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Vestibular de Verão UEM 2013 Página 3 PROVA 2 - LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS EM LÍNGUA PORTUGUESA E LÍNGUA ESTRANGEIRA É uma forma de os professores do Colégio Platão contribuírem com seus alunos, orientando-os na resolução das questões do vestibular da UEM. Este caderno ajuda o vestibulando no processo de aprendizagem porque comenta a resolução de cada questão de forma clara e objetiva. No final, temos o comentário de cada disciplina, feito pelos professores do Colégio Platão. Vestibular de Verão UEM 2013

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PROVA 2 - LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS EM LÍNGUA PORTUGUESA E LÍNGUA ESTRANGEIRA

É uma forma de os professores do Colégio Platão contribuírem com seus alunos, orientando-os na resolução das questões do vestibular da UEM.

Este caderno ajuda o vestibulando no processo de aprendizagem porque comenta a resolução de cada questão de forma clara e objetiva.

No final, temos o comentário de cada disciplina, feito pelos professores do Colégio Platão.

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REDAÇÃO

O texto 1 trata dos fatores que podem contribuir para o sucesso no vestibular. No texto 2, destaca-se um desses fatores, a inteligência como elemento para o sucesso nas áreas pessoal e profi ssional. Tendo esses textos como apoio, redija os gêneros textuais solicitados.

TEXTO 1

O segredo do vestibularPara conseguir uma vaga, muitos investem

pesado nos estudos. Paula Gabriela Marin Figueira, 16 anos, pretende prestar Medicina. A paulista estuda no tradicional Colégio Bandeirantes, um dos campeões em aprovação no vestibular. Mas, por “garantia”, matriculou-se em um cursinho. “Anoto tudo o que os professores falam durante as aulas, assim gravo melhor as informações”, afi rma.

Maira Teresa Lima Pereira, 22 anos, faz cursinho para conseguir uma vaga em Medicina Veterinária. No ano passado, passou para a segunda fase na Universidade Estadual Paulista (Unesp), mas foi reprovada porque errou todas as questões da prova de Matemática. “Este ano eu não vou zerar porque tenho estudado muito mais. Estou mais confi ante.

Desta vez eu passo”. Maira é mais uma estudante que abdicou das horas de lazer para fi car mais tempo com os livros.

Mas qual é o segredo para passar no vestibular? (...)O neurologista Ibsen Tadeo Damiani, professor

da Santa Casa de São Paulo e secretário da divisão de neurologia da Associação Paulista de Medicina (APM), explica que os vestibulandos têm que assimilar muita informação em um curto período de tempo. E o problema é que muitos dados acabam se perdendo pelo meio do caminho. “Quando estamos lendo, as informações visuais são transmitidas ao córtex occipital e percorrem um longo caminho até chegar ao lobo temporal”, explica. “No processo, há uma alteração na taxa de disparos químicos entre os neurônios, as células que fazem a comunicação de dados no cérebro. Essa é a memória de curto prazo, que você usa rapidamente e esquece em seguida”.

Isso signifi ca que, para lembrar um dado duas semanas depois de tê-lo captado na mente, é preciso convertê-lo em memória de longo prazo. Esse trabalho fi ca a cargo do hipocampo, segundo o médico. “Depois que os dados são integrados aos circuitos do cérebro, o hipocampo descansa e quem trabalha é o lobo frontal, estrutura responsável pelo processo de recordação. É ele que traz à tona todas as informações que foram devidamente estocadas”. (...)

Não basta ter um Q.I. elevado e não saber manter a calma

Quem não faz muito esforço para aprender as matérias é Herbert Sollmann, 17 anos, ex-aluno do Programa Objetivo de Incentivo ao Talento (Point), voltado para superdotados. Ele dispensa os simulados do cursinho e garante que não estuda mais que quatro horas por dia.

Durante o tempo em que se dedica aos livros, ouve música e assiste a televisão ao mesmo tempo. “Se eu estudar por muitas horas, esqueço tudo o que li. Por isso, prefi ro prestar atenção às aulas porque assim memorizo grande parte das informações”. Sollmann é candidato a uma vaga em Engenharia Mecânica na USP. (...)

O psicólogo Rubens Riveras Valverde constata que a falta de controle emocional explica o fato de o aluno tido como “brilhante” não se dar bem nos exames. Ele acredita que o sucesso no vestibular não é exclusividade do gênio ou do conhecido “CDF”. “A força de vontade faz que muitos adolescentes que não são considerados inteligentes convertam esse sentimento em capacidade de passar em uma prova”, diz.

Do ponto de vista matemático, é praticamente impossível passar no vestibular só chutando

Mas e aquela “fezinha”, conta na hora da prova? (...) O matemático Jorge Oishi, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), não acredita muito nessa história. O especialista calculou para o Terra quais seriam as chances de um candidato que não sabe absolutamente nada passar no vestibular por meio do “chutômetro”, em uma prova de múltipla escolha com cinco alternativas. “Não importa a alternativa escolhida, a probabilidade de um aluno acertar no chute é de 20 %. Para acertar duas questões, a chance diminui para 4 % (1/5 x 1/5 = 1/25 e 1/25 x 100) e, para acertar três, fi ca ainda mais difícil: 0,8 %”, explica. (...)

Mas a estatística do matemático não é tão pessimista assim. “É claro que, se o candidato chutar apenas algumas questões e souber a maioria, a coisa muda de fi gura. Ele pode fi car com duas alternativas, o que garante uma probabilidade de 50 % de acerto”, conclui. (...)

Adaptação do texto disponível em <http://educaterra.terra.com.br/vestibular/2001/10/19/064.htm>. Acesso

em 29/08/2013.

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TEXTO 2

O poder da inteligênciaPesquisas revelam que as pessoas com Q.I.

elevado têm também inteligência emocional com alto potencial e boas chances de realização pessoal e profi ssional. Sabe-se agora que o nível de inteligência da humanidade tem aumentado muito. E, segundo os especialistas, existe um arsenal de recursos para expandir a capacidade mental das pessoas, sobretudo a inteligência das crianças.

A Mensa Brasil é o braço brasileiro de um clube internacional, nascido na Inglaterra em 1946, que reúne alguns dos donos dos mais altos quocientes de inteligência (Q.I.) de todo o planeta. Conversar com essa gente é uma experiência que comprova algumas das últimas descobertas feitas pelos cientistas que pesquisam a inteligência e o comportamento humanos.

Essas pessoas tendem a ser mais curiosas, seus interesses abrangem um universo maior e a relação delas com o mundo é mais rica. Há os gênios ranzinzas e os sábios ermitãos, mas tudo indica que estes são exceção à regra. Pelo que a ciência vem reafi rmando, o quociente de inteligência medido pelos testes mais tradicionais (aqueles que detectam a capacidade de raciocínio linguístico, matemático e lógico) indica também o potencial da pessoa para se relacionar com os outros e para enfrentar os problemas do dia a dia. Nessa perspectiva, o Q.I. seria um fator importantíssimo para o sucesso. (...)

Adaptação do texto disponível em <http://veja.abril.com.br/270601/p_092.html>. Acesso em 29/08/2013.

“Fatores que podem contribuir para o sucesso no vestibular”. Esse foi o tema da prova de redação do vestibular de verão/2013 da Universidade Estadual de Maringá. Assim como em outras edições do concurso, uma discussão atemporal e que não esteve em evidência nos meios de comunicação nos últimos meses.

Foram dados dois textos de apoio. O primeiro, “O segredo do vestibular”, foi retirado do site www.educaterra.terra.com e trouxe relatos de vestibulandos e opiniões de especialistas acerca dos fatores que infl uenciam na preparação para o vestibular. O segundo texto, cujo título é “O poder da inteligência”, teve como fonte a revista Veja e apresentou informações sobre a relação entre o Q.I. e a inteligência emocional.

A partir da leitura desses textos, o candidato foi convocado a produzir dois gêneros textuais: resposta argumentativa e relato.

GÊNERO TEXTUAL 1 – RESPOSTA ARGUMENTATIVA

Como vestibulando, redija, em até 15 linhas, uma resposta argumentativa à pergunta “Qual o segredo do vestibular: inteligência, esforço ou sorte?”. Você pode basear-se nas informações dos textos de apoio, mas não deve apresentar cópia deles.

A resposta argumentativa é um gênero de nível médio porque exige do candidato a defesa de uma tese com argumentação coerente e convincente. O comando trouxe a pergunta “Qual o segredo do vestibular: inteligência, esforço ou sorte?”. A partir da leitura dos textos de apoio e da sua visão de mundo, o aluno deveria começar retomando o enunciado (Por exemplo: “O segredo do vestibular é...”, “Esforço é o segredo do vestibular porque...”, “Inteligência e esforço são o segredo do vestibular porque...”) e, depois, apresentar argumentos que sustentassem sua opinião. Quem seguiu essa estrutura e observou questões relacionadas à coesão e às normas gramaticais tem muitas chances de tirar uma boa nota. Importante ressaltar que o comando deixou claro que o candidato poderia se basear nas informações do texto, mas não deveria copiá-las.

GÊNERO TEXTUAL 2 – RELATO

Como professor de ensino médio, relate, em até 15 linhas, a experiência de um ex-aluno que foi aprovado no vestibular valendo-se da inteligência, do esforço e da sorte. Para nomear esse aluno, utilize os nomes Margarete ou Gastão.

O relato é um gênero cujo objetivo é descrever uma sequência cronológica de ações sem a criação de expectativa. O comando especifi cou a fi nalidade do texto: imaginando-se professor de ensino médio, o candidato deveria relatar a experiência de um ex-aluno que foi aprovado no vestibular valendo-se da inteligência, do esforço e da sorte. Era preciso estar atento às marcas desse gênero: sequência de ações, com predominância dos verbos no passado, presença dos elementos da narrativa (tempo, espaço, narrador, personagens), mas sem a estrutura dela, ou seja, SEM a criação da expectativa no leitor. O comando especifi cou dois nomes possíveis para o personagem: Margarete ou Gastão.

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LÍNGUA PORTUGUESA

TEXTO

O Verbo For

João Ubaldo Ribeiro

5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

Vestibular de verdade era no meu tempo. Já estou chegando, ou já cheguei, à altura da vida em que tudo de bom era no meu tempo; meu e dos outros coroas. (...) O vestibular, é claro, jamais voltará ao que era outrora e talvez até desapareça, mas julgo necessário falar do antigo às novas gerações e lembrá-lo às minhas coevas (ao dicionário outra vez; domingo, dia de exercício).

O vestibular de Direito a que me submeti, na velha Faculdade de Direito da Bahia, tinha só quatro matérias: português, latim, francês ou inglês e sociologia, sendo que esta não constava dos currículos do curso secundário e a gente tinha que se virar por fora. Nada de cruzinhas, múltipla escolha ou matérias que não interessassem diretamente à carreira. Tudo escrito tão ruybarbosianamente quanto possível (...).

Havia provas escritas e orais. (...) Tirava-se o ponto (sorteava-se o assunto) e partia-se para o martírio, insuperável por qualquer esporte radical desta juventude de hoje. A oral de latim era particularmente espetacular, porque se juntava uma multidão, para assistir à performance do saudoso mestre de Direito Romano Evandro Baltazar da Silveira. Franzino, sempre de colete e olhar vulpino (dicionário, dicionário), o mestre não perdoava.

(...) Ai, minha barriga! exclamava ele.

Deus, oh Deus, que fiz eu para ouvir tamanha asnice? Que pecados cometi, que ofensas Vos dirigi? Salvai essa alma de alimária. Senhor meu Pai!

Pode-se imaginar o resto do exame. (...) Comigo, a coisa foi um pouco melhor, eu

falava um latinzinho e ele me deu seis, nota do mais alto coturno em seu elenco. (...)

Eu dei show de português e inglês. O de português até que foi moleza, em certo sentido. O professor José Lima, de pé e tomando um cafezinho, me dirigiu as seguintes palavras aladas:

Dou-lhe dez, se o senhor me disser qual é o sujeito da primeira oração do Hino Nacional!

As margens plácidas respondi instantaneamente e o mestre quase deixa cair a xícara.

Por que não é indeterminado, “ouviram, etc.”?

Porque o “as” de “as margens plácidas” não é craseado. Quem ouviu foram as margens

55 60 65 70 75 80

plácidas. É uma anástrofe, entre as muitas que existem no hino. “Nem teme quem te adora a própria morte”: sujeito: “quem te adora”. Se pusermos na ordem direta...

Chega! berrou ele. Dez! Vá para a glória! A Bahia será sempre a Bahia!

Quis o irônico destino, uns anos mais tarde, que eu fosse professor da Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia e me designassem para a banca de português, com prova oral e tudo. (...) Uma bela vez, chegou um sem o menor sinal de nervosismo, muito elegante, paletó, gravata e abotoaduras vistosas. (...) Esse mal sabia ler, mas não perdia a pose. Não acertou a responder nada. Então, eu, carrasco fictício, peguei no texto uma frase em que a palavra “for” tanto podia ser do verbo “ser” quanto do verbo “ir”. Pronto, pensei. Se ele distinguir qual é o verbo, considero-o um gênio, dou quatro, ele passa e seja o que Deus quiser.

Esse “for” aí, que verbo é esse? (...)

Verbo for. Verbo o quê? Verbo for. Conjugue aí o presente do indicativo desse

verbo. Eu fonho, tu fões, ele fõe recitou ele

impávido. Nós fomos, vós fondes, eles fõem. Não, dessa vez ele não passou. Mas, se

perseverou, deve ter acabado passando (...), devidamente diplomado, ele deve estar fondo para quebrar. Fões tu? Com quase toda a certeza, não. Eu tampouco fonho. Mas ele fõe.

(Esta crônica, ora adaptada, integra o livro O conselheiro Come. Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 2000, disponível em <http://releituras.com/joaoubaldo_overbofor.asp>.) Vocabulário:

Coevas (coevo): tempo passado, passagens retrógradas. Coturno: elenco dos melhores dentre um grupo. Vulpino: relativo à raposa; ardiloso; astuto.

01. Assinale o que for correto, segundo o texto O Verbo For.01) A forma verbal “havia”, em “Havia provas

escritas e orais” (linha 18), inadequadamente está no singular, pois deveria concordar no plural com o sujeito “provas escritas e orais”.

02) O uso do travessão em “− Dou-lhe dez” (linha 42), “− As margens plácidas” (linha 44), “− Por que não é indeterminado” (linha 47), “− Porque o ‘as’ de ‘as margens plácidas’ não é craseado” (linhas 49-50) e “− Chega!” (linha 55) marca, na língua escrita, a troca de turno entre a fala das personagens, professor José Lima e João Ubaldo Ribeiro.

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04) Por meio da afi rmação “Nada de cruzinhas, múltipla escolha” (linhas 14-15), é possível entender que as provas do vestibular a que se submeteu não se aproximavam dos formatos de provas objetivas dos vestibulares destinados às novas gerações.

08) No texto, o uso do ponto de interrogação em “Verbo o quê?” (linha 74) introduz uma pergunta direta que, no contexto, permite compreender também uma surpresa.

16) Em “ele deve estar fondo para quebrar” (linhas 82-83), o autor admite que errou e deveria ter aprovado o aluno, graças à sua criatividade.

RESPOSTA: 18 – Nível: Fácil

01) INCORRETA - Trata-se do verbo HAVER impessoal. Neste caso, sempre será empregado no singular, não tem sujeito (sinônimo do verbo EXISTIR)

02) CORRETA 04) CORRETA08) CORRETA16) INCORRETA – A criatividade pode até ter sua

presença em outros momentos, todavia não se aplica à conjugação verbal.

02. Sobre as funções de linguagem presentes no texto de João Ubaldo Ribeiro, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).

01) Em “Havia provas escritas e orais” (linha 18), evidencia-se a função poética de linguagem, marcada expressamente pelo registro do substantivo “provas”.

02) Em “Ai, minha barriga!” (linha 29), tem-se a função emotiva da linguagem, expressa pela interjeição “Ai” e pelo pronome possessivo “minha”.

04) Em “Chega! − berrou ele.” (linha 55), há a função conativa ou apelativa da linguagem, expressa no imperativo da forma verbal “Chega!”, reafi rmada pelo ponto de exclamação que revela uma ordem do professor “José Lima” (linha 40) ao candidato João Ubaldo Ribeiro.

08) Há uso da função metalinguística de linguagem, devido ao uso de fi guras de linguagem, na sequência “peguei no texto uma frase” (linha 66).

16) A função re ferenc ia l da l inguagem perpassa todo o texto, centrada no assunto “vestibular”.

RESPOSTA: 22 - Nível: Fácil

01) INCORRETA – Trata-se de uma função referencial que obedece aos ditames semânticos. A palavra “provas” tem, no texto, seu sentido de dicionário.

02) CORRETA 04) CORRETA 08) INCORRETA - Não se trata de função

metalinguística porque não está aliada ao significado do trecho. O que ali existe é a presença de uma figura de linguagem, denominada hipérbato (inversão), que remete o texto à função poética.

16) CORRETA

03. Na organização do seu texto, João Ubaldo Ribeiro realiza escolhas de palavras e de sinais de pontuação coerentes com as suas intenções na interação com os seus leitores. Sobre os recursos semântico-sintáticos e morfológicos e os sinais de pontuação que dão progressão ao texto, assinale o que for correto.

01) O título do texto remete o leitor à sequência “Deus, oh Deus, que fi z eu para ouvir tamanha asnice?” (linhas 30-31).

02) Em “A oral de latim era particularmente espetacular” (linhas 21-22), o autor omite a palavra “prova”, compreendida pelo leitor no uso de “A”, uma vez que há a retomada do explícito em “Havia provas escritas e orais” (linha 18).

04) A intenção do autor é falar do antigo vestibular de português às novas gerações. Vale-se, pois, de estratégias para manter e progredir essa referência, como: põe em foco o objeto em “Vestibular de verdade” (linha 1); mantém o objeto com a retomada, pela repetição do substantivo, em “O vestibular, é claro, jamais voltará ao que era outrora” (linhas 4-5) e em “O vestibular de Direito a que me submeti” (linha 9).

08) Em “Não, dessa vez ele não passou” (linha 80), o autor, ao fazer uso do pronome demonstrativo “essa”, remete o leitor ao vestibular em cuja prova de português o candidato conjugou o verbo “for”, situação relatada anteriormente no texto; além disso, retoma − ao mesmo tempo em que remete −, por meio do pronome pessoal do caso reto “ele”, o sujeito “um” (linha 62) que “Não acertou a responder nada” (linha 65), subentendido, nesta oração, na desinência da forma verbal “acertou”.

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16) Em “Mas, se perseverou, deve ter acabado passando” (linhas 80-81), o uso das vírgulas se justifi ca por marcar o início e o término de uma oração subordinada condicional.

RESPOSTA: 30 – Nível: Fácil

01) INCORRETA – Na passagem, o autor (fala do professor de Latim) se refere ao Latim utilizado pelos candidatos nas provas orais e não ao título do texto.

02) CORRETA04) CORRETA 08) CORRETA 16) CORRETA

04. Assinale o que for correto, após refl etir sobre a ortografi a, no que diz respeito às notações léxicas, ou aos sinais de acentuação gráfi ca em palavras do texto de João Ubaldo Ribeiro.

01) Em “Já estou chegando, ou já cheguei, à altura da vida em que tudo de bom era no meu tempo” (linhas 1-3), o autor usa o acento grave para indicar crase no “a” porque aí ocorre a contração da preposição “a”, por exigência da locução verbal “estou chegando”, e do artigo defi nido “a”, admitido pelo substantivo feminino “altura”.

02) Em “mas julgo necessário falar do antigo às novas gerações e lembrá-lo às minhas coevas” (linhas 6-7), a indicação da crase se dá por uma questão de estilo, já que, em ambas as ocorrências, ela é facultativa.

04) Em “Franzino, sempre de colete e olhar vulpino (dicionário, dicionário)” (linhas 25-26), encontramse, em destaque, cinco palavras paroxítonas, sendo somente a palavra “dicionário” acentuada grafi camente. Isso ocorre porque não levam acento gráfi co as paroxítonas terminadas em “o”, como “Franzino”, “vulpino”, e em “e”, como “sempre” e “colete”, contrariamente a “dicionário”, que é uma paroxítona terminada em ditongo crescente.

08) As palavras grifadas em “Vos dirigi?” (linhas 31-32) e em “Eu dei show de português e inglês.” (linha 38) são oxítonas. A primeira não leva acento gráfi co porque é um verbo na terceira pessoa do singular, enquanto as outras duas levam esse acento porque ambas terminam em “s”.

16) As duas palavras grifadas em “Quem ouviu foram as margens plácidas. É uma anástrofe” (linhas 50-51) são acentuadas grafi camente, pela mesma razão que “irônico” em “Quis o irônico destino” (linha 57): o acento gráfi co ocorre porque essas três palavras são proparoxítonas.

RESPOSTA: 21 – Nível: Fácil

01) CORRETA.02) INCORRETA – Nos dois casos o emprego do

sinal indicativo de crase é obrigatório. Atende-se aos casos de regência do verbo FALAR e do verbo LEMBRAR.

04) CORRETA.08) INCORRETA – Palavras oxítonas terminadas

em “i” não levam acento, a não que se forme um caso de hiato e tônico (Taí – Saí – Açaí). Quanto às duas restantes (português) – inglês), não há regra em Língua Portuguesa que determine uma palavra ser acentuada grafi camente porque termina em “s”.

16) CORRETA .

05. A partir da leitura do texto, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).

01) No texto, quem fala é o autor João Ubaldo Ribeiro, reportando-se a duas fases de sua vida: a de vestibulando, candidato a uma vaga no curso de Direito, e a de professor da Escola de Administração. Ambas foram vivenciadas na Bahia.

02) Como professor de português que foi, mesmo sendo formado em Direito, João Ubaldo Ribeiro manteve-se fi el ao modelo de examinador com que se deparou ao prestar vestibular, uma vez que, tal como José Lima, que lhe dirigiu “palavras aladas” (linha 41), ou seja, soltas e descontextualizadas, fez o mesmo, quando perguntou: “Esse ‘for’ aí, que verbo é esse?” (linha 71).

04) A prova oral de português, segundo o texto, aos moldes da realizada no tempo de João Ubaldo Ribeiro, é muito importante, pois elimina o nervosismo ocasionado pela prova escrita.

08) Ao conjugar o verbo “for”, o candidato examinado por João Ubaldo Ribeiro demonstrou, assim como o autor ao responder qual o sujeito da primeira oração do Hino Nacional, conhecer profundamente a gramática normativa da norma padrão da língua portuguesa.

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16) A justifi cativa dada por João Ubaldo Ribeiro, para considerar “As margens plácidas” (linha 44) sujeito da primeira oração do Hino Nacional, reside no fato de o “as” não ser craseado. Isso nos leva a aceitar que, nesse registro, o “as” é um artigo defi nido fl exionado no feminino plural, concordando com “margens”.

RESPOSTA: 19 – Nível fácil 01) CORRETA.02) CORRETA.04) INCORRETA – Não se tem notícia de que

candidatos fi cam menos apreensivos porque existe a prova oral. Ao contrário da escrita, a oral é terrivelmente pior.

08) INCORRETA – O candidato não poderia ter conjugado o verbo FOR porque ele, simplesmente não existe.

16) CORRETA.

06. Assinale o que for correto, segundo o texto O Verbo For.

01) Há um aposto em “saudoso mestre de Direito Romano Evandro Baltazar da Silveira” (linhas 24- 25), expresso no substantivo próprio que está sublinhado. 02) A palavra sublinhada em “até que foi moleza” (linha 39) é, morfologicamente, um adjetivo porque, na oração em que se insere, exerce, sintaticamente, a função de objeto indireto.

04) Em “que ofensas Vos dirigi?” (linhas 31-32), “Vos” é, morfologicamente, um pronome pessoal do caso reto, pois, nessa oração, exerce a função de sujeito, uma vez que se refere a Deus.

08) “Quis o irônico destino, uns anos mais tarde, que eu fosse professor da Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia” (linhas 57-59) é um período composto por subordinação, com duas orações, das quais a principal é “Quis o irônico destino, uns anos mais tarde”.

16) Em “chegou um sem o menor sinal de nervosismo” (linhas 61-62), sintaticamente “um” é o sujeito, função que atribui a essa palavra, nesse contexto, a classifi cação de substantivo.

RESPOSTA: 25 – Nível Fácil 01) CORRETA.02) INCORRETA – Após um verbo de ligação, o

que existe é um predicativo do sujeito04) INCORRETA – O pronome VOS, no texto, é

pronome pessoal do caso oblíquo. Se fosse caso reto, desempenharia papel de sujeito e seria VÓS.

08) CORRETA.16) CORRETA.

07. Assinale a(s) alternativa(s) correta(s), de acordo com os usos da língua no texto O Verbo For.

01) O autor, quando traz para o seu texto referências ao Hino Nacional (linhas 42-54), dialoga com aquele texto. A essa estratégia textual dá-se o nome de intertextualidade.

02) Para organizar sintaticamente o seu texto, o autor, além de outras estratégias de ligação, estabelece elos entre as palavras, as orações e os períodos, por meio de preposições (como “de”, em “Faculdade de Direito da Bahia”, linha 10) e de conjunções (como “porque”, em “era particularmente espetacular, porque se juntava uma multidão”, linhas 21-23, e “então”, em “Então, eu, carrasco fi ctício”, linhas 65-66).

04) João Ubaldo Ribeiro usou o pronome “esta” (linha 12), para retomar “sociologia” (linha 12), que o antecede, considerando a sua proximidade com a palavra, especifi cando-a dentre as outras matérias.

08) Na linha 80, o “mas” marca a oposição entre duas unidades sintáticas.

16) Ao usar a palavra “coturno”, em “nota do mais alto coturno em seu elenco” (linhas 36-37), João Ubaldo Ribeiro faz uso da variedade coloquial da língua portuguesa escrita.

RESPOSTA: 15 – Nível Fácil 01) CORRETA.02) CORRETA.04) CORRETA. 08) CORRETA.16) INCORRETA – João Ubaldo Ribeiro utilizou-

se de uma fi gura de linguagem, atribuindo à palavra “coturno” uma valor metafórico. Deu-lhe o sentido de “importante”.

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08. Assinale a(s) alternativa(s) correta(s), considerando o texto de João Ubaldo Ribeiro.

01) A refl exão sobre a organização dos fonemas se dá sob a perspectiva da Fonética e da Fonologia. Sob essa perspectiva, pode-se dizer que há, respectivamente, nas formas verbais “chegando (...) cheguei” (linha 2), seis fonemas e oito letras e cinco fonemas e sete letras.

02) Ao conjugar o verbo “for”, não existente na língua portuguesa, o candidato o recita, valendo-se de fonemas nasais, “− Eu fonho, tu fões, ele fõe” (linha 78). Na primeira pessoa, esse fonema é representado pelas letras “nh” e, nas segunda e terceira pessoas, pelo sinal gráfico til. Nasalidade que não ocorreria, se o candidato soubesse que “for” corresponde a uma forma verbal do verbo “ir”, por exemplo, cuja conjugação envolve, no tempo correspondente ao do conjugado pelo candidato, fonemas orais: eu vou, tu vais, ele vai.

04) Na sequência “eu falava um latinzinho” (linhas 35-36), o autor usa o diminutivo do substantivo “latim”, para dizer que dominava a língua perfeitamente.

08) Em “Tirava-se o ponto (sorteava-se o assunto) e partia-se para o martírio” (linhas 18-20), do ponto de vista sintático, há três orações. Nas duas primeiras, os sujeitos são, respectivamente, “o ponto” e “o assunto”, classificados como simples. Na terceira, “partia-se para o martírio”, o sujeito é indeterminado.

16) Em “ele me deu seis” (linha 36), o autor emprega o verbo “dar”, que, nessa sequência, é transitivo direto e indireto e, por isso, tem como objeto direto “seis” e indireto “me”.

RESPOSTA: 27 – Nível Fácil 01) CORRETA. 02) CORRETA.04) INCORRETA – O diminutivo “inho”, neste

caso, mostra o conhecimento apenas básico da língua latina.

08) CORRETA. 16) CORRETA.

09. Ao organizar seu texto, João Ubaldo Ribeiro, às vezes, rompe com os princípios que regem as relações de dependência ou de interdependência e de ordem das palavras na frase. Esse rompimento

pode influir na concordância, na regência, na colocação e, até, na ampliação do significado das palavras. Essas alterações provocadas intencionalmente são as fi guras de linguagem. Sobre essas fi guras, assinale o que for correto.

01) Ao d izer que tudo era escr i to “ tão ruybarbosianamente” (linhas 16-17), o autor faz uso, ao mesmo tempo, de uma hipérbole, dado o exagero da comparação subentendida estabelecida com a escrita perfeita de Ruy Barbosa, que gera, por isso, uma metáfora.

02) O autor usa uma silepse de gênero, ao construir a frase “partia-se para o martírio, insuperável por qualquer esporte radical desta juventude de hoje” (linhas 19-21).

04) Em “Que pecados cometi, que ofensas Vos dirigi?” (linhas 31-32), verifi ca-se uma elipse do sujeito, em ambos os verbos.

08) Em “Fões tu? Com quase toda a certeza, não. Eu tampouco fonho. Mas ele fõe.” (linhas 83-84), o autor vale-se da ironia, pois a sua intenção era criticar o candidato.

16) “As margens plácidas” (linha 44) é uma “anástrofe” (linha 51), argumenta o autor, ao defender a sua resposta. Isso se deve ao fato de o sujeito, na oração “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas”, vir em ordem inversa, ou seja, depois do predicado. Assim, pode-se dizer que também ocorre anástrofe do sujeito em “exclamava ele.” (linha 29) e em “Deus, oh Deus, que fi z eu para ouvir tamanha asnice?” (linhas 30-31).

RESPOSTA: 29 – Nível Fácil 01) CORRETA. 02) INCORRETA – Na passagem sequer silepse

existe. O que existe é uma ideia do grau de difi culdade que uma prova oral representava aos acandidatos.

04) CORRETA. 08) CORRETA. 16) CORRETA.

10. Sobre o texto O Verbo For, assinale o que for correto.

01) João Ubaldo Ribeiro, autor do texto, considera que vestibular de verdade era o do seu tempo, porque o processo de sorteio do assunto deixava os candidatos mais tranquilos e, com isso, era mais efi ciente para selecionar os melhores alunos, como o foi, um dia, o candidato que conjugou o verbo “for”.

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02) O tempo a que João Ubaldo Ribeiro se refere em “meu tempo” (linha 1) é aquele em que o autor se submeteu ao “vestibular de Direito (...), na velha Faculdade de Direito da Bahia” (linhas 9-10).

04) Para o autor, o vestibular de hoje deveria voltar ao que era, compondo-se apenas de “quatro matérias: português, latim, francês ou inglês e sociologia” (linhas 11-12).

08) O latim, disciplina exigida nos antigos concursos vestibulares, era espetacular, pois, por ser uma prova oral, tornava-se muito mais fácil para o candidato.

16) A prova de português a que se submeteu João Ubaldo Ribeiro no vestibular de Direito, segundo ele, “até que foi moleza” (linha 39), pois, ao responder corretamente qual era o sujeito da primeira oração do Hino Nacional, o professor José Lima deu-lhe nota dez.

RESPOSTA: 18 – Nível Fácil 01) INCORRETA- O processo de se fazer o sorteio

do assunto nunca deixou candidatos mais tranquilos – era, sim, uma guerra de nervos.

02) CORRETA04) INCORRETA – Em nenhum momento o autor

pede ou sugere que a prova do vestibular deveria ser como aquela de seu tempo, ela apenas estabelece uma comparação.

08) INCORRETA – Provas orais nunca foram fáceis. As de Latim eram terríveis.

16) CORRETA

LITERATURAS EM LÍNGUA PORTUGUESA

11. Assinale o que for correto em relação a Dom Casmurro e a seu autor, Machado de Assis.

01) Machado de Assis é considerado um dos maiores ficcionistas brasileiros. Embora tenha escrito romances grandiosos, como Memórias póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba e Dom Casmurro, suas demais obras, marcadas por traços do subjetivismo romântico, não alcançaram maturidade estética e permanecem esquecidas pela crítica e pelo público.

02) No capítulo II de Dom Casmurro, o narrador, ao afi rmar que seu fi m “evidente era atar as duas pontas da vida, e restaurar na velhice a adolescência”, justifi ca a construção de uma

casa no Engenho Novo, semelhante àquela em que passou a infância em Matacavalos, e também a escritura do romance, com o qual pretendia resgatar, no relato do passado, sua adolescência. Essas atitudes são vistas como tentativas de realização de seus objetivos.

04) Os capítulos XXXII e CXXIII recebem o mesmo título – “Olhos de ressaca”. Ambos referem-se ao caráter misterioso e à força do olhar de Capitu, “que arrastava para dentro, como a vaga que se retira da praia, nos dias de ressaca”. Na segunda referência, mais do que mistério, os olhos da personagem, “grandes e abertos, como a vaga do mar lá fora, como se quisesse também tragar o nadador da manhã”, revelam sua determinação em confessar o adultério a Bentinho e a Sancha, esposa de Escobar.

08) Em Dom Casmurro, Bentinho, retrocedendo no tempo, relata a José Dias, o narrador do romance, como deixou de cumprir sua vocação sacerdotal e a promessa que fi zera ao pai de entrar para o seminário, para se casar com Capitu, embora soubesse que, desde criança, ela era apaixonada por Escobar.

16) A construção da narrativa em Dom Casmurro revela a preocupação do narrador com a análise das personagens, à medida que procura compreender a natureza delas, como se pode observar no fragmento do capítulo fi nal: “O resto é saber se a Capitu da Praia da Glória já estava dentro da de Matacavalos, ou se esta foi mudada naquela por efeito de algum caso incidente”.

RESPOSTA: 18 - Nível Médio.

01) INCORRETA: Machado de Assis realmente possui uma vertente romântica e uma vertente realista dentro do seu fazer literário. Ele foi o responsável por inaugurar o Realismo no Brasil com a publicação de sua obra “Memórias Póstumas de Brás Cubas” em 1881. Daí em diante sua trilogia realista deu a ele destaque e prestígio merecidos no meio literário, contudo, sua obra romântica também possui destaque dentro da Literatura brasileira, tendo o amor e os relacionamentos amorosos como os principais temas de seus livros. Desta fase podemos destacar as seguintes obras: Ressurreição (1872), seu primeiro livro, A Mão e a Luva (1874), Helena (1876) e Iaiá Garcia (1878) entre outros.

02) CORRETA.04) INCORRETA: boa parte das afi rmações feitas

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por esta alternativa está correta. Realmente os referidos capítulos fazem menção ao olhar de Capitu. O primeiro capítulo citado mostra o momento em que Bentinho, ainda jovem, busca encontrar nos olhos de Capitu as afi rmações feitas por José Dias, que os defi niu como “olhos de ressaca” ou de “cigana oblíqua e dissimulada”. Já o segundo capítulo, citado na prova, revela o momento em que Bentinho, durante o velório de seu amigo Escobar, começa a suspeitar da traição da esposa e a expressão “olhos de ressaca” agora não se refere mais à capacidade de atração do olhar de Capitu e, sim, à suposta saudade ou vontade de mudar a sorte do seu suposto amante que perderá a vida justamente por conta da ressaca do mar.

08) INCORRETA: esta questão está totalmente equivocada. Primeiro erro está no narrador do romance, que é o próprio Bentinho, ou Bento de Albuquerque Santiago que, de maneira parcial, narra o seu passado, buscando atar as duas pontas de sua vida. O próprio Bentinho afi rma no romance que não tinha vocação para o sacerdócio e, por isso, busca uma forma de se livrar da promessa feita pela mãe, que seria realizada se ela tivesse um fi lho que sobrevivesse, já que o primeiro havia falecido. Terceiro equívoco acontece com relação ao conhecimento e amizade entre Capitu e Escobar. Ela não o conhece desde criança, quem o apresenta a ela é o próprio Bentinho já rapaz, após tê-lo conhecido no seminário.

16) CORRETA.

12. Assinale o que for correto sobre Iracema e sobre seu autor, José de Alencar.

01) Exemplar do romance indianista, Iracema apresenta características marcantes desse tipo de produção literária, tal como o destaque dado à natureza, ou a apresentação do indígena como protagonista, ainda que essa apresentação seja idealizada.

02) Em Iracema, o nascimento de Moacir, fi lho da personagem-título e de Martim, representa a fusão do povo brasileiro e do europeu. Todavia o signifi cado do nome da criança, “fi lho da dor”, aponta para as difi culdades inerentes a semelhante fusão.

04) No fi nal do romance, a adoção por parte de Martim de um nome indígena, bem como seu ato de renegar sua origem europeia representam uma visão recorrente na obra de Alencar, segundo a qual, na fusão dos

povos, o elemento autóctone assume, ao fi m, a posição preponderante.

08) Em função da valorização do elemento nacional, Iracema constitui um exemplo de como a proposta do indianismo brasileiro afastou-se de qualquer modelo europeu, uma vez que a recuperação de um ancestral mítico e formador não encontra paralelo em literatura alguma da Europa.

16) No que concerne ao foco narrativo, o fato de Iracema apresentar uma narrativa somente em primeira pessoa (toda a história é contada a partir do ponto de vista da personagem Moacir, já velho) destaca a subjetividade romântica que perpassa toda a obra de Alencar.

RESPOSTA: 03 - Nível Fácil.

01) CORRETA.02) CORRETA.04) INCORRETA: no fi nal do romance “Iracema”,

Martim retorna para Portugal levando consigo o fi lho, um cachorro e a saudade da índia Iracema. O fi lho dos dois representa, sim, a união entre brancos e índios. Contudo, Alencar já demonstra aqui neste romance que de certa maneira o sangue europeu estava cada vez mais ganhando força dentro do nosso território, afi nal a educação de Moacir é toda baseada nos preceitos herdados da sua parte europeia, pois mesmo quando retorna ao Brasil, ele traz consigo as tradições típicas da cultura branca. Exemplifi cando, a religião cristã fi ca evidente na passagem transcrita: “Muitos guerreiros de sua raça acompanharam o chefe branco, para fundar com ele a mairi dos cristãos. Veio também um sacerdote de sua religião, de negras vestes, para plantar a cruz na terra selvagem. Poti foi o primeiro que ajoelhou aos pés de sagrado lenho; não sofria ele que nada mais o separasse de seu irmão branco. Deviam ter ambos um só Deus, como tinham um só coração. Ele recebeu com o batismo o nome do santo, cujo era o dia; e o do rei, a quem ia servir, e sobre os dois o seu, na língua dos novos irmãos. Sua fama cresceu e ainda hoje é o orgulho da terra, onde ele primeiro viu a luz”.

08) INCORRETA: Em “Iracema” Alencar aponta a cultura indígena como caminho para se construir uma autêntica literatura brasileira. A expressão do nacionalismo de Alencar se dá, na obra, através da criação da heroína Iracema, “a virgem dos lábios de mel”, cujo enredo retorna ao que o próprio escritor

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denominou “a Lenda do Ceará” e “o nascimento do primeiro cearense”. Nos séculos XVI e XVII, a idealização do indígena se dava sob vários aspectos. De um lado, os cronistas viam-no como fi gura exótica, de beleza afrodisíaca; pelos jesuítas, eram vistos como almas a serem salvas pelo catolicismo, que havia perdido fi éis para a Reforma Protestante. No século XVIII e início do século XIX, porém, a fi gura do índio passa a ser vista como o “bom selvagem”, sob infl uência do pensamento de Rousseau: o índio é bom por natureza, pois ainda não foi corrompido pela sociedade, que é má. Torna-se, então, símbolo do nativismo e da liberdade, num país recém-proclamado independente, sendo assim, comprovado que o Romantismo brasileiro foi extremamente infl uenciado pelo Romantismo europeu.

16) INCORRETA: o enredo de “Iracema” é tecido em terceira pessoa. Alencar deixa claro já no primeiro capítulo do livro que ele iria reproduzir uma história de amor que lhe contaram: “O moço guerreiro, encostado ao mastro, leva os olhos presos na sombra fugitiva da terra; a espaços o olhar empanado por tênue lágrima cai sobre o jirau, onde folgam as duas inocentes criaturas, companheiras de seu infortúnio. Nesse momento o lábio arranca d’alma um agro sorriso. Que deixara ele na terra do exílio? Uma história que me contaram nas lindas várzeas onde nasci, à calada da noite, quando a lua passeava no céu argenteando os campos, e a brisa rugitava nos palmares”.

13. Assinale o que for correto sobre os sermões “Da sexagésima”, “Pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda” e “Do bom ladrão”, bem como sobre seu autor, o Padre Antônio Vieira.

01) O Padre Vieira, por meio de seus sermões, representou um dos aspectos mais emblemáticos do Barroco na literatura: a tentativa, a partir da doutrina católica, de colocar o homem no centro de todas as coisas, defendendo o antropocentrismo em consonância com o pensamento do século XIV.

02) No “Sermão do bom ladrão”, no qual se encontra a célebre passagem do encontro de Alexandre Magno com um pirata, Vieira leva a cabo uma contundente crítica àqueles que tiram proveito de uma posição de infl uência para enriquecer de maneira desonesta, como no caso do roubo.

04) O “Sermão da sexagésima”, cujo título faz referência à sexagésima capela fundada no Brasil (local onde o sermão foi pregado pela primeira vez), constitui um dos raros momentos de euforia na produção de Vieira, uma vez que destaca o caráter promissor da Igreja na colônia, tendo em vista sua disseminação no território brasileiro.

08) No “Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda”, obra da maturidade de Vieira, percebe-se, pelo tom ameno e conciliatório que se traduz no tom harmonioso do sermão (no qual qualquer impulso belicoso surge atenuado por uma defesa do diálogo entre as nações), uma antecipação das tendências do Arcadismo.

16) A meticulosa construção dos sermões de Vieira, com um raciocínio cuidadosamente desenvolvido por meio de fi guras de linguagem como metáforas, analogias ou hipérboles, capaz de seduzir por meio de sua elaboração intelectual e de seu conteúdo, representa uma das principais correntes do Barroco: o conceptismo.

RESPOSTA: 18 - Nível Médio.

01) INCORRETA: mesmo vivendo a dicotomia da Contrarreforma, que era justamente a oposição homem versus Deus, Vieira era um membro da Igreja e defendia a conversação como meio de salvação do homem, o que fi ca evidente em seus sermões. Ele chega a defender a pregação clara para que a conversação fosse mais efetiva e numerosa como vimos no “Sermão da Sexagésima”, por exemplo.

02) CORRETA.04) INCORRETA: Vieira questiona neste sermão

o porquê da Palavra de Deus “fazer pouco fruto”. Como é comum nos sermões, o pregador faz uso de perguntas que ele mesmo responde, recurso que permite conduzir o raciocínio lógico do ouvinte. Ele atribui a este questionamento três possibilidades de resposta: as falhas podem ser do pregador, do ouvinte ou de Deus. Na busca de identifi car de quem é a “culpa” pelo “pouco fruto da Palavra de Deus”, o pregador inocenta de imediato Deus, utilizando para isso um argumento de fé: “Esta proposição é de fé, defi nida no Concílio Tridentino”. O mesmo Concílio de Trento, que deu origem ao movimento da Contrarreforma.

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08) INCORRETA: o sermão do Padre Antônio Vieira, intitulado “Pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda”, trata-se de um texto religioso, redigido pelo sacerdote, com vistas à pregação que realizou no Brasil, no ano de 1640, na Igreja de Nossa Senhora da Ajuda, na Bahia.

Pela leitura do sermão, observa-se que seu tema se relaciona com a época da turbulência social vivida pelo país. Era em 1640; a Baía estava a ponto de cair sob o jugo holandês. Arrebatado por uma inspiração patriótica, Vieira quis reanimar os brios dos brasileiros e fazer ao Céu uma santa violência. Num sublime transporte de gênio, compôs essa obra, verdadeiramente única no seu gênero, repleta das sublimes audácias de Moisés e dos Profetas, dando origem a um sermão totalmente original.

16) CORRETA.

14. Assinale o que for correto sobre o Pré-modernismo no Brasil e sobre seus principais autores.

01) Ao contrário do que o nome do movimento pode sugerir, o Pré-Modernismo não precede imediatamente o Modernismo em termos cronológicos, uma vez que seus principais autores produziram suas obras na terceira e na quarta décadas do século XIX.

02) Euclides da Cunha, em sua obra Os sertões, trata do confl ito de Canudos e, para além da representação do embate entre as tropas do governo e os partidários de Antônio Conselheiro, traz um rico painel das difi culdades do povo sertanejo do Nordeste.

04) Na obra de Lima Barreto, o Pré-Modernismo brasileiro encontrou terreno fértil para a representação dos subúrbios cariocas, com os dramas de seus habitantes colocados em destaque. Além disso, temas como o racismo e o preconceito não escaparam ao olhar crítico de sua produção literária.

08) Uma das obras mais ricas do Pré-Modernismo no Brasil é a de Monteiro Lobato. Embora muito conhecido por sua produção no âmbito da literatura infantil, o autor também esteve atento às questões decorrentes da decadência cafeeira, o que se traduziu em livros que tratam das cidades do interior paulista e de suas mazelas decorrentes dessa decadência.

16) Um fato marcante relacionado a autores do Pré-Modernismo brasileiro foi a participação direta de Monteiro Lobato nos primeiros momentos do Modernismo no Brasil. Embora

com idade bastante avançada, Lobato apoiou os jovens modernistas, sendo, inclusive, homenageado na Semana de Arte Moderna de 1922.

RESPOSTA: 14 - Nível Médio.

01) INCORRETA: nas duas primeiras décadas do século XX, período de transição entre o que era passado e o que seria chamado de moderno, existiram as mais variadas tendências e estilos literários, além dos poetas do Parnasianismo e Simbolismo, que ainda continuavam escrevendo. “Os Sertões” e “Canaã”, publicados em 1902, marcam o início do período pré-modernista. Na primeira obra, fazendo uma completa análise da terra e do sertanejo nordestino, Euclides da Cunha retrata a guerra dos Canudos. Na segunda, Graça Aranha documenta a imigração alemã, no Espírito Santo. Em “Triste fi m de Policarpo Quaresma” (1915), Lima Barreto aborda o governo de Floriano e a Revolta da Armada, e em “Cidades Mortas” (1919), Monteiro Lobato descreve a pobreza do caboclo nos vilarejos decadentes do Vale do Paraíba Paulista.

02) CORRETA.04) CORRETA.08) CORRETA.16) INCORRETA: Monteiro Lobato produziu

uma obra que pode facilmente ter servido como infl uência para os modernistas após a “Semana de 1922”, contudo, ele mesmo condenou este movimento dando continuidade à sua crítica iniciada em 1917, com relação à obra de Anita Malfatti, artigo que ele escreve e intitula “Paranoia ou Mistifi cação?”. Depois de assistir as apresentações no teatro municipal, ele continua descontente com os caminhos que o movimento vai trançando dentro do campo literário.

15. Assinale o que for correto a respeito do poema “Sinfonias do ocaso” e de seu autor, Cruz e Sousa.

Musselinosas como brumas diurnasDescem do ocaso as sombras harmoniosas,Sombras veladas e musselinosasPara as profundas solidões noturnas.

Sacrários virgens, sacrossantas urnas,Os céus resplendem de sidéreas rosas,Da Lua e das Estrelas majestosasIluminando a escuridão das furnas.

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Ah! por estes sinfônicos ocasosA terra exala aromas de áureos vasos,Incensos de turíbulos divinos.

Os plenilúnios mórbidos vaporam...E como que no Azul plangem e choramCítaras, harpas, bandolins, violinos...(Broquéis)

Vocabulário:

Musselinosas: transparentes, como o tecido chamado “musselina”.

Sidéreas: celestiais.Furnas: cavernas.Turíbulos: vasos onde se queimam incensos.Plenilúnios: referente à lua cheia.

01) O poema, em forma de soneto e com predomínio de versos decassílabos, aponta para um aspecto em comum com os parnasianos na obra de Cruz e Sousa. O tema, porém, mostra-se totalmente simbolista, uma vez que contempla imagens e sensações que evocam sombras crepusculares, estados oníricos e espaços etéreos.

02) Os versos “Musselinosas como brumas diurnas”, “Sombras veladas e musselinosas” e “Os plenilúnios mórbidos vaporam” acentuam uma característica própria do Simbolismo, ou seja, a reação contra o subjetivismo exagerado do Romantismo. Nesse sentido, os versos enfatizam a objetividade dos fatos e, rejeitando a alusão, resultam em um poema marcado pelo exercício estéril da arte pela arte.

04) Os versos do poema revelam intensa musicalidade, não só pelo emprego de termos como cítaras, harpas, bandolins e violinos, mas, sobretudo, por sua camada sonora, composta por aliterações (“Sacrários virgens, sacrossantas urnas”), assonâncias (“do ocaso as sombras harmoniosas”), repetições de palavras (“musselinosas”) e de ideias em versos diferentes (“musselinosas como brumas diurnas” / “sombras veladas e musselinosas”).

08) O poema pode ser considerado uma perfeita realização simbolista em razão da utilização de imagens que veiculam uma visão intuitiva e obscura da realidade, bem como pela exploração do sistema sensorial – tato, visão, paladar, olfato e audição. Para expressar essas impensáveis combinações entre diferentes órgãos do sentido, o eu-poético tem como

recurso a sinestesia, como se pode ver no verso “Sombras veladas e musselinosas”, que acentua a correspondência entre sensações visuais e táteis.

16) O poema sintetiza as intensas emoções do eu-poético diante do pôr do sol, criando, com o recurso de uma linguagem mais densa, que explora sensações vagas, um cenário mais misterioso e fl uido do que real, como se pode perceber pelos versos: “Ah! por estes sinfônicos ocasos/ A terra exala aromas de áureos vasos/ Incensos de turíbulos divinos”.

RESPOSTA: 29 - Nível Médio.

01) CORRETA.02) INCORRETA: O Simbolismo também é um

movimento literário que busca evidenciar o subjetivismo humano, as emoções e as contestações do homem diante da realidade que o cerca. O preceito de “Arte pela arte” é pregado pelos opositores do Simbolismo, os poetas parnasianos, que buscavam ao máximo descrever o objeto, mantendo-se o mais afastado possível de qualquer subjetividade nascida no momento da criação literária, evidenciando desta maneira o seu culto de valorização à forma.

04) CORRETA.08) CORRETA.16) CORRETA.

ESPANHOL

“Aún acaricio las zapatillas de puntas”

Elsa Fernández-Santos

Alicia Alonso (La Habana-1920) aterriza en España con una nueva gira del Ballet Nacional de Cuba. La bailarina celebrará, en noviembre, el 70.º aniversario de su legendaria ‘Giselle’. 5 10

Es inevitable un eufemismo a la hora de preguntarle a Alonso por su salud. ¿De verdad le apetecía esta gira? ¿No está ya muy cansada? Como era de esperar, la simple duda ofende. “Yo soy la directora, la responsable. Para lo bueno y para lo malo”, zanja.

Acompañada de Pedro Simón, su atento esposo, director del Museo Nacional de la Danza, Alonso celebrará en España, en noviembre, el 70.º aniversario de su Giselle, estrenada en Nueva York en 1943. La historia, ya legendaria, roza el folletín: la primera bailarina del Metropolitan

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Dolin, su pareja en aquella Giselle, enloqueció con su nueva partenaire. Había nacido, no hace falta decirlo, una estrella.

“Yo hacía maldades en el escenario, cosas imprevistas. Cuando bailaba era algo que me encantaba”, explica al referirse al humor que según ella esconde, por ejemplo, Coppélia, coreografía que hoy mantiene las esencias clásicas que ella aprendió de sus maestros rusos. “Si mis bailarinas hacen maldades yo las regaño, porque hay que tener mucha disciplina y jamás perder el estilo. Pero a mí me costaba mucho tomarme todo en serio y siempre, siempre, me divertía por dentro”.

Es recomendable no perder de vista ese sentido del humor al contemplar a Alicia Alonso. Arreglada y maquillada como una gloria del pasado pero capaz de darle sentido con sus movimientos gatunos a la dispar colección de anillos que adornan sus enormes y elegantes manos. Delicada pero temible, Alonso juega con su personaje y con su ceguera con tanta coquetería que cuesta imaginar lo que debía de ser esta mujer en plenas facultades físicas.

Muy joven, los médicos le advirtieron que tenía que elegir entre el ballet y sus ojos. Y ella escogió. “Yo ya no bailo físicamente en escena pero sigo bailando en mi cabeza. Todavía acaricio las zapatillas de punta. Me las pongo, para susto de todos, y las acaricio...”, asegura abriendo y cerrando los dedos como un abanico que apunta a

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sus pies. Curiosamente esta historia de amor loco

nació en el sur de España, en Jerez, durante un viaje con sus padres, cuando tenía 9 años. Volver a Andalucía, como pretende en esta nueva gira del Ballet Nacional de Cuba, es para ella un sueño. “Lo primero que aprendí fue la danza española. Castañuelas y sevillanas. Precioso, pero no para mí. El ballet me ha tenido demasiado ocupada toda mi vida”.

Disciplina militar (le venía de sangre) y una ambición sin caretas: Alonso se jacta de haber desterrado el prejuicio de que los “latinos” son solo buenos bailarines de folclore: “Yo le he sacado el complejo a Latinoamérica”.

Sobre el secreto de su innegable fortaleza quizá basta un consejo final, dedicado a los gobernantes que no aprecian las propiedades de la cultura: “Una lástima, porque el ser humano la necesita para vivir y para soñar. El ser humano se alimenta de fantasía: ballet, música, pintura... no hay mejor estímulo para la vida. Ese es mi modo de ver y sentir”.

(Adaptación del texto disponible en <http://cultura.elpais.com/cultura/2013/09/03/actualidad/1378231643_138673.html>. Acceso el 4/9/2013.)

16. A partir de la lectura atenta del texto, señale la(s) alternativa(s) correcta(s).

01) La vida profesional de la bailarina clásica cubana comprueba que los latinos suelen ser bailarines expertos exclusivamente en danzas folclóricas.

02) La disciplina con que lleva su profesión de bailarina clásica se debe a herencia familiar, gracias a su ascendencia militar.

04) La pasión de Alicia Alonso por la danza empieza en temprana edad, cuando su familia visita Jerez, una ciudad de Andalucía.

08) La oportunidad artística de la bailarina cubana se da en Europa, por una enfermedad imprevista de la primera bailarina.

16) El actual marido de la bailarina, Antón Dolin, acompaña a su esposa en las giras debido a su ceguera.

RESPOSTA: 06 - Nível Fácil

01) INCORRETA – Os dançarinos cubanos são bons não somente em danças folclóricas e Alonso acaba com esse preconceito

02) CORRETA.04) CORRETA.08) INCORRETA – A oportunidade da bailarina

cubana ocorreu em Nova York e não na Europa.

16) INCORRETA – O atual marido da bailarina chama-se Pedro Simón e não Antón Dolin.

17. De acuerdo con los aspectos gramaticales y léxicos, señale la(s) alternativa(s) correcta(s).

01) “Si mis bailarinas hacen maldades yo las regaño” (líneas 23-24) corresponde a “toda vez que las danzarinas mías hacen algo no previsto yo las reprocho”.

02) “a la dispar” (línea 33) es una expresión formada de preposición y artículo y signifi ca “desigual”.

04) Las formas verbales “le apetecía” (líneas 2-3) y “me encantaba” (líneas 19-20) siguen la misma estructura del verbo gustar.

08) En “Me las pongo, para susto de todos” (líneas 43-44), las formas subrayadas son pronombres tónicos que siguen el orden: complemento indirecto + complemento directo.

16) En “Yo le he sacado el complejo a Latinoamérica” (líneas 59-60), el pronombre complemento “le” hace referencia a “Latinoamérica”.

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PROVA 2 - LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS EM LÍNGUA PORTUGUESA E LÍNGUA ESTRANGEIRA

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RESPOSTA: 23 - Nível Difícil

01) CORRETA.02) CORRETA.04) CORRETA.08) INCORRETA – “Me las” são pronomes átonos

e não tônicos. 16) CORRETA.

18. De acuerdo con aspectos gramaticales de la lengua española, señale la(s) alternativa(s) correcta(s).

01) “Todavía” (línea 42) es un falso amigo, pues es un adverbio de tiempo que signifi ca lo mismo que “aún”.

02) El numeral cardinal “70.°” (línea 9) se lee como “sexagésimo”.

04) El artículo defi nido masculino singular “lo” de la expresión “lo bueno” (línea 5) acompaña un sustantivo.

08) El heterogenérico “sangre” (línea 56) tiene el mismo género, en castellano, de “leche” y “sal”.

16) El plural del sustantivo “bailarines” (línea 59) se forma a partir del singular “bailarina”.

RESPOSTA: 09 - Nível Médio

01) CORRETA.02) INCORRETA – O numeral 70º se lê como

septuagésimo. 04) INCORRETA – O artigo LO está acompanhando

o adjetivo “Bueno”, e não a um substantivo.08) CORRETA.16) INCORRETA – O singular de “bailarines” é

“bailarín”, e não bailarina.

19. De acuerdo con el texto, es correcto decir que

01) “mantiene” (línea 22), “aprendió” (línea 23) y “movimientos” (línea 33) son verbos que sufren diptongación.

02) “jamás” (línea 25) y “quizá” (línea 62) son adverbios de negación y de duda respectivamente.

04) las formas “primera” (línea 12) y “según” (línea 21) son numerales ordinales, siendo el último apocopado frente a sustantivos masculinos.

08) “su salud” (línea 2), “mi cabeza” (línea 42), “ese sentido” (líneas 29-30) son pronombres posesivos o formas átonas apocopadas.

16) “Yo hacía maldades en el escenario, cosas imprevistas” (líneas 18-19) y “El ser humano se alimenta de fantasía” (líneas 65-66) son oraciones que remiten al estilo directo.

RESPOSTA: 18 - Nível Médio

01) INCORRETA – A palavra “movimientos” não é um verbo, mas um substantivo.

02) CORRETA.04) INCORRETA – A palavra “según” sofreu

apócope, mas frente ao pronome “ella”, e não frente a um substantivo masculino; según é preposição.

08) INCORRETA – A palavra “ese” é um pronome demonstrativo e não um pronome possessivo.

16) CORRETA.

20. De acuerdo con los aspectos léxicos de la lengua española, señale la(s) alternativa(s) correcta(s).

01) “le apetecía esta gira” (líneas 2-3) corresponde a “tenía ganas de hacer ese viaje artístico”.

02) “Alonso juega con su personaje (...) con tanta coquetería” (líneas 35-36) equivale a decir que “la bailarina juega con su personaje de modo coqueto”.

04) “eufemismo” (línea 1) es palabra que se refi ere a “hembra” y “femenino”.

08) La forma “zanja” (línea 6) equivale al verbo “zanjar” que signifi ca “poner fi n a desacuerdos o discordias”.

16) En “se jacta” (línea 57) se conjuga el verbo “jactarse” que signifi ca “alabarse, alardear”.

RESPOSTA: 27 - Nível Médio

01) CORRETA.02) CORRETA.04) INCORRETA – Eufemismo é um substantivo

masculino, portanto acompanha palavras do gênero masculino; é utilizado para substituir um termo por outro mais brando.

08) CORRETA.16) CORRETA.

INGLÊS

Chocolate craving comes from total sensory pleasure

By Philippa Roxby

5

For most of us, chocolate is a guilty pleasure. We crave it because it tastes wonderful and sweet – although we know we should really be stretching for the fruit bowl.

The British are particularly fond of chocolate. Research shows that, on average, Britons enjoy

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PROVA 2 - LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS EM LÍNGUA PORTUGUESA E LÍNGUA ESTRANGEIRA

10 15 20 25 30 35 40 45 50

about 11 kg of chocolate a year, making the UK one of the biggest consumers of chocolate in the world. Only the Swiss and Germans eat more. But a recent study suggests that chocolate cravings are not a modern phenomenon. In fact, chocoholism may date back to the 18th Century and beyond.

Cacao beans, which are the basic component of chocolate, were roasted, ground and drunk with water by the Mayans from around 2,000 years ago. In the 14th Century, the Aztecs concocted chocolate drinks with flavourings and used the beans to treat a number of common ailments. Then in the late 1700s in Mexico, a young doctor started seeing chocolate as harmful, rather than medicinal. He blamed an increase in hysteria among women and nuns in several cities on their excessive consumption of chocolate. Was this actually an extreme form of chocolate craving?

According to a paper presented at the International Congress on the History of Science, Technology and Medicine at the University of Manchester this weekend, cacao was very popular at the time and could be served hot or cold for medicinal or pleasure purposes. Nuns were particularly privileged, says author Dr Mauricio Menchero, and they “were able to have as much chocolate as they wished for regardless of costs”. Even a sharp rise in the price of chocolate did not affect consumption levels in convents, he says. So when new laws were brought in which forced nuns to do away with personal servants and make their own food and drinks, their intake of cacao was “greatly diminished” and they were afflicted by hysterical attacks.

(...) The bitter, dark chocolate eaten by the nuns is

nothing like the sugary, flavoured milk chocolate which is popular today – but the reaction is understandable. Many people would claim to crave chocolate and enjoy the feeling that eating it induces. The key to this may be a chemical called anandamide, which is similar to the compounds released when cannabis is taken. Anandamide is released in small quantities when we eat chocolate and it creates a relaxing feeling.

55 60

Prof Philip Wilson, author of Chocolate as Medicine – A Quest over the Centuries, says what lies behind the aphrodisiac qualities of chocolate is still to be answered. “It's difficult to tease apart which chemicals may be contributing to which psychological functions. There are over 500 chemicals in consumer chocolate products, so there's a lifetime of chemical analysis still to be done”, says Prof Wilson. His hunch is that the “almost seductive” texture of chocolate is as important as its ingredients.

65 70

Dr Barry Smith, director of the Centre for the Study of the Senses at Birkbeck University of London, agrees. He says the combination of the smoothness and creaminess of chocolate in the mouth, the sweetness of the taste and the smell of it before it even hits the taste buds make chocolate-eating a hugely pleasurable experience. As for whether chocolate can actually improve our mood, there is limited evidence according to neuroscientists. But millions of women (and nuns) can't be wrong, can they?

Texto adaptado. Disponível em <http://www.bbc.co.uk/news/health-23449795>. Acesso em 01/08/2013.)

16. Choose the alternative(s) in which the information about the word(s) extracted from the text is correct.

01) “fond of” (line 5) is the same as “greedy” and means “wanting more food or drink than you need”.

02) The “th”, as in “18th Century” (line 12) and “14th Century” (line 16), is used in English to form most ordinal numbers.

04) The adjectives “harmful” (line 20), “sugary” (line 43) and “pleasurable” (line 69) describe the good properties of chocolate.

08) The adverb “actually” (line 24) can be translated into Portuguese as “atualmente”.

16) The pronoun “they” (line 33) refers to “Nuns” (line 30).

RESPOSTA: 18 - Nível Médio

01) INCORRETA. “fond of” (linha 5) significa “apaixonado por” e “greedy” significa “ganancioso, guloso”, não tendo assim o mesmo signifi cado.

02) CORRETA.04) INCORRETA. O adjetivo “harmful” tem

sentido negativo, o adjetivo “sugary” tem sentido neutro, já o adjetivo “pleasurable” tem sentido positivo. Sendo assim os três adjetivos não descrevem as boas propriedades do chocolate.

08) INCORRETA. O advérbio “actually” (linha 24) não pode ser traduzido em Português como “atualmente” pois signifi ca “de fato, na verdade”.

16) CORRETA.

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17. Choose the alternative(s) in which the information about the verb(s) extracted from the text is correct.

01) The verb in “The British are particularly” (line 5) is in the plural because “The British” refers to British “people”.

02) The underlined verbs in “were roasted, ground and drunk” (line 14) are irregular verbs in the past.

04) The verb “started”, in “a young doctor started seeing chocolate as harmful” (lines 19-20), could have been followed by the infi nitive with no change in meaning.

08) The phrasal verb “do away with” (line 37) means “have a greater number”.

16) In the extract “But millions of women (and nuns) can’t be wrong, can they?” (lines 72-73), the underlined words are an example of question tag – a phrase that you add to the end of a sentence to check if somebody agrees with you.

RESPOSTA: 21 - Nível Médio

01) CORRETA.02) INCORRETA. Os verbos “ground” e “drunk”

são sim verbos irregulares. Seus infi nitivos são respectivamente “grind” e “drink”. Já o verbo “roasted” é um verbo regular cujo infi nitivo é “to roast”.

04) CORRETA.08) INCORRETA. O verbo frasal “do away with”

(linha 37) signifi ca “se livrar de” e não “ter um maior número de” como sugere o exercício.

16) CORRETA.

18. According to the text, choose the correct alternative(s).

01) Chocolate is the most consumed eating product in the whole world, mainly in Switzerland and Germany.

02) The addiction to chocolate can be stronger than drug dependence in physical and psychological aspects.

04) Cacao beans are the natural raw material of chocolate.

08) The lack of cacao was one of the main causes of women’s psychological disturbance among the Aztecs.

16) According to research, there was evidence that the desire for chocolate already existed three centuries ago.

RESPOSTA: 20 - Nível Difícil

01) INCORRETA. A alternativa diz que o chocolate é o produto comestível mais consumido no mundo, especialmente na Suíça e na Alemanha. O texto diz que o Reino Unido é um dos maiores consumidores de chocolate do mundo e que somente a Suécia e a Alemanha consomem mais (linhas 6-9).

02) INCORRETA. A alternativa afi rma que o vício de chocolate pode ser mais forte do que a dependência de drogas em aspectos físicos e psicológicos. O texto menciona que o chocolate libera uma substância química denominada anandamide, que é similar aos compostos liberados quando a maconha é usada (linhas 47-49), não havendo assim evidência no texto de que o vicio de chocolate possa ser mais forte do que a dependência de drogas.

04) CORRETA. 08) INCORRETA. O texto menciona que de acordo

com estudos feitos, as freiras da época, que eram grandes consumidoras de cacau, diminuíram o seu consumo e foram afl igidas por ataques de histeria (linhas 30-40) e não que a falta de cacau foi a principal causa de distúrbios psicológicos de mulheres entre os Aztecas, como afi rma a alternativa.

16) CORRETA.

19. About the extract “For most of us, chocolate is a guilty pleasure. We crave it because it tastes wonderful and sweet – although we know we should really be stretching for the fruit bowl” (lines 1-4), it is correct to say that

01) the majority of people feel that eating chocolate is both good and bad.

02) the verb “crave” expresses a strong desire for something.

04) the conjunction “although” is used to add extra information to what has been said.

08) the modal verb “should” is used to show that something is the best thing to do because it is good for you.

16) “fruit bowl” is a type of chocolate that has fruit fl avours.

RESPOSTA: 11 - Nível Médio

01) CORRETA. 02) CORRETA.04) INCORRETA. A conjunção “Although” é usada

para mostrar contraste de ideias do que foi dito.08) CORRETA.

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16) INCORRETA. “fruit bowl” não é um tipo de chocolate que tem sabor de frutas, mas signifi ca “uma tijela de frutas”

20. According to the text, choose the alternative(s) in which the information about chocolate is correct.

01) In the past, it had the same fl avour and colour of the chocolate consumed nowadays.

02) Its composition as well as its consistency may be the explanation for its aphrodisiac properties.

04) It was greatly consumed in convents because it was one of their main vitamin sources.

08) Its eating experience involves two different human senses when it combines texture, fl avour and smell.

16) Its infl uence on the way people feel has already been carefully studied by scientists.

RESPOSTA: 10 - Nível Difícil

01) INCORRETA. No passado o chocolate tinha gosto amargo e era escuro não correspondendo com o chocolate de hoje que é açucarado e tem sabor de leite (linhas 42-44).

02) CORRETA. 04) INCORRETA. O texto não traz nenhuma

evidencia provando que o chocolate era consumido em grande quantidade em conventos por ser uma das principais fontes de vitaminas das freiras.

08) CORRETA.16) INCORRETA. O texto diz que “é difícil

desmembrar/identificar que substâncias químicas podem estar contribuindo para qual função psicológica. Existe uma vida toda de analise de substâncias químicas para ser feita (linhas 55-60)”. Sendo assim não podemos afirmar que a influência do chocolate na maneira que as pessoas se sentem já foi cuidadosamente estudada por cientistas.

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COMENTÁRIO SOBRE O CONTEÚDO DE REDAÇÃOA prova de redação do vestibular de verão/2013 foi bem elaborada. O texto de apoio, de linguagem acessível,

não apresentava difi culdades para ser compreendido/interpretado e, ao mesmo tempo, fornecia informações importantes para as produções. No caso do gênero 2, a contextualização favoreceu os candidatos que leram o comando com atenção e entenderam as orientações.

Com relação ao tema, parabenizamos os elaboradores pela feliz escolha. Toda discussão que mexa com a realidade dos candidatos é bem-vinda. Mais que isso: toda refl exão que os faça analisar a própria realidade é bem-vinda. De fato, muitos fatores infl uenciam o sucesso de alguém que pretende ingressar na universidade. Quantos amargam resultados insatisfatórios vezes seguidas justamente porque não conseguem perceber que a inteligência (cognitiva e emocional) pode – e deve – ser desenvolvida e que o esforço e a dedicação aos livros e cadernos são essenciais nesse processo. Ficamos satisfeitos em constatar que a prova de redação deste vestibular de verão fez o que fazemos sempre com nossos alunos do ensino médio em sala de aula: convidou-os a avaliar a própria história, afi nal, certamente a maioria, depois de ler os textos de apoio, pensou acerca das suas atitudes e escolhas.

A única observação a ser feita é que a CVU varie a cobrança dos gêneros, já que o relato foi solicitado em 3 dos últimos 4 vestibulares (julho/2012, julho/2013 e dezembro/2013) e outros da lista são também importantes para mensurar a capacidade linguística de quem pretende ingressar na universidade.

Parabéns aos elaboradores!Equipe de Redação do Colégio Platão

COMENTÁRIO SOBRE O CONTEÚDO DE LÍNGUA PORTUGUESA

Uma prova abrangente. Boa parte do conteúdo sugerido no Manual do Candidato foi utilizada na montagem das questões. Para um aluno que acompanhou com atenção as aulas do Ensino Médio, as difi culdades foram poucas. Com exercícios bem elaborados, o vestibular de Língua Portuguesa proporcionou ao aluno a oportunidade de aplicar seu conhecimento não só de regras gramaticais como sua capacidade de análise linguística.

Parabéns pelo trabalho, nota DEZ!Professores Rodolfo e Zumas – Colégio Platão

COMENTÁRIO SOBRE O CONTEÚDO DE LITERATURAS EM LÍNGUA PORTUGUESA

Uma prova coerente, esta pode ser a defi nição da prova de Literaturas em Língua Portuguesa do vestibular da UEM. Mais uma vez os formuladores da prova de Literatura mostraram respeito ao programa estipulado pela organização do vestibular e respeitaram a abrangência de conhecimento do aluno do Ensino Médio, bem como não se apegaram a detalhes que pudessem confundir o aluno desnecessariamente. O fato de contemplar tanto a prosa quanto à poesia torna a prova mais equilibrada, afi nal o aluno do nosso colégio recebe de maneira ampla todos os subsídios para lidar com esses dois gêneros literários. Temos certeza de que os alunos do Colégio Platão não encontraram difi culdades para a realização dessa prova, afi nal o conteúdo estabelecido é apresentado a eles desde o primeiro ano do Ensino Médio e, além de ter sido trabalhado em sala de aula, foi retomado em aulas do Clube da Leitura, benefi ciando o aluno que se comprometeu com seriedade com o processo. É bom encerrar o ano com a sensação de que nossos alunos foram bem preparados e munidos de conhecimento para mais um vestibular. Parabéns à CCVU, parabéns aos formuladores e parabéns aos alunos que dedicaram seu tempo e se esforçaram para colher os louros de mais uma conquista.

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PROVA 2 - LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS EM LÍNGUA PORTUGUESA E LÍNGUA ESTRANGEIRA

COMENTÁRIO SOBRE O CONTEÚDO DE ESPANHOL

De uma forma geral, a prova foi bem elaborada e contemplou de forma abrangente os conteúdos trabalhados em sala de aula. O tema não era polêmico e não exigia crítica, apenas interpretação simples. O texto apresentou um índice de compreensão satisfatório, com vocabulário de nível médio. Em relação às questões propostas, o aluno precisou recorrer à gramática estudada durante o ano, já que teve um peso maior neste concurso, contrariando os anos anteriores, onde era mais cobrada a interpretação textual.

COMENTÁRIO SOBRE O CONTEÚDO DE INGLÊS

A prova de Inglês do Vestibular de Verão de 2013 traz um texto que fala sobre “Chocolate”. Os amantes de chocolate devem ter se deliciado com texto que a meu ver tem grau médio de difi culdade. Os exercícios se dividiram em exercícios gramaticais e exercícios de interpretação de texto deixando assim o vocabulário por conta do texto em si, ou melhor, tendo uma boa quantidade de vocabulário o candidato não teria problemas com o texto e sua compreensão. Desejo sucesso a todos.

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Universidade Estadual de MaringáComissão Central do Vestibular Unificado

VESTIBULAR DE VERÃO 2013

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Gabarito Provisório – Prova 2 – Língua Portuguesa e Literatura e Língua Estrangeira

O gabarito definitivo será divulgado no dia 13/12/2013, depois de esgotados todos os prazos de recursos.

LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS EM LÍNGUA PORTUGUESA

QUESTÃOGABARITO 1 GABARITO 2 GABARITO 3 GABARITO 4

Resposta Alternativa(s)Correta(s)

Resposta Alternativa(s)Correta(s)

Resposta Alternativa(s)Correta(s)

Resposta Alternativa(s)Correta(s)

01 14 02-04-08 27 01-02-08-16 21 01-04-16 30 02-04-08-16

02 22 02-04-16 21 01-04-16 30 02-04-08-16 15 01-02-04-08

03 30 02-04-08-16 29 01-04-08-16 19 01-02-16 22 02-04-16

04 21 01-04-16 19 01-02-16 15 01-02-04-08 25 01-08-16

05 19 01-02-16 18 02-16 29 01-04-08-16 14 02-04-08

06 25 01-08-16 14 02-04-08 22 02-04-16 18 02-16

07 15 01-02-04-08 25 01-08-16 18 02-16 19 01-02-16

08 27 01-02-08-16 22 02-04-16 27 01-02-08-16 29 01-04-08-16

09 29 01-04-08-16 15 01-02-04-08 25 01-08-16 21 01-04-16

10 18 02-16 30 02-04-08-16 14 02-04-08 27 01-02-08-16

11 18 02-16 03 01-02 29 01-04-08-16 18 02-16

12 03 01-02 14 02-04-08 18 02-16 03 01-02

13 18 02-16 18 02-16 14 02-04-08 29 01-04-08-16

14 14 02-04-08 18 02-16 18 02-16 14 02-04-08

15 29 01-04-08-16 29 01-04-08-16 03 01-02 18 02-16

LÍNGUA ESTRANGEIRA: ESPANHOL

QUESTÃOGABARITO 1 GABARITO 2 GABARITO 3 GABARITO 4

Resposta Alternativa(s)Correta(s)

Resposta Alternativa(s)Correta(s)

Resposta Alternativa(s)Correta(s)

Resposta Alternativa(s)Correta(s)

16 06 02-04 27 01-02-08-16 23 01-02-04-16 18 02-16

17 23 01-02-04-16 09 01-08 18 02-16 27 01-02-08-16

18 09 01-08 06 02-04 27 01-02-08-16 23 01-02-04-16

19 18 02-16 23 01-02-04-16 06 02-04 09 01-08

20 27 01-02-08-16 18 02-16 09 01-08 06 02-04

LÍNGUA ESTRANGEIRA: FRANCÊS

QUESTÃOGABARITO 1 GABARITO 2 GABARITO 3 GABARITO 4

Resposta Alternativa(s)Correta(s)

Resposta Alternativa(s)Correta(s)

Resposta Alternativa(s)Correta(s)

Resposta Alternativa(s)Correta(s)

16 12 04-08 12 04-08 12 04-08 12 04-08

17 26 02-08-16 26 02-08-16 26 02-08-16 26 02-08-16

18 20 04-16 20 04-16 20 04-16 20 04-16

19 27 01-02-08-16 27 01-02-08-16 27 01-02-08-16 27 01-02-08-16

20 01 01 01 01 01 01 01 01

LÍNGUA ESTRANGEIRA: INGLÊS

QUESTÃOGABARITO 1 GABARITO 2 GABARITO 3 GABARITO 4

Resposta Alternativa(s)Correta(s)

Resposta Alternativa(s)Correta(s)

Resposta Alternativa(s)Correta(s)

Resposta Alternativa(s)Correta(s)

16 18 02-16 21 01-04-16 20 04-16 11 01-02-08

17 21 01-04-16 10 02-08 11 01-02-08 18 02-16

18 20 04-16 18 02-16 10 02-08 21 01-04-16

19 11 01-02-08 20 04-16 18 02-16 10 02-08

20 10 02-08 11 01-02-08 21 01-04-16 20 04-16