VENEZUELA DA AZöNICA AM DA GEOCRONOLOGTCA …...CAPITULO l. 2, V - GEOCRONOLOGIA Sistemãtica Rb-Sr...

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS CARACTERTZAçAO GEOCRONOLOGTCA DA REGIAO AM AZöNICA DA VENEZUELA Fernando José Barrios Orientador: Prof. Dr. Umberto Giuseppe Cordani D]SSERTAÇAO DE MESTRADO Área de Concentração: Geologia Geral e de Aplicação São Paulo 1983

Transcript of VENEZUELA DA AZöNICA AM DA GEOCRONOLOGTCA …...CAPITULO l. 2, V - GEOCRONOLOGIA Sistemãtica Rb-Sr...

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULOINSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS

CARACTERTZAçAO GEOCRONOLOGTCA DAREGIAO AM AZöNICA DA VENEZUELA

Fernando José Barrios

Orientador: Prof. Dr. Umberto Giuseppe Cordani

D]SSERTAÇAO DE MESTRADO

Área de Concentração: Geologia Geral e de Aplicação

São Paulo

1983

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS

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CARACTERTZAçÃO GEOCRONOLóGICA DAREGIÃO AM AZONICA DA VENEZUELA

/'Fernando José Barrios

Orientador: Prof. Dr. Umberto Giuseppe Cordani

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

COMISSAO

nome

EXAMINADORA

ass.

UUPresidente:

Examinadores:

Dr. Umberto G. Cor<1ani

Dr- Be-n ja¡nir+ -B-trcy-€e--&-Ne

Dr. .Iorge S. Rettenc-our

São Paulo

1983

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RE S UMO

CAPlTULO I

CAPfTULO I i

- r NTR0DUç40

- METODOS EXPERIMENTAIS

Potãss i o-Argôni o

Rubidio-EstrôncioUrânio-Chumbo

I

6

6

8

12

l9

26

26

oA-29

zação

I . Método2. Mãtodo

3. M-etodo

CAPITULO I I I - GTOLOGIA REGIONAL DO CRATON AMAZONICO

I . Caracteri zação Geotectôni ca do Crãton Amazôni co

?. Províncí as geocrono'lõgi cas do tmbasamento do

Crã ton Ama zôn i co .

l5

l5

CAPfTULO IV. DOMTNIOS PETROTTCTONICOS DO TERRITOR

DERAL AMAZONAS DA VENEZUELA E ÃREAS

VIZINHAS.

'l . Consi derações sobre a s i s temãt'ica propos taMendoza et.al. (1977).

2. Domini o Petrotectôni co Ventuari no Terri tõrimazonas de Venezuel a: Caracteri zaçã0.

3. Dominio Petrotectõnico Cas'iquiare: Caracteri

4.

5.

6.

7.

8.

IO

CI

FE-

RCUN

por

Sucinta. 34

Dominio Petrotectõn'ico Si apa no Terri t6ri o Amazo-

nas de Venezue I a : Ca ra cteri zação Res umi da . 36

Geo'l ogia da Regìão Sudoeste do Estado Bol ivar Ve-nezuel a. 37

Geologia Regional da área noroeste do TerritõrioFederal de Rora'ima, no Brasì I . 38

Geol ogia da Parte Setentri onal do Estado de Amazo

nas do Brasil. 39

Geologìa da Parte 0riental da Amazônia Colombiana. 40

CAPITULO

l.

2,

V - GEOCRONOLOGIA

Sistemãtica Rb-Sr em rocha total e U-pb em ziriõespara os gnaisses do 0ri noco-parú-Ventuari (DomînioPetrotectôni co Ventuari ).Sistemãtica Rb-Sr em rocha total para as rochaspìutônicas do 0ri noco-Ventuarì -parú (Domîn.io Ventuari )

3, Sistemãticá Rb,Sr em rocha total pôra as rochasgnãissicas e vul cano-pl utônicas do al to 0rì noco ( Do

niin i o Ventuari ),4. Sistenãtica Rb-Sr em rocha total e U-pb em zircões,

para os granitos anorogênicos do DomÍnjo Ventua.ri.5, Sistemãtica Rb-Sr em rocha total para as rochas

granitìco-gnãissicas da bacia do rio Atabapo (Dominio Petrotectônico Cas.iquiare).

6, Sistemãtica Rb-Sr em rocha total para rochas granitìco-gnã i ssi cas da baci a do Cas i qui are-Ri o Negro -('Dorní n i o Casiquiáre).

7. Sistemãtica Rb-Sr em rocha total para às rochàsgranÍtico-gnãissicas do rio Siapa (Domínio petro -tectõni co Siapa ).

8. Sistemãtica Rb-Sr em rocha totaì para as rochasg ra n í t i c o - g n ã i s s i c a s do alto rio Caura (Estado Bo-I i var, Venezuel a ).

9, Sistemãrica Rb-Sr em rocha total para rochas dosetor setentrì ona I do Es tado do Amazonas, Bras i l.

10. Sistemãtica Rb-Sr em rocha total para as rochas dosetor noroeste do Terri tõri o Federa I de RoraimaBras i I .

i l. Sistemãtica Rb-Sr em rochasetor o ri enta I da Amazônia

l2.,Sistenãtica K-Ar.

l2.l, Sistemãtica K-Ar pa ra

tota'l , para amostras do

Colombiana.

as rochas regiona.is.

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9t

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l2,l,a. Idadas maiores que 1700 n,a. g7

.l2.1 . b. Idades compreendi das entre I400 e

.|600 m.a. 99

l2.l.c, Idades compreendi das entre I 200 e'I 400 m.a. l0O

l2.l,d. Idades menores que ì200 m.a. l0l'I 2,2. Idades K-Ar em rochas vul câni cas anorogê-

nicas (extrusi vas ãc i das; d i ques bãsicose maci ços al cal i nos ) . l0l

CAPITULO VI - EVOLUçÃO GEOTECTONICA REGIONAL I03'I . tvolução crustal da região local izada ao nordes-

te do Rio 0rinoco. .l03

2. Evolução crusta'l da região local izada ao sudoes:te do Ri o Ori noco. ì 05

3. Eventos de vulcano-plutonismo anorogênico. 106

4. Reati vações tec tôn.i ca s com i n trusões de diquesde diabãsio e maciços alcalinos, .l

0g

AGRADEC IMENTOS

BIBLIOGRAFIA

112

'l l4

FIGURAS

FIcURA I - Mapa de localização da ãrea ern estudo.

F I GURA 2 - Ma pa de local I zação das anos tras datadas

FIGURA 3 - Unidades Geotectônicas maiores da América do Sul. l6

FIGURA 4 - Provincias Geocronol6gfcas-Estruturais da região. Anrazôn i ca .

FIGURA 5 - ProvÍncias Petrotectônicas do Territõrio Amazo-nas, Venezuel a,

FIGURA 6 - DomÍnios Petrotectônicos do Territõrio Amazonas,'l/enezuela.

FIGURA 7 - Isõcrona Rb-Sr de referência dos gnaisses do 0ri l

noco-Ventuari -parú , 45 I

FIGURA 8 - Diagrama Concõrdia dos gnaisses de Macabana. 47

FIGURA 9 - Diagrama Conc6rdia dos gnaisses de Minicia. 47

FIGURA ì0 - Diagrama isocrônico Rb/Sr de referência das ro-chas pìutônicas do 0ri n o c o - V e n t u a r.i - p a r ú .

FIGURA 1l - Diagrama isocrônico de gnaisses e vulcano-plutô-nicas do Al to 0ri noco.

FI6URA l2 - Dìagrama isocrônico Rb/S r de referênci a pa ra o

Gran i to do Parguaza.

FIcURA l3 - Diagrama Concórdia para o Granito do parguaza. 62

FIGURA l4 - Diagrama isocrônico Rb/Sr de referêncìa dos graÍnitos anorogên.icos do Domínio V e n t u a r i , V e n e z u e 1 a, 63

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al

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60

FIGURA l5 - D i a grama Rb/Sr i socrôni co de referênci a das ro-chas granítì co-gnãi ss í cas regionaìs do rio Ata-bapo,

FIGURA ]6 -

FIGURA I7 -

FIGURA ]8 -

FIGURA 'I 9 -

FGIURA 2O -

FIGURA 2'I -

FIGURA 22 -

FIGURA 23 -

FIGURA 24 -

FTGURA 25 -

I sõcrona Rb/ Sr dos gran i tõì des tona'l íti cosrio Atabapo.

I s õ crona do Grani to do Ataba po.

D i agrama i socrôni co de referênc i a das rochasgraniti co-gnãi ssi cas da Baci a Casi quiare-Rio Ne

I ro '

I sõcrona do Grani to de São Carl os,

Isõcrona de referõnci a das rochas gÈanîti co-gnãissicas regionais do Domînio Sìapa,Venezuela.

I sõcrona de re ferênc i a dos gnaisses do Al ta Cau

ra, Es ta do Bol ivar.

Isócrona de referônci a das rochas vulcano-p lutôni cas do aito Caura, Es tado Boljvar.

Diagrama isocrõnico das rochas granit.ico-gnãis-si cas regionais do norte do t s tado do Amazonas,Bras'i I .

Di agrama i socrôni co Rb/Sr para os bioti ta granitõ î des a ti tani ta do aì to Rio Negro.

Dìagrama jsocrõnico Rb/Sr de referência paraos granitõides a duas mi cas do norte do Estadodo Anazonas, Brasil.

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do

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83

Diagrama j socrôni co

des a duas mi cas do

nas,Brasìi.

de referênc i a dos grani tõi-norte do Estado do Amazo-

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FIGURA 26

B6

FIGURA 27 -

FIGURA 28 -

FIGURA 29 -

FTGURA 30 -

FIGURA 3I -

FIGURA 32 -

Diagrama isocrônico Rb/Sr para o vuìcanismo ãcido a intermediãrio da região Alto Rio Negro.

Diagrama isocrônico Rb/Sr de referência para osgran i tos anorogêni cos de Surucucu.

Mapa de localização das Idades K/Ar das rochasregiona'is.

Mapa de loca l i zação das rochas vu l cân.i cas anorogênîcas

Histograma de freqtlência de idades K/Ar das rochas regionais. 9g

Provínci as Geocrono-estruturai s da ãrea estudadr. 104

87

90

95

96

TABELAS

TABELA I - Dados analiticos Rb/ Sr dos gnai sses do 0ri noco--Ventuari -Parú.

TABELA I I - Dados anal íti cos U/Pb dos gnai sses do 0ri noco--Ventuari - Pa rú.

TABELA III - Dados analiticos Rb/Sr das rochas ptutônicasdo 0ri noco-Ventuari - pa rú.

ïABELA I1/ - Dados anal íti cos Rb/Sr dos gnai sses e rochasvul cano-pl utôni cas do alto 0rinoco,

TABELA V - Dados anaìiticos Rb/Sr referentes aos granitosa.norogêni cos do Domíni o Ventuari .

TABELA VI - Dados analiticos U/pb em zircões do Granito doParguaza,

TABELA VI I- Dados analÍticos Rb/Sr referentes as rochas graníti co-gnãi ssicas do rio Atabapo.

TABELA VIII- Dados analiticos Rb/Sr das rochas granítico -gnãissicas da bacia do Casiquiare-Rio Negro. 71

TABËLA IX'Dados analíticos Rb/Sr das rochas granítico -gnãìssìcas do Siapa.

TABELA X - Dados ana'l íticos Rb/Sr das rochas granítlco -gnãisslcas do Caura ( Estado Bol i var).

TABELA XI - Dados ana I íti cos Rb/Sr das rochas do norte doEs tado de Amazonas, Brasì l.

TABELA XI I - Dados anal îti cos Rb/Sr das rochas do setor no

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8t

roes te do Territõr'io Federal de Roraima,Bra+si I .

TABELA XIII - Dados anaìíticos K/Ar para as rochas regio -nais.

TABELA XIV - Idades K,/Ar das rochas vulcânicas anorogêni-cas.

TABELA XV - Quadro Comparativo de amostras com idadesRb/Sr e K,/Ar.

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9?

93

94

-l-CAPTTULO

I NTRODUÇAO

Nos últimos qujnze anos os conhec.imentos geolõgi-cos da neg'ião amazôni ca evol u j ram mui to, ao ponto tal que na a-tualidade iá existem cartas geo'l óq'i cas ao milionésjmo da maiorparte das porções brasileira e colombiana, êrguanto que na Vene-zuel a foram compl etados I evantamentos geol õgi cos em escal a I :

500. 000.

No Brasjl as pesquisas qeolõgicas foram coordena-das pelo Departamento Nacjonal da Produção Mineral do 14inistériodas l'1i nas e Energi a, atr"avés da execução do projeto RADAMBRASIL,enquanto que na Col ômbia foram efetuadas pelo PR0RADAM E INGE0MINAS. Na Venezuel a essas pesqu'i sas foram real'i zadas pel a Comissãopara o Desenvclvimento do sul (c0DtsuR) e pe'la D.iv.isão de Explo-rações Geológicas do Ministério das M'inas e Energia (MtM). Essaúlt'ima entìdade, levando em consideração a importâncja da qeo.cronoìog'ia na interpretação geológica de ãreas precambrianas, realizou' entre 1976 e 1978, programas de reconhecjmento geocronolõgjco de quase todo o Territõrio Federal Amazonas da Venezuela.Taisi nvesti gações foram efetuadas em cooperação com o Centro de pes-quisas Geocronoìõgìcas (CPGeo) da Universidade de São paulo (USp),Brasil,e com o Instituto Tecnolõgìco de Massachusctts (fllI) dosEstados Unidos da Am6r.ica (USA).

0 objetivo fundamental deste estudo concentra- sena caracterização geocrono'lõgìca do Terrjtório Federal Amazonasda Venezuela e das ãreas circunvizjnhas (Brasì'l e Colômb.ia). Conta-se para isto com mais de trezentas datações geocronológicas ,obtidas por diferentes mãtodos, em rochas dessa regìão. I'lestetrabalho serã fejta uma jnterpretação e/ou re.i nterpretação dasanãl ises isotõpìcas existentes em função dos eventos geolõgicose unjdades geotectônjcas majores que forarn reconiiecidos na re-

91aO AmaZOnlca.

-2-

A i ntegnaÇão dos dados geocronoìógicos servirápara defìnir as principaìs províncias petrotectônicas e/ou geo-crono-estrutura i s e, pos teri ormente serã el aborado o model o

geoì6gico que melhor se ajuste ao contexto gìoba'l do Crãton Ama

zônico. A razão principal pela qua'l foi escolhida a ãrea acimareferida reside no fato de existirem dados de campo que'i ndicama possível presença nessa região do I imi te entre duas provín-c jas geotectôn'i cas maiores.

A região motìvo deste estudo, do ponto de v'i stageolõg'ico! constituì parte integrante da Plataforma Brasilei-ra (Aìmeida,ì967), s'i tuando-se na porção setentrional do crãtonAmazônico (Almeida et â1, 1976). A ãrea em discussão posiciona--se entre os paralelos 0lQ de lati'Lude sul e 069 de lati tudenorte,e entre os merjdianos 639 e 7lg de'l ongjtude oeste. Na venezuel a ocupa tudo o Terri tõri o Federal do Amazonas e parte doEstado Bol i var; no Bras i I compreende partes do Terrj tõrj o Fede-ral de Rorajma e do Estado do Amazonas enquanto que na Colômbjaabrange quase toda a região amazônica (figura I ).

0s rios pr"i nc'i pai s que drenam a ãrea em estudosão o 0rinoco, Ventuarì, Casiquiare, Sìapa, Negro, Cauna e Parggua no terri tõri o venezuel ano; o setor bras i I e'i ro õ banhado pe-ìos rios Uaupõs, Içana, Negro, Catrimani, Mucajaí, Uraricoera ,

Parima, Traíra, T'iquìé e Içá enquanto que a ãrea colombiana é a

fetada pe'l os cursos dos nios Vaupés,Guainia, Guaviare, Vichada,Inirida, Apaporís, Cuduyari e Piraparanã.

A porção oci denta I da ãrea ê caracteri zada pel o

seu relevo quase totalmente arrasado, âpârecendo as vezes al-guns remanescentes i sol ados de rochas metassedimentares e graniticas;o setor orjental,peìo contrãrì0, é mu'i to acidentado,ocorrendo al gumas el evações super j ores a 2000 metros. A ma'ior parte da

região em estudo ã ¿ensamente sel vãti ca e aì agadì ça, fatores es

ses que combi nados à forte a ì teração meteõri ca, provocam mascaramento das relações de campo; por tal razão, quando elas existem,não são contínuas , sendo que geralmente desaparecem entre afl o-

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SURINAME

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Fig. I MAPA DE LOCALIZAÇAO DA ÁNTA EM ESÏUDO.

-4-

ramentos,

Forar¡ uti I i zadas na ì nterpretação geol õgica da reg1ão 277 determinações geocronolõgicas efetuadas pelo rnétodo Rb/Sr,76 pelo método K/Ar e l6 pelo método u/Pb. 0s dados analiti-cos relativos a estas datações aparecem distribuídos em vãriastabel as, enqua nto que a ì oca li zação geogrãfi ca das amos tra s ana-lisadas pode ser vista na fjgura 2 Verifjca-se que as amo:tras datadas foram col etadas ao I ongo dos ri os que drenam a ãreae nos s eus tri butãri os, nas plincìpais estradas que exi stem na

regìão e com a ajuda de helicõpteros em ãreas de acesso difTcil.

0 au tor des te traba I ho i ntegrou a equ ì pe de geõ1ogos do Ministérìo das l.1i nas e Energia da Venezueìa que realizouas pesquisas geolõgìcas do Territõrio Amazonas; como tal tevea possibil idade de partìcìpar, di reta ou i ndi retamente, na ma.io-rja dos estudos geolõgjcos efetuados nessa região. A1ém disso,partjcipou das comissões que fizeram os estudos de reconhecimen-to geocronológico, e trabal hou na preparação e anãl i se da mai o -ria das amostras datadas.

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lho foram obtidasU/Pb em amostras

-6-

CAPfTULO I I

}lETODOS EXPERI¡.IENTAIS

anãì j ses isotõpicas apresentadas nes te trabapeìos métodos geocronoìõgicos Rb/Sr, K/Ar ;

de rocha total e em mi nera i s separados,

0s resultados K/Ar, assim como grande.parte dasanãlises Rb/Sr foram efetuados nos laboratõrios do CpGeo da USp(Baseì e Teixeira, ì975; Baseì,1977; Teixeira, ì978; Tassinariet.al. , 1978; Barrios e Rivas, 1979 a e b; Cordani et.al, ,1g79 ;Tassinari, l98l). As determinações U/p,b e grande número de anãlises Rb/Sr foram feitas nos laboratõrios do MII (0ìszewski Jr.et.al., I 977; Ga ud et te et.aì., 1927; Gaudette et.al., .l978;Gaudette

e 0lszewski Jr. ' r9Bl ) enquanto que uma quantidade reratìvamen-te pequena de datações Rb/sr e K/Ar foram obtidas no zt,f0 de Ams-terdam, Holanda (prìern et.al. , 1979). Nos ítens que se seguem serão abordados aì guns aspectos i nterpretati vos rer ati vos a os. métodos K/Ar, Rb/Sr e U/pb, dando-se ênfase aos aspectos operdcìo_nais do I aboratõri o de São paulo, em rel ação aos m6todos K/Ar eRb/sr' onde a maioria das determinações foi real izada pessoalmente pelo autor des te estudo.

Método Potãss io-Argôn.io

0 m6todo de da tações K/ Ar fundamenta - s e no esque_ma de deca i men to do i sõtopo radioativo K40 ao ì sõtopo rad.i ogên i -co 4r40. Pa râ datar sistemas naturai s (minerais e rochas ) perom6todo ci tado é preci so que: a ) o materiar datado contenha potãssio em q uan ti dad es nensurãve.i s com preci são; b) o argônio radio_gênico retido no sistema seja factiver de medição quantitativaprecisa; c) a quantidade de argôn.io primário no sistema seja mi_nima ou nula e d) o esquema de decairnento K40 - Ar40 permðneÇa

-7-

sem modificações, isto é, não experimente ganhos e/ou perdas de Are K em época pos teri or ao evento a ser datado,

As condições a,b e c na mai ori a dos casos não apresentam problemas jã que existem minerais potãssicos (micas,feìds-patos, anfi bõt i os ) que retôn nos seus retícul os mui to pouco ouquase nada de argônio primãrio, armazenando, pelo contrário,quan-tidades de argônio radiogênico medíveis com precisão; al6m digsona atual idade existem técn i cas de medi ção (diluição isotõpica,porexempìo) que permitem detectar quantitativanente grande número de

elemenùos quÍmicos ao nível de partes por bilhão (ppb),

As pri nci oai s dificuldades referem-se à condiçãode sistema fechado do sistema químico K/Ar: o argônio é um gãs i-nerte que pode dìfundir-se atravês dos sõt idos; esse processo 6

facilitado pela temperatura a quaì é submetido o sistema no an-biente geoìõgico no qual resjde; a experiência geocronolõgica tempermitido a inferência de um intervalo de temperaturas relativamente pequeno, característico para cada mineraì, através do quaìpassa-se da perda cornpl eta do argônio radiogênico para a retençãotota I ; foi denomi nada temperatura de bìoqueio, sendo que el¡ muda

de um mi nera I para outro, al cançando val ores nrais altos naquel es

mais retenti vos; a temperatura de fecho dos anfiból i os e de al-guns plagiocìãsios, por exemplo, é maior que a temperatura do fe-cho das mi ca s.

Em conc ì usão pode-se dizer que, do ponto de vistafÍsico,as i dades K/Ar representam a 6poca na qual começou a retenção quantitativa do argônio radiogênico; por tanto, as mesmas de-vem ser consideradas como idades minimas ou de resfriamento, Essefator, l onge de limi tar ao método, permite pelo contrãrio queeTe sejô uti l i zado nurna grande vari edade de s i tuações geol õgicas;uma amos tra gem adequada, por exempl o, pode perni ti r o esboço da

histõria termal de rochas metamõrficas e pìutônicas de res.friamento I ento. De outra p a rte, a homogenei dade regional das i d ades ob-tidas em biotitas extraídas de amostras de ãreas cratônicas e orogênicas pode ser utiIizada pa ra del imi tar provinci as estrut,urais

-B-

e/ ou geocronol õgi cas.

As determinações geocronol6qicas K/Ar efetuadas noCPGeo e no ZlJ0 aparecem nas tabelas respectivas deste texto. Detalhes das tõcnicas empregadas em São paulo acham-se descritas emAmaral et.aì. (1966) e Kawashita et.al(1974); as técni cas uti ì i za-das no Zt^10 de Holanda são descritas por priem et.al.(l978).

Em São Paulo, no CpGeo, as anãl ises espetnométricas, forarn feitas em aparelho Nuclide,tipo Reynolds,de fonte gasosa, cuJas características são descritas por Kawashita et, al . (op,cit. ). 0s resultados obtidos foram tratados analiticamente num

computador Burroughs 6500 do Centro de Computação Eliet.rôni ca(CCE)da USP, utilizando-se o programa DARc0N estabelecido por K.awashi ta(19.72). Neste laboratõrio, as determinações K,/Ar estão sujeitas aum erro e.xpertnentaì de aproximadamente 3%, valor este gue podecheEar atã a ì01 quando a concentração de potãssio 6 muito peque-na, ou a contaminação com argônio atmosf6rico 6 elevada.

As constantes utilizadas nos cãlcuios a'na j;í,ticoSforam as recomendadas por Steiger e ,låeger (1978), achando-se re-lacionadas a.ba i xo :

lB = 0"496 x t 0-9 u,',o,- l

Àtot = 0.58.l x l0-10 anos-l

%atm. de K4o er Ktot ' - o. l ì 67

Ar4o/Ar36 = 29s.s

K39 = 93.258%

2. M6todo Rubídio-Estrôncìo

0 método de datações Rb/Sr baseja-se no decaimento

-9-

radi oati vo do ì sõtoÞo Rb87 ao i sõtopo rad.i ogên i co sr87. consti tui --se num dos mêtodos geocronométr.icos de naior sucesso jã que podeser uti I i zado com rel ati vo êxi to na datação de rochas ígneas, sedimentares e metamõrficas. Além disso, a ubìquÍdade do rubÍdio per_mi te que pos sa ser apr ì cado em grande vari edade de materi ai s (mi -nerais e amostras de rocha total ).

As i dades Rb/Sr obti das em minerais mi cãceos sãomínimas, ou de resfrtamento, e para todos os efeìtos podem sercons i deradas equivalentes ãs i da des K/Ar. Tal qu es tão deve- s e fu n-damenta I mente ao fato do estrôncio poder es ca pa r- s e, com rerativafacilidade" dos retícu l os mi nerai s das mi cas, que não 'r he são fa-vorãvei s .

As idades obtì das em amostras puì veri zadas de ro_cha tota I , que geraìmente são ma i ores que as obti das em mi nera i s,quase sempre representan a época de formação da rocha datada.Istoé devidÒ ao fato de o es trôn ci o radiogênico sai r de uns rhi nera i se entrar em outros, r e d i s t r i b u i n d o - s e ao nível de rocha totål . Assim, a escoiha do tamanho adequado da anostra a ser datada 6 pre-missa fundamental para garantir a condição de fechamento do s.istema químìco Rb/Sr. Alguns autores (Moorbath,lgTS; Cordani, l9g0tcons i d eram que amostras de mão , cuj o tamanho seja dez vezes maiorao ¡naior mineral visível, são suficientes para garantir tal pne-mi s s a .

0s dados anãl íti cos obtidos em rocha total ,de vã_rias amostras cogenõticas, possibiritan a determinação da épocareal de formação da unidade ritoìõ9ica através do uso de dìagra-mas isocrônicos. Tar rnétodo foi iniciarmente propos to por compston e Jeffery (1959) e posteriormente modificado por Nicoìaysen(.l961). Basela-se numa solução maternãtica da equação que permìtedèterminar a quantidade deestrôncio radiogênìco acumurado em sistemasnaturais que contêm rubídio, a saber:

(sr87,/sr86)m = (srB7/rrB6)i + Rb87/sr86("Àt - l)

- l0-

:::åri:";;1r.86)rn mede-se direramenre no mareria.t a ser datado;,1" ,sr--)io9 u ¡2rOorição isotõpica inicial do estrôncio nos 1s tena; 'Rb", /Sr"" 6 medido ou calculado a partir dos teoresde rrubÍdio e es trôn ci o do nateri at; À ê a constante de desi nte _gração do Rb87 è u t u representa u ,Ouou do material,

A equação anterior, na forma que está escrita, êdo tipoY =b+a x, onde y = (sr87/s"t6)r, b = (sr87/sr86)i a==1slt : l) e x = p68775.e0. Quan¿o or'r0., ores medidos em amos_tras de rocha total são plotados num sistéma de coordenadas re_Ùanguì ares, ob tem- s e uma I inha reta, denomi nada ,,isócrona,,

( Com_pston e Pidgeon, 1962 ) . 0 coeflclente angular dessa reta é pro-porc ì ona ì à idade do sistema, enquanto que o intercepto com oei xo das ordenadas produz a reì ação inicial do estrôncio. Ca beassinalar que a dita sorução õ vãrida somente quando as amostrasde rocha pertencem segúramente ã nesma unidade ritol6gica e fo-ran formadas durante o nesmo processo petrogenético; s6 neste caso deVem ter i dade e razão inicial do estrôncio i dênti cas,

0 valor da razão inicial do estrôncio do sistemadatado 6 um parâmetro petrogenõtico muito importante,que funciona como indìcador do tipo de materiar do quaì foi derivado taisistema; por" exempl o, pode-se i nf eri ra parti r de tal reì ação seuma rocha magmãtica foi originada a pantir de processos de dife-rencìação de material do manto, ou então se formou a part.ir derochas com longa vivência:crustal.

0s dados ana I iti cos das determi nações Rb/Sr quese a p res en tam nes te es tudo aparecem nas vãrias tabel as que s erãodi scuti das no texto; uma des cri ção das t6cni cas empregadas noCPGeo, na preparação e anãl ises peìo método supracitado aparecemem Kawashita et.al. (op.cit. ). Em resumo, as amostras datadas foram trituradas e pulverìzadas, a frações inferiones aos 200 meshlern moi nhos de mandíbul a e de boras de tungstôni o, respectivamen-te; o materìal foi analisado por fìuorescôncja de raios X segun_do metodorogia des en vo r vi da no cpGeo, cuj os detar hes também apa-recem em Kawashjta et.aì. (op.cit.). Dessa forma,são obtidas as

-il-concentrações a prox i madas de rubídi o e es trônc i o, as qua.is sãouti I i zadas para sel eção das anostras com vi stas ã construção dei sõcronas. Para estas,a fim de obter as con centrações preci sasde Rb e sr, foram feitas anãr ises quant i tati vas por raios X sem-pre que as concentrações de rubídio e estrôncio situaran-se en-tre 50 e 500 ppml para valores fora desse intervalo foi utiliza_da a técni ca de diluição ì sotõpi ca. Aspectos reracionados com astécnicas empregadas no MIT e no zl.l0 aparecem descritos em Gaudette et.a1. ('l977),}lszewski Jr. et.al. (1977) e priem er.aì.(1978) r e s p e c t i v a me n t e .

No CPGeo, as amos tras a serem ana l i sadas espectrometricamente, são atacadas q u ì mi camen te segundo a metodo log i a seguinte (Kawashita et,aì, op.cit. ): 0.3 gramas de amostra são pe_sados em cãpsulas de teflon ou pìatina previamente descontamina-das; posteriormente são dissolvidos numa mistura de HF e l-lCl0O eevaporados atõ a secura; o ¡es íduo obti do é di l uído numa sol uçãode HCI 2.66 N e tra ns fer i do pa ra uma cor una de troca iônica ondesão eliminados aqueles elementos que inibem a ernissão do rubidioe es trônc i o. As frações recuperadas são evaporadas até a s!cura,e os residuos secos representam extratos puros de rubÍd i o e ..es_trôncio que estão prontos para serem anal isados no espetrômetro'demassas.As anãl i ses espectrométri g¿s foran efetuadas em apirel hoVARIAN MAT TH5, de fonte sõl.iOa, ao qual foi acoplado recentemente um computador HP98z5B; as caracterÍsticas do equipamento apa-recem descri tas ern Torquato (1974).

No CPGeo as i da des são cal cul adas no computadora cop 1a do ao especyrômetro, ou no compu tado r gurroughs 6 500 do CCEda usP' As i d a d e s

' c o n v e n c J o n a i s forar¡ determinadas utirizando-se

0s programas DRBSR e DRSRN desenhados por Kawashita (op,cit. ) emodi fi ca dos por I. Sonoki. As i sõcronas foram obti das segundo asequações de regressão de yor k (.l966), as quais foram adaptadas edesenvolvidas no prograna DISODy (Kawashita, op.cit. ) que permi-te encontrar a nelhor reta e o îndice de correlação entre os di_versos pontos,

-12-

0s dados anal Íti cos Rb/Sr apresentados neste tra_balho foram calculados com as constantes recomendadas por steigere J åeger (op,cit. ), rel aci onadas abaixo:

rnb = 1.42 x 10-lI anos-l

1R0857n087;* = 2.6039 + o.oo47

(nn85/R¡87)s = o.orB6r + o.oooo3

qsRb87 = 0.03.l98 + 0.00004 mot/gr.

No CPGeo, os erros experi mentai s são da ordem de3% para as relações Rb877Sr86 e de 0,3% para as razões isotõpi-s¡s 5¡8775.86.

Em vãrios casos foram usadas isõcrònas de referênci a; tais d i a gramas não são mais que r i nhas de referênc i a com i-dades e razões iniciais pr6-fixadas que permitem visuarizar o pos i ci onamento dos pontos anal íti cos Rb/sr de amos tras de Dochasque aparecem di s tri buídas n uma ampla ãrea geogrãfica;nesses ca-sos gera lmente d es co nh ece- se se as amostras tra tadas no d.i agra-ma são cogenõtÍ cas. 0 vaìor da ra zão iniciaì do estrôncio,em,combinação com os parâmetros estatísticos que ava'r iam a quaridadeda reta (l'lsl,lD), podem indicar se a isõcrona de referência repre-senta (ou não ) a õpoca de a tuação de algum processo petrogenõti_co regional, formador de rochas, e geo ì og i camen te signif icativo.

3. Mõtodo Urânio-Chumbo

0s i sõtopos naturais do urãnio dão 1ugar, por e_mi ssão de partícul as alfa e beta, a duas s6ri es de desi ntegraçãoradi oati vas que se iniciam com os i sótopos y238 . U235 e termi-nan com os isõtopos radi ogên i cos estãveis pb206 e pb207, respec-ti vamente ' Esses esquemas de d eca i men to tem- s e mostrado como re-1õglos geoì õ9i cos muito efi ci entes, tra ns forma ndo- s e na base desustentação do mõtodo geocrononrõtri co U/pb.

-t3-As idades cal cu ladas pel os métodos independentes

u238/pb206 e u235¡p6207 teoricamente deveriam ser iguais; em90% dos casos prãti cos entretanto acontece o contrãrio, podendoser demonstrado em nuitas ocasiões que ta.l questão ocorre pelofato dos materiais analisados não serem sistemas químicos fechados. Para que un naterial natural forneça idades U/pb geo.logicamente significativas õ preciso que, além de conter urânio, re_tenha q u a n t i t a t i v a m e n t e os radi onucì ídeos e s eus produtos, e queas sõries de desintegração nantenhan-se em equiríbrio radioati-vo. Existem vários materiais, que cumprem razoaveìmente com es_ses requisitos; o mais ut.ilizado por6m,é o zircão, porque tem avantagem com relação aos outros de ser um ¡ni nera.l acessório comun na maioria das rochas, e ser al tamente res i s tente a ação deprocessos intempõricos e metamõrficos. Amostras de rocha total,pel o contrãri o, são pouco uti I i zadas, pel o fato do urânio serum elemento muito mõvel en ambientes oxidantes.

0s dados anaìíticos U/pb geralmente são tratadosnun diagrama chamado ',Concõrd.ia" (hletherill, l9S6a)o quaì repres enta o I ugar geométrico dos pontos ana I Íti cos para os quai sas jdades Pb206/Uz3B ¿ p6207 ¡¡235 são ì9uais. Muitos estudos e-fetuados pe'l o método u/pb er¡ ninerais uraníferos diversos ( ver^por exempìo York e Farquhar, l97Z; Faure , lglT; Jä9er e Hunziker, I979) têm nostrado que, salvo raras exceções, os pontos a_nalíticos situan-se fora da curva, formando quase sempre arran_ios ìineares que interceptam a curva Concõrdia em dois pontos :o superior, que representa a época de cristallzação do materialdatado, e o i nferi or que i ndi ca muitas vezes a 6poca em que o-correu significativa perda de chumbo rad.iogênico. Exi s tem vã_ri os mode ros que tentam expì icar o significado da i nterceptáção i.nferior; os mais conhecidos são o de perdas episõdicas dechumbo propos to por Wetheri t I ( l9S6 b ) e o de difusão contínua de Tilton (.l960). Maiores detalhes destes e outros mode_los pouco conhecidos aparecem em Faure (op.cit.) e Jåger e Hun_zi ker (op.cit. ).

A morfol ogi a dos zi rcões é frequentemente uti I i_

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zada como indicador do tipo de processo formador da rocha em es-tudo. Em rochas metamõrficas, por exemplo, aparecen zircões arredondados e subedrais que sugerem uma origem detrítica para osmesmos ; noutìaoS casos, tanto em metassedirnentOs como em meta-ig-neas ocorrem zi rcões zoneados e com sobrecrescimentos que indì-cam recristaì i zações sucessívas. A i nterpreta ção das i dades U/Pbmuda em função da morfologia dos zircões, bem como da situaçãogeoìõ9ìca, e do tipo de rocha; quando são datadas rochas ígneas,por exemp lo, os pontos anal íti cos defi nem cordas cuj o i nterceptosuperi or con a Concórdi a fornece a épocá de crì stal ì zação pri mã-

ria e/ou de recli stalização metamõrfica do mineral datado.

Cumpre assinalar que a idade dos zircões extraí -dos de urna rocha qualquer não coincide necessarianente com a êpoca de formação da mesma; isto é devido ao fato dos zircões seremmateriais altamente refratãrios que podem sobrevi.ver inclusive a

processos de fusão de materi aì s p r é - e x i s t e n t e s , .

0s resultados U/Pb que são discutidos neste trabaìho aparecem na tabela 2 e 6 ; a preparação e anãlise das amos-tras foi feita no ifIT (USA). 0s detalhes referentes a pr:eparação ,anãlise e ìnstrumental utilizado encontram-se em 0lszewski Jr,et,al. (op.cit. ), Gaudette et.al, (op.cit. ) e Gaudette e 0lszewski Jr. (op.cit.).

-t5-

.CAPfTULO I I I

GTOLOGIA REGIONAL DO CRÁTON AMAZONICO

0 termo "Crãton Amazônico" foi utilizado por Aì-meida et.al, (op.cit. ) para designar a maior unidade geotectõnica Sin-Brasiliana que forma parte da Pl ataforma Brasileira (Al-mei da, 1967 ). Cons i deram os autores ci tados que taì un i dade es-tã cons t ituída por um megabì oco anti go, contornado poì f aixasdobradas, cu.jo embasarnento consol idou-se em tempos prebrasi I ia-nos. 0 crãton teria como I Írnites,segundo os autores citados, a

faixa de dobramentos Paraguai-Araguaia ao sul e sudeste, a fai-xa Andina ao oeste e noroeste e o 0ceano Atlântico ao norte e

nordeste (fì gu ra 3).

Caracterização Geotectõnica do Crãton Amazônico

0 substrato do 0rãton Amazônico aflora em duasgrandes ãreas que foram separadas de forma natura l pel a baòiado rio Amazonas: o Escudo das Guianas (l'lartin, I968) no norte e

o Craton do Guaporé no sul (Almeida, ì964), A poroÇão setentrio-nal tem sido indistintamente chamada, al énr do nome jã citado,deCrãton Guianes (Issìer et,al., 1974) e Províncìa Estrutural RioBranco (Almeida et.al., 1981). 0 setor rneridional por seu -'l ado,além do nome supra-referido,tem sido denominado Plataforma do

Guaporé (Amaral , 1.974 ) e Província Estrutural Tapajõs (Aimeidaet.al., op.cit. ).

0 embasamento estã integrado por complexos de rochas metamõrfi cas e/ou polimetam6rficas de mãdio a alto grau,que foram afetadas por deformação poììcíclica e/ou poìifãsica,granitização, migmatização, e metassomatismo. Estes . cónjuntoses tão consti tuídos por gnai sses di versos, granuì i tos mu i tas ve-zes retrometamõrfì cos, granitos e rochas afins, evidenciando

-16-

t,o

Itr

-4

BACIA'DO

.t. dI

È@,,',/ffir¡'o o" Jonei ro

I- PLATAFORMA SULAMERICANA

Áreos Crotônicosl. Crcilon Amozônico2. Crólon de Sõo Froncisco3. Rio deLo Plolo4. Sõo Luiz

Foixos Móveis do Cicto Brositiono e Mo-ciços lnleriores

(8') Oon Feliciono

Coberluros Precombrionos e Fonerozóicos

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II - Plotoformo Potogônico

III - Codeiocombr ionos

¡r;-qL$!

Andino e Princiooisremobilizodos

Mociços Prd

a,\

m)aa

'#Å,

Fa-JIl Mociços remobitiçodos e cobcrtu-i ::ù i ros foneroz<í¡cos

IV- Bocios Sub Andinos

EylFI Llonos ( L ), aen¡ (B ), Choco (C )

, . . ._4,. C:, pompos (p )

Fig, 3- UNIDADES GEOTECTÔNICAS MAIORES DA AMÉRICA DO SUL(modif icodo de cordoni e Brito Neves, rggz).

-17

histõr'ias geol6gicas complexas' que se extendem em algumas re-giões desde o Arqueano i nferi or. Es tudos geocronol õgicos ( Corda-

ni et.al., 'l979; Montgomery, ì979) têm mostrado que as rochas

consideradas como embasamento apresentam idades que variam entre3400 m.a. na borda nordeste, e ì 100 m.a. no setor oci denta l do

crãton.

Repousando discordantemente e/ou ãs vezes interca'I adas no "embasamento" cristal ino aparecem seqtlências de rochas

supracrustais, de baixo grau metamõrfico' que foram fortementetectoni zadas. As ma i ores expos ì ções des tas assoc iaçõe! a pa recem

na borda nordeste do crãton, sendo que ocorrências isoladas e-

xistem en quase toda a região amazõnica, recebendo denomìnações

d i versas segundo a ãrea geogrãfi ca de e xpos i ção (Superg rupos Ba-

rama-Mazaruni e Pastora; Grupos Vila Nova, Grão Parã, Marowiine,

Paramaca, Cauarane, Tunui, Comemoraçã0, São Ignãcìo; Formações

La Esmera I da, Ci naruco, Gua i nía ' La Pedrera e Pi raparanã )' Gene

ri camen te pod e- se dizer que as ditas associ ações são ì ntegradaspor metal avas bãsicas a ãcì das, i ntercal ações de metassedimentospei íti cos/ferríferos, compl exos ul tramãficos e coniuntos granítico-qnãìssicos associ ados, Certos autores, baseados no tipo de

tectôni ca, metanorfi smo e associ ações ì i toì õgi cas , cons i dèram

que a l guns des tes conj untos são do ti po "greenstone bel t" (Gi bbs

e 0lszewski Jr., 1982; Dougan, 19761 Moreno e Mendoza, 1975 b ;

Gonza I ez de Juana et.al,, l9B0).

Discordantes acima do embasamento cristal inb ou

das seqtlências supracrustais, ocorrem associaçõ.es vulcano- sedi-mentares pouco ou nada tectoni zadas e metamorfi zadas; essas mani

festações têm uma ampla distribuição no."áton, sendo que as mai

ores exposições aparecem en sua região central. Alguns destes

conjuntos foram estudados por BaseÍ (1977), considerando-os co-

mo associações "molassõides" que foram formadas ao fìnal dos e-

ventos tectonomagmãti cos mai ores reconheci dos na reg i ão ama zõn i -

ca.

As rochas vulcânicas são do tipo continentaì, com

-lB-

afinidades calcoalcalinas (Mendoza, 1977), compreendendo riãti-tos, riodacitos, dacitos,andesitos subordinados e piroclásticasassoci adas , Essas rochas tên recebi do denomi nações di versas (Surumú, Iricoumé, Iriri, Caicãra, Dalbana,etc. ), sendo que nos ma

pas geolõgicos do Projeto RADAII estão incluTdas no Grupo UatumãEstudos geocronolõ9icos dessas efusivas forneceram um padrãogeocronolõgico que varia entre 1900 e .l000 m.a. (Basei,op.cit.;Cordani et.al., op.cit.; Pni em et.al., op,cit. ), aparecendo asocorrências mais jovens na borda ocidental do crãton.

As efusivas supracitadas frequentementìr se asso-ciam com roc.has plutônicas graníticas que apresentam o -;mesmDquadro geocronol ógì co. As pl utôni cas aparecem sob fornas e ta-manhos di ferentes, al cançando em al gumas ocasiões enornes dimensões: composicional e texturalmente são variadas, predominandoos termos granodioríticos, sieníticos e graniticos sensu stric-to, muitas del as com textura rapa ki v i e mi neral i zação de es ta-nho, Do ponto de vi sta geotectôni co, l ocaì i zam-se preferenc i a le/ou marginalmente no interior das ãreas afetadas pelo vulcanismo e ao ìongo ou na interseção de fathas; similarmente ãs efu-sivas, as quais geralmente intrudem, apresentam padrão geocrono'I õgìco que varia entre 1 800 a 1000 m.a..

*. As coberturas sedimentares, assocìadas as rochasv u ì c a n o p I u t ô n i c a s supraci tadas, i nterca I am-s e ou sobrepõe- senestas ou nas rochas mais antigas. São pacotes de sedi.mentosque não apresentam si nai s de tectoni sno/metamorfi sno, cohsti -tuindo corpos tabul ares, hori zonta i s a sub-horizontais, de

quartzo-arenitos,que em alguns lugares atingem alturas acima de

3.000 metros.Exposições dessas coberturas aparecem tanto na re-gião setentrional quanto na meridional (Roraima, Rio Fresco,Be-nefi cente, Pacãas Novos , Caiabis), Es tudos geocronoì ógi cos i ndiretos, efetuados em rochas bãsicas intrusivas e em intercala-ções de piroclãsticas ãcidas, revelaram que as seqllências sãode i dades dj ferentes entre s i , i ndi cando, em al guns casos , urna

I onga duração dos eventos deposjci onais.

-t9-Sedimentação fanerozõica ocorre em todo o crãton

amazônico, sendo possível Ínclusive que algumas das .cobeitu¡,asconsideradas precambrianas, reaìmente sejam do Fanerozói,co.Dep6sitos paleozõicos são escassos, restringindo-se a ocorrãncias isoladas na borda norte do crãton (Formações Hato Viejo e Carri-za l; ver Gon za l ez de Juana et.aì., op.cit., pãS. l4t - .l42 ) e ocidental (Formação Araracuara, Gaìvis et.a'l ,, op.cit,, pãg.61).Durante o Meso/Cenozõico formaram-se na borda ocidental do crátonas bacias pericratônìcas de sedìmentação dos Llanos e de Beni ;no interior do craton as manifestações sedinentares meso-.cenojzõicas, concentran-se no Graben de Takutù e en grandes ãreas dosinterflÚvios Rio Branco-Uraricoera e Takutu-Surumu. Depõsitos

'aluvionares recentes são encontrados em quase todòs os rios quedrenam a região amazônica.

Atividade rnagmãtica de natureza bãsico/ alcalinaafetou o Crãton Amazônico em vãrios períodos da evolução geolõ-gica regional. As manifestações bãsicas aparecem sob forma dediques, si lls, pequenos stocks e derrames enquanto que as ro-chas al cal inas apresentan*se em formas circulares, ovais e el igsoi dai s. As rochas bãs i cola lca l i na s são condicionadas por zona sde fraqueza tectônjca que seccionan todo o crãton, sendo possí-veì que essas rochas estejam diretamente ligadas ã evotução geotectônica do embasamento, representando manifestações magmãti -cas terminais e cratogênicas de epis6O.ios tectonomagmãti cos di-ferentes, ocorridos no precambriano (Teixeira, l97B), O magma-tismo bãsico/alcalino do fanerozõico, segundo Teixeira - (-op.cit. ), representa fenômenos ígneos lìgados ã abertura do Atlân-ti co. 0 padrão geocronol õg i co das rochas bãsico/alcalinas docrãton apresent.a idades que variam entre 1950 m,a. e IZO m.a.(Tei xei ra, op.cit.; Cordani et.al., op.cit, ).

2. P rovínc i as Geocronolõgì cas do Embas amento do CÉþn Amazôni -co

Es tudos geocronòl õgi cos efetuados por di versos

-20-

métodos geocronométri cos, em diversas rochas do crãton amazônico,

foram de prirnordial importância na interpretação da evolução geo

tectônica dessa ent,idade, Esses trabalhos tên permitido r,econhe-cer a maloria dos eventos geoì6gicos acontecidos nessa negapor-

ção da Plataforma Brasileira, sendo possíveì un melhor posic{onamento das unidades geolõgicas que a integram.

Foi justamente a partlr de estudos geocronolõgi -cos que vãrios autores (Amaral, 1974; Basei, 1974,' 1977;Mendoza,

t973; Gaudette et. â1,, 1977; Priem et.al., op,cit.) perceberam

que, de um modo geral, as idades das formações geolõgicas que

constituem o. cráton diminuem na direção nordejte-sudoeste. Estu-dos geocronolõgicos foram também os fundamentos pelos quais Ba-

sei (,l977), Te i xei ra (1978), Cordani et.al. (op.cit. ), Tassinari(.l98i ) e Gaudette e 0lszevrski Jr. (op,cit. ) elaboraram esquemas

geoevol uti vos do crãton e de suas provinci as.

Tendo em vista o carãter deste estudo,baseado fundamentalmente en dados geocronolõgicos e em parãnetros similaresaos empregados peì os autores supraci tados , é prec i so na opi niãodo autor, descrever os aspectos principais das investigações. porel es estudadas.

Base i (op.cìt. ), baseando-se na anãlise de vãri as

c en tena s de da tações i sotõpi cas de rochas da reg i ão amazônica,dividiu o crãton em quatro provincias radiométricas: Transamazôni-ca (2200-1 800 m.a. ), Juruena-Rio Negro (.l700-1500 m.a.), Rondoni

ana ( t 400- 1200 m.a. ) e Brasiliana (600-500 m.a. ). Tal autor con-siderou que as províncias propostas apresentavam padrão estrutu-ral coerente em toda a sua extensão e i dades di stri buÍdas num intervalo de tenpo definido, representando portanto, a infraestru-tura de faixas mõveis (segundo definição de Anheusser, 1969) pre-cambrianas desenvolvidas enr episõdios tectonomagmãti cos diferentes . Acrescenta Basei (op. ci t. ) que o vul cani smo ãci do/ i nterme-di ãri o que afeta essas provinci as j unto com as coberturas sedi -mentâres associadas, deve ser considerado como "molassõide" que

representa os estãgios fìnais dos processos formadores das pro-

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vínci as supracì tadas.

Cordani et,al . (op.cit. ) apoiando-se em estudosg e o c ro n o I õ g i c o s , geol õgì cos e petrol õgi cos, elabo16ram um mode-

lo de evolução geotectônica do Crãton Amazônico simiìar aos que

foram propostos para a evol ução geoì õgi ca de Ãfri ca, Canadã e

Austrãl i a. Segundo esse esquema o Cráton deve ser consi deradocomo resuì tado do desenvo lvinento de três ci nturões mõvei s pre--cambrianos (Maroni-ltacaiúnas, 2200-1800 m.a. ; Rio Negro-Junuena, ì 700- 1400 m.a.; Rondoni ano, ì 400- 1000 m.a.) ao redor de um

fragmento estável antÍgo (Província geocronolõgico-estrutural A

mazônia Central (fi gura 4). 0s autores ci tados separaram da província Tiansamazônìca de Basei (op.cit. ) o núcleo da provínciaAmazônia Centra'l , distinguindo-a da faixa mõvel Maroni-Itacaiú-nas pel a sua cl ara vocação cra tôn ì ca desde tempos mui tos anti-9os e pel o padrão estruturaì diferente,

A provincia Amazôni a Central, s egu ndo Cordaniet.al, (op,cit. ), estã integrada por blocos tectõnicos separadospor grandes zonas de fal has, tendo como caracteristi ca a suavocação cratôni ca, fato esse evi denci ado pel as extensas coberturas sedimentares sobrepostas nela. Acreditam os autores citadosque o vu l ca nop lu ton i smo que ocorre nes sa provincia representaati vi dade magmãti ca refl exa, provocada pel o desenvoì vìmento das

faixas mõveis citadas enquanto que o magmatismo bãsico/alcalino6 produto de rea t i vações ocorri das ao I ongo das falhas ma i ores .

0 "emba s amen to " des ta provinc i a, s egun do Cordani et,al, (op

cit. ), apresenta padrão geocronol6gi co s i tuado no Transamazôn i -co, com idades compreendidas entre 2200 e .l800 m.a,, com aìgu-mas datações isoladas mais anti 9as. Apesar disso, os autores no

meados, admiten que a maìor parte desta entidade foi formada em

tempos arqueanos, tendo sofrido, sob condições cratônicas,reno-bi I ì zação e introdução de gran i tos no Transamazôni co.

Ainda segundo Cordani et.al .(op.cit.) a faìxa mõvel tyta

roni-Itacaiúnas desenvol veu-se na borda ori enta l da provínci a A-

mazõnia Central durante a atuação do Ciclo Transamazônì co. 0s

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-23-

autores supraci tados acreditam que os coniuntos meta vulcano - sedimen-

tares que ocorrem na região nordeste do cráton repnesentam a su-praestrutura preservada da referida faixa enquanto que complexosgraniti co- gnã i ssì cos associ ados a e las cons ti tuem a i nfraes trutura. As rochas des ta enti dade geotectôni ca apresentam um quadro

geocronol õgi co cuj as i dades vari am entre 2200 e I800 m. a . , sendo

que no seu interior aparecem núcleos arqueanos que foram preser-vados ã orogênese Transamazônica (lmataca, Kanukú). A existên-cia des tes núcl eos anti gos I evaram aos autores ci tados a sugeri rque a provinci a Maroni-ltacaiúnas foi desenvoì vì da por retraba -

lhamento de material pré-exístente, de longa vida crustal.

Ao final do Transamazôni co, ai nda segundo os mes -mos autores cì tados, desenvolveu-se na borda ocidental da províncja Amazônia Central,a faixa nõvel Rio Negro-Juruena. Ela estãi ntegrada predomi nan temente por rochas orto:gnãissicas, aparecendo de forma subordinada associações v u I c a n o - p I u t ô n i c a s de carãter subseqüente e coberturas de pì ataforma que representam a épo

ca de i nversão do evento geodi nâmi co. Exi stem ai nda, tanto na

faixa quanto no crãton, rochas b ã s i c o / a l c a l i n a s que os autorescitados consideram representantes de magmatisno ternìnal e cratogêni co respectì vamente. 0 padrão geocronol ógi co desta enti dade

segundo Cordan i et.a1. (op.cit. ) apresenta-se no tempo, entre 1700

e 1400 m,a.

TassJnari (op.cit. ) fez uma descrição pormenorìza

da da provínci a Rjo Negro-Juruena, i ndi cando que a mesma estãì ntegrada por rochas graníti co-gnãi ssi cas predomì nantes, escassas

rochas supracrustaj s, associ ações vu lc ano- pì u tono- s ed i me n ta res e

magma ti smo bási colal caì i no que representam respectì vamente a in-f ra es tru tu ra , s u praes tru tura , vu l ca n i smo subseqtlente/mo l a s sõ ì deg

magmati smo termi nal e ati vi dade ígnea cratogêni ca rel aci onadas

com o evento geodj nâmi co que formou a provínci a ci tada. Concl uiTassinari (op.cit. ) acrescentando que a faixa mõvel foi desenvol

vida a partir de nraterial sirnãtico, por meio de processos de sub

ducção e/ou col i são de pl acas I i tosféri cas que propi c iaram a formação de un si stema de arcos magmãti cos .

- 24-

Model o simi I ar ao de Tassi nari (op.cit. ), foi. propos to por Gaudette e 0lszewski Jr. (op,cit. ), para o setor seten-tri ona I da provínci ¡ Rìo Negro-Juruena. Esses autores obti veram

urn padrão geocronológ ico, que forneceu i dades conpreend i das en-

tre 1850 e 1750 m.a. para.rochas granít i co-gnãi ssi cas do embasa-

mento,e valores em torno de 1500 m.a. para granitos anorogênicose/ou postectôni cos . Segundo os autores ci tados , em torno de 1900

m.a., ocorreu na bo rda noroeste do cráton, subducção de uma pla-ca oceânica, no sentido nordeste, que propiciou a formação de um

a rco de i I has, acontecendo col i são conti nental em torno de I850m.a,. Segundo Gaudette e 0lszewski Jr. (op.cit. ) a cotìsão prqvo

cou um proces.so orogênico que culminou por volta de .l750 m,a..0sautores ci tados final j zam propondo a exi stênci a de uma zona de

sutura (Geosutura del Amazonas) que coincide aproximadamente com

o ìimite assinalado por Tassì nari (op.cìt.) pa ra as provincì as A

mazôni a Central e Rio NeEro-Juruena. Cabe assi naì ar que es tudosgravimétricos de reconhecimento efetuados no Territõrjo Federal Amazonas de

Venezuela (Perarnau e Gnaterol ,1981 ) indicaram a presença de uma anomaìiagravimétrica negativa, cuio eixo coincjde com o curso médio do

rio Ventuari (setor compreendí do entre a boca do rio Ma rue ta e a

boca do rio Mari eta ), s i tuado a aproximadamente .l00 kms ao n.or-

des te da geosutura suprac i tada. Esses autores, a parti r de comu-

nicação pessoal dada por C.Martin, concl ui ram que a anomal ia corresponde a uma descontinuidade rel acionada com uma borda conti-nental antiga > zorra de sutura ou "fossa tectõnica",

Na borda oci dental da província Rio Negro-Juruenafoi desenvolrrida, segundo Cordani et.al. (op,cit. ), a faixa m6-

vel Rondoni ana, no i nterval o de tempo compreendi do entre .l400 e

I100 n.a.. Nes ta provincì a, segundo eles, predomi nam rochas da

infraestrutura, con vul canopl utoni smo subsequente e sedimentaçãopresentes em menor quanti dade; ocorrem tambÉm mani festações de

magmatlsmo bãsi co termi nal e abundante pl utoni smo graníti co cra-togêni co com rni neral i zação de estanho. Aparecem ai nda nÚcl eos an

tigos preservados, com idades entre .l500-.l600 m.a., fato que 1e-

vou a Cordani et.aì.(op,cit.) a acreditar numa ori gem ensiãlicaÞara esta faixa mõvel.

-25-

Al ém do trabal ho jã cì tado de Cordani et.al. .(op.cit.), existem outros estudos de sinteses regional do Crãton Ama

zônico ou de megaporções dele. Merecem destaque os de Choubert(1969), Susczynski (1970), Martin (l968, 1972), Mendoza (t973,1977), Amaral (1974), Aìmeida (l974, 1978), Montaìvão (1975,1975b), Almeìda et.al.(1976), I'iendoza et.al. (1977), Gatvis et.al. (ì979), Montalvão e Bezerra (1980), Kroonemberg (ì981), A1 -meida et.al. (ì981 ), Cardoso Lì ma, et.al. (.l982).

-26-

CAPITULO I V

DOMfNIOS PTTROTECTONICOS DO TERRITORIO FEDERAL AMAZONAS DA VENE-ZUELA E ÃREAS CIRCUNVIZINHAS

Como foi dito anteriormente, a região objeto destetraba I ho abrange parte dos terri tõri os da Venezueì a, Bras i I e Co-lombia (figura 4).Na Venezuela compreende todo o Territõrio Federal Amazonas e a parte sudoeste do Estado Bolivar; no'Brasil.ocupa partes do. Território Federal de Roraima e do Estado de Amazo

nas enquanto que na Cot ômbi a abrange q uase toda a região ama zôn ica.Do ponto de .vjsta geotectônico a porção setentrional da re-gião em pauta abrange setor importante da províncìa Amazônìa Cen

tral enquanto que a meri di onal compreende a mai or pa rte do setornorte da província Rio Negro-Juruena. Em contj nuação serã apresentado um esboço geológìco das ãreas citadas, com um relato sinté-tj co das unidades 1Í toì õgì cas que as i ntegram.

Considerações sobre a Sistemãtica proposta por Mendoza et.al.(1e7 7 )

lvlendoza et.al. (1977),baseando-se em parãmetros geg

morfol -og i cos, geofís i cos, es trutura i s, metamõrf i cos, geoquîmi cos,gegcronol õgì cos e no ti po de assocì ações I itolõgicas dividem o Ter-ritõrio Federa I Amazonas da Venezuel a em cinco provÍn c.i a s petro-tectõni cas: Ayacucho,Manapi are,Al to 0rì noco, Cas iquì are e . gi apa.(f i gura s),

Segundo tai s autores a Provincj a Ayacucho está i n

tegrada por um embasamento moderadamente tectoni zado/metamorfi zado consti tuído por rochas vulcânicas ãcidas a internediãrias as-socjadas a rochas pl utôni cas graníti cas,0 embas amen to foi af eta-do pon uma associação vul cano-h.ipoabissal -plutônica do tipo anorogên ico e recoberto por coberturas sedimentares de pl ataforma. Es-

Fi9. 5- pROVTNCTAS PETROTECTôNTCAS DO rERRrróRrO AMAZôNAS, VENEZUELA(segundo Mendozo et. ol., 1977)

-28-

tudos de câmpo posteriores realizados pelo MEM (ver Rivas, .l 981 )revelaram que o embasamento desta província estã constituido porrochas granítico-gnãissicas de metamorfismo de grau médio (fã-cies anfibotito)'As coberturas de prataforma, por outro rado, rep0usam indistintamente acima do embasamento, das associações vulcano-plutônicas tipo Grupo Cuchivero (Mendoza, l974b) e aos gralnitos ano.¡"ogêni cos tipo parguaza (Mc Candless, .l965).

Ainda segundo Mendoza et,al. (op.cit. ), a provín _

cia Manapiare estã constituída por gnaisses tonaìiti.or,ìo,n intercalações de rochas bãsicas/metabãsicas, consideradàs equiva -lentes ao Conrpl exo de Supamo (que ocorre na região oriental doEs tado Bol i var em es trei ta associação com rochas supracrustais ,Menendez, .l968); essas rochas apresentartt metamorfismo de graumédio (fãcies anfiborito) e formam o embasamento da provincia;a-'I 6m disso, as mesmas são cortadas por associações vurcano-prutô-nicas,simjIares as que aparecem na província Ayacucho. 0s auto _

res mencionados reporùan ai nda a presença de rochas metassedimentares fortefiente tectonizadas que consideram simirares à Fo"ma ]ção cinaru'jco' de coberturas sedimentares correracionadas com oGrupo Roraima (Rei d,1972) e de um complexo carbonatítico intrusivo (Cerro Impacto) que presumem seja de idade mesozõica.

A provincia Alto 0rinoco, de acordd com os mesmosautores, 6 litolõgìca e tectonicamente complexa,compreendendo rochas plutônicas pouco tectonizadas, intrusivas num comprexo gra-nitico-gnãissico que é considerado como o embasamento e ao quarcorrelacionam com o jã citado Compìexo de Supanro. Nessa provin _

cia também ocorrem rochas granîticas anorogênicas tipo parguaza,m€ ta s se d i men t a r.e s (Formação Esmerar da, ser r ier de c i v r ì e u x , r 966,),associações vulcano-pìutônicas simiìares ãs existentes nas .pro-vincias antes descritas e coberturas de plataforma tipo Roraima.

Mendoza.et.al . (op.cit. ) adicionalmente cons,i de _

ranr a Provinc i a casiquiare como una enti dade muito comp r exa, apresentando- s e i ntegrada por um conjunto granítico-gnãissico i ntru-di do por grani tos pos tectôn i cos (Grani to de São car'r os).0s tìnea

-29-

mentos estruturais regionais são variãveis, predominando as. di-réções Nlrl-SE na região setentrional enquanto que na meri di onal o

rientam-se segundo t-l^l,NE-Slll e NS.Segundo Mendoza et.al .(op.cìt.),o em-basamento desta província ê similar ao Complexo Guianense do Brasil (Issler et.aì,, ì974) e, uma vez mais, ao Compìexo de Supamo.

Fi nal mente, a Provinci a Si apa, compõe-se de ro-chas metassedimentares e metavul câni cas fortemente deformadas, i n

tercaladas e/ou suprajascentes a granitõides e gnaisses quartzo-fel dspãti cos. Todas essas rochas são recobertas por sedimentosque os autores mencionados consideram equivaìentes ao'Grupo Ro-raima.0s lineamentos estruturais desta província seguem rumos

E[.l a N70E, Sugerém.os mesmos autores que os gnai sses cons ti tuemo embasamento, podendo as supracrustais ser equivalentes ao Gru-po Vì1a Nova do Brasi l. Segundo eles a Província Siapa -e em par-te simi lar a Província Cas iquiare enquanto gue os gnaisses do em

basamento são similares ao Complexo de Supamo e ao Compìexo Guianense.

Dos ítens an te ri ores pode- se i nferi r que as pro-víncias Ayacucho, Manapiare e Alto 0rinoco são muito similares:oembas amento del as é um conjunto granítico-gnãissico de : caraeterís ti cas semel hantes ; em todas el as aparecem rochas supracrustais com parâmetros estruturais, metamõrfjcos e litoìõgicos similares; são f reqtlentes as associações vulcano-pìutônicas de carã-ter subseqtlente e de rochas granítìcas do tipo anorogênico; apare-cem também, em cada uma delas, coberturas sedimentares espgssasque indicam períodos prolongados de estabilidade tectõnica, Portodas essas razões propõe-se neste trabalho a integração numa ú-nica entidade das províncias Ayacucho, Manapiare e Alto 0rinoco,sugerindo-se para ela o nome de Domínio petrotectônico Ventuari; propõe-se esse nome peìo aparecimento na bácia do ri o homônimo, das mel hores expo s i ções da mencionada associ açã0.

2. Dominio Petrotectônico Ventuari no Territõrio Amazonas da

Venezuel a: Caracteri zação Resümi da

0 dominio petrotectônico Ventuari abrange a

-30-

maior parte do Territ6rio Arnazonas da Venezuela, situando-se. geo

graficamente ao leste do curso do rio 0rinoco, estendendo-se pa-

ra o Es tado Bol ivar e o Terri tõri o Federal de Roraima no Brasil( fi gura 6). Es ta reg i ã0, segundo as característi cas que apresen-

ta, pode ser considerada como parte da Província Amazônia Cen-

tral de Cordani et.al. (oP.cit. ).

0 "embasamento" da regìão' como iã foì dito' é

cons ti tuído por um compl exo granÍtico-9náìssico de compos ição

quartzo-diorîtica a granodìoritica que ocorre em maior proporção

na baci a do rio Yentua ri . Apres en ta tendênci as es truturai s predo

minantes segu.ndo Nlrl-SE e NS, com dìreções NE-SW subordinadas e

grau metamõrfj co da fãcj es anfi bol i to ' São rochas de granuì ação

mêdia a grOSse.ira que en aìgunS ìugares aparecem intercaladas com

rochas bãsicas/metabãsicas (bacìa do rio Manapiare). 0s termos

quartzo-di orÍti cos são mesocrãti cos , sendo consti tuidos essenci -

almente por plagiocìãsio, hornblenda e biotita,com quantidades

menores de quartzo e epi doto ' Em ãreas secc ionadas por grandes

falhas oS gnaisses são de natureza cataclãstica, desenvolvendo gran

de quantidade de minerais secundãrios. As rochas netabãsicas in-tercaladas noS gnaisses apresentam tendência estrutural Concor-

dante com as encaixantes e grau metan6rfico simjlar (Taìukdar' e

Colveõ, 197 7 ); estudos petrogrãfi cos i ndi caram (Soares '

1982 ) que

essas rochas são de ori gem í9nea, com vari ações texturai s que vão

de a nfi bol i tos a metagabros.

Associ adas aos gnaì sses do "embasamento" ocoriem

rochas pl utõni cas de carãter mesocrãti co e compos i ção quartzo-diorîti ca a granod i oríti ca. São rochas I i gei ramente deforma da s e

recristalizadas, ri cas em pìagìoclãsio, hornbl enda verde e biotita marrom, corn quantidades menores de quartzo, microclinio e pi-roxênio,

Rocha s supracrus tai s de baixo grau metamõrfi co, a-

parecem como pequenos remanescentes i sol ados por todo o Domíni o

Ventuari. As ma i ores expos i ções ocorrem nos ri os Cinaruco, Par-

guaza e Villacoa, nas bas es dos Picos Dui da e Ya paca na e nas ser

-3ì-

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Fig, 6- DOMíNIOS PETROTECTôNICOS DO TERRITóRO AMAZONAS, VEN€ZUELA

-32-

nas Gavilã0, Ga ll ì nero e Mori che, des conhecendo-se as suas re la-ções com o "embasamento" . Generi camente pode-se di zer que são

constituidas por espessos pacotes de conglomerados oiigo-mixtos,quartzi tos ortoq ua rtzí t i cos a subgrauvãqui cos e filitos localmente associados e/ou interestratificados com rochas metavulcãhicasde composição ãcfda a intermediãria; os netaquartzitos desenvol-vem grande vari edade de mi nerai s metamõrfi cos (muscovi ta, cì ori -tõi de e epi doto ) aparecendo andalusita e sil limanita nas vizi-nhanças de corpos i ntrusivos. Estrutura lmente são caracteri zadas

pelo desenvoìvimento de dobras apertadas, xistosidade e presençade falhas de empurrão de pequena escala, As vulcânicas'associa -das estão for.temente aìteradas e cisa'l hadas, apresentando folia-ção cataclãstica. Ghosh (1981 ) acredita, segundo as caracteristicas litolõgicas dos sedimentos, que essas seqtlências depositararn-se em amb i en tes parã li cos conti nentai s,

Fenômenos cratogênicos dentro deste dominio são

representados por associ ações vul cano- pl utôni cas de tendênciascalco-alcalinas (Mendoza, 1977 ), v u I c a n o - p I u lõ n i c a s de afi n i dade

toleTtica (Mendoza, 1975; l''lendoza et.al. op.cit. ¡ Rivas, 1981) e

coberturas sedimentares de plataforma. As vulcano-pìutônicasr. de

tendênci a ca lco-al cal i na são abundantes em toda a regi ão do Ùen

tuari, aparecendo as melhores ocorrências nos rios Parucito,Asì-ta, Iguana, Ventuari, Parú, Padamo, Guapuchi e Alto 0rinoco. Es-tas rochas foran estudadas por Mendoza (op.cìt.) e Talukdar e

Colveé (1975a, 1977 ), os quais distinguiram riõlitos,riodacitos,daci tos, andesi tos s ubo rd i nados e pi roc I ãs ti cas associadas;texturalmente esses autores reconheceram I avas tobãceas, pumi tas e ignìnbritos. Estas efusivas apresentan-se moderadamente tectoniza-das e mui to I evenente metamorfi zadas. As rochas pl utôni cas asso-ci adas ãs efusivas, nas mesmas ãreas onde aparecem aquelas, sãointrusivas no "embasamento" e ãs vezes nas prõprias vulcânicasTra ta- s e de rocha s porfídi cas de granu ì ação grossei ra , ri cas em

quartzo e fel dspato alcalino; pl agi ocì ãs i o, hornbl enda e bioti-ta aparecem em segundo plano enquanto que epìdoto, esfeno, e apgtita são acessõrios comuns. Geralmente estão pouco tectonizadase recristalizadas, sendo que em a ì guns casos desenvol vem folia-

-33-

ção cataclãstica. Também foi observado no campo uma completa gra

dação de rochas efusivas até granitos subvulcânicos (bacia do

rio Parucito). Estudos geoquimicos sugeren que essas plutônicassão consanguineas com as efusivas (lilendoza ' 1975) .

P l utoni smo anorogêni co, de tendênciãs toì eiti cas ,

representado peìas intrusivas graníticas tipo Parguaza'ocorre ex

tensamente dentro do Domíni o Ventuari , encontrando-se as mai oresexposições no setor noroeste, bacia do rio Sipapo' onde consti-tuem um enorme batõlìto (aprox. 10.000 km' de ãrea) integrado por

diversas intrusões de composição granodiorítica a graùítica,carãter subvul cãni co e textura rapa k i vì predomi nante. Evi dênci as de

canpo mostraram que em alguns lugares os magmas aìcançaram a su-perfíci e constituíndo derrames de I avas riodaciticas (al tos cur-'sos dos rios Guapuchí, Sipapo, Guayapo e Cuao ) . A associ ação ci-tada é intrusiva no compl exo basal e nas vu l canopì utôni cas cal co

-alcalinas, sendo recoberta discordantemente por coberturas sedimentares (baci as dos ri os Suapure e Si papo ) . Estudos gravimétri-cos (.Perarnau e Grate"ol,op,cit.) sugerem espessuras em torno de

t0 kms, para a mencionada assocì açã0.

Coberturas sedimentares precambrianas aparecem êsparsas pel a regi ão petrotectônica do Ventuari. Ali cons ti tuem 're

manescentes isolados que repousam di scordantemente acirna de uni-da des lìto1ógìcas de i dades !iferentes (rios Cuao ' S i papo, Auta-na, Parucito, Manapiare, ParÚ, A'l to Orinoco).Estruturaìnrente sãb

caracteri zadas por mergul hos suaves a horì zontai s, fal has de gra

vidade verticais a subverticais ocasionais, falhas de ernpurrão

escassas a raras, dobras abertas e monoclinais escagsas e linea-mentos estruturai s e/ou de fraturamento predomi nantes segundo no

roeste-sudeste. Podem ser consideradas ísentas de métamorfismo ,

sendo que em al guns Iugares desenvol vem mi nerai s metamõrfi cos por

efei tos ì ntrus i vos ou de carga (Ghosh, I981; Urbani , 1977; Keigh

I ey, ì 981 ) , As coberturas sedimentares que ocorrem no Domiñio Ven

tuari apresentam diferenças notãveis: segundo Ghosh (op.cit. ) as

coberturas que afl oram na bacia do rio Si papo são cons ti tuídaspor conglomerados basais ol igo-mixtos, quartzo-arenì tos e felds-

-34-

pato-arenitos que repousam dìScordantes acima das intrusivas ano

rogêni cas ; as que ocorrerD no rì o Parú constj tuem espessos corpos

tabulares constituídos por grandes pacotes filíticos e camâdas

del gadas de argila com ìami nação carbonãti ca mi croscõpi ca ' que

jazem discordantes sobre rochas vulcano-plutônicas tipo cuchive-

ro. Na boca do rio Ventuari (Morro de Yapacana) pelo contrãrio,são cons ti tuídas por quartzitos quas e puros que descansam acima

de rochas supracrustais fortenente redobradas . tstudos de pa ì eo-

correntes sugeren (Ghosh, op.cit, ) que as fontes dessas cobertu

ras estavam si tuadas ao sul , I este e sudeste.

Magmatismo bãs ì co é pouco conhecj do na região do

Ventuari; as ocorrências regÍstradas restringem-se a corpos in-trusivos de diabãsio (dìques e sil ls) que cortam as seq tlênci as

jã c.i tadas. Nas nascentes dos ri os 0camo e 0rinoco,frontei ra com

o Brasiì, foram reconhecidos em jmagens de radar corpos intrusi-vos que se es ti ma seian rochas bãs i cas . coi sa simi lar acontece

com o magmatismo aìcalino, o qual praticamente se reduz a um sie

nito alcalino intrusivo na seq{lência de cerro Duida (Alto 0rino-co) e un conplexo carbonatítico que ocorre na região noroeste do

dominio.

As características geolõgicas desta províncìa são

mui to simi lares as apresentadas pel as ãreas drenadas peì o riocaura no Es tado Bol i var e peì o setor noroes te do Terni t6ri o Fede

ral de Roraima no Brasil, mais específicamente a porção d.renada

pel os ri os Parima e Urari coera.

3. Domínì o Petrotectõni c Casiouiare: Caracteri zacão Suci nta

0 domínio petrotectônìco Casiquiare abrange to-do o s udoes te do Terri tõri o Federal Ama zonas da V e n e z u e I a

' c a r a c -

teri zando-se pel o seu rel evo profundamente arrasado e pel a predo

mi nânc.i a de rochas graníti co-gnã i ss i cas ortometamõrfi cas, com

ausência quase total de r o c h a s .s u p r a c r u s t a i s , associ ações vulca-

no-pìutônicas, coberturas de plataforma e magmatismo bãsico/alca

-35-

lino.0s iineamentos tectônicos regionais são variãveis, predominando os de direção noroeste-sudeste na região setentrional, e

os de direção este-oeste na neridional i en ambas as ãreas ocórrem I oca I men te blastomi I oni tos.

0s principais tipos de rochas que ìntegram estaregião são meta-plutônicas de cornpos ição quartzo-dioritica a graniti ca que apresentan uma grande vari edade de estruturas mi gmãtì

cas ; es tão afetadas por metamorfi smo de grau médi o, reconhecendo- se em grande número de casos , evi dênci as de retrometamorfj smo.

Até o nomento não foram reconhecidas paragêneses granuliti cas em

rochas deste domí n i o.

Seqtlênci as supracrustai s são escassas no dominiopetrotectôni co em descrição, ocorrendo apenas em doi s Iuga res : na

base do Pico da Neblina (Ghos h, I98ì) e nas vi zi nhanças de São

Antonio do 0rinoco (rio Cariche), Apresentam características es-truturai s, metamõrfi cas e l i to lógi cas simi lares ãs das rochassupracrustais que ocorrem no dominio do Ventuari, associando- se

também com rochas rnetavul cânicas.

Associações vu lcano-pì utôni cas similares as que

ocorrem no DonÍnio Ventuari não foran reconhecidas dentro do Do-

minio Casiquìare enquanto que o magmatisno bãsico õ escasso, restringindo-se apenas a gabros, intrusivos no "embasamento", qu;aparecem nos baixos cursos dos rios Atabapo, Siapa, Pasinoni e

no curso do rio São Miguel.

Rochas p lutôni cas i ntrusi vas no embasamento aflo-ram nos rios Atabapo, Casiquiare, Rio Negro, Siapa, Atacavi,Gua-sacavi, San Mi guel e Caname. 0s que ocorrem na baci a do r.i o Ata-bapo foram chamados "Granito de Atabapo" (l"lendoza et. al., op,cit.); os que aparecem na bacia do rio Casiquìare foram denominados "Granito de São Carlosrr (Mendoza et.al., op. cit.),

Coberturas sedi mentares ocorrem uni camente no ex-tremo sul da ãrea, onde formam parte da Serra do Pi co da Nebli

na. Esses pacotes de sedimentosni tos que repousam sobre rochasforam cons i deradas equivalentes

-36-

são consti tuidos por quartzo-aresupracrustai s. Essas coberturascon sini lares do Grupo Roraima,

Em síntese, o domínio petrotectônÍco do Casiquia-re apresenta predomÍni o de rochas cristal inas orto- gnãissicás,considerando-se neste trabalho que ela faz parte da PnovinciaRio Negro-Juruena de Tas s ì nari (l9gl ).

4. Domínio PeSrotectônico Siapa. no Teflitõrio_Amazonas da Ve-nezuel a: ,Ca ra cteri zação Resumi da

0 dominio petrotectônico Si apa ocupa a extremìdade meridional do Territõrio Amazonas da Venezuela; esta entidade apresenta como caracteristica a impressão de lineamentos es-truturais regio.nais praticamente ortogonais,(predominantes segun-do E-l.l e N70E),aos que afetam as províncias Casiquiare ( s etor setentrionaì ) e Ventuari. 0 "enbasamento,' dessa entidade está .i ntegrado por Enaisses q u a r t z o - f e l d s p ã t i c o s e .grani t6i des, de compo-sição granodi orítj ca a Eraniti ca, fortemente deformados e .c.ata-

clasados, afetados por metamorfimo de grau m6dio e efeitos ròtrometanõrfi cos (fãcies e p i d o t o - a n f i b o l i t o ) ,

As seqtlências supracrustais são relativamente a-bundantes nesta provincia, apresentando-se seja de modo di sc,or-dante, seja intercaladas com as rochas cristalinas. Mendoza et,al, (op.cit. ) consideraram que estas seq0ências são correlacio-nãvei s com o Grupo Vi la Nova.

Coberturas sedi mentares de pì ataforma são escas-sas dentro da Provinci a Si apa, aparecendo urna úni ca ocor¡ênci a

importante,a qual,possivelnente sej a uma prol ongação da Serra doPi co da Nebl i na, Tai s sedimentos aparecem di scordantemente sobreas seqtlências do embasamento supraci tadas, sendo consti tuîdas porquartzo-areni tos maduros prati camente mononi nerãl i cos.

-37-

Durante os estudos de reconhecimento geolõg'ico daProvincia Si apa não foram i dent i fi cadas assoc l ações vuI cano-pì u-tônicas, plutonisrno anorogênico e/ou postectônico nem,$agmátismobãs i cola l ca l i no.

A região acima descrita se situa na .prolongaçãode uma faixa metamfrrfica de alto grau que foi inclusa por Cardo-so Lima et.al, ( 1982 ) no Cinturão Granulitico'da Guiana Cen-tral, Segundo os autores citados a tal faixa metamõrfi ca é significativa de uma estrutura tipo "mobile belt" segundo deffniçõesde Kröner (1977) e Cordani (1978). Como hipõteses alternativa indicam que a mesna pode tamb-em representar um lineamento pereneprofundo com origem no Arqueano que foi reativado em divèrsas é-pocas.

5. Geologia da Reqião Sudoeste do Es tado Bol i var. Venezuela

A região sudoeste do Estado Bol ivar compreen-de as bacias dos a ltos cursos dos ri os Caura e Paragua,as quaisforam geoì ogi camente estudadas por Tepedi no ( l98t ) e Moreno et.a1. (1981) re s p e c t i v a me n t e . Em termos geotõgicos ê muito siriilarcom a região do dominio petrotectõni co do Ventuari do Territõ-rio Amazonas de Venezuela e com a porção noroeste-norte do Terfitório Federa l de Rora i ma, no Brasil.

Na regìão drenada peìos médio e alto cursos do

rio Caura, Tepedi no (op. ci t. ) reconheceu as uni dades I itotõgicasseguintes: a) um "enbasarnento" cristalino constituido por ro-chas granitico-gnãissicas que considera equivalentes com o Com-

plexo de Supamo; b) seqtlências supracrustais integradas por . me-

tassedimentos e metavulcãnicas que ocorrem no rio Yuruani, tributãri o do Caura, as quai s correl aci ona com a Formação Yuruari ( Ko

rol, 1965); c) rochas vulcano-pìutônìcas de carãter ãcido a in-

- 38-

termediãrio que considera similares ãs do Grupo Cuchivero (ltlendoza; 1974b ); d) seqllências sedimentares espessas que sobrepõem-seãs unidades citadas admitidas como similares ao Grupo Roraima;e)magnatismo bãsico em forma de stocks e diques intrusivos em to-das as:associações ci tadas.

Moreno et. al . (op.cit, )i denti fi caram no Al to paragua um "embasamento" constjtuído por associações vulcano-plutônjcas s imi lares as descri tas por Tepedino (op.cit. ) na região doCaura. Reconheceram ainda espessos pacotes de sedimentos que correìacìonaram com o Grupo Roraima, além de abundante -'magmàtíçmo

bãsi colu I trabãs i co i ntrusivo nas coberturas . tsses autores nãoi ndi caram a p res ença de magmatì smo al cal i no nem cratogên i co.

6. Geologia Regional da Ãr:ea Noroeste do Tqrri!6rio Federal deRo ra i na, no Brasi l

0 setor ocidental do Território Federa.l de Rorai-ma do Brasi l compreende a ãrea drenada pelos rios Uraricoera,m-e-dio Mucajai, Parima, Auari, Uauaris, altos Demini, e Catrimani .

Sob o ponto de vìsta geológico essa região foi estudadu por ùoo-ta I vão et.al. (1975), Dal l'Agnoll e Dreher (1975) e Santos(lgBl ,leBz).

Montalvão et. al . (op.cìt. ) e Dal ì 'Agno ìI e Dreher(op,cit. ) reconheceram no setor ocide.ntal do Territõrio Fetleralde Roraima duas ãreas distintivas: a pri mei ra abrange todo o se-tor noroes te, comp reenden do a ãrea drenada pelos ri os Urari coe _

ra, Parima, Auarì e Uauar.is. Geologicamente estã integrada pofrochas g r a n í t i c o - g n ã i s s i c a s de compos i ção essenci al mente tonalí-tica que se associam com quantidade expressiva de anfibolitos e

de granul itos res tri tos j rochas supracrustai s s obrepõem- s e dis-cordantemente e/ou se intercalam com o ',embasamento" cristalino,enquanto que associações vulcano-sedimentares são discordantesTanto as rochas cristal inas quanto as supracrustaj s apresentampadrão es trutura I com d i reções predomi nantes segundo N!J- SE. Ro-chas plutônicas de caráter s u b v u I c â n i c o

" q u e frequentemente se as

-39_

sociam com as efusivas, são intrusivas no "embasamento,'; do mesmo

modo, são expressivas as ocorrências de corpos anorogênicos intrusivos (t'ipos Surucucú) e de magrnatisrno básico/uìtramãfico (Santoset.al., l98l ), As características geolõgicas desta região saomuíto similares com as do domínio do Ventuari e do alto rio Cau -ra, ambas contíguas.

A segunda ocorre no setor sul-ocidental, abrangen-do a área drenada pelo curso médio do rio Mocajaí e pelos altoscursos dos rios Catrimani e Demini. Estã constituída predominantemente por granitõides e gnaisses quarùzo-feldspãt.icos de composì-ção essencia.lmente granodiorítjca, associ ados a granu l i tos res-trì tos, que apresentan padrão estrutural com di reções prat.i camen-te ortogonais ao padrão da região noroeste (t-l.l a N70E). Nesta regìão não foram reconhecidas rochas supracrustaÍs, assocìações vulcano-plutõnicas, nem coberturas precambrianas de plataforma. tstesetor apresenta mui ta semel hança (apesar da não ocorrênci a nessaãrea de rochas granulíticas) com o domînio do Siapa da Venezuela.

7. Geol da Parte Setentri nal do Estado de Amazonas Bras i I

A pa rte no rte do Es tado do Amazonag compreende to-da a regì ão afetada pel o a lto curso do Rio Negro e seus tributã-ri os (Uaupés, I çana, Xì é, Cauabarí, Aiari, padauarí, TraÍra,papu-rí e Demini). Es tã consti tuÍda por um compl exo cristalino n0qual predominam granitõides e gnaisses quartzo-feldspãt.icos secundados por gnaì sses pet ítì cos, anfi bol i tos e catacl as i tos com es-truturas migmãticas diversas (Montalvão et.aì., op.cit.; pinheiroet.al., 1976; Dall'Agnoll e Abreu, 1976). Dentro desse conjuntopredomi nam bioti ta granitõides e gna isses a ti tani ta (setor or.i ental) secundados por grani tõi des e gnaisses a duas mi cas ( bac.iado rio Uaupés). 0 conjunto apresenta tendôncias estruturais predominant,es segundo Nl,j-SE (no setor oc.i denta l ) e NE- Sl,l no resto dareg i ão, Na ãrea em des cri ção não foram reconheci das as socì açõesvul cano pl utônì cas simiIares ãs que aparecem no Terri tõrj o de Ro-raima. A única ocorrência importante localiza-se no curso do rio

-40-

Traîra (Fernandes et,al. , 1977) onde predominam riólitos, ríodacitos e dacitos sobre andesitos e piÈoclãsticas. No curso do rioTiquié afloram corpos granÍticos de carãter intrusivo q.ue estãoprovavelnente associados ãs vulcãnicas do Traira (Pinheiro et,al.op. ci t. ) .

As exposições de rochas supracru.stais desta ãreasão representadas por quartzitos puros, micãceos e fer,ruginosos ,

filitos, xistos, conglomerados intraformacionais, metavulcânicase cataclasitos (Grupo Tunui) que sobrepõein-se ao compìexo crista-lino; essas seqtlências estão fortemente deformadas e apresentammet¡morfi smo de baixo grau (Pinheiro et.al,, op.clt. ).

Coberturas sedimentares são relativamente restri -tas nesta região, aþarecendo apenas na fronteira con a Venezuelaonde cons ti tuem as serras do Barueri, Padre; Pi rapuén, Pi co da Ne

bìina e Tri nta e Um de Março . São seqllências i ntegradas por arenitos orto-quartziti cos intercalados com conglomerados, filonitos e

quartzi tos di namoterma i s secundãri os.

Magmatisno bãsico, em forma de diques ì'ntrusivosno complexo graní¡ico-gnãissíco, aparece esparsamente por todd a

região, concentrando-se na bacia do rio Içana. Manifestações alcaI inas precambrianas não foram reconhecidas na ãrea em descrição,aparecendo apenas uma ocorrência fanerozõica denominada Carbonati-to dos Sei s Lagos

Esta ãrea, como jã foi di to, apresenta caracteris-ticas muito semelhantes com o Dominio Petrotectônico Casiquiare na

Venezuela, com o setor sudoeste do Territõrio de Roraima e con a

porção sudeste da Amazôni a Col ombi ana (ãreas vi zi nhas da baci a

do r'io Uaupés ).

8.'Geõlogia da Parte 0riental dâ Amazõnia Colombiana

A parte oriental da amazônia colombiana, segundo

-41-

Galvjs et.al. (l979 ) e Kroonemberg (ì981), es tã i ntegrada por um

comp lexo cristalino (Compì exo do Mi tú, Galvis et,aì., op.cit, )noqual predomi nam gnaisses quartzo-fel dspãti cos, grani tõi des, anfibol i tos, gnaisses pel íti cos e cataclasitos de mi neral ogi a re lat ivamente monõtona. Segundo esses autores, o coniunto não apresenta tendênci as es trutura ì s defi ni das, sendo afetado por metamor -fismo regionaì de grau rnédio, notando-se frequentemente' sìnaisde retrometamorfi smo.

Kroonenberg (op,cit.) ass i nal a que o comp I exo

cristal i no é sotoposto discordantemente por rochas metassedimen'tares que constituem a Formação Guaì nía (De Boorder, apud Kroo-nenberg, op. ci t. ), La Pedrera e Pì raparanã (eatvis, et.aì., op.cit.). Galvis et.al . (op.cit.) acham pelo,contrário' que as su-pracrustais são representadas pelos metassedimentos dobrados da

Formação La Pedrera enquanto que aqueles que foram agrupados co-mo Fo rma ções Gua'i nía e Pi raparanã são coberturas s ed i men ta res simi I ares ao Grupo Roraima .

Nes ta regì ão é notãvel a ausênci a de associ ações

v u 1 c a n o - p 1 u t ô n i c a s . Exi sten apenas os derrames de I avas ri odací-ticas e piroclãsticas que formam parte da Formação Piraparanã(vuìcânicas de Yaca-Yaca), plutões intrusivos que ocorrem na ba-

cia do rio Apaporís (De Boorder, apud Kroonenberg, op.cit, ) e

pìutonismo anorogêni co (tipo Parguaza ) que ocorre extensi vamente

no setor no rte da reg i ão em descri ção,

Magrnatismo básico/alcalino é escasso sendo repre-sentado por dl ques e corpos granofiricos i ntrus i vos e por um

sienito alcalino do f aneroz-oico (Sienìto nefelinico de São José

do Guavi are ) . Galvis et.aì. (op.cit.) reportam ainda a presença

de coberturas paleozõicas (Formação Araracuara), depõsìtos do

Terciãrio e a luvj ões do Quaternári o.

As característi cas da reg i ão em pauta são.simi la-res a*s apresentadas pelas rochas que ìntegram o Dominio Casiquìare da Venezue la e as apresentadas por rochas do setor oci dentaldo tstado do Amazonas do Brasi I .

- 42-

CAPITULO V

GTOCRONOLOGIA

Neste capítu1 o são apresentadas e di scuti das as

anãl ises geocronol6gicas das amostras datadas na região em estu-do.Foram obtidas 369 determinações isotóp'i cas, das quais 277

correspondem a anãl i ses fei tas pel o método Rb/Sr em mi nerai s e

rocha totaì,'16 a anãlises feitas pelo método U/Pb em zircões coge

nãticos e 76 a datações efetuadas pelo método K/Ar em mineraise rocha total.

Em grande número de casos, os resul tados Rb-Sr ob

tidos pern¡iti ram a construção de diagramas isocrõnicos que na

opinião do autor possuem significado geolõgico referente a episõdios principais, formadores de rochas. Na maioria das is-ocronasos pontos analíticos apresentam boa distribuição e alinhamento,sendo que os parâmetros que testam a qualidade da melhor re taseJecJonada (MSl^lD), indicaram a existência da boa probabilidadedas amostras anaJisadas serem cogenéticas, ou seia, formadas no

mesmo episõdio tectonomagmãtico,a partir de material fonte, com

razão i sot6pi ca do es trônci o s i mi I ar.

As determinações feitas pelo método U-Pb foramtratadas em diagrama "conc-ordia" (Gaudette et.a'l ., l97B; Gaudet-te et.al., 1977) e, nos casos especificos considerados, as lî-nhas "di scõrdía " obti das, forneceram resul tados que, em geral ,

conval idaram aqueles obtidos pelo método Rb-Sr em rocha total .

As j dades obt j das pe'l o método K-Ar mostraram gran

de di spersão, sendo que al gumas del as correspondem ã -epoca de

resfriamento dos eventos geotectônicos pri ncipa'i s, nos quais hou

ve formação de segmentos crustais; outras, alternativamente, po-

dem representar a j nfl uêncí a de eventos anorogêni cos e/ou tecto-notermai s.

-43-

A di scussão que se segue serã baseada em fundarnen

tos netodol óqi cos e regi onai s. Nesse sentido, serão tratados se-paradamente os conjuntos homoqêneos de datações, por provínci as,sub-provínci as ou regìões, com base na cl ass i fi cação apresentadano capítuì o anteri or.

S istemãti ca Rb-Sr em r"ocha total e U-Pb em zircões para osgna isses do 0r'i noco-Ventuari -Parú ( DomÍni o petrotectônj co Ven

tu a rì )

Gaudette e 0lszewski Jr. (1981 ) apresentaram I3determinações, obtìdas pelo método Rb-Sr em rocha total, referentes aos gnaísses consi derados cono " emba s amen to " do Domínio Ven-tuari . 0s dados ana I iti cos das referi das determi nações aparecemna tabel a I, notan do- s e que 7 del es pertencem aos "mi gmatì tos de

Mi nici a", 4 aos gnai sses quartzo-dioríticos do Parú e 2 ao "au-gen-gnaì sse de Macabana ". Caracteri zação petrogrãfi ca e petrol õ-gica desses gnaì sses consta de Mendoza et.al. (1977),Rivas(1981 )

e Gaudette e 0lszewski Jr. (1981 ),

Gaudette e 0lszewski Jr. (op.cit. ) elaboraram um

di agrama j soo"õni co Rb/Sr de referênci a dos gnai sses supraci ta -dos, que forneceu uma idade de 1826 + 34 m.a. e uma razão ini-

o-7 0cciaì (Sr"' /Sr"" ) de 0.7027 + 0.0008 (f ioura 7). tssa i dade -e in-terpretada como à época de formação dos gnaisses, enquanto guea baixa re lação do es trônci o é sugesti va de fontes subcrustaispara esses 1i toti pos. 0 valor do MSl,lD é rel ati vamente alto(3.08) ,

i ndi cando possivelmente que al gumas das amos tras não são ri goro-samente cogen6ti cas. Isto é evi denci ado na fi gura 7, onde se no-ta uma certa di spersão dos pontos anaìÍticos; é muìto provãvelque tal espal hamento seja devi do a que reaìmente al gumas das a-mostras possuam razões iniciais do estrôncio ligeiramente diferentes.

Adicionalmente, Gaudette e 0lszewski Jr. (op,c:it. )

separaram popul ações de z i rcões , de amos tras do mesmo afì oramen-

TABELA I - DADOS ANALlTlCOS

Mi

NA Ordem Ng Campo

24 R8697

25 R8698A

?5 R86988

25 R8722

25 R8723

26 R8724

28 R8727

Rb (ppm)

132

t 50

128

162

134

il6l6l

Rb/ST DOS GNAISSES

mat itos de Mìnicia

3taÀ

86Sr (ppm) Rb''/Sr'-169 2.272339 1.2872?9 1.629298 I .580

34? 1 .133504 0.6689296 1.576

Augen-Gnai sse de Macabana

R8699

R87 47

36

39

42

L\

DO CiìINOCO-VENTUARI-PARÚ

Referência: Gaudette e 0.lszewski Jr.Anãl ises rea li zadas em rocha tota l*I dade Convencional calculada com:

300

236

R8734

R8743

R87 48

R8752

^ 87.^ 865r /5r0.76090 .7 37 4

0.7 434

0.74580 .12890.71980.7418

Gnai sses Quartzo- Di oríti cos do Parú

89.960.8

??4.l

16

198

145

Idade*

I7l I

17 54.l

646

17 96

1465

1621

4.4504.754

693

745,l89

489

Ref erênci a

iIì

I'l

ll

0.82'r 5

0.8264

0.37580 .23673.46500.6910

(r e8r )

(sr87/sr86 )o = o. zoso

Ànb = 1,4?x16-ì1 ¿¡65-l

ì 826

1771

0.71 33

0.71030.7943 1794

0.7?41

lI

ì

1

I

I

^ 87.^ 865r /5f

45j,26

t,o

Fig.7 - ISOCRONA Rb- Sr

2pDE REFERENCIA DOS(extroído de Goudette e

o Gnóisses de M in¡cio

O Augen -gnóisse de Mocobono

* Gnó¡sses do Po rú

742 ' 18?6 t 34 m.o

r.i.= 0,70?7 t o,oooe

MSwD= 3,OB

34

3,O 4p

GNAISSES DO ORINOCO-VENTUARI - PARU

Olszewski Jr,l98l)

- 46-

to, dos gnàisses de Mìnicia e Macabana, respectìvamente. Segundoesses autores, os zircões de ambos os tipos de gnaisses apresen-tam caracteristicas simi'l ares: são de cores rõseas a marrom cla-ro, de aspecto nubl ado e de formas arredondadas a subedrais; os

grãos individuais apresentam fraturamento irregular,incìusões de

material escuro, zoneamento e sobrecrescinentos euedrais; estesÚl timos envo l vem núcl eos arredondados a subedrai s . As fraçõesmai s fi nas são euedrai s, de cores claras,e não apresentam zonea-mento. A morfologia dos zjrcões é indicativa de protólitos sedi-mentares para esses gnaisses, enquanto que os sobrecresci.mentose os zoneamentos sugerem a ação de um forte episõdio metam6rfi coque provocou recri s tal i zação.

0s zi rcõès dos gnai sses em di s cus são foram anali-sados pelo método U-Pb (Gaudette et.al., 1977), aparecendo os resultados obtidos na tabela II. Constata-se aìi que os zircões extraidos do a ugen- gna i s se de Macabana são mais ri cos em urâni o e

chumbo que os pertencentes aos migmatitos de Minícia. trgu.a1men-

te, percebe-se q.ue as frações mais finas de zircões ãe ambos.os tÍpos de ro-chas são mais rÌcas em urãnio e chumbo que as populações maiores.

0s pontos analiticos dos zi rcões extraidos dosgnaisses de MinÍcia e Macabana foram tratados em diagrama " con-c6rdi a ", onde defi ni ram arranjos l i neares. As intercepta-ções superiores com a curva forneceram ìdades de I859 e .l.823

m.a. respectivamente, enquanto gue os ìnterceptos inferìores acusaram 484 n.a. e 424 n,a. (f iguras I e 9).

As i dades forneci das peì as i nterceptações superi o

res foram i nterpretadas como s i gn i fi cati vas da época de cristalização dos zi rcões analisados. Essas i dades, que são concordantescom as obtidas peìo método Rb-Sr, indicam a ação de um forte episõdi o metamõrfi co que provocou rehomogenei zação total dos sì ste-mas quími cos Rb-Sr e U-Pb. A baixa razão ìsotõpica de estrônciodesses metassedi mentos sugere que os mesmos foram deri vados de

fontes extraídas do manto e/ ou cros ta i nferi or, cuj a vi da crus-tal era relativamente curtaitalvez v u I c a n o c i ã s t i c a s e/ou corpos

ô?

-47-

Goo¡sse de Mocobona

o,r

@úNl

(o\ôN

-oo- "y

\ 1859 m.o.

Gnoisse de Minicio

?345

o,l

Pb2o7 u23s

Figs:8,$DIAGRAMAS CONCóRDrA DOS GNATSSES DE MACABANA E MINIC!A

NS 0rdem Ng Campo

24 8697(mix. )

24 8697(mix. )

24 8697(140 )24 86e7(140 )

24 8697(?70 )

TABELA ]I - DADOS ANALfTICOS U/Pb DOS GNAISSES DO ORINOCO-VENTUARI-PARÚ

Migmatitos de Minicia

u (ppm )

395.l40?

369.6380.6450.3

3.ì

3l3l

3l

Pb (ppm) Pb2o6 /Pb?04

12?.3 l20t124.2 1580

120 .7 I084119.4 1727

ì41 -l 1067

8699(mìx.) 1097.48699 (rnì x. ) 82 5 . 4

8699(nix.) 1067.38699(200 ) 870.88699(200 ) ì05s

Referênci a: Gaudette

* ^¡235

= 0.984850 x

**1¡238 = 0.155125 x

Nota : correção para

Pb2o4. Pb206,

Pb207 /u235*

4. 3857

4.490I4 .7 023

4 .617 4

4 .47 55

288.3267.5264.9270-8317 .4

e 0l szewskj Jr. (198t)

l o-9 anos-l

l o-9 anos-l

chumbo moderno foi fei ta

Pb2o7. oo2o8 - r: 20.75:

Augen-Gnai sse de Macabana

Pbzo6 /u238**

0.290360.291940.30389o.299240.29il3

t7 34

t2ì9I8961553

915

Pb207 /Pb?06

0.109550 .1127 9

0.1t 223

0.1 il 91

0. il 149

3. 5148

4 .437 6

3.40354.45234.2915

com brancos cujas rel ação

.l.9.82: 30. 50

0.241 56

0 .292890.23580.295840.28558

Referência

1

I

I

I

I

0.,l05530.109890.104690. I09150.10899

isotõpicas fo ra n:

lII

I

I

I

@I

-49-

'i ntrus ì vos pretectõn icos retrabal hados (erodi dos ) .

As i dades forneci das pel os i nterceptos i nferi oregsegundo Gaudette e 0lszewski Jr. (op.cit. ) são compatíveis comresul tados obtidos na regìão nordeste do Crãton Amazôn.ico,acres-centando que as mesmas possiveìmente sejam representati vas de um

episõdio metamõrfi co ocorri do no Pal eozõi co. Com re l ação a talj d-eia deve-se j ndicar que até hoje não foram achadas ev'i dências,da atuação nessa época,de um episõdio metamõrfico regional que tenha afetadoa porção setentrional do crãton. t opinião do autor deste estudoque a i nterpretação dos autores supracì tados é devj da 'ao model outilizado, fundamentado en perdas episõdicas de chumbo. Se o mo-del o adotado fosse o de di fusão contÍnua, evi dentemente, taisi dades não teri am si gnifi cado geoì ógi co.

lþtemãtìca Rb-Sr em rocha tota l pa ra as rochas lut,õnicasdo 0 r i n o c o - V e n t u a r i - P a rú (Domíni o Ventuari ).

Gaudette e 0lszewski Jr, (op.cit. ) e Barr.ios e Rivas (.l978 a ) fì zeran es tudos geocronométri cos , pel o nétodo Rb-Sr,em rochas plutônicas diversas que ocorrem nas rnesmas ãreas deexpos ì ção dos gnai sses acina des cri tos . Al gumas des s as rochassão intrusjvas nos próprios gnaisses, en rochas plutônìcas ouem rochas vulcânicas, sendo inclusive abundantes os ti pos subvulcâni cos e com textura rapaki vi . Deta I hes da pe trog raf i a, modo _deocorrência e geoquírnìca de elementos maiores dessas rochas þodemser achados ern Mendoza et.al, O977 ), Rivas (ì9Bl ), Barrios(l98ì)e Gaudette e 0lszewski Jr, (op.cìt.).

Gaudette e 0ìszewski Jr, (op.cìt. ) apresentaramZ0determi nações anal íti ca s peì o método Rb-Sr, das rochas pl utôni -cas mencionadas, enquanto que Barrios e Rivas (op,cit. ) obtì ve -ram mais 9 da tações , também em rocha totâl. 0s dados analíticosde todas essas determinações são rej aci onados na tabel a III.

Gaudette e 0lszewski Jn. (op.cit. ) apresentaram

l{0 Ordem Ng Campo

ROC}IA5 PLUTONICAS DO

( ppm ) RbBT /sr86

OR I I{OCO. VEÌ{TUAR I - PARt'

s"87/s"86

0 .7 623

0 .7 223

0.88060.77430.72860. 7 ì 39

0 .7 122

0.72770.72630.7ì99

.0.72290.72ì90.73500.7ì870.730!r0.74630.7t2¡L04200.79s90.737ì0. 7 58t

0.96560 .81

.l0

0.7735O .7 38t0.80170.79390.9t920.7704

- 50-

ldader Referência

ì509 I

ìt 866 1

.1747 I

t'I

I

I

I

ìIì

1574 |

ll79l I'I 706 I

I

1700 ì

ì652 I

ì526 ?

1544 2

1534 2

1740 2

1728 2

t369 2

'I 8ì6 2

1527 2

t436 2

2300 I

Rb (ppm) 5r

ì99 2.ì9

l3l 440

207 93.2r79 ì8996.5 287

t35 67ì60.2 840

94.3 3l3t2ì 360'l40 66B

97 .t 56?

139 530

144 3ì513 ì 501

r J2 3qì

I 89 326

I 06 983

269 58.4?40 I 83

ìt6.8 23.|

209.5 254 .6

340.7 85.5219.6 ì93.ìt 64 . B 17 4 .2

ì17.2 ì96.9ì87.9 ì48.3256.4 184,1348.8 99

?13 3ì5

TABELA I I I DA00S ANALITIC0S Rb/Sr 0AS

27

29

30

35

33

38

39

39

39

39

39

39

39

43

45

45

6ì62

87

68

6t66

64

63

65

69

60

45

R8726

R8728

R8730

R8733

R8732

R873s

R8736

R8739

R8740

R874ì

R8i42R8744

R874 5

R8746

R8749 |

R875lA

R8753

R8757

R8765

964

5056

5052

504 9

503 3

5030

5036

5068

253

RB7 5?i

Litoìogla

granj toqtzo.dìoritogran i togrônltoqtzo.dioritoqtzo.dioritoq tzo. di ori toqtzo,dioritoqtzo.dioritoqtzo.dìot itoqtzo.dioritoqtzo.diori to

granodìo.qtzo.diori togranodio.granodì0.qtzo.djori togrônìtogranitogranì togranitogranitograni togranitograni togranitogranitogranitogranodí0.

2 ,6380.86516.542? .1530.97740. 5834

0.20780 .87 6?

0.9i7ì0.60730. 50ì 5

0.7586L 332

0.7597I .0050ì .68600.3ì.l9

13.803.837ì.4702.390

il .83

4.2402.76l 73

3.704.05

ì0.41ì.973

Referônci¿g: I - Gaudette e 0ìsrewski Jr. ('l9Ílì)2 - Earrios e Rivas (ì978a)

rldade Convencion¿l calcul¿r1¿ com: ( SrSlrt.t'u)o = 0,7050rRb - 1.42 x l¡.ìl ¡¡o5-l

tr locaìização geogrãf1c¡ não roìacionôdô no tr¿bðìho origìnal

-5t -

um diagrana isocrônico construido com as 20 datações por .elesobtidas (fìgura l0); u idade fornecida pela melhor peta de refe-rência foi de l805 + 27 n.a., para uma razão sr87¿5"86 inicialde 0.70?4 + 0.0006. A partir desses resultados os autores mencionados concluiram que as di versas rocha s pt utôni cas são relacionadas, tendo-se formado a partir de uma fonte comun, por processosde fusão ocorri dos em épocas dìversas.

As determinações Rb-Sr obtidas por Barrios e Ri-vas (op.cit. ) foram aqui acrescentadas ao di agrama i socrõn i co deGaudette e 0lszewski Jr. (op.cit.). 0 conjunto de pontos não f ormou un único alinhamento; peìo contrãrìo, apresentou uma grandedispersão podendo ser del imi tada por retas isocrõn,icas de refe-rência com idades de 2200 m,a, e 1500 m.a.aproximadamente ( verfigura l0). É opinião do autor deste trabalho que tal quadro é

mais coerente com a geologìa regional da ãrea, considerando- sea idade mais antiga como significativa da época de intrusão decorpos graníti cos anteri ores e/ou pretectôni cos ao Ci c l o Transa-mazônico. Estas ìntrusivas foram preservadas ao evento metam6rfjco ocorrido em torno de 1850 m.a.. A idade mais nova, por outrolado, corresponde ã õpoca de jntrusão de corpos a n o r o g ê n i c o s .q u e

são expressivos nessa região e que ainda não tinham sido separa-dos dos pì utões mais antìgos.

3. Sister¡ãticg Rb-Sr em rocha total para as rochas gnãissicase v u I c a n o - p I u t ô n i c a s do al to 0ri noco ( Domin i o Ventuari )

. Nos altos cursos dos rios 0rinoco, 0camon Padamoe Iguapo ocornem rochas gnãissicas cataclãstìcas,vulcânicas(também c a.ta c I ã s t j c a s ) , rochas pì utônicas associadas as vul cân i case um maciço alcaìino intrusivo, que foram geol6gìca e petrologicamente caracterizadas por Mendoza et,al. (1977), Keighley(l9Bl!Soares (comun.pessoal ), Gaudette e 0lszewski Jr. (l9Bl ), e Bar-rjos e Rivas (1978 a ). tstudos geocronolõgicos dessas rochasforam efetuados por Ba rri os e Ri vas (op. ci t. ), e Gaudette e 0lszewski Jr. (op. ci t. ) os quais obt i veram um total de i7 detenmi na

5'-877 g'.86

ldode = 22OO fn.o

r. i. = O,7O35

-o66

?,o 4,0 6p 8,0 to,oFig. ro - DTAGRAMA TSOCRÔNICO Rb/Sr DE REFERÊNC|A DAS ROCHAS PLUTÔN|CAS

DO ORTNOCO-VentUnnt -pARÚ (Oomín¡o Venluori)

ldode = l5OO m. o.r. i- = O,7O 30

o Quorl zo - dioriiosO Gro n itos+ Gronodiorilos

-- - lsdcrono de Goudef Îe e Olszewski (1981)

ç¡877g.86

çõe s radi ométri cas pel o método Rb-Srdos dessas anãl ises são rei aci onados

-53-

rocha total.0s resul.ta-tabel a IV.

Gaudette e 0ìszewski Jr. (op.cit. ) apresentaramuma is6crona do "gran'i to do Padamo", construida com arnostrascogenéti ç1s, g!e forneceu uma i dade de .l805 + 60 n.a. para uma

razão Sr87/s"86 inicial de 0.7059 + 0.0016 (fi gura ìt). Essesautores i nterpretaram a j dade obti da como s i gni fi cati va da êpo-¿a de i ntrusão do menc i ona do grani to, sugeri ndo a j nda, que talcorpo formou-se durante a atuação do mesmo epis-odìo tectonomag-mãtico reconhecido na bacia do rio Ventuari, Corn efeito, ao comparar os resultados obti dos na ã rea do al to 0ri noco com os apresentados pelas rochas plutônicas do O r i n o c o - V e n t u a r i - P a r-u , no ta-se a concordãnci a das i dades ao passo que as ra zões i sotópi casdo estrôncio são diferentes. Ta1 questão sugere que, efetivamente, ambos os conjuntos de rochas foram formados como conseqüên-cia do mesmo processo, seja a partir da mes¡na fonte, com ocor -rência de certo grau de contami nação do materi al subcrustal (queori gi nou as pi utõni cas do Padamo ), seja atrav-es de fontes real-mente diferentes (naterial rnaÍs profundo para as plutônicas doVentuari ).

Na isócrona apresentada por Gaudette e 0lszewskiJr, (op.cit.), foram acrescentadas as amostras anal i sadas porBa rri os e Ri vas (op.cit.), tratando-se de dois pontos do grani -to do Padamo, três dos gnai sses catacl ãsti cos e dois das vu lcã-nlcas associadas ao granìto do Padamo, Nota-se no di agrama queos pontos analíticos pertencentes ao granito do padamo e as vulcãni cas se s i tuam na i sõcrona, fa to esse que sugere a cogenet.i -cidade de ambos os ti pos de rochas. 0s gna i sses, pot" outro la-do, apresentam um comportamento di ferente: os pontos analîtì cosdessas rochas defi nem um a I i nhamento que fornece uma i dade em

torno de I200 m.a., para uma alta rel ação ìnjcial do Sr87/ Sr86(aproximadamente 0 .7230ìl. Esses val ores destoôm do conjunto re-gi onal , des con he cendo- s e se tal comportamento o bed ece ao fa todas amostras serem fortemente cataclãsticas, cujo sistema Rb-Srfoi aberto, ou, ao contrãrio, trata-se de I itotipos que repre-

em

na

-54-

TASELA I V OADOS ANALITICOS Rb/5r OO5 6IIAISSTS T ROCHAS VULCAIIO.PLUTOiltCAS OO ALTO OR¡NOCO

Grônj to dg Padàmo

llg 0rdem

79

8C

80

73

71

7l7t

7s

82

t{9 Càmpo

UNHI O

UNHI I A

UNHìì8

UNHI 2

UNHì 3

UNHI4

UNH¡ 5A

UNHì 58

5l s0

52t 5

Rb(ppm)

'l73

234

214t 95

169

204

t92.l69

250.Iì 94

Sr(ppn )

372

4s0

469

324

330

ì35

30ì200

437.6561.7

83.8

Rb87/s186

t.3501.508r .326I .750ì .4e44.4082.7842.462I .660I .000

8. 8BC

I .800

s"87/sr86

0 .7 40?

0.745t0.74 t I

0.75140.74450.8.l990.77890.76980 .7 452

0. 7 300

ld¿der

t8t?.l84

5

ì893ì 843'I 845

I 806.l845

I 830'l683

Referôncia

I

I

ì

ì

ì

ì

I

I

2

2

2

¿

2

Roc ha s'/ u I c ã ¡ i!!LLRj!-UI_SÐ

77

7a

51 27

5132

5ìt45t ìI5l20

I l6A2664

248

2¡9,2

Gnaìsses

0.922t0.9359

0.757s0.80010.9992

2.50306.3270

I 700

1823

Catacì.isticos do Padamo

74

15

76

248.22BB. ]

367 .4

Slenito

2.1504.640

16.76I Bl . :65.3

1696

I429I 225

l3t B

127 4

72

72

43'l.9505

¡lef eì íniq9¡[l9u¡p

ì5.1¡ 95. ì 87. 35 30i.98

Referèncias: I - G¿udette e 0ìszewsl:ì Jr. (ì9Sì )

2 - B¿rrios e Rivas (l97Ba)3 - Este estudo

*ld.ìde Convencion¿l c¿ìculada com: {sr87/sr86¡o =

ÀRU = 1.42 r ìLt

0.7050

-ìl -ìa nos

s.e7l s186

ldode = l8O5 t 60 m.o

R.r.= 0,7059+ O,OOt6

8o l-zq

o.70

Fig.ll

-79tgote2

?p 6,0

- DIAGRAMA ISOCRôNICO

ldode = l2OO m.o.

R.t. = O.7 ?25

tl G ronito do Podomo

O Gno isse cotoclóst ¡co

O V ulcô n icos coloclóslicos

loP l4,o

DE GNAISSES E VULCANO-PLUTôNICAS(T. F.A, Venezuelo)

t8,O

DO ALTO ORINOCO. I(tl(¡I

-56-

sentam a época de reativação tectonotermal do sistema de falhamentos que afetan a região em discussão. No caso de se tratar de uma

reativação tectonotermal, a mpsma deve ter-se processado em al-tas temperaturas , po i s sõ desta forma seri a possível a homogenei -zação isot6pica do estrôncio em grande escala.

A rocha intrusiva alcalina (Sienito do I guapo ) do

alto 0rinoco foi datada pelo método Rb-Sr em rocha total,não sen-do possivel a construção de diagrama isocrônico, devido ao baixoteor de estrôncio que ocorre nessas rochas. De toda forma,os vaìores ei evados da rel ação Rb-Sr, aliados ao fato desse corpo i ntru-sivo ser de resfrianento relativamente rãpido, permiten suporque as i dades convencionais são prõximas da i dade de ì ntrusão do

mencionado corpo.0 valor da idade convencional situa-se prõximode I300 n.a., considerando-se neste trabalho que a mesma represente a êpoca de ati vi dade magmãti ca cratogêni ca I i gada a reati vaçãodos al i nhamentos es trutura i s nos quais o menci onado corpo se si-tua, A idade obtida no sienito do Iguapo é similar con a idadedos gnaisses cataclãsticos do Padamo, os quais estão reìativanen-te p rõxi mos e I ocal i zados na mesma estrutura tectõni ca, Taì ques-tão, na opinião do autor, fornece significativo apoio geoìõgi-co aos resultados obtidos nos mencionados gnaisses, e ambas rnani-festações parecem estar ì igadas aos processos de reativação provocados pela col isão da ãrea estãvel com a pl aca Rond.oniana (Tei xeira, I978; Cordan i et.al., 197 9; Tassì nari , l98l).

4. Sis!emãtìca Rb-Sr em rocha total e U-Pb em zircões,para osgranitos anorogêni cos do Donrí n i o Ventuari

0 magmati smo anorogôni co é abundante dentro do do-mínio Ventuari, ocorrendo as maiores exposiÇões no setor noroesteda região, onde constituem um extenso batõ1ito, cuja ãrea é esti-mada em torno de 10.000 km2 (Mendoza et.al,, 1977 ). O menci onadocorpo es tã i ntegrado por um conj unto de pl utões i ntrusi vos (granito do Parguaza, granito de São Pedro, granodiorito do Sipapo,rio-daci tos do Guayapo, gran ito do Marj eta ), de natureza anorogênica,

-57-

texturas e conìposições variadas, que foram petrogrãfica, gepqui-mica e petroìogicamente caracterizâdos por 14endoza (1972,.l 975) ,

Mendoza et.al. (op.cit.), Bangarter (.l981 ), Gaudette et.al.(ì978)e Ri vas (.l98i).

Rocha s pertencentes ao batõl i to supracitado, fo-ram geocronologi camente es tudadas por Gaudette et.aì, (op. ci t, ),0'l szewskì Jr. et.al, (1977 ), Barrì os e Rivas (l978 a), e Gaudet-te e 0lszewski Jr. (l9Bì ), Gaudette e 0lszewski Jr. (op.cit. ) a-presentaram 8 determi nações efetuadas pel o método Rb-Sr em ro-cha total; Gaudette et.al. (op.cit. ) obtiveram 5 determi nações ¡glo mõdoto Rb-Sr em rocha total e ern minerais separados e 6 pelomé to do U- Pb em zi rcões cogenéti cos, enquanto que Barri os e Ri Vas(op. cì t. ) apresentaram l5 deùermi nações também obti das pel o mêtodo Rb-Sr em rocha total. 0s dados anal íti cos de todas essas de-ter"minações aparecem nas tabel as V e VI.

Gaudette et.al. (op.cit. ) apresentaram uma isõcrona de re ferênc i a do grani to do Parguaza, cons truída com pontosanalíticos obtidos em amostras provindas da bacia do rio Suapure( s etor setentri onal do bat-otito). A i sõcrona obti da (f igura 12)forneceu uma idade de i53l + 39 m.a, e uma razão do Sr87/srB6ìnicial de 0.7000 + 0.0010, utilizando-se IRb = I.39 x l6-ll¿¡ss-ìlo que corresponde a uma i dade prõxima a l 500 m.a. se calcu'l ada

com ).Rb = 1,42 x l0-ll anos-1. Essa idade foi cons i derada pelosautores citados como a época de formação do batõlito granÍtico a

partir de material-fonte tipo manto, Na mesma is6crona foi in-cluído um ponto ana'l ítico de um feldsÞato alcalino e a idade ob-ti da foj de 1250 m.a., sendo i nte rpretada como reflexo de um

aquecimento ocorni do por ocas i ão de desenvolvimento da fase põs-tectôni ca do eve nto Rondoni ano.

Dados anal íti cos U- Pb foram tamb6m obtì dos porGaudette et,al.(op.cit.) em zircões extraidos de amost.ras do mes

mo grani to; os pontos anal Íti cos dessas determì nações foram re-presentados em di agnama conc6rdì a, onde defi ni ram uma ljnha dis-cõrdi a, cuja ì nterceptação superì or com a curva a cus ou uma i dade

- 58-

TABELA V DADOS ANATITICOS Rb/Sr RTTTRI¡ITTS AOS GRAN¡TOS ANOROGÊNICOS OO OOMfNIO YEHTUAR¡

Gr¡nlto do Parguaz¡ (ãre¡ do rfo Suapure, tst¿do Bollv¡r)

ll9 0rdem

3A it

3B

3C

3D

3E

I

2

3

4

5

'I 9

20

?1

s"87/s"86

0.76450.84050.8804o .7 662

0 .t 146

¡d¡der

ì 397

ì 446

ì 388

137 7

ì123

ì481ì4801373

ì 386

I 260'l 4r41346

ì37ì

Referêncl a

4

4

4

4

4

t{9 Campo nu87 1 ppm)

8ì77 52.s58ì78 7ì.6881 78F 126

8ì 82 54 .638l 83 58.65

sr871ppn¡ Rb87/sr86

l7 .47 2.97t0.8s 6.53t4.ì4 8.81I 7 .44 3 . t 0

17.00 3.4ì

Gr¡nito de São Pedro (lerrìtõrlo Federal Amazon¿s, setor noroeste)

R87l 6R8717

R87IB

R8719

R8720

2C964

2089

2t 0t

Grani to do

24.2I5s80.340.888. 8

.l47 . ì

37.66t .00

90 .864 .549

15.3245.70ì0.896,040

45.0022 -33

2.6390.80ì0ì .00601.6ì400.90140.8275l.s73rì.t440

639

240

412

592

328

303.4538.4451. ì

II

II

l2

2

?

l,larieta I Territórìo fccleral Amazon¿s. setor noroeste)

lt9

9

I7

t2

R8755

R87s6

I t s2

12 52

1253

1290

ì 380

I 381

529

533

5464

550

2404

142

506

51 4

520

5?2.9463.5

3?9 .2354.9295 .3300.9

222

34 ,037.254.717.8ì35.6

I03.8109. 3

ì 04 .2

t 00.6

I .85347.1

48.6629.0t

ì 00.6840.27

9.359.588.358.8ì

9.038.338.47

0.7493I .6440ì.6ìt4ì .2546

2.5769ì .3997

1658

1390

I 300

1322

ì 310

I 205

I 408

ì437ì 482

ì 395

'l398

l4tBl4l2

I

¡

2

2

2

2

Grðnodiori to do S.i_¿apo(lerri tõrìo FeCeral Am¿zonas,setor noroeste)

t3l4ì5l6

44.0364.68

0.89380.90240.88250.88ì 2

0.88590.87450 ,8i66

ì . sì 80

I .9780

,l288

.l375

2

?

?

2

2

2

?

Riodaci tos do Gu¡yapo (Terri tório FedqIaì Amazonas ,setor noroeste)

t7ìB22

318.9333.5293.4

t04. ì

¡l7.8ì02

A¿l-r-ti-r

33.822 .0

6

Referôncias: ì

2

4

10823

ur.lu64

- Gaudette- Barrlos e

- Gôudette

476

4 36

e 0lszewski ,lr. (ì98,ì )

Rivas (ì978a)er.al. (ì978)

rld¿¡je Convencion¿l calcul¡da com: (S.87/Sr86)o ' 0.7050 ; )Rb = 'l.42 x l0-lì ðnos-ìtt ìocaì ização geogrãfic¿ não rel¿cionad¡ no trðbðìho original

NQ 0rdem NQ Campo U238

TABELA VI - DADOS ANALITICOS U-Pb

3G

3H

J1

3J

3K

* 81 B0 (100 )

8182(100)

8182(mix)

8l82(mìx)Br83(140)

Bl84(140)

I . 87] 0. 4295

1.792 0.3728

1.909 0.3666

1 .7842 0.3147

2.4786 0.4731

2.068 0.4008

Referênc i a: 4 - Gaudette et.al. (19i8)

Nota: * amos tras I ocal i zadas fora da ãrea

pb2o6 ,o'ouroo'oo pb2o7 /pb2o6

1050

1234

584

1382

800

201

EM ZIRCõES DO GRANITO DO PARGUAZA

0. I 0055

0 . 10954

0..l1699

0.10255

0.It0070.16254

pb2o8/pb2o6 pb2o6 /u?38 pb?07 /u?35

0. 1 5347

0.17288

0.2Q357

0. 1 6973

0.t6758

0.32675

em es tudo 1os teores

0.2?9s

0. 2080

0.1920

0.ì7640. ì 909

0. I 938

2.9930

2.7185

?-4586

2.2454

2.4334

2 .47 64

p¡207 /po2o6 Referênci a

de u23B

0. 09463

0. 09824

0.09295

0. 09238

0.09251

0.0927 4

^. 2A6e Pb-"" sao em micromol es/gramo

4

4

4

4

4

4

I(tr(oI

^ 87.^ 865r / 5r

Fig.12-DTAGRAMA |SOCRÖTrCO Rb /Sr DE REFERÊNCtA PARA O GRANTTO DO pARcUAZA

ldode = 1486 + 25 m.o.

( sr8? sr86)o= o,zor t o,oor

MSWD = O,O4l5

Rb87 / sr 66

-61-

de I 540 + 20 m.a,; a i nterceptação inferior forneceu uma idadede ?65 m.a. (fìgura 13). A idade superior, neste caso concordante com a idade isocrônica Rb-Sr, foi considerada como a própriaépoca de formação da rocha anal i sada. Para a i dade relativa ao

i ntercepto i nferi or não hã re9ì stro de expì i cação, supondo- se

neste.estudo que a mesna não possui signifìcado geoìõgico, Cum-

pre sal i entar que o autor des te trabal ho concorda com a i nter -p re t ação dada pel os auto res supraci tados no que diz respeì to ao

setor norte do batõl i to i com rel ação ao res to do corpo a situação é dìferente como demonstram os dados de campo e geocronol6-gìcos que serão discutidos nos ítens que se seguem.

Ga ude tte e 0l s zews ki Jr. (l981 ) não apresentarantdiagnama isocrôníco para os dados analíticos referentes aos granitos anorogênicos do Territõrio Federal Amazonas da Venezuela;esses autores argumentaram que as amostras dessa ãrea não eram

ri gorosanrente cogenét icas , razão peì a quaì não forneceram uma

boa correl ação 1ì near. Acres cen tam esses autores que aquelescorpos com textura rapakivi abundante, prova vel men te represen-tam i ntrus i vas assocí adas ao grani to do Parguaza que foram in-trudi das em õpocas d íferentes ; aquel es corpos com pouca ou ne-

nhuma textura rapakivi possìvelmente são intrusivos não relacionados ao Parguaza.

Nes te trabaìho é apresentado um di agrama i socrõ-nico de referência montado com os pontos analÍtjcos dos grani-tos anorogêni cos do Terri tõri o Federa I AÍìazonas ( fi gura l4). A

melhor reta sel eci onada fo rn eceu uma i dade prõxìma de 1350 m.a.e uma alta razão inicial s.87ls186, de 0.7135. Nota-se no .dia-grama que hã uma grande dispersão dos pontos analíticos. Tal

questão faz pensar que efeti vamente nessa regi ão ocorreram vã-rios ep isõdi os de magmatismo anorogêni co num i ntervalo de tempo

compreend ido entre 1550 m.a. e I 300 m.a.. Desconhece-se se os

distintos corpos fo ram formados durante um úni co processo, su-pondo- s e neste es tudo que el es es tej am rel aci onados com o f echa

mento do evento Rio Negro-Juruena. As di ferenças entre as ra-zões i sotópi cas de es trônci o inicial no setor norte e sul do

-62-

t545t zo .. lQZ,1,#

Aí;.,

ondl¡Ees em zircões4OO J¿l,;",

olr¡(\lÞo\o(\l¡¡o.

o,

pb2o7¡ y?üFig. 13. DIAGRAMA CONC<íNO¡A PARA O GRANITO DO PARO{¡AZA

sroTsroo

Fig. 14- DTAGRAMA |SOCRÔN|CO Rb/Sr DE REFERÊNC|A DOS GRANTTOS ANOROGÊI'¡ICOSDO DOMíNIO VENTUARI,VENEZUELA

20 40 60 80

7

ao*oA

Gronilo de Sõo PedroGronilo do MorietoGronodiorilos do SipopoRiodocitos do GuoyopoAplilos

Rb87/s186

- 64-

batõt i to poden ser expl icadas como conseqtlênci a de esses co.rpos,serem provi ndos de fontes dì ferentes; outrà hipõtese poderi a serque no setor sul do corpo houve quantidade significativa de con-tami nação dos magnas precursones , corn materi al de natureza crus-ta l .

5. Sistemãtica Rb-Sr em rocha total Þara as rochas qraníticognãissicas da bacia do rio Atabapo (Domínio petrotectônico Ca

siquiare)

0 conjunto de rochas granítico-gnãissicas queocorrem na bacja do rio Atabapo foram geocronologicanente estudadas por Barrios e Rivas (ì978 a), Barrios et.a1, (1981) e Gaudette e 0lszewskì Jr. (198ì ). Esses autores apresentaran um totalde 3l determinações, todas elas obtidas pelo método Rb-Sr em ro-cha total , Neste trabal ho são apresentadas mai s l0 determìnaçõesem rochas dessa regiao, também obtidas pelo mõtodo Rb-Sr em ro-cha total. Na tabela Vll são relacionados os dados analíticos detodas essas determinações.

Neste estudo é apresentado um diagrama isocrô'ni-co construído com todos os dados analíticos Rb-Sr da região em

pauta (figura l5), Pode ser visto, na figura referida, que ospontos não defi nem um úni co al inhamento, formando, em verda-de, um "ìeque" cujos limites externos podem ser determinados pordua s retas isocrônicas de referênc i a : uma superi or que f orneceuma idade pr6xima de I800 m,a.,e uma inferior cuja idade se si-tua en torno de 1500 m.a., As reìações de Sr87/Sr86 ini.iul sãode 0.7030 e 0.7060 respectivamente. 0s resuìtados obtidos indu -zem a- pensûr quê a região em discussão foi palco de um eventotectonom.agmãti co maior,posterior ao Transamazônico, n.o intervalode tenpo compreendi do entre aproximadamente I800 m. a. e 1500m.4.. Durante o desenvolvimento do mesno houve uma .importante

contribuição de material extraído do manto, fato este atestadopelas ba i xas razões isotõpicas de estrôncio.

Vj sando caracteri zar rnel hor a 6poca si ntectônj ca

-65-

rABtLÀ vn - DAD0S aNAr-lttCOS Rb,/Sr RtfERtIllS A5 Â0CHÀ5 GRÂllTIC0-GtlÃlSSlCÂS 00 Rl0 ^fÂ81P0

Gr¡nito do Ât¡bôpo (Domínio Càsiqui¡¡e, !etor seteñtrlontì )

NQ 0rden NQ Cðopo 5r{ppn) n¡87,,5.86 5"87/5.86 Ìdôde'

uNH67

uNti78

ur{H79riR8693rrR8695

R8696

Rb(ppm)

2ì4240

218

426

252

ì 64

Refera¡c lâ

tI

I'ì

ìI

I

I'I

?

2

2

2

2

2

2

3

3

2

2

3

3

3

3

3

3

I3

3

238

?3F

ì3ììttt 3tì37137

l?1ì26ì41

ì 30

)'¿ y

t?4'ì?3

r 39

ì20't28

137

ì36ì 35

ì12t 33'I 34

rì8\?2ìì9Dtì 2t

?3

23

?3

23

ì 37

2',ì r

t96t92306

t 76

218

Gr¡nitóides tonôlítlcos (Doní¡io C¿siquiôre, setor s€tentrlontl )

2.9550 0.78323.5610 0.7960

3.3090 0.78534.0720 0.t968.l . t770 0.808ì2.ì930 0,1626

I 838'I 770

ì687ì 573

t7ì1ì 829

0.7969 ì 463

0.77ì4 ì518

0.7603 ì 589

0.n?90.71380.7386 ì561

0. 8705 I 501

0.9857 ì6ì8ì.??38 .l158

| .?e97 I 53?

t.0619 ì555

UN I]6 8A

UNH688

UNH69

uh|70iJIrt2551I

5523

5506

5507

5532

?439't0514

BÂ54

239

28ì?34

242

?48

286 .1

?79.8326.1

263.9238.9240 .7ì 89.7213.4

't5t

149

ì6C

2l ç)

t73165.8ì63.6ì 35. l

t 5?.8ì0i.5

ì 79

ì9ì.ì2t0.6ì 47.7

4.63ì04.95205..l3303.?5ì0.r.0760

3.92004.44006.24005. 3700

8.98004 .97003 . 9000

3 . 6800

2 .63

5.43

0.8273 1831

0.83t7 ì778

0.836t ì 7il0.7888 ì792

0.810ì ì7870.7975 'l643

0.8ì 90 ì 787

0.8ó30 ì7600.8130 ì7860.9357 ì 786

0.834',1 ì8070.806r ì8020.7972 ì 713

0,7781 ì950

0.8135 llt{

Augen-Cn¡isse do Cðn¡me {0onÍnio Còsiquiòr€, setor s€tentnlonll )

5!00 281.921 38 226

Rt57 ì69.9B¡28 \ l0l.lðA?9 113.09Alì ì52.6

l9'¿ . 2

2ì6.3?04.01?4 .9

7?4.929s.9

4.383.042. â2

0.400.¡5ì _ 50

Grðnito do Atòcåvì (Doninio cô5iauiòre, setor sctcnt.lonrl)

lpì'itos ¡îtrusivos ¡o 9rônito do ÂiaÞôpo (0omín'io Cðsiquiðrc, setor setentrionrì)

10566

ì 0598A

ì0564Â

1057{

tc5e6

R8694

P372t

U'iH'

UliHS

UNH9

UHH66

ut{¡/6UHH77

ut{HTlrrr

366.8338.34t8.0'146.5

¡96.3?

ì40.7 7.6795.ô l?.085ì.?8 24.7939. 88 ?6,58ì1 24 ì5-98

t0.4 190.382. i 20,4

t 55 4.55¿ì 9û 2.9\254.9 ì0.5673.6 '10.46

25 .E 40.97

122 8.36ó21.3 44-t

459

182

?40

190

r t5259

33?

346

5.6672 .7150.859ì0.785ì0.98ì20.99301.15?0.9046ì.852

ì 8ì I6 804

2346

I 908

t8t8t9t01772

ì 660

ì 784

Qrferôncias: I - tiudeite e 0lsrerski Jr. (198ì )

? - Bèrrios e RivÀs {.l978ð)3 - [rte e!tudo

r :d¡de conv€ncionðl côìc!l¿dè ccn, 1s"87ls"É6)o' 0,7oso)Âb ' ì.{? , Ìo-ìì ¡nos-ì

pontos não i ñcì usos nr negressão

r'. arìito intrusivo nos 9n¿rsses tonèl;ticos do ¡tabôpo

l,o2

o,94.

o,g6

o,7g

Fig. l5 - DIAGRATvIA Rb/Sr ISOCR

l4l ,/'--- l3O -,O'ni¡ll12¿ /

,,,X23,'/t 12?rí *.

.,. ¿J ,..,tt -t'otlzg -''

ldode = lEOO m. o.

+23

r. i. = O,7O35

ro t5 ?oNtco DE REFEnÊrucrn DAS RocHAS GRArrrírrco - cruÁlsstcAs REGtoNAts

l-'ll7

r2r+

(Domínio Cosiquiore, setor setentrionol- Venezu elo )

i+23 (2x)

x t37

*23 ldode = l5OOm.o.r. i. = 0,7060

+il9

oo

+̂)e

Gronilo do AtobopoTono litosAu g en - gnoisse do ConomeGronito do AtocoviA plitos

Rb87/86r

DO ATA PAPO

I

OloìI

-67 -

do evento acjma mencionado foi construído um diagrama isocrôni-com amostras cogenõticas dos granitõides tonaliticos do rio Ata-bapo (figura l6). A jdade obtida foi de 1782 + 72 m.a. para uma

razão 'i nicial SrBT /sr86 de 0.7041 + 0.0050. Nesse diagrama pode-

-se notar que nao hã um bom controle da parte inicial da reta,razão pela qual o erro na relação inicial de estrôncio -e relat'i va-mente al to. Apesar di sso, o val or do MSI^,D (l .23 ) i ndi ca a boa

qua'l idade da isócrona obtida, sendo portanto confirmada a cogenetic'idade das amostras analisadas.0s resultados obtidos no dia-grama ac'ima referido são interpretados como representativos da

época de formação dos menci onados gran'i tói des, tendo como fonteprecursora materi al de natureza subcrustal .

6. Sistemãti ca Rb-Sr em rocha total ara rochas qranít i co- qnã i s -

sicas da bacia do Casìqujare-Rio Neqro Dominio Casiquiare

No setor merj di onal do domínio petrotectôni co Ca-siquiare, na bacia dos rios Neqros e casìquiare, ocorre um conjunto de rochas granitico-gnãissicas de relações complexas queforam estudadas geocronol og'i camente por Barri os e Ri vas (1978 a ),

Gaudette e 0lszewski Jr. (op.cit.), com amostrasdo mesmo afl oramento, cons trui ram uma i sõcrona referente ao gra-nito de Atabapo (figura_17) que forneceu uma idade de 16?4 + l0ìm.a. e uma razão do srBT/s186 inicial de 0.7123 + 0.0045. A ida-de 6 considerada como a ãpoca de formação do mencionado corpo,enquanto que a al ta relação do estrôncio sugere, como fonte dessegranito, um protóljto com longa vivência crustal. 0s autores su-pracjtados fizeram tamb-em determinações Rb-SF, em rocha totaì,deap'l itos intrusivos no granito do Atabapo. Na figura l5 pode- senotar que os pontos analítjcos desses apl itos apresentam uma

grande di spersao, desconhecendo-se a causa de tal comportamento.Tentativamente este espa'lhamento pode sêr atribuído ã mobi I jdadequímica posterior ã cristal'i zação,ou mesmo a presença de vãriasgerações de apì ì tos com razões j sotõpì cas do estrônci o di ferentes.

srET/ sr86

123?439,/

?466Fis.t6- tsOcRoNA Rb/sr DoS cRANtrejrOrS ToNALíTTCOS DO ATABAPO

r3r

v26

I

I

I

¡o t37t?7

Tcz= l78Z t 72 mo

r.i. =O,7O4l t O,OO5O

MSWo = l, 23

RbET/ sræ

sr87/ sr86

Fi9. t7- rsôcRoÑA Do(extroído de Goudeile

3

GRANITO ATABAPOe Olszewski Jr, l98t).

Rb81s,

IOr(OI

-7 0-

e Gàudette e 0lszewski Jr. (1981 ). Esses autores obti veram um total de 40 determi nações pel o método Rb-Sr em rocha total , cujosdados co ns tam da tabel a VIII.

Nesta pesquìsa é apresentada uma isócrona de ref e

rênc ia montada com os dados analíti cos de toda s as determi naçõesexistentes na região em pauta. Desta forma foi obtido na figuralB um campo de d íspersão cuj os limites são i sõcronas de referên-cia que fornecem i dades de 1750 e 1400 m.a. respecti vamente, como-, oÊrazões do Sr"'/Sr"" inicial prõximas de 0.7060, Corno pode sernotado as idades são similares ãquelas obtidas nas rocïas do Atabapo, ex i s ti n.do uma pequena di ferença nas re lações i ni ci ai s de

es trônc i o. Apesar disso, pode-se dizer que ambas as reg i ões fo-ram formadas durante a atuação do mesmo evento tectonomagmãtì co,o co rrendo nas duas ãreas i mpor ta n te contri bui ção de material subcrustal. Na f i gura ì8 pode ser visto que hã doi s pontos situadosacima da isõcrona superior, d e s c o n h e c e n d o * s e se el es representamfra gmen tos antigos preservados, ou se, pel o contrãrio, corres pon

dem a rochas cujo sistema quimico Rb-Sr foi aberto.0 ponto 5287,por outro l ado, ìocal jza-se bem abaixo da isõcrona i nferi or. Em

lãmina delgada foi possivel verifìcar que essa amostra apresentaavançado estãgio de a I teração meteóri ca.

Apresenta-se também, neste es tu do, uma i sõcronacons truida com pon tos analíticos referentes a amos tras cogenét i -cas do gran i to de São Carl os (fì9ura ì9). A reta obti da forneceuuma idade de t57l + 20 m.a. e uma relação Sr87/Sr86 inicial' de

0. 7034 + 0.0011. Essa i dade é i nteroretada como a época de forma

ção do menc i onado gra n i to, sugeri ndo-se ainda que o mesmo foiderivado de material extraído do manto com pouca ou nenhuma nesidên ci a crus taì , Ca be assinalar que o granì to de São Carl os é uma

rocha que apresenta, a nível mesosc6pì co, xen6l i tos de gnaissestonal íti cos simiìares aos que ocorren no rio Casiquiare; alõmdisso, o mencionado corpo não reveìa sinais de tectonismo/ meta-norfismo. Esses fatos sugerem que o mencionado granìto é uma in-trusiva de natureza postectôni ca.

-71-

'rABtLA v¡lt - 0ADos AllAtlltcos Rb./5r DAs tiocHAs GRARÍrtco-61ÂtsslcAs 0^ BÂctA c^stQU¡Ant-rt0 iltcr0 (Doxltr0 cÀstQUrÂRr,stf0R tERI0toxAL)

Gn. l r s?s

sr(ppßi tu87,,s.86 sr87/sr86 ld!dar Referã¡cl¡tl9 orden tt9 C¡rpo

ut¡ lt? 7Â ñuilH278ñultH28^r.utiN288r'utrS?9r.uIH3?r.uilN33'r

84 52At

85. 5?90

96 5449

63ì4 6314

98 6ì 9?

il 2 6538

Rb(pp¡)

292

29ì3t0267

393

215

3lt?92.6205.¡218.6?01,52ìì.6230.9

ì 65

?19

27 1

216

226

l3¿t79l9rìa9134.6276.7?01

296.1ì3t.9264.3l{2.5407.9192,lt51.9ì58.6

4tl396

?64

254

¿6C.8

269

197

0.81970.852 ì

0.. 9 339

0.93290.82ì90.83ì80.82530.78ì50.785ì0.82700.75790.76280.t953

ì7961772

t4501 62a't 536

t956t736'ì3t2

t577ì 864

ì6761597

1tt,

ì53 s.a21ì48 5.78399.5 I ì .0280.9 9.761

?'t1 5.309179 4.¡85189 4.8?209.9 4.07ì69.1 3.53140.8 4.55266.6 2.20253 2.43ì90.8 3.53

Roch¡s åetrpìutônic¡s

ì 50 3.2?571.8 ì1.5;7A.2 I L s0

23t 2.729ì48 4.473437 0.877a3{¡ I . 509

34 2 | .622503 0.8605360.¿ 1.08204 3. 96

?00. 8 3. 0ì171 .2 4,89262.2 ?,02270.1 2 .85340. I I .?2ì3.ó8 t08.4

23',t .2 ?. 36

512 0.66l3/.8 ì.36

Grô6ito d( 5io C¡r'lo¡

0. 7886 I 8l I0.9906 t7r90. 9986 tt760.7697 t6530.8¿06 I 798

o ,'t 266

0.7 392 ì 5i60.t421 t5l80.72110.733¡ t80?0.796. t6050.7r91 11280. 82 52 ì t090.7609 't92?

0.7686 I 55¡0.7376 t8633.373 l7t9c.7648 I 758

0.7?550.t366 t6t2

ì.038 ì56ìI .007 I 560

0.i5ì9 ì4860.7563 t5670.75s7 ì502o.7l'Ì9 1486

ì .295 ì 600

I

ìIì

I

lI

2

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3

3

3

I

I

I'I

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86

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88

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89

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t0'tì4

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ut{il218

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u¡in2 5A

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65Ì76530

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i.t952.277'i.353.i¡

25.60

2

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2

3

3

3

I

ì

ì'|

2

ì

Referenci.i: I - C¿udette e 0ls¡erstj Jr. (ì9sì )

2 - û:rrios e Riv¿s ('l9/B¡)3 - [ste estudo

r ldùrle conv€ncloôðl c¿lcuìôd¿ con: ls16i,zsriJ6jo . 0_tnSo;,Rb. ì.ií ¡ l0-ìì rnor-l

tocðlizaç;o oeolrãfic¿ n;o rel¡cìonðd¡ ño trabòlho criginaÌ'rt Apiito intrusrvo ¡òs ftct¡¡lu:õnicôs

sr87 s186

o,g5

o,go

o,B5

o,80

o,75

r'.ï€tã,o¿:í;"r'* e4F,"î¡'Åf;!oao

,ictv{*z-/

ldode = l79O m.o.r.i.ã 0,7060

T2'o' o93

2 3 4 5 6 ? ó 9 b, riFig 18- DIAGRAMA lsocRÔ¡¡lco DE REFEnÊ¡,¡cla DAs RocHAS GRANtlco-cNAtSStcASDA BACIA CASIQUIARE - RIO NEGRO (Domínio Cosiquiore, setor meridionol)

1>tt

o70

ldode =r. i.=

oo*

l45O m. o.

o,7o60

G no issesMelo plutðnicosGronilo Sõo Corlos

Rb87/ sr86

s.87lsr 86

T+¿ = t57ti 2O m.o.

r. ¡. = O,7O34 t QOOII

MSWD: O,6553

.6 9 t2

Fig. 19 - tsócRoNA Do GRANTTO DE SÃO CARLOS( Domínio Cosiquiore)

I\I

-7 4-

7. Sì s temãti ca Rb-Sr em rocha tota I ara as rochas qráníticognãi ssi cas do rio Si apa ( Domín i o petrotectõni co Siaoa)

Nes te es tudo são apresentadas B determi nações Rb--Sr em rocha tota I , referentes ãs rochas graníti co-gnã.i ssicas regionais da bacia do rio Siapa. 0s dados anai iti cos obti dos cons-tam da tabel a lX.

0s dados anal iti cos Rb-Sr foran tratados em di a -grama i socrôn i co, obtendo-se uma reta que forneceu uma i dade de'I 693 + 33 m.a. e uma reì ação inicjaj sr87/s186 de 0.7059 + 0.0007.(figura 20). 0 valor do MSttD (0.36) sugere a cogeneticidaãe dasamos tras analisadas, i nterp retan do- s e portanto a i dade obti da como a época de formação das rochas. Pode-se notar que os valoresobti dos na ì sõcrona ci tada se situam no i nterval o jã veri fi cadona região do Casiquìare, Na fi gu ra 19 pode-se perceber que o ponto H-543 situa-se fora da is6cronai neste caso também foi verifica da a existência de fo rte aì teração meteõri ca.

8. Sistemã'tica Rb-Sr em rocha total para as rochas granîtico--gnãi ssi ca! do alto rio Caura (tstado Bol i va r, Venezuel a )

Na reg ião afetada pela bacì a do a lto curso do rioCaura oconrem rochas gnái ssi cas e vuìcano-plutônicas cujas . pri-meì ras determi nações geocronológi cas são apresentadas neste tra-ba I ho. Foram obtj das 20 determ inações pel o mãtodo Rb-Sr em rochatotaI, sendo que os dados analítjcos aparecem na tabela X.

0s pontos anal iti cos das rochas gnãissicas defi n iram uma is6crona de referência que forneceu uma idade de tBlg +

64 m.a. e uma razão sRB77sr86 in.i cial de 0.7021 + 0.00.l9 (figura2l ). Esses val ores são similares aos obti dos nos gna.i sses do Do-¡minio Ventuari, interpretando-se aqui que os mesmos representema época de formação dessas nochas, tendo como precursores, mate-riais subcrustais com pouca vi da crustal.

NQ 0 rden

105

106

101

103

102

I06t 00

107

TABELA IX - DADOS

NQ Campo Lìtologia

H506 gnaisseH50BB gnai sse

H583 granitoH543 gnaisseH584 granìtoH5084 gnaisseH5B0 gnaisseH5l4 gnaisse

ANALITICOS Rb/ST DAS ROCHAS GRANITICO-GNAISSICAS

Referênci a: 3 - Este estudo* I dade Convencional cal culada com:

Rb (ppm)

94.3148.4.l86.3

22?.7247.1

il6202.8'I 98.4

sr (ppm) Rb87/sr86

727.6258.8298.1

354.9?92.8475.332'l .8ì87.8

0.381 .67I .821.82?.460 .71

l.833.08

(s"87ls"86)o = o.7oso

ÀRb=1.42x10-ìlanos-l

^ 87.^ 865r /5r

0 .71 48

0.74400 .7 496

0.7 404

0.76500.72310.7 475

0.7786

DO SIAPA

Idade*

1629

1708.l355

.l700

t 61 6

1664

Referência

3

J

?

3

3

J

3

3

I...JqrI

sr87/ sr86

o,78

o,76

o,74

o.72

o,70

o t03

Fis ?O- ISOCRONA DE

f q?= 1639 t 32 m o.

r i =O,7O59tO,OOO7

MSWD= O,36Oq

O Gronilos

O Gnoisses

REFERENCIA DAS ROCHAS GRANITICO- GNÁISSICAS REGIONAISDO DOMINIO SIAPA, VE N EZUE LA.

2,OO 3,OO 4,O0

Rb87/sr86

I

!CtI

-77 -

TAßtLA X - 0Â0os AI{ALITlcos Rb/sr DAS RoCllÂS GRÂl{lì lc0-0Nllss¡cAs D0 cfuRA (ESTA00 801¡VAR)

Rochùr Gnãlssicr5

tio orde¡f l{g cùmpo Rb(Þpm) sr(pnñ) Rb87/5186 st87/s"86 I d¡dG. Referênclò

55 ü11036

48 Ac3ì 6

309 4c309

53 ittS 5I46 I'rtt 044** 4c355

5ì 4c348.57 lltìoóì49 4c345

302 4c302

50 Ac3{6306 4c306

54 r,tt868

i* P25ì.i P804

58 4003

59 4007

60 224

6t 2?5

3

t547 3

¡8t4 3

'1808 3

t 785 3

ìt54 3

3

r 827 3

1790 3

1763 2

1836 2

ì 769 2

ì 983 2

t65.1 268.4 ì.79 0.749t

?08.9 44,80 ì3 95 ì .05s9

t29.4 378.5 0.99 0'7281

ì4t.0 186 2,21 0.7623

t 34,4 302.9 ì.29 0.7311

252,6 127.1 s.84 0.8575

Rochôs Plutõnic!3

80 499.7 0'46 0.7ì42

ì01 .8 ?89,8 1.02 0.7276

t?t.4 6i.3 5.29 0.8431

ì ¿¡ t54'6 2-71 0.77s6

125 ,5 49 .2 7 .52 0. sgsl

tgì.r lll.7 5.0ì 0.831{

t0ì.8 442-2 0,67 0.7196

Rochà5 vuìc¡nicôs

r 36.7 147,5 ?-70 0'7760

177.6 23.25 23,41 ì.30i6ì19,8 7A.1 4.7 0.82¿l

ì71,1 ?0,8 7,12 0.8933

ì30.3 ì26 3.0? 0'7817

tì9.5 205,3 ì.6q 0.7534

t74ìì 749

t 805'14ì2

t8t6

3

3

3

3

3

3

¡efêrênciô: 2 - Bô¡"rlos e Rivàs (ì9784)3 - [ste esludo

ir Ár¡ostras locaìizàdôs forô da ãreò em estudo.

^ 87_^ 865r / 5f

5,O lqo l5,o

,.Fie.2t- ]SóCRONA DE REFERËNC|A DOS GNÁTSSES DO ALTO CAURA, ESTADo BOLIVAR.

Rbð7/s.86

-7 9-

As determi nações anaì iti cas das rochas vul cano-plutônicas permitiram a construção de uma isõcrona de referênciacuja idade foi de t830 + 23 m.a. e relação Sr87/Sr86 iniciaì de

0.7018 + 0.0006 (figura 22). Esses resul;tados são prati.camenteiguais aos obtidos nos gnaisses acima descritos, indicando que a

atividade magrnãtica foi quase contemporãnea com o processo meta-mõrf j c'o que gerou os gnaisses. A baixa razão do estrõncio tam -b6m s uge re fontes subcrustais para es tes I i totj pos.

Sistenãticî Rb-Sr em rocha total para rochas do setgr seten -tri onal dQ Es ta do de Amazonas, Brasil

A regi ão norte do Estado do Ama zonas (Brasil ),foicaracterizada geocronologicamente por Tassinari (1981 ), o qualapresentou 57 determinações radiom6tricas efetuadas pelo métodoRb-Sr em rocha total, em amostras de I i toti pos que ocorrem na

mencionada região. 0s resultados obtidos nessas anãìises são a-pres.entados na tabel a XI.

0s pontos anaiiti cos das rochas granitico-gnãissicas regionais ao serem tratados em diagrama isocrônico mostnaramuma grande dìspersão; as retas isocrônicas que del imitam tal campo de dj spersão fo rnece ram i da des prõximas de I 700 e 'l525 ñ.â. ,com razões s.B7lsr86 in'iciais de 0.7023 e 0.7051 respectivamente(figura 23). Esses resultados são similares aos que foram obti -dos no domínio petrotectônico Casiquiare e aos determinados' porTassinari (op.cit. ) na região em pauta, sendo interpretados como

signi'ficativos da -epoca de desenvolvimento da infraestrutura da

fai xa mõvel Rio Negro-Juruena.

Tassinari (op, ci t. ) apresentou um di agrama isocrônico referente aos biotita granitóides a titanita que ocorrem na

região drenada pelos rìos Uaup6s e Papuri (aìto rio Negro), Essai sõcrona (fi gura 24) forneceu uma i dade de I709 + l7 m.a. e uma

relação sr87/s186 inicial de 0.7030 + 0.0006. A idade obtida 'e

interpretada como a própria 6poca de formação desses granitõ.ides,

sr6? sr86

I,oo

o,90

o,80

å,0 þp t5,o äo,o

Fiq.ll'tsdcRoxA DE REFÊRÊNüA DAs RocHAs vuLcANo-pLUTôNlcAs oo ALTo cAURA,ESTADO BOLIVAR.

T¿z = l83O t 23 m.o.

r.i. s OlOlE t0,0006

MSWD: O,4265

I Roehos plulônicos

it Rochos vulcônicos

9091 09¿0 ( 0L ¿L 9 tt l c6l 196

l39t zr9¿ a 9L ¿ 0-0ÊL 6 96 096

ctçt z¿ra a 9ù 9 3 ¿çl [ 9lt 096

¿99t L¡9¿ 0 Lt ¿ 3 gft 9 9rr V96

9€91 Ê9S8 0 6ç9 66t

u!rJt o!r oÞ rr.tú!rtn^

9¿5r e¡r8 0 0r'9 g 9sl 9 9[tr;st ¿9Êo () ¿6's 6 6sr rB!¿L9t t36¿ 0 ¿3 r ¿'901 9'rrlSlst LtL9 0 Ê6 1 t'¿ll totts ¿t16 0 99 6 9'90t t e9Ê

03¿t 0¿16 0 5rl 9 09r t-6s996tt tL60 t e 9t r'61 9 00e

¿ttl ¿660 0 tot 93ó 9 ttts6rt ¿90s 0 90't 619l € 06¿

ttÊt 9963 0 0 01 r'00t 9 0ùa

6r 09930 69¿ a6 a30r¿arl ¿t49 0 ¿t t t'¡r9 r'tt¿tlçt 169¿ 0 6t¿ 9 0t¿ ttt¿3t9L ¿¿¿0 0 ¿6 ¿ t ¿¡t toaçt9l ttr8 0 0t 9 t gtL g_trt

eett9¡ tu.J3 rl tior€-r¡ )ror!ñ¡.

t,5our (r-01 I ¿ù.t À qùY

ogolo'o(99¡s/tsrs).

{rs6r ) (rrurr3.À ' 9:s?rr!eJ¡rrr

¿6 ott¿ 0 z3 tzz'z

9tst 095¿o 9¿t t rt¿ ¿ 99tzt9t ¿tÊ¿ 0 0t t r'¿6Ê t 6rt f¿(L zt¿

tez¡ 0 96 0 t'trÈ t t roL ¿çl

s6

t¿1

¿9

¿9

It9¡

6¿

66tL t¿at 0 9c l¿6tl 2091 0 LL z t 9t¿ t 93t t¡l t9l

¿ô¿L 0ll¿ l i 6t 6 6t 092309t t9tr'0 9t l s t¿E r'ç6t 99 3¿lDL¿t 303( 0 ¿0 f r'rt¿ z 9¿z 99 9rloa¡t z¿rt 0 6r't t 99¿ ¿ 3tt

(tu-o 9r'0 t6t 0 ta

99SL t¿6¿ 0 ¿3 C

9¿9t gt8t 0 ót r t rrt 9 t9t ¿9 6tlll¿t. 0s33 0 ¿t l 3-63 ¿¿¿ v90t. t5l0t9l l¿t¿ 0 c9 t 9 9or sz¿ 99 9¿¡st9L st03 0 cL t r'rrl r0¿ tot o9L¿091 3¿[0'0 ¿¿ s 6 ¿rt t t9¿ ¿01 t9l¿6tL 069e 0 t91a ¿'8Ll 6 90t l0l lrl639t ttt¿ 0 t9 t ora t 9¿t 19 ¿ttlsll ¿tt6 0 93 6 s ç01 c ¿9t !¡zt¿t¿L 619l o 36 1 r'06¿ r'¿6r fsg rtt9l9l lol¿ 0 66 ¿ 9 9C¿ C gtz 66 391

¿091 t9t¿ û 3f l z ¿9t L¿ ¿31-9921 O 96 0 r'tts 9 L¿t 0¿ ÊSt

639t ¿¡f3 0 tî t Í ltt L gtz t9t 9¿ttt9t 165¿ 0 6t ¿ 9'09¿ r'r(t vc¿ 931zell ¿rtl'o ¿t l r'ltf t'tsz 9¿ rtL0t9L ¿943_0 c6 s 6 6St r8C ¿¿ 69t

9tt¿ 0 9t 0 s 9st t a9 6a ¿0¿zltt tt6l 0 ¿3 r r'901 9 ltt t90 66rt6lt tt¿¿ 0 6¡ ¡ 99¿ ó tot y93 t6L099t tlt¿ 0 ¿9 ¡ r'9¿¿ 9 ttt v¿3 96t

t¿¿l o ¿1 0 9 l9t 9 ¿tt l3 0óL

t¡91 69rt 0 9¡ l ¿ 96t ¿ 6tL ¿6 '0¿r8sl ¿096 0 3 01 6-89 I L9¿ 6¿L tSl

69¿ S gtt 0¿l 8Stlr¿ 3 tte 6tl 6it

rçt Ê 391

rgt r'r0¿ 99 ¿91

.¡r¡9J¿J.3 r.prpt ,!Js/¿8¡s 9gr3/¿3r¡ù (rdd)¡s l¡ddlet ¡.Dro óI

?r tú!t ù . !.rtottÞ.J3 r¡rlo¡t

'ìlsYùl svrozvflv 0û 00!.lst 00 3rf0f 00 stxlor tfo J9lqr sortl¡1tly so0f0 - ¡r ytlSll

-1.8-

r82r87.t88\'t60\

ete'

)3t31d

llF r fie ,zrìãll ,.oó

'

"VPür.i'-o¡9gt-'nu 't5?

-oelwr2r/o$'O ,,-O -nr59-t64

r78

79>r63,t62

rdoda t 1700 rn. o.r. i. ã O,7O25

Fig. 23- DTAGRAMA TSOCRÔMCO DAS ROCHAS GRANíT|CO - cNÁtSStCAS REGIONAISDO NORTE DO ESTADO DO AMAZONAS-BRASIL

r86

oor89, r9r4 r90, t96

4r92, r94

o 145, r47

ldodo * lSOO m.o.¡. i. s 0,706O

at74

o Biotilo gronifdides o tilonilo

a Gronitdides de duog micos

Rb87 /sfå6

Fig.24- ÐIAGRAMA IgOCfuICO Rb /Sr PARA 03 EIoTITA-GRANITóIDES A TITANITA( ReEiðo Allo Rio Negro-extroído dc Tossinori,lg8l).

ldode: l7O9 + l7 m.o.

{ sr8? sr86¡o= 9,703 t qoot

MSWD= O,OOOI

- 84-

s,e.nd.o que a baixa razão isotõpica do estrôn.cio indira que as fontes s.ão de n,atureza subcnustal.

Tassinari (op.cit. ) apresentou tam:b6m, um di a,gra-ma isocrônico referente aos granit6ides ã duas micas d¡ bacia doalto rio Negro (figura 25). Nesse diagrama foram obtidas duas retas de referência que forneceram idades de t45l + ll m,a. e

i268 + 23 m.a. respecti vamente, e relações ,i nicia.is Sr87/Sr86 de0.7150 + 0.0020 e 0.7130 + 0.0020. 0 autor citado sugere que es-ses granitõides foram formados a partir de material crustaì,pos-sivelmente dos biotita granitóides a titanita supracitados, indicahdo, alõm disso, que as razões diferentes serian sugestivas defontes distintas.

Analisando as isõcronas de Tassinari (op.c.it.) notd-se que a reta superior foi construída com amostnas provindasda bacia do rio Uaupõs, enquanto que a outra foj montada com a-mostras do rio Xié. t parecer do autor deste estudo que o.s þo.n -tos analíticos 74,76,78,79.-80,83,87 e 98, os quais são da mesmaárea, definem uma isõcrona com idade em torno de ì500 n.a. e razão inicial do estrôncio prõxima de 0.7080 (figura 26); Êssequadro é mais condizente com a geologia regional, jã que na re-gião do Mitú (Colômbia), imediatamente vizinha, foram obtidos resultados ìsocrônicos em torno dessa idade, Em síntese pode-se dizer que os grani tói des do Uaupés/Içana foram formados durante a

fase põs-tectônica do evento Rio Negro-Juruena, enq.u.anto que osdo rio Xié possivelmente se or.ig.inaram por fusão dos biotita grani tõi des e/ou dos grani tõi des a duas mi cas de Uaupés/ Içana, pro-cesso este quiçãs provocado pela ação do evento Rondoniano.

Finalmente Tassinari (op.cit. ) apresentou uma isõcrona referente a rochas vulcânicas que ocorrem no rio Traira(alto rio Negro). A reta definida forneceu uma idade de 1496 + 30Ílr.a. e uma relação sr87/s"86 jnicial de 0.7.l00 + 0.0020 liigura27). Aque I e autor concl ui u a pa rti r des ses valores que as efus i -vas fo.ram d.erivadas por refusão de materi al crustal, durante a

época de i nversão do evento geodi nâmi co Rio Negro-Juruena.

s.81s.06

ldode: t455f m.o.

(sr87sr86¡=q7t5 t qoo2

97002

Fiq.ZS- DTAGRAMA

4

ISOCRôNICO Rb/SrDO NORTE DO

DE REFERËNCIA PARA OS GRANITóIDES A DUAS MICASESTADO DO AMAZONAS" BRASIL.

ldode : t268 i 23 rno.

(sf8?sr86L: o,7t3 t o,oo2

6gRb 87l sf86

sr 87l sr 86

2

Fi9. 26- DTAGRAMA TSOCRôNtCO DE

ldode i t5oO m.o

r. i. = o,7090

o 186

468REFERÊNC]A DOS GRANITOI DESESTÀDO DO AMAZONAS, BRASIL.

I r7t (2x)

ldode ã t?ZO m.o.

r.i.= O,ñ8O

O Gronitóides do Uoupe's / tçono

O Gronitó¡des do Xie

to

A DUAS MICAS DO NORTE DO

Rb 87l sf86

sr87/ s186

0,700 r a

Fig 27-DIAGRAMA ISOCRÓrutCO Rb/Sr PARA,O VULCANISMO ÁCIOO

DA REGIÀO ALTO RIO NEGRO.

ldode = 1496 130 m.o.

( Sr87 S186);= O,7rO t o,oo2

y5y¡g = q 5664

R¡87/ sr86

r6

A INTERMEDIARIO

- 88-

10. Sistemãtíca Rb-Sr em rocha total para aî rochqs do setor no-roeste do Ierritõrio Federal de Roraina, Brasil

0 setor noroeste do Terri tõrio de Roraima (Brasi l)foi geocronologicamente estudado por Basei e Teixeira (.l975), osquaìs apresentaram 9 determinações radjomõtricas Rb-Sr efetuadasem amostras de rocha total. 0s dados analÍticos dessas determinações es tão rel aci onados na tabel a XII, notando-se que a maioriadel es corresponde a gran itos anorogêni cos. Segundo os autoresmencionados , na ãrea em di scussão, não foi possivel construi r diagramas isocrônicos das rochas do embasamento, devido ao ...,Þa.ixoteo r de rubidi o das mesmas.

Com os pontos analiti cos pe rtencentes ãs i ntrus i -vas anorogêni cas da Suite Surucucú, Tassìnari (op.cit. ) el aborouuma isõcrona de referência que forneceu uma idade de l43l m,a. e

ot oEuma razão Sr"'/Sr"" inicial de 0.7130 (fi gura 28). A i dade foiinterpretada como si gni ficati va da época principaì de colocaçãona c ros ta superior dos corpos graniti cos, ac res centa ndo- se que a

mencionada atì vidade provavelmente começou em torno de I550 m.a.Ca be assinalar que esses resul tados são simìlares aos obtf .dos

nos grani tos anorogên i cos do domíni o Ventuari, s upon do- s e portanto que os epìsõdios de magmatismo anorogênico que atingem ex-tensão regional no setor noroeste do 0rãton Amazônico estão ìigados ao mesmo processo geotectôn ico: desenvoì vimento do eventoRio Negro-Juruena.

1.l. Sistemãtica Rb-Sr,em rocha total, para amostras do setor o-ri ental da Amazônia Colombiana

colombianaal. (Ì978).tri cas pel o

traba I ho os

sócronas de

As rochas da parte oriental da região amazôni ca

forarn estudadas geocronologicämente por Priem et.Esses autores apresentaram 40 determinações radiomé-método Rb-Sr em rocha total. tles não indicam no seudados ana 1íti cos obti dos , mostrando uni camente as i -referência. Segundo Pri em et.al . (op. cit.) na re-

,.

TABELA XII - DADOS ANALTTICOS Rb/ST DAS ROCHAS DO SETOR NOROESTE DO TERRITÛRIO FEDERAL

RORAIMA, BRASIL

N9 0rdem

21 5

21 4

216213

?17

Nq Campo Rb ( ppm )

Suru I

Suru 2

PTOIA

PT3O I

PT297

30 5A

BE- 1

0l -A02

458.3334 .2

289

204.7

437.5

Sr(ppm)

Grani tos Anorogênì cos

Referência: 6 - Basei e Teixeira (1975)

* I dade Convenc i ona I Cal cul ada com:

(sr87/srB6 ).i = o.7o5o

).Rb = 1 .42 x 10-11 anos-l

30 5A

BEl

PTO]A

P102

RbBT/sr86 srBT/sr8b

2l .t595.7037 .9

ì59.830. l

144

I55103

73.9

71 .910.323..|

3.7áq a

Rochas do tmbasamento

177'I 4l426

671

2.31700.9330I .18600.7880I .6340

I da de* Referên c i a

2 .373.19.0.7030.3t 9

DE

l s60

l54ll45l1547

l41l

0.76430.78180.72130.7t0'l

6

6

6

6

6

I680I620

6

6

6

6

IcoroI

^ 87. ^ 865f / 5r

Fig.28-DtAGRAMA tsocRoNtco Rb/sr DE REFERÊNcIAOE SURUCUCU.

zo

ldode = t43l t 35 m.o.

( srst/g786¡..6,7 t3 t o,oo4

HSVYO: O,99¿6

PARA OS GRAN]TOS ANOROGÊNICOS

¡lO 1.êot

-91_

gião do Mitú as rochas do embasamento apresentam uma idade isocrônica de 1575 m.a., com uma razão inicia'l Sr87/S186 de 0.7030. Eslses autores consi deram que tal ati vi dade representa a ação do e-vento tectonomagmãtico Parguazensis. Esses resultados são simila-res aos apresentados pe'los granitõides a duas micas do Uaupés, Su

pondo-se neste estudo que tai s I i tot'i pos também representam ro-chas da i nfraestrutura do ci nturão móvel Ri o Negro-Juruena.

Na reg i ão de São Feì i pe, curso do a I to ri o Neg ro,as rochas do embasamento, quando tratadas em di agrama i socrõni co,mostraram uma grande di spersão, com 'idades compreendidas entre1780 e 1450 m.a.. Esses valores foram interpretados por Priem et.al. (op.cit. ) como signjficatjvos da ação dos eventos Transamazô-nico e Parguazensis respectivamente.0 padrão geocrono'lõgico des-ta região 6 muito similar aos obtidos por Tassinari (op.cit. ) e

pelo autor deste traba'lho no curso do rio Negro e no dominio Casiqui are respecti vamente.

Finalmente Priem et.al. (op. cit. ) apresentaram um

diagrama isocrônico construído com amostras cogenõticas das ro-chas vul cãni cas de Yaca-Yaca . A i dade i socrôni ca obti da foi de920 m.a. e a razão jnicial do estrôncio de 0.7340. Segundo os au-tores citados os va'l ones obtidos não são geologicamente significati vos, representando provavel mente a ação de um epi sõdi o metamõr-fico que rehomogene'izou parcialmente o sistema isotõpico Rb-Srdasmencionadas efusivas. Acreditam Priem et.al. (op.cit.) que a ida-de real dessas vulcãnicas esteja situada em torno de 1200 m.a.

12. Sistemãtica K-Ar

Na regì ão em estudo foram obti das, até o presente ,

um total de 76 determinações nadiométricas, efetuadas pelo mêtodoK-Ar, êil minerais e rocha total. Nas tabelas l3 e l4 relacionam-se os dados analíticos dessas determinações, enquanto que na ta-bela I 5 apresenta-se um quadro comparati vo daquel as amostras da-tadas pelo m6todo Rb-Sr e pelo método K-Ar. Nas figuras 29 e 30,

rÀ3aLA xI¡I .0À00S A,iÂLlrlC05 x-¡. ¡ARA Ä5 r0CN45 ttCl0liAls

nq o.rt¿¡ ro cãrpo Lilolosl! l.t.rl.ì r(r) r¡10¡¡¿ ¡¡ ù!ñ(l) ldàdc ¡.rê.õn.1.

lol JOlf G.rnùlltô Plrorànlo¿ì3 ¿9¿s 6.!1ts. 3loùlt¡¡¿7¡A R?7la ¡fibollro a¡¿1bóìlc

294C 29Ãa tuflbollto AnrlÑlìoto al1 Gr.it ro 8lollt¿al 376 lotrlll to slotJtÀ113 ¡r^¡lbol I t turlbó1lo

ld!dca.¡Lr. la00 e ló00 ô,¡

0.99 1300

ó,7t5 t¿.0 ì4336.261 0-A2 1535

2,A44 ¡,91 1400

9,t37 3.5ì t1054.129 0, t5 1150

4. rt4 |,2s ìs355. ¿3¡ ?,tt ì sol7,?î 3,23 l5t76.743 t.05 tl45

ìì5199

t3l135

t95205

xTs63 C¡r¡l to siot I t¡5.39 Gr¡¡tro SloLl l-! 6,631

6530 Gr¿¡ito ßloll rr 3,46016

^¡rlborlto ¡¡fiból1o L l lo

¡0 Ànftù. þ ¡nf1bólto 0.500t3ô

^¡flùollto Slotlq {,660

02 Cràredlo. B1ôtìt¡ s,tl9ì l¡ffbor I r¡ tufl6llo 0.7390

^¡flbolltû Á.flból{o 0.73

á¿ ^c330

Dlû¡it. tlo¿ltr 7.163 !,r99 13.t0 1316

¡6 XIl054 G.¡nlto 8lotttù 1,251 5,424 lt,8l ì3ìI¿4 FBol l+t¡qùòÉ Pl¡gto.. 0,296 2.390 9,6? l!3332 239 Gr¡nlto Siotltâ 6,35¿ 5,t19 1.63 ll73¿1O ¡a0 G.lrito 0totltr 1,2Ao 5,522 2,O, Ì335l0{ ¡l5Jt G¡ô¡lto ElotlÈô 6.610 {,303 r,79 lì99100 ll5?0 Grlnlto Srorftr t.600 5-337 14,63 126ì

lì0 5aat8 cnÈlss. olotlt¡ 6,9s9 5,021 0.33 1269

95 5¡06 tu¡ltr. Clollt¡ l,2t¿ 5.57ì 0.¿l l3¿991 5360 G¡¡iodfo, Siorrt. 5.956 5.497 LIo 1363

ll2 6533 C¡¡i¡r. Slorir¡ 6,3¡¡ 5,604 ì.S9 1396

ll¡ 6t55 6.r¡lto 8lotlr,. ¡,t09 6.297 ì0.67 !19{l8a ¡¿ Gñ.t¡r. tloitt. 5.620 1.s97 l.le 1299

¿01 8¡ âiùlrr. ¡lo¿l¿! 5.9¿0 4.t16 0.36 lt69l?3 tg Gñ¡13s. Slotl¿ô t.rro 5,940 ì.02 l3lzì9A 353 ¡¡ftù.llto anfì6lio 1.07 0-3036 l,l2 l3l9la9 l2t Gh.jrs. Slotlr¡ ¡.1/ ¡,063 1-01 l23l?06 9! 6.!iss€ Slotlt! 6.31 4.900 3,33 l!60zo7 9a càrlr3. rbrcovit. 0,6s 6,5{9 l.ot l32ll¡l 69 Gi.153. A¡llbôl1o 1.20 0.94t 2.01 1360

154 l¿3 q¡¿.dlor, Btotltr 6.06 4.4¿l 0,69 l?37212 ll2 Qù¿.dlor, Btolltr t.?0 5,300 o.tg 1¿95

160 ll8 ôr!¡1ro ¡iorl!ô t,1a 5.325 0.¡r 1265

ll5 122 6¡.nlto tlotlt! 7.06 1,9?A 0.5t l?13laa 100 tltùo ¡lÁÊovlrô ì,øl 5,323 12.{ l30l. ,¡Á-l Cr.¡Íto olotlr¡ - 1266r er^-a G¡!ûlto tlotlt! " 1219¡ PtA-Ìl Gn¡rslo srorlt¡ l3o!,r PR¡-ll G.àß3. xu3covlÈ! - l¿19i P¡Á-lzl Gnãìr3r Siotlt¡ . l3lti ÞnÂ-12À Gn¡lsr. üurcovlt! - l?9lr tn^-la cr¿nlto slotlt¡ - 1236. Pn^-17 G.¡ls3ê 3to¿11,ù - 1264r tn¡-19 Gñ¡l!s. Slotl¿! - IZAS

r t¡¡-¿3 Blôritù - l?40. Pn^.?a Grùrlto Slotlt¡ - 1216. P¡¡-¿a tràirto r¡uscovlt¡ - l¿16

¡¡1.d.. ¡loño.e5 qc. ì?00 ¡,ù,

197 8l Gnllrr. ¡lotlt¡ 4,12 ?.933 t.z? ll191t7 55 Êllo'lto ¡oicovltù 0,17 4,655 L34 1053

lrr 6tl0 Grrhlto Blotltù 6.¿16 3.871 L43 llaoItl 550a G¡ù1rr. Slotilã 6,4s9 ?,9oA L15 905

Â.f.rô¡cl¡r: ? - s¡Ìrio!. Rlv.5 (l9teb)! - tst..!tudo3 - r!3¡l¡!rt (198ì )

6 - 3Àrrr . t.lr.ir¡ (le7t)7 - Pr1.È .t.!1. (1973)

constÀntèi útlll¿òd.s io ciìculo d¡t ld.dêt:

rc'o ¡96 x 1o'9 'ûo¡-l

Itot.' o 5sl ¡ lo_lo r¡o¡_ì

.n.lltlcos f !ton, d. (40 r¡ (lotàì .0.ì16,

-92-

- 93-

fÂ3ELA tIV - I0A0ES {-ar 0E RoctiÁS vu¡.cIriICÄS ÁlioRocËri¡C¡5

¡19 orde! liç C¡úÞo Lltoìoqið fàterl¿l k(:)

1 ,281

ì .780647

t9t606

968

0. ¡4

t.ll

Àr10 r¡¿. Àr àtr. (;) ¡d.de R.f.rêñcj.(ccslP ¡ lo-4)

219 2920 Di¿bi3 io Pì¿gjôcl,160 ll9 orlb¡slo Ro.hô totP538 Þ538 0i.b¡sio Plògjocl.ZAl H¡À13¿ Di.ôãsio PlåE jocì.ZAZ ICEA24 Dlôbíslo Rochå Lot290 ¡CA'12À Di.bãrjo Pl!gjo<].299 Pl09/8F06 oilb¡sio Rochð tot221 Cll.J-l oiàb¡sio Rochó tot3260 3260 Dl¡b;s lo PlÀgiocì.210 97 of.ù;slo noch. ùot2lì 306 oj.ò;slo PllElocl.

t¡trù3i!.r Ácid.s

' tRÂ-5 V{l.¡ntcr tlotl l.' PRÀ-ó vulc¡ñlr! BtoÈl t.. PRÀ-Z Yúlc¡ñlc. 8iotrtâr ¡R4.8 lul c¡ntcù 8lotl r.r PRÁ-9 Vu l.;n I c¡ oiotttà. PRA.IO vu쀡nic. Iiotltå

1.080 5,00 1420 6

1 ,5t 3 0,48 t 436 5

t.234 ì .11 l3l2 3

0.078 t 6,8 ?48 I0.071 6.1{ 212 I0-0699 t 8.57 2lð. I0.0896 ì 3,90 202 ð

0.54ì I 13.66 t340 0

r.?86 ì.t4 ìl8S 3

0.J82 4.0? 984 5

0.539 3.56 9al 5

,16 7

t66 It95

'ltz It¡t 5 7

trz I

l2

rlàctços Álcàljno5

266A Slêñito Àûflbõllo 0.9t9 0.?ì5 3.16 1288 3

ZgrA sienito lcfeli¡c 5.535 J.791 ì.E5 1230 3

nefèrõncl¡r: ! - Est. êrtr¡do5 - I.3sl¡.ri (1981I6 - 0.s.1 ë rêi¡6i.. {1975)7 - P¡iêù êt.àr. (!978)I - Telrelr! (t9r8)

cor!trûtoi r,ttttr¡d¡s: \Ê '0.496 x lo'9 ¡¡o¡'l

Àbr,0.581 ¡ lo-lo ônos-l

¡ rtor ¿" x{o eñ Ktotùl . o,ìr67

* Aiortrõ! s.n d.dos ðñaìlrtcos

-94-

T^8fLA )(V - QU,iDR0 COIItrARATM 0C A¡I0STRAS CoM l0À0ES Rb-Sr e K-Ar

flQ order

t95t98ì 99

185

173

183

2t2160

ì15ìì?72

54

ll9 camDo Ll toìoglõ

. rDôrtr¿s s€n nimero do ordem

82 Cr6nod I o. ì550

85 Anfibdlito86 Ânflbol i to 1672

73 Anfiboì lto ì 514

58 Gnòisse 1752

70 Anfibolitoll2 Qti.dlorito 1652

ì l8 Grànìto ì399

6580 G¡ônito6538 Cnâlsse ì 717

266A Sìenito 1274

H1868 Grônito5360 Grånodl o. 1922

PRA- I Grõnl toPRA- 4 GrànitoPRA- I I Gnàissêinl-tt Gn¡ìssePRA- l2A 6nàissePRA- l2Â Gnài5sePRA- ì4 Grani toPRÀ- 17 GnàissePRA- I9 Gnòisse

PRA-23 Cñ¡issePR^- 2 4 GrònltoPRA- ?4 Grani toPRA- 5 Vulcãnic¿PRA- 6 ljuìcánic¿lRA-7 VuìcánicàPRÂ-8 Yuì cãni cd

PR^- 9 Vulcári(àPRÀ.I0 Vulc;nicè

Id¡de cony€ncion¿ ì - ld¿dc fsocrônic.Rb/sr

1700

ì 500

1700

t7001700

ì700

ì750I750

ì 830

1750

ì575t575t5751575

1s75

ì575ì575

1780 - r 4s0

ì 780 - 1450

ì 780 - t4501780 - ì450I780 - ì450

920

920

920920

920

920

Hùt€rìàì - ¡d¡deR-Ar

Slotita l50lÂnflbõlto l3l9Añflbóì to l406Elotitò 1535

Bl oti tå l3tzAnflbóìio l{50Bloti t¡ 1295

Bioti tà I ¿65glotìtô ì400Biotltô 1396

ÀnfibõIio l?88Eioti t¡ ì488Bi oti ta ì 363

Biotì ta ì 266

Biotità l¿79Biotita ì 309

llüs c ov ì ta 1219

Eiotltà l3l7ì{us co v i tà ì?97

Bioti tô Ì 246

Biotità 1264

Biot{ t. 1265

Biotltà ì240Eiotlt¡ 1276

Xuscovitð ì276Blotita 776

Eioti tà 766

Blotità 795

Bloti tô 732

8ìoti tà 115

Bi ot i tô 772

3@

ro)o()

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.- \:--- ¡77.1¡¡9 PRA

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È.:ì..Ë':î,\.

- a. ./¡ I i I9OÂt6eoá FL 'eo¡ aANF i âos aNF

E

Da

LEGENDA

ldodes moiores que ITOO m. o.

ldodes enlre l4OO e l600m.o

ldodes entre l2OO e l4OOm.o

ldodes menores que l2OOm.o

Fig.29 - MAPA DE LOCALIZ

/i ¿-./ \-.

BRAS

1546i

Al.¡F - Anf ibdlio

Bi - Biolito

PL - P logioctósio

MU - Muscovilo

PIR - Piroxénio

O l8O- Número de ordem

,/ Li^ite en¡re províncios geocrg/ noldgicos - eètruturois

øì Copitol

ESCALAO ã5 22Okm

-.---

DÂS DADES K-Ar DAS ROCHAS REC'IONAIS(o(trI

' Y \''J" vENEiuELa ló'u'\-i \ \-:\:. , t.!o.. \,.,.'\\\*!,.* '¡.. \- -''-''.¡J\.. / -., y\J\X.. í t

I

¡

I'r ¡984.'-.- a941

tô. \

\\\ i\\)('i

LEGENOA

a Diobós¡os

a Mocigos olcolinos

I Rochos vutcônicos

200a ldode X-Ar ( m.o.)

tÉ udo¡o de vdrios dotoçõesr260

42' L¡neo^e¡los eslruturo is regio no is

,/ timite entre províncios geocronotó/ gicos- eslrulurois

@ Copitol

äá*

BRASIL

Fig.3O-MÂPA DE LOCALTZAçÁO ÐAS ROCHÂS VuLCÂNrcAS ANOROGÊNTCAS

\\r ¡rá.ao ---,^'\\\1.14á\ r.\\,-..

-..-'- t ri,/;

ESCALÂ

O 55 22okmt¡.-.-:+l

-97 -

por outro lado, mostra-se a localização das rochas regionais e a

norogêni cas datadas, enquanto que a fi gura 3ì refere- se a um histograma de freqtlência das idades K-Ar obtidas nas rochas regiona is ,

Nas tabel as l3 e I4 pode- s e observar que 46 determi nações foram obti das em b i oti tas, 10 em anfibõl ios, 7 em p la-gìoclãsios, 6 em muscovitas, 5 em rocha total, I em nefelina e lem piroxânio, Percebe-se também, nas tabelas citadas, uma gran-de dispersão das idades, com valores compreendidos entre 200 e

I850 m.a..

A seguir serão di scuti dos os resul tados obti dos,enfatizando-se o seu sìgnificado geol6gico, em termos dos even-tos geotectônicos regionaìs reconhecidos no Cráton Amazônico.

12.1. Sj stemãti ca K-Ar para as rochas regionai s

No histograma da fi gura 3l pode- s e veri car queforam obtidas 57 datações K-Ar das rochas regionais,das quaì.s 40determinaram-se em biotitas, 9 em anfibõlios, 6 em nuscov.ita, Iem plagioclãsio e I em pi roxêni o. E possível conferi r, além d.is-so, que as i dades defi nem t rês pi cos pri nci pa i s: um deì es loca-liza-se ho intervalo de idades .l800-tB5O n.a., o outro é definido por idades compreendidas entre 1500 e 1550 m.a., enguan.tó que

o último e mais significativo 6 formado por.i dades compreendidasentre I250 e 1350 m.a..

l2.l.a. I dades mai ores que ì 700 m.a.

Na figura 29 nota-se que as i dades supeni ores a

1700 m.a, se localizam na regìão considerada mais antiga, istoé, na ãrea i ntegrada pel o Domín i o petrotectôni co Ventuani e pe-ìas reg i ões geolõgicas do alto rio Caura (Es tado Boì ivar) e se-tor noroeste do Territ-orio Federal de Roraima (Brasi'l ), 0s va-

rooo 1200 rztoo ffiæ moFiq.3I - HISTOGRAMA DE FREqJÊÍ.¡Cß Þg IÛADES X.Ar DAS ROCHAS REGIONAIS

Xl eiro xê n ìo

Ø a*inório

l-l B¡oriro

Ñ Muscovito

[ãl elo g io c rds io

-99-

lores obtidos nessa região são aqui ìnterpretados como sìg.ni.f icativos do resfriamento do Ciclo Transamazônico e/ou eventos an.te-rlores. Existe uma exceção referente a amostra 124, q.ue representa um anfibolito locaìizado na bacia do alto rio Negro. Segun-do Tassinarì ('l981), essa idade pode representar um núcleo anti-go preservado, que foi parcialmente rej uvenes ci do, ou al ternati -vamente,a ocorrência de retentividade total do argônio radiogônico por parte dos anfib6lios, os quais teriam-se formado duran-te a fase s i ntectôni ca do evento Rio Negro-Juruena. Cumpre sa-1ìentar que a idade obtida na amostra 303H deve ser encarada com

reserva pois eìa foi determinada num piroxênìo e como se sabe,esses mjnerais não são favorávei s pa ra datações K-Ar. Al ém disso,oteor de potãssio reportado é muìto alto, o que faz suspeitar que

o concentrado mineral anal isado era mui to impuro. E muito possi-vel, portantor 9ue o potãssio determinado provenha de inclusões e/ou fra gmen tos agregados.

ì2..ì.b. Idades compreendi das entre I 400 e I 600 m.a.

As datacões compreendi das no i nterva lo de ì dades

1400-.l600 m.a., correspondem a amostras que se local izam no domi

nio petrotectônico Casiquiare e na região geotõgica afetada pe-ìa bacia do alto rio Negro, havendo apenas uma exceção que se refere a amostra MT 868, Essas datações, na opinião do autor, re-presentam a õpoca de res fri amen to da fase sintectôni.ca do even-to Rio Negro-Jur uena.

A exceção mencionada representa um grani to subvul

cânico.qse se localiza na região do alto rio Caura. Na tabela l5pode-se perceber gue essa rocha forneceu uma idade Rb-Sr de lB30n,a,, enquanto que a sua idade K-Ar em biotita foi de 1488 m.a..A i dade K-Ar é aq ui i n te np reta da como a época de rejuvenescimen-to i sotópi co das mi cas do menc i onado corpo, como conseqtlênci a de

aquecimento provocado, seja pelo extenso magnatìsmo anorogênicoque afeta a ãrea,seja pela ação do evento Rio Negro-Juruena.

t 00-

l2.l.c. I dades compreendi das entre I 200 e I 400 m'a'

um mai or número de datações ' como iã foi di to, con

centra-se no i nterva I o de tempo agora em di scussão ' Esse agrupa-

mento defi ne uma curva de "Gauss " envol vendo 36 datações distri-buÍdas geografi camente em toda a ãrea, das quai s 31 I ocal i zam-se

nos dominios petrotectônicos casiquiare, Siapa e similares de co

lombia e Brasil, e 5 no domínio ventuari e simi l ares. Dentro da

região citada em primeìro lugar, observa-se que idades em torno

de 1300 m,a, (pico prjncìpaì da curva) situan-se preferencìalmen

te no alto curso do rio Negro (setor brasiìeiro), no 'territõri o

afetado pelos al i nhamentos estruturai s que são proì ongamento do

I i neamento de Takutu '

Nes te estudo considera-se que al gunas das i dades

referente s ao interval o em discussã0, 6 di zer' aquel as que cons-

ti tuem o " rabo " do l ado mais anti go da curva, podem representar

o resfrj amento da fase postectôni ca do evento Rio Negro-Juruena.

o res to de datações é i nterpretado cono refl exo de aquecimentos

ocorri dos sobre a ãrea cratôni ca durante a fase prì nc i pal do e-

vento Rondoni ano que teri a-se desenvolvido na borda s udoes te. do

Craton Amazônico entre ll00 e 1400 m.a. atrãs' Cumpre assìnal;ar

que aì gumas bi oti tas e anf ibó1i os de rochas da baci a Uaupés/ I ça-

na, por causas atõ agora desconheci das escaparam ao aquecimento

do evento Rondoni ano. Deve-se dizer tamb-em, que na opi nì ão do

au tor, a reg i ão do alto rio Negro repres en ta va um nível crus ta l

mais profundo, durante a atuação do evento geodinãmìto 'uptutitudo, tendo por consegu inte uma história de resfri amento mais pro-

I ongada.

Das 5 amostras localizadas no dominio Ventuari e

similares das ãreas vì zi nhas, 2 correspondem a grani tos anorogê-

nicos (239 e 240) e as restantes a um metagabro (F801 )' um d'iori

to (AC330) e um granito subvulcânico (l'1T'l059). 0s resultados ob-

ti dos nos granì tos anorogêni cos (tjpo surucucu ) podern ser consi-

derados prõxìmos da época de formação, interpretando-se tal tipode atjvidade magmãtica, como manifestação ígnea reflexa,na ãrea

diEi

- t 01-

estãvel, provocada pela atuação do evento R.io Negro-Juruena. Asoutras idades, no entender do autor, representam um aquecimentoposterior que rejuvenesceu as micas e pìagiocìãsios, Tal aqueci-mento pode ter ocorri do durante a fase si ntectôni ca do êventoRondoni ano, ou então nos epi sõd i os de magmati smo anorogêni co queafetaram a regi ão. Nesse senti do cumpre saìientar que a tabe I al4 reune i dades K-Ar de rochas bãs i cas e alcalinas referentes aomesmo intervalo, podendo exibir significação tectônica simi lar a

do magmatì smo anorogêni co supraci tado.

12.1 . d. I dades menores que I 200 m. a .

As idades K-Ar deste intervalo de tempo são escassas, I i mi tando-se a 4 datações que corres pon dem a 2 gnai sses (g4e 5504 ) , um fi I oni to (55 ) e um gran i to (6bì0). tssas amostrassão de rochas que se localizaln no domînio Casiquiare e na bacìado alto rio Negro, considerando-se neste estudo, que as idadesobtidas em trôs delas representam a superimpos.ição de um eventotectonotermal de idade próxi.ma a ll00 m.a,, A outra idade (refe-rente a amostra 5504), na opinião do autor, representa a épocade reativação termotectôni ca das fal has que afetam aque.l a ãrea.

'I 2.2. Idades K-Ar em rochas vuìcânicas anorogên.icas (extrus.ivas ãcidas, diques b.ãsicos e maciços alcaìinos)

Na regìão em pauta foram obtjdas l9 datações K-Ar,em mi nerai s e rocha tota I de rochas vulcânicas anorogênì cas,sen-do que I l correspondem a determinações efetuädas em dìques bãsìcos,6 a idades obtidas em extrusivas ãcidas e 2 a datações deum maci ço aì cal i no (tabel a ì4), Cab e assinaìar que as idades domagmatismo anorogênico dìscutido neste ítem, são consideradas pelo autor desta pesquisa, cono a prõpria época de formação dessasrochas ' Isto 6 devi do ao fato do res fr i amen to dessas rochas sermui to rãp i do.

0 quadro geocronolõgico K,Ar dos diques bãsìcos a

- 102-

presentou grande dispersão, podendo di sti ngui r-se' a grosso nodo "

dois agrupamentos de idades: um deles corresponde a mani'festa

ções precambrianas e o outro a atividade fanerozóica (Permo-Triãs

sica). 0 fenômeno ígneo precambriano apresenta-se disperso por

toda a ãrea enquanto que aque le do fanerozõi co se concentra na

bacia do rio Içana. As rocha s bás i cas precambrianas repre s entam ,

na opinìão do autor, magmatismo bãsico termìna1 e/ou refìexo as-

sociado ao desenvol vimento dos eventos Rìo Negro-Juruena e Rondo-

niano. As idades fanerozóìcas, por outro lado, representam a épo

ca de ati vi dade ígnea 1igada a fenômenos de deri va conti nental(Teixeira, 'l978).

As rochas extrusivas ácidas (lavas traquiticas de

Yaca-Yaca, Colombìa) fo rnece ram i dade K-Ar em torno de 750 rn.a. 'enquanto que sua idade Rb-Sr em isõcrona foi de 920 m.a. (tabela

t4). Essas rochas repousam di scordantemente acima do embasamento

cri stal i no e segundo os pesqui sadores que as es tudaram (Ga1vìs eL

a1., 1979; Priem et.al., 1978) estão fortemente alteradas. Priem

et.al , (op. cì t. ) acredì tam que a i dade i socrôni ca não é a de for-mação das efus i vas ' mas sim repres entan te de um epi sõdi o metam-or-

fi co que provocou rehomegenei zação i sotõpi ca parci a1 do s i slema

quími co Rb-Sr, Ao mesmo tempo pensam que as i dades K/Ar possi veì -

mente representem a ação de outro epi sõdi o metamórfi co que rej uve

nesceu as ni cas das efus i vas . Segundo os autores ci tados, ambos

os epi sõdi os metam-orf i cos não afetaram as rochas do -embasamento

Cabe assinalar que as idades Rb/Sr possiúelmente possuam significado geológico, pois no setor brasileìro do rio Uaupés'ocorrem ro-cha s bãs i cas com i dades similares. Com rel ação as datações K/ Ar,deve-se di zer que são de dì fícì ì i nterpretação, sendo mesmo pos síve1 que careçam de sign'i fi cação goeotõgica. No entanto ' a concor-

dância. dos resultados (tabela l4) é realmente expressiva.

0 maci ço al cal i no datado neste es tudo (sienito do

I guapo ) acusou i dades , Rb-Sr convenci onal e K- Ar em mìnerais'con-cordantes (tabel a 15), consi derando-se que repres entam a época de

formação do mencionado corpo. Tal ativjdade ignea, na opinião do

a u tor, ã vìnculada ao nagmati smo cra togên ì co I i gado ao fechamen-

to da evol ução tectonomagmãti ca do evento Rio Negro-Juruena '

-103-

CAPITULO VI

EVOLUçÃO GEOTECTON ICA REG]ONAL

0 conj unto de dados geo ìõ9i cos e geocronol ógi cos

discuti dos nos capítul os anteriores, apes a r de ainda serem es-cassos, permi ti ram o reconhecimento de vã ri os epì sõd'i os tectonomagmãtì cos que,na opì nì ão do autor, foram de importãncì a fundamen t al na evol ução geol ógì ca regi ona ì da ãrea em es tudo ' A contìnuação apresenta-se uma síntese referente aos eventos tectono-magmáticos caracterizados, posicionando-os no espaço e no tem

po. Para facilitar o texto a regi ão em estudo serã di vi di da em

duas ãreas, separadas pel o curso do rio 0ri noco : uma localizadaao nordes te e a ou tra co ns eq ue n temen te ao sudoeste do mesmo rio(f igura 32 ).

tvo l ução Crus ta I da Regi ão Localj zada ao Nordeste do Rìo 0rinoco

0s estudos geocronol õgi cos mos traram que as ro-chas granítico-gnãissicas mais antigas iocalizam-se na regiãos i tuada ao nordeste do rjo 0ri noco . Efetivamente, rochas gnãis-sicas cons ì deradas como o embasamento da baci a do a lto Caura

(Estado Bolivar, Venezuela), forneceramç idade isocrõnìca ' Rb-

Sr de l819 + 64 m.a., e uma relação (S.J7ls"86) ìnicìa1 de

0.7021 + 0.0019. No setor noroeste do Terrii,õrio Federal de

Rorai ma (Brasil ), por ou tro I ado, não foram obti das i dades iso-crôni cas Rb- Sr das rochas do embasamento. No en tan to, i dades mi-nerais K-Ar foram da ordem de 1800 m.a.. Já no domínio petrotectônico Ventuari (Territõnio Federal Amazonas, Venezuela), os

gnaisses do embasamento forneceram i dade i socrônica Rb-Sr deo1 ()Ê,

18?6 + 34 m.a. e relação (Sr"'/sr"") inicial de 0.7027 + 0.0008.Algurnas das rochas gnãì ss i cas do domíni o Ventuari tamb6m f oram

datadas peì o método U-Pb em zi rcões, fornecendo 'i dade conctrdì a

Fiq. 32 - PROVINCIAS GEOCRONO-ESTRUTURAIS DA A ESTUDADA

I

Þt

- l05-

em torno de 1850 m.a.. Ca be assi nal ar a i nda, que dados geocrono-l6gìcos Rb-Sr revelaram a presença, no domÍnio Ventuari, de ro-chas ptutônicas anti gas, com i dades em torno de 2200 m.a. (verfi gura 10, capitulo V).

As i dades acìma referi das (próxi mas de ì 850 m.a, )

concordantes por di ferentes m6todos geocrono I óg i cos , são repre -sentativas, no entender do. autor, da época de atuação de um e-vento tectonomagnãtico regional durante o qual houve formação de

crosta. As baixas relações iniciais isotõpicas dê estrôncio su-gerem aìnda que as rochas da infraestrutura da regiãci nordeste ,

foram formadas a parti r de ma teri a I extraÍdo do man to com pouca

ou nenhuma res i dônci a crustal. Consi dera-se po rtan to, que a re-gião em pauta representa um segmento crustal consol idado no fi-naì do evento supraci tado, i sto é, no fjnal do ciclo Transamazônico. Tes temunhas de tal questão são representadas por associ açõesvulcano-pìutono-sedimentares, isentas de metamorfismo, que como

veremos mais adj ante apresentam i dades prõxi mas a I 800 m.a,. Fi-naìmente se conclui, a partìr dos dados suprareferi dos que a

região em discussão forma parte da provincia Amazônia Central de

Cordani et.al. (.l979).

2. Evol ução Crustal da Reg i ão Local izada ao Sudoes te do Rio 0rino c0

As rochas graníti co-gnãi ss i cas que i ntegram' a re-gi ão locaIizada ao sudoeste do rio 0ri noco, isto é, aquel a ãreacons ti tuida pel os domínios CasiquÍare e Siapa, as regi ões geo l õ-gicas do alto rio Negro (Brasiì ) e do setor sudeste da amazôniacol ombiana, apresentaram padrão geocronol õgi co com i dades com-preendidas entre I 780 e I 500 m,a. e rel ações iniciais de es trôn-cio entre 0.7030 e 0.7060. Esse pa drão é d i ferente daq uel e apre-sentado pelas rochas da infraestrutura da região nordeste jã ci-tada, acredi tando-se neste estudo, que o mesmo seja ì"epresentatjvode um evento tec tonomagmã t i co regional diferente do Transamazônico.Nesse sen-

-T06-

do admite-se, tal como foi sugerìdo por Cordani et.al . (op.ci.t. ) epor Tassinari (.l98.l ), que a ãrea em pauta re.presenta o substratode uma fajxa mõvel que foi desenvoì vi da durante a atuação d.o e-vento supracìtado, Esse evento geodinâmico foi denoninado"Rio Ne-gro-Juruena" (Tassinari, op.cit.), tendo sido verjficado que a suafase sintectônica principal ocorreu em torno de l7B0 m,a, (ver figura 'l5, c¡pitulo V). Em adiçã0, as baixas reìações iniciais deestrôncio,das rochas regionais dessa ãrea,indicam que a maioriados I i totj pos são ortometamõrfi cos que foram di ferenciados do manto na õpoca de sua formação, Finalmente admi te-se, em razão doacima exposto, que o setor sudoeste da ãrea mot.ivo desla pesqu.isaconstitui a parte setentrional da província Rio Negro-Juruena.

3. Eventos de Vulcano-Plutonismo Anoroqênico

0s dados geoìõgicos e geocronol6g.i cos referentes a

ãrea em estudo permi ti ram reconhecer e caracteri zar a presença devãrios episõdios de vulcano-plutonismo anorogênico, de carãter ã-cido a intermediãrio, que na opinjão do autor, estão relacionadoscom o desenvolvimento dos eventos tectonomagmãticos reconhecidosprev i amente,

Poden ser d'istinguidos, em ralão da i dade, quatroagrupamento s de epi sõdi os vulcano-plutõnìcos: o primei ro refere--se àqueìas associações vuicano-plutônicas que ocorrem na re-gião an ti ga (ã rea norde s te ) e são contemporâneos com o fi nal doevento tectonomagmãti co Transamazôni co. 0 segundo agrup.amento compreende rochas vulca.no-plutônicas que aparecem em ambas as ãreas(no rdes te e sudoeste do 0ri noco ) e são co n tempo rânea s com o even-to Rio Negro-Juruena. 0 terceiro agrupanento trata-se de vulcano-p lutôni cas que ocorrem na regi ão nordeste que são contemporâneasao evento Rondon i ano, enquanto que o q ua rto refere-se a efus i vas ã

ci das posteri ores ao even to Rondoni ano.

Associações referdntes ao primeiro grupo ocorremextensamente no dominio Ventuari e bacia do alto rio Caura. Nes-

I

)

-107-

sas ã reas as v u I c a n o- p ì u t ô n f c a s aparecem associ adas com cobertu-ras sedi mentares de plataforma e repous am di s cordan temente acimadas rochas do embasamento. Algumas dessas rochas foram datadaspel o método Rb-Sr, fornecendo i dade i socrõni ca de 1830 + 23 m. a .

e relação inicial (sr87.,isr86) a. o.70lg + 0.0006. Admitã-se a partir desses resultados que o vu l ca no- p luton ì smo ci tado é subsequente ao ciclo Transamazônico, marcando a i nversão do evento geod inãmi co ci tado. A baixa razão injcial de estrôncio, por outro ìado,sugere que esses l i toti pos foram deli vados do manto superior.

As s oc i ações vu 1 ca n o -p l u tô n i ca s co n temporã nea s a os

eventos Rio Neg ro- J uruena e Ro ndon i ano são express ivas na reg i ãonordeste enquanto que na sudoeste são pouco signifìcativas. Na

regi ão nordeste são representadas pelas sui tes i ntrus i vas de Surucucú e Parguaza e na sudoeste pelas vul cãni cas do Traira, As sui-tes de Surucucu e P a rguaza a p res en ta ram pa d rão geocronoì õgì co com

idades compreendidas entre 1550 e .l350 m.a. e relações isotõ¡ì ìcasdo es trônc i o inicial em torno de 0.7135. As vul câni cas do ' Traí rapor outro Iado, forneceram i dade isocrôni ca de .l496 m,a. e

ção inicial do es trônc i o de 0.7100.

0s dados acima expostos indicam que o vulcano-þl.u-tonismo representado pelas intrusivas de $urucucu, Parguaza e pe-las vul cãni cas do Traíra estã relacionado ao desènvolvimento daprovínci a Rio Negro-Juruena, ma rca ndo a mudança da menci onada en-ti dade de cond i ções de instabi ì idade tectônì ca para cond i ções cratôni cas. Pode- s e s upor ai nda que o pl utoni smo da reg ião nordes teocorreu em vários epi sõdi os e que as di versas ìntrusivas foramderivadas de materiais de naturez.a crustal, tal como sugerem as

altas rel ações ìsotõpicas.

0 último agrupamento de rochäs vulcânicas refere --se a rochas efus i va s, ãci das a intermediár'i as, que ocorrem na

bacia do rio Uaupés (Lavas traquíti cas de Yaca-Yaca, Col ombi a )quesão pos teri ores ao evento Rondon iano, Essas I avas forneceram i da-de isocrõnica Rb-Sr de 920 m.a. e reìação inicìal de estrôncìode 0.7345. Na opì ni ão do autor essas rochas representam vulcanis

rel a

I08-

mo subseqtlente ao ev en to Rondon i a no sendo der i vadas de material

de natureza crustal .

4. Reati vaÇões tectôni cas com i ntfusões

maci cos al cal inos

0 desenvolvimento dos eventos tectonomagmãti cos

referì dos em ì tens anter.i ores provocaram a reati vação termotec-

tõnica de zonas de fraqueza regìonais que afetam ao Crãton Amazô

nico, Essas reati vações foram acompanhadas por mani festações i9-

n eas bãs i cas. e al cal i nas e por aqueci mentos que em certos casos

provo ca ram reequi 1íbri o i sotõpi co e rei uvenes ci men to das mi cas

de rochas regionais.

0s dados K-Ar obti dos em dì ques bãs i cos i nd i caram

a presença de dois agrupanentos: o primei ro referente ao Precam-

bri ano, com i dades compreendi das entre 950 e 1 400 m'a.' e o ou-

tro do Fanerozõi co com i dades entre 200 e 250 m'a' ' 0 magmati smo

bãs i co precambri ano ' com i dades s i tuadas entre I200 e 1400 m'a'

se Iocal.i za preferenci almente ao ì ongo de zonas de fraqueza que

s ec ci onam ao crãton Amazôni co (l ineamentos de Takutu e Mel o Nu-

nes,sistemadefalhasBolivar-Guri)eprovave]menterepresentamagmatj smo bãs i co termi na l associ ado ao fechamento da evo l ução

da província Rio Negro-Juruena. 0 magmatismo bãsjco com idades

em torno de 950 m'a. - 1000 m'4.' se situa na bacia do rio Uau-

pês (Bras i ì ) e, na opinião do autor, estã rèlacionado com o vul-

can i smo ãci do de Yaca-Yaca, representando os estãgios fi nai s do

evento Rondoniano. 0 vulcanismo bãdico fanerozóico' Þelo seu la-

do, se concentra na baci a do rio I çana (Bras i I ) admiti ndo-se nes

teestudoqueesteja'ligadoaprocessosdederiVacontìnenta.locorridoi no Perno-Tri ãss ì co .

0

parte meri di onal

sienito al cal inoceu i da des Rb- Sr

magmatì smo alcalino, como iã foi visto, afeta a

do domínì o Ventuari , sendo representado pel o

do I guapo (a lto rìo 0rì noco ). Esse corpo forne-

convenci onal e K-Ar em minerais concordantes' em

ì 09-

torno de .l300 m.a., Como jã foi dito en parãgrafos anteriores,admite-se neste estudo que o mencionado corpo representa atìvidade cratogênica I igada ao fechamento da evolução tectonomagmãticada provincia Rìo Negro-Juruena.

Dentro do domínio Ventuari foi caracteri zada geo-

crono I og i camen te a presença de gnai sses cataclãsticos cuj a ida-de isocrônica Rb-Sr foi de aproximadamente 1200 m.a., com uma

rel ação inicial em torno de 0. 7200. No entender do autor desteestudot esse padrão é resultante do reequilÍbrio isotõpico do

sistema Rb-Sr desses gnaìsses, o qual possìvelmente foi provocado pela reativação termotectônica das falhas que afetam essareg ião ,

Na provinc i a Rio Negro-Juruena, na bacia do rioIçana, ocorrem granitóides a duas micas que forneceram idade isocrônica de 'l268 m,a. e reìação inicial de estrôncio de 0.7130.Esses granìtõides foram considerados por Tassinari (op.cit. ) como

produtos refl exos da atuação do ev en to Rondonì ano, acrescentandoainda,que os mesmos possìvelmente sejam derivados da refusão de rochasregionais da província Rio Negro-Juruena. 0 autor deste trabalhoacredi ta, pel o co n t,rã ri o, q ue os referi dos granit6ides foram re e-quìlibrados 'i sotopicamente cono conseqtlência da reativação dos

al inhamentos estruturaìs que afetam aquela região.

A parti r dos dados apresentados nos i tens anLer.i o

res, podemos sumari zar a evol ução geotectôni ca da ãrea ern estu-do da segu i nte nanei ra:

ì) Entre 2200 e 1900 m.a., ocorreram na , regiãonordeste (maìs antì9a), intrusões de rochas plutônicas e episõ -dios vulcânicos. Essas rochas foram posteriormente retrabaìhadaqdando lugar,por erosão, aos sedi mentos precursores dos gna i ssesde Minicia e Macabana , Cumpre assinaìl ar que os dados geol6gi cosindicam que a rnaior parte da crosta da região em pauta foi formada em -epocas pré-transamazônicas. Isto é reforçado por algumasí dades Rb-Sr jsocrônicas de rochas p lutõni côs do domínio Ventua-

- lt 0-

ri (fi gura l0).

2) Em torno de .l850 m.a., a região nordeste foipal co de um evento tectonomagnìãti co regi ona l durante o quaì hou-ve importante processo de acreção-diferenciação manto-crosta.Is-to õ a tes tado pel as ba j xas ra zões ìsotõpicas iniciais do es trõn-cio das rochas 9 r a n í t i c o - g n ã i s s i c a s regi ona is, as qua is são, na

s ua mai ori a ortometamõrfi cas .

3) 0 evento regional foÍ imediatamente seguidopor epìrogêneses, tectônÍca de blocos, episõdios vu'lcano-pìutô-nicos e sedimentação de coberturas de plataforma. Estes proces-sos iniciaram-se em torno de I 830 m.a., segundo evi denci am: asidades das vu l cano-p1utôni cas .

4) Em torno de ì780 m.a., a região sudoeste foi afetada peìa ação de um novo episõdio tectonomagfiãti co regionaì.Nesta ãrea o mencionado episõdio se proìongou por um periodo prõxi-mo de 300 m . a . ,fì na l i zando-se por volta de 1450 m.a.. Durante es-se evento também ocorreu importante contribuição de materiai ex-traído do manto e apreciãvel processo de acreção crustal.

5) 0 des envo 1v i mento do evento Rio Neg ro- Juruenaprovocou, na ãrea estãvel adjacente, diversos epi-sódios de p'l uto-nismo anorogênìco que se iniciaram em torno de 1550 m.a.e finaliza-rem por volta de 1350 m.a.. tsses, epis6dios são acompanhados portectônica de blocos e sedimentação de novas coberturas de plata-forma. Enquanto isso, na mesma época de inicio do pluton'i smo anorogênico,ocorreu sobre a prõpria provincia Rio Negro-Juruena,vufcanismo ácido e sedimentação de coberturas, que são representa -dos peìas vuìcãnicas do Traira e peìas coberturas sedimentaresda serra do Pico da Nebl i na e sìmìlares da ãrea.

6) 0 d e s e n v o I v i me n t o , na borda sudoeste do Crã-ton Amazônico, do evento Rondoniano, provocou nas ãreas estãveigreativações termotectônicas que foram acompanhadas por vulcanismo ãcido a i ntermedi ãri o, pel a i ntrusão de dì ques bãsi cos e ma-

l1r-

ciços alcal inos e por reiuvenescimentos e reequilíbrio isotõpicode aìgumas rochas regi6nais.

7) Finatmente a região em estudo se comportou como

ãrea estãvel desde o fin do evento Rio Negro-Juruena, sendo a-penas afetada por epirogêneses e reativações tectõnicas que

são acompanhadas, em certos casos, por magmatisno bãsico e alca-'I i no.

-11?-

AGRADICIMENTOS

0 autor des ej a expressar o nais profundo agrade-cimento a seu orientador Professor Doutor Umberto Giuseppe Cor-danì peìas inúmeras sugestões, longas discussões e pelo grandeinteresse e dedicação que demonstrou durante o desenvolvimentodeste trabalho. 0s agradecìmentos são extensivos ao ProfessorDoutor Koji Kawashita pelo apoio cientifico e analítico fornecìdo durante a fase laboratorial des te estudo.

. 0 autor a g radece aos géol ogos l^li I son Tei xei raRaimundo Montalvão e Colombo C.G.Tassinari. Aos dois prìmeirosporque gentilmente cooperaram na correção gramatical e ortogrã-fìca do texto. Ao último porque desinteressadamente forneceuao autor a mai ori a dos dados de campo e bi bì i ogrãfi cos da re-gião amazõnica brasileira.

0 autor agradece tanbém ãs D i reções de RecursosHumanos e de Geologia do Ministér'io das Minas e Energia da Ve-nezuela, as quais permitiram, econômica e a dm i n i s t r a t i v a me n t,e , areal Í zação deste traba lho. Meus agradecimentos são tambêm ,èx-tensi vos ao Cons e l ho Nacional de Pesqu.i sas do Brasi ì ( CNPq ) pe-'I o auxílio fi nancei ro dado, durante grande parte do curso.

Ao Doutor Angel Fonseca, Di retor da D i reção deInvestigações Geoanalíticas e Tecnológicas do Ministérìo dasMi nas e Energ ia da Venezuel a, peì a ì i cença concedi da ao autorpara fi naì i zar es te trabal ho.

Ao quadro de funcionãrios do Centro de Pesquì-sas Geocronol6gicas da USP, a saber: Claudjo Comerlatti,Cìaudiodos Santo.s, Helen Sonoki, Ivone Sonoki, José Roberto Medeiros ,

Josê E I mano Gouvei a, Jorge Gouve i a de Al me i da, Keì Sato e Margari da Martins pela aj uda pre s ta da na obtenção dos da dos geocrono'ì 6Ei cos .

- I I 3-

A Sra, Cì audete Sal i nas Franzos i, res pon s áve ì pe

lo trabalho de dati lografì a.

A Sra. Itacy Kroehne e ao Sr. l^laIter Loureiro Ma-deì ra pela confecção dos desenhos dos mapas e f igur"as que cons-tam nes te estudo

A equì pe do setor grãfi co do Insti tuto de Geoci êncìas da USP, especialnente em nome do Sr^. Jaime Alves da Silva,pel a impressão e i ndivj dua I ì zação dos exempl ares.

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