VIABILIDADE DO GIRASSOL EM DIETAS DE TERMINAÇÃO DE …

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU MESTRADO EM SAÚDE E PRODUÇÃO DE RUMINANTES MARTA JULIANE GASPARINI VIABILIDADE DO GIRASSOL EM DIETAS DE TERMINAÇÃO DE CORDEIROS Arapongas Paraná 2019

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU

MESTRADO EM SAÚDE E PRODUÇÃO DE RUMINANTES

MARTA JULIANE GASPARINI

VIABILIDADE DO GIRASSOL EM DIETAS

DE TERMINAÇÃO DE CORDEIROS

Arapongas – Paraná

2019

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MARTA JULIANE GASPARINI

VIABILIDADE DO GIRASSOL EM DIETAS

DE TERMINAÇÃO DE CORDEIROS

Dissertação apresentada à UNOPAR, como

requisito parcial para a obtenção do título de

Mestre em Saúde e Produção de Ruminantes.

Orientadora: Profa. Dra. Fabíola Cristine de

Almeida Rego Grecco

Arapongas – Paraná

2019

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MARTA JULIANE GASPARINI

VIABILIDADE DO USO DE PRODUTOS DO GIRASSOL EM

DIETAS DE TERMINAÇÃO DE CORDEIROS: ASPECTOS

NUTRICIONAIS E ECONÔMICOS

Dissertação apresentada à UNOPAR, no Mestrado em Saúde e Produção de Ruminantes,

área de concentração em Produção de Ruminantes, como requisito parcial para a obtenção

do título de Mestre conferido pela Banca Examinadora formada pelos professores:

_________________________________________

Profa. Dra. Fabiola Cristine de Almeida Rego Grecco

PITÁGORAS UNOPAR/Unidade Arapongas

_________________________________________

Prof. Dr. Luiz Fernando Coelho Cunha Filho

PITÁGORAS UNOPAR/Unidade Arapongas

_________________________________________

Prof. Drª Sandra Maria Simonelli

Universidade estadual de Londrina

Arapongas, 16 de dezembro de 2019.

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Ficha catalográfica elaborada, com dados fornecidos pelo (a) autor (a) Biblioteca UNOPAR / Arapongas - Maria Luci Juliani Grano CRB – 9/776

GASPARINI, Marta Juliane Viabilidade do girassol em dietas de terminação de cordeiros. Arapongas: UNOPAR, 2019. 55p. Orientador: GRECCO, Fabiola Cristine de Almeida Rego Dissertação (Mestrado) UNOPAR - Medicina Veterinária - Saúde e Produção de Ruminantes, 2019. 1. Medicina Veterinária - Dissertação de mestrado - Unopar. 2. Saúde e Produção de Ruminantes. 3. Ovinocultura 4. Óleo de girassol. 5.Carcaça. 6. Nutrição de ovinos. I. GRECCO, Fabiola Cristine de Almeida Rego II. Titulo. CDU: 619:636

Maria Luci Juliani Grano: CRB – 9/776

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Dedico esse trabalho a minha família, meu noivo e meus animais. Sempre foi,

sempre é e sempre será por eles. Agradeço a Deus por todas oportunidades.

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AGRADECIMENTOS

Agradecer a Deus pelo dom da vida e pelas oportunidades que ele me propõe a cada

dia, a minha mãe Natalina, devo minha vida, e agradeço por tudo que fez e faz por mim,

ao meu pai in memorian, que sempre sonhou para que seguisse essa profissão, meus

irmãos por compartilhar comigo os melhores momentos da minha vida. Ao meu sobrinho,

meus avós e toda minha família toda minha gratidão. Ao meu noivo por estar nessa

caminhada comigo desde o inicio sempre paciente e me ajudando e não me deixando

desanimar. A minha orientadora, Profª. Drª. Fabíola Cristine de Almeida Rego Grecco,

que me acolheu, desde o primeiro semestre na gradução e hoje além de orientadora uma

grande amiga. Toda minha gratidão por todos os ensinamentos, companheirismo, puxões

de orelhas e todos os momentos compartilhado juntas.

A Prof. Pós-Doutoranda Simone Fernanda Nedel Pértile, meu muito obrigada, por

todo auxílio durante a fase de analises realizadas para que nosso trabalho ficasse

excelente. Ao Prof. Dr. Luiz Fernando Coelho da Cunha Filho pelas conversas,

ensinamentos e por aceitar compor a banca examinadora.

Ao grupo de professores que tive durante esse período, tanto dentro como fora de

sala de aula, o meu muito obrigada!

Aos meus amigos, devo agradecer sempre! Ana flávia ‘’Querida’’que mesmo

estando longe nos monentos mais dificies podemos partilhar juntas. A Roberta por me

aturar nessa fase de produção da dissertação e partilhar comigo os medos e alegrias rsrs.

Agradeco a Adriana que me ajudou em grande parte na realizacao das analises

laboratoriais. Aos funcionarios do hospital veterinário que mais do que colegas de

trabalho somos amigos. Ao fernando por sempre cuidar dos animais durante a realizacao

da parte de campo do projeto.

Agradeço ao meus estagiários que me ajudaram durante toda a realização do projeto

na parte de campo e tambem na fase de analises laboratoriais.

Enfim, nesse momento só tenho a agradecer por tudo que vivi nesses dois anos, e

se por falha, me esqueci de citar algum envolvido, fica aqui meu muito obrigada!

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Mais sábios que os homens são os pássaros. Enfrentam as

tempestades noturna e pela manhã tem todos os motivos para

se entristecer e reclamar, mas cantam agradecendo a Deus por

mais um dia.

(AUGUSTO CURY)

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GASPARINI, Marta Juliane. Viabilidade do girassol em dietas de terminação de 2

corderios. 2019. 55 p. Dissertação (Mestrado em Saúde e Produção de Ruminantes), 3

Universidade Norte do Paraná. Arapongas, 2019. 4

RESUMO 5

O objetivo geral dessa pesquisa foi comparar o uso da semente e óleo de girassol, 6

utilizados como fonte de gordura, em dietas de cordeiros em terminação. Foram 7

utilizados 12 cordeiros mestiços, Santa Inês x Dorper, com peso médio inicial de 22,10kg 8

± 3,82. Os animais foram distribuidos em baias individuais, separados em dois grupos 9

de 6 animais denominados “óleo de girassol” e “semente de girassol”. A dieta total de 10

ambos os grupos continha 33% de volumoso (feno de capim tifton 85), e 67% de 11

concentrado. A proporção de óleo e semente na matéria seca total das deitas foram 1,83% 12

e 5,51% para os grupos Óleo e semente, respectivamente. O período experimental teve 13

duração de 75 dias. Os animais foram abatidos quando atingiram em média 35 kg de 14

peso vivo. O ganho de peso médio diário (220g), o ganho de peso total (11,99 kg) e a 15

conversão alimentar (5,3) foram semelhantes entre os tratamentos. As variáveis 16

umidade, matéria mineral, proteína bruta, perda por descongelamento e perda por cocção 17

não foram diferentes entre os tratamentos estudados. A presença de óleo ou semente de 18

girassol nas dietas, sendo ambas com elevado nível de concentrado (67%), não 19

influenciou os valores de pH da carne, apresentando valores médios de 5,7 e 5,6; 20

respectivamente. Também foram semelhantes as variáveis quantitativas e qualitativas da 21

carcaça e da carne. A semente e o óleo de girassol, utilizados como fontes de gordura, 22

foram satisfatórios em dietas para cordeiros em terminação; obtendo ganho de peso 23

médio diário de 220 g por dia. Apresentam respostas equivalentes em relação ao 24

desempenho, às características quantitativas e qualitativas da carcaça. A carne de 25

cordeiros alimentados com óleo de girassol apresenta 1,5% a mais de gordura que 26

aqueles que receberam semente em sua dieta. A dieta com óleo apresenta maior 27

viabilidade econômica, com margem bruta por animal 9% superior para o grupo que 28

recebeu semente de girassol. 29

Palavras-chave: características de carcaça, óleo, qualidade da carne e desempenho, 30

semente de oleaginosa,. 31

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GASPARINI, Marta Juliane. Viability of sunflower in lamb termination diets. 55 p. 32

Dissertation (Master’s degree in Health and Ruminant Production), Northem University 33

of Paraná. Arapongas. 2019. 34

35

ABSTRACT 36

The overall objective of this study was to compare the use of the seed oil of sunflower 37

seeds, which are used as a source of fat in the diets of sheep and lambs in the end. They 38

were used in the 12-sheep and lambs crossbred santa inez x dorper, with a mean initial 39

weight of 22,10 kg ± 3,82. The animals were divided into a number of individual, separate 40

them into two groups of 6 animals are referred to as “sunflower oil” and “sunflower 41

seeds”. The diets of the two groups contained 33% of the dimensions (grass hay tifton 42

85), and 67% of the concentrate provided by us. The ratio of oil to seed and the dry matter 43

of the total of the put was 1,83% and 5,51% for both groups, the Oil and the seeds, 44

respectively. The animals were slaughtered when they reached an average of 35 kg of live 45

weight. The gain in weight average daily (220g), and the gain in weight of the total (11,99 46

/ kg) and feed conversion (5,3), were similar between the treatments. The variables of 47

moisture, material, mineral, protein, total loss due to the melting and the loss due to 48

cooking were not different between the treatments being studied. The presence of oil, or 49

sunflower seed to the diet both high levels of concentrate (67%), did not influence the pH 50

values of the flesh, and by presenting the mean values of 5.7 and 5.6; respectively). They 51

were also similar to that of the variable quantificavas and quality of the carcass and of the 52

meat. The seeds of the sunflower seed oil is used as a source of fat, are suitable in the diet 53

for lambs on the termination; obtaining a gain of weight, a daily average of 220 g per day. 54

Show answer equivalent with respect to performance, the characteristics of both 55

quantitative and qualitative, of the frame. The meat of lambs fed with sunflower-seed oil 56

has 1.5% more fat than those that received the seed into your diet. The use of the product 57

more than once, reduces the levels of glucose in the blood compared to the diet of 58

conventional source of fat in the diet. A diet of oil has increased the economic feasibility, 59

gross margin per animal, are 9% higher than in the group that received sunflower. 60

Key words: oil seed, oilseed, characteristics of carcass, meat quality, and performance. 61

62

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LISTA DE TABELAS 64

CAPÍTULO II 65

ARTIGO 66

Tabela 1. Composição bromatológica do feno de capim Tifton 85, da semente de girassol 67

e do óleo de girassol.........................................................................................................32 68

Tabela 2. Composição de ingredientes e bromatológica das dietas experimentais (MS%) 69

de cordeiros alimentados com dietas contendo óleo e semente de girassol.......................33 70

Tabela 3. Média e desvio padrão das variáveis relacionadas ao desempenho de cordeiros 71

terminados com o uso de semente ou óleo de Girassol....................................................37 72

Tabela 4. Variáveis quantitativas da carcaça de cordeiros terminados com semente ou 73

óleo de girassol.................................................................................................................38 74

Tabela 5. Mensurações no músculo Longissimus lumborum de cordeiros terminados em 75

dieta com óleo ou semente de Girassol.............................................................................40 76

Tabela 6. Médias e desvios-padrão (DP) para a composição centesimal da carne de 77

cordeiros terminados com dietas com inclusão de óleo ou semente de girassol..............41 78

Tabela 7. Análises bioquímicas sérica de cordeiros alimentados com dieta, com óleo ou 79

semente de Girassol..........................................................................................................42 80

Tabela 8. Correlações e valor de P das variáveis das carcaças de cordeiros alimentados 81

com semente ou óleo de Girassol.....................................................................................43 82

Tabela 9. Viabilidade econômica relacionada a alimentação dos cordeiros recebendo óleo 83

ou semente de Girassol na terminação em confinamento..........................................44 84

85

86

87

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 88

89

A Largura Máxima 90

AC Acabamento 91

AOL Área de Olho-de-Lombo 92

AOL1 Área de Olho-De-Lombo feita com paquímetro 93

AOL2 Área de Olho-De-Lombo feita com Ultrasson 94

AOLC Área de Olho-de-Lombo na Carcaça 95

B Profundidade Máxima 96

CA Conversão Alimentar 97

CB Comprimento do Braço 98

CE Comprimento Externo 99

CMS Consumo de Matéria Seca 100

CO Conformação 101

CP Comprimento de Perna 102

CRA Capacidade de Retenção Água 103

CSMPV Consumo de Matéria Seca em Função do Peso Vivo Animal 104

DP Desvio-padrão 105

EE Extrato Etéreo 106

EG Espessura de Gordura 107

EGS Espessura de Gordura Subcutânea 108

FDA Fibra em detergente ácido 109

FDN Fibra em detergente neutro 110

G Grama 111

GPD Ganho Peso Diário 112

GPMD Ganho de Peso Médio Diário 113

GPT Ganho Peso Total 114

IQR Índice de Quebra por Resfriamento 115

KG Quilograma 116

LD Largura Dorso 117

LG Largura Garupa 118

LT Largura Torax 119

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MM Matéria Mineral 120

MS Matéria seca 121

N Nitrogênio 122

NDT Nutrientes Digestíveis Totais 123

NIDA Nitrogênio Insolúvel em Detergente Acido 124

NIDN Nitrogênio Insolúvel em Detergente Neutro 125

NRC National Research Council 126

P Probabilidade Estatística 127

PAP Perda de Água por Pressão 128

PB Perímetro do Braço 129

PB Proteína Bruta 130

PCA Peso Corporal de Abate 131

PCF Peso Carcaça Fria 132

PCOC Perdas por Cocção das Carnes 133

PCQ Peso Carcaça Quente 134

PCR Reação em Cadeia da Polimerase 135

PCVAZIO Peso Corporal Vazio 136

PDESC Perdas por Descongelamento 137

PG Perimetro de Garupa 138

PP Perimetro de Perna 139

PRB Profundidade de Braço 140

RB Rendimento Biológico 141

RCF Rendimento Carcaça Fria 142

RCQ Rendimento Carcaça Quente 143

RCVERD Rendimento de Carcaça Verdadeira 144

RPM Rotações Por Minuto 145

UNOPAR Universidade Norte do Paraná 146

147

148

149

150

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SUMÁRIO 151

CAPÍTULO I 152

153

1. INTRODUÇÃO 18 154

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 20 155

2.1 Ovinocultura e o mercado da carne 20 156

2.2 Inclusão de lipídeos na dieta e qualidade da carne 20 157

2.3 Produtos e coprodutos lipídico em dieta de cordeiros 24 158

2.3.1 Caroço de algodão 26 159

2.3.3 Glicerina Bruta 27 160

2.3.4 Semente e óleo de girassol 29 161

3. OBJETIVOS 30 162

3.1 Objetivo Geral 30 163

3.2 Objetivos Específicos 30 164

REFERÊNCIAS 31 165

166

CAPÍTULO II 167

168

Artigo Científico – Viabilidade do uso de produtos do girassol em dietas de terminação 169

de cordeiros: aspectos nutricionais e econômicos 39 170

Resumo 39 171

Abstract 40 172

Introdução 41 173

Material e Métodos 42 174

Resultados e Discussão 45 175

Conclusão 51 176

Referências 52 177

178 179

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CAPÍTULO I 180

1 INTRODUÇÃO 181

182

A ovinocultura é uma atividade difundida em quase todas as regiões do 183

mundo, englobando desde pequenos produtores a produção em larga escala. De acordo 184

com o IBGE (2018) o Brasil possui cerca de 18,9 milhões de cabeças de ovinos com 185

aptidões para carne, lã, pele e leite. Deste montante, destaca-se a região Nordeste, com 186

12 milhões de cabeças, a região Sul, com 4,5 milhões de cabeças (IBGE, 2018). Na região 187

Sul, destaca-se o estado do Rio Grande do Sul com 3,9 milhões, seguido pelos estados do 188

Paraná e Santa Catarina. 189

Dentre as categorias, o cordeiro é a categoria animal mais procurada e 190

de melhor qualidade, devido a sua maciez, com melhor potencial para rendimento de 191

carcaça, em função de melhor conversão alimentar e alta capacidade de crescimento 192

(CARVALHO et al, 2014). 193

O mercado consumidor procura um produto de qualidade quando se 194

refere a carcaça, buscando sempre os animais jovens. O confinamento de cordeiros 195

proporciona abate precoce, com média de 150 dias e peso vivo entre 28 a 36kg, com 196

carcaças que atendem as características exigidas pelo mercado (OLIVEIRA et al., 2002). 197

Porém muitas vezes o sistema de confinamento para a terminação de 198

cordeiros apresenta um balanço econômico negativo devido aos custos gerados pela 199

alimentação, levando os produtores à busca por alimentos alternativos que substituam os 200

tradicionais (YAMAMOTO et al., 2013). 201

Neste cenário, os coprodutos e subprodutos da agroindústria vem sendo 202

testados em pesquisas de nutrição de ruminantes, com o intuito de reduzir os gastos com 203

alimentos nobres na dieta, por meio da substituição destes por alimentos de menor valor 204

econômico; sem, contudo, prejudicar o desempenho dos animais. 205

No Brasil, diversas são as opções disponíveis em coprodutos para a 206

alimentação animal, como bagaço de frutas, bagaço de cana, resíduo de cervejaria, 207

casquinha de soja, caroço de algodão, glicerina bruta, resíduo de panificação, semente de 208

girassol, entre outros. Dentre essas opções, os coprodutos oriundos de oleaginosas, como 209

o girassol, apresentam grande potencial na utilização da alimentação animal, sendo que a 210

gordura proveniente do grão além de fornecer energia possui alto teor de proteína bruta 211

(CORREIA et al., 2011). A gordura é um nutriente essencial e está diretamente ligada ao 212

acabamento de carcaça, precocidade dos animais, rendimentos de corte, maciez e 213

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suculência do produto final devido a quantidade e deposição de gordura (CORREIA et 214

al., 2011). 215

O girassol apresenta características desejáveis em relação ao seu ciclo 216

curto, alta qualidade e quantidade de óleo produzido (SILVA et al, 2007). De acordo com 217

a CONAB (2017), a produção nacional de girassol por ano gira em torno de 71,1 mil 218

toneladas. No Brasil pesquisas com uso do girassol em dietas de terminação de cordeiros 219

ainda são escassas. 220

221

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 222

223

2.1 Ovinocultura e o Mercado Da Carne 224

225

A ovinocultura vem se firmando nos últimos anos, com maior número 226

de propriedades com pequenos e médios produtores pois permite o uso da mão de obra 227

familiar, instalações simples e com baixo custo; e em menor número existem os grandes 228

produtores; com produção em escala, sendo a atividade considerada a principal. A 229

ovinocultura atende setores da economia através da produção de carne, leite, lã e pele, o 230

que favorece o aumento da lucratividade do produtor devido a sua diversificação 231

(CAMPOS et al, 2005). 232

A cultura brasileira não possui costume para consumo da carne ovina 233

quando comparada ao consumo da carne bovina, suína e de aves. No entanto, uma 234

alteração nos costumes alimentares, com a entrada de novos produtos no mercado como 235

a carne ovina, está acontecendo, visto que já há alguns anos a carne ovina vem sendo 236

encontrada em supermercados e açougues, além de restaurantes (SANTOS, 2003). 237

A procura da carne ovina vem crescendo devido principalmente em 238

função dos atributos nutricionais da mesma, textura fina, gordura branca e rica em 239

proteínas, minerais, vitaminas além de boa digestibilidade (GARCIA, 2004). 240

O crescimento da demanda de carne ovina, em função da urbanização 241

e diversificação dos hábitos alimentares dos consumidores é promissor para a expansão 242

da cadeia produtiva (VIANA et al, 2013). 243

A escolha da raça deve ser feita de forma cautelosa, levando em 244

consideração aquelas que possuem aptidão para a produção de carne, uma vez que essas 245

devem possuir características genéticas que favoreçam a produtividade e qualidade 246

(HASTENPFLUG; WOMMER, 2009). 247

Em pesquisas realizadas no Brasil; no estado de São Paulo, a carne 248

ovina é preferida em relação a outras carnes por 33% dos consumidores avaliados, 249

entretanto a carne mais consumida ainda foi a carne bovina por 69% dos consumidores 250

(FIRETTI et al., 2017). 251

Outro fato comprovado por recente pesquisa de campo feita no estado 252

do Rio Grande do Sul, é que o consumo da carne ovina ocorre com maior frequência em 253

épocas comemorativas (SANTOS e BORGES, 2019). Cabe salientar que o Rio Grande 254

do Sul, contém grande parte do rebanho nacional, sendo 3,9 milhões de cabeças; e que 255

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por isso esperava-se que o consumo per capta fosse escalonado ao longo do ano e não 256

apenas em ocasiões “especiais”. 257

258

2.2. Inclusão de Lipídeos na Dieta e Qualidade da Carne 259

260

A adição de fontes lipídicas em dietas de ruminantes tem sido alvo de 261

pesquisas de produção de ruminantes, pois pode contribuir favoravelmente para a 262

produtividade animal. O uso destas fontes podem melhorar a qualidade da dieta e a 263

eficiência dos animais em fase de terminação (PALMQUIST & MATTOS, 2006). 264

A inclusão dos lipídeos na dieta dos ruminantes proporciona alguns 265

pontos positivos relacionados a função orgânica, melhorando a qualidade da dieta 266

energeticamente, promovendo aumento da capacidade de absorção de vitaminas 267

lipossolúveis, além do fornecimento de ácidos graxos essenciais importantes para 268

membranas de tecidos (PALMQUIST & MATTOS, 2006). 269

Entretanto, inclusões de lipídeos em quantidades maiores que 7% da 270

matéria seca podem ser prejudiciais à degradação do alimento, principalmente se houver 271

elevada proporção de ácidos graxos insaturados que, além de serem tóxicos aos 272

microrganismos ruminais, aderem à partícula do alimento e criam uma barreira física à 273

ação de microrganismos e de enzimas microbianas (SULLIVAN et al., 2004). 274

Segundo Jorge et al. (2008) a adição de lipídeos na dieta de ruminantes, 275

em geral deve ser restrita a 6% do extrato etéreo da matéria seca total da dieta, que é o 276

valor crítico do teor de lipídios estabelecido, pois níveis superiores podem prejudicar a 277

degradação ruminal. Já Palmquist e Mattos (2006), adição de lipídeos na dieta acima de 278

5% da matéria seca reduz o consumo, devido a mecanismos regulatórios que controlam a 279

ingestão de alimentos, e pela capacidade limitada dos ruminantes de oxidar ácidos graxos. 280

Os lipídeos, ao atingir o rúmen, sofrem lise por enzimas microbianas 281

(lipólise), e os ácidos graxos insaturados sofrem bio-hidrogenação, cujo principal objetivo 282

é o de reduzir o efeito deletério da gordura no rúmen (SULLIVAN et al., 2004). 283

As principais bactérias responsáveis pelo processo de bio-hidrogenação são: Butyrivibrio 284

fibrisolvens, Anaerovibrio lipolytica e Propionibacter (BAUMAN et al., 1999; PARIZA 285

et al., 2001). Uma maneira de melhorar essa condição e o uso de gordura protegida, sendo 286

que a mesma não é totalmente utilizada pelos micro-organismos do rúmen, passando para 287

o intestino delgado o que consequentemente diminui o efeito negativo da gordura, sobre 288

a degradação da fibra (MULLER et al., 2005). 289

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A suplementação lipídica, em geral, potencializa a utilização do 290

nitrogênio pelas bactérias ruminais, reduz as perdas por metano em contrapartida reduz o 291

número de bactérias desaminadoras e de protozoários ciliados no rúmen e, portanto, 292

diminui a proteólise e/ou reciclagem de bactérias, causando redução na concentração de 293

amônia ruminal dependendo da quantidade lipídica adicionada a dieta (SOUZA et al., 294

2009). 295

No experimento de Valinote et al (2005), avaliando fontes de gordura 296

(caroço de algodão e o sal de cálcio de ácidos graxos) e o efeito da monensina em dietas 297

com caroço de algodão sobre a população de protozoários ciliados e o pH do rumen o 298

mesmo observou que as dietas contendo caroço de algodão diminuíram a quantidade total 299

de protozoários ciliados. Sendo essa alteração justificada pelos autores, que mesmo a 300

liberação de gordura dos ingredientes sendo lenta, pode ter sido tóxica aos ciliados. 301

O uso dos lipídeos sob diferentes formas (óleos ou sementes), pode 302

trazer diferenças no desempenho, perfil metabólico e produto final (carne). O desafio em 303

modificar a qualidade das carnes tem se intensificado nas pesquisas, principalmente com 304

relação ao teor de gordura, proteína e colesterol, além dos ácidos graxos da gordura 305

intramuscular (WOOD et al., 2004). 306

A carne dos ruminantes em geral, possuem elevados teores de ácidos 307

graxos saturados (AGS) e acaba sendo associada ao aumento na incidência de doenças 308

coronarianas e outros problemas cardiovasculares, sofrendo intensas críticas dos 309

profissionais da área da saúde (LADEIRA & OLIVEIRA., 2006). Entretanto apesar da 310

elevada quantidade de gordura saturada, é sabido que produtos de origem animal, 311

possuem em sua composição elevadas quantidades de ácido linoleico conjugado (CLA), 312

que possuem funções fisiológicas que são beneficas a saude humana, relacionados aos 313

efeitos anticarcinogenicos, antiteratrogenicos, imunoestimulantes (KOZLOSKI, 2009). 314

Os ácidos graxos presentes na carne promovem melhorias no sabor e 315

suculência do produto. A interferência no sabor e aroma da carne estão intimamente 316

relacionados a idade do animal e pelas condições de criação e manejo. A carne de 317

cordeiro, possui um sabor mais suave e cor mais clara, quando comparada com a carne 318

de um animal adulto, sendo preferida pelos consumidores (MONTE, et al. 2012). 319

320

2.3. Produtos e Coprodutos Lipídicos em Dietas de Cordeiros 321

322

2.3.1 Caroço de algodão 323

Page 19: VIABILIDADE DO GIRASSOL EM DIETAS DE TERMINAÇÃO DE …

19

324

O caroço de algodão é um coproduto rico em proteínas (média 22% na 325

MS) e com alta densidade energética devido aos altos níveis de extrato etéreo (média de 326

20% na MS) que possui distintas características de degradação e passagem pelo trato 327

gastrintestinal, quando comparado aos alimentos mais comumente utilizados na dieta de 328

ruminantes (CARVALHO et al., 2000). Devido ao seu alto teor de lipídeos, o caroço de 329

algodão não deve ser fornecido a vontade na dieta, pois pode provocar alterações no 330

ambiente ruminal, o que poderá comprometer o seu desempenho (NAGALAKSHMI et 331

al , 2003). 332

O caroço do algodão pode ser considerado uma fonte de gordura 333

protegida, uma vez que esse nutriente estar presente na amêndoa do algodão, e esta é 334

protegida pela casca. Essa proteção torna sua liberação mais lenta, diminuindo assim os 335

efeitos deletérios causados aos microrganismos ruminais, intensificando o interesse de 336

estudos com esse coproduto afim de descobrir a quantidade máxima que poderia ser 337

utilizada sem que houvesse o comprometimento da função ruminal (NAGALAKSHMI et 338

al ,2003). 339

No trabalho de Piona e colaboradores (2012), onde avaliou-se a 340

inclusão dos níveis de 10, 20 e 30% de caroço de algodão na dieta de cordeiros, não houve 341

alteração no consumo de matéria seca. Apesar disso o consumo de proteína bruta (PB) 342

reduziu em 1,2 g/dia para cada 1% de caroço de algodão incluso a dieta e houve redução 343

na digestibilidade da matéria seca, matéria orgânica e proteína bruta em 0,64; 0,59; 0,62% 344

respectivamente, enquanto a digestibilidade do extrato etéreo (EE) foi aumentada em 345

0,23% para cada 1% de caroço de algodão. O aumento da inclusão de caroço de algodão 346

na dieta reduziu o ganho de peso sendo recomendando então pelos autores, que esse 347

coproduto não ultrapasse o nível de 10% em confinamento de ovinos. 348

349

2.3.2 Glicerina Bruta 350

351

A glicerina bruta está entre um dos principais coprodutos 352

agroindustriais, que potencialmente podem ser destinados a alimentação de ruminantes, 353

destaca-se aqueles produzidos através do biodiesel. A obrigatoriedade da inclusão do 354

biodiesel ao diesel de petróleo gera coprodutos que acabam necessitando de destinos que 355

sejam ecologicamente corretos e economicamente viáveis. Quando o biodiesel é gerado 356

Page 20: VIABILIDADE DO GIRASSOL EM DIETAS DE TERMINAÇÃO DE …

20

o processo que converte triglicerídeos a ácidos graxos esterificados, tem a glicerina bruta 357

como coproduto (GONÇALVES et al., 2006). 358

Por ser um produto de baixo custo, a glicerina bruta se tornou uma 359

opção para utilização na dieta de cordeiros em terminação, em substituição a concentrados 360

energéticos. O valor energético da glicerina bruta é determinado pela sua pureza em 361

glicerol, e as impurezas presentes na glicerina bruta podem causar impactos no consumo, 362

no desempenho e digestibilidade dos animais quando comparada a glicerina purificada, 363

que em contrapartida possui um custo elevado (KERR et al., 2007). 364

Lage et al (2010) avaliaram a inclusão dos níveis de glicerina bruta na 365

dieta de cordeiros em confinamento nas proporções de 0, 3, 6, 9 e 12% e concluíram que 366

a inclusão de até 6% melhorou a conversão alimentar e reduziu os custos de produção, 367

entretanto influenciou negativamente o consumo, a digestibilidade, as características 368

quantitativas da carcaça e o desempenho dos animais. 369

Em pesquisa realizada por Rego et al. (2017), com cordeiros Texel, 370

também foram testados níveis crescentes de glicerina bruta (0, 7, 14 e 21% da matéria 371

seca) em substituição ao milho, avaliando o perfil de ácidos graxos na carne. Os autores 372

verificaram que a qualidade da carne foi semelhante entre os tratamentos, com alterações 373

em ácidos graxos específicos na carne, como o ácido margarico; que teve aumentos 374

crescentes em função do acréscimo da glicerina bruta. Além disso esses autores 375

verificaram que a razão entre os ácidos ômega 6:ômega 3, foi em média 3,74; dentro do 376

que é considerado ideal para o consumo humano (abaixo de 4), reduzindo riscos de 377

desenvolver câncer ou possíveis complicações coronárias, levando a ataques cardíacos 378

(ENSER, 2001). 379

380

2.3.3 Semente e Óleo de Girassol 381

382

O girassol está entre as cinco maiores culturas oleaginosas produtoras 383

de óleo vegetal comestível do mundo junto com a soja, a canola, o algodão e o amendoim. 384

É considerado uma excelente fonte de lipídios, sua principal propriedade é o elevado teor 385

de ácidos graxos poli insaturados, dentre eles o ácido linoleico apresentando teores de até 386

70% (VIEIRA., et al, 1992). 387

A cultura de girassol na safra de 2017 saltou de 31,8 para 60,5 mil 388

hectares plantados. Entre os estados, o maior produtor de girassol é o estado do Mato 389

Grosso com 62% do girassol produzido no Brasil, segundo a Conab (2017). 390

Page 21: VIABILIDADE DO GIRASSOL EM DIETAS DE TERMINAÇÃO DE …

21

391

O óleo de girassol propriamente dito possui excelentes características 392

físico-químicas e nutricionais, e ainda é essencial para o desempenho de funções 393

fisiológicas do organismo. Considerado um dos óleos vegetais de melhor qualidade 394

nutricional do mundo (ARAUJO et al., 1994). 395

De acordo com Leite et al. (2005), a semente de girassol possui 4,8% 396

de umidade, 19,9% de carboidratos totais, 24% de proteína, 47,3% de óleo, e 4% de 397

cinzas, e em torno de 24% de fibra em detergente neutro. 398

A inclusão de óleos vegetais, especialmente o de girassol, na dieta de 399

ruminantes é bem menos comum do que o uso de sementes de oleaginosas, por ser de 400

manejo mais complicado. Seu uso na forma livre, o torna prontamente disponível à 401

microbiota ruminal, e apresenta altas proporções de ácidos graxos poli-insaturados, o que 402

pode prejudicar a degradação ruminal (JORGE, et al. 2008). 403

Os lipídios presentes na semente do girassol são envolvidos pela matriz 404

proteica, favorecendo a lenta liberação dos lipídeos no ambiente ruminal, evitando assim 405

os efeitos negativos ao ambiente ruminal, quando fornecidos na forma de semente 406

(OLIVEIRA et al., 2011). 407

Yamamoto e colaboradores (2013) promoveram um estudo em que foi 408

avaliada a inclusão de grãos de girassol na ração de cordeiros sobre as características 409

quantitativas da carcaça e qualitativas da carne. Os autores observaram que com a 410

inclusão da semente de girassol na dieta, não foram alteradas as características 411

quantitativas da carcaça, aumentou a deposição de gordura nas carcaças e diminuiu a 412

relação músculo e gordura das mesmas. 413

414

415

416

417

418

419

420

421

422

423

424

Page 22: VIABILIDADE DO GIRASSOL EM DIETAS DE TERMINAÇÃO DE …

22

425

3 OBJETIVOS 426

427

3.1 Objetivo Geral 428

429

O objetivo dessa pesquisa foi comparar o uso da semente e óleo de 430

girassol, utilizados como fonte de gordura, em dietas de cordeiros em terminação. 431

432

3.2 Objetivos específicos 433

434

Avaliar a viabilidade nutricional por meio dos parâmetros: ingestão de matéria 435

seca, ganho de peso e conversão alimentar; 436

Avaliar o perfil metabólico dos cordeiros, através das análises bioquímicas 437

sanguíneas; 438

Estimar a área de olho de lombo in vivo, mediante o uso de ultrassom; 439

Avaliar as características quantitativas e qualitativas da carcaça; 440

Avaliar a qualidade da carne dos animais mediante a composição centesimal e 441

variáveis físico químicas; 442

Analisar a viabilidade econômica das dietas; 443

444

445

446

447

448

449

450

451

452

453

454

455

456

457

458

459

460

461

462

463

464

Page 23: VIABILIDADE DO GIRASSOL EM DIETAS DE TERMINAÇÃO DE …

23

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623

Page 29: VIABILIDADE DO GIRASSOL EM DIETAS DE TERMINAÇÃO DE …

29

CAPÍTULO II 1

2

3

ARTIGO CIENTÍFICO 4

5

6

VIABILIDADE DO GIRASSOL EM DIETAS DE 7

TERMINAÇÃO DE CORDEIROS 8

9

10

11

Redigido segundo as normas da revista: semina Ciências Agrarias 12

13

14

15

16

Page 30: VIABILIDADE DO GIRASSOL EM DIETAS DE TERMINAÇÃO DE …

30

Viabilidade do girassol em dietas de terminação de cordeiros 17

18 GASPARINI, M. J, PERTILE, S. F. N; CUNHA FILHO, L. F. C., ZUNDT, M., 19

ELEODORO, J. I., REGO, F. C. A. 20

21

RESUMO 22

O objetivo geral dessa pesquisa foi comparar o uso da semente e óleo de girassol, 23

utilizados como fonte de gordura, em dietas de cordeiros em terminação. Foram 24

utilizados 12 cordeiros mestiços, santa inês x dorper, com peso médio inicial de 22,10kg 25

± 3,82. Os animais foram divididos em baias individuais, separados em dois grupos de 26

6 animais denominados “óleo de girassol” e “semente de girassol”. A dieta total de 27

ambos os grupos continha 33% de volumoso (feno de capim tifton 85), e 67% de 28

concentrado. A proporção de óleo e semente na matéria seca total das deitas foram 1,83% 29

e 5,51% para os grupos Óleo e semente, respectivamente. O período experimental teve 30

duração de 75 dias. Os animais foram abatidos quando atingiram em média 35 kg de 31

peso vivo. O ganho de peso médio diário (220g), o ganho de peso total (11,99 kg) e a 32

conversão alimentar (5,3) foram semelhantes entre os tratamentos. As variáveis 33

umidade, matéria mineral, proteína bruta, perda por descongelamento e perda por cocção 34

não foram diferentes entre os tratamentos estudados. A presença de óleo ou semente de 35

girassol nas dietas, sendo ambas com elevado nível de concentrado (67%), não 36

influenciou os valores de pH da carne, apresentando valores médios de 5,7 e 5,6; 37

respectivamente. Também foram semelhantes as variáveis quantitativas e qualitativas da 38

carcaça e da carne. A semente e o óleo de girassol, utilizados como fontes de gordura, 39

são satisfatórios em dietas para cordeiros em terminação; obtendo ganho de peso médio 40

diário de 220 g por dia. Apresentam respostas equivalentes em relação ao desempenho, 41

às características quantitativas e qualitativas da carcaça. A carne de cordeiros 42

alimentados com óleo de girassol apresenta 1,5% a mais de gordura que aqueles que 43

receberam semente em sua dieta. A dieta com óleo apresenta maior viabilidade 44

econômica, com margem bruta por animal 9% superior para o grupo que recebeu 45

semente de girassol. 46

Palavras-chave: óleo, semente de oleaginosa, características de carcaça, qualidade da 47

carne e desempenho. 48

Page 31: VIABILIDADE DO GIRASSOL EM DIETAS DE TERMINAÇÃO DE …

31

49

Viability of sunflower in lamb termination diets 50

51

GASPARINI, M. J, PERTILE, S. F. N; CUNHA FILHO, L. F. C., ZUNDT, M., 52

ELEODORO, J. I., REGO, F. C. A. 53

54

ABSTRACT 55

The overall objective of this study was to compare the use of the seed oil of sunflower 56

seeds, which are used as a source of fat in the diets of sheep and lambs in the end. They 57

were used in the 12-sheep and lambs crossbred santa inez x dorper, with a mean initial 58

weight of 22,10 kg ± 3,82. The animals were divided into a number of individual, separate 59

them into two groups of 6 animals are referred to as “sunflower oil” and “sunflower 60

seeds”. The diets of the two groups contained 33% of the dimensions (grass hay tifton 61

85), and 67% of the concentrate provided by us. The ratio of oil to seed and the dry matter 62

of the total of the put was 1,83% and 5,51% for both groups, the Oil and the seeds, 63

respectively. The animals were slaughtered when they reached an average of 35 kg of live 64

weight. The gain in weight average daily (220g), and the gain in weight of the total (11,99 65

/ kg) and feed conversion (5,3), were similar between the treatments. The variables of 66

moisture, material, mineral, protein, total loss due to the melting and the loss due to 67

cooking were not different between the treatments being studied. The presence of oil, or 68

sunflower seed to the diet both high levels of concentrate (67%), did not influence the pH 69

values of the flesh, and by presenting the mean values of 5.7 and 5.6; respectively). They 70

were also similar to that of the variable quantificavas and quality of the carcass and of the 71

meat. The seeds of the sunflower seed oil is used as a source of fat, are suitable in the diet 72

for lambs on the termination; obtaining a gain of weight, a daily average of 220 g per day. 73

Show answer equivalent with respect to performance, the characteristics of both 74

quantitative and qualitative, of the frame. The meat of lambs fed with sunflower-seed oil 75

has 1.5% more fat than those that received the seed into your diet. The use of the product 76

more than once, reduces the levels of glucose in the blood compared to the diet of 77

conventional source of fat in the diet. A diet of oil has increased the economic feasibility, 78

gross margin per animal, are 9% higher than in the group that received sunflower. 79

Key words: oil seed, oilseed, characteristics of carcass, meat quality, and performance. 80

Page 32: VIABILIDADE DO GIRASSOL EM DIETAS DE TERMINAÇÃO DE …

32

INTRODUÇÃO 81

O confinamento de cordeiros é uma ferramenta nutricional disponível aos 82

produtores para intensificar os sistemas de produção e obter carcaças e carne de 83

qualidade, em menor período de tempo com relação a produção a pasto. Estudos com o 84

uso de coprodutos são relevantes para a pecuária nacional, buscando não apenas a redução 85

dos custos de produção como também melhoria na qualidade do produto final que chega 86

ao consumidor. 87

O girassol (Helianthus annuus L.) é um alimento que pode ser utilizado na 88

formulação de rações, apresentando-se de várias formas; com resultados interessantes, 89

principalmente pelas suas características nutricionais. A produção de sementes de girassol 90

começou a crescer desde o ano de 1996 para a produção de óleo (FREITAS, 2000). Na 91

safra de 2017 a produção mundial entre grãos, farelo e óleo de girassol ficou em torno de 92

45,0 milhões de toneladas de grãos, aumento de 11% comparado a safra anterior 93

(CONAB, 2017)94

Esse interesse sobre a cultura surgiu devido a semente ser rica em ácidos 95

graxos poli-insaturados, principalmente o ácido linoleico, um acido graxo essencial que 96

traz benefícios a saúde humana, portanto muito procurado (FREITAS, 2000). 97

O uso dos lipídeos sob diferentes formas (óleos ou sementes), pode trazer 98

diferenças no desempenho, no perfil metabólico e no produto final (carne). O desafio em 99

modificar a qualidade das carnes tem se intensificado nas pesquisas, principalmente com 100

relação ao teor de gordura, proteína e colesterol, além dos ácidos graxos da gordura 101

intramuscular (WOOD et al., 2004). 102

A inclusão de óleos vegetais, especialmente o de girassol, na dieta de 103

ruminantes é bem menos comum do que o uso de sementes de oleaginosas, por ser de 104

manejo mais complicado. Seu uso na forma livre, o torna prontamente disponível à 105

microbiota ruminal, e apresenta altas proporções de ácidos graxos poli-insaturados, o que 106

pode prejudicar a degradação ruminal (JORGE, et al. 2008). 107

A composição dos ácidos graxos insaturados presentes nos lipídeos 108

influencia na qualidade da carne, mas exerce pouca influência no valor comercial do 109

produto final (BANSKALIEVA et al., 2000). 110

Nesse contexto o objetivo desse trabalho foi comparar o uso da semente e 111

óleo de girassol, utilizados como fonte de gordura, em dietas de cordeiros em terminação. 112

Page 33: VIABILIDADE DO GIRASSOL EM DIETAS DE TERMINAÇÃO DE …

33

113

MATERIAL E MÉTODOS 114

O experimento foi conduzido na Universidade Norte do Paraná 115

(UNOPAR), campus Arapongas. A fase de campo foi realizada no período de agosto a 116

outubro de 2017. Este projeto foi aprovado pelo comitê de ética (CEA 001/17) e esta de 117

acordo com os princípios éticos de experimentação animal. 118

Foram utilizados 12 cordeiros machos inteiros, mestiços da raça santa Inês 119

x dorper, com aproximadamente 60 dias de idade e peso médio inicial de 22,10kg ± 3,82, 120

alojados em baias individuais, cimentadas e cobertas, dispostas com comedouro e 121

bebedouro. 122

Os animais foram divididos em dois grupos de 6 animais; nos dois 123

tratamentos, denominados “óleo de girassol” e “semente de girassol”. Os animais de 124

ambos os grupos receberam 33% de volumoso (feno de capim tifton 85), e 67% de 125

concentrado, conforme detalhado na Tabela 1. 126

127

Tabela 1 – Composição bromatológica do feno de capim Tifton 85, da semente de 128

girassol e do óleo de girassol. 129

130

Composição

Química

Feno de Tifton 85 Semente de girassol Óleo de girassol*

Matéria seca 93,25 97,02 -

Matéria mineral 5,5 4,0 -

Proteína Bruta 8,8 15,01 -

Extrato etéreo 0,4 43,86 99

FDN 64,92 56,02 -

FDA 39,66 35,98 -

NDT 59,26 62,58 177

FDN- fibra em detergente neutro, FDA- fibra em detergente ácido, NDT- nutrientes digestíveis totais, 131

*Valores nutricionais segundo Valadares et al (2001) 132

133

As dietas foram elaboradas segundo as recomendações do NRC (2007), 134

para atender as exigências de cordeiros desmamados, com ganhos de peso de 200g por 135

Page 34: VIABILIDADE DO GIRASSOL EM DIETAS DE TERMINAÇÃO DE …

34

dia; e ficaram similares. Os ingredientes (Tabela 2) foram analisados; assim como a dieta 136

total (Tabela 2); quanto aos teores de materia seca (MS), materia mineral (MM), proteína 137

bruta (PB), extrato etereo (EE), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente 138

ácido (FDA), conforme metodologias descritas por Mizubuti et al. (2009). A estimativa 139

dos nutrientes digestíveis totais (NDT) foram feitas segundo Capelle et al (2001). 140

Os valores nutricionais do óleo de girassol foram obtidos segundo 141

Valadares et al. (2001), pela Tabela brasileira de composição dos alimentos. As análises 142

bromatológicas foram realizadas no Laboratório de Bromatologia da UNOPAR. 143

144

Tabela 2 - Composição de ingredientes e química das dietas experimentais (MS%) 145

de cordeiros alimentados com dietas contendo óleo ou semente de 146

girassol. 147

Ingredientes Óleo de girassol

(%)

Semente de girassol

(%)

Feno de Grama 33,01 33,05

Milho moído 34,21 32,71

Farelo de soja 29,92 27,72

Semente girassol - 5,51

Óleo de Girassol 1,83 -

Sal mineral ovinos 1,01 1,01

Monensina 0,0015 0,0015

Composição bromatológica

Matéria seca 90,65 90,92

Matéria mineral 4,19 4,12

Proteína bruta 17,60 20,02

Extrato etéreo 3,84 4,34

FDN 33,21 34,68

FDA 19,09 20,10

NDT 69,89 67,4

FDN- fibra em detergente neutro, FDA- fibra em detergente ácido, NDT- nutrientes digestíveis totais. 148

As dietas foram fornecidas duas vezes ao dia, todos os dias no mesmo 149

horário as 08:00 e as 16:00 horas. A semente e o óleo de girassol foram acrescentados na 150

dieta total no momento do fornecimento, evitando riscos de cada animal não receber a 151

quantidade exata necessária. 152

Page 35: VIABILIDADE DO GIRASSOL EM DIETAS DE TERMINAÇÃO DE …

35

As sobras de alimentos eram recolhidas e pesadas (mantidas em torno de 153

15% do ofertado), antes do trato da manhã, para o ajuste da quantidade ofertada e o 154

cálculo do consumo de matéria seca total por dia de cada animal (CMS). 155

O período de confinamento foi de 75 dias, sendo sete dias de adaptação e 156

68 dias de experimento. Os animais foram pesados no dia zero do experimento, a cada 21 157

dias e no dia do abate (após jejum de 16 horas) para acompanhamento do ganho de peso 158

vivo total (GPT) e do ganho de peso diário (GPD). Foi calculada a conversão alimentar 159

individual dos animais, pela razão entre o ganho de peso total no experimento e o 160

consumo de matéria seca total. 161

No dia anterior ao abate, foram feitas mensurações da carcaça in vivo via 162

ultrassonografia com aparelho modelo Sonoscape S6vet, em tempo real, pelo lado direito 163

do animal, executando-se previamente a tricotomia da região entre a 12ª e 13ª vértebras 164

torácica. Foram estimadas área de olho-de-lombo (AOL) com transdutor convexo 165

multifrequencial à frequência de 5MHZ e a espessura de gordura subcutânea (EGS) e 166

marmoreio com transdutor linear multifrequencial com frequência de 10MHZ. 167

Para avaliação do perfil metabólico dos animais, foram colhidas amostras 168

de sangue no inicio e ao final do período experimental (75 dias), no dia do abate. O sangue 169

foi coletado por punção da veia jugular, usando tubos vacutainer secos (4 ml). As 170

amostras de sangue foram centrifugadas (2500 RPM durante 15 minutos), sendo retirado 171

o soro e armazenado em tubos tipo eppendorf de 1,5 ml. Foram determinados os níveis 172

séricos de creatinina, triglicerídeos, colesterol e glicose, utilizando espectrofotômetro 173

BioPlus, com kits comerciais Analisa Gold. 174

Os animais foram abatidos todos no mesmo dia, com média de 35 kg de 175

peso vivo. O abate foi feito utilizando as normas de abate humanitário. Antes do abate, 176

os animais permaneceram 16 horas em jejum de sólidos e com consumo irrestrito de água, 177

e em seguida foram pesados para se obter o peso corporal ao abate (PCA). Foram 178

removidos os pés, cabeça e componentes internos antes da carcaça ser pesada, obtendo-179

se o peso de carcaça quente (PCQ). Após retirados os componentes internos, foi realizada 180

a pesagem do trato gastrointestinal cheio. Em seguida, o mesmo foi esvaziado e pesado 181

novamente para obter peso do trato gastrointestinal vazio, possibilitando assim o cálculo 182

do peso do conteúdo gastrointestinal e do peso corporal vazio, que é o peso corporal ao 183

abate menos o conteúdo gastrointestinal. Após pesagem das carcaças, as mesmas foram 184

Page 36: VIABILIDADE DO GIRASSOL EM DIETAS DE TERMINAÇÃO DE …

36

armazenadas em câmara fria à 4ºC, por 24 horas para assim obter o peso de carcaça fria 185

(PCF). 186

O rendimento de carcaça quente (RCQ) foi determinado pela razão entre 187

o peso de carcaça quente e o peso corporal ao abate, multiplicado por 100. O rendimento 188

de carcaça fria (RCF), foi determinado pela razão entre o peso de carcaça fria e o peso 189

corporal ao abate, multiplicado por 100. Para a determinação do rendimento biológico 190

(RB), utilizou-se a razão entre o peso de carcaça quente e o peso corporal vazio, 191

multiplicado por 100. E para a determinação do índice de quebra por resfriamento (IQR) 192

utilizou-se o peso de carcaça quente menos peso de carcaça fria pela razão do peso de 193

carcaça quente multiplicado por 100. 194

Posteriormente, foram mensuradas as medidas objetivas (ou 195

morfométricas) das carcaças, segundo Osório e Osório (2005). Utilizando-se a fita 196

métrica para o perímetro da garupa (mensuração tomando-se como base os trocânteres 197

dos fêmures), perímetro da perna, comprimento externo da carcaça (distância entre a base 198

da cauda e do pescoço), comprimento de braço e perímetro de braço. Com a utilização do 199

paquímetro, foram mensuradas a largura do tórax (largura máxima desta região 200

anatômica), largura do dorso, largura da garupa (largura máxima entre os trocânteres dos 201

fêmures) e profundidade de braço. As avaliações de conformação foram feitas seguindo 202

a classificação europeia de carcaças (superior; excelente, muito boa, boa, normal e pobre) 203

e de grau de acabamento (variando de 1 a 5, do ausente ao abundante (SANUDO et al. 204

2000). 205

Após 24 horas em câmara fria, foi retirado uma porção do músculo 206

Longissimus thoracis et lumborum (entre 12a e a 13a costelas) e este foi encaminhado ao 207

laboratório de bromatologia da UNOPAR, para a realização das análises. Foi determinada 208

a área de olho-de-lombo na carcaça (AOLC), por meio de um paquímetro digital sendo 209

mensurada a largura máxima (A) e a profundidade máxima (B), para determinação de 210

área de acordo com a fórmula: AOL = (A/2*B/2)π, segundo Cezar & Sousa (2007). 211

A amostra de carne foi dividida em duas porções, sendo que uma delas, de 212

aproximadamente 50 gramas, foi utilizada para análises de cor, pH e capacidade de 213

retenção de água no mesmo dia. Outra porção, de aproximadamente 100 gramas, foi 214

congelada para posteriores análises de umidade, extrato etéreo, proteína bruta, cinzas, 215

Page 37: VIABILIDADE DO GIRASSOL EM DIETAS DE TERMINAÇÃO DE …

37

além de mensurar as perdas por descongelamento (PDESC) e cocção das carnes (PCOC); 216

conforme AOAC (2005). 217

A mensuração do pH da carne foi feita com auxílio do pHmêtro portátil 218

digital TESTO 205 (TESTO AG Germany) no período de 24 horas post mortem. 219

A cor da carne foi mensurada na amostra de carne usando o colorímetro 220

portátil KONICA MINOLTA, color reader CR-10 (Tokyo, Japão) com iluminante D65 e 221

10°, ângulo de inclinação para avaliação dos componentes L* (luminosidade), a* 222

(componente vermelho-verde) e b* (componente amarelo-azul), os quais foram expressos 223

pelo sistema de cor CIELAB; segundo Houben et al. (2000). As medidas foram efetuadas 224

em três pontos de cada amostra de carne. 225

A capacidade de retenção de água (CRA) da carne, foi avaliada pelo 226

método de aplicação de pressão, pesando uma amostra de carne antes e após a 227

sobreposição de um peso de 10 kg durante 5 minutos; obtendo o valor da perda de água 228

por pressão. 229

Para estimar a perda por descongelamento as amostras foram 230

descongeladas sob refrigeração (5ºC) durante 24 horas, calculando a perda por 231

descongelamento. Para a cocção, estas amostras foram previamente pesadas e assadas em 232

forno a gás pré-aquecido à temperatura de 170°C, até atingirem 71°C no seu centro 233

geométrico, mensurada através de um termômetro digital. Após a cocção, as amostras 234

foram resfriadas em temperatura ambiente e pesadas novamente. A perda de peso por 235

descongelamento foi calculada pela diferença entre o peso da carne congelada e após 236

descongelamento; e a perda de peso por cocção através da diferença entre o peso da carne 237

refrigerada e assada, expressas em porcentagem do peso inicial (AMSA, 2015). 238

Em amostras separadas para a composição centesimal da carne, foram 239

feitas análises de umidade, proteína, gordura e cinzas, realizadas de acordo com a 240

metodologia descrita por Mizubuti et al. (2009). 241

Para o cálculo da viabilidade econômica do uso dos produtos de girassol 242

na dieta de cordeiros em terminação, consideraram-se os custos das dietas utilizadas, o 243

custo de aquisição do cordeiro magro e a receita da carcaça. Os ingredientes apresentaram 244

os seguintes custos: Milho moído (0,87 centavos/kg), farelo de soja (1,42 reais/kg), sal 245

mineral de ovinos (1,83 reais/kg), feno de capim tifton 85 (0,73 centavos/kg), o valor total 246

da saca do milho de 25, 31 reais e a saca de soja 68, 84 reais . A partir dos ingredientes 247

Page 38: VIABILIDADE DO GIRASSOL EM DIETAS DE TERMINAÇÃO DE …

38

calculou-se o custo total da dieta, ficando 1,08 e 1,30 R$/kg para as dietas com óleo ou 248

semente de girassol, respectivamente. O custo total por animal foi a soma do custo de 249

alimentação por animal (em todo o período) e o valor de aquisição do cordeiro magro (R$ 250

6,00 por kg de peso vivo). A receita de carcaça foi o produto da média peso de carcaça 251

fria pelo preço de venda da carcaça por quilo (R$ 20,00). 252

Para a comparação dos tratamentos, foram realizadas análises de variância 253

pelo pacote ExpDes.pt (FERREIRA; CAVALCANTI; NOGUEIRA, 2018) no software 254

R (R Core Team, 2017). Também foram realizadas análises de normalidade e 255

homogeneidade de variância dos resíduos pelos testes Shapiro-Wilk e Bartlett, 256

respectivamente, e quando necessário foram retirados os outliers. Para todas as análises, 257

foi considerado um nível de significância de 5% de probabilidade. 258

RESULTADOS E DISCUSSÃO 259

O ganho de peso médio diário (GPMD) foi satisfatório, 220g/dia, 20g acima da 260

previsão do NRC (2007) para esta categoria (200 g/dia), consumindo essas proporções 261

citadas. Não houve diferença significativa (P0,05) para as variáveis relacionadas ao 262

desempenho animal (Tabela 3) e os valores médios para as variáveis CMS e CMSPV 263

foram de 1,21 kg de MS/dia, e 4,39% do peso vivo, respectivamente. Esses valores estão 264

de acordo com as recomendações do NRC (2007), que preconiza o consumo de 4,17% do 265

PV para cordeiros precoces a partir de 20 kg. 266

TABELA 3 - Média e desvio padrão das variáveis relacionadas ao desempenho de 267

cordeiros terminados com o uso de semente ou óleo de girassol. 268

Tratamentos

Variáveis* Óleo Semente P-valor

CMS (Kg/dia) 1,22±0,26 1,21±0,13 0,94

CMSPV (% PV) 4,38±0,20 4,40±0,24 0,88

GPMD (kg/dia)) 0,22±0,07 0,22±0,07 0,88

GPT (kg) 11,83±4,16 12,16±3,93 0,88

CA 5,32±0,95 5,28±1,48 0,96

*CMS: consumo de matéria seca (kg/dia), CMSPV: consumo de materia seca em função do peso vivo 269 animal (%); GPMD: ganho de peso médio diário (kg/dia), GPT: ganho de peso total no confinamento (kg), 270 CA: conversão alimentar.; **P probabilidade estatística 271

272

Page 39: VIABILIDADE DO GIRASSOL EM DIETAS DE TERMINAÇÃO DE …

39

Os valores de extrato etéreo utilizados na dieta ficaram em torno de 3,84% 273

para dieta com óleo e 4,34% para dieta com semente, valores essas dentro do padrão 274

recomendado por diversos autores na literatura (SULLIVAN et al, 2014, JORGE et al, 275

2008 e PALMQUIST e MATTOS 2006) que não pode ultrapassar de 7% na dieta total. 276

Com os níveis de extrato etéreo utilizados em ambas dietas não houve 277

prejuízos no consumo, no ganho de peso e também na conversão alimentar dos animais. 278

De acordo com a Tabela 4 as variáveis quantitativas da carcaça não foram 279

diferentes entre os tratamentos (P0,05). Da mesma forma Almeida et al (2016), 280

estudaram a inclusão de 8% de semente de girassol aliado a vitamina E na dieta de 281

cordeiros santa inês x dorper, utilizando a cana de açúcar como volumoso. Nessa pesquisa 282

os autores não obtiveram diferenças no desempenho, na digestibilidade e nas 283

características da carcaça. 284

Os rendimentos de carcaça quente, fria e verdadeira estão dentro dos 285

padrões comumente encontrados em pesquisas com a espécie ovina, no trabalho de Rego 286

et al (2019) encontraram valores de 46, 49%, 44,7% e 51,32 % respectivamente. 287

TABELA 4 - Variáveis quantitativas da carcaça de cordeiros terminados com 288

semente ou óleo de girassol. 289

TRATAMENTOS

Variáveis SEMENTE ÓLEO P-valor

PCA (KG) 34,93±2,79 33,93±7,53 0,76

PCQ(KG) 16,36±2,01 15,90±3,15 0,76

PCF(KG) 15,80±1,83 15,51±3,06 0,84

PCVAZIO 29,96±2,96 28,85±7,15 0,72

RCQ (%) 48,87±4,33 47,10±2,29 0,90

RCF (%) 45,22±3,82 45,96±2,05 0,68

RCVERD 54,64±5,03 55,71±3,70 0,68

AC (cm) 3,5±0,83 3,83±0,98 0,54

CO (cm) 3,66±1,03 4,00±1,26 0,62

*PCA: peso de corporal ao abate, PCQ: peso de carcaça quente, PCF: peso carcaça fria, PCVAZIO: peso 290 corporal vazio, RCQ: rendimento de carcaça quente, RCF: rendimento de carcaça fria, RCVERD: 291 rendimento de carcaça verdadeira, AC: acabamento, CO: conformação. 292

Page 40: VIABILIDADE DO GIRASSOL EM DIETAS DE TERMINAÇÃO DE …

40

Os valores observados para área de olho de lombo (Tabela 6) através do 293

método de paquímetro (pós mortem) foram de 14,58 para dieta com óleo e 16,77 para 294

dieta com semente, valores esses que encontram-se próximos aos relatados por outros 295

pesquisadores, como Rego et al (2019), avaliando cordeiros Texel em terminação; e 296

Benaglia et al (2016) avaliando cordeiros Ille de France; encontraram valores médios de 297

14,5 e 12,97 cm2, respetivamente. 298

299

TABELA 5 - Mensurações no músculo Longissimus lumborum de cordeiros 300

terminados em dieta com óleo ou semente de Girassol. 301

Tratamentos

Variáveis ÓLEO SEMENTE P-valor

AOL1 (cm2) 14,58±1,98 16,77±2,19 0,09

AOL2 (cm2) 12,95±3,32 13,70±2,78 0,68

EG (mm) 1,41±0,19 1,38±0,27 0,81

MARMOREIO 1,5±0,54 1,66±0,51 0,59

*AOL1 área de olho de lombo feita com paquimetro, *AOL2 área de olho de lombo feita ultra som; EG: 302 espessura de gordura, PAP: perda de água por pressão 303

A espessura de gordura média entre os grupos foi de 1,39 mm e foi 304

semelhante entre os tratamentos. Esses valores podem ser considerados baixos e 305

possivelmente são consequência do curto período de confinamento e do abate em idade 306

precoce dos animais, inferior a 5 meses. Este resultado é satisfatório, pois carcaças de 307

cordeiros precoces (abatidos de 120 a 150 dias de idade) apresentam menor quantidade 308

de gordura, e atendem as exigências do mercado consumidor (Carvalho & Siqueira, 309

2001). Ressalta-se ainda que a deposição de gordura na carcaça (acabamento) é feita 310

sempre tardiamente em comparação com a deposição de músculo. Segundo Queiroz et al 311

(2015); carcaças com 2 mm de espessura de gordura apresentam maiores perdas por 312

resfriamento que carcaças de 3 e 4 mm. 313

SENEGALHE et al (2014), avaliou-se a espessura de gordura relacionada 314

ao tempo de confinamento em cordeiros oriundos do cruzamento da raça santa inês com 315

dorper, observaram que os animais abatidos aos 108 dias de confinamento apresentaram 316

2,0mm de espessura de gordura, para os animais abatidos com 119 dias 3,0mm e aos 146 317

dias 4,0mm. 318

Page 41: VIABILIDADE DO GIRASSOL EM DIETAS DE TERMINAÇÃO DE …

41

Para as variáveis umidade, MM, PB, PPDESC e PPC (Tabela 7), não 319

houve diferenças significativas entre os tratamentos estudados. Da mesma forma, Macedo 320

et al. (2008), quando compararam a composição centesimal do músculo Longissimus 321

lumborum de cordeiros que receberam dietas com diferentes níveis de inclusão de 322

semente de girassol, não encontraram diferenças entre os grupos experimentais. 323

A presença de óleo ou semente de girassol nas dietas, sendo ambas com 324

elevado nível de concentrado (67%), não influenciou os valores de pH da carne (p>0,05), 325

sendo que os valores médios obtidos foram de 5,7 e 5,6 (Tabela 7), respectivamente. Em 326

um estudo de Zeola et al. (2001) no qual foram utilizados níveis crescentes de 327

concentrado na dieta (30, 45 e 60%), também não constataram influência desse alto nível 328

de concentrado para os valores de pH da carne. 329

Os valores de pH da carne dos cordeiros deste trabalho corroboram com 330

outros autores (ALVES et al., 2015; VIEIRA et al., 2010). Os resultados de Alves et al. 331

(2015), no qual foram confinados cordeiros sem raça definida com grão de soja in natura 332

ou tostado com diferentes níveis de inclusão de concentrado (50 e 80%), obtiveram 333

valores de pH dentro de um intervalo de 5,78 à 5,87. 334

Os níveis de EE na carne foram maiores (p>0,05) na dieta com óleo, com 335

acréscimo de 1,5% em comparação a dieta com semente, mesmo com o elevado teor de 336

EE da semente (43,86%) e dos maiores valores de EE da dieta total com semente (4,34) 337

em comparação a dieta com óleo (3,84). Isso deve a possivelmente a baixa digestibilidade 338

da semente de girassol, em função dos elevados teores (TABELA 1 ) de FDN (56,02%) 339

e FDA (35,98%), enquanto o ingrediente óleo apresenta nutrientes prontamente 340

disponíveis. 341

342

343

344

345

346

347

Page 42: VIABILIDADE DO GIRASSOL EM DIETAS DE TERMINAÇÃO DE …

42

Tabela 6- Médias e desvios-padrão (DP) para a composição centesimal da carne de 348

cordeiros terminados com dietas com inclusão de óleo ou semente de 349

girassol 350

Variável* Tratamentos

P-valor Óleo Semente

Umidade 52,92±5,47 56,44±3,14 0,20

MM 2,55±0,36 2,98±0,361 0,06

PB 25,89±2,90 25,24±1,177 0,62

EE 5,00±1,3 3,57±0,59 0,02

PPDESC 8,40±1,46 9,83±2,354 0,23

PPC 35,69±2,88 34,92±1,692 0,58

pH 5,77±0,25 5,63±0,189 0,27

L* 39,61±4,99 36,92±4,648 0,35

a* 14,44±1,94 14,23±2,645 0,877

b* 7,53±1,89 6,33±0,848 0,18

PAP 79.34±5.83 76.05±5.56 0,34

*MM: Matéria mineral, PB: Proteína bruta; EE: Extrato etéreo; PPDESC: Perdas por 351 descongelamento; PPC: Perdas por cocção, pH potencial hidrogênio; L*luminosidade; a*: intensidade 352 de vermelho; b*: intensidade de amarelo. 353

A cor da carne é um dos aspectos mais relevantes para o consumidor, por 354

refletir o estado químico da mesma. As médias no presente estudo foram 38,26; 14,33 e 355

6,93 para os componentes L*, a* e b* respectivamente. Esses valores estão próximos 356

aos obtidos em outras pesquisas, como a de Fernandes Junior et al. (2015), que 357

observaram em cordeiros Santa Inês, valores de 35,73 a 37,70 para L*, 13,95 a 15,33 358

para o A* e 10,15 a 10,9 para o B*. 359

As análises bioquímicas (Tabela 8) do sangue não variaram entre os tratamentos (p>0,05). 360

361

362

363

364

365

366

Page 43: VIABILIDADE DO GIRASSOL EM DIETAS DE TERMINAÇÃO DE …

43

Tabela 7- Análises bioquímicas de cordeiros alimentados com dieta com óleo ou 367

semente de girassol. 368

Tratamentos

Variáveis Óleo Semente P-valor

Colesterol (mg/dl) 49,00±7,13 46,25±5,98 0,48

Triglicerídeos (mg/dl) 21,16±5,16 21,66±6,92 0,89

Creatinina (mg/dl) 0,79±0,12 0,70±0,15 0,28

Glicose (mg/dl) 82,5±8,45 79,83±13,71 0,69

369

As correlações entre o peso vivo animal ao abate (PV) e as variáveis da 370

carcaça (Tabela 9); demonstraram que o peso vivo está correlacionado (p<0,05) 371

positivamente principalmente com as variáveis subjetivas como a conformação (0,52), o 372

grau de acabamento da carcaça (0,55),e a AOL2, via ultra som (0,69). É importante 373

ressaltar que a correlação entre as medidas de AOL1 (feita com paquímetro, na carcaça) 374

e AOL2 (via ultra som in vivo), foi alta e positiva, de 0,56; similar à correlação observada 375

por Pinheiro et al (2010); que encontraram valores de 0,54. 376

377

Page 44: VIABILIDADE DO GIRASSOL EM DIETAS DE TERMINAÇÃO DE …

44

Tabela 8 - Correlações e valor de P das variáveis da carcaça de cordeiros 378

alimentados com semente ou óleo de girassol. 379

AOL1 EG AOL2 MARM ACAB CONF PV

AOL1 1,00 0,12 0,56 -0,01 0,49 0,587 0,46

0,68 0,05 0,95 0,10 0,04 0,13

EG 0,12 1,00 0,44 -0,46 0,22 0,03 -0,15

0,68 0,15 0,12 0,47 0,91 0,62

AOL2 0,56 0,44 1,00 0,13 0,84 0,69 0,69

0,05 0,15 0,67 0,0006 0,01 0,01

MARM -0,01 -0,46 0,13 1,00 0,06 0,18 0,40

0,95 0,12 0,67 0,83 0,56 0,19

ACAB 0,49 0,22 0,84 0,06 1,00 0,85 0,55

0,10 0,47 0,0006 0,83 0,0004 0,05

CONF 0,58 0,03 0,69 0,18 0,85 1,00 0,52

0,04 0,91 0,01 0,56 0,0004 0,07

PV 0,46 -0,15 0,69 0,40 0,55 0,52 1,00

0,13 0,62 0,01 0,19 0,05 0,07

AOL1: área de olho de lombo real, EG: espessura de gordura; AOL2: área de olho de lombo via 380 ultrassom, MARM: marmoreio; ACAB: grau de acabamento da carcaça; CONF: conformação da carcaça; 381 PV: peso vivo ao abate. 382

Os custos totais por animal ficaram 8% maiores no grupo que recebeu a 383

semente de girassol, em virtude do maior custo da dieta e também do maior consumo dos 384

animais desse grupo. Em virtude disso, o custo por kg de carne para o grupo óleo ficou 385

6% inferior ao grupo semente; e a margem bruta por animal ficou 9% superior para o 386

grupo óleo. 387

Dessa forma, o confinamento de cordeiros em fase de terminação, com a 388

inclusão de óleo de girassol; mostrou maior viabilidade econômica em relação a dieta 389

com inclusão da semente de girassol. 390

391

392

393

Page 45: VIABILIDADE DO GIRASSOL EM DIETAS DE TERMINAÇÃO DE …

45

Tabela 9. Viabilidade econômica relacionada a alimentação dos cordeiros recebendo óleo 394

ou semente de girassol na terminação em confinamento 395

Variáveis Óleo de girassol Semente de girassol

1-Custo/kg MS da dieta total R$ 1,08 1,30

2Custo do cordeiro magro, R$ 132,6 136,6

3-Custo alimentação/animal, R$ 64,84 77,52

4-Custo total /animal, R$ 197,44 214,12

5-Receita bruta /animal, R$ 341,36 347,6

6-Margem bruta/animal R$ 143,92 133,48

7-Custo por kg de carne R$ 12,73 13,55

8-Margem bruta por kg de carne R$ 9,28 8,44

1 – Cálculo do custo da dieta considerando o custo de cada ingrediente conforme material e métodos; 2 – 396 Custo do cordeiro magro (6,00R$) multiplicado pelo peso inicial dos animais ao entrar no confinamento); 397 3 – Consumo total do animal multiplicado pelo custo por kg da dieta; 4 – Somatória dos itens 2 e 3. 5- Peso 398 da carcaça fria multiplicado pelo valor de venda da carcaça (20,0R$/kg); 6-Receita bruta/animal menos – 399 custo total/animal 7-Custo total (item4) dividido pelo peso de carcaça fria; 8 –margem bruta (item6) 400 dividido pelo peso de carcaça fria 401

402

CONCLUSÃO 403

A semente e o óleo de girassol podem ser utilizados como fontes de 404

gordura na terminação de cordeiros. O óleo de girassol proporcionou maior incremento 405

de gordura na carne e maior rentabilidade econômica. 406

407

408

409

410

411

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CONSIDERAÇÕES FINAIS 544

Os produtos de girassol testados nesta pesquisa, ambos ricos em ácidos 545

graxos instaurados, não demonstraram através das variáveis estudadas, prejuízos ao 546

desempenho, a conversão alimentar e ao rendimento de carcaça. Pelo contrário, todas as 547

respostas obtidas foram satisfatórias e coerentes com a raça estudada, em comparação 548

com as pesquisas disponíveis na literatura. 549

Outro objetivo deste estudo, ainda em fase de desenvolvimento é a 550

identificação e quantificação das bactérias ruminais, por meio das técnicas PCR (reação 551

em cadeia da polimerase) e PCR real time; respectivamente. Essa avaliação trará uma 552

resposta especifica sobre as possíveis transformações ocorridas na microbiota ruminal. 553

São necessários testes de digestibilidade para assegurar a eficácia destas 554

dietas; uma vez que, no dia a dia, verificou-se algumas vezes, sementes inteiras nas fezes 555

dos animais. Entretanto, para quantificar essa excreção das sementes inteiras faz-se 556

necessário o uso das bolsas coletoras de fezes em um ensaio de digestibilidade in vivo. 557

Uma alternativa para melhorar a digestibildiade da semente seria a 558

floculação da mesma, porém, certamente com algum prejuízo com relação à absorção 559

dos ácidos graxos insaturados em sua forma original, sem sofrer a bio hidrogenação. 560

Uma comparação entre as formas inteira ou floculada trariam esses resultados práticos. 561

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Diretrizes para Autores 1 Categorias dos Trabalhos 2 a) Artigos científicos: no máximo 20 páginas incluindo figuras, tabelas e referências bibliográficas; 3 b) Comunicações científicas: no máximo 12 páginas, com referências bibliográficas limitadas a 16 citações 4 e no máximo duas tabelas ou duas figuras ou uma tabela e uma figura; 5 b) Relatos de casos: No máximo 10 páginas, com referências bibliográficas limitadas a 12 citações e no 6 máximo duas tabelas ou duas figuras ou uma tabela e uma figura; 7 c) Artigos de revisão: no máximo 25 páginas incluindo figuras, tabelas e referências bibliográficas. 8 Apresentação dos Trabalhos 9 Os originais completos dos artigos, comunicações, relatos de casos e revisões podem ser escritos em 10 português ou inglês no editor de texto Word for Windows, em papel A4, com numeração de linhas por 11 página, espaçamento 1,5, fonte Times New Roman, tamanho 11 normal, com margens esquerda e direita 12 de 2 cm e superior e inferior de 2 cm, respeitando-se o número de páginas, devidamente numeradas no 13 canto superior direito, de acordo com a categoria do trabalho. 14 FIGURAS: Em APA, deve-se utilizar apenas tabelas e figuras. Sendo consideradas como figuras: gráficos, 15 fotografias, mapas, organogramas e retratos. A identificação das figuras deve aparecer na parte 16 inferior, precedida da palavra designativa, seguida de seu número de ordem de ocorrência no texto 17 TABELA: O título de tabela precisa ser breve, claro e explicativo. Ele deve ser colocado acima da tabela, 18 no canto superior esquerdo, e logo abaixo da palavra Tabela (com a inicial maiúscula), acompanhada do 19 número que a designa. 20 OBS. Citar a autoria da fonte somente quando as tabelas ou figuras não forem do autor. 21 PREPARAÇÃO DOS MANUSCRITOS 22 Artigo científico: 23 Deve relatar resultados de pesquisa original das áreas afins, com a seguinte organização dos tópicos: Título; 24 Título em inglês; 3 à 5 pontos principais (Highlights); Resumo com Palavras-chave (no máximo seis 25 palavras, em ordem alfabética); Abstract com Key words (no máximo seis palavras, em ordem alfabética); 26 Introdução; Material e Métodos; Resultados e Discussão; Conclusões; Agradecimentos; Fornecedores, 27 quando houver e Referências Bibliográficas. Os tópicos devem ser destacados em negrito, sem numeração, 28 quando houver a necessidade de subitens dentro dos tópicos, os mesmos devem ser destacados em itálico e 29 se houver dentro do subitem mais divisões, essas devem receber números arábicos. (Ex. Material e 30 Métodos... Áreas de estudo...1. Área rural...2. Área urbana). 31 O trabalho submetido não pode ter sido publicado em outra revista com o mesmo conteúdo, exceto na forma 32 de resumo em Eventos Científicos, Nota Prévia ou Formato Reduzido. 33 A apresentação do trabalho deve obedecer à seguinte ordem: 34 1. TÍTULO DO TRABALHO: acompanhado de sua tradução para o inglês. 35 2. ADICIONAR 3 à 5 PONTOS PRINCIPAIS(Highlights): Consiste de 3 à 5 pontos principais do artigo 36 que permite ao leitor uma visão dos principais resultados do manuscrito. Cada "Highlight" deve conter no 37 máximo 85 caracteres incluindo espaçamentos. 38 3. RESUMO E PALAVRAS-CHAVE: Deve ser incluído um resumo informativo com um mínimo de 200 39 e um máximo de 400 palavras, na mesma língua que o artigo foi escrito, acompanhado de sua tradução para 40 o inglês (Abstract e Key words). 41 4. INTRODUÇÃODeverá ser concisa e conter revisão estritamente necessária à introdução do tema e 42 suporte para a metodologia e discussão. 43 5. MATERIAL E MÉTODOSPoderá ser apresentado de forma descritiva contínua ou com subitens, de 44 forma a permitir ao leitor a compreensão e reprodução da metodologia citada com auxílio ou não de citações 45 bibliográficas. 46 6. RESULTADOS E DISCUSSÃODevem ser apresentados de forma clara, com auxílio de tabelas, 47 gráficos e figuras, de modo a não deixar dúvidas ao leitor, quanto à autenticidade dos resultados e pontos 48 de vistas discutidos. 49 7. CONCLUSÕESDevem ser claras e de acordo com os objetivos propostos no trabalho. 50 8. AGRADECIMENTOSAs pessoas, instituições e empresas que contribuíram na realização do trabalho 51 deverão ser mencionadas no final do texto, antes do item Referências Bibliográficas. 52 Observações: 53 Notas: Notas referentes ao corpo do artigo devem ser indicadas com um símbolo sobrescrito, 54 imediatamente depois da frase a que diz respeito, como notas de rodapé no final da página. 55 Figuras: Deverão ser inseridas no final do artigo, um em cada página, após as referências. Quando 56 indispensáveis figuras poderão ser aceitas e deverão ser assinaladas no texto pelo seu número de ordem em 57

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algarismos arábicos. Se as ilustrações enviadas já foram publicadas, mencionar a fonte e a permissão para 58 reprodução. 59 Tabelas: Deverão ser inseridas no final do artigo, um em cada página, após as referências. As tabelas 60 deverão ser acompanhadas de cabeçalho que permita compreender o significado dos dados reunidos, sem 61 necessidade de referência ao texto. 62 Grandezas, unidades e símbolos: 63 a) Os manuscritos devem obedecer aos critérios estabelecidos nos Códigos Internacionais de cada área. 64 b) Utilizar o Sistema Internacional de Unidades em todo texto. 65 c) Utilizar o formato potência negativa para notar e inter-relacionar unidades, e.g.: kg ha-1. Não inter-66 relacione unidades usando a barra vertical, e.g.: kg/ha. 67 d) Utilizar um espaço simples entre as unidades, g L-1, e não g.L-1 ou gL-1. 68 e) Usar o sistema horário de 24 h, com quatro dígitos para horas e minutos: 09h00, 18h30. 69 8. CITAÇÕES DOS AUTORES NO TEXO 70 As Normas da APA empregam o sistema autor-data para as citações indiretas, ou seja, sobrenome do autor, 71 vírgula e o ano de publicação. A numeração da página só é colocada quando há uma citação direta. Nesse 72 caso, usa-se o sobrenome do autor citado, vírgula, ano, vírgula seguido de “p.” e o numero da página. 73 Quando nas citações, os autores estiverem fora dos parenteses, utilizar sempre “e” (portugues); “and” 74 (ingles) e “y” (espanhol); para separar o penultimo do ultimo autor citado. O “&” e inserido sempre entre 75 o penúltimo e último autor quando citados entre parênteses e nas referências. 76 Citação: 77 Almeida, Parisi e Pereira (1999, p. 379) ou Almeida, Parisi e Pereira (1999, pp. 372-373) 78 Exemplo: 79 Almeida, L. B., Parisi, C., & Pereira, C. A. (1999). Controladoria. In A. 80 Catelli(Coord.), Controladoria: Uma abordagem da gestão econômica 81 – GECON (pp. 369-381). São Paulo: Atlas. 82 Exemplo: modelo de citação com um, seis ou mais autores 83 Figura 1Estilo de citação no texto 84 Tipo de

Citação

1ª citação fora do

parêntese

Citações

subsequentes

1ª citação dentro do

parênteses

Citações

subsequentes

1 autor Rodrigues (2019) Rodrigues (2019) (Rodrigues, 2019) (Rodrigues, 2019)

2 autores Minosso e Toso

(2019)

Minosso e Toso

(2019)

(Minosso & Toso,

2019)

(Minosso & Toso,

2019)

3-5 autores Lopes, Meier e

Rodrigues (2019)

Lopes et al. (2019) (Lopes, Meier, &

Rodrigues, 2019)

(Lopes et al., 2019)

6 ou mais

autores

Werner et al.

(2017)

Werner et al.

(2017)

(Werner et al.,

2017)

(Werner et al.,

2017)

Autor

entidade /

individual

Instituto Brasileiro

de Ciência e

Tecnologia

(IBICT) (2018)

IBICT (2018)

(Instituto Brasileiro

de Ciência e

Tecnologia

[IBICT], 2018)

(IBICT, 2018)

Organização

sem

abreviatura

Simply Cats (2019) Simply Cats (2019) (Simply Cats,

2019)

(Simply Cats,

2019)

Citação direta com supressão de parte do texto: Use reticências com cada ponto separado por espaço 85 para indicar que o texto foi suprimido. 86 Exemplo: 87 “Ao centrar-se sobre esses aspectos, da forma como o fazem, os textos privilegiam uma determinada visão 88 de profissional, . . . calcada na análise ocupacional, e que carece de individualidade, singularidade e vida.” 89 (Ferretti, 1997, pp. 58-76). 90 Para incluir um acréscimo ou explicação na citação, use colchetes. 91 Exemplo: 92 “They are studying, from an evolutionary perspective, to what extent [children’s] play is a luxury that can 93 be dispensed with when there are too many other competing claims on the growing brain . . .” (Hening, 94 2008, p. 40). 95 Diversos documentos do mesmo autor, publicados num mesmo ano 96

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Exemplo: (Porter, 1999a, 1999b, 1999c) 97 Citação de um mesmo autor com várias datas de publicação 98 Para citação do mesmo autor com várias datas de publicação, segue-se a ordem cronológica crescente. 99 Exemplo: Segundo Porter (1986, 1991, 1999, 2000), 100 Citações com mais de sete autores 101 Nas referências, caso o material possua mais de seis autores, citar até o sexto autor, reticências e depois o 102 último autor do texto. 103 Citação de diversos autores com o mesmo sobrenome, deve ser incluída as iniciais do primeiro autor 104 em todas as citações do texto, mesmo que o ano de publicação seja diferente. 105 Exemplo: R. O. Silva (2010) e P. A. Silva (2016) também colocam que 106 9. REFERÊNCIAS: Deverão ser listadas na ordem alfabética no final do artigo. 107 108 OBS: TODAS AS REFERÊNCAS DEVERÃO SER INDICADAS O NÚMERO DO DOI QUANDO 109 HOUVER. 110 TODOS OS AUTORES PARTICIPAMENTE DOS TRABALHOS CITADOS DEVERÃO SER 111 RELACIONADOS, INDEPENDENTE DO NÚMERO DE PARTICIPANTES 112 Exemplos de Referências: 113 Obs: Voltar a segunda linha da refrência embaixo da quarta letra. 114 Artigos: 115 Berndt, T. J. (2002). Friendship quality and social development. Current Directions in Psychological 116 Science, 11,7-10. 117 Mais de um autor –Listar pelo sobrenome, inicial do nome. Use virgula e & comercial para separar 118 o ultimo autor 119 Adair, J. G., & Vohra, N. (2003). The explosion of knowledge, references, and citations: Psychology’s 120 unique response to a crisis. American Psychologist, 58(1),15–23. doi: 10.1037/0003-066X.58.1.15 121 Pereira, G.P, Sequinatto, l., Caten, A., & Mota, M. (2019). VIS-NIR spectral reflectance for discretization 122 of soils with high sand contente. Semina: Ciências Agrárias, 40(1),99-112. doi: 123 10.5433/1679- 0359.2019v40n1p99 124 Wegener, D. T., & Petty, R. E. (1994). Mood management across affective states: The hedonic 125 contingency hypothesis. Journal of Personality and Social Psychology, 66,1034-1048. doi: 126 10.1037/0022-514.66.6.1034 127 Artigos Eletrônicos: 128 Santos, C. P., & Fernandes, D. H. von der (2007). A recuperação de serviços e seu efeito na confiança 129 e lealdade do cliente. RAC- letrônica, 1(3), 35-51. Recuperado de 130 http://anpad.org.br/periodicos/content/frame_base.php?revista=3 131 Livros 132 Kashdan, T., & Biswas-Diener, R. (2014). The upside of your dark side. New York, NY: Hudson Street 133 Press. 134 Capítulo de Livros 135 Serviss, G. P. (1911). A trip of terror. In A Columbus of space (pp. 17- 32). New York, NY: Appleton. 136 Capítulo de livro (eletrônico) 137 Shuhua, L. (2007). The Night of Midautumn Festival. In J. S. M. Lau & H. Goldblatt (Eds.), The 138 Columbia Anthology of Modern Chinese Literature (pp. 95-102). New York, NY: Columbia University 139 Press. Recuperado de https://www.worldcat.org/title/columbia-anthology-of- modern-chinese-140 literature/oclc/608153696 141 142 Gambetta, D. (2000). Can we trust trust? In D. Gambetta (Ed.). Trust: making and breaking cooperative 143 relations (Chap. 13, pp. 213-237). Oxford: Department of Sociology, University of Oxford. 144 Recuperado de, from http://www.sociology.ox.ac.uk/papers/gambetta213- 237.pdf. 145 Anais/Proceedings 146 Costa, E. R., & Boruchovitch, E. (2001). Entendendo as relações entre estratégias de aprendizagem e a 147 ansiedade. Anais da XXXI Reunião Anual de Psicologia (p.203). Ribeirão Preto, SP: Sociedade 148 Brasileira de Psicologia. 149 Ayres, K. (2000, setembro). Tecno-stress: um estudo em operadores de caixa de supermercado. Anais do 150 Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em 151 Administração, Florianópolis, SC, Brasil, 24. 152

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Junglas, I., & Watson, R. (2003, December). U-commerce: a conceptual extension of e-commerce and 153 m-commerce. Proceedings of the International Conference on Information Systems, Seattle, WA, 154 USA, 24. 155 Teses e dissertações impressas 156 Leon, M. E. (1998). Uma análise de redes de cooperação das pequenas e médias empresas do setor das 157 telecomunicações. Dissertação de mestrado, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil. 158 Torres, C. V. (1999). Leadership style norms among americans and brazilians: assessing differences 159 using jackson's return potential model. Doctoral dissertation, California School of 160 Professional Psychology, CSPP, USA. 161 Teses e dissertações (Eletrônicas) 162 Hirata, C. A. (2016). Microbiologia agrícola, Microorganismos do solo, Fungos micorrízicos, 163 Microorganismos fixadores de nitrogênio, Ecologia microbiana. Tese de doutorado, Universidade 164 Estadual de Londrina, Londrina, PR, Brasil. Recuperado de http://www.bibliotecadigital.uel.br 165 Autor Organização 166 American Psychiatric Association. (1988). DSM-III-R, Diagnostic and statistical manual of mental 167 disorder (3rd ed. rev.). Washington, DC: Author. 168 Leis, decretos, portarias e documentos governamentais 169 Lei n. 11.638, de 28 de setembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da Lei n. 6.404, de 15 de dezembro 170 de 1976, e da Lei n. 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende às sociedades de grande 171 porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstrações financeiras. Recuperado de 172 http://www.planalto.gov.br /ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm 173 Decreto Lei nº 238/98 de 1 de Agosto. Diário da República nº 176/98 - I Série A. Ministério do Ambiente. 174 Lisboa. 175 Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. (1998). Brasília. Recuperado de 176 http://www.planalto.gov.br/CCIVIL _03/ Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm 177 Portaria nº 809/90 de 10 de Setembro. Diário da República nº 209/90 - I Série. Ministério da Agricultura, 178 Pescas e Alimentação, da Saúde e do Ambiente e Recursos Naturais. 179 Ministério da Saúde (BR). (2004). Sistema de monitoramento de indicadores Programa Nacional de 180 DST e Aids. Recuperado de http://www.aids.gov.br/9 181 Relatório de Pesquisa 182 Marques, E. V. (2003). Uma análise das novas formas de participação dos bancos no ambiente de 183 negócios na era digital (Relatório de Pesquisa/2003), São Paulo, SP, Centro de Excelência Bancária, 184 Escola de Administração de Empresas, Fundação Getúlio Vargas. 185 A exatidão e adequação das referências a trabalhos que tenham sido consultados e mencionados no 186 texto do artigo, bem como opiniões, conceitos e afirmações são da inteira responsabilidade dos 187 autores. 188 Observação: Consultar os últimos fascículos publicados para mais detalhes de como fazer as referências 189 do artigo. 190 As outras categorias de trabalhos (Comunicação científica, Relato de caso e Revisão) deverão seguir as 191 mesmas normas acima citadas, porém, com as seguintes orientações adicionais para cada caso: 192 Comunicação científica 193 Uma forma concisa, mas com descrição completa de uma pesquisa pontual ou em andamento (nota prévia), 194 com documentação bibliográfica e metodologias completas, como um artigo científico regular. Deverá 195 conter os seguintes tópicos: Título (português e inglês); Resumo com Palavras-chave; Abstract com Key 196 words; Corpo do trabalho sem divisão de tópicos, porém seguindo a sequência - introdução, metodologia, 197 resultados e discussão (podem ser incluídas tabelas e figuras), conclusão e referências bibliográficas. 198 Relato de caso 199 Descrição sucinta de casos clínicos e patológicos, resultados inéditos, descrição de novas espécies e estudos 200 de ocorrência ou incidência de pragas, microrganismos ou parasitas de interesse agronômico, zootécnico 201 ou veterinário. Deverá conter os seguintes tópicos: Título (português e inglês); Resumo com Palavras-202 chave; Abstract com Key words; Introdução com revisão da literatura; Relato do (s) caso (s), incluindo 203 resultados, discussão e conclusão; Referências Bibliográficas. 204 Artigo de revisão bibliográfica 205 Deve envolver temas relevantes dentro do escopo da revista. O número de artigos de revisão por fascículo 206 é limitado e os autores somente poderão apresentar artigos de interesse da revista mediante convite de 207 membro(s) do comitê editorial da Revista. No caso de envio espontâneo do autor (es), é necessária a 208 inclusão de resultados relevantes próprios ou do grupo envolvido no artigo, com referências bibliográficas, 209 demonstrando experiência e conhecimento sobre o tema. 210

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O artigo de revisão deverá conter os seguintes tópicos: Título (português e inglês); Resumo com Palavras-211 chave; Abstract com Key words; Desenvolvimento do tema proposto (com subdivisões em tópicos ou não); 212 Conclusões ou Considerações Finais; Agradecimentos (se for o caso) e Referências Bibliográficas. 213 Outras informações importantes 214 1. A publicação dos trabalhos depende de pareceres favoráveis da assessoria científica "Ad hoc" e da 215 aprovação do Comitê Editorial da Semina: Ciências Agrárias, UEL. 216 2. Não serão fornecidas separatas aos autores, uma vez que os fascículos estarão disponíveis no endereço 217 eletrônico da revista (http://www.uel.br/revistas/uel). 218 4. Transferência de direitos autorais: Os autores concordam com a transferência dos direitos de publicação 219 do referido artigo para a revista. A reprodução de artigos somente é permitida com a citação da fonte e é 220 proibido o uso comercial das informações. 221 5. As questões e problemas não previstos na presente norma serão dirimidos pelo Comitê Editorial da área 222 para a qual foi submetido o artigo para publicação. 223 6. Numero de autores: Não há limitação para número de autores, mas deverão fazer parte como co-autores 224 aquelas pessoas que efetivamente participaram do trabalho. Pessoas que tiveram uma pequena participação 225 no artigo deverão ser citadas no tópico de Agradecimentos, bem como instituições que concederam bolsas 226 e recursos financeiros. 227 7. Incluir o ORCID de todos os autores aprovados para publicação. O identificador ORCID pode ser obtido 228 no registro ORCID. Você deve aceitar os padrões para apresentação de iD ORCID e incluir a URL completa 229 (por exemplo: http://orcid.org/0000-0002-1825-0097). 230 Declaração de Direito Autoral 231 Os Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são de direito do autor. Em virtude da 232 aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em 233 aplicações educacionais e não-comerciais. 234 A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e 235 gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, 236 o estilo de escrever dos autores. 237 Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando 238 necessário. 239 As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade. 240 Política de Privacidade 241 Os nomes e endereços informados nesta revista serão usados exclusivamente para os serviços prestados por 242 esta publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros. 243 Semina: Ciências Agrárias Londrina – PR ISSN 1676-546XE-ISSN [email protected] 244

1. Taxa de Submissão de novos artigos 245 246 Declaração de Direito Autoral 247 Os Direitos Autorais para artigos publicados são de direito da revista. Em virtude da aparecerem nesta 248 revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações 249 educacionais e não-comerciais. 250 A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e 251 gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, 252 o estilo de escrever dos autores. 253 Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando 254 necessário. Nesses casos, os artigos, depois de adequados, deverão ser submetidos a nova apreciação. 255 As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade. 256 257 Política de Privacidade 258 Os nomes e endereços informados nesta revista serão usados exclusivamente para os serviços prestados por 259 esta publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros. 260 261

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