Variações de Consumo

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É de fundamental importância durante a concepção do projeto de abastecimento de água, os dados que concernem ao consumo de água da localidade, haja vista que o dimensionamento das tubulações, estruturas e equipamentos são função da vazão de água e esses variam de acordo com o consumo médio por habitante, população e variações de demanda (TISUTYIA, 2006). A quantidade de água consumida em uma rede pública de abastecimento varia continuamente ao longo do dia e ao longo do ano, sob a influencia das atividades e dos hábitos da população, condições do clima, estações turísticas, etc. (GOMES, 2009). Para determinação desta quantidade de água, além das definições citadas em tópicos ante anteriores, sequencialmente é conveniente classificar os consumidores de água, de acordo com seus hábitos e necessidades corriqueiras. Tisutyia (2006) menciona que, tradicionalmente, os consumidores são classificados em quatro grandes grupos, a saber: Doméstico; Comercial; Industrial; Publico. Esta classificação fundamenta-se, segundo o mesmo autor, também na necessidade de cobrança de tarifas diferenciadas para cada tipo de consumidor, facilitando, portanto, um enquadramento propício dos consumidores nos quadros de taxas

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Page 1: Variações de Consumo

É de fundamental importância durante a concepção do projeto de

abastecimento de água, os dados que concernem ao consumo de água da

localidade, haja vista que o dimensionamento das tubulações, estruturas e

equipamentos são função da vazão de água e esses variam de acordo com o

consumo médio por habitante, população e variações de demanda (TISUTYIA,

2006).

A quantidade de água consumida em uma rede pública de abastecimento

varia continuamente ao longo do dia e ao longo do ano, sob a influencia das

atividades e dos hábitos da população, condições do clima, estações turísticas, etc.

(GOMES, 2009). Para determinação desta quantidade de água, além das definições

citadas em tópicos ante anteriores, sequencialmente é conveniente classificar os

consumidores de água, de acordo com seus hábitos e necessidades corriqueiras.

Tisutyia (2006) menciona que, tradicionalmente, os consumidores são

classificados em quatro grandes grupos, a saber:

Doméstico;

Comercial;

Industrial;

Publico.

Esta classificação fundamenta-se, segundo o mesmo autor, também na

necessidade de cobrança de tarifas diferenciadas para cada tipo de consumidor,

facilitando, portanto, um enquadramento propício dos consumidores nos quadros de

taxas cobradas pela prestadora dos serviços de abastecimento da região.

Analogamente ao fator da característica e dos hábitos dos habitantes, convém

ressaltar outros aspectos que afetam o consumo, como as condições climáticas,

onde o consumo tende a ser maior no verão e menor nas estações mais frias;

natureza da cidade, onde, conforme Tisutiya (2006), o consumo de água pode ser

diferente dependendo das características da cidade, onde para cidades com

características industriais se consume mais água e agrupamentos tipicamente

residenciais apresentam menor consumo; ainda segundo o mesmo autor, outro fator

importante diz respeito a medição de água, onde a presença os medidores se faz

fundamental para a diminuição do consumo de água; outro fator mencionado pelo

autor é o da pressão na rede, justificado pelo fato do consumo da água aumentar

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com a pressão na rede de distribuição. Além destes fatores citados, TIsutiya (2006)

também faz referências à rede de esgoto e ao preço da água.

A partir da classificação dos consumidores de estudos acerca dos fatores

mencionados, pode-se estabelecer a taxa de consumo per capita dos habitantes por

dia de cada grupo de consumidor, ou seja, estima-se a quantidade de água

consumida por dia por cada habitante da localidade, em função do seu

estabelecimento de consumo. Os dados obtidos ao se realizar esta estimativa estão

abrangidos em tabelas, presentes na NBR 12218.

Em termos de quantificação da demanda de água para o projeto de um

sistema de abastecimento há duas variações de consumo que devem ser levadas

em conta: a variação estacional (ao longo do ano) e a horária (ao longo do dia).

(GOMES, 2009). Com efeito, os projetos de engenharia devem ser concebidos

considerando-se a máxima variação de demanda, tendo em vista que são

elaborados para a situação mais desfavorável.