Viagem a Ilha de Satanas

8/18/2019 Viagem a Ilha de Satanas

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VIAGEM À ILHA

DE SATANÁS


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,

Jose C RDOSO PI

VIAGEM À ILHDE SATANÁS


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.SO

EXPO' Q8

(1997. José Cardoso Pires e arque EXPO 98

Istrnçâo e DegLís Fpe Ch

Tragem

5000 exemplae

CoposçãoFoocopográf

eeção e Cor

G·afses


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BREVE NOTÍCIA DO ACHAMENT

DA ILHA DE SATANÁSE DOS VERDADEIROS SUCESSO

QUE NELA OCORRERAM

agora postos a escritosegundo os testemunhos

dos avegantes

e dos registosque os certificam


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Cm De6cobrimento6 Portugue

orte6ão reúee que a ilha d06 S

6e 6ituava em relação ã coHa pconúorme a arta Náutica


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Ao vne e oo das de Juho de 96

dee poo de Lsboa o ae Ponta d

cuja decço é como segue

Navo vea e a moo dese Pen

120 hp com navegaço eecónca G

á ó


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CAROSO RS

Ea popietáio e skipper da

Ávao Vaz engenheio e empesá

de Lisboa que evava sob o seu o

eniado Joo de Viana, amado e

Casteo Gonçao Soaes Ponteve,

do Mosteio de Singevega a que

edigi o eato desta viagem de

Ináio Rita ou Ináio da Rita José

om ata de pato de osta Com

da seguia a bodo Naia (Maia do

ia Vadez, deoadoa e antiquáibeeimento na Rua Dom Pedo V

A ea e a toda a tipuaço do ve

deu Deus a sua benço numa missna emida de Nossa Senhoa do R

efeido imo beneditino hoa


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3 IAGEM ILlA

acompanhavam em despedda A se

trava o Ponta de Sagres devdament

hado para a argada numa brancura

sm dzer festva, como regsta ogo

o dáro de bordo que fre Gonçao

com dedcaço, coandohe fotogra

cercaduras de ornatos e desenhos co

umnuras se tratasse. Movdo pea p

fotografa, o frade, que, anos, antes

nuncado ao curso de arqutecto par

votar Regra de So Bento, juntou a

ato da vagem aguas centenas de m

fme a cores e anda bem que usou d

to, reconhecemos nós agora, porqu justo escrto se fazem mutas vezes

de má fé do retrato do rea se toma


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CAROSO PRS

Lagaam os navegantes e _

águas espehadas e ogo a meo do

vantaam dos gofnhos fente

que a abemhes camnho até

festejos nocentes "Fo a pmea

gofnhos neste o que eu conhe

nfânca, esceveu fe Gonçao n

camsoa e baba cuta apontada te, paeca um unvestáo em e

as ou ento um veejado de c

peo sênco medtado do oha, te obsevado Naa Vadez com aqu

pvado humo feno

O fao do Bugo vu passa o dos os vajantes poa Ea um

escoe mos de sentnea ao oce


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AGEM L A D

emaixador das artes e das ideias, a

do Atâtico, Hoadas Germâias e

Europas, motado um defim de ro

DE UM FANTASMA NA CORRENTE QUE ANU

A IRA DAS PROUNDEZAS E OUTROS AVISO

NAGANTES

Iam de rota traçada com destio às

das, esse arquipago de esmeradas d

sore um aco de corais que Ávaro hecia de eituras e que durate a via

tecipava aos compaheiros uma geog

surpresas No mar e o avegar está de chegar, e o skipper do Ponta de

sempre que demadava portos desco


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CADOS PS

assim a duas cartas a duma I

umas vezes cientfica, outras veze

ra, e a da Oris Rigorosa da arte d

nada disto serviria de estorvo

ção, uma vez que um comanda

pensada é capaz de evar o navio

duma montanha Adiante, portant

Cristóvão Viajante hes arisse c

o astão da sua augusta providên

Adiante isto é rumo a SW o

da costa apanhaam dois dias de ondas de quatro metros e vento d

co que os origou a amuras curt

em cavagada de vaga ata é coide vencer mas feizmente que, d

eme e veas firmes se guardaram


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A G E M I A

deira e as Caárias e guiavam para o

mo madava a carta de ordo Deus

sua mão de uz sore o oceao, apazi

o, e coduzia o veeiro um chão d

gres dode de evatavam ados de

voadores, escreveu o moge de Si

setado a caie frete imagem du

gem de Neptuo que ee jamais cohe

Livro dos Beditos.

Esta virgem, Santa Virgen de Nept

y Furias iase um arco de etras dpor cima dea, era uma itografia pop

modura de madeira pore que Áv

descorira em tempos uma feira de tveharias de ort of Spai e que, a

de de skipper capitão e mestre d


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CASO PES

apócria, disso ão tiha a

decoradora a meor dvida e ta

ter que s vezes viha at ea

Saese' que a discutiu com o

çao de Sigeverga para quem a iagum sa campoês de certas ig

Descaça mas coroada como uma i

Virgem mostravase de p sore uespuma dode espreitavam cae

petes marihas e emaava os

peixe prateado. O peixe ai podiaoo de ecudidade oservava N

mo um smoo áico como acot

tas trios da CetroAmrica,

savo erro. ossve rei Goça

que ão mas a cotrapor a essa


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AGEM A O

A ee, o que mais o impressionava

virgem era as ongas tranças negras

aiam sore o man

dondo, matriara Naia via e on

mas, mais do que as tranças, o seio, a

nidade feunda, isso é que he parei

mente simóio e mais do que o sei

ea admirava ou, mehor o que a sedo ar terreno e pagão da santa, om

ohar negro muito denso e om umas

ehas fortes e quase unidas que heemrar a Frieda Kaho de Diego

A Khao, a deusa do Rivera dos murais

res e das avagadas dos amponeseso ertamente que a onheia mas pa

essa muher era nia e desumrante


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AS PIRES

des de 67 ós ão mais. No v

proa Ávaro Vaz e João de Viaa c

de poítica e de egócios, sore

peixes voadores que se evatava

gem do veeiro. No covs, este

sore um roupão vermeho aerto

a Carmina Burana de Car Orff,

setes de Goçao a magia dessa

argueza dos seus ecos gregoriao

a, i trutia a umrata et ve

riama como uma risa muito ítro do Destio tocado a címaos

Fortua O Fortua, O Catioes

Em iqui e a fumar Gitanes ra oge mostrava um corpo cos

mesmo um corpo vivido mas se


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2 D

moshe um rosto de distâcia ou de

reça, desses que chegam e oham e j

iterrogam O mariheiro Iácio po

po, como criatura de avio e soidã

va por ea com uma ausêcia cacua

distâcia com distâcia se paga e e

fora homem para dar veto a veas tr

Assim ia o Pona de Sagres. Ris

oceao com um eto fio de espum

paraeo ao trópico para, vite grau

oeste, asceder em direcção aos Sargsa pradaria futuate a que os avega

Mi e Quihetos chamavam o Mar

dizia João de Viaa proogado o umo do charuto oite, com cu d

e uar ateto ee e todos os viajate


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DS ES

Uma paz, direis, o cu puuav

E cá em aixo o covs dum ve

se a voz de Naia um ado, qu

Se uma gaivota viesse

trazerme o cu de Lis

o deseho que izesse

esse cu ode o ohar

uma asa que ão voa

desmorece e cai o ma

e era uma voz áspera mas racée

Ávaro Vaz vachement racée um

tada ao uar com um travo de des

io Naia, a do catar áspero e do

rao roguemos a Deus para que

esta hora sua guarda a corte do

d i


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2 A E I A

reerêcia a esta persoagem o d

Ponta de Sagres de ta modo que

mos hoje pergutar se ea ão terá s

as uma somra perdida a sucar o

Tamm ão a vemos as otos e o

da viagem só agora os aperceemo

Fora do iate sim a Asahietax do

xoua o cais a despedirse dos amuma vez a ordo resumiua a siais d

cia. Agures um tato desocado apa

raço a acear juto ao mastro gradte por trás do skier do moge e d

dor de Viaa um istatâeo da ar

raço dizse que seria dea, Naia N

de, porquê dea e ão do mariheir

que tamm ão está presete a o


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AR S O IE

da caie como se fosse o vuto d

a deixado à pressa para trás E h

de so e um maço de Gítanes esq

gum retrato que são outros restos

ça desta doa Aotemoos como

figura que a ojectiva ão coseg

der por iteiro, ecadeada pea

que viha dessa muher Um rouho, us ócuos de so, um aceo

fragmetos de pessoa, decias

Apesar disso, as fotos e o fimedi tio de Sigeverga egou à

são "provideciamete escarece

forme suiha Motezuma a já municação e, como ta, costituem

crédito para quaisquer ivestigaç


20/53

2

grade careza a arração do Desc

to como, graças ao Atíssimo, estão

vos e dispoíveis quase todos os que

ciparam Atetese porm os siêc

imprecisões, os suihados de so

as cotradições que ocorrem o c

dos pareceres de cada um dees e

como egítimos os reparos que os apotam Em particuar as decar

Naia Vadez e as do reigioso eed

de agum modo eigmáticas Sorsem se tocar e ajustamse divergido

radose Nem por escrito em em fi

em quaquer fotografia podemos vetais persoages, já o saemos e

são as images do rea e os açam


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CDS PS

sorriso argo, a mostrar à câmara

amoço a fumegar Ávaro Vaz ao

e ou o iceciado Viaa a jogar

agum que se ecotra fora da f

Goçao à pota da proa, em quim

doca e de iócuo apotado a

O azu atâtico A uz O fio da e

agumas images e a ojectiva mu

rio e foca uma macha escura à f

rete Um mato eorme, a paa

Surgiuhes a araveto a p

meio dia e o skíppe Ávaro Vaz co

orar o eme para se aproximar

Quaquer coisa em viagem, eormecada vez maior e mais cocreta

ê i i


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27 M À L O

uns ino a seis metros de omprido

ou nove de argura a pairar na orre

tava morta Com aeça de hires

ohos ranos, arrastava a auda de

om que hioteara tantos mares Já

java o manto om a tenerosa en

majestade om que se desoava antig

a desventura omo uma mensagem

avisos, assim a teriam ohado os do i

mensagem negra e om esse pressent

imou o rade Daí a pouo, no ras

omeçou a passar peo Ponta de Sag

extensa toaha de peixes mortos a am

anoiteer

CUMPR S A MSAGM DPOS DLA

D


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CDS PS

xes à toa depararam ao despo

drugada com um acear de aare

do horizote. Ao mesmo tempo ch

ees estertores secos aafados e

avaçavam mais os ouviam crescer

dos de aaar o mudo e mais i

vatavam as chamas que saam

projectado pedras e amas icpeos ares. Era a separação e

águas de que dá cota o sagrado

esis E em temor e desumrameavegador pôsse a fimar toda aq

ço que a rovidêcia hes estava

o desmatear das profudezas suexposões que rasgavam a secret

Oris Oceaica o egrossar das

2' V AGEM UA D


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2' V AGEM UA D

dos companheiros, subiam às alturas

lavas chamejantes que, despenhando

pois no mar, arrefeciam e se transfo

numa extensa massa endurecida e bo

de areia E chamou eus a essa porçã

E eles ilha. A formação do jardim de

e pronto, Álvaro Vaz e João d

tentaram comunicar em HF com as pestações marítimas que lhes dessem

ção daquilo que os seus olhos presen

mas foram mal ouvidos e sem respostPorque, como vieram a entende

mais tarde, a ilha àquela altura estav

como que em segredo do planeta, erameço de terra em parto de fogo e ago

sim se eus dá a Fortuna a quem a s

DS S


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DS S

puseramse a ornear auela u

marcha reardada e a disâcia c

assisindo ao sismo e ao fogo a a

erida no oceano, uma ferida ue

émia era ambém redenção por paço irme para a primeira pega

mao Esavam a esemuhar,

cosciência, o nascimeo dum po mapa Por euano uma larva de

ra, a crescer e a respirar em rep

por laçados às nuvens, mas em bse adula, uma ilha ue, se agora

uns largos uilómeros de een

chegasse ao esado perfeio aingdobro dessa esimaiva

Na presença dauele especá

3 GE O


26/53

3 GE O

a ao homm A pouco mais d uma

disância viamna a crscr num

d labardas nvolo numa chuva d

Sacudias m abalos fumgans li

um chiro sulforoso qu chgava aé de Sages rssquia o ar Eram

obrigados a aproximaçõs a dsvios

m o vno na sua ronda consanrriório m ormna. Ao corrr d

gns o mar rvolvias m cachõs

mas para spano d odos romaadian uma ranquilidad clsial.

Tmpo sm vno diz o ivro d b

quls dias profundidad nr 4braças o qu fazia supor qu s nco

sobr uma lvação submrsa Conin

CARDOS ES


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CARDOS ES

cura disâcia da ilha, de guard

giavama a poo moro ou quas

Durae meses e meses o que ali o

passaria de um rochedo vulcâico

por milhares de aves marihas quivessem descobero Seria uma

o oceao, já o era, um desero

mos bracos que agora se viam brlugar mais arde a regaos de ág

com plaas a verdejar o udo. P

o resumiase a uma plaaorma em

sim a olhavam e a discuiam os v

iae dobrados sobre o mapa de b

orma alâica, a desigação co

essa e por aí já Álvaro Vaz e o

Viaa jusiicavam a imporâcia

i ú l ã d Gl b d i

3 V EM L D


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Nesta coformidade já Ávaro Vaz

agarrado ao radiotelefoe para co

com o seu advogado em Lisboa po

correte da descoberta e dadohe i

para actuar sobre o registo de posse território os termos do Direito It

al Equato isso aia, o frade e o

revezavamse a escuta dos rádios marítima que emitiam vozes do outro

a tremularem o veto e oduação

Vozes essas que ão tardaram muiotícia do aparecimeto da ilha, se

E digase também que daí ão veio

ao Ponta de Sagres posto que o segda descoberta já dois aviões da força

americaa tiham sido vistos a sobr

CARS ES


29/53

Instituto Geofísco Sovétco, um

com bandeia panamiana, um sub

coveta TI2), enfim um desfila d

à babugem que na maoia dos

de pouco demoa Chegavam, vtiam, levando muito paa com ele

dilosas onjectuas Ao ve Álv

munica com Lisboa Gonçalo decostumva dize que não e admi

ali peto á andasse o piataalm

csco Dake de caveia no masto bada a assopa

Foi a altua e o fax de bod

eebe elatos das estações mesobe a localização do feómeno

ca e actividade eutiva noticia

35 GE ILlI


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E deterinada data escreveu: "

nhã u acalar gradual das convulsõra já quase não se sene aqueles

tos subarinos a que o Inácio ch

arreganhar dos denes da fera."Trovoada a NNE. Fuarolas es

pelo ar a toda a volta, lêse ais

(as aqu na letra de Álvaro Vaz). "

do vento de NE para ESW Ruo 1-0-5

E noutro dia: "Balanço counic

estação de Miai s 0530: ais de

lhões de toneladas de pedra e de

agora uantos ilhões faltarão par

ilha por concluída

Noutro dia ainda: "Estao suspsossego que coninua a reinar.

E noutro: "Agora no topo do céu

AR R


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Um bletim, uma ctacente

tói em cnstuçã. De temps fad acescentavalhe ntícias a

maé sbe um ut mund a n

sões ntem a NASA ns caminhhje a Mining Cpatin nas

mantes das nvas Áficas, dads b

nads a lmba a Ponta de Sagrga cntempâne apesa da sli

se encntava mit algues n A

De epente em sublinhad cmilusta: "Cm identificaçã fic

declaaçã de pesença decidim

bandeia ptuguesa n pau da pmla e ftgafámla cm a ilha

em fund

37 I GEM L I


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mas imagens do docmentário de rei

qe mostram a ilha em ormaão vista da popa do navio sem qalqer

bandeira Nesses planos inais passa

ma sombra idia qe não pode dnos intrigar porqe se repete sem se

por trás dma cortna de cinas É

a mancha de algém qe estaria apa

paisagem e qe, ao revelar da pelcl

gi na câmara escra a tremlar a t

e passa nossa rente como ma in

ão É Naia Valde, não há q dvid

Garcia Valde a avanar para a ilha

osse desembarcar

O A ÇÃO PUO Q

À OVA IHA O PRIIRO CRÃO Q

ARO R


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ombra um cenário de árvore pi

pano de vela por não haver pquaiquer outro vivente naquela

to a uma pedra ainda umegante

Virgem de eptuno em modura índia

Perto andava um homem de

em peito nu e boné de praia qumai nada meno que rei Gonçal

verga a interrogar o horionte

ver regrear o Ponta de Sagesprometida rota de navio que

mento do que icara reolvido em

de navegante, viria carregada de

cobrir a rocha crua e criar planta

a dar ombra e nutrição, além d

3 VAGEM LlA D


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àquele nv territóri e se acumula

regats e dessem vida às sementes eassim fsse as sementes multiplica

animadas pr essa bençã, e cham

elas tant s redres e s insects aves; e as aves cm clrid ds s

e d seu cant, trariam alegria à terr

te md de tud resultaria a essênciatrume que sã s dis cristais dnde

sal da vida

A ist se chamava, disse Jã dfabricar um mund pr cnta própri

tir duma rcha sem alma Mas mesm

da a pedra mrta aquela descbert

sentava um valr estratégic que im

desde já acautelar, palavras de Álv

ARO R


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nacinal que lhes iria ser cnferid

presentes tinham acrdad em deinvíssima à guarda d frei Gnçal

Singeverga e de Naia Garcia alde

sas testemunhais de descbrimençã enquant Ponta de Sages s

a Lisba para bscar nã só as c

licenças e abnaments ficiaismeis humans e técnics indisp

empresa que pretendiam estabe

cncluíram ser de urgência a cnserviçs de electricidade e telec

e bem assim pvament imedia

Este, pr sugestã de frei Gnçal

fiad em grande parte às levas de

guineenses que andavam à divina

4 V AG EM À I IA


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começarem a vida num mundo no

aqueleNaia Valdez: Mundo novo?

Na realidade aquilo era nada p

nada dizia ela com o olhar inhamndo numa solido de rocha cercada de

sombra de duas árvores pintadas num

vela; acrescentaram (ou ela acresceneitor de cassettes com música cont

imagem da Virgem de Neptuno ao la

pedra fumegante que lhe dava o ar em altar de incenso inc nso de enxo

cheiro a vulcão ainda não tinha desa

e pronto, ai estava ela no nada

sua volta era nada

Só que ao pôr do Sol ou com as

AR IR


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penachos de fumo sulfuroso a que

va Satanases porque tinham nascque as expulsara dos infernos m

dos Algumas pareciam leõesmari

aves monstras em sono falso Todanases em diferentes figurações E

nhecer de cinas ao passearse pe

quelas máscaras ela descobriu com cabeça de peixe e peito reve

camas Parou e aguardou com cur

Naia Vade: Estou a sonhar

nhar, bem sei

e pé e apoiado numa alga sec

tio dum tridente o gigante de cab

xe, em ve de mãos, tinha dois

tentáculos como os dos polvos a

43 V IAGM ILH A


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o Uma ser triste tristrrimo co

num im de tarde ao mongeirmãacompanhaa em exílio Com semelh

pecto, disse então, aquea criatura

ser o Neptuno ou um híbrido do apontando para a imagem de Virge

baar o peixe de prata e agora em

irmão s consgo er esta santa comgem que concebeu de um deus pagã

mesmo assim continuou irgem

Naia Valdez: Paaras, paaras, nho tudo sonho

Vejamos, ea aaa ao irmãora

irgem qe conceera em pecdo deque irge permaneceu, e iso não

mia a aras, iso dizia ea uit

CADSO ES


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em foma de eixe O monge ouv

êncio doooso Não faça caso ea, com um encohe de ombos,

dos à noite metemme medo

Não faça caso, ade Não famão Só ai, no ugatóio duma

quente das convusões do ato e

ta se tiunfaia viva só ai, coisado, que ea tatava o fade daq

Pade, imão Coisa estúida d

dava cada um aa seu ado, ee qna esteita aia eenchida eas

idas do fundo do ma ea em b

ma Gitanes e a ouvi a música du

cassetes à somba de duas ávoes

Ea nesse enquadamento que o

45 V IA G � I A


40/53

ada já reparou? Só ão adamos

que ão temos a sombra de Deus

Porque estamos em pecado respo

ele

Deus um deserto de estátuas roccom peachos de fumo pelo meio com

xos de jardim Ela olhava à volta e di

mudo ode ão há vida o úico repesar em Deus Verdade irmão V

padre Quato mais perto da morte m

do de DeusNão Quato mais perto da mor

perto de Deus disse o frade

Ali etre os ifiitos do céu e do lembrouse etão de he pedir que a

sasse O padreirmão fez uma pausa t

AR R


41/53

Naia Em latim que estranho

mas á ela em voz alta e no meiose conessava pecadora por há m

dado arredia da palavra do Sen

até dEle padre tão ausente e que se perguntava se não teri

àquela ilha em epiação das al

pesavam na alma nojos padre

remissão padre maus pensamen

ções do corpo mais do esprito e

gado onde chegou suspendeuse

se pronto Diga ordenou o ra

instantes e icou de caeça ai

Pecados da carne disse ela entã

Silêncio O sol a aiar a num olhar de silêncio para lá do

da ilha que se coria de somras

VAEM A


42/53

Seja, murmurou

eu uma volta sobre si mesma e diante do pano das árvores pintadas

leitor de cassetes há muito que tr

o Ave Formosissima da Carmina Bu

Ave

ave decus virginum

virgo generosa,

mas quando deu por aquele cântico

izerase dia no se percebe como e

crescia uma sombra a aproimarse de

conessor depois duma noite de ins

mentada Vinha com qualquer coisa d

do era a ideia que dava mas ao palhe alar viu que ela tinha um tuo de

úbi it b i d li d

JsÉ CAR RS


43/53

o inquietante porém é que, n

do monge, tudo o que de mais sbiam as suas palavras ou o seu o

cia não era determinado, e essa

ia sobressaltava ainda mais porqque toda a perversidade he era

demoniaa, pensaria o frade Irm

imploravalhe ela. Queria que a

sigilo de fé e a erdoasse E ele

e reusava porque tinha omo e

no ato da onfissão que ela pe

mente, entregandose a aventurar

se a transformar o verbo em ar

dose, miserirdia, em rompime

rios e em luxúrias, em desvios odesmandos oisas louas, abjeç

di i i di

AGE ILA


44/53

desaiar o pecado, e disso mesmo se

o padreirmão, recusandose a abMesmo assim tornaa a ouvila e a r

ouvindoa na esperança milagrosa d

ao arrependimento e por sacriício dprio contra a provocação e a insídia

sabia portadora Mais ainda ouviaa

lhos e de costas para ela obrigandode pé

Naia Valdez: De pé?

Impossível saberse quantas veoratria se repetiu Ela de pé e ele d

para sua humildade maior, um virado

outro virado a sul para mais se isoladesconhecerem durante o oício, e

postura assim que se celebrava a pe

COSO PIES


45/53

tava salgada de esperma ao cast

nor vêde só, crestada do fermemen desde o salivar do gosto até a

voz, crestada irmão, nos oos e

da loca infecta, Basta protestava dentes cerrados, mas a confessante

vário corrido e de danação em d

uma muler à mercê já o tina alguém que ai mesmo se entregav

zação do corpo, eus Eterno eu

enquanto de costas para ela, o irmão murmurava Basta basta e

unas no peito até sangrar

Naia acordou com os gritos que

51 V A G M ILli A


46/53

ainda se sentiu esoaçada po algum

impecações e olhou à olta inquietaguém a pode te ouido na oz da

que tinha acabado de deixa no son

não na cabine estaa ela e mais ningda a tipulação se encontaa lá f

aiém de masto a masto em man

patida dado que po ontade de pomessas da ilha da Fotuna tinham

expeiência ã e de nenhum pofia.

Naia quando saiu à pota da cabinmeia coisa que iu foi o oupão

abeto em cima duma cadeia de lona

fosse a somba dela pópia que a ag

depois do sonho. E com o sonho acab

Ilha dos Satanases pensou ela com

AR IR


47/53

nos rochedos, vendoos, já não c

de maldição mas como massas afastaremse para qualquer lado

oceano

Com efeito Álvaro Vaz e os cotinham renunciado por inteiro à

recreação que traziam de preparo

no às Bermudas ao depararem coque a Providênca lhes interpôs e

e que eles passaram a chamar do

depois das notícias cada vez maque lhes chegavam sobre o naufr

ela estava destinada Ilha dos Sata

bém, porque à vista se lhes afiguque habitada por monstros de ped

lavam o cheiro a inferno do vulcã

53 V IAGEM ILA D


48/53

nás "o aquea data se o dia de Sã

lomeu que o ovo di do Diabo à soessa desigação que lhe cabe hoje na

dos aeantes na catogafia fantas

memóia vividaDesistiam como é sabido da ilha

de cetea ceta que a aogância das

deas que a vomitaa em labaedas tondos infenais a iia engoli em

cooda ela vingaça e elo sal do

as tinhamse demoado tanto à guana eseança de a abodaem e a dem

como sua que mesmo que agoa quise

toma a ota das emudas iiam conse com os cicones toicais que o

mês de Setembo investem naquelas

JsÉ CAR DOO PE


49/53

brand e mar de temperança, aba

iha sua srteN alr das manbras frei G

a T-shirt e Naia desbriu, assm

ele tinha peit td rasgad


50/53

INSTRUÇÃO FINAL PARA USO DOS MAR

E DOS CURIOSOS DA HSTÓRIA

lhas destas já noutros tempos en

ceram navegadores de agulha vson

as tomaram uns como prmeros snnovo Apocalpse outros como pre

Terra da Promssão Está nos lvros

graus a norte da Satanás de ue aucrónca se levantou há século e me

logo se apagar a lendára lha de Sab

mar a ue comumente se chama dosMorreu mas andou errante anos e a

outros uadrantes e por outras lattud

ASO I


51/53

tezuma in Comunicação compa

Syo ou ocedo das Lágimas ASua Alteza Nipónica. Mas não faça

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57 VI AGM A O


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Viagem a Ilha de Satanas

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