Versão Digital - A Era do Hipertexto · Como bem observou Adam Schaff (1995, p. 43): “fatos são...

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Editora Universitária UFPE

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A ERA DO HIPERTEXTO LINGUAGEM

& TECNOLOGIA

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A ERA DO HIPERTEXTO LINGUAGEM

& TECNOLOGIA

Antonio Carlos Xavier

Recife - 2009

Antonio Carlos Xavier
Graduado (1991) e mestre (1995) em Letras pela Universidade Federal de Pernambuco (1991), doutorou-se em Lingüística pela Universidade Estadual de Campinas (2002). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal de Pernambuco, onde ministra aulas na graduação e pós-graduação. Coordena o Núcleo de Estudos de Hipertexto e Tecnologias na Educação (www.ufpe.br/nehte) e orienta trabalhos de mestrado e doutorado nas áreas de Semântica, Pragmática, Análise de Discursos relacionados à mídia impressa, eletrônica e digital. Atualmente desenvolve projetos de pesquisa na área de Letramento Digital e Ensino à Distância. É radialista profissional e atuou como locutor, apresentador e repórter em rádios de Pernambuco. É locutor publicitário e mestre de cerimônia. Publicou diversos ensaios e artigos científicos em revistas de linguística e comunicação. É autor dos livros A Linguagem do Rádio e Como se faz um texto (ambos pela Editora Rêspel) e organizou os livros Hipertexto e Gêneros Diogitais (com Luiz Antonio Marcuschi pela Editora Lucerna) e Conversas com linguistas (Parábola Editorial).

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, especialmente por sistemas gráficos, microfílmicos, fotográficos, reprográficos, fonográficos e vídeográficos. Vedada a memorização e/ou a recuperação total ou parcial em qualquer sistema de processamento de dados e a inclusão de qualquer parte da obra em qualquer programa juscibernético. Essas proibições aplicam-se também às características gráficas da obra e à sua editoração.

Capa: Karla Vidal

Projeto Gráfico: Sérgio Siqueira

Impressão e acabamento:

EDUFPE

Bibliotecária responsável: Adelma Ferreira de Araújo, CRB-4 1567

Xavier, Antonio Carlos A era do hipertexto: linguagem e tecnologia / Antonio Carlos

Xavier. – Recife : Ed. Universitária da UFPE, 2009. 227 p. : Il., fig., quadros.

Inclui bibliografia ISBN 978-85-7315-629-4 (broch.) 1. Lingüística – Sistemas de hipertexto. 2. Intertextualidade.

3. Tecnologia da informação. I.Título.

81’33 410

CDU (2.ed.) CDD (22.ed.)

UFPE BC 2009 - 112

Agradecimentos

Nenhuma obra se faz sem a ajuda, cooperação e compreensão de muitas pessoas. Tenho muito a agradecer a vários familiares, amigos e instituições que direta ou indiretamente contribuíram para a produção deste livro.

Agradeço a Deus ‘pelo socorro bem presente nos momentos de angústia’; à minha família pelo apoio incondicional, em especial à mamãe guerreira incansável na luta pela vida (in memorian), responsável pelo que sou hoje; ao meu velho e sábio pai pelos valiosos conselhos e ponderações; aos meus irmãos e irmãs pela força nas horas difíceis; à Carmi, mulher inteligente e firme; a Lucas filho exemplar em tudo;

Registro meus sinceros agradecimentos também aos colegas do Departamento de Letras da UFPE com os quais aprendo todo dia a ser profissional. Destaco a importância do professor Luiz Antonio Marcuschi na minha formação. Ele sempre me faz enxergar a luz no profundo túnel das teorias. À minha querida orientadora Ingedore Koch, ser humano espetacular, que acolheu bravamente minha aventura de pesquisa quando ninguém acreditava no meu objeto de pesquisa. À amiga e grande pesquisadora, Vera Menezes, por investir no meu pontencial científico ao oportunizar-me um importante desafio no mundo acadêmico.

Agradeço muitíssimo aos pesquisadores e técnicos do Nehte sem os quais não existeriam o site, o blog, os eventos, a revista Hipertextus, nossa plataforma de EaD e muito menos a Abehte.

Arrumadas de maneira diferente, as palavras ganham um sentido diferente;

e os sentidos, arrumados de maneira diferente, provocam efeitos diferentes.

Pascal (1999, p.35)

Apresentação Fiquei honrada com a oportunidade de apresentar este

livro, pois fui uma das primeiras presas das redes acadêmicas que Xavier sabe tão bem construir. Tenho acompanhado sua carreira, suas realizações e fico feliz de poder compartilhar com seus leitores um pouco do que sei sobre ele e sobre seu novo livro.

Falar de hipertexto no Brasil implica falar de Antônio Carlos dos Santos Xavier, ou simplesmente de Xavier. Sua tese de doutorado - O Hipertexto na sociedade da informação: a constituição do modo de enunciação digital tornou-se uma referência sobre o tema. A tese foi defendida em 2002 na UNICAMP, sob a orientação de Ingdore Koch. Desde então, Xavier não apenas tem se dedicado à pesquisa sobre hipertexto como tem se empenhado em divulgar outras pesquisas ligadas ao tema no Brasil. Em 2004, em conjunto com Marcuschi, editou o livro Hipertextos e gêneros digitais pela Editora Lucerna, reunindo vários colegas brasileiros. O livro foi um sucesso e uma segunda edição foi feita em 2005. Uma nova publicação revisada está sendo editada pela editora Cortez.

Xavier criou o Nehte – Núcleo de Estudos de Hipertexto e Tecnologias Educacionais – no qual de reúne uma equipe interinstitucional, formada por professores-pesquisadores e alunos de iniciação científica e pós-graduação da UFPE e de outras instituições de ensino superior do país. O Nehte tem por objetivo “pesquisar as aplicações das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TICs) na aprendizagem”. Sob a coordenação de Xavier são realizados estudos, cursos, consultorias e encontros científicos. O primeiro evento científico organizado pelo Nehte foi o I Encontro Nacional Sobre Hipertexto, cujo tema foi “Desafios linguísticos, literários e pedagógicos”. O congresso foi realizado

na Universidade Federal de Pernambuco entre os dias 27 e 29 de outubro de 2005, reunindo pesquisadores de todo o país. Demonstrando ser uma liderança na área dos estudos sobre linguagem e tecnologia, Xavier fez com que o evento circulasse pelo Brasil, incentivando seus pares a hospedá-lo em suas instituições. Assim, o segundo encontro aconteceu em 2007, na Universidade Federal do Ceará, e o terceiro acontece em 2009, no Centro Federal de Ensino Tecnológico de Minas Gerais em Belo Horizonte.

Xavier não limitou suas ações aos eventos, criou também a revista digital Hipertextus e o primeiro número da revista saiu em 2007, editada pelo próprio autor. Em 2009, outros dois volumes foram organizados. O volume 2 por Ana Elisa Ribeiro (CEFET-MG) e o 3 por Ermerlinda Ferreira (UFPE). Isso demonstra mais uma vez a sua capacidade de gerenciar sem centralizar e de criar redes. Não satisfeito em promover a reunião dos pesquisadores brasileiros em torno de um evento nacional e de uma revista, Xavier congregou colegas de várias instituições e criou a Associação Brasileira de Estudos de Hipertexto, a Abehte, em 2007, durante o 2° Encontro Nacional sobre Hipertexto em Fortaleza, quando foi eleito seu primeiro presidente. Sua mais recente realização é este livro que agora apresento: A Era do Hipertexto: linguagem e tecnologia. A obra surgiu da revisão e da atualização de sua tese de doutorado sobre as tecnologias de enunciação com foco no hipertexto. Ao longo do livro, Xavier oferece ao leitor excelentes reflexões sobre a revolução digital e a produção e circulação do saber, além de um delicioso capítulo histórico, acompanhado de ilustrações, sobre a evolução das tecnologias enunciativas. Ele apresenta também uma contextualização histórica sobre o surgimento da tecnologia hipertextual e discute várias definições e formas de ver o hipertexto, incluindo a ideia de que, antes da informática, índices e sumários, por exemplo, já eram formas de manifestação da

hipertextualidade. No entanto, o hipertexto de que fala Xavier é exclusivo do ambiente digital. Para ele,

O hipertexto deve ser visto como o locus de processos virtuais que dá vida ao modo de enunciação digital. Este, por seu turno, é uma forma singular de enunciar, isto é, uma maneira própria de dispor, compor e superpor, entrelaçadamente, em uma mesma plataforma enunciativa, os recursos semióticos de natureza linguística e não-linguística -, fato este que o torna distinto da escrita alfabética, ainda que dependente e profundamente nela enraizado. (p.89)

Esse modo de enunciação digital é estudado no último

capítulo do livro que trata da navegação, links e referenciação no hipertexto. Nesse capítulo final, Xavier responde às perguntas “O que são e como funcionam os links no hipertexto? O que leva um usuário a clicar nos links? Como se dá o processo de referenciação acionado pelos cliques nos links?” e utiliza como exemplo a página virtual do CNPq. Deixo ao leitor a busca pelas respostas no texto original e criativo de Xavier. Tenho certeza de que o leitor vai se sentir pego pela mão do autor e terá dificuldades de interromper a leitura, pois o texto que ora apresento é muito sedutor.

Vera Menezes Belo Horizonte, setembro de 2009

Vera Menezes
Possui graduação em Português e Inglês pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (1971), graduação em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (1973), mestrado em Inglês pela Universidade Federal de Minas Gerais (1987) e doutorado em Lingüística e Filologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1991). Atualmente é professora titular da Universidade Federal de Minas Gerais e pesquisadora do CNPq. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Lingüística aplicada, atuando principalmente nos seguintes temas: aquisição de lingua inglesa, pesquisa narrativa, ensino de línguas mediado por computador, gêneros digitais. É uma das pioneiras em educação a distância na área de Letras. Foi presidente da Comissão de Especialistas em Letras da SESu/MEC (2000/2002) e presidente da ALAB (2000/2002). Atualmente é a editora-chefe da Revista Brasileira de Linguística Aplicada.

SUMÁRIO

Introdução................................................................................15 1. Revolução digital, tecnocracia e pós-modernidade ................21

Revolução digital e tecnocracia ............................................. 21 Perigo da tecnocracia: hiper-hegemonia ............................... 24 Revolução digital e determinismo tecnológico ...................... 28 Hipertexto e pós-modernidade ............................................ 34

2. Da argila à tela digital: os suportes da linguagem .................49

Origem do sistema de escrita alfabética: uma tecnologia lingüística ............................................................................. 51 A Diversidade dos sistemas de escrita ................................... 57 Suportes da escrita nos reinos mineral, animal, vegetal e digital ................................................................................ 63 A Prensa na Europa: invenção de Gutenberg........................ 72 Livro: autoria, cânone e liberdade de expressão .............76 Ler no livro ou ler na tela?....................................................... 83

3. Interação, texto e hipertexto ................................................95

Perspectiva sociointeracionista.............................................. 95 Concepção de texto .............................................................. 97 Definição de hipertexto....................................................... 101 Caracterização de hipertexto............................................... 112

4. Hipertexto, enunciação e linguagem digital ........................131

Modos de enunciação e linguagem digital .......................... 132 Diálogo entre concepções de hipertexto ............................. 136 Eco e McLuhan: gerações alfabéticas ou imagéticas?..................137 Kress: reemergência do modo visual de representação...........146

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Bolter: computador como espaço para a nova escrita eletrônica................................................................... 165 Lentidão: um problema de conexão e de percepção cognitiva....................................................... 179

5. Navegação, links e referenciação no hipertexto ...................189 O que é referenciação? ........................................................ 189 O que é link? ....................................................................... 192 Link: dispositivo técnico-informático .................................. 192 Link: mecanismo de referenciação digital ............................ 193 Quais as formas dos links? .................................................. 195

Formas verbais......................................................... 195 Formas visuais ......................................................... 196

Quais as funções dos links no processo de navegação? .....199 Função dêitica dos links ...................................................... 203 Função coesiva dos links ..................................................... 209 Função cognitiva dos links .................................................. 213 Função interacional dos links .............................................. 216

Referências ............................................................................220

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Introdução

Estamos vivendo em plena Era do Hipertexto. Provavelmente, antes de começar a ler este livro, você já tenha lido e respondido a algumas mensagens que diariamente recebe em sua caixa de correio-eletrônico. Talvez já tenha consultado hoje um jornal on-line para saber as novas trapalhadas dos congressistas brasileiros, ou até mesmo comprou esse livro por meio de um site de uma livraria virtual que faz entregas em domicílio. Se pelo menos uma dessas coisas lhe aconteceu, certamente você é um dos 1,5 bilhão de usuários da Internet que acessa todos os dias vários hipertextos sobre os mais diferentes assuntos e para os mais diversos propósitos. Esta nova mídia é uma realidade inegável. Como bem observou Adam Schaff (1995, p. 43): “fatos são fatos, não se podem descartá-los enfiando a cabeça no buraco como avestruz”.

Estamos cercados de hipertextos por todos os lados. Segundo pesquisa do IBOPE referente ao mês de junho de 2009, cerca de 44,5 milhões de brasileiros conectam-se à Internet de casa ou do trabalho. Levando em conta os brasileiros de 16 anos ou mais com acesso a telefone fixo ou móvel, o IBOPE fez uma projeção de 62,3 milhões de pessoas com acesso à grande rede em todo o Brasil. O instituto de pesquisa considera como locais de uso as residências, trabalho, escolas, lan-houses, bibliotecas e telecentros. Uma das consequências diretas do aumento do acesso de brasileiros à Internet é o grande crescimento no tempo gasto com a navegação. Os internautas brasileiros chegaram a navegar 44h59min em um único mês (junho de 2009). Isso coloca o Brasil em primeiro lugar no ranking de tempo de conexão, ficando a frente dos americanos (40h30min), ingleses (36h20min), franceses (34h59 min), japoneses (33h03min) e alemães (29h41min).

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Entre os dez serviços com conexão à Internet mais usados no Brasil aferidos pelo IBOPE no mesmo período, as Mensagens Instantâneas ganharam disparadamente a preferência dos internautas brasileiros que reservaram em média mais de sete horas para conversas on-line. As Comunidades virtuais têm ocupado mais de quatro horas de acesso à rede, e checagem (leitura e escrita) de E-mails com quase três horas apareceram em segundo e terceiro lugares respectivamente. Em quarto lugar ficou o uso da rede para participar de games on-line. Pela ordem de preferência de utilização dos demais serviços com Internet estavam o acesso a sites de Fabricantes de softwares, Portais, Buscadores, Adulto, Ferramentas de Internet e Vídeos/Filmes.

Para todas essas categorias de serviços realizados na Web, há obriagatoriedade de abordar perceptualmente o hipertexto. É sua condição de realização, sem a qual não há navegação. A página web inicial de qualquer site é necessariamente um hipertexto. Há evidentemente muita variação nos seus modelos e formatos. Uns se apresentam mais povoados por diferentes semioses ou modos enunciativos em comparação com outros. Os sites construídos até o fim dos anos 1990 eram muito limitados semioticamente, nos quais predominava o texto, a palavra escrita. Isto acontecia até mesmo em razão da baixa velocidade de conexão que não permitia um rápido carregamento da página web na tela. Por serem mais leves, os arquivos de texto são os primeiros a aparecer diante do hiperleitor. Posteriormente as imagens são formadas e por último os arquivos de som que, por serem programas bem pesados, demoram mais tempo para carregar completamente. Essa limitação na velocidade levava os webdesigners a programarem sites com muitos textos escritos que não obrigassem os visitantes a ficar tanto tempo esperando o fim total do carregamento da página hipertextual.

Entretanto, uma série de fatores proporcionou uma mudança significativa na concepção dos hipertextos a partir do

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final de Século XX e início do século XXI. O desenvolvimento de linguagens de programação tecnicamente mais compactas e visualmente mais sedutoras (Javascript, por exemplo), o aumento na velocidade de tráfego das informações na rede, o bareateamento e a popularização da banda larga revelaram aos criadores de websites o imenso potencial comunicativo contido na hipermídia.

Esta subutilização semiótica foi revista e corrigida. Os webdesigners passaram, então, a explorar ao máximo tais novidades na tecnologia de construção de sites. Hoje não só os iniciados em programação HTML são os únicos capazes de construir websites. Os programas para publicação de informação na Web tornaram-se mais amistosos e fáceis de ser manipulados. Atualmente, qualquer pessoa com tempo, paciência e escolaridade é capaz de confeccionar uma página web, registrá-la em um domínio digital e publicá-la na Internet gratuitamente, já que muitos provedores hospedam páginas de internautas sem qualquer contrapartida financeira.

Logo, não seria exagero afirmar que o hipertexto invadiu irreversivelmente a nossa vida. Na Era do Hipertexto, quem resistir a viver sem ele “já era”, ou pelo menos, terá dificuldades de inserção social e profissional. Sim, precisamos aprender a conviver com ele. Temos que o conhecê-lo cada vez mais para tirar-lhe o máximo do seu potencial comunicativo, socializador, educacional e humano que espera por nossa exploração. É necessário começarmos a dominá-lo sem até mesmo saber quando esgotaremos essa exploração, pois o hipertexto é um ponto de partida sem porto de chegada; quanto mais tentamos atravessar suas camadas, mais ele se nos mostra como um novelo infinitamente desdobrável. O desafio está lançado.

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