VI ECIF

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Política Nacional de Saúde Funcional é tema central dos Encontros Nacionais sobre a CIF, promovidos pela Ordem dos Hospitaleiros Ortodoxos A Política Nacional de Saúde Funcional foi aprovada na última Conferência Nacional de Saúde e está ancorada no olhar sobre a funcionalidade e incapacidades que os sujeitos podem sofrer na presença, ou mesmo, na ausência de doenças. A proposta visa potencializar as atividades funcionais dos sujeitos diminuindo suas limitações e alavancando sua participação social, principalmente no que tange as estruturas públicas de saúde, por meios de ações dos serviços de saúde a partir de abordagens do cuidado à saúde de forma a contemplar a visão ampliada de ser humano e da intra e inter-relação entre as esferas de atenção e da gestão em saúde. Tem-se notícia da utilização do termo SAÚDE FUNCIONAL pela primeira vez na década de 90, no serviço público da cidade de Santos/SP. O termo vinha substituir REABILITAÇÃO e determinava a área de atuação de três principais categorias profissionais: Fisioterapeutas, Fonoaudiólogos e Terapeutas Ocupacionais. Dois fóruns nos anos 2000, promovidos pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) acabaram por levar a idéia ao pleito do Conselho Nacional de Saúde, quando, em 2007, com apoio das profissões de Fonoaudiologia, Nutrição e Serviço Social, na 13ª Conferencia Nacional de Saúde ficou aprovada a formulação de uma POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE FUNCIONAL. O tema ganhou discussão ampliada, incluindo até uma oficina na Rede Unida, além da criação dos Grupos de Trabalho do COFFITO e do Conselho Federal de Fonoaudiologia – CFFa. Os Encontros Nacionais sobre a CIF, promovidos pela Ordem dos Hospitaleiros Ortodoxos, reúne anualmente algumas das principais lideranças sobre o assunto. Um dos principais objetivos da política é mudar o cenário de incapacidades no qual se encontra a pessoa idosa contemporânea. No entanto, não se trata de uma política de idosos, de pessoas com deficiência e, muito menos de uma política voltada a processos de reabilitação. Na verdade, ela pretende determinar ações que evitem a necessidade das pessoas de passarem por tais processos. No mais, apenas com a CID, os sistemas de informação em saúde ficam carentes de dados sobre funcionalidade humana. Este aspecto será corrigido com o uso da CIF, por diferentes profissionais, em diferentes fases da vida, acabando com a invisibilidade

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Política Nacional de Saúde Funcional é tema central dos Encontros Nacionais sobre a CIF, promovidos pela Ordem dos Hospitaleiros Ortodoxos

A Política Nacional de Saúde Funcional foi aprovada na última Conferência

Nacional de Saúde e está ancorada no olhar sobre a funcionalidade e incapacidades que

os sujeitos podem sofrer na presença, ou mesmo, na ausência de doenças. A proposta

visa potencializar as atividades funcionais dos sujeitos diminuindo suas limitações e

alavancando sua participação social, principalmente no que tange as estruturas públicas

de saúde, por meios de ações dos serviços de saúde a partir de abordagens do cuidado à

saúde de forma a contemplar a visão ampliada de ser humano e da intra e inter-relação

entre as esferas de atenção e da gestão em saúde.

Tem-se notícia da utilização do termo SAÚDE FUNCIONAL pela primeira vez

na década de 90, no serviço público da cidade de Santos/SP. O termo vinha substituir

REABILITAÇÃO e determinava a área de atuação de três principais categorias

profissionais: Fisioterapeutas, Fonoaudiólogos e Terapeutas Ocupacionais.

Dois fóruns nos anos 2000, promovidos pelo Conselho Federal de Fisioterapia e

Terapia Ocupacional (COFFITO) acabaram por levar a idéia ao pleito do Conselho

Nacional de Saúde, quando, em 2007, com apoio das profissões de Fonoaudiologia,

Nutrição e Serviço Social, na 13ª Conferencia Nacional de Saúde ficou aprovada a

formulação de uma POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE FUNCIONAL.

O tema ganhou discussão ampliada, incluindo até uma oficina na Rede Unida,

além da criação dos Grupos de Trabalho do COFFITO e do Conselho Federal de

Fonoaudiologia – CFFa. Os Encontros Nacionais sobre a CIF, promovidos pela Ordem

dos Hospitaleiros Ortodoxos, reúne anualmente algumas das principais lideranças sobre

o assunto.

Um dos principais objetivos da política é mudar o cenário de incapacidades no

qual se encontra a pessoa idosa contemporânea. No entanto, não se trata de uma política

de idosos, de pessoas com deficiência e, muito menos de uma política voltada a

processos de reabilitação. Na verdade, ela pretende determinar ações que evitem a

necessidade das pessoas de passarem por tais processos.

No mais, apenas com a CID, os sistemas de informação em saúde ficam carentes

de dados sobre funcionalidade humana. Este aspecto será corrigido com o uso da CIF,

por diferentes profissionais, em diferentes fases da vida, acabando com a invisibilidade

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atual das intervenções dos profissionais de Saúde Funcional. Para tanto, a inserção de

ações de saúde funcional em todos os níveis de atenção será passo essencial para que os

resultados da política sejam alcançados. Espera-se que em 2050, a grande proporção de

idosos que estará presente no Brasil não tenha o mesmo perfil de incapacidades, não

gere muitos custos com internações e medicamentos, nem tenha grande necessidade de

cuidados especiais. Porém, tenha funcionalidade, tenha saúde funcional, o bem-estar no

desempenho das atividades, da participação social e o exercício da cidadania.

O Encontro da CIF de 2014 foi online e envolveu participantes de várias partes

do país!!