Variação de Armazenagem e Infiltração de Água e Resistência Mecânica à Penetração Num...

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS Centro de engenharias – Engenharia Agrícola Disciplina: Solo- Água- Planta Acadêmica: Letícia Burkert Méllo Docentes: Eloy A. Pauletto e Cláudia L. R. Lima Determinações de laboratório e de campo: Variação de armazenagem e infiltração de água e resistência mecânica à penetração num Planossolo em área experimental UFPEL Campus Capão do Leão.

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Determinações de laboratório e de campo:Variação de armazenagem e infiltração de água e resistência mecânica à penetração num Planossolo em área experimental UFPEL Campus Capão do Leão.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTASCentro de engenharias Engenharia Agrcola

Disciplina: Solo- gua- PlantaAcadmica: Letcia Burkert MlloDocentes: Eloy A. Pauletto e Cludia L. R. Lima

Determinaes de laboratrio e de campo:Variao de armazenagem e infiltrao de gua e resistncia mecnica penetrao num Planossolo em rea experimental UFPEL Campus Capo do Leo.

Pelotas, dezembro 2014.SUMRIO

1.Introduo32.Materiais e mtodos52.1.rea experimental, localizao e clima.52.2.Variao de armazenagem de gua no solo52.3.Resistncia do solo a penetrao92.4.Infiltrao de gua no solo113.Resultados e discusses154.Concluso215.Referncias226.Anexos237.Apndices34

1. IntroduoNo solo, a gua ocupa os espaos porosos formados doarranjo fsico das partculas da fase slida competindo e,frequentemente, concorrendo com a fase gasosa do solo. Dagua que chega ao solo, uma parte armazenada; a gua dosolo altamente dinmica, exibindo variao no tempo e noespao, sobretudo perto da superfcie do solo, devido evaporao e atividade das razes das plantas. Mudanas nocontedo de gua do solo e no seu estado de energia afetam muito as suas propriedades mecnicas, incluindo resistncia,compactabilidade e penetrabilidade, podendo causar mudanasna densidade de solos expansivos (Or&Wraith,2000).A infiltrao o processo da conduo de gua no sentido vertical descendente. A capacidade de infiltrao de gua no solo afetada pelo tempo, umidade inicial, porosidade e textura, condutividade hidrulica, dentre outros. Com o transcorrer do tempo, a capacidade de infiltrao vai diminuindo, tendendo para uma taxa constante de infiltrao, que ser igual mxima condutividade hidrulica da camada limitante (Klein, 1998). O fluxo da gua em solo nosaturado, na regio do sistema radicular dos cultivos, muito pouco estudado. No entanto, o seu conhecimento de fundamental importncia no entendimento dos processos de infiltrao, redistribuio e suprimento de gua s culturas (Klein, 1998). As propriedades fsicas do solo, como a textura e a estrutura, determinam o fluxo de gua no solo.A condutividade hidrulica (K) do solo no-saturado pode ser descrita como uma funo K(), em que = umidade volumtrica do solo, que traduz o quanto ele conduz de gua em dada umidade.A reteno de gua primariamente dependente da distribuio de tamanho de partculas do solo, estrutura, mineralogia e matria orgnica; numa segunda considerao, o uso e o manejo do solo estaro afetando a reteno e o seu contedo de gua no solo. O melhor aproveitamento da gua capilar pode tornar-se fundamental para a melhoria das produes e das condies do solo, pois, na medida em que submetido a muitos ciclos de umedecimento e secagem, o solo pode ter suas propriedades fsicas prejudicadas como, por exemplo, um aumento na densidade do solo (Fassbender, 1982). As foras responsveis pela armazenagem de gua no solo so: de capilaridade que ocorre quando o solo est mais mido, e a de adsoro ocorre quando o solo est relativamente mais seco.Para se determinar a energia a qual a gua est retida no solo utilizado o potencial mtrico do solo, a determinao desta energia de grande importncia, porque a energia de reteno da gua que condicionar a disponibilidade de gua para a planta.A resistncia mecnica do solo penetrao uma propriedade fsica relativamente fcil de ser obtida e, de certa forma, de ser correlacionada com a densidade e com a macroporosidade. Para um mesmo solo, quanto maior for a densidade do solo, maior ser a resistncia penetrao e menor ser a macroporosidade, que o principal espao para o crescimento das razes. Deve ser levado em conta, no entanto, que a resistncia do solo mais afetada pela variao nos contedos de umidade do solo no momento da amostragem do que pela densidade do solo.Para Klein et al. (1998), a resistncia mecnica do solo penetrao influenciada por vrios fatores, sendo a densidade e a umidade os principais. Os autores citam que, em uma pesquisa de resistncia mecnica do solo penetrao, fundamental que se faa o monitoramento dos dados de densidade e de umidade, uma vez que esses fatores influenciam diretamente os valores da resistncia mecnica do solo penetrao.Neste contexto, o objetivo do trabalho foi verificar e quantificar a capacidade de armazenamento da lmina de gua em diferentes profundidades (0-15 cm); (15-30 cm); (30-45 cm); (45-60 cm) e (60-75 cm) de solo, este determinado como Planossolo. Bem como a tenso em que a gua esta retida no solo atravs dos fenmenos de capilaridade e adsoro, para determinao de um possvel dficit hdrico. Outro objetivo foi determinar infiltrao da gua no solo, em funo do tempo, e tambm a resistncia do solo a penetrao da rea estudada.

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2. Materiais e mtodos

2.1. reaexperimental, localizao e clima.O experimento foi realizado em uma rea experimental localizada no campus universitrio Capo do Leo da Universidade Federal de Pelotas, situado a 14Km do centro de Pelotas, ao lado das estufas. A rea do experimento possui um solo do tipo Planossolo cor bruno acinzentado, textura arenosa, relevo suave e ondulado. A altitude Mdia do local de 10 m e est em uma regio de clima cfa (clima temperado mido com Vero quente), conforme a classificao de Kppen.

2.2. Variao de armazenagem de gua no soloO tensimetro mede a tenso de gua ou potencial matricial do solo, que pode ser convertido para umidade do solo. Sendo utilizado para determinar a umidade atual e o armazenamento de gua no solo.Para construir um tensimetro de mercrio so necessrios:- uma mangueira espaguete (aproximadamente um dimetro interno de 1,25 mm e externo de 3,0 mm);- uma rolha;- um tubo de PVC (dimetro interno de 30 mm);- uma cpsula porosa de cermica;- uma cubeta com mercrio;- uma estaca de madeira;- cola Araldite.Foram utilizados cinco tensimetros em cinco profundidades (15 cm); (30 cm); (45 cm); (60 cm) e (75 cm). Os tensimetros foram instalados com auxilio de um trado com rosca de mesmo dimetro de seu tubo de pvc (2cm), so basicamente constitudos por um tubo plstico (PVC), em sua extremidade inferior h uma cpsula de porcelana porosa, fechado hermeticamente na extremidade superior, onde se encontra um manmetro de mercrio ou um vacumetro metlico tipo Bourdon, como elemento indicador do vcuo existente dentro do aparelho, quando em operao, com o auxlio de transdutor de presso, possvel fazer as leituras da tenso da gua do solo diretamente nos tensimetros, puncionando, por meio de uma agulha especial, uma rolha de borracha siliconada. Foram instaladas hastes de madeira como suporte para a cuba de mercrio e para mecanismos de leituras, a altura da fita mtrica foi calculada para cada profundidade de tensimetro, zerando o potencial mtrico na formula de forma a facilitar a leitura a campo.O vacumetro metlico O vacumetro metlico calibrado geralmente em centibar ou em mm Hg (milmetro de mercrio), mas os valores de tenso podem ser dados tambm em centmetros de gua, bar e Pascal (Pa), de acordo com as relaes com a profundidade estabelecida , coloca-se o tensimetro com cuidado para no acarretar nenhum dano fsico a cpsula porosa que muito frgil, esta mesma deve ficar em perfeito contato entre a cpsula e o solo, que se consegue colocando um pouco terra dentro do buraco, aps para evitar a entrada de gua pela superfcie, de forma a alterar o resultado das leituras, fixa-se uma lmina de borracha e uma camada de terraPara a correta instalao importante que o solo esteja o mais mido possvel, para que haja bom contato necessrio entre a cpsula porosa e o solo. Aps instalar o tensimetro no solo, deve-se preencher todo o tubo de PVC com gua destilada e retirar todo o ar do sistema pela extremidade aberta fluxando com o auxlio de uma piceta.

Figura 1- Modelo de tnsiometro utilizado no exprimento.A rea experimental possui um planossolo, onde foram instalados um conjunto com 5 (cinco) tensimetros, devidamente calibrados, em linha e numerados na seguinte ordem:- Tensimetro 01 Profundidade de instalao cpsula do tensimetro 15 cm;- Tensimetro 02 Profundidade de instalao cpsula do tensimetro 30 cm;- Tensimetro 03 Profundidade de instalao cpsula do tensimetro 45 cm;- Tensimetro 04 Profundidade de instalao cpsula do tensimetro 60 cm;- Tensimetro 05 Profundidade de instalao cpsula do tensimetro 75 cm.As leituras foram efetuadas por um perodo de 28 dias, os dados encontram se em (anexo 1).O princpio de funcionamento baseia-se na altura da coluna de mercrio medida no espaguete, se o solo est seco o tubo perde gua para o solo atravs da cpsula porosa, fazendo com que a coluna de mercrio se eleve, se o solo estiver muito mido, entra gua no tubo pela cpsula, promovendo a reduo da altura da coluna de mercrio.O potencial mtrico determinado pela seguinte equao:

Onde: m = Potencial mtrico:hg = Altura da rgua em cm de Hg;hc = Altura do vidro de mercrio;z = Profundidade de instalao dos tensimetrosOs tensimetros, no momento de sua instalao j foram calibrados de forma a dispor a rgua de leitura altura que fosse possvel j excluir os termos hce z.Com isso utilizamos a seguinte equao: (anexo 2)

Onde: m= Potencial mtrico;hg = Altura da rgua (cm de Hg)O potencial mtrico diz respeito s interaes entre a matriz do solo e a soluo no solo, incluindo foras associadas com a adsoro e a capilaridade, responsveis pela reteno da soluo no solo (Libardi, 2004).Para encontrar a umidade volumtrica mdia () foi usada a equao van Genuchten (1980) (anexo 3 e 4)

Onde: = umidade volumtrica mdia;r= umidade volumtrica residual;s= umidade de saturao;m = potencial mtrico;= coeficiente de ajuste;n= coeficiente de ajuste;m= coeficiente de ajuste.Para armazenagem mdia de gua no solo, foi utilizada a seguinte relao (anexo 5):

Onde:h = altura da lmina de gua = umidade mdiaz = profundidadePara determinao da variao da armazenagem de gua (h) no solo, foi feito a mdia semanal, atravs da relao (anexo 6 e 7):

Onde:h2 (mm) armazenagem mdia da gua na segunda semana de observaoh1 (mm) armazenagem mdia da gua na primeira semana de observao2.3. Resistncia do solo a penetraoPara determinar a resistncia mecnica do solo penetrao, foi utilizado um Penetrmetro de impacto modelo IAA / PLANALSUCAR-STOLF. Este modelo foi uma modificao referente ao penetrgrafo convencional, onde o dinammetro e o registrador foram substitudos por um peso de curso constante para provocar a penetrao da haste no solo atravs de impactos (Stolf et al., 1983).O aparelho tem as seguintes caractersticas: Peso que provoca o impacto: 4 kg. Curso de queda livre: 400 mm. Cone: ngulo slido 30, rea da base 0,2 pol (12,8 mm de dimetro). Dimetro da haste que penetra no solo: 9,5 m

Figura 2- Modelo do penetrmetro utilizado.

Tanto o dimetro da haste como as dimenses do cone, so as mesmas do penetrgrafo convencional, padronizado pela ASAE.Vantagens em relao ao mtodo convencional:A. Dispensa o dinammetro e o registrador, tornando seu custo irrisrio em relao ao convencional;B. No exige calibrao, j que a massa do peso, o curso em queda livre e a acelerao da gravidade no variam;C. Os resultados independem do operador;D. Resulta num conjunto leve (cerca de 6 kg) e robusto.

Foram escolhidos cinco pontos aleatrios na rea experimental, com os mesmos foi feita a mdia, para representao de um todo da rea estudada.(Anexos 8 a 12)Com os resultados obtidos, foi calculado o nmero de impactos por decmetro, atravs da frmula:

Aps foi calculada a resistncia mecnica a penetrao pela equao de Stolf (1991) que :

(Sendo N = nmero de impactos/dm)Com o resultado obtido, foi feita a converso de Kgf/cm para MPa de todos os cinco testes. Destes resultados, foi obtida a mdia da penetrao mecnica do solo estudado. Sendo: 1 kgf/cm = 0,098 Mpa (anexo 13)

2.4. Infiltrao de gua no soloFoi realizado o teste de infiltrao de gua no solo, utilizando o Mtodo do infiltrmetro de Anel duplo, para determinar as curvas de velocidade de infiltrao de gua.O infiltrmetro de anel duplo composto por dois anis concntricos, um com 30 cm de dimetro e o outro com 15 cm de dimetro, so inseridos a uma profundidade de 15 cm no solo (figura 3). Em seguida inserido gua no anel externo, com a finalidade de bordadura, impedindo que a infiltrao se processe no sentido lateral do solo. O anel interno preenchido com gua at uma altura de 15 cm (figura 4), e sero feitas leituras cronometradas, aumentando os intervalos de leituras. As leituras sero feitas com o auxilio de uma rgua graduada colocada no anel interno.

Figura 3- modelo de infiltrmetro utilizado.

Figura 4- Esquema do ensaio de infiltrao com duplo anel.

Os dados de velocidade de infiltrao e infiltrao acumulada foram determinados por meio de leituras verificadas na rgua dentro de anel central do conjunto de anis concntricos. As primeiras leituras foram realizadas, inicialmente, em intervalos de 1 em 1 minutos, a partir da sexta leitura,foram realizadas 5 leituras de 2 em 2 minutos, logo aps o processo passou a ser com o intervalo de 5 minutos com 5 repeties e para finalizar 3 repeties com o intervalo de 10 minutos. (Anexo 14).Equao Potencial (Kostiakov - 1932)

Onde:I= Infiltrao acumuladat= tempo acumulado (h, min, seg)a e n= constantes dependentes do tipo de solo.Chamada equao de Kostiakov, este tipo de equao descreve bem a infiltrao para perodos curtos, comuns na precipitao de lminas dgua mdias e pequenas.A velocidade de infiltrao instantnea (VI) a derivada da infiltrao acumulada, em relao ao tempo:ou seja,

A equao de Kostiakov possui limitaes para perodos longos de infiltrao, pois neste caso, a TI tende a zero, medida que o tempo de infiltrao torna-se muito grande. Entretanto, na realidade, TI tende a um valor constante correspondente VIB, diferente de zero.A velocidade de infiltrao mdia (Vim) a diviso de I pelo tempo T:

A determinao dos coeficientes a e n foi feita utilizando-se o mtodo grfico.Mtodo Grfico: Plota-se os dados de I e T em um papel log-log e traa-se a linha reta de melhor ajuste dos pontos. O ponto de intercesso do prolongamento da reta com o eixo das ordenadas (relativo aos valores do tempo T) ser o valor de a, e a declividade da reta ser o valor de n.Na figura abaixo se encontra o modelo utilizado para os clculos de a e n (anexo 15 e 16).

Figura 5- Grfico velocidade de infiltrao

Critrio de classificao segundo a taxa de infiltrao bsica do solo (Reichardt, 1986):KoValor

Muito alta>3,0 cm/ h

Alta1,5 3,0 cm/ h

Mdia0,5 1,5 cm/ h

Baixa0,5 0,1 cm/ h

Muito baixa< 0,1 cm/ h

Os dados de umidade gravimtrica foram obtidos atravs da coleta de uma amostra de solo, a amostra foi coletada com as seguintes profundidades: 0-10; 10-20; 20-30; 30-40 cm e armazenadas em recipientes devidamente numerados os quais foram submetidos balana de preciso para determinar o peso mido, j com o desconto da tara, logo aps as amostras foram submetidas a um processo de secagem, por um perodo de 24 horas. Em seguida foram pesadas novamente para determinao do peso seco. Com aos resultados obtidos foi calculada a umidade gravimtrica das amostras, atravs da equao: (anexo 17).

3. Resultados e discussesA figura 6 indica o potencial matricial do solo estudado durante o perodo de 28 dias.Observando a figura 6, nota-se que nos primeiros 18 dias do experimento a umidade do solo foi diminuindo podemos deduzir que no houve precipitao nesse perodo.Seguindo o mesmo fator a precipitao, nota-se que no 19 dia houve um ponto discrepante o que nos leva a presumir que foi o dia mais seco durante o experimento.Observamos tambmque no 20 dia de experimento entrou gua no sistema, um pico de saturao nas trs primeiras camadas (0-15 cm), (15- 30cm) e (30- 45 cm) o que podemos deduzir que houve uma precipitao nesse dia.Conhecendo os potenciais da gua em diferentes pontos do solo, pode-se determinar sua tendncia de movimento (Reichardt&Timm, 1990).

Figura 6- Grfico do potencial mtrico

Na figura 7 apresentamos a curva da umidade volumtrica.Conforme foi apresentado na figura 6, podemos tomar para estudo da Umidade Volumtrica que a mesma est diretamente relacionada com a ocorrncia da saturao do solo na qual corresponde ao dias de pico, sendo esse o 20 dia do experimento.

Figura 7- Grfico umidade volumtrica

Durante as quatro semanas do experimento, observamos que a as camadas superficiais de 0-15 cm e de 15-30 cm foram s camadas que menos acumularam gua devido s variaes climticas. J em relao s camadas mais profundas esta variao de menor intensidade, favorecendo ao acumulo de gua (figura 8).

Figura 8- Grfico de lmina de gua nas quatro semanasNa (figura 9) representa o estudo da variao da lamina dgua, no qual foi analisada a diferena do acumulo de gua de uma semana para outra. Observa-se que na semana 1- 2 houve um dficit de gua em todas as camadas, outro ponto importante ocorreu durante a 3- 4 onde as camadas superficiais tiveram um supervit onde a camada 15 30 cm chegou a uma lmina dee as camadas mais profundas continuaram em dficit da variao da lmina dgua aonde a camada de 4,8 mm.

Figura 9- grfico variao da Lmina de gua

A (figura 10) mostra que conforme a infiltrao aumenta com passar do tempo, atingindo seu ponto mximo de 10,74 cm. A taxa de infiltrao diminui de maneira gradativa at se manter com o valor constante, neste caso prximo a 0,1 cm/h.

Figura 10- grfico curva caracterstica da infiltrao

A amostra do solo apresentou maior teor de umidade na camada de 40 a 60 cm chegando a uma porcentagem de 17,64%.

Figura 11- Umidade da amostra do solo

A figura a seguir representa curva de resistncia a penetrao do solo estudado, onde podemos notar que nas primeiras profundidades o solo no apresenta uma resistncia a penetrao considervel e a camada de 12 14 cm esto mais compactadas, pois apresentam um valor superior a 2,5 MPa o que volta a se repetir na camada com menos intensidade nas camadas 26- 28 cm, 34- 36 cm e 58- 60 cm onde chegam a 2,0 Mpa.

Figura 12- Curva de Resistncia penetrao

4. ConclusoNeste estudo conclumos que, com relao a capacidade de armazenamento da lmina da gua, observamos que as camada superficiais, de 0-15 e 15-30 cm, so as camada com maior variao do acumulo de gua no solo, pois, as mesmas so as afetadas pelas oscilaes climticas.Nos primeiros 19 dias do experimento, a camada superficial apresentou um dficit hdrico, na qual o estudo nos demonstra quanto e quando irrigar, resultado este obtido atravs do tensimetro, no qual nos d uma resposta rpida e significativa para o controle hdrico do solo.Com respeito infiltrao de gua no solo, o estudo nos mostra que o Planossolo estudado tem um comportamento de infiltrao relativamente baixa devido a sua alta concentrao de argila, favorecendo assim a reteno de gua.Pelo estudo da resistncia do solo a penetrao, foi possvel identificar as camadas do solo com maior estado de compactao, assim podendo fazer um melhor preparo do solo, melhorando sua produtividade.

5. RefernciasFASSBENDER, H.W. Qumica de suelos, connfasisensuelos de Amrica Latina. San Jose: IICA. 1982. 422pKLEIN, V.A. Propriedades fsico-hdrico-mecnicas de um Latossolo Roxo, sob diferentes sistemas de uso e manejo. Piracicaba, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 1998. 150p. (Tese de Doutorado)LIBARDI, P.L. Medida dos potenciais da gua no solo. In: LIBARDI, P.L. Dinmica da gua no solo.Piracicaba, SP: O Autor, 2004. cap.6, p. 121-145OR, D.; WRAITH, J.M. Soil water content and water potential relations hips.In: Sumner, M. E. (ed.) Handbook of Soil Science. Boca Raton, Washington. p. A-53-A-85, 2000.PAULETTO, E. Apostila Disciplina de Relao solo-Agua-Planta.UFPel, Pelotas, RS. (Equaes).REICHARDT, K. A gua em sistemas agrcolas. So Paulo: Manole, 1990. 171p.REICHARDT, K. A gua em sistemas agrcolas, Editora Manole LTDA, 1986.TOLF, R.; FERNANDES, J.; FURLANI NETO, v. Recomendaes para uso do penetrmetro de impacto Modelo IAA/ Planalsucar- Stolf. Vol 1, n 3, ed janeiro/ fevereiro 1983.

6. AnexosAnexo 1. Leitura dos tensimetrosConjunto 1 Leituras (cm)

Data12345

15,805,904,802,500,00

26,006,005,003,000,10

36,806,105,103,500,30

47,306,505,403,800,70

58,007,006,004,102,00

68,807,906,505,503,00

712,0010,009,007,005,00

814,8012,9011,007,906,50

917,0015,0012,008,507,00

1019,0018,3014,0010,007,20

1122,0021,0016,5013,509,20

1223,8021,9017,0014,8010,50

1326,0024,0019,0015,2011,00

1435,0030,0021,0012,0013,00

1537,0036,0024,0022,0016,00

1642,0040,0030,0028,0017,00

1744,0042,0035,0030,0019,00

1846,0040,0038,0035,0020,00

1955,0048,0043,0038,0030,00

205,0010,0010,0038,0030,00

218,009,009,0039,0031,00

2215,009,509,5040,0032,00

2320,0010,0010,0041,0033,00

2428,0015,0012,0043,0033,50

2535,0019,0017,0044,0035,00

2640,0028,0025,0048,0037,00

2748,0035,0033,0055,0045,00

2860,0048,0045,0058,0050,00

Anexo 2. Potencial mtricoPotencial Mtrico

Data12345

173,0874,3460,4831,500,00

275,6075,6063,0037,801,26

385,6876,8664,2644,103,78

491,9881,9068,0447,888,82

5100,8088,2075,6051,6625,20

6110,8899,5481,9069,3037,80

7151,20126,00113,4088,2063,00

8186,48162,54138,6099,5481,90

9214,20189,00151,20107,1088,20

10239,40230,58176,40126,0090,72

11277,20264,60207,90170,10115,92

12299,88275,94214,20186,48132,30

13327,60302,40239,40191,52138,60

14441,00378,00264,60151,20163,80

15466,20453,60302,40277,20201,60

16529,20504,00378,00352,80214,20

17554,40529,20441,00378,00239,40

18579,60504,00478,80441,00252,00

19693,00604,80541,80478,80378,00

2063,00126,00126,00478,80378,00

21100,80113,40113,40491,40390,60

22189,00119,70119,70504,00403,20

23252,00126,00126,00516,60415,80

24352,80189,00151,20541,80422,10

25441,00239,40214,20554,40441,00

26504,00352,80315,00604,80466,20

27604,80441,00415,80693,00567,00

28756,00604,80567,00730,80630,00

Anexo 3. Variveis de ajuste de Van Genuchten (1980)ParmetrosCurva 1Curva 2Curva 3Curva 4Curva 5

0,0150,0200,0250,0300,035

m0,5000,5000,5000,5000,500

n2,0002,0002,0002,0002,000

r0,3000,2500,2000,1500,100

s0,6000,5500,5000,4500,400

Anexo 4. Valores de teta () calculadosClculo de

Data12345

10,500,420,370,370,40

20,500,420,360,350,40

30,480,410,360,330,40

40,480,410,350,320,39

50,470,400,340,310,32

60,450,380,330,280,28

70,420,360,300,260,22

80,400,340,280,250,20

90,390,330,280,240,19

100,380,310,270,230,19

110,370,310,260,210,17

120,370,300,260,200,16

130,360,300,250,200,16

140,340,290,240,210,15

150,340,280,240,190,14

160,340,280,230,180,14

170,340,280,230,180,14

180,330,280,220,170,13

190,330,270,220,170,12

200,520,360,290,170,12

210,470,370,300,170,12

220,400,370,300,170,12

230,380,360,290,170,12

240,360,330,280,170,12

250,340,310,260,170,12

260,340,290,240,170,12

270,330,280,230,160,12

280,330,270,220,160,11

Anexo 5. Lmina de gua por camadasLmina de gua (mm) - h = z, sendo z = 15cm

12345

7,536,265,485,526,00

7,486,235,415,236,00

7,266,205,384,965,96

7,146,095,284,825,80

6,985,975,104,694,87

6,825,774,974,204,21

6,325,414,503,843,36

6,015,074,253,682,98

5,844,904,153,592,89

5,714,704,003,402,85

5,554,593,853,122,58

5,484,553,833,042,45

5,404,483,743,022,41

5,174,343,673,222,27

5,144,243,592,792,13

5,064,193,472,672,09

5,044,173,412,652,03

5,014,193,372,592,01

4,934,123,332,561,84

7,775,414,362,561,84

6,985,574,502,551,83

6,005,484,432,551,82

5,655,414,362,541,81

5,344,904,152,531,80

5,174,673,832,521,79

5,094,383,572,501,78

4,994,263,432,471,73

4,904,123,322,461,70

Anexo 6. Acmulo da lmina de guaSemanaAcmulo da Lmina de gua (mm)

12345

17,146,095,284,825,80

25,554,593,853,222,58

35,064,193,472,592,01

45,174,673,832,521,79

Anexo 7. Variao da lmina de guaSemanaVariao da Lmina de gua (mm) - h = hf - hi

12345

2-1-1,59-1,51-1,43-1,60-3,22

3- 2-0,49-0,39-0,38-0,63-0,57

4- 30,110,480,35-0,07-0,22

Anexo 8. Dados Resistncia a penetrao do solo repetio 1.R1

ImpactosProf (cm)Impactos/dmResistncia (Kgf/cm)Resistncia (MPa)

090,005,600,55

1171,2514,211,39

1231,6717,081,67

1272,5022,832,24

1303,3328,572,80

2402,0019,381,90

1461,6717,081,67

1531,4315,441,51

1591,6717,081,67

1623,3328,572,80

Anexo 9. Dados Resistncia a penetrao do solo repetio 2.R2

ImpactosProf (cm)Impactos/dmResistncia (Kgf/cm)Resistncia (MPa)

030,005,600,55

182,0019,381,90

1132,0019,381,90

1172,5022,832,24

1212,5022,832,24

1252,5022,832,24

1275,0040,053,92

2342,8625,292,48

1365,0040,053,92

2414,0033,163,25

2482,8625,292,48

1522,5022,832,24

1581,6717,081,67

1641,6717,081,67

Anexo 10. Dados Resistncia a penetrao do solo repetio 3.R3

ImpactosProf (cm)Impactos/dmResistncia (Kgf/cm)Resistncia (MPa)

000,005,600,55

171,4315,441,51

1122,0019,381,90

1181,6717,081,67

1222,5022,832,24

1340,8311,341,11

1470,7710,901,07

1522,0019,381,90

1553,3328,572,80

1583,3328,572,80

1605,0040,053,92

Anexo 11. Dados resistncia a penetrao do solo repetio 4.R4

ImpactosProf (cm)Impactos/dmResistncia (Kgf/cm)Resistncia (MPa)

060,005,600,55

1102,5022,832,24

1125,0040,053,92

11310,0074,507,30

2184,0033,163,25

1222,5022,832,24

1272,0019,381,90

1331,6717,081,67

1372,5022,832,24

1441,4315,441,51

1501,6717,081,67

1561,6717,081,67

1612,0019,381,90

Anexo 12. Dados resistncia a penetrao do solo repetio 5.R5

ImpactosProf (cm)Impactos/dmResistncia (Kgf/cm)Resistncia (MPa)

0120,005,600,55

1191,4315,441,51

1261,4315,441,51

1341,2514,211,39

1450,9111,861,16

1560,9111,861,16

1612,0019,381,90

Anexo 13. Resistncia penetrao no solo do conjuntoResistncia Penetrao no Solo do Conjunto

Profundidade (cm)RepetioImp./dmKgf/cmMPa

12345MdiaMdiaMdia

0-20,000,000,000,000,000,005,860,57

2-40,000,001,430,000,000,297,830,77

4-60,002,001,430,000,000,6910,591,04

6-80,002,001,432,500,001,1914,031,38

8-100,002,002,002,500,001,3014,821,45

10-121,252,002,005,000,002,0519,981,96

12-141,252,001,6710,001,433,2728,392,78

14-161,252,501,674,001,432,1720,812,04

16-181,252,501,674,001,432,1720,812,04

18-201,672,502,502,501,432,1220,472,01

20-221,672,502,502,501,432,1220,472,01

22-241,672,500,832,001,431,6917,481,71

24-262,502,500,832,001,431,8518,621,82

26-282,505,000,832,001,252,3221,822,14

28-303,332,860,831,671,251,9919,561,92

30-322,002,860,831,671,251,7217,721,74

32-342,002,860,831,671,251,7217,721,74

34-362,005,000,772,500,912,2421,272,08

36-382,004,000,772,500,912,0419,891,95

38-402,004,000,771,430,911,8218,411,80

40-421,674,000,771,430,911,7617,961,76

42-441,672,860,771,430,911,5316,391,61

44-461,672,860,771,670,911,5816,721,64

46-481,432,860,771,670,911,5316,391,61

48-501,432,502,001,670,911,7017,591,72

50-521,431,672,001,670,911,5416,441,61

52-541,431,673,331,670,911,8018,281,79

54-561,671,673,331,670,911,8518,611,82

56-581,671,673,332,002,002,1320,562,02

58-601,671,675,002,002,002,4722,862,24

Anexo 14. InfiltraoDADOS DE INFILTRAO

Determinao da Infiltrao da gua no Solo pelo Mtodo dos Anis Concntricos

IntervaloTempoRguaInfiltrao Acumulada (cm)Velocidade de Infiltrao (cm/min)

HoraAcumulado (min)Leitura (cm)Diferena (cm)

1 min14:1501500

14:16114111

14:17213,90,11,10,10

14:18313,80,11,20,10

14:19413,50,31,40,30

14:20513,40,11,50,10

14:21613,10,31,80,30

2 min14:23812,80,32,10,15

14:251012,40,42,50,20

14:2712120,42,90,20

14:291411,80,23,10,10

14:311611,50,33,40,15

5 min14:362110,80,74,10,14

14:4126100,84,90,16

14:46319,50,55,40,10

14:51369,10,45,80,08

14:56418,60,56,30,10

10 min15:0651156,412,70,64

15:166113,71,3140,13

15:267112,61,115,10,11

Anexo 15. Taxa infiltrao X Infiltrao.Coeficiente Angular (n)Coeficiente Linear (a)

0,67800,5968

=^

=/=^()

Tempo (min)Infiltrao Acumulada (cm)Taxa de Infiltrao (cm/min)

10,68-0,15

20,58-0,07

30,53-0,04

40,50-0,03

50,47-0,02

60,45-0,02

80,43-0,01

100,40-0,01

120,39-0,01

140,38-0,01

160,36-0,01

210,340,00

260,330,00

310,310,00

360,300,00

410,290,00

510,280,00

610,270,00

710,260,00

Anexo 16. LinearizaoLINEARIZAO

TempoInfiltrao Acumulada

t (min)LOG(t,10)I (cm)LOG(I,10)

10,0010,00

20,301,10,04

30,481,20,08

40,601,40,15

50,701,50,18

60,781,80,26

80,902,10,32

101,002,50,40

121,082,90,46

141,153,10,49

161,203,40,53

211,324,10,61

261,414,90,69

311,495,40,73

361,565,80,76

411,616,30,80

511,7112,71,10

611,79141,15

711,8515,11,18

Anexo 17. Dados de amostras do soloDados de Amostras do Solo da rea Experimental RSAP

Camada (cm)N LataMSU+LataMSS+LataTara LataUg (%)

0 a 10401186,2979,9341,9816,76

10 a 201221117,84107,7141,7915,37

20 a 401054331,70290,7041,1916,43

40 a 601066230,13201,7740,9617,64

7. ApndicesApndice A- Trado Utilizado na instalao dos tensimetrosApndice B- Instalao do tensimetro no solo aps orifcio feito com o trado.

Apndice C-Determinao da altura da fita mtrica.

Apndice D-Retirada do ar do sistema.