VERTIGEM Abordagem em MGF Pedro Henriques – USF Alves Martins Ângela Pinho- USF Viseu Cidade.
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VERTIGEMAbordagem em MGF
Pedro Henriques – USF Alves MartinsÂngela Pinho- USF Viseu Cidade
VERTIGEM- INTRODUÇÃO
Definição Vertigem nos CSP Classificação das vertigens Diagnóstico MCDTs Tratamento Referenciação O “trunfo” de ser MF
Abordagem em MGF
VERTIGEM- DEFINIÇÃO
Tontura é sintoma não-específico 4 categorias:
1-Pré-sincope (sensação de perda de consciência)
2-Desequilíbrio (sensação de queda aparente, não exclusivamente associada a movimento)
3-Enturpecimento (literatura anglo-saxónica “light headness”)
4-VERTIGEM (ilusão de movimento) CAUSA MAIS FREQ. DE TONTURA, diagnóstico CLÍNICO
Abordagem em MGF
VERTIGEM- DEFINIÇÃO
Distinção entre VERTIGEM vs outro tipo de Tontura:
“Quando está tonto sente A CABEÇA LEVE ou AS COISAS A RODAR À SUA VOLTA?”
Abordagem em MGF
VERTIGEM NOS CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS
VERTIGEM = 54% dos casos de tonturas nos CSP
90% destes são provocados por:
-Vertigem Paroxística Posicional Benigna (VPPB)
-Neuronite vestibular -Doença de Méniere
Abordagem em MGF
VERTIGEM NOS CSP
- no idoso : muitas vezes associada a doenças
cardiovasculares, neurológicas, disfunção multissensorial ou iatrogenia
- no doente jovem: muitas vezes associado a perturbações
vestibulares (vertigem posicional paroxística benigna (VPPB), labirintite), perturbações psiquiátricas, uso de sedativos, antidepressivos ou tranquilizantes
Abordagem em MGF
VascularDesmie
li-nização
Tumor
Visual
Somatosensoria
lVestibu
larPERIFÉRICA
CENTRAL
PSICOGÉNICA
FISIOLÓGICA
VERTIGEM- CLASSIFICAÇÃO
Abordagem em MGF
Precipitada por: - Posições pouco habituais da cabeça/pescoço - Movimentos de rotação (Cinetose)
O tratamento consiste em repouso e fármacos anti-eméticos para controlar as náuseas.
VERTIGEM- CAUSA FISIOLÓGICA
Abordagem em MGF
Associada a ataques de pânico, agorofobia
Pode ser despertada por hiperventilação
Suspeitar doentes que permanecem longos períodos de tempo fechados em casa
O nistagmo está ausente durante a vertigem
VERTIGEM- CAUSA PSICOGÉNICA
Abordagem em MGF
O tratamento:
Inibidores selectivos da recaptação da serotonina citalopram, fluoxetina, sertralina
Inibidores da recaptação da serotonina e norepinefrina milnacipram, venlafaxina, duloxetina
Benzodiazepinas Alprazolam, diazepam, lorazepam
Psicoterapia
VERTIGEM- CAUSA PSICOGÉNICA
Abordagem em MGF
Causa Visual- Óculos novos ou lentes incorrectas
Causa Somato-sensorial- Neuropatia periférica (ex. Diabetes Mellitus)
Causa Vestibular - início brusco, duração minutos a horas - evolução por crises.
VERTIGEM- CAUSA PERIFÉRICA
Abordagem em MGF
Vertigem Postural Paroxística Benigna- VPPB A ++++ frequente
Disfunção labiríntica unilateral aguda A + freq. em jovens Geralmente precedida de infec. Respiratória respiratória sup.
Disfunção labiríntica unilateral recorrente Geralmente deve-se à Doença de Méniere = Tríade: vertigem,
acufenos e perda progressiva de audição
VERTIGEM- CAUSA PERIFÉRICA
Abordagem em MGF
VERTIGEM- CAUSA PERIFÉRICA
Vertigem vestibulotóxica intoxicação por fármacos (+ aminoglicosídeos) ou álcool
Fístula perilinfática traumatismo, barotrauma ou cirurgia do ouvido médio
Abordagem em MGF
Patologia periférica horizonto rotatório.
Nistagmo agudo direciona para o lado da lesão.
Nistagmo
Romberg
Babinski Weil
Dix-Hallpike
VERTIGEM- DIAGNÓSTICO
Abordagem em MGF
• Colocar o paciente em posição ortostática, com os calcanhares unidos e pontas dos pés separados em 30°, cabeça reta.
• Colocar os braços ao longo do corpo • Fechar os olhos durante um minuto.
Em caso de lesão periférica o paciente cai para o lado da lesão
Nistagmo
Romberg
Babinski Weil
Dix-Hallpike
VERTIGEM- DIAGNÓSTICO
Abordagem em MGF
O paciente deve caminhar, de olhos fechados num percurso aproximadamente de 1,5m.
No caso de lesão vestibular unilateral, o tônus muscular será assimétrico, provocando desvio da marcha para o lado lesado marcha em estrela.
Nistagmo
Romberg
Babinski Weil
Dix-Hallpike
VERTIGEM- DIAGNÓSTICO
Abordagem em MGF
• O paciente é colocado sentado.
• Posto rapidamente em decúbito dorsal, com a cabeça pendente, ao mesmo tempo em que a cabeça é girada 45° para o lado.
• É mantido nesta posição por 10- 15
segundos, observando-se o aparecimento de nistagmo.
• Volta a sentar-se e repete para o lado oposto.
Pacientes com VPPB desencadeiam nistagmo durante a realização da prova e, na sua maioria, tendo lesão vestibular unilateral, apresentam nistagmo ao girar a cabeça para o lado lesado.
Esta manobra é específica para VPPB.
Nistagmo
Romberg
Babinski Weil
Dix-Hallpike
VERTIGEM- DIAGNÓSTICO
Abordagem em MGF
MANOBRA DE DIX-HALLPIKE – DIAGNÓSTICO DA VPPB
https://www.youtube.com/watch?v=wgWOmuB1VFY
Abordagem em MGF
DIAGNÓSTICO- EXAME FÍSICO
Nistagmus Alterações auditivas Exame cabeça e pescoço Otoscopia Cardiovascular (++ idosos) Manobra Dix-Hallpike- ajuda distinção
entre periférica e central
Abordagem em MGF
Sintomas/Sinais Periférica Central
Início Brusco Insidioso
Evolução Por crise Crónico
Intensidade Severa Moderada
Duração Minutos/horas/dias Dias/meses
Sintomas Cocleares Presentes Ausentes
Sintomas Neurológicos
Ausentes Presentes
Sensação Vertiginosa
Rotação Desequilíbrio
Otoscopia Normal ou alterada Normal ou alterada
Nistagmus Horizontal ou rotatório Qualquer direcção
Babinski-Weil Desvio para o lado afectado
Instável, não lateralizada
DIAGNÓSTICO- CENTRAL VS PERIFÉRICA
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VERTIGEM- MCDTS
Testes laboratoriais – NÃO indicados na abordagem inicial
ECG com D2 longo- suspeita de síncope; se síncope evidente: Holter
Audiometria- doença de Méniere TAC: (= a referenciação ?)
sinais/sintomas neurológicos- Afasia, disartria, paralisia facial…
Factores de risco de doença cerebro-vascular Perda progressiva unilateral de audição
Abordagem em MGF
VERTIGEM- TRATAMENTO
3 componentes: Específico
Dirigido à causa, por vezes curativo Ex. manobra de Epley na VPPB- canal post.
Sintomático Ex.supressores vestibulares na neuronite
vestibular aguda Exercícios de Reabilitação vestibular
Após estabilização dos sintomas agudos e da paragem dos supressores vestibulares
Tto definitivo para muitos doentes
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VERTIGEM- TRATAMENTO
Controle de FR Redução da PA Diminuição da dislipidemia Cessação tabágica Inibição da função plaquetária
Abordagem em MGF
Crise aguda: Geralmente melhora espontaneamente (24-48h) Repouso, antieméticos (Metaclopramida) e agentes
bloqueantes vestibulares (Beta-histina) alívio sintomático
NÃO devem ser usados cronicamente ! Curto ciclo de prednisona pode auxiliar A deambulação precoce favorece a compensação.
VERTIGEM- TRATAMENTO
Abordagem em MGF
Fármaco Dose
Antihistamínicos/Antivertiginosos
Prometazina 12.5–25.0 mg VO, IM ou rectal, a cada 4-12h
Betahistina 4–16 mg de 8/8h
Benzodiazepinas
Diazepam 2–10 mg VO ou IV, a cada 4-8h
Lorazepam 0.5–2.0 mg VO, IM ou IV a cada 4–8h
Antieméticos
Proclorperazina5–10 mg VO ou IM,a cada 6–8h ou 25 mgRectal, a cada 12h
Metoclopramida10–20 mg VO, a cada 6h ou 10-20mg IV (infusão lenta), a cada 6–8h
VERTIGEM- TRATAMENTO
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MANOBRA DE EPLEY- TTO DA VPPB- CANAL POST
Abordagem em MGF
https://www.youtube.com/watch?v=9SLm76jQg3g
Doença de Ménière Tratamento agudo semelhante às restantes situações. Dieta pobre em sal (<1-2g/dia) Diuréticos e betahistina Vertigem severa injecções intratimpânicas de gentamicina
ou reparação/remoção cirúrgica do labirinto. (REFERENCIAR)
Neuronite vestibular agudaAuto-limitada no tempo
VERTIGEM- TRATAMENTO
Abordagem em MGF
ALGUMAS CAUSAS CENTRAIS MAIS FREQ.
Tumores Esclerose múltipla Pós-AVC Epilepsia Enxaqueca
25% doentes têm vertigens
Abordagem em MGF
Nas afecções centrais, a queda ocorre geralmente para frente ou para trás (Rombergclássico).
Nas cerebelopatias o paciente procura manter a base alargada (abasia), caindo aoaproximar os pés, mesmo de olhos abertos.
O paciente coloca os braços estendidos de olhos fechados durante 1-2min. Ocorre desvio não conjugado dos braços nas lesões centrais (conjugado para o lado lesado nas periféricas)
Marcha Ebriosa• a cada passo ocorre um desvio excessivo de todo o corpo;• início indeciso da marcha;• retardo da marcha;• paradas incertas;• passo desigual e irregular;• membros inferiores muito projetados;• tronco inclinado para trás.
Com os olhos fechados, o paciente deverá levar o dedo indicador à ponta do nariz, ao joelho e ao indicador da mão contrária. A lesão cerebelosa impede a concordância do movimento.
O nistagmo pode assumir qualquer direcção, mas particularmente o nistagmo vertical indicará origem central
Nistagmo
Romberg
Braços Estendidos
Babinski - Weil
Indicador – nariz – joelho – indicador
Referenciar!
VERTIGEM- CAUSA CENTRAL
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REFERENCIAÇÃO
•início súbito • cefaleia/cervicalgia de novo • hipoacusia • sinais neurológicos
Neuroma do Acústico - Cirurgia e radioterapia
Abordagem em MGF
O “TRUNFO” DE SER MF
Acompanhamento a longo prazo do doente Conhecimento de antecedentes pessoais Seguimento da medicação crónica Respostas a terapêuticas no passado Perfil psicológico do doente ….
Abordagem em MGF
Harrison´s. 16 Edição Principles of Internal Medicine. Editora McGraw-Hill 2005
“ Condutas na Vertigem” ; Ganança MM et al, Grupo editorial Moreira; 2004
“Vertigem e Desequilíbrio- Noções Básicas”; Grupo de Estudos da Vertigem / Portugal; 1997
http://www.fauquierent.net/ Acta Med Port 2010;23:095-100
VERTIGEM- BIBLIOGRAFIA
Abordagem em MGF
Obrigado pela atenção
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