varfanina anvisa.pdf

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Marevan ® varfarina sódica Forma farmacêutica e apresentação Comprimidos com 2,5 mg – Embalagem contendo 30 ou 60 comprimidos. Comprimidos com 5,0mg - Embalagens contendo 10 ou 30 comprimidos. Comprimidos com 7,5 mg – Embalagem contendo 30 comprimidos. USO ADULTO USO ORAL Composição Cada comprimido contém: varfarina sódica..............................................................................................2,5 mg; excipientes q.s.p....................................................................................1 comprimido (lactose, amido, corante amarelo quinoleína,, amido glicolato sódico, estearato de magnésio e água). varfarina sódica .............................................................................................. 5 mg; excipientes q.s.p ................................................................................ 1 comprimido (lactose, amido, corante vermelho ponceau 4R, amido glicolato sódico, estearato de magnésio e água). varfarina sódica ............................................................................................ 7,5 mg; excipientes q.s.p ............................................................................1 comprimido (lactose, amido, corante azul FDC alumínio nº 1, amido glicolato sódico, estearato de magnésio e água). INFORMAÇÕES AO PACIENTE Como este medicamento funciona?

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  • Marevan varfarina sdica

    Forma farmacutica e apresentao Comprimidos com 2,5 mg Embalagem contendo 30 ou 60 comprimidos.

    Comprimidos com 5,0mg - Embalagens contendo 10 ou 30 comprimidos.

    Comprimidos com 7,5 mg Embalagem contendo 30 comprimidos.

    USO ADULTO USO ORAL

    Composio Cada comprimido contm:

    varfarina sdica..............................................................................................2,5 mg;

    excipientes q.s.p....................................................................................1 comprimido

    (lactose, amido, corante amarelo quinolena,, amido glicolato sdico, estearato de

    magnsio e gua).

    varfarina sdica .............................................................................................. 5 mg;

    excipientes q.s.p ................................................................................ 1 comprimido

    (lactose, amido, corante vermelho ponceau 4R, amido glicolato sdico, estearato

    de magnsio e gua).

    varfarina sdica ............................................................................................ 7,5 mg;

    excipientes q.s.p ............................................................................1 comprimido

    (lactose, amido, corante azul FDC alumnio n 1, amido glicolato sdico, estearato

    de magnsio e gua).

    INFORMAES AO PACIENTE Como este medicamento funciona?

  • Marevan um anticoagulante que prolonga o tempo de coagulao do sangue.

    Por que este medicamento foi indicado? Marevan eficaz na preveno do tromboembolismo venoso, do embolismo

    sistmico em pacientes com prtese de vlvulas cardacas ou fibrilao atrial, do

    acidente vascular cerebral, do infarto agudo do miocrdio e da recorrncia do

    infarto. Os anticoagulantes orais tambm esto indicados na preveno do

    embolismo sistmico em pacientes com doena valvular cardaca.

    Quando no devo usar este medicamento? A varfarina no deve ser administrada nas situaes a seguir.

    Primeiras 24 horas antes ou aps cirurgia ou parto Doenas hepticas ou renais graves Hemorragias Hipertenso arterial grave no controlada Endocardite bacteriana Gravidez Lactao Aneurisma cerebral ou artico Hemofilia Doena ulcerativa ativa do trato gastrointestinal Feridas ulcerativas abertas Ameaa de aborto ou aborto incompleto Indisposio ou incapacidade do paciente para entender o tratamento,

    ausncia de laboratrio confivel para realizar os testes de controle ou

    grave risco de interaes medicamentosas

    Crianas Hipersensibilidade a qualquer componente do produto

    Precaues e advertncias

  • Marevan no deve ser administrado a pacientes que apresentem sangramento ativo e, em geral, no deve ser prescrito a pacientes com

    risco de hemorragia, embora possa ser usado com extrema precauo.

    Os pacientes sob risco compreendem aqueles com doenas sangneas hemorrgicas, lcera pptica, feridas graves (inclusive feridas cirrgicas) e

    endocardite bacteriana.

    Os idosos e pacientes com deficincia de vitamina K requerem cuidado especial, assim como aqueles com hipertiroidismo.

    Se houver interao medicamentosa com outra droga e risco de hemorragia grave, uma das drogas deve ser suspensa.

    Em caso de suspeita de alterao do efeito de Marevan, a atividade anticoagulante deve ser cuidadosamente monitorizada, a fim de se

    aumentar ou diminuir a sua dose, se necessrio. O perodo crtico quando

    pacientes estabilizados com um anticoagulante iniciam o tratamento com

    um medicamento interagente ou quando se retira o medicamento

    interagente em pacientes antes estabilizados com a interao

    medicamentosa.

    Se ocorrerem complicaes hemorrgicas graves, deve-se interromper imediatamente a administrao do anticoagulante.

    Se houver perda ou ganho de peso, o mdico deve ser informado, a fim de verificar a necessidade de ajuste de dosagem.

    Informe o dentista ou mdico, no caso de outro tratamento, sobre o uso de Marevan. A varfarina interage com muitos outros medicamentos.

    Informe tambm o farmacutico antes de comprar qualquer medicamento de venda livre (ex.: cido acetilsaliclico).

    Caso ocorra qualquer indisposio ou sintoma de causa desconhecida, o paciente dever entrar em contato imediatamente com o mdico.

    Interaes medicamentosas

    Deve-se ter cuidado no uso concomitante de qualquer droga em pacientes

    recebendo tratamento anticoagulante oral.

  • A atividade da varfarina pode ser potencializada por esterides anablicos como:

    etilestranol, metandrostenolona, (noretrandolona), amiodarona,

    amitriptilina/nortriptilina, azapropazona, aztreonam, benzafibrato, cefamandol,

    cloranfenicol, hidrato de coral, cimetidina, ciprofloxacino, clofibrato, cotrimoxazol,

    danazol, destropropoxifeno, destrotiroxina, dipiridamol, eritromicina, neomicina,

    feprazona, fluconazol, glucagon, metronidazol, miconazol, oxifenilbutazona,

    fenformina, fenilbutazona, feniramidol, quinidina, salicilatos, tolbutamida,

    sulfonamidas (ex: sulfafenazol, sulfinpirazona), tamoxifeno, triclofos,diflunisal,

    flurbiprofeno, indometacina, cido mefenmico, piroxicam, sulindaco e,

    possivelmente, outros analgsicos antiinflamatrios, cetoconazol, cido nalidxico,

    norfloxacino, tetraciclinas e outros antibiticos de largo espectro, alopurinol,

    dissulfiram, metilfenidato, paracetamol, drogas para tratamento de disfunes da

    tireide e qualquer droga potencialmente hepatotxica.

    A atividade anticoagulante pode tambm ser aumentada com grandes

    quantidades ou ingesto crnica de lcool, particularmente em pacientes com

    insuficincia heptica.

    Mulheres em uso de varfarina devem consultar o mdico antes do uso

    concomitante de creme vaginal ou supositrio de miconazol, pois pode haver

    potencializao do efeito anticoagulante.

    Tanto a potencializao quanto a inibio do efeito anticoagulante tm sido

    relatadas com fenitona, ACTH e corticosterides.

    A colestiramina e o sulcralfato acarretam insuficincia da absoro e diminuio

    da atividade da varfarina. A colestiramina pode tambm diminuir a absoro de

    vitamina K sem, no entanto, aumentar a atividade anticoagulante da varfarina.

    O efeito anticoagulante pode ser diminudo pela administrao de vitamina K,

    inclusive como constituinte de alguns alimentos, como saladas verdes.

    A atividade anticoagulante da varfarina pode ser inibida por drogas que induzem

    as enzimas hepticas, tais como: aminoglutetimida, barbiturato, carbamazepina,

    etclorvinol, glutatimida, griseofulvina, dicloralfenazona, primidona, rifampicina e

    contraceptivos orais.

    Interao com exames laboratoriais

  • Com exceo dos exames relacionados aos fatores da coagulao dependentes

    da vitamina K, que so deprimidos pelos anticoagulantes cumarnicos, no h

    referncia de interferncia significativa com outros exames laboratoriais.

    Informe o mdico do aparecimento de reaes indesejveis.

    Informe o mdico se voc est fazendo uso de algum outro medicamento.

    No use o medicamento sem o conhecimento de seu mdico. Pode ser perigoso para a sua sade.

    Este medicamento contra-indicado para grvidas e lactantes.

    Como devo usar este medicamento? Aspecto fsico

    Marevan 2,5 mg comprimido amarelo, redondo, plano, chanfrado, com vinco

    em forma de cruz em um dos lados.

    Marevan 5 mg comprimido rosa, redondo, plano, chanfrado, com vinco em

    forma de cruz em um dos lados.

    Marevan 7,5 mg comprimido azul, redondo, plano, chanfrado, com vinco em

    forma de cruz em um dos lados.

    Posologia

    A posologia de Marevan deve ser individualizada para cada paciente, de acordo

    com a resposta de TP/INR (valores obtidos atravs de exames de sangue) do

    paciente ao medicamento. Dosagem inicial - recomenda-se que a terapia com Marevan seja iniciada com

    uma dose de 2,5 mg a 5 mg ao dia, com ajustes posolgicos baseados nos

    resultados de TP/INR.

  • Manuteno - na maioria dos pacientes, a resposta satisfatoriamente mantida

    com uma dose de 2,5 a 10 mg ao dia. A flexibilidade da dosagem pode ser obtida

    partindo-se os comprimidos ao meio.

    Durao da terapia - a durao da terapia para cada paciente deve ser

    individualizada. De modo geral, a terapia com anticoagulante deve ser continuada

    at que o risco de trombose e embolia seja eliminado.

    Dose perdida - o efeito anticoagulante de Marevan persiste por mais de 24 horas.

    Se o paciente esquecer de tomar a dose prescrita de Marevan no horrio

    marcado, a dose deve ser tomada, assim que possvel, no mesmo dia. No dia

    seguinte, a dose esquecida no deve ser adicionalmente ingerida e o tratamento

    deve ser seguido normalmente. A dose nunca deve ser duplicada.

    Este medicamento foi prescrito pelo mdico para voc; por isso, nunca o

    administre a outra pessoa, pois pode ser prejudicial a ela, ainda que os sintomas

    sejam iguais.

    A dose do medicamento depende dos resultados de exames de sangue que voc

    dever fazer periodicamente, orientado por seu mdico.

    Siga as orientaes de seu mdico, respeitando sempre os horrios, as doses e a durao do tratamento. No interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu mdico. Siga corretamente o modo de usar. No use o medicamento com prazo de validade vencido. Antes de usar observe o aspecto do medicamento. Que males este medicamento pode causar?

    O efeito adverso mais importante o sangramento, que pode ocorrer em qualquer local, desde o sangramento nasal at a formao de hematomas e

    anemia. A cor da urina pode se alterar pela presena de sangramento

    urinrio. Sangramento por pequenos cortes, como o que ocorre ao se

    barbear, pode demorar a estancar.

  • Outros efeitos podem aparecer, como: queda de cabelo, febre, anorexia (disfuno alimentar), nuseas, vmito, gases, diarria, dor abdominal,

    reaes de hipersensibilidade, inclusive vermelhido na pele, urticria,

    cansao, dor de cabea, dor no trax, intolerncia ao frio e perda de

    conscincia.

    Ocasionalmente, em pessoas idosas e obesas, podem ser observadas leses na pele, inclusive alterao da cor nos dedos dos ps (colorao

    arroxeada).

    O risco mais importante da terapia com a varfarina de hemorragia em vrios rgos, com conseqente formao de hematomas, bem como

    desenvolvimento de anemia.

    Podem tambm ser observados pancreatite (inflamao do prncreas), hemotrax (sangue na parte interna do peito) e sangramento nasal. Se

    forem observados quaisquer destes sintomas suspenda imediatamente o

    tratamento e fale com seu mdico.

    Se administrado no primeiro trimestre da gravidez, Marevan pode causar pontilhado sseo no feto e anormalidades faciais e do sistema nervoso

    central, que tambm podem se desenvolver aps administrao no

    segundo e terceiro trimestres. A administrao gestante, em estgios

    mais avanados da gravidez, est associada hemorragia fetal e aumento

    da taxa de aborto.

    Ateno: este um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficcia e segurana aceitveis para comercializao, efeitos indesejveis e no conhecidos podem ocorrer. Neste caso, informe o mdico.

    O que fazer se algum usar uma grande quantidade deste medicamento de uma s vez?

  • Um dos sintomas que pode ocorrer aps uma superdosagem hemorragia de

    qualquer tecido ou rgo. Os sinais e sintomas variam de acordo com a

    localizao e extenso do sangramento. Em caso de dose excessiva, o paciente

    dever ser encaminhado imediatamente a um servio hospitalar.

    Onde e como devo guardar este medicamento? Cuidados de conservao

    Marevan deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30C) em

    sua embalagem original. Proteger da umidade.

    Prazo de validade

    36 meses aps a data de fabricao impressa no cartucho. No use

    medicamentos com o prazo de validade vencido.

    TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANAS.

    INFORMAES TCNICAS Caractersticas farmacolgicas

    A varfarina sdica, substncia ativa de Marevan, um anticoagulante sinttico

    pertencente classe dos antagonistas da vitamina K. A varfarina uma mistura

    racmica de quantidades aproximadamente iguais de 2 ismeros opticamente

    ativos, as formas R e S.

    Farmacodinmica

    Marevan atua por inibio da formao dos fatores de coagulao II, VII, IX e X.

    Um efeito no tempo de protrombina produzido em 24 a 36 horas aps a dose

    inicial e atinge o mximo em 36 a 48 horas, mantendo-se por 48 horas ou mais,

    aps a interrupo da administrao.

  • Dentre os compostos 4-hidroxicumarnicos, a varfarina o anticoagulante oral

    mais amplamente usado, devido ao seu incio de ao previsvel, durao da ao

    e excelente biodisponibilidade.

    Farmacocintica

    A varfarina rpida e amplamente absorvida atravs do trato gastrointestinal. Sua

    absoro praticamente completa aps a administrao por via oral.

    A varfarina circula ligada a protenas plasmticas; distribui-se amplamente em

    todos os tecidos e se acumula rapidamente no fgado, primariamente nos

    microssomos. A exemplo dos demais anticoagulantes cumarnicos, atravessa a

    barreira placentria e excretada no leite materno.

    Aproximadamente 97% da substncia apresentam-se ligados albumina

    plasmtica.

    Os dois ismeros so metabolicamente transformados por vias diferentes. A R-

    varfarina primariamente metabolizada por reduo da cadeia lateral acetonil em

    varfarina lcoois, que so excretados na urina, e a S-varfarina metabolizada por

    oxidao a 7-hidroxi-S-varfarina, que eliminada na bile. O frmaco lentamente

    degradado e apresenta um ligeiro efeito cumulativo, capaz de manter a atividade

    de protrombina nos nveis desejados, apesar de eventuais variaes nas

    dosagens dirias.

    A varfarina racmica tem uma meia-vida plasmtica de 36 a 42 horas.

    A sua ao se inicia dentro de 24 horas, por causa da inibio da produo do

    fator VII, que tem uma meia-vida de seis a sete horas, mas o pico da atividade se

    d entre 72 a 96 horas devido s meias-vidas maiores dos fatores II, IX e X.

    Aps administrao por via oral, em indivduos normais, concentraes

    plasmticas mximas so atingidas em cerca de 90 minutos.

    O ndice normalizado internacional (INR) deve ser usado como parmetro para o

    tratamento com anticoagulantes orais e preveno de hemorragias.

    A intensidade tima do tratamento anticoagulante varia com as indicaes. Para a

    maioria das indicaes, apropriado um efeito anticoagulante moderado com um

    INR - alvo de 2.0 a 3.0 (esquema de intensidade moderada). Para este INR e uma

  • tromboplastina com um ndice internacional de sensibilidade (ISI) de 2,3, a

    correspondente relao protrombina-tempo de aproximadamente 1,35 a 1,61.

    A concentrao teraputica de varfarina, portanto aquela capaz de manter, aps

    o alcance do estado de equilbrio, uma relao protrombina/tempo apropriada para

    a indicao.

    Aps ser metabolizada no fgado em compostos inativos, a varfarina eliminada

    sob a forma de varfarina lcoois na urina e de 7-hidroxi-S varfarina, na bile. A

    meia-vida de eliminao (T1/2) da varfarina varia de 25 a 60 horas (mdia de 40

    horas). A sua durao de ao, em condies normais, varia de dois a cinco dias.

    Resultados de eficcia Estudo1 randomizado, duplo cego, com 738 pacientes, mostrou que a terapia com

    a dose convencional de varfarina mais efetiva e no est associada a maior

    risco de sangramento importante, quando comparada a terapia de baixa

    intensidade com varfarina, para a preveno de tromboemblise recorrente por

    tempo prolongado (mdia de durao: 2,4 anos).

    Prins HM et al 2 mostraram que em pacientes com trombose venosa profunda, o

    uso de varfarina superior ao placebo ou a doses profilticas de heparina

    subcutnea, na preveno de recorrncia.

    Outros estudos3 verificaram que, aps cirurgias ortopdicas ou ginecolgicas de

    grande porte, o uso de varfarina efetivo na preveno da trombose venosa.

    Dados de uma anlise conjunta de cinco estudos4 controlados e randomizados

    publicados em 1994, avaliaram a eficcia e os riscos da terapia anti-trombtica em

    pacientes com fibrilao atrial. No grupo varfarina-controle, 1889 pacientes

    receberam varfarina e 1802, placebo. A mdia de idade dos estudos foi de 69

    anos, 46% dos pacientes possuam histria de hipertenso, 6% j tinham

    apresentado ataque isqumico transitrio ou AVC (acidente vascular cerebral-

    derrame) e 14% eram diabticos. A eficcia da varfarina foi consistente em todos

    os estudos e subgrupos de pacientes. Em mulheres, a varfarina reduziu o risco de

    AVC em 84%, comparado a 60% nos homens. A taxa anual de hemorragia grave

    (hemorragia intracraniana, necessidade de hospitalizao ou transfuso de duas

    unidades de sangue) foi de 1% para o grupo controle e 1,3% para o grupo

  • varfarina. Nesses estudos a varfarina reduziu o risco de AVC em pacientes com

    fibrilao atrial em 68%, com praticamente nenhum aumento na freqncia de

    hemorragia grave.

    Outro estudo5 multicntrico, randomizado, comparou a ao da varfarina ou

    aspirina com placebo na preveno do AVC e do embolismo sistmico (eventos

    primrios), tendo includo 1330 pacientes internados ou ambulatoriais com

    fibrilao atrial de origem no reumtica, constante ou intermitente. No grupo

    varfarina versus placebo, a taxa de AVC isqumico e embolia sistmica foi

    reduzida substancialmente pelo uso de varfarina (2,3% /ano comparado com 7,4%

    /ano no grupo placebo). O risco de evento primrio ou morte foi reduzido em 58%

    naqueles do grupo varfarina. O risco de hemorragia significativa foi de 1,5%, 1,4%

    e 1,6% / ano, para os pacientes dos grupos varfarina, aspirina e placebo,

    respectivamente.

    O Trombosis Prevention Trial6 avaliou o uso de varfarina (alvo de INR 1,3 a 1,8),

    aspirina (75mg/dia) ou ambos, para preveno do primeiro IAM. Os resultados

    sugeriram que o uso da varfarina com baixa intensidade de anticoagulao foi

    efetivo na preveno de isquemia aguda (particularmente eventos fatais), e a

    combinao com aspirina foi mais efetiva que o uso isolado, com pequeno

    aumento no risco de hemorragias. O estudo WARIS II7 comparou a varfarina, a aspirina ou ambos em 3630 pacientes

    com IAM, randomizados no perodo de alta hospitalar e acompanhados por dois

    anos. Os desfechos foram: mortalidade total, re-infarto no fatal ou acidente

    vascular tromboemblico. Esses eventos ocorreram em 20% dos pacientes do

    grupo aspirina (160 mg/d), 16,7% do grupo varfarina (INR mdio 2,8) e 15% dos

    pacientes que utilizaram ambas as drogas (INR mdio 2.2; aspirina 75 mg/d). A

    superioridade da associao versus aspirina foi altamente significativa (p 0.0005).

    No houve diferena significativa entre os dois grupos com varfarina.

    Sangramento importante ocorreu numa taxa de 0.15% por ano no grupo aspirina,

    0.58% / ano no grupo varfarina e 0.52% / ano no grupo com associao.

    Em um estudo8 prospectivo, randomizado, aberto, controlado com 254 pacientes,

    o intervalo livre de eventos tromboemblicos foi significativamente maior nos

  • pacientes com prtese valvar cardaca mecnica tratados apenas com varfarina,

    comparado com dipiridamol-aspirina (p

  • Grave doena heptica ou renal, hemorragias, hipertenso arterial grave

    no controlada, endocardite bacteriana.

    Durante as primeiras 24 (vinte e quatro) horas antes ou aps cirurgia ou parto.

    Gravidez, especialmente durante o primeiro trimestre, devido possibilidade de m-formao fetal. A administrao gestante em

    estgios mais avanados da gravidez est associada hemorragia fetal e

    aumento da taxa de aborto.

    Lactantes. Aneurisma cerebral ou artico, hemofilia, doena ulcerativa ativa do trato

    gastrointestinal, feridas ulcerativas abertas, aborto ameaado ou incompleto

    e hipersensibilidade a qualquer componente do produto.

    Indisposio ou incapacidade do paciente entender o tratamento, ausncia de laboratrio confivel para realizar os testes de vigilncia ou grave risco

    de interaes medicamentosas.

    Posologia A posologia de Marevan deve ser individualizada para cada paciente,de acordo

    com a resposta de TP/INR do paciente droga.

    Dosagem inicial - recomenda-se que a terapia com Marevan seja iniciada com

    uma dose de 2,5 a 5,0 mg ao dia, com ajustes posolgicos baseados nos

    resultados das determinaes de TP/INR.

    Manuteno - na maioria dos pacientes, a resposta satisfatoriamente mantida

    com uma dose de 2,5 a 10 mg ao dia. A flexibilidade da dosagem pode ser obtida

    partindo-se os comprimidos ao meio.

    Durao da terapia - a durao da terapia para cada paciente deve ser

    individualizada. De modo geral, a terapia com anticoagulante deve ser continuada

    at que o risco de trombose e embolia seja eliminado.

    Dose perdida - o efeito anticoagulante de Marevan persiste por mais de 24 horas. Se o paciente esquecer de tomar a dose prescrita de Marevan no horrio

  • marcado, a dose deve ser tomada assim que possvel no mesmo dia. No dia

    seguinte, a dose esquecida no deve ser adicionalmente ingerida e o tratamento

    deve ser seguido normalmente.

    Advertncias Marevan no deve ser administrado a pacientes que apresentem sangramento

    ativo. Em geral, no deve ser prescrito a pacientes com risco de hemorragia,

    embora possa ser usada com extrema precauo.

    Os pacientes sob risco compreendem aqueles com patologias sangneas

    hemorrgicas, lcera pptica, feridas graves (inclusive feridas cirrgicas) e

    endocardite bacteriana.

    Os idosos e pacientes com deficincia de vitamina K requerem cuidado especial,

    assim como aqueles com hipertiroidismo.

    Se houver interao medicamentosa com outra droga e risco de hemorragia

    grave, uma das drogas deve ser suspensa.

    Em caso de suspeita de alterao do efeito do frmaco, a atividade anticoagulante

    deve ser cuidadosamente monitorizada, a fim de se aumentar ou diminuir a sua

    dose, se necessrio. O perodo crtico quando pacientes estabilizados com um

    anticoagulante iniciam o tratamento com um frmaco interagente ou quando se

    retira o frmaco interagente em pacientes antes estabilizados com a interao

    medicamentosa.

    Uso em idosos e crianas A administrao de varfarina em idosos deve ser realizada com muita cautela e

    monitorizaco freqente.

    A segurana e a eficcia do medicamento varfarina em menores de 18 anos de

    idade no foram estabelecidas em estudos.

    Interaes medicamentosas Deve-se ter cuidado no uso concomitante de qualquer droga em pacientes

    recebendo tratamento anticoagulante oral.

  • A atividade da varfarina pode ser potencializada por esterides anablicos (ex.:

    etilestranol, metandrostenolona, noretrandolona), amiodarona,

    amitriptilina/nortriptilina, azapropazona, aztreonam, benzafibrato, cefamandol,

    cloranfenicol, hidrato de coral, cimetidina, ciprofloxacino, clofibrato, cotrimoxazol,

    danazol, destropropoxifeno, destrotiroxina, dipiridamol, eritromicina, neomicina,

    feprazona, fluconazol, glucagon, metronidazol, miconazol, oxifenilbutazona,

    fenformina, fenilbutazona, feniramidol, quinidina, salicilatos, tolbutamida,

    sulfonamidas (ex.: sulfafenazol, sulfinpirazona), tamoxifeno,triclofos,,diflunisal,

    flurbiprofeno, indometacina, cido mefenmico, piroxicam, sulindaco e,

    possivelmente, outros analgsicos antiinflamatrios, cetoconazol, cido nalidxico,

    norfloxacino, tetraciclinas e outros antibiticos de largo espectro,,alopurinol,

    dissulfiram, metilfenidato, paracetamol, drogas para tratamento de disfunes da

    tireide e qualquer droga potencialmente hepatotxica.

    A atividade anticoagulante pode tambm ser aumentada com grandes

    quantidades ou ingesto crnica de lcool, particularmente em pacientes com

    insuficincia heptica.

    Mulheres em uso de varfarina devem consultar o mdico antes do uso

    concomitante de creme vaginal ou supositrio de miconazol, pois pode haver

    potencializao do efeito anticoagulante.

    Tanto a potencializao quanto a inibio do efeito anticoagulante tm sido

    relatadas com fenitona, ACTH e corticosterides.

    A colestiramina e o sulcralfato acarretam insuficincia da absoro e diminuio

    da atividade da varfarina. A colestiramina pode tambm diminuir a absoro de

    vitamina K sem, no entanto, aumentar a atividade anticoagulante da varfarina.

    O efeito anticoagulante pode ser diminudo pela administrao de vitamina K,

    inclusive como constituinte de alguns alimentos, como saladas verdes.

    A atividade anticoagulante da varfarina pode ser inibida por drogas que induzem

    as enzimas hepticas, como: aminoglutetimida, barbiturato, carbamazepina,

    etclorvinol, glutatimida, griseofulvina, dicloralfenazona, primidona, rifampicina e

    contraceptivos orais.

    Reaes adversas

  • As reaes adversas esto relacionadas na tabela abaixo de acordo com a

    freqncia do CIOMS (Council for International Organizations of Medical Sciences).

    Sistema Corporal Reao adversa

    Gastrointestinal Comum Nusea, vmito e diarria, flatulncia,

    clicas abdominais, inchao e anorexia

    Incomum lceras da boca

    Hepato-biliar Comum Pancreatite

    Incomum Aumento das concentraes sricas de

    TGO e TGP e bilirrubina.

    Rara Hepatite, leses hepticas, ictercia e

    leso colesttica

    Nervoso Incomum Cefalia

    Imunolgico Rara Anafilaxia e alergia

    Nefrolgico Rara Nefropatias

    Dermatolgico Incomum Dermatite, urticria, exantema, prurido

    e alopecia

    Geral Incomum Letargia, fadiga

    Rara Tonturas, palidez, intolerncia ao frio,

    Muito comum 10%

    Comum 1% e < 10%

    Incomum 0,1% e < 1%

    Rara 0,01% e < 0,1%

    Muito rara 0,01%

  • astenia, perda de conscincia e

    priapismo

    Sangue

    Incomum Leucopenia, agranulocitose e anemia

    Vascular

    Comum Hemotrax e sangramento nasal

    Rara Vasculite, parestesia, hipotenso,

    angina e coma

    Necrose drmica nos primeiros dias de tratamento tem sido relatada com pouca

    freqncia e, na maioria dos casos, em mulheres idosas e obesas. O primeiro

    sinal uma placa eritematosa edemaciada. A administrao de vitamina K neste

    estgio pode prevenir o desenvolvimento de equimose e infarto.

    Administrada no primeiro trimestre da gravidez, a varfarina pode causar uma

    sndrome varfarnica fetal, caracterizada por condrodisplasia punctata (pontilhado

    sseo) e anormalidades faciais e do SNC, que tambm podem se desenvolver

    aps administrao no segundo e terceiro trimestres. A administrao gestante,

    em estgios mais avanados da gravidez, est associada hemorragia fetal e

    aumento da taxa de aborto. A incidncia relatada da sndrome varfarnica fetal tem

    oscilado entre 5% e 30%.

    A VARFARINA RECONHECIDAMENTE TERATOGNICA. Interferncia em exames laboratoriais Com exceo dos exames relacionados aos fatores da coagulao dependentes

    da vitamina K, que so deprimidos pelos anticoagulantes cumarnicos, no h

    referncias de interferncia significativa com outros exames laboratoriais.

    Superdosagem

  • Quadro clnico - Hemorragia de qualquer tecido ou rgo. Os sinais e sintomas

    variam de acordo com a localizao e extenso do sangramento.

    A possibilidade de hemorragia deve ser considerada em qualquer paciente sob

    terapia anticoagulante que sofra quedas, quando no houver um diagnstico

    bvio.

    O sangramento durante a terapia anticoagulante nem sempre se correlaciona com

    a atividade de protrombina. Pode ocorrer hemorragia adrenal com resultante

    insuficincia supra-renal durante terapia anticoagulante.

    Os sangramentos que ocorrem quando o tempo de protrombina est dentro da

    faixa teraputica justificam uma investigao diagnstica mais acurada, que pode

    desmascarar uma leso prvia no suspeitada (ex.: tumor, lcera, etc).

    Tratamento - A protrombinopenia excessiva, com ou sem sangramento,

    rapidamente controlada pela descontinuao da varfarina e, se necessrio,

    administrao oral ou parenteral de vitamina K.

    O aparecimento de hematria microscpica, sangramento menstrual excessivo,

    melena, petquias ou sangramento excessivo por cortes ou ao barbear, so

    manifestaes precoces de hipoprotrombinemia alm do nvel seguro e

    satisfatrio.

    Para correo da protrombinopenia excessiva, com ou sem sangramento, a

    suspenso de uma ou mais doses do medicamento pode ser suficiente. Se

    necessrio, doses pequenas de vitamina K (2,5 a 10 mg) geralmente corrigem o

    distrbio. No caso de persistncia de um sangramento menor ou evoluo para

    uma hemorragia fraca, podem ser administradas doses de 5 a 25 mg de vitamina

    K por via parenteral.

    Caso ocorra hemorragia grave ou estados protrombinopnicos no-responsivos

    vitamina K, deve-se considerar a transfuso de plasma fresco congelado ou

    sangue total.

    Na insuficincia supra-renal decorrente de hemorragia adrenal, deve ser instituda

    prontamente corticoterapia por via intravenosa logo depois da confirmao do

    diagnstico.

  • O reincio do tratamento com a varfarina reverte o efeito da vitamina K, podendo

    ser obtida novamente uma hipoprotrombinemia teraputica. Foi relatado um

    estado de hipercoagulabilidade aps rpida reverso de um tempo de protrombina

    prolongado, por isso deve-se ter cuidado na determinao da necessidade de

    tratamento com vitamina K.

    Armazenagem Marevan deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30C), em

    sua embalagem original. Proteger da umidade.

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