VENEZUELA DA AZöNICA AM DA GEOCRONOLOGTCA …...CAPITULO l. 2, V - GEOCRONOLOGIA Sistemãtica Rb-Sr...
Transcript of VENEZUELA DA AZöNICA AM DA GEOCRONOLOGTCA …...CAPITULO l. 2, V - GEOCRONOLOGIA Sistemãtica Rb-Sr...
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULOINSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
CARACTERTZAçAO GEOCRONOLOGTCA DAREGIAO AM AZöNICA DA VENEZUELA
Fernando José Barrios
Orientador: Prof. Dr. Umberto Giuseppe Cordani
D]SSERTAÇAO DE MESTRADO
Área de Concentração: Geologia Geral e de Aplicação
São Paulo
1983
/ç,¿ t/
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
DEDALUS-Acervo-lGC
\\ll\ll\\\\\ll\\l\l\ïll\\\ll\lÏllÏ\lï\\l\l\ll\\\\ll\l\\ili\lll
30900004608
CARACTERTZAçÃO GEOCRONOLóGICA DAREGIÃO AM AZONICA DA VENEZUELA
/'Fernando José Barrios
Orientador: Prof. Dr. Umberto Giuseppe Cordani
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
COMISSAO
nome
EXAMINADORA
ass.
UUPresidente:
Examinadores:
Dr. Umberto G. Cor<1ani
Dr- Be-n ja¡nir+ -B-trcy-€e--&-Ne
Dr. .Iorge S. Rettenc-our
São Paulo
1983
1r,.ñJ)o
jfJC7
/t" G'''ì/\€.ì grgLiorrca
?, t*\U s.?.-
TND I CE
RE S UMO
CAPlTULO I
CAPfTULO I i
- r NTR0DUç40
- METODOS EXPERIMENTAIS
Potãss i o-Argôni o
Rubidio-EstrôncioUrânio-Chumbo
I
6
6
8
12
l9
26
26
oA-29
zação
I . Método2. Mãtodo
3. M-etodo
CAPITULO I I I - GTOLOGIA REGIONAL DO CRATON AMAZONICO
I . Caracteri zação Geotectôni ca do Crãton Amazôni co
?. Províncí as geocrono'lõgi cas do tmbasamento do
Crã ton Ama zôn i co .
l5
l5
CAPfTULO IV. DOMTNIOS PETROTTCTONICOS DO TERRITOR
DERAL AMAZONAS DA VENEZUELA E ÃREAS
VIZINHAS.
'l . Consi derações sobre a s i s temãt'ica propos taMendoza et.al. (1977).
2. Domini o Petrotectôni co Ventuari no Terri tõrimazonas de Venezuel a: Caracteri zaçã0.
3. Dominio Petrotectõnico Cas'iquiare: Caracteri
4.
5.
6.
7.
8.
IO
CI
FE-
RCUN
por
Sucinta. 34
Dominio Petrotectõn'ico Si apa no Terri t6ri o Amazo-
nas de Venezue I a : Ca ra cteri zação Res umi da . 36
Geo'l ogia da Regìão Sudoeste do Estado Bol ivar Ve-nezuel a. 37
Geologia Regional da área noroeste do TerritõrioFederal de Rora'ima, no Brasì I . 38
Geol ogia da Parte Setentri onal do Estado de Amazo
nas do Brasil. 39
Geologìa da Parte 0riental da Amazônia Colombiana. 40
CAPITULO
l.
2,
V - GEOCRONOLOGIA
Sistemãtica Rb-Sr em rocha total e U-pb em ziriõespara os gnaisses do 0ri noco-parú-Ventuari (DomînioPetrotectôni co Ventuari ).Sistemãtica Rb-Sr em rocha total para as rochaspìutônicas do 0ri noco-Ventuarì -parú (Domîn.io Ventuari )
3, Sistemãticá Rb,Sr em rocha total pôra as rochasgnãissicas e vul cano-pl utônicas do al to 0rì noco ( Do
niin i o Ventuari ),4. Sistenãtica Rb-Sr em rocha total e U-pb em zircões,
para os granitos anorogênicos do DomÍnjo Ventua.ri.5, Sistemãtica Rb-Sr em rocha total para as rochas
granitìco-gnãissicas da bacia do rio Atabapo (Dominio Petrotectônico Cas.iquiare).
6, Sistemãtica Rb-Sr em rocha total para rochas granitìco-gnã i ssi cas da baci a do Cas i qui are-Ri o Negro -('Dorní n i o Casiquiáre).
7. Sistemãtica Rb-Sr em rocha total para às rochàsgranÍtico-gnãissicas do rio Siapa (Domínio petro -tectõni co Siapa ).
8. Sistemãtica Rb-Sr em rocha totaì para as rochasg ra n í t i c o - g n ã i s s i c a s do alto rio Caura (Estado Bo-I i var, Venezuel a ).
9, Sistemãrica Rb-Sr em rocha total para rochas dosetor setentrì ona I do Es tado do Amazonas, Bras i l.
10. Sistemãtica Rb-Sr em rocha total para as rochas dosetor noroeste do Terri tõri o Federa I de RoraimaBras i I .
i l. Sistemãtica Rb-Sr em rochasetor o ri enta I da Amazônia
l2.,Sistenãtica K-Ar.
l2.l, Sistemãtica K-Ar pa ra
tota'l , para amostras do
Colombiana.
as rochas regiona.is.
42
43
49
5l
56
64
67
74
74
79
88
9t
97
88
l2,l,a. Idadas maiores que 1700 n,a. g7
.l2.1 . b. Idades compreendi das entre I400 e
.|600 m.a. 99
l2.l.c, Idades compreendi das entre I 200 e'I 400 m.a. l0O
l2.l,d. Idades menores que ì200 m.a. l0l'I 2,2. Idades K-Ar em rochas vul câni cas anorogê-
nicas (extrusi vas ãc i das; d i ques bãsicose maci ços al cal i nos ) . l0l
CAPITULO VI - EVOLUçÃO GEOTECTONICA REGIONAL I03'I . tvolução crustal da região local izada ao nordes-
te do Rio 0rinoco. .l03
2. Evolução crusta'l da região local izada ao sudoes:te do Ri o Ori noco. ì 05
3. Eventos de vulcano-plutonismo anorogênico. 106
4. Reati vações tec tôn.i ca s com i n trusões de diquesde diabãsio e maciços alcalinos, .l
0g
AGRADEC IMENTOS
BIBLIOGRAFIA
112
'l l4
FIGURAS
FIcURA I - Mapa de localização da ãrea ern estudo.
F I GURA 2 - Ma pa de local I zação das anos tras datadas
FIGURA 3 - Unidades Geotectônicas maiores da América do Sul. l6
FIGURA 4 - Provincias Geocronol6gfcas-Estruturais da região. Anrazôn i ca .
FIGURA 5 - ProvÍncias Petrotectônicas do Territõrio Amazo-nas, Venezuel a,
FIGURA 6 - DomÍnios Petrotectônicos do Territõrio Amazonas,'l/enezuela.
FIGURA 7 - Isõcrona Rb-Sr de referência dos gnaisses do 0ri l
noco-Ventuari -parú , 45 I
FIGURA 8 - Diagrama Concõrdia dos gnaisses de Macabana. 47
FIGURA 9 - Diagrama Conc6rdia dos gnaisses de Minicia. 47
FIGURA ì0 - Diagrama isocrônico Rb/Sr de referência das ro-chas pìutônicas do 0ri n o c o - V e n t u a r.i - p a r ú .
FIGURA 1l - Diagrama isocrônico de gnaisses e vulcano-plutô-nicas do Al to 0ri noco.
FI6URA l2 - Dìagrama isocrônico Rb/S r de referênci a pa ra o
Gran i to do Parguaza.
FIcURA l3 - Diagrama Concórdia para o Granito do parguaza. 62
FIGURA l4 - Diagrama isocrônico Rb/Sr de referêncìa dos graÍnitos anorogên.icos do Domínio V e n t u a r i , V e n e z u e 1 a, 63
22
27
al
52
60
FIGURA l5 - D i a grama Rb/Sr i socrôni co de referênci a das ro-chas granítì co-gnãi ss í cas regionaìs do rio Ata-bapo,
FIGURA ]6 -
FIGURA I7 -
FIGURA ]8 -
FIGURA 'I 9 -
FGIURA 2O -
FIGURA 2'I -
FIGURA 22 -
FIGURA 23 -
FIGURA 24 -
FTGURA 25 -
I sõcrona Rb/ Sr dos gran i tõì des tona'l íti cosrio Atabapo.
I s õ crona do Grani to do Ataba po.
D i agrama i socrôni co de referênc i a das rochasgraniti co-gnãi ssi cas da Baci a Casi quiare-Rio Ne
I ro '
I sõcrona do Grani to de São Carl os,
Isõcrona de referõnci a das rochas gÈanîti co-gnãissicas regionais do Domînio Sìapa,Venezuela.
I sõcrona de re ferênc i a dos gnaisses do Al ta Cau
ra, Es ta do Bol ivar.
Isócrona de referônci a das rochas vulcano-p lutôni cas do aito Caura, Es tado Boljvar.
Diagrama isocrõnico das rochas granit.ico-gnãis-si cas regionais do norte do t s tado do Amazonas,Bras'i I .
Di agrama i socrôni co Rb/Sr para os bioti ta granitõ î des a ti tani ta do aì to Rio Negro.
Dìagrama jsocrõnico Rb/Sr de referência paraos granitõides a duas mi cas do norte do Estadodo Anazonas, Brasil.
66
68
69
72
73
76
78
80
do
82
83
Diagrama j socrôni co
des a duas mi cas do
nas,Brasìi.
de referênc i a dos grani tõi-norte do Estado do Amazo-
85
FIGURA 26
B6
FIGURA 27 -
FIGURA 28 -
FIGURA 29 -
FTGURA 30 -
FIGURA 3I -
FIGURA 32 -
Diagrama isocrônico Rb/Sr para o vuìcanismo ãcido a intermediãrio da região Alto Rio Negro.
Diagrama isocrônico Rb/Sr de referência para osgran i tos anorogêni cos de Surucucu.
Mapa de localização das Idades K/Ar das rochasregiona'is.
Mapa de loca l i zação das rochas vu l cân.i cas anorogênîcas
Histograma de freqtlência de idades K/Ar das rochas regionais. 9g
Provínci as Geocrono-estruturai s da ãrea estudadr. 104
87
90
95
96
TABELAS
TABELA I - Dados analiticos Rb/ Sr dos gnai sses do 0ri noco--Ventuari -Parú.
TABELA I I - Dados anal íti cos U/Pb dos gnai sses do 0ri noco--Ventuari - Pa rú.
TABELA III - Dados analiticos Rb/Sr das rochas ptutônicasdo 0ri noco-Ventuari - pa rú.
ïABELA I1/ - Dados anal íti cos Rb/Sr dos gnai sses e rochasvul cano-pl utôni cas do alto 0rinoco,
TABELA V - Dados anaìiticos Rb/Sr referentes aos granitosa.norogêni cos do Domíni o Ventuari .
TABELA VI - Dados analiticos U/pb em zircões do Granito doParguaza,
TABELA VI I- Dados analÍticos Rb/Sr referentes as rochas graníti co-gnãi ssicas do rio Atabapo.
TABELA VIII- Dados analiticos Rb/Sr das rochas granítico -gnãissicas da bacia do Casiquiare-Rio Negro. 71
TABËLA IX'Dados analíticos Rb/Sr das rochas granítico -gnãìssìcas do Siapa.
TABELA X - Dados ana'l íticos Rb/Sr das rochas granítlco -gnãisslcas do Caura ( Estado Bol i var).
TABELA XI - Dados ana I íti cos Rb/Sr das rochas do norte doEs tado de Amazonas, Brasì l.
TABELA XI I - Dados anal îti cos Rb/Sr das rochas do setor no
44
48
50
54
58
59
65
75
77
8t
roes te do Territõr'io Federal de Roraima,Bra+si I .
TABELA XIII - Dados anaìíticos K/Ar para as rochas regio -nais.
TABELA XIV - Idades K,/Ar das rochas vulcânicas anorogêni-cas.
TABELA XV - Quadro Comparativo de amostras com idadesRb/Sr e K,/Ar.
89
9?
93
94
-l-CAPTTULO
I NTRODUÇAO
Nos últimos qujnze anos os conhec.imentos geolõgi-cos da neg'ião amazôni ca evol u j ram mui to, ao ponto tal que na a-tualidade iá existem cartas geo'l óq'i cas ao milionésjmo da maiorparte das porções brasileira e colombiana, êrguanto que na Vene-zuel a foram compl etados I evantamentos geol õgi cos em escal a I :
500. 000.
No Brasjl as pesquisas qeolõgicas foram coordena-das pelo Departamento Nacjonal da Produção Mineral do 14inistériodas l'1i nas e Energi a, atr"avés da execução do projeto RADAMBRASIL,enquanto que na Col ômbia foram efetuadas pelo PR0RADAM E INGE0MINAS. Na Venezuel a essas pesqu'i sas foram real'i zadas pel a Comissãopara o Desenvclvimento do sul (c0DtsuR) e pe'la D.iv.isão de Explo-rações Geológicas do Ministério das M'inas e Energia (MtM). Essaúlt'ima entìdade, levando em consideração a importâncja da qeo.cronoìog'ia na interpretação geológica de ãreas precambrianas, realizou' entre 1976 e 1978, programas de reconhecjmento geocronolõgjco de quase todo o Territõrio Federal Amazonas da Venezuela.Taisi nvesti gações foram efetuadas em cooperação com o Centro de pes-quisas Geocronoìõgìcas (CPGeo) da Universidade de São paulo (USp),Brasil,e com o Instituto Tecnolõgìco de Massachusctts (fllI) dosEstados Unidos da Am6r.ica (USA).
0 objetivo fundamental deste estudo concentra- sena caracterização geocrono'lõgìca do Terrjtório Federal Amazonasda Venezuela e das ãreas circunvizjnhas (Brasì'l e Colômb.ia). Conta-se para isto com mais de trezentas datações geocronológicas ,obtidas por diferentes mãtodos, em rochas dessa regìão. I'lestetrabalho serã fejta uma jnterpretação e/ou re.i nterpretação dasanãl ises isotõpìcas existentes em função dos eventos geolõgicose unjdades geotectônjcas majores que forarn reconiiecidos na re-
91aO AmaZOnlca.
-2-
A i ntegnaÇão dos dados geocronoìógicos servirápara defìnir as principaìs províncias petrotectônicas e/ou geo-crono-estrutura i s e, pos teri ormente serã el aborado o model o
geoì6gico que melhor se ajuste ao contexto gìoba'l do Crãton Ama
zônico. A razão principal pela qua'l foi escolhida a ãrea acimareferida reside no fato de existirem dados de campo que'i ndicama possível presença nessa região do I imi te entre duas provín-c jas geotectôn'i cas maiores.
A região motìvo deste estudo, do ponto de v'i stageolõg'ico! constituì parte integrante da Plataforma Brasilei-ra (Aìmeida,ì967), s'i tuando-se na porção setentrional do crãtonAmazônico (Almeida et â1, 1976). A ãrea em discussão posiciona--se entre os paralelos 0lQ de lati'Lude sul e 069 de lati tudenorte,e entre os merjdianos 639 e 7lg de'l ongjtude oeste. Na venezuel a ocupa tudo o Terri tõri o Federal do Amazonas e parte doEstado Bol i var; no Bras i I compreende partes do Terrj tõrj o Fede-ral de Rorajma e do Estado do Amazonas enquanto que na Colômbjaabrange quase toda a região amazônica (figura I ).
0s rios pr"i nc'i pai s que drenam a ãrea em estudosão o 0rinoco, Ventuarì, Casiquiare, Sìapa, Negro, Cauna e Parggua no terri tõri o venezuel ano; o setor bras i I e'i ro õ banhado pe-ìos rios Uaupõs, Içana, Negro, Catrimani, Mucajaí, Uraricoera ,
Parima, Traíra, T'iquìé e Içá enquanto que a ãrea colombiana é a
fetada pe'l os cursos dos nios Vaupés,Guainia, Guaviare, Vichada,Inirida, Apaporís, Cuduyari e Piraparanã.
A porção oci denta I da ãrea ê caracteri zada pel o
seu relevo quase totalmente arrasado, âpârecendo as vezes al-guns remanescentes i sol ados de rochas metassedimentares e graniticas;o setor orjental,peìo contrãrì0, é mu'i to acidentado,ocorrendo al gumas el evações super j ores a 2000 metros. A ma'ior parte da
região em estudo ã ¿ensamente sel vãti ca e aì agadì ça, fatores es
ses que combi nados à forte a ì teração meteõri ca, provocam mascaramento das relações de campo; por tal razão, quando elas existem,não são contínuas , sendo que geralmente desaparecem entre afl o-
7go bb sho à2"I
SURINAME
IGUIANA FRATICESA
I
l
c o Lo i¡¡aía4Y
oooUAOOR// \\? lr" t---,
a'.-/ |
I
l
go
Q-re?
_l-]=-/(I/Þ
q
(,ùÞ
o24
I(., -
0
-+dI
t --
l---I
\II
\
\
AD x/ ---/-\^
/ qa"
_.=__-5.4o--..----.--_ 420
I\\\
'!',---t<¡ ,
//\b\
PERU
BRASIL
BOLIVIA
.-IURU GUA
NTINA
Fig. I MAPA DE LOCALIZAÇAO DA ÁNTA EM ESÏUDO.
-4-
ramentos,
Forar¡ uti I i zadas na ì nterpretação geol õgica da reg1ão 277 determinações geocronolõgicas efetuadas pelo rnétodo Rb/Sr,76 pelo método K/Ar e l6 pelo método u/Pb. 0s dados analiti-cos relativos a estas datações aparecem distribuídos em vãriastabel as, enqua nto que a ì oca li zação geogrãfi ca das amos tra s ana-lisadas pode ser vista na fjgura 2 Verifjca-se que as amo:tras datadas foram col etadas ao I ongo dos ri os que drenam a ãreae nos s eus tri butãri os, nas plincìpais estradas que exi stem na
regìão e com a ajuda de helicõpteros em ãreas de acesso difTcil.
0 au tor des te traba I ho i ntegrou a equ ì pe de geõ1ogos do Ministérìo das l.1i nas e Energia da Venezueìa que realizouas pesquisas geolõgìcas do Territõrio Amazonas; como tal tevea possibil idade de partìcìpar, di reta ou i ndi retamente, na ma.io-rja dos estudos geolõgjcos efetuados nessa região. A1ém disso,partjcipou das comissões que fizeram os estudos de reconhecimen-to geocronológico, e trabal hou na preparação e anãl i se da mai o -ria das amostras datadas.
L€C E ¡O^a gotofôrr rtto mroóo nb/s?
O Oorotõ.¡ 9do ñ.toóo x/At+ Ocrocð.¡ D.ro nroao Rb/9 . x/At
I Ooloçð.r 9.b ñ.rodo Rb/,9 . t ¡F,ù
.... L¡ùtat¡ntarñG¡oao¡r
-.-'-' Linitlmroæô
.(ai-O cooirot¡g Oóoó.r
oare
-_
Fo.þ lN'ô[]
.g
COLôMBIA
.¿
ìì*
I\-/-Jrå\'r\
, ro-O.aa.j 'f
\-$ io\\.Ep- ) \ _
i'.;:; e J(jr} - er¡c
Jûð. ô
" rtz
æ.
OObOA VEN EZUEL A
Itl7lr--r c¡?otl¿o¡t¡I O¿o¡
¡ o¿ot
i.t1.,
..02þ\-1-o?n
: aat\a:l Ll\o¡'
þ61 aw. l
rrt
)
aco!¿O O?.o
Æ\_
I
í, -'.../._-otrt
iå
ItEa att{n5
"-Jtr
!û!
+rt
IIIIlr
--s-^ ft '\-)
á3'.
I\
\¡zle
Fiq. 2-MApA 0E LocaLtzAçÅo oAS AÍ,¡OSTRAS DATADAS
oto
ta?a
atal
'\ t!" Á-,
,"?l'jvr \ /
t^''" ) I
Clr.t
BRASIL
.tl
rtrO 0t:6
I,J-l
I
As
lho foram obtidasU/Pb em amostras
-6-
CAPfTULO I I
}lETODOS EXPERI¡.IENTAIS
anãì j ses isotõpicas apresentadas nes te trabapeìos métodos geocronoìõgicos Rb/Sr, K/Ar ;
de rocha total e em mi nera i s separados,
0s resultados K/Ar, assim como grande.parte dasanãlises Rb/Sr foram efetuados nos laboratõrios do CpGeo da USp(Baseì e Teixeira, ì975; Baseì,1977; Teixeira, ì978; Tassinariet.al. , 1978; Barrios e Rivas, 1979 a e b; Cordani et.al, ,1g79 ;Tassinari, l98l). As determinações U/p,b e grande número de anãlises Rb/Sr foram feitas nos laboratõrios do MII (0ìszewski Jr.et.al., I 977; Ga ud et te et.aì., 1927; Gaudette et.al., .l978;Gaudette
e 0lszewski Jr. ' r9Bl ) enquanto que uma quantidade reratìvamen-te pequena de datações Rb/sr e K/Ar foram obtidas no zt,f0 de Ams-terdam, Holanda (prìern et.al. , 1979). Nos ítens que se seguem serão abordados aì guns aspectos i nterpretati vos rer ati vos a os. métodos K/Ar, Rb/Sr e U/pb, dando-se ênfase aos aspectos operdcìo_nais do I aboratõri o de São paulo, em rel ação aos m6todos K/Ar eRb/sr' onde a maioria das determinações foi real izada pessoalmente pelo autor des te estudo.
Método Potãss io-Argôn.io
0 m6todo de da tações K/ Ar fundamenta - s e no esque_ma de deca i men to do i sõtopo radioativo K40 ao ì sõtopo rad.i ogên i -co 4r40. Pa râ datar sistemas naturai s (minerais e rochas ) perom6todo ci tado é preci so que: a ) o materiar datado contenha potãssio em q uan ti dad es nensurãve.i s com preci são; b) o argônio radio_gênico retido no sistema seja factiver de medição quantitativaprecisa; c) a quantidade de argôn.io primário no sistema seja mi_nima ou nula e d) o esquema de decairnento K40 - Ar40 permðneÇa
-7-
sem modificações, isto é, não experimente ganhos e/ou perdas de Are K em época pos teri or ao evento a ser datado,
As condições a,b e c na mai ori a dos casos não apresentam problemas jã que existem minerais potãssicos (micas,feìds-patos, anfi bõt i os ) que retôn nos seus retícul os mui to pouco ouquase nada de argônio primãrio, armazenando, pelo contrário,quan-tidades de argônio radiogênico medíveis com precisão; al6m digsona atual idade existem técn i cas de medi ção (diluição isotõpica,porexempìo) que permitem detectar quantitativanente grande número de
elemenùos quÍmicos ao nível de partes por bilhão (ppb),
As pri nci oai s dificuldades referem-se à condiçãode sistema fechado do sistema químico K/Ar: o argônio é um gãs i-nerte que pode dìfundir-se atravês dos sõt idos; esse processo 6
facilitado pela temperatura a quaì é submetido o sistema no an-biente geoìõgico no qual resjde; a experiência geocronolõgica tempermitido a inferência de um intervalo de temperaturas relativamente pequeno, característico para cada mineraì, através do quaìpassa-se da perda cornpl eta do argônio radiogênico para a retençãotota I ; foi denomi nada temperatura de bìoqueio, sendo que el¡ muda
de um mi nera I para outro, al cançando val ores nrais altos naquel es
mais retenti vos; a temperatura de fecho dos anfiból i os e de al-guns plagiocìãsios, por exemplo, é maior que a temperatura do fe-cho das mi ca s.
Em conc ì usão pode-se dizer que, do ponto de vistafÍsico,as i dades K/Ar representam a 6poca na qual começou a retenção quantitativa do argônio radiogênico; por tanto, as mesmas de-vem ser consideradas como idades minimas ou de resfriamento, Essefator, l onge de limi tar ao método, permite pelo contrãrio queeTe sejô uti l i zado nurna grande vari edade de s i tuações geol õgicas;uma amos tra gem adequada, por exempl o, pode perni ti r o esboço da
histõria termal de rochas metamõrficas e pìutônicas de res.friamento I ento. De outra p a rte, a homogenei dade regional das i d ades ob-tidas em biotitas extraídas de amostras de ãreas cratônicas e orogênicas pode ser utiIizada pa ra del imi tar provinci as estrut,urais
-B-
e/ ou geocronol õgi cas.
As determinações geocronol6qicas K/Ar efetuadas noCPGeo e no ZlJ0 aparecem nas tabelas respectivas deste texto. Detalhes das tõcnicas empregadas em São paulo acham-se descritas emAmaral et.aì. (1966) e Kawashita et.al(1974); as técni cas uti ì i za-das no Zt^10 de Holanda são descritas por priem et.al.(l978).
Em São Paulo, no CpGeo, as anãl ises espetnométricas, forarn feitas em aparelho Nuclide,tipo Reynolds,de fonte gasosa, cuJas características são descritas por Kawashita et, al . (op,cit. ). 0s resultados obtidos foram tratados analiticamente num
computador Burroughs 6500 do Centro de Computação Eliet.rôni ca(CCE)da USP, utilizando-se o programa DARc0N estabelecido por K.awashi ta(19.72). Neste laboratõrio, as determinações K,/Ar estão sujeitas aum erro e.xpertnentaì de aproximadamente 3%, valor este gue podecheEar atã a ì01 quando a concentração de potãssio 6 muito peque-na, ou a contaminação com argônio atmosf6rico 6 elevada.
As constantes utilizadas nos cãlcuios a'na j;í,ticoSforam as recomendadas por Steiger e ,låeger (1978), achando-se re-lacionadas a.ba i xo :
lB = 0"496 x t 0-9 u,',o,- l
Àtot = 0.58.l x l0-10 anos-l
%atm. de K4o er Ktot ' - o. l ì 67
Ar4o/Ar36 = 29s.s
K39 = 93.258%
2. M6todo Rubídio-Estrôncìo
0 método de datações Rb/Sr baseja-se no decaimento
-9-
radi oati vo do ì sõtoÞo Rb87 ao i sõtopo rad.i ogên i co sr87. consti tui --se num dos mêtodos geocronométr.icos de naior sucesso jã que podeser uti I i zado com rel ati vo êxi to na datação de rochas ígneas, sedimentares e metamõrficas. Além disso, a ubìquÍdade do rubÍdio per_mi te que pos sa ser apr ì cado em grande vari edade de materi ai s (mi -nerais e amostras de rocha total ).
As i dades Rb/Sr obti das em minerais mi cãceos sãomínimas, ou de resfrtamento, e para todos os efeìtos podem sercons i deradas equivalentes ãs i da des K/Ar. Tal qu es tão deve- s e fu n-damenta I mente ao fato do estrôncio poder es ca pa r- s e, com rerativafacilidade" dos retícu l os mi nerai s das mi cas, que não 'r he são fa-vorãvei s .
As idades obtì das em amostras puì veri zadas de ro_cha tota I , que geraìmente são ma i ores que as obti das em mi nera i s,quase sempre representan a época de formação da rocha datada.Istoé devidÒ ao fato de o es trôn ci o radiogênico sai r de uns rhi nera i se entrar em outros, r e d i s t r i b u i n d o - s e ao nível de rocha totål . Assim, a escoiha do tamanho adequado da anostra a ser datada 6 pre-missa fundamental para garantir a condição de fechamento do s.istema químìco Rb/Sr. Alguns autores (Moorbath,lgTS; Cordani, l9g0tcons i d eram que amostras de mão , cuj o tamanho seja dez vezes maiorao ¡naior mineral visível, são suficientes para garantir tal pne-mi s s a .
0s dados anãl íti cos obtidos em rocha total ,de vã_rias amostras cogenõticas, possibiritan a determinação da épocareal de formação da unidade ritoìõ9ica através do uso de dìagra-mas isocrônicos. Tar rnétodo foi iniciarmente propos to por compston e Jeffery (1959) e posteriormente modificado por Nicoìaysen(.l961). Basela-se numa solução maternãtica da equação que permìtedèterminar a quantidade deestrôncio radiogênìco acumurado em sistemasnaturais que contêm rubídio, a saber:
(sr87,/sr86)m = (srB7/rrB6)i + Rb87/sr86("Àt - l)
- l0-
:::åri:";;1r.86)rn mede-se direramenre no mareria.t a ser datado;,1" ,sr--)io9 u ¡2rOorição isotõpica inicial do estrôncio nos 1s tena; 'Rb", /Sr"" 6 medido ou calculado a partir dos teoresde rrubÍdio e es trôn ci o do nateri at; À ê a constante de desi nte _gração do Rb87 è u t u representa u ,Ouou do material,
A equação anterior, na forma que está escrita, êdo tipoY =b+a x, onde y = (sr87/s"t6)r, b = (sr87/sr86)i a==1slt : l) e x = p68775.e0. Quan¿o or'r0., ores medidos em amos_tras de rocha total são plotados num sistéma de coordenadas re_Ùanguì ares, ob tem- s e uma I inha reta, denomi nada ,,isócrona,,
( Com_pston e Pidgeon, 1962 ) . 0 coeflclente angular dessa reta é pro-porc ì ona ì à idade do sistema, enquanto que o intercepto com oei xo das ordenadas produz a reì ação inicial do estrôncio. Ca beassinalar que a dita sorução õ vãrida somente quando as amostrasde rocha pertencem segúramente ã nesma unidade ritol6gica e fo-ran formadas durante o nesmo processo petrogenético; s6 neste caso deVem ter i dade e razão inicial do estrôncio i dênti cas,
0 valor da razão inicial do estrôncio do sistemadatado 6 um parâmetro petrogenõtico muito importante,que funciona como indìcador do tipo de materiar do quaì foi derivado taisistema; por" exempl o, pode-se i nf eri ra parti r de tal reì ação seuma rocha magmãtica foi originada a pantir de processos de dife-rencìação de material do manto, ou então se formou a part.ir derochas com longa vivência:crustal.
0s dados ana I iti cos das determi nações Rb/Sr quese a p res en tam nes te es tudo aparecem nas vãrias tabel as que s erãodi scuti das no texto; uma des cri ção das t6cni cas empregadas noCPGeo, na preparação e anãl ises peìo método supracitado aparecemem Kawashita et.al. (op.cit. ). Em resumo, as amostras datadas foram trituradas e pulverìzadas, a frações inferiones aos 200 meshlern moi nhos de mandíbul a e de boras de tungstôni o, respectivamen-te; o materìal foi analisado por fìuorescôncja de raios X segun_do metodorogia des en vo r vi da no cpGeo, cuj os detar hes também apa-recem em Kawashjta et.aì. (op.cit.). Dessa forma,são obtidas as
-il-concentrações a prox i madas de rubídi o e es trônc i o, as qua.is sãouti I i zadas para sel eção das anostras com vi stas ã construção dei sõcronas. Para estas,a fim de obter as con centrações preci sasde Rb e sr, foram feitas anãr ises quant i tati vas por raios X sem-pre que as concentrações de rubídio e estrôncio situaran-se en-tre 50 e 500 ppml para valores fora desse intervalo foi utiliza_da a técni ca de diluição ì sotõpi ca. Aspectos reracionados com astécnicas empregadas no MIT e no zl.l0 aparecem descritos em Gaudette et.a1. ('l977),}lszewski Jr. et.al. (1977) e priem er.aì.(1978) r e s p e c t i v a me n t e .
No CPGeo, as amos tras a serem ana l i sadas espectrometricamente, são atacadas q u ì mi camen te segundo a metodo log i a seguinte (Kawashita et,aì, op.cit. ): 0.3 gramas de amostra são pe_sados em cãpsulas de teflon ou pìatina previamente descontamina-das; posteriormente são dissolvidos numa mistura de HF e l-lCl0O eevaporados atõ a secura; o ¡es íduo obti do é di l uído numa sol uçãode HCI 2.66 N e tra ns fer i do pa ra uma cor una de troca iônica ondesão eliminados aqueles elementos que inibem a ernissão do rubidioe es trônc i o. As frações recuperadas são evaporadas até a s!cura,e os residuos secos representam extratos puros de rubÍd i o e ..es_trôncio que estão prontos para serem anal isados no espetrômetro'demassas.As anãl i ses espectrométri g¿s foran efetuadas em apirel hoVARIAN MAT TH5, de fonte sõl.iOa, ao qual foi acoplado recentemente um computador HP98z5B; as caracterÍsticas do equipamento apa-recem descri tas ern Torquato (1974).
No CPGeo as i da des são cal cul adas no computadora cop 1a do ao especyrômetro, ou no compu tado r gurroughs 6 500 do CCEda usP' As i d a d e s
' c o n v e n c J o n a i s forar¡ determinadas utirizando-se
0s programas DRBSR e DRSRN desenhados por Kawashita (op,cit. ) emodi fi ca dos por I. Sonoki. As i sõcronas foram obti das segundo asequações de regressão de yor k (.l966), as quais foram adaptadas edesenvolvidas no prograna DISODy (Kawashita, op.cit. ) que permi-te encontrar a nelhor reta e o îndice de correlação entre os di_versos pontos,
-12-
0s dados anal Íti cos Rb/Sr apresentados neste tra_balho foram calculados com as constantes recomendadas por steigere J åeger (op,cit. ), rel aci onadas abaixo:
rnb = 1.42 x 10-lI anos-l
1R0857n087;* = 2.6039 + o.oo47
(nn85/R¡87)s = o.orB6r + o.oooo3
qsRb87 = 0.03.l98 + 0.00004 mot/gr.
No CPGeo, os erros experi mentai s são da ordem de3% para as relações Rb877Sr86 e de 0,3% para as razões isotõpi-s¡s 5¡8775.86.
Em vãrios casos foram usadas isõcrònas de referênci a; tais d i a gramas não são mais que r i nhas de referênc i a com i-dades e razões iniciais pr6-fixadas que permitem visuarizar o pos i ci onamento dos pontos anal íti cos Rb/sr de amos tras de Dochasque aparecem di s tri buídas n uma ampla ãrea geogrãfica;nesses ca-sos gera lmente d es co nh ece- se se as amostras tra tadas no d.i agra-ma são cogenõtÍ cas. 0 vaìor da ra zão iniciaì do estrôncio,em,combinação com os parâmetros estatísticos que ava'r iam a quaridadeda reta (l'lsl,lD), podem indicar se a isõcrona de referência repre-senta (ou não ) a õpoca de a tuação de algum processo petrogenõti_co regional, formador de rochas, e geo ì og i camen te signif icativo.
3. Mõtodo Urânio-Chumbo
0s i sõtopos naturais do urãnio dão 1ugar, por e_mi ssão de partícul as alfa e beta, a duas s6ri es de desi ntegraçãoradi oati vas que se iniciam com os i sótopos y238 . U235 e termi-nan com os isõtopos radi ogên i cos estãveis pb206 e pb207, respec-ti vamente ' Esses esquemas de d eca i men to tem- s e mostrado como re-1õglos geoì õ9i cos muito efi ci entes, tra ns forma ndo- s e na base desustentação do mõtodo geocrononrõtri co U/pb.
-t3-As idades cal cu ladas pel os métodos independentes
u238/pb206 e u235¡p6207 teoricamente deveriam ser iguais; em90% dos casos prãti cos entretanto acontece o contrãrio, podendoser demonstrado em nuitas ocasiões que ta.l questão ocorre pelofato dos materiais analisados não serem sistemas químicos fechados. Para que un naterial natural forneça idades U/pb geo.logicamente significativas õ preciso que, além de conter urânio, re_tenha q u a n t i t a t i v a m e n t e os radi onucì ídeos e s eus produtos, e queas sõries de desintegração nantenhan-se em equiríbrio radioati-vo. Existem vários materiais, que cumprem razoaveìmente com es_ses requisitos; o mais ut.ilizado por6m,é o zircão, porque tem avantagem com relação aos outros de ser um ¡ni nera.l acessório comun na maioria das rochas, e ser al tamente res i s tente a ação deprocessos intempõricos e metamõrficos. Amostras de rocha total,pel o contrãri o, são pouco uti I i zadas, pel o fato do urânio serum elemento muito mõvel en ambientes oxidantes.
0s dados anaìíticos U/pb geralmente são tratadosnun diagrama chamado ',Concõrd.ia" (hletherill, l9S6a)o quaì repres enta o I ugar geométrico dos pontos ana I Íti cos para os quai sas jdades Pb206/Uz3B ¿ p6207 ¡¡235 são ì9uais. Muitos estudos e-fetuados pe'l o método u/pb er¡ ninerais uraníferos diversos ( ver^por exempìo York e Farquhar, l97Z; Faure , lglT; Jä9er e Hunziker, I979) têm nostrado que, salvo raras exceções, os pontos a_nalíticos situan-se fora da curva, formando quase sempre arran_ios ìineares que interceptam a curva Concõrdia em dois pontos :o superior, que representa a época de cristallzação do materialdatado, e o i nferi or que i ndi ca muitas vezes a 6poca em que o-correu significativa perda de chumbo rad.iogênico. Exi s tem vã_ri os mode ros que tentam expì icar o significado da i nterceptáção i.nferior; os mais conhecidos são o de perdas episõdicas dechumbo propos to por Wetheri t I ( l9S6 b ) e o de difusão contínua de Tilton (.l960). Maiores detalhes destes e outros mode_los pouco conhecidos aparecem em Faure (op.cit.) e Jåger e Hun_zi ker (op.cit. ).
A morfol ogi a dos zi rcões é frequentemente uti I i_
-14-
zada como indicador do tipo de processo formador da rocha em es-tudo. Em rochas metamõrficas, por exemplo, aparecen zircões arredondados e subedrais que sugerem uma origem detrítica para osmesmos ; noutìaoS casos, tanto em metassedirnentOs como em meta-ig-neas ocorrem zi rcões zoneados e com sobrecrescimentos que indì-cam recristaì i zações sucessívas. A i nterpreta ção das i dades U/Pbmuda em função da morfologia dos zircões, bem como da situaçãogeoìõ9ìca, e do tipo de rocha; quando são datadas rochas ígneas,por exemp lo, os pontos anal íti cos defi nem cordas cuj o i nterceptosuperi or con a Concórdi a fornece a épocá de crì stal ì zação pri mã-
ria e/ou de recli stalização metamõrfica do mineral datado.
Cumpre assinalar que a idade dos zircões extraí -dos de urna rocha qualquer não coincide necessarianente com a êpoca de formação da mesma; isto é devido ao fato dos zircões seremmateriais altamente refratãrios que podem sobrevi.ver inclusive a
processos de fusão de materi aì s p r é - e x i s t e n t e s , .
0s resultados U/Pb que são discutidos neste trabaìho aparecem na tabela 2 e 6 ; a preparação e anãlise das amos-tras foi feita no ifIT (USA). 0s detalhes referentes a pr:eparação ,anãlise e ìnstrumental utilizado encontram-se em 0lszewski Jr,et,al. (op.cit. ), Gaudette et.al, (op.cit. ) e Gaudette e 0lszewski Jr. (op.cit.).
-t5-
.CAPfTULO I I I
GTOLOGIA REGIONAL DO CRÁTON AMAZONICO
0 termo "Crãton Amazônico" foi utilizado por Aì-meida et.al, (op.cit. ) para designar a maior unidade geotectõnica Sin-Brasiliana que forma parte da Pl ataforma Brasileira (Al-mei da, 1967 ). Cons i deram os autores ci tados que taì un i dade es-tã cons t ituída por um megabì oco anti go, contornado poì f aixasdobradas, cu.jo embasarnento consol idou-se em tempos prebrasi I ia-nos. 0 crãton teria como I Írnites,segundo os autores citados, a
faixa de dobramentos Paraguai-Araguaia ao sul e sudeste, a fai-xa Andina ao oeste e noroeste e o 0ceano Atlântico ao norte e
nordeste (fì gu ra 3).
Caracterização Geotectõnica do Crãton Amazônico
0 substrato do 0rãton Amazônico aflora em duasgrandes ãreas que foram separadas de forma natura l pel a baòiado rio Amazonas: o Escudo das Guianas (l'lartin, I968) no norte e
o Craton do Guaporé no sul (Almeida, ì964), A poroÇão setentrio-nal tem sido indistintamente chamada, al énr do nome jã citado,deCrãton Guianes (Issìer et,al., 1974) e Províncìa Estrutural RioBranco (Almeida et.al., 1981). 0 setor rneridional por seu -'l ado,além do nome supra-referido,tem sido denominado Plataforma do
Guaporé (Amaral , 1.974 ) e Província Estrutural Tapajõs (Aimeidaet.al., op.cit. ).
0 embasamento estã integrado por complexos de rochas metamõrfi cas e/ou polimetam6rficas de mãdio a alto grau,que foram afetadas por deformação poììcíclica e/ou poìifãsica,granitização, migmatização, e metassomatismo. Estes . cónjuntoses tão consti tuídos por gnai sses di versos, granuì i tos mu i tas ve-zes retrometamõrfì cos, granitos e rochas afins, evidenciando
-16-
t,o
Itr
-4
BACIA'DO
.t. dI
È@,,',/ffir¡'o o" Jonei ro
I- PLATAFORMA SULAMERICANA
Áreos Crotônicosl. Crcilon Amozônico2. Crólon de Sõo Froncisco3. Rio deLo Plolo4. Sõo Luiz
Foixos Móveis do Cicto Brositiono e Mo-ciços lnleriores
(8') Oon Feliciono
Coberluros Precombrionos e Fonerozóicos
-r
Lttt
=-i=i
Y0 e,l)'l q\/u\\\. .
(,\...t Í. .e\
II - Plotoformo Potogônico
III - Codeiocombr ionos
¡r;-qL$!
Andino e Princiooisremobilizodos
Mociços Prd
a,\
m)aa
'#Å,
Fa-JIl Mociços remobitiçodos e cobcrtu-i ::ù i ros foneroz<í¡cos
IV- Bocios Sub Andinos
EylFI Llonos ( L ), aen¡ (B ), Choco (C )
, . . ._4,. C:, pompos (p )
Fig, 3- UNIDADES GEOTECTÔNICAS MAIORES DA AMÉRICA DO SUL(modif icodo de cordoni e Brito Neves, rggz).
-17
histõr'ias geol6gicas complexas' que se extendem em algumas re-giões desde o Arqueano i nferi or. Es tudos geocronol õgicos ( Corda-
ni et.al., 'l979; Montgomery, ì979) têm mostrado que as rochas
consideradas como embasamento apresentam idades que variam entre3400 m.a. na borda nordeste, e ì 100 m.a. no setor oci denta l do
crãton.
Repousando discordantemente e/ou ãs vezes interca'I adas no "embasamento" cristal ino aparecem seqtlências de rochas
supracrustais, de baixo grau metamõrfico' que foram fortementetectoni zadas. As ma i ores expos ì ções des tas assoc iaçõe! a pa recem
na borda nordeste do crãton, sendo que ocorrências isoladas e-
xistem en quase toda a região amazõnica, recebendo denomìnações
d i versas segundo a ãrea geogrãfi ca de e xpos i ção (Superg rupos Ba-
rama-Mazaruni e Pastora; Grupos Vila Nova, Grão Parã, Marowiine,
Paramaca, Cauarane, Tunui, Comemoraçã0, São Ignãcìo; Formações
La Esmera I da, Ci naruco, Gua i nía ' La Pedrera e Pi raparanã )' Gene
ri camen te pod e- se dizer que as ditas associ ações são ì ntegradaspor metal avas bãsicas a ãcì das, i ntercal ações de metassedimentospei íti cos/ferríferos, compl exos ul tramãficos e coniuntos granítico-qnãìssicos associ ados, Certos autores, baseados no tipo de
tectôni ca, metanorfi smo e associ ações ì i toì õgi cas , cons i dèram
que a l guns des tes conj untos são do ti po "greenstone bel t" (Gi bbs
e 0lszewski Jr., 1982; Dougan, 19761 Moreno e Mendoza, 1975 b ;
Gonza I ez de Juana et.al,, l9B0).
Discordantes acima do embasamento cristal inb ou
das seqtlências supracrustais, ocorrem associaçõ.es vulcano- sedi-mentares pouco ou nada tectoni zadas e metamorfi zadas; essas mani
festações têm uma ampla distribuição no."áton, sendo que as mai
ores exposições aparecem en sua região central. Alguns destes
conjuntos foram estudados por BaseÍ (1977), considerando-os co-
mo associações "molassõides" que foram formadas ao fìnal dos e-
ventos tectonomagmãti cos mai ores reconheci dos na reg i ão ama zõn i -
ca.
As rochas vulcânicas são do tipo continentaì, com
-lB-
afinidades calcoalcalinas (Mendoza, 1977), compreendendo riãti-tos, riodacitos, dacitos,andesitos subordinados e piroclásticasassoci adas , Essas rochas tên recebi do denomi nações di versas (Surumú, Iricoumé, Iriri, Caicãra, Dalbana,etc. ), sendo que nos ma
pas geolõgicos do Projeto RADAII estão incluTdas no Grupo UatumãEstudos geocronolõ9icos dessas efusivas forneceram um padrãogeocronolõgico que varia entre 1900 e .l000 m.a. (Basei,op.cit.;Cordani et.al., op.cit.; Pni em et.al., op,cit. ), aparecendo asocorrências mais jovens na borda ocidental do crãton.
As efusivas supracitadas frequentementìr se asso-ciam com roc.has plutônicas graníticas que apresentam o -;mesmDquadro geocronol ógì co. As pl utôni cas aparecem sob fornas e ta-manhos di ferentes, al cançando em al gumas ocasiões enornes dimensões: composicional e texturalmente são variadas, predominandoos termos granodioríticos, sieníticos e graniticos sensu stric-to, muitas del as com textura rapa ki v i e mi neral i zação de es ta-nho, Do ponto de vi sta geotectôni co, l ocaì i zam-se preferenc i a le/ou marginalmente no interior das ãreas afetadas pelo vulcanismo e ao ìongo ou na interseção de fathas; similarmente ãs efu-sivas, as quais geralmente intrudem, apresentam padrão geocrono'I õgìco que varia entre 1 800 a 1000 m.a..
*. As coberturas sedimentares, assocìadas as rochasv u ì c a n o p I u t ô n i c a s supraci tadas, i nterca I am-s e ou sobrepõe- senestas ou nas rochas mais antigas. São pacotes de sedi.mentosque não apresentam si nai s de tectoni sno/metamorfi sno, cohsti -tuindo corpos tabul ares, hori zonta i s a sub-horizontais, de
quartzo-arenitos,que em alguns lugares atingem alturas acima de
3.000 metros.Exposições dessas coberturas aparecem tanto na re-gião setentrional quanto na meridional (Roraima, Rio Fresco,Be-nefi cente, Pacãas Novos , Caiabis), Es tudos geocronoì ógi cos i ndiretos, efetuados em rochas bãsicas intrusivas e em intercala-ções de piroclãsticas ãcidas, revelaram que as seqllências sãode i dades dj ferentes entre s i , i ndi cando, em al guns casos , urna
I onga duração dos eventos deposjci onais.
-t9-Sedimentação fanerozõica ocorre em todo o crãton
amazônico, sendo possível Ínclusive que algumas das .cobeitu¡,asconsideradas precambrianas, reaìmente sejam do Fanerozói,co.Dep6sitos paleozõicos são escassos, restringindo-se a ocorrãncias isoladas na borda norte do crãton (Formações Hato Viejo e Carri-za l; ver Gon za l ez de Juana et.aì., op.cit., pãS. l4t - .l42 ) e ocidental (Formação Araracuara, Gaìvis et.a'l ,, op.cit,, pãg.61).Durante o Meso/Cenozõico formaram-se na borda ocidental do crátonas bacias pericratônìcas de sedìmentação dos Llanos e de Beni ;no interior do craton as manifestações sedinentares meso-.cenojzõicas, concentran-se no Graben de Takutù e en grandes ãreas dosinterflÚvios Rio Branco-Uraricoera e Takutu-Surumu. Depõsitos
'aluvionares recentes são encontrados em quase todòs os rios quedrenam a região amazônica.
Atividade rnagmãtica de natureza bãsico/ alcalinaafetou o Crãton Amazônico em vãrios períodos da evolução geolõ-gica regional. As manifestações bãsicas aparecem sob forma dediques, si lls, pequenos stocks e derrames enquanto que as ro-chas al cal inas apresentan*se em formas circulares, ovais e el igsoi dai s. As rochas bãs i cola lca l i na s são condicionadas por zona sde fraqueza tectônjca que seccionan todo o crãton, sendo possí-veì que essas rochas estejam diretamente ligadas ã evotução geotectônica do embasamento, representando manifestações magmãti -cas terminais e cratogênicas de epis6O.ios tectonomagmãti cos di-ferentes, ocorridos no precambriano (Teixeira, l97B), O magma-tismo bãsico/alcalino do fanerozõico, segundo Teixeira - (-op.cit. ), representa fenômenos ígneos lìgados ã abertura do Atlân-ti co. 0 padrão geocronol õg i co das rochas bãsico/alcalinas docrãton apresent.a idades que variam entre 1950 m,a. e IZO m.a.(Tei xei ra, op.cit.; Cordani et.al., op.cit, ).
2. P rovínc i as Geocronolõgì cas do Embas amento do CÉþn Amazôni -co
Es tudos geocronòl õgi cos efetuados por di versos
-20-
métodos geocronométri cos, em diversas rochas do crãton amazônico,
foram de prirnordial importância na interpretação da evolução geo
tectônica dessa ent,idade, Esses trabalhos tên permitido r,econhe-cer a maloria dos eventos geoì6gicos acontecidos nessa negapor-
ção da Plataforma Brasileira, sendo possíveì un melhor posic{onamento das unidades geolõgicas que a integram.
Foi justamente a partlr de estudos geocronolõgi -cos que vãrios autores (Amaral, 1974; Basei, 1974,' 1977;Mendoza,
t973; Gaudette et. â1,, 1977; Priem et.al., op,cit.) perceberam
que, de um modo geral, as idades das formações geolõgicas que
constituem o. cráton diminuem na direção nordejte-sudoeste. Estu-dos geocronolõgicos foram também os fundamentos pelos quais Ba-
sei (,l977), Te i xei ra (1978), Cordani et.al. (op.cit. ), Tassinari(.l98i ) e Gaudette e 0lszevrski Jr. (op,cit. ) elaboraram esquemas
geoevol uti vos do crãton e de suas provinci as.
Tendo em vista o carãter deste estudo,baseado fundamentalmente en dados geocronolõgicos e em parãnetros similaresaos empregados peì os autores supraci tados , é prec i so na opi niãodo autor, descrever os aspectos principais das investigações. porel es estudadas.
Base i (op.cìt. ), baseando-se na anãlise de vãri as
c en tena s de da tações i sotõpi cas de rochas da reg i ão amazônica,dividiu o crãton em quatro provincias radiométricas: Transamazôni-ca (2200-1 800 m.a. ), Juruena-Rio Negro (.l700-1500 m.a.), Rondoni
ana ( t 400- 1200 m.a. ) e Brasiliana (600-500 m.a. ). Tal autor con-siderou que as províncias propostas apresentavam padrão estrutu-ral coerente em toda a sua extensão e i dades di stri buÍdas num intervalo de tenpo definido, representando portanto, a infraestru-tura de faixas mõveis (segundo definição de Anheusser, 1969) pre-cambrianas desenvolvidas enr episõdios tectonomagmãti cos diferentes . Acrescenta Basei (op. ci t. ) que o vul cani smo ãci do/ i nterme-di ãri o que afeta essas provinci as j unto com as coberturas sedi -mentâres associadas, deve ser considerado como "molassõide" que
representa os estãgios fìnais dos processos formadores das pro-
-21 -
vínci as supracì tadas.
Cordani et,al . (op.cit. ) apoiando-se em estudosg e o c ro n o I õ g i c o s , geol õgì cos e petrol õgi cos, elabo16ram um mode-
lo de evolução geotectônica do Crãton Amazônico simiìar aos que
foram propostos para a evol ução geoì õgi ca de Ãfri ca, Canadã e
Austrãl i a. Segundo esse esquema o Cráton deve ser consi deradocomo resuì tado do desenvo lvinento de três ci nturões mõvei s pre--cambrianos (Maroni-ltacaiúnas, 2200-1800 m.a. ; Rio Negro-Junuena, ì 700- 1400 m.a.; Rondoni ano, ì 400- 1000 m.a.) ao redor de um
fragmento estável antÍgo (Província geocronolõgico-estrutural A
mazônia Central (fi gura 4). 0s autores ci tados separaram da província Tiansamazônìca de Basei (op.cit. ) o núcleo da provínciaAmazônia Centra'l , distinguindo-a da faixa mõvel Maroni-Itacaiú-nas pel a sua cl ara vocação cra tôn ì ca desde tempos mui tos anti-9os e pel o padrão estruturaì diferente,
A provincia Amazôni a Central, s egu ndo Cordaniet.al, (op,cit. ), estã integrada por blocos tectõnicos separadospor grandes zonas de fal has, tendo como caracteristi ca a suavocação cratôni ca, fato esse evi denci ado pel as extensas coberturas sedimentares sobrepostas nela. Acreditam os autores citadosque o vu l ca nop lu ton i smo que ocorre nes sa provincia representaati vi dade magmãti ca refl exa, provocada pel o desenvoì vìmento das
faixas mõveis citadas enquanto que o magmatismo bãsico/alcalino6 produto de rea t i vações ocorri das ao I ongo das falhas ma i ores .
0 "emba s amen to " des ta provinc i a, s egun do Cordani et,al, (op
cit. ), apresenta padrão geocronol6gi co s i tuado no Transamazôn i -co, com idades compreendidas entre 2200 e .l800 m.a,, com aìgu-mas datações isoladas mais anti 9as. Apesar disso, os autores no
meados, admiten que a maìor parte desta entidade foi formada em
tempos arqueanos, tendo sofrido, sob condições cratônicas,reno-bi I ì zação e introdução de gran i tos no Transamazôni co.
Ainda segundo Cordani et.al .(op.cit.) a faìxa mõvel tyta
roni-Itacaiúnas desenvol veu-se na borda ori enta l da provínci a A-
mazõnia Central durante a atuação do Ciclo Transamazônì co. 0s
)Ç
/'I,l'o**A"-'
60o N
1
PERU
Oþ
4-l\9
F i s. 4 - pRovÍNcrAS cEocRoNolcíclcns- esTRUTURAts DA REGIÃo AMAZôNtcA
c) 11)lq,?
avrl
EGEND
Coberturo sedimentoresfo ne rozóico s
L ¡mites enlre os provín-c ios geocronol<íq ico -es.lruturois
/ Contolos geolo'9 icos
,:r/ A¡os
.- -.-' Fronteiro s inlernocionois
l----, .t i Areo de esludoL --_-¡
O 7.2O 55O k m
I2il<lok¡1tf-ÞiÀ,Þl
ì¡.li¡
!"F/
-23-
autores supraci tados acreditam que os coniuntos meta vulcano - sedimen-
tares que ocorrem na região nordeste do cráton repnesentam a su-praestrutura preservada da referida faixa enquanto que complexosgraniti co- gnã i ssì cos associ ados a e las cons ti tuem a i nfraes trutura. As rochas des ta enti dade geotectôni ca apresentam um quadro
geocronol õgi co cuj as i dades vari am entre 2200 e I800 m. a . , sendo
que no seu interior aparecem núcleos arqueanos que foram preser-vados ã orogênese Transamazônica (lmataca, Kanukú). A existên-cia des tes núcl eos anti gos I evaram aos autores ci tados a sugeri rque a provinci a Maroni-ltacaiúnas foi desenvoì vì da por retraba -
lhamento de material pré-exístente, de longa vida crustal.
Ao final do Transamazôni co, ai nda segundo os mes -mos autores cì tados, desenvolveu-se na borda ocidental da províncja Amazônia Central,a faixa nõvel Rio Negro-Juruena. Ela estãi ntegrada predomi nan temente por rochas orto:gnãissicas, aparecendo de forma subordinada associações v u I c a n o - p I u t ô n i c a s de carãter subseqüente e coberturas de pì ataforma que representam a épo
ca de i nversão do evento geodi nâmi co. Exi stem ai nda, tanto na
faixa quanto no crãton, rochas b ã s i c o / a l c a l i n a s que os autorescitados consideram representantes de magmatisno ternìnal e cratogêni co respectì vamente. 0 padrão geocronol ógi co desta enti dade
segundo Cordan i et.a1. (op.cit. ) apresenta-se no tempo, entre 1700
e 1400 m,a.
TassJnari (op.cit. ) fez uma descrição pormenorìza
da da provínci a Rjo Negro-Juruena, i ndi cando que a mesma estãì ntegrada por rochas graníti co-gnãi ssi cas predomì nantes, escassas
rochas supracrustaj s, associ ações vu lc ano- pì u tono- s ed i me n ta res e
magma ti smo bási colal caì i no que representam respectì vamente a in-f ra es tru tu ra , s u praes tru tura , vu l ca n i smo subseqtlente/mo l a s sõ ì deg
magmati smo termi nal e ati vi dade ígnea cratogêni ca rel aci onadas
com o evento geodj nâmi co que formou a provínci a ci tada. Concl uiTassinari (op.cit. ) acrescentando que a faixa mõvel foi desenvol
vida a partir de nraterial sirnãtico, por meio de processos de sub
ducção e/ou col i são de pl acas I i tosféri cas que propi c iaram a formação de un si stema de arcos magmãti cos .
- 24-
Model o simi I ar ao de Tassi nari (op.cit. ), foi. propos to por Gaudette e 0lszewski Jr. (op,cit. ), para o setor seten-tri ona I da provínci ¡ Rìo Negro-Juruena. Esses autores obti veram
urn padrão geocronológ ico, que forneceu i dades conpreend i das en-
tre 1850 e 1750 m.a. para.rochas granít i co-gnãi ssi cas do embasa-
mento,e valores em torno de 1500 m.a. para granitos anorogênicose/ou postectôni cos . Segundo os autores ci tados , em torno de 1900
m.a., ocorreu na bo rda noroeste do cráton, subducção de uma pla-ca oceânica, no sentido nordeste, que propiciou a formação de um
a rco de i I has, acontecendo col i são conti nental em torno de I850m.a,. Segundo Gaudette e 0lszewski Jr. (op.cit. ) a cotìsão prqvo
cou um proces.so orogênico que culminou por volta de .l750 m,a..0sautores ci tados final j zam propondo a exi stênci a de uma zona de
sutura (Geosutura del Amazonas) que coincide aproximadamente com
o ìimite assinalado por Tassì nari (op.cìt.) pa ra as provincì as A
mazôni a Central e Rio NeEro-Juruena. Cabe assi naì ar que es tudosgravimétricos de reconhecimento efetuados no Territõrjo Federal Amazonas de
Venezuela (Perarnau e Gnaterol ,1981 ) indicaram a presença de uma anomaìiagravimétrica negativa, cuio eixo coincjde com o curso médio do
rio Ventuari (setor compreendí do entre a boca do rio Ma rue ta e a
boca do rio Mari eta ), s i tuado a aproximadamente .l00 kms ao n.or-
des te da geosutura suprac i tada. Esses autores, a parti r de comu-
nicação pessoal dada por C.Martin, concl ui ram que a anomal ia corresponde a uma descontinuidade rel acionada com uma borda conti-nental antiga > zorra de sutura ou "fossa tectõnica",
Na borda oci dental da província Rio Negro-Juruenafoi desenvolrrida, segundo Cordani et.al. (op,cit. ), a faixa m6-
vel Rondoni ana, no i nterval o de tempo compreendi do entre .l400 e
I100 n.a.. Nes ta provincì a, segundo eles, predomi nam rochas da
infraestrutura, con vul canopl utoni smo subsequente e sedimentaçãopresentes em menor quanti dade; ocorrem tambÉm mani festações de
magmatlsmo bãsi co termi nal e abundante pl utoni smo graníti co cra-togêni co com rni neral i zação de estanho. Aparecem ai nda nÚcl eos an
tigos preservados, com idades entre .l500-.l600 m.a., fato que 1e-
vou a Cordani et.aì.(op,cit.) a acreditar numa ori gem ensiãlicaÞara esta faixa mõvel.
-25-
Al ém do trabal ho jã cì tado de Cordani et.al. .(op.cit.), existem outros estudos de sinteses regional do Crãton Ama
zônico ou de megaporções dele. Merecem destaque os de Choubert(1969), Susczynski (1970), Martin (l968, 1972), Mendoza (t973,1977), Amaral (1974), Aìmeida (l974, 1978), Montaìvão (1975,1975b), Almeìda et.al.(1976), I'iendoza et.al. (1977), Gatvis et.al. (ì979), Montalvão e Bezerra (1980), Kroonemberg (ì981), A1 -meida et.al. (ì981 ), Cardoso Lì ma, et.al. (.l982).
-26-
CAPITULO I V
DOMfNIOS PTTROTECTONICOS DO TERRITORIO FEDERAL AMAZONAS DA VENE-ZUELA E ÃREAS CIRCUNVIZINHAS
Como foi dito anteriormente, a região objeto destetraba I ho abrange parte dos terri tõri os da Venezueì a, Bras i I e Co-lombia (figura 4).Na Venezuela compreende todo o Territõrio Federal Amazonas e a parte sudoeste do Estado Bolivar; no'Brasil.ocupa partes do. Território Federal de Roraima e do Estado de Amazo
nas enquanto que na Cot ômbi a abrange q uase toda a região ama zôn ica.Do ponto de .vjsta geotectônico a porção setentrional da re-gião em pauta abrange setor importante da províncìa Amazônìa Cen
tral enquanto que a meri di onal compreende a mai or pa rte do setornorte da província Rio Negro-Juruena. Em contj nuação serã apresentado um esboço geológìco das ãreas citadas, com um relato sinté-tj co das unidades 1Í toì õgì cas que as i ntegram.
Considerações sobre a Sistemãtica proposta por Mendoza et.al.(1e7 7 )
lvlendoza et.al. (1977),baseando-se em parãmetros geg
morfol -og i cos, geofís i cos, es trutura i s, metamõrf i cos, geoquîmi cos,gegcronol õgì cos e no ti po de assocì ações I itolõgicas dividem o Ter-ritõrio Federa I Amazonas da Venezuel a em cinco provÍn c.i a s petro-tectõni cas: Ayacucho,Manapi are,Al to 0rì noco, Cas iquì are e . gi apa.(f i gura s),
Segundo tai s autores a Provincj a Ayacucho está i n
tegrada por um embasamento moderadamente tectoni zado/metamorfi zado consti tuído por rochas vulcânicas ãcidas a internediãrias as-socjadas a rochas pl utôni cas graníti cas,0 embas amen to foi af eta-do pon uma associação vul cano-h.ipoabissal -plutônica do tipo anorogên ico e recoberto por coberturas sedimentares de pl ataforma. Es-
-28-
tudos de câmpo posteriores realizados pelo MEM (ver Rivas, .l 981 )revelaram que o embasamento desta província estã constituido porrochas granítico-gnãissicas de metamorfismo de grau médio (fã-cies anfibotito)'As coberturas de prataforma, por outro rado, rep0usam indistintamente acima do embasamento, das associações vulcano-plutônicas tipo Grupo Cuchivero (Mendoza, l974b) e aos gralnitos ano.¡"ogêni cos tipo parguaza (Mc Candless, .l965).
Ainda segundo Mendoza et,al. (op.cit. ), a provín _
cia Manapiare estã constituída por gnaisses tonaìiti.or,ìo,n intercalações de rochas bãsicas/metabãsicas, consideradàs equiva -lentes ao Conrpl exo de Supamo (que ocorre na região oriental doEs tado Bol i var em es trei ta associação com rochas supracrustais ,Menendez, .l968); essas rochas apresentartt metamorfismo de graumédio (fãcies anfiborito) e formam o embasamento da provincia;a-'I 6m disso, as mesmas são cortadas por associações vurcano-prutô-nicas,simjIares as que aparecem na província Ayacucho. 0s auto _
res mencionados reporùan ai nda a presença de rochas metassedimentares fortefiente tectonizadas que consideram simirares à Fo"ma ]ção cinaru'jco' de coberturas sedimentares correracionadas com oGrupo Roraima (Rei d,1972) e de um complexo carbonatítico intrusivo (Cerro Impacto) que presumem seja de idade mesozõica.
A provincia Alto 0rinoco, de acordd com os mesmosautores, 6 litolõgìca e tectonicamente complexa,compreendendo rochas plutônicas pouco tectonizadas, intrusivas num comprexo gra-nitico-gnãissico que é considerado como o embasamento e ao quarcorrelacionam com o jã citado Compìexo de Supanro. Nessa provin _
cia também ocorrem rochas granîticas anorogênicas tipo parguaza,m€ ta s se d i men t a r.e s (Formação Esmerar da, ser r ier de c i v r ì e u x , r 966,),associações vulcano-pìutônicas simiìares ãs existentes nas .pro-vincias antes descritas e coberturas de plataforma tipo Roraima.
Mendoza.et.al . (op.cit. ) adicionalmente cons,i de _
ranr a Provinc i a casiquiare como una enti dade muito comp r exa, apresentando- s e i ntegrada por um conjunto granítico-gnãissico i ntru-di do por grani tos pos tectôn i cos (Grani to de São car'r os).0s tìnea
-29-
mentos estruturais regionais são variãveis, predominando as. di-réções Nlrl-SE na região setentrional enquanto que na meri di onal o
rientam-se segundo t-l^l,NE-Slll e NS.Segundo Mendoza et.al .(op.cìt.),o em-basamento desta província ê similar ao Complexo Guianense do Brasil (Issler et.aì,, ì974) e, uma vez mais, ao Compìexo de Supamo.
Fi nal mente, a Provinci a Si apa, compõe-se de ro-chas metassedimentares e metavul câni cas fortemente deformadas, i n
tercaladas e/ou suprajascentes a granitõides e gnaisses quartzo-fel dspãti cos. Todas essas rochas são recobertas por sedimentosque os autores mencionados consideram equivaìentes ao'Grupo Ro-raima.0s lineamentos estruturais desta província seguem rumos
E[.l a N70E, Sugerém.os mesmos autores que os gnai sses cons ti tuemo embasamento, podendo as supracrustais ser equivalentes ao Gru-po Vì1a Nova do Brasi l. Segundo eles a Província Siapa -e em par-te simi lar a Província Cas iquiare enquanto gue os gnaisses do em
basamento são similares ao Complexo de Supamo e ao Compìexo Guianense.
Dos ítens an te ri ores pode- se i nferi r que as pro-víncias Ayacucho, Manapiare e Alto 0rinoco são muito similares:oembas amento del as é um conjunto granítico-gnãissico de : caraeterís ti cas semel hantes ; em todas el as aparecem rochas supracrustais com parâmetros estruturais, metamõrfjcos e litoìõgicos similares; são f reqtlentes as associações vulcano-pìutônicas de carã-ter subseqtlente e de rochas granítìcas do tipo anorogênico; apare-cem também, em cada uma delas, coberturas sedimentares espgssasque indicam períodos prolongados de estabilidade tectõnica, Portodas essas razões propõe-se neste trabalho a integração numa ú-nica entidade das províncias Ayacucho, Manapiare e Alto 0rinoco,sugerindo-se para ela o nome de Domínio petrotectônico Ventuari; propõe-se esse nome peìo aparecimento na bácia do ri o homônimo, das mel hores expo s i ções da mencionada associ açã0.
2. Dominio Petrotectônico Ventuari no Territõrio Amazonas da
Venezuel a: Caracteri zação Resümi da
0 dominio petrotectônico Ventuari abrange a
-30-
maior parte do Territ6rio Arnazonas da Venezuela, situando-se. geo
graficamente ao leste do curso do rio 0rinoco, estendendo-se pa-
ra o Es tado Bol ivar e o Terri tõri o Federal de Roraima no Brasil( fi gura 6). Es ta reg i ã0, segundo as característi cas que apresen-
ta, pode ser considerada como parte da Província Amazônia Cen-
tral de Cordani et.al. (oP.cit. ).
0 "embasamento" da regìão' como iã foì dito' é
cons ti tuído por um compl exo granÍtico-9náìssico de compos ição
quartzo-diorîtica a granodìoritica que ocorre em maior proporção
na baci a do rio Yentua ri . Apres en ta tendênci as es truturai s predo
minantes segu.ndo Nlrl-SE e NS, com dìreções NE-SW subordinadas e
grau metamõrfj co da fãcj es anfi bol i to ' São rochas de granuì ação
mêdia a grOSse.ira que en aìgunS ìugares aparecem intercaladas com
rochas bãsicas/metabãsicas (bacìa do rio Manapiare). 0s termos
quartzo-di orÍti cos são mesocrãti cos , sendo consti tuidos essenci -
almente por plagiocìãsio, hornblenda e biotita,com quantidades
menores de quartzo e epi doto ' Em ãreas secc ionadas por grandes
falhas oS gnaisses são de natureza cataclãstica, desenvolvendo gran
de quantidade de minerais secundãrios. As rochas netabãsicas in-tercaladas noS gnaisses apresentam tendência estrutural Concor-
dante com as encaixantes e grau metan6rfico simjlar (Taìukdar' e
Colveõ, 197 7 ); estudos petrogrãfi cos i ndi caram (Soares '
1982 ) que
essas rochas são de ori gem í9nea, com vari ações texturai s que vão
de a nfi bol i tos a metagabros.
Associ adas aos gnaì sses do "embasamento" ocoriem
rochas pl utõni cas de carãter mesocrãti co e compos i ção quartzo-diorîti ca a granod i oríti ca. São rochas I i gei ramente deforma da s e
recristalizadas, ri cas em pìagìoclãsio, hornbl enda verde e biotita marrom, corn quantidades menores de quartzo, microclinio e pi-roxênio,
Rocha s supracrus tai s de baixo grau metamõrfi co, a-
parecem como pequenos remanescentes i sol ados por todo o Domíni o
Ventuari. As ma i ores expos i ções ocorrem nos ri os Cinaruco, Par-
guaza e Villacoa, nas bas es dos Picos Dui da e Ya paca na e nas ser
-3ì-
E enlf€ doñhios
t5 in t€rnocbûûis
|s nocionois
C idqdc¡
Rios
\ , ....-. \
:
N
il640
Fig, 6- DOMíNIOS PETROTECTôNICOS DO TERRITóRO AMAZONAS, VEN€ZUELA
-32-
nas Gavilã0, Ga ll ì nero e Mori che, des conhecendo-se as suas re la-ções com o "embasamento" . Generi camente pode-se di zer que são
constituidas por espessos pacotes de conglomerados oiigo-mixtos,quartzi tos ortoq ua rtzí t i cos a subgrauvãqui cos e filitos localmente associados e/ou interestratificados com rochas metavulcãhicasde composição ãcfda a intermediãria; os netaquartzitos desenvol-vem grande vari edade de mi nerai s metamõrfi cos (muscovi ta, cì ori -tõi de e epi doto ) aparecendo andalusita e sil limanita nas vizi-nhanças de corpos i ntrusivos. Estrutura lmente são caracteri zadas
pelo desenvoìvimento de dobras apertadas, xistosidade e presençade falhas de empurrão de pequena escala, As vulcânicas'associa -das estão for.temente aìteradas e cisa'l hadas, apresentando folia-ção cataclãstica. Ghosh (1981 ) acredita, segundo as caracteristicas litolõgicas dos sedimentos, que essas seqtlências depositararn-se em amb i en tes parã li cos conti nentai s,
Fenômenos cratogênicos dentro deste dominio são
representados por associ ações vul cano- pl utôni cas de tendênciascalco-alcalinas (Mendoza, 1977 ), v u I c a n o - p I u lõ n i c a s de afi n i dade
toleTtica (Mendoza, 1975; l''lendoza et.al. op.cit. ¡ Rivas, 1981) e
coberturas sedimentares de plataforma. As vulcano-pìutônicasr. de
tendênci a ca lco-al cal i na são abundantes em toda a regi ão do Ùen
tuari, aparecendo as melhores ocorrências nos rios Parucito,Asì-ta, Iguana, Ventuari, Parú, Padamo, Guapuchi e Alto 0rinoco. Es-tas rochas foran estudadas por Mendoza (op.cìt.) e Talukdar e
Colveé (1975a, 1977 ), os quais distinguiram riõlitos,riodacitos,daci tos, andesi tos s ubo rd i nados e pi roc I ãs ti cas associadas;texturalmente esses autores reconheceram I avas tobãceas, pumi tas e ignìnbritos. Estas efusivas apresentan-se moderadamente tectoniza-das e mui to I evenente metamorfi zadas. As rochas pl utôni cas asso-ci adas ãs efusivas, nas mesmas ãreas onde aparecem aquelas, sãointrusivas no "embasamento" e ãs vezes nas prõprias vulcânicasTra ta- s e de rocha s porfídi cas de granu ì ação grossei ra , ri cas em
quartzo e fel dspato alcalino; pl agi ocì ãs i o, hornbl enda e bioti-ta aparecem em segundo plano enquanto que epìdoto, esfeno, e apgtita são acessõrios comuns. Geralmente estão pouco tectonizadase recristalizadas, sendo que em a ì guns casos desenvol vem folia-
-33-
ção cataclãstica. Também foi observado no campo uma completa gra
dação de rochas efusivas até granitos subvulcânicos (bacia do
rio Parucito). Estudos geoquimicos sugeren que essas plutônicassão consanguineas com as efusivas (lilendoza ' 1975) .
P l utoni smo anorogêni co, de tendênciãs toì eiti cas ,
representado peìas intrusivas graníticas tipo Parguaza'ocorre ex
tensamente dentro do Domíni o Ventuari , encontrando-se as mai oresexposições no setor noroeste, bacia do rio Sipapo' onde consti-tuem um enorme batõlìto (aprox. 10.000 km' de ãrea) integrado por
diversas intrusões de composição granodiorítica a graùítica,carãter subvul cãni co e textura rapa k i vì predomi nante. Evi dênci as de
canpo mostraram que em alguns lugares os magmas aìcançaram a su-perfíci e constituíndo derrames de I avas riodaciticas (al tos cur-'sos dos rios Guapuchí, Sipapo, Guayapo e Cuao ) . A associ ação ci-tada é intrusiva no compl exo basal e nas vu l canopì utôni cas cal co
-alcalinas, sendo recoberta discordantemente por coberturas sedimentares (baci as dos ri os Suapure e Si papo ) . Estudos gravimétri-cos (.Perarnau e Grate"ol,op,cit.) sugerem espessuras em torno de
t0 kms, para a mencionada assocì açã0.
Coberturas sedimentares precambrianas aparecem êsparsas pel a regi ão petrotectônica do Ventuari. Ali cons ti tuem 're
manescentes isolados que repousam di scordantemente acirna de uni-da des lìto1ógìcas de i dades !iferentes (rios Cuao ' S i papo, Auta-na, Parucito, Manapiare, ParÚ, A'l to Orinoco).Estruturaìnrente sãb
caracteri zadas por mergul hos suaves a horì zontai s, fal has de gra
vidade verticais a subverticais ocasionais, falhas de ernpurrão
escassas a raras, dobras abertas e monoclinais escagsas e linea-mentos estruturai s e/ou de fraturamento predomi nantes segundo no
roeste-sudeste. Podem ser consideradas ísentas de métamorfismo ,
sendo que em al guns Iugares desenvol vem mi nerai s metamõrfi cos por
efei tos ì ntrus i vos ou de carga (Ghosh, I981; Urbani , 1977; Keigh
I ey, ì 981 ) , As coberturas sedimentares que ocorrem no Domiñio Ven
tuari apresentam diferenças notãveis: segundo Ghosh (op.cit. ) as
coberturas que afl oram na bacia do rio Si papo são cons ti tuídaspor conglomerados basais ol igo-mixtos, quartzo-arenì tos e felds-
-34-
pato-arenitos que repousam dìScordantes acima das intrusivas ano
rogêni cas ; as que ocorrerD no rì o Parú constj tuem espessos corpos
tabulares constituídos por grandes pacotes filíticos e camâdas
del gadas de argila com ìami nação carbonãti ca mi croscõpi ca ' que
jazem discordantes sobre rochas vulcano-plutônicas tipo cuchive-
ro. Na boca do rio Ventuari (Morro de Yapacana) pelo contrãrio,são cons ti tuídas por quartzitos quas e puros que descansam acima
de rochas supracrustais fortenente redobradas . tstudos de pa ì eo-
correntes sugeren (Ghosh, op.cit, ) que as fontes dessas cobertu
ras estavam si tuadas ao sul , I este e sudeste.
Magmatismo bãs ì co é pouco conhecj do na região do
Ventuari; as ocorrências regÍstradas restringem-se a corpos in-trusivos de diabãsio (dìques e sil ls) que cortam as seq tlênci as
jã c.i tadas. Nas nascentes dos ri os 0camo e 0rinoco,frontei ra com
o Brasiì, foram reconhecidos em jmagens de radar corpos intrusi-vos que se es ti ma seian rochas bãs i cas . coi sa simi lar acontece
com o magmatismo aìcalino, o qual praticamente se reduz a um sie
nito alcalino intrusivo na seq{lência de cerro Duida (Alto 0rino-co) e un conplexo carbonatítico que ocorre na região noroeste do
dominio.
As características geolõgicas desta províncìa são
mui to simi lares as apresentadas pel as ãreas drenadas peì o riocaura no Es tado Bol i var e peì o setor noroes te do Terni t6ri o Fede
ral de Roraima no Brasil, mais específicamente a porção d.renada
pel os ri os Parima e Urari coera.
3. Domínì o Petrotectõni c Casiouiare: Caracteri zacão Suci nta
0 domínio petrotectônìco Casiquiare abrange to-do o s udoes te do Terri tõri o Federal Ama zonas da V e n e z u e I a
' c a r a c -
teri zando-se pel o seu rel evo profundamente arrasado e pel a predo
mi nânc.i a de rochas graníti co-gnã i ss i cas ortometamõrfi cas, com
ausência quase total de r o c h a s .s u p r a c r u s t a i s , associ ações vulca-
no-pìutônicas, coberturas de plataforma e magmatismo bãsico/alca
-35-
lino.0s iineamentos tectônicos regionais são variãveis, predominando os de direção noroeste-sudeste na região setentrional, e
os de direção este-oeste na neridional i en ambas as ãreas ocórrem I oca I men te blastomi I oni tos.
0s principais tipos de rochas que ìntegram estaregião são meta-plutônicas de cornpos ição quartzo-dioritica a graniti ca que apresentan uma grande vari edade de estruturas mi gmãtì
cas ; es tão afetadas por metamorfi smo de grau médi o, reconhecendo- se em grande número de casos , evi dênci as de retrometamorfj smo.
Até o nomento não foram reconhecidas paragêneses granuliti cas em
rochas deste domí n i o.
Seqtlênci as supracrustai s são escassas no dominiopetrotectôni co em descrição, ocorrendo apenas em doi s Iuga res : na
base do Pico da Neblina (Ghos h, I98ì) e nas vi zi nhanças de São
Antonio do 0rinoco (rio Cariche), Apresentam características es-truturai s, metamõrfi cas e l i to lógi cas simi lares ãs das rochassupracrustais que ocorrem no dominio do Ventuari, associando- se
também com rochas rnetavul cânicas.
Associações vu lcano-pì utôni cas similares as que
ocorrem no DonÍnio Ventuari não foran reconhecidas dentro do Do-
minio Casiquìare enquanto que o magmatisno bãsico õ escasso, restringindo-se apenas a gabros, intrusivos no "embasamento", qu;aparecem nos baixos cursos dos rios Atabapo, Siapa, Pasinoni e
no curso do rio São Miguel.
Rochas p lutôni cas i ntrusi vas no embasamento aflo-ram nos rios Atabapo, Casiquiare, Rio Negro, Siapa, Atacavi,Gua-sacavi, San Mi guel e Caname. 0s que ocorrem na baci a do r.i o Ata-bapo foram chamados "Granito de Atabapo" (l"lendoza et. al., op,cit.); os que aparecem na bacia do rio Casiquìare foram denominados "Granito de São Carlosrr (Mendoza et.al., op. cit.),
Coberturas sedi mentares ocorrem uni camente no ex-tremo sul da ãrea, onde formam parte da Serra do Pi co da Nebli
na. Esses pacotes de sedimentosni tos que repousam sobre rochasforam cons i deradas equivalentes
-36-
são consti tuidos por quartzo-aresupracrustai s. Essas coberturascon sini lares do Grupo Roraima,
Em síntese, o domínio petrotectônÍco do Casiquia-re apresenta predomÍni o de rochas cristal inas orto- gnãissicás,considerando-se neste trabalho que ela faz parte da PnovinciaRio Negro-Juruena de Tas s ì nari (l9gl ).
4. Domínio PeSrotectônico Siapa. no Teflitõrio_Amazonas da Ve-nezuel a: ,Ca ra cteri zação Resumi da
0 dominio petrotectônico Si apa ocupa a extremìdade meridional do Territõrio Amazonas da Venezuela; esta entidade apresenta como caracteristica a impressão de lineamentos es-truturais regio.nais praticamente ortogonais,(predominantes segun-do E-l.l e N70E),aos que afetam as províncias Casiquiare ( s etor setentrionaì ) e Ventuari. 0 "enbasamento,' dessa entidade está .i ntegrado por Enaisses q u a r t z o - f e l d s p ã t i c o s e .grani t6i des, de compo-sição granodi orítj ca a Eraniti ca, fortemente deformados e .c.ata-
clasados, afetados por metamorfimo de grau m6dio e efeitos ròtrometanõrfi cos (fãcies e p i d o t o - a n f i b o l i t o ) ,
As seqtlências supracrustais são relativamente a-bundantes nesta provincia, apresentando-se seja de modo di sc,or-dante, seja intercaladas com as rochas cristalinas. Mendoza et,al, (op.cit. ) consideraram que estas seq0ências são correlacio-nãvei s com o Grupo Vi la Nova.
Coberturas sedi mentares de pì ataforma são escas-sas dentro da Provinci a Si apa, aparecendo urna úni ca ocor¡ênci a
importante,a qual,possivelnente sej a uma prol ongação da Serra doPi co da Nebl i na, Tai s sedimentos aparecem di scordantemente sobreas seqtlências do embasamento supraci tadas, sendo consti tuîdas porquartzo-areni tos maduros prati camente mononi nerãl i cos.
-37-
Durante os estudos de reconhecimento geolõg'ico daProvincia Si apa não foram i dent i fi cadas assoc l ações vuI cano-pì u-tônicas, plutonisrno anorogênico e/ou postectônico nem,$agmátismobãs i cola l ca l i no.
A região acima descrita se situa na .prolongaçãode uma faixa metamfrrfica de alto grau que foi inclusa por Cardo-so Lima et.al, ( 1982 ) no Cinturão Granulitico'da Guiana Cen-tral, Segundo os autores citados a tal faixa metamõrfi ca é significativa de uma estrutura tipo "mobile belt" segundo deffniçõesde Kröner (1977) e Cordani (1978). Como hipõteses alternativa indicam que a mesna pode tamb-em representar um lineamento pereneprofundo com origem no Arqueano que foi reativado em divèrsas é-pocas.
5. Geologia da Reqião Sudoeste do Es tado Bol i var. Venezuela
A região sudoeste do Estado Bol ivar compreen-de as bacias dos a ltos cursos dos ri os Caura e Paragua,as quaisforam geoì ogi camente estudadas por Tepedi no ( l98t ) e Moreno et.a1. (1981) re s p e c t i v a me n t e . Em termos geotõgicos ê muito siriilarcom a região do dominio petrotectõni co do Ventuari do Territõ-rio Amazonas de Venezuela e com a porção noroeste-norte do Terfitório Federa l de Rora i ma, no Brasil.
Na regìão drenada peìos médio e alto cursos do
rio Caura, Tepedi no (op. ci t. ) reconheceu as uni dades I itotõgicasseguintes: a) um "enbasarnento" cristalino constituido por ro-chas granitico-gnãissicas que considera equivalentes com o Com-
plexo de Supamo; b) seqtlências supracrustais integradas por . me-
tassedimentos e metavulcãnicas que ocorrem no rio Yuruani, tributãri o do Caura, as quai s correl aci ona com a Formação Yuruari ( Ko
rol, 1965); c) rochas vulcano-pìutônìcas de carãter ãcido a in-
- 38-
termediãrio que considera similares ãs do Grupo Cuchivero (ltlendoza; 1974b ); d) seqllências sedimentares espessas que sobrepõem-seãs unidades citadas admitidas como similares ao Grupo Roraima;e)magnatismo bãsico em forma de stocks e diques intrusivos em to-das as:associações ci tadas.
Moreno et. al . (op.cit, )i denti fi caram no Al to paragua um "embasamento" constjtuído por associações vulcano-plutônjcas s imi lares as descri tas por Tepedino (op.cit. ) na região doCaura. Reconheceram ainda espessos pacotes de sedimentos que correìacìonaram com o Grupo Roraima, além de abundante -'magmàtíçmo
bãsi colu I trabãs i co i ntrusivo nas coberturas . tsses autores nãoi ndi caram a p res ença de magmatì smo al cal i no nem cratogên i co.
6. Geologia Regional da Ãr:ea Noroeste do Tqrri!6rio Federal deRo ra i na, no Brasi l
0 setor ocidental do Território Federa.l de Rorai-ma do Brasi l compreende a ãrea drenada pelos rios Uraricoera,m-e-dio Mucajai, Parima, Auari, Uauaris, altos Demini, e Catrimani .
Sob o ponto de vìsta geológico essa região foi estudadu por ùoo-ta I vão et.al. (1975), Dal l'Agnoll e Dreher (1975) e Santos(lgBl ,leBz).
Montalvão et. al . (op.cìt. ) e Dal ì 'Agno ìI e Dreher(op,cit. ) reconheceram no setor ocide.ntal do Territõrio Fetleralde Roraima duas ãreas distintivas: a pri mei ra abrange todo o se-tor noroes te, comp reenden do a ãrea drenada pelos ri os Urari coe _
ra, Parima, Auarì e Uauar.is. Geologicamente estã integrada pofrochas g r a n í t i c o - g n ã i s s i c a s de compos i ção essenci al mente tonalí-tica que se associam com quantidade expressiva de anfibolitos e
de granul itos res tri tos j rochas supracrustai s s obrepõem- s e dis-cordantemente e/ou se intercalam com o ',embasamento" cristalino,enquanto que associações vulcano-sedimentares são discordantesTanto as rochas cristal inas quanto as supracrustaj s apresentampadrão es trutura I com d i reções predomi nantes segundo N!J- SE. Ro-chas plutônicas de caráter s u b v u I c â n i c o
" q u e frequentemente se as
-39_
sociam com as efusivas, são intrusivas no "embasamento,'; do mesmo
modo, são expressivas as ocorrências de corpos anorogênicos intrusivos (t'ipos Surucucú) e de magrnatisrno básico/uìtramãfico (Santoset.al., l98l ), As características geolõgicas desta região saomuíto similares com as do domínio do Ventuari e do alto rio Cau -ra, ambas contíguas.
A segunda ocorre no setor sul-ocidental, abrangen-do a área drenada pelo curso médio do rio Mocajaí e pelos altoscursos dos rios Catrimani e Demini. Estã constituída predominantemente por granitõides e gnaisses quarùzo-feldspãt.icos de composì-ção essencia.lmente granodiorítjca, associ ados a granu l i tos res-trì tos, que apresentan padrão estrutural com di reções prat.i camen-te ortogonais ao padrão da região noroeste (t-l.l a N70E). Nesta regìão não foram reconhecidas rochas supracrustaÍs, assocìações vulcano-plutõnicas, nem coberturas precambrianas de plataforma. tstesetor apresenta mui ta semel hança (apesar da não ocorrênci a nessaãrea de rochas granulíticas) com o domînio do Siapa da Venezuela.
7. Geol da Parte Setentri nal do Estado de Amazonas Bras i I
A pa rte no rte do Es tado do Amazonag compreende to-da a regì ão afetada pel o a lto curso do Rio Negro e seus tributã-ri os (Uaupés, I çana, Xì é, Cauabarí, Aiari, padauarí, TraÍra,papu-rí e Demini). Es tã consti tuÍda por um compl exo cristalino n0qual predominam granitõides e gnaisses quartzo-feldspãt.icos secundados por gnaì sses pet ítì cos, anfi bol i tos e catacl as i tos com es-truturas migmãticas diversas (Montalvão et.aì., op.cit.; pinheiroet.al., 1976; Dall'Agnoll e Abreu, 1976). Dentro desse conjuntopredomi nam bioti ta granitõides e gna isses a ti tani ta (setor or.i ental) secundados por grani tõi des e gnaisses a duas mi cas ( bac.iado rio Uaupés). 0 conjunto apresenta tendôncias estruturais predominant,es segundo Nl,j-SE (no setor oc.i denta l ) e NE- Sl,l no resto dareg i ão, Na ãrea em des cri ção não foram reconheci das as socì açõesvul cano pl utônì cas simiIares ãs que aparecem no Terri tõrj o de Ro-raima. A única ocorrência importante localiza-se no curso do rio
-40-
Traîra (Fernandes et,al. , 1977) onde predominam riólitos, ríodacitos e dacitos sobre andesitos e piÈoclãsticas. No curso do rioTiquié afloram corpos granÍticos de carãter intrusivo q.ue estãoprovavelnente associados ãs vulcãnicas do Traira (Pinheiro et,al.op. ci t. ) .
As exposições de rochas supracru.stais desta ãreasão representadas por quartzitos puros, micãceos e fer,ruginosos ,
filitos, xistos, conglomerados intraformacionais, metavulcânicase cataclasitos (Grupo Tunui) que sobrepõein-se ao compìexo crista-lino; essas seqtlências estão fortemente deformadas e apresentammet¡morfi smo de baixo grau (Pinheiro et.al,, op.clt. ).
Coberturas sedimentares são relativamente restri -tas nesta região, aþarecendo apenas na fronteira con a Venezuelaonde cons ti tuem as serras do Barueri, Padre; Pi rapuén, Pi co da Ne
bìina e Tri nta e Um de Março . São seqllências i ntegradas por arenitos orto-quartziti cos intercalados com conglomerados, filonitos e
quartzi tos di namoterma i s secundãri os.
Magmatisno bãsico, em forma de diques ì'ntrusivosno complexo graní¡ico-gnãissíco, aparece esparsamente por todd a
região, concentrando-se na bacia do rio Içana. Manifestações alcaI inas precambrianas não foram reconhecidas na ãrea em descrição,aparecendo apenas uma ocorrência fanerozõica denominada Carbonati-to dos Sei s Lagos
Esta ãrea, como jã foi di to, apresenta caracteris-ticas muito semelhantes com o Dominio Petrotectônico Casiquiare na
Venezuela, com o setor sudoeste do Territõrio de Roraima e con a
porção sudeste da Amazôni a Col ombi ana (ãreas vi zi nhas da baci a
do r'io Uaupés ).
8.'Geõlogia da Parte 0riental dâ Amazõnia Colombiana
A parte oriental da amazônia colombiana, segundo
-41-
Galvjs et.al. (l979 ) e Kroonemberg (ì981), es tã i ntegrada por um
comp lexo cristalino (Compì exo do Mi tú, Galvis et,aì., op.cit, )noqual predomi nam gnaisses quartzo-fel dspãti cos, grani tõi des, anfibol i tos, gnaisses pel íti cos e cataclasitos de mi neral ogi a re lat ivamente monõtona. Segundo esses autores, o coniunto não apresenta tendênci as es trutura ì s defi ni das, sendo afetado por metamor -fismo regionaì de grau rnédio, notando-se frequentemente' sìnaisde retrometamorfi smo.
Kroonenberg (op,cit.) ass i nal a que o comp I exo
cristal i no é sotoposto discordantemente por rochas metassedimen'tares que constituem a Formação Guaì nía (De Boorder, apud Kroo-nenberg, op. ci t. ), La Pedrera e Pì raparanã (eatvis, et.aì., op.cit.). Galvis et.al . (op.cit.) acham pelo,contrário' que as su-pracrustais são representadas pelos metassedimentos dobrados da
Formação La Pedrera enquanto que aqueles que foram agrupados co-mo Fo rma ções Gua'i nía e Pi raparanã são coberturas s ed i men ta res simi I ares ao Grupo Roraima .
Nes ta regì ão é notãvel a ausênci a de associ ações
v u 1 c a n o - p 1 u t ô n i c a s . Exi sten apenas os derrames de I avas ri odací-ticas e piroclãsticas que formam parte da Formação Piraparanã(vuìcânicas de Yaca-Yaca), plutões intrusivos que ocorrem na ba-
cia do rio Apaporís (De Boorder, apud Kroonenberg, op.cit, ) e
pìutonismo anorogêni co (tipo Parguaza ) que ocorre extensi vamente
no setor no rte da reg i ão em descri ção,
Magrnatismo básico/alcalino é escasso sendo repre-sentado por dl ques e corpos granofiricos i ntrus i vos e por um
sienito alcalino do f aneroz-oico (Sienìto nefelinico de São José
do Guavi are ) . Galvis et.aì. (op.cit.) reportam ainda a presença
de coberturas paleozõicas (Formação Araracuara), depõsìtos do
Terciãrio e a luvj ões do Quaternári o.
As característi cas da reg i ão em pauta são.simi la-res a*s apresentadas pelas rochas que ìntegram o Dominio Casiquìare da Venezue la e as apresentadas por rochas do setor oci dentaldo tstado do Amazonas do Brasi I .
- 42-
CAPITULO V
GTOCRONOLOGIA
Neste capítu1 o são apresentadas e di scuti das as
anãl ises geocronol6gicas das amostras datadas na região em estu-do.Foram obtidas 369 determinações isotóp'i cas, das quais 277
correspondem a anãl i ses fei tas pel o método Rb/Sr em mi nerai s e
rocha totaì,'16 a anãlises feitas pelo método U/Pb em zircões coge
nãticos e 76 a datações efetuadas pelo método K/Ar em mineraise rocha total.
Em grande número de casos, os resul tados Rb-Sr ob
tidos pern¡iti ram a construção de diagramas isocrõnicos que na
opinião do autor possuem significado geolõgico referente a episõdios principais, formadores de rochas. Na maioria das is-ocronasos pontos analíticos apresentam boa distribuição e alinhamento,sendo que os parâmetros que testam a qualidade da melhor re taseJecJonada (MSl^lD), indicaram a existência da boa probabilidadedas amostras anaJisadas serem cogenéticas, ou seia, formadas no
mesmo episõdio tectonomagmãtico,a partir de material fonte, com
razão i sot6pi ca do es trônci o s i mi I ar.
As determinações feitas pelo método U-Pb foramtratadas em diagrama "conc-ordia" (Gaudette et.a'l ., l97B; Gaudet-te et.al., 1977) e, nos casos especificos considerados, as lî-nhas "di scõrdía " obti das, forneceram resul tados que, em geral ,
conval idaram aqueles obtidos pelo método Rb-Sr em rocha total .
As j dades obt j das pe'l o método K-Ar mostraram gran
de di spersão, sendo que al gumas del as correspondem ã -epoca de
resfriamento dos eventos geotectônicos pri ncipa'i s, nos quais hou
ve formação de segmentos crustais; outras, alternativamente, po-
dem representar a j nfl uêncí a de eventos anorogêni cos e/ou tecto-notermai s.
-43-
A di scussão que se segue serã baseada em fundarnen
tos netodol óqi cos e regi onai s. Nesse sentido, serão tratados se-paradamente os conjuntos homoqêneos de datações, por provínci as,sub-provínci as ou regìões, com base na cl ass i fi cação apresentadano capítuì o anteri or.
S istemãti ca Rb-Sr em r"ocha total e U-Pb em zircões para osgna isses do 0r'i noco-Ventuari -Parú ( DomÍni o petrotectônj co Ven
tu a rì )
Gaudette e 0lszewski Jr. (1981 ) apresentaram I3determinações, obtìdas pelo método Rb-Sr em rocha total, referentes aos gnaísses consi derados cono " emba s amen to " do Domínio Ven-tuari . 0s dados ana I iti cos das referi das determi nações aparecemna tabel a I, notan do- s e que 7 del es pertencem aos "mi gmatì tos de
Mi nici a", 4 aos gnai sses quartzo-dioríticos do Parú e 2 ao "au-gen-gnaì sse de Macabana ". Caracteri zação petrogrãfi ca e petrol õ-gica desses gnaì sses consta de Mendoza et.al. (1977),Rivas(1981 )
e Gaudette e 0lszewski Jr. (1981 ),
Gaudette e 0lszewski Jr. (op.cit. ) elaboraram um
di agrama j soo"õni co Rb/Sr de referênci a dos gnai sses supraci ta -dos, que forneceu uma idade de 1826 + 34 m.a. e uma razão ini-
o-7 0cciaì (Sr"' /Sr"" ) de 0.7027 + 0.0008 (f ioura 7). tssa i dade -e in-terpretada como à época de formação dos gnaisses, enquanto guea baixa re lação do es trônci o é sugesti va de fontes subcrustaispara esses 1i toti pos. 0 valor do MSl,lD é rel ati vamente alto(3.08) ,
i ndi cando possivelmente que al gumas das amos tras não são ri goro-samente cogen6ti cas. Isto é evi denci ado na fi gura 7, onde se no-ta uma certa di spersão dos pontos anaìÍticos; é muìto provãvelque tal espal hamento seja devi do a que reaìmente al gumas das a-mostras possuam razões iniciais do estrôncio ligeiramente diferentes.
Adicionalmente, Gaudette e 0lszewski Jr. (op,c:it. )
separaram popul ações de z i rcões , de amos tras do mesmo afì oramen-
TABELA I - DADOS ANALlTlCOS
Mi
NA Ordem Ng Campo
24 R8697
25 R8698A
?5 R86988
25 R8722
25 R8723
26 R8724
28 R8727
Rb (ppm)
132
t 50
128
162
134
il6l6l
Rb/ST DOS GNAISSES
mat itos de Mìnicia
3taÀ
86Sr (ppm) Rb''/Sr'-169 2.272339 1.2872?9 1.629298 I .580
34? 1 .133504 0.6689296 1.576
Augen-Gnai sse de Macabana
R8699
R87 47
36
39
42
L\
DO CiìINOCO-VENTUARI-PARÚ
Referência: Gaudette e 0.lszewski Jr.Anãl ises rea li zadas em rocha tota l*I dade Convencional calculada com:
300
236
R8734
R8743
R87 48
R8752
^ 87.^ 865r /5r0.76090 .7 37 4
0.7 434
0.74580 .12890.71980.7418
Gnai sses Quartzo- Di oríti cos do Parú
89.960.8
??4.l
16
198
145
Idade*
I7l I
17 54.l
646
17 96
1465
1621
4.4504.754
693
745,l89
489
Ref erênci a
iIì
I'l
ll
0.82'r 5
0.8264
0.37580 .23673.46500.6910
(r e8r )
(sr87/sr86 )o = o. zoso
Ànb = 1,4?x16-ì1 ¿¡65-l
ì 826
1771
0.71 33
0.71030.7943 1794
0.7?41
lI
ì
1
I
I
^ 87.^ 865r /5f
45j,26
t,o
Fig.7 - ISOCRONA Rb- Sr
2pDE REFERENCIA DOS(extroído de Goudette e
o Gnóisses de M in¡cio
O Augen -gnóisse de Mocobono
* Gnó¡sses do Po rú
742 ' 18?6 t 34 m.o
r.i.= 0,70?7 t o,oooe
MSwD= 3,OB
34
3,O 4p
GNAISSES DO ORINOCO-VENTUARI - PARU
Olszewski Jr,l98l)
- 46-
to, dos gnàisses de Mìnicia e Macabana, respectìvamente. Segundoesses autores, os zircões de ambos os tipos de gnaisses apresen-tam caracteristicas simi'l ares: são de cores rõseas a marrom cla-ro, de aspecto nubl ado e de formas arredondadas a subedrais; os
grãos individuais apresentam fraturamento irregular,incìusões de
material escuro, zoneamento e sobrecrescinentos euedrais; estesÚl timos envo l vem núcl eos arredondados a subedrai s . As fraçõesmai s fi nas são euedrai s, de cores claras,e não apresentam zonea-mento. A morfologia dos zjrcões é indicativa de protólitos sedi-mentares para esses gnaisses, enquanto que os sobrecresci.mentose os zoneamentos sugerem a ação de um forte episõdio metam6rfi coque provocou recri s tal i zação.
0s zi rcõès dos gnai sses em di s cus são foram anali-sados pelo método U-Pb (Gaudette et.al., 1977), aparecendo os resultados obtidos na tabela II. Constata-se aìi que os zircões extraidos do a ugen- gna i s se de Macabana são mais ri cos em urâni o e
chumbo que os pertencentes aos migmatitos de Minícia. trgu.a1men-
te, percebe-se q.ue as frações mais finas de zircões ãe ambos.os tÍpos de ro-chas são mais rÌcas em urãnio e chumbo que as populações maiores.
0s pontos analiticos dos zi rcões extraidos dosgnaisses de MinÍcia e Macabana foram tratados em diagrama " con-c6rdi a ", onde defi ni ram arranjos l i neares. As intercepta-ções superiores com a curva forneceram ìdades de I859 e .l.823
m.a. respectivamente, enquanto gue os ìnterceptos inferìores acusaram 484 n.a. e 424 n,a. (f iguras I e 9).
As i dades forneci das peì as i nterceptações superi o
res foram i nterpretadas como s i gn i fi cati vas da época de cristalização dos zi rcões analisados. Essas i dades, que são concordantescom as obtidas peìo método Rb-Sr, indicam a ação de um forte episõdi o metamõrfi co que provocou rehomogenei zação total dos sì ste-mas quími cos Rb-Sr e U-Pb. A baixa razão ìsotõpica de estrônciodesses metassedi mentos sugere que os mesmos foram deri vados de
fontes extraídas do manto e/ ou cros ta i nferi or, cuj a vi da crus-tal era relativamente curtaitalvez v u I c a n o c i ã s t i c a s e/ou corpos
ô?
-47-
Goo¡sse de Mocobona
o,r
@úNl
(o\ôN
-oo- "y
\ 1859 m.o.
Gnoisse de Minicio
?345
o,l
Pb2o7 u23s
Figs:8,$DIAGRAMAS CONCóRDrA DOS GNATSSES DE MACABANA E MINIC!A
NS 0rdem Ng Campo
24 8697(mix. )
24 8697(mix. )
24 8697(140 )24 86e7(140 )
24 8697(?70 )
TABELA ]I - DADOS ANALfTICOS U/Pb DOS GNAISSES DO ORINOCO-VENTUARI-PARÚ
Migmatitos de Minicia
u (ppm )
395.l40?
369.6380.6450.3
3.ì
3l3l
3l
Pb (ppm) Pb2o6 /Pb?04
12?.3 l20t124.2 1580
120 .7 I084119.4 1727
ì41 -l 1067
8699(mìx.) 1097.48699 (rnì x. ) 82 5 . 4
8699(nix.) 1067.38699(200 ) 870.88699(200 ) ì05s
Referênci a: Gaudette
* ^¡235
= 0.984850 x
**1¡238 = 0.155125 x
Nota : correção para
Pb2o4. Pb206,
Pb207 /u235*
4. 3857
4.490I4 .7 023
4 .617 4
4 .47 55
288.3267.5264.9270-8317 .4
e 0l szewskj Jr. (198t)
l o-9 anos-l
l o-9 anos-l
chumbo moderno foi fei ta
Pb2o7. oo2o8 - r: 20.75:
Augen-Gnai sse de Macabana
Pbzo6 /u238**
0.290360.291940.30389o.299240.29il3
t7 34
t2ì9I8961553
915
Pb207 /Pb?06
0.109550 .1127 9
0.1t 223
0.1 il 91
0. il 149
3. 5148
4 .437 6
3.40354.45234.2915
com brancos cujas rel ação
.l.9.82: 30. 50
0.241 56
0 .292890.23580.295840.28558
Referência
1
I
I
I
I
0.,l05530.109890.104690. I09150.10899
isotõpicas fo ra n:
lII
I
I
I
@I
-49-
'i ntrus ì vos pretectõn icos retrabal hados (erodi dos ) .
As i dades forneci das pel os i nterceptos i nferi oregsegundo Gaudette e 0lszewski Jr. (op.cit. ) são compatíveis comresul tados obtidos na regìão nordeste do Crãton Amazôn.ico,acres-centando que as mesmas possiveìmente sejam representati vas de um
episõdio metamõrfi co ocorri do no Pal eozõi co. Com re l ação a talj d-eia deve-se j ndicar que até hoje não foram achadas ev'i dências,da atuação nessa época,de um episõdio metamõrfico regional que tenha afetadoa porção setentrional do crãton. t opinião do autor deste estudoque a i nterpretação dos autores supracì tados é devj da 'ao model outilizado, fundamentado en perdas episõdicas de chumbo. Se o mo-del o adotado fosse o de di fusão contÍnua, evi dentemente, taisi dades não teri am si gnifi cado geoì ógi co.
lþtemãtìca Rb-Sr em rocha tota l pa ra as rochas lut,õnicasdo 0 r i n o c o - V e n t u a r i - P a rú (Domíni o Ventuari ).
Gaudette e 0lszewski Jr, (op.cit. ) e Barr.ios e Rivas (.l978 a ) fì zeran es tudos geocronométri cos , pel o nétodo Rb-Sr,em rochas plutônicas diversas que ocorrem nas rnesmas ãreas deexpos ì ção dos gnai sses acina des cri tos . Al gumas des s as rochassão intrusjvas nos próprios gnaisses, en rochas plutônìcas ouem rochas vulcânicas, sendo inclusive abundantes os ti pos subvulcâni cos e com textura rapaki vi . Deta I hes da pe trog raf i a, modo _deocorrência e geoquírnìca de elementos maiores dessas rochas þodemser achados ern Mendoza et.al, O977 ), Rivas (ì9Bl ), Barrios(l98ì)e Gaudette e 0lszewski Jr, (op.cìt.).
Gaudette e 0ìszewski Jr, (op.cìt. ) apresentaramZ0determi nações anal íti ca s peì o método Rb-Sr, das rochas pl utôni -cas mencionadas, enquanto que Barrios e Rivas (op,cit. ) obtì ve -ram mais 9 da tações , também em rocha totâl. 0s dados analíticosde todas essas determinações são rej aci onados na tabel a III.
Gaudette e 0lszewski Jn. (op.cit. ) apresentaram
l{0 Ordem Ng Campo
ROC}IA5 PLUTONICAS DO
( ppm ) RbBT /sr86
OR I I{OCO. VEÌ{TUAR I - PARt'
s"87/s"86
0 .7 623
0 .7 223
0.88060.77430.72860. 7 ì 39
0 .7 122
0.72770.72630.7ì99
.0.72290.72ì90.73500.7ì870.730!r0.74630.7t2¡L04200.79s90.737ì0. 7 58t
0.96560 .81
.l0
0.7735O .7 38t0.80170.79390.9t920.7704
- 50-
ldader Referência
ì509 I
ìt 866 1
.1747 I
t'I
I
I
I
ìIì
1574 |
ll79l I'I 706 I
I
1700 ì
ì652 I
ì526 ?
1544 2
1534 2
1740 2
1728 2
t369 2
'I 8ì6 2
1527 2
t436 2
2300 I
Rb (ppm) 5r
ì99 2.ì9
l3l 440
207 93.2r79 ì8996.5 287
t35 67ì60.2 840
94.3 3l3t2ì 360'l40 66B
97 .t 56?
139 530
144 3ì513 ì 501
r J2 3qì
I 89 326
I 06 983
269 58.4?40 I 83
ìt6.8 23.|
209.5 254 .6
340.7 85.5219.6 ì93.ìt 64 . B 17 4 .2
ì17.2 ì96.9ì87.9 ì48.3256.4 184,1348.8 99
?13 3ì5
TABELA I I I DA00S ANALITIC0S Rb/Sr 0AS
27
29
30
35
33
38
39
39
39
39
39
39
39
43
45
45
6ì62
87
68
6t66
64
63
65
69
60
45
R8726
R8728
R8730
R8733
R8732
R873s
R8736
R8739
R8740
R874ì
R8i42R8744
R874 5
R8746
R8749 |
R875lA
R8753
R8757
R8765
964
5056
5052
504 9
503 3
5030
5036
5068
253
RB7 5?i
Litoìogla
granj toqtzo.dìoritogran i togrônltoqtzo.dioritoqtzo.dioritoq tzo. di ori toqtzo,dioritoqtzo.dioritoqtzo.dìot itoqtzo.dioritoqtzo.diori to
granodìo.qtzo.diori togranodio.granodì0.qtzo.djori togrônìtogranitogranì togranitogranitograni togranitograni togranitogranitogranitogranodí0.
2 ,6380.86516.542? .1530.97740. 5834
0.20780 .87 6?
0.9i7ì0.60730. 50ì 5
0.7586L 332
0.7597I .0050ì .68600.3ì.l9
13.803.837ì.4702.390
il .83
4.2402.76l 73
3.704.05
ì0.41ì.973
Referônci¿g: I - Gaudette e 0ìsrewski Jr. ('l9Ílì)2 - Earrios e Rivas (ì978a)
rldade Convencion¿l calcul¿r1¿ com: ( SrSlrt.t'u)o = 0,7050rRb - 1.42 x l¡.ìl ¡¡o5-l
tr locaìização geogrãf1c¡ não roìacionôdô no tr¿bðìho origìnal
-5t -
um diagrana isocrônico construido com as 20 datações por .elesobtidas (fìgura l0); u idade fornecida pela melhor peta de refe-rência foi de l805 + 27 n.a., para uma razão sr87¿5"86 inicialde 0.70?4 + 0.0006. A partir desses resultados os autores mencionados concluiram que as di versas rocha s pt utôni cas são relacionadas, tendo-se formado a partir de uma fonte comun, por processosde fusão ocorri dos em épocas dìversas.
As determinações Rb-Sr obtidas por Barrios e Ri-vas (op.cit. ) foram aqui acrescentadas ao di agrama i socrõn i co deGaudette e 0lszewski Jr. (op.cit.). 0 conjunto de pontos não f ormou un único alinhamento; peìo contrãrìo, apresentou uma grandedispersão podendo ser del imi tada por retas isocrõn,icas de refe-rência com idades de 2200 m,a, e 1500 m.a.aproximadamente ( verfigura l0). É opinião do autor deste trabalho que tal quadro é
mais coerente com a geologìa regional da ãrea, considerando- sea idade mais antiga como significativa da época de intrusão decorpos graníti cos anteri ores e/ou pretectôni cos ao Ci c l o Transa-mazônico. Estas ìntrusivas foram preservadas ao evento metam6rfjco ocorrido em torno de 1850 m.a.. A idade mais nova, por outrolado, corresponde ã õpoca de jntrusão de corpos a n o r o g ê n i c o s .q u e
são expressivos nessa região e que ainda não tinham sido separa-dos dos pì utões mais antìgos.
3. Sister¡ãticg Rb-Sr em rocha total para as rochas gnãissicase v u I c a n o - p I u t ô n i c a s do al to 0ri noco ( Domin i o Ventuari )
. Nos altos cursos dos rios 0rinoco, 0camon Padamoe Iguapo ocornem rochas gnãissicas cataclãstìcas,vulcânicas(também c a.ta c I ã s t j c a s ) , rochas pì utônicas associadas as vul cân i case um maciço alcaìino intrusivo, que foram geol6gìca e petrologicamente caracterizadas por Mendoza et,al. (1977), Keighley(l9Bl!Soares (comun.pessoal ), Gaudette e 0lszewski Jr. (l9Bl ), e Bar-rjos e Rivas (1978 a ). tstudos geocronolõgicos dessas rochasforam efetuados por Ba rri os e Ri vas (op. ci t. ), e Gaudette e 0lszewski Jr. (op. ci t. ) os quais obt i veram um total de i7 detenmi na
5'-877 g'.86
ldode = 22OO fn.o
r. i. = O,7O35
-o66
?,o 4,0 6p 8,0 to,oFig. ro - DTAGRAMA TSOCRÔNICO Rb/Sr DE REFERÊNC|A DAS ROCHAS PLUTÔN|CAS
DO ORTNOCO-VentUnnt -pARÚ (Oomín¡o Venluori)
ldode = l5OO m. o.r. i- = O,7O 30
o Quorl zo - dioriiosO Gro n itos+ Gronodiorilos
-- - lsdcrono de Goudef Îe e Olszewski (1981)
ç¡877g.86
çõe s radi ométri cas pel o método Rb-Srdos dessas anãl ises são rei aci onados
-53-
rocha total.0s resul.ta-tabel a IV.
Gaudette e 0ìszewski Jr. (op.cit. ) apresentaramuma is6crona do "gran'i to do Padamo", construida com arnostrascogenéti ç1s, g!e forneceu uma i dade de .l805 + 60 n.a. para uma
razão Sr87/s"86 inicial de 0.7059 + 0.0016 (fi gura ìt). Essesautores i nterpretaram a j dade obti da como s i gni fi cati va da êpo-¿a de i ntrusão do menc i ona do grani to, sugeri ndo a j nda, que talcorpo formou-se durante a atuação do mesmo epis-odìo tectonomag-mãtico reconhecido na bacia do rio Ventuari, Corn efeito, ao comparar os resultados obti dos na ã rea do al to 0ri noco com os apresentados pelas rochas plutônicas do O r i n o c o - V e n t u a r i - P a r-u , no ta-se a concordãnci a das i dades ao passo que as ra zões i sotópi casdo estrôncio são diferentes. Ta1 questão sugere que, efetivamente, ambos os conjuntos de rochas foram formados como conseqüên-cia do mesmo processo, seja a partir da mes¡na fonte, com ocor -rência de certo grau de contami nação do materi al subcrustal (queori gi nou as pi utõni cas do Padamo ), seja atrav-es de fontes real-mente diferentes (naterial rnaÍs profundo para as plutônicas doVentuari ).
Na isócrona apresentada por Gaudette e 0lszewskiJr, (op.cit.), foram acrescentadas as amostras anal i sadas porBa rri os e Ri vas (op.cit.), tratando-se de dois pontos do grani -to do Padamo, três dos gnai sses catacl ãsti cos e dois das vu lcã-nlcas associadas ao granìto do Padamo, Nota-se no di agrama queos pontos analíticos pertencentes ao granito do padamo e as vulcãni cas se s i tuam na i sõcrona, fa to esse que sugere a cogenet.i -cidade de ambos os ti pos de rochas. 0s gna i sses, pot" outro la-do, apresentam um comportamento di ferente: os pontos analîtì cosdessas rochas defi nem um a I i nhamento que fornece uma i dade em
torno de I200 m.a., para uma alta rel ação ìnjcial do Sr87/ Sr86(aproximadamente 0 .7230ìl. Esses val ores destoôm do conjunto re-gi onal , des con he cendo- s e se tal comportamento o bed ece ao fa todas amostras serem fortemente cataclãsticas, cujo sistema Rb-Srfoi aberto, ou, ao contrãrio, trata-se de I itotipos que repre-
em
na
-54-
TASELA I V OADOS ANALITICOS Rb/5r OO5 6IIAISSTS T ROCHAS VULCAIIO.PLUTOiltCAS OO ALTO OR¡NOCO
Grônj to dg Padàmo
llg 0rdem
79
8C
80
73
71
7l7t
7s
82
t{9 Càmpo
UNHI O
UNHI I A
UNHìì8
UNHI 2
UNHì 3
UNHI4
UNH¡ 5A
UNHì 58
5l s0
52t 5
Rb(ppm)
'l73
234
214t 95
169
204
t92.l69
250.Iì 94
Sr(ppn )
372
4s0
469
324
330
ì35
30ì200
437.6561.7
83.8
Rb87/s186
t.3501.508r .326I .750ì .4e44.4082.7842.462I .660I .000
8. 8BC
I .800
s"87/sr86
0 .7 40?
0.745t0.74 t I
0.75140.74450.8.l990.77890.76980 .7 452
0. 7 300
ld¿der
t8t?.l84
5
ì893ì 843'I 845
I 806.l845
I 830'l683
Referôncia
I
I
ì
ì
ì
ì
I
I
2
2
2
¿
2
Roc ha s'/ u I c ã ¡ i!!LLRj!-UI_SÐ
77
7a
51 27
5132
5ìt45t ìI5l20
I l6A2664
248
2¡9,2
Gnaìsses
0.922t0.9359
0.757s0.80010.9992
2.50306.3270
I 700
1823
Catacì.isticos do Padamo
74
15
76
248.22BB. ]
367 .4
Slenito
2.1504.640
16.76I Bl . :65.3
1696
I429I 225
l3t B
127 4
72
72
43'l.9505
¡lef eì íniq9¡[l9u¡p
ì5.1¡ 95. ì 87. 35 30i.98
Referèncias: I - G¿udette e 0ìszewsl:ì Jr. (ì9Sì )
2 - B¿rrios e Rivas (l97Ba)3 - Este estudo
*ld.ìde Convencion¿l c¿ìculada com: {sr87/sr86¡o =
ÀRU = 1.42 r ìLt
0.7050
-ìl -ìa nos
s.e7l s186
ldode = l8O5 t 60 m.o
R.r.= 0,7059+ O,OOt6
8o l-zq
o.70
Fig.ll
-79tgote2
?p 6,0
- DIAGRAMA ISOCRôNICO
ldode = l2OO m.o.
R.t. = O.7 ?25
tl G ronito do Podomo
O Gno isse cotoclóst ¡co
O V ulcô n icos coloclóslicos
loP l4,o
DE GNAISSES E VULCANO-PLUTôNICAS(T. F.A, Venezuelo)
t8,O
DO ALTO ORINOCO. I(tl(¡I
-56-
sentam a época de reativação tectonotermal do sistema de falhamentos que afetan a região em discussão. No caso de se tratar de uma
reativação tectonotermal, a mpsma deve ter-se processado em al-tas temperaturas , po i s sõ desta forma seri a possível a homogenei -zação isot6pica do estrôncio em grande escala.
A rocha intrusiva alcalina (Sienito do I guapo ) do
alto 0rinoco foi datada pelo método Rb-Sr em rocha total,não sen-do possivel a construção de diagrama isocrônico, devido ao baixoteor de estrôncio que ocorre nessas rochas. De toda forma,os vaìores ei evados da rel ação Rb-Sr, aliados ao fato desse corpo i ntru-sivo ser de resfrianento relativamente rãpido, permiten suporque as i dades convencionais são prõximas da i dade de ì ntrusão do
mencionado corpo.0 valor da idade convencional situa-se prõximode I300 n.a., considerando-se neste trabalho que a mesma represente a êpoca de ati vi dade magmãti ca cratogêni ca I i gada a reati vaçãodos al i nhamentos es trutura i s nos quais o menci onado corpo se si-tua, A idade obtida no sienito do Iguapo é similar con a idadedos gnaisses cataclãsticos do Padamo, os quais estão reìativanen-te p rõxi mos e I ocal i zados na mesma estrutura tectõni ca, Taì ques-tão, na opinião do autor, fornece significativo apoio geoìõgi-co aos resultados obtidos nos mencionados gnaisses, e ambas rnani-festações parecem estar ì igadas aos processos de reativação provocados pela col isão da ãrea estãvel com a pl aca Rond.oniana (Tei xeira, I978; Cordan i et.al., 197 9; Tassì nari , l98l).
4. Sis!emãtìca Rb-Sr em rocha total e U-Pb em zircões,para osgranitos anorogêni cos do Donrí n i o Ventuari
0 magmati smo anorogôni co é abundante dentro do do-mínio Ventuari, ocorrendo as maiores exposiÇões no setor noroesteda região, onde constituem um extenso batõ1ito, cuja ãrea é esti-mada em torno de 10.000 km2 (Mendoza et.al,, 1977 ). O menci onadocorpo es tã i ntegrado por um conj unto de pl utões i ntrusi vos (granito do Parguaza, granito de São Pedro, granodiorito do Sipapo,rio-daci tos do Guayapo, gran ito do Marj eta ), de natureza anorogênica,
-57-
texturas e conìposições variadas, que foram petrogrãfica, gepqui-mica e petroìogicamente caracterizâdos por 14endoza (1972,.l 975) ,
Mendoza et.al. (op.cit.), Bangarter (.l981 ), Gaudette et.al.(ì978)e Ri vas (.l98i).
Rocha s pertencentes ao batõl i to supracitado, fo-ram geocronologi camente es tudadas por Gaudette et.aì, (op. ci t, ),0'l szewskì Jr. et.al, (1977 ), Barrì os e Rivas (l978 a), e Gaudet-te e 0lszewski Jr. (l9Bì ), Gaudette e 0lszewski Jr. (op.cit. ) a-presentaram 8 determi nações efetuadas pel o método Rb-Sr em ro-cha total; Gaudette et.al. (op.cit. ) obtiveram 5 determi nações ¡glo mõdoto Rb-Sr em rocha total e ern minerais separados e 6 pelomé to do U- Pb em zi rcões cogenéti cos, enquanto que Barri os e Ri Vas(op. cì t. ) apresentaram l5 deùermi nações também obti das pel o mêtodo Rb-Sr em rocha total. 0s dados anal íti cos de todas essas de-ter"minações aparecem nas tabel as V e VI.
Gaudette et.al. (op.cit. ) apresentaram uma isõcrona de re ferênc i a do grani to do Parguaza, cons truída com pontosanalíticos obtidos em amostras provindas da bacia do rio Suapure( s etor setentri onal do bat-otito). A i sõcrona obti da (f igura 12)forneceu uma idade de i53l + 39 m.a, e uma razão do Sr87/srB6ìnicial de 0.7000 + 0.0010, utilizando-se IRb = I.39 x l6-ll¿¡ss-ìlo que corresponde a uma i dade prõxima a l 500 m.a. se calcu'l ada
com ).Rb = 1,42 x l0-ll anos-1. Essa idade foi cons i derada pelosautores citados como a época de formação do batõlito granÍtico a
partir de material-fonte tipo manto, Na mesma is6crona foi in-cluído um ponto ana'l ítico de um feldsÞato alcalino e a idade ob-ti da foj de 1250 m.a., sendo i nte rpretada como reflexo de um
aquecimento ocorni do por ocas i ão de desenvolvimento da fase põs-tectôni ca do eve nto Rondoni ano.
Dados anal íti cos U- Pb foram tamb6m obtì dos porGaudette et,al.(op.cit.) em zircões extraidos de amost.ras do mes
mo grani to; os pontos anal Íti cos dessas determì nações foram re-presentados em di agnama conc6rdì a, onde defi ni ram uma ljnha dis-cõrdi a, cuja ì nterceptação superì or com a curva a cus ou uma i dade
- 58-
TABELA V DADOS ANATITICOS Rb/Sr RTTTRI¡ITTS AOS GRAN¡TOS ANOROGÊNICOS OO OOMfNIO YEHTUAR¡
Gr¡nlto do Parguaz¡ (ãre¡ do rfo Suapure, tst¿do Bollv¡r)
ll9 0rdem
3A it
3B
3C
3D
3E
I
2
3
4
5
'I 9
20
?1
s"87/s"86
0.76450.84050.8804o .7 662
0 .t 146
¡d¡der
ì 397
ì 446
ì 388
137 7
ì123
ì481ì4801373
ì 386
I 260'l 4r41346
ì37ì
Referêncl a
4
4
4
4
4
t{9 Campo nu87 1 ppm)
8ì77 52.s58ì78 7ì.6881 78F 126
8ì 82 54 .638l 83 58.65
sr871ppn¡ Rb87/sr86
l7 .47 2.97t0.8s 6.53t4.ì4 8.81I 7 .44 3 . t 0
17.00 3.4ì
Gr¡nito de São Pedro (lerrìtõrlo Federal Amazon¿s, setor noroeste)
R87l 6R8717
R87IB
R8719
R8720
2C964
2089
2t 0t
Grani to do
24.2I5s80.340.888. 8
.l47 . ì
37.66t .00
90 .864 .549
15.3245.70ì0.896,040
45.0022 -33
2.6390.80ì0ì .00601.6ì400.90140.8275l.s73rì.t440
639
240
412
592
328
303.4538.4451. ì
II
II
l2
2
?
l,larieta I Territórìo fccleral Amazon¿s. setor noroeste)
lt9
9
I7
t2
R8755
R87s6
I t s2
12 52
1253
1290
ì 380
I 381
529
533
5464
550
2404
142
506
51 4
520
5?2.9463.5
3?9 .2354.9295 .3300.9
222
34 ,037.254.717.8ì35.6
I03.8109. 3
ì 04 .2
t 00.6
I .85347.1
48.6629.0t
ì 00.6840.27
9.359.588.358.8ì
9.038.338.47
0.7493I .6440ì.6ìt4ì .2546
2.5769ì .3997
1658
1390
I 300
1322
ì 310
I 205
I 408
ì437ì 482
ì 395
'l398
l4tBl4l2
I
¡
2
2
2
2
Grðnodiori to do S.i_¿apo(lerri tõrìo FeCeral Am¿zonas,setor noroeste)
t3l4ì5l6
44.0364.68
0.89380.90240.88250.88ì 2
0.88590.87450 ,8i66
ì . sì 80
I .9780
,l288
.l375
2
?
?
2
2
2
?
Riodaci tos do Gu¡yapo (Terri tório FedqIaì Amazonas ,setor noroeste)
t7ìB22
318.9333.5293.4
t04. ì
¡l7.8ì02
A¿l-r-ti-r
33.822 .0
6
Referôncias: ì
2
4
10823
ur.lu64
- Gaudette- Barrlos e
- Gôudette
476
4 36
e 0lszewski ,lr. (ì98,ì )
Rivas (ì978a)er.al. (ì978)
rld¿¡je Convencion¿l calcul¡da com: (S.87/Sr86)o ' 0.7050 ; )Rb = 'l.42 x l0-lì ðnos-ìtt ìocaì ização geogrãfic¿ não rel¿cionad¡ no trðbðìho original
NQ 0rdem NQ Campo U238
TABELA VI - DADOS ANALITICOS U-Pb
3G
3H
J1
3J
3K
* 81 B0 (100 )
8182(100)
8182(mix)
8l82(mìx)Br83(140)
Bl84(140)
I . 87] 0. 4295
1.792 0.3728
1.909 0.3666
1 .7842 0.3147
2.4786 0.4731
2.068 0.4008
Referênc i a: 4 - Gaudette et.al. (19i8)
Nota: * amos tras I ocal i zadas fora da ãrea
pb2o6 ,o'ouroo'oo pb2o7 /pb2o6
1050
1234
584
1382
800
201
EM ZIRCõES DO GRANITO DO PARGUAZA
0. I 0055
0 . 10954
0..l1699
0.10255
0.It0070.16254
pb2o8/pb2o6 pb2o6 /u?38 pb?07 /u?35
0. 1 5347
0.17288
0.2Q357
0. 1 6973
0.t6758
0.32675
em es tudo 1os teores
0.2?9s
0. 2080
0.1920
0.ì7640. ì 909
0. I 938
2.9930
2.7185
?-4586
2.2454
2.4334
2 .47 64
p¡207 /po2o6 Referênci a
de u23B
0. 09463
0. 09824
0.09295
0. 09238
0.09251
0.0927 4
^. 2A6e Pb-"" sao em micromol es/gramo
4
4
4
4
4
4
I(tr(oI
^ 87.^ 865r / 5r
Fig.12-DTAGRAMA |SOCRÖTrCO Rb /Sr DE REFERÊNCtA PARA O GRANTTO DO pARcUAZA
ldode = 1486 + 25 m.o.
( sr8? sr86)o= o,zor t o,oor
MSWD = O,O4l5
Rb87 / sr 66
-61-
de I 540 + 20 m.a,; a i nterceptação inferior forneceu uma idadede ?65 m.a. (fìgura 13). A idade superior, neste caso concordante com a idade isocrônica Rb-Sr, foi considerada como a própriaépoca de formação da rocha anal i sada. Para a i dade relativa ao
i ntercepto i nferi or não hã re9ì stro de expì i cação, supondo- se
neste.estudo que a mesna não possui signifìcado geoìõgico, Cum-
pre sal i entar que o autor des te trabal ho concorda com a i nter -p re t ação dada pel os auto res supraci tados no que diz respeì to ao
setor norte do batõl i to i com rel ação ao res to do corpo a situação é dìferente como demonstram os dados de campo e geocronol6-gìcos que serão discutidos nos ítens que se seguem.
Ga ude tte e 0l s zews ki Jr. (l981 ) não apresentarantdiagnama isocrôníco para os dados analíticos referentes aos granitos anorogênicos do Territõrio Federal Amazonas da Venezuela;esses autores argumentaram que as amostras dessa ãrea não eram
ri gorosanrente cogenét icas , razão peì a quaì não forneceram uma
boa correl ação 1ì near. Acres cen tam esses autores que aquelescorpos com textura rapakivi abundante, prova vel men te represen-tam i ntrus i vas assocí adas ao grani to do Parguaza que foram in-trudi das em õpocas d íferentes ; aquel es corpos com pouca ou ne-
nhuma textura rapakivi possìvelmente são intrusivos não relacionados ao Parguaza.
Nes te trabaìho é apresentado um di agrama i socrõ-nico de referência montado com os pontos analÍtjcos dos grani-tos anorogêni cos do Terri tõri o Federa I AÍìazonas ( fi gura l4). A
melhor reta sel eci onada fo rn eceu uma i dade prõxìma de 1350 m.a.e uma alta razão inicial s.87ls186, de 0.7135. Nota-se no .dia-grama que hã uma grande dispersão dos pontos analíticos. Tal
questão faz pensar que efeti vamente nessa regi ão ocorreram vã-rios ep isõdi os de magmatismo anorogêni co num i ntervalo de tempo
compreend ido entre 1550 m.a. e I 300 m.a.. Desconhece-se se os
distintos corpos fo ram formados durante um úni co processo, su-pondo- s e neste es tudo que el es es tej am rel aci onados com o f echa
mento do evento Rio Negro-Juruena. As di ferenças entre as ra-zões i sotópi cas de es trônci o inicial no setor norte e sul do
-62-
t545t zo .. lQZ,1,#
Aí;.,
ondl¡Ees em zircões4OO J¿l,;",
olr¡(\lÞo\o(\l¡¡o.
o,
pb2o7¡ y?üFig. 13. DIAGRAMA CONC<íNO¡A PARA O GRANITO DO PARO{¡AZA
sroTsroo
Fig. 14- DTAGRAMA |SOCRÔN|CO Rb/Sr DE REFERÊNC|A DOS GRANTTOS ANOROGÊI'¡ICOSDO DOMíNIO VENTUARI,VENEZUELA
20 40 60 80
7
ao*oA
Gronilo de Sõo PedroGronilo do MorietoGronodiorilos do SipopoRiodocitos do GuoyopoAplilos
Rb87/s186
- 64-
batõt i to poden ser expl icadas como conseqtlênci a de esses co.rpos,serem provi ndos de fontes dì ferentes; outrà hipõtese poderi a serque no setor sul do corpo houve quantidade significativa de con-tami nação dos magnas precursones , corn materi al de natureza crus-ta l .
5. Sistemãtica Rb-Sr em rocha total Þara as rochas qraníticognãissicas da bacia do rio Atabapo (Domínio petrotectônico Ca
siquiare)
0 conjunto de rochas granítico-gnãissicas queocorrem na bacja do rio Atabapo foram geocronologicanente estudadas por Barrios e Rivas (ì978 a), Barrios et.a1, (1981) e Gaudette e 0lszewskì Jr. (198ì ). Esses autores apresentaran um totalde 3l determinações, todas elas obtidas pelo método Rb-Sr em ro-cha total , Neste trabal ho são apresentadas mai s l0 determìnaçõesem rochas dessa regiao, também obtidas pelo mõtodo Rb-Sr em ro-cha total. Na tabela Vll são relacionados os dados analíticos detodas essas determinações.
Neste estudo é apresentado um diagrama isocrô'ni-co construído com todos os dados analíticos Rb-Sr da região em
pauta (figura l5), Pode ser visto, na figura referida, que ospontos não defi nem um úni co al inhamento, formando, em verda-de, um "ìeque" cujos limites externos podem ser determinados pordua s retas isocrônicas de referênc i a : uma superi or que f orneceuma idade pr6xima de I800 m,a.,e uma inferior cuja idade se si-tua en torno de 1500 m.a., As reìações de Sr87/Sr86 ini.iul sãode 0.7030 e 0.7060 respectivamente. 0s resuìtados obtidos indu -zem a- pensûr quê a região em discussão foi palco de um eventotectonom.agmãti co maior,posterior ao Transamazônico, n.o intervalode tenpo compreendi do entre aproximadamente I800 m. a. e 1500m.4.. Durante o desenvolvimento do mesno houve uma .importante
contribuição de material extraído do manto, fato este atestadopelas ba i xas razões isotõpicas de estrôncio.
Vj sando caracteri zar rnel hor a 6poca si ntectônj ca
-65-
rABtLÀ vn - DAD0S aNAr-lttCOS Rb,/Sr RtfERtIllS A5 Â0CHÀ5 GRÂllTIC0-GtlÃlSSlCÂS 00 Rl0 ^fÂ81P0
Gr¡nito do Ât¡bôpo (Domínio Càsiqui¡¡e, !etor seteñtrlontì )
NQ 0rden NQ Cðopo 5r{ppn) n¡87,,5.86 5"87/5.86 Ìdôde'
uNH67
uNti78
ur{H79riR8693rrR8695
R8696
Rb(ppm)
2ì4240
218
426
252
ì 64
Refera¡c lâ
tI
I'ì
I¡
ìI
I
I'I
?
2
2
2
2
2
2
3
3
2
2
3
3
3
3
3
3
I3
3
238
?3F
ì3ììttt 3tì37137
l?1ì26ì41
ì 30
)'¿ y
t?4'ì?3
r 39
ì20't28
137
ì36ì 35
ì12t 33'I 34
rì8\?2ìì9Dtì 2t
?3
23
?3
23
ì 37
2',ì r
t96t92306
t 76
218
Gr¡nitóides tonôlítlcos (Doní¡io C¿siquiôre, setor s€tentrlontl )
2.9550 0.78323.5610 0.7960
3.3090 0.78534.0720 0.t968.l . t770 0.808ì2.ì930 0,1626
I 838'I 770
ì687ì 573
t7ì1ì 829
0.7969 ì 463
0.77ì4 ì518
0.7603 ì 589
0.n?90.71380.7386 ì561
0. 8705 I 501
0.9857 ì6ì8ì.??38 .l158
| .?e97 I 53?
t.0619 ì555
UN I]6 8A
UNH688
UNH69
uh|70iJIrt2551I
5523
5506
5507
5532
?439't0514
BÂ54
239
28ì?34
242
?48
286 .1
?79.8326.1
263.9238.9240 .7ì 89.7213.4
't5t
149
ì6C
2l ç)
t73165.8ì63.6ì 35. l
t 5?.8ì0i.5
ì 79
ì9ì.ì2t0.6ì 47.7
4.63ì04.95205..l3303.?5ì0.r.0760
3.92004.44006.24005. 3700
8.98004 .97003 . 9000
3 . 6800
2 .63
5.43
0.8273 1831
0.83t7 ì778
0.836t ì 7il0.7888 ì792
0.810ì ì7870.7975 'l643
0.8ì 90 ì 787
0.8ó30 ì7600.8130 ì7860.9357 ì 786
0.834',1 ì8070.806r ì8020.7972 ì 713
0,7781 ì950
0.8135 llt{
Augen-Cn¡isse do Cðn¡me {0onÍnio Còsiquiòr€, setor s€tentnlonll )
5!00 281.921 38 226
Rt57 ì69.9B¡28 \ l0l.lðA?9 113.09Alì ì52.6
l9'¿ . 2
2ì6.3?04.01?4 .9
7?4.929s.9
4.383.042. â2
0.400.¡5ì _ 50
Grðnito do Atòcåvì (Doninio cô5iauiòre, setor sctcnt.lonrl)
lpì'itos ¡îtrusivos ¡o 9rônito do ÂiaÞôpo (0omín'io Cðsiquiðrc, setor setentrionrì)
10566
ì 0598A
ì0564Â
1057{
tc5e6
R8694
P372t
U'iH'
UliHS
UNH9
UHH66
ut{¡/6UHH77
ut{HTlrrr
366.8338.34t8.0'146.5
¡96.3?
ì40.7 7.6795.ô l?.085ì.?8 24.7939. 88 ?6,58ì1 24 ì5-98
t0.4 190.382. i 20,4
t 55 4.55¿ì 9û 2.9\254.9 ì0.5673.6 '10.46
25 .E 40.97
122 8.36ó21.3 44-t
459
182
?40
190
r t5259
33?
346
5.6672 .7150.859ì0.785ì0.98ì20.99301.15?0.9046ì.852
ì 8ì I6 804
2346
I 908
t8t8t9t01772
ì 660
ì 784
Qrferôncias: I - tiudeite e 0lsrerski Jr. (198ì )
? - Bèrrios e RivÀs {.l978ð)3 - [rte e!tudo
r :d¡de conv€ncionðl côìc!l¿dè ccn, 1s"87ls"É6)o' 0,7oso)Âb ' ì.{? , Ìo-ìì ¡nos-ì
pontos não i ñcì usos nr negressão
r'. arìito intrusivo nos 9n¿rsses tonèl;ticos do ¡tabôpo
l,o2
o,94.
o,g6
o,7g
Fig. l5 - DIAGRATvIA Rb/Sr ISOCR
l4l ,/'--- l3O -,O'ni¡ll12¿ /
,,,X23,'/t 12?rí *.
.,. ¿J ,..,tt -t'otlzg -''
ldode = lEOO m. o.
+23
r. i. = O,7O35
ro t5 ?oNtco DE REFEnÊrucrn DAS RocHAS GRArrrírrco - cruÁlsstcAs REGtoNAts
l-'ll7
r2r+
(Domínio Cosiquiore, setor setentrionol- Venezu elo )
i+23 (2x)
x t37
*23 ldode = l5OOm.o.r. i. = 0,7060
+il9
oo
+̂)e
Gronilo do AtobopoTono litosAu g en - gnoisse do ConomeGronito do AtocoviA plitos
Rb87/86r
DO ATA PAPO
I
OloìI
-67 -
do evento acjma mencionado foi construído um diagrama isocrôni-com amostras cogenõticas dos granitõides tonaliticos do rio Ata-bapo (figura l6). A jdade obtida foi de 1782 + 72 m.a. para uma
razão 'i nicial SrBT /sr86 de 0.7041 + 0.0050. Nesse diagrama pode-
-se notar que nao hã um bom controle da parte inicial da reta,razão pela qual o erro na relação inicial de estrôncio -e relat'i va-mente al to. Apesar di sso, o val or do MSI^,D (l .23 ) i ndi ca a boa
qua'l idade da isócrona obtida, sendo portanto confirmada a cogenetic'idade das amostras analisadas.0s resultados obtidos no dia-grama ac'ima referido são interpretados como representativos da
época de formação dos menci onados gran'i tói des, tendo como fonteprecursora materi al de natureza subcrustal .
6. Sistemãti ca Rb-Sr em rocha total ara rochas qranít i co- qnã i s -
sicas da bacia do Casìqujare-Rio Neqro Dominio Casiquiare
No setor merj di onal do domínio petrotectôni co Ca-siquiare, na bacia dos rios Neqros e casìquiare, ocorre um conjunto de rochas granitico-gnãissicas de relações complexas queforam estudadas geocronol og'i camente por Barri os e Ri vas (1978 a ),
Gaudette e 0lszewski Jr. (op.cit.), com amostrasdo mesmo afl oramento, cons trui ram uma i sõcrona referente ao gra-nito de Atabapo (figura_17) que forneceu uma idade de 16?4 + l0ìm.a. e uma razão do srBT/s186 inicial de 0.7123 + 0.0045. A ida-de 6 considerada como a ãpoca de formação do mencionado corpo,enquanto que a al ta relação do estrôncio sugere, como fonte dessegranito, um protóljto com longa vivência crustal. 0s autores su-pracjtados fizeram tamb-em determinações Rb-SF, em rocha totaì,deap'l itos intrusivos no granito do Atabapo. Na figura l5 pode- senotar que os pontos analítjcos desses apl itos apresentam uma
grande di spersao, desconhecendo-se a causa de tal comportamento.Tentativamente este espa'lhamento pode sêr atribuído ã mobi I jdadequímica posterior ã cristal'i zação,ou mesmo a presença de vãriasgerações de apì ì tos com razões j sotõpì cas do estrônci o di ferentes.
srET/ sr86
123?439,/
?466Fis.t6- tsOcRoNA Rb/sr DoS cRANtrejrOrS ToNALíTTCOS DO ATABAPO
r3r
v26
I
I
I
¡o t37t?7
Tcz= l78Z t 72 mo
r.i. =O,7O4l t O,OO5O
MSWo = l, 23
RbET/ sræ
sr87/ sr86
Fi9. t7- rsôcRoÑA Do(extroído de Goudeile
3
GRANITO ATABAPOe Olszewski Jr, l98t).
Rb81s,
IOr(OI
-7 0-
e Gàudette e 0lszewski Jr. (1981 ). Esses autores obti veram um total de 40 determi nações pel o método Rb-Sr em rocha total , cujosdados co ns tam da tabel a VIII.
Nesta pesquìsa é apresentada uma isócrona de ref e
rênc ia montada com os dados analíti cos de toda s as determi naçõesexistentes na região em pauta. Desta forma foi obtido na figuralB um campo de d íspersão cuj os limites são i sõcronas de referên-cia que fornecem i dades de 1750 e 1400 m.a. respecti vamente, como-, oÊrazões do Sr"'/Sr"" inicial prõximas de 0.7060, Corno pode sernotado as idades são similares ãquelas obtidas nas rocïas do Atabapo, ex i s ti n.do uma pequena di ferença nas re lações i ni ci ai s de
es trônc i o. Apesar disso, pode-se dizer que ambas as reg i ões fo-ram formadas durante a atuação do mesmo evento tectonomagmãtì co,o co rrendo nas duas ãreas i mpor ta n te contri bui ção de material subcrustal. Na f i gura ì8 pode ser visto que hã doi s pontos situadosacima da isõcrona superior, d e s c o n h e c e n d o * s e se el es representamfra gmen tos antigos preservados, ou se, pel o contrãrio, corres pon
dem a rochas cujo sistema quimico Rb-Sr foi aberto.0 ponto 5287,por outro l ado, ìocal jza-se bem abaixo da isõcrona i nferi or. Em
lãmina delgada foi possivel verifìcar que essa amostra apresentaavançado estãgio de a I teração meteóri ca.
Apresenta-se também, neste es tu do, uma i sõcronacons truida com pon tos analíticos referentes a amos tras cogenét i -cas do gran i to de São Carl os (fì9ura ì9). A reta obti da forneceuuma idade de t57l + 20 m.a. e uma relação Sr87/Sr86 inicial' de
0. 7034 + 0.0011. Essa i dade é i nteroretada como a época de forma
ção do menc i onado gra n i to, sugeri ndo-se ainda que o mesmo foiderivado de material extraído do manto com pouca ou nenhuma nesidên ci a crus taì , Ca be assinalar que o granì to de São Carl os é uma
rocha que apresenta, a nível mesosc6pì co, xen6l i tos de gnaissestonal íti cos simiìares aos que ocorren no rio Casiquiare; alõmdisso, o mencionado corpo não reveìa sinais de tectonismo/ meta-norfismo. Esses fatos sugerem que o mencionado granìto é uma in-trusiva de natureza postectôni ca.
-71-
'rABtLA v¡lt - 0ADos AllAtlltcos Rb./5r DAs tiocHAs GRARÍrtco-61ÂtsslcAs 0^ BÂctA c^stQU¡Ant-rt0 iltcr0 (Doxltr0 cÀstQUrÂRr,stf0R tERI0toxAL)
Gn. l r s?s
sr(ppßi tu87,,s.86 sr87/sr86 ld!dar Referã¡cl¡tl9 orden tt9 C¡rpo
ut¡ lt? 7Â ñuilH278ñultH28^r.utiN288r'utrS?9r.uIH3?r.uilN33'r
84 52At
85. 5?90
96 5449
63ì4 6314
98 6ì 9?
il 2 6538
Rb(pp¡)
292
29ì3t0267
393
215
3lt?92.6205.¡218.6?01,52ìì.6230.9
ì 65
?19
27 1
216
226
l3¿t79l9rìa9134.6276.7?01
296.1ì3t.9264.3l{2.5407.9192,lt51.9ì58.6
4tl396
?64
254
¿6C.8
269
197
0.81970.852 ì
0.. 9 339
0.93290.82ì90.83ì80.82530.78ì50.785ì0.82700.75790.76280.t953
ì7961772
t4501 62a't 536
t956t736'ì3t2
t577ì 864
ì6761597
1tt,
ì53 s.a21ì48 5.78399.5 I ì .0280.9 9.761
?'t1 5.309179 4.¡85189 4.8?209.9 4.07ì69.1 3.53140.8 4.55266.6 2.20253 2.43ì90.8 3.53
Roch¡s åetrpìutônic¡s
ì 50 3.2?571.8 ì1.5;7A.2 I L s0
23t 2.729ì48 4.473437 0.877a3{¡ I . 509
34 2 | .622503 0.8605360.¿ 1.08204 3. 96
?00. 8 3. 0ì171 .2 4,89262.2 ?,02270.1 2 .85340. I I .?2ì3.ó8 t08.4
23',t .2 ?. 36
512 0.66l3/.8 ì.36
Grô6ito d( 5io C¡r'lo¡
0. 7886 I 8l I0.9906 t7r90. 9986 tt760.7697 t6530.8¿06 I 798
o ,'t 266
0.7 392 ì 5i60.t421 t5l80.72110.733¡ t80?0.796. t6050.7r91 11280. 82 52 ì t090.7609 't92?
0.7686 I 55¡0.7376 t8633.373 l7t9c.7648 I 758
0.7?550.t366 t6t2
ì.038 ì56ìI .007 I 560
0.i5ì9 ì4860.7563 t5670.75s7 ì502o.7l'Ì9 1486
ì .295 ì 600
I
ìIì
I
lI
2
z
?
3
3
3
I
I
I'I
,|
I,ì
'|
I
2
86
88
88
89
89
9t9l9¡
9l9t83
86
8t9t92
90
t0'tì4
t15t¡6
93A
938
94C
940
94r
94F
utilil 9
uñH2tÀ
ut{il218
ul{t{2 ?
U¡¡ II? 3
un u21
u¡in2 5A
uilt{258
ut{ n2 6
5386
52tI53ì0,,322
5360
5362
5359
5260
65Ì76530
6585
IJHH3O
ui¡ H3 ì
uI834Âut{ti 3 4 B
5414
54t 5
ul{¡120'r'
87.5
3??.6229 -a
23.5
r 4.87,l3.47
i.t952.277'i.353.i¡
25.60
2
?
2
3
3
3
I
ì
ì'|
2
ì
Referenci.i: I - C¿udette e 0ls¡erstj Jr. (ì9sì )
2 - û:rrios e Riv¿s ('l9/B¡)3 - [ste estudo
r ldùrle conv€ncloôðl c¿lcuìôd¿ con: ls16i,zsriJ6jo . 0_tnSo;,Rb. ì.ií ¡ l0-ìì rnor-l
tocðlizaç;o oeolrãfic¿ n;o rel¡cìonðd¡ ño trabòlho criginaÌ'rt Apiito intrusrvo ¡òs ftct¡¡lu:õnicôs
sr87 s186
o,g5
o,go
o,B5
o,80
o,75
r'.ï€tã,o¿:í;"r'* e4F,"î¡'Åf;!oao
,ictv{*z-/
ldode = l79O m.o.r.i.ã 0,7060
T2'o' o93
2 3 4 5 6 ? ó 9 b, riFig 18- DIAGRAMA lsocRÔ¡¡lco DE REFEnÊ¡,¡cla DAs RocHAS GRANtlco-cNAtSStcASDA BACIA CASIQUIARE - RIO NEGRO (Domínio Cosiquiore, setor meridionol)
1>tt
o70
ldode =r. i.=
oo*
l45O m. o.
o,7o60
G no issesMelo plutðnicosGronilo Sõo Corlos
Rb87/ sr86
s.87lsr 86
T+¿ = t57ti 2O m.o.
r. ¡. = O,7O34 t QOOII
MSWD: O,6553
.6 9 t2
Fig. 19 - tsócRoNA Do GRANTTO DE SÃO CARLOS( Domínio Cosiquiore)
I\I
-7 4-
7. Sì s temãti ca Rb-Sr em rocha tota I ara as rochas qráníticognãi ssi cas do rio Si apa ( Domín i o petrotectõni co Siaoa)
Nes te es tudo são apresentadas B determi nações Rb--Sr em rocha tota I , referentes ãs rochas graníti co-gnã.i ssicas regionais da bacia do rio Siapa. 0s dados anai iti cos obti dos cons-tam da tabel a lX.
0s dados anal iti cos Rb-Sr foran tratados em di a -grama i socrôn i co, obtendo-se uma reta que forneceu uma i dade de'I 693 + 33 m.a. e uma reì ação inicjaj sr87/s186 de 0.7059 + 0.0007.(figura 20). 0 valor do MSttD (0.36) sugere a cogeneticidaãe dasamos tras analisadas, i nterp retan do- s e portanto a i dade obti da como a época de formação das rochas. Pode-se notar que os valoresobti dos na ì sõcrona ci tada se situam no i nterval o jã veri fi cadona região do Casiquìare, Na fi gu ra 19 pode-se perceber que o ponto H-543 situa-se fora da is6cronai neste caso também foi verifica da a existência de fo rte aì teração meteõri ca.
8. Sistemã'tica Rb-Sr em rocha total para as rochas granîtico--gnãi ssi ca! do alto rio Caura (tstado Bol i va r, Venezuel a )
Na reg ião afetada pela bacì a do a lto curso do rioCaura oconrem rochas gnái ssi cas e vuìcano-plutônicas cujas . pri-meì ras determi nações geocronológi cas são apresentadas neste tra-ba I ho. Foram obtj das 20 determ inações pel o mãtodo Rb-Sr em rochatotaI, sendo que os dados analítjcos aparecem na tabela X.
0s pontos anal iti cos das rochas gnãissicas defi n iram uma is6crona de referência que forneceu uma idade de tBlg +
64 m.a. e uma razão sRB77sr86 in.i cial de 0.7021 + 0.00.l9 (figura2l ). Esses val ores são similares aos obti dos nos gna.i sses do Do-¡minio Ventuari, interpretando-se aqui que os mesmos representema época de formação dessas nochas, tendo como precursores, mate-riais subcrustais com pouca vi da crustal.
NQ 0 rden
105
106
101
103
102
I06t 00
107
TABELA IX - DADOS
NQ Campo Lìtologia
H506 gnaisseH50BB gnai sse
H583 granitoH543 gnaisseH584 granìtoH5084 gnaisseH5B0 gnaisseH5l4 gnaisse
ANALITICOS Rb/ST DAS ROCHAS GRANITICO-GNAISSICAS
Referênci a: 3 - Este estudo* I dade Convencional cal culada com:
Rb (ppm)
94.3148.4.l86.3
22?.7247.1
il6202.8'I 98.4
sr (ppm) Rb87/sr86
727.6258.8298.1
354.9?92.8475.332'l .8ì87.8
0.381 .67I .821.82?.460 .71
l.833.08
(s"87ls"86)o = o.7oso
ÀRb=1.42x10-ìlanos-l
^ 87.^ 865r /5r
0 .71 48
0.74400 .7 496
0.7 404
0.76500.72310.7 475
0.7786
DO SIAPA
Idade*
1629
1708.l355
.l700
t 61 6
1664
Referência
3
J
?
3
3
J
3
3
I...JqrI
sr87/ sr86
o,78
o,76
o,74
o.72
o,70
o t03
Fis ?O- ISOCRONA DE
f q?= 1639 t 32 m o.
r i =O,7O59tO,OOO7
MSWD= O,36Oq
O Gronilos
O Gnoisses
REFERENCIA DAS ROCHAS GRANITICO- GNÁISSICAS REGIONAISDO DOMINIO SIAPA, VE N EZUE LA.
2,OO 3,OO 4,O0
Rb87/sr86
I
!CtI
-77 -
TAßtLA X - 0Â0os AI{ALITlcos Rb/sr DAS RoCllÂS GRÂl{lì lc0-0Nllss¡cAs D0 cfuRA (ESTA00 801¡VAR)
Rochùr Gnãlssicr5
tio orde¡f l{g cùmpo Rb(Þpm) sr(pnñ) Rb87/5186 st87/s"86 I d¡dG. Referênclò
55 ü11036
48 Ac3ì 6
309 4c309
53 ittS 5I46 I'rtt 044** 4c355
5ì 4c348.57 lltìoóì49 4c345
302 4c302
50 Ac3{6306 4c306
54 r,tt868
i* P25ì.i P804
58 4003
59 4007
60 224
6t 2?5
3
t547 3
¡8t4 3
'1808 3
t 785 3
ìt54 3
3
r 827 3
1790 3
1763 2
1836 2
ì 769 2
ì 983 2
t65.1 268.4 ì.79 0.749t
?08.9 44,80 ì3 95 ì .05s9
t29.4 378.5 0.99 0'7281
ì4t.0 186 2,21 0.7623
t 34,4 302.9 ì.29 0.7311
252,6 127.1 s.84 0.8575
Rochôs Plutõnic!3
80 499.7 0'46 0.7ì42
ì01 .8 ?89,8 1.02 0.7276
t?t.4 6i.3 5.29 0.8431
ì ¿¡ t54'6 2-71 0.77s6
125 ,5 49 .2 7 .52 0. sgsl
tgì.r lll.7 5.0ì 0.831{
t0ì.8 442-2 0,67 0.7196
Rochà5 vuìc¡nicôs
r 36.7 147,5 ?-70 0'7760
177.6 23.25 23,41 ì.30i6ì19,8 7A.1 4.7 0.82¿l
ì71,1 ?0,8 7,12 0.8933
ì30.3 ì26 3.0? 0'7817
tì9.5 205,3 ì.6q 0.7534
t74ìì 749
t 805'14ì2
t8t6
3
3
3
3
3
3
¡efêrênciô: 2 - Bô¡"rlos e Rivàs (ì9784)3 - [ste esludo
ir Ár¡ostras locaìizàdôs forô da ãreò em estudo.
^ 87_^ 865r / 5f
5,O lqo l5,o
,.Fie.2t- ]SóCRONA DE REFERËNC|A DOS GNÁTSSES DO ALTO CAURA, ESTADo BOLIVAR.
Rbð7/s.86
-7 9-
As determi nações anaì iti cas das rochas vul cano-plutônicas permitiram a construção de uma isõcrona de referênciacuja idade foi de t830 + 23 m.a. e relação Sr87/Sr86 iniciaì de
0.7018 + 0.0006 (figura 22). Esses resul;tados são prati.camenteiguais aos obtidos nos gnaisses acima descritos, indicando que a
atividade magrnãtica foi quase contemporãnea com o processo meta-mõrf j c'o que gerou os gnaisses. A baixa razão do estrõncio tam -b6m s uge re fontes subcrustais para es tes I i totj pos.
Sistenãticî Rb-Sr em rocha total para rochas do setgr seten -tri onal dQ Es ta do de Amazonas, Brasil
A regi ão norte do Estado do Ama zonas (Brasil ),foicaracterizada geocronologicamente por Tassinari (1981 ), o qualapresentou 57 determinações radiom6tricas efetuadas pelo métodoRb-Sr em rocha total, em amostras de I i toti pos que ocorrem na
mencionada região. 0s resultados obtidos nessas anãìises são a-pres.entados na tabel a XI.
0s pontos anaiiti cos das rochas granitico-gnãissicas regionais ao serem tratados em diagrama isocrônico mostnaramuma grande dìspersão; as retas isocrônicas que del imitam tal campo de dj spersão fo rnece ram i da des prõximas de I 700 e 'l525 ñ.â. ,com razões s.B7lsr86 in'iciais de 0.7023 e 0.7051 respectivamente(figura 23). Esses resultados são similares aos que foram obti -dos no domínio petrotectônico Casiquiare e aos determinados' porTassinari (op.cit. ) na região em pauta, sendo interpretados como
signi'ficativos da -epoca de desenvolvimento da infraestrutura da
fai xa mõvel Rio Negro-Juruena.
Tassinari (op, ci t. ) apresentou um di agrama isocrônico referente aos biotita granitóides a titanita que ocorrem na
região drenada pelos rìos Uaup6s e Papuri (aìto rio Negro), Essai sõcrona (fi gura 24) forneceu uma i dade de I709 + l7 m.a. e uma
relação sr87/s186 inicial de 0.7030 + 0.0006. A idade obtida 'e
interpretada como a própria 6poca de formação desses granitõ.ides,
sr6? sr86
I,oo
o,90
o,80
å,0 þp t5,o äo,o
Fiq.ll'tsdcRoxA DE REFÊRÊNüA DAs RocHAs vuLcANo-pLUTôNlcAs oo ALTo cAURA,ESTADO BOLIVAR.
T¿z = l83O t 23 m.o.
r.i. s OlOlE t0,0006
MSWD: O,4265
I Roehos plulônicos
it Rochos vulcônicos
9091 09¿0 ( 0L ¿L 9 tt l c6l 196
l39t zr9¿ a 9L ¿ 0-0ÊL 6 96 096
ctçt z¿ra a 9ù 9 3 ¿çl [ 9lt 096
¿99t L¡9¿ 0 Lt ¿ 3 gft 9 9rr V96
9€91 Ê9S8 0 6ç9 66t
u!rJt o!r oÞ rr.tú!rtn^
9¿5r e¡r8 0 0r'9 g 9sl 9 9[tr;st ¿9Êo () ¿6's 6 6sr rB!¿L9t t36¿ 0 ¿3 r ¿'901 9'rrlSlst LtL9 0 Ê6 1 t'¿ll totts ¿t16 0 99 6 9'90t t e9Ê
03¿t 0¿16 0 5rl 9 09r t-6s996tt tL60 t e 9t r'61 9 00e
¿ttl ¿660 0 tot 93ó 9 ttts6rt ¿90s 0 90't 619l € 06¿
ttÊt 9963 0 0 01 r'00t 9 0ùa
6r 09930 69¿ a6 a30r¿arl ¿t49 0 ¿t t t'¡r9 r'tt¿tlçt 169¿ 0 6t¿ 9 0t¿ ttt¿3t9L ¿¿¿0 0 ¿6 ¿ t ¿¡t toaçt9l ttr8 0 0t 9 t gtL g_trt
eett9¡ tu.J3 rl tior€-r¡ )ror!ñ¡.
t,5our (r-01 I ¿ù.t À qùY
ogolo'o(99¡s/tsrs).
{rs6r ) (rrurr3.À ' 9:s?rr!eJ¡rrr
¿6 ott¿ 0 z3 tzz'z
9tst 095¿o 9¿t t rt¿ ¿ 99tzt9t ¿tÊ¿ 0 0t t r'¿6Ê t 6rt f¿(L zt¿
tez¡ 0 96 0 t'trÈ t t roL ¿çl
s6
t¿1
¿9
¿9
It9¡
6¿
66tL t¿at 0 9c l¿6tl 2091 0 LL z t 9t¿ t 93t t¡l t9l
¿ô¿L 0ll¿ l i 6t 6 6t 092309t t9tr'0 9t l s t¿E r'ç6t 99 3¿lDL¿t 303( 0 ¿0 f r'rt¿ z 9¿z 99 9rloa¡t z¿rt 0 6r't t 99¿ ¿ 3tt
(tu-o 9r'0 t6t 0 ta
99SL t¿6¿ 0 ¿3 C
9¿9t gt8t 0 ót r t rrt 9 t9t ¿9 6tlll¿t. 0s33 0 ¿t l 3-63 ¿¿¿ v90t. t5l0t9l l¿t¿ 0 c9 t 9 9or sz¿ 99 9¿¡st9L st03 0 cL t r'rrl r0¿ tot o9L¿091 3¿[0'0 ¿¿ s 6 ¿rt t t9¿ ¿01 t9l¿6tL 069e 0 t91a ¿'8Ll 6 90t l0l lrl639t ttt¿ 0 t9 t ora t 9¿t 19 ¿ttlsll ¿tt6 0 93 6 s ç01 c ¿9t !¡zt¿t¿L 619l o 36 1 r'06¿ r'¿6r fsg rtt9l9l lol¿ 0 66 ¿ 9 9C¿ C gtz 66 391
¿091 t9t¿ û 3f l z ¿9t L¿ ¿31-9921 O 96 0 r'tts 9 L¿t 0¿ ÊSt
639t ¿¡f3 0 tî t Í ltt L gtz t9t 9¿ttt9t 165¿ 0 6t ¿ 9'09¿ r'r(t vc¿ 931zell ¿rtl'o ¿t l r'ltf t'tsz 9¿ rtL0t9L ¿943_0 c6 s 6 6St r8C ¿¿ 69t
9tt¿ 0 9t 0 s 9st t a9 6a ¿0¿zltt tt6l 0 ¿3 r r'901 9 ltt t90 66rt6lt tt¿¿ 0 6¡ ¡ 99¿ ó tot y93 t6L099t tlt¿ 0 ¿9 ¡ r'9¿¿ 9 ttt v¿3 96t
t¿¿l o ¿1 0 9 l9t 9 ¿tt l3 0óL
t¡91 69rt 0 9¡ l ¿ 96t ¿ 6tL ¿6 '0¿r8sl ¿096 0 3 01 6-89 I L9¿ 6¿L tSl
69¿ S gtt 0¿l 8Stlr¿ 3 tte 6tl 6it
rçt Ê 391
rgt r'r0¿ 99 ¿91
.¡r¡9J¿J.3 r.prpt ,!Js/¿8¡s 9gr3/¿3r¡ù (rdd)¡s l¡ddlet ¡.Dro óI
?r tú!t ù . !.rtottÞ.J3 r¡rlo¡t
'ìlsYùl svrozvflv 0û 00!.lst 00 3rf0f 00 stxlor tfo J9lqr sortl¡1tly so0f0 - ¡r ytlSll
-1.8-
r82r87.t88\'t60\
ete'
)3t31d
llF r fie ,zrìãll ,.oó
'
"VPür.i'-o¡9gt-'nu 't5?
-oelwr2r/o$'O ,,-O -nr59-t64
r78
79>r63,t62
rdoda t 1700 rn. o.r. i. ã O,7O25
Fig. 23- DTAGRAMA TSOCRÔMCO DAS ROCHAS GRANíT|CO - cNÁtSStCAS REGIONAISDO NORTE DO ESTADO DO AMAZONAS-BRASIL
r86
oor89, r9r4 r90, t96
4r92, r94
o 145, r47
ldodo * lSOO m.o.¡. i. s 0,706O
at74
o Biotilo gronifdides o tilonilo
a Gronitdides de duog micos
Rb87 /sfå6
Fig.24- ÐIAGRAMA IgOCfuICO Rb /Sr PARA 03 EIoTITA-GRANITóIDES A TITANITA( ReEiðo Allo Rio Negro-extroído dc Tossinori,lg8l).
ldode: l7O9 + l7 m.o.
{ sr8? sr86¡o= 9,703 t qoot
MSWD= O,OOOI
- 84-
s,e.nd.o que a baixa razão isotõpica do estrôn.cio indira que as fontes s.ão de n,atureza subcnustal.
Tassinari (op.cit. ) apresentou tam:b6m, um di a,gra-ma isocrônico referente aos granit6ides ã duas micas d¡ bacia doalto rio Negro (figura 25). Nesse diagrama foram obtidas duas retas de referência que forneceram idades de t45l + ll m,a. e
i268 + 23 m.a. respecti vamente, e relações ,i nicia.is Sr87/Sr86 de0.7150 + 0.0020 e 0.7130 + 0.0020. 0 autor citado sugere que es-ses granitõides foram formados a partir de material crustaì,pos-sivelmente dos biotita granitóides a titanita supracitados, indicahdo, alõm disso, que as razões diferentes serian sugestivas defontes distintas.
Analisando as isõcronas de Tassinari (op.c.it.) notd-se que a reta superior foi construída com amostnas provindasda bacia do rio Uaupõs, enquanto que a outra foj montada com a-mostras do rio Xié. t parecer do autor deste estudo que o.s þo.n -tos analíticos 74,76,78,79.-80,83,87 e 98, os quais são da mesmaárea, definem uma isõcrona com idade em torno de ì500 n.a. e razão inicial do estrôncio prõxima de 0.7080 (figura 26); Êssequadro é mais condizente com a geologia regional, jã que na re-gião do Mitú (Colômbia), imediatamente vizinha, foram obtidos resultados ìsocrônicos em torno dessa idade, Em síntese pode-se dizer que os grani tói des do Uaupés/Içana foram formados durante a
fase põs-tectônica do evento Rio Negro-Juruena, enq.u.anto que osdo rio Xié possivelmente se or.ig.inaram por fusão dos biotita grani tõi des e/ou dos grani tõi des a duas mi cas de Uaupés/ Içana, pro-cesso este quiçãs provocado pela ação do evento Rondoniano.
Finalmente Tassinari (op.cit. ) apresentou uma isõcrona referente a rochas vulcânicas que ocorrem no rio Traira(alto rio Negro). A reta definida forneceu uma idade de 1496 + 30Ílr.a. e uma relação sr87/s"86 jnicial de 0.7.l00 + 0.0020 liigura27). Aque I e autor concl ui u a pa rti r des ses valores que as efus i -vas fo.ram d.erivadas por refusão de materi al crustal, durante a
época de i nversão do evento geodi nâmi co Rio Negro-Juruena.
s.81s.06
ldode: t455f m.o.
(sr87sr86¡=q7t5 t qoo2
97002
Fiq.ZS- DTAGRAMA
4
ISOCRôNICO Rb/SrDO NORTE DO
DE REFERËNCIA PARA OS GRANITóIDES A DUAS MICASESTADO DO AMAZONAS" BRASIL.
ldode : t268 i 23 rno.
(sf8?sr86L: o,7t3 t o,oo2
6gRb 87l sf86
sr 87l sr 86
2
Fi9. 26- DTAGRAMA TSOCRôNtCO DE
ldode i t5oO m.o
r. i. = o,7090
o 186
468REFERÊNC]A DOS GRANITOI DESESTÀDO DO AMAZONAS, BRASIL.
I r7t (2x)
ldode ã t?ZO m.o.
r.i.= O,ñ8O
O Gronitóides do Uoupe's / tçono
O Gronitó¡des do Xie
to
A DUAS MICAS DO NORTE DO
Rb 87l sf86
sr87/ s186
0,700 r a
Fig 27-DIAGRAMA ISOCRÓrutCO Rb/Sr PARA,O VULCANISMO ÁCIOO
DA REGIÀO ALTO RIO NEGRO.
ldode = 1496 130 m.o.
( Sr87 S186);= O,7rO t o,oo2
y5y¡g = q 5664
R¡87/ sr86
r6
A INTERMEDIARIO
- 88-
10. Sistemãtíca Rb-Sr em rocha total para aî rochqs do setor no-roeste do Ierritõrio Federal de Roraina, Brasil
0 setor noroeste do Terri tõrio de Roraima (Brasi l)foi geocronologicamente estudado por Basei e Teixeira (.l975), osquaìs apresentaram 9 determinações radjomõtricas Rb-Sr efetuadasem amostras de rocha total. 0s dados analÍticos dessas determinações es tão rel aci onados na tabel a XII, notando-se que a maioriadel es corresponde a gran itos anorogêni cos. Segundo os autoresmencionados , na ãrea em di scussão, não foi possivel construi r diagramas isocrônicos das rochas do embasamento, devido ao ...,Þa.ixoteo r de rubidi o das mesmas.
Com os pontos analiti cos pe rtencentes ãs i ntrus i -vas anorogêni cas da Suite Surucucú, Tassìnari (op.cit. ) el aborouuma isõcrona de referência que forneceu uma idade de l43l m,a. e
ot oEuma razão Sr"'/Sr"" inicial de 0.7130 (fi gura 28). A i dade foiinterpretada como si gni ficati va da época principaì de colocaçãona c ros ta superior dos corpos graniti cos, ac res centa ndo- se que a
mencionada atì vidade provavelmente começou em torno de I550 m.a.Ca be assinalar que esses resul tados são simìlares aos obtf .dos
nos grani tos anorogên i cos do domíni o Ventuari, s upon do- s e portanto que os epìsõdios de magmatismo anorogênico que atingem ex-tensão regional no setor noroeste do 0rãton Amazônico estão ìigados ao mesmo processo geotectôn ico: desenvoì vimento do eventoRio Negro-Juruena.
1.l. Sistemãtica Rb-Sr,em rocha total, para amostras do setor o-ri ental da Amazônia Colombiana
colombianaal. (Ì978).tri cas pel o
traba I ho os
sócronas de
As rochas da parte oriental da região amazôni ca
forarn estudadas geocronologicämente por Priem et.Esses autores apresentaram 40 determinações radiomé-método Rb-Sr em rocha total. tles não indicam no seudados ana 1íti cos obti dos , mostrando uni camente as i -referência. Segundo Pri em et.al . (op. cit.) na re-
,.
TABELA XII - DADOS ANALTTICOS Rb/ST DAS ROCHAS DO SETOR NOROESTE DO TERRITÛRIO FEDERAL
RORAIMA, BRASIL
N9 0rdem
21 5
21 4
216213
?17
Nq Campo Rb ( ppm )
Suru I
Suru 2
PTOIA
PT3O I
PT297
30 5A
BE- 1
0l -A02
458.3334 .2
289
204.7
437.5
Sr(ppm)
Grani tos Anorogênì cos
Referência: 6 - Basei e Teixeira (1975)
* I dade Convenc i ona I Cal cul ada com:
(sr87/srB6 ).i = o.7o5o
).Rb = 1 .42 x 10-11 anos-l
30 5A
BEl
PTO]A
P102
RbBT/sr86 srBT/sr8b
2l .t595.7037 .9
ì59.830. l
144
I55103
73.9
71 .910.323..|
3.7áq a
Rochas do tmbasamento
177'I 4l426
671
2.31700.9330I .18600.7880I .6340
I da de* Referên c i a
2 .373.19.0.7030.3t 9
DE
l s60
l54ll45l1547
l41l
0.76430.78180.72130.7t0'l
6
6
6
6
6
I680I620
6
6
6
6
IcoroI
^ 87. ^ 865f / 5r
Fig.28-DtAGRAMA tsocRoNtco Rb/sr DE REFERÊNcIAOE SURUCUCU.
zo
ldode = t43l t 35 m.o.
( srst/g786¡..6,7 t3 t o,oo4
HSVYO: O,99¿6
PARA OS GRAN]TOS ANOROGÊNICOS
¡lO 1.êot
-91_
gião do Mitú as rochas do embasamento apresentam uma idade isocrônica de 1575 m.a., com uma razão inicia'l Sr87/S186 de 0.7030. Eslses autores consi deram que tal ati vi dade representa a ação do e-vento tectonomagmãtico Parguazensis. Esses resultados são simila-res aos apresentados pe'los granitõides a duas micas do Uaupés, Su
pondo-se neste estudo que tai s I i tot'i pos também representam ro-chas da i nfraestrutura do ci nturão móvel Ri o Negro-Juruena.
Na reg i ão de São Feì i pe, curso do a I to ri o Neg ro,as rochas do embasamento, quando tratadas em di agrama i socrõni co,mostraram uma grande di spersão, com 'idades compreendidas entre1780 e 1450 m.a.. Esses valores foram interpretados por Priem et.al. (op.cit. ) como signjficatjvos da ação dos eventos Transamazô-nico e Parguazensis respectivamente.0 padrão geocrono'lõgico des-ta região 6 muito similar aos obtidos por Tassinari (op.cit. ) e
pelo autor deste traba'lho no curso do rio Negro e no dominio Casiqui are respecti vamente.
Finalmente Priem et.al. (op. cit. ) apresentaram um
diagrama isocrônico construído com amostras cogenõticas das ro-chas vul cãni cas de Yaca-Yaca . A i dade i socrôni ca obti da foi de920 m.a. e a razão jnicial do estrôncio de 0.7340. Segundo os au-tores citados os va'l ones obtidos não são geologicamente significati vos, representando provavel mente a ação de um epi sõdi o metamõr-fico que rehomogene'izou parcialmente o sistema isotõpico Rb-Srdasmencionadas efusivas. Acreditam Priem et.al. (op.cit.) que a ida-de real dessas vulcãnicas esteja situada em torno de 1200 m.a.
12. Sistemãtica K-Ar
Na regì ão em estudo foram obti das, até o presente ,
um total de 76 determinações nadiométricas, efetuadas pelo mêtodoK-Ar, êil minerais e rocha total. Nas tabelas l3 e l4 relacionam-se os dados analíticos dessas determinações, enquanto que na ta-bela I 5 apresenta-se um quadro comparati vo daquel as amostras da-tadas pelo m6todo Rb-Sr e pelo método K-Ar. Nas figuras 29 e 30,
rÀ3aLA xI¡I .0À00S A,iÂLlrlC05 x-¡. ¡ARA Ä5 r0CN45 ttCl0liAls
nq o.rt¿¡ ro cãrpo Lilolosl! l.t.rl.ì r(r) r¡10¡¡¿ ¡¡ ù!ñ(l) ldàdc ¡.rê.õn.1.
lol JOlf G.rnùlltô Plrorànlo¿ì3 ¿9¿s 6.!1ts. 3loùlt¡¡¿7¡A R?7la ¡fibollro a¡¿1bóìlc
294C 29Ãa tuflbollto AnrlÑlìoto al1 Gr.it ro 8lollt¿al 376 lotrlll to slotJtÀ113 ¡r^¡lbol I t turlbó1lo
ld!dca.¡Lr. la00 e ló00 ô,¡
0.99 1300
ó,7t5 t¿.0 ì4336.261 0-A2 1535
2,A44 ¡,91 1400
9,t37 3.5ì t1054.129 0, t5 1150
4. rt4 |,2s ìs355. ¿3¡ ?,tt ì sol7,?î 3,23 l5t76.743 t.05 tl45
ìì5199
t3l135
t95205
xTs63 C¡r¡l to siot I t¡5.39 Gr¡¡tro SloLl l-! 6,631
6530 Gr¿¡ito ßloll rr 3,46016
^¡rlborlto ¡¡fiból1o L l lo
¡0 Ànftù. þ ¡nf1bólto 0.500t3ô
^¡flùollto Slotlq {,660
02 Cràredlo. B1ôtìt¡ s,tl9ì l¡ffbor I r¡ tufl6llo 0.7390
^¡flbolltû Á.flból{o 0.73
á¿ ^c330
Dlû¡it. tlo¿ltr 7.163 !,r99 13.t0 1316
¡6 XIl054 G.¡nlto 8lotttù 1,251 5,424 lt,8l ì3ìI¿4 FBol l+t¡qùòÉ Pl¡gto.. 0,296 2.390 9,6? l!3332 239 Gr¡nlto Siotltâ 6,35¿ 5,t19 1.63 ll73¿1O ¡a0 G.lrito 0totltr 1,2Ao 5,522 2,O, Ì335l0{ ¡l5Jt G¡ô¡lto ElotlÈô 6.610 {,303 r,79 lì99100 ll5?0 Grlnlto Srorftr t.600 5-337 14,63 126ì
lì0 5aat8 cnÈlss. olotlt¡ 6,9s9 5,021 0.33 1269
95 5¡06 tu¡ltr. Clollt¡ l,2t¿ 5.57ì 0.¿l l3¿991 5360 G¡¡iodfo, Siorrt. 5.956 5.497 LIo 1363
ll2 6533 C¡¡i¡r. Slorir¡ 6,3¡¡ 5,604 ì.S9 1396
ll¡ 6t55 6.r¡lto 8lotlr,. ¡,t09 6.297 ì0.67 !19{l8a ¡¿ Gñ.t¡r. tloitt. 5.620 1.s97 l.le 1299
¿01 8¡ âiùlrr. ¡lo¿l¿! 5.9¿0 4.t16 0.36 lt69l?3 tg Gñ¡13s. Slotl¿ô t.rro 5,940 ì.02 l3lzì9A 353 ¡¡ftù.llto anfì6lio 1.07 0-3036 l,l2 l3l9la9 l2t Gh.jrs. Slotlr¡ ¡.1/ ¡,063 1-01 l23l?06 9! 6.!iss€ Slotlt! 6.31 4.900 3,33 l!60zo7 9a càrlr3. rbrcovit. 0,6s 6,5{9 l.ot l32ll¡l 69 Gi.153. A¡llbôl1o 1.20 0.94t 2.01 1360
154 l¿3 q¡¿.dlor, Btotltr 6.06 4.4¿l 0,69 l?37212 ll2 Qù¿.dlor, Btolltr t.?0 5,300 o.tg 1¿95
160 ll8 ôr!¡1ro ¡iorl!ô t,1a 5.325 0.¡r 1265
ll5 122 6¡.nlto tlotlt! 7.06 1,9?A 0.5t l?13laa 100 tltùo ¡lÁÊovlrô ì,øl 5,323 12.{ l30l. ,¡Á-l Cr.¡Íto olotlr¡ - 1266r er^-a G¡!ûlto tlotlt! " 1219¡ PtA-Ìl Gn¡rslo srorlt¡ l3o!,r PR¡-ll G.àß3. xu3covlÈ! - l¿19i P¡Á-lzl Gnãìr3r Siotlt¡ . l3lti ÞnÂ-12À Gn¡lsr. üurcovlt! - l?9lr tn^-la cr¿nlto slotlt¡ - 1236. Pn^-17 G.¡ls3ê 3to¿11,ù - 1264r tn¡-19 Gñ¡l!s. Slotl¿! - IZAS
r t¡¡-¿3 Blôritù - l?40. Pn^.?a Grùrlto Slotlt¡ - 1216. P¡¡-¿a tràirto r¡uscovlt¡ - l¿16
¡¡1.d.. ¡loño.e5 qc. ì?00 ¡,ù,
197 8l Gnllrr. ¡lotlt¡ 4,12 ?.933 t.z? ll191t7 55 Êllo'lto ¡oicovltù 0,17 4,655 L34 1053
lrr 6tl0 Grrhlto Blotltù 6.¿16 3.871 L43 llaoItl 550a G¡ù1rr. Slotilã 6,4s9 ?,9oA L15 905
Â.f.rô¡cl¡r: ? - s¡Ìrio!. Rlv.5 (l9teb)! - tst..!tudo3 - r!3¡l¡!rt (198ì )
6 - 3Àrrr . t.lr.ir¡ (le7t)7 - Pr1.È .t.!1. (1973)
constÀntèi útlll¿òd.s io ciìculo d¡t ld.dêt:
rc'o ¡96 x 1o'9 'ûo¡-l
Itot.' o 5sl ¡ lo_lo r¡o¡_ì
.n.lltlcos f !ton, d. (40 r¡ (lotàì .0.ì16,
-92-
- 93-
fÂ3ELA tIV - I0A0ES {-ar 0E RoctiÁS vu¡.cIriICÄS ÁlioRocËri¡C¡5
¡19 orde! liç C¡úÞo Lltoìoqið fàterl¿l k(:)
1 ,281
ì .780647
t9t606
968
0. ¡4
t.ll
Àr10 r¡¿. Àr àtr. (;) ¡d.de R.f.rêñcj.(ccslP ¡ lo-4)
219 2920 Di¿bi3 io Pì¿gjôcl,160 ll9 orlb¡slo Ro.hô totP538 Þ538 0i.b¡sio Plògjocl.ZAl H¡À13¿ Di.ôãsio PlåE jocì.ZAZ ICEA24 Dlôbíslo Rochå Lot290 ¡CA'12À Di.bãrjo Pl!gjo<].299 Pl09/8F06 oilb¡sio Rochð tot221 Cll.J-l oiàb¡sio Rochó tot3260 3260 Dl¡b;s lo PlÀgiocì.210 97 of.ù;slo noch. ùot2lì 306 oj.ò;slo PllElocl.
t¡trù3i!.r Ácid.s
' tRÂ-5 V{l.¡ntcr tlotl l.' PRÀ-ó vulc¡ñlr! BtoÈl t.. PRÀ-Z Yúlc¡ñlc. 8iotrtâr ¡R4.8 lul c¡ntcù 8lotl r.r PRÁ-9 Vu l.;n I c¡ oiotttà. PRA.IO vu쀡nic. Iiotltå
1.080 5,00 1420 6
1 ,5t 3 0,48 t 436 5
t.234 ì .11 l3l2 3
0.078 t 6,8 ?48 I0.071 6.1{ 212 I0-0699 t 8.57 2lð. I0.0896 ì 3,90 202 ð
0.54ì I 13.66 t340 0
r.?86 ì.t4 ìl8S 3
0.J82 4.0? 984 5
0.539 3.56 9al 5
,16 7
t66 It95
'ltz It¡t 5 7
trz I
l2
rlàctços Álcàljno5
266A Slêñito Àûflbõllo 0.9t9 0.?ì5 3.16 1288 3
ZgrA sienito lcfeli¡c 5.535 J.791 ì.E5 1230 3
nefèrõncl¡r: ! - Est. êrtr¡do5 - I.3sl¡.ri (1981I6 - 0.s.1 ë rêi¡6i.. {1975)7 - P¡iêù êt.àr. (!978)I - Telrelr! (t9r8)
cor!trûtoi r,ttttr¡d¡s: \Ê '0.496 x lo'9 ¡¡o¡'l
Àbr,0.581 ¡ lo-lo ônos-l
¡ rtor ¿" x{o eñ Ktotùl . o,ìr67
* Aiortrõ! s.n d.dos ðñaìlrtcos
-94-
T^8fLA )(V - QU,iDR0 COIItrARATM 0C A¡I0STRAS CoM l0À0ES Rb-Sr e K-Ar
flQ order
t95t98ì 99
185
173
183
2t2160
ì15ìì?72
54
9ì
ll9 camDo Ll toìoglõ
. rDôrtr¿s s€n nimero do ordem
82 Cr6nod I o. ì550
85 Anfibdlito86 Ânflbol i to 1672
73 Anfiboì lto ì 514
58 Gnòisse 1752
70 Anfibolitoll2 Qti.dlorito 1652
ì l8 Grànìto ì399
6580 G¡ônito6538 Cnâlsse ì 717
266A Sìenito 1274
H1868 Grônito5360 Grånodl o. 1922
PRA- I Grõnl toPRA- 4 GrànitoPRA- I I Gnàissêinl-tt Gn¡ìssePRA- l2A 6nàissePRA- l2Â Gnài5sePRA- ì4 Grani toPRÀ- 17 GnàissePRA- I9 Gnòisse
PRA-23 Cñ¡issePR^- 2 4 GrònltoPRA- ?4 Grani toPRA- 5 Vulcãnic¿PRA- 6 ljuìcánic¿lRA-7 VuìcánicàPRÂ-8 Yuì cãni cd
PR^- 9 Vulcári(àPRÀ.I0 Vulc;nicè
Id¡de cony€ncion¿ ì - ld¿dc fsocrônic.Rb/sr
1700
ì 500
1700
t7001700
ì700
ì750I750
ì 830
1750
ì575t575t5751575
1s75
ì575ì575
1780 - r 4s0
ì 780 - 1450
ì 780 - t4501780 - ì450I780 - ì450
920
920
920920
920
920
Hùt€rìàì - ¡d¡deR-Ar
Slotita l50lÂnflbõlto l3l9Añflbóì to l406Elotitò 1535
Bl oti tå l3tzAnflbóìio l{50Bloti t¡ 1295
Bioti tà I ¿65glotìtô ì400Biotltô 1396
ÀnfibõIio l?88Eioti t¡ ì488Bi oti ta ì 363
Biotì ta ì 266
Biotità l¿79Biotita ì 309
llüs c ov ì ta 1219
Eiotltà l3l7ì{us co v i tà ì?97
Bioti tô Ì 246
Biotità 1264
Biot{ t. 1265
Biotltà ì240Eiotlt¡ 1276
Xuscovitð ì276Blotita 776
Eioti tà 766
Blotità 795
Bloti tô 732
8ìoti tà 115
Bi ot i tô 772
3@
ro)o()
:* _/
Vr",tt
, ,.. sín ÉenpåJ\ a, 17_24 4 \
.- \:--- ¡77.1¡¡9 PRA
'r,,^rl*N,oo o, \j,--\,-p,r. ",
È.:ì..Ë':î,\.
- a. ./¡ I i I9OÂt6eoá FL 'eo¡ aANF i âos aNF
E
Da
LEGENDA
ldodes moiores que ITOO m. o.
ldodes enlre l4OO e l600m.o
ldodes entre l2OO e l4OOm.o
ldodes menores que l2OOm.o
Fig.29 - MAPA DE LOCALIZ
/i ¿-./ \-.
BRAS
1546i
Al.¡F - Anf ibdlio
Bi - Biolito
PL - P logioctósio
MU - Muscovilo
PIR - Piroxénio
O l8O- Número de ordem
,/ Li^ite en¡re províncios geocrg/ noldgicos - eètruturois
øì Copitol
ESCALAO ã5 22Okm
-.---
DÂS DADES K-Ar DAS ROCHAS REC'IONAIS(o(trI
' Y \''J" vENEiuELa ló'u'\-i \ \-:\:. , t.!o.. \,.,.'\\\*!,.* '¡.. \- -''-''.¡J\.. / -., y\J\X.. í t
I
¡
I'r ¡984.'-.- a941
tô. \
\\\ i\\)('i
LEGENOA
a Diobós¡os
a Mocigos olcolinos
I Rochos vutcônicos
200a ldode X-Ar ( m.o.)
tÉ udo¡o de vdrios dotoçõesr260
42' L¡neo^e¡los eslruturo is regio no is
,/ timite entre províncios geocronotó/ gicos- eslrulurois
@ Copitol
äá*
BRASIL
Fig.3O-MÂPA DE LOCALTZAçÁO ÐAS ROCHÂS VuLCÂNrcAS ANOROGÊNTCAS
\\r ¡rá.ao ---,^'\\\1.14á\ r.\\,-..
-..-'- t ri,/;
ESCALÂ
O 55 22okmt¡.-.-:+l
-97 -
por outro lado, mostra-se a localização das rochas regionais e a
norogêni cas datadas, enquanto que a fi gura 3ì refere- se a um histograma de freqtlência das idades K-Ar obtidas nas rochas regiona is ,
Nas tabel as l3 e I4 pode- s e observar que 46 determi nações foram obti das em b i oti tas, 10 em anfibõl ios, 7 em p la-gìoclãsios, 6 em muscovitas, 5 em rocha total, I em nefelina e lem piroxânio, Percebe-se também, nas tabelas citadas, uma gran-de dispersão das idades, com valores compreendidos entre 200 e
I850 m.a..
A seguir serão di scuti dos os resul tados obti dos,enfatizando-se o seu sìgnificado geol6gico, em termos dos even-tos geotectônicos regionaìs reconhecidos no Cráton Amazônico.
12.1. Sj stemãti ca K-Ar para as rochas regionai s
No histograma da fi gura 3l pode- s e veri car queforam obtidas 57 datações K-Ar das rochas regionais,das quaì.s 40determinaram-se em biotitas, 9 em anfibõlios, 6 em nuscov.ita, Iem plagioclãsio e I em pi roxêni o. E possível conferi r, além d.is-so, que as i dades defi nem t rês pi cos pri nci pa i s: um deì es loca-liza-se ho intervalo de idades .l800-tB5O n.a., o outro é definido por idades compreendidas entre 1500 e 1550 m.a., enguan.tó que
o último e mais significativo 6 formado por.i dades compreendidasentre I250 e 1350 m.a..
l2.l.a. I dades mai ores que ì 700 m.a.
Na figura 29 nota-se que as i dades supeni ores a
1700 m.a, se localizam na regìão considerada mais antiga, istoé, na ãrea i ntegrada pel o Domín i o petrotectôni co Ventuani e pe-ìas reg i ões geolõgicas do alto rio Caura (Es tado Boì ivar) e se-tor noroeste do Territ-orio Federal de Roraima (Brasi'l ), 0s va-
rooo 1200 rztoo ffiæ moFiq.3I - HISTOGRAMA DE FREqJÊÍ.¡Cß Þg IÛADES X.Ar DAS ROCHAS REGIONAIS
Xl eiro xê n ìo
Ø a*inório
l-l B¡oriro
Ñ Muscovito
[ãl elo g io c rds io
-99-
lores obtidos nessa região são aqui ìnterpretados como sìg.ni.f icativos do resfriamento do Ciclo Transamazônico e/ou eventos an.te-rlores. Existe uma exceção referente a amostra 124, q.ue representa um anfibolito locaìizado na bacia do alto rio Negro. Segun-do Tassinarì ('l981), essa idade pode representar um núcleo anti-go preservado, que foi parcialmente rej uvenes ci do, ou al ternati -vamente,a ocorrência de retentividade total do argônio radiogônico por parte dos anfib6lios, os quais teriam-se formado duran-te a fase s i ntectôni ca do evento Rio Negro-Juruena. Cumpre sa-1ìentar que a idade obtida na amostra 303H deve ser encarada com
reserva pois eìa foi determinada num piroxênìo e como se sabe,esses mjnerais não são favorávei s pa ra datações K-Ar. Al ém disso,oteor de potãssio reportado é muìto alto, o que faz suspeitar que
o concentrado mineral anal isado era mui to impuro. E muito possi-vel, portantor 9ue o potãssio determinado provenha de inclusões e/ou fra gmen tos agregados.
ì2..ì.b. Idades compreendi das entre I 400 e I 600 m.a.
As datacões compreendi das no i nterva lo de ì dades
1400-.l600 m.a., correspondem a amostras que se local izam no domi
nio petrotectônico Casiquiare e na região geotõgica afetada pe-ìa bacia do alto rio Negro, havendo apenas uma exceção que se refere a amostra MT 868, Essas datações, na opinião do autor, re-presentam a õpoca de res fri amen to da fase sintectôni.ca do even-to Rio Negro-Jur uena.
A exceção mencionada representa um grani to subvul
cânico.qse se localiza na região do alto rio Caura. Na tabela l5pode-se perceber gue essa rocha forneceu uma idade Rb-Sr de lB30n,a,, enquanto que a sua idade K-Ar em biotita foi de 1488 m.a..A i dade K-Ar é aq ui i n te np reta da como a época de rejuvenescimen-to i sotópi co das mi cas do menc i onado corpo, como conseqtlênci a de
aquecimento provocado, seja pelo extenso magnatìsmo anorogênicoque afeta a ãrea,seja pela ação do evento Rio Negro-Juruena.
t 00-
l2.l.c. I dades compreendi das entre I 200 e I 400 m'a'
um mai or número de datações ' como iã foi di to, con
centra-se no i nterva I o de tempo agora em di scussão ' Esse agrupa-
mento defi ne uma curva de "Gauss " envol vendo 36 datações distri-buÍdas geografi camente em toda a ãrea, das quai s 31 I ocal i zam-se
nos dominios petrotectônicos casiquiare, Siapa e similares de co
lombia e Brasil, e 5 no domínio ventuari e simi l ares. Dentro da
região citada em primeìro lugar, observa-se que idades em torno
de 1300 m,a, (pico prjncìpaì da curva) situan-se preferencìalmen
te no alto curso do rio Negro (setor brasiìeiro), no 'territõri o
afetado pelos al i nhamentos estruturai s que são proì ongamento do
I i neamento de Takutu '
Nes te estudo considera-se que al gunas das i dades
referente s ao interval o em discussã0, 6 di zer' aquel as que cons-
ti tuem o " rabo " do l ado mais anti go da curva, podem representar
o resfrj amento da fase postectôni ca do evento Rio Negro-Juruena.
o res to de datações é i nterpretado cono refl exo de aquecimentos
ocorri dos sobre a ãrea cratôni ca durante a fase prì nc i pal do e-
vento Rondoni ano que teri a-se desenvolvido na borda s udoes te. do
Craton Amazônico entre ll00 e 1400 m.a. atrãs' Cumpre assìnal;ar
que aì gumas bi oti tas e anf ibó1i os de rochas da baci a Uaupés/ I ça-
na, por causas atõ agora desconheci das escaparam ao aquecimento
do evento Rondoni ano. Deve-se dizer tamb-em, que na opi nì ão do
au tor, a reg i ão do alto rio Negro repres en ta va um nível crus ta l
mais profundo, durante a atuação do evento geodinãmìto 'uptutitudo, tendo por consegu inte uma história de resfri amento mais pro-
I ongada.
Das 5 amostras localizadas no dominio Ventuari e
similares das ãreas vì zi nhas, 2 correspondem a grani tos anorogê-
nicos (239 e 240) e as restantes a um metagabro (F801 )' um d'iori
to (AC330) e um granito subvulcânico (l'1T'l059). 0s resultados ob-
ti dos nos granì tos anorogêni cos (tjpo surucucu ) podern ser consi-
derados prõxìmos da época de formação, interpretando-se tal tipode atjvidade magmãtica, como manifestação ígnea reflexa,na ãrea
diEi
- t 01-
estãvel, provocada pela atuação do evento R.io Negro-Juruena. Asoutras idades, no entender do autor, representam um aquecimentoposterior que rejuvenesceu as micas e pìagiocìãsios, Tal aqueci-mento pode ter ocorri do durante a fase si ntectôni ca do êventoRondoni ano, ou então nos epi sõd i os de magmati smo anorogêni co queafetaram a regi ão. Nesse senti do cumpre saìientar que a tabe I al4 reune i dades K-Ar de rochas bãs i cas e alcalinas referentes aomesmo intervalo, podendo exibir significação tectônica simi lar a
do magmatì smo anorogêni co supraci tado.
12.1 . d. I dades menores que I 200 m. a .
As idades K-Ar deste intervalo de tempo são escassas, I i mi tando-se a 4 datações que corres pon dem a 2 gnai sses (g4e 5504 ) , um fi I oni to (55 ) e um gran i to (6bì0). tssas amostrassão de rochas que se localizaln no domînio Casiquiare e na bacìado alto rio Negro, considerando-se neste estudo, que as idadesobtidas em trôs delas representam a superimpos.ição de um eventotectonotermal de idade próxi.ma a ll00 m.a,, A outra idade (refe-rente a amostra 5504), na opinião do autor, representa a épocade reativação termotectôni ca das fal has que afetam aque.l a ãrea.
'I 2.2. Idades K-Ar em rochas vuìcânicas anorogên.icas (extrus.ivas ãcidas, diques b.ãsicos e maciços alcaìinos)
Na regìão em pauta foram obtjdas l9 datações K-Ar,em mi nerai s e rocha tota I de rochas vulcânicas anorogênì cas,sen-do que I l correspondem a determinações efetuädas em dìques bãsìcos,6 a idades obtidas em extrusivas ãcidas e 2 a datações deum maci ço aì cal i no (tabel a ì4), Cab e assinaìar que as idades domagmatismo anorogênico dìscutido neste ítem, são consideradas pelo autor desta pesquisa, cono a prõpria época de formação dessasrochas ' Isto 6 devi do ao fato do res fr i amen to dessas rochas sermui to rãp i do.
0 quadro geocronolõgico K,Ar dos diques bãsìcos a
- 102-
presentou grande dispersão, podendo di sti ngui r-se' a grosso nodo "
dois agrupamentos de idades: um deles corresponde a mani'festa
ções precambrianas e o outro a atividade fanerozóica (Permo-Triãs
sica). 0 fenômeno ígneo precambriano apresenta-se disperso por
toda a ãrea enquanto que aque le do fanerozõi co se concentra na
bacia do rio Içana. As rocha s bás i cas precambrianas repre s entam ,
na opinìão do autor, magmatismo bãsico termìna1 e/ou refìexo as-
sociado ao desenvol vimento dos eventos Rìo Negro-Juruena e Rondo-
niano. As idades fanerozóìcas, por outro lado, representam a épo
ca de ati vi dade ígnea 1igada a fenômenos de deri va conti nental(Teixeira, 'l978).
As rochas extrusivas ácidas (lavas traquiticas de
Yaca-Yaca, Colombìa) fo rnece ram i dade K-Ar em torno de 750 rn.a. 'enquanto que sua idade Rb-Sr em isõcrona foi de 920 m.a. (tabela
t4). Essas rochas repousam di scordantemente acima do embasamento
cri stal i no e segundo os pesqui sadores que as es tudaram (Ga1vìs eL
a1., 1979; Priem et.al., 1978) estão fortemente alteradas. Priem
et.al , (op. cì t. ) acredì tam que a i dade i socrôni ca não é a de for-mação das efus i vas ' mas sim repres entan te de um epi sõdi o metam-or-
fi co que provocou rehomegenei zação i sotõpi ca parci a1 do s i slema
quími co Rb-Sr, Ao mesmo tempo pensam que as i dades K/Ar possi veì -
mente representem a ação de outro epi sõdi o metamórfi co que rej uve
nesceu as ni cas das efus i vas . Segundo os autores ci tados, ambos
os epi sõdi os metam-orf i cos não afetaram as rochas do -embasamento
Cabe assinalar que as idades Rb/Sr possiúelmente possuam significado geológico, pois no setor brasileìro do rio Uaupés'ocorrem ro-cha s bãs i cas com i dades similares. Com rel ação as datações K/ Ar,deve-se di zer que são de dì fícì ì i nterpretação, sendo mesmo pos síve1 que careçam de sign'i fi cação goeotõgica. No entanto ' a concor-
dância. dos resultados (tabela l4) é realmente expressiva.
0 maci ço al cal i no datado neste es tudo (sienito do
I guapo ) acusou i dades , Rb-Sr convenci onal e K- Ar em mìnerais'con-cordantes (tabel a 15), consi derando-se que repres entam a época de
formação do mencionado corpo. Tal ativjdade ignea, na opinião do
a u tor, ã vìnculada ao nagmati smo cra togên ì co I i gado ao fechamen-
to da evol ução tectonomagmãti ca do evento Rio Negro-Juruena '
-103-
CAPITULO VI
EVOLUçÃO GEOTECTON ICA REG]ONAL
0 conj unto de dados geo ìõ9i cos e geocronol ógi cos
discuti dos nos capítul os anteriores, apes a r de ainda serem es-cassos, permi ti ram o reconhecimento de vã ri os epì sõd'i os tectonomagmãtì cos que,na opì nì ão do autor, foram de importãncì a fundamen t al na evol ução geol ógì ca regi ona ì da ãrea em es tudo ' A contìnuação apresenta-se uma síntese referente aos eventos tectono-magmáticos caracterizados, posicionando-os no espaço e no tem
po. Para facilitar o texto a regi ão em estudo serã di vi di da em
duas ãreas, separadas pel o curso do rio 0ri noco : uma localizadaao nordes te e a ou tra co ns eq ue n temen te ao sudoeste do mesmo rio(f igura 32 ).
tvo l ução Crus ta I da Regi ão Localj zada ao Nordeste do Rìo 0rinoco
0s estudos geocronol õgi cos mos traram que as ro-chas granítico-gnãissicas mais antigas iocalizam-se na regiãos i tuada ao nordeste do rjo 0ri noco . Efetivamente, rochas gnãis-sicas cons ì deradas como o embasamento da baci a do a lto Caura
(Estado Bolivar, Venezuela), forneceramç idade isocrõnìca ' Rb-
Sr de l819 + 64 m.a., e uma relação (S.J7ls"86) ìnicìa1 de
0.7021 + 0.0019. No setor noroeste do Terrii,õrio Federal de
Rorai ma (Brasil ), por ou tro I ado, não foram obti das i dades iso-crôni cas Rb- Sr das rochas do embasamento. No en tan to, i dades mi-nerais K-Ar foram da ordem de 1800 m.a.. Já no domínio petrotectônico Ventuari (Territõnio Federal Amazonas, Venezuela), os
gnaisses do embasamento forneceram i dade i socrônica Rb-Sr deo1 ()Ê,
18?6 + 34 m.a. e relação (Sr"'/sr"") inicial de 0.7027 + 0.0008.Algurnas das rochas gnãì ss i cas do domíni o Ventuari tamb6m f oram
datadas peì o método U-Pb em zi rcões, fornecendo 'i dade conctrdì a
- l05-
em torno de 1850 m.a.. Ca be assi nal ar a i nda, que dados geocrono-l6gìcos Rb-Sr revelaram a presença, no domÍnio Ventuari, de ro-chas ptutônicas anti gas, com i dades em torno de 2200 m.a. (verfi gura 10, capitulo V).
As i dades acìma referi das (próxi mas de ì 850 m.a, )
concordantes por di ferentes m6todos geocrono I óg i cos , são repre -sentativas, no entender do. autor, da época de atuação de um e-vento tectonomagnãtico regional durante o qual houve formação de
crosta. As baixas relações iniciais isotõpicas dê estrôncio su-gerem aìnda que as rochas da infraestrutura da regiãci nordeste ,
foram formadas a parti r de ma teri a I extraÍdo do man to com pouca
ou nenhuma res i dônci a crustal. Consi dera-se po rtan to, que a re-gião em pauta representa um segmento crustal consol idado no fi-naì do evento supraci tado, i sto é, no fjnal do ciclo Transamazônico. Tes temunhas de tal questão são representadas por associ açõesvulcano-pìutono-sedimentares, isentas de metamorfismo, que como
veremos mais adj ante apresentam i dades prõxi mas a I 800 m.a,. Fi-naìmente se conclui, a partìr dos dados suprareferi dos que a
região em discussão forma parte da provincia Amazônia Central de
Cordani et.al. (.l979).
2. Evol ução Crustal da Reg i ão Local izada ao Sudoes te do Rio 0rino c0
As rochas graníti co-gnãi ss i cas que i ntegram' a re-gi ão locaIizada ao sudoeste do rio 0ri noco, isto é, aquel a ãreacons ti tuida pel os domínios CasiquÍare e Siapa, as regi ões geo l õ-gicas do alto rio Negro (Brasiì ) e do setor sudeste da amazôniacol ombiana, apresentaram padrão geocronol õgi co com i dades com-preendidas entre I 780 e I 500 m,a. e rel ações iniciais de es trôn-cio entre 0.7030 e 0.7060. Esse pa drão é d i ferente daq uel e apre-sentado pelas rochas da infraestrutura da região nordeste jã ci-tada, acredi tando-se neste estudo, que o mesmo seja ì"epresentatjvode um evento tec tonomagmã t i co regional diferente do Transamazônico.Nesse sen-
-T06-
do admite-se, tal como foi sugerìdo por Cordani et.al . (op.ci.t. ) epor Tassinari (.l98.l ), que a ãrea em pauta re.presenta o substratode uma fajxa mõvel que foi desenvoì vi da durante a atuação d.o e-vento supracìtado, Esse evento geodinâmico foi denoninado"Rio Ne-gro-Juruena" (Tassinari, op.cit.), tendo sido verjficado que a suafase sintectônica principal ocorreu em torno de l7B0 m,a, (ver figura 'l5, c¡pitulo V). Em adiçã0, as baixas reìações iniciais deestrôncio,das rochas regionais dessa ãrea,indicam que a maioriados I i totj pos são ortometamõrfi cos que foram di ferenciados do manto na õpoca de sua formação, Finalmente admi te-se, em razão doacima exposto, que o setor sudoeste da ãrea mot.ivo desla pesqu.isaconstitui a parte setentrional da província Rio Negro-Juruena.
3. Eventos de Vulcano-Plutonismo Anoroqênico
0s dados geoìõgicos e geocronol6g.i cos referentes a
ãrea em estudo permi ti ram reconhecer e caracteri zar a presença devãrios episõdios de vulcano-plutonismo anorogênico, de carãter ã-cido a intermediãrio, que na opinjão do autor, estão relacionadoscom o desenvolvimento dos eventos tectonomagmãticos reconhecidosprev i amente,
Poden ser d'istinguidos, em ralão da i dade, quatroagrupamento s de epi sõdi os vulcano-plutõnìcos: o primei ro refere--se àqueìas associações vuicano-plutônicas que ocorrem na re-gião an ti ga (ã rea norde s te ) e são contemporâneos com o fi nal doevento tectonomagmãti co Transamazôni co. 0 segundo agrup.amento compreende rochas vulca.no-plutônicas que aparecem em ambas as ãreas(no rdes te e sudoeste do 0ri noco ) e são co n tempo rânea s com o even-to Rio Negro-Juruena. 0 terceiro agrupanento trata-se de vulcano-p lutôni cas que ocorrem na regi ão nordeste que são contemporâneasao evento Rondon i ano, enquanto que o q ua rto refere-se a efus i vas ã
ci das posteri ores ao even to Rondoni ano.
Associações referdntes ao primeiro grupo ocorremextensamente no dominio Ventuari e bacia do alto rio Caura. Nes-
I
)
-107-
sas ã reas as v u I c a n o- p ì u t ô n f c a s aparecem associ adas com cobertu-ras sedi mentares de plataforma e repous am di s cordan temente acimadas rochas do embasamento. Algumas dessas rochas foram datadaspel o método Rb-Sr, fornecendo i dade i socrõni ca de 1830 + 23 m. a .
e relação inicial (sr87.,isr86) a. o.70lg + 0.0006. Admitã-se a partir desses resultados que o vu l ca no- p luton ì smo ci tado é subsequente ao ciclo Transamazônico, marcando a i nversão do evento geod inãmi co ci tado. A baixa razão injcial de estrôncio, por outro ìado,sugere que esses l i toti pos foram deli vados do manto superior.
As s oc i ações vu 1 ca n o -p l u tô n i ca s co n temporã nea s a os
eventos Rio Neg ro- J uruena e Ro ndon i ano são express ivas na reg i ãonordeste enquanto que na sudoeste são pouco signifìcativas. Na
regi ão nordeste são representadas pelas sui tes i ntrus i vas de Surucucú e Parguaza e na sudoeste pelas vul cãni cas do Traira, As sui-tes de Surucucu e P a rguaza a p res en ta ram pa d rão geocronoì õgì co com
idades compreendidas entre 1550 e .l350 m.a. e relações isotõ¡ì ìcasdo es trônc i o inicial em torno de 0.7135. As vul câni cas do ' Traí rapor outro Iado, forneceram i dade isocrôni ca de .l496 m,a. e
ção inicial do es trônc i o de 0.7100.
0s dados acima expostos indicam que o vulcano-þl.u-tonismo representado pelas intrusivas de $urucucu, Parguaza e pe-las vul cãni cas do Traíra estã relacionado ao desènvolvimento daprovínci a Rio Negro-Juruena, ma rca ndo a mudança da menci onada en-ti dade de cond i ções de instabi ì idade tectônì ca para cond i ções cratôni cas. Pode- s e s upor ai nda que o pl utoni smo da reg ião nordes teocorreu em vários epi sõdi os e que as di versas ìntrusivas foramderivadas de materiais de naturez.a crustal, tal como sugerem as
altas rel ações ìsotõpicas.
0 último agrupamento de rochäs vulcânicas refere --se a rochas efus i va s, ãci das a intermediár'i as, que ocorrem na
bacia do rio Uaupés (Lavas traquíti cas de Yaca-Yaca, Col ombi a )quesão pos teri ores ao evento Rondon iano, Essas I avas forneceram i da-de isocrõnica Rb-Sr de 920 m.a. e reìação inicìal de estrôncìode 0.7345. Na opì ni ão do autor essas rochas representam vulcanis
rel a
I08-
mo subseqtlente ao ev en to Rondon i a no sendo der i vadas de material
de natureza crustal .
4. Reati vaÇões tectôni cas com i ntfusões
maci cos al cal inos
0 desenvolvimento dos eventos tectonomagmãti cos
referì dos em ì tens anter.i ores provocaram a reati vação termotec-
tõnica de zonas de fraqueza regìonais que afetam ao Crãton Amazô
nico, Essas reati vações foram acompanhadas por mani festações i9-
n eas bãs i cas. e al cal i nas e por aqueci mentos que em certos casos
provo ca ram reequi 1íbri o i sotõpi co e rei uvenes ci men to das mi cas
de rochas regionais.
0s dados K-Ar obti dos em dì ques bãs i cos i nd i caram
a presença de dois agrupanentos: o primei ro referente ao Precam-
bri ano, com i dades compreendi das entre 950 e 1 400 m'a.' e o ou-
tro do Fanerozõi co com i dades entre 200 e 250 m'a' ' 0 magmati smo
bãs i co precambri ano ' com i dades s i tuadas entre I200 e 1400 m'a'
se Iocal.i za preferenci almente ao ì ongo de zonas de fraqueza que
s ec ci onam ao crãton Amazôni co (l ineamentos de Takutu e Mel o Nu-
nes,sistemadefalhasBolivar-Guri)eprovave]menterepresentamagmatj smo bãs i co termi na l associ ado ao fechamento da evo l ução
da província Rio Negro-Juruena. 0 magmatismo bãsjco com idades
em torno de 950 m'a. - 1000 m'4.' se situa na bacia do rio Uau-
pês (Bras i ì ) e, na opinião do autor, estã rèlacionado com o vul-
can i smo ãci do de Yaca-Yaca, representando os estãgios fi nai s do
evento Rondoniano. 0 vulcanismo bãdico fanerozóico' Þelo seu la-
do, se concentra na baci a do rio I çana (Bras i I ) admiti ndo-se nes
teestudoqueesteja'ligadoaprocessosdederiVacontìnenta.locorridoi no Perno-Tri ãss ì co .
0
parte meri di onal
sienito al cal inoceu i da des Rb- Sr
magmatì smo alcalino, como iã foi visto, afeta a
do domínì o Ventuari , sendo representado pel o
do I guapo (a lto rìo 0rì noco ). Esse corpo forne-
convenci onal e K-Ar em minerais concordantes' em
ì 09-
torno de .l300 m.a., Como jã foi dito en parãgrafos anteriores,admite-se neste estudo que o mencionado corpo representa atìvidade cratogênica I igada ao fechamento da evolução tectonomagmãticada provincia Rìo Negro-Juruena.
Dentro do domínio Ventuari foi caracteri zada geo-
crono I og i camen te a presença de gnai sses cataclãsticos cuj a ida-de isocrônica Rb-Sr foi de aproximadamente 1200 m.a., com uma
rel ação inicial em torno de 0. 7200. No entender do autor desteestudot esse padrão é resultante do reequilÍbrio isotõpico do
sistema Rb-Sr desses gnaìsses, o qual possìvelmente foi provocado pela reativação termotectônica das falhas que afetam essareg ião ,
Na provinc i a Rio Negro-Juruena, na bacia do rioIçana, ocorrem granitóides a duas micas que forneceram idade isocrônica de 'l268 m,a. e reìação inicial de estrôncio de 0.7130.Esses granìtõides foram considerados por Tassinari (op.cit. ) como
produtos refl exos da atuação do ev en to Rondonì ano, acrescentandoainda,que os mesmos possìvelmente sejam derivados da refusão de rochasregionais da província Rio Negro-Juruena. 0 autor deste trabalhoacredi ta, pel o co n t,rã ri o, q ue os referi dos granit6ides foram re e-quìlibrados 'i sotopicamente cono conseqtlência da reativação dos
al inhamentos estruturaìs que afetam aquela região.
A parti r dos dados apresentados nos i tens anLer.i o
res, podemos sumari zar a evol ução geotectôni ca da ãrea ern estu-do da segu i nte nanei ra:
ì) Entre 2200 e 1900 m.a., ocorreram na , regiãonordeste (maìs antì9a), intrusões de rochas plutônicas e episõ -dios vulcânicos. Essas rochas foram posteriormente retrabaìhadaqdando lugar,por erosão, aos sedi mentos precursores dos gna i ssesde Minicia e Macabana , Cumpre assinaìl ar que os dados geol6gi cosindicam que a rnaior parte da crosta da região em pauta foi formada em -epocas pré-transamazônicas. Isto é reforçado por algumasí dades Rb-Sr jsocrônicas de rochas p lutõni côs do domínio Ventua-
- lt 0-
ri (fi gura l0).
2) Em torno de .l850 m.a., a região nordeste foipal co de um evento tectonomagnìãti co regi ona l durante o quaì hou-ve importante processo de acreção-diferenciação manto-crosta.Is-to õ a tes tado pel as ba j xas ra zões ìsotõpicas iniciais do es trõn-cio das rochas 9 r a n í t i c o - g n ã i s s i c a s regi ona is, as qua is são, na
s ua mai ori a ortometamõrfi cas .
3) 0 evento regional foÍ imediatamente seguidopor epìrogêneses, tectônÍca de blocos, episõdios vu'lcano-pìutô-nicos e sedimentação de coberturas de plataforma. Estes proces-sos iniciaram-se em torno de I 830 m.a., segundo evi denci am: asidades das vu l cano-p1utôni cas .
4) Em torno de ì780 m.a., a região sudoeste foi afetada peìa ação de um novo episõdio tectonomagfiãti co regionaì.Nesta ãrea o mencionado episõdio se proìongou por um periodo prõxi-mo de 300 m . a . ,fì na l i zando-se por volta de 1450 m.a.. Durante es-se evento também ocorreu importante contribuição de materiai ex-traído do manto e apreciãvel processo de acreção crustal.
5) 0 des envo 1v i mento do evento Rio Neg ro- Juruenaprovocou, na ãrea estãvel adjacente, diversos epi-sódios de p'l uto-nismo anorogênìco que se iniciaram em torno de 1550 m.a.e finaliza-rem por volta de 1350 m.a.. tsses, epis6dios são acompanhados portectônica de blocos e sedimentação de novas coberturas de plata-forma. Enquanto isso, na mesma época de inicio do pluton'i smo anorogênico,ocorreu sobre a prõpria provincia Rio Negro-Juruena,vufcanismo ácido e sedimentação de coberturas, que são representa -dos peìas vuìcãnicas do Traira e peìas coberturas sedimentaresda serra do Pico da Nebl i na e sìmìlares da ãrea.
6) 0 d e s e n v o I v i me n t o , na borda sudoeste do Crã-ton Amazônico, do evento Rondoniano, provocou nas ãreas estãveigreativações termotectônicas que foram acompanhadas por vulcanismo ãcido a i ntermedi ãri o, pel a i ntrusão de dì ques bãsi cos e ma-
l1r-
ciços alcal inos e por reiuvenescimentos e reequilíbrio isotõpicode aìgumas rochas regi6nais.
7) Finatmente a região em estudo se comportou como
ãrea estãvel desde o fin do evento Rio Negro-Juruena, sendo a-penas afetada por epirogêneses e reativações tectõnicas que
são acompanhadas, em certos casos, por magmatisno bãsico e alca-'I i no.
-11?-
AGRADICIMENTOS
0 autor des ej a expressar o nais profundo agrade-cimento a seu orientador Professor Doutor Umberto Giuseppe Cor-danì peìas inúmeras sugestões, longas discussões e pelo grandeinteresse e dedicação que demonstrou durante o desenvolvimentodeste trabalho. 0s agradecìmentos são extensivos ao ProfessorDoutor Koji Kawashita pelo apoio cientifico e analítico fornecìdo durante a fase laboratorial des te estudo.
. 0 autor a g radece aos géol ogos l^li I son Tei xei raRaimundo Montalvão e Colombo C.G.Tassinari. Aos dois prìmeirosporque gentilmente cooperaram na correção gramatical e ortogrã-fìca do texto. Ao último porque desinteressadamente forneceuao autor a mai ori a dos dados de campo e bi bì i ogrãfi cos da re-gião amazõnica brasileira.
0 autor agradece tanbém ãs D i reções de RecursosHumanos e de Geologia do Ministér'io das Minas e Energia da Ve-nezuela, as quais permitiram, econômica e a dm i n i s t r a t i v a me n t,e , areal Í zação deste traba lho. Meus agradecimentos são tambêm ,èx-tensi vos ao Cons e l ho Nacional de Pesqu.i sas do Brasi ì ( CNPq ) pe-'I o auxílio fi nancei ro dado, durante grande parte do curso.
Ao Doutor Angel Fonseca, Di retor da D i reção deInvestigações Geoanalíticas e Tecnológicas do Ministérìo dasMi nas e Energ ia da Venezuel a, peì a ì i cença concedi da ao autorpara fi naì i zar es te trabal ho.
Ao quadro de funcionãrios do Centro de Pesquì-sas Geocronol6gicas da USP, a saber: Claudjo Comerlatti,Cìaudiodos Santo.s, Helen Sonoki, Ivone Sonoki, José Roberto Medeiros ,
Josê E I mano Gouvei a, Jorge Gouve i a de Al me i da, Keì Sato e Margari da Martins pela aj uda pre s ta da na obtenção dos da dos geocrono'ì 6Ei cos .
- I I 3-
A Sra, Cì audete Sal i nas Franzos i, res pon s áve ì pe
lo trabalho de dati lografì a.
A Sra. Itacy Kroehne e ao Sr. l^laIter Loureiro Ma-deì ra pela confecção dos desenhos dos mapas e f igur"as que cons-tam nes te estudo
A equì pe do setor grãfi co do Insti tuto de Geoci êncìas da USP, especialnente em nome do Sr^. Jaime Alves da Silva,pel a impressão e i ndivj dua I ì zação dos exempl ares.
ALMEIDA, F.F.M.de - 1964 - Geologia do Centro-0este Matogrossen-se. Div.Geol.Min., Bol.2l5, 137 p. Rio de Janei ro.
ALMEIDA, F.F,M,de - 1967 - 0rigem e evolução da Pl ataforrna Brasiieira.Div.Geoì.Min.DNPt"l , Boì. (241 ), 36 p. Rio de Janeiro.
ALME I DA, F.F.M.de - 1971 - Geochronoì og ical division of the p re-cambri an of South Ameri ca. Rev. Bras . Geoc. , São Pàu lo, l( l):l3-21.
REFERENCIAS BIBL IOGRÃFICAS
-114-
B.B.de - .l976 - The
Ig., lnst.Geoc.,USP,
ALMEIDA, F.F.M.de - 1974 -ré comparada com a do
Pau1o, I (3), l9l-204
ALMEIDA, F.F.M.de; Hasui,upper precambri an ofZ:45-80, São Paulo.
Evol ução Tectôni ca do Crãton do GuapoEs cudo Bã1tico. Rev.Bras.Geoc, São
Y. e BRIT0 NEVtS,
South Ameri ca . Bol
ALMEIDA, F.F'.M.de - .l978 - A Evoluçãode São Francisco comparada com a
f -eri o Norte. Anais do XXX Congr.Reci f e.
dos Crãtons Amazõnico e
de seus hom6logos do Hemis
Bras.Geol ., A, 2393-?407 ,
ALMEIDA, F.F.M.de; HASUI, Y.; BRIT0 NtVES, B.B. e FUCK, R.A.'l 981 - Brazilian Structural Provinces: An lntroduction.EarthSci.Rev., 17: l-29. Ams terdam.
AMARAL, G.; C0RDANI, U.G.; KAWASHITA, K. e REYN0LDS, J.H.-1966 -Potass i um-Argon dates of basal tic rocks from Sou thern Bra-zjl. Geoch . et. Cos m. Acta, 30: ì59-189, 0xford.
AMARAL, G. - 1974 - Geologia pre-Cambriana da regìão Amazõnica.Tese de Livre-Docência, Instituto de G e o c i ô n c i a s , U S p , Zl Zp . ,São Paulo.
I l5-
ANHAUSSER, C.R.; MAS0N, R.; VILJ0EN, M.J. e VILJ0EN, R.P.-..l969-A reapprai sal of some aspects of Precambri an Shield Geol ogy.Geol .Soc.Am.Bul I., 80: 2175-2200.
BANGARTER, G. - i 981 - Estudi o sobre la petrogénes i s de las mi nenaijzaciones de Nb, Ta, Sn en el Granito Rapakivi de El Parguaza y sus diferenciaciones. Simposium Amazôni co, Resume -nes, Puerto Ayacucho, Venezuel a.
BARR I0S, F.J. e R I VAS, D. - ,ì978a - Reconoci mi ento Geocrónol ogì -co del Terni torio Federal Amazonas, Venezuela. Ministãriode Energi a y Mi nas (Reìatório Interno).
BARRI0S, F.J. e RIVAS, D. - 1978b - Algumas edades K-Ar de rocasdel Terri tori o Federal Ama zonas , Venezueì a. Mi ni stõri o deEnergia y Minas (Relatõr'i o Interno),
BARR I0S, F,J, - 1981 - Geologia de ìa sub-regiõn Atabapo-Guarinuma, ïerritorio Federal Anrazonas, Venezuela. Simposium Amazô
ni co, Puerto Ayacucho, Venezuel a (em prensa ) ,
BARRI0S, F.J.; RIVAS, D.; C0RDANI, U.G. e KAWASHITA, K. -'l 98.| -Geocronologia del Territorio Federal Amazonas, VenezuelaSimposiun Arnazônico, Puerto Ayacucho, Venezuela (em prensa)
BASEI, M.A.S. - 1974 - Estudo geocronológico do nagmatismo ãcidoda Região Meridional da Amazônia. Anais do XXVIII Cong,Bras.Geol. (6): 287- 296, Porto Alegre.
BASEI, M,A.S, e TEIXEIRA, l,,l , - 1975 - Geocronologia do Territó-rio de Roraima. tm: Conferênci a Geoì õ9i ca I n t e r g u ì a n a s , ì 0
a ,
DNPM, 253-273, Bel ém.
BAStI, M.A.S. - 1977 - ldade do vulcanismo ãcido-intermediãrio na
reg i ão Anazôni ca. Dissertação de Mestrado,lnst.Geoc., USp,.l33p. , São Paul o.
'I I6-
CH0UBtRT, B, - 1969 - Les G uy a n o - E b u r n e i d e s de I 'ameri que du Sud
e de l'Afrique 0ccìdentale. Essais de comparaison geoiogi -que. 8., B.R.G.M., Sect. 4, 4, 39-68, Paris.
COMPST0N, l,J, e JEFFERY, P.M.- .l959 - Anomalous Common Strontiumin gran ite. Nature, 184, 1792-1793.
C0MPST0N, lr/. e PIDGE0N, R.T. - 1962 - Rubidjum-Strontium Datingof Shales by the total-rock lviethod. J o u r . G e o p h , R e s , , 67 ,3 49 3
- 3502.
C0RDANI, U.G. - l97B - Comentários fiIosõfjcos sobre evolução geo
lõgica pre- cambrì ana. Publ,Esp.Soc.Bras. Geol., Núcì eo da
Bah i a, Sa I vador.
C0RDANI, U.G.¡ TASSINARI, C.C.c.i TtIXtIRA, l.l.; BASEI, M.A.S. e
KAl,'lASHITA, K. - 1979 - Evolução Tectônica da Amazônia com
base nos dados geocronoì ógì cos. Actas do II Cong.Geol.Chìleñ0, 4, 137- l48. Ari ca, Chile.
C0RDAN I, U.G. - .l980 - Fundamentos de interpretação geocronolõgica. In: Interpretação de dados geocrono lógi cos. XXX I Congr.Bras.Geol., Bol. 6:3-22,
DALL 'AGN0LL, R. e DREHER, A.l'4. - 1975 - Petrografia e amostragemdo Bl oco D-lV, Be lém, Projeto RADAM (Reì atõri o I nterno ).
DALL'AGN0LL, R. e ABREU, A.S. - 1976 - Característìcas Petrogrã-ficas e Petrolõ9icas do Compìe.xo Gui anense na Folha NA,l9Pìco da Neblina. Anais do XXIX Conqr. Bras.Geoì., l, 321 -- 3 50, Bel o Horizonte.
D0UGAN, T. t^/ , - 1976 - 0r'i gìn of trondhjemitic biotite - quartz -
ol igocl ase gneì sses from the Venezuel an Guyana Shield. P re-camb rj a n Res., 3: 317-342.
FAURE, G. - 1977
464 p.Principìes of lsotope Geology. Wìley and Sons,
.ll7-
FERNANDES, P.E.C.A.; PINHEIR0, S.S. da; M0NTALVÃ0' R'M.G.de.; ISS
LER, R.S.; ABREU, A.S. e TASSINARI, C.C'G' - 1977 - Geolo -gi a In: Levantamento de Recursos Naturai s, Proieto RADAMBRA
SIL, D.N.P.M., Foìha SA. l9 ICã, l-4;121 p'' Rio de Janeiro.
GALVIS, V.J.; HUGUETTI, G.A. e RUGE, T'P' - 1979 - Geologia de
la Amazôni a Col ombiana. Bol ' Geol ' I ngeorni nas , Vol .XXlI' l: l-- l 53. Bogotã, col ombi a .
GAUDETTE, H.;0LSZtWSKI, Jr., N.J. e MEND0ZA' V. - 1977 - U-Pb
zi rcon ages of the Minicia and Macabana Gneì sses; Amazonas
Terrì tory, Venezuela. V Cong res o Geolõgico Venezol ano, Vol -
II , 527 - 536 , Caracas .
GAUDETTE, H.; MtND07A, u.; HURLtY, P.M. e FAIRBAIRN' H.l^l .- ì978-Geology and age of the Parguaza rapakivi granìte, Venezuela.
Bul l . Geol , Soc.Amer., 89, 1335-'l340.
GAUDETTE, H.E.and 0LSZEI,iSKI Jr. l^l.J. - 1981 - Geochronology ofthe Basament Rocks, Amazonas Territory, Venezuela'Sìmposium
Amazôn i co . Puerto Ayacucho, Venezuel a (em prensa ).
GHOSH, S.K. - 1977 - Geoìogìa del Grupo Roraima en el TerrìtorioFederal Amazonas de Venezuela. V C o n g r . G e o ì . V e n ' ' Vol.I
' 167
-.l93, Caracas.
GH0SH; S.K. - l98l - Geology of the Roraima Group and its Impli-cations. Sìmposìum Amazônico, Puerto Ayacucho, Venezuela(emprensa ) .
GIBBS, A.K. and 0LSZEtiSKI, Jr. - 1982 - Zircon U-Pb ages of Guya
na Greens to n e -Gneì ss Terra i n. Precambri an Res., l7:1992.l4, Ams te rdam .
GONZALEZ DE JUANA, C.; ITURRALDT' A.J.M. e PICARD' C.X. - l9B0 -Geol og ia de Venezuel a y de sus Cuencas Petro li feras. Vol. I
e II, F0N I NV ES, Caracas.
-tI8-
ISSLER, R.S.; ANDRADE, A.R.F.de; M0NTALVA0, R.M.G. de; GUIMAfi.ÃES,
G.; SiLVA, G.G. da e LIMA, M.I.C.de - 1974 - In:Brasil,DNPM,Projeto RADAM, Folha S422, Belém, Rio'de Janeiro.
JAGER, E. e HUNZIKER, J. - 1979 - Lectures in Isotope GeoìogySprì nger-Verl ag, 329p,
KAI,ASHITA, K. - 1972 - 0 mêtodo Rb/Sr em rochas sedimentares.Apl icação para as bacjas do Paranã e Anazonas. Inst.Geociências,Un i ve rs i dade de São Paul o, lli p. (Tese de Doutoramento).
KAWASHITA, K.; MANT0VANI, M. ¡ THOMAZ, F.A.; T0RQUATO, J.R.; BE-
RENH0LC, M. - 1974 - Método radiométrico Rubídio-Estrõncio:Procedimentos das anãl ises no Centro de Pesquìsas Geocronolõgi cas da Universi dade de São Paul o, I06 p.
KEIGHLEY, J.R. e
el Sur-Esteni co, Puerto
K0RoL, B. - l965Guasipatì-E1
HERRER0, E, - t 98'l - Expl orac i ón Geoconõmica en
del Território Federal Amazonas, Simposium Amazõ
Ayacucho , Venezuel a (em prensa ) .
Estratigrafia de la Serie Pastora en ìa regiõnDorado. Bol.Geol. M.M.H.; 7 (l3): 3-l7,Caracàs.
KR0NER, A. - 1977 - The Precambrian Geotectonic evolution of Africa: p'l ate accreti on. vs. pl ate destructi on, Precambni an Res, ,
4: 163-213, Amsterdam.
KR00NENBERG, B. S. - l9Bl - El borde occi dental del Escudo de Gua-
yana en Colombia. Simposìum Amazônico, Puerto Ayacucho, Vene
zuel a (em prensa ),
LIMA; M.I.C.de;0LIVEIRA, E.P.de e TASSINARI, C.C.G. - 1982 - Cinturões granulíticos da porção setentrional do Cráton Amazõni
co .
MARTIN, B.C. - 1968 - Idades I sotõpi cas de Rocas Venezol anas. Bol
Geol . M,M.H., Vo1 . X, l9: 356-380, Caracas.
- I I 9-
MARTIN, c. - 1972 - Paleotectõnica del Escudo de Guaya'na. IX Conf.
Geol. I nter-Guayanas, BoI ' Geo l ., Publ .esp.6,251-305, Ci udad
Guayana, Venezuel a.
McCANDLESS, G,L, - t968 - R€conocimiento geolõgico de la r-egion
occi dental del Estado Bol ivar, Boì . Soc. Ven - Geol ., 7 ,13 . Cara
cas.
MENDOZA, S.V. - 1972 - Geologìa del ãrea del rio Suapure' partenoroccidental del Es cu do de Guayana, Estado Bol i var ' Venezue
1a, IX Conf.Geol. Inter-Guayanas, Bol.Geol., PubT. esp.6'306- 338, Ci udad Guayana, Venezuel a.
MEND0ZA, S.V. - 1973 - Evoluciõn Tectónica del Escudo de Guayana.
I I Congr. Lati no-Ameri cano Geol . , Publ . esp .7 ' 3: 2238-2270 'Caracas,
MEND0ZA, S.V. - 1974b - Geology of the Suapure river area, Nl'l Gui
ana Shietd, Venezuela. Universidad de New York' Binghamton 'U.S.A., 230 p. (Tésis de Doctorado).
MEND0ZA, S.V; - 1975 - Estudios geoquímicos del no tectonizadoGran i to rapa k i vi de'l Parguaza, noroeste Guaya na Venezol ana.
X Conf.Geol. Inter-Guianas, 628-656, Belém, Brasil.
MEND0ZA, S.V. - 1977 - Petrogénesis de rocas volcãnicas (piroclãsti cas ) precãmbri cas del noroeste del Es cudo de Guayana, Vene
zuel a. V C o n g r , G e o I . V e n . , Vo1.lI, 555- 589 ' Caracas.
|I4ENDOZA, S.V.; MORENO, L.; BARRI0S' F.J.; RIVAS' D.; MARTINEZ'J.;
LIRA, P.; SARDI, G. e GH0SH, S.K. - 1977 - Geologia de Ia
parte nor"te del Terri tori o Federal Amazonas, Venezuel a ( In-forme de. Progreso). V Cong. Geol . Ven., Vol.I' 363-404. Cara
cas.
MtNENDEZ, V. de V.A. - l 968 - Rev is i õn de la estratigrafia de 1a
Provi nci a de Pas tora segÛn el estudio de 1a reg i 6n de Guasi-
pati, Guayana Venezol ana
racas.
- 120-
Bol .Geol .M.M.H., 9(.l0): 309-338.Ca
M0NTALVÃ0, R.M. G.de; MUNIZ, ¡4.deM. ; ISSLER, R.S. ; DALL TAGN0L,R; LIMA, M.I.C.de¡ FERNANDTS, P.E.C.A.; SILVA, c.G. - .l975 - ceo-ìogia In: Levantamento de Recursos Naturaì s, Proj eto RADAM -BRASIL, DNPM, Folha NA-.20 Boa Vista e parte das Folhas NA-21
Tumucumaque e NB-20 Roraima, g, 428 p., Rio de Janeiro.
M0NTALVÃ0, R.M,G.de - 1975 - Grupo Uatumã no Crãton Guianés.Anaisda X Conf.Geol. Interguianas, 286-339, Belém, Brasìì.
M0NTALVÃ0, R.M.c.de e BEZtRRA, P.E.L. - 1980 - Geotogia e Tectô-nica da Plataforma (Crãton) Amazônìca (Parte da Amazônia Le-gal Brasiìeira), Rev.Bras.Geoc., l0 (1)z 1-27, São Paulo.
M0NTG0MERY, C.l.l, - 1979 - Uranium-Lead geochronoìogy of theArchaean Imataca Series, Venezuelan Guyana Shìeld.Contr. Mi-neral . Petrcl . , 69, 167-176 ,
M0REN0, L.A. e MEND0ZA, S.V. - 1975b - Petroquínrica de rocasgranÍti ca's deì Al to Supamo, Guayana Venezol ana. X Conf , Geol .
i nterguayanas, 430-452, Bel ém, Brasi l.
M0RtN0, L,A.; LIRA, P. e. RYSZARD,
Paragua. Simposìum Amazônics,prensa).
T. - 1981 - Geologia del AltoPuerto Ayacucho, Venezueì a, (em
M00RBATH, S. - 1975b - Geo logi cal Interpretati on of whol e- rockisochron dates from high grade gneiss terranes. Nature, 255::391.
NIC0LAYSEN, 1.0. - I961 - Graphi c i nterpretati on of di scordantge measuraments of metamorphì c rocks. Ann. New York Acad,Sci9l , t 98-206.
0LSZt}.lSKI Jr. I^J.J.; GAUDETTE, H.E. e MtND0ZA, S.V. - 1977- Rb-Sr
_ì2t_
Geochronoìogy of the basament rocks, A¡nazonas Territory.,Ve-nezul ea: A progress report. V Cong. Geol . Ven., Vol.II, 5.l9-526, Caracas.
PERARNAU, A. e GRATER0L, V. - l98t - Red Gravimétrica Amazonas,Venezuela. Sjmposium Amazônico. Puerto Ayacucho, Venezuela(em prensa).
PINHEIR0, S.da S.; FERNANDES, P.E.C.A.; PEREIRA, E.R.; VASC0NCE-
L0S, E.G.; PINT0, A.do C.; MONTALVÃ0, R.M.G.de; ISSLER, R.
S.; DALL'AGNOLL, R.; TtIXEIRA, l,J. e FERNANDTS, C.A.C.-1976-Geol ogì a. In: Leva ntamento de Recursos Naturais, !!, Proj etoRADAMBRAS I L, DNPM, Fol ha NA- l9 - Pi co da Nebl i na. Ri o de
Janeiro.
PRIEM, H.N.A.; B0ELRIJK, N.A.l.M.; BOORDER, H.de; HEBEDA, E.H.,HUGUtTTI, E.A.; VERDUMEN, R.H. e VERSCHURE, R.H. - l97BI sotop ic dati ng in the Comp l ej o Mi gmatÍti co de Mitú.InterimReport, PR0RADAM/Z!{0 Laboratorium voor Isotopen geologie,5 p, Colombia.
RtID, A.R. - 1972 - Stratígraphy of the type area of the RoraimaGroup, Venezuela,lX Conf. Geol .Inter. Gui anas , Bol . Geo.l M.
M.H,, Publ. Es p. 6: 343-353. Ci udad Guayana, Venezuela.
RIVAS, D.J.- l98l - Geologia de la Sub-regìon San Fernando d'e A-
tabapo. Simposìum Amazônico, Puerto Ayacucho, Venezueld (em
prensa ).
SANT0S, S.J.; PESS0A, M.R. e RtIS, N.J.- l98ì - Associações Mã-
f i c a s - U I t r a m ã f i c a s Magnesianas na Pl ataforrna Amazônì ca. Sim
posium Amazõnico, Resumenes, Puerto Ayacucho, Venezueìa.
SANT0 S, S.J. - I 981 - Cl ass i fi cação Quími ca dos Vuì cani tos Uautu
mã. Simposjum Amazônico, Resumenes,Puerto Ayacucho, Venezue
Ia.
SANTOS, S.J. - 1982 - PrinciPaísti grafia e a Geocronol ogi a
Federal de Roraima.Anai s do
nia, 185-200, Belém, Brasil
-122-
incompatibil idade entre a Estrado Pre- Cambri ano do Terri tõri o
I Simpõsio de Geologia da Amazõ
SELLIER DE CIVRIEUX, J.M. - 1966 - Secuencias estratigrãficas P9
co conocidas de la Guayana. Geomjnas, Universidad de 0rien-t€, Bol.4, 7-'l 8, Ciudad Bol'ivar, Venezuela.
S0ARES, M.A. - .l982 - Anãlisis petrogrãfico de rochas del Terri-.Inv.Geoan.Tec., M.E.tõrio Federal Amazonas, Venezuela. Dir
M. , Caracas (rel atõri o 'i nterno ) .
STEIGtR, R.H. e JAEGER, E. - 1978 - Subcom'i ssion on Geochronolo-
gy: Conventi on on the use of Decay Cons tants i n Geochronol o
gy and Cosmochronol ogy.Contri butions to the Geol ogi c. Time
Scale; Studies in Geo'logy 6, 67-72, M'i ch'i gan, USA.
SUSZCZINSKI, E. - 1970 - La geologie et la tectonique de la Pla-taforme Amazoni ense. Geol . Rundsch. , 5_9 ( 3 ) : 1232-l 253.
.c. y c0LVtE, G.P. - .l975aA1 gunos as pectos geo'l
I a Provi nci a Estructural de Cuchi vero, Escudo de
Resumen, X Conf .Geol.Inter-Guayanas, Be'lém, Brasil
TALUKDAR, S
cos de
yana,
oglGua
TALUKDAR, S.C. y C0LVÉt, G. P. - I
petrol ógi co de I as rocas volTerri tori o Federal Amazonas,
Vol.II: 591-610, Caracas.
977 - Implicaciones del estud.'io
cãnì cas del Val I e del Paruc'i to,Venezuel a. V . Cong. Geol . Venez. ,
TALUKDAR, S. C. ; SZCZERBAN,
de las rocas metabãsiri o Federal Amazonas .
racas.
S. y C0LVEE, G.P.
cas de San Juan de
V.Cong.Geol.Ven.,
- 1977 - Petro'l ogi a
Manap'iare, Terri to-Vol .II: 537-553, Ca
TASSINARI, C.C.G.; TEIXtIRA, l'J.
ções crono-estrati grãfi cas
e SIGA JR.,0.da regi ão das
- l97B - ConsideraChapadas do Cachi m
bo e DardanelosRecife, Brasì.l.
TASSINARI, C.I .G. - l98l- Juruena na
I ns t. Geoc. ,
Ana'i s do XXX Cong . Bras . Geol , f ,
-1 23-
477-490,
tvolução Geotectônìca da Provinc'iaRio Negro
Mestrado,região Amazônica. DissertaçãoUniv.São Paulo, 99 p.
de
TEIXTIRA, l'^/. - I97Brogôn'i co Bãs'i co
ção de Mes trado,
Sìgnifjcação Tectônje Alcalìno na regìãoInst.Geoc., Un'i v.São
ca do Magmati smo Ano-
Amazônica. DissertaPaulo, 100 p.
TEPEDiNO, V.M. - I
Caura, Estadociro, Venezuel
98l - Geoìogìa de
Bolivar. Sìmpõsiuma (em prensa).
la Reg'iõn del Medio e Al toAmazónico, Puerto Ayacu-
TI LT0N, G. R. - I 960 - Vol ume
cordante lead ages. J.a mechanism for dis-
, 65, 2933-2945.diffus'i on as
Geophys. Res.
T0RQUAT0, J. R
rel ações
ramento,
- 1974 - Geoìogia do
com a evo 1 ução tectôniI ns t. Geoc . , USP , 243p .
Sudes te de Moçamedes e s uas
ca de Angol a. Tese de Douto-São Paulo.
URBANI, F.P. - 1977
ra'ima, Es tado Bol
Cong.Geol. Ven.,
I,letamorf i smo de I as rocas'ìvar e Territorio FederalVol .ll : 6?3-642, Caracas.
del Grupo Ro-
Amazonas. V
WTTHERILL, G.l^J. - I956A
Witwatersrand aqe
An jnteìpretatìon of the Rhodesia and
terns . Geoch .Cosmochim.Acta,9,290-292.pa
t^.lETHERILL, G.W. - I956b - DJ
Amer. Geophys . Un'ion , 37 ,
cordant uran i um- I ead ages
320- 326 .
Trans
Y0RK, D. - 1966
Correl ated- Least squareerrors, tarth
f i t,t'i ng
Plan.Sc'iof straìgh l'i ne withLett., 5, 3?0-324.
YORK, D. E
noìogyFARQUHAR.
. Perganìon
R.M.
Fress,97?'l ?otto p
The tarthrs age and Geochro-