VÉSPERA ENEM – 2016 - FB Vestibular · Se você respondeu ‘sim’ a alguma dessas questões,...

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OSG.: 108440/16 Linguagens, Códigos e suas Tecnologias LABORATÓRIO DE REDAÇÃO 2 VÉSPERA ENEM – 2016 PROPOSTA I A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema Os impactos econômicos, sociais e culturais deixados no Brasil após grandes eventos esportivos, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Texto I QUAL DEVE SER O IMPACTO DA OLIMPÍADA PARA A ECONOMIA DO RIO? Apesar da atração de mais de 1 milhão de turistas que movimentaram, segundo a Riotur, cerca de R$ 4,1 bilhões durante os Jogos Olímpicos, os impactos econômicos do megaevento para a cidade e o Estado do Rio de Janeiro devem ser mínimos ou até mesmo negativos, de acordo com especialistas ouvidos pela BBC Brasil e o próprio governo. Além disso, eles apontam para a possibilidade de que o Rio peça mais ajuda à União para pagar parte dos R$ 40,1 bilhões gastos com a Olimpíada em meio à crise econômica. Em balanço divulgado pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB) e pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, na terça-feira, os Jogos foram avaliados como um “enorme sucesso”. Segundo os dados apresentados, 1,17 milhão de turistas passaram pelo Rio, sendo 410 mil estrangeiros, que gastaram em média R$ 424,62 por dia, e 760 mil brasileiros, com gasto médio diário de R$ 310,42. A maioria dos estrangeiros veio de Estados Unidos (17%), Argentina (12%) e Alemanha (7%). Entre os locais, a maior parte dos visitantes é de São Paulo (43%), Rio Grande do Sul (9%) e Minas Gerais (7%). O movimento de bares e restaurantes, segundo os dados, cresceu 70% na Zona Sul do Rio, e a taxa de ocupação hoteleira fechou em 94%. Apesar dos números, especialistas avaliam que o impacto econômico pode ser pequeno ou decepcionante. http://www.bbc.com/portuguese/brasil-37171467, acessado em 13/09/16 Texto II EFEITO MARGINAL “Para o país, apesar das cidades que receberam jogos de futebol, o efeito econômico positivo é muito marginal. Já no Rio pode haver um aumento de arrecadação de impostos com os gastos de turistas, mas são apenas duas semanas (de Olimpíada), é algo muito localizado e pouco significativo”, diz Otto Nogami, professor de economia do Insper. Já Pedro Trengrouse, especialista em Gestão, Marketing e Direito no Esporte da FGV, que foi consultor da ONU para a Copa, considera um erro buscar retorno econômico na Olimpíada. “Procurar indícios de retorno econômico para justificar a realização dos Jogos é um equívoco, já que são impactos muito superficiais ou até negativos. Houve quatro feriados no Rio, com efeito brutal sobre a atividade econômica. Quanto a indústria e comércio perderam com isso? Na Copa registramos perdas no comércio e indústria com as paralisações”, avalia. Para ele, o megaevento deve ser encarado como uma grande festa. “A festa foi feita, e gastamos para organizá-la. Agora, procurar retorno econômico da realização de uma grande festa é um equívoco, porque ele é muito marginal diante do que foi gasto”, avalia. http://www.bbc.com/portuguese/brasil-37171467, acessado em 13/09/16

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OSG.: 108440/16Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

LABORATÓRIO DE REDAÇÃO 2Véspera enem – 2016

PROPOSTA I

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema Os impactos econômicos, sociais e culturais deixados no Brasil após grandes eventos esportivos, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto I

QUAL DEVE SER O IMPACTO DA OLIMPÍADA PARA A ECONOMIA DO RIO?

Apesar da atração de mais de 1 milhão de turistas que movimentaram, segundo a Riotur, cerca de R$ 4,1 bilhões durante os Jogos Olímpicos, os impactos econômicos do megaevento para a cidade e o Estado do Rio de Janeiro devem ser mínimos ou até mesmo negativos, de acordo com especialistas ouvidos pela BBC Brasil e o próprio governo.

Além disso, eles apontam para a possibilidade de que o Rio peça mais ajuda à União para pagar parte dos R$ 40,1 bilhões gastos com a Olimpíada em meio à crise econômica. Em balanço divulgado pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB) e pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, na terça-feira, os Jogos foram avaliados como um “enorme sucesso”.

Segundo os dados apresentados, 1,17 milhão de turistas passaram pelo Rio, sendo 410 mil estrangeiros, que gastaram em média R$ 424,62 por dia, e 760 mil brasileiros, com gasto médio diário de R$ 310,42.

A maioria dos estrangeiros veio de Estados Unidos (17%), Argentina (12%) e Alemanha (7%). Entre os locais, a maior parte dos visitantes é de São Paulo (43%), Rio Grande do Sul (9%) e Minas Gerais (7%). O movimento de bares e restaurantes, segundo os dados, cresceu 70% na Zona Sul do Rio, e a taxa de ocupação hoteleira fechou em 94%.

Apesar dos números, especialistas avaliam que o impacto econômico pode ser pequeno ou decepcionante.

http://www.bbc.com/portuguese/brasil-37171467, acessado em 13/09/16

Texto II

EFEITO MARGINAL

“Para o país, apesar das cidades que receberam jogos de futebol, o efeito econômico positivo é muito marginal. Já no Rio pode haver um aumento de arrecadação de impostos com os gastos de turistas, mas são apenas duas semanas (de Olimpíada), é algo muito localizado e pouco significativo”, diz Otto Nogami, professor de economia do Insper.

Já Pedro Trengrouse, especialista em Gestão, Marketing e Direito no Esporte da FGV, que foi consultor da ONU para a Copa, considera um erro buscar retorno econômico na Olimpíada.

“Procurar indícios de retorno econômico para justificar a realização dos Jogos é um equívoco, já que são impactos muito superficiais ou até negativos. Houve quatro feriados no Rio, com efeito brutal sobre a atividade econômica. Quanto a indústria e comércio perderam com isso? Na Copa registramos perdas no comércio e indústria com as paralisações”, avalia. Para ele, o megaevento deve ser encarado como uma grande festa.

“A festa foi feita, e gastamos para organizá-la. Agora, procurar retorno econômico da realização de uma grande festa é um equívoco, porque ele é muito marginal diante do que foi gasto”, avalia.

http://www.bbc.com/portuguese/brasil-37171467, acessado em 13/09/16

Laboratório de Redação – 2016

2 Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

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Texto III

ARRECADAÇÃO E FERIADOS

Consultada pela BBC Brasil, a Secretaria de Estado da Fazenda do RJ diz que, diante do perfil dos gastos dos turistas, na sua maioria com o setor de serviços, o principal tributo impactado é o ISS, de arrecadação municipal.

A pasta diz que o ICMS pode ter tido arrecadação reduzida – assim como ocorreu na Copa, em 2014 – e pondera efeitos negativos sobre a economia.

“Para o Estado do Rio, a indústria é o principal setor em impacto no ICMS e, possivelmente, o setor industrial pode ter tido a atividade reduzida ou inalterada na Olimpíada, por causa dos feriados (decretados por conta dos Jogos). Apesar de haver impacto positivo dos turistas gastando dinheiro em restaurantes, bares e lojas, é importante observar e compensar os custos da redução da atividade econômica, por conta de engarrafamentos e feriados que ocorreram durante o evento olímpico”, diz a secretaria em nota.

A secretaria diz que os impactos serão mais claros quando saírem os dados tributários de agosto e complementa que “do ponto de vista financeiro, devem ser considerados ainda os investimentos efetuados em obras e no metrô”.

Já a Prefeitura do Rio disse à BBC Brasil que a expectativa é de que haja incremento na arrecadação de ISS no setor hoteleiro.Apesar de não verem um grande efeito sobre a arrecadação de impostos, os especialistas avaliam que algumas das obras

consideradas como legado (entre elas corredores de ônibus especiais, VLT, melhorias na cidade e a expansão do metrô) podem ter impacto econômico positivo, por se tratar de investimentos em infraestrutura a curto e médio prazos.

http://www.bbc.com/portuguese/brasil-37171467, acessado em 13/09/16

Texto IV

QUEM VAI PAGAR A CONTA?

O governo estadual, que chegou a deixar de pagar salários de servidores e decretou estado de calamidade pública por conta da crise econômica, recebeu R$ 2,9 bilhões como doação da União às vésperas da Olimpíada.

“Quaisquer incrementos de arrecadação por conta dos Jogos e o próprio repasse recente do governo federal são apenas um alívio temporário para o estado do Rio. A longo prazo, sem reformas previdenciárias e redução de custos com folha de pagamento, há grande chance de o estado precisar de mais ajuda federal para honrar esses empréstimos”, diz Carlos Ramirez, diretor de finanças públicas internacionais da agência de classificação de risco Fitch.

Para ele, o pior cenário para o Rio seria a manutenção do preço do petróleo em baixa e uma recusa da União em voltar a socorrer o estado, o que aprofundaria a crise.

Para Nogami, a Olimpíada deve deixar como principal efeito positivo um “respiro momentâneo” na crise econômica com os aportes recebidos e a movimentação de turistas, mas a longo prazo os efeitos podem ser negativos.

“No país, retoma-se a crise política e continua o cenário de recessão, sem efeito benéfico dos Jogos. E no Rio, com o término do megaevento, resta saber quem vai pagar a conta da realização da Olimpíada”, diz.

http://www.bbc.com/portuguese/brasil-37171467, acessado em 13/09/16

DICAS REDACIONAIS

No rascunho, siga esses passos:1) Escreva as ideias (para não esquecer)

• faça uma lista de tudo o que lhe vier à memória.• quanto mais ideias, melhor.• use palavras abreviadas e frases curtas.

2) Elimine as ideias (para não fugir ao tema)• contraditórias, desnecessárias, que não se ajustem ao tema proposto. Não queira aproveitar todas as ideias.

3) Selecione as ideias (para que haja ordem e clareza)• enumere-as.• ordene-as em forma de roteiro a ser seguido.

Assim, devem-se selecionar informações e argumentos, organizá-los em grupos funcionais para compor os parágrafos e relacionar a sequência de parágrafos, para que a leitura de uma etapa do texto conduza o leitor naturalmente à próxima etapa.

PROPOSTA II

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema Ansiedade: formas de combate e prevenção ao novo mal do século, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Laboratório de Redação – 2016

3Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

OSG.: 108440/16

Texto I

Você sofre por antecipação? Acorda cansado? Não tolera trabalhar com pessoas lentas? Tem dores de cabeça ou muscular? Esquece-se das coisas com facilidade? Se você respondeu ‘sim’ a alguma dessas questões, é bem provável que sofra da Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA). Considerada pelo psiquiatra Augusto Cury como o novo mal do século, suplantando a depressão, ela acomete grande parte da população mundial.

http://www.livrariacultura.com.br/p/ansiedade-como-enfrentar-o-mal-do-seculo-42158042, acessado em acessado em 13/09/16.

Texto II

ANSIEDADE

Ansiedade é uma emoção que todo ser humano apresenta em determinada vivência, em algum momento de sua vida, uma reação normal do organismo, porém, sujeito ocasionar alguns sintomas físicos e psicológicos. Portanto, não deve ser considerada necessariamente como uma doença (ISMAEL, 2010).

De acordo com Dalgalarrondo (2008), quando a ansiedade é de base orgânica a pessoa fica frequentemente irritada e seu humor muda constantemente.

Para Batista e Oliveira (2005), a ansiedade é uma resposta emocional que acompanha um alerta geral de perigo, a função da ansiedade é alertar a pessoa de um perigo que pode estar próximo a acontecer, que se traduz a uma inquietação que pode resultar em manifestações de ordem fisiológica e de ordem cognitiva. Algumas manifestações podem ser passageiras ou podem constituir uma maneira estável e permanente de reagir e sua intensidade pode variar de níveis imperceptíveis até níveis extremamente elevados.

https://psicologado.com/atuacao/psicologia-clinica/ansiedade-em-pacientes-cardiopatas, acessado em 13/09/16.

Texto III

http://3.bp.blogspot.com/_W1MC2hjHwtM/TEYp4wDLFgI/AAAAAAAAAJE/XxEf8p2EAk0/s1600/Gr%C3%A1fico+Stress.jpg, acessado em 13/09/16.

Texto IV

RISCO DE INFARTO CRESCE 60% COM ANSIEDADE E DEPRESSÃO

Problemas cardíacos são responsáveis por 30% das mortes no Brasil. Considerada fator de risco para desenvolvimento de doença cardíaca, depressão será a doença mais comum em 2030, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.

Hipertensão arterial, tabagismo, sedentarismo e obesidade são alguns dos mais conhecidos e explorados fatores de risco para o desenvolvimento de problemas cardíacos, que são responsáveis por 30% das mortes por ano no Brasil, mas a ansiedade e a depressão também precisam ser controlados para manter um coração saudável.

De acordo com o InterHeart, estudo que envolveu 52 países e teve como objetivo avaliar de forma sistematizada a importância dos fatores de risco para doença arterial coronariana, revelou que fatores psicossociais, como estresse e depressão, aumentam o risco de infarto em 60%.

“A depressão e a ansiedade não eram tratadas como coadjuvantes das doenças coronárias, porém hoje são tratados como marcadores de risco isolados e merecem atenção especial, pois podem ser confundidos com outras crises, como tristeza e melancolia”, diz o cardiologista do Hospital do Coração, responsável pelo Programa de Cuidados Clínicos no Infarto do Miocárdio e membro do Comitê Diretivo do estudo, Leopoldo Piegas.

Após a avaliação de 30 mil pacientes que participaram do estudo, os pesquisadores concluíram que a depressão reduz o calibre dos vasos sanguíneos e eleva a pressão arterial. Já a ansiedade e estresse aumentam a produção de substâncias inflamatórias relacionadas a aterosclerose coronária.

Laboratório de Redação – 2016

4 Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

OSG.: 108440/16

(...)“Os fatores relacionados ao estresse estão presentes no relacionamento familiar, tempo reduzido para o lazer, sedentarismo,

insônia e oscilações de humor. Além disso, características de personalidade, como perfeccionismo, elevada autoexigência, ansiedade e ligação com o trabalho interferem na intensidade do estresse”, explica a chefe do Serviço de Psicologia do hospital Silvia Cury.

http://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/noticias/risco-de-infarto-cresce-60-com-ansiedade-e-depressao, texto adaptado, acessado em 13/09/16.

DICAS REDACIONAIS

1) Quando escrevemos, nosso texto deve fazer sentido para quem o lê. Se um texto faz sentido, dizemos que é COERENTE. Podemos dizer que um texto deve possuir coerência em três níveis:• do texto em si, ou seja, uma coerência interna;• do texto com a realidade, ou seja, uma coerência externa;• do texto com a proposta de redação.

2) Ademais, um texto é uma unidade de sentido; por isso, os elementos que compõem (palavras, orações, frases) devem estar harmonicamente relacionadas. Quando há perfeita conexão entre esses elementos do texto, dizemos que ocorreu COESÃO. Você pode utilizar:• Coesão por substituição• Coesão por conexão• Coesão por omissão

Portanto, na revisão do seu rascunho, atente para a coerência e a coesão textuais.

INSTRUÇÕES:

• O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.• O texto definitivo deve ser escrito, à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.• A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas

copiadas desconsiderado para efeito de correção.

Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:• tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “insuficiente”.

• fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.

• apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.

• apresentar parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto.

Raul M. – 27/09/2016 – Rev.: Rita