito de PorPedrito de Portugal voltou ás suas noites de glória na Moitatugal voltou ás suas noites de glória na Moita

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VITauromaquiasuplemento Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 30 • Outubro de 2008

Lisboa, no passado dia 4 deSetembro teve uma vez maisuma corrida de toiros que fi-cará na história da tauroma-quia, esgotando-se a “praçacapital” perante a família Ri-beiro Telles, e em particulardesta feita á figura do JoãoJr., que naquela noite prestouprovas para tirar a a sua al-ternativa.

De facto, sobre a corrida, eacerca do espectáculo em simuito se pode dizer ou escrever,pois francamente embora sejaeu um jovem, a verdade é quevou aos toiros desde que meconheço, e esta foi daquelas cor-ridas em que começando naassistência, passando pelos toi-ros, e acabando nas actuaçõesdos cavaleiros tudo saiu redon-do do primeiro ao último minu-to, dando a família R. Telles umverdadeiro recital de bom tou-reio, demonstrando assim umavez mais que o clássico e o ver-dadeiro são eternos.

Porém, desta deita, não es-crevo para tentar relatar o queem termos de corrida aconteceu,mas sim para partilhar o senti-mento de emoção, carinho eamizade que em torno de mim, epenso que em torno de todos ospresentes no Campo Pequeno seterá de igual forma gerado.

Primeiramente, a presençauma vez mais a cavalo de Mes-tre David, que dentro dos seus80 anos e toda a sua classe nãoquis presenciar o acto da noitede outra maneira senão monta-do, brindando-nos assim umavez mais com um acto que temao mesmo tempo tanto de sim-ples como de grandioso!! Noentanto, é na figura do pai tou-reiro, feliz e emocionado, JoãoPalha R. Telles, e nas palavrasque dirigiu a seu filho no mo-mento em que o doutorava, quepretendo focar esta minha escrita.

O Sr. João foi, é e sempreserá um homem coeso, simples,de um trato extremamente aces-sível, sensível aos momentos,detentor de uma refinada per-sonalidade, bom amigo, e destamaneira ao longo dos seus já 28anos de alternativa sempre temsentido a admiração, o respeitoe a amizade por parte de muitagente, não só dentro como tam-bém fora das praças, pelo queno passado dia 4 viveu intensa-mente a passagem ao profissio-nalismo de seu filho, fiel depo-

sitário não só do seu natural amorde pai como também das maio-res esperanças dentro da profis-são e da sua maneira de estardentro e fora da mesma.

Perante todo o acumular des-tes sentimentos, e após as corte-sias, e a reunião da “dinastia” nocentro da praça, eis que da pes-soa do Sr. João saíram um lotede palavras para toda a praça, epara já não mais saírem da ca-beça de todos os presentes.

“ (...) João, estou muito felizpor lhe dar a alternativa, a fa-mília cá estará para o apoiarnos bons e maus momentos edesejo que respeite toda a gente,pois um dia vai ver que valeu apena (...)”.

É verdade, e foi esta últimafrase que embora não seja euuma pessoa de grandes senti-mentalismos, devo confessarque me tocou particularmente, epenso que pela ovação que emseguida se fez soar tambémtenha chegado a todos uma vezmais, pois num mundo em quequer social como profissional-mente, na maior parte das vezesmuitos se esquecem do respeitoque deve emanar do ser humanopara com o seu semelhante,através destas humildes, massentidas palavras ficou demons-trado que só quem usar do “es-tandarte” da honestidade, e “dobrasão de armas” da educaçãoconsegue o sucesso naquela queé a “cruzada da vida”, singrandoassim entre os melhores, e fi-cando perpetuado nas crónicas.

Esta é uma característica dafamília de que hoje falo, e queassim uma vez mais demon-strou que para além do elevadograu de toureio que de há mais

de meio século existe na “Tor-rinha”, esta é também um larque de facto espelha o “conjun-to harmónico”, mas não fácil dealcançar entre a classe, a natural-idade, simplicidade, amizade erespeito por quem quer que seja!

Posto isto, em conclusão, eem primeiro lugar da mesma,quero desde já referir que emb-ora sinta e saiba, que quemescreve valorativamente acercade um tema ou pessoa, aindaque os factos sejam por demaisevidentes, possa vir a ser alvo deduras críticas ou comentáriosmenos elegantes, e para quedesde já se travem as “más-lín-guas”, afirmo, assino e subscre-vo tudo aquilo que não só nestecomo em todos os meus textosdigo, tentando sempre faze-lode forma consciente, imparcial,e humilde, ainda que no entantopossa também errar. Em segun-do lugar, e em especial pelaamizade que de há muitos anossinto não só pelo Sr. João, comopelo Ginja, de quem sou e meafirmo, não só amigo, comoatento seguidor da sua carreiradesde o início, mais uma vezsem que isso me impeça decomentar imparcialmente todo equalquer assunto relacionadocom a mesma, sendo este umtexto de comentário pessoal, ter-mino desejando as maiores feli-cidades e triunfos ao mais jo-vem cavaleiro coruchense, de-sejando com isso que o próprio,toda a família, amigos e afi-cionados possam desfrutar pormuitos anos de uma carreira quepela qualidade já demonstrada ecom a ajuda de Deus, será certa-mente cheia de bons momentos.

____

Durante as festas de Nos-sa Senhora da Boa Viagem, aCâmara Municipal da Moitae a Sociedade Moitense deTauromaquia, promoveramuma interessantíssima expo-sição de escultura e de pintu-ra de tema taurino, a decorrerno salão nobre da S.M.T., sitona Praça de toiros de DanielDo Nascimento, de que estaentidade é proprietária.

Alegrou-me desfrutar daescultura de Alberto Germane da pintura de Luís Bívar,quer pela sua qualidade, querpor poder confirmar a forçainspiradora da festa de toiros.

DCX

Decorreu já a reuniãodo concelho editorial darevista Equitação, em quese outorgaram os troféus aatribuir este ano, comosempre na feira nacionaldo cavalo, pelo São Marti-nho na Golegã.

Decidiu-se atribuir o“Troféu de Mérito” á Fa-mília Ribeiro Telles, o“Troféu Criação Nacional”à Sociedade Agrícola daQuinta das Terras, o “Tro-féu Competição” a SaraDuarte, o “Troféu Tauromaquia” a João Moura Jr, o “TroféuRevelação” a Maria Vozone e por fim o “Troféu Carreira” a D. JoséAtaíde.

Os troféus da autoria de Rui Fernandes, bem conhecido mestreescultor, pretendem honrar e incentivar os que consideramos mere-cedores da distinção por se terem distinguido com o que bem feitofazem; alegra-nos poder contar entre tal gente com a ilustre Famíliade que Mestre David é patriarca.

DCX

A AAMIZADE EE OO RRESPEITO

Imagem dde MMarcados RRibeiro TTelles

IIXX eeddiiççããoo ddoossttrrooffééuuss nnaacciioonnaaiissddaa rreevviissttaa EEqquuiittaaççããoo

A arte na Festa

Rodrigo Taxa

Foto: Zé da Quinta

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 30 • Outubro de 200826

As idades da Infância FelizDos inúmeros e-mails que

recebo, vou partilhar um que emtudo tem a ver comigo e comtodos aqueles que tiveram umainfância nos inesquecíveis anos80. Desconheço o autor do textoe que me perdoa a sua publica-ção, mas caros leitores da minhageração, o que não dava-mosnós para voltar uns anitos atrás?

Nasceste antes de 1986?

De acordo com os regulado-res e burocratas de hoje, todosnós que nascemos nos anos 60,70 e princípios de 80, não de-víamos ter sobrevivido até hoje,porque as nossas caminhas debebé eram pintadas com coresbonitas, em tinta à base dechumbo que nós muitas vezeslambíamos e mordíamos.

Não tínhamos frascos de me-dicamentos com tampas à provade crianças, ou fechos nos ar-mários e podíamos brincar comas panelas.

Quando andávamos de bici-cleta, não usávamos capacetes.

Quando éramos pequenosviajávamos em carros sem cin-

tos e airbags, viajar à frente eraum bónus.

Não passávamos sem ver o“Verão Azul”.

Bebíamos água da manguei-ra do jardim e não da garrafa esabia bem.

Comíamos batatas fritas, pãocom manteiga e bebíamos gaso-sa com açúcar, mas nunca en-gordávamos porque estávamossempre a brincar lá fora.

Partilhávamos garrafas e co-pos com os amigos e nuncamorremos disso.

Passávamos horas a fazercarrinhos de rolamentos e de-pois andávamos a grande velo-cidade pelo monte abaixo, parasó depois nos lembrarmos quese esquecemos de montar os tra-vões.

Depois de acabarmos numsilvado aprendíamos.

Saíamos de casa de manhã ebrincávamos o dia todo, desdeque estivéssemos em casa antesde escurecer.

Estávamos incontactáveis eninguém se importava com isso.

Não tínhamos Play Stationou X Box.

Nada de 40 canais de televi-são, filmes de vídeo, home cine-ma, telemóveis, computadores,DVD, Chat na Internet.

Tínhamos amigos – E se osquiséssemos encontrar íamos àrua.

Jogávamos ao elástico e àbarra e a bola até doía!

Caiamos das árvores, cortá-vamo-nos, e até partíamos ossosmas sempre sem processos emtribunal.

Havia lutas com punhos massem sermos processados.

Batíamos às portas de vizi-nhos e fugíamos e tínhamos mes-mo medo de sermos apanhados.

Íamos a pé para casa dosamigos.

Acreditem ou não íamos a pépara a escola, não esperávamosque a mamã ou o papá nos lev-assem.

Criávamos jogos com paus ebolas.

Se infringíssemos a lei eraimpensável os nossos pais nossafarem.

Eles estavam do lado da lei.Esta geração produziu os

melhores inventores e desenras-

cados de sempre.Os últimos 50 anos têm sido

uma explosão de inovação eideias novas.

Tínhamos liberdade, fracas-so, sucesso e responsabilidade eaprendemos a lidar com tudo.

Para todos os outros que nãotêm a idade suficiente, penseique gostassem de ler acerca denós.

Isto, meus amigos é surpre-endentemente medonho... E tal-vez ponha um sorriso nos vos-sos lábios.

A maioria dos estudantesque estão hoje nas universida-des nasceu em 1986, ou depois.Chamam-se jovens.

Nunca ouviram “we are theworld” e “uptown girl” conhe-cem de westlife e não de BillyJoel.

Nunca ouviram falar de RickAstley, Bananarama ou BelindaCarlisle.

Para eles sempre houve umasó Alemanha e um só Vietname.

A SIDA sempre existiu.Os CD's sempre existiram.O Michael Jackson sempre

foi branco.

Para eles o John Travoltasempre foi redondo e não con-seguem imaginar que aquele gor-do tivesse sido um deus dadança.

Acreditam que Missão im-possível e Anjos de Charlie, sãofilmes do ano passado.

Não conseguem imaginar avida sem computadores.

Não acreditam que houvetelevisão a preto e branco.

Agora vamos ver se estamosa ficar velhos:

1. Entendes o que está escri-to acima e sorris.

2. Precisas de dormir maisdepois de uma noitada.

3. Os teus amigos estão casa-dos ou a casar.

4. Surpreende-te ver criançastão á vontade com computado-res.

5. Abanas a cabeça ao veradolescentes com telemóveis.

6. Lembras-te da telenovela“Gabriela” (a primeira vez).

7. Encontras amigos e falasdos bons velhos tempos.

SIM ESTAMOS A FICARVELHOS, he, he, he, mas tive-mos uma infância bestial.

Recordar é viver por: Jorge Florindo

Nesta edição, vamos falar de mais uma obra prima produzidapela grande mente de Hideo Kojima.

Devido há já longa história de “Metal Gear Sólid” poucos sãoos videojogos que se dão ao luxo de gerar um desejo enorme dese jogar.

É interessante reparar que antes do videojogo sair, já haviamuita gente , amantes desta saga procurando informação sobre ovideojogo, muitos deles já vinham acompanhando os outrosvideojogos anteriores .

Nesta aventura épica “Snake” o soldado lendário, tem umamissão decisiva, um último sacrifício, Num mundo onde a guerrase tornou puro negócio, movido por mercenários e máquinas.Com gráficos do outro mundo, um som surrround incrível e umabanda sonora que sobe a fasquia do entretenimento interactivo“Metal Gear Solid 4 – The guns of the patriots” merece bem oestatuto de jogo do momento para a PS3.

Nesta edição vamos ainda dar uma pequena ajuda para o “Grand Theft Auto” para a PS3. Para poderes usar estes cheats tens que digitar no telemóvel de Niko osseguintes numeros:

Carro spawn super gt- 2275550168; Carro turismo- 2275550147; Carro spawn comet - 2275550175; Carro spawn F B I búfalo - 2275550175; Carro spawn jetmax- 9385550100; Carro spawn NRG 900 - 6255550100; Alterar o clima - 468550100; Saúde - 4825550100; Armadura - 3625550100; Armas primeiro nível - 4865550150;Armas segundo nível - 4865550150; Para deixar de ser procurado por a polícia - 2675550100; Adicionar uma estrela ao nível de ser procurado - 2675550150;Annihilator - 3595550100; Cognoscenti - 2275550142

acção virtual Luís Rafael Carlota

Analista de jogos de consola e pc

Análise ao“Metal Gear Solid 4 - The guns of the patriots”

Cheats para o “Grand Theft Auto 4”

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 30 • Outubro de 2008 27

Coube-lhe a herança da Co-roa por morte, aos dez anos, deseu irmão mais velho e herdeironatural, o príncipe D. Afonso.Revelou D. Duarte, desde cedo,grandes qualidades como exí-mio cavaleiro. Tinha, como seupai, grande paixão pela caça,revelando ser um adestradomonteiro e deu, também, grandeimportância aos exercícios daluta corpo a corpo. Foi armadacavaleiro em Agosto de 1415,com 24 anos, no campo de ba-talha da tomada de Ceuta.

D. Duarte foi também umpríncipe culto, possuidor deuma excelente biblioteca, cultorde livros e muito dado à especu-lação filosófica. Aliás, deve-se--lhe um notável contributo paraa criação em Portugal de um cli-ma favorável às traduções paraportuguês de obras latinas. Deresto, ele próprio mandou fazerum grande número de traduçõesde obras e hoje sabe-se que nasua livraria prevaleciam oslivros “em linguagem”, ou seja,obras escritas em línguas comoo castelhano, o português, o ara-gonês. Era evidente o seu res-peito pela língua, preocupando-se em não a macular com ter-mos estranhos. Língua entendi-da como expressão do pensa-mento concreto. A rica bibliote-ca que possuía era a prova dasua bagagem cultural. A suavasta cultura e erudição fizeramcom que ficasse conhecido paraa posteridade com o cognomede O Eloquente. Há tambémquem lhe chame o Rei-Filósofo.

Os homens daquela época,sobretudo a partir da dinastia deAviz, orientavam-se quer peloculto dos ideais antigos – atra-vés da leitura dos velhos autoresclássicos que contribuíam para aformação mental e a valorizaçãodo espírito –, quer pelo enrija-mento do corpo, através da arteda caça que ajudava ao equi-líbrio de funções e que contri-buíam para fazer do homem umser completo. Escreveu o Livroda Ensinança de bem cavalgartoda Sela e o Leal Conselheiro.Obras em que, partindo da sua

experiência pessoal e muitoconcreta, transmite ensinamen-tos à nobreza, quer na exigentedisciplina corpórea, que a artede bem cavalgar obrigava, querimpondo aos nobres um exi-gente padrão moral de conduta ecomportamento social. Para ele,as duas vertentes eram indisso-ciáveis, pois “a pratica das vir-tudes nom deve tolher a usançadas boas manhas do corpo”.

Ainda infante, D. Duarte no-meou Fernão Lopes como cro-nista-mor do Reino para pôr emcrónica as “estorias dos Reisque antigamente em Portugalforam” até D. João I. Admite-secomo provável que já antesFernão Lopes tivesse trabalhadocomo escrivão nos livros de D.Duarte. Aos 21 anos, seu paiassociou-o à governação, atri-buindo-lhe importantes tarefasde administração, nomeadamenteem assuntos nas áreas da Justiçae da Fazenda. De resto, sabe-seque nos últimos anos de vida deD. João I já D. Duarte se achavaintegrado na marcha dos negó-cios públicos e da governançado Reino.

Casou em Coimbra aos 38anos com D. Leonor de Aragão.

O reinado de D. Duarte co-meçou com “mau presságio”.Com efeito, Mestre Guedelha,judeu, físico do rei e seu astról-ogo privativo, aconselhou omonarca a adiar a sua aclama-ção “atee passar o meo dia”,pois aquelas horas mostravam,segundo Mestre Guedelha, ser“muy perigosas, e de muy tristeconstellaçam”, havendo “outrossinaaes que no Ceeo parecemassaz infelizes”. D. Duarte ne-gou alterar a hora das cerimó-nias. Mestre Guedelha ainda otentou demover, mas D. Duartefoi categórico:

“Nom farei, (...) por nãoparecer que mingoa em my hssperança de firmeza que emDeos, e em sua Fee devo ter”.

O mestre astrólogo “profeti-zou” então que o monarca “reg-naria poucos anos, e esses se-riam de grandes fadigas, etrabalhos”.

Foi um curto reinado de cin-co anos, o de D. Duarte, que de-correu em condições difíceis eprofundamente marcado pelamorte do infante D. Fernando,seu irmão, feito refém aquandodo desastre de Tânger, acabandopor morrer no cativeiro.

Uma certa tradição, que aliásganhou eco na obra de OliveiraMartins, defendia que D. Duarteteria sido um rei sem vontadeprópria, manobrado pela rainhaD. Leonor e manietado pelo ir-mão, infante D. Henrique, umhomem, enfim, que “não nasce-ra para reinar, nascera paraaconselhar”. O mesmo autoracrescenta que D. Duarte teriaherdado da mãe a pontualidadeinglesa, mas faltava-lhe a “ener-gia e a audácia do pai”.

Porém, em 1932 o Padre Do-mingos Maurício Gomes dosSantos tratou de pôr termo, emdefinitivo, a esta lenda de queD. Duarte era um rei misantro-po, quase abúlico, vivendo parao estudo e a reflexão, cujo reina-do fora dirigido por vontadesalheias, um monarca, enfim,contemplativo e sonhador. OraDomingos Maurício demonstrouclaramente as evidentes res-

ponsabilidades de D. Duarte naempresa de Tânger, dando àmesma o seu apoio decidido,perseverante e eficaz

Relativamente à política deconquistas em Marrocos, a fa-mília real estava de facto pro-fundamente dividida, colocandoPortugal num grave dilema:

a) apostar numa política cen-trada nas conquistas no Norte deAfrica, ou

b) apostar numa integraçãode Portugal no quadro europeu.

Se se insistisse na conquistade novas praças no Magrebe,corria-se o risco de uma grandedispersão militar, colocando emcausa a própria segurança doReino. Mas se se desistisse daempresa marroquina, corria-se orisco do êxodo de muitos nobres(o próprio D. Fernando chegoua ameaçar fazê-lo), pois os últi-mos representantes da cavalariamedieval portuguesa estavamansiosos por viverem o espíritoguerreiro, já que fora justamentepara isso que foram educados.

Com efeito, não era fácil pa-ra D. Duarte gerir estes conflitosfamiliares e estes interesses con-traditórios de grande complexi-dade. O monarca que, numa pri-

meira fase, temera o risco mili-tar e o colapso financeiro do em-preendimento, acabou por acei-tar os argumentos de seu irmão,o infante D. Henrique, e os objec-tivos da empresa. Mas com aderrota das tropas portuguesas ea tragédia de Tânger, novo dile-ma se colocou a D. Duarte:

a) Entregar Ceuta aos mou-ros em troca da libertação de D.Fernando, ou

b) Manter a posse de Ceuta(considerada património cris-tão) mesmo à custa do sacrifíciodo seu irmão mais novo.

Optou por manter Ceuta.Recorde-se que, na época, os

valores religiosos se sobrepu-nham à própria vida humana. Émuito provável que a tragédiade Tânger tivesse afectado o mo-narca. Foi ele que orientou o pla-no da expedição e ter-se-ia jul-gado culpado pelo suplício doirmão.

Apesar de curto, o reinadodo Eloquente foi, ainda assim,um tempo de relativa mudança,sobretudo pelo que implicou deesforço para disciplinar, organi-zar e modernizar a máquinaburocrático-administrativa, tor-nando-a mais célere e eficaz nodespacho que era preciso daraos problemas do quotidiano doReino. Uma maioria dos oficiaisacompanhava o monarca nassuas deslocações de terra emterra, dirimindo conflitos, efec-tuando doações, concedendoprivilégios e perdões, sempreem nome da incontestada auto-ridade do soberano. Lisboa, San-tarém, Almeirim e Évora, foramas terras que D. Duarte mais ve-zes percorreu durante os itine-rários régios.

Ele quis, tal como o seu pro-genitor, reforçar a autoridade dopoder central, sobretudo no cam-po do Direito. Centralização que,de resto, viria mais tarde a sertão empenhada e vigorosamenteassumida por seu neto, D. JoãoII – o Príncipe Perfeito.

A peste, que grassava naépoca em vários lugares doReino, foi talvez a causa da suamorte, apesar do cronista Rui dePina atribuir o seu falecimentoao grande abatimento em que D.Duarte caiu e à “continua pai-xão que pela desaventura dosocedimento do cerco de Tângertomou”.

D. Duarte morreu em Tomar,em 1438, com 47 anos.

____

Mário Justino Silva

CRÓNICA PORTUGUESA

D. Duarte, o EloquenteHistoriador

* Exímio Cavaleiro * Príncipe Letrado * Rei-Filósofo *

Filho terceiro de D. João I (o rei de Boa Memória efundador da dinastia de Avis) e de D. Filipa deLencastre, D. Duarte nasceu em Viseu, em 1391, anoem que seu pai convocara cortes por duas vezes(Viseu-Évora).

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 30 • Outubro de 200828

Há muito que se ouve falarda ocorrência de cabalas emPortugal, nomeadamente, emtorno de candentes questõesenvolvendo personalidades danossa vida pública.

Sendo a abordagem do temaconstante, de igual modo sem-pre tudo fica, de uma maneiramuito geral, sem um ínfimo deresposta adequada por parte dequem os portugueses sempreesperariam uma palavra e umaexplicação convincentes.

Claro está que o surgimentode hipotéticas cabalas em luga-res diversos do Mundo, porven-tura, um pouco por todo o lado,é uma realidade, mas também éverdade que muitas dessas ca-balas se vêm mais tarde a mos-trar como tendo tido lugar.

Dos mil e um casos que seconhecem, podem citar-se os dosSeis de Birmingham e dos Qua-tro de Guilford, o do afundamen-to Rainbow Warrior, o da vitóriade John Kennedy sobre RichardNixon, quase certamente, a deGeorge W. Bush sobre Al Gore,o do assassínio de Martin LutherKing, o do incêndio do Reichs-tag, o do assassínio de João Pau-lo I, o do primeiro atentado aJoão Paulo II, o do assassínio de

Salvador Allende, o da prisão deManuel António Noriega, o darazão da queda do avião da PanAmerican, em Lockerbie, e detantos outros casos conhecidospor esse Mundo fora.

Acontece que em todos estescasos, de um modo ou de outro,desde que a comunicação sociallevou aos cidadãos a ideia deuma cabala num destes casos,de um modo muitíssimo geral,teve lugar uma segunda, e mes-mo uma terceira, investigaçãosobre o caso em causa, porque éde todo intolerável que persona-lidades com um mínimo de cre-dibilidade sejam simplesmentecolocadas como se nada tenhamdito.

Precisamente o que se voltouhá pouco a passar entre nós, nasequência das declarações daeurodeputada Ana Gomes, emtorno de uma possível cabala nocaso de Paulo Pedroso. E para

uma tomada de posição destetipo, manifestamente, é poucofeliz a explicação que Maria Jo-sé Morgado apresentou a Juditede Sousa, na sua recente entre-vista. Se acaso vivêssemos numverdadeiro Estado de Direito, aminha opinião seria a de que aeurodeputada deveria ser convi-dada a expor, de um modo por-menorizado, a sua visão do pro-blema, propondo um algoritmode trabalho em ordem a que asua perceção pudesse vir a serconfirmada ou infirmada.

No primeiro caso, prosseguir--se-ia pelos mecanismos previs-tos nos códigos em vigor, deixan-do para um eleitorado convenien-temente informado a situação re-sultante de uma infirmação daperceção de Ana Gomes.

Há, porém, um dado que tomopor certo: tirando o caso da euro-deputada Ana Gomes, que nãotenho por pessoa infimamente

tonta, ninguém da nossa classepolítica, e dos mais diversosquadrantes, se mostra a terreirodefendendo uma clarificação dasituação. Ficam-se pelo silêncio,ou escudam-se em aspetos denatureza técnico-jurídica, oumantêm-se ao nível da insinua-ção. Aparentemente, pois, nin-guém quer abordar o caso, sejalá a razão a que for...

Por fim, lembremos o histó-rico caso do designado Fundode Desenvolvimento do Ultra-mar, cujo verdadeiro nome nãoé este, sobre o qual Paulo Portas,ainda no seu tempo de ministro,se havia comprometido a tudofazer para clarificar. Só que otempo lá foi decorrendo, nuncanada tendo vindo a ser esclare-cido. Culpados? Os de sempre,ou seja, quem possui um qual-quer tipo de poder para escla-recer o caso e acaba por não ofazer.

Certo é que nunca nada seesclarece, como parece ir tertambém lugar neste caso maisuma vez ventilado (apenas) porAna Gomes.

Se Maria José Morgado tivertido a oportunidade de acom-panhar o excelente documentá-rio da SIC Notícias sobre odesastre de Lockerbie, e sobre oque tem vindo a lume acerca doque poderá realmente ter-se pas-sado, achando que nos EstadosUnidos vigora um Estado de Di-reito, facilmente compreenderáque a hipótese de uma cabalapode sempre ser tentada esclare-cer.

Mas haverá quem queira fa-zê-lo, nos termos que referi nes-te texto, agora que até já o Sindi-cato dos Magistrados do Minis-tério Público veio a lume defen-der a ideia? Muito sinceramen-te, não acredito.

____

Na sequência do artigo pu-blicado no O Jornal de Coru-che de Junho, volto hoje àquestão contando um episódioque me foi permitido assistir edo qual guardo algumas gra-tas recordações.

Viviam-se os conturbadosanos de 1977/1978 e a Institui-ção onde trabalhava era geridapor uma Comissão Política no-meada pelo Exmº. Senhor Go-vernador Civil de Santarém, En-genheiro Pena Monteiro, e con-stituída por um grupo de 9 pes-soas de Coruche representandoos principais Partidos Políticos(PCP, PS, PPD).

Era a época da reforma agrá-ria e, tal como outras também aHerdade do Monte da Barcatinha sido ocupada, passando achamar-se U.C.P. “Catarina Eu-fémia” e constituída na sua maio-

ria por antigos trabalhadores da-quela Herdade e também poralguns seareiros colocados alipelo Ministério da Agriculturaao qual pagariam as rendas.

É uma fase bastante “quen-te” oportunamente voltaremos aotema.

Começam a ouvir-se rumo-res de que o Solar existente na-quela Herdade estava a ser van-dalizado e que a Proprietária es-taria na disposição de, para opreservar, o entregar à Miseri-córdia de Coruche para nele sefazer um Lar de Terceira Idade,é assim que a Comissão Admi-nistrativa entra em contacto coma Proprietária, Senhora DonaMaria Clarisse Teixeira de Al-meida e Lereno e, através da suaAma de companhia Dona Lur-des Veiga marca uma visita a suacasa no Estoril.

Foi um momento que sem-

pre recordarei, tanto pelo queele significou de importante pa-ra a Instituição, como para as pes-soas que ali se deslocaram, dadaa forma como fomos recebidosressaltando a forma peculiarcom a Senhora Dona Clarissequis conhecer cada um dos seusvisitantes recuando gerações.

“Desse encontro ficou cele-bre a forma 'desembaraçada'como um dos visitantes se apre-sentou à referida Senhora:

– Sou o E……… A………..dos Santos industrial de cabe-leireiro natural de Montemor-o-Novo cinquenta e cinco anosde idade há trinta e cincoestabelecido em Coruche filhode…………………….. e de…..…… às suas ordens para aservir minha senhora.

Dito isto, pega na mão direi-ta da Senhora Dona Clarisse edá um sonoro beijo audível na

sala do lado, onde os restantesvisitantes aguardavam a sua vezde cumprimentar a anfitriã, oque causou um coro de risospouco recomendado para a oca-sião”.

Após várias trocas de im-pressões onde foi patente a pre-ocupação da Proprietária emsaber o que se pretendia fazer,foi acordado que o edifício seriacedido à Misericórdia, não co-mo dadiva mas como arrenda-mento para ali ser construído oLar.

É então elaborado um con-trato de arrendamento anual, re-novável por iguais períodos, emque ficou explícito que comocontrapartida a Instituição paga-ria uma renda (anual ou mensal,não recordo) de 100$00, valorque revertia para a rendeira, nacondição de com ele fazer a ma-nutenção da Capela ali existen-

te. Outra das condições exigidasseria a preservação de um quar-to, devidamente identificado,que serviria para a Proprietária euma sua ama de companhia,(Dona Leonor Oliveira) ali vive-rem, enquanto vivas fossem.

A Comissão Administrativatoma imediatamente conta doedifício e inicia contactos para asua remodelação e adaptação aofim a que fora reservado.

Em 1979, com o falecimentoda Excelentíssima Senhora Do-na Clarisse a Santa Casa entrana posse plena da Herdade doMonte da Barca e iniciam-se apartir daí novas etapas que irãoterminar na actualidade.

Como dizia no anterior ar-tigo, há actos que, pela suasimplicidade merecem o nossorespeito.

____

Hélio Bernardo Lopes

POLÍTICA

A CABALAAnalista Político

PENSAR A VIDA

Joaquim LaranjoA Solidariedade não se apregoa…PRATICA-SE.

SER SOLIDARIO II

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 30 • Outubro de 2008 29

Em 12 de Setembro de1297 foi assinado o Tratadode Alcanices, entre os sobera-nos de Portugal e Castela,que fixou a fronteira entre osdois Estados peninsularescom o reconhecimento dasoberania portuguesa sobreos territórios e povoações deRiba-Côa, Ouguela, CampoMaior e Olivença.

Os limites então estabeleci-dos mantiveram-se até hoje,assim se constituindo a mais an-tiga e estabilizada fronteira na-cional da Europa.

Todavia, em 1801, o Estadovizinho ocupou a vila portugue-sa de Olivença, situação que semantém desde então e apesar dasdeterminações e acordos inter-nacionais (designadamente oTratado de Viena de 1815) e dospróprios compromissos assumi-dos pelo Estado espanhol.

Na passagem de 711 anossobre o Tratado de Alcanices, oGrupo dos Amigos de Olivençalembra a ilegalidade em que seencontra aquela parcela de Por-tugal.

Esta associação – continuan-do o testemunho de tantos vul-tos que pugnaram pela portugal-idade de Olivença, como Ven-tura Ledesma Abrantes, cidadãooliventino, Fernando Pessoa,Hernâni Cidade, Jaime Corte-são, Queiroz Veloso, Torquato

de Sousa Soares, HumbertoDelgado, Miguel Torga, Ricar-do Rosa e Alberty – reclama-se,muito simplesmente, da posiçãojurídico-política portuguesa, con-sagrada constitucionalmente:Portugal não reconhece legitim-idade na ocupação de Olivençapor Espanha, considerando queo território é português de jure.

Sabida a delicadeza da Ques-tão de Olivença no relaciona-mento peninsular, como pontode fricção e causa de desconfi-anças e equívocos, o GAO en-tende que só a assunção abertado diferendo pela diplomaciados dois Estados peninsularespermitirá resolvê-lo com Jus-tiça.

Entretanto, as Autoridadesnacionais deverão assumir e le-var por diante uma política dedefesa e salvaguarda da Línguae da Cultura portuguesas emOlivença, contra a qual, decerto,não serão levantadas obstruçõespelo Estado espanhol.

O Grupo dos Amigos de Oli-vença, exorta os portugueses,detentores da Soberania Na-cional, a exigirem e sustentaremo reencontro com Olivença, re-pudiando dois séculos de sepa-ração e alheamento e dandosatisfação à História, à Cultura,ao Direito e à Moral.

____GAO (Grupo de Amigos de

Olivença)

771111 AAnnoossddoo TTrraattaaddooddee AAllccaanniicceess

2100-169 Coruche

OO ll ii vv ee nn çç aa

As mono-aventuras do E. Leitery Capítulo II

“O travesti secreto”Este seria um dia igual a tan-

tos outros, se não se tratasse demais um dia na vida de E.Leiterry ou Leiterrini em italia-no. Acordou motivado com umsó pensamento.

Hoje resolverei mais um caso.Para haver caso são neces-

sários intervenientes, pelo queDona Eurélia jamais suspeitariaque nessa manhã a sua hermo-froditidade seria descoberta pe-lo engenhoso e artimanhosoEngenherenson Leiterry. Semdinheiro no bolso para o peque-no-almoco, dirigiu-se, educado,ao primeiro transeunte que en-contrara.

Bom dia shôr doutor Fer-reira, como tem passado? E afamília? Bem obrigado, oh shôdoutor ainda bem que o encon-tro porque o meu cartão de cré-dito foi comido pela máquina e

gostava que me desenrascasseuma nota de 50 euros enquantoeu resolvo esta chatice.

Dinheiro no bolso, mais umadívida para a caderneta. E. Lei-terry, acumulara até aos anos 90mais de 50 000 contos em dívi-das numa média de 332 cartõesde crédito comidos pelas má-quinas. Estas máquinas papamtudo, dizia irritado. FelizmenteE. Leiterry é um homem sério epagará certamente enquanto odiabo esfrega um olho (Porra!Que o diabo sofre de conjunti-vite). Caminhava livre quandose depara com Dona Eurélia noregamento diário das plantas. Desúbito, a dúvida.

Que enchumaço é aquele nassaias de Dona Eurélia? Maisparece um senhor Eurélio, comaquela pretuberância nas par-tes moles… previra desconfia-

do. Tenho de descobrir.Dona Eurélia, nos seus 78

anos de honra costumeira saiupara ir ao pão. Malandro, E.Leiterry cruzou-se na esquina eà sorrapa… ZÁS! CATRAPÁS!Simula um encontrão e apalpaDona Eurélia. Mistério desven-dado, Dona Eurélia tem umpénis, e… Jesus! se ele é gran-de! Em meia hora metade dapopulação sabia da boa nova.Mais um mistério resolvido pelogrande detective E. Leiterry.Soube-se, entretanto, por portase travessas, que Dona Euréliaestá internada. Rebentou-se-lhea Hérnia que a apoquentava hámais de trinta anos. Pretuberân-cias...

____Amadeu Dourado

Apicultor

CRÓNICAS QUASE POLICIAIS

O Governo Civil de Santa-rém organizou, em parceriacom a PSP, uma acção de sen-sibilização e de fiscalização so-bre as questões de segurançarodoviária.

No centro de Santarém, fo-ram entregues desdobráveiscom informação útil para oscondutores e detectadas algu-mas infracções.

A iniciativa marcou o come-ço de uma campanha a realizaraté ao final do ano, anunciou oGovernador Civil, para quem,“apesar de termos melhorado onúmero de mortos, ainda háquem morra na estrada e assu-ma comportamentos de risco”.

Paulo Fonseca adiantou queserá realizado um roadshow portodos os 21 municípios, que sedestinará principalmente aosfuturos condutores. É preciso“transmitir o novo conceito decidadania”, defendeu.

A campanha inclui ainda ac-ções de formação para fun-cionários das Câmaras Munici-

pais sobre a colocação correctada sinalética nas estradas e noslocais em obras. Na acção reali-zada na passada terça-feira, o Go-vernador Civil contactou com oscondutores, entregando-lhes umdesdobrável, em forma do sinalSTOP, com indicação para as 15contra-ordenações graves e as16 muito graves, para além dosprocedimentos recomendáveissobre a verificação da segurançada viatura antes de uma viagem.

A operação contou com aparticipação de nove elementospoliciais e foram fiscalizadas 78viaturas.

Foi efectuada uma detençãopor falta de carta de condução epor registo de 2,23 g/l de álcoolno sangue e detectadas duas in-fracções por ausência de segu-ro, duas por falta de inspecção,outras tantas por falta de cinto,17 infracções várias e aindaapreendidos dois veículos.

NOTÍCIAS DO DISTRITO

Governo Civil e PSPrealizam acção desensibilização e fiscalização

SANTARÉM

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Pelo meio de atalhos ou pelacalçadinha, passando por ro-tundas e passeios, chegamos àEscola Secundária de Coruche,ou como é mais vulgarmenteconhecida, ao liceu.

E antes de podermos subir arampa, salta-nos à vista umadiferença. A portaria funcionaagora como uma primeira triagempara que visitantes possam entrar.Depois de então preenchido oimpresso com o nome, hora deentrada, assunto e local aonde nosdirigimos, lá podemos seguirviagem num passado que já não éo nosso. “Antigamente não haviaesse controlo” – recorda José An-

tónio Martins, antigo aluno da Es-cola Secundária – que defendeque “os jovens devem ter liber-dade para poderem fazer esco-lhas”.

Mas agora todos os alunos sãoobrigados a passar o cartão deestudante electrónico nos senso-res existentes, de forma a indicara entrada e saída no recinto esco-lar. Para além disso, o cartãoidentifica os estudantes e permitetambém pagar todos os bens eserviços adquiridos na escola. Ovelho cartão de papel que rara-mente acabava o ano intacto foisubstituído no último período doano passado. As vantagens sãomuitas, mas existe um pequenosenão, como refere Sara Júlio do10º ano, “se falta a luz e o sistemavai abaixo, temos que estar muitotempo sem comer, o que já acon-teceu durante uma manhã in-teira”. Durante a tarde tudo pa-rece igual. Mas passam algunsminutos das quatro – hora deintervalo – e são poucos os alunos

que estão no pátio. Comparandocom os tempos antigos, ninguémdiria que a campainha acabou detocar para sair. Não há alunosamontoados à porta dos blocos,não se ouve o constante burburin-ho provocado pelas vozes aindapor definir dos jovens. Vejo ape-nas três ou quatro alunos disper-sos enquanto caminho na direc-ção da Papelaria onde se situa aporta de entrada para o bloco. Aí,está um quiosque. Um ecrã, ondeatravés do cartão electrónico,cada aluno encomenda as refei-ções da cantina.

O mesmo cartão pode ser car-regado com um montante mínimode um euro e todos os artigos dapapelaria (onde se efectuam oscarregamentos), da reprografia edo bar são descontados no saldo.Seguindo até ao bar as cores sãooutras.

Mais vivas. Os tons de azul,laranja e verde alface animam oespaço praticamente vazio. Masdo outro lado do balcão quasetudo permanece igual. MarianaNeves é funcionária do bar “hátanto tempo que já perdeu aconta”. “Trinta e tal anos…” – diza medo.

Está aqui há tempo suficientepara ter acompanhado várias ger-ações, hábitos, costumes, trans-formações. Num espaço de tra-balho que entretanto foi am-pliado, Mariana considera queuma das grandes mudanças temque ver com a alimentação dosalunos. As batatas fritas de pa-

cote, a Coca-Cola, chocolates edonuts já não estão do outro ladoda vitrina. O espaço vazio é ocu-pado pelos iogurtes, fruta, sumosnaturais e outros alimentos igual-mente saudáveis. Mas a fatia debolo de chocolate, que se vendeuma a duas vezes por semana, opão com chouriço e os croissantscontinuam a matar a fome dosmais novos que até concordamcom esta mudança. “Há quemnão goste, mas assim é melhorpara evitar futuros problemas desaúde como a obesidade”, dizAlexandre Martins, 10º ano. OMiguel Nuno, do 11º ano, adiantaque se “a escola dá formação aosalunos, essa deve passar tambémpela aprendizagem de bonshábitos alimentares”. O mesmo,defendem os eurodeputados, quequerem proibir na totalidade avenda de alimentos e bebidascom elevado teor de gordura, salou açúcar. A União Europeia fezrecentemente um apelo às auto-ridades escolares para que con-trolem e melhorem a qualidade eas normas nutricionais das refei-ções nas escolas e nos infantários.Cuidados que já estão a ser postosem prática pela Escola Secun-dária de Coruche e que, de acordocom Mariana Neves, “têm feito adiferença” porque nota que “osalunos já começam a ter maiscuidado com o que comem”. Noentanto, José António Martins,defende que a solução não passapela proibição da venda dessetipo de alimentos porque “se nãocompram na escola, acabam porcomer em casa ou noutro ladoqualquer”. O mesmo refere Fre-derico Condeço, 36 anos.

Para o antigo aluno, este é umassunto preocupante, (prevê-seque nos próximos dois anos, pelomenos mais 1.3 milhões de cri-anças serão obesas ou terão pesoa mais), – mas defende que asolução deve passar pela activi-dade escolar. “Os jovens de hojeocupam o tempo com a televisão,jogos de computador, filmes,telemóveis… Antigamente, nointervalo de dez minutos íamosjogar futebol, fazíamos torneio dematraquilhos e pingue-pongue,

Num liceude muitos tempos Laura Macedo

Jornalista

Grande Reportagem

> continua na página 32

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 30 • Outubro de 2008 31

•••• AArrtteessaannaattoo eemm CCoorruucchheePaulo Fatela

ARTE & CULTURA

Joaquina Mendanha fala de si

Comecei muito jovem no ofício daCostura, tendo vindo a ser profissão deuma vida.

Foi num passado relativamente re-cente que decidi frequentar um Curso deFormação para Formadores (IEFP), naárea de confecção de Trajes Regionais eBordados (outra paixão)

Dei vários cursos (CRIC, Caritas, …)e participei num projecto do MuseuMunicipal de Coruche, paralelamente de-senvolvi outras peças como por exemploos lenços dos namorados.

Para mim, não é só importante fazer,mas perceber as tradições e executar nosentido de preservar essas tradições.

Nunca foi intenção comercializar aspeças, mas sim mostra-las tanto quantopossível de forma a despertar curiosida-de/vontade, eventualmente nos jovens enos menos atentos à nossa cultura po-pular, daí participar em exposições locaise em Feiras de âmbito nacional.

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 30 • Outubro de 200832

Jornal de Coruche (JC) –O que é o RVCC?

José Gonilha (JG) – É umprocesso de que permite Reco-nhecer, Validar e Certificar asCompetências (daí a sigla RVCC)adquiridas pelos adultos ao lon-go da vida, com vista à obtençãode uma certificação escolar denível básico (4.º, 6.º ou 9.º anode escolaridade) ou de nívelsecundário (12.º ano de escola-ridade).

JC – Como se desenvolveesse processo?

JG – O processo é desen-volvido ao longo de um conjun-to de sessões durante as quais oscandidatos são apoiados, por té-cnicos e formadores, na identifi-cação e reconhecimento das res-pectivas competências escola-res, na recolha de evidênciasque as comprovem ou na res-pectiva demonstração.

JC – A quem se destina? JG – Os Centros de Novas

Oportunidades destinam-se atodos os cidadãos maiores de 18anos que não frequentaram ounão concluíram um nível de en-sino básico ou secundário.

JC – Onde é que os interes-sados se devem dirigir parareconhecer, validar as habili-tações que possui para se can-didatar?

JG – Os adultos interessadosem obter uma qualificaçãodevem inscrever-se no CNO daEscola Secundária de Corucheque, como o nome indica, sesitua na Escola Secundária deCoruche.

JC – Como podem os inte-ressados dar início ao proces-so de RVCC?

JG – Após a inscrição, osadultos serão contactados pelaequipa técnico-pedagógica parainiciarem o processo de diag-nóstico.

Este processo de diagnósticopermite ao Técnico a definiçãodo perfil de entrada de cadaadulto, de forma a encaminhá-lopara um processo de RVCC oupara uma oferta formativa maisadequada.

JC – Quais as saídas pro-fissionais que o CNO garante?

JG – O Centro Novas Opor-tunidades não garante saídasprofissionais aos adultos. Pode,no entanto, indicar-lhes uma viaprofissional. Todavia, ao dar-lhesoportunidade de obterem umaCertificação, mune-os de uma“ferramenta” fortíssima no mer-cado de trabalho.

JC – É em horário pós-la-boral?

JG – Relativamente ao horá-rio da formação e/ou sessões dereconhecimento, este decorreessencialmente em horário pós-laboral, uma vez que a maioriados adultos só tem disponibili-dade nesse horário. Mas não éobrigatório que seja nesse horá-rio.

Como o processo RVCC éum processo individualizado,procuram-se sempre agendar assessões para uma hora e dataque respondam às necessidadese interesses dos adultos e às ca-pacidades de resposta do CNO.Pode assim iniciar-se o processoRVCC em qualquer altura doano, com um horário adaptado ea ser acordado entre o adulto e oCentro Novas Oportunidades.

JC – Quem termina o 12.ºano pelo CNO fica com asmesmas habilitações que umaluno que andou doze anos aestudar?

JG – Essa é uma questãomuito importante e que deve serclarificada.

O processo RVCC não é umprocesso de escolarização. Istoé, os adultos não vão à escola pa-ra terem aulas, no sentido maiscomum do termo. Daí poderemser flexibilizados os horários eadaptados os ritmos de trabalho.

Quem percorre um percursoRVCC vai ver serem reconheci-das e validadas as competênciasque adquiriu ao longo da suavida e também outras que certa-mente irá adquirir com a ajudada equipa que o acompanhará.

Consoante os casos, podeobter um certificado de 1º, 2º ou3º ciclo e, neste último caso, um

diploma do ensino básico, ouum diploma de ensino secun-dário, se for esse o nível de con-clusão.

O processo de RVCC nãotem um programa como um per-curso escolarizado. É desenvol-vido com base num referencialde competências-chave de edu-cação e formação de adultos, denível básico ou de nível secun-dário.

Tem o acompanhamento per-manente de uma equipa técnico-pedagógica constituída por pro-fissionais de RVC e formadoresdas áreas de competências-cha-ve, no sentido de o ajudar a de-monstrar as suas competências.A validação das competências éformalizada numa sessão de jú-ri, conduzindo à emissão de umcertificado e/ou diploma.

Respondendo finalmente àsua pergunta, quem termina o12º ano pelo CNO tem as mes-mas habilitações que outra pes-soa que frequentou o ensino re-gular e que são válidas para to-dos os efeitos legais. A diferen-ça mais significativa é que a cer-tificação alcançada não é tradu-zida numa classificação.

JC – Pode-se concorrer aoensino superior com o 12º anofeito através do CNO?

JG – Como disse, quem ter-mina o processo RVCC tem asmesmas habilitações que qual-quer outro que tenha feito umpercurso diferente.

Um adulto que concluiu o 12ºano pelo CNO poderá concorrerao ensino superior, através deduas vias distintas: uma especí-fica de cada universidade paraadultos com idade superior a 23anos e uma outra através dosexames de acesso ao ensino su-perior. Nesta situação com re-curso a exames e uma vez que aconclusão do secundário não éacompanhada de uma classifi-cação final, a nota de candidaturaà universidade é calculada ape-nas com base na nota obtida nosexames.

____José António Martins

jogávamos à bota e ao lá-vai--alho… éramos mais enérgicos”.Agora os estudantes passam maistempo entre quatro paredes.

Na biblioteca dispõem de umapequena videoteca e de um espa-ço de informática com algunscomputadores ligados à Internet.Maria da Conceição António tra-balha aqui há uns bons anos e temacompanhado a evolução do es-paço que deixou para trás o arescuro e invernal de outros tem-pos para ganhar novas cores fres-cas e juvenis. O chão, com riscasde tons ácidos, prolonga-se pormais duas salas que foram acres-centadas à biblioteca. As estantesde madeira sóbria e escura quepreenchiam as paredes da sala sãoagora de um castanho caramelo,pequenas mas em maior número,distribuídas harmoniosamente.Na entrada, há ainda espaço paraa leitura diária dos jornais e revis-tas.A biblioteca está mais atractivapara os alunos que, como diz Mªda Conceição, “estão mais liga-dos à parte tecnológica. Antes dea Internet aparecer consultavam-se mais livros e enciclopédias”.

Da biblioteca Frederico nãotem grandes lembranças. “Pas-sava lá só para cumprimentar a D.Conceição”, porque “criavam-selaços entre os alunos e os fun-cionários”. “Agora” – diz – “osjovens já não ligam a certascoisas que nós ligávamos. Hácontínuos que não esquecemos eque cumprimentamos ao longo davida.” Mariana Neves refere queessa é a principal diferença no

comportamento dos jovens, pois“agora há menos interacção e asrelações são mais frias”. Os alunosde hoje não sabem o nome dos

funcionários, não fazem tantobarulho, não ocupam o tempocom as mesmas coisas e tambémnão fumam. Pelo menos, dentroda escola. O fumo foi proibido,mesmo nos espaços ao ar livre.Algo que não levanta muita po-lémica: a maioria concorda. Ri-cardo Marques, aluno do 12º ano,acredita que essa proibição temtido influência no número de jo-vens fumadores. “Os mais novosnão vêem os mais velhos a fumare como na adolescência há umatendência para a imitação decomportamentos, os novos hábi-

tos acabam por ser copiados.” Oshábitos dos alunos foram os quemais mudaram, uns para melhor,outros para pior. Gerações deadolescentes que entram e saempor este portão. Entrego o impres-so assinado com a devida hora desaída e deixo para trás um liceude agora, mas com as mesmascaras que tão bem conhecem osfuturos homens e mulheres deamanhã.

Entrevista ao professor José Manuel Gonilha

O Centro Novas Oportunidades (CNO) constitui a “porta de entrada” para novasqualificações, quer no âmbito de processos RVCC de nível básico, secundário e

profissional, quer no âmbito de outras modalidades de formação. A Missão dos CNO'sé assegurar que todos os adultos tenham a oportunidade de obter qualificação

e certificação, de nível básico ou secundário, adequado ao seu perfil e necessidades.

O Jornal de Coruche foi conversar com o professor José Manuel Gonilha,que nos elucidou sobre o que é o CNO e as suas vantagens.

> continuação da página 30

NNuumm lliicceeuu ddee mmuuiittooss tteemmppooss

Grande Reportagem

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 30 • Outubro de 2008 33

Quando adquirirmos um equipamentoeléctrico e electrónico, devemos ter ematenção a etiqueta energética que informasobre a eficiência energética dos equipa-mentos. Embora os aparelhos mais efi-cientes tenham, na generalidade, um custosuperior, os encargos decorrentes da suautilização ao longo do tempo são consider-avelmente menores em comparação comos aparelhos similares com menores efi-ciências energéticas. Além disso benefici-am de um tempo de vida mais longo.Significa isto que, a médio prazo, o sobre-custo desses aparelhos é compensado pelomenor valor na factura energética, acabandopor ser a melhor opção económica e ambi-ental.

Para esclarecer o consumidor a cercado consumo, rendimento, capacidade eruído de alguns equipamentos eléctricos eelectrónicos, a União Europeia adoptou umsistema de informação – a EtiquetaEnergética. A sua afixação é obrigatória emequipamentos como o frigorifico, apare-lhos de ar condicionado, lâmpadas, fornoseléctricos, máquinas de lavar loiça, má-quinas de lavar roupa e secar.

Na etiqueta, as diferentes classes ener-géticas estão assinaladas por letras, de A aG, por ordem decrescente de eficiência.Para a mesma capacidade e característicasum aparelho classificado como A é o maiseficiente e económico do consumo de elec-

tricidade, enquanto o G é o pior. Por nor-ma, entre duas letras consecutivas existe,em termos de eficiência energética, umadiferença entre 10% a 15%. No caso, dasetiquetas dos aparelhos de frio, existemduas classes suplementares, A++ e A+,para os equipamentos com níveis de efi-ciência superiores a A.

Ao adquirir o seu electrodoméstico cer-tifique-se que o equipamento possui a eti-queta energética, ou que esta é fornecidapelo vendedor. Caso o equipamento nãopossua a etiqueta, pode informar a Auto-ridade de Segurança Alimentar e Econó-mica ou à Delegação Regional do Minis-tério da Economia da zona onde mora.Lembre-se que a consciência ecológicadeve ser tida em conta no momento dacompra e durante a utilização dos equipa-mentos, através da sua utilização racional.Exemplo disso é a utilização das máquinasde lavar com cargas máximas ou manter aporta do frigorífico fechada sempre queeste não seja necessário. Cabe a cada umde nós gerir os consumos de energia nasnossas casas e poupar energia, economi-zando assim algum dinheiro ao fim do mês,ao mesmo tempo que ajuda a melhorar oambiente.

Mudar é fácil, não custa nada e oAmbiente Agradece!

* Jurista na DECODelegação Regional de Santarém

Poupança de Energia Eléctrica– ETIQUETA ENERGÉTICA – Marta Costa Almeida *

DIREITOS DO CONSUMIDOR

LIVRO

Editado pela Oficina do Livro, este livro con-ta a história de um dos maiores portugueses desempre.

Monárquico convicto e conservador, Mouzinhode Albuquerque era culto e exigente consigo pró-prio. Oficial de cavalaria, foi secretário-geral do go-verno do Estado da Índia, governador do distrito deLourenço Marques e, mais tarde, de Moçambique.

O êxito militar da captura do Gungunhana e a for-ma apoteótica como foi recebido na metrópole e nasprincipais cortes europeias fizeram de Mouzinho deAlbuquerque um dos grandes políticos do seu tempo.

Como consequência desse prestígio é nomeadoAjudante de Campo do Rei e responsável pela edu-cação de D. Luís Filipe de Bragança, mas não resis-te ao clima de intriga e de indecisão generalizadoque se vivia em Portugal no início do século XX eretira-se da cena política.

O seu desaparecimento continua envolto nummistério que dificilmente se desvendará, mas o no-me de Mouzinho de Albuquerque permanecerá co-mo um protagonista maior da História de Portugal.

“A obra de Mouzinho faz dele um dos grandes por-tugueses da nossa História. O seu prestígio é imen-so, não só entre os militares, mas transversalmentea toda a sociedade, militar e civil, desde os seuscontemporâneos até hoje.”

“… herói máximo dos tempos modernos.”Marechal Carmona

“Um dos portugueses mais representativos donosso génio de povo com uma missão no mundo.”

Vitorino Nemésio

“Símbolo de dedicação e coragem cívica.”Hintze Ribeiro

O AutorAntónio Mascarenhas Gaivão nasceu em Montalvão, con-

celho de Nisa, Alto Alentejo, em 10 de Junho de 1974. Depois defazer a escolaridade primária e parte da secundária em Coimbra,licenciou-se em Economia na Universidade Católica Portuguesa.Durante quase uma década trabalhou na banca e na indústria,tendo desenvolvido a sua actividade profissional em Portugal,Espanha, Alemanha, Croácia, Hungria, França e República Po-pular da China.

Colaborou com diversas publicações, como o “Communitas”,o jornal do Colégio Universitário Pio XII, e as revistas “Diálogo eEstudos – Revista do Centro Académico de Democracia Cristã”.

Em 2007 ingressou na carreira diplomática, como adido deembaixada. Actualmente, está colocado nos serviços internos doMinistério dos Negócios Estrangeiros, em Lisboa.

“Mouzinho de Albuquerque” é a sua primeira obra.

Mouzinho de Albuquerque– de António Mascarenhas Gaivão

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O presidente do Timor-Leste e Prémio Nobelda Paz, José Ramos Horta, afirmou que as NaçõesUnidas precisam promover a reforma do Conse-lho de Segurança..

Segundo ele, o Brasil deve fazer parte da ex-pansão do conselho numa tentativa de reflectir ageopolítica actual.

Ramos Horta fez a afirmação durante uma en-trevista exclusiva à Rádio ONU, após seu discur-so na Assembleia Geral, em Nova York, na quin-ta-feira, dia 25 de Setembro:

“É inevitável que haja reforma no Conselho deSegurança, é inevitável que haja expansão noConselho de Segurança e é inevitável que o Brasilseja membro permanente do Conselho de Segu-rança. O Brasil tem 200 milhões de habitantes; éo maior país em todos os sentidos da América

Latina e é o país que mais contribuiu ao longo dedécadas para missões de paz da ONU. É o país,sobretudo nos últimos anos, quando há tensões naAmérica Latina, tem sido o presidente Lula, oBrasil, a acalmar, a serenar os ânimos. E o com-prometimento do Brasil enquanto país, enquantoseus governantes tem sido estadistas em quem sepode confiar para ser membro permanente doConselho de Segurança”, disse.

Ainda na Assembléia Geral da ONU, na sema-na passada, um outro país lusófono, Portugal,defendeu a reforma do Conselho com assentospermanentes para Brasil, Índia e um país africano.

Em meados deste mês, os países-membros dasNações Unidas aprovaram um cronograma para oinício das negociações sobre a expansão do con-selho até Fevereiro de 2009. A resolução foi vota-da no fechamento da última sessão da AssembleiaGeral na sede da organização.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

É o regresso da mítica bandaàs músicas originais (mais deuma década depois), acompanha-da por Paul Rodgers (uma uniãoque tem resultado muito bem)mas sem nunca esquecer FreddieMercury. Este álbum contém umaedição especial com DVD, ondenão faltam alguns clássicos dosQueen, como Radio Ga Ga, WeWill Rock You e We Are TheChampions. Um CD obriga-tório!!!

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 30 • Outubro de 200834

• SUGESTÕES DE LEITURA de Mário Gonçalves

• Os Problemas do MilénioSão no total sete os problemas não resolvidos que definem a matemática contem-porânea. "Os Problemas do Milénio", de Heith Devlin, é um livro muito interessantepara todos os amantes da matemática, da física e da engenharia. Ao longo de quasetrês centenas de páginas, encontramos, muito bem descritos, neste livro publicadoem Portugal pela Gradiva, os sete quebra-cabeças que persistem em levar os sábiosdos números à loucura. Só para se ter uma ideia do grau de dificuldade destes enig-mas, há alguns anos atrás, a Fundação Clay de Cambridge (Massachusetts) desafiouo mundo a participar num concurso com intuito de resolver estes problemas. Quemdescobrisse um dos sete enigmas, receberia um milhão de dólares. Vale a pena ler.Fica aqui o meu desafio pessoal a Olga Franco, a melhor professora de Matemáticaque conheci até hoje.

• Erótica do VinhoO professor e jornalista francês, Jean-Luc Hennig, escreveu o livro intitulado"Erótica do Vinho". Não é mais um livro a falar sobre a vinha e o vinho como exis-tem aos milhares por este mundo vinícola fora. É uma obra que retrata aspectos rara-mente vistos na literatura vitivinícola mundial. Através da editora Campo das Letras,o autor (que não é certamente abstémio) explica-nos, por exemplo, o trajecto dovinho pelo corpo humano, a embriaguez do leite, o banho de vinho, a espuma ou amaneira como alguns se servem da garrafa como se de uma mulher se tratasse. Nestaobra, é revelada a natureza libertina do vinho que agita os "espíritos animais" e trans-forma, por vezes, o bebedor em puro objecto ébrio, elanguescido e louco.

• Os Estudantes e o Álcool"Os Estudantes e o Álcool" é uma interessante obra que retrata importantes por-menores sobre o consumo de álcool por parte dos adolescentes. Através de um megaestudo de investigação, Jacqueline Freyssinet-Dominjon e Anna-Catherine Wagner,duas professoras da Sorbonne, conceituada universidade parisiense, falam de deter-minadas matérias verdadeiramente preocupantes sobre os exageradíssimos con-sumos de álcool por parte dos estudantes. A obra, publicada pela Quarteto Editora,aborda diferentes assuntos que vão desde os ritmos de saídas ao beber colectivo, pas-sando pela embriaguez e pelos determinantes sociais das formas de beber.

• As Boas Receitas de Saúde das Nossas AvósSabia que a inalação de vinagre de cidra quente alivia as dores de cabeça e as con-stipações? E que se esfregar os dentes com sal marinho tonifica as gengivas e limpaperfeitamente os dentes? Sabine Jeannin reuniu, num só livro, as mais espectacularesreceitas caseiras do tempo da avozinha. São centenas de truques utilizados pelos nos-sos antepassados, isto numa altura em que a ida à farmácia era pouco frequente. "AsBoas Receitas de Saúde das Nossas Avós", publicado pela Europa-América, é umautêntico "armário de medicamentos". Um livro que todos deveriam ter em casa,pois nunca saberemos quando teremos de recorrer a ele no nosso dia-a-dia. Sabecomo se pode tirar uma espinha espetada na garganta? Parar uma hemorragia nasal?Combater o enjoo nos transportes?

A não perder . . .

Telma Leal Caixeirinho

SUGESTÕES

LIVRO

CD+DVD

A Força dos Afectos de Torey Hayden

The Cosmos Rock(CD+DVD) de QUEEN com PAUL RODGERS

O novo livro de Torey Haydenfala de como os afectos podem sal-var e transformar a vida das pessoas,neste caso, a mãe de uma das cri-anças com a qual trabalha. Recordoque a autora já escreveu outras obrasacerca da infância, de crianças espe-ciais, com traumas difíceis de supe-rar, tais como “A Criança que nãoQueria Falar”, “A Menina que Nun-ca Chorava”, "Filhos do Abandono”ou "Os Filhos do Afecto”. Um livropara quem ainda acredita que é pos-sível consertar o mundo, nem queseja apenas o mundo de alguém!

Horta quer Brasil noConselho de Segurança

cortesia: http//radio.un.org/por

www.un.org/av/radio/portuguese/partnerships.html

Os Pink Floyd continuam a fazer parte das nossas vidas, alguns dosseus êxitos são inesquecíveis e obrigatórios em qualquer espectáculodos seus antigos membros. Este CD, gravado ao vivo na Polónia, contacom a participação de alguns elementos da antiga banda de Gilmourcomo Richard Wright (falecido em Setembro passado), entre outros.

Neste álbum poderá escutar canções dos seus álbuns a solo e, claroestá, relembrar algumas músicas da época dos Pink Floyd. Outroálbum indispensável!!!

David Gilmour: Live In Gdanskde David Gilmour

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 30 • Outubro de 2008 35

Foi com agrado que recebemos algunscomentários construtivos dos leitores donosso jornal relacionados com esta ini-ciativa de escrever neste espaço sobreeste jogo fantástico que na minha opiniãoé de facto o jogo mais impressionante detoda a humanidade, o qual devia ser umadisciplina obrigatória no ensino básico.

Um leitor, e pelos vistos fã de BobbyFischer, perguntava-me para quando nes-te espaço a breve biografia desse géniosolitário que desafiou a formidável esco-la soviética de xadrez, e para deleite doocidente, venceu! Bem, pelos vistos va-mos ter que esperar até Julho de 2009pois Fischer foi o 11.º Campeão do Mundo.

Hoje, para além de uma breve biogra-fia sobre Lasker (segundo Campeão doMundo), vamos iniciar algo inédito nahistória do jornalismo em Portugal poisvamos ensinar (tentar) via jornal a moda-lidade do xadrez aos mais jovens leitores.

Sendo assim, vamos apresentar algu-mas considerações gerais e apresentar omovimento do Rei. Cada jogador dispõede 16 peças: 1 Rei, 1 Dama, 2 Torres, 2Bispos, 2 Cavalos e 8 peões que têm mo-vimentos próprios num tabuleiro de 64casas, curiosamente a idade com que fa-leceu Fischer.

O objectivo do jogo consiste em darxeque-mate (a explicar) ao Rei adversá-rio. Inicia o jogador que joga com as pe-ças brancas. Joga um jogador de cadavez, apenas um lance e peça tocada é pe-ça jogada. Em todas as capturas (normal-mente facultativas), a peça que capturapassa a ocupar a casa da peça capturada(com excepção para a captura de peão napassagem). O movimento das peças élimitado pela colocação das outras. Só ocavalo pode saltar por cima de uma casaocupada.

O jogador não pode colocar o seu reiem xeque (i.e. sobre o ataque de umapeça do adversário). Mas o Rei podeameaçar e capturar peças se isso não ocolocar sobre xeque. A posição inicial dojogo é a seguinte:

Na posição inicial a casa branca (h1 ea8) à direita de cada jogador. Na dis-posição das peças reforçar que Damabranca em casa branca, Dama preta emcasa preta e Reis em casa de cor oposta.O Rei joga para todos os lados (i.e. linha,coluna e diagonal), mas só um casa decada vez, ver exemplo:

O Rei não tem valor de troca pois é osímbolo máximo que nunca se pode cap-turar. Deve estar sempre protegido por-que quem lhe dá xeque-mate vence a par-tida. Xeque-mate quer dizer o seguinte: oRei está em xeque e não se pode protegerdo mesmo (i.e. via capturar a peça queestá a dar xeque, jogar para outra casalivre de xeque, ou interpor peça entre oRei e a peça que está a dar xeque). Napróxima edição do jornal vamos apresen-tar a Dama aos nossos leitores e suas ca-racterísticas específicas.

De seguida, um desafio para os lei-tores que já entendem um pouco mais dexadrez, no seguinte diagrama as brancasjogam e ganham em 2 lances, não percaa solução na próxima edição no nossojornal:

Finalmente, vamos continuar com abreve biografia sobre os campeões domundo.O segundo foi o alemão Ema-nuel Lasker (campeão mundial entre1894-1921).

Nasceu em Berlim a 24 de Dezembrode 1868. Aos 12 anos apresentava umahabilidade rara para a matemática, e foipara uma escola em Berlim, sob os cui-dados do seu irmão mais velho o qual lheensinou a jogar xadrez.

O gosto intenso de Lasker pelo xa-drez levou os seus pais a transferi-lo deescola, para o afastarem da influênciaxadrezista do irmão. Contudo, o directordessa escola o seu professor de matemá-tica era o presidente e campeão do grupode xadrez local.

Doutorado em Matemática e Filoso-fia, foi o primeiro jogador na época a terem conta os factores psicológicos rela-cionados com uma partida de xadrez. Foium excelente apreciador da táctica e daestratégia, e ao mesmo tempo percebeuque a arte de identificar e explorar as fra-quezas de uma posição no tabuleiro erammais importantes que a habilidade defazer os lances correctos.

Um profundo conhecedor da psicolo-gia humana e uma grande compreensãodo valor relativo da estratégia no xadrezajudaram-no a vencer quase todos os tor-neios em que participou e a manter o seutítulo de campeão mundial durante 27anos. Ainda hoje um recorde na modali-dade e pouco provável que venha a serultrapassado.

Lasker foi, talvez, o primeiro dos gran-des mestres a compreender a importânciada preparação específica com vista a par-ticipação num torneio. Lasker, preparavao seu estilo de jogo de modo a criar umasituação no tabuleiro na qual o adversáriose sentisse inseguro. Devido à sua prepa-ração prévia, ele conhecia os seus adver-sários na perfeição: suas virtudes e suasfraquezas.

De seguida uma partida entre Laskere Steinitz para o campeonato do mundoem 1894, no Canadá.

E. Lasker – W. Steinitz

Campeonato do Mundo, Canadá, 1894.Ruy Lopez

1.e4 e5 2.Cf3 Cf6 3.Bb5 d6 4.d4 Bd75.Cc3Cge7 (a defesa clássica de Steinitz) 6.Be3(noutra partida Lasker jogou 6.Bc4) 6….Cg67.Dd2 Be7 8.0-0-0 (se 8.0-0 0-0 9.Tad1 Bg4)8…a6 9.Be2 exd4! (contra 9…0-0?! 10.dxe5!)10.Cxd4 Cxd4 11.Dxd4 Bf6 12.Dd2 Bc6 13.Cd50-0 14.g4?! Te8 15.g5 Bxd5 16.Dxd5 Te517.Dd2 Bxg5! 18.f4! Txe4! 19.fxg5 De720.Tdf1? Txe3 21.Bc4 Ch8!? 22.h4 c6 23.g6!d5?! 24.gxh7+ Rxh7 25.Bd3+ Rg8 26.h5 Te827.h6 g6 28.h7+ Rg7 29.Rb1! De5! 30.a3 c5(melhor seria 30….Te6) 31.Df2 c4 32.Dh4 f6(totalmente seguro seria 32….Rf8!)

33.Bf5 Rf7 34.Thg1! gxf5 (erro decisivo)35.Dh5+ Re7 36.Tg8 Rd6? 37.Txf5 De638.Txe6 Dxe8 39.Txe8 Dxe8 39.Txf6+ Rc540.Dh6 Te7 41.Dh2?! (bonito, mas não preciso)41…Dd7?! 42.Dg1+ d4 (única para parar omate) 43.Dg5+ Dd5 44.Tf5 Dxf5 45.Dxf5+ Rd646.Df6 e as pretas abandonam (1-0)

Um jogo com história

Xadrez por: Fernando Carapau

Matemático da Univ. de Évora

Sai a público em Coruche, Coimbra, Lisboa e Porto uma obra singular no pano-rama nacional sob o título “História da Fundição Sineira em Portugal”, da autoriade Luís Sebastian.

A Câmara Municipal de Coruche, através do seu Museu Municipal, deu corpoa uma publicação decorrente de um feliz acaso, proporcionado por uma escavaçãode emergência no decurso de uma obra particular, que trouxe à luz do dia uma daspeças arqueológicas mais significativas no acervo patrimonial do Concelho deCoruche: o sino medieval da Igreja de São Pedro. Impulsionada pelo singular acha-do arqueológico deste sino, de 1287, o mais antigo conhecido para o territórionacional e mundialmente único no seu contexto de abandono, a edição desta obrapelo Museu Municipal de Coruche integra um esforço alargado de divulgação destaimportante descoberta. Não se resumindo a este achado, o estudo da fundiçãosineira em Portugal tem assim, pela primeira vez, uma obra que lhe é totalmentededicada. Contando com a contribuição de investigadores de distintas áreas cientí-ficas, é o produto de seis anos de investigação, reunindo numa só obra a perspectivahistórica, etnográfica e arqueológica de um mesmo tema.

Não descurando os costumes e tradições em torno do sino, tão enraizados nacultura popular portuguesa, junta ao seu carácter inédito a disponibilização, pelaprimeira vez em Portugal, do registo sonoro do toque sineiro manual, cuja tradiçãoe memória se encontra em rápida extinção pela crescente automatização dos cam-panários portugueses.

O inesperado valor estético encontrado nos campanários e últimas fundiçõessineiras em laboração em Portugal encontra-se ainda reflectido no envolvimento dediversos ilustradores que, da fotografia ao desenho, tentam captar do pormenor àambiência geral que caracterizam esta actividade milenar, com tanto de único comode desconhecido.

O achado arqueológico feito na Igreja de S. Pedro em Coruchelevou à publicação do livro “História da Fundição Sineira em Portugal”

SINO MAIS ANTIGO DE PORTUGAL ACHADO EM CORUCHE

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 30 • Outubro de 200836

Agência Funerária Jacinto, Lda.Funerais, Trasladações e Cremações

para todo o País e Estrangeiro.•

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Artigos Religiosos

AgênciaRua dos Bombeiros Municipais, 28 r/c

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BAPTIZADOS

IGREJA DO CASTELODia 13 - Matilde Paulos BrancoDia 20 - Andreia Filipa Matias Dias

IGREJA MATRIZDia 28 - Guilherme Meireles Godinho

IGREJA DA AZERVEIRADia 28 - Telma Isabel Simões Marques

CASAMENTOSIGREJA DO CASTELO

Dia 6 - Hélder David CustódioNélia Cristina Coelho FerreiraDia 13 - Nuno Filipe Ramos GonçaloErica Lanças Janeiro dos SantosDia 20 - Norberto José Carvalho Maia

Sandra Isabel RamalhoLuís Filipe de Serpa Pimentel

de Barros VirgolinoMaria D'Orey Roquette

Travassos ValdezDavid Emanuel Carvalho de

Sousa OliveiraCynthia Maria Dias Pais

IGREJA DO REBOCHODia 13 - José Fernando Faria Santos

FerreiraClaudia Sofia Ribeiro Piegas

IGREJA DA MATRIZDia 28 - Telma Isabel Simões Marques

FALECIMENTOS

Dia 2 - Pedro Firmino - 87 anosDia 3 - João Vieira Júnior - 63 anosDia 5 - Maria Victória Falcato - 83 anos

João Elias Ferreira Tadeia - 72 anosDia 8 - Clementina Maria - 88 AnosDia 9 - Clara Maria - 89 anos

Henriqueta Maria - 82 anosDia 11 - António José Felício - 86 anosDia 12 - Manuel Maria Ribeiro

Azevedo Coutinho - 54 anosMaria Custódia - 84 anos

Dia 16 - Joaquim António Lopes - 88Ernesto José Nunes - 72 anosMaria da Conceição Gastão Sousa -84 anos

Dia 17 - Idalina Farinha Bernardino deCarvalho - 67 anosJosefa Maria dos Santos - 84 anos

Dia 18 - António Romão Teles - 92 anosManuel Barreto Durão - 66 anos

Dia 19 - Alfredo Francisco SalazarGonçalves - 68 anos

Dia 20 - Diamantino António Friezas 58 Emília Custódia - 94 Anos

Dia 21 - Hélder Quintas - 77 anosDia 25 - Ludgéria Domingos - 100 anos

Olívia Maria - 92 anos

Informações da Paróquia de CorucheSSeetteemmbbrroo ddee 22000088

Ramos de NoivaDecoração de Igrejas

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LLoojjaa 11Mercado Municipal, Lj. 18, 2100-127 Coruche

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Coruche, terra de touros e toureiros e de… seres estupidamente inteligentes!Esta bendita foto revela mais um acto de estranha inteligência por parte de um coruchense (?), se não o for

que me perdoe o elogio. Então a único ciclo-via de que dispomos deu lugar a um parque de estacionamento? Comdireito a sombra e tudo? Fantástico! Quem terá tido esta brilhante ideia?

As pessoas não têm respeito por nada nem por ninguém esta foto retrata o extremo a que o comodismochegou! E a GNR? Onde andam esses bravos homens que tanto têm feito por Coruche? Talvez estejam na rua 5de Outubro a multar mais uns comodistas!

Envie por e-mail para [email protected] as imagens ousituações que deseje ver aqui publicadas

De ciclo-via a parquede estacionamento

O Ministério da Economia emitiu, no passado dia 25 de Setembro, a licença deinstalação da primeira Área de Localização Empresarial do país para o Parque deNegócios de Rio Maior.

O investimento de 21 milhões de euros vai agora iniciar-se. A primeira fase per-mitirá instalar os compromissos de venda já existentes com algumas empresas.

Este projecto de investimento, por ser o primeiro ao abrigo desta legislação,conheceu fortes entraves e obstáculos à sua concretização.

A confiança dos accionistas da empresa na capacidade de se ultrapassar os pro-blemas, e a cooperação com os organismos da Administração Central, permitiuconcluir o processo quando muitos duvidavam dessa possibilidade.

Recorde-se que o Parque de Negócios de Rio Maior foi o primeiro projecto dosParque de Negócios do Vale do Tejo a arrancar, e a primeira sociedade gestora aconstituir-se.

Rio Maior recebe primeiraárea de localizaçãoempresarial do país

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 30 • Outubro de 2008 37

EDUCAR AGORA

Mariazinha A.C.B. Macedo

Educadora de Infância

Não posso deixar de come-çar esta minha conversa convos-co, queridos pais, neste mês deAgosto, sem prestar uma peque-nina homenagem à minha mãe(que fazia anos no dia 2 de Se-tembro).

Penso que no recomeço deaulas que se avizinha, na entra-da de um novo ano lectivo, nãoé de mais frisar o papel impor-tantíssimo das Mães na educa-ção das crianças e na coopera-ção e ajuda que podem dar a to-dos os técnicos que se empe-nham nesta linda, mas sempredifícil, tarefa de Educar.

Interrompo, portanto, o as-sunto que vínhamos desenvol-vendo sobre “As garatujas”, queretomaremos mais tarde, para,de novo, dar todo o apoio, aten-ção, importância ao esforço queé pedido a todos os pais, sem oque a nossa tarefa de construirum país melhor, melhores sereshumanos, mais hábeis e com-prometidos no desenvolvimentodo nosso mundo, não será tarefafácil.

Assim, dirijo-me de novo avós, Mães, que procuram todosos dias a melhor forma de aju-dar a “crescer” as vossas crian-ças. E queria deixar-vos uma“ideia-força” que vos pode fazerpensar: Neste nosso mundo,cada vez mais consumista, con-fuso, e sem princípios sérios dedisciplina e regras de moral, asideias perdem-se em ideias fú-teis, secundárias, sem sentirem,a maior parte das vezes, a segu-rança necessária que é dadacomo suporte de vida pelos res-pectivos Pais.

O que acontece então é que,sem sentirem os pés no chão,vacilando inseguros, sós, e semregras definidas, perdem-semuitas vezes neste nosso mun-do tão conturbado.

É aqui que nós temos a obri-gação de os ajudar através deregras de disciplina e afecto.

Nós considerámos, durantemuito tempo – eu e os meusirmãos – que a nossa mãe eraum bocadinho dura, mas hojetodos lhe agradecemos a ajuda

que nos deu para trilharmoscaminhos, por vezes duros, massem perder o norte. E seguindoas normas morais que, emboranão nos tendo trazido facilida-des, nos deram uma consciênciade rectidão. Sem que fossemnecessários, para nos sentirmosfelizes e realizados, a ajuda de….artificiais, que nada mais sãodo que “uma compra fácil depseudo felicidade”.

Como tal, nunca temam uti-lizar constantemente a Discipli-na e o Afecto, os quais, tenho acerteza, vos irão ajudar a cum-prir a vossa Missão de Educa-dores.

Daí a Ideia-Força que estemês vos quero deixar:

Muito Afecto, muito Amor,muita Disciplina!

E… Regras!Esta a receita ideal a ser uti-

lizada sempre que necessário.Até breve, queridos pais, e

não desistam de construir regrase de as fazer aplicar. Com oafecto e o amor que só os paistêm para dar.

Iniciaram-se com grande sucesso, as actividades daEscola de Futebol da ADC.

Estão a funcionar 4 turmas, às 3ª, 6ª e Sábados.

Turmas / Escalões

Turma 1 - Infantis (nascidos em 1996 e 1997)Turma 2 - Escolas (nascidos em 1998 e 1999)Turma 3 - Pré-escolas ( nascidos em 2000 e 2001)Turma 4 - Minis (nascidos em 2002 e 2003)

Estão já confirmados 3 Encontros de Futebol:

• 18 de Outubro em Sintra às 16h00, com a Escola deFutebol Sintrafoot, nos escalões de Infantis e Escolas.

• 26 de Outubro em Coruche às 15h00, com a EscolaAcademia Sporting de Corroios, nos escalões deInfantis, Escolas, Pré-escolas e Minis.

• 8 de Novembro em Setúbal às 15h00, com a EscolaAcademia Sporting de Setúbal, nos escalões de Infantise Escolas.

Regras e Disciplina,com Amor e Afecto

NNootícias da ADCtícias da ADC

“Mãe, Se alguém um dia te disser que nunca fizeste nada de importante, não ligues.O mais importante já foi feito: Tu!”

Futsal em Coruche

Nos últimos tempos pôde-se observarum crescente número de departamentosde Futsal presentes nos clubes. Os clu-bes cada vez mais estão voltados paraesta actividade.

Na verdade é preciso definir onde sequer chegar com este projecto. Vêem-sedois caminhos, um é formação do indi-víduo como ser critico que age e se rela-ciona em grupo, através de manifesta-ções sociais e/ou motoras, outra é a for-mação de atletas que um dia se poderãotornar de alto nível.

A consecução deste projecto implica

a mobilização da comunidade (autar-quia, escolas, Associação de Futebol deSantarém, entidades públicas e priva-das, jovens e suas famílias), bem comoa participação activa e consistente doclube (dirigentes, coordenadores, só-cios, atletas, técnicos, funcionários eamigos).

É função do CAD Coruche a detec-ção, selecção, recrutamento e formaçãode atletas, de modo a que num futuropróximo o Clube possa vir a beneficiarde todo um trabalho programado ao lon-go do tempo, com bases positivas e con-

cretas, baseadas numa filosofia própriado clube.

Nesta filosofia não podemos deixarde salientar os aspectos de rendimentoque este nível se baseia sobretudo numa:

• Atitude competitiva,• Atitude responsável e positiva,• Espírito de sacrifício e de solidarie-

dade,• Espírito de equipa,• Respeito para com: colegas, árbi-

tros, adversários, dirigentes, sócios epopulação em geral.

Na vila de Coruche existe há já 5 anos um grupo de jovens, ori-undos das várias freguesias do concelho, que se reúne com umobjectivo comum: o de divulgar uma modalidade, no concelho,que está em expansão por todo o país – o FUTSAL.

CAD CORUCHE

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 30 • Outubro de 200838

LEAL & CATITA, LDA.Vendas e Assistência

Stand 1:Rua do Cemitério

Stand 2:R. Maria Emília Jordão

Oficinas:Rua do Cemitério Santo Antonino

Coruche

Tel. 243 675 020Fax 243 617 163

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Créditosde 24 a 84 Meses

Semi-NovosOpel Astra GTC 1.3 CDTI 3p (Diesel) 2007Opel Astra Enjoy 1.3 CDTI 5p (Diesel) 2007Opel Corsa Enjoy 1.2 5p (Diesel) 2007Peugeot 307 SW 1.6 HDI 5p (Diesel) 2007Peugeot 207 Sport 1.4 5p 2007Peugeot 407 SW Griff 1.6 HDI 5p (Diesel) 2006Peugeot 307 Break 1.6 HDI 5p (Diesel) 2006Volkswagen Polo 1.2 12v 5p 2006Seat Ibiza 1.4 TDI 5p (Diesel) 2006Renault Megane Break 1.5 DCI 5p (Diesel) 2006Fiat Grande Punto 1.2 5p 2006

RetomasMercedes C-220 CDI STW Avangard 5p (Diesel) 2005Audi A-4 Avant 2.0 TDI S.Line 5p (Diesel) 2005Opel Astra Carav. 1.7 CDTI 5p (Diesel) 2005Opel Astra Elegance 1.7 CDTi 5p (Diesel) 2005Citroen C-3 1.1 SX Pack 5p 2005Renault Clio 1.2 16v C/AC 5p 2005Peugeot 407 SW Griff 1.6 HDI 5p (Diesel) 2005Peugeot 206 Look 1.1 5p 2005Peugeot 307 Break 1.6 HDI 5p (Diesel) 2004Volkswagen Polo 1.2 12v C/AC 5p 2004Seat Ibiza 1.2 12v C/AC 5p 2004Audi A-3 1.9 TDI 3p (Diesel) 2004Ford Focus C-Max 1.6 TDCI 5p (Diesel) 2004

ComerciaisFiat Grande Punto 1.3 M-jet Van C/AC 2007Mitsubishi Strackar 2.5 TD CD 4X4 C/AC 2006Peugeot Partner Reforce 1.9 D Van 2006Citroen C-3 1.4 HDI Van 2005Opel Corsa 1.3 CDTI Van 2004Mazda B-2500 2.5 TD CD 4x4 C/AC 2002 Nissan Pick-up 2.5 TD CD 4X2 2001

Tel. 243 677 049

Rua de S. Pedro, n.º 13 – 2100-164 Coruche

A lojados seus filhos!

Receitas de Cheff

> CheffPedro Aguiar

ConfecçãoAbra o lombo cortando-o de forma a que se assemelhe a uma folha com mais ou menos 2 cm de altura, cubra com o presunto, o queijo e as folhas de salvadispersas. Enrole a peça apertando sempre e ate com fio do norte. Faça uma pasta com o alho, o sal e a pimenta e barre-o por cima e por baixo. Coloque-onum tabuleiro de forno. Corte a margarina em pequenos pedaços que são colocados por cima do lombo, juntamente com as folhas de louro e um pouco dovinho branco. Leve-o então ao forno a cerca de 160º durante aproximadamente 1 hora. Vire o lombo ocasionalmente á medida que ele vai corando e acres-cente um pouco mais de vinho sem deixar queimar muito o tabuleiro. Se necessário pode também acrescentar um pouco de água no fundo do tabuleiro paraevitar que queime. Caso use um termómetro de forno, deixe assar ate aos 85º no interior da peça. No fim de assado retire o lombo para uma tábua de cozinhae lamine-o, coloque o tabuleiro da assadura ao lume com um pouco mais de vinho branco e o vinho do porto e deixe ferver para que o vinho absorva o sabordo assado, verta então este molho através de um passador fino para uma frigideira. Volte a ferver o molho agora na frigideira e acrescente a manteiga mexen-do sempre até este engrossar um pouco e verta sobre o lombo fatiado. Para o ratatoille, pique a cebola e 2 dentes de alho, lamine o raminho de aipo, o pimen-to verde e aloure tudo em metade do azeite. Junte as cenouras cortadas em rodelas finas e deixe cozinhar um pouco em lume brando. Acrescente a courgetetambém em rodelas e salteie em lume forte. Por fim, junte os tomates sem as grainhas, cortados em meias luas. Tempere com sal e molho de soja e terminecom os coentros picados. Coza o tagliatelle em água abundante temperada só com sal, escorra-o e arrefeça-o de seguida em água fria. Pique os 2 dentes dealho restantes e aloure-os no azeite, não deixando queimar. Junte o tagliatelle e salteie em lume forte, tempere com sal e pimenta e termine com um pouco deorégãos.

Ingredientes 4 pax:

• 1 Lombo porco preto com aproximadamente 2 kg• 200 gramas de presunto fatiado• 150 gramas queijo gouda fatiado• 10 Folhas de salva• 3 Folhas de louro• 100 Gramas de margarina• 4 dentes de alho• Pimenta preta q.b.• Sal grosso q.b.• 3 dl vinho branco• 1 dl vinho porto• 20 gr manteiga

Para os acompanhamentos:

• 1 Cebola pequena• 4 Dentes de alho• 2 Cenouras médias• 1 courgette media• 20 gr aipo (1 raminho)• 4 Tomates maduros• 1 Pimento verde• 1 Raminho de coentros• Molho de soja q.b.• 500 gr tagliatelle• 2 dl azeite• Água q.b.• Orégãos q.b.

Lombo deporco pretorecheado compresunto,queijo goudae salva comRatatoille eTagliatelle salteado

convite

Mostra de artesanato

““AAqquuii eessttáá CCoorruucchhee””dias 33, 44 ee 55 dde OOut.

no Restaurante

“Mira RRio”

Av. Luís de Camões

CCOORRUUCCHHEE

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Caros leitores façamos umapausa na abordagem dos pré-re-quisitos por emergirem outrosassuntos de interesse para asnossas pequenas empresas…

Foi proposta pela ComissãoEuropeia uma pequena altera-ção ao regulamento 852 (um dosprincipais documentos legislati-vos referentes á segurança ali-mentar e á implementação doHACCP em diferentes sectores)que levará a algumas mudançasa nível das microempresas.

Assim, acrescerá no artigo5.º do Regulamento n.º 852/2004,um n.º 3 com a seguinte redac-ção: “Sem prejuízo das demaisexigências do presente regula-mento, os operadores de empre-sas do sector alimentar podemser isentos da obrigação de criar,aplicar e manter um ou maisprocedimentos permanentes combase nos princípios HACCP. Estaisenção aplica-se apenas a em-presas na acepção da Recomen-dação 2003/361/CE da Comis-são, de 6 de Maio de 2003, (comparticular ênfase para as micro-empresas), cujas actividadesconsistam predominantementena venda directa de géneros ali-

mentícios ao consumidor final,e desde que a autoridade nacio-nal competente considere, combase numa avaliação dos riscosefectuada regularmente, que nãoexistem riscos que devam serevitados, eliminados ou reduzi-dos para níveis aceitáveis, ouque quaisquer riscos identifica-dos estão suficientemente con-

trolados através da aplicaçãodos requisitos gerais e específi-cos de higiene alimentar estabe-lecidos nos n.os 2 a 6 do artigo4.° do presente regulamento .”

É, também, introduzindo umnovo Considerando (Consideran-do 15-A) com seguinte redac-ção: “Afigura-se importante queas autoridades competentes apli-

quem a flexibilidade prevista nopresente regulamento, nomea-damente na alínea g) do n.º 2 eno n.º 5 do artigo 5º, nomeada-mente no que diz respeito àsempresas que sejam microem-presas na acepção da Recomen-dação 2003/361/CE da Comis-são, de 6 de Maio de 2003, rela-tiva à definição de micro, pe-quenas e médias empresas.”

Perante isto, e traduzindo umpouco por miúdos, a obrigato-riedade da implementação doHACCP em micorempresas(empresas com menos de 10 tra-balhadores) poderá vir a deixarde existir no nosso país (note-seque o que atrás foi citado é ape-nas e só uma proposta que aindanão foi transposta para a nossalegislação). Importa referir quenão irá deixar de continuar a serobrigatório o cumprimento detodos os pré-requisitos (que te-mos vindo a falar nesta rubrica),incluindo os registos (que é oque mais cabelos brancos dá aosnossos operadores), assim comoa colheita de análises, o contro-lo de pragas, a formação… En-fim pouco vai mudar na prática.O que se constatou é que a maio-

ria das pequenas empresas nãotem PCCs (pontos criticos decontrolo) pelo que não faz senti-do continuar a fazer-se estudosexaustivos dos perigos e riscospara chegar sempre á mesmaconclusão e mais importanteque tudo não vai fazer sentidopagar a uma empresa externapara fazer este mesmo estudo(no entanto ainda é importantehaver auditorias externas umaou duas vezes por ano).

Concordo que esta medida érealmente pertinente, contudotemos de ser ponderados e nãoaproveitar esta oportunidadepara mandar abaixo tudo o quefoi construído até aqui, com tan-to esforço!!! E note-se que aindahá muito que fazer. Queridosempresários continuem com to-das as medidas instiuídas novosso estabelecimento no senti-do e sempre de salvaguardar osgéneros alimentícios que osvossos clientes consomem.

Esta informação que vosdeixo ainda não está em vigor,contudo penso que é importanteestarem a par do que se passanos bastidores. Encontramo-nospara o próximo mês…

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 30 • Outubro de 2008 39

Preparação

• Limpe a carne, retirando peles e nervos. De véspera pique os alhos e misture aos de mais ingredientes da vinha d'alhos. Nela coloque acarne de molho para tomar gosto, virando de vez em quando. No dia seguinte escorre-se bem a carne, reserve-se a vinha d'alhos. Coloca-se o azeite numa panela grande, com tampa, e quando estiver quente coloque a carne para fritar virando-a. Picam-se os tomates, ascebolas, os pimentões e a salsa e juntam-se à carne, deixando-se fritar um pouco os temperos. Junta-se a vinha d'alhos tapando-se a pan-ela. Deixa-se a carne cozinhar por uma hora até secar parcialmente o liquído. Vai-se colocando água em pequenas quantidades, quasegota a gota, de forma que o molho apure bem e se torne cada vez mais escuro. Quando a carne estiver macia e o molho consistente eescuro estará pronto. Serve-se com batatas cozidas e quentes.

PPaarraa oo tteemmppeerroo::

44 ttoommaatteess ggrraannddeess33 cceebboollaass22 ppiimmeennttõõeess44 rraammiinnhhooss ddee ssaallssaa33 ccoollhheerreess ddee ssooppaa ddee aazzeeiittee

PPaarraa aa vviinnhhaa dd''aallhhooss::

55 ddeenntteess ddee aallhhoo11 cceebboollaa ppiiccaaddaa33 ffoollhhaass ddee lloouurroo33 rraammiinnhhooss ddee aalleeccrriimmSSaall ee ppiimmeennttaa22 cchháávveennaass ddee vviinnhhoo ttiinnttoo

Carlos CConsiglieriMarília AAbelMarina JJorge

CORUCHECORUCHELISBOALISBOA

Este mês pode experimentar este pratono Restaurante Sal & Brasas

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 30 • Outubro de 200840