Vantagem e Desvantagem de Piano Em Grupo

7/30/2019 Vantagem e Desvantagem de Piano Em Grupo

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

CENTRO DE LETRAS E ARTES

INSTITUTO VILLA-LOBOS

LICENCIATURA EM MSICA

VANTAGENS E DESVANTAGENS DO ENSINO DE PIANO EM GRUPO

MARIA CECILIA AMARANTE DE ALMEIDA MAGALHES

Rio de Janeiro, 2009


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VANTAGENS E DESVANTAGENS DO ENSINO DO PIANO EM GRUPO

Por

MARIA CECILIA AMARANTE DE ALMEIDA MAGALHES

Monografia apresentada para concluso do Curso deLicenciatura Plena em Educao Artsitica comHabilitao em Msica do Instituto Villa-Lobos, Centrode Letras e Artes da UNIRIO, sob a orientao da

Professora Ingrid Barancoski.

Rio de Janeiro, 2009


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AGRADECIMENTOS

A meus pais, pelo carinho infinito e apoio incondicional

A meus irmos, por sua acolhida a toda hora

Aos amigos, dentro e fora da UNIRIO, sempre prontos a me ajudar

Aos professores da UNIRIO, que deram fora para terminar o curso

minha orientadora, Professora Ingrid Barancoski, agradeo a pacincia e o incentivo paraconcluir essa etapa da minha vida


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MAGALHES, Maria Cecilia Amarante de Almeida. Vantagens e desvantagens doensino de piano em grupo.2009. Monografia(Licenciatura Plena em Educao Artstica-Habilitao em Msica) Instituto Villa-Lobos, Centro de Letras e Artes, Universidade Federaldo Estado do Rio de Janeiro.

RESUMO

A pesquisa para a realizao dessa monografia centrou no levantamemto das vantagens edesvantagens do Ensino de Piano em Grupo(EPG) a partir de leitura da literatura sobre oassunto. A observao do Laboratrio de EPG que existe na UNIRIO foi o objeto de verificao

de como acontece o EPG e a verificao da veracidade do que foi levantado, ou seja, o que vantajoso ou no no EPG. O interesse nesta pesquisa surgiu com minha participao deste cursode extenso da universidade, que permite que alunos da Escola Minas Gerais possam aprendermsica gratuitamente. Gostaria que essa iniciativa da Professora e coordenadora deste cursoIngrid Barancoski incentive outros docentes a criar outros cursos de integrao do corpo discenteda universidade com a comunidade, permitindo assim uma melhor formao para o mercado detrabalho de msica.O resultado desta pesquisa foi a concluso de que existem mais vantagens do que desvantagens

para o Ensino de Piano em Grupo, de acordo com a observao feita do Laboratrio de EPG, echegou-se a algumas discordncias destas na listagem do captulo III; considerou-se que namaioria das vezes as desvantagens apresentadas podem ser contornadas.

Palavras-chave: piano em grupo, pedagogia do piano, educao musical atravs do teclado


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SUMRIO

INTRODUO...................................................................................................................1

CAPTULO IHISTRICO DO ENSINO DE PIANO EM GRUPO (EPG).............................................4

CAPTULO IIEPG VERSUS TEORIAS DE APRENDIZADO E PEDAGOGIA DO PIANO...............9

1. Vygotsky.........................................................................................................92. Santiago.........................................................................................................113. Kaplan...........................................................................................................14

CAPTULO IIIVANTAGENS E DESVANTAGENS DO ENSINO DE PIANO EM GRUPO.............17

CONCLUSO..................................................................................................................22

REFERNCIAS................................................................................................................24


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INTRODUO

A idia desta pesquisa surgiu no laboratrio de Ensino de Piano em Grupo( EPG) da

UNI-RIO que teve incio no primeiro semestre de 2008, tendo eu participado dele como

ministrante desde o comeo. Este laboratrio se constitui no Curso de extenso Piano em grupo

para alunos da Escola Minas Gerais, e faz parte do Projeto de extenso Ensino do Piano

Pedagogia e Prtica coordenado pela Professora Ingrid Barancoski. O laboratrio de piano em

grupo orientado pela Professora Ingrid Barancoski, contando, a partir deste 1Semestre de

2009, com a colaborao da Professora Lilia Justi, Doutoranda em Msica e Educao na UNI-

RIO.A formao das aulas deste laboratrio de dois grupos de alunos, um de crianas de 7

anos, na mdia, e outro, de 13 a 15 anos, contando com seis discentes da UNIRIO como

ministrantes trs em cada turma -,com uma hora de aula semanal. So feitas tambm reunies

semanais entre os ministrantes e as professoras Ingrid e Lilia, para planejamento e avaliao das

aulas. So utilizados os mtodos Educao musical atravs do teclado(EMaT) de autoria da

Professora Maria de Lourdes Junqueira Gonalves para o grupo de crianas menores, e

Keyboard Musicianship de James Lyke, Tony Caramia, Reid Alexander, Geoffrey Haydon e Ron

Elliston para os adolescentes.

O meu interesse surgiu em verificar as vantagens e desvantagens desta didtica, junto

literatura sobre o assunto, alm da minha observao da prtica deste laboratrio.J h muitosanos me foi apresentado o mtodo da Professora Maria de Lourdes(1924), o principal material de

EPG no Brasil, que agora reencontrei e no qual me aprofundei com a participao neste

laboratrio . Comparei de imediato esta didtica com a de minha formao como pianista e como

professora, que foram pautadas no ensino tradicional do instrumento. Na prtica do laboratrio,

percebi o quanto diferente tanto estudar, como ensinar piano em grupo, em comparao

maneira que se estuda e ensina piano em aulas particulares. Com a leitura sobre o EPG, pude


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notar que essa prtica bastante divulgada nos outros pases, e que aqui no Brasil tem-se muito

pouca explorao desta didtica ainda.

No laboratrio da UNIRIO utilizou-se o primeiro livro da srie EmaT, de Maria de

Lourdes Junqueira Gonalves, ensinando s crianas a posio da mo do cluster, em seguida a

posio fechada, que foram aplicadas nas msicas do primeiro volume da srie EmaT. Foram

apresentadas as noes, atravs de cartes, de altura dos sons no piano( grave, mdio e agudo),

lateralidade( mo esquerda e mo direita), dinmica( forte e suave) e durao( longo e curto): as

crianas tinham que tocar o som expresso nos cartes, com todas as suas qualidades apresentada

nos cartes. Foi tambm trabalhado pelas crianas a melodia de seus nomes, sendo ensinado no

piano a mesma e grafando, atravs de um mini teclado desenhado, as notas(teclas) a serem

tocadas.

Gostaria de lanar, a partir da experincia desse Projeto de extenso, que deve muito

iniciativa da Professora Ingrid, agora ajudada pela Professora Lilia, uma semente para que se

fortaleam este, e outros projetos que incluem um estgio dentro da prpria universidade na rea

de ensino do instrumento, e assim o aluno possa adquirir conhecimento sobre essa didtica e

outras a serem propostas, preparando-o assim melhor para o mercado de trabalho.

Outro aspecto que gostaria de salientar a abertura da universidade com um curso

gratuito de msica para alunos de escola pblica, no caso a Escola Minas Gerais. Estes alunos na

sua maioria no teriam a oportunidade de aprender um instrumento ou adquirir conhecimentomusical sem ser gratuitamente.Enfim, com as atividades de extenso deve-se fazer a ponte entre

a universidade e a sociedade, para a primeira prestar servios segunda e esta atividade dar

experincia aos discentes.

O meu objetivo desta pesquisa procurar apontar as vantagens e desvantagens da aula de

piano em grupo, levando em conta uma srie de requisitos que esse tipo de didtica apresenta.

Este levantamento baseado em referencial bibliogrfico de vrias categorias distintas:


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(1)material escrito por pedagogos da rea do piano: o captulo Group Piano Teaching, de Hazel

Ghazarian Skaggs em The art of teaching piano,organizado por Denes Agay; o livroProfessional

Piano Teaching, de Jeanine M. Jacobson; o Manual do Professor, 1 volume do EmaT de Maria

de Lourdes Junqueira Gonalves; o site WWW.pianoemgrupo.mus.br/maria.htm, de autoria de

Maria de Lourdes Junqueira Gonalves;(2) literatura de teorias e reflexes de como ensinar

piano: o livro Teoria de aprendizagem pianstica de Jos Alberto Kaplan; o artigo A integrao

da prtica deliberada e da prtica informal no aprendizado de msica instrumental, de autoria de

Patrcia Furst Santiago, na Per Musi-Revista Acadmica de Msica No.13, jan-jun 2006; (3)

teorias psicolgicas e pedaggicas em geral: Vigotsky- uma perspectiva histrico-cultural da

educao, de Teresa Cristina Rego; e (4) trabalhos acadmicos recentes, que conjugam reflexes

e teorias desta rea; teses de mestrado de Aline Rodrigues dos Santos(2008) e a de Maria Isabel

Montandon(1992), e monografia de Ana Paula Teixeira Reinoso(2008).


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CAPTULO I

HISTRICO DO ENSINO DE PIANO EM GRUPO (EPG)

A histria do ensino de piano em grupo, comea na Inglaterra, no sculo XVIII, com o

objetivo inicial de musicalizar as crianas atravs do piano, ficando em segundo plano a

preocupao com o ensino virtuosstico do instrumento. O pioneiro nesta atividade foi o ingls

Johann Benhard Logier, que dava aulas de piano para turmas de at 30 alunos, com diferentes

estgios de conhecimento musical e pianstico, sendo que o contedo da aula englobava noes

de teoria musical, harmonia e improvisao. Outro pioneiro foi o americano Calvin B. Cady, que

iniciou a aplicao desta prtica nos EUA, ainda no sculo XIX. Cady lecionava para turmas de

4 alunos com diferentes repertrios para cada um deles, e que explorava o desenvolvimento da

idias musicais, a expresso das mesmas e a experincia musical.Alm disso, era estimulada no

seu mtodo de ensino a autocrtica em conjunto e a audio de execues musicais entre os

colegas de classe. O objetivo de suas aulas de piano em grupo no era somente desenvolver

talentos piansticos, mas tambm estimular aqueles que tinham vontade de aprender msica, sem

necessariamente serem dotados efetivamente para se tornarem virtuoses. importante lembrar

que tradicionalmente no sculo XIX, o ensino de piano era destinado a formar grandes pianistas,

demonstrando assim a novidade na poca deste tipo de didtica, a da musicalizao atravs do

piano em aula em grupo.As experincias desta prtica em escolas particulares passam a serem aplicadas em

meados do sculo XIX tambm nas escolas pblicas dos EUA, propiciando maior credibilidade

do EPG. O ensino de piano em grupo se espalhou durante a I Guerra Mundial devido existncia

das bandas marciais. Seus msicos passaram a dar aulas para preparar interessados em concursos

de formaes de bandas de msica como forma de se sustentar. Neste perodo se incrementou

tambm nos EUA a fabricao de instrumentos musicais e cresceu o nmero de publicaes de


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material pedaggico para o ensino em grupo de msica. Instituies e associaes musicais, no

incio do sculo XX, promoviam conferncias, cursos de preparao de professores e

organizao de demonstraes e concursos. A publicao em destaque da poca A guide for

conducting piano classes in the schools.

Tambm na Europa, o piano estava em alta, estando o preo da aula particular do

instrumento era elevado.

Paralelamente, as novas tendncias filosficas e psicolgicas introduzidas na educao

em geral tambm passam a influenciar o EPG, aproximando a formao musical com a educao

em geral. Inicia-se no sculoXIX uma viso onde a criana passa a ser mais valorizada pela

sociedade e surge a conscincia da importncia de atividades artsticas para seu

desenvolvimento.

H, nos EUA, no incio do scXX, entendimento de que o professor de EPG atuaria nas

escolas pblicas, e o professor de piano atuaria em aulas particulares de piano: o primeiro

ensinaria a linguagem musical e o segundo mais especificamente o estudo do instrumento.

Entre os anos 30 e 40 do sc.XX houve uma diminuio das aulas em grupo de piano

devido s dificuldades da II Guerra Mundial e tecnologia crescente, que leva para as escolas a

preferncia pelo ensino das cincias exatas, culminada com o lanamento do SPUTINIK pelos

russos em 1957. Este fato desencadeia um movimento dos educadores musicais para

redirecionar o seu ensino nas escolas pblicas. Nesta ao foram encontrados diversosproblemas, a serem resolvidos, como: falta de preparo do professor para o ensino de msica no

contexto da escola pblica, programa de msica inadequado para os alunos, nfase demasiada

nas apresentaes, teoria desvinculada da prtica e a considerao da aula de msica como

ajustamento social.

Segundo Santos(2008), no cenrio brasileiro, e particularmente do Rio de Janeiro, na

histria do ensino musical tem-se como destaque o educador musical S Pereira(1988-1966), que


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em 1932 criou a disciplina Pedagogia Musical na Escola de Msica da UFRJ. Ele trazia uma

nova viso da criana, como um ser ativo e no apenas depositrio do saber do professor, e

introduz no Brasil o Mtodo Dalcroze, defendendo assim, fazer primeiro a musicalizao da

criana, e depois ensinar propriamente dito o piano. Maria de Lourdes Junqueira Gonalves,

pioneira no Brasil na criao de um mtodo prprio para o EPG,com os seus livros Ensino

Musical atravs do Teclado(EmaT), foi aluna de S Pereira na UFRJ, onde se graduou em 1943.

Ela foi contratada como acompanhadora na Escola de Msica da UFRJ em 1951, onde atuou

depois como docente. Em 1978 foi para os Estados Unidos como bolsista da Fullbright para

pesquisar sobre o ensino do piano em grupo nos EUA. L ela teve contato, atravs de cursos e

estgios do EPG em diversas universidades americanas, com os principais nomes do EPG nos

EUA: Louise Bianchi, Lynn Freman Olson, Martin Bliekinstaf, Dr. David Karp, Robert Pace,

Francs Clark, Louise Goss, Roger Grove, Francs Larimer, Lawrence Rast, James Lyke, Jo

Ellen DeVilbiss, Reid Alexander. Desenvolveu tambm pesquisas na Lybrary of Congress em

Washington. Segundo a Professora Maria de Lourdes, sua principal influncia foi da educadora

Louise Bianchi. Desenvolveu tambm pesquisas na Lybrary of Congress em Washington. De

volta ao Brasil em 1979, Maria de Lourdes oferece um curso de especializao lato sensu em

EPG no Brasil, o qual durou 2 anos. Esta iniciativa no foi bem aceita pela direo da Escola de

Msica da UFRJ, e a professora se transferiu ento para o Instituto Villa-Lobos do CLA da

UNIRIO. A, juntamente com os professores Sylvio Augusto Mehry e Maria Jos Michalsky,criou a disciplina Teclado Bsico, que mais tarde foi desmembrada em Harmonia do Teclado

(HARTEC) e Piano Complementar. Desenvolveu tambm as seguintes pesquisas: O Ensino de

Piano em Grupo nova abordagem de ensino do instrumento(UFRJ/UNIRIO 1977-1982) e

Msica atravs do Piano prtica de Habilidades Funcionais no uso do teclado como

alternativa didtica, com a colaborao do Professor Silvio Augusto Mehry (UNIRIO/UFRJ


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1983-1988). As duas disciplinas se complementam, sendo oferecida na metodologia de aula em

grupo o HARTEC, e na metodologia de aula individual, o Piano Complementar.

Inicialmente Maria de Lourdes utilizou aqui no Brasil o mtodo americano MUSIC

PATHWAYS, de autoria de Olson, Bianchi e Blickenstaff. Pelas dificuldades da utilizao de

um livro no escrito em portugus, em 1985 comea a escrever o seu mtodo EMaT

conjuntamente com a compositora Cacilda Borges Barbosa(1914). Os livros seriam publicados

na forma de quatro volumes at 1989. Alm de serem escritos em portugus, os livros de Maria

de Lourdes trouxeram elementos da cultura musical brasileira. O EMaT foi aprovado por Louise

Bianchi e muito bem aceito pelo professorado, como diz Luis Paulo Horta em um artigo no

Jornal do Brasil, em 1990:

Com o quarto volume de sua Educao Musical atravs do Teclado, Mariade Lourdes Gonalves completa a montagem de uma pequena biblioteca que, bementendida, poderia revolucionar o ensino de piano no Brasil. Este continua a pautar-se, em grande parte, por um modelo que se dedicava, basicamente, a formarconcertistas. Colocava-se o aluno num molde cujo destino final era o palco doTeatro Municipal. Como muito pouca gente nasceu para isso, anos de ensinoacabavam em muitos casos, produzindo no aluno uma definitiva averso peloinstrumento e l se ia gua abaixo uma oportunidade de ouro. Maria de Lourdes

pensa em outras bases: usa o piano como uma plataforma espacial de onde seconquistam as galxias da msica o piano como porta aberta para odesenvolvimento da sensibilidade musical. um outro conceito de msica e de

piano, que merece formar escola.(GONALVES, HTTP://www.pianoemgrupo.mus.br/sobreemat.htm, p.1)

O EMaT pode ser considerado o principal mtodo brasileiro representativo do EPG.

Santos (2008, p.51) lista cinco dos principais profissionais do ensino de piano em grupo

no Rio de Janeiro, que trabalham com crianas, adolescentes e adultos. So elas: Bianca Filipelli,

Lilia Justi, Maria Bernadete Berno Bastos, Maria Jos Michalski, Valria Prestes Fittipaldi.

Junta-se a esse grupo as professoras Denise Voigt Kalls, a nica dentre estes que no utiliza o

EMaT, sendo autora de sua prpria srie didtica chamada Aprenda tocando,sendo que essa


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professora lida s com adultos, e Maria de Lourdes Junqueira Gonalves, que j no leciona

mais.

O mtodo EMaT muitas vezes utilizado combinado a outras ferramentas de ensino.

Por exemplo, Bastos, em seu estdio no Largo do Machado, utiliza computadores,

teclados eletrnicos, CD-ROMs, softwares, editores, arranjadores (SANTOS, 2008, p.54).

Fillipelli e Fittipaldi fazem uso tambm de computadores. Este aproveitamento da tecnologia

visa auxiliar no desenvolvimento de habilidades funcionais como a leitura primeira vista, a

prtica de conjunto e improvisao. No Espao Musical Casa 3, onde atuam Fillipelli e Fittipaldi,

utilizado tambm o gravador, que um timo instrumento para o desenvolvimento da auto-

crtica dos alunos .Porm, Krger(2003) nos alerta para se verificar at que ponto o uso de

computadores benfico e tambm reflete que o professor no pode ser substitudo pela

tecnologia.


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CAPTULO II

EPG VERSUSTEORIAS DE APRENDIZADO E PEDAGOGIA DO PIANO

Podemos relacionar a metodologia do EPG com teorias do aprendizado e pedagogia do

piano, confirmando e contribuindo para o entendimento desta metodologia. Trataremos aqui das

teorias do psiclogo russo Leo Vygotsky , assim como reflexes de Patrcia First Santiago e Jos

Augusto Kaplan acerca do ensino e aprendizado do piano.

1. VYGOTSKYA teoria de aprendizado de Vygotsky, (baseada no materialismo dialtico)parte da idia

de que o desenvolvimento humano profundamente enraizado na sociedade e na cultura.

possvel, a partir desta abordagem, explicar o aspecto intelectual humano. A interao do

indivduo com o meio histrico e cultural, constantemente transformado, leva ao

desenvolvimento mental humano, sendo a cultura parte viva da natureza pessoal do indivduo.

O processo de desenvolvimento, segundo Vygotsky, formado pelas funes

elementares(biolgicas) e as superiores(scio-cultural). A estimulao ambiental seria a primeira

e a segunda a estimulao auto-gerada, ou seja, a partir do prprio indivduo e seu conhecimento.

Na verdade, para Vygotsky, o homem foi alm dos limites das funes psicolgicas danatureza, formando assim uma organizao nova no seu comportamento. Essas funes

superiores possuem conscincia reflexiva e o controle deliberado(REINOSO, 2008, pg.13).A

memria voluntria, a capacidade de planejamento, a imaginao, so exclusivas do ser humano.

No so inatas, nem smente exterior, mas se desenvolvem a partir da relao dialtica do

homem com o contexto histrico e cultural (REINOSO, 2008, pg.13).J que o aprendizado e

desenvolvimento esto presentes desde o nascimento, Vygotsky no entende que o


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desenvolvimento seja anterior ao aprendizado, mas que acontece concomitantemente. Conforme

as palavras de Vygotsky: (...) uma correta organizao da aprendizagem da criana conduz ao

desenvolvimento mental, ativa todo um grupo de processos de desenvolvimento, e esta ativao

no poderia produzir-se sem a aprendizagem. Por isso a aprendizagem um momento

intrinsecamente necessrio e universal para que se desenvolvam na criana essas caractersticas

humanas no-naturais. (Vygotsky, 1998, apud REINOSO, 2008, p.13)

Vygotsky considera que h dois nveis de desenvolvimento da criana: o

desenvolvimento real, que so as atividades que a criana aprendeu e consegue faz-las sozinha e

o nvel de desenvolvimento potencial, que so as atividades que a criana pode realizar com

ajuda de outros e muito valorizadas por Vygotsky para a construo de funes psicolgicas.

Estes nveis de desenvolvimento vo variar de criana para criana, mesmo pertencentes uma

mesma faixa etria.Para o sucesso do desenvolvimento potencial de uma criana, preciso ter

um mnimo de desenvolvimento fsico, psicomotor e cognitivo.

A Zona de desenvolvimento proximal, conceito apresentado por Vygotsky a distncia

entre o desenvolvimento real e o potencial e abrange as funes psicolgicas que no esto

prontas, mas que j existem latentes. A zona de desenvolvimento real o desenvolvimento

mental de forma retrospectiva e a zona de desenvolvimento proximal o desenvolvimento de

forma prospectiva. Com a interferncia de um adulto se potencializa o processo de

desenvolvimento proximal das crianas, o que inevitvel para o desenvolvimento mental dacriana.Isto acontece de forma interna e externa, fsica e mental.

Reinoso(2008), em sua monografia, demonstra que as teorias de Vygotsky

confirmam a utilidade pedaggica do ensino por imitao, estratgia muito utilizada no EPG. A

reconstruo do modelo pela criana faz com que ela entre em contato com o conhecimento

externo. Para a imitao ser eficaz no processo de aprendizagem, preciso perceber a zona de

desenvolvimento proximal, onde h funes para amadurecer e que podem ser desenvolvidas


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atravs dela. A imitao desenvolve a memria, que uma funo psicolgica superior. Na

verdade a criana no pensa e sim se lembra de fatos concretos . Para Vygotsky o

desenvolvimento do pensamento determinado pela linguagem. Isto , pelos instrumentos

lingsticos do pensamento e pela experincia scio-cultural da criana(Vygotsky, apud RGO,

p. 62).

Outro aspecto do pensamento de Vygotsky a importncia dada a brincadeiras e jogos

no ensino, o que vai tambm de encontro com o EPG, sendo sua vantagem a de as crianas

assimilarem com maior facilidade os conceitos nestas atividades ldicas. Ele no se esquece

tambm do papel importantssimo do professor como das relaes entre as crianas, pois sem

dvida o professor o informante do saber que possui e que precisa ser passado adiante.

Outra idia de Vygotsky que confirma a metodologia do EPG a importncia da

ihterrelao dos indivduos para o aprendizado em geral, desenvolvendo nas crianas a ajuda

entre elas, sem deixar de lado a importncia do professor como mediador e transmissor de

conhecimento. O professor, para Vygotsky deve lanar desafios, no dar a resposta pronta de

uma s vez, para fazer com que o aluno raciocine, descubra o mais possvel respostas por si

prprio. Para isso, ele lembra da importncia do constante dilogo entre o professor e o aluno,

para o primeiro conhecer o segundo e sua bagagem cultural. .Enfim necessrio um ambiente

democrtico na sala de aula. Chego concluso que o pensamento de Vygotsky vai bastante de

encontro com a filosofia do EPG.2. SANTIAGO

No texto de Santiago(2006) a autora aborda a existncia da prtica deliberada e a prtica

informal no ensino do piano, havendo uma divergncia entre as duas: a primeira seria o ensino

tradicional do instrumento, isto , a passagem do saber tocar o repertrio erudito ; e a segunda,

que hoje em dia mais valorizada, diz respeito ao ensino que visa desnvolver habilidades como


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tocar de ouvido, fazer improvisao e compor, isto , prprias, dentre oputras, da prtica da

msica popular e do jazz.

Apesar de o estudo da prtica deliberada do piano ser muitas vzes difcil e no

prazeiroso, o resultado fundamental para aquele aluno que quer ser virtuoso num instrumento

musical.

Segundo Santiago, para chegar a um alto nvel de performance, o aluno deve preencher

vrios requisitos, alm de talento inato e cognio que herdada:

1. aprender desde muito pequeno determinado domnio de conhecimento2. longo e gradual caminho de apreenso de conhecimento de aspecto

especfico, com prtica deliberada intensa

3. apoio da famlia4. um ambiente propcio para o estudo5. tima instruo aplicada ao aluno6. alto nvel de conhecimento aplicado7. caractersticas psicomotoras compatveis do aluno para este alcanar uma

boa tcnica

8. concentrao, motivao, entusiasmo e prazer no ato de estudar9. diferena entre os alunos, que faz um mais avanado do que o outro10.

possibilidade do aluno de conseguir estudar por conta prpria, possuindo a

capacidade de se avaliar sem ajuda do professor.

11. ser motivado pelo mtodo de ensino, tempo, performance, ambiente deestudo e fatores sociais, para ser ajudado quando preciso

12. ensinar ao aluno a liberdade e independncia para o seu estudo, chegandoao pe nsamento de Lizst: mais importante a tcnica do estudo do que o estudo da

tcnica.(SANTIAGO, 2006, p.56)


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Posso observar que estes itens so todos valorizados e considerados na

metodologia do EPG, exceto o item 3, que depende de outros fatores.

interessante unir a prtica deliberada e a informal do piano, tanto na aula individual

quanto a de grupo.. e a prtica de tocar de ouvido, improvisar e compor pode tornar mais

prazeiroso o estudo do instrumento. O tocar de ouvido leva o aluno a se ouvir com mais

crtica. A composio propicia o raciocnio para relacionar os elementos da pea num campo

mais amplo. E a improvisao permite o desenvolver do pensamento musical, sendo preciso

manter o impulso musical. Com a prtica informal o aluno pode desenvolver aspectos

diferentes do aprendizado musical, podendo catalizar os processos de compreenso e

maturao musical (SANTIAGO, 2006, p.57). Menegale (2002, apud SANTIAGO, p.56)

afirma que a improvisao deve ser estimulada desde o incio do ensino musical, o que vai de

encontro com a filosofia do EPG.

A prtica informal.que faz parte das estratgias de ensino utilizadas no EPG, pode ser

desenvolvida atravs de inmeras atividades: o tocar de ouvido que desenvolve a escuta

musical;praticar improvisao; fazer composio; fazer arranjos para peas tiradas de ouvido

ou de trechos de peas do repertrio; utilizar grafia musical no convencional para escrever

improvisaes, composies e arranjos; e o aprendizado do instrumento em conjunto.

interessante observar, em relao ao EPG, que a prtica informal bastante

utilizada, procurando dar ao aluno uma liberdade maior no trato com o piano e com a msicaem geral, pois explora a lado intuitivo do aluno. necessrio Fazer com que o aluno

descubra no repertrio erudito a prtica informal, que por muito tempo, foi considerada

indevida pelos professores do piano clssico. Considero que esta atitude deva no existir

mais na pedagogia do piano, esse preconceito sem razo, pois o aluno que desenvolve o tocar

de ouvido, tocar por imitao, improvisar e compor se torna mais apto e crtico para as


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atividades musicais e para a prtica do repertrio erudito e popular, ampliando assim seu

universo artstico.

No texto de Santiago (2006) vem-se relacionadas vrias vantagens de unir as duas

prticas e o que vai de encontro ao aspecto coletivo do EPG, ou seja, o aprender em grupo da

arte pianstica, valorizando o trato do ensino informal tanto quanto o trato deliberativo. Esta nova

viso de ensino do piano promove uma melhor preparao para o mercado de trabalho atual, no

Brasil e no mundo, daqueles alunos que resolvem viver de msica profissionalmente.

Como exemplo, Gonalves traz no seu mtodo Ensino Musical atravs do Teclado

(EMaT) essa filosofia da prtica informal como instrumento para a preparao do aluno para a

prtica deliberada, isto , ensina a primeira sem excluir a segunda.

3. KAPLANVrias reflexes de Kaplan acerca do ensino e aprendizado do piano podem tambm

corroborar a filosofia e as estratgias de ensino do EPG. Uma das qualidades do EPG permitir

que a criana, que no tenha talento inato para o piano, possa aprender msica e se iniciar neste

estudo. Kaplan tambm trata deste assunto quando pergunta se s o indivduo com talento pode

desenvolver habilidades piansticas; se a oportunidade para estudar piano deve estar sempre

vinculada a uma classe social mais elevada.

Kaplan aborda o fato de permitir que cada intrprete tenha sua concepo prpria para

uma pea musical: isto pode demonstrar um aspecto rico do EPG, que seria o conhecimento porparte dos alunos de vrias interpretaes de uma mesma pea, aumentando sua sensibilidade

musical , auto-crtica e crtica em relao a sua concepo e a dos outros (KAPLAN, 1987 p.17).

Esta prtica pode desenvolver o respeito e a escuta do companheiro, o que uma das vantagens

do EPG.

Kaplan (1987) levanta outra questo importante que vai ao encontro com o lido sobre o

EPG: a importncia de se ter a msica na mente, no ser o estudo apenas mecnico. Isto


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estimulado nos mtodos de EPG atravs do desenvolvimento simultneo das habilidades

funcionais e da aplicao de conceitos tericos no repertrio sendo estudado, o que promove um

entendimento analtico e um estudo consciente.

Kaplan (1987) trata tambm do entendimento dos movimentos no fazer pianstico.

Podemos afirmar que estes aspectos so considerados em geral nos mtodos de EPG. No EMaT

de Maria de Lourdes, a forma da mo cuidadosamente preparada por emprego inicial de

clusters com a mo fechada ao mesmo tempo em que os movimentos mais amplos so

incentivados desde o incio, com o uso de todo o teclado.

Kaplan (1987) trata tambm da questo fundamental para o ensino pianstico, que o

conhecimento das fases de maturao do sistema nervoso: preciso, que acontece de 0 a 7 anos,

rapidez, de 7 a 10 anos e fora de 10 a 14 anos. Fala , em outro momento, da necessidade de

aplicao de exerccios de psicomotricidade e o conhecimento, por parte do professor, dos

processos biopsquicos, cognitivos e afetivos para a aprendizagem musical, neste caso atravs do

piano. Podemos afirmar que em geral os mtodos de EPG levam estas questes em considerao,

sendo cada mtodo especfico para uma faixa etria.

Outro requisito no ensinar piano, segundo Kaplan (1987), estimular a fixao, a

repetio e a prtica para memorizao, criando este hbito na criana, desde o comeo de sua

aprendizagem. Isso evita a preguia de decorar as peas, ou seja, faz com que a criana no faa

a partitura seu senhor, quando ela deve ser um instrumento para a sua interpretao e execuoda pea escolhida.Como exemplo, podemos afirmar que esse aspecto bem estimulado no

EMaT, pois procura estimular primeiro na criana a observao por meio visual do teclado pelo

tocar por imitao e de pedir composies aos alunos desde o incio, isto tudo antes da

introduo da grafia musical tradicional propriamente dita.

Kaplan (1987) tambm afirma que a primeira leitura de uma pea deve ser para marcar o

dedilhado, assimilar as notas, dinmica e marcar trechos pequenos para serem repetidos at a sua


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memorizao muscular e mental da mesma. Esta repetio deve ser feita com a indagao de o

que e como de ser estudado no trecho marcado para que se oua internamente essa pea e assim

se use corretamente os msculos necessrios para a gravao na memria auditiva e motora

(KAPLAN, 1987, p.70). Esta prtica deve ser estimulada desde o incio do aprendizado do piano,

e pode ser aplicada gradativamente no EPG, j que uma fase mais especfica para o ensino do

piano propriamente dito.

Considero muito sensata a abordagem de Kaplan (1987) sobre o ensino do piano e seus

conceitos podem ser perfeitamente aproveitados no EPG, adaptando-os ao estudo em grupo,

levando em conta principalmente a questo da maturao do sistema nervoso das crianas, e

procurar aplicar um contedo de aula em que se aproveite e se respeite essas fases desta

maturao, idade cronolgica e psicomotora, experincia prvia e vivncia cultural, traos da

personalidade, objetivos, escolha do repertrio ao gosto do aluno, isto , que o motive.


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CAPTULO III

VANTAGENS E DESVANTAGENS DO ENSINO DE PIANO EM GRUPO

Na bibliografia sobre pedagogia do piano, vrios autores tratam do EPG, descrevendo e

dando conselhos para a sua aplicao e apontando vantagens e desvantagens desta prtica tanto

para professores como para alunos. Dentre eles selecionamos SKAGGS, JACOBSON e

SANTOS. Utilizaremos tambm nossas observaes a partir da prtica no laboratrio de ensino

de piano em grupo na UNIRIO.

Os autores Skaggs ((2004), Jacobson (2006) e Santos (2008) apresentam semelhanas na

sua listagem de vantagens e desvantagens do EPG, tais como:

Vantagens para o aluno:

1. Desenvolvimento da sociabilidade atravs de atividade em conjunto, comojogos, tocar em conjunto

2. Desenvolvimento da crtica e autocrtica entre os alunos3. Incentivo solidariedade entre os alunos, onde um ajuda no aprendizado

do outro

4.

Aulas mais divertidas5. Descoberta em conjunto dos conceitos musicais6. Ampliao do repertrio pianstico ao ouvir o colega7. Desenvolvimento da segurana rtmica ao tocar a mesma pea juntos ou

participar de um conjunto

Vantagens para o professor:

1. Ser menor a carga horria e melhor remunerao por hora-aula


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2. A no repetio do contedo ensinado como ocorre na aula individualDesvantagens para o aluno:

1. Quando a criana tem o hbito de ser centro das atenes em casa, o grupopode no ser benfico

2. Quando o grupo apresenta um aluno que tem talento superior aos demais,seu desenvolvimento pode ser prejudicado pois poderia ser mais rpido na situao de

aula individual

3. Quando o aluno muito tmido e inseguro, pode no ter proveitoDificuldades para o professor:

1. Exige um planejamento detalhado das aulas2. mais difcil controlar a disciplina de um grupo3. mais difcil perceber a personalidade de cada um dos alunos do grupo

H tambm vantagens e desvantagens que so apontadas por somente um autor. listadas

a seguir:

Vantagens para o aluno:

1. Economia para os pais dos alunos, pois a aula tende a ser mais barata(SKAGGS, 2004)

2. Prtica de outras atividades musicais alm do estudo do repertrio, como:improvisao, teoria musical, harmonia, ditados e solfejos, prtica de tocar em conjunto(SKAGGS, 2004)

3. Conhecimento de vrios estilos de msica, de composies de diferentesautores de uma mesma poca (JACOBSON, 2006)

4. Poder ouvir interpretaes diferentes da mesma pea musical (SKAGGS,2004)


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5. Desenvolvimento de funes artsticas e a sua comunicao (JACOBSON,2006)

6. Inspirao atravs deperformance de pares (JACOBSON, 2006)7. Estabelecimento de competio saudvel (JACOBSON, 2006)8. Participando do EPG, a criana pode melhorar sua desempenho na aula

individual (SANTOS, 2008)

9. A prtica da improvisao pode desenvolver a capacidade de resolver umproblema (SANTOS, 2008)

10. Desenvolvimento do pensamento e a independncia do aluno (SKAGGS,2004)

11. Possibilidade de desenvolver prtica de habilidades funcionais doinstrumento caso o aluno venha a ser um msico profissional (SKAGGS, 2004)

12. Desenvolvimento da criatividade atestada nas composies feitas pelosalunos (SANTOS, 2008)

Vantagem para o professor:

1. Os alunos se ajudam nos conceitos e tarefas onde surgem dificuldades(SKAGGS, 2004)

Desvantagens para o professor:

1.

Os pais tm dificuldade de lembrar o horrio da aula em grupo quando oaluno tem tambm aula individual (JACOBSON, 2006)

2. Pode haver prejuzo para o aluno de desenvolver sua tcnica e sua arte nogrupo (JACOBSON, 2006)

3. Os pais dos alunos, muitas vezes, no consideram como qualidade do EPGa sua caracterstica de ser uma aula mais divertida do que a individual (JACOBSON,

2006)


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4. Os pais, mais uma vez, podem no entender o benefcio para seus filhos deserem convidados a assistirem s suas aulas, prtica comum no EPG (JACOBSON,

2006)

5. necessrio que os alunos mais adiantados e os mais atrasados tenhamaula particular (JACOBSON, 2006)

Dificuldades para o professor:

1. preciso formar grupos com nmero de membros de mesma faixa etria envel de conhecimento musical similar para que funcione bem (JACOBSON, 2006)

2. aconselhvel ter vrios grupos para poder mudar um aluno ou outro paraoutra turma (JACOBSON, 2006)

3. difcil estabelecer um horrio de aula que todos os alunos possamparticipar (JACOBSON, 2006)

Na minha opinio, considero a vantagem mais valiosa do EPG o fato de desenvolver nas

crianas uma troca de informaes, que pode ser muito proveitosa para a sua vida, ou seja, a aula

de piano em grupo leva a criana a ter convvio social, num aprendizado que tradicionalmente

feito individualmente, o que no permite a solidariedade e idia de cooperao, to caras hoje em

dia.

Skaggs(2004) tambm descreve e aconselha procedimentos na metodologia do EPG que

so muito teis. Segundo ele existem duas nomenclaturas para o EPG, ou seja, grupo de piano eclasse de piano. Diferem pelo nmero de estudantes, sendo o primeiro de 3 a 10 alunos e a

segunda de 10 a 30 alunos. O autor aconselha que: as aulas devem ter a durao de 1 hora

semanal, podendo se estender ou diminuir dependendo do adiantamento dos estudantes e sua

idade; a escolha entre a aula individual e a em grupo deve ser feita segundo os objetivos dos

alunos, ou seja, se para formar virtuoses no instrumento, o aconselhvel a primeira; seno, se

o que se quer musicalizao atravs do teclado, ento a opo a aula em grupo. Outra prtica


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positiva apontada por Skaggs(2004) a aula para dois alunos, divididas em aula em conjunto de

durao de 25 minutos, seguida de aula individual para um dos alunos, com mesmo tempo de

aula, tendo o outro aluno sido submetido, antes da aula em par, a sua aula individual, com a

mesma durao de tempo.Esse tipo de didtica leva ao tocar em conjunto e ao mesmo tempo

no deixa de ensinar ao alunos aspectos mais especficos de sua personalidade e talento,

propiciando o desenvolvimento do dom musical e especial de cada um (SKAGGS, 2004,

pg.267).

Skaggs (2004) afirma que para ser professor de EPG necessrio estar preparado para

sugerir novas atividades, ser enrgico, ser equilibrado emocionalmente para lidar com a provvel

indosciplina que pode acontecer na situao de grupo. As qualificaes pessoais valem do

mesmo jeito tanto para o professor de aula individual e o de grupo, que precisam conhecer, alm

dos conceitos e habilidades musicais, os de educao e psicologia. Para o professor de EPG

necessrio ter boa memria para saber como lidar com cada aluno, isto , gravar os aspectos da

personalidade e dom musical de todos. Enfim, as qualidades que o professor de EPG precisa ter

so as seguintes: ser organizado, ter metas claras para todas as atividades, desenvolver planos de

aula sistemticos, apresentar informaes eficientemente, dar explicaes precisas, ouvir e

responder as dvidas dos alunos, ter ateno balanceada(SKAGGS, 2004, pg.269).


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CONCLUSO

Na observao feita no Laboratrio de EPG, na turma das crianas de 6 a 7 anos, aqui, na

UNI-RIO, foram aplicadas as diversas metodologias e estratgias de ensino do EPG, e a partir

desta observao e prtica minha como ministrante neste laboratrio, pude constatar a eficincia

do EPG assim como comprovar vantagens e desvantagens apontadas pelos autores da rea de

pedagogia do piano.

A principal vantagem observada neste grupo sobre a aplicao desta metodologia foi a

existncia de ajuda entre as crianas, sendo essa postura estimulada pelos professores. As

estratgias de ensino prprias do EPG tiveram timo resultado, confirmando as vantagens do

piano em grupo. Foram propostos jogos e brincadeiras, muito bem aceitas por elas, tornando a

aula divertida e facilitando o aprendizado. O uso da ferramenta de ensinar por imitao foi a

tnica, estimulando a memria e ateno das alunas. Observou-se tambm que o tocar uma para

as outras foi estimulante, havendo constantemente pequenos recitais em sala de aula.

Em relao listagem de vantagens e desvantagens do EPG feita por autores desta rea

como apresentado no captulo III, pude chegar considerao de que as desvantagens e

dificuldades apontadas na literatura sobre o assunto puderam ser resolvidas e contornadas, Paraconter a disciplina ou disperso na aula, foi usada voz firme por parte dos professores, com a

eficincia necessria. Foram feitas preparaes cuidadosas das aulas pelas professoras

responsveis e licenciandos.

Chegou-se a afirmao de que no h problema em unir diferentes talentos num mesmo

grupo, pelo contrrio, estimula a solidariedade entre as crianas, uma aprendendo com as outras.

Sobre outra dificuldade apontada, que seria a ineficincia do EPG para o aluno mais tmido, pude


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constatar que importante que o aluno mais tmido e inseguro participe do grupo, pois aprender

e ser ajudado pelo professor e colegas. O grupo deixa o aluno de piano mais socivel, j que

geralmente muito solitrio o seu estudo. Assim, a criana consegue desenvoltura e conquista

mais confiana, mesmo se tiver tambm aula individual. importante mencionar que, quando

necessrio, o ensino em grupo pode e deve ser conjugado com aula individual, preenchendo

requisitos musicais e resolvendo dificuldades tcnicas especficos de cada aluno.

Vejo portanto que as vantagens do EPG foram facilmente confirmadas e bastante

presentes na prtica do laboratrio, em comparao com as desvantagens e dificuldades, que

foram solucionadas.

Por fim, necessrio chamar a ateno para o valor deste Curso de extenso da

universidade como uma semente para que outros cursos sejam criados para melhor formar os

licenciandos em msica, preparando-os para o mercado de trabalho atual.


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REFERNCIAS

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professor. 1o. volume.2.ed.So Paulo: Cultura Musical Ltda, 1986.

___Ensino de Piano em Grupo no Brasil. Disponvel em

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SANTIAGO, Patrcia Furst. A integrao da prtica deliberada e da prtica

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Ps-Graduao em msica,Escola de Msica. Universidade Federal do Rio de Janeiro

SKAGGS, Hazel Ghazarian. Group piano teaching.In: AGAY,D(editor).The Art of

teaching piano: the classic guide and reference book for all piano teachers. Nova York,

N.Y: Yorktown Music Press, Inc.2004.pp.265-277

Vantagem e Desvantagem de Piano Em Grupo

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